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    Maia avisou ministros do STF que poderiam estar sendo monitorados

    Ex-presidente da Câmara é uma das autoridades que teriam sido monitoradas ilegalmente pela Abin

    Jussara Soares

    Presidente da Câmara de Deputados nos dois primeiros anos do governo Jair Bolsonaro, o ex-deputado Rodrigo Maia disse à CNN que chegou a avisar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que poderiam estar sendo alvo de espionagem.

    O ex-presidente da Câmara é uma das autoridades que teriam sido monitoradas ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

    Maia relata que já desconfiava da espionagem porque detalhes de sua agenda privada eram descobertos e vazados em redes sociais.

    Um jantar na casa de Maia em 19 de abril teria sido sido alvo do monitoramento ilegal promovido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), segundo fontes ouvidas pela analista de política da CNN Thais Arbex.

    Neste jantar, em Brasília, estavam nomes como o dos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Maia cita ainda um almoço que teve em São Paulo com o ministro Gilmar Mendes.

    “Avisei aos ministros do Supremo. Até porque, no jantar em Brasília e no almoço em São Paulo, eles estavam comigo”, disse.

    Maia disse que a operação da Polícia Federal desta quinta-feira (25) não traz “nenhuma surpresa, infelizmente.”

    Nesta quinta-feira (25), a PF fez buscas contra o chefe da Abin no governo Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) em Brasília, no Rio de Janeiro e também contra policiais federais.

    A Operação Vigilância Aproximada investiga organização criminosa que teria se instalado na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

    Segundo as investigações, o grupo usava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

    A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.

    Outro lado

    O advogado Fábio Wajngarten, que defende e assessora Bolsonaro, disse à CNN que o ex-presidente nega “qualquer ilação” que ligue o nome dele às supostas espionagem promovidas pela Abin.

    A reportagem também procurou a Abin e o deputado Alexandre Ramagem, mas ainda não teve retorno.