Por que a Igreja Católica cultua a imagem de santos?

GRD_2830_antonio-28cmSimplesmente porque ela não faz isto. Em primeiro lugar, é preciso entender que Deus não nos proíbe de fazer imagens, mas sim imagens “de ídolos”, ou seja, de deuses falsos.

No Antigo Testamento

Já no Antigo Testamento, o próprio Deus prescreveu a confecção de imagens como querubins, serpentes de bronze, leões do palácio de Salomão etc. A Bíblia defende o uso de imagens como é possível verificar em muitas passagens: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7.10-14; 5,8; 1Sm 4,4; 2Sm 6,2; Sb 16,5-8; Ez 41,17-21; Hb 9,5 e outras mais.

Os profetas condenavam a confecção de imagens “de ídolos”: “Os que modelam ídolos nada são, as suas obras preciosas não lhes trazem nenhum proveito. Quem fabrica um deus e funde um ídolo que de nada lhe pode valer?” (Isaías 44,9-17).

O que é um ídolo?

É aquilo que:
1 – substitui o único e verdadeiro Deus;
2 – são-lhes atribuídos poderes exclusivamente divinos, e
3 – são-lhe oferecidos sacrifícios devidos ao verdadeiro Deus. É o que os judeus antigos, no deserto, fizeram com o bezerro de ouro (cf. Ex 32).

Então o que os católicos fazem?

Não é o que os católicos fazem. A Igreja Católica nunca afirmou que devemos “adorar” as imagens dos santos; mas venerar os santos por sua vida justa e igualitária ao evangelho. O que é muito diferente. Nós católicos não adoramos a imagem de São José, Nossa Senhora ou outro santo, mas ao visualizar a sua imagem lembramos de seu testemunho: viver como Jesus viveu. Lembramos que é possível chegarmos a santidade.

A imagem é um objeto que apenas lembra a pessoa ali representada; o ídolo, por outro lado, “é o ser em si mesmo”. A quebra de uma imagem não destrói o ser que representa; já a destruição de um ídolo implica a destruição da falsa divindade.

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