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12Evite o 'stand by' e desligue - Económico

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Paulo Alexandre COelho<br />

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www.economico.pt / mobile.economico.pt<br />

SUBSÍDIOS<br />

Governo força<br />

desempregados<br />

a aceitar ofertas<br />

de trabalho<br />

Quem estiver no desemprego,<br />

não vai poder receber mais de<br />

75% do salário líquido.<br />

QUINTA-FEIRA, 29DEABRIL2010|Nº4880<br />

PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />

BCP Santos Ferreira desdramatiza<br />

corte de ‘rating’ e mostra lucros<br />

do BCP acima do esperado. ➥ P38<br />

Reg. no ISP na categoria de Corretor de Seguros sob o nº 607243481, desde 27-01-2007, nos ramos Vida e Não Vida, como se atesta em www.isp.pt<br />

Hoje com o Diário <strong>Económico</strong> Dois<br />

suplementos: ‘Inovação e Tecnologia’,<br />

‘Novas Energias’ e ainda um Guia Fiscal.<br />

Bloco Central<br />

chega a acordo<br />

para novas<br />

medidas de<br />

austeridade<br />

Fumo branco em São Bento. José Sócrates e Passos<br />

Coelho decidiram antecipar e pôr em prática as<br />

medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento.<br />

Na calha está um novo pacote de austeridade.<br />

Foi preciso mais de um mês e um<br />

corte na notação da dívida da República<br />

para que o primeiro-ministro<br />

e o líder do PSD chegassem a<br />

acordo sobre a necessidade de passar<br />

o PEC à prática. Ontem, o primeiro-ministro<br />

e o líder do PSD<br />

prometeram trabalhar em conjunto<br />

para acrescentar mais medidas de<br />

austeridade ao pacote já previsto. O<br />

Diário <strong>Económico</strong> sabe que em<br />

cima da mesa estão mais restrições<br />

nas despesas, no endividamento e<br />

nas obras públicas. ➥ P4A13<br />

MERCADOS<br />

Debandada<br />

geralnabolsa<br />

quechegoua<br />

afundar 6,5%<br />

Foi um dia impróprio para<br />

cardíacos na bolsa com 508<br />

milhões de euros negociados.<br />

PSI 20 chegou a cair ontem mais<br />

de 6%, no dia com mais negócios<br />

de sempre na bolsa de Lisboa.<br />

Onde outros vêem Riscos<br />

nós vemos Oportunidades<br />

PedroPassosCoelhoe<br />

José Sócrates ontem<br />

em São Bento.<br />

INTERNACIONAL<br />

Europa e FMI<br />

reforçam ajuda<br />

à Grécia para<br />

evitar bancarrota<br />

Atenas recebe 120 mil milhões<br />

em três anos para fugir dos<br />

especuladores de mercado.<br />

marsh.pt<br />

DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA<br />

SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA, VITOR COSTA,<br />

PEDRO SOUSA CARVALHO E HELENA CRISTINA COELHO<br />

6%<br />

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Reformas<br />

antecipadas são<br />

penalizadas<br />

a partir de hoje<br />

Hoje, com a entrada em vigor do Orçamento<br />

do Estado, as reformas antecipadas vão<br />

sofrer uma penalização de 6%. ➥ P14E15<br />

▼ PSI 20<br />

▼ IBEX 35<br />

▼ FTSE 100<br />

▲ Dow Jones<br />

▲ Euro<br />

▲ Brent<br />

CIMENTOS<br />

Ex-presidente da<br />

Cimpor negoceia<br />

indemnização para<br />

sair da cimenteira<br />

Salavessa Moura apresentou a renúncia.<br />

Francisco de Lacerda assume hoje a<br />

presidência na assembleia geral. ➥ P30<br />

CALÇADO<br />

-1,89%<br />

-2,99%<br />

-0,3%<br />

0,48%<br />

0,50%<br />

0,21%<br />

7.016,90<br />

10.167,00<br />

5.586,61<br />

11.045,27<br />

1,3205<br />

Trabalhadores<br />

da Rohde decidem<br />

fechar as portas e<br />

liquidar a empresa<br />

85,94<br />

Os trabalhadores da maior empregadora<br />

do sector do calçado do País decidem votar<br />

a favor da liquidação dos activos. ➥ P56


2 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

A NÃO PERDER<br />

29.04.10<br />

■ Chefias públicas sem “progressões<br />

automáticas” a partir de hoje, com a<br />

entrada em vigor do Orçamento de Estado<br />

para 2010. É o ponto final no tratamento<br />

mais favorável das chefias face ao conjunto<br />

dos trabalhadores do Estado. ➥ P14<br />

■ Feira do Livro testa concorrência entre<br />

Leya e Porto Editora, os dois colossos da<br />

edição cada um representado por<br />

16 pavilhões, a partir de hoje, no Parque<br />

Eduardo VII. No total a Feira do Livro<br />

de Lisboa incluirá 236 pavilhões. ➥ P20<br />

■ Director-geral da Autoeuropa acredita<br />

que este ano “a produção vai crescer 20%<br />

em relação ao ano passado e ultrapassar<br />

os 100 mil carros”. O crescimento basearse-á<br />

no início da produção do novo<br />

monovolume “Sharan”. ➥ P32<br />

■ Zon contrata o estratega da Cabovisão<br />

para as questões jurídicas, Paulo Valente.<br />

É o novo episódio da ‘guerra’ entre as duas<br />

operadoras, aberta com uma queixa da<br />

Cabovisão junto da AdC por alegado abuso<br />

de posição dominante pela Zon. ➥ P33<br />

■ Metro responde a Tribunal de Contas,<br />

salientando as melhorias na qualidade de<br />

serviço prestado nos últimos anos. Quanto<br />

à dívida constituída, faz notar que ela foi<br />

para investimento na rede, que em 20 anos<br />

passou de 7 para mais de 40 km. ➥ P34<br />

■ Tributação das mais-valias bolsistas a<br />

20% excede em 6% a média da UE, e<br />

torna Portugal no 9º país com a tributação<br />

mais elevada da União, cuja média se fixa<br />

em quase 14% para as acções detidas há<br />

mais de um ano e menos de três. ➥ P40<br />

■ Estoril Open quase pronto para voltar<br />

a receber Roger Federer. O maior ‘court’<br />

central da história do torneio terá 7.147<br />

lugares e as bolas ostentarão pela primeira<br />

o nome Estoril Open, à semelhança de<br />

Roland Garros e dos Master 1.000. ➥ P48/49<br />

■ Portugal é 3º no ‘ranking’ da FIFA,<br />

tendo à frente apenas Brasil e Espanha.<br />

A actualização de ontem, que elevou<br />

Portugal à melhor classificação de sempre,<br />

impõe “maior sentido de responsabilidade”,<br />

anota Carlos Queiroz. ➥ P50<br />

■ Diz-se “a Tina Turner da publicidade”.<br />

EdsonAthayde,após20anosdetrabalho<br />

em Portugal, passagens por Los Angeles<br />

e Barcelona, regressou ao Brasil como<br />

vice-presidente da Master. E, acentua,<br />

como “publicitário português”. ➥ P52<br />

SOCIEDADE ABERTA<br />

António Gomes Mota<br />

Professor na ISCTE Business School<br />

Energia positiva<br />

Por uma vez consagro esta coluna de opinião à divulgação<br />

de uma iniciativa interessante da minha escola,<br />

a ISCTE Business School, até para fazer um simbólico<br />

contraste com o clima profundamente depressivo em<br />

que estamos, decorrente da baixa do ‘rating’ da República<br />

e do semi-pânico instalado nos mercados, que<br />

tem, justamente, ocupado a maioria das páginas de<br />

notícias, comentários e opiniões nos último dois dias.<br />

Refiro-me ao Energy MBA, recentemente anunciado e<br />

que representa um programa inovador não só em termos<br />

dos MBA nacionais como também a nível internacional.<br />

O Energy MBA aproveita e potencia<br />

a visibilidade de Portugal<br />

nesta nova era da energia.<br />

Tem subjacente um acordo com uma das mais prestigiadas<br />

universidades do mundo, a Columbia University,<br />

que possibilitará que o programa se divida por<br />

dois semestres em Portugal e um em Nova Iorque,<br />

onde os alunos frequentarão cadeiras mais especializadasnaáreadaenergiaeaparcomalunosdaquela<br />

universidade.<br />

Trata-sedeumprogramaquenasuaessênciatemas<br />

características fundamentais de qualquer MBA, embora<br />

com alguns elementos distintivos, como um inovador<br />

programa de criatividade, mas que oferece uma<br />

especialização na área da energia. É um programa de<br />

âmbito internacional, leccionado em língua inglesa e<br />

visando captar também alunos não portugueses.<br />

Conta-se com um envolvimento significativo de<br />

empresas portuguesas do sector, muito expressivo no<br />

Energy Living Lab, um segmento do programa em que<br />

os alunos terão oportunidade de visitar e contactar directamente<br />

as diferentes unidades de produção de<br />

energia, das centrais térmicas, às barragens, passando<br />

pelos parques eólicos, solar, etc. E neste âmbito temos<br />

o privilégio de, num raio de poucos quilómetros,<br />

termos à nossa disposição unidades produtoras das<br />

diferentes formas de energia, o que não é facilmente<br />

replicável noutros países.<br />

Este programa simultaneamente aproveita e potencia<br />

a visibilidade de Portugal nesta nova era da energia,<br />

reconhecidamente um caso de referência internacional<br />

no domínio das energias renováveis, independentemente<br />

das polémicas e manifestos, o que<br />

sustenta e justifica o aparecimento de um programa<br />

desta natureza em Portugal, contribuindo, assim,<br />

para a projecção de uma imagem de modernidade e<br />

inovação, acentuada pelo facto de no ‘portfolio’ internacional<br />

de MBA, não se encontrar um programa<br />

com características similares.<br />

No desenho deste projecto e na concretização do<br />

acordo com Columbia, há o contributo decisivo e que<br />

importa destacar de Manuel Pinho, que aceitou dirigir<br />

o programa, mostrando, como tantas vezes acontece,<br />

que no exterior se reconhece com mais facilidade,<br />

capacidades e competências que desbaratamos<br />

localmente. ■<br />

AFRASE<br />

“A crise financeira, a não ser<br />

contida rapidamente, pode<br />

transformar-se em crise política.”<br />

—Joaquim Pina Moura, ex-ministro das Finanças e da Economia<br />

Alertando para a necessidade de um “novo racional político”,<br />

o ministro de Guterres e actual presidente da<br />

Iberdrola Portugal considera ainda, que “as dificuldades<br />

presentes precisam de mais Europa”. ➥ P5<br />

Francisco Murteira Nabo<br />

Bastonário da Ordem dos Economistas<br />

Decisões inadiáveis<br />

O que se temia aconteceu: por razões de natureza eleitoral<br />

ou dificuldades dentro do Governo e/ou Parlamento –<br />

dado que as eleições na Alemanha ocorrerão no próximo<br />

dia 9 de Maio – Ângela Merkel exigiu à Comissão Europeia<br />

medidas mais rigorosas para apoiar o plano de ajudas financeiras<br />

da União Europeia à Grécia, desencadeando uma<br />

crise nos mercados financeiros mediterrânicos de enorme<br />

gravidade, em especial na Grécia, e por contágio em Portugal<br />

e na Espanha, além evidentemente de poder induzir<br />

uma crise de consequências imprevisíveis para o futuro do<br />

euro e para a coesão da Europa.<br />

Rapidamente o custo da dívida subiu acima dos 900 e<br />

300 pontos base respectivamente para a Grécia e Portugal,<br />

levando a agência Standard & Poor’s a baixar o ‘rating’ da<br />

Grécia para o nível de ‘junk’, (lixo), ou títulos especulativosdealtorisco,eodePortugalpara“A-”.Esteadiamento<br />

da Alemanha em apoiar as ajudas financeiras europeias à<br />

Grécia é tanto mais incompreensível porquanto se sabe serem<br />

os bancos, e outras instituições financeiras alemãs, os<br />

maiores credores da Grécia, com uma exposição da ordem<br />

dos 400 mil milhões de euros.<br />

Na hora em que escrevo esta crónica – 10 horas de<br />

ontem, dia 28 – apenas se sabe que Ângela Merkel se<br />

reunirá de imediato com o BCE, o FMI e a OCDE para<br />

apreciar a situação emergente ao nível europeu e que,<br />

em Portugal, o primeiro-ministro se reunirá de urgência<br />

com o principal líder da oposição e com o Presidente<br />

da República.<br />

Em Portugal será inevitável um maior<br />

comprometimento a curto prazo, pelo<br />

menos do maior partido da oposição,<br />

com o PEC, seja ele o actual ou outro.<br />

Sejam quais forem as decisões que entretanto possam<br />

ser tomadas nestas reuniões o que parece claro face à crise<br />

é que já não será possível, por um lado, adiar só para 10 de<br />

Maio uma decisão sobre o apoio alemão às ajudas financeiras<br />

à Grécia, como se anunciou, sob pena do agravamento e<br />

do alastramento da crise a toda a Europa e, por outro, já<br />

será inevitável em Portugal um muito maior comprometimento<br />

a curto prazo, pelo menos do maior partido da oposição,<br />

com PEC, seja ele o actual ou outro, desde que conduza<br />

à criação de claras condições políticas que levem ao<br />

sucesso da sua implementação.<br />

É agora bem visível que foram os países do sul da Europa<br />

que, em termos de competitividade, mais ficaram expostos<br />

à globalização das economias e à adopção de uma moeda<br />

única europeia, não sendo justo continuar a pedir-lhes<br />

que, sozinhos, consigam restaurar as suas finanças públicas<br />

e, simultaneamente, tomar medidas que promovam<br />

um crescimento económico, que conduza a um alinhamento<br />

mínimo com os seus parceiros europeus.<br />

No caso concreto de Portugal é agora bem mais visível a<br />

importância que terão no futuro o mar, o atlântico sul e os<br />

mercados da lusofonia na nossa estratégia de crescimento.<br />

É altura de a implementar e não apenas de a enunciar,<br />

como temos vindo a fazer. ■<br />

O NÚMERO<br />

6%<br />

A taxa de juro (’yield’) das<br />

Obrigações do Tesouro a 10 anos<br />

chegou ontem a superar a fasquia<br />

dos 6%, o valor mais alto desde<br />

1997, embora tenha fechado<br />

o dia nos 5,809%. A crescerem<br />

há nove sessões consecutivas,<br />

só desde o início da semana<br />

as ‘yields’ das OT a 10 anos,<br />

já subiram mais de 16,5%. ➥ P8


A FACE VISÍVEL<br />

Miguel Coutinho<br />

miguel.coutinho@economico.pt<br />

Nasceu ontem o Bloco Central dos Aflitos. A criança está bem, na medida do possível<br />

Nasceu ontem às 11.30 da manhã, o novo Bloco Central. O recém-nascido encontra-se bem, na medida<br />

do possível, e não adoptou o apelido dos pais – assim, chamar-se-á Bloco Central dos Aflitos e não dos<br />

Interesses. Apesar de um pouco atarantados, os pais – PS e PSD –, estão a ponderar convidar os<br />

mercados internacionais e os especuladores, responsáveis por esta imprevisível união, para padrinhos<br />

da criança. Segundo apurámos, estes terão colocado como condição para aceitar o convite a<br />

responsabilidade pela educação da criança que será, desde a mais tenra idade, absolutamente<br />

espartana. Os pais estarão, ainda, proibidos de mimar a criança com luxos dispensáveis e estão<br />

intimados a habituá-la a viver com o que tem e não com o que gostaria de ter.<br />

90 minutos bem empregues<br />

José Sócrates e Pedro Passos<br />

Coelho estiveram bem na forma<br />

concertada como prometeram<br />

resposta a um “ataque<br />

especulativo sem fundamento”<br />

ao euro e à dívida soberana<br />

portuguesa. Ambos fizeram o que<br />

era suposto: colocar o interesse<br />

nacional à frente dos interesses<br />

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circunstanciais de cada um.<br />

Parece, também, evidente que<br />

face à tibieza europeia numa<br />

defesa inequívoca do euro e das<br />

economias mais frágeis da zona<br />

euro, Portugal tem de fazer<br />

otrabalhodecasa–eestepassa<br />

por uma maior ambição<br />

e assertividade das medidas<br />

concretas de redução da despesa<br />

pública. Passos Coelho tem o<br />

mérito de ter tomado a iniciativa<br />

e de ter revelado disponibilidade<br />

para construir uma solução.<br />

Sócrates tem a possibilidade de<br />

conduzir o país num momento<br />

de particular dificuldade. Os 90<br />

minutos que durou a reunião em<br />

São Bento parecem ter sido<br />

bem empregues.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 3<br />

EDITORIAL<br />

Será suficiente?<br />

Primeiro os pontos positivos.<br />

José Sócrates e Pedro Passos<br />

Coelho fizeram ontem o inevitável,<br />

mas que ainda há uns<br />

meses parecia impossível. Puseram<br />

de lado as divergências<br />

políticas e, em nome do País,<br />

deram um sinal de que estariam<br />

juntos para defender a<br />

economia portuguesa.<br />

A mensagem passou em Portugal,<br />

mas neste caso em concreto,<br />

mais importante, passou<br />

no exterior, dando resposta<br />

a uma das dúvidas levantadas<br />

na véspera pela<br />

Standard&Poor’s.<br />

Aperguntaqueagorasecolocaéadesaberseoqueontem<br />

foi anunciado será suficiente?<br />

E à primeira vista a<br />

resposta é não.<br />

O Governo não anunciou medidas<br />

adicionais, antes se limitou<br />

a voltar a anunciar o<br />

que já tinha prometido. Não é<br />

assim de estranhar que os<br />

economistas ouvidos hoje<br />

pelo Diário <strong>Económico</strong> peçam<br />

mais ao Executivo. Pedem<br />

mais contenção na despesa.<br />

Os próximos dias serão decisivos<br />

para a economia nacional<br />

e é notório que enquanto não<br />

se vislumbrar uma decisão<br />

definitiva para a Grécia, os<br />

mercados não nos darão descanso.Ficaaesperançadeque<br />

a ausência de medidas de ontem<br />

seja uma questão táctica e<br />

que o Governo esteja a guardar<br />

para outro momento as<br />

respostas que os mercados<br />

possam vir a exigir. ■<br />

Fica a esperança de que<br />

a ausência de medidas<br />

de ontem seja uma questão<br />

táctica e que o Governo esteja<br />

a guardar para outro<br />

momento as respostas que os<br />

mercados possam vir a exigir.


4 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

DESTAQUE<br />

DESTAQUE CRISE FINANCEIRA<br />

Governo e PSD<br />

prometem acordo<br />

para reforçar PEC<br />

Sócrates e Passos Coelho estão a negociar mais medidas<br />

para o PEC. Os mercados esperam, com os nervos em franja.<br />

Margarida Peixoto<br />

margarida.peixoto@economico.pt<br />

Foi preciso mais de um mês e um<br />

corte na notação da dívida da República<br />

para que o primeiro-ministro<br />

e o líder do PSD chegassem<br />

a acordo sobre a necessidade de<br />

passar à prática o Programa de<br />

Estabilidade e Crescimento (PEC).<br />

Ontem, José Sócrates e Pedro Passos<br />

Coelho prometeram trabalhar<br />

em conjunto para acrescentar<br />

mais medidas de austeridade ao<br />

pacotejáprevisto.ODiário<strong>Económico</strong><br />

sabe que em cima da<br />

mesa estão mais restrições nas<br />

despesas, no endividamento e nas<br />

obras públicas.<br />

Da reunião de ontem entre<br />

Passos Coelho e Sócrates saiu,<br />

para já, pouco mais do que um sinal<br />

político de confiança enviado<br />

ao país e ao exterior. “O Governo<br />

e o principal partido da oposição<br />

decidiram trabalhar em conjunto<br />

para responder em primeiro lugar<br />

ao ataque especulativo e sem<br />

fundamento ao euro e à dívida<br />

soberana”, garantiu o primeiroministro,<br />

à saída do encontro,<br />

perante dez câmaras, dez fotógrafos<br />

e dezenas de jornalistas,<br />

entre os quais sete meios de comunicação<br />

estrangeiros.<br />

Passos Coelho, por seu lado,<br />

deu um passo atrás no discurso de<br />

oposição ao PEC que tem feito desde<br />

que foi eleito e fez questão de<br />

dissipar as dúvidas sobre a capacidade<br />

do Governo de implementar<br />

as medidas de austeridade: “Manifestei<br />

a disponibilidade do PSD<br />

para neste momento em que precisamos<br />

de uma resposta pronta<br />

não deixar dúvidas de que estas<br />

medidas possam entrar em vigor”,<br />

disse o líder dos social-democratas,<br />

sinalizando assim que o PSD<br />

não vai bloquear na Assembleia a<br />

aprovação das medidas.<br />

Contudo, o PSD não inverteu o<br />

tom do discurso sem garantir nada<br />

em troca. “Estamos muito disponíveis<br />

para considerar e ouvir propostas<br />

do PSD e de outros partidos”,<br />

reconheceu José Sócrates.<br />

“O primeiro-ministro mostrou<br />

abertura para considerar medidas<br />

de reforço no PEC que se venham a<br />

afigurar necessárias para se garantir<br />

a trajectória descendente do défice<br />

orçamental”, sublinhou Passos<br />

Coelho sem dizer quais.<br />

O primeiro acordo alcançado<br />

foi a necessidade de antecipar já<br />

para este ano três medidas que só<br />

estavam previstas para 2011 – as<br />

alterações às regras do subsídio de<br />

desemprego, a introdução de mais<br />

condições para aceder a prestações<br />

sociais e mais fiscalização na atribuição<br />

destes apoios.<br />

Mas isto não chega. “O PSD está<br />

a preparar mais medidas” para<br />

apresentar, confirmou Miguel Relvas,<br />

secretário-geral do partido ao<br />

Diário <strong>Económico</strong>, acrescentando<br />

quesãodecontençãodadespesa<br />

mas que ainda não estão fechadas.<br />

Segundo apurou o Diário <strong>Económico</strong>,<br />

os social-democratas estão<br />

em negociações com o Governo<br />

para decidir quais serão aquelas<br />

que se somarão ao PEC. Em cima<br />

da mesa estão mais restrições à<br />

despesa (eventualmente a definição<br />

de um tecto para a despesa total)<br />

e ao endividamento, em troca<br />

da viabilização dos limites aos benefícios<br />

e deduções fiscais. Também<br />

está a ser considerado um<br />

maior aperto nas obras públicas.<br />

Para já, o Governo decidiu não<br />

avançar com as auto-estradas que<br />

ainda não tenham sido lançadas,<br />

mas não colocou qualquer data<br />

para o arranque, nem alterou o calendário<br />

das que já têm troços concessionados.PeranteoacordoentreoGovernoeoPSD,PauloPortas,líderdo<br />

CDS, já marcou posição: “No PEC o<br />

O ministro alemão<br />

da Economia,<br />

Rainer Bruederle,<br />

vai encontrar-se<br />

comoGoverno<br />

português em<br />

Lisboa, no final da<br />

semana, para<br />

discutir a crise<br />

financeira.<br />

Paul Krugman<br />

defendeu que “o<br />

desequilíbrio das<br />

contas públicas de<br />

Portugal não é,<br />

nem de perto, tão<br />

severo com o<br />

problema grego”.<br />

Governo não quis conversar com o<br />

CDS. Mantenho sempre a mesma<br />

atitude”, disse, propondo a suspensãoimediatadoTGVerescisões<br />

por mútuo acordo na Função<br />

Pública, entre outras medidas. Já o<br />

BE e o PCP condenaram o acordo<br />

do Governo com a direita. “Vai<br />

exigir às vítimas da crise o pouco<br />

que têm”, criticou Francisco Louçã,<br />

líder do Bloco. “Perante este<br />

verdadeiro roubo feito a Portugal, o<br />

papel que PS e PSD (com o apoio<br />

do Presidente da República) se<br />

preparam para assumir é de participarem<br />

nessa operação”, defendeu<br />

Jerónimo de Sousa, secretário-geral<br />

do PCP.<br />

Holofotes virados para Portugal<br />

A descida do ‘rating’ da República<br />

e as constantes comparações da<br />

economia portuguesa à grega – à<br />

beira de entrar em incumprimento<br />

– viraram os holofotes todos<br />

para Portugal. Ontem, a linguagem<br />

da Comissão não foi diferente<br />

da usada na avaliação do PEC,<br />

mas havia uma declaração pronta<br />

sobre as áreas onde há maior<br />

preocupação. “As receitas não fiscais,<br />

as despesas de capital e as<br />

transferências sociais”, explicou<br />

Amadeu Altafaj, porta-voz de Olli<br />

Rehn.Nuncaocomissáriosetinha<br />

pronunciado de forma tão<br />

clara sobre as rubricas onde suspeita<br />

que o OE/2010 vai falhar.<br />

Jürgen Stark, membro do comité<br />

executivo do Banco Central<br />

Europeu, já tinha dito que não vê<br />

“qualquer relação entre Portugal e<br />

a Grécia” e Paul Krugman defendeu<br />

no seu blog que “o desequilíbrio<br />

das contas públicas de Portugal<br />

não é, nem de perto, tão severo<br />

com o problema grego”. Ainda assim,<br />

o Nobel da Economia sublinhou<br />

que “o país foi palco de uma<br />

bolha imobiliária e o mercado<br />

pensa agora que os bancos portugueses<br />

estão em sarilhos”.<br />

Outro problema a considerar é<br />

a possibilidade da ajuda à Grécia<br />

ter de ser maior do que o inicialmente<br />

previsto. O director do FMI<br />

elevou a fasquia das necessidades<br />

gregas para 120 mil milhões de<br />

euros a três anos. Se o FMI mantiver<br />

a parcela de um terço, sobram<br />

80 mil milhões para a UE, dos<br />

quais Portugal teria de suportar<br />

dois mil milhões de euros, o equivalente<br />

a 1,2% do PIB português.<br />

(Ver pág. 12). ■ Com L.R.<br />

“ Transmiti a<br />

disponibilidade<br />

do PSD para neste<br />

momento em que<br />

precisamos de dar<br />

uma resposta<br />

pronta não deixar<br />

dúvidas de que<br />

estas medidas<br />

[as do PEC] possam<br />

entrar em vigor.<br />

O primeiroministro<br />

mostrou<br />

abertura para<br />

considerar medidas<br />

de reforço no PEC<br />

quesevenham<br />

a afigurar<br />

necessárias.<br />

Quaisquer que<br />

sejam as diferenças<br />

políticas, não<br />

nos impedirão de<br />

oferecer a Portugal<br />

um quadro de<br />

estabilidade. Não<br />

se conte com falta<br />

de condições para<br />

que os objectivos<br />

sejam atingidos.”<br />

Economistas nacio<br />

Antecipar medidas do PEC é um<br />

bom começo, mas insuficiente.<br />

Luís Reis Pires<br />

luis.pires@economico.pt<br />

PedroPassosCoelho<br />

A Standard & Poor’s (S&P) conseguiu<br />

o que ainda ninguém tinha<br />

conseguido: pôs o Governo a<br />

negociar com a oposição as medidas<br />

de consolidação e a discutir<br />

o melhor caminho para acalmar<br />

os mercados e evitar um cenário<br />

de incumprimento. O resultado<br />

da reunião de ontem é<br />

um bom primeiro passo, mas insuficiente,<br />

dizem os economistas<br />

contactados pelo Diário <strong>Económico</strong>,<br />

que pedem mais medidas,<br />

sobretudo do lado da despesa.<br />

“Ainda bem [que Governo e<br />

oposição já se começaram a en-<br />

tender]”, diz Silva Lopes, economista<br />

e ex-ministro das Finanças,<br />

para quem o resultado da<br />

reunião de ontem entre José Sócrates<br />

e Pedro Passos Coelho “é<br />

um bom indício”. Mas a antecipação<br />

de algumas medidas previstas<br />

no PEC é apenas “um primeiro<br />

passo”, que precisa de<br />

continuidade. (ver págs. 6 e 7)<br />

“AgoraéprecisooGovernoouvir<br />

as propostas do PSD, porque admito<br />

que haja para lá algumas<br />

coisas legítimas e que podem ser<br />

aproveitadas”, remata.<br />

Já João César das Neves, economista<br />

e professor da Universidade<br />

Católica, concorda que a<br />

abertura do Governo para negociar<br />

e o sentido de Estado do<br />

maior partido da oposição são<br />

bons sinais, mas acrescenta que


MANIFESTO<br />

ENTENDAM-SE<br />

Perante a gravidade da crise que se abateu sobre Portugal, o Diário<br />

<strong>Económico</strong> decidiu lançar um apelo a uma concertação política em<br />

nome do país. Foram inúmeros os comentários dos leitores que<br />

subscreveram esse repto. O manifesto continua aberto a quem deseje<br />

participar no email: ➥ PORPORTUGAL@ECONOMICO.PT<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 5<br />

ANÁLISE<br />

Épreciso<br />

mais Europa<br />

JOAQUIM PINA MOURA<br />

Economista e ex-ministro das Finanças<br />

A evolução da situação financeira<br />

nacional e europeia é preocupante.<br />

Os sucessivos ‘downgrade’ das<br />

variáveis mais críticas (dívida pública<br />

e endividamento global; défice<br />

orçamental; ‘ratings’ em<br />

queda; “afundamentos” sucessivos<br />

nalguns mercados de capitais)<br />

evidenciam uma cascata de factoresadversosque,emboracentrados<br />

na Grécia, estão a produzir<br />

um indesejável “efeito de contágio”<br />

noutros espaços da zona euro,<br />

nomeadamente em Portugal.<br />

Parece necessária uma resposta<br />

com um “novo racional económico<br />

e financeiro” largamente já<br />

contemplado nos PEC apresentados<br />

e aprovados pela Comissão<br />

Europeia. Mas parece também<br />

necessário um “novo racional político”<br />

para enfrentar a crise financeira<br />

que, a não ser contida<br />

rapidamente, se pode transformar<br />

em crise política a nível europeu<br />

e nacional. As dificuldades<br />

presentes precisam de mais Europa;<br />

mais articulação das políticas<br />

económicas e financeiras; mais<br />

determinação na concretização<br />

das medidas anunciadas para isolar<br />

e superar o “efeito de contágio”<br />

que fragiliza não apenas tal<br />

ou tal país da União Europeia, mas<br />

aUEnoseuconjunto.■<br />

nais pedem ao Governo mais cortes na despesa<br />

“Agora é preciso<br />

o Governo ouvir<br />

as propostas<br />

do PSD, porque<br />

admito que haja<br />

para lá algumas<br />

coisas legítimas<br />

e que podem<br />

ser aproveitadas”,<br />

dizSilvaLopes.<br />

“Há uma coisa<br />

que já foi feita<br />

no passado e que<br />

se calhar devíamos<br />

começar a pensar,<br />

que é pagar<br />

osubsídio<br />

de férias em títulos<br />

de dívida”, admite<br />

Mira Amaral.<br />

“é pena que tenha acontecido<br />

desta maneira [foi preciso um<br />

corte no ‘rating’ da República] e<br />

não antecipadamente”. César<br />

das Neves sublinha ainda que, a<br />

partir de agora, é obrigatório<br />

“abordar a situação com muito<br />

mais seriedade” e mexer mais<br />

“na despesa”, porque só assim os<br />

mercados vão dar tréguas a Portugal.<br />

“E é preciso esperar que a<br />

Europacomeceaagircomoum<br />

todo, porque há uma grande<br />

parte disto que não tem a ver<br />

connosco”, conclui.<br />

Atacar o problema do lado da<br />

despesa é uma receita consensual<br />

entre os economistas contactados.<br />

Mas Mira Amaral, economista<br />

e ex-ministro da Indústria,<br />

acredita que “há uma medidadoladodareceitadaqual[o<br />

LEITORES DO ECONÓMICO RESPONDEM AO MANIFESTO<br />

Governo] não se vai safar”, que é<br />

“a subida do IVA”. Mira Amaral<br />

também vê a antecipação de algumas<br />

medidas do Programa de<br />

Estabilidade e Crescimento<br />

(PEC) com bons olhos, mas diz<br />

que “não chega” e são precisas<br />

novas medidas, “mais profunda”,<br />

porque os mercados querem<br />

coisas mais visíveis e concretas.<br />

“Há uma coisa que já foi feita no<br />

passado e que se calhar devíamos<br />

começar a pensar, que é pagar o<br />

subsídio de férias em títulos de<br />

dívida”, sugere.<br />

Uma medida que, a avançar,<br />

causarianovafrentedecombate<br />

entre o Governo e os funcionários<br />

públicos, que ainda continuam<br />

a contestar o congelamento<br />

dos salários este ano e a garantiadequenãohaveráganhos<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

“ OGoverno<br />

e o principal<br />

partido da oposição<br />

decidiram trabalhar<br />

em conjunto para<br />

responder em<br />

primeiro lugar ao<br />

ataque especulativo<br />

e sem fundamento<br />

aoeuroeàdívida<br />

soberana.<br />

Decidimos<br />

dialogar, entre<br />

Governo e PSD,<br />

por forma a que<br />

o desenvolvimento<br />

da situação seja<br />

acompanhado e<br />

para trocar pontos<br />

de vista.<br />

Estamos muito<br />

disponíveis para<br />

considerar e ouvir<br />

propostas do PSD e<br />

de outros partidos.<br />

José Sócrates<br />

reais nos próximos. Depois da<br />

grevegeralde4deMarço,os<br />

funcionários públicos vão voltar<br />

a manifestar-se a 29 de Maio<br />

juntamente com os professores.<br />

Mas a situação é cada vez mais<br />

grave e, independentemente dos<br />

protestos da Função Pública, é<br />

preciso apertar mais uns furos no<br />

cinto.<br />

“Agora é fazer tudo o que for<br />

necessário para evitar o incumprimento”,<br />

afirma João Duque,<br />

economista e presidente do<br />

ISEG, para quem o resultado da<br />

reunião de ontem é “insuficiente”.<br />

“É um bom sinal, porque o<br />

Governo está finalmente a negociar”,<br />

diz, mas “é preciso mais”.<br />

Duque que também admite que,<br />

se for necessário, se pague o 13º<br />

mês com títulos de dívida, avan-<br />

A crise financeira<br />

que, a não ser contida<br />

rapidamente, pode<br />

transformar-se<br />

em crise política.<br />

ça outra proposta: “Pode fazerse,<br />

por exemplo, uma reestruturação<br />

da própria dívida”.<br />

O facto de os políticos só agora<br />

darem os passos necessários<br />

para concertarem posições é<br />

visto pelos economistas como<br />

um esforço que “já chega tarde”.<br />

“Comoéquesóagorasecomeça<br />

a olhar para isto?”, questiona<br />

João Duque. “Parece que as pessoas<br />

não sabem como funcionam<br />

os mercados”, remata em tom de<br />

crítica.<br />

Sejam quais forem as novas<br />

medidas, a única coisa certa é<br />

que têm que chegar rápido,<br />

porque Portugal vai ter duas<br />

emissões de Bilhetes do Tesouro<br />

em Maio (dias 5 e 19) e não<br />

pode dar-se ao luxo de pagar<br />

juros de 6%. ■


6 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

DESTAQUE<br />

MANIFESTO<br />

ENTENDAM-SE<br />

Cristina Oliveira da Silva<br />

cristina.silva@economico.pt<br />

Se as medidas que o Governo<br />

apresentou ontem aos parceiros<br />

sociais forem avante, mais de um<br />

terço dos desempregados terá de<br />

aceitar ofertas de emprego que<br />

paguem um salário igual ao subsídio<br />

de desemprego.<br />

Actualmente, para além de<br />

outros critérios que se mantêm<br />

(despesas e tempo de deslocação,<br />

por exemplo), os desempregados<br />

há menos de seis meses só são<br />

obrigados a aceitar emprego<br />

quando o salário oferecido for superior<br />

em 25%. Já os desempregados<br />

há mais de seis meses têm<br />

de aceitar salários superiores em<br />

10%. Agora, no que diz respeito<br />

apenas ao salário, o Governo propõe<br />

alterar esta situação e quer<br />

que os desempregados há mais de<br />

um ano sejam obrigados a aceitar<br />

uma remuneração igual ou superior<br />

ao valor do subsídio. Ora,<br />

tendo em conta os actuais desempregados,<br />

são quase 207 mil os<br />

inscritos nos centros de emprego<br />

(ou seja 36,2% do total, peso pouco<br />

superior ao registado em 2009)<br />

há mais de um ano que terão de<br />

aceitar esta opção, sob pena de, à<br />

segunda recusa, perderem a inscrição<br />

e o subsídio de desemprego<br />

(caso o recebam). Já os restantes<br />

365 mil desempregados, nessa situação<br />

há menos de um ano, terão<br />

de aceitar uma oferta que pague<br />

mais 10% do que o subsídio.<br />

Seovalormédiodaprestação<br />

se mantiver em 532 euros (como<br />

em 2009), isto significa que os<br />

desempregados terão de aceitar<br />

salários iguais a este valor se estiverem<br />

desempregados há mais de<br />

um ano ou, caso contrário, superiores<br />

a 585,2 euros. Mas esta<br />

nova regra não chega para compensar<br />

o valor médio das ofertas<br />

de emprego, que, no ano passado,<br />

ficou em 523 euros.<br />

O documento de trabalho<br />

apresentado ontem ainda não é<br />

final e espera pela posição de patrões<br />

e sindicatos mas já aponta<br />

para a redução do subsídio máximo<br />

que os desempregados podem<br />

receber, apesar de manter a regra<br />

de que o subsídio equivale a 65%<br />

do salário de referência. Mas a<br />

proposta do Governo sugere que<br />

ninguém possa, “em qualquer<br />

caso”, receber uma prestação<br />

Toda a gente fala e sabe<br />

que durante anos a fio a<br />

vaidade lusa era quem mais<br />

ordenava. E o que fizeram<br />

os governantes? Nada.<br />

Zero.<br />

Agora aguentem-se.<br />

Quanto a entendimentos<br />

estamos conversados. Onde<br />

houver dois portugueses há<br />

discussão. Ninguém quer<br />

ser o índio.<br />

FERNANDO, LISBOA<br />

Chegou a hora da verdade.<br />

Somos tão fracos quanto a<br />

Grécia. Vivemos há muitos<br />

anos acima das nossas<br />

“superior a 75% do valor líquido<br />

da remuneração de referência”<br />

(composta por um conjunto de 12<br />

salários). Actualmente, este tecto<br />

era mais alto uma vez que se fixava<br />

em 100% do valor líquido da<br />

remuneração de referência. Ainda<br />

assim, o Diário <strong>Económico</strong> sabe<br />

queonovolimitesóseráaplicado<br />

a salários médio-altos, apesar de<br />

ainda não estar definido onde começa<br />

este limiar.<br />

Estas alterações não impedem<br />

quesecontinueamanterumsubsídiomínimode419,22eurose<br />

um máximo de 1258 euros.<br />

A ministra do Trabalho defendeu<br />

ontem que as propostas do<br />

Executivo são “equilibradas” e<br />

que podem apoiar o regresso rápido<br />

ao mercado de trabalho,<br />

adiantando ainda que a intenção<br />

não é reduzir o valor do subsídio.<br />

O corte no subsídio e as regras<br />

mais restritas na recusa de emprego<br />

já tinham sido anunciadas<br />

no Programa de Estabilidade e<br />

Crescimento. Ontem, o primeiroministro<br />

falou em antecipar a<br />

aplicação das novas medidas já<br />

para este ano, apesar de essa ter<br />

sido uma intenção sempre demonstrada<br />

pela ministra Helena<br />

André. José Sócrates também disse<br />

que entraria em vigor já em<br />

2010 medidas como a auditoria e a<br />

introdução de condição de recursos<br />

nas prestações sociais. Juntamente<br />

com outras iniciativas já<br />

aprovadas, esta é uma forma de o<br />

Executivo dar um sinal de empenho<br />

na redução do défice (ver página<br />

7).<br />

Segurança Social corta<br />

subsídio mais cedo<br />

No documento ontem distribuído<br />

aos parceiros, o Governo sugere<br />

“encurtar” os prazos que hoje são<br />

aplicados no corte da prestação de<br />

desemprego, nomeadamente<br />

quando há recusa de ofertas de<br />

emprego. E assume o mesmo critério<br />

para faltas de comparência. Só<br />

faltasaberseo Executivoquerapenas<br />

acelerar o processo administrativo<br />

ou se também quer restringirasfaltas.Actualmente,sódetermina<br />

o fim da inscrição do desempregadoasegundafaltadecomparência<br />

no centro de emprego ou no<br />

local de trabalho para o qual tenha<br />

sido encaminhado, bem como o<br />

segundo incumprimento de apresentação<br />

quinzenal. ■<br />

possibilidades. Acabaramse<br />

os tempos das vacas<br />

gordas e dos benefícios<br />

sociais e pensões chorudas.<br />

Temos mesmos de apertar<br />

os cintos e bem<br />

apertadinhos!<br />

MANUEL DE FREITAS, VISEU<br />

Desempregados forçados a<br />

aceitar oferta igual ao subsídio<br />

A medida aplicar-se-ia a um terço dos actuais desempregados. Governo<br />

também quer limitar o valor dos subsídios de desemprego mais elevados.<br />

Cortes no subsídio<br />

de desemprego<br />

O Governo ainda não decidiu a<br />

partir de que limiar poderá<br />

aplicar o novo tecto de subsídio<br />

de desemprego. No entanto, se a<br />

decisão abarcar salários<br />

superiores a mil euros, estes<br />

sentirão a redução da prestação.<br />

Um trabalhador que formule a<br />

sua remuneração de referência<br />

(que conta com um conjunto de<br />

12 salários) através de um<br />

ordenado bruto de cerca de 1.040<br />

euros, tem hoje direito a um<br />

subsídio de 676 euros. Se o seu<br />

salário líquido for de 842 euros, o<br />

beneficiário terá um corte no<br />

valor da prestação, já que o<br />

subsídio ultrapassa 75% do<br />

ordenado líquido (cerca de 632<br />

euros). Já quem ganha o salário<br />

mínimo (475 euros) nunca seria<br />

afectado pela mudança, não<br />

sendo também essa a intenção<br />

do Executivo. Estas pessoas<br />

contam com um salário líquido de<br />

422,75 euros (descontando<br />

apenas para a Segurança Social)<br />

e recebem um subsídio de 308,75<br />

euros. O valor mantém-se já que<br />

75% do salário líquido ultrapassa<br />

aquele montante (317 euros).<br />

AS OUTRAS PROPOSTAS<br />

● O Governo quer flexibilizar<br />

a acumulação de rendimentos<br />

de trabalho com prestações,<br />

“nomeadamente” de desemprego<br />

parcial, o que abre a porta<br />

à introdução deste regime<br />

no caso de empregos a tempo<br />

inteiro, tal como a UGT sugeria.<br />

● Para combater a fraude,<br />

o Governo propõe que os<br />

trabalhadores tenham de se<br />

inscrever na Segurança Social<br />

antes de começarem a trabalhar.<br />

● Metade das entrevistas de<br />

emprego que ocorram em áreas<br />

consideradas prioritárias (a partir<br />

de indicadores de recusa de<br />

emprego) serão acompanhadas<br />

por técnicos de emprego.<br />

● Os Gabinetes de Inserção<br />

Profissional terão metas<br />

quantificáveis de inserção<br />

profissional e colocações.<br />

● Prioridade à integração<br />

de beneficiários de baixas<br />

prestações em contratos<br />

de emprego-inserção<br />

(trabalho social).<br />

● Maior eficácia na aplicação<br />

de sanções.<br />

● Designação de 200 gestores<br />

de ofertas.<br />

● Todas as medidas adoptadas<br />

serão avaliadas no prazo<br />

de um ano pela Comissão<br />

de Acompanhamento.<br />

O manifesto do DE está<br />

correcto. Penso que<br />

realmente os dois maiores<br />

partidos (PS e PSD) devem<br />

chegar o mais rapidamente<br />

aumacordosérioequese<br />

deixem de “guerras” de<br />

politiquice que não leva a<br />

lado nenhum. Tenho<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

ANTÓNIO CARLOS SANTOS<br />

Antigo secretário de Estado<br />

dos Assuntos Fiscais<br />

“Não é impensável<br />

um cenário<br />

mais exigente”


esperança que depois da<br />

mudança do presidente do<br />

PSD, agora, o PS e PSD se<br />

vão entender. Caso não<br />

façam esse esforço, então<br />

o País estará MUITO MAL.<br />

F. PINTO, S. J. MADEIRA<br />

Oqueénecessário,em<br />

O coordenador do grupo de peritos<br />

para o estudo da política fiscal, não<br />

afasta medidas mais exigentes na<br />

despesa. E dúvida que o aumento<br />

do IVA seja eficaz.<br />

Como avalia as medidas do PEC<br />

no lado da despesa?<br />

As medidas pretendem contribuir<br />

para a redução do défice, com<br />

contidos impactos sociais. O<br />

congelamento salarial na<br />

Administração Pública é uma<br />

medida conjuntural de curto prazo.<br />

Não é impensável ser necessário<br />

um cenário mais exigente, quer no<br />

lado da redução da despesa, em<br />

especial da corrente, e da<br />

contenção de despesa por<br />

primeiro lugar, é manter a<br />

calma e evitar alarmismos<br />

hipócritas. Um<br />

entendimento entre PS e<br />

PSD era bem-vindo. Mas o<br />

problema não está<br />

exactamente nos partidos.<br />

Está na imensa maioria de<br />

neoliberais<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Teixeira dos Santos, participou ontem na habitual reunião semanal do<br />

Presidente da República com o primeiro ministro, no Palácio de Belém, que<br />

durou cerca de uma hora e quarenta minutos. A participação de um<br />

ministro nos encontros regulares entre Cavaco Silva e José Sócrates não é<br />

comum, e ocorreu no mesmo dia em Cavaco Silva promulgou o Orçamento<br />

do Estado para 2010, na última quinta-feira. O OE entra hoje em vigor.<br />

adiamento ou anulação de<br />

projectos de investimento menos<br />

urgentes ou justificáveis.<br />

Enadespesafiscal?<br />

Apesar da significativa redução da<br />

despesa fiscal, que é apresentada<br />

como alternativa à subida de taxas<br />

de imposto, sou ainda favorável à<br />

introdução de limites à despesa<br />

fiscal (como a definição de um<br />

tecto global e de um tecto de<br />

crescimento relativamente ao PIB)<br />

a considerar em cada Orçamento.<br />

E o aumento do IVA, por<br />

exemplo, em 1 ponto?<br />

Mesmo que fosse mais simples, as<br />

anteriores subidas de taxas do IVA<br />

permitem pôr em dúvida que essa<br />

(independentemente dos<br />

partidos) que passam a<br />

vida a destilar veneno. O<br />

que mudou de há dois<br />

meses para cá que<br />

justifique o alarmismo<br />

actual? Isto é sobretudo<br />

especulação. E<br />

especulação que visa mais<br />

soluçãofosseamaiseficaz.Mas<br />

mais justa não seria certamente. O<br />

IVA é, por definição, um imposto<br />

regressivo. Só quem tenha<br />

desistido de utilizar a fiscalidade<br />

como instrumento de<br />

redistribuição, um imperativo<br />

constitucional, apostará nessa<br />

solução. A subida de 1 % da taxa<br />

normal reportada a 2009 valeria<br />

cercade350milhõesdeeuros,<br />

dependendo o valor final do IVA<br />

arrecadado do nível de evasão e<br />

fraude que um aumento de taxa<br />

propiciaria. Nas experiências<br />

anteriores de subidas de taxas, a<br />

receita foi normalmente inferior ao<br />

valor estimado. ■ L.S<br />

o euro que a pequenina<br />

economia portuguesa. E a<br />

especulação assim como<br />

vem também vai,<br />

independentemente do<br />

que façamos e do que<br />

preguem os neoliberais.<br />

Esta situação vai-se<br />

manter até à aprovação<br />

Mais valias<br />

comtaxade20%<br />

O Governo decidiu<br />

✔ aumentar a taxa de<br />

tributação das mais-valias de<br />

10% para 20% e acabar com a<br />

isenção para as acções detidas<br />

há menos de um ano. A<br />

proposta de lei foi aprovada no<br />

Conselho de Ministros de há<br />

uma semana e irá agora para o<br />

Parlamento. O ministro<br />

explicou que o regime prevê<br />

que todas as mais-valias<br />

realizadas este ano ficam já<br />

sujeitas às novas regras. O<br />

cálculo será feito através do<br />

saldo entre as mais valias e as<br />

menosvaliaseosprimeiros<br />

500 euros estão isentos.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 7<br />

SEIS MEDIDAS DO PEC DÃO OS PRIMEIROS PASSOS<br />

Faz hoje uma semana que o<br />

Governo deu o pontapé de saída<br />

na implementação do Programa de<br />

Estabilidade e Crescimento (PEC)<br />

com a aprovação de três medidas<br />

no Conselho de Ministros:<br />

tributação das mais-valias,<br />

portagens nas SCUT e taxa de<br />

45% no IRS. Ontem, pressionado<br />

pelo pânico que se instalou nos<br />

mercados, o Governo reuniu com<br />

o PSD e viu-se obrigado a avançar<br />

commaistrês.Destavez,José<br />

Sócrates explicou que para 2010<br />

foi antecipada a entrada em vigor<br />

das novas regras do subsídio de<br />

desemprego (ver texto ao lado),<br />

as auditorias às prestações sociais<br />

e da nova lei de condição de<br />

recursos. No entanto, uma das<br />

principais medidas da área fiscal<br />

e também das mais difíceis de<br />

aprovar - o tecto nas deduções à<br />

colecta - ainda não viu a luz do dia.<br />

SCUT portajadas<br />

a 1 de Julho<br />

O Governo vai introduzir<br />

✔ portagens nas autoestradas<br />

onde até agora o<br />

utilizador não tinha de pagar<br />

nada. A medida está prevista<br />

no PEC e na semana passada,<br />

com a sua aprovação no<br />

Conselho de Ministros, ficou<br />

definida a entrada em vigor.<br />

São três as concessões<br />

rodoviárias que passarão a ter<br />

portagens: Costa de Prata<br />

(entre Mira e Porto), Grande<br />

Porto (área urbana da capital<br />

nortenha) e Norte Litoral (entre<br />

oPortoeFronteiracoma<br />

Galiza). As outras quatro SCUT<br />

mantêm-se sem portagens.<br />

da ajuda à Grécia<br />

em 10 de Maio.<br />

REALISTA, PORTO<br />

Não embarquemos<br />

em falsas soluções,<br />

de remedeio, porque<br />

não é disso que os<br />

portugueseseosseus<br />

Avaliar financeiramente<br />

os que recebem apoios<br />

Os beneficiários de<br />

✘ apoios sociais do regime<br />

não contributivo - ou seja, do<br />

Rendimento Social de Inserção,<br />

dos abonos de família, entre<br />

outros-vãopassaraterde<br />

provar que não têm<br />

rendimentos suficientes para<br />

ficarem excluídos daquele<br />

apoio. E por rendimentos não<br />

se entende apenas o salário,<br />

mas também, por exemplo, o<br />

património. A nova lei de<br />

condição de recursos, que está<br />

prevista no PEC, vai já avançar<br />

esteanoefazpartedolotede<br />

três medidas que o Governo diz<br />

ter antecipado para 2010.<br />

Auditorias e fiscalizações<br />

às prestações sociais<br />

Todas as prestações<br />

✘<br />

sociais vão ser objecto<br />

de auditoria e fiscalização. A<br />

intenção do Governo é verificar<br />

se os beneficiários das ajudas<br />

do Estado reúnem de facto as<br />

condições de acesso aos<br />

apoios. A medida foi<br />

apresentada pelo Governo<br />

como sendo uma das que será<br />

antecipada para este ano, com<br />

o objectivo de sinalizar o<br />

empenho do Governo na<br />

redução do défice. No plano de<br />

combate à fraude, o Ministério<br />

de Helena André prevê 40 mil<br />

acções de fiscalização ao RSI,<br />

mais 2,8% que em 2009.<br />

Mais ricos pagam<br />

IRS de 45%<br />

Depois de na legislatura<br />

✔ anterior ter criado o<br />

novo escalão de IRS de 42%, o<br />

Governo avança agora com<br />

uma nova taxa: 45% para<br />

rendimentos superiores a 150<br />

mil euros. A medida foi<br />

aprovada no Conselho de<br />

Ministros da passada quinta-<br />

-feira e, sendo uma matéria<br />

fiscal, ainda terá de passar pela<br />

Assembleia da República.<br />

A medida apesar de render 30<br />

milhões aos cofres do Estado,<br />

é a que menos vai ajudar<br />

a reduzir o défice. A nova taxa<br />

aplica-se aos rendimentos<br />

obtidos em 2010.


