Conheça a região da Avenida Paulista
Você conhece a Avenida Paulista? Localizada entre as regiões Central, Sul e Oeste, em um dos locais mais altos do centro expandido de São Paulo, a Paulista reúne cultura, parques, hospitais, hotéis, consulados e muita diversidade.
Por Redação Em:
A avenida mais famosa da cidade de São Paulo é um de seus centros financeiros. Ao mesmo tempo, serve de palco para manifestações e, no Réveillon e na Virada Cultural, também para shows. Marca a conclusão da prova para quem participa da Corrida de São Silvestre, realizada em 31 de dezembro anualmente. A Paulista tem diversidade de sobra.
A avenida sedia a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entidade que elabora pleitos dos empresários ao governo e define, por exemplo, apoio a um candidato a presidente do país, além de buscar melhores formas de acesso ao crédito e de competitividade por meio da tecnologia.
A variedade de referências dos restaurantes da região da Paulista – em relação a preços e origens – reflete parte da diversidade da região, e atende a quem trabalha ou mora por ali e quem está apenas a passeio.
Em relação a programas culturais, a Paulista oferece muitas possibilidades bacanas, ao longo de seus quase três quilômetros de comprimento, incluindo museus, cinemas, livrarias e shopping centers. E ainda há parques para quem quer fugir (um pouquinho) da cidade que não para.
Aos domingos e feriados, a avenida fica fechada para carros e motos das oito da manhã até às quatro da tarde. Bancas de artesanato, apresentações musicais e de dança, e pessoas caminhando, correndo e pedalando deixam a Paulista ainda mais viva nesses momentos.
Quer saber mais? Continue a leitura.
Histórico
A Avenida Paulista foi criada, no fim do século XIX, para possibilitar a expansão da cidade para além das regiões valorizadas de São Paulo, que eram a Praça da República e os bairros Higienópolis e Campos Elísios. A inauguração ocorreu em 8 de dezembro de 1891 em um local que servia, anteriormente, de passagem de boiadas para o matadouro.
Idealizada pelo uruguaio Joaquim Eugenio de Lima – nome de uma das ruas da região – a Paulista foi criada na gestão do prefeito Clementino de Souza e Castro. Uma curiosidade: o cargo que corresponde ao atual de prefeito era chamado de presidente do conselho de intendências.
Aos poucos, terrenos de antigas fazendas deram lugar às ruas da região. As primeiras construções da Paulista foram palacetes, habitados por cafeicultores e comerciantes.
Em 1909, a avenida tornou-se a primeira via asfaltada de São Paulo e, nas décadas seguintes, palco de corrida de automóveis.
Em 1927, seu nome foi substituído por avenida Carlos de Campos, em homenagem ao governador do Estado de São Paulo, falecido naquele ano. A restauração do nome original ocorreu em 1930 após forte pressão popular.
Até 1950, a ocupação residencial predominou na Paulista. A partir daí, projetos comerciais e serviços se espalharam para além do centro da cidade e chegaram à avenida. O Conjunto Nacional – edifício residencial e comercial – foi inaugurado em 1956.
Nas duas décadas seguintes, prédios de escritórios passaram a compor a paisagem da Paulista. Bancos se mudaram do Centro para a avenida, que só perdeu parte da importância como centro financeiro com a migração de parte das instituições para a Berrini na década de 1990.
Paralelamente à chegada dos escritórios comerciais, a avenida passou a contar com as calçadas com pedras portuguesas brancas e pretas formando o desenho do Estado de São Paulo.
As estações Paraíso, Brigadeiro, Trianon-Masp e Consolação começaram a operar no início da década de 1990, contribuindo para melhorar o acesso à região e aumentar a circulação de pessoas. Vinte anos depois, foi inaugurada a estação Paulista, localizada no fim da avenida Consolação.
Apesar de todas as mudanças, a Paulista ainda conserva alguns (poucos!) dos seus antigos casarões. A Casa das Rosas – o mais conhecido deles ainda de pé – foi projetada pelo arquiteto Francisco de Ramos Paula de Azevedo, com 30 cômodos, edícula e jardins, e concluída em 1935.
Após os herdeiros do arquiteto deixarem a casa, na década de 1980, houve ameaças de demolição do imóvel. O casarão foi preservado, e a parte do terreno com entrada para a Alameda Santos, destinada a um edifício corporativo.
