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“O que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu” ICor 2, 9

“O que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu” ICor 2, 9

Chegamos a um domingo especialíssimo: o Sexto Domingo do Tempo Comum.

As leituras já começam a nos preparar para um tempo que logo chega entre nós: o tempo da Quaresma. mas sobretudo, neste neste domingo, a liturgia nos permite encontrar duas dimensões maravilhosas da identidade do povo de Israel.

Em primeiro lugar o seu relacionamento aberto com Deus. Os mandamentos nunca serão punitivos, muito de nós tristemente aprendemos na catequese que um mandamento significa punição. Não. O livro do texto da primeira leitura que trata de uns séculos anteriores que o próprio texto do Deuteronômio nos coloca uma oportunidade única e relevante na vida: escolhe, decide. O Deus dos cristãos não impõe absolutamente nada e este é o grande perigo que corre o catolicismo contemporâneo. Esse é o perigo que corre muitas religiões hoje. pensar que o fenômeno religioso é uma imposição. Eu fico perdido quando encontro católicos que ainda dizem: “tenho que ir à missa”. Que vergonha. Que pena que para muitos a religião seja um mero dever de estado e não seja a oportunidade de por em prática aquilo que o livro do Eclesiástico coloca em letras douradas: Escolhe a vida, escolhe o bem, escolhe as coisas boas e transmite o melhor para os outros. Quem escolhe o bem não tem nada a perder.

E a segunda dimensão está nos mandamentos. Permita-me deter só num mandamento neste domingo, talvez o mais delicado de todos nos tempos que vivemos: não falar mentiras, não jurar em falso. Se o Padre Rafael colocasse uma lista diária: “quantas mentiras diárias você disse para ficar bem ao longo do dia?” Quantas mentiras você utiliza no seu casamento, no seu relacionamento, na sua profissão? Quantas vezes você tem utilizado o nome dos outros em vão? É vergonhoso: a sociedade contemporânea se deleita na mentira e na falsidade. O Senhor hoje nos faz uma única advertência: O teu sim seja sim, o teu não seja não.

Que a nossa vida além de transparência seja honesta aos olhos de Deus.

Que assim seja.

 

Padre Rafael Solano
cura da Catedral Metropolitana de Londrina

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LITURGIA 12.02.23
Sexto Domingo do Tempo Comum
Primeira Leitura: Eclo 15, 16-21
Salmo Responsorial: Sl 118 (119)
Segunda Leitura: 1Cor 2, 6-10
Evangelho: Mt 5, 17-37

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