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Por Diego Guichard — Porto Alegre

Vinícius Costa/BP Filmes

Para todo mundo escutar melhor o nome do Peru… Esse foi o recado dado pelo Edison Flores diante do Chile, na noite desta quarta-feira, na Arena. Com um potente chute de canhota, o meia-atacante abriu a vitória histórica por 3 a 0 sobre o Chile, na semifinal da Copa América e definiu o adversário do Brasil na decisão.

Gol do Peru! Flores aproveita o cruzamento e solta a bomba para marcar, aos 20' do 1ºT

Gol do Peru! Flores aproveita o cruzamento e solta a bomba para marcar, aos 20' do 1ºT

Na comemoração, Flores colocou a mão atrás da orelha direita, em gesto característico do atleta para vibrar com os gols e evocou o delírio da torcida peruana. Na corrida, ainda olhou para o juiz para ver se o lance não tinha sido anulado pelo árbitro de vídeo, mas estava em posição regular.

– Pensei que iam anular pelo VAR, uma sensação rara, já que são anulados muitos gols. Nunca se sabe, né? – admitiu o jogador do Morelia-MEX, ao cruzar a zona mista.

“Orelhamania”

Se Flores comemorava no gramado, o êxtase ainda era maior nas arquibancadas. Dezenas de torcedores usavam “orelhonas” na cabeça para homenagear o peruano. Afinal, ele é apelidado de “Oreja”, o lhe muito o orgulha.

Torcedor do Peru homenageia Edison Flores — Foto: Diego Guichard

No início do segundo tempo, um susto. Acusou dores por conta de uma pancada e precisou ser substituído por Christofer Gonzáles. Saiu no carro-maca. Mas nada que preocupe, segundo ele.

– Vou tratar de ver o que tenho. Mas foi só uma pancada – disse o atleta de 25 anos, para tranquilizar a torcida.

Com o gol, o meia-atacante ainda conseguiu dois feitos. Chegou ao segundo na Copa América, o que o colocou na briga pela artilharia, juntos com outros 12 atletas. Foi o 13º dele pelo Peru, todos com Ricardo Gareca. É o segundo jogador com mais gols pela seleção sob o comando do técnico argentino – atrás apenas de Paolo Guerrero, que tem 16.

Classificação histórica

O gol anotado aos 21 minutos do primeiro tempo comprovou um amadurecimento da seleção de Ricardo Gareca – o time evoluiu demais em relação ao fase de grupos. Ganhou corpo, com um meio-campo formado por Flores, Cueva e Carrilho, além de Paolo Guerrero como referência.

Além de Flores, Yotun e Guerrero completaram o placar e renderam uma classificação histórica no Clássico do Pacífico. Afinal, o Peru não disputava a final da Copa América há 44 anos.

O próximo adversário é o Brasil, domingo, às 17h. E é bom o time de Tite cuidar desse baixinho orelhudo. Afinal, Flores quer escutar bem alto que o Peru vai ser tricampeão.

Peruanos comemoram vaga — Foto: Diego Guichard

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