8 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

MANIFESTO<br />

ENTENDAM-SE<br />

Rui Barroso e<br />

Tiago Figueiredo Silva<br />

rui.barroso@economico.pt<br />

O mercado continua a castigar as<br />

Obrigações do Tesouro a dez anos,<br />

a menos de um mês do Estado ter<br />

de reembolsar 6,9 mil milhões de<br />

euros de dívida nacional. A taxa<br />

(‘yield’) exigida pelos investidores<br />

para deterem dívida portuguesa a<br />

dez anos subiu ontem pela nona<br />

sessão consecutiva.<br />

Pouco antes das declarações de<br />

entendimento entre o Governo e o<br />

PSD sobre as medidas a tomar<br />

para reduzir o défice, a ‘yield’ das<br />

obrigações nacionais chegou<br />

mesmo a superar a fasquia dos<br />

6%, o valor mais alto desde 1997.<br />

No entanto, o ritmo na escalada<br />

dos juros da República diminuiu<br />

durante a tarde, com a taxa a situar-se<br />

nos 5,809%. Desde o início<br />

da semana os juros da dívida a<br />

dez anos encareceram 16,5%.<br />

Mas, numa altura em que o Estado<br />

se prepara para ir ao mercado<br />

emitir Bilhetes do Tesouro a<br />

seis meses para encaixar entre<br />

500 a 750 milhões de euros, o<br />

credores necessitam.<br />

O que os portugueses e os<br />

seus credores necessitam<br />

é que o Estado seja<br />

produtivo, isto é, seja<br />

eficaz e eficiente, que<br />

concentre as suas tarefas<br />

apenas naquilo que devem<br />

ser as suas obrigações,<br />

Juros da República romperam os<br />

6% pela primeira vez em 13 anos<br />

Mercado de dívida viveu sessão volátil. Juros das Obrigações a dez<br />

anos superaram os 6% durante a sessão. Fecharam o dia nos 5,809%.<br />

ESCALADA NOS JUROS<br />

Evolução das ‘yields’ das<br />

Obrigações do Tesouro nacionais<br />

a dois e dez anos em 2010.<br />

6,0<br />

3,5<br />

Dez anos<br />

Dois anos<br />

1,0<br />

31 Dez 09<br />

Fonte: Bloomberg<br />

28 Abr 10<br />

libertando-se rapidamente<br />

de todas as outras tarefas,<br />

e execute bem essas<br />

tarefas, com as melhores<br />

práticas e melhoria<br />

contínua, combatendo<br />

tudo o que é desperdício e<br />

tudo o que é fraude e fuga<br />

fiscal, sem piedade mas<br />

mercado deu uma trégua ligeira à<br />

dívida com maturidade mais curta.<br />

Os juros das OT a dois anos interromperam<br />

um ciclo de 11 sessões<br />

seguidas de fortes subidas,<br />

descendo dos 4,915% para os<br />

4,833%. Apesar do aligeirar de<br />

ontem da ‘yield’ das OT a dois<br />

anos, só desde o início da semana,<br />

os juros destes títulos subiram<br />

mais de 60%, o que causa preocupação<br />

nos analistas.<br />

“Os riscos de ‘default’ estão a<br />

aumentar e o FMI precisa de reagir<br />

rapidamente. A Grécia e, em<br />

breve, Portugal simplesmente<br />

não conseguirão aguentar as taxas<br />

actuais, independentemente<br />

de quão dramáticos sejam os cortes<br />

na despesa pública”, defenderam<br />

ontem os especialistas do<br />

banco escandinavo SEB Enskilda.<br />

“O trabalho das autoridades é<br />

tentar contrariar esta tendência.<br />

Oproblemaéquesetemdeemitir<br />

dívida para refinanciar a dívida<br />

existente”, referiu o analista da IG<br />

Markets, Duarte Leite de Castro.<br />

De acordo com dados da entidade<br />

que gere o crédito público, o<br />

Estado terá de reembolsar em<br />

com forte sentido de<br />

responsabilidade e<br />

exemplo.<br />

ROSA PRATAS<br />

Concordo plenamente, mas<br />

aculpaédetodos<br />

portanto o esforço deve<br />

ser repartido por todos. Já<br />

PATRÕES LOUVAM “ENTENDIMENTO” ENTRE GOVERNO E PSD E APELAM A “GRANDE CONSENSO PATRIÓTICO”<br />

“É urgente construir um consenso nacional que possibilite e credibilize as medidas difíceis que têm de ser<br />

tomadas. Por isso, a AEP e a AIP-CE registam com muita satisfação o sinal de entendimento e colaboração que<br />

acaba de ser dado”, disseram as associações em comunicado que apela à contenção do investimento público.<br />

DR<br />

5,627 mil milhões de euros os detentores<br />

de OT que chegam à maturidade<br />

a 20 de Maio e em 1,286<br />

mil milhões os investidores da sériedeBTquevencea21deMaio.<br />

Custo de protecção sobre Portugal<br />

tem maior descida do mundo<br />

Já o mercado de ‘credit-default<br />

swaps’ deu sinais animadores<br />

ontem. O custo pago pelos investidores<br />

para se protegerem<br />

de um eventual incumprimento<br />

da República foi o que mais<br />

desce no mundo, segundo dados<br />

da consultora CMA. A cotação<br />

caiu 15,90% para os<br />

324,55 pontos. Ainda assim, de<br />

acordo com a CMA os preços<br />

indicam que o mercado está a<br />

incorporar uma probabilidade<br />

de ‘default’ de 24,52%.<br />

A Grécia também viu o preço<br />

dos seguros sobre a sua dívida<br />

descer, apesar do mercado continuar<br />

a não dar tréguas aos juros<br />

das obrigações helénicas. A<br />

‘yield’ das obrigações a dois<br />

anos subiu para os 15,9%. Já a<br />

taxa dos títulos a dez anos atingiu<br />

os 9,971%. ■<br />

ouvi alguns “doutores<br />

catedráticos” da nossa<br />

praça apontarem baterias<br />

só para alguns, cuidado,<br />

isso é criar divisões sociais<br />

quando o País precisa de<br />

união e esforço.<br />

RICARDO<br />

COLUNA VERTEBRAL<br />

Mercado<br />

JOÃO PAULO GUERRA<br />

A expressão “o mercado funciona”<br />

como “o mercado regula”<br />

perdeu todo o sentido embora<br />

tenha ganho um enorme significado.<br />

O mercado não funciona<br />

eportantonãoregula.Oque<br />

funciona, e à grande, é a especulação.<br />

E nas mãos dos especuladores,<br />

os destinos de países<br />

e de povos parecem barquinhos<br />

de papel lançados ao mar no<br />

Cabo das Tormentas.<br />

À crise provocada pela delinquência<br />

financeira segue-se a<br />

crise provocada pelos especuladores.<br />

Ninguém o quer reconhecer<br />

mas o que está verdadeiramente<br />

em crise é o capitalismo.Depoisdeenterrardevez<br />

toda e qualquer preocupação de<br />

índole social, depois de arrasar<br />

conquistas sociais históricas, o<br />

capitalismo submerge numa<br />

imensa crise porque não consegue<br />

satisfazer todos os patamares<br />

de ganância sem que ele<br />

próprio se afunde.<br />

Há poucos meses, dos “capitalistas<br />

selvagens” aos “socialistas<br />

modernos” – que dificilmente<br />

se distinguem dos capitalistas<br />

do século XIX – todos<br />

diziamquenadavoltariaaser<br />

como dantes em matéria de direitos<br />

sociais ou seja, de direitos<br />

humanos de âmbito social: Ninguém<br />

será mantido em escravidão<br />

ou servidão; todos têm direito<br />

ao trabalho, à protecção<br />

contra o desemprego, a remuneração<br />

justa e satisfatória, ao<br />

repouso e ao lazer, a um padrão<br />

de vida capaz de assegurar a<br />

saúde e bem-estar. Mas agora<br />

ninguém se entende porque os<br />

vencedores dessa guerra contra<br />

direitos humanos não conseguem<br />

chegar a acordo quanto à<br />

partilha do saque. O “capitalismo<br />

selvagem” passou os limites<br />

da selvajaria.<br />

E depois as receitas são sempre<br />

as mesmas, sejam quais forem<br />

os agentes ou as causas das<br />

crises: espremem-se mais um<br />

pouco os que vivem do trabalho<br />

assalariado. Nunca como hoje se<br />

percebe tão bem o que queria<br />

dizer Almeida Garrett ao falar<br />

do número de pobres necessário<br />

para fazer um rico. ■<br />

joaopaulo.guerra@economico.pt


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10 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

MANIFESTO<br />

ENTENDAM-SE<br />

ABERTURA NA TERÇA-FEIRA<br />

7493,94 pontos<br />

As oito horas e meia de caos na bolsa<br />

Num dia de verdadeira montanha-russa, o PSI 20 termina a recuar quase 2% e regista a sessão mais<br />

“<br />

Tiago Figueiredo Silva<br />

e Rui Barroso<br />

tiago.silva@economico.pt<br />

A sessão de ontem da praça lisboeta<br />

foi o equivalente a comprar<br />

um bilhete para andar numa das<br />

“montanhas-russas” espalhadas<br />

pelo mundo. Ao longo das oito<br />

horas de negociação, o PSI 20 enfrentou<br />

um sobe-e-desce como<br />

há muito não se via. O despertar<br />

não podia ter sido mais abrupto,<br />

com o índice a resvalar uns históricos<br />

6,54%. Mas a hora de almoço<br />

abriu o apetite dos investidores.<br />

A esperança de que fossem<br />

revelados novos detalhes no planodeajudaàGréciaeoentendimentoentrePSePSDlevaramo<br />

PSI 20 a subir 1%. No entanto, o<br />

desfecho da sessão viria a ditar a<br />

estocada final, com a bolsa nacional<br />

a registar uma queda de<br />

1,89%, numa sessão em que 11<br />

empresas tocaram mínimos de,<br />

pelo menos, mais de um ano.<br />

Além do caos e da incerteza<br />

terem sido as características do-<br />

Entendam-se?! É preciso<br />

ter lata. Devia ser antes um<br />

ultimato ao Governo:<br />

Resolvam. E se não são<br />

capazes demitam-se.<br />

Também podem fugir - aliás<br />

nem sequer seriam os<br />

primeiros. Já outros o<br />

fizeram antes, ainda que<br />

Os dois dias “loucos” vividos pelo PSI 20<br />

As últimas duas sessões do índice de referência nacional tem sido uma<br />

verdadeira “loucura”. O desempenho do PSI 20 oscilou ao “sabor” das<br />

notícias relativas ao ‘rating’ nacional e à crise de dívida na Grécia.<br />

Depois de na terça-feira ter registado a sessão mais “negra” do último<br />

ano e meio, ontem, o sobe-e-desce foi uma constante. Contas feitas, o<br />

PSI 20 acumula uma perda de 7,15% nas últimas duas sessões.<br />

minantes, a sessão entrou para os<br />

livros de história do PSI 20, pelo<br />

facto de nunca se terem negociado<br />

tantas acções como ontem.<br />

Contas feitas, trocaram de mãos<br />

mais de 271 milhões de acções<br />

num montante de 508 milhões<br />

de euros. Na prática, isto significa<br />

que num só dia foram transaccionados<br />

quase cinco vezes<br />

mais títulos do que a média de<br />

volume verificada desde o arranquedoano.<br />

O recorde anterior do dia<br />

mais movimentado de sempre<br />

remontavaa16deFevereirode<br />

2007, com a revisão em alta da<br />

OPA lançada pela Sonaecom sobre<br />

a PT a fazer disparar o volume<br />

de negócios para os 266,5<br />

milhões de títulos. O principal<br />

contributo para o volume histórico<br />

veio do BCP. O banco liderado<br />

por Carlos Santos Ferreira,<br />

que chegou a afundar 17% para<br />

negociar num novo mínimo recorde<br />

de 0,55 euros. Negociou<br />

150 milhões de títulos que representaram<br />

mais de metade do<br />

para cargos dourados na<br />

esfera internacional, depois<br />

de deixarem o lodo e a<br />

podridão para trás. E<br />

também não vamos lá com<br />

um governo presidencial.<br />

Não esquecer o grande<br />

contributo que o actual PR<br />

deu com a história da “boa<br />

É noticiado<br />

que a S&P se<br />

prepara para<br />

cortar o ‘rating’<br />

de Portugal.<br />

Para já não acredito<br />

que a volatilidade<br />

acabe. No final<br />

do dia a S&P cortou<br />

o ‘rating’ de Espanha,<br />

portanto espera-se<br />

queapressão<br />

continue” hoje.<br />

Duarte Leite de Castro<br />

IG Markets<br />

moeda”. Para não falar que<br />

agora, como antes, à frente<br />

dos outros estará o seu<br />

próprio interesse.<br />

ISA<br />

Não existem Portugueses<br />

de Esquerda ou de Direita.<br />

Existem apenas<br />

S&P baixa<br />

‘rating’ de<br />

Portugal em dois<br />

níveis para A-.<br />

ABERTURA<br />

DE ONTEM<br />

-4,33%<br />

nos 6.843<br />

pontos.<br />

S&P coloca<br />

dívida grega<br />

em ‘junk bond’.<br />

total transaccionado no PSI 20.<br />

“Háfugadeinvestidorese,<br />

dado o elevado volume, são os<br />

institucionais que estão a sair”,<br />

justificou o analista da IG<br />

Markets, Duarte Leite de Castro,<br />

ao Diário <strong>Económico</strong>. O CEO da<br />

corretora Dif Broker foi mais longe<br />

ao considerar que “este dia<br />

histórico apenas é comparável,<br />

em termos de volume, aos<br />

‘crashs’ de 1998 e 1998, com a<br />

crise da América Latina, dia em<br />

que a bolsa abriu a baixar quase<br />

20%”. Pedro Lino refere que “assistimos<br />

a quedas superiores a<br />

12% de acções principais, o que<br />

indicia que o pânico tomou conta<br />

dos investidores”.<br />

Além do pânico, que se agudizou<br />

depois da Standard &<br />

Poor’s ter cortado o ‘rating’ de<br />

Espanha (ver pág. 13), a volatilidade<br />

poderá ser o melhor adjectivo<br />

para caracterizar o dia<br />

de ontem. Reflexo disso, a diferença<br />

entre o mínimo e o máximodoPSI20duranteodia,que<br />

atingiu os 8,9%, o sexto dife-<br />

Portugueses! A obrigação<br />

de quem assume a<br />

responsabilidade de<br />

governar é a de garantir<br />

que Portugal sobreviva<br />

independente e soberano. É<br />

OBRIGAÇÃO deles garantir<br />

que todos aqueles que<br />

querem trabalhar o possam<br />

Depois do fecho do mercado,<br />

a S&P cortou os ‘ratings’ dos bancos<br />

portugueses. O líder do PSD anunciou<br />

que iria reunir-se de emergência<br />

com José Sócrates e o ministro das<br />

Finanças garantiu que o país iria<br />

fazer o que fosse necessário para<br />

eliminar o défice. Bolsa caiu 5,36%.<br />

rencial mais elevado de sempre.<br />

“Após as vendas de acções e<br />

com a estabilização dos mercados<br />

europeus, muitos investidores<br />

quevenderamosseustítulosvoltaram<br />

a recomprar, originando<br />

esta volatilidade histórica”, referiu<br />

Pedro Lino. Já o ‘trader’ da<br />

GoBulling, Bruno Costa, disse<br />

que “a volatilidade reflecte quase<br />

sempre a aversão ao risco esperada,<br />

pelo que as novas intervenções<br />

das agências de ‘rating’ e as<br />

promessas de mais cortes no curto-prazo<br />

para outros países agitouosentimentodomercado”.<br />

A somar a isto, o PSI 20 é o<br />

segundo índice mais volátil nos<br />

últimos 20 e nos últimos 30<br />

dias, sendo apenas superado<br />

pela inevitável bolsa grega. Tendo<br />

em conta os especialistas, a<br />

volatilidade veio para ficar.<br />

“Para já não acredito que a volatilidade<br />

acabe. No final do dia a<br />

S&P cortou o ‘rating’ de Espanha,<br />

portanto espera-se que a<br />

pressão continue” hoje, perspectiva<br />

Leite de Castro. ■


sem ter na sua sombra o<br />

medo de falhar. Vamos lá<br />

Portugueses. Tempos<br />

difíceis todos conhecemos<br />

desde tenra idade. É a<br />

nossa realidade.<br />

PEDRO<br />

A culpa é só do governo.<br />

José Sócrates e Passos Coelho<br />

indicaram um entendimento para<br />

responder à crise. O Governo anunciou<br />

a antecipação de medidas do PEC.<br />

portuguesa<br />

movimentada da sua história.<br />

OS TÍTULOS MAIS NEGOCIADOS NA SESSÃO DE ONTEM<br />

Carlos Santos<br />

Ferreira<br />

Presidente do<br />

BCP<br />

O banco liderado por Carlos<br />

Santos Ferreira foi ontem a<br />

cotada mais transaccionada.<br />

150,56 milhões<br />

António Mexia<br />

presidente da<br />

EDP<br />

A eléctrica ocupa o último lugar<br />

do pódio das cotadas mais<br />

negociadas na sessão de ontem.<br />

27,5 milhões<br />

Não é da oposição. Quem<br />

manda pode. Sócrates<br />

sabe muito bem tomar<br />

medidas sozinho quando<br />

visa a classe média, por<br />

exemplo. O que fez nos<br />

últimos tempos contra o<br />

défice? Nada. Ainda<br />

perseguiram a Manuela<br />

Paula Nunes<br />

FECHO DE ONTEM<br />

-1,89% para<br />

7.016,9 pontos<br />

S&P baixa<br />

classificação<br />

da dívida<br />

de Espanha<br />

Paulo Azevedo<br />

presidente da<br />

Sonae SGPS<br />

Pelas mãos dos investidores<br />

foram trocados quase 30 milhões<br />

de acções da Sonae SGPS<br />

29,1 milhões<br />

Ricardo<br />

Salgado<br />

presidente do<br />

BES<br />

Além do rival BCP, o BES também<br />

representa o sector ao ser a<br />

quarta cotada mais negociada.<br />

12,45 milhões<br />

Ferreira Leite só porque<br />

falou de défice. Como<br />

cidadão deste país também<br />

sou afectado, mas só<br />

lamento as pessoas<br />

embarcarem em fantasias.<br />

Pagam todos a factura de<br />

uma má governação... É<br />

uma tristeza um país não<br />

Vender, comprar ou apostar<br />

nas quedas?<br />

Rui Barroso<br />

e Tiago Figueiredo Silva<br />

rui.barroso@economico.pt<br />

Antes de se dar início à negociação<br />

em bolsa nos últimos dias, os<br />

mercados deveriam conter a seguinte<br />

mensagem: “Esta sessão é<br />

susceptível de ferir a carteira dos<br />

investidores mais susceptíveis”.<br />

O nervosismo do PSI 20 está em<br />

máximos e as acções nacionais<br />

estãonoolhodofuracãodos<br />

mercados. Os especialistas não se<br />

arriscam a prever o fim da volatilidade,<br />

mas, dependendo do perfil<br />

e dos objectivos dos investidores,<br />

há decisões que podem servir<br />

de paliativo aos portefólios dos<br />

investidores.<br />

1<br />

DEVO VENDER AS ACÇÕES<br />

NACIONAIS?<br />

Tudo depende do seu horizonte<br />

de investimento. Os investidores<br />

de médio e longo prazo poderão<br />

ter o factor tempo a ajudar a diluir<br />

as perdas das últimas sessões. No<br />

entanto, convém sempre estipular<br />

o limite máximo de perdas que<br />

está disposto a assumir e desfazer-se<br />

das posições quando os<br />

activos atingirem o valor mínimo<br />

pré-definido, colocando ‘stop<br />

losses’, por exemplo. Outro factor<br />

ateremcontaéaalturaemque<br />

entrou no mercado. Se ainda está<br />

a ganhar dinheiro com as suas<br />

posições e não tiver nervos de aço<br />

para enfrentar o ‘stress’ dos mercadostemsempreaopçãoderealizar<br />

mais-valias. Mas, acima de<br />

tudo, “os investidores não devem<br />

entrar em pânico e devem ter<br />

sempre em consideração os objectivos<br />

iniciais que levaram ao<br />

investimento”, referiu o CEO da<br />

Dif Broker, Pedro Lino.<br />

2<br />

AS ACÇÕES FICARAM EM<br />

SALDOS COM AS QUEDAS?<br />

Mesmo com as quedas da bolsa<br />

nacional, o PSI 20 não está em<br />

saldos. “Em termos de valor, o<br />

PSI20 perdeu cerca de 50% da recuperação<br />

efectuada desde Março<br />

de 2009, o que o coloca com um<br />

rácio de preço face aos resultados<br />

(PER – rácio dos mais usados na<br />

controlar suas contas. Falta<br />

de responsabilidade...<br />

AMÂNDIO MARTINS, SEIXAL<br />

Portanto, a bola está do<br />

lado dos governantes. A<br />

forma de resolver a<br />

situação (a sério!) vai<br />

obrigar a retirar muitos<br />

avaliação de atractividade dos activos)<br />

na ordem dos 12.73 (2010) e<br />

10.20 (2011), o que continua ligeiramente<br />

acima da média dos países<br />

mais desenvolvidos na Europa,<br />

podendo condicionar a atractividade<br />

no curto-prazo”, explica<br />

o ‘trader’ da GoBulling, Bruno<br />

Costa. Apesar disto, pode haver<br />

investidores que entendam que<br />

há acções na bolsa a negociar<br />

abaixo do seu potencial. Mas<br />

quem quiser arriscar e tirar partido<br />

das descidas tem de ter sempre<br />

presente que não deve investir<br />

capital que lhe seja necessário no<br />

futuro. “Creio que para o longo<br />

prazoestaéumaboaentrada,<br />

mas o investidor não pode aplicar<br />

capital que irá necessitar”, alerta<br />

Pedro Lino. Outra opção é aproveitar<br />

os momentos de fraqueza<br />

para entrar aos poucos nos mercados,<br />

por exemplo, em empresas<br />

que tenham potencial para crescer<br />

nos próximos anos. No entanto,<br />

“para quem não quer ter<br />

‘stress’ o melhor é mesmo esperar”,<br />

referiu o analista da IG<br />

Markets, Duarte Leite de Castro.<br />

3<br />

QUAIS OS SECTORES<br />

A EVITAR?<br />

A turbulência das bolsas tem origem<br />

na dívida soberana. Os ana-<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 11<br />

Até que ponto está<br />

disposto a enfrentar o<br />

‘stress’ dos mercados?<br />

Não investir dinheiro<br />

que seja necessário<br />

no futuro, estabelecer<br />

as perdas máximas<br />

que consegue<br />

suportar e ter sempre<br />

presente os objectivos<br />

de investimento<br />

são regras de ouro<br />

para fintar o ‘stress’<br />

da bolsa.<br />

benefícios sociais por que<br />

os sindicatos tanto<br />

trabalharam... Depois terão<br />

de começar de novo. Mas<br />

esta transição súbita vai<br />

levar a que eles se queixem<br />

e muito, claro! Greves e<br />

mais greves estão no<br />

horizonte.<br />

listas referem que o aumento dos<br />

custos de financiamento do Estado<br />

também se reflectirão no<br />

sector financeiro, um dos mais<br />

fustigadosembolsacomacrise.<br />

Para além disto, as maiores<br />

casas de investimento internacionais<br />

recomendam evitar títulos<br />

com níveis de endividamento<br />

elevado.<br />

4<br />

QUAIS AS ALTERNATIVAS<br />

À BOLSA NACIONAL?<br />

Apesar da bolsa nacional registar<br />

perdas desde o início do<br />

ano, há mercados que estão a<br />

conseguirbrindarosinvestidores<br />

com ganhos . “O que<br />

está sob pressão é o Sul da Europa.<br />

Os resultados empresariais<br />

das maiores empresas têm<br />

sido bons e vêm confirmar um<br />

cenário de alguma recuperação<br />

económica no mundo”. As<br />

bolsas dos EUA levam ganhos<br />

de 6,8% desde o início do ano<br />

eaalemãsobemaisde2%.<br />

Outra opção passa por investir<br />

em fundos com classes de activos<br />

de menor risco, como<br />

obrigações empresariais ou de<br />

países sem desequilíbrios orçamentais<br />

preocupantes. Para<br />

os mais conservadores, que<br />

prefiram sacrificar as perspectivas<br />

de retorno pela segurança,<br />

há ainda os depósitos.<br />

5<br />

É POSSÍVEL GANHAR<br />

COMASQUEDASDABOLSA?<br />

É. Através da utilização de instrumentos<br />

derivados que permitem<br />

tomar posições curtas,<br />

ou seja, que lucram com a descida<br />

dos activos (acções ou índices)<br />

como ‘contracts for<br />

differences’ (CFD), ‘exchange-traded<br />

funds’ (ETF) ou futuros.<br />

No entanto, estes instrumentos<br />

são apenas recomendados<br />

para investidores<br />

experientes e, em alguns casos,<br />

permitem o recurso à alavancagem,<br />

o que potencia os<br />

ganhos ou as perdas. O recurso<br />

a estas técnicas pode ainda ser<br />

uma solução para os investidores<br />

que queiram proteger o<br />

portefólio, apostando nas descidas<br />

para compensar as eventuais<br />

perdas que os activos em<br />

carteira possam sofrer. ■


12 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

DESTAQUE<br />

MANIFESTO<br />

ENTENDAM-SE<br />

Luís Rego, em Bruxelas<br />

luis.rego@economico.pt<br />

Com o contágio da situação grega<br />

a atingir Madrid, depois de<br />

Lisboa, os europeus e o FMI viram-se<br />

obrigados ontem a pisar<br />

a fundo no acelerador das negociações<br />

para ultimar os detalhes<br />

de uma ajuda, que poderá chegar<br />

a 120 mil milhões de euros,<br />

libertando Atenas de recorrer ao<br />

mercado de capitais durante os<br />

próximos três anos.<br />

Esta soma foi ontem avançada<br />

pelo presidente do Fundo Monetário<br />

Internacional, Dominique<br />

Strauss-Kahn, numa reunião em<br />

Berlim com a chanceler alemã,<br />

Angela Merkel e líderes de várias<br />

organizações económicas mundiais.<br />

Neste cenário, de “100 e 120<br />

mil milhões” avançado em Berlim,<br />

os Estados europeus assumiriam<br />

uma fatia de dois terços - 67<br />

a 80 mil milhões, o que é mais do<br />

dobro dos 30 mil milhões já acordados.<br />

De acordo com a repartição<br />

acordada (chave do capital do<br />

BCE), Portugal teria de montar<br />

um empréstimo de 1,7 a dois mil<br />

milhões, ou seja entre 1 a 1,2% do<br />

Aconteceu na Grécia e vai<br />

acontecer cá.<br />

PEDRO C.<br />

Por favor! Deixem governar.<br />

Acabem com qualquer tipo<br />

de quezília. É altura do<br />

povo verificar quem está<br />

com Portugal e quem está<br />

AjudaàGréciapodechegar<br />

aos 120 mil milhões<br />

Europeus e FMI aceleram negociações em Atenas para travar risco de contágio.<br />

“Precisamos de<br />

um bom programa<br />

e de uma decisão<br />

rápida”, disse<br />

Trichet.<br />

“O Governo grego<br />

tem uma grande<br />

responsabilidade<br />

nacional e também<br />

perante a Europa e<br />

já a assumimos<br />

completamente”,<br />

disse George<br />

Papandreou.<br />

“A razão de preparar<br />

medidas<br />

de apoio é assegurar<br />

a estabilidade<br />

financeira e não a<br />

ajuda à Grécia, que<br />

se meteu sozinha<br />

nesta situação<br />

difícil”, disse Weber.<br />

contra. Vamos todos só<br />

votar no PSD e PS. Vamos<br />

acabar democraticamente<br />

com quem não quer ajudar<br />

a salvar Portugal. Não às<br />

greves. Sim à requisição<br />

civil para todas as greves.<br />

Prisão com trabalhos<br />

forçados para os<br />

seu PIB em 2010. Uma decisão<br />

que seria tomada na cimeira de líderes<br />

convocada de urgência para<br />

Bruxelas para 10 de Maio. O FMI<br />

não assume as contas, mas os valores<br />

foram tornados públicos<br />

pelo líder do grupo parlamentar<br />

do Partido Verde, Jürgen Trittin e<br />

por Thomas Opperman, responsável<br />

do SPD, também presentes<br />

nesse encontro.<br />

Os mercados acalmaram ontem<br />

ligeiramente, mas a taxa de<br />

juro para as obrigações a dois anos<br />

à Grécia está agora a 16%, o dobro<br />

dasemanapassadaeamaiordo<br />

mundo, pior que Argentina ou<br />

Venezuela. A descida do ‘rating’<br />

da S&P à Espanha (ver texto ao<br />

lado) fez soar novos alarmes.<br />

Strauss-Khan adverte que “se<br />

não estancarmos [o problema] na<br />

Grécia, [a crise] pode ter consequências<br />

no resto da UE”. Para<br />

Merkel “é completamente claro<br />

que as negociações […] têm de<br />

acelerar agora”. E até o sempre<br />

prudente líder do BCE, Jean-<br />

Claude Trichet, diz que “precisamosdeumbomprogramaede<br />

uma decisão rápida”. Angel Gurría,<br />

o secretário-geral da OCDE<br />

instigadores da<br />

Democracia. Todos unidos.<br />

Porque o Povo Unido<br />

jamais será vencido. Vamos<br />

mostrar ao mundo que<br />

somos capazes de imitar os<br />

nossos conquistadores. De<br />

mãos dadas tudo se<br />

consegue. Hoje é difícil.<br />

Tobias Schwarz / Reuters<br />

A chanceler Angela Merkel foi ontem a anfitrião<br />

das principais organização internacionais. À<br />

mesa estiveram Angel Gurria, director-geral da<br />

OCDE, Robert Zoellick, presidente do Banco<br />

Mundial, Dominique Strauss-Kahn, director-geral<br />

do FMI para analisar os problemas da Grécia.<br />

também presente em Berlim,<br />

prefere uma visão macabra: “O<br />

contágio é como o Ébola - quando<br />

nos damos conta, temos de cortar<br />

uma perna para sobreviver”.<br />

Os mercados não baixam a<br />

guarda até ver a cor do dinheiro.<br />

“Se dissessem que temos um programaplurianualde120milmilhões<br />

já aprovados nos parlamentos,<br />

essa podia ser o tipo de mensagem<br />

que quebrava o ciclo vicioso”,<br />

diz Nick Kounis, economistachefedoFortis.Eesteatrasona<br />

decisão alemã, até o final da próxima<br />

semana, pode comprometer<br />

emissõesnãosódaGréciamas<br />

também de Portugal, explica.<br />

Mais de 60% dos alemães são<br />

contra a ajuda à Grécia mas cresce<br />

uma nova campanha na oposição<br />

em Berlim para incluir a<br />

banca privada na ajuda. O ministro<br />

de Finanças, Wolfgang<br />

Schäuble diz que essa ideia “é<br />

compreensível, mas como se implementa<br />

sem falar de uma reestruturação<br />

da dívida, o que desestabilizaria<br />

ainda mais a situação?”,<br />

questionou garantindo<br />

que “por isso é que essa questão<br />

não está na mesa em Atenas”. ■<br />

Amanhã é tarde. Obrigado<br />

a todos para o bem de<br />

todos.<br />

ANTÓNIO MATOS, SANTARÉM<br />

Que desta reunião formem<br />

um Governo/acordo de<br />

salvação nacional e que o<br />

Presidente de todos os<br />

ANÁLISE<br />

Os amigos<br />

e as ocasiões<br />

FRANCISCO SEIXAS DA COSTA<br />

Embaixador de Portugal em França<br />

Na imprensa francesa tem-se<br />

feito eco dos mais recentes ataques<br />

especulativos contra Portugal<br />

e não deixa de assinalar<br />

duas evidências: a radical diferença<br />

entre a situação portuguesaeagregae,emalgunscasos,<br />

o facto dos nossos índices<br />

não estarem muito distantes dos<br />

da França.<br />

Ninguém tinha dúvidas de<br />

que, se a situação grega evoluísse<br />

de forma negativa, Portugalseriaopróximo‘target’<br />

dos especuladores. Alguns talveznãocontassemcomum<br />

grau tão acentuado de indiferença<br />

por parte da Alemanha –<br />

o grande beneficiário do mercado<br />

interno e o país que sustenta<br />

o seu poder europeu à<br />

custa do euro, cujas drásticas<br />

condições macro-económicas<br />

impôs e que hoje são o referente<br />

pelo qual são medidos os<br />

desvios nacionais. Será que a<br />

Europa existe mesmo?<br />

As agência de ‘rating’ repercutem<br />

a perplexidade colectiva<br />

perante a hesitação e falta de<br />

solidariedade germânica. A<br />

perversidade está no facto de,<br />

ao tomarem decisões de ‘upgrading’<br />

de risco, agravarem ainda<br />

mais a situação, conduzindo os<br />

mercados a cobrarem mais pelos<br />

empréstimos. O seu lamentável<br />

impressionismo na avaliação<br />

relativa das situações nacionais<br />

confirma-as como os melhores<br />

cúmplices dos piores especuladores<br />

internacionais. Alguma<br />

novidade? ■<br />

As agência de ‘rating’<br />

repercutem<br />

a perplexidade<br />

colectiva perante<br />

a hesitação e falta<br />

de solidariedade<br />

germânica.


portugueses obrigue a<br />

decretarem medidas de<br />

corte radical na despesas e<br />

não me venham dizer que<br />

os cortes nos salários e<br />

mordomias das elites são<br />

uma gota de água no<br />

imenso problema que<br />

temos pela frente. Seria no<br />

Mónica Silvares<br />

monica.silvares@economico.pt<br />

Não há duas sem três. Assim reza<br />

o ditado que foi ontem, mais uma<br />

vez, confirmado. Depois da Grécia<br />

e de Portugal, chegou a vez de<br />

Espanha ver o seu ‘rating’ revisto<br />

em baixa pela agência de notação<br />

financeira Standard & Poor’s.<br />

As razões são as mesmas: a debilidade<br />

do crescimento, que<br />

“enfraquece a posição orçamental”,<br />

o forte nível de endividamento<br />

do sector privado, que<br />

atinge já os 178% do PIB, um<br />

mercado de trabalho pouco flexível,<br />

uma fraca capacidade exportadora<br />

e ainda, a incapacidade de<br />

PUB<br />

mínimo moralizador e<br />

incentivante.<br />

ANTÓNIO CARLOS, MINDE<br />

É, não vale a pena gritar<br />

nem entrar em fúteis<br />

histerias, os portugueses<br />

nunca lhes perdoariam (a<br />

estas duas figuras e aos<br />

cumprir a meta de consolidação<br />

orçamental.<br />

De acordo com o relatório da<br />

S&P, o défice orçamental em Espanha<br />

deverá exceder os 5% do<br />

PIB em 2013, um valor muito superior<br />

aos 3% estimados pelo<br />

Executivo socialista de José Luis<br />

Zapatero e exigido pela Comissão<br />

Europeia. A agência de ‘rating’<br />

explica o seu pessimismo: no<br />

médio prazo, o principal parceiro<br />

comercial de Portugal será confrontado<br />

com um “desempenho<br />

mais fraco das receitas e pressões<br />

de despesa mais elevadas”. Mais<br />

uma vez, um crescimento económico<br />

débil está na origem destas<br />

preocupações que já tinham sido<br />

partidos que representam)<br />

a bancarrota pois bem ou<br />

mal, foram os partidos que<br />

eles representam quem<br />

mais tempo esteve a (des)<br />

governar Portugal. Não se<br />

distraiam com comissões<br />

de inquéritos estéreis,<br />

exijam a mudança de<br />

País ‘Rating’ (’outlook’)<br />

Espanha AA (negativo)<br />

Portugal A- (negativo)<br />

Grécia<br />

Fonte: Standard & Poor’s<br />

BB+ (negativo)<br />

expressas no dia anterior para a<br />

economia portuguesa.<br />

Quanto à trajectória da dívida,<br />

a S&P também se mostra mais<br />

pessimista do que o Executivo espanhol,<br />

apontando para um desequilíbrio<br />

de 85% do PIB, em<br />

2013, que manterá a rota ascendente<br />

até meados da década. Por<br />

outro lado, o aumento dos custos<br />

de endividamento levam a agência<br />

de ‘rating’ a temer a “redução”<br />

da margem de manobra do<br />

Executivo “para cumprir as metas<br />

orçamentais este ano e no<br />

próximo”. É precisamente esta<br />

capacidade reduzida e os riscos<br />

de que a situação se possa agravar<br />

ainda mais que levam a S&P a<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 13<br />

Espanha teve um corte no ‘rating’<br />

Depois de Portugal e Grécia, agora é Espanha que viu o ‘rating’ da S&P descer um nível para AA.<br />

ÚLTIMAS DECISÕES<br />

Emdoisdias,aS&Previuem<br />

baixa o ‘rating’ de três países.<br />

alguns ministros<br />

claramente políticos e<br />

troquem-nos por gente da<br />

economia credível, aceitem<br />

as sugestões dos outros<br />

partidos que foram eleitos<br />

e de Cavaco Silva esperase<br />

muito mais que palavras<br />

de ocasião. Vamos<br />

mobilizar-nos mas temos<br />

de sentir que vai valer a<br />

pena e que ninguém tenha<br />

ilusões que se o não<br />

fizermos, alguém nos<br />

obrigará a fazer e aí sem<br />

glória nem história que nos<br />

valha.<br />

JOTA, FUNCHAL<br />

manter o ‘outlook’ negativo.<br />

Esta revisão em baixa do ‘rating’<br />

não teve para já um reflexo<br />

na notação dos bancos espanhóis<br />

– embora nenhuma entidade<br />

possa ter um ‘rating’ superior ao<br />

da República –, mas a S&P lembra<br />

que o ‘outlook’ negativo “na<br />

grande maioria das instituições<br />

financeiras espanholas, reflecte<br />

as potenciais pressões de crédito<br />

e de desempenho que podem resultar<br />

de um ambiente económico<br />

desfavorável prolongado”.<br />

O excesso de concentração de<br />

risco no sector imobiliário e a<br />

qualidade dos activos são riscos<br />

que a S&P promete continuar a<br />

vigiar de perto. ■


14 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

ECONOMIA<br />

Progressões automáticas<br />

nas Chefias do Estado<br />

terminam hoje<br />

Orçamento do Estado coloca um ponto final no tratamento mais favorável<br />

aos dirigentes face à maioria dos funcionários públicos.<br />

Denise Fernandes<br />

denise.fernandes@economico.pt<br />

A partir de hoje, com a entrada<br />

em vigor do Orçamento do Estado<br />

para 2010, os novos dirigentes<br />

da função pública deixam de<br />

ter direito às chamadas “progressões<br />

automáticas” na carreira.<br />

Segundo esclareceu o Ministério<br />

das Finanças, a lei orçamental<br />

coloca de imediato um<br />

ponto final no tratamento mais<br />

favorável das chefias públicas<br />

face à generalidade dos trabalhadores<br />

do Estado quanto às<br />

subidas na escala salarial.<br />

Porém, os actuais trabalhadores<br />

destacados para cargos de<br />

chefiamantêmodireitoàprogressão<br />

automática, mas apenas<br />

até à renovação da sua comissão<br />

de serviço, conforme refere a lei<br />

orçamental.<br />

O fim das progressões automáticas<br />

da função pública foi<br />

uma das primeiras medidas<br />

anunciadas pelo Governo de José<br />

Sócrates, em 2005, tendo sido<br />

concretizada para a generalidade<br />

dos funcionários públicos em<br />

2008, com a entrada em vigor do<br />

novo sistema de avaliação de desempenho<br />

(SIADAP). Até aqui,<br />

bastavatertrêsanosdeserviço<br />

para se subir na escala salarial.<br />

Ao contrário da maioria dos<br />

funcionários, que em 2008 passaram<br />

a depender do seu desempenho<br />

para poderem progredir<br />

na carreira e com regras<br />

mais apertadas, os dirigentes<br />

públicos mantiveram o direito às<br />

progressões automáticas. Ou<br />

seja, o desempenho, bom ou<br />

mau, não contava, no caso dos<br />

dirigente. Isto só não acontecia<br />

numa situação extrema em que<br />

os dirigentes obtinham dois<br />

anos consecutivos de avaliação<br />

negativa, pois nesse caso tinham<br />

as suas funções cessadas. Uma<br />

regra de 2008 que vai continuar<br />

a vigorar.<br />

Automatismo era “incentivo”<br />

ao exercício do cargo<br />

Os dirigentes públicos são avaliados<br />

actualmente pelo SIADAP<br />

2 e, enquanto trabalhadores no<br />

local de origem, são avaliados<br />

pela ponderação curricular e é<br />

no lugar de origem que sobem<br />

na escala salarial.<br />

A manutenção da progressão<br />

automática no lugar de origem<br />

foi justificada na altura pelo Governo<br />

como sendo um “incentivo<br />

ao exercício de cargo dirigente”,<br />

já que o tempo de serviço<br />

do trabalhador destacado<br />

para um cargo de chefia não<br />

conta para efeitos de avaliação<br />

de desempenho.<br />

“Apartirdeagora,comaentrada<br />

em vigor da lei do Orçamento<br />

do Estado, [os dirigentes<br />

serão avaliados] sem o mecanismo<br />

automatizante de progressão<br />

NÚMERO TOTAL<br />

5.551 dirigentes<br />

No final do ano passado<br />

existiam 5.551 dirigentes na<br />

administração central. Tendo<br />

em conta os dados do Boletim<br />

do Observatório do Emprego<br />

Público, este valor significa uma<br />

redução de 5,3% face a 2008.<br />

PUB<br />

que operava no momento do regresso<br />

ao serviço de origem”,<br />

esclarece o Ministério das Finanças<br />

ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />

Dirigentes entram nas quotas<br />

Assim, os dirigentes públicos<br />

são avaliados como chefes (pelo<br />

SIADAP2),maspassamaserreposicionados<br />

na tabela remuneratórianoâmbitodoSIADAP3,<br />

sistema que define as regras para<br />

todos os trabalhadores do Estado,<br />

entrando assim para as quotas<br />

de desempenho globais.<br />

Num ano, apenas 5% dos trabalhadores<br />

pode obter a classificação<br />

máxima (“excelente”) e esta<br />

menção dá direito a prémios de<br />

desempenho anuais equivalentes<br />

a um salário base.<br />

Mas como passam então a<br />

progredir na carreira as chefias<br />

do Estado? Tal como todos os<br />

trabalhadores, a subida na escala<br />

salarial passa a depender das últimas<br />

avaliações de desempenho.<br />

O dirigente só sobe se houver<br />

orçamento para o efeito e se<br />

tiver obtido duas menções máximas,<br />

consecutivas; ou três<br />

menções imediatamente inferiores<br />

às máximas, consecutivas;<br />

ou cinco menções imediatamente<br />

inferiores às anteriores.<br />

A progressão é obrigatória (não<br />

depende do orçamento disponível)<br />

nos casos em que o dirigente<br />

público tenha acumulado 10<br />

pontos nas avaliações do seu desempenho,<br />

sendo que a nota<br />

máxima equivale a três pontos.<br />

Poderá ainda progredir, por opção<br />

gestionária.<br />

Recorde-se que, recentemente,<br />

o secretário de Estado do Orçamento,<br />

Emanuel dos Santos,<br />

admitiu que a corrida às reformas<br />

na função pública (ver texto<br />

ao lado) está a criar problemas de<br />

falta de pessoal em alguns sectores,comoéocasoda“classedirigente”.<br />

No ano passado, o Estado<br />

perdeu 310 dirigentes face a<br />

2008, depois de os cargos de<br />

chefias já terem sido significativamente<br />

emagrecidos com a reforma<br />

do Estado. No final do ano<br />

passado existiam, segundo dados<br />

oficiais, 5.551 dirigentes na<br />

administração central. ■<br />

COMO SE PROGRIDE?<br />

● Os dirigentes, tal como<br />

os restantes trabalhadores,<br />

passam a subir na escala salarial<br />

em função da sua avaliação<br />

de desempenho.<br />

● O chefe deixa de progredir<br />

automaticamente de três em<br />

três anos. Só poderá subir<br />

na escala salarial se houver<br />

orçamento e se tiver obtido duas<br />

notas máximas consecutivas;<br />

ou três notas imediatamente<br />

inferiores à máxima; ou cinco<br />

notas imediatamente inferiores<br />

aestaúltima.<br />

● A progressão é obrigatória<br />

(não depende do orçamento)<br />

caso tenha obtido dez pontos<br />

na avaliação, sendo que a nota<br />

máxima equivale a três pontos.<br />

Pode ainda progredir por opção<br />

de gestão, se houver dinheiro<br />

para isso.<br />

A tutela da Administração Pública<br />

cabe ao secretário de Estado<br />

Gonçalo Castilho dos Santos.


EURO<br />

face ao dólar<br />

1,3168<br />

PETRÓLEO<br />

valor em dólares<br />

85,75<br />

TAXA EURIBOR<br />

a seis meses<br />

0,964<br />

João Paulo Dias<br />

AGENDA DO DIA<br />

● INE divulga inquéritos de<br />

conjuntura às empresas e aos<br />

consumidores, em Abril.<br />

● Eurostat publica confiança dos<br />

consumidores na zona euro e<br />

indicador do clima económico.<br />

● Estados Unidos revelam novos<br />

pedidos de subsídio de desemprego.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 15<br />

Corrida às reformas<br />

fica por aqui<br />

Penalização de 6% nas pensões<br />

antecipadas entra hoje em vigor<br />

com o Orçamento.<br />

Denise Fernandes<br />

denise.fernandes@economico.pt<br />

A corrida à aposentação no Estado,<br />

que foi desencadeada pelas<br />

medidas anunciadas a 26 de Janeiro,<br />

com o Orçamento do Estado,<br />

deverá ficar por aqui. É que, a<br />

partir de hoje, os funcionários<br />

públicos que pedirem a reforma<br />

antecipada à Caixa Geral de Aposentações<br />

(CGA) serão mais penalizados.<br />

O aumento das penalizações<br />

na reforma antecipada, de 4,5%<br />

ao ano para 0,5% ao mês (6% ao<br />

ano) entra hoje em vigor, com a<br />

lei do Orçamento do Estado, tal<br />

como tinha sido anunciado.<br />

Quem pediu a aposentação antes<br />

desta data conseguiu escapar a<br />

esta subida na penalização das<br />

reformas antecipadas, mesmo<br />

que a sua reforma ainda não tenha<br />

sido aprovada pela CGA.<br />

Só no primeiro trimestre do<br />

ano, mais de 15.800 funcionários<br />

públicos pediram a reforma à<br />

CGA, o triplo do registado no<br />

mesmo período do ano passado e<br />

ficando a 30% do total de novas<br />

pensões previstas pela CGA para<br />

todo o ano de 2010. Os últimos<br />

dados divulgados pelo Ministério<br />

das Finanças revelam que, só no<br />

mêsdeMarço,onúmeroderequerimentos<br />

de aposentação<br />

mais do que quadruplicou face ao<br />

mesmo mês de 2009.<br />

Com a entrada em vigor hoje<br />

da lei orçamental, também o cálculo<br />

da pensão será alterado,<br />

passando a contar para a primeira<br />

parcela a última remuneração<br />

de 2005, actualizada em linha<br />

com a inflação, e não o último salário<br />

da vida activa. Segundo o<br />

Ministério das Finanças, cerca de<br />

um terço dos funcionários públicos<br />

será afectado pela alteração<br />

na fórmula de cálculo.<br />

Por outro lado, para atenuar o<br />

corte nas pensões antecipadas, é<br />

dada, a partir de hoje, uma bonificação<br />

a quem tem carreiras<br />

mais longas. Por cada três anos a<br />

mais que os 30 de serviço necessários<br />

para pedir a reforma, aos<br />

55 anos de idade, o trabalhador<br />

tem direito a uma redução da penalização<br />

de 6%.<br />

Os funcionários públicos que<br />

se reformaram, este ano, antes da<br />

idade legal exigida (62 anos e seis<br />

meses), perderam, em média, 155<br />

euros mensais no valor da sua<br />

pensão,talcomoanunciouo<br />

Diário <strong>Económico</strong>. O corte médio<br />

das pensões antecipadas atribuídas<br />

entre Janeiro e Abril deste<br />

ano foi de 12,9%, contra 13,9%<br />

emtodooanopassado.Eestes<br />

dados não integram ainda a<br />

maioria dos pedidos feitos no primeirotrimestredoano,jáque<br />

entreopedidoeaaprovaçãoda<br />

reforma,oprazomédioédetrêsa<br />

quatro meses.<br />

A corrida às reformas está a<br />

provocar problemas em alguns<br />

sectores, como é o caso da Saúde,<br />

em que mais de 600 médicos já<br />

pediram a reforma desde o início<br />

do ano. A ministra Ana Jorge já<br />

reconheceu o problema e anunciou<br />

medidas para travar a saída<br />

de médicos do Serviço Nacional<br />

de Saúde. A solução passa por<br />

permitir que os médicos aposentados<br />

por antecipação possam<br />

voltar ao activo durante três<br />

anos, passando o tempo de serviço<br />

a contar para o segundo momento<br />

da aposentação.<br />

Também o Programa de Estabilidade<br />

e Crescimento, apresentado<br />

a 8 de Março, trouxe más<br />

notícias para os funcionários públicos,<br />

o que reforçou a corrida às<br />

reformas. Em linha com o OE, o<br />

Governo anunciou a antecipação<br />

para 2012 ou 2013 da convergência<br />

da idade da reforma com o<br />

sector privado, para os 65 anos. ■<br />

Só no primeiro<br />

trimestre do ano,<br />

mais de 15.800<br />

funcionários públicos<br />

pediram a reforma.<br />

O triplo face<br />

ao mesmo período<br />

do ano passado.


16 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

VISÃO EMPRESARIAL<br />

O ‘downsizing’ é habitualmente entendido como forma de recuperar organizações em declínio, reduzir custos ou melhorar competências.<br />

Porém, pode ocorrer em períodos de prosperidade e valorizar as empresas. É o que dia 11 estará em debate na AEP.<br />

Empresários e gestores<br />

debatem a redução de estruturas<br />

dentro das empresas.<br />

‘Downsizing’ vai estar<br />

em debate na AEP<br />

António Pires de Lima e António<br />

Saraiva serão oradores.<br />

A Associação Empresarial de Portugal<br />

(AEP) promove na tarde do<br />

próximo dia 11, no seu edifício de<br />

serviços, em Leça de Palmeira,<br />

Matosinhos, uma conferência em<br />

que estará em equação o ‘downsizing’.<br />

Empresários, gestores e<br />

consultores darão conta das suas<br />

experiências e pontos de vista sobre<br />

uma opção de gestão que vem<br />

incorporando a resposta de muitas<br />

empresas portuguesas a situações<br />

ditadas, principalmente, pela globalização,<br />

movimentos de fusão e<br />

aquisição e inovação tecnológica.<br />

Entre outros, participarão na<br />

conferência os CEO da Unicer e<br />

da Metalúrgica Luso-Italiana,<br />

António Pires de Lima e António<br />

Saraiva, respectivamente, e especialistas<br />

de diversas áreas (direito,<br />

recursos humanos, finanças,<br />

etc.). Na oportunidade, Yves<br />

Turquin, presidente da consultora<br />

Transitar, apresentará o estudo<br />

“Please go; please stay – as novas<br />

regras do ‘downsizing’ e da retenção<br />

de talentos”.<br />

O propósito da conferência,<br />

gratuita mediante inscrição prévia,<br />

é confrontar os participantes<br />

com as razões e motivações para o<br />

‘downsizing’. Serão também partilhadas<br />

boas práticas levadas a<br />

cabo em Portugal e noutros países<br />

nesta matéria, casando inovação,<br />

produtividade e responsabilidade<br />

social.<br />

Entende-se por ‘downsizing’ a<br />

redução consciente e permanente<br />

de trabalhadores numa tentativa<br />

de melhorar a eficiência e/ou eficácia<br />

de uma empresa. É um termo<br />

frequentemente associado a<br />

‘rightsizing’ ou “reestruturação”<br />

eumaopçãodegestãoquenosúltimos<br />

anos vem afectando traba-<br />

lhadores de todos os sectores de<br />

actividade, com diferentes formações<br />

e a desempenhar funções das<br />

mais variadas e de qualquer nível<br />

salarial.<br />

O ‘downsizing’ é habitualmente<br />

entendido como uma forma<br />

de recuperar organizações em<br />

declínio, para reduzir custos ou<br />

melhorar competências. No entanto,<br />

pode ocorrer em períodos<br />

de prosperidade e ser factor de valorização<br />

das empresas. É habitual,<br />

por isso, merecer o aplauso<br />

de gestores e accionistas e a crítica<br />

de trabalhadores e sindicatos. A<br />

verdade, porém, é que as notícias<br />

sobre as empresas envolvidas em<br />

processos destes são normalmentebemrecebidaspelasbolsas.<br />

Nesta conferência da AEP, os<br />

participantes serão chamados a<br />

reflectir sobre estes tópicos e a debater<br />

as tendências actuais do<br />

‘downsizing’.<br />

Mais informações em www.<br />

aeportugal.com ou através do telf.<br />

229981753. ■<br />

Direcção da AEP<br />

Formação e Conhecimento<br />

AEP coopera com organizações empresariais de Moçambique<br />

A Associação Empresarial de<br />

Portugal (AEP) assina amanhã com<br />

as duas principais organizações<br />

representativas do empresariado<br />

moçambicano outros tantos<br />

protocolos de cooperação.<br />

Aprofundar o relacionamento<br />

institucional entre a AEP e a CTA –<br />

Confederação das Associações<br />

Económicas de Moçambique e a<br />

Associação Industrial de Moçambique<br />

(AIMO), por um lado, e desenvolver as<br />

relações económicas bilaterais,<br />

promovendo as exportações e o<br />

investimento de empresas<br />

portuguesas naquele país africano e<br />

apoiando a internacionalização de<br />

empresas moçambicanas em<br />

mercados onde Portugal está<br />

Há boas práticas<br />

no âmbito<br />

do ‘downsizing’<br />

que recomendam<br />

inovação,<br />

produtividade<br />

e responsabilidade<br />

social.<br />

presente, por outro, são os objectivos<br />

essenciais das parcerias.<br />

Para tanto, são prioridades das três<br />

instituições o “diagnóstico das<br />

necessidades mais prementes para o<br />

desenvolvimento da economia local”,<br />

a identificação das “possibilidades<br />

de investimento conjunto” entre<br />

empresas dos dois países e a<br />

detecção de “oportunidades de<br />

internacionalização conjunta”. A<br />

primeiratarefavaiser,porisso,a<br />

criação de um sítio na Internet para<br />

informação recíproca e divulgação<br />

de oportunidades de negócio entre<br />

a comunidade empresarial lusomoçambicana.<br />

A formalização destes protocolos<br />

ocorre na altura em que o Presidente<br />

da República de Moçambique,<br />

Armando Guebuza, visita<br />

oficialmente o nosso país. Da<br />

respectiva comitiva fazem<br />

parte dezenas de empresários<br />

moçambicanos e os presidentes<br />

da CTA, Salimo Abdula, e da AIMO,<br />

Carlos Simbine. Serão eles, a par de<br />

José António Barros, presidente da<br />

AEP, os subscritores dos protocolos.<br />

Os dois acordos de cooperação serão<br />

assinados durante um seminário<br />

sobre a “Nova dinâmica nas relações<br />

económicas e empresariais” entre<br />

Portugal e Moçambique que amanhã,<br />

à tarde, tem lugar em Lisboa.<br />

No encerramento da sessão<br />

participarão os presidentes Cavaco<br />

Silva e Armando Guebuza.<br />

Paulo figueiredo<br />

SUPLEMENTOS DO JORNAL OFICIAL DA UE<br />

CONCURSOS PÚBLICOS<br />

Contacto:<br />

AEP – Associação Empresarial de Portugal<br />

Av. Dr. António Macedo 4450-617<br />

Leça da Palmeira<br />

Tel: (351) 22 998 1580 Fax: (351) 22 998 1774<br />

www.aeportugal.pt<br />

147<br />

TÍTULO: NL-Haren: Mobiliário de escritório<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 114902-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Gemeente Haren<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário de escritório. Assentos, cadeiras<br />

e produtos afins e peças associadas. Secretárias e mesas. Aparadores<br />

e estantes.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 28.5.2010 - 12:00<br />

148<br />

TÍTULO: SE-Haninge: Vestuário profissional, vestuário de trabalho especial<br />

e acessórios<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 116246-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Haninge kommun<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Vestuário profissional, vestuário de trabalho<br />

especial e acessórios.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 31.5.2010<br />

149<br />

TÍTULO: E-Rubí: Materiais de construção e artigos afins<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 116253-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Ayuntamiento de Rubí<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Materiais de construção e artigos afins.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 31.5.2010 - 13:00<br />

150<br />

TÍTULO: E-Granada: Contentores e baldes para lixo e resíduos<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 116295-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Diputación de Granada<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Contentores e baldes para lixo e resíduos.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 31.5.2010 - 12:00<br />

151<br />

TÍTULO: D-Lüneburg: Máquinas-ferramentas<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 119650-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: HWK Braunschweig-Lüneburg-Stade<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Máquinas-ferramentas.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 6.2010 - 09:00<br />

152<br />

TÍTULO: UK-Wakefield: Peixe em conserva ou em lata e outras preparaçõesouconservasàbasedepeixe<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 114869-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Yorkshire Purchasing Organisation<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Peixe em conserva ou em lata e outras<br />

preparações ou conservas à base de peixe. Atum em lata. Salmão em<br />

lata.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 2.6.2010 - 14:00<br />

153<br />

TÍTULO: UK-Beverley: Cerveja<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 116416-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: East Riding of Yorkshire Council<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Cerveja. Vinhos. Aguardentes.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 2.6.2010 - 12:00<br />

154<br />

TÍTULO: F-Nancy: Candeeiros<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 114850-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: SDIS de Meurthe-et-Moselle<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Candeeiros.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 1.6.2010 - 12:00<br />

155<br />

TÍTULO: F-Avinhão: Mobiliário de escritório<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 117890-2010<br />

DESIGNAÇÃO DA ENTIDADE: Ville d’Avignon<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário de escritório. Cadeiras. Secretárias<br />

e mesas. Aparadores. Cárters.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DE PROPOSTAS: 1.6.2010 - 11:30


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18 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

POLÍTICA<br />

Professores alegam<br />

ilegalidades no concurso<br />

e recorrem ao PGR<br />

Fenprof garante que inclusão da avaliação cria situações de discriminação,<br />

sobretudo para professores que estavam de licença. Especialistas apoiam.<br />

Catarina Madeira<br />

catarina.madeira@economico.pt<br />

A Federação Nacional dos Professores<br />

(Fenprof) vai recorrer ao<br />

Procurador-geral da República<br />

para tentar suspender a norma<br />

que impõe a avaliação como critério<br />

a ter em conta no concurso<br />

dos professores contratados, que<br />

decorreu até sexta-feira passada.<br />

A Fenprof entende que a inclusão<br />

da avaliação como critério<br />

pode ser inconstitucional porque<br />

gera discriminações. Mário Nogueira,<br />

secretário-geral da<br />

Fenprof, garantiu ontem que a<br />

queixa será entregue ao PGR esta<br />

semana, considerando “que a<br />

avaliação nos concursos é legal,<br />

mas desencadeia um conjunto de<br />

ilegalidades que proporcionalmente<br />

são mais gravosas”. Uma<br />

opinião partilhada por especialistas<br />

em direito do trabalho.<br />

Mário Nogueira alega que os<br />

professores que não obtiveram a<br />

avaliação quantitativa (que é exigida<br />

no concurso) – alguns porque<br />

se encontravam de licença de<br />

maternidade, isenção de componente<br />

lectiva ou porque estavam<br />

colocados nos Açores, onde esta<br />

avaliação não decorreu – serão<br />

prejudicados. Foi também com<br />

base neste argumento que o sindicato,<br />

(que representa quase<br />

60% dos professores) recorreu<br />

também aos tribunais, apresentando<br />

providências cautelares no<br />

Tribunal Administrativo de<br />

Coimbra e Beja e duas intimações,<br />

em Lisboa e Porto.<br />

Especialistas em direito do<br />

trabalho contactados pelo Diário<br />

O concurso contestado<br />

Nototal,sãocercade30mil<br />

professores que estão abrangidos<br />

pelo concurso que agora está a<br />

suscitar polémica. São apenas os<br />

professores contratados<br />

(professores a contrato a termo).<br />

O concurso refere-se ao biénio<br />

2010/2011. Os professores que<br />

concorrem às vagas abertas pelas<br />

escolas são organizados com base<br />

numa lista hierárquica que, além<br />

de ter em conta factores como o<br />

“Existem<br />

ilegalidades e<br />

situações de<br />

legalidade<br />

duvidosa (...).<br />

Estamos perante<br />

uma situação em<br />

que a PGR pode<br />

intervir”, explicou<br />

Mário Nogueira.<br />

“São várias as<br />

situações de<br />

tratamento<br />

desigual de<br />

docentes que se<br />

encontram na<br />

mesma situação”,<br />

sublinha Ana<br />

Drago, deputada<br />

do Bloco.<br />

tempo de serviço e as<br />

habilitações profissionais, leva em<br />

conta a avaliação. Esta dá uma<br />

bonificação de um a dois pontos<br />

(caso a nota seja “Muito Bom” ou<br />

“Excelente”) na candidatura, além<br />

de ser factor preferencial de<br />

desempate. Contudo, há escolas<br />

que decidiram dar a mesma nota<br />

a todos os professores, como por<br />

exemplo na Madeira, onde todos<br />

tiveram “Bom”.<br />

<strong>Económico</strong> acreditam que a<br />

queixa da Fenprof pode ter fundamento,<br />

já que as consequências<br />

da inclusão da avaliação no<br />

concurso podem violar alguns<br />

princípios da Constituição, a começar<br />

pelo princípio da igualdade<br />

(artigo 13º). “Pode levantar<br />

questões de incompatibilidade<br />

constitucional”, avalia Luís Gonçalves<br />

da Silva, professor na Faculdade<br />

de Direito da Universidade<br />

de Lisboa. “Caso não se verifique<br />

nenhuma norma transitória<br />

ou um regime específico que<br />

salvaguarde uma situação como a<br />

maternidade”, conclui. Apesar<br />

da legislação contemplar um regime<br />

específico, Mário Nogueira<br />

argumentaquealeiremeteparaa<br />

avaliação futura ou para a do ano<br />

anterior.“Oraafuturanãoéconhecidaeadoanopassadonão<br />

foi quantitativa”, acrescenta.<br />

Pedro Romano Martinez, presidente<br />

do Instituto do Direito do<br />

Trabalho da Faculdade de Direito<br />

da Universidade de Lisboa, defende<br />

que, “se alguns professores<br />

não podem cumprir um dos critérios<br />

e, por isso, não concorrem<br />

em pé de igualdade, pode estar<br />

em causa o princípio da igualdade”<br />

e sublinha que “a questão da<br />

maternidadeéamaisóbvia”e<br />

“põe em causa, não só o princípio<br />

da igualdade, mas também a protecção<br />

da maternidade consagrado<br />

na Constituição”.<br />

Os sindicatos esperam agora<br />

queasituaçãoseresolvaentrea<br />

JustiçaeoParlamento.Nasemana<br />

passada, o PS rejeitou agendar<br />

a votação de um diploma do PCP<br />

para impedir avaliação no concurso<br />

de professores, que reunia<br />

o consenso de toda a oposição.<br />

Ontem o Bloco de Esquerda entregou<br />

no Parlamento um projecto<br />

com a mesma finalidade. E segunda-feira,<br />

a própria Fenprof,<br />

que chegou a declarar “guerra” à<br />

ministra, marcou uma concentração<br />

em S. Bento, pedindo para<br />

ser recebida pelo primeiro-ministro<br />

(texto ao lado).<br />

A Fenprof garante que recebeu<br />

agarantiadaministradequea<br />

avaliação não teria efeitos, mas<br />

Isabel Alçada garante, por sua<br />

vez,quenãodeuessagarantia.■<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

LUÍS MIGUEL MONTEIRO<br />

Especialista em direito do trabalho<br />

“Não pode haver<br />

prejuízo por uma<br />

razão que não<br />

lhes seja imputada”<br />

Luís Miguel Monteiro, especialista<br />

em direito do trabalho, defende que<br />

pode estar em causa o princípio da<br />

igualdade e o da protecção da<br />

maternidade.<br />

Aoteremcontaaavaliação,<br />

que alguns professores não<br />

puderam concluir, o concurso<br />

viola o princípio da igualdade?<br />

Se a avaliação é tida como um<br />

critério e alguns professores não<br />

puderam cumprir esse critério<br />

deveria haver um regime de<br />

excepção. As pessoas não podem<br />

ser prejudicadas se não tiverem<br />

completado a avaliação por uma<br />

razão que não lhes seja imputada.<br />

Éocasodasdocentesem<br />

licença de maternidade ou<br />

colocados nos Açores, onde a<br />

avaliação exigida não foi feita?<br />

A questão da licença de<br />

maternidadeéamaisevidente,<br />

porque põe em causa o princípio da<br />

igualdade mas também da<br />

protecção da maternidade.<br />

O que pode ser feito?<br />

Um dos mecanismos de correcção é<br />

a atribuição da nota máxima a<br />

todos os professores nestas<br />

condições, o que não parece justo.<br />

Também se pode aplicar a mesma<br />

regra aplicada aos funcionários<br />

públicos ausentes, por exemplo por<br />

requisição, substituindo a avaliação<br />

de desempenho por uma avaliação<br />

curricular. ■<br />

PRIMEIRA GREVE DOS FUNCIO<br />

Protestos<br />

Professores concentra-se junto à<br />

residência oficial de Sócrates<br />

após semana de greves.<br />

Inês David Bastos<br />

Inês.bastos@economico.pt<br />

É já na próxima segunda-feira - e<br />

depois de uma semana marcada<br />

porgreves-queosprofessores<br />

vão concentrar-se junto à residência<br />

oficial do primeiro-ministro<br />

em protesto contra a inclusão<br />

da avaliação no concurso<br />

de professores. Esta concentração<br />

- que faz parte de um pacote<br />

de protestos estipulado pela<br />

Fenprof - vem elevar o tom da<br />

contestação social, que esta semana<br />

ficou marcada pela greve<br />

dos transportes públicos (sobretudo<br />

na CP), dos CTT (que se prolonga<br />

até dia 7 de Maio) e ontem


Vinte dias para decidir casamento ‘gay’<br />

O acórdão do Tribunal Constitucional que considera conforme<br />

à Constituição o diploma que consagra o casamento entre pessoas<br />

do mesmo sexo foi ontem publicado em Diário da República. A partir dessa<br />

data, o Presidente da República tem 20 dias para promulgar ou vetar o<br />

diploma. Em 17 páginas, o Tribunal Constitucional considera que “a extensão<br />

do casamento a pessoas do mesmo sexo” não colide com o reconhecimento<br />

e protecção da família como “elemento fundamental da sociedade”.<br />

NÁRIOS ‘PÁRA’ PARLAMENTO, COM ADESÃO PERTO DOS 96%<br />

dos funcionários parlamentares.<br />

Os professores decidiram<br />

ainda juntar-se no próximo sábado<br />

à concentração do Dia do<br />

Trabalhador (1º de Maio), bem<br />

como à manifestação da Administração<br />

Pública, marcada para<br />

o final de Maio.<br />

CTTeParlamento<br />

A greve dos carteiros dos CTT registou<br />

ontem, ao segundo dia, e<br />

de acordo com as contas do sindicato,<br />

uma adesão de 81%. Mas a<br />

empresa garante que se ficou pelos<br />

10,3%, tendo apenas aderido<br />

“43 carteiros de um universo de<br />

416 carteiros. Vítor Narciso, do<br />

Sindicato Nacional dos Trabalhadores<br />

dos Correios e Telecomunicações,<br />

em declarações à Lusa,<br />

disse que a adesão à greve foi de 81<br />

por cento, ressalvando, contudo,<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Conselho de Ministros na Rua<br />

Professor Gomes Teixeira, às 10h00.<br />

● Comissão de Inquérito<br />

Governo/TVI, com audições de Luís<br />

Pacheco de Melo, José Eduardo<br />

Moniz e Zeinal Bava.<br />

● Presidente de Moçambique,<br />

Armando Guebuza, na AR.<br />

em S. Bento elevam contestação social<br />

FUNCIONÁRIOS<br />

96%<br />

Segundo as contas do Sindicato<br />

dos Funcionários Parlamentares,<br />

menos de 20 dos 374<br />

trabalhadores se apresentaram<br />

ao serviço.<br />

CORREIOS<br />

De 10% a 81%<br />

Ao segundo dia de greve,<br />

sindicatos falam em adesão de<br />

81%, mas os CTT falam que se<br />

ficou, apenas, pelos 10,3% e que<br />

o correio foi encaminhado com<br />

normalidade.<br />

que esta percentagem ainda não<br />

contabiliza os grevistas do distrito<br />

de Braga. Mas os CTT garantiram<br />

que o correio estava a ser “encaminhado<br />

com normalidade”.<br />

Também os funcionários da Assembleia<br />

da República estiveram<br />

ontem em greve (ver foto em<br />

cima), com uma adesão a rondar<br />

os 96%, segundo as contas do<br />

sindicato que os representa. Os<br />

funcionários parlamentares protestam<br />

contra o novo vínculo<br />

contratual.<br />

Em banho-maria parece ter ficado<br />

a anunciada greve das transportadoras.<br />

“Há uma luzinha ao<br />

fundo do túnel”, disse ontem António<br />

Lóios, presidente da assembleia-geral<br />

da Associação Nacional<br />

das Transportadoras Portuguesas<br />

(ANTP). Declarações que<br />

surgem depois das reuniões que a<br />

direcção da ANTP manteve segunda<br />

e terça-feira com o Governo.<br />

Certo é que após estas reuniões,<br />

a direcção da ANTP decidiu<br />

“manifestar total disponibilidade<br />

para continuar as negociações<br />

com o Governo e encontrar soluções<br />

para as reivindicações”.<br />

António Lóios salientou ainda<br />

que “as transportadoras não querem<br />

esticar a corda”. E acrescentou:<br />

“Tenho um ‘feeling’, daquilo<br />

que conheço do gabinete do Sr.<br />

Ministro [das Obras Públicas e<br />

Transportes], que vamos resolver<br />

isto rapidamente”. As principais<br />

reivindicações da ANTP dizem<br />

respeito à aplicação em Portugal<br />

da directiva comunitária que permite<br />

a redução de oito cêntimos<br />

no preço do litro do gasóleo e o<br />

não pagamento de portagens nas<br />

SCUT. ■ com S.S.P.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 19<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Deumtotalde374<br />

funcionários<br />

parlamentares, menos<br />

de 20 apresentaram-se<br />

ontem ao serviço na<br />

Assembleia da República.<br />

Aprimeiragreve<br />

dos funcionários<br />

da Assembleia da<br />

República desde o<br />

nascimento de Democracia<br />

teve ontem, segundo<br />

o sindicato, uma adesão<br />

perto dos 96%, o que<br />

forçouaoadiamento<br />

de debates e audições.<br />

OParlamento<br />

praticamente ‘parou’. Na<br />

origem dos protestos estão<br />

as novas regras de<br />

contratação resultantes<br />

da entrada em vigor<br />

do regime de contrato<br />

de trabalho em funções<br />

públicas ao invés do<br />

vínculo por nomeação,<br />

que era o que vigorava<br />

até ao momento. “Não<br />

podemos ser funcionários<br />

do Governo”, justifica João<br />

Amaral, dirigente do<br />

sindicato dos funcionários<br />

parlamentares. A greve<br />

levouaoadiamentodo<br />

debate com a ministra da<br />

Educação, Isabel Alçada,<br />

que levava ao Parlamento<br />

a proposta sobre o Estatuto<br />

do Aluno.<br />

CALENDÁRIO<br />

● Professores - mobilizados pela<br />

Fenprof - vão juntar-se Sábado<br />

à concentração do Dia<br />

do Trabalhador.<br />

● Segunda-feira, dia 3 de Maio,<br />

professores concentram-se junto<br />

à Residência Oficial do Primeiroministro<br />

para pedir uma reunião<br />

com José Sócrates.<br />

● Dia 29 de Maio, juntam-se<br />

à manifestação da Administração<br />

Pública, mas com um trajecto<br />

alternativa, uma vez que começam<br />

junto ao Ministério de Educação.<br />

● Professores intentaram quatro<br />

providências cautelares.


