O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, participa de uma reunião especial do Conselho Europeu na sede da União Europeia em Bruxelas, Bélgica, no dia 30 de maio de 2022. (Xinhua/Zheng Huansong)

Cada vez mais países em todo o mundo está se tornando "vítima" do conflito na Ucrânia, disse Orbán na abertura da sessão de outono do Parlamento.

Budapeste, 26 set (Xinhua) -- As sanções dos países ocidentais contra a Rússia transformaram o conflito "local" entre a Rússia e a Ucrânia em uma "guerra econômica global", disse o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, nesta segunda-feira.

Cada vez mais países em todo o mundo está se tornando "vítima" do conflito na Ucrânia, disse Orbán na abertura da sessão de outono do Parlamento.

Ele disse que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) estavam fornecendo armas e dinheiro à Ucrânia, mas as reservas de equipamentos e homens da Rússia eram "infinitas".

Segundo Orbán, os "burocratas da UE" prometeram que as sanções prejudicariam a Rússia e finalizariam ao conflito, mas nada disso aconteceu.

Um homem abastece um veículo em um posto de gasolina em Berlim, Alemanha, no dia 5 de setembro de 2022. (Xinhua/Ren Pengfei)

"O povo europeu ficou mais pobre (por causa das sanções), enquanto a Rússia não caiu de joelhos", argumentou. "Esta arma saiu pela culatra: com as sanções, a Europa deu um tiro no próprio pé."

Orbán também disse que famílias em toda a Europa estavam pagando o preço das sanções em suas contas de energia.

Ele disse que, devido à inflação e ao aumento dos preços, os países europeus agora estão pagando uma "sobretaxa de sanções".

Orbán também disse estar convencido de que, se as sanções terminarem, os preços cairão muito rapidamente. "Sejamos francos, se removermos as sanções, os preços cairiam imediatamente pela metade e a inflação também cairia pelo menos pela metade."

Ele disse acreditar firmemente que, sem as sanções, a economia europeia também "ganhará força" e evitará a "recessão ameaçadora".

"Exigimos um cessar-fogo imediato e negociações de paz em vez de prolongar e aprofundar" o conflito, disse ele, observando que as prioridades da Hungria são preservar sua segurança e sua soberania econômica e nacional.