Até 2012, Stanislas Wawrinka vivia à sombra dos grandes. O talentoso suíço já tinha a forte concorrência "em casa" de Roger Federer e tampouco conseguia a consistência suficiente para estar entre os principais tenistas do mundo.
A partir de 2013, porém, tudo mudou.
Após começar a trabalhar com Magnus Norman (ex-jogador sueco que rivalizou com Gustavo Kuerten), Wawrinka melhorou seu jogo e se tornou um perigo.
Hoje, ninguém quer enfrentá-lo em finais: nas últimas três temporadas, o tenista de 31 anos venceu todas as 11 que disputou. Uma série pra lá de impressionante.
Tudo começou em janeiro de 2014, com os títulos de Chennai (Índia) e do Austalian Open, seu primeiro Grand Slam, ganhando de Rafael Nadal na decisão. Ainda teve a conquista no Masters 1.000 de Monte Carlo.
No ano seguinte, mais quatro taças: Chennai, Roterdã (Holanda), Tóquio e outro Major, Roland Garros. Aqui, Stan evitou que Novak Djokovic conquistasse o único Grand Slam que lhe faltava - em 2016, o sérvio derrubou esse tabu.
Nesta temporada, Wawrinka ganhou de novo na Índia além de Dubai e Genebra. E veio o US Open, e novamente Djokovic pela frente. Ele perdeu o primeiro set, como acontecera em Roland Garros 2015, mas cresceu durante a final.
Três sets a um, terceiro título em Grand Slams, o terceiro conquistado enfrentando na decisão o então número 1 do mundo (Nadal liderava o ranking no começo de 2014).
"Se você quer vencer o jogador número 1 no mundo, você tem que dar tudo", afirmou Wawrinka após a conquista nos Estados Unidos.
"Eu estava tremendo no vestiário", revelou. Ele disse que começou a chorar no momento da última conversa com o técnico Magnus Norman antes de entrar em quadra.
Em sua carreira, "Stan the Man" possui 46 vitórias sobre tenistas do top 10. Em 2016, ele tem apenas duas: Kei Nishikori na semifinal e Djokovic na decisão em Nova York.
Na história, o suíço se iguala ao australiano John Newcombe (1971-73), ao argentino José Luis Clerc (1980-81) e ao austríaco Thomas Muster (1994-95) com 11 títulos seguidos sem perder finais. O recorde absoluto nesse quesito é de Roger Federer, que de outubro de 2003 ao mesmo mês de 2005 ganhou 24 finais consecutivas.
"Stan, você mereceu vencer, absolutamente. Você foi o jogador mais corajoso no momento decisivo e merece esse título. Você chegou ao ápice, foi o melhor jogador, mentalmente mais resistente", reconheceu Djokovic.
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