20 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

POLÍTICA<br />

MEDICAMENTO<br />

Médico Jorge Torgal substitui Vasco Maria<br />

no Infarmed a partir de 1 de Junho<br />

O presidente do Infarmed, Vasco Maria, vai ser substituído a 1 de Junho<br />

por Jorge Torgal, antigo director do Instituto de Higiene e Medicina<br />

Tropical. Vasco Maria anunciou ontem que não aceitava o convite da<br />

ministra para continuar e horas depois Ana Jorge anunciava o nome do<br />

médico e professor de Saúde Pública na Faculdade de Ciências Médicas,<br />

que tem no currículo ainda o cargo de curador da fundação<br />

GlaxoSmithKline, que exerceu até ao Verão passado.<br />

Feira do Livro<br />

testa concorrência<br />

entre Leya<br />

e Porto Editora<br />

Mercado livreiro terá crescimento até 7%. Feira<br />

arranque hoje com um leque de novidades.<br />

Miguel Costa Nunes<br />

miguel.costanunes@ecoomico.pt<br />

A Feira do Livro de Lisboa arranca<br />

hoje com 236 pavilhões, incluindo<br />

16 diferenciados do grupo<br />

Leya e igual número de<br />

‘stands’ da Porto Editora - os dois<br />

colossos do país. O aumento do<br />

número de expositores este ano<br />

leva Paulo Teixeira Pinto, presidente<br />

da Associação Portuguesa<br />

de Editores e Livreiros (APEL), a<br />

garantir que há um crescimento<br />

do mercado livreiro em Portugal<br />

na ordem dos 5% a 7%.<br />

As principais novidades da presente<br />

edição que termina a 16 de<br />

Maio são o prolongamento horário<br />

até às 23h30, uma ‘happyhour’<br />

com descontos de 50% na<br />

última hora da Feira de segunda a<br />

quinta-feira, e mais animação<br />

cultural destinada a preencher<br />

sobretudo os finais de dia.<br />

“Acredito que as vendas este<br />

ano podem subir, porque a Feira<br />

vai ter mais horas e estará aberta<br />

entre as 12h30 e as 23h30. Ao<br />

contrário de anos anteriores em<br />

que fechava às 20h00”, diz José<br />

Meneses, director de comunicação<br />

da Leya. Por seu lado, Manuel<br />

Valente, director editorial da Porto<br />

Editora coloca o enfoque das<br />

boas expectativas para esta Feira<br />

do Livro no reforço de ‘stands’ e<br />

na melhoria da imagem: “A nossa<br />

expectativa é boa, porque temos<br />

uma presença reforçada este ano,<br />

com mais ‘stands’: passámos de<br />

12 para 16. E fizemos um reforço<br />

com três palcos para animação<br />

cultural e sessões de autógrafos.<br />

Marcelo Rebelo<br />

de Sousa<br />

apresenta hoje, às<br />

18h00,<br />

na Feira do Livro,<br />

aobradeAura<br />

Miguel “As Razões<br />

de Bento XVI”.<br />

ALeyavaiternestaFeirado<br />

Livro a visita de 150 autores, com<br />

especial relevo para alguns já<br />

neste fim-de-semana, como Alice<br />

Vieira, António Lobo Antunes,<br />

Daniel Sampaio, Gonçalo Tavares,<br />

Inês Pedrosa, Tiago Rebelo,<br />

Henrique Monteiro, Judite de<br />

Sousa, Júlio Isidro ou Margarida<br />

Rebelo Pinto. E reclama um crescimento<br />

das vendas de 20% no<br />

ano passado face a 2008. “Sendo<br />

que a Feira de 2009 teve menos<br />

dias e menos horas que a de<br />

2008”, sublinha José Meneses.<br />

No espaço da Porto Editora,<br />

Manuel Valente congratula-se<br />

com o facto de ter já neste fimde-semana<br />

escritores estrangeiros<br />

de renome como Luis Sepúlveda,<br />

Ricardo Menéndez Salmón<br />

ou Paul Hoffman, “todos com livros<br />

com muito bons resultados”.<br />

“Já somos um grupo maior<br />

do que o grupo Leya e temos uma<br />

facturação anual de 92 milhões<br />

de euros, que foi o resultado consolidado<br />

em 2009”, acrescenta<br />

Valente para testemunhar a diferenciação<br />

face ao outro gigante<br />

da edição livreira em Portugal.<br />

Novidades e imagem<br />

“A nossa expectativa é boa, tendo<br />

em conta que já amadurecemos o<br />

formato, vamos ter pavilhões<br />

abertos e as pessoas já se habituaram<br />

à nossa Praça Leya, em que<br />

privilegiamos o contacto directo.<br />

Além disso, tendo em conta os<br />

anos anteriores, temos razões<br />

para estar optimistas. E esperamse<br />

boas condições climatéricas,<br />

portanto também uma boa participação<br />

e boas vendas”, diz José<br />

Mendes. O responsável do grupo<br />

Leya destaca ainda a apresentação,<br />

hoje pelas 18h00, do livro de<br />

Aura Miguel, “As Razões de Bento<br />

XVI”, que será apresentado por<br />

Marcelo Rebelo de Sousa. E novidades<br />

como as sessões de autógrafos<br />

com Manuel Alegre e Pepetela<br />

a realizar amanhã. Mas também<br />

as “Noites de Poesia”, às sextas-feiras,<br />

um “Karaoke de Leitura”,<br />

em que os visitantes poderão<br />

ler, enquadrados por um orientador<br />

literário, e actividades infantisdeanimaçãoeoficinasdeartes<br />

plásticas. “Teremos dezenas de<br />

Zeinal Bava, CEO da PT, é hoje ouvido<br />

na comissão parlamentar de inquérito.<br />

lançamentos de livros de autoajuda<br />

nas áreas de finanças pessoais,<br />

culinária, etiqueta, etc.”,<br />

acrescenta José Mendes.<br />

A Porto Editora fez um ‘rebranding’<br />

da marca e alterações<br />

no logótipo, na sequência de um<br />

estudo. Mas garante, nas palavras<br />

de Manuel Valente, que<br />

“isso não significa uma aproximação<br />

à Leya”. “Todos os estu-<br />

INQUÉRITO PT/TVI<br />

Zeinal Bava e Moniz são hoje ouvidos<br />

na comissão e Bloco questiona Taguspark<br />

A Comissão de Inquérito ao negócio PT/TVI prossegue hoje os trabalhos<br />

com a audição de Zeinal Bava, CEO da PT, Moniz, ex-director geral da<br />

TVI, e Pacheco de Melo, administrador da PT. Entretanto, ontem, o Bloco<br />

de Esquerda enviou um requerimento à administração do Taguspark a<br />

questionar se esta conhece o documento intitulado “Algumas ideias<br />

para a negociação no assunto Tagus”, que foi encontrado no âmbito do<br />

processo Figo/Taguspark e publicado num jornal.<br />

dos de opinião que fizemos nos<br />

davamcomoaeditoramaisprofissional<br />

e mais séria e credível.<br />

Mas também como a mais conservadora<br />

e, por isso, quisemos<br />

modernizar o logo e adoptar o<br />

azul como cor base [a Leya usa o<br />

encarnado]. Por isso, promovemos<br />

este ‘rebranding’ juntamente<br />

com a campanha na televisão<br />

e outra iniciativas”, acres-<br />

Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />

centa. Valente destaca ainda<br />

dois outros aspectos: o de terem<br />

criado um corredor e uma praça<br />

própria da Porto Editora – “que<br />

dá uma individualidade muito<br />

forte”–eodapresençanesta<br />

Feira de edições de autores portugueses<br />

relevantes, como<br />

Francisco José Viegas, a falecida<br />

Rosa Lobato Faria ou João Pedro<br />

Marques. ■


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22 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

MUNDO<br />

O LIBERAL-DEMOCRATA NICK CLEGG FOI A GRANDE SURPRESA NO PRIMEIRO DEBATE TELEVISIVO<br />

59%<br />

Nick Clegg<br />

Sondagens YouGov identificaram vencedores de cada um dos debates.<br />

‘Gaffe’ afunda Gordon Brown<br />

antes do último debate televisivo<br />

O primeiro-ministro chamou “fanática” e “intolerante” a uma eleitora e depois pediu desculpa.<br />

Bárbara Silva<br />

barbara.silva@economico.pt<br />

Se o arrependimento matasse, o<br />

primeiro-ministro britânico,<br />

Gordon Brown, estaria muito<br />

mais do que “mortificado” neste<br />

momento. A uma semana das<br />

eleições de 6 de Maio, o líder do<br />

Partido Trabalhista cometeu uma<br />

‘gaffe’ que poderá traduzir-se<br />

numa pesada derrota nas urnas. A<br />

mais recente sondagem do instituto<br />

YouGov dava ontem aos Trabalhistas<br />

28% das intenções de<br />

voto, atrás do Partido Conservador,<br />

que domina com 33% e dos<br />

Liberais-Democratas, com 29%.<br />

A polémica surgiu quando Brown<br />

se esqueceu que tinha um microfone<br />

da Sky News na lapela e depois<br />

de falar com uma eleitora<br />

(Gilliam Duffy, de 65 anos) chamou-a<br />

de “fanática” e “intolerante”,<br />

numa conversa com os<br />

assessores já dentro do carro. No<br />

breve encontro com o primeiroministro,<br />

a viúva não poupou<br />

Brown e fez perguntas incómodas.<br />

Depois de confrontado, o<br />

primeiro-ministro disse estar envergonhado<br />

e deslocou-se a casa<br />

de Gillian Duffy para pedir desculpa<br />

pessoalmente.<br />

Depois do incidente, no ‘site’<br />

de apostas Betfair as probabilida-<br />

29%<br />

David Cameron<br />

des de Brown ganhar as eleições<br />

diminuíram para 46-1.<br />

A somar às ‘gaffes’ e ao terceiro<br />

lugar nas sondagens, Gordon<br />

Brown enfrentará hoje pela últimavezosseusopositores-o<br />

conservador David Cameron e o<br />

liberal-democrata Nick Clegg -<br />

num debate televisivo sobre temas<br />

económicos. Nos primeiros<br />

dois debates, sobre saúde, segurança<br />

e política externa, Brown<br />

foi o pior classificado em termos<br />

de performance.<br />

Nos últimos dias, os temas<br />

económicos tornaram-se centrais<br />

na campanha eleitoral no Reino<br />

Unido, depois de um estudo do<br />

‘think thank’ independente Institute<br />

for Fiscal Studies ter acusado<br />

os três principais partidos britânicos<br />

de conspiração, ao esconder<br />

dos eleitores a verdadeira dimensão<br />

dos respectivos planos de<br />

austeridade para equilibrar do<br />

país, onde o PIB cresceu 0,2% no<br />

primeiro trimestre de 2010. (ver<br />

caixa)<br />

Em reacção ao estudo, o Partido<br />

Trabalhista rejeitou de imediato as<br />

críticas, com o ministro das Finanças,<br />

o chanceler Alistair Darling, a<br />

sublinhar que deixou “bem claro”<br />

que será necessário cortar 43,8 mil<br />

milhões de euros na despesa pública<br />

para controlar o défice (11%<br />

A mais recente<br />

sondagem do<br />

instituto YouGov<br />

dava ontem aos<br />

Trabalhistas 28%<br />

das intenções de<br />

voto, atrás do Partido<br />

Conservador, que<br />

domina com 33%<br />

e dos Liberais-<br />

Democratas,<br />

com 29%.<br />

21%<br />

Gordon Brown<br />

Ho New / Reuters<br />

do PIB) e aumentar os impostos<br />

num total de 22 mil milhões de euros.<br />

O secretário da Indústria, Peter<br />

Mandelson, reforçou dizendo<br />

que“oReinoUnidoiráenfrentaro<br />

pior clima financeiro dos últimos<br />

dez anos”. No entanto, Mandelson<br />

disse que é “ridículo” comparar o<br />

país com a Grécia , depois do responsável<br />

dos liberais-democratas<br />

para a pasta das Finanças, Vince<br />

Cable, ter dito à Reuters que o Reino<br />

Unido poderia cair numa crise<br />

financeira semelhante se o próximo<br />

governo não reduzir a dependência<br />

face à banca. Numa entrevista<br />

ao “The Times”, o líder liberal-democrata<br />

Nick Clegg acusou<br />

o Partido Trabalhista, há 13 anos no<br />

poder, pela situação económica no<br />

Reino Unido. “Estamos numa situação<br />

muito diferente da Grécia.<br />

A economia britânica está a crescer<br />

e a ganhar força”, disse Mandelson,<br />

em defesa do governo de<br />

Gordon Brown.<br />

Por seu lado, o líder dos conservadores,<br />

David Cameron, disse<br />

num comício que “a Grécia é um<br />

exemplo do que acontece quando<br />

se pede mais dinheiro do que<br />

aquele que se pode pagar”. “Graças<br />

a Deus que não estamos no<br />

euro”, sublinhou o chanceler do<br />

Tesouro sombra dos Conservadores,<br />

George Osborne. ■<br />

NO SEGUNDO DEBATE, SOBRE POLÍTICA EX<br />

36%<br />

David Cameron<br />

Milhões de euros de<br />

cortes por explicar<br />

De acordo com o estudo do Institute<br />

forFiscalStudies,oPartidoConservador<br />

está a planear, caso vença as<br />

eleições, os maiores cortes na despesa<br />

pública no espaço de cinco<br />

anos (até 2015) desde a Segunda<br />

Guerra Mundial, enquanto as medidas<br />

de contenção dos Trabalhistas e<br />

dos Liberais igualam a crise dos<br />

anos 70. De acordo com os dados do<br />

Tesouro britânico, o próximo governo<br />

terá de fazer ajustes anuais de 82<br />

mil milhões, face ao ano fiscal 2010-<br />

2011. Tendo em conta as promessas<br />

eleitorais até agora, os Conservadores<br />

terão de fazer cortes monumentais<br />

e planeiam consegui-lo diminuindo<br />

drasticamente a despesa pública<br />

(com uma redução de sete mil<br />

milhões de euros já este ano). Por<br />

explicar estão cortes de 60 mil milhões.<br />

Os Trabalhistas anunciaram<br />

aumentos dos impostos na ordem<br />

dos 19,5 mil milhões de euros, mas o<br />

IFS estima que o Labour terá de<br />

acrescentar mais oito mil milhões a<br />

este valor e identifica 51 mil milhões<br />

em cortes não identificados. Aos Liberais<br />

Democratas falta-lhes justificar<br />

reduções orçamentais de 40 mil<br />

milhões de euros.


Americanos perdem confiança na Saúde<br />

Apesar da aprovação da reforma do sistema de Saúde dos EUA, os<br />

norte-americanos acreditam cada vez menos no sistema. Segundo uma<br />

sondagem da Thomson/Reuters ontem divulgada, o índice que mede a<br />

confiança dos cidadãos dos EUA na sua capacidade de pagar e receber<br />

cuidados médicos recuou em Março. “De modo chocante, os americanos<br />

esperam que a situação piore muito nos próximos três meses”, disse<br />

Gary Pickens, director de pesquisa da agência.<br />

TERNA, O CONSERVADOR DAVID CAMERON DOMINOU<br />

32%<br />

Nick Clegg<br />

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29%<br />

Gordon Brown<br />

Stefan Rousseau/Pool<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Terceiro debate entre os líderes<br />

dos três maiores partidos britânicos.<br />

● Início da Assembleia de Paz de<br />

todas as tribos do Afeganistão.<br />

● Publicado relatório de 2010 da<br />

Liberdade de Imprensa.<br />

● MNE russo fala perante o Conselho<br />

da Europa.<br />

QUATRO PERGUNTAS A...<br />

GEMMA TETLOW<br />

Senior Research Economist<br />

do Institute for Fiscal Studies (IFS)<br />

“Reino Unido tem<br />

margem de manobra<br />

para estabilizar<br />

finanças”<br />

OInstituteforFiscalStudies<br />

publicou um estudo que causou<br />

polémica a uma semana das<br />

eleições no Reino Unido,<br />

acusando os três principais<br />

partidos de esconderem<br />

informações sobre política<br />

económica para ganharem votos<br />

a 6 de Maio.<br />

Concorda com a comparação<br />

entre o Reino Unido e a Grécia?<br />

Há claras diferenças entre os dois<br />

países. O Reino Unido ainda tem<br />

margem de manobra para<br />

conseguir estabilizar as suas<br />

finanças. No entanto, terá<br />

de diminuir a dependência<br />

face ao sector financeiro.<br />

Como reage às afirmações<br />

dos três principais partidos<br />

britânicos, que negaram<br />

as conclusões do IFS?<br />

Trata-se de um estudo<br />

independenteeaverdade<br />

é que ainda há muito por explicar<br />

“Todos os partidos<br />

falamemaumento<br />

de impostos. Os<br />

trabalhistas mais, os<br />

conservadores menos”.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 23<br />

nos planos de austeridade<br />

económica para os próximos anos.<br />

Têm de fornecer mais detalhes.<br />

A nossa intenção ao fazer este<br />

estudo foi esclarecer os eleitores,<br />

para que não se vejam<br />

confrontados com aumentos<br />

inesperados dos impostos.<br />

Tendo em conta a situação<br />

económica, será inevitável<br />

sobrecarregar os contribuintes<br />

britânicos?<br />

Todos os partidos falam em aumentar<br />

os impostos. Os Trabalhistas mais,<br />

os Conservadores menos.<br />

Porque é que os partidos<br />

omitiram estas informações?<br />

As questões económicas serão<br />

o maior desafio do próximo<br />

governo britânico, por isso<br />

é impressionante a reticência<br />

dos três principais partidos<br />

em explicar como enfrentarão<br />

essa tarefa. Não querem revelar<br />

todos os detalhes para<br />

não perderem eleitores. ■


24 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

MUNDO<br />

RADAR MUNDO<br />

1<br />

Suíça<br />

5<br />

A Suíça quer acabar com a sua<br />

imagem de local de refúgio para<br />

as fortunas que os ditadores do<br />

terceiro mundo roubam aos seus<br />

países. O parlamento do país vai<br />

votar um projecto de lei que tem<br />

como objectivo evitar que os fundos<br />

desviados por chefes de Estado<br />

não voltem a cair em mãos<br />

criminosas, caso estes sejam bloqueados<br />

pelas autoridades.<br />

Ao falar em conferência de<br />

imprensa, a ministra dos Negócios<br />

Estrangeiros Micheline<br />

Calmy-Rey apelou às duas câmaras<br />

do parlamento para que aprovem<br />

a nova lei já em Junho, para<br />

que “casos como os de Mobotu<br />

[antigo ditador do antigo Zaire,<br />

actual Congo] e de Duvalier [exditador<br />

do Haiti] não se voltem a<br />

repetir”. A governante adiantou<br />

que a proposta recebeu fortes<br />

apoios de todos os partidos, pelo<br />

quedeveráseraprovadaassim<br />

que a votação tenha lugar.<br />

Os especialistas notam que as<br />

vítimas do sismo, que devastou<br />

o Haiti, deverão ser das primeiras<br />

beneficiadas com a lei, já que<br />

esta irá permitir à Suíça dar aos<br />

grupos humanitários que ope-<br />

6 1<br />

Dinheiro de ditadores<br />

perde refúgio suíço<br />

4<br />

ram no país pelo menos 3,5 milhões<br />

de euros que estão congelados<br />

nas contas bancárias do<br />

país e que são reclamados pelo<br />

antigo ditador do país, Jean-<br />

Claude ‘Baby Doc’ Duvalier.<br />

Ajudar países mais fracos<br />

Calmy-Rey adiantou que o governo<br />

suíço considerou ser “urgente”<br />

proceder à criação de<br />

uma legislação contra o desvio<br />

2<br />

3<br />

de fundos por parte de ditadores,<br />

depois de terem sido detectados<br />

vários casos em que os Estados<br />

lesados não estavam em<br />

condições de avançar eles próprios<br />

com processos penais, devido<br />

à fraqueza dos seus sistemas<br />

judiciais.<br />

Anovalei,queprevêarestituição<br />

dos bens de origem ilícita,iráseraplicadaemtrêsetapas.<br />

Num primeiro momento, o<br />

tribunal administrativo suíço<br />

poderá congelar ou confiscar<br />

dinheiro que seja alvo de disputas<br />

nos bancos nacionais, mesmo<br />

se o país não puder processar<br />

o seu líder deposto. O governo<br />

terá assim uma base legal que<br />

evitará o recurso a regras de excepção,<br />

que têm demasiadas<br />

cláusulas de segurança e não<br />

garantemarecuperaçãododinheiro<br />

roubado pelos ditadores.<br />

O projecto prevê ainda vários<br />

mecanismos para uma restituição<br />

rápida dos montantes desviados,<br />

de modo a melhorar as<br />

condições de vida nos países de<br />

origem das quantias, sendo usado<br />

para financiar programas de<br />

interesse público. ■<br />

2 Tailândia<br />

Novos confrontos com “camisas vermelhas” causam um morto<br />

Os protestos dos manifestantes<br />

‘camisas vermelhas’ em Banguecoque<br />

voltaram a ter um<br />

desfecho fatal. Um militar perdeu<br />

a vida e 18 pessoas ficaram<br />

feridas quando as forças de segurança<br />

do país abriram fogo<br />

durante confrontos numa grande<br />

estrada nos subúrbios da capital<br />

tailandesa. Segundo as autoridades,<br />

a vítima perdeu a<br />

vida quando os militares abriram<br />

fogo por engano sobre um<br />

grupo de motociclistas também<br />

eles militares e que se dirigiam<br />

O Parlamento suíço<br />

está pronto a votar<br />

uma lei que prevê<br />

a devolução aos países<br />

de origem do dinheiro<br />

que seja roubado<br />

pelos seus antigos<br />

governantes.<br />

Os confrontos causaram 18 feridos.<br />

para as posições do exército. O<br />

casoestáasertratadocomoum<br />

acidente, embora existam suspeitas<br />

de que militares se estejam<br />

a aliar aos ‘camisas vermelhas’.<br />

O incidente teve lugar<br />

porque centenas de manifestantes<br />

se estavam a tentar concentrar<br />

numa das áreas da capital<br />

usando motas e camiões,<br />

mas os caminhos para a zona<br />

estavam bloqueados pelas forças<br />

de segurança. Após o tiroteio,<br />

os ‘camisas vermelhas’ recuaram<br />

para a sua base. ■<br />

3 Japão<br />

Tóquio estabelece<br />

primeira base<br />

militar no exterior<br />

As forças armadas nipónicas<br />

estão a construir no Djibouti<br />

(África) a sua primeira base<br />

militar no estrangeiro desde<br />

1945. Tóquio tenta assim<br />

proteger os seus navios<br />

comerciais contra os piratas<br />

da Somália, que atacam as<br />

rotas do Índico, onde passam<br />

90% das exportações<br />

japonesas. ■<br />

4 Polónia<br />

Varsóvia reforça maior IPO da Europa<br />

A procura das acções da maior<br />

seguradora polaca PZU, que se<br />

vai estrear na Bolsa em Maio,<br />

tem sido forte. Tão forte que o<br />

governo de Varsóvia decidiu<br />

privatizar mais 5% do capital da<br />

empresa, aumentando para os<br />

2,12 mil milhões de euros o valor<br />

da parcela da empresa que<br />

será colocada em bolsa.<br />

“Devido ao forte interesse na<br />

oferta, queremos que a participação<br />

a ser oferecida vá até aos<br />

30%”, afirmou o ministro das<br />

5 Venezuela<br />

Chávez rende-se ao Twitter<br />

56.241<br />

Finanças polaco, Aleksandr<br />

Grad. Fontes bancárias adiantaram<br />

que o interesse dos investidores<br />

institucionais na PZU<br />

também é “muito elevado”.<br />

O governo polaco, em conjunto<br />

com a seguradora holandesa<br />

Eureko são os maiores accionistas<br />

da PZU, e ontem estabeleceram<br />

nos 312,5 zlotys (79,5<br />

euros) o preço a que cada acção<br />

da empresa irá ser vendida, um<br />

valor próximo da tranche mais<br />

baixa das expectativas. ■<br />

É o número de seguidores que o presidente venezuelano Hugo Chávez<br />

conseguiu no dia em que se estreou no Twitter, na conta<br />

@chavezcandanga. Na sua primeira mensagem, Chávez disse que “vou<br />

pró Brasil. E muito contente a trabalhar pela Venezuela. Venceremos!”.<br />

U.S. Coast Guard/Handout/Reuters<br />

6 EUA<br />

Mancha de petróleo pode ser queimada<br />

As autoridades norte-americanas<br />

estão dispostas a tomar<br />

medidas drásticas para conter<br />

a mancha de petróleo, que<br />

ameaça as reservas naturais ao<br />

largo da Florida, depois da<br />

plataforma ‘Deepwater Horizon’<br />

se ter afundado na semana<br />

passada e começado a despejar<br />

para o oceano o equivalente<br />

a mil barris de petróleo<br />

por dia.<br />

Segundo a Guarda Costeira<br />

dos Estados Unidos, está a ser<br />

seriamente estudada a possi-<br />

Hatoyama quer proteger rotas<br />

comerciais japonesas.<br />

bilidade de deitar fogo ao crude,<br />

de modo a destruí-lo antes<br />

que chegue à costa, uma vez<br />

que os esforços para travar a<br />

fuga não estão a ter sucesso e<br />

esta ameaça tornar-se no<br />

maior derrame de petróleo da<br />

história dos EUA.<br />

Segundo a contra-almirante<br />

Mary Landry da Guarda<br />

Costeira, a mancha será selada<br />

por bóias especiais de contenção<br />

à superfície da água,<br />

sendo depois “queimada de<br />

modo controlado”. ■


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RELATÓRIO E CONTAS 2009<br />

SUMÁRIO EXECUTIVO<br />

A TF Turismo Fundos SGFII, S.A. (Turismo Fundos) tem por missão “Contribuir para as políticas públicas visando o fortalecimento da competitividade<br />

do turismo nacional, intervindo sobre a componente imobiliária das empresas do sector”.<br />

A actividade da sociedade em 2009 desenvolveu-se no âmbito de uma envolvente caracterizada pela crise económica internacional e pelos seus<br />

impactos no turismo europeu e nacional. O número de turistas na Europa sofreu uma quebra de 4%, tendo Portugal fechado o ano com uma descida<br />

de 3,1% face a 2008, quebra muito infl uenciada pelo mercado britânico. Esta quebra foi apenas parcialmente mitigada com o aumento do turismo<br />

interno e com os acréscimos no número de turistas espanhóis e franceses. Os proveitos totais da hotelaria portuguesa registaram um decréscimo<br />

de cerca de 9%.<br />

No plano interno, 2009 foi um ano de mudança na Turismo Fundos - mudança ao nível do volume dos fundos sob gestão e mudança ao nível dos<br />

recursos humanos da empresa.<br />

Com efeito, no contexto das medidas anti-crise criadas pelo Governo, a Turismo Fundos foi incumbida de gerir o novo Fundo Imobiliário Especial de<br />

Apoio às Empresas (FIEAE), tendo, assim, quase duplicado o valor dos fundos sob gestão. Este novo fundo, ao contrário dos demais sob gestão da<br />

Sociedade, abrange todos os sectores de actividade, incluindo, para além do turismo, os sectores industriais e de serviços.<br />

Com o reforço deste fundo em € 50 milhões, já aprovado em Dezembro, os valores globais sob gestão da Sociedade ultrapassarão os € 250<br />

milhões.<br />

Foi no âmbito do FIEAE que ocorreu o maior número de operações: deram entrada 129 projectos, dos quais, até<br />

Dezembro de 2009, foram 34 aprovados e 23 rejeitados. As operações aprovadas totalizaram € 137,3 milhões, envolvendo 7.400 postos de<br />

trabalho.<br />

A actividade no âmbito dos dois Fundos de Investimento Imobiliário Turísticos centrou-se essencialmente no acompanhamento da carteira patrimonial,<br />

tendo ocorrido três alienações e um reforço de investimento.<br />

Para fazer face ao alargamento de âmbito e aumento de actividade da Sociedade, foi reforçado o seu quadro técnico.<br />

Também o Conselho de Administração e a Comissão Executiva da Sociedade foram alargados, com a nomeação de dois novos membros com<br />

funções executivas.<br />

Do ponto de vista fi nanceiro assinala-se que o resultado líquido da Sociedade aumentou cerca de 53% relativamente ao ano anterior, alcançando<br />

€ 357.994.<br />

O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico registou uma evolução negativa do seu valor de 1%, fruto de ajustamentos desfavoráveis no<br />

valor de alguns imóveis, enquanto que o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II alcançou uma valorização positiva de 3%.<br />

O balanço global que o Conselho de Administração faz da actividade da Sociedade é muito positivo, consciente de que os fundos que a sociedade<br />

tem sob gestão têm contribuído decisivamente para o desenvolvimento da competitividade das empresas.<br />

É devido, assim, um agradecimento a todos os colaboradores da Turismo Fundos pelo trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2009, decisivo<br />

para os resultados alcançados.<br />

NOTA INTRODUTÓRIA<br />

A SOCIEDADE<br />

A TF Turismo Fundos - SGFII, S.A., criada em 28 de Setembro de 1995 como resultado da parceria entre o Turismo de Portugal, ip (ex-Fundo de<br />

Turismo), a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santo, tem por objecto exclusivo a administração, gestão e representação de fundos de<br />

investimento imobiliário, fechados ou abertos.<br />

MISSÃO DA TURISMO FUNDOS<br />

A TF Turismo Fundos - SGFII, S.A. (Turismo Fundos) tem por missão “Contribuir para as políticas públicas visando o fortalecimento da competitividade<br />

do turismo nacional, intervindo sobre a componente imobiliária das empresas do sector”.<br />

Esta intervenção materializa-se na gestão de fundos de investimento imobiliários que visam:<br />

► Contribuir para reforço da capacidade fi nanceira e empresarial das empresas, nomeadamente do sector do turismo, e para o reforço da sua<br />

competitividade;<br />

► Potenciar a melhoria e aumento da oferta hoteleira nacional, estimulando o reforço da imagem de marca dos grupos hoteleiros nacionais;<br />

► Contribuir para a redução da excessiva concentração geográfi ca e sazonal da actividade turística.<br />

OS FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO<br />

Os fundos de investimento imobiliário constituem poderosos instrumentos fi nanceiros vocacionados para apoiar as pequenas e médias empresas.<br />

As operações consistem na aquisição e subsequente arrendamento dos imóveis afectos à actividade das empresas, permitindo a separação entre<br />

a propriedade dos activos imobiliários e a respectiva gestão.<br />

A decisão sobre operações de aquisição e de arrendamento de imóveis tem por base critérios de rigor e rendibilidade, sendo o imóvel avaliado na<br />

óptica do rendimento.<br />

ESTRUTURA ACCIONISTA<br />

O capital social da Turismo Fundos é de 375.000 € (trezentos e setenta e cinco mil euros) e a sua estrutura accionista é a seguinte:<br />

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL<br />

ÓRGÃOS SOCIAIS<br />

Rua Ivone Silva, nº. 6 – 8º Dtº. – 1050 – 124 Lisboa – Telefone: 21 781 57 20 – Fax: 21 781 57 39 Capital Social: 350.000 Euros – Conservatória do registo Comercial de Lisboa, sob o número único de matrícula e de pessoa colectiva 503 511 668<br />

Assembleia Geral<br />

Presidente Dr. Rui M. D. Sousa da Silveira<br />

Vice-Presidente Dr. Nuno M. A. Queiroz de Barros<br />

Secretário Dr. Pedro M. R. Araújo Martinez<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Dra. Maria José Martins Catarino<br />

Vogal Prof. Jorge Manuel R. Umbelino<br />

Vogal Dr. Rui Manuel M. Coelho Valente<br />

Vogal Dra. Ana M. J. L. C. Mendes Godinho<br />

Vogal Prof. Célia M. C. M. da Costa Cabral<br />

Vogal Dr. Alcides Saraiva de Aguiar<br />

Vogal Dr. Marco Paulo Salvado Neves<br />

Comissão de Vencimentos<br />

Presidente Dr. Nuno Manuel Oliveira Santos<br />

Vogal Dr. Pedro M. R. Araújo Martinez<br />

Vogal Dr. Rui M. D. Sousa da Silveira<br />

TURISMO FUNDOS<br />

(Euros)<br />

Nº de<br />

valor acções %<br />

Turismo de Portugal, ip 199.500 39.900 53,2%<br />

CGD 125.500 25.100 33,5%<br />

BES 50.000 10.000 13,3%<br />

375.000 75.000 100%<br />

Órgão de Fiscalização (Conselho Fiscal)<br />

Presidente Dr. Serafi m Ribeiro Amorim<br />

Vogal Dr. Licínio Cruz Dias Calado<br />

Vogal ROC efectivo – PWC & Associados, SROC, representada pelo Dr. António Alberto Henriques Assis<br />

Vogal ROC suplente – Dr. José Manuel H. Bernardo<br />

A gestão corrente da sociedade está a cargo da Comissão Executiva, que reúne semanalmente, composta por cinco administradores: Dr. Rui Manuel<br />

M. Coelho Valente, Dra. Ana M. Mendes Godinho, Prof. Célia M. da Costa Cabral, Dr. Alcides Saraiva de Aguiar, e Dr. Marco Salvado Neves.<br />

Os administradores não executivos acompanham regularmente a actividade da sociedade, através das reuniões mensais do Conselho de Administração.<br />

Apresenta-se, de seguida, o organigrama da Sociedade:<br />

Comissão de<br />

Vencimentos<br />

Assessoria<br />

Jurídica<br />

Direcção de Análise e<br />

Investimento<br />

Assembleia Geral<br />

Conselho de Administração<br />

Comissão<br />

Executiva<br />

Conselho Fiscal<br />

Recursos<br />

Contabilidade<br />

Financeira<br />

Humanos<br />

QUADRO DE PESSOAL<br />

Em 2009, a estrutura de pessoal era composta pelos seguintes colaboradores: Assistente de Direcção e Administração, dois Adjuntos da Direcção de<br />

Análise e Investimento, Adjunto da Direcção Administrativa e Financeira, Director Administrativo e Financeiro e Directora de Análise e Investimento.<br />

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO<br />

A ECONOMIA INTERNACIONAL<br />

Com início em 2008, e prolongando-se por todo o ano de 2009, verifi cou-se uma extrema turbulência nos mercados fi nanceiros com consequências<br />

severas para a economia real, que se agravaram com a queda de alguns dos principais bancos de investimento americanos. As condições económicas<br />

mundiais deterioraram-se rapidamente como consequência da queda de confi ança tanto dos consumidores como da indústria, que se seguiu. Por<br />

outro lado, as condições de crédito cada vez mais apertadas e os efeitos adversos resultantes da redução do valor dos activos, incluindo os imobiliários,<br />

contribuíram decisivamente para que a maior parte das economias mais desenvolvidas tenham entrado em recessão em 2009 – alastrando<br />

pouco a pouco para as economias emergentes.<br />

Por todo o mundo, a infl ação reduziu, infl uenciada pela queda dos preços das commodities, com o preço do petróleo a atingir níveis mínimos históricos.<br />

Os principais bancos centrais coordenaram esforços para restabelecer a liquidez, e as taxas de juro registaram, também, níveis mínimos.<br />

A UNIÃO EUROPEIA<br />

Os primeiros sinais de abrandamento económico na Zona Euro surgiram no fi nal de 2007. A crise verifi cada nos mercados fi nanceiros internacionais<br />

teve como resultado uma diminuição da confi ança dos consumidores e das empresas. A esta quebra, veio adicionar-se o efeito da subida do preço<br />

dos bens energéticos e a apreciação do euro na primeira metade de 2008.<br />

Secretariado<br />

Direcção Administrativa e<br />

Financeira<br />

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2009<br />

Após as difi culdades experimentadas durante o ano de 2008, a Comissão Europeia elaborou um “Plano de Relançamento da Economia Europeia”,<br />

aprovado em Dezembro de 2008 em reunião dos chefes de Estado e de Governo da EU. Este Plano de Relançamento proposto assentava em dois<br />

pilares – o estímulo orçamental em até 1,5% do PIB, mantendo-se em pleno respeito do PEC e o reforço da competitividade da Europa a longo prazo<br />

(Estratégia de Lisboa), através de investimentos inteligentes. Neste contexto, foi ainda reconhecida a necessidade de serem adoptadas pelos Estados<br />

Membros medidas extraordinárias e transitórias de apoio ao emprego e às empresas.<br />

A ECONOMIA PORTUGUESA<br />

A economia portuguesa apresentou uma performance que não deixa de refl ectir a crise internacional vivida. Em 2009, o PIB caiu 2,7% relativamente<br />

a 2008 e a infl ação anual média foi de -0,8%.<br />

A política económica seguida pelo Governo não deixou de refl ectir claramente as recomendações do Conselho Europeu acima descritas, levando a<br />

um signifi cativo aumento do défi ce orçamental mas consagrando diversas medidas de apoio à recuperação da procura e de aumento da liquidez<br />

disponível para as empresas, dada a forte condicionante por parte do sector bancário. É neste âmbito que foi criado o Fundo Imobiliário Especial de<br />

Apoio às Empresas, com uma dotação inicial de € 100 Milhões (com reforço adicional de € 50 milhões entretanto já aprovado) – fundo cuja entidade<br />

gestora é a Turismo Fundos, e que adiante se encontra descrito em maior pormenor.<br />

O SECTOR DO TURISMO<br />

Em 2009, Portugal posicionou-se no 17º lugar dos destinos mais competitivos do mundo para a atracção de investimento nos sectores do Turismo e Viagens,<br />

segundo o Índice de Competitividade Viagens e Turismo (Travel & Tourism Competitiveness Index), elaborado pelo World Economic Forum,<br />

Mas 2009 foi um ano difícil para a actividade turística em termos mundiais e, também, em Portugal.<br />

Em termos estatísticos, o número de turistas na Europa sofreu uma quebra de 4%, tendo Portugal fechado o ano com uma descida de 3,1% face a<br />

2008, quebra muito infl uenciada pelo mercado britânico (em que à crise se veio juntar uma forte desvalorização da libra).<br />

Em compensação, Portugal assistiu a um aumento do número de turistas espanhóis e franceses, em 2009, numa procura que tem vindo a crescer<br />

nos últimos anos.<br />

Também o aumento do turismo interno permitiu contrariar o comportamento adverso do mercado do Reino Unido, tendo atingido 36,3% da ocupação<br />

da hotelaria.<br />

Os destinos regionais que sentiram mais quebras foram a Madeira e o Algarve, fruto de uma grande dependência dos mercados do Reino Unido e<br />

da Alemanha, mercados especialmente afectados pela crise fi nanceira.<br />

O ano turístico encerrou em Portugal com 13 milhões de hóspedes e 36,7 milhões de dormidas.<br />

Ao nível dos proveitos totais da hotelaria portuguesa houve um decréscimo de cerca de 9%, o que se refl ectiu nos resultados operacionais das<br />

empresas turísticas, que tinham tido nos anos de 2007 e 2008 resultados excepcionais.<br />

PERSPECTIVAS PARA 2010<br />

A OMT prevê a retoma da actividade turística já em 2010, antevendo para a Europa um crescimento na ordem de +1.3%.<br />

A esta previsão não são alheias as recentes declarações do FMI segundo o qual a recuperação global está a ocorrer de uma forma mais rápida do<br />

que era esperado.<br />

Também o mais recente estudo do World Travel Trends Report divulgado pela ITB e realizado pela IPK International, defende que a quebra registada<br />

pelos destinos europeus em 2009 deverá ser mais moderada em 2010, podendo alguns destinos registar taxas de crescimento positivo.<br />

2010 promete ser um ano de transformação e oferece alguns desafi os:<br />

► A crise de emprego ainda não acabou, particularmente nas economias mais desenvolvidas e muitos postos de trabalho estão ainda em risco;<br />

► O crescimento das economias da maior parte dos mercados emissores ainda é frágil;<br />

► O preço do petróleo continua volátil;<br />

Mas também oportunidades:<br />

► Retoma económica e da confi ança do consumidores;<br />

► Taxas de juro e infl ação permanecem em níveis historicamente baixos, prevendo-se que subam a um ritmo moderado no curto prazo;<br />

► A fl exibilidade demonstrada pelo sector do turismo em responder de forma rápida e efi caz aos desafi os surgidos fortaleceu esta indústria, estando<br />

hoje melhor preparada;<br />

Por outro lado, e no caso de Portugal, as fortes medidas de apoio à actividade turística desencadeadas pelo Governo irão continuar, nomeadamente<br />

ao nível da promoção e do fi nanciamento, constituindo uma oportunidade para que as empresas se reestruturem e encontrem soluções que respondam<br />

às novas realidades e desafi os.<br />

Prevê-se que em 2010 continue a forte tendência de reservas de última hora e que o preço constitua cada vez mais um factor decisivo na escolha<br />

por parte dos consumidores.<br />

Os mercados emissores escandinavos, apesar da debilidade económica, demonstram alguma vitalidade. Nas primeiras semanas de Janeiro registouse<br />

um aumento considerável de reservas para destinos de praia para o próximo Verão, enquanto companhias aéreas e operadores anunciam novas<br />

rotas e novos conceitos de férias.<br />

Ainda não é possível afi rmar com certeza a solidez desta evolução, mas há uma expectativa positiva quanto à recuperação da actividade turística<br />

em Portugal.<br />

A EVOLUÇÃO DO MERCADO DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS EM PORTUGAL<br />

Em 2009, o mercado dos fundos de investimento imobiliário continuou a expandir-se, quer em termos de valor líquido sob gestão (VLG) quer em<br />

termos de número de fundos. O VLG cresceu 11%, fi xando-se em €11.776 milhões, e o número de fundos aumentou, em termos líquidos, em 20<br />

veículos (um acréscimo de 9%), perfazendo um total de 251.<br />

Assistiu-se a uma desaceleração do crescimento do número de fundos constituídos, embora se tenha mantido uma taxa de crescimento elevada<br />

(9% em 2009 versus 13% em 2008).<br />

Contrariamente, o VLG em 2009 registou um aumento superior ao verifi cado em 2008, que tinha sido apenas de 2%.<br />

Os fundos existentes são geridos por 34 sociedades gestoras. As sete maiores sociedades gestoras são responsáveis pela gestão de 62,4% do<br />

volume líquido sob gestão correspondendo a um total de €7.348 milhões. Os dez maiores fundos representam 38,4% do volume sob gestão, isto<br />

é €4.526 milhões.<br />

14.000,00<br />

12.000,00<br />

10.000,00<br />

8.000,00<br />

6.000,00<br />

4.000,00<br />

2.000,00<br />

0,00<br />

milhões de euros<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

total de fundos fundos abertos fundos fechados fundos especiais<br />

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

total de fundos fundos abertos fundos fechados fundos especiais<br />

Fonte: CMVM<br />

Em Dezembro de 2009, a Turismo Fundos detinha uma quota de mercado de 0,9% dos fundos imobiliários sujeitos a supervisão da CMVM, correspondente<br />

a um VLG de €110 milhões (uma vez que o FIEAE está excluído) num total de €11.776 milhões. Com esta quota, a Turismo Fundos<br />

posicionava-se no 19º lugar (em 34) do ranking global.<br />

Ranking Sociedade Gestora Valor<br />

Quota de<br />

Mercado<br />

1 Fundimo 1.578 € 13,4%<br />

2 Interfundos 1.201 € 10,2%<br />

3<br />

(…)<br />

ESAF 1.189 € 10,1%<br />

18 Fundiestamo 177 € 1,5%<br />

19 TF Turismo Fundos 110 € 0,9%<br />

20<br />

(…)<br />

TDF 91 € 0,8%<br />

Fonte: CMVM<br />

ACTIVIDADE DA TURISMO FUNDOS EM 2009<br />

I. A SOCIEDADE<br />

Em Maio de 2009, a Turismo Fundos foi incumbida de gerir o novo Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE), tendo, assim, quase<br />

duplicado o valor dos fundos sob gestão. Este novo fundo, ao contrário dos demais sob gestão da Sociedade, abrange todos os sectores de actividade<br />

incluindo, para além do turismo, os sectores industriais e de serviços.<br />

Estas alterações substanciais implicaram a necessidade de reforçar os recursos humanos da Sociedade.<br />

Assim, em Maio de 2009, a Sociedade viu a sua Administração reforçada em mais dois elementos e a estrutura de pessoal foi alargada, tendo sido<br />

contratado um Adjunto da Direcção de Análise e Investimento (especialmente dedicado a este fundo) e um Adjunto da Direcção Administrativa e<br />

Financeira.<br />

Atendendo à natureza transitória do FIEAE e ao volume de projectos entrados – 129 – optou-se por recorrer aos serviços de consultores externos<br />

para avaliação económica e fi nanceira das empresas proponentes.<br />

Foi igualmente reforçado o apoio jurídico, tendo-se contratado duas sociedades de advogados para conseguir dar resposta em tempo útil às necessidades<br />

das empresas que recorreram a este novo instrumento fi nanceiro.<br />

A actuação do Conselho de Administração em 2009 teve presente as linhas de orientação, objectivos e metas aprovados no âmbito das Orientações<br />

Estratégicas defi nidas para o período 2008-2010, tendo sido aprovadas operações relativas a imóveis turísticos no valor total de € 54,7 milhões.<br />

No âmbito dos Fundos Imobiliários Turísticos salienta-se a aprovação de uma operação no Algarve (Martinhal Resort, sito em Sagres), alinhada<br />

estrategicamente com o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), e a alienação de dois imóveis cujo prazo de arrendamento tinha terminado e<br />

em que os inquilinos não exerceram a opção de compra, dando cumprimento também ao defi nido nas Orientações Estratégicas.<br />

Foi feito um acompanhamento regular e sistemático das carteiras de imóveis dos Fundos Imobiliários Turísticos, quer na prevenção de eventuais<br />

incumprimentos, quer na monitorização do respectivo estado físico, promovendo a realização de visitas quando tal foi considerado pertinente.<br />

1


PUB<br />

Também no âmbito do FIEAE, e no que respeita aos imóveis afectos à actividade turística, as operações concretizadas e aprovadas estiveram de<br />

acordo com as Orientações Estratégicas, tratando-se de projectos inovadores e que contribuem para a competitividade do sector, estando alinhados<br />

estrategicamente com o PENT.<br />

Neste contexto, foi adquirido o imóvel Douro Palace, localizado em Baião, um hotel de qualidade superior que contribui para o desenvolvimento e<br />

afi rmação do Pólo de Desenvolvimento turístico Douro e aprovadas operações relativas à aquisição de:<br />

► dois imóveis no Algarve -, um Centro de wellness e um kartódromo - que contribuem para a diversifi cação da oferta do destino Algarve;<br />

► dois imóveis na Madeira, dos quais se destaca o Choupana Hills, que constitui um hotel claramente diferenciador, contribuindo para a requalifi -<br />

cação e reposicionamento deste destino tradicional;<br />

► um imóvel na Serra da Estrela – Varanda dos Carqueijais, destinando-se a aplicação dos fundos resultantes da operação à realização por parte<br />

da Turistrela de investimentos nos equipamentos da Serra da Estrela, nomeadamente na recuperação dos edifícios da Torre e na construção de<br />

uma piscina no Hotel Serra da Estrela, investimentos importantes para a afi rmação deste pólo de desenvolvimento turístico.<br />

Em termos globais, em 2009, os fundos imobiliários sob gestão da Turismo Fundos adquiriram 13 imóveis, no valor global de 28.977.532 €. Adicionalmente,<br />

efectuaram-se benfeitorias num imóvel já detido no valor total de 2.412.797 €.<br />

Em 2009, foram alienados 3 imóveis pelos fundos imobiliários turísticos.<br />

Em 31 de Dezembro de 2009, os fundos imobiliários geridos pela Turismo Fundos detinham 44 imóveis.<br />

Segue uma resenha sobre a actividade de cada um dos fundos sob gestão da Turismo Fundos.<br />

II. FIIFT<br />

Durante o ano de 2009, a actividade do Fundo centrou-se na rentabilização da carteira imobiliária, tendo em atenção as condições dos mercados<br />

fi nanceiros, imobiliário e turístico. Em 2009 não foi adquirido nenhum imóvel e foram alienados dois imóveis. Assim:<br />

► Em Maio o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico vendeu o imóvel “Hotel Porta do Sol”, localizado em Caminha;<br />

► Em Julho o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico vendeu o imóvel “Hotel Ibis Viseu”, localizado em Viseu.<br />

Em 31 de Dezembro de 2009, o património imobiliário do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico, constituído por 13 imóveis, ascendia,<br />

considerando o seu valor contabilístico total, a 28.106.286 €, correspondendo a uma diminuição, em relação ao ano transacto, de cerca de 15%.<br />

Em 2009 a yield média bruta do património imobiliário do Fundo foi de 4,68%, tendo-se assistido a uma inversão da tendência de crescimento<br />

verifi cada nos últimos três anos, conforme evidenciado no gráfi co a seguir apresentado:<br />

A conjuntura de contracção económica e as consequentes difi culdades de exploração das unidades hoteleiras originaram algumas situações de<br />

incumprimento no pontual pagamento das rendas. Face a esta situação a Turismo Fundos reavaliou a situação de arrendamento de alguns imóveis,<br />

tendo estudado e posto em prática planos de pagamento de rendas a fi m de manter viável a exploração hoteleira de alguns imóveis e evitar situações<br />

de incumprimento graves e consequentes acções de despejo.<br />

Também como refl exo da conjuntura económico-fi nanceira e da crise no mercado imobiliário verifi cou-se, relativamente a alguns imóveis, uma redução<br />

do respectivo valor venal, com consequente impacto (negativo) nos resultados líquidos e no valor global líquido do fundo.<br />

III. FIIFT II<br />

O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II centrou a sua actividade durante o período em análise na rentabilização da carteira imobiliária,<br />

tendo em atenção as condições dos mercados fi nanceiros, imobiliário e turístico. Ao longo do ano de 2009 não foi adquirido nenhum imóvel, tendo-se<br />

realizado um reforço de investimento num imóvel propriedade do Fundo. Foi ainda alienado um imóvel e aprovada uma operação. Assim:<br />

