K-pop, dorama, guaraná e churrasco: confira nossa conversa com os 'idols' coreanos da série 'Além do Guarda-Roupa'

A produção da HBO bebe da invasão coreana do mundo pop, como filmes, séries, novelas e música chegando ao Ocidente com uma força sem precedentes. E, com base nessa verdadeira febre, o programa mostra as desventuras de Carol, uma adolescente coreano-brasileira que renega sua cultura ancestral e fica inconformada com os colegas que não vivem um minuto sem dançar ou ouvir k-pop.

Para ajudar, o 'ranço' da menina com o país para onde seu pai se mudou sofre um grande golpe quando seu guarda-roupa vira um portal que liga seu quarto à casa do maior grupo de k-pop do mundo, o ACT. E é desse choque de realidades que a menina tentará se conectar com suas origens, lidar com seus problemas e encontrar a si mesma, já que vivia em uma realidade em que não se ajustava. Tudo, é claro, em meio a muita confusão.

Mais improvável ainda foi a oportunidade de conversarmos com Kim Woojin e Jinkwon, dois astros coreanos famosos por cantarem em boy bands do país - Stray Kids e Newkidd, respectivamente -, que se aventuraram pela primeira vez como atores justamente em um dorama tupiniquim, que teve como elementos quatro meses de estadia em nosso país, além de muito churrasco e guaraná.

MONET: Uma coisa que muito provavelmente une as culturas pop do Brasil e da Coreia são as novelas, os doramas e as séries. Vocês gostam e assistem esse tipo de produção e como tem sido a experiência como atores em 'Além do Guarda-Roupa'?
KIM WOOJIN: Até chegar para as gravações aqui no Brasil, eu não tinha noção de tudo isso. Mas quando, de fato, eu cheguei e fui gravar a série, foi muito divertido. Quando, na época da audição para o papel, eu tinha ouvido falar sobre o tema do programa, já achava que poderia ser uma coisa bastante divertida, e, durante os quatro meses de gravação, foi o que aconteceu. 'Além do Guarda-Roupa' foi a minha primeira obra [como ator], então, de certa forma, eu estava um pouco nervoso, mas foi muito bom atuar na série, que tinha uma equipe muito maravilhosa.
JINKWON: Estou muito honrado e feliz de fazer parte desse projeto que mostra as qualidades de um idol [nome pelos quais os artistas de k-pop são chamados]. Foi uma experiência incrível de quatro meses no Brasil e agora, lançar essa série, é algo muito significativo.

MONET: O rotina de um cantor de uma banda de k-pop é reconhecidamente exaustiva e de sacrifícios. O que vocês estão se permitindo fazer como cantores da “ficção” que jamais fariam nas suas carreiras musicais?
KIM WOOJIN: Como a série trata de idols, eu tentei trazer a vida de um idol de verdade para o programa e lembrar de tudo o que acontece na vida de um artista, do seu lifestyle, na obra. Talvez a única diferença seja o portal mágico pra atravessar e chegar no Brasil.
JINKWON: Além disso, das vivências em dormitórios nos tempos de idol, têm outras coisas que a gente faz como músicos que acabou praticando no Brasil enquanto gravava a série. Nós fomos gravar e ensaiar as coreografias das músicas do grupo do ACT, então era muito legar ter essa química e entre os atores que já tiveram essa experiência como idols.

MONET: Eu vi Woojin tomar um gole de guaraná antes da entrevista. O que vocês levaram do Brasil para a sua vida depois dessa experiência de quatro meses no país?
KIM WOOJIN: As comidas e bebidas brasileiras não podem ser replicados na Coreia por conta dos ingredientes. E mais que levar coisas para a Coreia, eu senti saudades de tudo isso o que eu experimentei por aqui.
JINKWON: A comida brasileira 'bateu' muito bem. O café brasileiro é muito delicioso e eu senti muita falta do churrasco, tanto que cheguei a ir à uma churrascaria brasileira que existe lá na Coreia.