Em outro casarão preservado, funciona a unidade de McDonald’s Méqui 1000. A construção original se assemelhava a um chalé suíço. Demolida, essa casa foi substituída pela atual, que levou quase cinco anos para ficar pronta. Após o casal de proprietários se mudar do imóvel, na década de 1990, o casarão foi alugado para o BankBoston, em 1996, e para o Itaú, em 2006. A locação da casa pela milésima franquia brasileira do McDonald’s começou em 2019.
Cultura, lazer e compras
Opções de passeios culturais não faltam na Paulista. Listamos algumas delas, partindo do início da avenida para o final:
– Japan House – Casa que reúne exposições, restaurante, cafeteria, lojas e clube de leitura, sempre com temática relacionada à cultura japonesa.
– Casa das Rosas – Rebatizado de Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, em 2004, o espaço ainda é conhecido como Casa das Rosas e oferece atividades literárias, além de apresentações teatrais e de música.
– Sesc Paulista – Conhecida pelo mirante com vista privilegiada da Paulista, essa unidade do Sesc abrange restaurantes e cafeterias, biblioteca, áreas para exposições, espaços para shows e andares dedicados a atividades físicas.
– Itaú Cultural – A programação inclui peças de teatro, além de exposições físicas e virtuais.
– Museu de Arte de São Paulo (Masp) – Conhecido pelo prédio em concreto e vidro construído sobre um vão livre, o Masp foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi. A coleção do museu tem número de obras superior a 11 mil obras e reúne o mais importante acervo de arte europeia da América do Sul. Aos domingos, o vão do Masp recebe feira de antiguidades. Atrás do museu, há o Mirante 9 de Julho, com vista para a avenida de mesmo nome.
– Conjunto Nacional – Primeiro arranha-céu da Paulista, o edifício abriga cinema e exposições, além da Livraria Cultura, da casa de shows Blue Note, de academia e de lojas. A edição de 2022 da Casa Cor – mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo – ocorre no Conjunto Nacional até 11 de setembro. O terraço do prédio tem jardins e vista para a Paulista.
– Instituto Moreira Salles – Fotografia, música e literatura fazem parte do acervo do local, que conta também com cinema e cafeteria. Há uma Livraria da Travessa no local. Embora não tenha a altura do mirante do Sesc Paulista, o Moreira Salles também chama a atenção de visitantes para fotos com a avenida ao fundo.
Para quem gosta de cinema de rua, nossa dica, na Paulista, é o Reserva Cultural, localizado no prédio da Gazeta. Na região, você encontra também o Espaço Itaú de Cinema e o CineSesc, na rua Augusta, e o Petra Belas Artes, na Consolação. Caso você prefira ver filmes em salas de shoppings, você tem opções no Shopping Cidade São Paulo, no Center 3 e no Pátio Paulista.
Já para os fãs de teatro, a Paulista oferece o Teatro Gazeta e o Eva Herz. Na região, há também o Teatro Unimed, o Teatro Augusta e o Teatro Opus Frei Caneca.
E as pessoas que adoram passear em livrarias têm à disposição a Martins Fontes, além das citadas Cultura e Travessa. Se você não resiste a um desconto em uma livraria física, nossa dica é o último andar da loja principal da Martins Fontes. Tem gente que não sai de lá sem uma sacolinha…
A Paulista oferece opções também para compras em shopping centers. Localizados na própria avenida, estão o Top Center, o Shopping Cidade São Paulo e o Center 3. Nas proximidades, há também o Shopping Pátio Paulista, na rua 13 de Maio, e o Shopping Frei Caneca, na Frei Caneca.
Uma dica é andar pela Rua Augusta tem inúmeras galerias com lojinhas de roupas, sapatos e acessórios, além de baladas.
Cafés, bares, padarias e restaurantes
Ao caminhar pela região da Avenida Paulista, principalmente sem pressa, é possível se deparar com vários cafés, bares e restaurantes, com estilos e preços que atendem aos mais diversos perfis. Do Riviera Bar – com mais de 60 anos – ao Tuy Cocina – inaugurado em 2022 –, você opções não faltam para você encontrar um lugar bacana que é a sua cara.
Nos quarteirões da Augusta localizados entre a Paulista e a Matias Aires, por exemplo, há restaurantes com referências mexicana, grega, turca, entre outras, além da lanchonete Frevo – conhecida pelos beirutes e hambúrgueres. E, se sua preferência for por comida indiana, há o Gulab Hari à sua espera na rua Antônio Carlos.
