Gatos são envenenados por chumbinho em quadras de Palmas
A matança de gatos têm gerado revolta em Palmas. Nessa semana, mais um animalzinho foi vítima de envenenamento. O Reis era querido e amado pela família da advogada Vaniele de Sá. Mas não resistiu após ingerir algum tipo de veneno. A tutora procurou a polícia para denunciar o caso.
"Eu entrei em desespero, postei fotos em redes sociais, consegui apoiadores porque esse gato era um membro da família. Então, realmente tirou um pedaço da nossa família. A gente não dorme. Temos outros animais dentro de casa, gerou uma insegurança", comenta ela.
A Secretaria de Segurança Pública informou que depois do registro do boletim de ocorrência, foi aberto inquérito policial e feitos diligências e exames periciais para esclarecer os fatos e identificar o autor ou os autores. A pasta disse ainda que as investigações estão em andamento e vão ser concluídas o mais rápido possível.
Gatinho foi encontrado morto dentro de casa — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O gatinho tinha sido resgatado das ruas e alegrou a família por dois anos. Mas esse não é um caso isolado. A quantidade de pets que sofrem maus tratos impressiona os tutores. No início da semana. moradores de várias quadras se reuniram para criar estratégias de combate a esse tipo de violência.
A pedagoga Marlene Barros já perdeu vários animais, que morreram no próprio quintal de casa. "Eu moro no Jardim Laila, em Taquaralto. De março para cá, eu já perdi sete animais. Três tentativas de envenenamento também".
Segundo os moradores, grande parte das mortes é provocada pelo chumbinho, substância que tem venda proibida no país. A compra do produto é crime. Os tutores querem mais fiscalização no comércio da capital.
"Denunciem, procurem a Delegacia do Meio Ambiente e façam os infratores pagarem por isso", disse Vaniele.
"Os comércios são proibidos de venderem esse veneno. Quase todos os animais em Palmas que são mortos envenenados são mortos por chumbinho", ressaltou a empresária Kesia Abreu.
A ideia é pedir apoio de órgãos, como o Ministério Público Estadual. Além disso, sensibilizar os tutores para que denunciem os casos de maus tratos.
"Você envenenar, colocar um alimento envenenado no quintal de uma pessoa, ainda mais como a Kesia que tem criança, isso é um risco muito maior do que o que estávamos vendo até agora. A gente quer fazer disso um exemplo, que essa pessoa pague por isso e que isso reflita na consciência das pessoas, que têm essa cultura natural de matar ou maltratar um animal simplesmente por não gostar", pontuou a educadora e protetora de animais, Piti Castilho.
A dona de casa Maria Nilva mora na Arne 12, antiga 106 Norte, quadra que já registrou várias mortes. Para ela, é preciso mais ação por parte das autoridades.
"Quase todos os dias está tendo gato aparecendo morto nas alamedas. Tem que ser descoberto porque é na cidade toda".
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