Computadores
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Por Luana Carmelina, para o Techtudo

Os aparelhos eletrônicos evoluíram exponencialmente nos últimos anos, mas, há relativamente pouco tempo, imaginar a existência de um simples monitor fino ou ainda de um computador portátil parecia irreal. O aperfeiçoamento das máquinas é notável tanto no design quanto no desempenho. Quando os PCs começaram a se popularizar no Brasil, em meados de 1990, eles eram mais frágeis, maiores e possuíam conexão muito inferior à que se tem hoje em dia.

Contudo, como a nostalgia é inevitável, quem utilizava computadores nessa época certamente sente falta de alguns pontos. O TechTudo separou algumas características marcantes que os computadores apresentavam há 20 anos.

Mouses usavam uma bolinha e dois sensores óticos para registrar movimento — Foto: Reprodução/Wikipedia
Mouses usavam uma bolinha e dois sensores óticos para registrar movimento — Foto: Reprodução/Wikipedia

1. Mouse de bolinha

A evolução dos mouses proporcionou uma revolução no cotidiano dos usuários, pois nem sempre foi fácil mover o cursor do computador. Os "ratos" antigos tinham uma vida curta e diversos problemas, como falta de precisão, irritando os usuários. Enquanto os mouses atuais funcionam com sensores óticos, que emitem um feixe de luz e usam a leitura do movimento dessa luz sobre uma superfície para mapear o movimento de um cursor na tela, os aparelhos antigos funcionavam com uma bolinha.

Era comum, nos anos 1990, precisar limpar o mouse com frequência para que ele funcionasse bem. Isso era importante para que essa bolinha de metal revestida em plástico emborrachado não tivesse problemas. Ela era responsável pelo movimento do cursor do computador, agindo de forma quase mecânica. O problema é que, por ter contato físico com o ambiente, ela rapidamente ficava suja, o que causava ainda menor precisão por rolar com dificuldade. Além disso, devido ao atrito constante com a mesa ou mesmo com o mousepad, o produto podia se desgastar e até quebrar.

2. Monitor CRT

Monitor CRT tinha tela pequena e com pouca resolução — Foto: Reprodução/Freepik
Monitor CRT tinha tela pequena e com pouca resolução — Foto: Reprodução/Freepik

Assim como as TVs antigas, os computadores também tinham monitores CRT, isto é, com tubos de raios catódicos — e isso os fazia volumosos e pesados. Além disso, a resolução dos aparelhos deixava muito a desejar. Para se ter uma ideia, enquanto um monitor antigo tinha 800 x 600 pixels, as telas atuais podem ter resolução 4K, o equivalente a 3840 x 2160 pixels.

Os monitores CRT também consumiam mais energia, geravam mais calor e tinham outras limitações, como a capacidade de exibir cores, contraste e brilho. Como os computadores não eram usados com tanta frequência quanto hoje, na época, era comum ir na casa de alguém e ver um aparelho enorme coberto por uma capa de plástico para proteger contra poeira e sujeira.

3. Internet discada

Modem utilizado na época da internet discada — Foto: Reprodução/Wikipedia
Modem utilizado na época da internet discada — Foto: Reprodução/Wikipedia

A internet discada deixou muitos usuários traumatizados. Muito comum, no Brasil, entre meados de 1990 e o início da década de 2000, a conexão dial-up foi o caminho para que computadores domésticos tivessem acesso à web pela primeira vez. Para utilizá-la, bastava ter uma linha telefônica e um provedor para se conectar. Apesar de parecer simples, problemas não faltam.

Basicamente, quando se estava conectado à internet, a linha telefônica se tornava inutilizável - nenhuma ligação conseguia ser realizada ou recebida. No momento da conexão, a internet discada fazia um típico som robótico, que representava o tráfego de dados da linha telefônica. Depois disso, outros ruídos mostravam a velocidade da conexão.

Como cada minuto podia gerar aumento na conta de telefone, já que o uso era cobrado pelo provedor do serviço, era comum que os usuários deixassem para usar a nova tecnologia da 0h às 6h e nos finais de semana a partir das 14h. Nesses horários, era cobrado apenas um pulso por uso, o que tornava o custo bem mais barato.

4. Disquetes

Disquetes (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons) — Foto: TechTudo
Disquetes (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons) — Foto: TechTudo

Os disquetes são os antecessores dos pen drives e HDs externos. Eles guardavam cerca de 1,44 MB, ou seja, não comportavam nem um arquivo MP3. Eram muito utilizados até o início da década de 2000, quando foram substituídos pelos CDs.

Além da baixa capacidade de armazenamento, os disquetes também eram muito frágeis. Era preciso um cuidado excepcional para manusear o equipamento. Uma simples batida podia corromper os dados, já que a mídia que os guardava era magnética.

5. Sistema lento

Nos anos 2000, a maior parte das pessoas usava computadores com HDs que tinham, em média, 80 GB. A discrepância para os discos atuais é grande, já que é possível encontrar modelos que oferecem armazenamento de até 8 TB.

Por último, é preciso lembrar que os computadores antigos eram lentos. Demorava até mesmo para ligar a máquina. Ações como instalar o sistema operacional ou baixar arquivos eram verdadeiros testes para a paciência. Assim, muitos usuários recorriam à famosa de técnica de fazer outras atividades enquanto o computador carregava.

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