► Em Julho de 2009 o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II reforçou o investimento no imóvel “Memmo Baleeira Hotel”, localizado<br />

em Sagres;<br />

► Em Outubro de 2009 o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II alienou o imóvel “Kartódromo de Almancil”, localizado em Almancil.<br />

► Em Dezembro de 2009 o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II aprovou a operação de compra e de arrendamento subsequente<br />

do imóvel “Martinhal Resort”, localizado em Sagres.<br />

Em 31 de Dezembro de 2009 o património imobiliário do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II, constituído por 18 imóveis, ascendia,<br />

considerando o seu valor contabilístico total, a 65.113.468 €, representando um crescimento, face ao ano transacto, de cerca de 2%.<br />

Em 2009 a yield média ponderada bruta do património imobiliário do Fundo foi de 5,15%, tendo-se assistido a uma inversão da tendência de crescimento<br />

verifi cada nos últimos três anos, conforme evidenciado no gráfi co a seguir apresentado:<br />

A conjuntura de contracção económica e as consequentes difi culdades de exploração das unidades hoteleiras originaram algumas situações de<br />

incumprimento no pontual pagamento das rendas. Face a esta situação a Turismo Fundos reavaliou a situação de arrendamento de alguns imóveis,<br />

tendo estudado e posto em prática planos de pagamento de rendas a fi m de manter viável a exploração hoteleira de alguns imóveis e evitar situações<br />

de incumprimento graves e consequentes acções de despejo.<br />

IV. O FUNDO IMOBILIÁRIO ESPECIAL DE APOIO ÀS EMPRESAS (FIEAE)<br />

Como já referido, em Maio de 2009 foi criado, pelo Decreto-lei n.º 104/2009, no âmbito do PME Consolida, o novo Fundo Imobiliário Especial de<br />

Apoio às Empresas, cuja gestão foi atribuída à Sociedade.<br />

O FIEAE teve uma dotação inicial de €100 milhões (€50 milhões subscritos pelo Turismo de Portugal e €50 milhões subscritos pelo IAPMEI), tendo<br />

em Dezembro sido aprovado um reforço de €50 milhões, atendendo ao volume de procura deste instrumento fi nanceiro.<br />

O Regulamento de operações foi aprovado em 5 de Junho de 2009.<br />

O FIEAE encontra-se especialmente vocacionado para a aquisição de imóveis integrados no património de empresas como forma de dotação destas<br />

de recursos fi nanceiros imediatos e visa permitir que as empresas mobilizem os seus activos imobiliários para acesso a disponibilidades fi nanceiras<br />

imediatas, assegurando, simultaneamente, que essa mobilização não constitui um entrave ao desenvolvimento das suas actividades com continuado<br />

recurso a esses activos.<br />

O objectivo é o de permitir o saneamento, estabilização e consolidação fi nanceira das empresas, bem como a sua modernização, eventual redimensionamento<br />

e a criação, manutenção e qualifi cação do emprego.<br />

O FIEAE tem como destinatários empresas economicamente viáveis, ainda que enfrentando eventuais difi culdades fi nanceiras, cuja situação esteja<br />

regularizada com a Segurança Social e com o Fisco. O FIEAE exclui empresas do sector imobiliário.<br />

Durante o ano de 2009 deram entrada 129 projectos no FIEAE, dos quais, até Dezembro de 2009, foram 34 aprovados e 23 rejeitados. As operações<br />

aprovadas totalizaram 137,3 M€, envolvendo 7.400 postos de trabalho. Até ao fi nal do ano, foi possível celebrar 13 escrituras das 34 operações<br />

aprovadas.<br />

V.O PLANO DE ACÇÃO CONTRA A CORRUPÇÃO<br />

Dando cumprimento às orientações emanadas pelo Conselho da Prevenção da Corrupção, o Conselho de Administração aprovou o Plano de Acção<br />

contra a Corrupção em Dezembro de 2009.<br />

EVOLUÇÃO FINANCEIRA<br />

I. TURISMO FUNDOS<br />

Em 2009 os fundos sob gestão aumentaram 94%, de cerca de €108 milhões para cerca de €209 milhões. Este aumento deveu-se, essencialmente,<br />

ao novo fundo gerido pela Turismo Fundos – o FIEAE, cujo valor global líquido ascendeu, em 31 de Dezembro de 2009, a cerca de € 99,7 milhões.<br />

Importa contudo salientar que o FIEAE não é um fundo imobiliário strictu sensu, na medida em que foi constituído por legislação própria e não é<br />

supervisionado pela CMVM, pelo que se este fundo não for considerado, os fundos sob gestão aumentaram 2%, de cerca de €108 milhões para<br />

cerca de €110 milhões.<br />

A capacidade não utilizada de gestão de fundos reduziu-se ligeiramente (€695 milhões a 31 de Dezembro de 2009 versus €743 milhões um ano<br />

antes), apesar de se manter elevada.<br />

No exercício de 2009, como nos anos anteriores, o resultado líquido voltou a crescer e de forma mais acentuada, como efeito da gestão de mais<br />

um fundo.<br />

O resultado líquido do exercício aumentou cerca de 53% relativamente ao ano anterior, passando de 233.423 €, em 2008, para 357.994 €, em<br />

2009. Esta situação resulta do efeito conjugado do:<br />

► aumento dos proveitos, em cerca de 114%, devido ao crescimento, em cerca de 105%, da rubrica comissões, que representa 90% do total dos<br />

proveitos e ao crescimento da rubrica outros resultados de exploração, que representa 6% do total dos proveitos;<br />

► crescimento registado nos custos de exploração, que conheceram um acréscimo de cerca de 156%, como resultado, essencialmente, do aumento<br />

dos gastos gerais administrativos (299%) e dos custos com pessoal (71%).<br />

2<br />

Evolução do Património Imobiliário<br />

1999-2009<br />

6,75%<br />

6,56%<br />

6,31%<br />

5,99%<br />

5,31%<br />

5,40%<br />

5,50%<br />

4,71%<br />

4,68%<br />

4,48%<br />

4,18%<br />

33.129.22432.897.314<br />

32.218.450<br />

30.507.588<br />

28.375.672 28.708.211 29.233.954<br />

27.423.577<br />

28.106.286<br />

23.500.116<br />

19.950.180<br />

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

património yield bruta<br />

6,64%<br />

5,95%<br />

5,04%<br />

Evolução do Património Imobiliário<br />

2001 - 2009<br />

65.113.468 €<br />

6,32%<br />

5,51%<br />

5,15%<br />

4,59% 4,51% 4,80%<br />

63.756.386 €<br />

56.070.626 €<br />

53.336.784 €<br />

43.241.954 €<br />

38.200.442 €<br />

23.370.857 € 35.993.884 €<br />

9.964.186 €<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009<br />

património yield bruta<br />

TURISMO FUNDOS<br />

(Euros)<br />

Variação<br />

Homóloga<br />

2008 2009<br />

Fundos sob gestão 107.844.713 209.434.500 94%<br />

FIIFT 36.221.255 35.702.733 -1%<br />

FIIFT II 71.623.458 74.026.202 3%<br />

FIEAE 99.705.565 n/a<br />

Fundos próprios 1.151.206 1.204.630 5%<br />

Capacidade de gestão 851.206.000 904.629.720 6%<br />

Uma vez que se assistiu a um aumento do resultado líquido e dos capitais próprios, a rendibilidade dos capitais próprios cifrou-se em 22,91% em<br />

2009, observando um acréscimo face ao valor de 16,86% ocorrido em 2008.<br />

O activo líquido, no montante de 1.953.591 €, registou um aumento face ao ano de 2008, de cerca de 31%.<br />

Os capitais próprios da sociedade ascendem a 1.562.624 €, representando 79,99% do activo líquido total, verifi cando-se elevados níveis de liquidez e<br />

solvabilidade, apesar do decréscimo deste rácio face ao ano anterior, 92,91%. O aumento dos capitais próprios em 2009 foi de 13%, como resultado<br />

da variação positiva das rubricas reservas, resultados transitados e resultados líquidos.<br />

O resultado corrente foi de 347.914,52 €, o qual acrescido dos outros resultados de exploração e de alienação de outros activos no valor de 135.412,53<br />

€ e deduzido da dotação para impostos sobre os lucros de 125.333,21 € determinou um resultado líquido do exercício de 357.993,84 €. Assim, em<br />

relação a 2008, verifi cou-se um aumento de cerca de 8% do resultado corrente e de 53% do resultado líquido.<br />

II. FIIFT<br />

PRINCIPAIS INDICADORES<br />

III. FIIFT II<br />

PRINCIPAIS INDICADORES<br />

IV. FIEAE<br />

PRINCIPAIS INDICADORES<br />

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS<br />

Nos termos da alínea f) do nº 5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, propõe-se a seguinte aplicação do resultado do exercício no<br />

valor de 357.993,84 €:<br />

Reserva Legal 35.799,38 €<br />

Resultados Transitados 142.194,46 €<br />

Dividendos 180.000,00 €<br />

EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DA SOCIEDADE<br />

Face ao reconhecido papel que os fundos de investimento imobiliário podem desempenhar como instrumentos de alavancagem fi nanceira, é de<br />

prever, na actual conjuntura que haverá um aumento do número e valor global das operações de investimento, quer ao nível do sector do turismo,<br />

quer ao nível dos outros sectores.<br />

No âmbito das prioridades estratégicas oportunamente consagradas em Assembleia Geral, o Conselho de Administração prosseguirá a identifi cação<br />

de projectos turísticos inovadores, ao mesmo tempo que continuará atento a projectos de requalifi cação em destinos consolidados, a par dos que<br />

contribuam para a dinamização dos Pólos de Desenvolvimento Turístico e afi rmação dos Produtos Turísticos Estratégicos identifi cados no PENT.<br />

No âmbito do FIEAE, o Conselho de Administração norteará a sua actuação pelos princípios defi nidos no DL nº 104/2009 e no Regulamento de<br />

Operações.<br />

Antevê-se, a concretização de cerca de 35 novos investimentos, no montante global aproximado de € 130 milhões, repartidos entre o FIIFT, o FIIFT<br />

II e o FIEAE, estando previsto o levantamento de fundos adicionais para o efeito durante o ano de 2010.<br />

A Turismo Fundos continuará a apostar na diferenciação, inovação e capacidade dos seus recursos humanos, privilegiando os critérios de rigor e<br />

rendibilidade, esperando-se que 2010 seja um ano de reforço da componente de acompanhamento.<br />

DECLARAÇÃO E FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO<br />

A sociedade gestora não tem acções próprias e durante o exercício em análise não adquiriu nem alienou acções próprias.<br />

Durante o exercício em análise não foram concedidas autorizações para negócios entre a sociedade e os administradores, abrangidos pelo artigo<br />

397º do Código das Sociedades Comerciais.<br />

O Conselho de Administração não tem conhecimento da ocorrência de factos relevantes após o termo do exercício.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

O Conselho de Administração agradece aqueles que colaboraram com a empresa ao longo deste ano de actividade, querendo destacar:<br />

• Os seus colaboradores directos pelo trabalho desenvolvido;<br />

• O Conselho Fiscal, pelo acompanhamento atento da actividade da empresa;<br />

• Os Accionistas, pela forma como distinguiram e apoiaram a empresa;<br />

• As Autoridades de Supervisão pelo apoio prestado.<br />

Lisboa, 2 de Março de 2010<br />

FIIFT II<br />

(Euros)<br />

TURISMO FUNDOS<br />

(Euros)<br />

Variação<br />

2008 2009 Homóloga<br />

Resultado Líquido 233.423 357.994 53%<br />

Proveitos 839.657 1.797.546 114%<br />

juros e rendimentos similares 41.537 38.205 -8%<br />

rendimentos de serviços e comissões 791.116 1.623.928 105%<br />

FIIFT 268.832 270.623 1%<br />

FIIFT II 522.284 547.826 5%<br />

FIEAE 805.479 n/a<br />

resultados de activos financeiros para venda 930 -100%<br />

resultados de alienação de outros activos 3.095 19.750 538%<br />

outros resultados de exploração 2.979 115.663 3783%<br />

Custos 512.876 1.314.219 156%<br />

juros e encargos similares 2.998 6.453 115%<br />

encargos com serviços e comissões 36.455 38.219 5%<br />

custos com pessoal 212.868 364.057 71%<br />

gastos gerais administrativos 220.009 877.817 299%<br />

amortizações do exercício 38.072 27.674 -27%<br />

resultados de activos financeiros para venda 1.454 -100%<br />

outros resultados de exploração 1.019 -100%<br />

Impostos 93.358 125.333 34%<br />

TURISMO FUNDOS<br />

(Euros)<br />

Variação<br />

2008 2009 Homóloga<br />

Activo líquido 1.490.276 1.953.591 31%<br />

Capitais próprios 1.384.630 1.562.624 13%<br />

RCP 16,86% 22,91% 36%<br />

Capitais próprios/Activo líquido 92,91% 79,99% -14%<br />

FIIFT<br />

(Euros)<br />

Variação<br />

2008 2009 Homóloga<br />

VGLF 36.221.255 35.702.733 -1%<br />

UP 7,24 7,14 -1%<br />

Proveitos 2.297.289 2.317.675 1%<br />

Custos 1.257.668 2.836.198 126%<br />

Resultado Líquido 1.039.621 -518.523 -150%<br />

2008 2009<br />

VGLF 71.623.458 74.026.202 3%<br />

UP 67,75 70,02 3%<br />

Proveitos 5.716.147 4.450.579 -22%<br />

Custos 1.958.779 2.047.835 5%<br />

Resultado Líquido 3.757.368 2.402.744 -36%<br />

FIEAE<br />

(Euros)<br />

2008 2009<br />

O Conselho de Administração<br />

Maria José Martins Catarino<br />

(Presidente)<br />

Jorge Manuel Rodrigues Umbelino<br />

(Vogal)<br />

Rui Manuel Martins Coelho Valente<br />

(Vogal Executivo)<br />

Ana Manuel Jerónimo Lopes Correia Mendes Godinho<br />

(Vogal Executivo)<br />

Célia Maria Castanheira de Moura Costa Cabral<br />

(Vogal Executivo)<br />

Alcides Saraiva de Aguiar<br />

(Vogal)<br />

Marco Paulo Salvado Neves<br />

(Vogal)<br />

Variação<br />

Homóloga<br />

Variação<br />

Homóloga<br />

VGLF 99.705.565 n/a<br />

UP 997,06 n/a<br />

Proveitos 556.885 n/a<br />

Custos 851.321 n/a<br />

Resultado Líquido -294.435 n/a


PUB<br />

TF TURISMO FUNDOS-SGFII, S.A.<br />

BALANÇO EM BASE INDIVIDUAL (NCA), EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009<br />

31-Dez-09 31-Dez-08<br />

Nota<br />

Activo Bruto<br />

Imparidade e<br />

Amortizações<br />

Activo Líquido Activo Líquido<br />

Nota 31-Dez-09 31-Dez-08<br />

Activo Passivo<br />

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 11 410,00 410,00 250,00 Passivos por impostos correntes<br />

18 55.496,21 25.843,28<br />

Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito 12 34.647,98 34.647,98 6.901,68 Outros passivos<br />

19 335.471,58 79.803,24<br />

Aplicações em instituições de crédito 14 926.488,67 926.488,67 952.500,00<br />

Outros activos tangíveis 15 526.464,12 65.999,59 460.464,53 459.901,40 Total de Passivo 390.967,79 105.646,52<br />

Activos intangíveis 16 1.210,00 1.210,00 369,81<br />

Outros activos 17 531.580,17 531.580,17 70.353,35 Capital<br />

Capital<br />

20 375.000,00 375.000,00<br />

Outras reservas e resultados transitados 21 829.629,72 776.206,25<br />

Resultado do exercício<br />

357.993,84 233.423,47<br />

TOTAL DO ACTIVO<br />

Total de Capital 1.562.623,56 1.384.629,72<br />

2.020.800,94 67.209,59 1.953.591,35 1.490.276,24 TOTAL DE PASSIVO + CAPITAL<br />

1.953.591,35 1.490.276,24<br />

Outros dados:<br />

(95) RESPONSABILIDADES POR PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS<br />

(952) Valores administrados pela instituição: Valor global líquido do FIIFT em 31/12/2009 de 35.702.732,55 € / Valor global líquido do FIIFT II em 31/12/2009 de 74.026.201,78 € / Valor global líquido do FIEAE em 31/12/2009<br />

de 99.705.564,58 €<br />

O Ténico Oficial de Contas nº 3458 O Conselho de Administração<br />

TF TURISMO FUNDOS - SGFII, S.A.<br />

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM BASE INDIVIDUAL (NCA), EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009<br />

(euros)<br />

Nota 31-Dez-09 31-Dez-08<br />

Juros e rendimentos similares 4 38.205,34 41.537,10<br />

Juros e encargos similares 4 -6.453,22 -2.997,70<br />

Margem Financeira 31.752,12 38.539,40<br />

Rendimentos de serviços e comissões 5 1.623.928,47 791.116,37<br />

Encargos com serviços e comissões 5 (38.219,18) (36.454,66)<br />

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 6 (524,27)<br />

Resultados de alienação de outros activos 19.750,00 3.095,00<br />

Outros resultados de exploração 7 115.662,53 1.959,76<br />

Produto Bancário 1.752.873,94 797.731,60<br />

Custos com pessoal 8 (364.056,61) (212.868,49)<br />

Gastos gerais administrativos 10 (877.816,55) (220.009,15)<br />

Amortizações do exercício 15 e 16 (27.673,73) (38.072,44)<br />

Resultado antes de impostos 483.327,05 326.781,52<br />

Impostos<br />

Correntes<br />

Diferidos<br />

18 (125.333,21) (93.358,05)<br />

Resultado após impostos 357.993,84 233.423,47<br />

Do qual: Resultado líquido após impostos de operações descontinuadas - -<br />

Resultado líquido 357.993,84 233.423,47<br />

Resultado por acção 4,80 3,11<br />

TF TURISMO FUNDOS-SGFII, S.A.<br />

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS<br />

DOS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008<br />

Outras reservas Reserva de<br />

Prémios Reserva e Resultados reavaliação Lucro do<br />

Capital de emissão legal transitados de justo valor exercício Total<br />

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 375.000 - 234.513 492.524 390 209.170 1.311.596<br />

Distribuição do resultado líquido de 2007:<br />

- Constituição reserva legal 20.917 (20.917) -<br />

- Incorporação em resultados transitados 28.253 (28.253) -<br />

Distribuição de dividendos (160.000) (160.000)<br />

Reservas de reavaliação (390) (390)<br />

Resultado do exercício 233.423 233.423<br />

Saldos em 31 de Dezembro de 2008<br />

Distribuição do resultado líquido de 2008<br />

375.000 - 255.430 520.777 - 233.423 1.384.630<br />

- Constituição reserva legal 23.342 (23.342) -<br />

- Incorporação em resultados transitados 30.081 (30.081) -<br />

Distribuição de dividendos (180.000) (180.000)<br />

Reservas de reavaliação -<br />

Resultado do exercício 357.994 357.994<br />

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 375.000 - 278.772 550.858 - 357.994 1.562.624<br />

(€)<br />

(euros)<br />

TF TURISMO FUNDOS-SGFII, S.A.<br />

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - EXERCÍCIO DE 2009 (€)<br />

Notas TOTAL 2009 TOTAL 2008<br />

ACTIVIDADES OPERACIONAIS<br />

Recebimentos de Juros e Proveitos Equiparados 14.216,67 39.829,16<br />

Recebimento Comissão de Gestão FIIFT 270.794,94 268.360,95<br />

Recebimento Comissão de Gestão FIIFT II 586.208,15 519.878,02<br />

Recebimento Comissão de Gestão FIEAE 364.383,56<br />

Recebimento Avaliações FIEAE 139.181,28<br />

Pagamentos a Credores (335.858,44) (224.890,09)<br />

Pagamentos de IRS-Tdi (81.891,79) (32.882,15)<br />

Pagamentos de IVA/IMI (10.351,08) -<br />

Pagamentos de Imposto de Selo (25,00) (5,00)<br />

Pagamentos de Contribuições para a Segurança Social (50.829,71) (40.610,50)<br />

Pagamentos de Remunerações (216.223,02) (117.493,75)<br />

Pagamentos CGA/ADSE (12.188,18)<br />

Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento (95.680,28) (108.536,63)<br />

Pagamentos Consultores/Avaliadores FIEAE (403.969,05)<br />

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional -<br />

Fluxos das actividades operacionais (1)<br />

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

167.768,05 303.650,01<br />

Imobilizações incorpóreas - -<br />

Imobilizações corpóreas - 3.095,00<br />

Reembolso Aplicações Financeiras<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

1.014.000,00 4.882.740,74<br />

Imobilizações incorpóreas - -<br />

Imobilizações corpóreas - -<br />

Subscrição Aplicações Financeiras (964.000,00) (5.041.282,09)<br />

Fluxos das actividades de investimento (2)<br />

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

50.000,00 (155.446,35)<br />

Empréstimos obtidos - -<br />

Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão - -<br />

Subsídios e doacções - -<br />

Venda de acções próprias - -<br />

Cobertura de prejuízos<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

- -<br />

Empréstimos obtidos - -<br />

Amortização de contratos de locação financeira e AOV (33.801,75) (17.897,91)<br />

Juros e custos equiparados - -<br />

Dividendos (156.060,00) (138.720,00)<br />

Reduções de capital e prestações suplementares - -<br />

Aquisição de acções próprias - -<br />

Fluxos das actividades de financiamento (3) (189.861,75) (156.617,91)<br />

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (4)=(1)+(2)+(3)<br />

EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO<br />

27.906,30 (8.414,25)<br />

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 3.9 7.151,68 15.565,93<br />

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 3.9 35.057,98 7.151,68<br />

NOTAS À DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANO DE 2009<br />

NOTA INTRODUTÓRIA<br />

A TF Turismo Fundos-SGFII, S.A., criada em 28 de Setembro de 1995 como resultado da parceria entre o Turismo de Portugal, ip (ex-Fundo de Turismo),<br />

a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santo, tem por objecto exclusivo a administração, gestão e representação de fundos de investimento<br />

imobiliário, fechados ou abertos, podendo designadamente adquirir e alienar quaisquer valores e exercer os direitos directa ou indirectamente<br />

relacionados com os bens do fundo.<br />

NOTA 1 – BASES DE APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E COMPARABILIDADE<br />

De acordo com o Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, as sociedades cujos valores mobiliários estiverem<br />

admitidos à negociação num mercado regulamentado de qualquer Estado membro, devem elaborar as suas contas consolidadas em conformidade<br />

com as Normas Internacionais de Contabilidade, com início em 1 de Janeiro de 2005. O referido regulamento estabelece ainda que, as sociedades cujos<br />

valores mobiliários não estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado, os Estados membros podem permitir ou exigir que as contas<br />

individuais das sociedades e as suas contas consolidadas sejam elaboradas em conformidade com as normas internacionais de contabilidade.<br />

O Banco de Portugal, no uso da sua competência, determinou, através do Aviso n.º 1/2005, a regulamentação e aplicação das referidas normas e<br />

estabeleceu o modelo de reporte para as entidades sujeitas à sua supervisão. Na carta-circular n.º 102/2004/DSB, de 23 de Dezembro de 2004, o<br />

Banco de Portugal determina a adopção do modelo contabilístico para as instituições sujeitas à sua supervisão e que não se encontrem abrangidas<br />

pelo artigo 4º do Regulamento n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu.<br />

A instrução 9/2005, que altera a instrução 23/2004, vem defi nir a elaboração da informação relativa à situação analítica individual elaborada em<br />

conformidade com as NCA.<br />

Em conformidade, as demonstrações fi nanceiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos, segundo a regulamentação emitida pelo<br />

Banco de Portugal, no uso da sua competência que lhe é conferida pelo n.º 1 do artigo 115º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades<br />

Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro e pelo artigo 13º do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro.<br />

As demonstrações fi nanceiras da sociedade relativamente a 31 de Dezembro de 2009 foram preparadas no pressuposto da continuidade das<br />

operações, a partir dos registos contabilísticos e respectivo suporte documental, mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas<br />

de Contabilidade Ajustadas (NCA) e demais disposições emitidas pelo Banco de Portugal, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo<br />

Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, tendo sido aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração em 23 de Fevereiro de 2010 e<br />

estando sujeitas à aprovação da Assembleia Geral, convocada para o efeito, em 23 de Março de 2010.<br />

No exercício de 2009, as demonstrações fi nanceiras anuais a 31 de Dezembro de 2009 foram preparadas com base nas Normas de Contabilidade<br />

Ajustadas, na sequência da Carta-circular n.º 102/2004/DSB, de 23 de Dezembro de 2004 pelo que são comparáveis com as demonstrações<br />

fi nanceiras anuais a 31 de Dezembro de 2008 que foram preparadas com base nestas mesmas Normas.<br />

NOTA 2 – GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO<br />

A actividade da Sociedade, dada a sua natureza, encontra-se exposta a uma variedade de riscos fi nanceiros que requerem a sua análise, avaliação,<br />

aceitação e gestão de um certo nível de risco ou combinações de risco. Assumir o risco é a essência da actividade fi nanceira e o risco operacional é<br />

uma consequência inevitável desta. O objectivo da Sociedade consiste portanto em obter equilíbrio apropriado entre o risco que assume e o proveito<br />

da sua actividade, minimizando potenciais efeitos adversos da sua performance fi nanceira.<br />

A actividade desenvolvida pela Sociedade compreende essencialmente a gestão de activos de Fundos de Investimento Imobiliários.<br />

2.1 Risco de Crédito<br />

A Sociedade não se encontra signifi cativamente exposta ao risco de crédito, uma vez que esta actividade não lhe é permitida. O risco de crédito é<br />

aplicável apenas às suas aplicações fi nanceiras.<br />

Na perspectiva da actividade dos fundos, e enquanto gestora dos mesmos, o risco de crédito dos activos que compõem a carteira dos mesmos é<br />

avaliado de acordo com a política de investimento defi nida nos prospectos dos fundos.<br />

2.2 Risco de Mercado<br />

O risco de mercado pelas características específi cas da actividade da Sociedade e pela composição do seu balanço, raramente é aplicável. A Sociedade<br />

não assume riscos de mercado relevantes, contudo o risco de mercado dos activos, que compõem a carteira dos fundos, está essencialmente<br />

associado ao risco de fl utuações da taxa de juro, por via das actualizações das rendas e do risco da taxa de ocupação dos imóveis que são factores<br />

importantes no desempenho da actividade dos fundos e que, em situações de mercado adversas, provocam um aumento da exposição dos fundos<br />

3


PUB<br />

a riscos não controlados directamente, o que tem impacto na valorização dos activos dos fundos e desta forma um efeito indirecto na Sociedade por<br />

via da comissão de gestão cobrada aos Fundos.<br />

2.2.1 Risco Cambial<br />

A sociedade detém exclusivamente activos e passivos denominados em euros, pelo que o seu risco cambial é nulo.<br />

2.2.2 Risco de Taxa de Juro<br />

O risco de taxa de juro associado a fl uxos de caixa corresponde ao risco dos fl uxos de caixa futuros de um instrumento fi nanceiro variarem devido a<br />

alterações nas taxas de juro de mercado.<br />

Uma vez que os proveitos da Sociedade advêm do desempenho dos fundos por si geridos, e tendo em consideração que as alterações nas taxas de<br />

juro de mercado têm um impacto na performance dos fundos, o risco a que a Sociedade está exposta traduz-se num impacto indirecto por via da<br />

comissão de gestão que é cobrada.<br />

2.3 Risco de Liquidez<br />

A Sociedade assume deliberadamente uma posição prudente e conservadora em matéria de gestão de liquidez, procurando manter em níveis<br />

confortáveis os principais indicadores.<br />

No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, para além das obrigações de solvabilidade a que se encontra sujeito por força da regulamentação<br />

prudencial do Banco de Portugal, a Sociedade recorre ainda ao conceito de Gap de liquidez, que lhe permite o planeamento das responsabilidades<br />

de tesouraria, rentabilizando a utilização dos fundos sem provocar oscilações signifi cativas na sua solvabilidade. Compondo o Balanço pelos prazos<br />

de vencimento das operações activas, obtém-se uma posição desagregada (positiva) segundo os prazos residuais de vencimento das operações.<br />

NOTA 3 PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS<br />

As Normas de Contabilidade Ajustadas refl ectem os princípios de reconhecimento contabilístico e de avaliação das IAS/IFRS, com excepção de algumas<br />

matérias, as quais o Banco de Portugal continua a regulamentar os procedimentos de contabilização e avaliação. São elas:<br />

(i) O crédito a clientes está sujeito à constituição de provisões específi cas e genéricas, que não poderão ser inferiores ao mínimo de referência nos<br />

termos do Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005;<br />

(ii) Os activos tangíveis continuarão a ser valorizados ao custo de aquisição, salvo quando se realizem reavaliações extraordinárias, legalmente<br />

autorizadas, caso em que as mais-valias serão registadas em reservas legais de reavaliação; e<br />

(iii) O impacto ao nível das responsabilidades por pensões de reforma, resultante da aplicação da IAS 19 com referência a 31 de Dezembro de 2005,<br />

situação não aplicável à Sociedade.<br />

Em 2009, apesar da entrada em vigor do IAS 1 revisto, a Sociedade não procedeu à elaboração da Demonstração de Rendimento Integral, por não<br />

ser aplicável.<br />

Normas Contabilísticas recentemente emitidas<br />

A Sociedade optou por não aplicar as normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas sem aplicação obrigatória em 2009.<br />

Actualmente, a Sociedade encontra-se a avaliar estas normas, mas é entendimento do Conselho de Administração que as mesmas não têm impacto<br />

relevante ou aplicação nas demonstrações fi nanceiras da Sociedade.<br />

Os custos e proveitos são reconhecidos de acordo com o princípio de especialização do exercício, sendo registados quando se vencem, independentemente<br />

do momento do seu pagamento ou recebimento.<br />

As demonstrações fi nanceiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao<br />

justo valor, nomeadamente os activos fi nanceiros disponíveis para venda.<br />

3.1. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA<br />

Os activos fi nanceiros disponíveis para venda são inicialmente reconhecidos pelo seu justo valor, e subsequentemente, as respectivas variações são<br />

reconhecidas em reservas, até que os investimentos sejam desreconhecidos ou seja identifi cada uma perda de imparidade, momento em que o valor<br />

acumulado dos ganhos e perdas potenciais registado em reservas é transferido para resultados. O justo valor é baseado em cotações de mercado.<br />

3.2. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS<br />

As imobilizações corpóreas são registadas pelo seu custo de aquisição. As amortizações são calculadas por duodécimos com base no método das quotas<br />

constantes. As taxas de amortização utilizadas são as máximas fi scalmente aceites como custo, as quais refl ectem a vida útil esperada dos bens:<br />

3.3. OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS<br />

Os custos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais necessárias à sua implementação. Estes<br />

custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos a qual se situa normalmente entre 3 a 6 anos.<br />

3.4. LOCAÇÕES<br />

As operações de locação são classifi cadas como locação fi nanceira ou locação operacional em função da sua substância, cumprindo os critérios<br />

defi nidos no IAS 17 – Locações. São classifi cadas como locações fi nanceiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de<br />

um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classifi cadas como locações operacionais.<br />

Os pagamentos efectuados pela Turismo Fundos, devido a contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem<br />

respeito.<br />

3.5. BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS<br />

Remunerações variáveis aos empregados<br />

As remunerações variáveis (prémios de desempenho) aos colaboradores são decididas pelo Conselho de Administração sob proposta da Comissão<br />

Executiva e registadas directamente na rubrica de custos com o pessoal.<br />

3.6. RECONHECIMENTO DE RENDIMENTO DE COMISSÕES<br />

Comissão de Gestão<br />

Conforme previsto nos respectivos Regulamentos de Gestão dos Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico e do Fundo de Investimento<br />

Imobiliário Fechado Turístico II é calculada mensalmente uma comissão de gestão sobre o valor do património líquido de cada Fundo, apurado com<br />

referência ao último dia de cada mês. A comissão de gestão é destinada à cobertura de todas as despesas de gestão, com excepção das despesas<br />

com compra, venda e arrendamento por conta do Fundo.<br />

Relativamente ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico o cálculo da comissão de gestão obedece ao seguinte critério: se o valor do património<br />

líquido do Fundo for inferior a nove milhões novecentos e setenta e cinco mil e novecentos e cinquenta e oito euros, a comissão de gestão será de 1,75%<br />

ao ano; se o valor do património líquido se situar entre nove milhões novecentos e setenta e cinco mil e novecentos e cinquenta e oito euros e catorze<br />

milhões novecentos e sessenta e três mil novecentos e trinta e sete euros, a comissão de gestão será de 1,25% ao ano; quando o valor do património<br />

líquido for superior a dezanove milhões novecentos e cinquenta e um mil novecentos e dezasseis euros a comissão de gestão será de 0,75% ao ano.<br />

No que concerne ao Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico II, o cálculo da comissão de gestão obedece ao seguinte critério: se o valor do<br />

património líquido do Fundo for inferior a setenta e cinco milhões de euros, a comissão de gestão será de 0,75% ao ano, se o valor do património líquido<br />

se situar entre setenta e cinco milhões de euros e cento e cinquenta milhões de euros, dividir-se-á este valor em duas partes: uma, igual a setenta e cinco<br />

milhões de euros à qual se aplicará a taxa de 0,75% ao ano; outra igual ao excedente a que se aplicará uma taxa de 0,5% ao ano, quando o património<br />

líquido do Fundo for superior a cento e cinquenta milhões de euros, dividir-se-á este valor em duas partes: uma, igual a cento e cinquenta milhões de<br />

euros à qual se aplicará a taxa de 0,625% ao ano; outra igual ao excedente, a que se aplicará uma taxa de 0,25% ao ano.<br />

O cálculo da comissão de gestão do Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas incide sobre o capital subscrito à taxa anual de 1,75%.<br />

Os rendimentos de comissões obtidos à medida que os serviços são prestados, são reconhecidos em resultados no período a que se referem, independentemente<br />

do momento do seu pagamento ou recebimento.<br />

3.7. IMPOSTO SOBRE LUCROS<br />

Os impostos sobre os lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre os lucros são reconhecidos em resultados,<br />

excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por<br />

contrapartida dos capitais próprios. Os impostos reconhecidos nos capitais próprios, decorrentes da reavaliação de investimentos disponíveis para<br />

venda, são reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos os ganhos e perdas que lhes deram origem.<br />

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fi scais em vigor<br />

e utilizando a taxa de imposto aprovada.<br />

Os impostos diferidos são calculados sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fi scal,<br />

utilizando as taxas de imposto aprovadas e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.<br />

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das diferenças resultantes do reconhecimento<br />

inicial de activos que não afectam quer o lucro contabilístico quer o fi scal.<br />

Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de<br />

absorver as diferenças temporárias dedutíveis.<br />

A sociedade encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e à correspondente derrama.<br />

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fi scais da Sociedade estão, na generalidade dos casos, sujeitas a correcção por parte das<br />

autoridades fi scais durante um período de quatro anos contado a partir do exercício a que respeitam.<br />

As declarações fi scais da Sociedade relativas aos exercícios de 2005 a 2009 encontram-se ainda pendentes de revisão pelas autoridades fi scais.<br />

A Administração da Sociedade entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fi scais àquelas declarações<br />

fi scais de impostos não deverão ter um efeito signifi cativo nas Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2009.<br />

3.8. RECONHECIMENTO DE JUROS<br />

Os resultados referentes a juros de activos fi nanceiros disponíveis para venda são reconhecidos na rubrica de juros e proveitos similares, utilizando<br />

a taxa efectiva.<br />

3.9. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA<br />

Para efeitos da demonstração dos fl uxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes engloba os valores registados no balanço com maturidade<br />

até 1 ano a contar da data de aquisição/contratação, onde se incluem os valores em caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.<br />

NOTA 4 – MARGEM FINANCEIRA<br />

O valor desta rubrica é composto por:<br />

NOTA 5 – RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES<br />

Pelo exercício da actividade de gestão e representação do Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico, do Fundo de Investimento Imobiliário<br />

Fechado Turístico II e do Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas, a sociedade cobra mensalmente uma comissão de Gestão para os dois<br />

primeiros e trimestralmente para o último, respectivamente, correspondendo à maioria dos proveitos realizados da sociedade.<br />

O valor desta rubrica é composto por:<br />

NOTA 6 – RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA<br />

O valor desta rubrica é composto por:<br />

4<br />

Equipamento Anos de Vida Útil<br />

Mobiliário e material 8<br />

Máquinas e ferramentas 1<br />

Equipamento informático 3 - 4<br />

Instalações interiores 5 - 10<br />

Material de transporte 4<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Rendimentos de serviços e comissões<br />

Comissão de Gestão 1.623.928 791.116<br />

Encargos com serviços e comissões<br />

1.623.928 791.116<br />

Outras comissões pagas 38.219 36.455<br />

38.219 36.455<br />

TOTAL 1.585.709 754.662<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Proveitos<br />

Instrumentos de capital - Cxg Tesouraria 930<br />

0 930<br />

Custos<br />

Instrumentos de capital - Cxg Moeda 1.454<br />

0 1.454<br />

TOTAL 0 -524<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Juros e rendimentos similares<br />

Juros de aplicações em inst. de crédito 38.205 41.537<br />

Juros e encargos similares<br />

38.205 41.537<br />

Outros juros e encargos similares 6.453 2.998<br />

6.453 2.998<br />

TOTAL 31.752 38.539<br />

NOTA 7 – OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO<br />

O valor desta rubrica é composto por:<br />

A rubrica de Outros ganhos e rendimentos operacionais, no valor de 116.491 € (2008: 2.979 €), corresponde ao valor pago pelos arrendatários relativamente<br />

ao reembolso do valor das avaliações de imóveis, visível na NOTA 9 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS, na sub-rubrica “Avaliadores Externos”.<br />

NOTA 8 – CUSTOS COM PESSOAL<br />

O valor dos custos com pessoal é composto por:<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Remunerações 312.642 180.514<br />

Orgãos de gestão e de fiscalização 157.971 47.389<br />

Empregados 154.671 133.125<br />

Encargos sociais obrigatórios 44.419 28.575<br />

Outros encargos sociais obrigatórios 2.243 1.948<br />

Outros custos com pessoal 4.752 1.831<br />

TOTAL 364.057 212.868<br />

Em 2009, para fazer face ao aumento da actividade da Sociedade, foi reforçado o seu quadro técnico, tendo também sido nomeados dois novos<br />

membros para o Conselho de Administração.<br />

A rubrica “Outros encargos sociais obrigatórios” inclui os encargos incorridos com o seguro de acidentes de trabalho e a medicina no trabalho. A<br />

rubrica de “Outros custos com pessoal” inclui os encargos com o seguro de saúde dos empregados.<br />

Durante o exercício de 2009 o número médio de empregados ao serviço da sociedade foi de 8.<br />

NOTA 9 – POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO<br />

A Comissão de Vencimentos defi niu a remuneração a atribuir aos administradores da sociedade, procurando que a mesma refl icta o desempenho de<br />

cada um dos membros em cada ano do mandato e assente numa política que premeie os administradores com funções executivas pelo desempenho<br />

da sociedade a longo prazo, prosseguindo a satisfação dos interesses societários e a criação de valor para os accionistas.<br />

No âmbito das suas competências, a Comissão de Vencimentos estabeleceu os parâmetros de remuneração dos membros da administração com<br />

funções executivas, atendendo, especialmente, à complexidade, exigência e responsabilidade inerentes às funções a desempenhar, à situação<br />

económica da sociedade e à consonância com as remunerações praticadas no mercado para funções idênticas em sociedades congéneres.<br />

Realça-se que o Presidente da Comissão Executiva e as duas Administradoras propostas pelo Turismo de Portugal, I.P. exercem o mesmo cargo na<br />

sociedade TC Turismo Capital-SCR, S.A., não auferindo aquele remuneração na TF Turismo Fundos-SGFII, S.A..<br />

Os membros do Conselho de Administração não executivos, que acumulam funções com as de membros do Conselho Directivo do Turismo de<br />

Portugal, não auferem qualquer remuneração<br />

Em face da entrada em vigor do novo Regime Jurídico do Gestor Público, aprovado pela Lei nº 71/2007, de 27 de Março, designadamente do disposto<br />

no seu art.º 31º, as condições remuneratórias foram revistas pela comissão de vencimentos.<br />

Nos termos estatutários, os accionistas da sociedade podem deliberar, em cada assembleia-geral ordinária de aprovação das contas do exercício,<br />

a atribuição casuística de prémios de gestão aos administradores, os quais terão por referência os resultados obtidos, podendo ser fi xados percentualmente<br />

sobre os resultados líquidos do exercício e só serão entregues após a afectação dos montantes necessários à constituição ou reforço<br />

das reservas legais ou contratuais.<br />

Seguindo uma política de contenção, desde 2005 que não são atribuídos prémios de gestão aos administradores e a última actualização da remuneração<br />

fi xa dos administradores com funções executivas e dos membros do órgão de fi scalização foi feita em 1 de Maio de 2008.<br />

Não existe qualquer tipo de plano de atribuições de acções ou de opções de aquisição de acções por parte dos membros dos órgãos de administração<br />

e de fi scalização.<br />

Da mesma forma, não houve qualquer remuneração paga sob a forma de participação nos lucros, bem como qualquer indemnização paga a exadministradores,<br />

executivos ou não executivos, relativamente à cessação das suas funções, não existindo qualquer tipo de acordo ou política defi nida<br />

quanto aos termos de eventuais compensações a pagar a administradores da sociedade nestes casos.<br />

Não existe também nenhum regime complementar de pensões ou de reformas para os administradores da sociedade.<br />

Os administradores não auferem, a título de remuneração, qualquer benefício não pecuniário relevante.<br />

Pelo facto dos membros não executivos do Conselho de Administração não terem responsabilidades na operacionalização das estratégias defi nidas,<br />

não são remunerados.<br />

As remunerações atribuídas durante o exercício de 2009 são conforme segue:<br />

NOTA 10 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS<br />

O valor desta rubrica é composto por:<br />

A rubrica “Outros custos” inclui os encargos incorridos com serviços externos.<br />

A rubrica de Gastos Gerais Administrativos apresentou um crescimento de 220.009 € em 2008, para 877.817 € em 2009. Esta evolução deve-se,<br />

essencialmente: (i) à rubrica de Consultores e auditores externos, que engloba os custos de consultoria para avaliação dos projectos do FIEAE, e (ii)<br />

Avaliadores externos, que contempla em 2009 as avaliações dos imóveis do FIEAE.<br />

NOTA 11 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS<br />

A rubrica de caixa apresenta em 31 de Dezembro de 2009 um saldo de € 410,00 sendo que a 31 de Dezembro de 2008 apresentava um saldo<br />

de € 250,00.<br />

NOTA 12 – DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO<br />

Esta rubrica, a 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008, é analisada como se segue:<br />

NOTA 14 – APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO<br />

Esta rubrica no fi nal do exercício de 2009 é analisada como se segue:<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Outros proveitos operacionais<br />

Outros ganhos e rendimentos operacionais 116.491 2.979<br />

Outros custos operacionais<br />

116.491 2.979<br />

Impostos indirectos 358 79<br />

Impostos directos 470 940<br />

828 1.019<br />

TOTAL 115.663 1.960<br />

Remunerações €<br />

Fixa Variável<br />

Conselho de Administração<br />

- Presidente (TP, ip) - -<br />

- Vogal em nome próprio - -<br />

- Presidente da Comissão Executiva em nome próprio - -<br />

- Vogal Executivo em nome próprio 62.284<br />

- Vogal Executivo em nome próprio 62.305<br />

- Vogal Executivo (CGD, S.A.) - -<br />

- Vogal Executivo (BES, S.A.) 20.585 -<br />

145.174 -<br />

Conselho Fiscal<br />

- Presidente em nome próprio 5.894 -<br />

- Vogal em nome próprio 5.409 -<br />

11.303 -<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Água, energia e combustíveis 6.458 4.357<br />

Material de consumo corrente 8.817 5.677<br />

Publicidade e publicações 28.795 3.868<br />

Material de Higiene e Limpeza 281 118<br />

Outros Fornecimentos 724 32<br />

Rendas e alugueres 17.909 9.438<br />

Comunicações e expedição 10.695 6.853<br />

Deslocações e representação 26.078 15.639<br />

Conservação e reparação 20.718 17.935<br />

Transportes 144<br />

Formação de Pessoal 1.720 1.073<br />

Seguros 4.506 4.886<br />

Avenças e honorários 75.440 40.612<br />

Judiciais, contencioso e notariado<br />

Outros serviços especializados<br />

1.138 4.426<br />

Consultores e auditores externos 439.140 3.319<br />

Avaliadores externos 193.213 52.672<br />

Criação/Registo Marca 2.640<br />

Serviço BPnet 1.272 723<br />

CGD Cargo de Vogal de CA<br />

Outros serviços de terceiros<br />

23.134 20.839<br />

Arquivo e Depósito 802 557<br />

Contabilidade 7.644 12.074<br />

Controlo Interno 4.200 2.423<br />

Outros custos 4.989 9.847<br />

TOTAL 877.817 220.009<br />

(€)<br />

31-12-2009 31-12-2008<br />

Depósitos à ordem 34.648 6.902<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Aplicações em inst. de crédito no país<br />

Depósitos a prazo 900.000 950.000<br />

Juros 26.489 2.500<br />

926.489 952.500<br />

As aplicações sobre instituições de crédito dizem respeito a depósitos a prazo com vencimento entre 3 meses a 1 ano, a taxas correntes de mercado.


Este suplemento faz parte integrante do Diário <strong>Económico</strong> Nº 4880 não<br />

pode ser vendido separadamente | 29 Abril 2010<br />

INOVAÇÃO<br />

&TECNOLOGIA<br />

Gadget<br />

Samsung<br />

lança o E60,<br />

oprimeiro<br />

‘e-reader’ para<br />

Portugal.<br />

P. IV<br />

Katty Xiomara<br />

Criadora de<br />

moda quer um<br />

‘desktop’ táctil<br />

(e não vive<br />

sem iPhone).<br />

P. VII<br />

4G<br />

Eles já trabalham na<br />

futura geração móvel<br />

Motorola, Cisco e Alcatel-Lucent são três das empresas que estão a desenvolver<br />

a tecnologia LTE que deve chegar ao mercado em 2011. Saiba tudo o que vai mudar.<br />

P. II<br />

Como dois arquitectos<br />

reinventaram as caixas do Ikea<br />

Os portugueses Diogo Aguiar e Teresa Otto transformaram 420 caixas de plástico num bar.<br />

A ideia inovadora está a ter destaque na imprensa internacional. P. VII


II<br />

INOVAÇÃO&TECNOLOGIA HOME PAGE<br />

Redes móveis<br />

àvelocidadedaluz<br />

chegam em 2011<br />

Chamam-lhe LTE ou 4ª geração móvel. O que traz de novo? Velocidades<br />

de dados mais rápidas e novos serviços para telemóveis, PC e televisão.<br />

Dentro de dois anos, vai<br />

ser possível ver no telemóvel<br />

um vídeo do Youtube<br />

sem falhas, fazer o<br />

‘download’ de um filme<br />

em cerca de um minuto<br />

e ter Mobile TV em<br />

tempo real. É esta a utopia<br />

do Long Term Evolution (LTE ), que já está<br />

em fase de testes e que deverá substituir, em<br />

breve,aactualredemóvel3G(3ªgeração).<br />

Fabricantes e operadores de telecomunicações<br />

têm-se desdobrado em parcerias e testes-piloto,<br />

num esforço de implementação<br />

desta tecnologia. Apesar dos avanços, e tecnicismos<br />

à parte, para o consumidor final ainda<br />

não é claro quais as vantagens que esta evolução<br />

pode trazer. “As aplicações que mais vão<br />

beneficiarcomoLTEsãoasligadasàtransmissão<br />

de grande quantidade de informação,<br />

como o vídeo”, e ainda a partilha de redes sociais,dizAlexandreRodrigues,directordaMotorola<br />

Portugal, ao Diário <strong>Económico</strong>. Para a<br />

fabricante, o LTE já é uma realidade em mercadoscomoaÁsiaouoMédioOriente.<br />

Além dos dispositivos pessoais para o utilizador<br />

– como o telemóvel, computador e televisão–oLTEvaipermitiràsredesmóveispraticamente<br />

o mesmo que a fibra óptica permite<br />

à rede fixa: telemedicina, sistemas de telepresença,<br />

monitorização remota de casa, controlo<br />

dos sistemas de segurança própria e uma<br />

nova forma de lidar com o entretenimento e a<br />

Internet. Em Portugal a Anacom, regulador<br />

das telecomunicações, ainda não regulou as<br />

frequências para o LTE, algo que deverá acontecer<br />

no final deste ano. A expectativa de Alexandre<br />

Rodrigues é que a implementação, nos<br />

paíseseuropeus,aconteçasóem2011.<br />

Também a Cisco já está a realizar testes com<br />

dez operadores em todo o mundo. “É expectável<br />

que surjam novos conceitos de equipamentosmóveisqueconjuguemaimplementaçãode<br />

uma aplicação específica com novas capacidades<br />

de comunicação sem fios”, diz Vírginia Teixeira,<br />

engenheira electrotécnica da Cisco. Telemóveis,PDA,PC,consolasdejogose‘e-readers’<br />

sãoalgunsdosequipamentosquevãoconhecer<br />

novos horizontes com o LTE. Contudo, a mas-<br />

1.Oqueéo‘LongTerm<br />

Evolution’ (LTE)?<br />

O ‘Long Term Evolution’ (em português,<br />

Evolução a Longo Prazo) é uma tecnologia<br />

móvel, também conhecida como 4G, de elevada<br />

performance. Ou seja, permite velocidades<br />

mais rápidas e uma maior capacidade<br />

da rede móvel. As velocidades atingem<br />

um máximo de 326 MB no ‘download’ (transferência<br />

de dados de um servidor para um<br />

PC ou MP3) e 86 no ‘upload’ (transferência<br />

de dados de um PC para um servidor).<br />

Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 29.04.2010<br />

Oquefaz<br />

hoje...<br />

com 3G<br />

- ‘High-definition’ (HD)<br />

em separado para<br />

cada televisão.<br />

- ‘Streaming’ (forma de<br />

distribuir informação<br />

multimédia em rede)<br />

no telemóvel com<br />

‘delay’ (atraso de<br />

alguns segundos).<br />

- Telepresença ou<br />

telemedicina na rede fixa.<br />

- 1 hora para fazer<br />

download’ de 1 GB<br />

- ‘Upload’ de uma<br />

fotografia com 2MB<br />

em 11 segundos.<br />

...efaráa<br />

partir de 2011<br />

com LTE<br />

- Transmissão de<br />

três vídeos de HD<br />

para uma televisão.<br />

- 3D e televisão no móvel<br />

com ‘streaming’ em<br />

tempo real.<br />

-Visualizaçãodevídeos<br />

e ‘download’ de ficheiros<br />

no carro.<br />

- Telepresença ou<br />

telemedicina<br />

na rede móvel.<br />

- Cerca de dois minutos<br />

para fazer ‘download’<br />

de 1 GB.<br />

- ‘Upload’ de uma<br />

fotografia de 2MB em<br />

menos de um segundo.<br />

2. O que diferencia<br />

esta tecnologia do 3G?<br />

O LTE será a tecnologia do futuro<br />

para as redes móveis. Uma maior<br />

velocidade, rapidez e eficiência<br />

do espectro vão permitir responder<br />

ao crescimento de tráfego de dados<br />

previsto. O facto de suportar diversas<br />

larguras de banda tem especial<br />

importância numa altura em que<br />

a banda larga móvel tem tido<br />

um crescimento exponencial.<br />

sificação da tecnologia vai depender da “disponibilização<br />

e qualidade dos terminais móveis”.<br />

António Beato Teixeira, presidente da Alcatel-Lucent<br />

Portugal, garante que “como estaremos<br />

equipados com alta velocidade, em modo<br />

móvel e com o aumento da qualidade dos ecrãs,<br />

vamos poder fazer dos conteúdos, texto, imagens,sonsevídeosaquiloquenosapetecer,sem<br />

esforçonemespecializaçãotécnica”.<br />

Econcretizaestanovarealidade:“vaipermitir<br />

que olhemos para a fachada de um museu<br />

numa cidade e consultar imediatamente quais<br />

as obras mais importantes, os horários, ter<br />

acesso a uma visita virtual ou comprar um bilhete”.<br />

O responsável destaca ainda, fora das<br />

comunicações móveis, o ‘connected car’ (carro<br />

com Internet): “possui capacidades inovadoras<br />

ao nível do entretenimento, informação e serviços<br />

de segurança, controlo da domótica do<br />

lar, navegação por GPS e monitorização do estadodoveículoedasestradas.”<br />

A demonstração foi feita em Aveiro, na passadasemana,emparceriacomaTMN.Aoperadora<br />

anunciou que estava a fazer testes do LTE<br />

em ambiente real e que os clientes já poderão<br />

aceder a conteúdos 3D no telemóvel, no PC ou<br />

na televisão. Fonte oficial da Optimus diz que<br />

ainda este ano dará início aos testes. “Com o<br />

LTE os utilizadores vão sentir menos latência<br />

(segundos que uma página demora a abrir) e<br />

qualidadedeserviçomaiscontrolada”.<br />

Também os dados vão passar a circular<br />

num volume muito maior. Se hoje acedemos à<br />

Internet, ao e-mail e a redes sociais através do<br />

telemóvel com o LTE poderemos fazê-lo com<br />

uma rapidez semelhante à do computador.<br />

“A tecnologia LTE será a base de suporte<br />

para serviços de dados e aplicações mais ricas<br />

e mais interactivas”, diz fonte oficial da Vodafone,<br />

que defende que “um dos factores que<br />

condiciona o lançamento desta tecnologia<br />

num período mais curto é a disponibilização<br />

do mercado de equipamentos que a suportem”.<br />

A empresa já começou os testes há vários<br />

meses e garante que “caso estejam reunidas<br />

as condições regulatórias e tecnológicas<br />

consideramos possível que os serviços possam<br />

ser comercialmente lançados dentro de<br />

um a dois anos”. Por Cátia Simões<br />

Long Term Evolution… em versão descomplicada<br />

3. Quando entrará<br />

na fase comercial?<br />

Os especialistas acreditam que esta<br />

tecnologia arrancará em força já em<br />

2011. Até agora as operadoras, como<br />

a TMN e a Vodafone, têm avançado<br />

com testes-piloto. A primeira foi a<br />

escandinava Telia Sonera, 14 de<br />

Dezembro de 2009 nas cidades de<br />

Estocolmo e Oslo. E a Samsung já criou<br />

um telemóvel que opera as duas redes<br />

em simultâneo.


HOME PAGE INOVAÇÃO&TECNOLOGIA III<br />

Paulo Alexandre Coelho Paula Nunes<br />

Alexandre<br />

Rodrigues<br />

MOTOROLA<br />

“LTE para o consumidor<br />

final significa a<br />

possibilidade de receber e<br />

transmitir mais conteúdos<br />

quando e onde quiser.”<br />

Virgínia Teixeira<br />

CISCO<br />

“Há uma maior facilidade<br />

na utilização dos<br />

terminais. Podemos passar<br />

de um serviço de um<br />

terminal para o outro sem<br />

precisar de interromper a<br />

aplicação e podem surgir<br />

novas aplicações que até<br />

agora não resultariam.”<br />

António Beato<br />

Teixeira<br />

ALCATEL-LUCENT<br />

“Ver vídeo em alta<br />

definição ou 3D passa<br />

a ser possível e isso vai<br />

trazer benefícios para<br />

o cidadão na informação,<br />

entretenimento e trabalho,<br />

no apoio médico remoto<br />

ou aulas com vídeo<br />

conferência.”<br />

Quinta-Feira – 29.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>


IV<br />

INOVAÇÃO&TECNOLOGIA MENU<br />

Páre, sente-se<br />

e ‘ligue’ um livro<br />

A Samsung lança em Junho o primeiro ‘e-reader’ em Portugal.<br />

A Editora Babel vai disponibilizar livros em formato digital.<br />

Quem gosta de livros já<br />

deve ter experimentado<br />

ler um exemplar num ‘ereader’<br />

(leitor digital).<br />

Dizem os especialistas<br />

que a leitura de um livro<br />

em formato digital ainda<br />

não é consensual: ou se<br />

odeia ou se adora. Mas a verdade é que a moda<br />

dos ‘e-books’ está a chegar a Portugal e os fabricantes<br />

de electrónica de consumo já começaramarevelarosseustrunfos.<br />

A Samsung Electrónica Portuguesa lança<br />

emJunhooE60,oprimeiro‘e-reader’damarca<br />

a chegar ao mercado português. Com um ecrã<br />

táctil de 6 polegadas, a Samsung garante que o<br />

visor é iluminado como se fosse luz natural, o<br />

que lhe dá uma aparência semelhante à do papel<br />

impresso ao mesmo tempo que protege os<br />

olhos. Além disso, o ‘e-reader’ da Samsung consome<br />

pouca energia, o que significa que quatro<br />

horas de carga dão para uma semana de utilização,<br />

dependendo sempre do uso diário.<br />

Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 29.04.2010<br />

PARA E-BOOKS<br />

EM PORTUGUÊS<br />

Biblioteca Nacional<br />

Digital permite o acesso<br />

gratuito à cópia digital de<br />

15 mil livros, publicações<br />

periódicas e outros.<br />

Projecto Gutenberg,<br />

criado em 1971, é a mais<br />

antiga biblioteca digital.<br />

Conta com 30 mil livros.<br />

European é conhecida<br />

como a biblioteca digital<br />

da UE. O projecto iniciouse<br />

com cerca de 2 milhões<br />

de livros.<br />

Google Books é outro<br />

arquivo digital de obras e<br />

textos.<br />

WikiSource tem perto 85<br />

mil textos em português<br />

que podem ser descarregadas<br />

em formato PDF.<br />

Para incentivar as vendas, a Samsung fez uma<br />

parceria com a editora Babel para disponibilizarconteúdosparao‘e-reader’.Quemcomprar<br />

o E60 terá acesso privilegiado aos mais recentes<br />

títulos desta editora, bastando para tal acederemaoservidoreadquirirolivro.<br />

Além disso, o Samsung E60 permite escrever<br />

directamente no visor, assinalar as selecções<br />

de leitura, calendários e notas de agenda<br />

com uma caneta electromagnética. Para Paulo<br />

Costa, director de vendas da unidade de negócio<br />

de IS da Samsung, “o livro em papel nunca<br />

irá acabar, nem é isso que pretendemos ao disponibilizarmos<br />

este equipamento. Pretendemos,issosim,tornaraleituraacessívelatodose<br />

em qualquer lugar.” Mas este ‘e-reader’ tem alguns<br />

concorrentes de peso. A Amazon. que lançou<br />

o Kindle. está a investir na plataforma que<br />

permite carregar conteúdos em diversas línguas,<br />

incluindo em português. Também a Sony<br />

está na corrida e o seu e-reader PRS-600 Reader<br />

Touch Edition já está à venda na loja online<br />

www.pixmaina.com/pt. Por SaraPiteiraMota<br />

CONCORRENTES<br />

Amazon Kindle<br />

O‘e-reader’daAmazonfoioprimeiroa<br />

surgir no mercado. A última versão, o<br />

DX, tem um ecrã de 9,7 polegadas e<br />

rede ‘wireless’. A Amazon já disponibilizaoequipamentoparaterritórionacional<br />

e alguns livros em português.<br />

Também será possível aceder, em breve,<br />

a jornais e revistas nacionais.<br />

PVP: a partir de € 190<br />

Sony PRS-600<br />

Com um ecrã sensível ao toque de<br />

seis polegadas tem capacidade para<br />

armazenar até 350 livros. A bateria<br />

tem autonomia para cerca de duas<br />

semanas e tem como mais-valia o<br />

facto de permitir fazer anotações à<br />

margem.<br />

PVP: sob consulta<br />

7 560 Éonúmerodeutilizadoresqueosis-<br />

Éonúmerodeequipamentoselectrónicosque<br />

cadaportuguêscomprou,emmédia,em2009.<br />

temaSkypetemnomundointeiro.


