Moedas diz que eleitores "nunca perdoariam" partido que gerasse instabilidade política

O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, considerou esta sexta-feira que a responsabilidade de garantir estabilidade ao país também é da oposição.

Carlos Moedas, muitas vezes apontado como o “despertador” do Partido Social Democrata nesta fase do sistema político - tendo em conta o sue resultado nas autárquicas face a Fernando Medina - considerou esta sexta-feira que o ónus de manter o país estável reside na oposição e não no Governo da Aliança Democrática.

“Os portugueses não querem ir novamente para eleições, os portugueses querem estabilidade, por isso há uma responsabilidade enorme da oposição em conseguir dar aos portugueses essa estabilidade. Seria impensável e os eleitores portugueses nunca perdoariam alguém ou partido que tenha atitude de instabilidade neste momento”, disse.

O autarca considerou ainda que os resultado das eleições são um sinal do descontentamento dos portugueses.

“O país precisa de um Governo que funcione, com eleições que tiveram um grande voto de protesto de pessoas que já não acreditam na política e por isso foram para os extremos e essa leitura tem de ser feita”, concluiu.

Tendo em conta os cenários eleitorais, a AD irá governar relativamente o país, até que haja impasse nalgum momento parlamentar criado seja pelo Chega - a quem AD recusou coligação ou acordo - seja pelo Partido Socialista que poderão votar contra o programa de Governo, um orçamento retificativo ou o próximo Orçamento do Estado.