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António Costa acusa Passos de ter pedido à Comissão para chumbar orçamento

O primeiro-ministro afirmou que o momento mais triste a que assistiu durante o processo orçamental foi ver Passos Coelho a pedir à Comissão Europeia que chumbasse o orçamento português.

Bruno Simão

António Costa deixou um dos mais fortes ataques a Passos Coelho para o final das intervenções iniciais dos partidos, no debate desta tarde do Orçamento do Estado (OE) para 2016. O primeiro-ministro disse que o momento "mais triste de todos foi ver o líder do PSD no Parlamento Europeu a levantar a voz não para defender Portugal mas para defender que a Comissão Europeia chumbasse o Orçamento de Portugal".

 

Segundo o primeiro-ministro, "à falta da maioria que não tem nesta assembleia querem ganhar lá fora o que perderam nesta câmara e isso não aconteceu".

 

António Costa já tinha enumerado outros dois "momentos tristes": o primeiro foi o facto de a oposição estar "por baixo da mesa a fazer figas para que não aprovassem o Orçamento"; o outro, porque "todas as noites acendem uma velinha a ver quando é que uma agência de rating vem dizer que este Governo não pode ser".

 

Segundo António Costa, "esta experiência deve-nos servir de lição". "Quando ouvirmos Passos Coelho outra vez com a sua voz maviosa a dizer que pediu aos seus correligionários para não atacarem o Governo português, isso significa que deu o tiro de partida para a perseguição ao Governo português, pela única razão que é um Governo do PS com o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda.

Costa não se comporta como primeiro-ministro, acusa Matos Correia

A resposta a este ataque coube a José Matos Correia, vice-presidente do PSD. O deputado do PSD disse que não ia "descer ao nível" do primeiro-ministro, acusando-o de fazer "juízos de valor" sobre o PSD e de se comportar como líder do PS e não como chefe do Executivo.

Matos Correia lembrou que durante quatro anos e meio o PS andou a dizer que Portugal ia precisar de um programa cautelar no final do programa de ajustamento, o que não aconteceu. "O facto de se olharem ao espelho não significa que os outros sejam iguais", defendeu o deputado social-democrata.

O parlamentar acusou o primeiro-ministro de não responder às questões, dando como exemplo o plano B e a renegociação da dívida e de repetir "vulgaridades". Além disso, o deputado social-democrata acrescentou que a diferença entre as actuais erratas ao Orçamento e as anteriores é que estas são "substanciais".


Notícia actualizada com mais informação às 18:27

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