Este suplemento faz parte integrante do Diário <strong>Económico</strong> n.º 4880 e não pode ser vendido separadamente<br />

PROJECTOS<br />

ESPECIAIS<br />

29 de Abril de 2010<br />

NOVAS ENERGIAS Luke<br />

De onde virá<br />

a energia<br />

do futuro?<br />

● Conheça as tecnologias<br />

que estão em investigação<br />

● São as energias renováveis<br />

amigas do ambiente?<br />

● Licenciamentos em Portugal são<br />

os mais lentos da União Europeia<br />

MacGregor/Reuters


II Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

DESTAQUE<br />

NOVAS<br />

ENERGIAS<br />

DE<br />

José Manuel Perdigoto<br />

Director-Geral<br />

Direcção-Geral da Energia e Geologia<br />

“A alteração à<br />

legislação está a ser<br />

feita com o objectivo<br />

de um mercado<br />

mais flexível.<br />

Não pode haver um<br />

estrangulamento<br />

à criatividade.”<br />

Paulo Ferrão<br />

Director Geral MIT Portugal<br />

“Há poucos<br />

incentivos para as<br />

empresas investirem<br />

na investigação em<br />

energias renováveis.<br />

Projectos como<br />

o InovGrid são<br />

importantes para<br />

para chamar as<br />

empresas para junto<br />

das universidades.”<br />

ENERGIA<br />

INOVADORA<br />

“NÃO PODE HAVER um estrangulamento à criatividade<br />

nas energias renováveis”, afirma o director da DGEG.<br />

Irina Marcelino<br />

irina.marcelino@economico.pt<br />

De um processo de produção quase directo,<br />

que só tinha de ir da central para a rede e da<br />

rede para a casa dos consumidores, o futuro da<br />

produção de energia vai ser muito mais complexo.<br />

A electricidade, que surge em nossa casa<br />

sem pensarmos de onde vem, assim como os<br />

sistemas de aquecimento e arrefecimento, virão<br />

de muitas mais fontes: do vento (do meio do<br />

mar), do sol, do rio, do oceano, da madeira e até<br />

do lixo. Os nossos carros serão, um dia, eléctricos,<br />

usarão biocombustível ou andarão com recurso<br />

ao hidrogénio. Mas para que esse dia chegue,<br />

ainda há muitas coisas que têm de ser acertadas.<br />

E se, durante anos, nada ou quase nada se investiu<br />

em novas tecnologias, esquecidas à conta<br />

dos baixos preços dos combustíveis fósseis - há,<br />

no entanto, quem ainda discuta o fim do petróleo<br />

- , hoje as empresas e governos correm para<br />

descobrir a tecnologia ou o combustível mais<br />

completo. Mas não só. Futuramente terão de se<br />

desenvolver novas formas de ligação, armazenamento<br />

e distribuição de energia. E os próprios<br />

consumidores terão possibilidade de controlar<br />

toda a energia que consomem. Aliás, já<br />

começam a ter.<br />

A EDP Inovação, por exemplo, lançou um projecto<br />

neste sentido, o InovGrid (ver página 4<br />

deste suplemento), que visa dotar a rede eléctrica<br />

de informação e equipamentos capazes<br />

de automatizar a gestão das redes, melhorar a<br />

qualidade de serviço, diminuir os custos de<br />

operação e, principalmente, promover a eficiência.<br />

“Antes de pensar na geração de energia,<br />

teremos de colocar um enorme foco na<br />

eficiência energética”, afirmou fonte oficial da<br />

EDP Inovação ao Diário <strong>Económico</strong>. A empresa<br />

do Grupo EDP está, actualmente, envolvida<br />

em vários projectos de inovação em parceria<br />

com os segmentos de inovação de várias áreas<br />

de negócio do Grupo EDP. Grupo que, aliás,<br />

investiu em 2009 qualquer coisa como 41 milhões<br />

de euros em I&D. Entre os projectos está<br />

o Ondas de Portugal - cuja Companhia de<br />

Energia Oceânica foi adquirida pela EDP e<br />

pela Efacec, tendo uma infraestrutura montada<br />

em Aguçadoura - o projecto WindFloat,<br />

que tem em investigação projectos de eólicas<br />

‘offshore’, o Centro Demonstração CPV (tecnologiasdefotovoltaicoconcetrado),ojáreferido<br />

InovGrid e ainda o projecto de rede de<br />

carregamento de veículos eléctricos, um tema<br />

que, acredita a empresa, será “um vector de<br />

crescimento da EDP”. Até porque os próprios<br />

carros serão um factor de estabilidade para a<br />

PRIORIDADES NA INVESTIGAÇÃO<br />

■ A construção de eólicas nas<br />

cidades, as eólicas ‘offshore’,<br />

adaptação das torres eólicas ao meio<br />

ambiente, as células fotovoltaicas, as<br />

pilhas de combustível, o hidrogénio, o<br />

bioetanol ou o combustível feito a<br />

partir de algas, os veículos eléctricos,<br />

a energia das ondas. Além do<br />

software de gestão de sistemas que<br />

integração todas estas energias.<br />

Estas são algumas das tendências<br />

que marcarão o futuro da<br />

investigação no sector energético,<br />

que se quer mais amigo do ambiente<br />

e menos dependente dos<br />

combustíveisfósseis.Éoquedefende<br />

o ‘Research Prioritiies for Renewable<br />

Energy Technology by 2020<br />

and beyond’, feito pela EUREC,<br />

associação europeia<br />

de investigadores científicos<br />

em energias. I.M.<br />

rede, através do conceito V2G: os veículos<br />

compram energia à rede quando necessitam<br />

ou está barata e vendem-na quando não precisam<br />

ou esta está mais cara.<br />

Mas há muito mais inovação em Portugal. Quer<br />

nas empresas, quer nas universidades. Paulo<br />

Ferrão, director do MIT Portugal, lembra alguns<br />

casos de empresas e projectos inovadores<br />

na área da energia, nomeadamente da Efacec,da<br />

empresa Bruno Janz, o ISA e o próprio<br />

InovGrid, “importante para para chamar as empresas<br />

para junto das universidades.”<br />

No que respeita precisamente às universidades,<br />

Paulo Ferrão afirma existirem muitos casos de<br />

investigação em nichos ligados às renováveis. E<br />

acredita que Portugal terá algo a dizer no desenvolvimento<br />

de equipamentos, nomeadamente<br />

para as eólicas ‘offshore’ ou na energia fotovoltaica.<br />

Já Gustavo Fernandes, da Martifer Solar, destaca<br />

a importância da energia fotovoltaica: “Portugal<br />

tem excelente potencial”, referiu, também<br />

na conferência do Diário <strong>Económico</strong>, acrescentando:<br />

“Há centenas, senão milhares, de investigadores<br />

a trabalhar nesta área.”<br />

Teresa Ponce de Leão, presidente do Laboratório<br />

Nacional de Energia e Geologia (LNEG, o<br />

ex-INETI) afirma no entanto que “é um facto<br />

de que toda a investigação, mesmo a nível europeu,<br />

é pequena face às necessidades.”<br />

A Comissão Europeia já começou, entretanto, a<br />

incentivar as redes de conhecimento e trabalho<br />

conjunto, como é o caso da European Energy<br />

Research Alliance ou as European Industrial<br />

Initiatives, “que dependendo da maturidade<br />

tecnológica podem assumir o padrão de parcerias<br />

publico-privados ou programação conjunta<br />

a ser financiada parcialmente pela comissão”,<br />

recorda a responsável, que afirma ainda que<br />

Portugal seguiu a onda, criando pólos de competitividade<br />

e ‘clusters’ tecnológicos.<br />

E para potenciar a investigação, brevemente<br />

em Portugal será feita uma alteração à legislação<br />

com o objectivo de se ter um mercado<br />

mais flexível que permita o acesso a potências<br />

mais baixas por tecnologias inovadoras, disse,<br />

na semana passada, José Manuel Perdigoto, director<br />

geral da Direcção Geral de Energia e<br />

Geologia, na conferência Energias Renováveis,<br />

realizada pelo Diário <strong>Económico</strong>. “Não<br />

pode haver um estrangulamento à criatividade,<br />

tal como existe hoje”, afirmou, lembrando<br />

que é “necessário um sistema mais flexível,<br />

nomeadamente a atribuição de potência para<br />

as novas tecnologias.”<br />

Quanto a apoios financeiros para a investigação,<br />

José Manuel Perdigoto afirmou esta a preparar-se<br />

algumas linhas. E descartou quem critica<br />

o apoio público que é dado às renováveis:<br />

“todas as tecnologias que se lançam têm de ser<br />

incentivadas. O gás natural, quando foi lançado,<br />

foi financiado em termos de infraestruturas. O<br />

incentivo é necessário. É preciso perceber que<br />

vai haver retorno a médio-longo prazo.” Para o<br />

responsável, porém, é certo que, um dia, o apoio<br />

findará. E que os preços junto do consumidor<br />

final irão aumentar. “É nesse cenário que as tecnologias<br />

se tornarão rentáveis”, destacou.<br />

Uma coisa é certa: o paradigma energético, intensificado<br />

pela finitude dos hidrocarbonetos e<br />

os problemas ambientais, mudou. ■<br />

1<br />

3<br />

4


2<br />

OLIXODEREGRESSOASUACASA<br />

É mesmo assim: o lixo sai de sua casa para<br />

um dia voltar, através de uma lâmpada.<br />

Tudo porque a central incineradora Valorsul,<br />

em São João da Talha, transforma parte<br />

do lixo que queima em energia. E muita. São<br />

normalmente produzidos diariamente 1150<br />

MWh. No entanto, são exportados apenas<br />

1000 MWh, que daria para iluminar uma<br />

cidade com 100 mil habitantes. A diferença<br />

entre a energia produzida e a exportada<br />

corresponde à energia para consumo<br />

da própria Valorsul. Em 2009, a central<br />

de tratamento de resíduos sólidos urbanos<br />

produziu 343GWh, tendo injectado para<br />

a rede nacional 294 Gwh. Em breve,<br />

a Valorsul receberá o lixo de mais<br />

15 concelhos (19 no total).<br />

1. O lixo chega e é deitado num poço. Uma<br />

garra metálica pega nele e deita-o no forno;<br />

2. A sala de controlo da garra metálica;<br />

3. A luz que sai do forno onde o lixo está<br />

a ser queimado reflecte -se na cara<br />

de um colaborador;<br />

4. É nesta sala que o forno é controlado.<br />

Fotos: Ana Brígida<br />

ENTREVISTA<br />

TERESA PONCE DE LEÃO,<br />

Presidente do Laboratório<br />

Nacional de Energia e Geologia<br />

“Esperam-se<br />

grandes<br />

desenvolvimentos<br />

na eólica ‘offshore’”<br />

Há quanto tempo se devia ter começado a investigar<br />

tecnologias de produção de energia limpa<br />

para que hoje se usasse só este tipo de energia?<br />

Há muita incerteza e muitas variáveis neste<br />

processo de maximização da exploração das<br />

energias limpas que não permitem quantificar<br />

com exactidão quanto tempo se deveria ter dedicado<br />

à investigação. Mas estes desafios de<br />

longo prazo implicam estratégias de longo prazo<br />

que têm que ser sustentáveis e a aposta na<br />

capacitação tecnológica tem que seguir os padrões<br />

da sustentabilidade. Há inúmeros factores<br />

com implicações directas na valia das tecnologias,<br />

em particular com a análise de ciclo de<br />

vida, isto é, quanto custa uma tecnologia em<br />

termos económicos, sociais e ambientais desde<br />

o início, à produção da tecnologia, o seu fabrico,<br />

manutenção e até ao seu fim de vida.<br />

Quais são as cinco tecnologias actualmente em<br />

investigação em que deposita as suas esperanças?<br />

Aqui também não se deve falar de tecnologias<br />

isoladas, mas a curto prazo esperam-se grandes<br />

desenvolvimentos na eólica ‘offshore’, nas tecnologias<br />

do solar concentrado (térmico e fotovoltaico),<br />

novas técnicas de estimação de potencial<br />

de vento, geotermia estimulada e novas<br />

técnicas de estimação de potencial geotérmico<br />

e sua exploração, bio-energia e não consumo<br />

(redução das necessidades de consumo para<br />

igual conforto - ‘smart cities’).<br />

Pode dar exemplos portugueses de investigações<br />

a decorrer?<br />

T.Urban - microturbina eólica para ambiente urbano,<br />

bio-refinarias, novas baterias e ‘fuel cells’,<br />

novas técnicas de estimação do potencial geotérmico,<br />

integração de renováveis na rede eléctrica<br />

incluindo exploração dos veículos eléctricos<br />

como fonte de armazenamento de energia.<br />

Quais são os problemas com que ainda se debatem<br />

?<br />

As renováveis em geral têm uma enorme incerteza<br />

associada ao recurso natural. Em particular<br />

a energia do vento é aquela que, pelas suas característica<br />

e potencial instalado, coloca mais<br />

problemas em termos de garantia de produção,<br />

sem provocar falhas de abastecimento nem reduzir<br />

os padrões mínimos de segurança de funcionamento<br />

das redes eléctricas. As tecnologias<br />

de armazenamento seja conseguido através de<br />

bombagem de água para albufeiras, seja através<br />

de armazenamento térmico sobre a forma de<br />

vapor ou de novos materiais são fundamentais<br />

e uma área onde as instituições de investigação<br />

devem apostar.<br />

O nível de aposta em novas tecnologias é suficiente<br />

em Portugal? Porquê?<br />

O governo português aposta nesse rumos e tem<br />

sido pelo facto reconhecido internacionalmente.<br />

Está dependente da evolução tecnológica mas podemos<br />

dizer que o esforço é muito ambicioso.<br />

Quanto canaliza o LNEG para a investigação?<br />

A actividade do LNEG é investigar em<br />

energia e geologia para a sustentabilidade.<br />

O nosso orçamento de funcionamento, que<br />

financia a actividade foi em 2009 de 11milhões<br />

de euros que representam os custos<br />

directos. A este montante acresce 16,5 milhões<br />

de euros de salários dos investigadores<br />

e funcionários para apoio à investigação.<br />

■ I.M.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> III


IV Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

Vitor Vieira, da AlgaFuel, já ganhou vários prémios de inovação, entre os quais o Prémio Europeu de<br />

Inovação 2009, com a Secil.<br />

Hidrogénio<br />

discutido em<br />

Torres Vedras<br />

■ Apesar das grande<br />

evolução recente, o<br />

hidrogénio ainda não é<br />

consensual. “O impacto<br />

ambiental depende da fonte<br />

que é usada para produzir<br />

hidrogénio”, destaca um<br />

estudodaEUREC.Em<br />

Portugal já há projectos a<br />

ser desenvolvidos com<br />

hidrogénio, nomeadamente<br />

pelo Instituto Superior<br />

Técnico, cujo protótipo<br />

automóvel consegiu<br />

percorrer 1257km com 1 litro<br />

de hidrogénio na Shell Eco<br />

Marathon de 2009. Este<br />

protótipo irá estar, aliás, na<br />

conferência “Hidrogénio e<br />

Sustentabilidade”, a realizar<br />

em Torres Vedras nos dias<br />

29 e 30 de Abril.<br />

Especialistas nacionais e<br />

mundiais estarão presentes<br />

para falar. E será discutido o<br />

papel que s regiões, os<br />

municípios, as pequenas<br />

comunidades têm nesta<br />

alteração de modelo.O<br />

programa tota está em<br />

http://h2ecocommunity.com<br />

/Programa.aspx.<br />

Energia<br />

inteligente<br />

em Évora<br />

Évora tornou-se na primeirda cidade portuguesa<br />

a aderir ao projecto Inovcity, mas não será a<br />

única. Desde o dia 6 de Abril que mais de 30 mil<br />

clientes de Baixa Tensão (entre clientes domésticos,<br />

pequeno comércio e indústria) vão produzir<br />

e distribuir electricidade.<br />

“Uma verdadeira revolução no modo como as<br />

pessoas têm acesso à energia”, afirmou, na apresentação<br />

do Inovgrid, o CEO da EDP, António<br />

Mexia. “As redes chamadas inteligentes têm um<br />

impacto decisivo não só na sua gestão própria<br />

com maior eficácia, mas também naquilo que é<br />

a capacidade de oferecer novos serviços às pessoas”.<br />

O secretário de Estado da Energia e Inovação,<br />

Carlos Zorrinho, afirmou, por outro lado,<br />

que o projecto “vai permitir aos fornecedores<br />

perceberem qual o tipo de consumo dos seus<br />

utilizadores.”<br />

O projecto InovGrid, desenvolvido pela EDP<br />

Distribuição, com o apoio de parceiros nacionais<br />

de produção industrial, de tecnologia e investigação<br />

como a EDP Inovação, a Lógica, o Inesc Porto,<br />

a Efacec a Janz e a Contar, quer “repensar toda<br />

a arquitectura de controlo da rede de distribuição<br />

eléctrica”, transformando-a num ‘enabler’<br />

para o crescimento da quota das energias renováveis,<br />

transformando-a numa rede ‘peer-topeer’,<br />

mais descentralizado, como explicou ao<br />

Diário <strong>Económico</strong> fonte oficial da EDP Inovação.<br />

O aparelho que substitui o velho contador chama-se<br />

Energy Box, ou Terminal Inteligente de<br />

Rede, e através dele será possível contar a energia<br />

consumida e a energia produzida que será<br />

vendida à rede. Este contador permitirá ainda<br />

aceder à informação sobre o consumo e corrigir<br />

hábitos menos eficientes.<br />

Évora é, assim, e segundo o CEO da EDP, António<br />

Mexia, “uma experiência única a nível europeu”<br />

na implementação do conceito que a EDP<br />

está a preparar enquanto líder de um consórcio.<br />

A troca dos contadores tradicionais não teve<br />

custos para os consumidores e o objectivo é<br />

que, em 2020, metade das casas portuguesas estejam<br />

equipadas com contadores inteligentes<br />

de electricidade. ■I.M.<br />

Biocombustível<br />

feito com<br />

microalgas<br />

Vencedora do Prémio Europeu de Inovação<br />

Ambiental no passado mês de Dezembro, a AlgaFuel<br />

é uma empresa portuguesa de bioengenharia<br />

que começou num laboratório de universidade<br />

há 12 anos.<br />

Hoje, as “soluções tecnológicas” baseadas em<br />

microalgas desenvolvidas por si servem empresas<br />

de vários quadrantes e com várias necessidades<br />

específicas.<br />

Vitor Verdelho Vieira, CDO da AlgaFuel, explicou<br />

ao Diário <strong>Económico</strong> da seguinte forma o<br />

que faz a AlgaFuel: ”a A4F AlgaFuel é uma empresa<br />

de bioengenharia na área da produção de<br />

microalgas, desenvolvendo soluções específicas<br />

para grandes clientes”. Tal é o caso da cimenteira<br />

Secil, “claramente, a nível mundial, a<br />

empresa que detém a tecnologia mais avançada<br />

na área da biotecnologia de bioalgas utilizando<br />

o gás de combustão de uma indústria de cimento”,<br />

tendo, Secil e Algafuel, juntas, ganho o Prémio<br />

Europeu de Inovação Ambiental, em Dezembro<br />

de 2009. Para a AlgaFuel, a Secil é “uma<br />

empresa visionária que entendeu ter no CO2<br />

não um problema mas sim um recurso”, já que o<br />

próprio CO2 é a principal matéria prima para a<br />

produção de microalgas.<br />

As soluções de bioengenharia que a AlgaFuel<br />

desenvolve podem ter vários fins, entre eles os<br />

biocombustíveis. As microalgas, aliás, têm uma<br />

produtividade oito a dez vezes superior aos biocombustíveis<br />

como os que se produzem a partir<br />

da soja ou o girassol, e acumulam duas a três vezes<br />

mais lípidos que qualquer uma das melhores<br />

plantas terrestres. Outra das suas vantagens<br />

é a captura de dióxido de carbono. E a AlgaFuel<br />

tem vários clientes que se preocupam com esta<br />

questão - normalmente provenientes de indústrias<br />

com grandes emissões. .<br />

A AlgaFuel começou por ser um projecto desenvolvido<br />

por empreendedores da Necton.<br />

Fundada em 1997, a Necton teve a sua origem<br />

Escola Superior de Biotecnologia da Universidade<br />

Católica. Desde 2008, e depois de um<br />

‘spin-out’ da empresa-mãe, que são duas empresas<br />

distintas. ■I.M.<br />

Leguminosas<br />

que capturam<br />

CO2<br />

É mais uma inovação portuguesa, com certeza.<br />

Nos anos 70 David Crespo desenvolveu um<br />

sistema de sementes e leguminisase,noanos<br />

90, criou, com os seus filhos, a Fertiprado, hoje<br />

presente em Portugal, Espanha e Itália. Entre<br />

2002 e 2006, o Instituto Superior Técnico,<br />

identificou o potencial do sistema utilizado<br />

pela empresa no âmbito do programa “Extensity<br />

- Sistemas de Gestão Ambiental e de Sustentabilidade<br />

na Agricultura Extensiva.<br />

Ainda em 2006 a EDP tornou-se na primeira empresa<br />

a financiar sequestro de carbono em terrenos<br />

agrícolas, tendo remunerado a empresa agrícola<br />

Terraprima pelo sequestro de 7 mil toneladasporanonoperíodoentre2006e2012naexploração<br />

piloto Quinta da França e em outras<br />

sete explorações distribuídas pelo país, num total<br />

de 1.500 hectares.<br />

Carbono capturado<br />

NoanopassadofoiaprovadopeloFundoPortuguês<br />

de Carbono um projecto submetido<br />

pela Terraprima para instalação de 42 mil hectares<br />

de novas pastagens no país. Este projecto<br />

será responsável pelo sequestro de qualquer<br />

coisa como 910 mil toneladas de CO2 até 2012.<br />

Nele, os agricultores são remunerados pelo<br />

carbono sequestrado, tendo ocorrido, até agoram,<br />

a adesão de mais de 300 agricultores, com<br />

uma área semada de 14 mil hectares,<br />

Se Portugal implementasse 300 mil hectares<br />

destas pastagens, seriam fixadas anualmente 1,5<br />

milhões de toneladas de CO2, da ordem de metade<br />

do défice de Portugal no Protocolo de<br />

Quioto, defende a empresa Terraprimam que<br />

acrescenta: “existem em Portugal mais de um<br />

milhão e meio de hectares onde este sistema<br />

pode ser implementado.”<br />

O processo de sequestro é simples: as pastagens<br />

baseadas em leguminosas servem para aumentar<br />

a matéria orgânica no solo e ajudam a fixar<br />

carbono. “Se retemos mais carbono no solo, retiramos<br />

dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo<br />

para a redução de gases de efeito de<br />

estufa.” ■I.M.<br />

Paula Nunes


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VI Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

De Janeiro a Março de 2010, verificou-se um crescimento da produção de 4% de energia<br />

geotérmica nos Açores. A geotermia representa 18,5% da produção total da empresa<br />

de electricidade dos Açores. Na ilha de São Miguel é superior: ronda os 39%.<br />

Christine Lins,<br />

Secretária Geral do Conselho Europeu<br />

para a Energia Renovável (EREC)<br />

A União Europeia<br />

“tem de acelerar<br />

a sua ambição<br />

e criar um só<br />

mercado energético<br />

europeu baseado<br />

em energias<br />

renováveis”.<br />

“O novo sistema<br />

deverá ser<br />

suportado por um<br />

mercado interno<br />

que funcione bem<br />

e no qual sejam os<br />

investidores, e não<br />

os consumidores,<br />

a estar expostos ao<br />

risco do preço do<br />

combustível.”<br />

Como chegar a um mercado<br />

energético 100% renovável<br />

A TOTALIDADE ou a quase totalidade da electricidade, dos transportes poderá,<br />

um dia, vir de fontes renováveis, diz um estudo apresentado no Parlamento Europeu.<br />

Irina Marcelino<br />

irina.marcelino@economico.pt<br />

E se, em 2050, toda a energia for de origem renovável?<br />

Este foi o exercício feito pela European<br />

Renewable Energy Council (EREC), que apresentou<br />

este mês no Parlamento Europeu o ‘paper’<br />

“Rethinking 2050: A 100% Renewable<br />

Energy for the European Union”. A ser feito<br />

este investimento, dentro de 40 anos as emissões<br />

de gases com efeitos de estufa, como é o<br />

caso do dióxido de carbono (CO2), terá diminuído<br />

qualquer coisa como 90% face a 1990.<br />

Nessa altura, diz também o estudo, a indústria<br />

das energias renováveis empregará na UE 2,7<br />

milhões de pessoas em 2020 e 4,4 milhões em<br />

2030, em comparação às 550 mil pessoas que<br />

(já) empregava em 2009.<br />

O estudo acredita também que a quota de electricidade<br />

proveniente de fontes renováveis será<br />

de 41% em 2050”.<br />

A forma como as energias renováveis irão ser<br />

distribuídas, constituirá uma oportunidade de<br />

transformar o nosso sistema económico e social<br />

num modelo mais rico e mais justo”, disse<br />

Maria da Graça Carvalho, ex-ministra portuguesa,<br />

que apresentou o estudo no Parlamento<br />

Europeu.<br />

Christine Lins, secretária geral da EREC disse,<br />

em entrevista ao Diário <strong>Económico</strong>, que ainda<br />

hoje o sector energético europeu é como no passado:<br />

“centralizado, um sistema eléctrico nacional<br />

com tecnologias antigas e mercados energéticos<br />

pouco desenvolvidos.” E que para chegar<br />

aos objectivos de 2020 a União Europeia “tem de<br />

acelerar a sua ambição e criar um só mercado<br />

energético europeu baseado em energias renováveis”,<br />

além de que deve apostar na conectivi-<br />

dade entre fontes energéticas e na sua eficiência.<br />

A responsável da EREC disse ainda que há muito<br />

investimento a fazer até 2020, nomeadamente<br />

na substituição de centrais térmicas de produção<br />

de eléctrica. “Aproximadamente 330 GW<br />

de nova capacidade energética tem de ser construída<br />

até 2020, o que representa 42% da capacidade<br />

europeia actual”, refere. “O novo sistema<br />

energético deverá ser suportado por um mercado<br />

interno eléctrico que funcione bem e no qual<br />

sejam os investidores, e não os consumidores, a<br />

estar expostos ao carbono e ao risco do preço<br />

do combustível.”<br />

Entre os conselhos de novas políticas energéticas<br />

dados pela EREC, está a liberalização total<br />

domercadoeofimdossubsídios a energias<br />

fósseis e nucleares.<br />

Mas até 2050 há muito, para não dizer imenso,<br />

por fazer. Basicamente, são necessárias, diz a<br />

EREC, quatro décadas para que se passe de um<br />

panorama em que a maioria da produção energética<br />

ainda se baseia, na sua grande maioria,<br />

nas energias não renováveis, como o petróleo<br />

ou o carvão, para um panorama de 100% de<br />

energias renováveis. Neste panorama, aliás, os<br />

painéis fotovoltaicos serão os que mais capacidade<br />

eléctrica instalada terão (962 GW), seguidos,<br />

de longe, pela energia eólica (462 GW) e<br />

ainda pelas hídricas (194 GW) - de onde se exclui<br />

a energia que estas guardarão, proveniente<br />

de fontes renováveis.<br />

A instituição crê ainda numa redução considerável<br />

do consumo energético da população europeia<br />

até 2050. Uma redução que parece não<br />

estar a acontecer, com o consumo a subir nos<br />

três primeiros meses do ano, pelo menos em<br />

Portugal e em Espanha.<br />

Quanto ao sector dos transportes, “não há nenhum<br />

outro com um tão elevado nível de dependência<br />

de uma só fonte de energia”, refere<br />

Christine Lins, que defende: “Uma reforma dos<br />

transportes é agora mais urgente do que nunca”.<br />

Os transportes da União Europeia dependem<br />

em 98% dos derivados do petróleo, apesar<br />

de, a nível mundial, serem os maiores produtores<br />

e consumidores de biocombustíveis (não de<br />

bioetanol, refira-se). Christine Lins defende que<br />

são precisas “medidas que incrementem a eficiência,<br />

aumentem a utilização de biocombustíveis<br />

e de biogás, assim como a aposta em novas<br />

tecnologias como os veículos eléctricos, o hidrogénio<br />

renovável e os carros híbridos” são algumas<br />

das apostas que contribuirão para o decréscimo<br />

da procura do petróleo.<br />

Finalmente, no que respeita ao aquecimento/arrefecimento,<br />

a EREC acredita que a biomassa<br />

terá uma palavra a dizer.<br />

Para que tudo se concretize, diz Christine Lins,<br />

temdehaver“vontadepolítica”.Istoapesarda<br />

receptividade positiva do Parlamento Europeu,<br />

nomeadamente de sectores mais conservadores<br />

como os da portuguesa Maria da Graça Carvalho,<br />

que faz parte do grupo parlamentar PPE.<br />

Chrstine Lins conclui, dizendo que “todas as<br />

tecnologias existentes, da oceânica, eólica, painéis<br />

fotovoltaicos, energia solar concentrada,<br />

solar termal, bioenergia, geotérmica e hídrica,<br />

juntamente com as estratégias de eficiência<br />

energética, precisam de ser adoptadas massivamente”,<br />

conclui. ■<br />

João Paulo Dias


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VIII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

Ralph Orlowski/Bloomberg<br />

HÍDRICAS<br />

A ser construída,<br />

será a terceira maior<br />

barragem do mundo.<br />

Mas implicará<br />

o desalojamento<br />

de índios e a destruição<br />

de fauna e flora únicas.<br />

A sua construção, no<br />

rio Xingu, Brasil, já está<br />

envolto em polémica.<br />

Enquanto o presidente<br />

brasileiro Lula da Silva<br />

a defende, tem contra<br />

pelo menos 13 tribos<br />

índias, algumas ONG e<br />

ainda James Cameron,<br />

o realizador<br />

de “Avatar”.<br />

ENTREVISTA FRANCISCO FERREIRA, Vice-presidente da Quercus<br />

“As renováveis têm uma<br />

vantagem ambiental muito forte”<br />

AS ENERGIAS RENOVÁVEIS são, afinal, amigas do ambiente? O vice-presidente<br />

da associação ambientalista Quercus, explica por que razão considera que sim.<br />

Irina Marcelino<br />

irina.marcelino@economico.pt<br />

É certo que o paradigma mudou. Mas as energias<br />

chamadas verdes porque não emitem tanto<br />

Co2 como os combustíveis fósseis, também têm<br />

influência negativa no ambiente, como é o caso<br />

de algumas grandes hídricas. Na semana passada<br />

defendeu, aliás, que o Governo renuncie à<br />

construção de quatro barragens do Alto Tâmega<br />

pelos “prejuízos demasiado avultados para<br />

os escassos benefícios decorrentes da construção<br />

destas quatro barragens.”<br />

São as energias renováveis de facto amigas do<br />

ambiente?<br />

Não se pode afirmar de forma alguma que as<br />

energias renováveis não tenham impactes no<br />

ambiente. O recurso a fontes renováveis pode<br />

implicar gastos de energia mais ou menos significativos<br />

na construção dos equipamentos, consumir<br />

importantes recursos materiais, pode ter<br />

fortes implicações na natureza, destruindo habitats<br />

ou afectando a paisagem. Porém, as energias<br />

renováveis têm uma vantagem ambiental muito<br />

forte, dado que, comparativamente com o uso<br />

tradicional dos combustíveis fósseis, não apenas<br />

utilizam um recurso que continuará a estar disponível,<br />

como as emissões de gases com efeito<br />

de estufa ou de outros poluentes associadas à<br />

sua operação são nulas ou quase nulas.<br />

Pode exemplificar?<br />

Com a utilização de energias renováveis é possível<br />

melhorar a qualidade do ar das cidades e<br />

também combater as alterações climáticas. Entre<br />

as diferentes fontes de energia renovável há<br />

Francisco Ferreira<br />

Vice-presidente da Quercus<br />

“Com a utilização de energias<br />

renováveis é possível melhorar<br />

a qualidade do ar das cidades<br />

e também combater<br />

as alterações climáticas.”<br />

impactes muito diferenciados pelo que podemos<br />

falar de origens mais amigas do ambiente,<br />

como a água quente solar, por exemplo, do que<br />

outras, como as grandes barragens. Uma análise<br />

de ciclo de vida e uma visão integrada e global<br />

das fontes de energia renovável é fundamental<br />

para uma caracterização mais séria – é necessário<br />

avaliar em cada caso quais são as vantagens/benefícios<br />

e desvantagens/custos de cada<br />

CONSUMO<br />

DE ELECTRICIDADE<br />

AUMENTA<br />

Não se sabe ao certo<br />

porquê, mas o consumo<br />

de electricidade subiu<br />

no primeiro trimestre<br />

de 2010, apesar da crise,<br />

dos programas que<br />

aconselham à poupança<br />

(na factura e na carteira).<br />

As previsões da evolução<br />

de consumo para este ano<br />

são,deacordocomaRede<br />

Electrica Nacional,<br />

de 5,4% face a 2009.<br />

Só no primeiro trimestre,<br />

a subida foi de 6,4%.<br />

solução ou projecto em termos ambientais, incluindo<br />

a componente económica e social.<br />

Como se pode, então, conjugar a protecção do<br />

ambiente com a produção energética?<br />

Em muitos casos os impactes ambientais associados<br />

podem perfeitamente ser minimizados<br />

ou no limite compensados.<br />

Até no caso das barragens?<br />

Em algumas grandes barragens, valores como o<br />

da conservação da natureza ou da paisagem, entre<br />

outros, merecem ser equacionados e podem<br />

e devem inviabilizar o projecto. Note-se que em<br />

muitos casos a decisão sobre alguns investimentos<br />

em energias renováveis não tem conseguido<br />

ter uma visão integrada que se exigia numa política<br />

de desenvolvimento sustentável. Mais ainda,<br />

as decisões têm sido tomadas num quadro<br />

sem uma estratégia coerente e pensada para o<br />

futuro da energia - e não apenas da electricidade<br />

- para Portugal, aprovando-se projectos cujos<br />

custos de natureza social e económica e obviamente<br />

também de natureza ambiental são e serão<br />

demasiado elevados. Quando o ênfase nas<br />

energias renováveis é maior do que na redução<br />

de consumo e eficiência energética, quando a<br />

nossa potência instalada prevista é muito maior<br />

do que efectivamente precisaríamos, quando<br />

sectores chave como os transportes se pensa resolver<br />

principalmente através do veículo eléctrico<br />

e não duma política integrada de transportes,<br />

a conjugação da protecção do ambiente com as<br />

necessidades energéticas torna-se mais difícil. ■


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X Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

Energia<br />

oceânica<br />

em Peniche<br />

■ A energia das ondas tem<br />

sido das mais faladas. A<br />

Martifer já teve um<br />

projecto (FLOW), mas “as<br />

condicionantes de<br />

mercado, e ainda algumas<br />

lacunas em termos<br />

legislativos” fez com que a<br />

empresa optasse por<br />

outros negócios. “O<br />

projecto não está<br />

esquecido, aguarda,<br />

contudo, condições que<br />

envolvam menos riscos”,<br />

disse fonte oficial ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>. A EDP também<br />

entrou, com a Efacec, nesta<br />

energia e o ministério da<br />

Economia disse estar em<br />

“fase de finalização a<br />

negociação do contrato de<br />

concessão para viabilizar<br />

uma zona - piloto para<br />

testes ao norte da Peniche<br />

que contribua para o<br />

desenvolvimento desta<br />

tecnologia.” I.M.<br />

Consumo de electricidade verde<br />

é o dobro das energias fósseis<br />

O CONSUMO ELÉCTRICO nacional com base em energias renováveis, como a eólica,<br />

atingiu o dobro da energia fóssil no primeiro trimestre deste ano.<br />

Irina Marcelino<br />

irina.marcelino@economico.pt<br />

A produção e instalação de energias renováveis<br />

em Portugal avançam com segurança.<br />

O abastecimento de energia eléctrica em Portugal<br />

é cada vez mais garantido pelas fontes limpas.<br />

Só no primeiro trimestre de 2009 Portugal<br />

consumiu 5.262 GWh de energias renováveis, o<br />

dobro do que consumiram de electricidade feitaporcarvão,gásefuel,deacordocomdados<br />

fornecidos pela rede Eléctrica Nacional ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>. Mas nem sempre isto foi assim.<br />

Segundo as mesmas estatísticas, as energias<br />

fósseis continuam a ser responsáveis pela maioria<br />

do abastecimento eléctrico em Portugal<br />

(23.708 GWh em 2009 num total de 49.869<br />

GWh global). E a sua evolução ao longo dos<br />

anos tem vindo a decrescer, sim, mas ligeiramente,<br />

apesar de, entre 2007 e 2008, ter crescido<br />

(23.425 GWh para 23.797 GWh).<br />

O saldo importador neste primeiro trimestre foi<br />

negativo em 150 GWh, o que significa que o país<br />

está a exportar mais e a importar menos, sendo<br />

as energias renováveis as grandes responsáveis<br />

por essa evolução.<br />

Já em relação à produção renovável, os dados<br />

são muito optimistas: no primeiro trimestre de<br />

2009, cerca de 73% do consumo foi garantido<br />

por energias limpas, entre as quais se contam as<br />

grandes hídricas, as eólicas, as mini hídricas,<br />

térmica renovável e a fotovoltaica. O valor, contudo,<br />

não é normal: na verdade, foram as condições<br />

meteorológicas (muito vento e chuva) dos<br />

três primeiros meses do ano que o permitiram.<br />

Dentro da produção em regime especial é a<br />

energia eólica que mais tem crescido, isto ape-<br />

O território nacional é limitado,<br />

assim como o seu mercado. E têm<br />

surgido alguns pequenos<br />

problemas ambientais na altura<br />

de licenciar parques eólicos.<br />

sar de as fontes renováveis em Portugal serem<br />

marcadas pelas grandes hídricas. No entanto, o<br />

Governo está também a apostar noutro tipo de<br />

energias: “Existe expectativa em relação à diminuição<br />

dos custos associados ao aproveitamento<br />

da energia solar para produção de electricidade<br />

pelo que o seu desenvolvimento será<br />

impulsionado através das licenças de demonstração<br />

já atribuídas e de inovadores programas<br />

de micro e mini-geração”, disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />

fonte oficial do ministério da Economia.<br />

E o mercado mexe-se<br />

Num mercado cujos ‘players’ são fabricantes,<br />

promotores, operadores e consórcios, algumas<br />

empresas portuguesas estão a olhar para fora<br />

do país com a intenção de expandirem o seu negócio.<br />

O território nacional é limitado, assim<br />

como o seu mercado. E têm surgido, de acordo<br />

com algumas empresas, alguns problemas ambientais<br />

na altura de licenciar os seus parques<br />

eólicos.<br />

Tal foi o caso da Iberwind (ver entrevista na página<br />

ao lado), cujos problemas com licenciamentos<br />

geraram “atrasos significativos na entrada<br />

em exploração de alguns parques, com<br />

O ministro espanhol da indústria espera obter um acordo antes do dia 1 de Julho sobre o novo marco<br />

regulatório para as energias renováveis. Em estudo está a redução das taxas que o governo paga para<br />

a produção de energias alternativas. No ano passado o regime especial recebeu 6.215 milhões de euros.<br />

consequente aumento dos seus custos de financiamento.”<br />

Também a Martifer disse ao Diário<br />

<strong>Económico</strong> ter havido alguns obstáculos e processos<br />

mais demorados, que já “estão ultrapassados.<br />

Vamos começar a instalar os primeiros<br />

MW do projecto Ventinveste (400MW) este<br />

ano”, disse fonte oficial da empresa.<br />

Os problemas parecem estar, de facto, resolvidosouemviasdeoser.ParaNavarroMachado,<br />

CEO da Iberwind, “o enquadramento regulamentar<br />

do licenciamento de parques eólicos é<br />

actualmente mais claro e eficiente do que era<br />

no passado, o que facilita e acelera o processo<br />

de licenciamento”. Também Dulce Pássaro, ministra<br />

do Ambiente, disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />

que se estão a licenciar “os projectos que respeitam<br />

a legislação em vigor, nomeadamente na<br />

área do ambiente”. E acrescenta: “todos os projectos,<br />

no âmbito dos respectivos procedimentos<br />

de licenciamento e autorização, têm de<br />

cumprir requisitos ambientais aplicáveis, pelo<br />

que seguem a tramitação legalmente estabelecida.Sóficamparadososinviáveis,oqueéuma<br />

franca minoria dos casos em projectos de energias<br />

renováveis. Por exemplo, no caso de parques<br />

eólicos a aprovação anda nos 95% quanto<br />

a projectos e nos 86% quanto a potência.”<br />

Já o ministério da Economia afirmou ter conhecimento<br />

“que as empresas promotoras estão a<br />

trabalhar com o ministério do Ambiente e do<br />

Ordenamento do Território no sentido de viabilizarem,<br />

do ponto de vista ambiental, a concretização<br />

dos seus projectos.”<br />

Navarro Pedro, contudo, deixa o alerta: “O crescente<br />

aumento da densidade de parques eólicos<br />

e a maior dificuldade de encontrar locais viáveis<br />

para a sua instalação permite prever uma<br />

cada vez maior dificuldade em licenciar com<br />

sucesso novos projectos.”<br />

Daí que as empresas portuguesas estejam a<br />

apostar nos mercados externos. A Martifer, por<br />

exemplo, está a apostar nas eólicas em Espanha,<br />

Itália, França, Belgica, Grécia, República Checa<br />

e Estados Unidos. Na área industrial também<br />

eólica está a Alemanha, Polónia, Roménia, Brasil,<br />

Estados Unidos e África do Sul. E na energia<br />

solar, estão em Cabo Verde.<br />

A EDP Renováveis, por seu turno, tem estado<br />

imparável. Ainda esta semana acordou com a<br />

Vestas um contrato global para o fornecimento<br />

de aerogeradores relativos a um máximo de 2,1<br />

GW de capacidade eólica, sendo este o maior<br />

contrato para o fornecimento de turbinas anunciado<br />

a nível mundial nos últimos dois anos. ■<br />

Lucy Nicholson / Reuters


ENTREVISTA ARNALDO NAVARRO MACHADO, CEO Iberwind<br />

“Estamos a estudar outros países europeus”<br />

A Iberwind está a estudar colocar painéis solares nos seus parques eólicos.<br />

A estratégia da Iberwind passa sempre pela<br />

energia eólica?<br />

A actual estratégia da Iberwind passa fundamentalmente<br />

pela energia eólica. Isto não significa<br />

contudo que a Iberwind não esteja a estudar<br />

hipóteses de um melhor aproveitamento<br />

dos actuais parques eólicos e das suas infra-estruturas,<br />

promovendo a conjugação da energia<br />

eólica com outras formas de energia, como por<br />

exemplo a solar.<br />

Quanto produzem actualmente?<br />

Actualmente somos o maior produtor eólico<br />

em território português com uma potência instalada<br />

de 680 MW, tendo os nossos parques em<br />

média cerca de 2 500 horas equivalentes de vento<br />

por ano, pelo que produzimos cerca de 1,7<br />

TWh de energia eléctrica anualmente (aproximadamente<br />

3% do consumo eléctrico Nacional).<br />

Quanto esperam produzir futuramente?<br />

Depende da forma como forem elaborados os<br />

próximos concursos para a atribuição de pontos<br />

de ligação, bem como do enquadramento<br />

regulamentar do regime de sobre-equipamento<br />

que se encontra em fase final de elaboração.<br />

O mercado português é o único onde estão?<br />

Desde 2009 que temos estado a estudar outros<br />

mercados em diversos países europeus. Contudo<br />

neste momento ainda só estamos a operar<br />

em Portugal.<br />

Quais foram os vossos resultados no ano passado<br />

e que resultados se prevê para este ano?<br />

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Arnaldo Navarro Machado,<br />

CEO Iberwind<br />

“A actual estratégia da Iberwind<br />

passa fundamentalmente pela<br />

energia eólica. Isto não significa<br />

que não esteja a estudar hipóteses<br />

de um melhor aproveitamento<br />

dos actuais parques eólicos e das<br />

suas infra-estruturas, promovendo<br />

a conjugação da energia eólica<br />

com outras formas de energia”<br />

Em 2009 o nosso EBITDA ajustado (i.e. Resultado<br />

antes de Amortizações, Depreciações, Juros<br />

e Impostos) foi de 117.6 milhões de euros estando<br />

previsto para 2010 a obtenção de um<br />

EBITDA ajustado de 129.5 milhões de euros.<br />

Este crescimento no EBITDA ajustado resulta,<br />

essencialmente, da entrada em exploração de<br />

quatro novos parques eólicos (com uma potência<br />

instalada de 156 MW) ao longo de 2009. Importa<br />

salientar que o valor do investimento associado<br />

ao desenvolvimento dos 31 parques eólicos<br />

do nosso portfolio ascendeu a aproximadamente<br />

1,2 mil milhões de euros.<br />

A Iberwind tem tido algum problema a nível<br />

ambiental no licenciamento dos seus projectos<br />

em Portugal?<br />

Ao longo do processo de licenciamento ambiental<br />

dos 31 parques eólicos que compõem o<br />

nosso portfolio, existiram em alguns casos problemas<br />

significativos durante o seu licenciamento<br />

ambiental, nomeadamente com condicionalismos<br />

ecológicos e restrições de ordenamento<br />

do território.<br />

O que vos fez perder?<br />

Os problemas de licenciamento geraram atrasos<br />

significativos na entrada em exploração de<br />

alguns parques eólicos com consequente aumento<br />

dos seus custos de financiamento. Noutros<br />

casos, as alterações impostas nos ‘layouts’<br />

dos parques pelas condicionantes ambientais<br />

implicam perdas de produção durante todo o<br />

período de exploração do parque eólico. ■ I.M.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XI<br />

Quotas de mercado<br />

dos promotores<br />

de eólicas em<br />

Dezembro de 2009<br />

Parques ligados à rede<br />

Empresa Quota (%)<br />

Iberwind 19,8<br />

Enernova 15,8<br />

Generg 12,3<br />

EEVM 8,3<br />

Electrabel 6,1<br />

EDF EN Portugal 4,6<br />

ENEOP2 4,4<br />

Tecniera 3,4<br />

Acciona 3,3<br />

Iberdrola 2,6<br />

Outros<br />

INEGI<br />

19,4


XII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

Portugal já é<br />

consciente dos<br />

seus recursos<br />

■ Para Sá da Costa,<br />

Portugal teve muito tempo<br />

“adormecido”, pelo que<br />

está satisfeito com o facto<br />

do Executivo ter “acordado<br />

para os aproveitamento<br />

dos nossos recursos<br />

renováveis com força e<br />

pujança”, apesar de<br />

lamentar “alguns entraves<br />

que podem prejudicar<br />

alguns projectos,<br />

atrasando-os”. Sá da Costa<br />

critíca as queixas de<br />

algumas organizações<br />

ambientais, já depois de<br />

pareceres positivos da<br />

Comissão Europeia e elogia<br />

os apoios dados pelo<br />

Governo à instalação de<br />

colectores solares,<br />

informando que em 2007,<br />

se instalaram 30 mil m2,<br />

em 2008, 80 mil, e 250 mil<br />

m2, em 2009. R.C.<br />

ENTREVISTA ANTÓNIO SÁ DA COSTA, presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis<br />

“SomososmaislentosdaUE<br />

nos licenciamentos”<br />

CERCA DE 3/4 DA ELECTRICIDADE consumida no país é renovável, diz a APREN.<br />

Raquel Carvalho<br />

raquel.carvalho@economico.pt<br />

António Sá da Costa disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />

acreditar que, daqui a 25 anos, Portugal possa<br />

estar a produzir a 100% energia a partir de fontes<br />

renováveis. O país está na linha da frente na<br />

produção de electricidade por via eólica, mas o<br />

presidente da Associação de Energias Renováveis<br />

(APREN), diz sermos os mais lentos em<br />

termos de licenciamento de parques.<br />

Como se encontra actualmente a produção<br />

de electricidade a partir de fontes renováveis?<br />

Este ano, 3/4 da electricidade que consumimos<br />

está a ser de origem renovável. 2010 tem sido um<br />

ano particularmente bom. A electricidade de<br />

origem renovável com maior expressão é a hídrica.<br />

Estamos com mais de 40%, uma percentagem<br />

acima da média. Mas a energia renovável<br />

mais constante ao longo do ano é a eólica. Portugal<br />

produziu desde o início do ano 20,4% de<br />

electricidade a partir do vento. Devido à contracção<br />

do consumo e às boas performances das<br />

outras fontes, como a biomassa e a energia solar,<br />

é provável que consigamos ultrapassar o limite<br />

que o Governo impôs de 45% da energia produzida<br />

ser de origem renovável até ao final do ano.<br />

Portugal está desenvolvido comparativamente<br />

a outros países no que respeira à energia eólica?<br />

Todos os anos, a percentagem de electricidade<br />

eólica tem vindo a aumentar. Em 2009 este valor<br />

foi de 15% e em 2008 tinha sido de 11,8%. Até<br />

ao final do ano, rondará os 18% a 20%. Números<br />

que permitem a Portugal destacar-se de outros<br />

países. O ano passado ultrapassamos a Espanha<br />

em seis décimas, sendo que em 2008 estávamos<br />

a perder cerca de duas décimas. Este ano já nos<br />

descolamos cerca de 2% e estamos a aproximarmo-nos<br />

dos dinamarqueses, líderes mundiais<br />

e que se encontram nos 22%. Se há cinco<br />

anos atrás se dissesse que 75% da electricidade<br />

era renovável e que destes 20% eram de origem<br />

eólica ninguém na REN acreditava.<br />

Qual é, neste momento, a diferença entre projectos<br />

de energias renováveis (especialmente eólicas)<br />

licenciados e concretizados?<br />

Temos mais de 3600 MW instalados. Do final<br />

do licenciamento à entrada em funcionamento,<br />

demora-se um ano e pouco e neste momento<br />

temos em construção cerca de 400 MW. Até ao<br />

final do ano, deveremos atingir os 4000 MW.<br />

Os pontos de ligação que estão concretizadas<br />

deverão estar todos realizados em 2014 ano em<br />

que deveremos chegar aos 5600 MW.<br />

É verdade que muitos projectos estão parados<br />

por razões ambientais? Tem ideia de quantos?<br />

Parados não estão porque os promotores que<br />

param os projectos são penalizados. Diria é que<br />

há projectos que estão a ir muito devagarinho<br />

no que diz respeito ao licenciamento porque<br />

surgem muitas restrições de natureza ambiental<br />

que obrigam a fazer estudos e mais estudos e<br />

alterações de localizações dos aerogeradores, e<br />

como os projectos são financiados não gerador<br />

a gerador, mas sim pelo seu conjunto, só quando<br />

se chega ao final o promotor pode começar a<br />

construir. E por isso há projectos que estão num<br />

ritmo mais lento do que seria desejável. Aliás,<br />

Portugal, apesar de estar na linha da frente<br />

quanto à produção de electricidade via energia<br />

eólica, é o pior país da União Europeia em termos<br />

de lentidão dos licenciamentos dos parques<br />

e outros projectos de cariz renovável.<br />

“A energia renovável com mais<br />

expressão no país é a hídrica<br />

que se situa actualmente nos 40%.<br />

Mas a mais constante ao longo<br />

do ano é a eólica que se encontra<br />

actualmente nos 20,4%”,<br />

informa Sá da Costa.<br />

Sá da Costa é formado em Engenharia Civil pelo IST,<br />

onde foi docente no Departamento de Hidráulica e<br />

Recursos Hídricos. Detém o grau de PhD e Master of<br />

Science pelo MIT em Recursos Hídricos e foi fundador<br />

e director do Grupo Enersis, de 1998 a 2008.<br />

E o que acha disso?<br />

As pessoas que estão a atrasar estes projectos<br />

ainda não perceberam bem o alcance e a dimensão<br />

para o país e para o ambiente, da estratégia<br />

definida pelo Governo quanto à produção<br />

de electricidade por fontes renováveis. Queremos<br />

substituir a electricidade de origem fóssil,<br />

por electricidade de origem renovável e temos<br />

que continuar a estratégia e manter o esforço de<br />

aumentar a percentagem e não tenho dúvidas<br />

que daqui a 20 ou 25 anos, teremos 100% de<br />

energia a partir de fontes renováveis.<br />

Qual é o valor que está neste momento parado<br />

em projectos licenciados mas não concretizados<br />

por razões ambientais?<br />

A potência está toda atribuída e se pensarmos<br />

que estão atribuídos 5600 MW e estão em operação<br />

3600 MW, 2/3 da potência está já construída.<br />

O outro terço que falta está no processo<br />

de licenciamento e construção, e que deverá<br />

Paula Nunes


estar todo em operação nos próximos três<br />

anos.<br />

Qual é a forma de produção de energia mais limpa<br />

e amiga do ambiente que existe?<br />

Na minha opinião é a hídrica. Considero que produzir<br />

energia através da água é uma das maneiras<br />

mais interessantes de se fazer. É que se nós obtivermos<br />

electricidade a partir de centrais hídricas<br />

em que tenhamos albufeira e capacidade de bombagem<br />

é uma fonte renovável, controlável, e que<br />

está armazenada. Além disso, tem uma gama de<br />

funcionamento para diferentes caudais com uma<br />

eficiência muito alta, ou seja, consegue satisfazer<br />

as flutuações pequenas e estrutura modelar e para<br />

mim continua a ser de longe a melhor.<br />

É também essa a fonte renovável que acha ter<br />

mais capacidade e futuro em Portugal?<br />

As centrais hidroeléctricas são intemporais e<br />

têm um período de vida longo. É neste momento<br />

a forma de obter energia renovável mais desenvolvida<br />

em Portugal seguramente e será cerca<br />

de 33% a sua quota na electricidade consumida.<br />

A seguir vem a eólica, com cerca de 30%,<br />

mas uma das fontes mais abundante e que não<br />

está suficientemente explorada, mas que terá<br />

um peso muito grande daqui a 20 anos é a solar.<br />

Provavelmente atingirá nessa altura o peso que<br />

a eólica tem agora, e em contra-partida a eólica,<br />

em 2020, deverá ter atingido a saturação. Teremos<br />

atingido o limite de utilização e não vai<br />

crescer de forma significativa.<br />

Estou convencido que em 2020 poderemos ter<br />

um número entre os 7 e os 10% de electricidade<br />

de origem solar, sendo que agora a percentagem<br />

é muito residual, estando nos 0,4%, o que<br />

se explica pelo facto da tecnologia não ter estado<br />

nos últimos anos madura. Agora, já está comercialmente<br />

sustentável e quando chegar a<br />

PUB<br />

sua instalação em massa, daqui a seis anos, será<br />

mais competitiva em termos de preço, relativamente<br />

à eólica. E como há muito menos potência<br />

instalada, a sua capacidade é maior.<br />

Em 2020, a hídrica entrará também em saturaçãoeocrescimento<br />

será menor. 80% do seu potencial<br />

terá já sido atingido e os 20% que faltam<br />

terão um desenvolvimento menor.<br />

A biomassa está limitada pela disponibilidade<br />

da matéria prima mas vão surgir novas tecnolo-<br />

Segundo um estudo da APREN e<br />

da Deloitte, os custos evitados pelo<br />

sector da electricidade renovável<br />

foi, em 2008, de 1500 milhões<br />

de euros e chegarão aos<br />

2330 milhões de euros em 2015.<br />

gias como a geotermia e a energia das ondas,<br />

havendo margem de progressão para que a<br />

energia das ondas continue a crescer.<br />

Como vê o futuro deste sector?<br />

A estratégia passa por diminuir as importações<br />

de combustíveis fósseis e aumentar as exportações<br />

de electricidade. Podemos começar a exportar<br />

porque a produção será sempre maior<br />

do que o gasto. Se existirem ligações eléctricas<br />

fortes entre França e Espanha, factor onde existe<br />

um estrangulamento, podemos começar a<br />

exportar electricidade verde para a Europa,<br />

atravésdaredeeléctrica,jáapartirde2020.<br />

Há novas tecnologias que estejam a ser investigadas<br />

e que considere de grande esperança para<br />

o mundo das energias renováveis?<br />

A electricidade a partir das ondas está a começar<br />

a dar passos bastante importantes. Também<br />

acredito que a eólica offshore pode ter grande<br />

peso, caso resolva as questões técnicas. Pode vir<br />

a substituir a eólica on-shore, e, se existirem<br />

tecnologias muito avançadas pode mesmo atingir<br />

a percentagem de 33%.<br />

Acho que Portugal não aproveita convenientemente<br />

a geotermia e temos capacidade para<br />

aproveitar o calor da terra para aquecer ou arrefecer<br />

o ambiente, por exemplo. Isto poderá trazer<br />

substanciais poupanças na energia eléctrica<br />

nacional. Há muita coisa a mexer e podemos ter<br />

o condicionamento do ambiente através de<br />

energia solar.<br />

Quanto vale o sector para a economia?<br />

O sector da electricidade renovável valia em<br />

2008 1,6% do PIB e no final de 2015 espera-se<br />

que valha 2,5%.<br />

A contribuição directa e indirecta para o PIB<br />

em 2008 foi de mais de 2 mil milhões de euros,<br />

em 2012 será de 3200 milhões de euros e em<br />

2015, 4120 milhões de euros. Estes números são<br />

resultado de um estudo que a APREN fez com a<br />

Deloitte sobre o impacto macro-econónimo do<br />

sector da electricidade renovável.<br />

Os empregos directos e indirectos em 2008<br />

foram de 36100 mil e irão crescer para 68800<br />

até 2015. Em 2008, os custos evitados pelo<br />

sector da electricidade renovável foi quase<br />

de 1500 milhões de euros, chegando em 2015,<br />

aos 2330 milhões de euros. De 2005 a 2015<br />

pouparemos 15300 milhões de euros, dos<br />

quais 13100 milhões são de importações evitadas<br />

e 2200 milhões são custos evitados de<br />

emissões de CO2. ■<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XIII


XIV Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

20 ITEMS PARA POUPAR ENERGIA<br />

1 Use os equipamentos<br />

de forma eficiente<br />

Compre electrodomésticos classe A. O<br />

consumo é menor em 70% do que os electrodoméstico<br />

classe D. Escolha os que<br />

anunciarem menor consumo anual. Ligue<br />

as máquinas de lavar só quando estiverem<br />

cheias e nas horas mais económicas , se<br />

contratou a tarifa bi-horária.<br />

6Manter portas fechadas<br />

do frigorífico<br />

Mantenha o frigorífico e o congelador com<br />

as portas fechadas, pois tal evita a acumulação<br />

de gelo e a entrada de calor. O frigorífico<br />

deve ter uma temperatura entre 3 e 5ºC e<br />

o congelador entre -18 e -24ºC. É importante<br />

que não esteja sempre a abrir e a fechar as<br />

portas, pelo que tire tudo de uma vez.<br />

11Caldeiras a gás natural<br />

ou ar condicionado central<br />

Para o aquecimento central, as escolhas<br />

económicas são as caldeiras a gás natural ou<br />

o ar condicionado central, sendo estes aparelhos<br />

preferíveis relativamente aos tradicionais<br />

radiadores electricos.<br />

17Carregador universal<br />

É já este ano que estará disponível um novo<br />

carregador univeresal para telemóveis que<br />

permitirá reduzir as cerca de 51 mil toneladas<br />

de carregadores de telemóveis que todos<br />

os anos se tornam obsoletos. Além disso,<br />

vai evitar a emissão anual de 13,6 milhões<br />

de toneladas de gases com efeito estufa.<br />

2Máquina cheia e baixas<br />

temperaturas<br />

Antes de colocar a loiça na máquina, retire os<br />

restos de comida com um guardanapo. Encha a<br />

máquina e seleccione carga completa, pois duas<br />

lavagens com meia carga, gastam mais energia.<br />

Não exceda a dosagem de detergente e escolha<br />

detergentes com boa performance a baixas temperaturas.<br />

Verifique o nível de sal.<br />

7Pequenos gestos<br />

na casa de banho Pode gastar menos<br />

gás e poupar 80 mil<br />

litros de água por<br />

ano se tomar duche<br />

em vez de banho de<br />

imersão. As torneiras<br />

de fluxo reduzido<br />

podem diminuir<br />

para metade a abundância<br />

de água. Fechar<br />

a torneira enquanto<br />

faz a barba<br />

ou lava os dentes<br />

permite poupar água<br />

e energia até 50 por<br />

cento.<br />

<strong>12Evite</strong> o ‘stand by’ e <strong>desligue</strong><br />

sempre os aparelhos<br />

O stand-by é responsável por 11% dos gastos<br />

de electricidade. Por isso, <strong>desligue</strong> a TV, o<br />

DVD e a aparelhagem directamente no aparelho,<br />

e retire da tomada a ficha do computador<br />

e dos periféricos. Desligue os aparelhos da<br />

corrente assim que estiverem carregados e<br />

retire de imediato o carregador da tomada.<br />

18Esquentadores<br />

inteligentes<br />

Prefira esquentadores inteligentes<br />

que abrem e fecham na torneira.<br />

A modulação automática<br />

da chama permite adaptar a chama<br />

às necessidades, poupandose<br />

no consumo de gás.<br />

3Programas económicos<br />

Privilegie sempre os programas económicos<br />

das máquinas e evite programas acima dos 40<br />

graus. Para uma lavagem mais eficiente lave<br />

com regularidade o filtro. Diminua o tempo de<br />

lavagem caso tenha máquina de secar. Prefira<br />

secar ao ar livre e apanhe a roupa meio húmida<br />

pois poupa mais energia ao passar e regule a potência<br />

do ferro consoante o tipo de tecido.<br />

8Ar condicionado<br />

As unidades exteriores de ar condicionado<br />

devem ser instaladas num local<br />

onde haja circulação de ar, sem estar<br />

exposto ao Sol. Feche as portas da<br />

divisão onde o ar condicionado está a<br />

funcionar, para não haver perdas<br />

energéticas. No Verão, mantenha as<br />

persianas o mais fechadas possível<br />

durante as horas de maior calor, para<br />

evitar que o ar condicionado trabalhe<br />

em esforço.<br />

19Carros<br />

ecológicos<br />

Também o seu carro pode ser<br />

amigo do ambiente. A oferta já é<br />

vasta e o retorno do maior gasto<br />

que terá na compra, sentirá na<br />

poupança com o consumo e na<br />

menor contribuição de CO2.<br />

9Vidros duplos<br />

Prefira janelas com vidros duplos,<br />

que isolam do frio e do ruído. A<br />

caixilharia em madeira é melhor<br />

do que o alumínio tradicional. Se<br />

optar por este, a caixilharia deverá<br />

ter corte térmico. No Inverno, cortinas<br />

pesadas ou carpetes ajudam a<br />

conservar o calor no interior da<br />

casa. Desligue as luzes em divisões<br />

vazias ou em zonas de passagem,<br />

como corredores. Tal pode significar<br />

uma redução em 25% do consumo<br />

energético anual.<br />

14Instale contadores<br />

Sabia que pode controlar em sua própria<br />

casa os seus gastos energéticos? O mercado<br />

dispõe de vários contadores, desde os<br />

monofásicos simples, até aos trifásicos<br />

multitarifa capazes de fazer a contagem<br />

energética com grande exactidão.<br />

13Opte por portáteis<br />

Os portáteis consomem menos energia<br />

do que os computadores de secretária.<br />

Desligue o monitor, a impressora e outros<br />

periféricos quando não os tiver a utilizar e<br />

para eliminar os consumos remanescentes<br />

utilize tomadas com interruptor.


