Nasa experimentará se batata peruana pode ser cultivada em Marte
O Centro Internacional da Batata (CIP, em sigla em inglês) e a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) iniciarão no final de janeiro no Peru uma pesquisa pioneira a nível mundial: determinar se é possível cultivar batata em Marte, disse à AFP Julio Valdivia Silva, cientista peruano ligado ao projeto.
"Vamos simular no CIP um espaço com as condições atmosféricas, temperatura, gravidade, solo e níveis de radiação análogos ao solo marciano", afirmou Valdivia.
O cientista informou que encontrou no sul do Peru, na região de Arequipa, em uma zona árida da pampa de La Joya, características de solo muito semelhantes às encontradas em Marte pela sonda Curiosity.
"Traremos a Lima cerca de 80 kg do solo de Pampa La Joya, porque o solo lá é semelhante ao de Marte. Há muitas publicações científicas desde 2005 que confirmam isso", explicou Valdivia.
O trabalho iria começar no final deste mês e na primeira fase terá a cooperação de dois cientistas da Nasa, nove pesquisadores do CIP e um especialista de Dubai.
O pesquisador, que explorou ambientes terrestres semelhantes a Marte e já trabalhou na Nasa sobre condições de vida extremas, disse que a CIP está selecionando nove variedades de batatas que farão parte da primeira fase, e que o resultado será conhecido em março.
"Um bom resultado para nós será ver que as mudas cresceram. Se isso acontecer, passaremos para a próxima fase", disse.
Ele explicou que a batata peruana foi escolhida para a experiência por ser um tubérculo muito resistente que vingou na maior parte dos ecossistemas do mundo. A batata é plantada e cresce no Peru em diversas altitudes, inclusive a mais de 4.000 metros.
O CIP é um dos maiores laboratórios do mundo especializado em tubérculos. Possui um banco genético com mais de 4.000 variedades de batata.
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