Estranhamento, alienação e reificação uma análise da primeira e da última obras marxistas de Lukács

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Sávio Freitas Paulo

Resumo

No presente texto foi discutida a abordagem lukácsiana da categoria do estranhamento, tanto a desenvolvida em História e consciência de classe (1923) como a apresentada em Para uma ontologia do ser social (1986). Primeiramente, foi analisada a forma como se articulam as categorias do estranhamento, da reificação e da alienação (e também da objetivação) na perspectiva do jovem Lukács. Em um segundo momento, foram apresentadas algumas críticas da tradição marxista dirigidas a HCC, com destaque para o texto autocrítico de Lukács, publicado mais de 40 anos após o lançamento do seu texto da juventude. Por último, foram caracterizados os principais contornos da teoria do estranhamento de Lukács apresentada no segundo volume de sua Ontologia, sendo destacadas as particularidades das formas assumidas pelo estranhamento na sociedade contemporânea.

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