4Água<br />

no lava loiça<br />

Sempre que lavar a loiça<br />

à mão, encha o lava loiça<br />

com detergente e água<br />

quente. Gasta menos do<br />

que à torneira. No caso<br />

da roupa, pode terminar<br />

oprogramadelavagem<br />

10 minutos antes, para<br />

que a roupa fique mais<br />

húmida e seja mais fácil<br />

passar. Consegue ainda<br />

poupar energia se <strong>desligue</strong><br />

o ferro uns minutos<br />

antesdeacabardepassar.<br />

15Solares térmicos<br />

nas máquinas de loiça<br />

A instalação de sistemas solares térmicos<br />

podem ser aproveitados nas máquinas<br />

de lavar loiça. Já existem no<br />

mercado máquinas preparadas para<br />

receber água quente solar, sendo esta<br />

uma forma de rentabilizar melhor o<br />

sistema e de poupar energia no aquecimento<br />

da água, tarefa que mais energia<br />

consome no funcionamento das<br />

máquinas de lavar loiça.<br />

20Transportes<br />

amigos do ambiente<br />

Pode optar por andar a pé. Menos<br />

carros nas estradas, menos CO2<br />

na atmosfera. Ir de transportes<br />

públicos para o trabalho é também<br />

uma boa escolha, havendo já<br />

empresas com opções ecológicas.<br />

5Pequenos gestos na cozinha<br />

Desligue a chama-piloto do esquentador quando não o<br />

utiliza. No Verão, baixe a temperatura da água do esquentador<br />

ou caldeira. Ao cozinhar com as panelas tapados,<br />

o gasto será menor. Desligue o bico antes de a comida<br />

estar cozinhada, pois o calor residual será suficiente<br />

para finalizar a cozedura. O mesmo se aplica ao forno.<br />

10Lâmpadas económicas<br />

Face às lâmpadas incandescentes, as fluorescentes,<br />

permitem poupar mais de 80% de energia. Já as<br />

lampadas LED, embora mais caras, acabam por ser<br />

mais económicas., o que compensa o custo de<br />

aquisição. É que têm baixíssimo consumo, uma<br />

vida útil extremamente longa e baixo custo de manutenção.<br />

Além disso, têm dimensões compactas,<br />

luz direcionada, alta resistência a vibração e estão<br />

100% livre de metais pesados.<br />

16Aquecimento ambiente<br />

através de renováveis<br />

Para fazer o aquecimento ambiente, pode utilizarse<br />

um sistema misto solar térmico + biomassa. Este<br />

é mais vantajoso do que um sistema apenas solar<br />

térmico pois beneficia de outra fonte de energia renovável<br />

disponível em qualquer altura, nomeadamente<br />

no período nocturno.<br />

OPINIÃO LEONOR<br />

SARSFIELD COSTA FREITAS,<br />

Sócia da GPA – Gouveia Pereira,<br />

Costa Freitas & Associados<br />

Energia Eólica:<br />

Concursos<br />

eDesafios<br />

A nova Estratégia Nacional para a Energia - ENE<br />

2020 -, aprovada pela Resolução do Conselho de<br />

Ministros nº 29/2010, de 15 de Abril, vem reforçar<br />

a centralização da política energética nacional<br />

para a próxima década nas Energias Renováveis.<br />

Quanto à energia eólica, na qual assenta, actual e<br />

primordialmente, em conjunto com a energia hídrica,<br />

a produção renovável do País, a ENE 2020<br />

prevê, para além da instalação até 2012 da capacidade<br />

eólica já atribuída em concursos anteriores<br />

(2000MW) e a promoção do sobre-equipamento<br />

dos parques eólicos já existentes (instalação de<br />

mais 400MW), a possibilidade de instalação, até<br />

2020, também por concurso, de mais 3000MW de<br />

potência. Esta última atribuição dependerá, prevê<br />

a Resolução, de um conjunto de factores como a<br />

evolução da procura da electricidade, a penetração<br />

dos veículos eléctricos, a capacidade de transferência<br />

de consumos de períodos de ponta para<br />

período de vazio, a viabilidade técnica e custos<br />

das tecnologias eólicas off-shore e ainda os impactos<br />

ambientais associados aos diferentes tipos<br />

de tecnologia.<br />

Dada a abrangência da ENE 2020 e as metas por<br />

esta traçadas, quer quanto ao desenvolvimento de<br />

“clusters energéticos”, quer quanto à criação de<br />

postos de trabalho, será de contar com concursos<br />

de atribuição de potência com critérios de avaliação<br />

diversificados, na linha dos que presidiram ao<br />

concurso de 2005 (para atribuição de 1800MW):<br />

desconto à tarifa e apresentação de projecto de<br />

cluster industrial de apoio ao sector. É natural que<br />

se estabeleçam igualmente outros critérios, como<br />

a combinação com projectos hídricos, com o projecto<br />

do carro eléctrico ou com o desenvolvimento<br />

de tecnologias off-shore.<br />

Esta modalidade de concurso permitiria, em princípio,<br />

ir simultaneamente ao encontro de várias<br />

metas da ENE2020. No entanto, como é expressamente<br />

reconhecido, estará dependente dos factores<br />

acima enumerados. Afigura-se-nos, contudo,<br />

outro factor a ponderar: a adjudicação de potência,<br />

mesmo por concurso, não dispensa o adjudicatário<br />

das obrigações legais e administrativas associadas<br />

ao licenciamento de centrais eólicas.<br />

Ora, os procedimentos necessários ao cumprimento<br />

de tais obrigações envolvem vários organismos,<br />

sujeitos a tutelas distintas, o que origina,<br />

por vezes, falhas de comunicação, decisões contraditórias<br />

e, naturalmente, delongas que podem<br />

pôr em risco a implantação do projecto em tempo<br />

útil e em condições de rentabilidade.<br />

A complexidade que actualmente caracteriza tal<br />

processo de licenciamento pode originar situações<br />

de verdadeiro impasse, ainda menos desejáveis<br />

quando a instalação de parques eólicos se encontra<br />

associada, em regime de interdependência,<br />

à implementação de outros projectos, sujeitos<br />

a diferentes termos e prazos de licenciamento.<br />

A este respeito, veja-se o recentemente divulgado<br />

estudo da European Wind Energy Association: o<br />

tempo médio de licenciamento de um Parque Eólico<br />

em Portugal é de 58 meses (numa média europeia<br />

de 42 meses, havendo países com médias<br />

de 10, 15 e 18 meses).<br />

Importaria assim, na senda das metas da<br />

ENE2020, reformular os processos de licenciamento,<br />

integrando-os de forma eficiente e, sem<br />

descurar a componente ambiental, dotando-os de<br />

maior agilidade, simplicidade e clareza.<br />

Para o efeito, seria também importante a revisão e<br />

uniformização dos diversos diplomas legais que<br />

regulam esta matéria, de modo a clarificar e,<br />

eventualmente, unificar o regime jurídico que dos<br />

mesmos emana.<br />

A aposta está feita e os desafios são conhecidos -<br />

esperamos, por isso, que se criem as condições<br />

efectivas para a sua superação. ■<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XV


XVI Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

Carros eléctricos vão diminuir<br />

custos energéticos<br />

ANTÓNIO VIDIGAL, DA EDP INOVAÇÃO diz que se todo o parque automóvel<br />

português fosse movido a electricidade, os custos energéticos diminuiriam 38%.<br />

Carlos Caldeira<br />

carlos.caldeira@economico.pt<br />

A população mundial não vai diminuir, vai continuar<br />

a crescer, e o número de serviços para<br />

pessoas também vai aumentar. Mas, a “energia<br />

gasta por serviço pode ser feita de uma forma<br />

muitomaiseficiente,comoéocasodoscarros<br />

eléctricos”, afirmou António Vidigal, CEO da<br />

EDP Inovação, durante a V Conferência Energias<br />

Renováveis do Diário <strong>Económico</strong>.<br />

Aquele gestor, que considerou a aposta no desenvolvimento<br />

das energias renováveis como<br />

uma alavanca para a recuperação económica a<br />

médio e longo prazo, referiu ainda que se o parque<br />

automóvel nacional fosse todo eléctrico, “o<br />

benefício seria enorme. As emissões de CO2<br />

cairiam 12%, os custos energéticos desceriam<br />

38% e a nossa dependência energética face ao<br />

exterior diminuiria 8%”.<br />

Já Fernando Pacheco, vice-presidente da<br />

Iberdrola Portugal, mostrou-se confiante que<br />

“estamos num período de mutação energética.<br />

Haverá algo que eliminará o petróleo como fonte<br />

de energia, só ainda não sabemos bem o que<br />

será”. E realçou a importância da aposta nas renováveis,<br />

que é “um investimento privado, que<br />

só se pode fazer se ficar provada a sua capacidade<br />

económica, rentabilidade e independência<br />

dos ciclos conjunturais”. Por outro lado, salientou<br />

que “estamos a falar de um investimento<br />

muito importante para diminuir o défice externo<br />

do País”.<br />

Por sua vez, Gustavo Fernandes, administrador<br />

Se toda a gente usar carros<br />

eléctricos, as emissões de CO2<br />

cairiam 12%, os custos energéticos<br />

desceriam 38% e a nossa<br />

dependência energética face<br />

ao exterior diminuiria 8%.<br />

da Martifer Solar, realçou o potencial de Portugal<br />

neste tipo de energias, por ser um País com<br />

“muito sol, que é o nosso petróleo e não tem<br />

sido aproveitado.” Gustavo Fernandes defendeu<br />

mesmo que Portugal tem “condições para vir a<br />

exportar energia para o Norte de África e para a<br />

Europa”.<br />

António Vidigal, CEO da EDP Inovação, na conferência do Diário <strong>Económico</strong><br />

sobre Energias Renováveis, que decorreu na semana passada.<br />

Finalmente, Nuno Ribeiro da Silva, presidente<br />

da Endesa Portugal, alertou para a necessidade<br />

de se dar “mais atenção às energias renováveis<br />

e a todos os recursos, sem termos propriamente<br />

de acabar no electrão”, mostrando-se contra a<br />

energia nuclear. E concluiu que “nunca a electricidade<br />

foi tão barata como agora”.<br />

Emissões CO2 a diminuir nos automóveis<br />

Noutro contexto, Helder Barata Pedro, presidente<br />

da ACAP, disse ao Diário <strong>Económico</strong><br />

que, de um modo geral, “a indústria soube<br />

corresponder ao desafio do ambiente, desenvolvendo<br />

novas tecnologias capazes de reduzir<br />

quer as emissões de CO2, quer de poluentes<br />

como os NOx, partículas de fumo, hidrocarbonetos<br />

e monóxido de carbono.” E dá<br />

exemplos concrectos do resultado da estratégia<br />

desta indústria, destcanado que os automóveis<br />

vendidos em Portugal em 2007, 2008<br />

e 2009 apresentaram emissões de CO2 de,<br />

respectivamente, 144 g/km, 139 g/km e 136<br />

g/km. “Verificou-se, pois, uma evolução notável<br />

em termos médios e podemos afirmar<br />

que este esforço é transversal a todas os fabricantes.<br />

É de salientar que, em 1998, foi assinado<br />

um acordo voluntário entre os Construtores<br />

de Automóveis e a União Europeia, o<br />

qual previa já uma redução das emissões de<br />

poluentes dos veículos colocados no mercado.”<br />

■ com R.C.<br />

Paulo Alexandre Coelho


Os carros mais amigos do ambiente<br />

■ MINI CARROS<br />

1 Toyota IQ 1.0 2 Suzuki Alto 1.0 3 Nissan Pixo 1.0<br />

■ PEQUENOS CARROS<br />

1 Ford Fiesta 1.6 TDCi Econetic 2 Subaru Justy 1.0 3 Daihatsu Sirion 1.0 eco top<br />

■ COMPACTOS<br />

1 Honda Insight Hybrid Elegance 2 Volvo C30 1.6D DRIVe DPF Start/Stop 3 Volkswagen Golf 1.4 TSI DSG<br />

■ CLASSE MÉDIA<br />

1 Toyota Prius 1.5 Hybrid 2 Honda Civic 1.3i-DSI Hybrid 3 BMW 316d<br />

■ CLASSE MÉDIA SUPERIOR<br />

1 BMW 520d DPF 2 BMW 520i DPF 3 Ford Mondeo 1.8 TDCi Econetic<br />

■ CARRINHAS DE 6 OU MAIS LUGARES<br />

1 Opel Zafira 1.6 ECOflex Turbo CNG Erdgas 2 Peugeot 308SW 1.6 HDi DPF 3 Renault Grand Scénic III 1.5dCI<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XVII<br />

Como são<br />

encontrados<br />

os carros<br />

verdes<br />

■ Quercus e Agência do<br />

Ambiente reuniram.se para<br />

o projecto www.topten.pt<br />

para analisar<br />

os automóveis,<br />

electrodomésticos,<br />

lâmpadas e até<br />

impressoras mais amigas<br />

do ambiente. O projecto<br />

Topten.pt foi promovido,<br />

entre 2007 e 2008, pela<br />

EDP Distribuição. Desde<br />

Dezembro de 2008, que é<br />

financiado pelo programa<br />

europeu “Intelligent<br />

Energy – Europe” (IEE)<br />

da Comissão Europeia.<br />

O Topten.pt faz parte<br />

do projecto europeu<br />

Euro-Topten Plus,<br />

que reune 20 parceiros<br />

de 16 países, cada um<br />

partilhando experiências,<br />

a tecnologia dos produtos,<br />

iniciativas de comunicação,<br />

etc. O Euro-Topten Plus<br />

terá a duração de três<br />

anos, entre Janeiro<br />

de 2009 e Dezembro<br />

de 2011. I.M.


XVIII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

Paula Nunes<br />

A Sociedade de Advogados Rui Pena<br />

& Associados é um exemplo a seguir. Foi<br />

pioneira na instalação de um painél fotovoltaico,<br />

mas também prima pelo facto de ter colocado<br />

um contador que permite a contagem<br />

da produção instantânea para a produção<br />

acumulada, bem como do CO2 evitado.<br />

Empresas<br />

mais amigas<br />

do ambiente<br />

■ As solicitações por parte<br />

de empresas dos mais<br />

variados sectores<br />

relativamente a<br />

equipamentos de energias<br />

renováveis, são crescentes<br />

e a tendência é apara se<br />

manter a procura. Quem o<br />

diz é José de Melo<br />

Bandeira, administradordelegado<br />

da Dalkia, que<br />

assegura que as empresas<br />

procuram projectos que<br />

permitam “a optimização<br />

das instalações existentes<br />

até às novas soluções de<br />

produção de energia<br />

descentralizada, com forte<br />

pendor para soluções<br />

tecnologicamente mais<br />

eficientes e com recurso<br />

a gás”. O responsável diz<br />

haver grande procura por<br />

soluções “com recurso a<br />

renováveis como solares,<br />

biomassa, geotermia e<br />

pilha de combustível”.<br />

Com as soluções que<br />

desenvolve, a Dalkia<br />

“já reduziu, em termos<br />

globais, 6 milhões de<br />

toneladas de CO2 as<br />

emissões dos clientes”,<br />

introduzindo “benefícios<br />

nas suas contas de<br />

exploração”, diz. R.C.<br />

Portucel produz<br />

em 2009, mais<br />

18% de energia<br />

Grupo investe 200 mil euros<br />

na área de energia.<br />

A Soporcel/Portucel, produziu, em 2009, 54%<br />

da energia eléctrica proveniente de biomassa<br />

florestal, em Portugal. O grupo investe na área<br />

da energia, “cerca de 200 milhões de euros com<br />

retornos a longo prazo”, informa fonte oficial.<br />

O grupo estima que, a partir de 2011, as instalações<br />

dos seus complexos fabris “venham a ser<br />

responsáveis por cerca de 5% de toda a energia<br />

eléctrica produzida no país, obtida na sua maioria<br />

a partir de recursos renováveis”, refere.<br />

A Soporcel/Portucel é, actualmente, o maior<br />

produtor nacional de ‘energia verde’ proveniente<br />

de biomassa florestal. Em 2009, o grupo atingiu<br />

uma capacidade de produção bruta de energia<br />

eléctrica de 1148 GWh, registando-se um aumento<br />

de cerca de 18% face ao ano anterior.<br />

“Uma produção total que corresponde ao consumo<br />

médio de 520 mil habitantes e a 2,5% da<br />

produção total nacional”, frisa a empresa, que,<br />

em meados de 2009, concluiu a central de ciclo<br />

combinado a gás natural associada à nova fábrica<br />

de papel de Setúbal, “com uma capacidade<br />

instalada de 80 MW, que vai permitir produzir<br />

anualmente cerca de 600 GWh”, diz fonte do<br />

grupo. De salientar ainda a entrada em funcionamento,<br />

no final do ano, de duas novas centrais de<br />

produção de energia eléctrica a partir de biomassa<br />

nas fábricas de Cacia e de Setúbal. “Com<br />

o arranque destas centrais, cuja capacidade unitária<br />

corresponde a 12,5 MWh, verificou-se um<br />

acréscimo da produção anual de energia renovável<br />

do grupo em 167 GWh, e consequente reforço<br />

da sua posição na área da biomassa”, frisa<br />

fonte do grupo, que, em 2009, começou os trabalhos<br />

de implementação da nova turbina de cogeração<br />

a biomassa, a instalar no complexo industrial<br />

da Figueira da Foz, que deverá entrar em<br />

funcionamento na segunda metade de 2010. A<br />

Sopoprcel/Portucel procedeu ainda à reformulação<br />

das caldeiras de biomassa das co-gerações<br />

das unidades fabris “projectos que permitiram<br />

uma melhoria significativa da eficiência energética<br />

e do desempenho ambiental das mesmas”,<br />

salienta. De frisar os importantes reflexos na redução<br />

das emissões de dióxido de carbono para<br />

a atmosfera destas medidas. “Entre 2005 e 2009,<br />

o grupo obteve uma redução de 29% nas emissões<br />

de CO2 e de 13% no consumo de água, por<br />

tonelada de produto”, destaca. ■R.C.<br />

Marcel de Button,<br />

presidente da<br />

Logoplaste, pousa<br />

orgulhoso junto de<br />

alguns dos 630<br />

painéis fotovoltaicos<br />

que a empresa<br />

instalou há um ano.<br />

Uma autêntica<br />

central que permite à<br />

sede da empresa ser<br />

independente no que<br />

toca à produção de<br />

energia consumida.<br />

A capacidade é de<br />

180 mil Kwh por ano.<br />

Painel<br />

fotovoltaico<br />

econtador<br />

O Grupo<br />

Soporcel/Portucel<br />

produziu em 2009,<br />

54% da energia<br />

eléctrica proveniente<br />

de biomassa florestal<br />

em Portugal. Os<br />

complexos fabris da<br />

empresa podem<br />

mesmo ser<br />

responsáveis por 5%<br />

de toda a energia<br />

eléctrica produzida no<br />

país. Pelo menos é<br />

essa a ambição do<br />

Grupo que conseguiu<br />

entre 2005 e 2009,<br />

reduzir em 29% as<br />

emissões de CO2 para<br />

a atmosfera.<br />

Retorno esperado pela RPA<br />

é de 4 mil euros por ano.<br />

“A substituição de copos de plástico para beber<br />

água por uma caneca por advogado e colaborador,<br />

permitiu à Sociedade de advogados Rui<br />

Pena Arnault & Associados - RPA, poupar mais<br />

de 400 euros/ano”. Quem o diz é Mónica Carneiro<br />

Pacheco, sócia coordenadora da área de<br />

energia, ambiente e recursos humanos da RPA.<br />

Mas outras formas há de poupança de energia,<br />

como instalar sensores de movimento, que levam<br />

que as luzes apenas se acendam quando as<br />

zonas são efectivamente usadas, ou sincronizar<br />

elevadores do edifício para que apenas o mais<br />

próximo do piso de chamada se movimente. Estas<br />

foram regras implementadas pela RPA que<br />

tem ainda por hábito desligar os computadores<br />

durante a noite, tendo substituído os monitores<br />

por monitores com eficiência energética de<br />

classe A.<br />

Mas além dos cuidados internos com a poupança<br />

de energia, a sociedade de advogados, produz<br />

também a sua própria energia. Como? instalando<br />

um painel fotovoltaico produzido pela<br />

Home Energy. “O painel é um conjunto de células<br />

fotovoltaicas ligadas entre si composto por<br />

20 módulos fotovoltaicos e com uma potência<br />

de 4,40 kWp”, informa Mónica Carneiro Pacheco.<br />

O sistema é ainda composto “por um inversor<br />

para transformação da energia DC para AC,<br />

um contador de energia, um quadro de ligação à<br />

rede e cabos de ligação”, explica.<br />

O painel foi instalado em Janeiro e desde Fevereiro<br />

que está a injectar potência na rede. É por<br />

isso, ainda muito cedo para se poder avaliar o<br />

retorno, e fazer um cálculo em termos de poupança.<br />

Porém, a expectativa é que “a poupança<br />

esperadacorrespondaaquiloqueéoretorno<br />

esperado, ou seja cerca de 4 mil euros por ano”.<br />

A sociedade de advogados instalou ainda um<br />

contador. Um sistema que permite a contagem<br />

da produção instantânea para produção acumulada<br />

e do CO2 evitado. “O contador é um dos<br />

elementos do sistema e não indica/controla o<br />

gasto em energia mas a energia produzida (instantânea<br />

e acumulada) e o CO2 evitado”, explica<br />

Mónica Carneiro Pacheco que informa que,<br />

actualmente, “o contador mostra uma produção<br />

acumulada de 1082 kWh e 757 kg de CO2 evitado”.<br />

O investimento total realizado pela sociedade<br />

foi cerca de 21 mil euros. ■R.C.<br />

800 m2 com<br />

630 painéis<br />

fotovoltaicos<br />

Logoplaste reduziu em<br />

30% consumo de energia.<br />

São 800 m2 de painéis fotovoltaicos que a Logoplaste<br />

tem instalados no seu Campus em Cascais.<br />

Ao todo são 630 painéis, responsáveis pela<br />

produção de 110 Kwh de energia, e uma capacidade<br />

anual de 180 mil Kwh “o que chega para<br />

cobrir 25% das necessidades da sede da empresa<br />

onde se encontra toda a gestão e parte administrativa<br />

da actividade da Logoplaste nos 17<br />

países onde está presente”, informa Marcel de<br />

Button, presidente da empresa.<br />

Os painéis estão a funcionar há um ano, tendo<br />

demorado cerca de ano e meio a serem instalados,<br />

“num investimento total de 54 mil euros<br />

com retorno esperado dentro de 12 anos”, esclarece<br />

o responsável, que partilha a ambição de,<br />

“a longo prazo, a empresa querer instalar o mesmo<br />

sistema nas 17 fábricas do país”.<br />

As preocupações ambientais da empresa remontam<br />

a 1996, quando a Logoplaste inaugurou<br />

a sociedade Ponto Verde e a política mantém-se<br />

nos dias de hoje. O ano passado, a empresa procedeu<br />

a alterações na produção de garrafas de<br />

plástico. Tampas mais baixas e redução da espessura,<br />

“o que implica um ganho de peso em<br />

cada embalagem”, diz Marcel de Button. Assim,<br />

se, em 2005, “por cada tonelada transformada,<br />

eram necessários 1017 Kwt de energia, o valor<br />

baixou para 935 Kwh, -8%”, explica o presidente.<br />

Estas alterações tiveram consequências igualmente<br />

positivas nas emissões libertadas de CO2<br />

para a atmosfera. A Logoplaste conseguiu reduzir<br />

em 4,5% a geração indirecta de CO2, ou seja,<br />

60 toneladas, ao mesmo tempo que economizou<br />

1500 toneladas de garrafas, das 30 mil que<br />

produz em média, anualmente, o que representa,<br />

assegura Marcel de Button, “menos 1000<br />

KWh, e uma diminuição de 30% nos gastos<br />

energéticos das fábricas”, o que se justifica com<br />

o facto da alteração ter implicado a utilização de<br />

materiais mais amigos do ambiente. É que até a<br />

forma de secagem das garrafas mudou. “Antes<br />

era a calor e agora é em vácuo, o que permite<br />

uma poupança energética”, afirma o responsável<br />

que acrescenta que, anualmente a Logoplaste<br />

investe em pesquisas na área das energias,<br />

“cerca de 0.5% das vendas da empresa.<br />

Internamente, a empresa tem ainda o cuidado<br />

de utilizar os dois versos da folha para imprimir<br />

e de ter iluminação mais económica. ■R.C.<br />

Fotos cedidas por Andritz AG da autoria de Lars Behrendt


Hospitais podem poupar até 80% com LED<br />

A cogeração pode diminuir a factura energética de um hospital até 30%<br />

Raquel Carvalho<br />

raquel.carvalho@economico.pt<br />

A eficiência energética nos hospitais passa muito<br />

pela redução dos consumos de iluminação,<br />

pela utilização de aparelhos de climatização<br />

mais eficientes e por sistemas de gestão técnica<br />

centralizada.<br />

Para isso, basta saber escolher fornecedores<br />

que implementem tecnologias amigas do ambiente.<br />

E um sistema de iluminação eficiente a<br />

nível energético faz toda a diferença. A redução<br />

do consumo de energia pode chegar aos 80%.<br />

No caso do Novo Hospital Internacional do Algarve,<br />

que alocou à Arquiled o desenvolvimento<br />

de toda a sua iluminação com a tecnologia<br />

LED, a poupança varia “entre 55 e 60%. Cerca de<br />

1200 euros”, informa Rafael Santos, CEO da Arquiled.<br />

O que foi possível porque aquela unidade<br />

de saúde reduziu os custos de exploração.<br />

“Além da evidente poupança energética directa<br />

obtida através da aplicação da tecnologia Led”,<br />

Rafael Santos explica que, no caso do Hospital<br />

Internacional do Algarve, conseguiu-se também<br />

“em aplicações de iluminação interior uma<br />

efectiva redução energética no consumo das<br />

soluções de avac, graças à redução de temperatura<br />

nas fontes de luz”.<br />

De facto, a tecnologia LED tem imensas vantagens<br />

face às fontes tradicionais. O CEO da Arquiled<br />

destaca como vantagens, “a sua maior<br />

eficiência energética, as suas dimensões reduzidas,<br />

a durabilidade, a maior resistência ao choque<br />

e vibrações, os reduzidos custos de manu-<br />

Paula Nunes<br />

O Novo Hospital Internacional<br />

do Algarve poupou com a<br />

iluminação LED, entre 55% e<br />

60%, ou seja, cerca de 1200 euros.<br />

tenção e os baixos consumos de potência”, factores<br />

que contribuem para uma factura mensal<br />

de energia bastante mais reduzida, a par de uma<br />

redução da emissão de gases de efeito de estufa.<br />

É por isso uma vantagem para unidades de saúde<br />

aderirem a esta tecnologia. No caso do Novo<br />

Hospital Internacional do Algarve, o retorno foi<br />

de 19 meses. “Isto se tivermos em conta uma<br />

matriz de utilização de 365 dias/ano 12 horas/dia”,<br />

explica. Nesse caso, “a poupança é de<br />

11.708,51 KWh/ano”.<br />

Rafael Santos informa que “a solução de tecnologia<br />

convencional tinha um custo de cerca de<br />

17.000 euros e a solução de tecnologia led aplicada<br />

custou de investimento inicial cerca de<br />

18.831 euros”, acrescentado que a Arquiled tem<br />

alocado 750 mil euros para o desenvolvimento<br />

de sistemas.<br />

Depois desta parceria, a empresa prevê estender<br />

a colaboração para outras unidades de saúde.<br />

São elas as unidades de saúde da Beira Alta,<br />

da Beira Baixa, Lisboa e Braga, estando a empresa<br />

“a trabalhar em alguns projectos a nível nacional<br />

para hospitais de retaguarda e centros<br />

geriátricos”, diz.<br />

Além de sistemas de iluminação eficientes, os<br />

hospitais ganham também em implementar sistemas<br />

que ajudem a controlar a temperatura<br />

sem gastar muito. Em Portugal, são três os hospitais<br />

que utilizam sistemas de trigeração para<br />

produção de electricidade, calor e frio: o Pedro<br />

Hispano, em Matosinhos, o Garcia da Orta, em<br />

Almada, e o S. Francisco Xavier, em Lisboa.<br />

A grande vantagem da cogeração em hospitais<br />

passa por permitir uma poupança dos custos<br />

energéticos entre os 15% e os 20%. Esta tecnologis<br />

faz aproveitamentos térmicos bastante significativos<br />

em águas quentes sanitárias, sistemas<br />

de climatização e esterilização, no que diz<br />

respeito ao calor, e em sistemas de climatização,<br />

no que diz respeito ao frio. Na grande maioria<br />

das instalações onde existem sistemas de cogeração<br />

obtêm-se reduções na factura energética<br />

de 20 - 30%, o que se traduz em retornos de investimento<br />

da ordem dos 3 anos.<br />

O futuro Hospital de Loures vai ter um sistema<br />

de cogeração que lhe vai permitir uma poupança<br />

de energia entre os 15 e os 20%. É a Dalkia a<br />

empresa que irá explorar este sistema. ■<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XIX<br />

Uma lâmpada LED.


XX Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

FINANCIAMENTO<br />

APRIVADOS<br />

Santander<br />

financia de 3<br />

a 8 mil euros<br />

■ Para particulares, o<br />

Santander disponibiliza um<br />

montante que varia entre<br />

os3mileos8mileuros,<br />

comprazosde24a96<br />

mesesespreadde2%.<br />

Microgeração<br />

é líder nos<br />

pedidos ao BPI<br />

■ Os clientes particulares<br />

e pequenos negócios que<br />

procuram financiamento<br />

no BPI, querem soluções<br />

para projectos de<br />

microgeração, sobretudo<br />

fotovoltaico.<br />

Financiamento para<br />

renováveis a crescer<br />

NOVO ENQUADRAMENTO REGULATÓRIO tornou mais<br />

dinâmico sector das renováveis em Portugal.<br />

Raquel Carvalho<br />

raquel.carvalho@economico.pt<br />

Portugal está muito activo no que respeita ao financiamento<br />

em regime de ‘project finance’<br />

para projectos de energias renováveis. De acordo<br />

com fonte do BESI, “a procura tem-se mantido<br />

elevada ao longo dos últimos anos”, sendo<br />

este “já claramente um dos principais sectores<br />

de actividade dentro da área do ‘project finance’<br />

em Portugal”, garante aquele banco. A opinião é<br />

partilhada pelo Santander que afirma ser esta<br />

uma época de “dinâmica, de existência de muitos<br />

projectos de energias renováveis em fase de<br />

financiamento e é previsível que a tendência se<br />

mantenha pelos menos até meados de 2013”, garante<br />

fonte do banco.<br />

O mercado está em grande movimentação e o<br />

BESI esclarece já não serem só os projectos eólicos<br />

e as centrais hídricas a dominarem o negócio.<br />

“O sector apresenta agora uma maior diversidade,<br />

tendo surgido vários projectos de energia<br />

solar e sendo esperada também alguma actividade<br />

em torno da biomassa”, diz o banco.<br />

No entanto, convém lembrar que o mercado<br />

português foi um dos precursores desta forma<br />

de financiamento para operações ligadas aos<br />

portfolios essencialmente eólicos. Quem o afirma<br />

é o Millenniumbcp.<br />

Portugal chegou em 2009, aos 3.500MW de potência<br />

instalada, o que, segundo fonte do Millenniumbcp,<br />

“são notáveis para um país da dimensão<br />

do nosso, colocando-nos nos primeiros<br />

lugares a nível mundial em indicadores como<br />

MW renovável a dividir por habitante ou por<br />

Km2”. O banco elogia a capacidade da banca e<br />

dos promotores, mas diz que “nada disto teria<br />

sido possível sem o enquadramento regulatório<br />

correcto que o Governo delineou em 2005”.<br />

Segundo aquele banco, “nos próximos anos, o<br />

mercado de ‘project finance’ na área de renováveis<br />

deverá continuar a beneficiar dos enquadramentos<br />

regulatórios, e deverá ser suportado<br />

pela recuperação dos preços de electricidade<br />

fruto da antecipada aproximação dos preços do<br />

gás aos preços do petróleo”, sendo de esperar<br />

“interesse em novas transacções”.<br />

De facto, este é um sector atractivo e pode<br />

apontar-se responsabilidade deste facto, “além<br />

dos regimes tarifários em vigor, aos custos de<br />

investimento associados e ao grau de domínio<br />

das tecnologias”, diz o Millenniumbcp. Mas não<br />

só. No contexto de crise económica que a Europa<br />

atravessa, Luis Teles, responsável da Direcção<br />

de Structured Finance do Banif Investment<br />

Bank, garante que “o sector das energias renováveis<br />

demonstra uma atractividade interessante<br />

e uma matriz de riscos robusta que permi-<br />

te estruturar um financiamento em project finance<br />

sem recurso aos accionistas”. É por isso<br />

que os principais players do mercado se mantém<br />

activos, mesmo depois de se sentir alguma<br />

retracção da oferta de financiamentos de longo<br />

prazo, com o eclodir da crise nos mercados financeiros,<br />

no segundo semestre de 2007. O Santander<br />

admite que a crise financeira e escassez<br />

de liquidez teve um efeito negativo na capacidade<br />

de alguns bancos para participar nas transacções.<br />

Mas o pior já passou e no momento actual,<br />

“com o sentimento de recuperação da economia<br />

e um extenso pipeline acumulado de projectos,<br />

a evolução do sector nos próximos 2/3<br />

anos deverá ser muito positiva caso o enquadramento<br />

regulatório se mantenha estável”, diz o<br />

banco. A CaixaBi afirma mesmo que, “depois de<br />

algum marasmo, o apetite do mercado por activos<br />

no sector das energias renováveis está no-<br />

O sector das renováveis está cada<br />

vez mais atractivo, o que se deve,<br />

em parte, às iniciativas do governo<br />

de promoção do sector e<br />

ao lançamento de novas licenças.<br />

vamente ascendente”, acrescentando o banco<br />

que “o primeiro trimestre de 2010 marcou o início<br />

de uma nova fase do mercado, caracterizada<br />

por uma procura crescente de projectos no sector<br />

das energias renováveis”.<br />

Em Portugal, os projectos eólicos e fotovoltaicos<br />

são os que requerem mais pedidos de investimentos,<br />

sendo também os que têm mais perspectivas<br />

de futuro. Segundo Luís Teles,. “os investidores<br />

e o sistema financeiro privilegiam as<br />

tecnologias já comprovadas e com níveis de eficiência<br />

elevados e risco mais moderados”, explica,<br />

justificando que “as centrais hídricas, eólicas<br />

e de biomassa apresentam os melhores binómios<br />

risco-retorno, pelo que deverão contin<br />

uar a evidenciar fortes níveis de investimento”.<br />

Luis Teles antevê “forte investimento em energia<br />

solar, termo e fotovoltaico, antecipando um<br />

desenvolvimento tecnológico acelerado. ■<br />

COMO ACTUAM OS BANCOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE “PROJECT FINANCE”<br />

Santander 1 BPI 2 BES 3<br />

■ O Santander disponibiliza o ■ Os clientes do BPI tanto são ■ Além das preocupações com<br />

leasing para compra de empresas e promotores de o preço das operações e da<br />

equipamentos de energias projectos de média e grande necessidade de assegurar o<br />

renováveis. Existem soluções dimensão, através das<br />

apoio a longo prazo, do maior<br />

de financiamento a 100% do Direcções de Empresas e de número de bancos possível, as<br />

investimento, operações de Project Finance, como clientes empresas procuram estruturas<br />

locação financeira simples, particulares e pequenos de financiamento flexíveis para<br />

que se destinam a particulares negócios. O Banco tem estado poderem ser tidas em conta as<br />

e empresas com prazos de muito activo com<br />

especificidades de cada projecto<br />

pagamento alargados até 10 participações em projectos em matéria de perfis de<br />

anos. Acessoriamente, o fotovoltaicos, de biomassa e, desembolso e reembolso das<br />

banco tem um pacote de mais recentemente,<br />

facilidades de crédito, definições<br />

seguros de apoio.<br />

termossolares.<br />

dos rácios do projecto, etc.<br />

Em Portugal em 2008 três operações<br />

de financiamento originaram<br />

aproximadamente 262 milhões de euros para<br />

o desenvolvimento de dois parques solares<br />

fotovoltaicos e uma hidroeléctrica.<br />

4<br />

Millenniumbcp<br />

■ O Millennium bcp através<br />

do protocolo “Medida Solar<br />

Térmico 2009”, que promove<br />

a utilização de renováveis em<br />

particulares, financiou um<br />

máximo de 5 mil euros. O<br />

Banco disponibiliza ainda o<br />

Crédito Energias Renováveis,<br />

que se destina a financiar<br />

despesas com a aquisição de<br />

equipamentos passíveis de<br />

transformarem energias<br />

renováveis, até 15 mil euros.


5<br />

Caixa BI<br />

■ O CaixaBI financia projectos<br />

de empresas de áreas tão<br />

diversas como infraestruturas<br />

rodoviárias, energia, ambiente,<br />

gás natural, imobiliário,<br />

transportes, saúde,<br />

telecomunicações, tratamento<br />

e distribuição de água. O banco<br />

encontra-se organizado numa<br />

lógica de direcções e<br />

desenvolve soluções à medida,<br />

de forma a assegurar a melhor<br />

transacção para o cliente.<br />

6<br />

Banif<br />

■ O Banif disponibiliza uma<br />

oferta integrada de produtos e<br />

serviços. Actualmente o banco<br />

está a analisar um vasto pipeline<br />

de projectos eólicos,<br />

fotovoltaicos, termo-solares e de<br />

biomassa, em Portugal, Espanha<br />

e Brasil. O sector é estratégico<br />

para o Grupo e nos próximos<br />

anos será uma área de grande<br />

investimento tanto na vertente<br />

de capital, como na vertente de<br />

assessoria e financiamento.<br />

7<br />

Montepio<br />

■ Ao nível do consumo, o<br />

Montepio dispõe de linhas de<br />

crédito especializadas para<br />

PME que pretendam efectuar a<br />

conversão dos seus consumos<br />

energéticos. Para particulares o<br />

Banco proporciona o acesso a<br />

linhas bonificadas que<br />

possibilitam a migração para<br />

consumos energéticos verdes,<br />

com prazos de maturidade<br />

devidamente ajustados ao<br />

payback do investimento.<br />

Vincent Kessler/Reuters<br />

Índia é líder<br />

no volume<br />

de negócios<br />

Investiram-se 217 mil<br />

milhões de euros em 2009.<br />

O mercado das energias renováveis tem registado<br />

um crescimento significativo nos últimos<br />

anos. Os novos investimentos à escala mundial,<br />

atingiram o ano passado, os 217 mil milhões de<br />

euros. Porém, houve um decréscimo de 9% relativamente<br />

a 2008, onde os investimentos atingiram<br />

os 239 mil milhões de euros.<br />

Segundo a Dealogic, foi a Índia o país que mais<br />

investiu em projectos de energias renováveis<br />

em regime de project finance: foram 40 mil milhões<br />

alocados a 81 projectos e uma subida de<br />

189% face a 2008. No ranking dos dez países<br />

mais activos nesta área, os Estados Unidos ocupam<br />

a segunda posição com 76 operações realizadas,<br />

no valor de 20 mil milhões de euros, mas<br />

um descréscimo de 14% face ao ano anterior. Já<br />

o Brasil subiu 412% ocupando a a terceira posição,<br />

tendo investido 17 mil milhões de euros. No<br />

ranking de 2009, deve destacar-se a Papua Nova<br />

Guiné, que, com apenas duas transacções realizadas,<br />

num valor perto dos 14 mil milhões de<br />

euros, registou a maior subida comparativamente<br />

a 2008, 2941%, estando no 4º lugar. A Espanha<br />

é líder no número de operações realizadas:<br />

101, mas ocupa o 5º posto no que toca ao in-<br />

No total, em 2009 foram<br />

estruturados financiamentos<br />

que ascenderam a dois mihões<br />

de euros.<br />

vestimento feito: 13 mil milhões de euros, tendo<br />

porém registado um decréscimo de 24%.<br />

No que toca a Portugal, os investimentos poderão<br />

totalizar 12 mil milhões de euros até 2012 e<br />

120 mil milhões até 2020.<br />

A aposta em energias renováveis em Portugal<br />

ganhou força em 2005 com o concurso para a<br />

atribuição de licenças de projectos eólicos até<br />

uma potência total de 1600MW, tendo sido definidaametade4500MWatéfinaldadécada.<br />

Em Portugal, em 2008 foram registadas 10 operações<br />

em regime de ‘project finance’ no sector<br />

das renováveis, entre as quais 7 referem-se a<br />

projectos eólicos num total de 1892 MW, cujo financiamneto<br />

se aproximou dos 3 mil milhões<br />

de euros. As restantes três operações de financiamento<br />

originaram aproximadamente 262 milhões<br />

de euros para o desenvolvimento de dois<br />

parques solares fotovoltaicos e uma hidroeléctrica,<br />

num total de 567,7 MW.<br />

As operações que atingiram o financial close<br />

em 2009, um total de 4 para 1.154 MW, trataramse,<br />

na maior parte, do refinanciamento de projectos<br />

já em exploração como foi o caso do<br />

portfólio eólico da Iberwind de 680,7 MW e da<br />

Generg de 442 MW. No total, o ano passado foram<br />

estruturados financiamentos que ascenderam<br />

os dois milhões de eurso.<br />

A nível de project finance em Portugal, destacam-se<br />

as licenças atribuídas do concurso público<br />

para atribuição de pontos de ligação, as<br />

quais estão a chegar agora à fase de financiamento,<br />

bem como o potencial financiamento<br />

em project finance do sobre-equipamento dos<br />

parques mais antigos. ■<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XXI<br />

657 milhões<br />

para parques<br />

eólicos<br />

■ Um dos projectos que<br />

mais vincaram o panorama<br />

nacional foi o projecto<br />

ENEOP2, que previa<br />

inicialmente a produção de<br />

1200 MW de energia em<br />

parques eólicos a instalar<br />

até 2013, e que foi reduzido<br />

para 480 MW, com<br />

arranque em 2010 e com a<br />

duração de 20 anos. Deste<br />

projecto já foram<br />

concluídas duas operações<br />

de financiamento de 657<br />

milhões de euros.<br />

O ‘pipeline’ de projectos de<br />

energias renováveis em<br />

Portugal foi marcado pelo<br />

impulso dado pelo<br />

concurso de 2005 para a<br />

atribuição de licenças de<br />

projectos eólicos até uima<br />

potência total de 1600 MW,<br />

sendo que foi definida a<br />

meta ddos 4500 MW até<br />

ao final da década. R.C.


XXII Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

O QUE DIZEM<br />

OS BANCOS<br />

1<br />

■ São mais atractivos<br />

os projectos de menor<br />

dimensão por diluirem<br />

os custos associados à<br />

estruturação e montagem<br />

das operações<br />

2<br />

BES<br />

■ É expectável que<br />

o triénio 2010-2013 seja<br />

de grande crescimento<br />

no sector das renováveis.<br />

3<br />

Santander Totta<br />

■ Os projectos de energias<br />

renováveis podem ter<br />

dimensões muito distintas,<br />

mas todos são atractivos.<br />

4<br />

BPI<br />

■ O 1º trimestre do ano<br />

marcou o início de uma<br />

nova fase do mercado: uma<br />

procura crescente.<br />

5<br />

CGD<br />

■ Éovento,ofotovoltaico<br />

e o termo-solar, os mais<br />

activos e os que terão maior<br />

crescimento no futuro.<br />

6<br />

Millennium bcp<br />

■ Antecipa a<br />

concretização de projectos<br />

fotovoltaicosdemenor<br />

dimensão e evolução no<br />

sector da biomassa.<br />

7<br />

Banif<br />

Montepio<br />

■ Em 2010 têm aparecido<br />

projectos mais pequenos,<br />

igualmente rentáveis, mas<br />

com maiores garantias de<br />

rápida cobertura financeira.<br />

Bancos nacionais<br />

activos no ‘project<br />

finance’ a renováveis<br />

O FINANCIAMENTO a projectos de energias renováveis<br />

ganha peso na actividade de ‘project finance’ dos bancos.<br />

Raquel Carvalho<br />

raquel.carvalho@economico.pt<br />

Os cinco maiores bancos nacionais dão cartas<br />

no financiamento em regime de ‘project finance’<br />

em Portugal e no Mundo. São muitos milhares<br />

de euros envolvidos num sector dinâmico e<br />

com boas perspectivas de crescimento. Dai se<br />

explica também que bancos de menor dimensão<br />

estejam de olho nas energias renováveis.<br />

BES<br />

Banco financiou mais de 5 mil milhões de euros<br />

O BESI surge na 8ª posição deste ranking a nível<br />

mundial e na 1ª posição a nível nacional segundo<br />

os dados do Infrastructure Journal, . Se<br />

se considerar a actividade de assessoria financeira<br />

apenas, o BESI ocupava a 1ª posição do<br />

ranking internacional.<br />

Segundo fonte do banco, no cômputo geral da<br />

actividade de ‘project finance’ desenvolvida<br />

pelo BESI, “o sector das energias renováveis<br />

tem actualmente um peso de cerca de 20% e envolve<br />

compromissos de financiamento totais a<br />

nível nacional e internacional superiores a 1400<br />

milhões de euros”.<br />

Até à data, informa a mesma fonte, o banco “esteve<br />

envolvido em operações de ‘project finance’<br />

neste sector cujo montante total de financiamento<br />

ultrapassa os 5 mil milhões de euros, distribuídos<br />

por vários países na Europa, EUA. e<br />

Austrália”.<br />

A actividade de financiamento de projectos de<br />

energias renováveis é assegurada pela equipa<br />

de ‘Project Finance’ constituída actualmente<br />

por 56 pessoas distribuídas por Lisboa, Londres,<br />

Madrid, Nova Iorque, São Paulo, Varsóvia e<br />

Luanda.<br />

Durante 2009, a equipa concretizou 3 operações<br />

na área, sendo de realçar que “o conjunto destas<br />

operações assumiu um peso próximo dos 50%<br />

da actividade total de financiamento da equipa<br />

em Portugal”, refere a mesma fonte.<br />

Este ano, o BESI já se encontra a trabalhar em 5<br />

novas operações neste sector em Portugal, incluindo<br />

parques eólicos e parques solares fotovoltaicos.<br />

E a expectativa é de que “o sector<br />

continue com uma forte dinâmica e potencial<br />

de crescimento”, garante fonte do banco.<br />

SANTANDER<br />

3400 milhões de euros e 61 transacções<br />

Em 2009, o Banco Santander foi líder na Europa<br />

no financiamento de projectos de energias renováveis<br />

em regime de ‘project finance’ com 29<br />

transacções para um volume de participação total<br />

de cerca de 1.400 milhões de Euros. Fonte do<br />

banco assegura que, a nível mundial, o Santander<br />

“foi a segunda instituição financeira mais<br />

activa com 61 transacções e um volume total de<br />

capital aplicado de mais de 3400 milhões de euros”.<br />

Os números falam por si. “As energias renováveis<br />

representaram cerca de 39% da actividade<br />

de ‘project finance’ na Europa e mais de<br />

58% a nível global em 2009”, informa a mesma<br />

fonte, acrescentando que em Portugal, o Santander<br />

tem estado envolvido no financiamento<br />

dos principais projectos eólicos e fotovoltaicos<br />

realizados no país, procurando “cobrir os vários<br />

segmentos do sector, desde os grandes projectos<br />

até às pequenas iniciativas promovidas por<br />

PME, sendo que representam entre 30% a 40%<br />

dos financiamentos em ‘Project Finance’”, diz.<br />

O Santander tem uma equipa de mais de 50 colaboradores<br />

envolvidos no financiamento de<br />

projectos de energias renováveis a nível mundial,<br />

os quais estão espalhados por diversos países.<br />

Contudo, existe uma equipa de execução<br />

global que acompanha todos os projectos e que<br />

está localizada em Madrid Londres e São Paulo,<br />

havendo já uma equipa nos EUA.<br />

Em Portugal, são quatro os profissionais responsáveis<br />

pela originação e execução dos financiamentos<br />

estruturados e dois colaboradores<br />

responsáveis pela gestão das operações em<br />

carteira e mercado de capitais de dívida.<br />

Adicionalmente, a prestar apoio no acompanhamento<br />

das oportunidades geradas pela rede<br />

de empresas do banco, o Santander tem uma<br />

equipa de três colaboradores, distribuídos pelo<br />

país, e que, segundo fonte do banco, “fazem o<br />

interface entre a rede de empresas e a equipa de<br />

‘project finance’”.<br />

BPI<br />

700 milhões em financiamntos<br />

A carteira da direcção de ‘project finance’ do<br />

Banco BPI supera os 3 mil milhões de euros, incluindo<br />

financiamentos num montante superior<br />

a 700 milhões de euros, representando perto<br />

de 23% do total, e totalizando 65 projectos de<br />

energias renováveis, 50% dos quais em Portugal,<br />

40% em Espanha e o restantes noutros países,<br />

incluindo França e Moçambique.<br />

São 30 os profissionais que trabalham nesta<br />

área, dos quais cerca de um quarto se dedica<br />

quase em exclusividade à consultoria e financiamento<br />

de projectos no sector das energias<br />

renováveis.<br />

Desde 2000, quando começou em força a actividade<br />

de financiamento de projectos de energias<br />

renováveis que o banco tem estado muito activo<br />

com participações em projectos fotovoltaicos,<br />

de biomassa e, mais recentemente, termossolares.<br />

“Os principais mercados de actuação<br />

do BPI nesta área têm sido Portugal e Espanha,<br />

com algumas participações menos significativas<br />

noutros países europeus”, explica fonte do<br />

banco que destaca o apoio prestado pelo BPI no<br />

âmbito dos concursos para atribuição de potência<br />

eólica lançados pelo Governo português em<br />

2005, em particular a primeira fase.<br />

Actualmente o banco financia projectos desenvolvidos<br />

pela quase totalidade dos grandes promotores<br />

e grupos empresariais envolvidos em<br />

energias renováveis em Portugal e Espanha.<br />

CAIXABI<br />

Mil milhões por ano de financiamnto<br />

De acordo com a Dealogic, o Grupo CGD ficou<br />

em 1º lugar no ranking de mandatos de ‘project<br />

finance’ em Portugal, ocupando a 3ª posição em<br />

termos ibéricos e a 8ª a nível europeu.<br />

Os investimentos do grupo já ascendeu a seis<br />

mil milhões de euros, dinheiro alocado a projectos<br />

de energia renovável cuja potência istalada<br />

ultrapassa os 3800 MW. No total, são os projectos<br />

eólicos os que têm maior peso, representando<br />

90% do total dos projectos onde o Caixa-<br />

BI está envolvido, sendo os restsntes fotovoltaicos,<br />

solar térmico e hídrico.<br />

A equipa de produto dedicada ao Project e<br />

Structured Finance do CaixaBI está centraliza-<br />

As equipas de<br />

1 Caixa BI<br />

2 Millennium bcp<br />

3 BESI<br />

4 Santander<br />

5 BPI<br />

6 Montepio<br />

7 Banif<br />

6<br />

7


‘Project Finance’ dos bancos<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

