05/06/2023

Do dia 1º ao dia 05 de junho, é comemorada a “Semana Nacional do Meio Ambiente”, semana também da comemoração do “Dia Mundial do Meio Ambiente”, que é 05 de junho. A semana do meio ambiente foi instituída em todo território nacional pelo Decreto nº 86.028, de 27 de maio de 1981. Já, o “Dia Mundial do Meio Ambiente” foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, durante a “Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano”, realizada em Estocolmo, na Suécia e tem como objetivo chamar a atenção das pessoas, em todo o mundo, para as questões e problemas ambientais, para as ações do homem que podem impactar negativamente na biodiversidade, para a importância da preservação dos recursos naturais e do desenvolvimento sustentável.

Atualmente, o planeta tem enfrentado graves problemas decorrentes das mudanças climáticas globais, do desmatamento e das queimadas, da destruição da biodiversidade e dos habitats, da poluição do ar, das águas e do solo, e esse crescimento contínuo de problemas ambientais merece atenção, tanto dos governos, quanto dos cidadãos, para que os impactos sejam interrompidos ou ao menos minimizados, considerando que é dever do Estado e de cada cidadão proteger o meio ambiente.

Se nenhuma atitude responsável for tomada e o consumo desenfreado de recursos naturais, a poluição e a destruição do meio ambiente continuarem, com a perda constante de biodiversidade, a vida como conhecemos hoje poderá sofrer mudanças drásticas, comprometendo, inclusive a sobrevivência de inúmeras espécies, inclusive a humana. Por isso, o “Dia Mundial do Meio Ambiente” é uma data que merece bastante destaque no calendário!

Porém, não é suficiente para enfrentar e mudar essa grave crise ambiental que vivemos, apenas realizar ações pontuais e paliativas, em datas comemorativas, como o Dia do Meio Ambiente. Não resolve os problemas ambientais apenas fazer, por exemplo, mutirões para plantar árvores ou coletar resíduos sólidos de um rio, sem desenvolver políticas públicas efetivas e sistemas de fiscalização eficientes, que impeçam o desmatamento e a poluição de corpos d’água; assim como não adianta disponibilizar lixeiras coloridas para coleta dos resíduos recicláveis em um determinado local, sem antes realizar um processo formativo com as pessoas para sensibilizá-las a respeito da importância da coleta seletiva, do reaproveitamento de materiais e da diminuição do consumo desenfreado; ou ainda não adianta ditar dicas de economia de água ou energia, como “fechar a torneira enquanto escova os dentes” ou “tomar banhos rápidos”, sem explicar o quanto a água é importante para a sobrevivência humana e para a realização de todas as nossas atividades, desde tomar água ou cozinhar, até fazer uma indústria funcionar ou uma fazenda produzir, e sem tomar medidas por meio do desenvolvimento de políticas públicas, que impeçam efetivamente e eficazmente a poluição e o desperdício de água, um bem tão essencial a todas as formas de vida.

Salienta-se que todas as ações citadas anteriormente são importantes, mas não são suficientes sem o desenvolvimento, junto das comunidades, de políticas públicas de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, que garantam condições para o desenvolvimento socioeconômico e a proteção da dignidade da vida humana e da justiça socioambiental, principalmente porque essas ações fora de um contexto de uma política pública, tendem a ser esquecidas pelas pessoas no dia seguinte ao da comemoração de uma data como “o Dia do meio ambiente”, pois para não haver o esquecimento, deve haver um processo educativo. Educar não é ditar regras de conduta, que serão esquecidas pelas pessoas com o passar do tempo, educar é informar e formar, é qualificar, é empoderar, é tocar na consciência e senso de responsabilidade das pessoas com o meio ambiente e a cidadania; é promover a transformação de pessoas e a mudança da realidade, e esse é o mais importante papel da Educação Ambiental.

A prática da Educação Ambiental deve ir além da disponibilização de informações, deve ser entendida em seu sentido mais amplo, voltada para a formação de pessoas, para o exercício da cidadania responsável e consciente. Ou seja, é necessário sensibilizar e qualificar as pessoas em relação às questões ambientais e às consequências da crise socioambiental atual; é necessária uma grande mudança de atitudes e hábitos no nosso cotidiano, que ajudem a preservar os recursos naturais e principalmente uma mudança na nossa relação com o meio ambiente, pra que seja uma relação de respeito, de cuidado, de proteção, de preservação e conservação.

Nós, seres humanos, fazemos parte do meio ambiente, e precisamos estar conscientes que precisamos de um meio ambiente equilibrado e saudável para sobrevivermos, e precisamos fazer o possível para levar o desenvolvimento sustentável da teoria para a prática, para garantir o desenvolvimento socioeconômico, junto com a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais, que tanto precisamos para todas as nossas ações.

É fundamental que cada um faça a sua parte e que todos os cidadãos exijam o cumprimento das leis ambientais e exerçam sua cidadania por meio do controle social e da gestão participativa. Todos devemos ter uma postura de responsabilidade com o meio ambiente, como determina a nossa Constituição Federal, de 1988, pois só assim conseguiremos melhorar o quadro atual e oferecer às atuais e às próximas gerações condições de vida dignas, equilibradas, saudáveis e felizes. É esse o verdadeiro sentido e importância da comemoração do “Dia e da Semana do Meio Ambiente”.

 

 

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Referências

UOL. “05 de junho — Dia Mundial do Meio Ambiente” em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-mundial-do-meio-ambiente-ecologia.htm

 

 

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Texto – Denise Scabin – CEA/ SEMIL
Gestão de conteúdo e planejamento – Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL