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Eike Batista

Eike Batista

O empresário chegou a ser o 8º mais rico do mundo, mas perdeu a fortuna e se envolveu em esquemas de corrupção

REDAÇÃO ÉPOCA
26/01/2017 - 15h19 - Atualizado 20/07/2017 13h02

Eike Fuhrken Batista da Silva nasceu em Governador Valadares, Minas Gerais, em 1956. Filho de um ex-ministro de Minas e Energia, começou um curso de engenharia metalúrgica na Alemanha, mas não completou. Deu início à sua fortuna com investimentos no ramo da mineração em 1981, na Amazônia, e, em um ano e meio, diz ter ganho R$ 6 milhões. Associou-se, em 1983,  à empresa canadense Treasure Valley – que depois se tornou TVX Gold – e, mais tarde, presidiu a TVX e a transformou numa das dez maiores empresas de ouro do mundo.

Eike batista (Foto:  (Foto: Chris Goodney/Bloomberg via Getty Images))

O empresário aproveitou o cenário de interesse chinês por commodities e da abundância de matérias-primas no Brasil para construir sua fortuna, estimada em mais de US$ 34 bilhões em 2012. Em 1998, adquiriu a Geoplan, empresa de tratamento de esgotos e reaproveitamento de água, e criou a AMX. Três anos depois, construiu a MPX (atual Eneva), uma termelétrica que se tornou chave em seu negócio de energia. Começou a desenvolver, então, seu “Império X” com empresas que, além do setor de mineração, atingiram outros ramos, como alimentação e eventos.  Em 2008, apareceu na revista Forbes como o homem mais rico do Brasil e o 8º do mundo.

A queda

Ainda em 2008, sua empresa MMX foi alvo de investigação da Polícia Federal por fraude em licitação. No ano de 2012, Eike Batista começou a ter problemas com investidores porque suas empresas não cumpriam prazos e resultados prometidos. Dois anos depois, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por manipulação de mercado e uso indevido de informação privilegiada.

Lava Jato

Eike Batista foi citado na operação como suposto envolvido em propinas para licitações da Petrobras. Meses depois, voluntariamente, ele ofereceu testemunho ao Ministério Público Federal, em que afirmou que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega pediu-lhe um pagamento de R$ 5 milhões para quitação de dívidas de campanha eleitoral. Foi citado também na Operação Calicute – que prendeu o ex-governador Sérgio Cabral  – por ter repassado R$ 1 milhão ao escritório de advocacia da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro  Adriana Ancelmo.

Em janeiro de 2017, foi emitido mandado de prisão preventiva contra o ex-bilionário em uma nova fase da Lava Jato, a Operação Eficiência. Acusado de estar envolvido em pagamentos de propina para o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, foi preso em 30 de janeiro. Sem curso superior, foi levado inicialmente para o presídio Ary Franco, onde foi recebido aos gritos de "Vou te matar" por outros presos.








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