Fotos: Paulo Alexandre Coelho e Paulo Figueiredo<br />

da em Lisboa e é constituída por 21 pesssoas,<br />

sendo que 15 pessoas estão na área de estruturação<br />

e assessoria e seis no acompanhamento de<br />

projectos e operações.<br />

Os serviços disponibilizados pelo CaixaBI aplicam-se<br />

aos mais variados sectores, sendo que<br />

das 19 operações fechadas em 2009, em regime<br />

de ‘project finance’, quatro foram do sector<br />

energético. Já em 2008, o banco tinha participado<br />

em 24 operações, com 12 delas a pertencerem<br />

ao sector energético, entre as quais 9 de<br />

energias renováveis. Foram mil milhões de euros<br />

financiados pelo CaixaBI em cada ano.<br />

Já em 2010, o CaixaBI financiou 526 milhões de<br />

euros para o desenvolvimento dos primeiros<br />

480 MW do projecto eólico de 1200 MW.<br />

MILLENNIUM BCP<br />

Renováveis valem 30% no ‘project finance’<br />

O Millennium Investment Banking tem uma<br />

posição de liderança em Portugal e no mundo,<br />

no mercado de project finance na área de renováveis,<br />

tendo estado envolvido em praticamente<br />

todas as transacções de referência. O banco,<br />

segundo refere fonte oficial, “tem tentado promover<br />

a expansão do seu know how a novos<br />

países”. Segundo a mesma fonte, “as energias<br />

renováveis representam cerca de 30% da actividade<br />

do Millennium Investment Banking na<br />

área de ‘project finance’, muito em linha com o<br />

peso do sector eléctrico em ‘project finance’ a<br />

nível europeu”, sublinha o banco, que, nesta<br />

área tem uma equipa de ‘Project Finance’ constituída<br />

por 13 pessoas, fisicamente localizadas<br />

em Lisboa, mas beneficiando da capilaridade da<br />

rede internacional do grupo.<br />

Em 2010, o Millennium Investment Banking coliderou<br />

a operação de financiamento em ‘project<br />

finance’ dos primeiros 480MW associados<br />

à fase A do concurso público para atribuição de<br />

pontos de ligação, atribuídos ao consórcio<br />

ENEOP. Destaque ainda para o envolvimento<br />

como assessores financeiros e como líderes do<br />

‘project finance’ em projectos eólicos na Polónia<br />

e em projectos solares em Espanha.<br />

BANIF<br />

Banif financia projectos em 110 milhões de euros<br />

O ano de 2009 foi de afirmação do Banif Investment<br />

Bank como banco de investimento de<br />

referência em Portugal nas energias renováveis.<br />

Em 2009, “foi o banco que estruturou e financiou<br />

mais transacções em Portugal em projectos<br />

solares fotovoltaicos num total de 24MW e<br />

cerca de 110 milhões de euros de investimento”,<br />

frisa Luís Teles, Responsável da Direcção de<br />

Structured Finance do Banif.<br />

Otrabalhonaáreafoiintensoeoritmovaimanter-se<br />

este ano. De acordo com Luis Teles, “2010<br />

vai ser um ano de concretização de alguns projectos<br />

que estão no pipeline em Portugal”, acreditando<br />

que, “em termos de dimensão será o eólico<br />

o sector mais activo”.<br />

Em termos de crescimento, o banco estima o<br />

mercado do Brasil e Espanha “como focos importantes<br />

de desenvolvimento da actividade<br />

neste sector”. Actualmente o Banif encontra-se<br />

a financiar e/ou analisar um conjunto de cerca<br />

de 11 projectos solares rooftop (cobertas), 2 projectos<br />

termosolares, 8 projectos solares fotovoltaicos,<br />

2 projectos eólicos e 4 projectos de biomassa,<br />

tendo uma equipa de 11 pessoas concentradas<br />

em estruturar financiamentos para projectos<br />

de energias renováveis. Cinco em Lisboa,<br />

duas em Barcelona, Espanha, sendo que as restantes<br />

quatro estão em São Paulo, no Brasil.<br />

MONTEPIO<br />

Três projectos em perspectiva<br />

Apesar de ter menor expressão, o Montepio<br />

não deixa de estar atento às áreas mais atractivas<br />

para a actividade da banca no geral. O banco<br />

apoiou um dos participantes do projecto<br />

ENEOP2, “muito desafiante pela dimensão,<br />

complexidade e diversidade em equação”, refere<br />

João Neves, responsável pela equipa de ‘project<br />

finance’, que até final do ano, será de quatro<br />

elementos. A equipa está a estudar o envolvimento<br />

em três projectos de média dimensão. ■<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> XXIII<br />

DESTAQUE<br />

NOVAS<br />

ENERGIAS<br />

DE


PUB


MENU INOVAÇÃO&TECNOLOGIA V<br />

diadamãe internet<br />

Portátil ‘fashion’<br />

Para mães que gostam de andar sempre na<br />

moda, o site www.iamportable.com oferece<br />

uma série de opções para equipar o portátil,<br />

desde malas a capas, de várias marcas<br />

eparatodososgostosefeitios.Apartir<br />

de 20 euros, pode comprar uma capa<br />

à medida dos gostos da sua mãe e que proteja<br />

o PC. Útil e ‘fashion’ ao mesmo tempo.<br />

Produto: Mala ou ‘sleeve’ para portátil; Marca: várias<br />

PVP: sob consulta<br />

Tradição japonesa<br />

De inspiração oriental, o telemóvel Sony<br />

Ericsson W205 Kimmidoll tem quatro opções<br />

de bonecas, cada uma com um determinado<br />

significado: paz, romance, poder e sorte,<br />

tal como as tradicionais bonecas orientais.<br />

Com um ‘look’ próprio e conteúdos exclusivos,<br />

o equipamento tem uma câmara fotográfica<br />

de 1.3 MP, ‘walkman’, rádio e ‘bluetooth’.<br />

Produto: W205 Kimidoll by TMN; Marca: Sony Ericsson e<br />

TMN; PVP: € 64,90<br />

Uma ‘pen’ para brilhar<br />

Objecto de luxo com utilidade para as mães mais<br />

requintadas? Esta ‘pen’, cravejada a diamantes,<br />

custa cerca de 17 mil euros e foi criada por uma<br />

empresa especializada em dispositivos de luxo.<br />

Baptizada de Ice+, tem 8 GB de memória, a tampa<br />

eabasesãofeitasdeplatinaeocorpoécravejado<br />

com 462 diamantes. O modelo mais modesto,<br />

chamado Stahl, custa perto de 120 euros.<br />

‘Produto: Pen drive’ cravejada a diamantes; Marca: Miistor<br />

(Reino Unido); PVP: € 16.975<br />

8,75 AApplevendeu8,75milhõesdeiPhones<br />

1<br />

O cinema em casa<br />

vistodeuma<br />

nova perspectiva<br />

Verfilmesemcasanãoéomesmoqueiraocinema,<br />

mas a experiência pode ser muito próxima. A Sony<br />

lançou três novos sistemas de ‘home cinema’. O modelo<br />

HT-CT350 (3) é tem capacidade para ler filmes em<br />

3D através de HDMI 1.4. Se tiver uma televisão de 32<br />

polegadas o HT-CT150 (2) é o modelo ideal. Finalmente,<br />

a empresa anunciou o tradicional ‘home cinema’ 5.1,<br />

de modelo HT-SF470 (1), com cinco colunas, HDMI,<br />

sistema de autocalibração e duas barras para o som caso<br />

se opte pela ligação sem fios entre as colunas.<br />

Os três modelos chegam ao mercado em Junho.<br />

Produto: Home Cinema HT-CT350, HT-CT150, HT-SF470; Marca: Sony;<br />

PVP: sob consulta<br />

noprimeirotrimestredesteano. 25<br />

2<br />

Alta definição<br />

em todos os vídeos<br />

A Canon, depois de se ter tornado conhecida pelas<br />

câmaras fotográficas, reforçou a aposta nas máquinas<br />

de vídeo. A Legria HF R16, em ‘full HD’, inclui uma nova<br />

ferramenta de conversão de alta definição (HD) para<br />

cartões de memória ‘secure digital’. Podendo ainda<br />

combinar com uma ferramenta de ‘upload’ para<br />

possibilitar a partilha de vídeos através da internet.<br />

Acâmaradefilmartemumamemóriainternade8GB<br />

com cartões de memória. Esta série é compatível com<br />

o gravador de DVD Canon DW-100 e os vídeos em HD<br />

podem ser gravados num DVD para serem vistos num<br />

leitor ‘blu-ray’ compatível.<br />

Produto: Câmara de vídeo LEGRIA HF R16; Marca: Canon; PVP: € 479<br />

3<br />

Calcule a pegada ecológica<br />

Quer saber qual a marca que deixa no planeta<br />

através do seu comportamento e consumo<br />

energético? Através de um pequeno questionário<br />

já é possível “medir” os seus consumos e<br />

qual o impacto da sua vida quotidiana no ambiente.<br />

A pegada ecológica não é uma medida<br />

exacta e sim uma estimativa, que mostra até<br />

quepontoaformadeviverestádeacordocom<br />

os recursos que o planeta tem para oferecer.<br />

www.pegadaecologica.org.br<br />

apps<br />

Gmail com ‘drag and drop’<br />

Agora já é possível anexar ficheiros a mensagens<br />

do Gmail através de ‘drag-and-drop’ (arrastar-elargar).<br />

Esta nova funcionalidade já está disponível<br />

para o correio electrónico da Google, mas<br />

só funciona nos ‘browsers’ Chrome e Firefox 3.6.<br />

O Gmail é assim o primeiro serviço de e-mail<br />

de grande dimensão com esta funcionalidade.<br />

www.gmail.com<br />

Bing com novas funções<br />

A Microsoft quer que o motor de busca Bing seja,<br />

cada vez mais, uma ferramenta de apoio. Para tal,<br />

o Bing está a afinar a experiência de pesquisa,<br />

tornando-a mais visual, intuitiva e “organizada”.<br />

É o caso da ferramenta ‘Quick Tabs’, que vai ter<br />

mais destaque na página, direccionando os utilizadores<br />

no sentido da pesquisa de um clique.<br />

Houve também o cruzamento do Bing Maps com<br />

a rede social Foursqare, oferecendo acesso<br />

a informação sobre os eventos publicados pelos<br />

utilizadores do serviço, à semelhança do que já<br />

acontece com o Twitter.<br />

www.bing.com<br />

livros<br />

O essencial sobre... a Internet<br />

Em “O Essencial sobre a Internet” ficará a saber<br />

como dar os primeiros passos e tirar o melhor<br />

partidodestaredequeopodelevaraquasetodo<br />

o lado. O livro especifica alguns conceitos, conta a<br />

evolução da Internet e avança com algumas explicações<br />

para a utilização da ‘world wide web’.<br />

Autor: António Eduardo Marques; PVP: € 9,90 (Porto Editora)<br />

Integração de sistemas<br />

de informação<br />

Este livro refere a necessidade organizacional<br />

dos sistemas de informação, que tem crescido<br />

de dia para dia, abordando temas como novas<br />

arquitecturasearápidaevoluçãodas<br />

ferramentas disponíveis. O autor apresenta<br />

nesta obra uma visão actualizada das<br />

tecnologias de vanguarda, exemplificando<br />

diferentes formas de resposta às necessidades<br />

de integração de sistemas de informação.<br />

Autor: Victor Martins; PVP: € 14,90 (Edições Sílabo)<br />

A GooglecomprouaLabpixies,empresadeaplicações,<br />

porumpreçoentre15e25milhõesdeeuros.<br />

Quinta-Feira – 29.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>


“<br />

VI<br />

INOVAÇÃO&TECNOLOGIA EXTRAS<br />

CaixasdoIkeaquese<br />

transformam em bar<br />

A originalidade do projecto levou Diogo Aguiar e Teresa Otto, licenciados<br />

em arquitectura, a encher páginas de revistas internacionais.<br />

Este bar foi imaginado como<br />

resposta a um concurso:<br />

um bar temporário para<br />

um evento específico, com<br />

uma implantação definida<br />

e um orçamento bastante<br />

reduzido”, disse ao Diário<br />

<strong>Económico</strong> Diogo Aguiar,<br />

um dos arquitectos envolvidos neste projecto.<br />

Para que a ideia saísse do papel foram precisas<br />

420 caixas ‘trofast’ (42x30cm) do Ikea com<br />

três profundidades distintas (10, 23 e 42cm).<br />

Do total de caixas usadas com variados preços<br />

(2 , 3 e 4 euros) consoante as suas profundidades,<br />

a construção do bar custou... 880 euros.<br />

Mas, para que o cubo se tornasse realmente<br />

num bar, era preciso luz. As caixas foram, por<br />

isso, iluminadas com uma rede de LED colocadacomouma“teia”nointeriordobar.“Autilizaçãodestesistema,quetemumbaixo<br />

consumo de energia, resulta numa luz que<br />

não é monocromática, alterando a sua cor<br />

através de um outro sistema”, diz o responsável.<br />

Para esta parte do projecto os arquitectos<br />

contaram com a ajuda da empresa Acústica<br />

F.E.S–Estruturas,IluminaçãoeSom.<br />

Teresa Otto e Diogo Aguiar explicam que<br />

este bar foi projectado para participar no concurso<br />

anual da Faculdade de Arquitectura da<br />

Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 29.04.2010<br />

Teresa Otto<br />

e Diogo Aguiar<br />

Os dois estudantes<br />

de arquitectura, com 26<br />

anos, estão a preparar<br />

um ‘workshop’ sobre<br />

estruturas arquitectónicas<br />

e têm um projecto de um<br />

pavilhão para ser<br />

construído em Setembro<br />

na semana do Design de<br />

uma capita europeia.<br />

O bar foi construído com 420 caixas<br />

do Ikea, de diferentes tamanhos. Mas,<br />

para parecer mesmo um bar, os dois<br />

arquitectos decidiram iluminar as<br />

caixas, colocando uma rede de LED, que<br />

funcionou como uma teia, no interior.<br />

Universidade do Porto (FAUP) na última festa<br />

académica do ano lectivo. A originalidade do<br />

projecto foi reconhecida pelo júri e revelada ao<br />

mundo. O reconhecimento do trabalho destes<br />

dois jovens de 26 anos já saltou fronteiras e levou-os<br />

a trabalhar em reconhecidos ateliers. A<br />

Teresa Otto esteve RCR Arquitectes, em Olot, e<br />

o Diogo Aguiar nos UNStudio, em Amesterdão.<br />

Actualmente, estão a desenvolver alguns projectos<br />

ao mesmo tempo que tentam dar resposta<br />

aos inúmeros pedidos para publicação<br />

do bar temporário em revistas e livros de arquitectura.<br />

Está também em preparação um<br />

‘workshop’ sobre estruturas arquitectónicas<br />

de carácter temporário que vão leccionar<br />

numa universidade em Monterrey, México,<br />

nosiníciosJunho.Eaindaoprojectodeumpavilhão<br />

para a Semana do Design, para ser construídoemSetembro.<br />

Enquanto a empresa não é criada, Teresa e<br />

Diogo desenvolveram uma marca e o ‘site’ – os<br />

Like Architects (www.likearchitects.com) -<br />

para que os projectos passem a estar acessíveis<br />

a quem quiser. “A necessidade de criar<br />

esta plataforma virtual advém de uma vontade<br />

conjunta de, no futuro, constituirmos a<br />

nossa própria empresa, à medida que o volume<br />

de trabalho for aumentando”, explica Diogo<br />

Aguiar. Por Sara Piteira Mota<br />

MÁQUINA DO TEMPO<br />

Quando, em 1979, a Sony lançou<br />

o Walkman azul e prateado, modelo<br />

TPS-L2, era impossível prever que<br />

se tivesse iniciado uma revolução<br />

nos hábitos musicais. O aparelho foi<br />

criado no Japão para um dos sócios ,<br />

que queria ouvir ópera durante<br />

o trabalho. Quando o primeiro<br />

aparelho ficou pronto, em Abril<br />

de 1979, os vendedores não ficaram<br />

muito entusiasmados com a ideia,<br />

mas nos primeiros dois anos, foram<br />

vendidos 1,5 milhões de ‘walkman’.<br />

Hoje, os leitores de musica digital<br />

dão-nos música, e permitem ainda<br />

ver fotografias e vídeos.<br />

1979<br />

SONY WALKMAN TPS-L2<br />

CREATIVE ZEN STYLE 300<br />

2010<br />

Armazenamento de 4 GB, 8 GB e 16 GB<br />

Rádio FM, colunas e microfone<br />

Bateria com 32 horas de autonomia<br />

Outras funções: Alarme, relógio, calendário,<br />

personalização de tarefas, visualização de<br />

contactos, botão de atalho .<br />

PVP: € 49,99 a € 89,99


NÃO VIVO SEM...<br />

‘Smartphones’<br />

Katty Xiomara<br />

Criadora de moda<br />

Nascida em 1974 e formada<br />

em design de<br />

moda pelo Citex, Katty<br />

Xiomara é criadora de<br />

moda desde 1997. Com<br />

um nome já bem conhecido<br />

das ‘passerelles’<br />

nacionais, Katty<br />

tem desenvolvido colecções próprias, sendo<br />

presença regular nas semanas da moda em<br />

Lisboa e no Porto. A sensualidade feminina é o<br />

traço que melhor define as suas criações. Ao<br />

longo dos anos, esta criadora de moda tem<br />

conquistado uma presença internacional regular<br />

em vários países, em especial no mercado<br />

asiático. Afinal de contas, faz peças que facilmente<br />

se adaptam ao corpo e estatura da<br />

mulher japonesa, chinesa ou coreana.<br />

Com tantas viagens e deslocações, Katty<br />

Xiomara não dispensa os seus ‘smartphones’.<br />

Actualmente tem dois: um da Nokia e outro<br />

da Apple. Mas confessa que o telemóvel da<br />

Apple – o iPhone – é o que mais usa. Mesmo<br />

com os ‘smarphones’ na carteira, confessa que<br />

existem outros equipamentos tecnológicos<br />

que desejava ter. Para a ajudar no seu trabalho<br />

Katty explica que seria ideal ter um ‘desktop’<br />

com um bom ecrã, de preferência táctil. “Sobretudo<br />

depois de ver o modelo da HP com<br />

ecrã de 20 polegadas, ideal para designers”,<br />

diz a criadora. Para a casa diz que ainda lhe faz<br />

falta um sistema de ‘home media center’.<br />

EntreospróximosdesafiosestájáconfirmadaasuapresençanaMagic,importantefeirade<br />

têxteis, moda e acessórios que decorre em Las<br />

Vegas,emAgostodesteano. Por CarlosToméSousa<br />

1<br />

Katty Xiomara,<br />

não dispensa<br />

‘smartphones’,<br />

o ‘gadget’ ideal<br />

no dia-a-dia<br />

e nas suas<br />

viagens.<br />

1. ‘Gadget’ indispensável<br />

O ‘smartphone’éo‘gadget’indispensável para Katty Xiomara,<br />

que tem dois, um da Nokia e outro da Apple, sendo que é<br />

o último modelo do iPhone da Apple que mais usa.<br />

2. Equipamento improvável<br />

Um computador ‘desktop’ e com ecrá táctil com 20 polegadas.<br />

3. ‘Gadget’ de sonho<br />

Um ‘home media center’.<br />

EXTRAS INOVAÇÃO&TECNOLOGIA VII<br />

Opinião<br />

Luís Paulo Salvado<br />

Reduçãodo‘gap’<br />

científico<br />

Já aqui deixei a minha convicção de<br />

que os próximos 20 anos podem ser<br />

muito mais prósperos do que as<br />

duas últimas décadas. Portugal<br />

pode vir a tirar bom partido das oportunidades<br />

criadas pela retoma económica. Mas,<br />

se Portugal reúne condições específicas<br />

para enfrentar os novos paradigmas dos<br />

mercados globalizados – que vão desde a reconhecida<br />

abertura dos portugueses à inovação<br />

até à sofisticação de serviços tão importantes<br />

como a Banca ou os operadores<br />

de Telecomunicações – a verdade é que ainda<br />

lhe faltarão algumas valências para se<br />

poder assumir como um País ganhador. E<br />

não me refiro à sempre tão agitada questão<br />

da falta de planeamento, à tão badalada ausência<br />

da chamada linha estratégica de desenvolvimento,<br />

como se, neste mundo cada<br />

vez mais dinâmico e imprevisível, o planeamento<br />

centralizado fosse a solução…<br />

“As valências de que<br />

carecemos situam-se mais<br />

ao nível das competências<br />

e das atitudes.”<br />

De facto, as valências de que carecemos<br />

situam-se mais ao nível das competência e<br />

das atitudes. Quer isto dizer que precisamos<br />

muito mais de ‘enabling’ potenciador<br />

de competência ou de atitudes inovadoras<br />

do que de um dirigismo controlador apostado<br />

em impor soluções pretensamente<br />

iluminadas.<br />

Curiosamente, ficámos a conhecer por<br />

estes dias um bem sucedido exemplo deste<br />

‘enabling’ potenciador: o aumento estrutural<br />

do nosso I&D e da capacidade científica.<br />

Os dados revelados evidenciam que, através<br />

de um conjunto coerente e articulado de políticas,<br />

foi possível, em poucos anos, dobrar<br />

o nº de investigadores portugueses por mil<br />

trabalhadores e a percentagem do PIB investida<br />

em I&D, permitindo-nos ultrapassar<br />

países tradicionalmente à nossa frente<br />

como a Itália, a Espanha e a Irlanda. Na base<br />

deste sucesso está uma visão clara sobre a<br />

necessidade de reduzir o gap científico nacional<br />

face aos países mais avançados, traduzido<br />

em políticas concretas de que são<br />

exemplo a alteração do modelo de financiamento<br />

das universidades, impelindo-as a<br />

trabalhar mais com o tecido empresarial<br />

para garantirem receitas próprias, ou ainda<br />

o estabelecimento de parcerias com entidades<br />

científicas de excelência mundial em diferentes<br />

áreas (MIT, Harvard Medical<br />

Scool, CMU), bem como a concessão de benefícios<br />

fiscais à investigação e à contratação<br />

de cientistas pelas empresas.<br />

São pois intervenções deste género, impulsionadoras<br />

de uma capacitação estruturante,<br />

que importa concretizar na superação das debilidades<br />

mais sensíveis que o País ainda enfrenta.<br />

Presidente executivo da Novabase<br />

Quinta-Feira – 29.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>


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NOTA 15 – OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS<br />

Esta rubrica no fi nal do exercício de 2009 é analisada como se segue:<br />

O movimento desta rubrica foi o seguinte:<br />

O movimento desta rubrica foi o seguinte:<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Imóveis<br />

De serviço próprio<br />

Edifícios 287.911 287.911<br />

Terrenos 95.970 95.970<br />

Obras em imóveis arrendados<br />

383.881<br />

Equipamento<br />

383.881<br />

Mobiliário e material 39.559 29.627<br />

Máquinas e ferramentas 173 442<br />

Equipamento informático 36.978 56.686<br />

Instalações interiores 64.217 65.494<br />

Material de transporte 0 44.948<br />

Outro equipamento 1.656 1.680<br />

Imobilizado em curso<br />

Imóvel<br />

142.583 198.878<br />

526.464 582.759<br />

Depreciação acumulada (66.000) (122.858)<br />

Valor líquido 460.465 459.901<br />

NOTA 17 – OUTROS ACTIVOS<br />

Esta rubrica “Outros activos” no fi nal de 2009 decompõem-se da seguinte forma:<br />

Imóveis Equipamento Imob. em curso Total<br />

Saldo líquido a 31-12-2007 379.563 110.671 490.234<br />

Adições 7.337 7.337<br />

Abates/vendas (30.950) (30.950)<br />

Amortizações do período (5.758) (31.911) (37.669)<br />

Transferências 30.950 30.950<br />

Saldo líquido a 31-12-2008 373.804 86.097 459.901<br />

Adições 27.867 27.867<br />

Abates/vendas (84.162) (84.162)<br />

Amortizações do período (5.758) (21.546) (27.304)<br />

Transferências 84.162 84.162<br />

Saldo líquido a 31-12-2009 368.046 92.418 460.465<br />

NOTA 16 – ACTIVOS INTANGÍVEIS<br />

Esta rubrica no fi nal do exercício de 2009 é analisada como se segue:<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Despesas de instalação 0,00<br />

Outros activos intangíveis 1.210 1.210<br />

1.210 1.210<br />

Depreciação acumulada (1.210) (840)<br />

Valor líquido 0 370<br />

(€)<br />

Despesas Outros<br />

de activos Total<br />

instalação intangíveis<br />

Saldo líquido a 31-12-2007 773 773<br />

Adições 0<br />

Abates/vendas 0<br />

Amortizações do período (403) (403)<br />

Transferências 0,00<br />

Saldo líquido a 31-12-2008<br />

Adições<br />

Abates/vendas<br />

0 370 370<br />

Amortizações do período<br />

Transferências<br />

(370) (370)<br />

Saldo líquido a 31-12-2009 0 0 0<br />

(€)<br />

31-12-2009 31-12-2008<br />

Devedores e Outras<br />

Aplicações<br />

Outros devedores diversos<br />

Outros rendimentos a<br />

receber<br />

Comissão de Gestão 510.995 68.453<br />

Avaliações - FIEAE<br />

Outras despesas com<br />

encargo diferido<br />

16.194<br />

Seguros 2.432 1.770<br />

Medicina no trabalho 39 36<br />

Condomínio 0 0<br />

Assistência a equipamento informático 0 0<br />

Publicações 94 94<br />

Deslocações, estadas e<br />

representação<br />

1.826<br />

TOTAL 531.580 70.353<br />

Esta rubrica apresenta um crescimento de 70.353 €, em 2008, para 531.580 € em 2009, devido essencialmente à Comissão de Gestão do FIEAE<br />

que ainda não foi recebida. Refi ra-se que esta comissão é paga trimestralmente, daí que, em 31 de Dezembro de 2009, o seu valor (441.096 €)<br />

seja mais elevado que a dos restantes Fundos.<br />

NOTA 18 – IMPOSTOS<br />

A sociedade encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e à correspondente derrama. O<br />

cálculo do imposto corrente do exercício de 2009 foi apurado com base numa taxa nominal de imposto de 25% e de derrama de 1,5% sobre o lucro<br />

tributável, de acordo com a alteração introduzida pelo Orçamento de Estado para 2009.<br />

A carga fi scal corrente da sociedade pode ser analisados como se segue:<br />

(€)<br />

31-12-2009 31-12-2008<br />

Carga fiscal imputada<br />

Carga fiscal paga<br />

125.333 93.358<br />

Imposto retido 4.851<br />

Pagamentos por conta 69.837 62.664<br />

Carga fical a pagar<br />

Carga fiscal a receber<br />

55.496 25.843<br />

NOTA 19 – OUTROS PASSIVOS<br />

A rubrica “Outros passivos” a 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 é analisada como se segue:<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Credores e outros recursos<br />

Sector público administrativo<br />

Credores diversos<br />

31.064 5.301<br />

Outros credores<br />

Encargos a pagar<br />

Outros custos a pagar<br />

252.602 10.929<br />

Gastos com pessoal 48.194 36.181<br />

Gastos gerais administrativos 3.611 27.392<br />

335.472 79.803<br />

A rubrica de Outros passivos registou um crescimento de 79.803 €, em 2008, para 335.472 €, em 2009, devido essencialmente à evolução da<br />

subrubrica “Outros credores” que a 31 de Dezembro de 2009 inclui valores facturados mas não pagos, referentes às avaliações dos projectos do<br />

FIEAE prestados pelas empresas de consultoria.<br />

A rubrica de “Gastos com pessoal” contém encargos com remunerações a pagar aos empregados, nomeadamente, férias e subsídio de férias e prémios<br />

de desempenho. As férias e subsídio de férias da Comissão Executiva são considerados custo no exercício em que usufruem desse direito.<br />

Na rubrica de “Gastos gerais administrativos” estão refl ectidos encargos com a revisão ofi cial de contas/auditoria, a taxa mensal de supervisão da CMVM,<br />

comunicações, serviço BPnet, aluguer operacional de veículos, taxa da CML com a conservação de esgotos, cargo de vogal no CA da CGD e o IMI.<br />

NOTA 20 – CAPITAL SUBSCRITO<br />

O capital subscrito e realizado por diferentes accionistas está representado por 75.000 acções de valor nominal de cinco euros cada, distribuídos<br />

da seguinte forma:<br />

(€)<br />

% Nº de acções Valor<br />

Turismo de Portugal, ip<br />

31-12-2009 53,20 39.900 199.500<br />

31-12-2008<br />

Caixa Geral de Depósitos<br />

53,20 39.900 199.500<br />

31-12-2009 33,47 25.100 125.500<br />

31-12-2008<br />

Banco Espírito Santo<br />

33,47 25.100 125.500<br />

31-12-2009 13,33 10.000 50.000<br />

31-12-2008 13,33 10.000 50.000<br />

100,00 75.000 375.000<br />

NOTA 21 – RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS<br />

Reserva Legal<br />

A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumuladas ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao sector bancário,<br />

nomeadamente o art. 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10%<br />

do lucro líquido anual, até à concorrência do capital.<br />

Reservas de Justo Valor<br />

As reservas de justo valor representam as mais ou menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda, líquidas da<br />

imparidade reconhecida em resultados no exercício.<br />

Os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes:<br />

(€)<br />

Reservas de Justo Valor Out. Reservas e Resultados Transitados<br />

Activos<br />

Financ. Disp<br />

p/a venda<br />

Reserva por<br />

Impostos<br />

diferidos<br />

NOTA 22 – ADMINISTRAÇÃO DE FUNDOS<br />

A Sociedade tem autorização para administrar em nome próprio mas por conta de outrem o FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO TURÍS-<br />

TICO, o FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO TURÍSTICO II e o FUNDO IMOBILIÁRIO ESPECIAL DE APOIO ÀS EMPRESAS.<br />

O Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico iniciou a sua actividade em Novembro de 1995, o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado<br />

Turístico II em 24 de Abril de 2000 e o Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas em 17 de Julho de 2009.<br />

Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 os principais dados fi nanceiros relativos ao Fundos geridos pela Sociedade podem ser<br />

resumidos na tabela abaixo:<br />

NOTA 23 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROVEITOS POR MERCADOS GEOGRÁFICOS<br />

Todos os proveitos, realizados durante o anos de 2009 e de 2008, tiveram origem no mercado nacional e resultaram de um único segmento de<br />

negócio – Gestão de Activos, nomeadamente a gestão de três fundos de investimento imobiliário.<br />

NOTA 24 – CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS<br />

As demonstrações fi nanceiras da Turismo Fundos são incluídas nas demonstrações fi nanceiras consolidadas da Caixa Geral de Depósitos, instituição<br />

com sede na Av. João XXI, 63 em Lisboa, cujas demonstrações fi nanceiras podem ser obtidas na Conservatória do Registo Comercial.<br />

Relatório e Parecer do Conselho Fiscal<br />

Senhores Accionistas,<br />

1 Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a actividade fi scalizadora desenvolvida e damos parecer sobre<br />

o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras apresentados pelo Conselho de Administração da TF Turismo Fundos – Sociedade Gestora de<br />

Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. (Sociedade Gestora) relativamente ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2009.<br />

2 No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a actividade da Sociedade Gestora. Verifi<br />

cámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos também pela observância da lei e dos estatutos.<br />

3 Verifi cámos ainda a efi cácia do sistema de controlo interno, incluindo o sistema de gestão de risco e de auditoria interna, apenas na medida em que<br />

os controlos sejam relevantes para o controlo da actividade da Sociedade Gestora e apresentação das demonstrações fi nanceiras. Deste trabalho,<br />

efectuado também para dar cumprimento ao previsto na alínea a) do nº 5 do artigo 25º do Aviso nº 5/2008 do Banco de Portugal, resultaram os<br />

reparos incluídos no Parecer do Conselho Fiscal sobre a adequação e a efi cácia do Sistema de Controlo Interno datado de 29 de Junho de 2009.<br />

4 Acompanhámos igualmente os trabalhos desenvolvidos por PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas,<br />

Lda., Revisores Ofi ciais de Contas da Sociedade Gestora e dos Fundos sob a sua gestão, e apreciámos a Certifi cação Legal das Contas da Sociedade<br />

Gestora e os Relatórios de Auditoria sobre a Informação Financeira Anual dos Fundos, com os quais concordamos.<br />

5 No âmbito das nossas funções verifi cámos que:<br />

i) o Balanço, a Demonstração dos resultados, a Demonstração dos fl uxos de caixa e a Demonstração de alterações no capital próprio e o correspondente<br />

Anexo permitem uma adequada compreensão da situação fi nanceira da Sociedade Gestora, dos seus resultados, dos fl uxos de caixa e<br />

das alterações no capital próprio;<br />

ii) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados;<br />

iii) o Relatório de Gestão é sufi cientemente esclarecedor da evolução dos negócios e da situação da Sociedade Gestora, evidenciando os aspectos<br />

mais signifi cativos;<br />

iv) a proposta de aplicação de resultados não contraria as disposições legais e estatutárias aplicáveis.<br />

6 Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de Administração e Serviços e as conclusões constantes da Certifi<br />

cação Legal das Contas, somos do parecer que:<br />

i) seja aprovado o Relatório de Gestão;<br />

ii) sejam aprovadas as Demonstrações Financeiras;<br />

iii) seja aprovada a proposta de aplicação de resultados.<br />

Lisboa, 22 de Março de 2010<br />

O Presidente do Conselho Fiscal<br />

Serafi m Ribeiro Amorim<br />

O Vogal<br />

Licínio Gabriel Cruz Dias Calado<br />

O Vogal Revisor Ofi cial de Contas<br />

O Revisor Ofi cial de Contas Executor<br />

Isabel Maria Martins Medeiros Rodrigues, R.O.C.<br />

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas, Lda., representada por:<br />

António Alberto Henriques Assis, R.O.C.<br />

Certifi cação Legal das Contas<br />

Introdução<br />

1 Examinámos as demonstrações fi nanceiras da TF Turismo Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., as quais compreendem<br />

o Balanço em 31 de Dezembro de 2009, (que evidencia um total de €1.953.591 e um total de capital próprio de €1.562.624, incluindo<br />

um resultado líquido de €357.994), a Demonstrações dos resultados, dos fl uxos de caixa e de alterações no capital próprio do exercício fi ndo naquela<br />

data e o correspondente Anexo. Estas demonstrações fi nanceiras foram preparadas em conformidade com as Normas de Contabilidade Ajustadas<br />

introduzidas pelo Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, as quais têm por base as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) em vigor, tal<br />

como adoptadas na União Europeia, com as excepções previstas nos Avisos nº1/2005, nº 4/2005 e nº 7/2008 do Banco de Portugal.<br />

Responsabilidades<br />

2 É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações fi nanceiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada<br />

a posição fi nanceira da Empresa, o resultado das suas operações, os fl uxos de caixa e as alterações no capital próprio, bem como a adopção de<br />

políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.<br />

3 A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profi ssional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações<br />

fi nanceiras.<br />

Âmbito<br />

4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores<br />

Ofi ciais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as<br />

demonstrações fi nanceiras não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verifi cação, numa base de<br />

amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações fi nanceiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e<br />

critérios defi nidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas<br />

adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verifi cação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação<br />

sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações fi nanceiras.<br />

5 O nosso exame abrangeu também a verifi cação da concordância da informação fi nanceira constante do relatório de gestão com as demonstrações<br />

fi nanceiras.<br />

6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.<br />

Opinião<br />

7 Em nossa opinião as referidas demonstrações fi nanceiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente<br />

relevantes, a posição fi nanceira da TF Turismo Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., em 31 de Dezembro de<br />

2009, o resultado das suas operações, os fl uxos de caixa e as alterações no capital próprio no exercício fi ndo naquela data, em conformidade com<br />

as Normas de Contabilidade Ajustadas emitidas pelo Banco de Portugal.<br />

Lisboa, 22 de Março de 2010<br />

O Revisor Ofi cial de Contas Executor<br />

Isabel Maria Martins Medeiros Rodrigues, R.O.C.<br />

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Ofi ciais de Contas, Lda.<br />

representada por:<br />

António Alberto Henriques Assis, R.O.C.<br />

Reserva<br />

Legal<br />

Out. Reservas<br />

e Result.<br />

Transitados Total<br />

Saldo em 31-12-2007 390 -230 234.513 492.524 727.196<br />

Alterações de justo valor -390 230 -160<br />

Constituição de reservas 20.917 28.253 49.170<br />

Saldo em 31-12-2008 0 0 255.430 520.777 776.206<br />

Alterações de justo valor 0<br />

Constituição de reservas 23.342 30.081 53.423<br />

Saldo em 31-12-2009 0 0 278.772 550.858 829.630<br />

31-12-2009<br />

(€)<br />

31-12-2008<br />

Fundo Investimento Imobiliário Fechado Turístico<br />

Total do activo 36.078.504 36.749.532<br />

Total do capital do Fundo 35.702.733 36.221.255<br />

Valor das unidades de participação 7,1405 7,2443<br />

Unidades de participação em circulação<br />

Fundo Investimento Imobiliário Fechado Turístico II<br />

5.000.000 5.000.000<br />

Total do activo 75.267.653 73.255.579<br />

Total do capital do Fundo 74.026.202 71.623.458<br />

Valor das unidades de participação 70,0213 67,7485<br />

Unidades de participação em circulação<br />

Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas<br />

1.057.196 1.057.196<br />

Total do activo 101.135.897<br />

Total do capital do Fundo 99.705.565<br />

Valor das unidades de participação 997,0556<br />

Unidades de participação em circulação 100.000<br />

5


30 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

EMPRESAS<br />

Ex-presidente da<br />

Cimpor negoceia<br />

indemnização<br />

para renunciar<br />

António Castro Guerra e Francisco de Lacerda assumem<br />

hoje os destinos da maior empresa industrial portuguesa.<br />

Maria Teixeira Alves<br />

maria.alves@economico.pt<br />

Antes da reunião de accionistas<br />

da Cimpor, agendada para hoje<br />

às 10h30, Jorge Salavessa Moura<br />

já deverá ter apresentado a renúncia<br />

ao cargo de administrador.<br />

O ex-presidente executivo<br />

da cimenteira – indicado pela<br />

construtora Teixeira Duarte<br />

(que entretanto vendeu as suas<br />

acções à Camargo Corrêa) –, estavaontem,atéàhoradefecho<br />

da edição, à beira de um acordo<br />

com os actuais accionistas para<br />

renunciar ao cargo, antes do<br />

termo do seu mandato em 2012,<br />

a troco de uma indemnização<br />

previamente acordada.<br />

Esta decisão deverá marcar o<br />

arranque da assembleia geral de<br />

accionistas da Cimpor que hoje<br />

decorre no Centro de Congressos<br />

de Lisboa, e na qual serão<br />

eleitos os novos administradores<br />

por proposta dos actuais accionistas.<br />

O Diário <strong>Económico</strong><br />

apurou ainda que, ontem, ficou<br />

também definido que Manuel<br />

Faria Blanc se irá manter nos órgãos<br />

sociais da cimenteira.<br />

A confirmar-se este cenário,<br />

isso significa que a destituição<br />

de orgãos sociais (ponto 7 da assembleia)<br />

se aplicará apenas a<br />

Luís Barbosa, que se terá recusado<br />

a aceitar um acordo de renúncia<br />

com os novos accionistas.<br />

A destituição deste administrador<br />

em assembleia implica,<br />

obrigatoriamente, o pagamento<br />

de uma indemnização,<br />

em função do tempo de mandato<br />

que fica por cumprir. Isto poderá<br />

explicar a sua escolha pela<br />

destituição em vez da renúncia.<br />

No ponto 7 da agenda da reunião<br />

de accionistas está ainda<br />

previsto “deliberar, nos termos<br />

do disposto no artigo 403º do<br />

Código das Sociedades Comerciais,<br />

sobre a eventual destituição<br />

de membros do órgão de<br />

administração da sociedade”.<br />

Uma vez que já todos os outros<br />

gestores – os que não foram<br />

convidados a manter-se no<br />

Conselho de Administração –,<br />

renunciaram, os lugares para os<br />

novos administradores estão<br />

praticamente desimpedidos.<br />

Recorde-se que, no total, saem<br />

cinco dos 15 administradores:<br />

Ricardo Bayão Horta, o primeiro<br />

a renunciar, Pedro Empis,Vicente<br />

Mosquera e José Arteta,<br />

que saíram há duas semanas, e<br />

ainda Jorge Salavessa Moura que<br />

deverá sair hoje.<br />

Pontos na agenda<br />

O ponto 8 da reunião prevê “a<br />

eleição de novos titulares do ór-<br />

ACÇÕES CORRIGEM<br />

As acções da Cimpor seguiram<br />

ontem a tendência de queda do<br />

mercado, recuando 1,58%. Cada<br />

título vale agora 5,30 euros.<br />

5,70<br />

5,35<br />

5,00<br />

28-04-2010<br />

Fonte: Bloomberg.<br />

29-03-2010<br />

gão de administração da sociedade<br />

para o mandato em curso<br />

(2009/2012), em face de renúncias<br />

e ou da eventual destituição<br />

de administradores.<br />

A lista que vai hoje a votos<br />

inclui António Castro Guerra,<br />

para o lugar de ‘chairman’, e<br />

Francisco de Lacerda, que será o<br />

presidente executivo. Entram<br />

ainda João Lopes Raimundo, em<br />

representação do BCP, Edison<br />

Franco e Albrecht Domenech,<br />

nomeados pela Camargo Côrrea,<br />

e Walter Schalka e Álvaro<br />

Veloso, pela Votorantim. José<br />

NevesAdelinoficarácomoindependente.OnovoConselhodeAdministração<br />

manterá 15 membros,<br />

mas nem todos serão levados a<br />

votação, uma vez que parte da<br />

actual lista se manterá no Conselho<br />

de Administração até ao<br />

fimdomandato.Éocasode<br />

António Gomes Mota (independente),<br />

José Fino (em representação<br />

da Investifino), Jorge Tomé<br />

(CGD), Luís Sequeira Martins,<br />

António Varela, Luís Ribeiro<br />

Vaz e Manuel Faria Blanc.<br />

Outra questão “quente” na<br />

assembleia de hoje (ponto 9) é o<br />

pedido de autorização aos accionistas<br />

para que a Cimpor tenha<br />

nos seus órgãos sociais pessoas<br />

que desempenham cargos<br />

em cimenteiras concorrentes. A<br />

Votorantim e a Camargo, recorde-se,<br />

são concorrentes da<br />

Cimpor no Brasil. Esta deliberação<br />

é obrigatória por lei.<br />

Masseosrepresentantesda<br />

Camargo e Votorantim não abdicam<br />

de estar na administração,<br />

o mesmo não se pode dizer<br />

da comissão executiva que<br />

emana deste conselho. O órgão<br />

liderado por Francisco Lacerda<br />

será composto por cinco membros:<br />

António Varela, Luís Sequeira<br />

Martins e Álvaro Veloso<br />

(actualmente da Votorantim,<br />

mas que se desvinculará da empresa).<br />

A Camargo não escolheu<br />

nenhum representante. ■<br />

Após a assembleia geral de hoje,<br />

a Cimpor inicia uma nova etapa<br />

com uma renovada equipa de gestão.<br />

AS NOVAS CARAS À FRENTE DA CIMENTEIRA PORTUGUESA<br />

Uma administração<br />

com sotaque<br />

São oito os novos administradores<br />

que a partir de hoje exercem funções<br />

na Cimpor de um total de 15,<br />

uma vez que sete vão transitar da<br />

anterior equipa. Dos oito novos<br />

gestores, quatro serão brasileiros,<br />

dois em representação da Camargo<br />

Corrêa – José Edison e Albrecht<br />

Domenech – e outros dois<br />

defendendo a Votorantim – Walter<br />

Schalka e Álvaro Veloso. Mas, o<br />

maior poder ficará nas mãos dos<br />

novos CEO, Francisco Lacerda, e<br />

‘chairman’, Castro Guerra.<br />

Castro Guerra<br />

O futuro ‘chairman’ da Cimpor<br />

tem uma carreira associada aos<br />

cargos políticos. Foi presidente<br />

do extinto IAPMEI e secretário<br />

de Estado da Indústria de Manuel<br />

Pinho no último Governo.


LucrodaSemapacresce43,6%<br />

A Semapa obteve lucros de 18,3 milhões de euros no primeiro trimestre<br />

de 2010, mais 43,6% face ao período homólogo do ano passado.<br />

O volume de negócios ascendeu a 365,2 milhões de euros, mais 6,7%,<br />

enquanto o EBITDA foi de 87,1 milhões (mais 19,3%). Os lucros da Secil,<br />

detida em 51% pela Semapa, ascenderam a 5,9 milhões de euros, dos<br />

quais 4,7 milhões foram atribuídos aos accionistas da Semapa. Segundo a<br />

empresa, o aumento dos lucros resultou do aumento do EBITDA.<br />

COM MANDATO ATÉ 2013<br />

Francisco Lacerda<br />

O novo CEO da Cimpor é<br />

licenciado em Administração<br />

e Gestão de Empresas pela<br />

Católica. Vários anos na gestão do<br />

BCP, foi o responsável pela<br />

operação do banco na Polónia.<br />

José Edison<br />

É um dos homens fortes da<br />

Camargo Corrêa, onde se encontra<br />

desde 1996. É membro do Comité<br />

Executivo do grupo desde 2007 e<br />

presidente da administração da<br />

Camargo Corrêa Cimentos.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Cimpor reúne em assembleia geral<br />

de acionistas.<br />

● Incubadora InSerralves organiza<br />

sessões sobre Indústrias Criativas.<br />

● Wolkswagen divulga contas do<br />

primeiro trimestre de 2010, Berlim.<br />

● Novabase reúne em assembleia<br />

geral de accionsitas.<br />

João Paulo Dias<br />

Walter Schalka<br />

Formado pelo Instituto Tecnológico<br />

de Aeronáutica, no Brasil, este<br />

engenheiro entrou em 2005 na<br />

Votorantim para assumir a<br />

presidência da Votorantim<br />

Cimentos, cargo que mantém.<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 31<br />

Futuro continua<br />

em dúvida apesar<br />

dos novos donos<br />

Camargo Corrêa e Votorantim<br />

dividem controlo da empresa.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

A chegada de dois novos accionistas<br />

de dimensão no sector cimenteiro<br />

internacional poderia<br />

ter representado o definitivo estado<br />

de acalmia de que a Cimpor<br />

tem estado afastada nos últimos<br />

anos. Mas, o que salta à primeira<br />

vista, é que a nova estrutura accionista<br />

da empresa não dá garantias<br />

de que o futuro da Cimpor<br />

nos próximos anos seja mais sereno<br />

do que nos últimos meses.<br />

Para já, parece ter-se encontrado<br />

uma solução de compromisso<br />

entre os principais accionistas<br />

da empresa, mas só os próximos<br />

tempos poderão dizer se<br />

esse não é um equilíbrio frágil. De<br />

um lado, está a Votorantim. Do<br />

outro, está a Camargo Corrêa.<br />

Dois gigantes do sector cimenteiro<br />

no Brasil, e um pouco também<br />

a nível mundial. E esta realidade<br />

levanta diversas questões. Quem<br />

vai mandar à séria na Cimpor nos<br />

próximos tempos? Aliado a<br />

quem? Como vai reagir o lado<br />

perdedor? Como é que concorrentes<br />

se vão conseguir entender?Aistoháquejuntarosprotagonistas<br />

nacionais desde a Caixa<br />

(aliada à Votorantim), passando<br />

por Manuel Fino e pelo fundo<br />

de pensões do BCP.<br />

Dúvidas que só o tempo irá<br />

desfazer, mas que são vitais para<br />

o rumo da Cimpor. Não esquecendo<br />

que, quer Votorantim,<br />

quer Camargo Corrêa, são concorrentes<br />

directos da Cimpor no<br />

Brasil. Será natural que qualquer<br />

delas tente limitar ao máximo a<br />

actividade da Cimpor naquele<br />

mercado, tentando tirar benefícios<br />

próprios da situação. Um cenário<br />

que deverá ser acautelado<br />

na assembleia-geral de hoje, com<br />

a possibilidade de travar a entrada<br />

dos administradores brasileirosdaCimpornarespectivacomissão<br />

executiva.<br />

Outro factor decisivo para o<br />

futuro da Cimpor será a decisão<br />

da autoridade brasileira da concorrência,<br />

que há vários anos estuda<br />

indícios de cartelização no<br />

sector brasileiro dos cimentos.<br />

Além da Cimpor, estão a ser investigadas<br />

pelas instituições do<br />

governo de Lula da Silva cerca de<br />

duas dezenas de empresas e instituições,<br />

entre as quais se contam<br />

a Cimpor, Lafarge, Votorantim,<br />

e Camargo Corrêa.<br />

Todas estas quatro cimenteiras<br />

estiveram envolvidas na batalha<br />

pelo controlo accionista da empresa<br />

portuguesa. Essa guerra<br />

deflagrou de forma incontornável,<br />

quando, a 18 de Dezembro<br />

passado, a CSN – Companhia Siderúrgica<br />

Nacional – outro conglomerado<br />

industrial brasileiro –<br />

lançou uma OPA – Oferta Pública<br />

de Aquisição de surpresa à totalidade<br />

do capital social da cimenteira<br />

nacional.<br />

Depois de mais de dois meses<br />

de luta intensa nos bastidores e<br />

de uma revisão de preço em alta,<br />

o grupo de Benjamin Steinbruch<br />

não conseguiu os seus intentos,<br />

tendo aparentemente desistido<br />

da hipótese da Cimpor e procurado<br />

outras alternativas no mercado<br />

internacional. A CSN, no entanto,<br />

poderá sempre voltar à<br />

carga, desde que os principais<br />

accionistas da ‘nova Cimpor’ demonstrem<br />

não se entender.<br />

Aliás, foi esse ambiente de<br />

permanente conflito entre a anterior<br />

estrutura accionista da cimenteira<br />

portuguesa que levou<br />

Benjamin Steinbruch a avançar<br />

para a referida OPA, conforme<br />

Benjamin Steinbruch confidenciou<br />

em diversas declarações ao<br />

Diário <strong>Económico</strong>.<br />

Todasestasdúvidasdosúltimos<br />

anos resultaram numa travagem<br />

significativa da estratégia de<br />

expansão da vertente internacional<br />

da empresa, uma vez que desde<br />

2008 que não entra em nenhum<br />

novo mercado. Este é um<br />

factoessencialnodesenvolvimento<br />

da Cimpor, uma vez que os<br />

mercados de construção e obras<br />

públicas interno e de Espanha se<br />

encontram em grande contracção<br />

desdeháváriosanos.■<br />

Cimpor, Camargo<br />

Corrêa e Votorantim<br />

aguardam uma<br />

decisão da autoridade<br />

brasileira<br />

da concorrência<br />

sobre alegada prática<br />

de cartelização<br />

no sector<br />

dos cimentos.


