O mistério da morte de Stanley Meyer. O criador do motor a água foi mesmo envenenado?

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(dr)

Stanley Meyer e o seu patenteado buggy movido a água.

Uma das teorias da conspiração mais conhecidas é a da morte de Stanley Meyer, o homem que garantia ter inventado um dispositivo que poderia revolucionar o mundo.

Um motor movido a água foi um projeto da autoria de Stanley Allen Meyer. O norte-americano assegurou que um automóvel adaptado com o seu dispositivo poderia usar água como combustível em vez de gasolina.

A célula de combustível supostamente funcionava quebrando a água em hidrogénio e oxigénio, e usando o hidrogénio para alimentar o carro. Meyer alegou que o motor funcionava com “água da chuva, água de poço, água da cidade ou água do oceano”.

Meyer também dizia que o processo exigia apenas uma fração da energia que normalmente seria necessária para dividir a água em hidrogénio e oxigénio.

Numa reportagem de uma estação televisiva de Ohio, Meyer demonstrou um buggy que dizia ser alimentado pela sua célula de combustível de água. O inventor salientou que eram necessários apenas 83 litros de água para percorrer os Estados Unidos de Los Angeles a Nova Iorque, uma distância de 4.488 quilómetros.

As alegações de Meyer foram consideradas fraudulentas por um tribunal de Ohio em 1996.

Tal tecnologia teria que desafiar a primeira e a segunda leis da termodinâmica para funcionar, de acordo com a revista Nature, que disse que a alegada invenção não passaria de um mito.

Meyer morreu repentinamente a 20 de março de 1998, enquanto jantava num restaurante. O seu irmão alegou que durante a reunião com dois investidores belgas, Meyer saiu de repente do restaurante, gritando: “Eles envenenaram-me”.

Após uma investigação, a polícia determinou que Meyer, que tinha tensão arterial elevada, morreu de um aneurisma cerebral. “Nenhum veneno conhecido pela ciência americana foi encontrado”, lê-se no relatório do médico legista.

Alguns dos apoiantes de Meyer acreditam que foi assassinado para abafar a sua invenção revolucionária.

Também o irmão de Meyer suspeita de que houve um crime. “Eu disse-lhe que o Stan tinha morrido e eles nunca disseram uma palavra”, recordou. “Absolutamente nada, sem condolências, sem perguntas, nem uma palavra. Eu nunca, nunca mais tive confiança naqueles dois homens”.

Philippe Vandemoortele, um dos investidores belgas, disse que tinha vindo a apoiar Meyer financeiramente há vários anos e que não tem ideia de onde vieram os rumores.

“Tenho algumas dúvidas se a morte dele aconteceu por acaso, mas não sei nada mais do que ninguém”, disse Vandemoortele ao blogue holandês Pepijn van Erp. “O certo é que eu não o matei, ele era meu amigo e até paguei as contas dele na semana anterior”.

Antes de morrer, Meyer tinha dito que o governo dos Estados Unidos também estava interessado na sua invenção, mas que ele tinha rejeitado vendê-la. Também tinha sido ameaçado muitas vezes por representantes de empresas petrolíferas de todo o mundo.

O inventor também argumentou que lhe tinha sido oferecida a quantia de um milhão de dólares — alguns até dizem um mil milhão de dólares — para queimar todas as evidências da sua tecnologia. Uma proposta que Meyer recusou.

Um cientista que tentou entrar em contacto com Meyer para saber mais sobre o projeto, disse que este tinha uma atitude “paranóica” e que se recusou a submeter o buggy a um teste para verificar o seu desempenho.

Meyer não tinha qualificações como cientista. Era um homem religioso e jurou que Deus lhe enviava as ideias para as suas criações.

Daniel Costa, ZAP //

25 Comments

    • Não, de facto surgem ciclicamente invenções do moto à água, até a partir de universidades respeitáveis como a Universidade Técnica de Delft, mas poucos dias depois são abafados ou seja, desaparecem por completo, provavelmente por haver algum patente que assim o pode exigir.

      Seria naturalmente impossível arrecadar impostos sobre água.

      No início do aparecimento dos elementos de aquecimento solar havia impostos envolvidos.
      Também o Tesla tinha um projecto de energia grátis que ficou abandonado.

      Assim, o motor a água que primeiramente a separa em hidrogénio e oxigénio e depois os utiliza em motorização com um produto residual de . . . água, pode não ser de maluquinhos, mas de espertinhos.
      Os espertalhões da política e energia não querem perder a fonte de enriquecimento rápido . . . .

      • Tretas (para não lhe chamar logo mentiras)!…
        Nota-se que a ciência não é o teu forte mas, como vieste comentar, não queres explicar de onde vem a energia necessária para separar o oxigénio e o hidrogénio da água?
        Será por milagre?
        Há link para a “invenção” da tal universidade?
        Crenças (e “acreditar”) não é ciência nem é suficiente para alterar as leis da física!