Para apreciar a culinária francesa, experimente o Ça-Va, na rua Carlos Comenale. E, se você busca uma combinação de comida e ambiente sofisticados, que tal o Seen Restaurant & Bar, no 23º Hotel Tivoli Mofarrej, na Alameda Santos?
Agora, se você não resiste a um pão na chapa e a outros quitutes de padarias, nossa recomendação é a Bela Paulista, na Haddock Lobo com a Luís Coelho. O buffet de café da manhã é bastante variado, e há muitas opções para pedir a la carte e também para levar para casa.
Ao longo da Paulista e das ruas paralelas e transversais, não faltam opções de cafeterias, como o Caffè Ristoro Casa das Rosas, Café Mestiço, Café Creme, além de além de franquias, como Starbucks e Casa Bauducco.
Parques
Em meio a tantas facetas urbanas, a Paulista oferece também áreas verdes a seus visitantes. A principal delas é o Parque Tenente Siqueira Campos, conhecido como Parque do Trianon ou Parque Trianon, localizado em um terreno de 48 mil metros quadrados.
O Trianon conta com vegetação remanescente de Mata Atlântica, parquinhos para crianças, aparelhos de ginástica e esculturas, como “Fauno”, de Victor Brecheret, que dá nome a uma trilha no local.
Inaugurado em abril de 1892, o parque recebeu o nome devido ao Restaurante Trianon, que funcionava onde fica o Masp. O atual nome oficial data de 1931 e homenageia um dos heróis do Movimento Tenentista.
Já o Parque Prefeito Mário Covas, localizado na Paulista, nas proximidades do metrô Consolação, possui 5,4 mil metros quadrados. Oferece área para caminhada, bicicletário e mesas para piqueniques. Foi inaugurado em janeiro de 2010 e teve as obras financiadas pelo Itaú. O local abrigou a Vila Fortunato, residência da família Thiollier, demolida em 1972.
Saúde
A região também possui alguns hospitais de referência.
O Hospital Sírio-Libanês, situado nas proximidades da Paulista, é conhecido, em todo o país, pelo tratamento de políticos de renome nacional. Inaugurado em 1965, o hospital representou a concretização do sonho de um grupo de amigas da colônia sírio-libanesa.
Em um encontro em 1921, elas decidiram sair em busca de apoio para a construção do local, que representaria uma retribuição ao acolhimento da colônia pela cidade de São Paulo.
A inauguração estava prevista, inicialmente, para 1941, mas o governo brasileiro reinvindicou a edificação para a instalação de uma Escola de Cadetes, devido à Segunda Guerra Mundial. A devolução do prédio ocorreu somente em 1959, com as instalações modificadas para o uso que foi feito por quase 20 anos. Foi preciso reformá-lo e comprar novos equipamentos.
Entre as realizações do Sírio-Libanês, está a implantação da primeira Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do país, em 1971.
Na própria Paulista, está localizado o Hospital Santa Catarina, fundado por uma freira, um abade e um médico em 1906. A arquitetura do Santa Catarina e da capela que faz parte de seu complexo chamam a atenção de quem caminha pela avenida.
Destacamos também a Pro Matre Paulista, que presta serviços há 80 anos e já realizou mais de 700 mil partos. Em 2000, a maternidade foi comprada pelo Grupo Santa Joana.
Educação
Na área de educação, o destaque da Avenida Paulista é a Faculdade Cásper Líbero. Conhecida, principalmente, por ter o curso de Jornalismo mais antigo do Brasil, a Cásper – como é chamada comumente – oferece também graduação em Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Rádio, TV e Internet, além de cursos de especialização e mestrado, e cursos livres.
A Cásper funciona no mesmo prédio da TV Gazeta, conhecido pelas escadarias que são ocupadas, algumas vezes, pelos estudantes da faculdade. O cinema Reserva Cultural e o Teatro Gazeta funcionam no térreo do edifício.
A Fundação Instituto de Administração (FIA) tem cursos de graduação nas áreas de administração e negócios, e é referência também em pós-graduação e MBA. Foi eleita pela revista Exame como a melhor Escola de Negócios do Brasil.
Para conhecer outras dicas de bairros, acompanhar as novidades do segmento imobiliário e aprender a simplificar burocracias, consulte o blog da UBlink.
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