  1. Onde há fumo, há fogo
    Não há link para a “invenção” da tal universidade por este ter sido ‘arquivado’. 🙂
    O fuel cell dentro do sistema do motor é carregado com o produto final e ao mesmo tempo fornece a energia para a separação do oxigénio e hidrogénio. Portanto é preciso começar com uma bateria carregada.
    No sistema de propriedade intelectual, o ‘dono’ pode proteger a sua invenção patentada e decidir fazer nada com ela nem facilitar o seu uso.
    Mas mesmo sem energia eléctrica, sabemos que um motor a diesel anda melhor na chuva. É com calor elevado a separação dos dois componentes também acontece.
    Que tal? Hem!

      • Felizmente Tu! percebes tudo tuudinho. Por exemplo que nem um argumento tens para contrariar

      • Contrariar o quê??
        Não apresentaste NADA para eu contrariar!
        Onde estão os links, etc, com o princípio de funcionamento do tal motor?
        De onde saiu isto:
        “O fuel cell dentro do sistema do motor é carregado com o produto final e ao mesmo tempo fornece a energia para a separação do oxigénio e hidrogénio. Portanto é preciso começar com uma bateria carregada.”?

  2. Lembro-me de, há quase 20 anos e longe desta era de smartphones, uma vez ler um artigo num anuário de automobilismo na biblioteca de Oeiras, sobre um português que inventou um carro movido a água no final da década de 40, e que fez Lisboa-Cascais ida e volta para apresentar o invento. Ele dizia que tinha sido abordado por americanos para lhe comprarem a patente, mas que se recusou por patriotismo, tendo colocado a patente ao dispôr do estado português daquele tempo, mas que este nunca usou o seu invento. Ele questionava-se se teria sido porque Portugal e os EUA se tinham tornado aliados e não havia interesse dos EUA em mudar o paradigma da mobilidade dominante por eles encabeçado. E seria essa a razão para lhe quererem comprar a patente: para nunca a usarem nem deixarem ninguém usá-la. Infelizmente só tenho as minhas lembranças dessa leitura, e como nada se encontra disto na internet, quem tiver interesse que passe lá na biblioteca de Oeiras, pode ser que ainda lá esteja o tal anuário, encafuado numa estante qualquer insuspeita…

      • Ahah é verdade… É assim, nestes tempos obscuros, com tanta gente a gritar “lobo” a todo o instante. Quando é verdade já ninguém está com pachorra para a ouvir: estão todos divididos e, por conseguinte, conquistados.

      • Ok… mas a ciência não depende de “gritos”.
        Não faltam fábulas de outros tempos que se espalham pela Internet para confundir os mais “distraídos”…

      • E no entanto, mesmo depois de ser considerado uma fraude em tribunal (e de, com a tecnologia atual, nunca ninguém ter passado da teoria à prática), isto ainda anda a “poluir” a Internet!…

      • Tas a ver, o teu problema é que não tens usado aqueles olhos teus. Só para quem quer ver

      • Ainda não vi nada a não ser tretas… dos motores a água que vi, eram todos fraudes!!
        Tens aqui algumas fraudes, incluindo a noticiada aqui:
        en.m.wikipedia.org/wiki/Water-fuelled_car

      • Sim sim tanta gente inocente a inventar o mesmo sem saber dos outros, pois era antes da era da Wikipédia mas no fundo todos aldrabões um por um.
        Os outros, os do dinheiro, estes é que são os anjinhos verdadeiros inocentes.
        Como os que já adivinharam a guerra russa e aumentaram tudo com pelo menos 40%. Até os enlatados do ano passado foram aumentados. Isto é pura inocência.
        Dorme bem ó Eu!
        Talvez um dia alguém vai inventar um motor á Vinho Tinto.
        Ou a óleo alimentar. Ou á leite.
        Tudo mais barato que petróleo.
        Agora os estupores que inventaram uma aldrabice de um motor à água? É uma fraude!
        VERGONHA!

      • Que “salada”!…
        Podes disparatar à vontade e misturar assuntos que nada tem a ver com a notícia mas, até agora, só vi tretas infundadas e aldrabices.
        Já dizia o outro: “acreditar não é saber”.
        Quando encontrares um motor a funcionar a água, avisa o Comité Nobel.
        Até lá, o que temos visto é isto que está na notícia:
        “As alegações de Meyer foram consideradas fraudulentas por um tribunal de Ohio em 1996.”

        Além disso, o leite, o óleo alimentar e o vinho não são mais baratos que o petróleo!

  3. Na década de 1960 um sujeito já tinha apresentado um fusca á água e rapidamente teve o mesmo fim que esse do vídeo: sumiu.

  4. Srs. Etter e Raúl Vicente: nos Estados Unidos, o Sr. Hendershot criou o motor magnético há mais de 60 anos e o medo das petroleiras e mineradoras de carvão mineral foi tão grande que criaram uma lei PROIBINDO a fabricação e a comercialização do motor. Lá é lei em vigor até hoje! 

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