32 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

EMPRESAS<br />

ENERGIA<br />

Gás Natural Fenosa lucra 386 milhões<br />

no primeiro trimestre de 2010<br />

A Gás Natural Fenosa obteve um lucro líquido de 386 milhões de euros<br />

no primeiro trimestre de 2010, mais 9,4% que em igual período do ano<br />

passado. Estes resultados surgem num contexto marcado pelo início<br />

da recuperação da procura energética em Espanha, mas também pela<br />

volatilidade significativa dos preços da energia, dos mercados cambiais<br />

e dos financeiros. O EBITDA consolidado do primeiro trimestre de 2010<br />

ascendeu a 1.296 milhões de euros, aumentando 77,5%.<br />

O Renault Megane ganhou a carros<br />

como o VW Golf Variant TDI.<br />

GESTÃO DE FROTAS<br />

PRODUÇÃO DA SHARAN COMEÇA “BREVEMENTE” E QUATRO SEMANAS DEPOIS COMEÇA A PRODUÇÃO DA ALHAMBRA<br />

Marina Conceição<br />

marina.conceicao@economico.pt<br />

A meta repete-se e continua<br />

sem ser alcançada: produzir 100<br />

mil carros por ano. O director-<br />

-geral da fábrica, Andreas<br />

Hinrichs, acredita que este ano<br />

“a produção vai crescer 20% em<br />

relação ao ano passado e ultrapassar<br />

os 100 mil carros”.<br />

Um crescimento baseado no<br />

início de produção do novo monovolume<br />

Sharan, que “será o<br />

modelo mais produzido da fábrica”,<br />

ultrapassando os números<br />

do Eos e do Scirocco.<br />

O ambicionado quarto modelo,queseráasalvaçãodafábrica<br />

em Portugal, ainda não<br />

está nos planos da empresa.<br />

“Não vamos conseguir anunciar<br />

o quarto modelo este ano. A decisão<br />

pode ser tomada este ano,<br />

mas não será anunciada”, avan-<br />

çou ontem o director-geral da<br />

fábrica de Palmela em conferência<br />

de imprensa. No entanto,<br />

o responsável diz estar “a lutar<br />

pelo quarto modelo”, já que “de<br />

dois em dois anos, a Autoeuropa<br />

lança um carro novo”.<br />

Para acompanhar este crescimento<br />

de produção, a fábrica<br />

portuguesa do grupo alemão<br />

Volkswagen vai contratar “mais<br />

de 100 trabalhadores este ano,<br />

mesmo que sejam temporários”,<br />

explicou Andreas<br />

Hinrichs.<br />

Em 2009, a maior fábrica automóvel<br />

portuguesa dispensou<br />

250 trabalhadores temporários<br />

terminando o ano com 2.992<br />

colaboradores, menos 1,2% do<br />

que em 2008. Uma medida tomada<br />

para fazer face à crise<br />

económica que assolou a Europa<br />

em 2008 e 2009 e que afectou<br />

profundamente o sector auto-<br />

Clientes da LeasePlan elegem Renault<br />

Megane e Seat Exeo os “Carros Frota 2010”<br />

A LeasePlan, líder em aluguer operacional de veículos e gestão de<br />

frotas, elegeu o Renault Megane e o Seat Exeo como “Carro Frota<br />

2010”, nas categorias de pequeno familiar e médio familiar,<br />

respectivamente. O Renault superou a concorrência, em pequenos<br />

familiares, composta pelo VW Golf Variant TDI Confortline, Opel Astra<br />

Cosmo CDTi MY10 e o Toyota Auris 1.4. Já o Seat bateu o C5 Tourer 1.6,<br />

Opel Insignia Sport Tourer e Toyota Avensis 2.0 em veículos médios.<br />

A Autoeuropa vai começar a produzir o novo monovolume Sharan “brevemente”, assegurou Andreas Hinrichs, director-geral da fábrica de<br />

Palmela.Segundo o responsável, a Sharan transformar-se-á no principal carro em produção na fábrica portuguesa. Quatro semanas depois do<br />

início da produção do monovolumeéavezdanovaAlhambraterlugardedestaquenalinhadeproduçãodaAutoeuropa.<br />

Produção da Autoeuropa vai crescer<br />

20% sem quarto modelo à vista<br />

No ano passado, as vendas caíram 16% e o resultado antes de impostos desceu 42%.<br />

FORNECEDORES<br />

79 nacionais<br />

A fábrica de Palmela conseguiu<br />

angariar cinco novos<br />

fornecedores nacionais no<br />

primeiro trimestre deste ano. No<br />

ano passado, segundo dados da<br />

empresa, a incorporação nacional<br />

passou de 55% para 57%.<br />

TRABALHADORES<br />

32,7 carros<br />

A produtividade dos<br />

trabalhadores subiu 2%, o que<br />

quer dizer que cada trabalhador<br />

produzia 32, 1 carros por ano em<br />

2008 enquanto que o ano<br />

passado o número subiu para<br />

32,7 carros por colaborador.<br />

móvel. Uma crise espelhada<br />

também nos resultados financeiros<br />

da Autoeuropa. No ano<br />

passado, a fábrica de Palmela<br />

facturou 1,3 mil milhões de euros,<br />

menos 16% do que em<br />

2008. Já os resultados antes de<br />

impostos atingiram os 20,7 milhões<br />

de euros, o que corresponde<br />

a uma queda de 42% face<br />

a 2008. Números que deixam o<br />

director-geral satisfeito. “Apesar<br />

da crise, conseguimos ganhar<br />

dinheiro e evitar despedimentos<br />

de trabalhadores e o<br />

‘lay-off’ [redução temporária<br />

do tempo do trabalho]”, sublinhou<br />

Hinrichs.<br />

Ao Diário <strong>Económico</strong> o director-geral<br />

da fábrica disse que<br />

“paraesteanonãoestáprevisto<br />

avançar com medidas de ‘layoff’<br />

nem mais ‘down days’ [paragens<br />

remuneradas]”, já que<br />

este ano já se realizaram dois<br />

João Paulo Dias<br />

‘down days’ e está previsto mais<br />

um. Neste momento, a Autoeuropa<br />

continua em negociações<br />

com os trabalhadores para apelar<br />

à maior necessidade de flexibilidade<br />

laboral, ou seja, “que se<br />

trabalhe ao sábado quando há<br />

maior procura e que se tenha<br />

semanas de quatro dias na altura<br />

de menor procura”, explicou<br />

o director de recursos humanos.<br />

“Queremos aumentar a flexibilidade,<br />

queremos ser a fábrica<br />

europeia mais atractiva da<br />

Volkswagen”, disse Andreas<br />

Hinrichs. Para isso, é preciso reduzir<br />

os custos, principalmente<br />

os que estão relacionados com o<br />

transporte de componentes. A<br />

incorporação nacional de componentes<br />

subiu de 55% para<br />

57%. Além disso, a Autoeuropa<br />

conseguiu angariar mais cinco<br />

fornecedores nacionais no primeiro<br />

trimestre deste ano.■


INDÚSTRIA<br />

Operários da Kemet Electronics voltam<br />

à greve para reinvindicar aumentos<br />

Os operários da fábrica de Évora da multinacional norte-americana<br />

Kemet Electronics vão cumprir uma greve parcial hoje e amanhã para<br />

exigir aumentos salariais e a atribuição de 22 dias úteis de férias, disse<br />

fonte sindical. Com quase 400 trabalhadores, a fábrica de Évora da<br />

multinacional norte-americana Kemet Electronics produz<br />

condensadores de tântalo, componentes utilizados na produção de<br />

telemóveis e em equipamentos electrónicos para a indústria automóvel.<br />

Filipe Alves<br />

filipe.alves@economico.pt<br />

A ‘guerra’ jurídica entre a Zon<br />

MultimediaeaCabovisãoconheceu<br />

um novo desenvolvimento. A<br />

operadora dona da TV Cabo, que<br />

é alvo de uma queixa dos canadianos<br />

junto dos reguladores,<br />

contra-atacou conquistando o<br />

principal estratega da Cabovisão<br />

para as questões jurídicas.<br />

Fonte oficial da Zon confirmou<br />

que, no início de Fevereiro,<br />

a empresa contratou os serviços<br />

de Paulo Valente, que até<br />

recentemente era director de<br />

assuntos jurídicos da Cabovisão.“Éomercadoafuncionar”,<br />

explicou a mesma fonte.<br />

PUB<br />

Desta forma, a Zon atraiu<br />

para o seu campo um dos principais<br />

responsáveis pela queixa<br />

que foi apresentada pelo grupo<br />

canadiano na Autoridade da<br />

Concorrência (AdC), em Agosto<br />

do ano passado, por alegado<br />

abuso de posição dominante no<br />

mercado da televisão por subscrição,<br />

que poderá levar a uma<br />

coima de vários milhões de euros.<br />

Paulo Valente está a desempenhar<br />

funções como consultor<br />

externonaáreadaregulação,<br />

embora, por questões deontológicas,seabstenhadequalquer<br />

papel no que toca à Cabovisão.<br />

Questionada sobre se esta situação<br />

confere à Zon alguma<br />

vantagem na disputa em curso,<br />

O Leaf deverá custar 3,76 milhões<br />

de ienes (cerca de 30.190 euros).<br />

a mesma fonte oficial lembrou<br />

que as queixas são elaboradas<br />

por advogados e não apenas pelos<br />

directores jurídicos. Já Paulo<br />

Valente não fez comentários.<br />

Fonte oficial da Cabovisão<br />

mostrou-se tranquila quanto ao<br />

AUTOMÓVEL<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 33<br />

Reservas do carro eléctrico da Nissan<br />

já chegam às 6,5 mil unidades<br />

Passaram-se apenas sete dias após o início das reservas do Nissan Leaf,<br />

mas a fabricante já acumula mais de 6,5 mil pedidos para o carro<br />

eléctrico. E nem o preço 30.190 euros impediu a grande procura. Nas<br />

três primeiras horas de abertura das reservas a Nissan registou 2,7 mil<br />

pedidos. Porém colocar o nome da lista não garante a entrega do Leaf.<br />

O objectivo da Nissan é saber onde haverá maior procura pelo modelo<br />

para concentrar a venda das primeiras unidades nesses locais.<br />

Zon desarma Cabovisão ‘roubando-lhe’ jurista<br />

Paulo Valente foi responsável pela queixa apresentada aos reguladores, em Agosto, contra a Zon.<br />

A operadora<br />

liderada por<br />

Rodrigo Costa foi<br />

alvo de uma<br />

queixa por parte<br />

da concorrente<br />

Cabovisão, que a<br />

acusa de abuso de<br />

posição dominante<br />

no ‘pay-tv’.<br />

processo na AdC. “A queixa foi<br />

produzida por uma equipa de<br />

vários juristas e não depende de<br />

uma pessoa em concreto, como<br />

é natural. A empresa tem uma<br />

nova directora jurídica e de regulação<br />

que está a assumir todos<br />

os temas relevantes nesta<br />

área,semqueamudançadedirector<br />

tenha de ter algum impacto<br />

relevante”, garantiu a<br />

mesma fonte, recusando comentar<br />

a actual situação profissional<br />

de Paulo Valente, que entretanto<br />

foi substituído na Cabovisão<br />

por Daniela Antão.<br />

A Cabovisão, que pertence à<br />

canadiana Cogeco, está a travar<br />

uma dura batalha pela sobrevivência,<br />

num mercado que a<br />

partir da autonomização da PT<br />

Multimedia passou a ser dominado<br />

pela Zon (TV Cabo) e pela<br />

PT (Meo). Nestas circunstâncias,<br />

em 2009 sofreu imparidades<br />

de 298 milhões de euros.<br />

Em Agosto, a Cabovisão<br />

apresentouumaqueixaàAdCeà<br />

ANACOM,naqualacusavaaZon<br />

de abuso de posição dominante,<br />

ao limitar o acesso aos canais<br />

TVI24 e Sport TV. “Acreditamos<br />

que o cliente deve ter a mesma<br />

oferta em todos os operadores, o<br />

que é impossível em Portugal.<br />

Temos de pedir permissão à Zon<br />

para podermos fazer promoções<br />

com a SporTV”, afirmou na altura,<br />

à Lusa, o vice-presidente<br />

da Cabovisão, Jules Grenier. ■


34 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

EMPRESAS<br />

TECNOLOGIA<br />

‘Smartphone’ da Blackberry com<br />

novo sistema operativo até Setembro<br />

A Research in Motion (RIM), fabricante da Blackberry, revelou uma nova<br />

versão do seu sistema operativo para o ‘smartphone’, anunciando que<br />

este será lançado no próximo trimestre. O sistema operativo, O.S. 6.0,<br />

foi bem recebido entre os analistas, segundo a imprensa internacional.<br />

A RIM tem estado a lidar com a concorrência de modelos rivais ao<br />

Blackberry, como o iPhone ou o Nexus One, e este sistema operativo<br />

pode ser uma forma de inverter a tendência.<br />

Metro critica<br />

auditoria<br />

do Tribunal<br />

de Contas<br />

Joaquim Reis reclama poupanças na gestão<br />

da dívida e melhoria na qualidade do serviço.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

Joaquim Reis, presidente cessante<br />

do Metropolitano de Lisboa (ML),<br />

critica algumas das conclusões do<br />

Tribunal de Contas (TC), divulgadas<br />

na passada terça-feira considerando<br />

que houve “esforços que<br />

não foram devidamente avaliados”.<br />

Por isso, e conforme apurou<br />

o Diário <strong>Económico</strong>, a administração<br />

do Metro vai enviar por escrito<br />

as suas reclamações.<br />

Em declarações exclusivas ao<br />

Diário <strong>Económico</strong>, a poucos dias<br />

de assumir a presidência da ‘holding’<br />

estatal Parpública, Joaquim<br />

Reis defende a sua gestão e reclama<br />

ter conseguido poupar ao Estado<br />

português cerca de 100 milhões<br />

de euros só na gestão da dívida<br />

nos últimos três anos.<br />

Apesar de reconhecer que partes<br />

do relatório do TC são “extremamente<br />

positivas para o Metropolitano<br />

de Lisboa porque reconhecemasmelhoriasdequalidade<br />

de serviço prestadas nos últimosseisouseteanos”,Joaquim<br />

Reis está descontente com algumas<br />

omissões do documento.<br />

“É claro que existe uma situação<br />

débil em termos financeiros.<br />

Mas faço notar que a dívida constituída<br />

foi para investimento pesadonaexpansãodarededoMe<br />

Joaquim Reis<br />

lamenta que, apesar<br />

de o Tribunal de<br />

Contas reconhecer o<br />

desenvolvimento<br />

do Metro de Lisboa<br />

na procura de novas<br />

soluções com passes<br />

combinados, isso não<br />

esteja “devidamente<br />

avaliado na<br />

auditoria”.<br />

tro que, em menos de 20 anos,<br />

passou de cerca de sete para mais<br />

de 40 quilómetros de extensão”,<br />

explicaopresidentedoML.<br />

Essa situação teve um evidente<br />

reflexo nas contas. Joaquim Reis<br />

exemplifica: só em 2009, o serviço<br />

da dívida do ML, o que se pagou<br />

em juros, foram quase 100<br />

milhões de euros. Este responsável<br />

faz ainda notar que estamos<br />

perante uma empresa pública de<br />

transportes que prossegue fins<br />

sociais, em que o tarifário praticado<br />

é muito abaixo do custo.<br />

“O que passa sistematicamente<br />

são as análises negativas. E o desempenho<br />

das empresas públicas<br />

de transportes das Áreas Metropolitanas<br />

de Transportes de Lisboa e<br />

do Porto tem sido positivo, nomeadamente<br />

a melhoria da qualidade<br />

de serviço prestado. que tem sido<br />

unanimemente reconhecida pelos<br />

clientes”, desabafa Joaquim Reis.<br />

Depois, o presidente do ML diz que<br />

a questão sobre as fracas receitas<br />

dos passes intermodais colocada<br />

pelo TC não está correcta. “Menos<br />

de 20% das receitas vêm dos passes<br />

intermodais. O grosso vem do passe<br />

social, do bilhete simples e de<br />

um ou dois passes combinados”.<br />

Joaquim Reis lamenta que,<br />

apesar de o TC reconhecer o desenvolvimento<br />

que o ML tem feito<br />

na procura de novas soluções com<br />

passes combinados, isso não esteja<br />

“devidamente avaliado na<br />

auditoria”. O ML tem um sistema<br />

‘pay as you go’, extensível ao<br />

‘Zapping’ [que descarrega o cartão<br />

pré-comprado cada vez que se<br />

faz uma viagem], que está em<br />

prática na Carris, no Metro, na CP<br />

e na Transtejo. “Com a extensão<br />

da bilhética a operadores privados,<br />

prevista para 2011, essa oferta<br />

será universal para todos os<br />

operadores de transportes colectivos<br />

de passageiros da Área Metropolitana<br />

de Lisboa. Este é um<br />

exemplo de que estamos a perseguir<br />

uma maior simplificação do<br />

tarifário, um facto que não é devidamente<br />

reconhecido” pelo TC,<br />

acusa Joaquim Reis. ■<br />

Pina Moura dirige as operações da<br />

espanhola Iberdrola em Portugal.<br />

O Tribunal de Contas publicou<br />

uma auditoria em que alertava para<br />

a “falência técnica” da empresa.<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

JOAQUIM REIS<br />

Presidente do Metropolitano de Lisboa<br />

“Poupámos 100<br />

milhões ao Estado<br />

desde 2007”<br />

Joaquim Reis está a terminar o<br />

seumandatoàfrentedoMetro<br />

deLisboaeacaminhoda<br />

Parpública. Apesar dos<br />

constrangimentos colocados pela<br />

política seguida pelo Estado, o<br />

balanço é positivo.<br />

ENERGIA<br />

Lucros da Iberdrola crescem 16,2% com<br />

aumento da produção de electricidade<br />

A espanhola Iberdrola aumentou em 16,2% o lucro do primeiro<br />

trimestre, atingindo os 921,7 milhões de euros, informou a empresa em<br />

comunicado. A Iberdrola registou neste período um aumento de 15,4%<br />

da produção de electricidade, para 42.454 GWh, tendo o principal<br />

contributo vindo da energia hídrica e eólica. Apenas a produção térmica<br />

limitou o crescimento da espanhola, com um recuo de 5% face ao<br />

primeiro trimestre do ano passado.<br />

OMetrodeLisboaestáem<br />

falência, como indica o<br />

Tribunal de Contas?<br />

O relatório do Tribunal de Contas<br />

pode falar em falência técnica do<br />

Metro de Lisboa, mas é preciso<br />

sublinhar que não estamos em<br />

falência jurídica, porque a<br />

empresa tem meios para honrar<br />

os seus compromissos. Aliás, a<br />

questão da falência técnica não é<br />

exclusiva do Metro de Lisboa.<br />

Também a Carris, a CP, a Refer e<br />

o Metro do Porto, que começou<br />

há menos de 10 anos, estão em<br />

falência técnica. Basta ver as<br />

contas. Isto tem a ver com o<br />

modelo de gestão que tem sido<br />

seguido pelo Estado, há várias<br />

décadas – e, sublinho, há várias<br />

décadas – que sobrecarrega<br />

muito as empresas com o custeio<br />

da dívida.<br />

Qual é a solução?<br />

Além da contratualização e da<br />

Paulo Figueiredo<br />

revisão do tarifário, resta às<br />

administrações reduzir os custos.<br />

E isso tem sido conseguido no<br />

Metro de Lisboa. Passámos de<br />

um EBITDA negativo de 54<br />

milhões de euros em 2005 para<br />

27 milhões de euros negativos<br />

em 2009, ou seja, o Metro de<br />

Lisboa duplicou o seu EBITDA<br />

neste período. Aliás, uma prática<br />

que tem sido conseguida noutras<br />

empresas do sector, como a<br />

Carris, o Metro do Porto, a CP<br />

ou a Transtejo.<br />

Mas essa redução de custos<br />

é significativa?<br />

No Metro de Lisboa, por exemplo,<br />

com a optimização de vários<br />

instrumentos de gestão da dívida,<br />

conseguimos poupar ao Estado<br />

português cerca de 210 milhões<br />

de euros nos últimos três anos.<br />

E esse esforço não foi avaliado,<br />

essa análise não foi feita pelo<br />

Tribunal de Contas. ■ N.M.S.


CONSTRUÇÃO<br />

Visabeira ganha projecto de 1,5 milhões<br />

de euros nos Emirados Árabes Unidos<br />

O Grupo Visabeira foi o escolhido para o fornecimento de materiais de<br />

construção para um projecto em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes<br />

Unidos. Actualmente em construção, foi adjudicado ao grupo por 1,484<br />

milhões de euros. O projecto, que numa primeira fase vai fornecer<br />

material para 98 vivendas, vai contar com pavimentos cerâmicos no<br />

valor de 761 mil euros e cozinhas MOB no valor de 723 mil euros. Até ao<br />

final do projecto serão construídas e equipadas todas as 120 moradias.<br />

Receitas da Brisa<br />

caem por pressão<br />

das SCUT<br />

A concessionária apresentou ontem lucros de 17,7<br />

milhões de euros no primeiro trimestre de 2010.<br />

Hermínia Saraiva<br />

herminia.saraiva@economico.pt<br />

No final de “um trimestre díficil<br />

em termos de tráfego”, a Brisa<br />

disse ontem ao mercado que a<br />

abertura da auto-estrada da<br />

Costa da Prata, concessionada<br />

ao consórcio liderado pela<br />

Mota-Engil em regime Scut<br />

(sem custos para o utilizador)<br />

em Setembro de 2009, continuou<br />

a ter um impacto negativo<br />

nas receitas de portagem nas<br />

concessões da Brisa.<br />

No total, a concessionária de<br />

Vasco de Mello registou no primeiro<br />

trimestre uma quebra de<br />

5% das receitas de portagem,<br />

para os 122,6 milhões, sendo<br />

que o efeito das Scut representou<br />

uma quebra de 3,3%.<br />

Ainda a contribuir para a<br />

BRISA<br />

As acções da Brisa fecharam<br />

ontem com ganhos de 1,86%<br />

para 5,24 euros.<br />

7,0<br />

6,5<br />

6,0<br />

5,5<br />

5,0<br />

28-04-2010<br />

Fonte: Bloomberg<br />

PUB<br />

29-03-2010<br />

desvalorização das receitas estiveram,<br />

de acordo com o comunicado<br />

da empresa ao mercado,<br />

a “degradação do desempenho<br />

da economia portuguesa (...)<br />

assim como do efeito negativo<br />

do deslizamento de terras ocorrido<br />

na CREL (A9), o que motivou<br />

que parte dessa autoestrada<br />

não estivesse aberta ao tráfego”.<br />

Globalmente, as receitas operacionais<br />

da concessionária –<br />

que registaram uma descida de<br />

1%para os 144,9 milhões – acabaram<br />

por ser compensadas pelo<br />

crescimento da facturação com<br />

serviços rodoviários – 44,7%<br />

para 14,9 milhões – e as áreas de<br />

serviço – com a facturação a<br />

crescer 14,3%, para 3,2 milhões.<br />

Nestecenário,oslucrosda<br />

Brisa registaram um crescimento<br />

na ordem dos 5% para os 17,7<br />

milhões de euros, contra os 16,9<br />

milhões registados entre Janeiro<br />

e Março de 2009. O EBITDA<br />

(’cash flow’ operacional) da<br />

Brisa caiu 1,9% para 100,6 milhões<br />

de euros e a margem<br />

EBITDA recuou 0,6 pontos percentuais<br />

para 69,4 milhões “em<br />

virtude da contínua implementação<br />

do controlo dos custos<br />

operacionais face ao menor volume<br />

de receitas cobradas”.<br />

A concessionária reporta ainda<br />

um aumento de 1,4% dos<br />

custos operacionais que chegaram<br />

aos 44,4 milhões, excluindo<br />

amortizações e provisões. A empresa<br />

explica, porém, que<br />

“numa base equivalente, verifica-se<br />

que os custos, na realidade,<br />

decresceram 1,6% excluindo<br />

o impacto da consolidação pelo<br />

método da equivalência patrimonial<br />

na concessão Douro”. ■<br />

Depois do Brasil, o Bolo de Chocolate<br />

avança para Washington e Nova Iorque.<br />

Vasco de Mello, presidente da Brisa,<br />

conta com a introdução de portagens<br />

em três Scuts a partir de 1 de Julho<br />

para recuperar algum tráfego.<br />

INVESTIMENTO<br />

19,7 milhões<br />

No final do primeiro trimestre, o<br />

investimento realizado pela Brisa<br />

chegou aos 19,7 milhões de euros,<br />

uma verba que representa um<br />

crescimento de 18,6% em<br />

relação ao período homólogo.<br />

ALIMENTAÇÃO<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 35<br />

Melhor Bolo de Chocolate do Mundo<br />

chega ao Rio de Janeiro<br />

Carlos Braz Lopes, criador de “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”,<br />

continua a apostar fortemente na expansão do negócio no Brasil. Desta<br />

vez, o Rio de Janeiro é a cidade escolhida para a abertura de mais<br />

uma loja, a sexta no país. O Bolo irá agora animar a gastronomia dos<br />

cariocas, podendo vir a ser adquirido no shopping Rio Design Leblon,<br />

a partir de hoje. Depois do Rio, serão as vezes de Salvador da Bahia,<br />

edeWashingtoneNovaIorque,nosEstadosUnidos.<br />

DÍVIDA<br />

João Paulo Dias<br />

3,3 mil milhões<br />

A dívida financeira consolidada<br />

da Brisa atingiu no final de Março<br />

os 3,332 mil milhões de euros,<br />

um valor que representa uma<br />

melhoria de 12 milhões face a<br />

Dezembro de 2009.<br />

Jerónimo<br />

Martins<br />

cresce 30%<br />

Polónia representa 55,6% das<br />

vendas totais do grupo.<br />

Marina Conceição<br />

marina.conceicao@economico.pt<br />

A Polónia, a mina de ouro da Jerónimo<br />

Martins, continua a não<br />

desiludir a família Soares dos<br />

Santos. As vendas na cadeia de<br />

‘discount’ polaca Biedronka<br />

cresceram 36,7%, representando<br />

já 55,6% do total dos 1,95 mil<br />

milhões de euros que a empresa<br />

facturou no primeiro trimestre<br />

deste ano.<br />

Um valor que representa um<br />

crescimento de 21,8% em comparação<br />

com as vendas do primeiro<br />

trimestre de 2009, avança<br />

a empresa em comunicado<br />

divulgado ontem.<br />

Já o resultado líquido da<br />

maior retalhista alimentar portuguesa<br />

registou um crescimento<br />

de 30% nos primeiros três<br />

meses deste ano, atingindo os<br />

42,3 milhões de euros. No entanto,<br />

o lucro ficou ligeiramente<br />

abaixo das previsões dos analistasqueestimavamumresultado<br />

líquido de 44 milhões de euros.■<br />

ACÇÕES CAEM 3,26%<br />

8,5<br />

7,5<br />

6,5<br />

28-04-2010<br />

Fonte: Bloomberg<br />

29-03-2010


36 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

EMPRESAS<br />

TURISMO<br />

Turismo do Alentejo quer Balcão Único<br />

para investimentos no Parque Natural<br />

ATurismodoAlentejodefendeuontemacriaçãodeumBalcãoÚnico<br />

para os processos de investimento no Parque Natural do Sudoeste<br />

Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) e a alteração de várias<br />

restrições a novos empreendimentos turísticos. Recordando que a<br />

revisão do Plano de Ordenamento do PNSACV está em discussão<br />

pública até ao final deste mês, a Entidade Regional de Turismo do<br />

Alentejo, após ouvir várias entidades, tomou uma posição pública.<br />

Reditus lança<br />

nova área<br />

de serviços<br />

para empresas<br />

A aposta passa pelo ‘outsourcing’ de<br />

tecnologia para concorrer com multinacionais.<br />

Cátia Simões<br />

catia.simoes@economico.pt<br />

A portuguesa Reditus quer ganhar<br />

espaço na área de prestação<br />

de serviços tecnológicos a<br />

empresas, concorrendo com<br />

multinacionais que já estão instaladas<br />

em Portugal.<br />

Por isso mesmo, a empresa –<br />

que opera na área de prestação<br />

de serviços e gestão tecnológica<br />

– lançou ontem uma nova área<br />

de negócio, dedicada ao IT<br />

Outsourcing, ou seja, “a gestão<br />

do parque informático e centros<br />

de dados dos clientes”, explica,<br />

em entrevista ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />

Miguel Ferreira, presidente<br />

executivo da empresa. O<br />

objectivo é trazer algum “valor<br />

acrescentado” ao serviço já<br />

prestado por empresas concorrentes<br />

nesta área, como a PT, a<br />

IBM ou a HP.<br />

A Reditus, que no ano passado<br />

lucrou 1,1 milhões de euros e<br />

atingiu um volume de negócios<br />

de mais de 100 milhões de eu-<br />

OUTRAS ÁREAS<br />

● No IT Consulting, a Reditus<br />

presta serviços de consultoria<br />

no que toca a tecnologias de<br />

informação e implementação<br />

de sistemas.<br />

● As soluções de engenharia<br />

da empresa estão na área de<br />

Engenharia e Mobilidade, onde<br />

se desenvolvem soluções para<br />

a montagem de semicondutores<br />

e outros componentes e ainda a<br />

personalização de documentos<br />

financeiros.<br />

● BPO, ou Business Process<br />

Outsourcing, opera na área de<br />

gestão de suporte de negócio,<br />

com o tratamento de dados.<br />

ros,aumentouopesodaáreade<br />

‘outsourcing’, que já representa<br />

47% do total da facturação.<br />

Miguel Ferreira defende que<br />

“há espaço em Portugal para estes<br />

serviços. Há uma maior necessidade<br />

de consumo, espaço e<br />

armazenamento e a pressão sobre<br />

os custos faz com que muitas<br />

empresas migrem de uma<br />

solução centrada, dentro de<br />

casa, para uma solução de<br />

‘outsourcing’”, acrescenta.<br />

As poupanças das empresas,<br />

diz Miguel Ferreira, que cita alguns<br />

estudos internacionais,<br />

podem fixar-se entre 15% a<br />

35%. O serviço pode ser prestado<br />

de várias formas: “podemos<br />

fazer a gestão dos activos que os<br />

clientes já têm, comprar os activos<br />

do cliente, podemos levar os<br />

activos dos clientes para as nossas<br />

instalações ou passar para a<br />

fase de “nuvem”, ou seja, colocar<br />

os dados dos clientes num<br />

servidor localizado na internet.<br />

Já no que toca ao investimento<br />

direccionado para esta área,<br />

Miguel Ferreira não quer avançar<br />

números, mas espera, dentrodeumano“terquatroaseis<br />

clientes”.<br />

Questionado sobre se esta<br />

nova área de negócio estaria direccionada<br />

para a internacionalização,<br />

Miguel Ferreira admite<br />

essa possibilidade, mas garante<br />

que não será para já. “Este produto<br />

é fácil de exportar. A oferta<br />

foipensadanopontodevista<br />

global mas neste momento<br />

achamos que a focalização é o<br />

mercado português”.<br />

Ainda assim, o responsável<br />

relembra que a Reditus focou a<br />

sua internacionalização no<br />

mercado ibérico (Portugal e<br />

Espanha), norte de África,<br />

NortedaEuropaeaindaAngola.<br />

“Neste momento, nesta<br />

oferta específico e por razões<br />

de maturidades de mercado e<br />

proximidade vamos só avançar<br />

em Portugal e numa segunda<br />

fase para Espanha”, admite o<br />

responsável. ■<br />

A Adega Ervideira tem apostado<br />

fortemente na inovação e na qualidade.<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

MIGUEL FERREIRA<br />

Presidente executivo da Reditus<br />

“Temos quatro<br />

regiões-alvo para a<br />

internacionalização”<br />

Comestanovaáreadenegócio,<br />

direccionada para a gestão dos<br />

centros de dados dos clientes,<br />

a Reditus aponta como mais-valia<br />

o facto de se transformar o<br />

investimento das empresas<br />

em infra-estruturas num custo<br />

operacional.<br />

Em que consiste esta nova<br />

área de actividade?<br />

Em contexto de crise, as<br />

empresas precisam de mais<br />

tecnologia, mas querem gastar<br />

menos. É preciso gerir melhor os<br />

nossoscustoseanossaoferta<br />

VINHOS<br />

Produtos da Adega Ervideira<br />

entre os melhores do Alentejo<br />

A estratégia colocada em prática pela Adega Ervideira desde o ano<br />

passado continua a recolher dividendos e prémios. No XIX Concurso<br />

“Os Melhores Vinhos do Alentejo”, organizado pela Confraria dos<br />

Enófilos do Alentejo, a Adega ganhou dois prémios. O vinho “Vinha<br />

D’ ’Ervideira” Rosé 2009 arrebatou o primeiro lugar e a “Talha de<br />

Ouro”, na categoria de vinhos rosados, ficando o “Antão Vaz” 2009 no<br />

terceiro lugar, na categoria de vinhos brancos, com a “Talha de Bronze”.<br />

insere-se um pouco nesta linha.<br />

Os clientes podem pegar nos<br />

parques informáticos ou ‘data<br />

centers’ actuais e poder converter<br />

um custo de posse dessas infraestruturas<br />

num custo variável.<br />

Vai ainda diminuir as<br />

necessidades internas de ter<br />

equipas para suportar estas<br />

áreas. As empresas podem alocar<br />

os recursos de IT a outros<br />

projectos onde possam obter um<br />

maior valor acrescentado. Como<br />

prestadores do serviço,<br />

conseguimos ter uma equipa e<br />

repartir esses custos por mais<br />

clientes.<br />

Qual a redução de custos<br />

estimada com o ‘outsourcing’?<br />

Depende sempre da dimensão da<br />

empresa mas benchmarketing<br />

internacional aponta para<br />

reduçãoentre15%e35%anível<br />

de poupança. Pode haver casos<br />

de poupanças maiores e outras<br />

João Paulo Dias<br />

Miguel Ferreira, presidente<br />

executivo da Reditus, quer<br />

concorrer com as multinacionais.<br />

menores. Esta é uma fase de<br />

migração para o ‘cloud<br />

computing’, que é uma realidade<br />

cada vez mais utilizada. Há várias<br />

empresas multinacionais que já<br />

estão a trabalhar na nuvem mas<br />

noutros sectores de actividade<br />

ainda existe um certo receio.<br />

Quais as perspectivas de<br />

internacionalização nesta<br />

área?<br />

Este produto é fácil de exportar, a<br />

oferta foi pensada no ponto de<br />

vista global mas neste momento<br />

achamos que a focalização é o<br />

mercado português. A nossa<br />

estratégia de internacionalização<br />

tem quatro regiões-alvo: Espanha,<br />

norte de África, países do norte<br />

da Europa e Angola. Neste<br />

momento nesta oferta por razões<br />

de maturidades de mercado<br />

e proximidade vamo focar-nos<br />

em Portugal e numa segunda fase<br />

em Espanha.


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VÁ A UMA LOJA OU AGENTE


38 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

FINANÇAS<br />

BCP bate<br />

estimativas à<br />

custa do ‘trading’<br />

O melhor: os resultados da Polónia e as comissões<br />

consolidadas. O pior o malparado que subiu bastante.<br />

Maria Teixeira Alves<br />

e Maria Ana Barroso<br />

maria.alves@economico.pt<br />

Carlos Santos Ferreira, presidente<br />

do BCP, começou a sua<br />

apresentação dos resultados<br />

lamentando o ‘timing’ de<br />

apresentação de tão bons lucros:<br />

“é uma pena estes resultados,<br />

como são [bons], serem<br />

apresentados nesta altura em<br />

que pouca gente lhes ligará”,<br />

referindo-se à turbulência dos<br />

mercados financeiros, sobretudo<br />

o português, depois da<br />

quebra do rating da República.<br />

O BCP apresentou um resultado<br />

líquido consolidado nos<br />

primeiros três meses do ano de<br />

96 milhões de euros, acima da<br />

expectativas dos analistas e um<br />

ROE (rentabilidade dos capitais<br />

próprios) de 7,9% o que comparou<br />

com os 4,6% do fim de<br />

2009. Mas a explicação para estes<br />

números está numa reavaliação<br />

contabilística de um instrumento<br />

financeiro (derivado)<br />

que rendeu aos lucros do trimestre<br />

36,3 milhões de euros e<br />

bem assim à rentabilidade. Ou<br />

seja, sem este ganho, não recorrente,<br />

o BCP teria um ROE<br />

de 4,9%, segundo contas de<br />

analistas, o que não impressiona.<br />

Mas o BCP mantém que, até<br />

2011, quer a rentabilidade acimados10%econtaparatal<br />

com as receitas que virão da actividade<br />

internacional. Esta actividade<br />

fora de Portugal deu já<br />

um contributo de 25%, no trimestre,<br />

acima do que o presidente<br />

do BCP tinha anunciado.<br />

O BCP justificou apenas que<br />

os lucros do trimestre representam<br />

uma queda de 9,6%<br />

face ao primeiro trimestre de<br />

2009. Mas se fossem excluídas<br />

as mais-valias da venda de<br />

parte do Millennium Angola no<br />

ano passado então os lucros tinham<br />

subido 12,8%. Mas um<br />

analista, André Rodrigues da<br />

Caixa BI, explicou que “os números<br />

apresentados ontem<br />

pelo BCP não são ainda uns resultados<br />

que definitivamente<br />

marquem o regresso da rentabilidade,<br />

mas continuam a evi-<br />

denciar uma recuperação em<br />

base trimestral”.<br />

As comissões correram bem<br />

ao BCP na comparação anual:<br />

subiram 19,8%, com o contributo<br />

da área internacional.<br />

Destaque aqui para a actividade<br />

do Millennium Bank na Polónia,<br />

que no primeiro trimestre<br />

recuperou fortemente nos<br />

lucros: registou 17 milhões de<br />

euros, o que compara com os<br />

três milhões um ano antes.<br />

A margem caiu no ano<br />

(8,9%) e melhorou apenas<br />

1,4% face ao trimestre ante-<br />

BCP PERDE 22% EM 2010<br />

Evolução dos títulos do BCP<br />

desde o início do ano.<br />

1,0<br />

0,8<br />

0,6<br />

31 Dez 009<br />

28 Abr 10<br />

Resultados do BCP no primeiro<br />

trimestre de 2010<br />

Indicador valor variação<br />

Margem Financeira 340,6 -8,9%<br />

Produto bancário 700,7 - 5,2%<br />

Custos Operacionais 382,2 -4,6%<br />

Imparidade do cred. 164,8 2,9%<br />

Impostos s/lucros 22 -23,8%<br />

Resultado Líquido 96,4 -9,6%<br />

Fonte: BCP<br />

Unidade: Milhões de Euros<br />

rior.Aotodo,oprodutobancário<br />

caiu no ano 5,2%, mas<br />

melhorou 12,4% face à “média<br />

trimestral de 2009”. Destaque<br />

para os custos operacionais<br />

que cairam 4,6% no ano. O<br />

que permitiu uma melhoria do<br />

rácio de eficiência de 63,6%<br />

em Dezembro de 2009 para<br />

54,5% em Março.<br />

Este trimestre, face ao trimestre<br />

homólogo do ano anterior,<br />

o BCP registou um crescimento<br />

de 6,7% nos recursos<br />

de clientes (dos quais 7,9%<br />

depósitos) e apenas 0,2% do<br />

crédito a clientes (bruto).<br />

Aliás a pior notícia que o BCP<br />

apresentou foi no crédito em<br />

incumprimento sobre o total,<br />

que subiu de 2%em 31 de<br />

Março de 2009 para 3,8%<br />

este trimestre. O stock de<br />

malparado no trimestre face<br />

a Dezembro cresceu de cerca<br />

de 2 mil milhões de euros<br />

para 2,140 mil milhões. Em<br />

relação ao incobrável há mais<br />

de 90 dias, subiu num ano de<br />

1,5% para 2,5%.Quando<br />

questionado com o que aconteceria<br />

ao BCP se os accionistas<br />

que têm crédito do banco<br />

deixassem de poder cumprir,<br />

Santos Ferreira aproveitou<br />

para explicar que o rácio de<br />

exposição do banco aos 30<br />

maiores clientes versus fundos<br />

próprios tem vindo a<br />

descer; assim como tem vindo<br />

a descer a exposição líquida<br />

a todos os accionistas com<br />

mais de 0,5% do capital (passou<br />

de 14,7% em Dezembro<br />

para 13,2% em Março).<br />

O BCP, ao contrário do que<br />

algumas casas internacionais<br />

dizem, está bem dotado de<br />

capital. O Tier I, já com as regras<br />

do IRB que serão aprovadas,<br />

subiu para 9,7%. Em termos<br />

de liquidez, um tema que<br />

volta à ribalta com a subida<br />

do preço dos spreads nos<br />

mercados internacionais, o<br />

BCP já se refinanciou em metade<br />

das suas necessidades<br />

para este ano, e ainda tem<br />

11,3 mil milhões de euros de<br />

activos para descontar no BCE<br />

a troco de liquidez. ■<br />

Santos Ferreira apresentou lucros<br />

de 96 milhões de euros no<br />

primeiro trimestre deste ano.


Taxas na habitação em mínimos de sempre<br />

A taxa de juro implícita no crédito à habitação voltou a descer em Março,<br />

embora a um ritmo menos acentuado, fixando-se no nível mais baixo de<br />

sempre de 1,837%. Esta tendência de queda, que se verifica desde o final<br />

de 2008, é explicada sobretudo pela descida continuada das taxas<br />

Euribor. Segundo o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação, também<br />

divulgado ontem, o valor médio de cada metro quadrado foi de 1.172 euros<br />

em Março, uma variação em cadeia nula e uma subida homóloga de 3,8%.<br />

João Paulo Dias<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Banc Sabadell publica resultados<br />

do primeiro trimestre deste ano.<br />

● O Banco Santander apresenta<br />

contas relativas aos primeiros três<br />

meses de 2010.<br />

● Ainda em Espanha, a Bolsa Y<br />

Mercados Españoles divulga os<br />

resultados do primeiro trimestre.<br />

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA CARLOS SANTOS FERREIRA Presidente do BCP<br />

“Portugal pôs-se a jeito”<br />

Santos Ferreira defende que a<br />

especulação é apenas uma<br />

consequência dos erros<br />

cometidos no país.<br />

Maria Ana Barroso<br />

e Maria Teixeira Alves<br />

maria.barroso@economico.pt<br />

Os tempos não estão para lamentações,<br />

muito menos para<br />

arranjar bodes expiatórios para<br />

os problemas que Portugal tem<br />

de resolver, garantiu ontem<br />

Santos Ferreira, numa conferência<br />

em que a descida dos ‘ratings’<br />

foi tema central das perguntas<br />

dos jornalistas. Face ao<br />

actual momento de pressão internacional,<br />

o presidente do<br />

BCP pediu que se passe das palavras<br />

à acção.<br />

Como avalia a importância e<br />

efeitos da descida do ‘rating’ de<br />

Portugal decidido ontem pela<br />

Standard & Poor’s?<br />

A descida do ‘rating’ da república<br />

em dois níveis determinou a<br />

descida de um nível do ‘rating’<br />

de todos os bancos. O que isto significa<br />

é que o recurso ao financiamento<br />

se torna mais caro e<br />

mais difícil. Isso obviamente impactará<br />

o resultado dos bancos e<br />

a vida das empresas e pessoas.<br />

E quanto ao caso concreto do<br />

BCP, preocupa-o o facto de a<br />

S&P atribuir um ‘rating’ pior do<br />

que aos bancos concorrentes?<br />

Quanto ao BCP, nós temos ‘ratings’<br />

para todos os gostos. Temos<br />

um ‘rating’ mais baixo no<br />

caso da S&P, igual ao BPI segundo<br />

a Moody’s e igual ao BPI, BES<br />

eCGDnocasodaFitch.Portanto<br />

‘ratings’ são como os chapéus.<br />

Há muitos. A descida do<br />

‘rating’ não alegra ninguém<br />

masnãoéumfactoquenos<br />

preocupe neste momento. Temos<br />

já financiadas metade das<br />

nossas necessidades para este<br />

ano. Será mais caro ir ao<br />

mercado mas não é<br />

isso que impactará<br />

este ano nos nossos<br />

resultados de<br />

forma significativa.<br />

Que efeitos resultarão<br />

no custo<br />

e volume de concessão<br />

de crédito?<br />

Tempos de crédito fácil<br />

nãohá.Nãoexistem.Terminoua<br />

festa. Mas não deixamos nenhuma<br />

empresa bem capitalizada e<br />

com bons projectos não continuar<br />

a avançar. E há, por outro<br />

lado, uma redução da procura de<br />

crédito.<br />

Teme uma nova crise de liquidez ?<br />

Leia mais<br />

sobre o dia nos<br />

mercados<br />

nas páginas<br />

10 e 11<br />

Vai haver mais dificuldades mas<br />

não penso que se vá entrar<br />

numa crise de liquidez.<br />

O BCP tem tentado recentementeiraomercado?Temsentido<br />

dificuldades?<br />

A sala de mercados tem continuado<br />

a ir ao mercado. Ainda<br />

hoje a sala do banco foi ao mercado<br />

e conseguiu obter umas<br />

dezenas de milhões.<br />

Face ao actual contexto de pressão<br />

internacional, que avaliação<br />

faz do comportamento quer do<br />

Governo, quer da oposição?<br />

Tenho um claro apreço pelo ministro<br />

das Finanças. É um bom<br />

ministro. E é verdade que,<br />

como o mesmo referiu, quem<br />

nos está a atacar é o mercado.<br />

Masseosmercadosnosestãoa<br />

atacar é porque a gente se pôs a<br />

PUB<br />

Programa<br />

Seminário “O Futuro Energético e os Transportes”<br />

Com a presença de:<br />

– S. E. o Senhor Alain de Muyser,<br />

Embaixador do Grão-Ducado do Luxemburgo<br />

– S. E. o Senhor Alex Ellis, Embaixador do Reino Unido<br />

– S. E. o Senhor Rudolf Schaller, Embaixador da Suiça<br />

– S. E. o Senhor Jean-Michel Veranneman<br />

de Watervliet, Embaixador da Bélgica<br />

Opções de Política Energética<br />

10:15 – 10:30 Nuno Ribeiro da Silva - Presidente da Endesa Portugal<br />

10:30 – 10:45 Pedro Sampaio Nunes – Presidente da Greencyber<br />

10:45 – 11:00 Tiago Farias – Professor Auxiliar do Departamento<br />

de Engenharia Mecânica do IST<br />

11:00 – 11:20 Debate<br />

Moderador: Pedro Rebelo de Sousa – Sociedade Rebelo de Sousa<br />

11:20 – 11:40 Coffee-break<br />

“<br />

No caso do BCP,<br />

temos ‘ratings’ para<br />

todososgostos.<br />

Os ‘ratings’ são como<br />

os chapéus. Há<br />

muitos.<br />

Opções Energéticas na Bélgica<br />

11:40 – 11:55 Johan Albrecht – Universidade de Gand: “Energy Transition:<br />

fast track to a greener system?”<br />

11 de Maio de 2010<br />

Hotel Dom Pedro<br />

Lisboa<br />

Para mais informações, por favor contactar:<br />

Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa<br />

Av. Duque d'Ávila, 203 - 5º - 1050-082 Lisboa<br />

Tel.: (+351) 213.152.502/03 - Fax: (+351) 213.547.738<br />

E-mail: info@cclbl.com - Web: www.cclbl.com<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 39<br />

jeito. Depois, o PEC é um assuntograveesérioeaspessoas<br />

têm o direito de discutir. Mas<br />

não fiquemos eternamente a<br />

discutir. Temos de decidir. Se<br />

não fizermos nada, alguém vai<br />

fazer por nós. Tenho algum<br />

medo que, dentro da nossa maneiradeser,achemosqueisto<br />

vai lá com conversa. Não vai. É<br />

preciso fazer.<br />

Entretanto, um conjunto de<br />

bancos contestou esta semana o<br />

uso do SII para pagar aos clientes<br />

do BPP. O BCP faz parte do<br />

grupo?<br />

Accionámos individualmente as<br />

acções que achámos que devíamos<br />

em relação ao Sistema de<br />

Indemnização aos Investidores<br />

e também ao Fundo de Garantia<br />

de Depósitos. ■<br />

Com o patrocínio de:<br />

11:55 – 12:10 François de Hemptinne – Director Agoria Renewable Energy<br />

Club, Bélgica: “The Belgian Policy on Energy”<br />

12:10 – 12:30 Debate<br />

Moderador: Luís Mira Amaral – Professor do Instituto Superior<br />

Técnico<br />

12:45 – 14:15 Almoço com a intervenção de<br />

S. E. o Senhor Alex Ellis, Embaixador do Reino Unido, que falará<br />

sobre os “Desafios Energéticos Europeus”<br />

08:30 – 09:00 Recepção<br />

09:00 – 09:10 Abertura<br />

Luís Neto Galvão – Presidente da Câmara de Comércio Luso-<br />

Os Desafios Energéticos e o Automóvel<br />

Belga-Luxemburguesa<br />

14:15 – 14:30 José Manuel Silva Rodrigues – Presidente do Conselho<br />

Miguel Cardoso Peres – Presidente da Câmara de Comércio<br />

de Administração da Carris<br />

e Indústria Suiça em Portugal<br />

14:30 – 14:45 José Caro de Sousa – Presidente da Renault Portugal<br />

14:45 – 15:00 António Sá da Costa – Presidente da APREN<br />

09:10 – 09:25 Carlos Zorrinho – Secretário de Estado da Energia e da Inovação<br />

15:00 – 15:20 Debate<br />

Moderador: Mário Melo Rocha – Sociedade Rebelo de Sousa<br />

Os Transportes Eléctricos<br />

09:25 – 09:40 António Martins da Costa – Presidente da EDP Internacional 15:20 – 15:40 Coffee-break<br />

09:40 – 09:55 Jorge Oliveira - Senior Vice-President/Site Manager da Solvay<br />

Portugal (Projecto Solar Impulse/Avião Solar)<br />

O Mercado Energético na Suiça:<br />

09:55 – 10:15 Debate<br />

15:40 – 16:15 Stefan Hirschberg – Head Laboratory for Energy Systems<br />

Moderador: Gonçalo Anastácio - Sociedade Rebelo de Sousa<br />

Analysis, do Instituto Paul Scherrer (Suiça): “Electricity Supply<br />

Options in Comparative Perspective”<br />

16:15 – 16:30 Markus Häring – Executive Director do Geothermal<br />

Explorers Ltd (Suiça)<br />

16:30 – 16:50 Debate<br />

Moderador: Robert Stüssi<br />

16:50 – 17:05 Gustavo Fernandes – Chief Communications Officer<br />

da Martifer Solar<br />

17:05 – 17:20 Pedro Rodrigues – Desmet<br />

17:20 – 17:35 Pedro Sena da Silva – Presidente da Autosil<br />

Apresentação do Smart Eléctrico<br />

17:35 Encerramento<br />

Dr. José Manuel Perdigoto – Director-Geral da Energia<br />

e Geologia [TBC]


40 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

FINANÇAS<br />

MERCADOS<br />

Republicanos voltam a travar discussão<br />

da reforma financeira no Senado dos EUA<br />

E, afinal, à terceira não foi de vez. Os membros republicanos do Senado<br />

dos Estados Unidos voltaram a bloquear a discussão do projecto de reforma<br />

da regulação financeira. A ala republicana manteve-se unida contra<br />

os Democratas, que assim não conseguiram ter o mínimo de 60 votos<br />

necessários para iniciar a discussão. No entanto, de acordo com a Bloomberg,<br />

a sessão iria prolongar-se durante a noite tentando pressionar<br />

os Republicanos, podendo haver uma alteração na votação a qualquer altura.<br />

Sandra Almeida Simões<br />

e Tiago Freire<br />

sandra.simoes@economico.pt<br />

O Governo aprovou na semana<br />

passada uma proposta que introduz<br />

um regime de tributação das<br />

mais-valias bolsistas desde o<br />

início deste ano à taxa de 20%.<br />

De fora deste regime ficam os<br />

pequenos investidores que registem<br />

ganhos anuais, apurados<br />

entre a diferença das mais e menos-valias,<br />

até 500 euros. Muitas<br />

foram as vozes, dos vários quadrantes<br />

socioeconómicos do<br />

País, que se manifestaram já<br />

contra a retroactividade da tributação,<br />

reivindicando a sua inconstitucionalidade.<br />

Por sua vez,<br />

ataxadeimpostotemgerado<br />

menor contestação, até porque o<br />

Governoadiantouqueamesma<br />

estava em linha com as práticas<br />

europeias.<br />

No entanto, de acordo com os<br />

cálculos agora efectuados pelo<br />

Diário <strong>Económico</strong> – com base no<br />

estudo da Associação de Investidores<br />

e Analistas Técnicos do<br />

Mercado de Capitais (ATM) –<br />

Portugal passa, com este novo<br />

regime, a ser o nono país com a<br />

tributação mais elevada da União<br />

Europeia. Mais. A taxa de 20%<br />

está cerca de 6 pontos percentuais<br />

acima da média de imposto<br />

Volatilidade do crude está em queda,<br />

depois do máximo recorde em 2009.<br />

Portugueses vão pagar mais<br />

do que a média europeia<br />

pelas mais-valias em bolsa<br />

Dados revelados num estudo da associação de investidores ATM mostram<br />

que taxa de 20% é superior ao praticado na Europa, nos vários prazos.<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

CÁTIA DA COSTA FERREIRA<br />

Membro da Direcção da ATM<br />

“Governo será<br />

confrontado com<br />

30 questões”<br />

O imposto sobre<br />

as mais-valias<br />

mobiliárias varia<br />

consoante o país e,<br />

mais ainda, o período<br />

de tempo em que<br />

o país permanece<br />

na titularidade<br />

das acções.<br />

A Associação de Investidores<br />

e Analistas Técnicos do Mercado<br />

de Capitais (ATM) elaborou um<br />

estudo sobre a tributação das<br />

mais-valias mobiliárias. Cátia<br />

Ferreira resume a posição da<br />

Associação, sublinhando os<br />

aspectos positivos e negativos<br />

da taxa de imposto de 20%<br />

apresentada pelo Governo.<br />

Qual é o entendimento<br />

genérico da ATM sobre o novo<br />

regime?<br />

Há ainda questões importantes<br />

por esclarecer. Mas salientamos<br />

o desfasamento do imposto nos<br />

diferentes países membros da<br />

União Europeia, alertamos para a<br />

para os restantes 26 membros,<br />

que actualmente se fixa abaixo<br />

dos 14% para as acções detidas<br />

há mais de um ano e menos de<br />

três anos.<br />

O imposto sobre as mais-valias<br />

mobiliárias varia muito consoante<br />

o país e mais ainda consoante<br />

o período de tempo em<br />

que o investidor permanece com<br />

os títulos. A Suécia, por exemplo,<br />

está no topo dos países que mais<br />

penalizam os investidores, ao<br />

aplicar sempre uma taxa de<br />

30%. Segue-se a Dinamarca e a<br />

Finlândiacom28%eaAlemanhaeaIrlandacom25%.<br />

Por<br />

sua vez, no extremo oposto, estão<br />

países como a Bélgica, Áustria,<br />

Bulgária, Chipre, Luxemburgo<br />

ou República Checa que<br />

não cobram qualquer imposto<br />

sobre os ganhos bolsistas, com<br />

prazo superior a um ano.<br />

Esta análise mostra que, no<br />

resto da Europa, muitos países<br />

adoptam o regime de tributar as<br />

mais-valias conseguidas com<br />

activos detidos por pouco tempo,<br />

suavizando a tributação nos<br />

prazos mais longos. Em Portugal<br />

havia também este princípio,<br />

com uma taxa de 10% nos activos<br />

detidos a menos de um ano e<br />

isenção nos prazos mais longos.<br />

Agora, cria-se um desfasamento<br />

ainda maior entre a reali-<br />

inexistência de dupla tributação<br />

dos lucros e dos dividendos na<br />

maioria dos países e condenamos<br />

a constitucionalidade da<br />

retroactividade da proposta de<br />

Lei que viola a boa fé dos<br />

contribuintes.<br />

Contestamataxade20%?<br />

A proposta não é descabida, mas<br />

queremos saber quais os estudos<br />

em que se fundamenta. As<br />

dúvidas, cerca de 30 questões,<br />

serão remetidas aos deputados e<br />

ao Ministério das Finanças. Para<br />

já, aplaudimos o facto de, com a<br />

nova proposta, não se penalizar<br />

de forma gravosa o investidor de<br />

curto prazo e oferecer benefícios<br />

Volatilidade do crude está a recuar para<br />

o nível mais baixo em quase três anos<br />

A volatilidade da cotação do crude está a descer para o nível mais baixo<br />

em quase três anos. A razão prende-se com os elevados stocks e o<br />

crescimento do investimento da OPEC no reforço da capacidade de<br />

produção, factores que estão a deixar o mercado menos receoso que haja<br />

escassez de petróleo. Segundo a Bloomberg, a volatilidade histórica de 50<br />

dias do crude caiu para 23% na terça-feira, mínimo desde Julho de 2007.<br />

O máximo deste indicador, de 108%, foi atingido no início de 2009.<br />

dade nacional e europeia. Isto<br />

porque, muitos dos países europeus<br />

aplicam uma taxa decrescente,<br />

sendo o imposto das maisvalias<br />

calculado em função do<br />

tempo em que o investidor detém<br />

os activos. Normalmente, quanto<br />

mais tempo for, mais reduzida é a<br />

taxa aplicada, incentivando e<br />

premiando o investimento de<br />

longo prazo. Daí que, por exemplo,<br />

a média da UE para acções<br />

detidas há mais de três anos e<br />

menos de cinco anos diminua<br />

para 13,6% e para períodos superiores<br />

a cinco anos seja de 13%, o<br />

que compara com 16,2% para<br />

quem tem acções há mais de seis<br />

mesesemenosdeumano.Atítulo<br />

de exemplo, a Áustria penaliza<br />

os investidores de curto prazo<br />

com uma taxa de 43,2%, isentando<br />

os de longo prazo.<br />

Peranteestecenário,aATM<br />

aplaude a eliminação dos dois eixos<br />

temporais, já que até agora era<br />

aplicada uma taxa liberatória de<br />

10% às acções detidas há menos<br />

de 12 meses e isentas de tributação<br />

as acções detidas por mais de<br />

um ano (ver entrevista). No entanto,<br />

a ATM também contesta a<br />

inconstitucionalidade da retroactividade<br />

da proposta, alerta para a<br />

dupla tributação de dividendos e<br />

defende ainda um regime transitório<br />

para as novas regras. ■<br />

ao investidor de longo prazo. Essa<br />

assimetria foi eliminada. E o<br />

Governo ainda não esclareceu<br />

como serão deduzidas as perdas.<br />

Que alterações sugerem?<br />

Por um lado, o reinvestimento<br />

não deveria ser tributado.<br />

Estamos numa conjuntura de<br />

crise, pelo que era bom que esta<br />

medida tivesse um caracter<br />

meramente transitório. E mais do<br />

que tributar ou funcionar como o<br />

polícia dos contribuintes, o<br />

Governo deveria educar<br />

financeiramente os portugueses.<br />

A criação de uma “Conta<br />

investimento” é a solução que<br />

preconizamos. ■


DIVIDENDOS<br />

Mota-Engil vai pagar dividendo de 0,11 euros<br />

por acção a 30 de Abril<br />

A construtora anunciou que, a partir do próximo dia 30 de Abril, irá<br />

distribuir o dividendo relativo a 2009 no valor de 0,11 euros por acção.<br />

Isto significa que os títulos que forem transaccionados a partir de 27<br />

de Abril perdem direito ao prémio relativo aos resultados da empresa<br />

no ano passado. O dividendo que será distribuído é igual ao do<br />

verificado no ano anterior. Na última sessão, as acções da construtora<br />

recuaram 0,5% para os 3,23 euros.<br />

Bons resultados levaram Starbucks a<br />

distribuir dividendos pela primeira vez.<br />

Pascal Lauener/ Reuters<br />

Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />

BOLSA<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 41<br />

Maioria das empresas do indice S&P 500<br />

deverá manter nível dos dividendos<br />

A maioria da empresas que integram o índice de referência norte-americano<br />

S&P 500 deverão manter este ano o nível dos dividendos atribuídos<br />

em 2009, reflexo do acentuado crescimento no lucro. De acordo com<br />

estimativas baseadas em cálculos da Bloomberg, das 241 empresas que<br />

ainda vão anunciar o montante dos resultados a distribuir pelos accionistas,<br />

215 deverão manter o nível dos dividendos e 26 poderão aumentar.<br />

A Starbucks, por exemplo, distribuiu dividendos pela primeira vez este ano.<br />

Associação propõe<br />

criação da “Conta<br />

de Investimento”<br />

Medida incentivaria<br />

investimento responsável.<br />

Sandra Almeida Simões<br />

e Tiago Freire<br />

sandra.simoes@economico.pt<br />

A proposta não é recente, mas<br />

actualmente ganha nova relevância.<br />

Falamos da criação de<br />

uma “Conta Investimento”,<br />

uma proposta defendida pela<br />

ATMem2007equevoltaagoraa<br />

ser recuperada no âmbito das alterações<br />

à tributação das maisvalias<br />

mobiliárias.<br />

Em termos práticos, com esta<br />

Conta, na qual seriam incluídos<br />

todos os investimentos financeiros<br />

de um cliente – tais como acções,<br />

futuros, ETFs, obrigações,<br />

derivados ou fundos –, a tributação<br />

das mais-valias seria feita<br />

tendo em conta o saldo global<br />

dessa carteira e não activo a activo.<br />

E apenas haveria lugar a pagamentodeimpostossempreque<br />

houvesse um resgate, num momento<br />

em que o conjunto dos investimentos<br />

registasse uma<br />

mais-valia. Em vez de tributar<br />

anualmente em função do período<br />

em que o investidor deteve<br />

determinados activos, este novo<br />

instrumento permitiria tributar o<br />

rendimento apenas no momento<br />

efectivo da disponibilização dos<br />

recursos financeiros ao investidor.<br />

Ou seja, o investidor podia<br />

fazer quantos negócios quisesse,<br />

dentro da Conta de Investimento,<br />

sendo que só seria tributado<br />

quando tirasse de lá dinheiro, fazendo-se<br />

então as contas quanto<br />

ao imposto a pagar.<br />

Vantagens? Muitas, defende a<br />

Associação de Investidores e<br />

Analistas Técnicos do Mercado de<br />

Capitais (ATM). Por um lado, a<br />

criação desta Conta Investimento<br />

– a ser acolhida pelo Governo –<br />

colocaria Portugal no pelotão da<br />

frente, já que seria uma iniciativa<br />

praticamente inédita na Europa e<br />

até nos Estados Unidos. Por outro,<br />

“seria uma forma de promover<br />

e incentivar o investimento<br />

das famílias num dos sectores<br />

mais importantes da actividade<br />

económica, permitindo aos contribuintes<br />

terem contas individualizadas,<br />

mas geridas colectivamente<br />

pelos profissionais do<br />

sector caso entendam ou por eles<br />

próprios”, explica Cátia Ferreira,<br />

membro da direcção da ATM.<br />

Para a associação, o Governo<br />

também seria parte activa nos<br />

“ganhos” da implementação desta<br />

medida, já que a medida não<br />

acarretaria perda de receita para<br />

os cofres do Estado. “Além da<br />

harmonização do regime fiscal,<br />

ganhar-se-ia uma maior eficiência,<br />

reflexo da eliminação da actual<br />

declaração fiscal das maisvalias<br />

ao optar-se por retenção na<br />

fonte feita pelos intermediários<br />

financeiros. O saldo seria certamente<br />

uma menor fuga de capitais<br />

para o estrangeiro, a par com<br />

uma maior promoção da literacia<br />

financeira dos portugueses”.<br />

Finalidades da carteira<br />

justificam isenção<br />

Em Portugal, não existe nenhum<br />

tipo de isenção de acordo com a<br />

finalidade dada às mais-valias<br />

obtidas por parte do contribuinte<br />

ou quando este opta pelo seu<br />

reinvestimento, ao contrário do<br />

que acontece nas mais-valias<br />

imobiliárias. Daí que a Associação<br />

queira sugerir ao Governo<br />

atenuações ou isenções na tributação<br />

das mais-valias, quando<br />

usadas para fins específicos,<br />

comoaaquisiçãodehabitação,<br />

amortização ou refinanciamento<br />

de créditos ou até mesmo como<br />

complemento de reforma. “Este é<br />

o exemplo da Polónia, onde o Governo<br />

mais do que legislar, pretende<br />

educar financeiramente os<br />

seus contribuintes e orientar o<br />

aforro popular para o mercado de<br />

capitais”, refere Cátia Ferreira. ■<br />

ISENÇÕES DA CONTA<br />

● A proposta da ATM defende a<br />

isenção de tributação quando a<br />

“Conta Investimento” tiver como<br />

objectivo a aquisição de<br />

habitação ou reforma.<br />

● Esta “Conta Investimento”<br />

parte do pressuposto que<br />

historicamente as acções têm<br />

sido um melhor veículo de<br />

investimento a longo prazo.<br />

● Considerando as dúvidas sobre<br />

a sustentabilidade do regime da<br />

Segurança Social, uma “Conta<br />

Investimento Reforma”<br />

permitiria constituir um<br />

complemento para a pensão.<br />

● É ainda defendida a isenção na<br />

compra de casa ou amortização<br />

ou refinanciamento de crédito.


42 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

BOLSA DE VALORES<br />

Eurolist by Euronext Lisbon. Acções<br />

Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />

Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />

Compartimento A<br />

B.COM.PORTUGUES 28-04-2010 0.66 -0.01 -1.94 0.69 0.56150,560,080 1.08 0.67 0.02 26-04-2010 2.83 -21.43<br />

B.ESPIRITO SANTO 28-04-2010 3.15 -0.09 -2.69 3.38 2.9512,451,865 5.34 3.21 0.14 16-04-2010 4.32 -29.23<br />

BANCO BPI SA 28-04-2010 1.53 -0.14 -8.27 1.69 1.505,338,182 2.57 1.60 0.08 04-05-2010 4.67 -21.59<br />

BRISA 28-04-2010 5.25 0.10 1.86 5.60 4.664,843,644 7.59 4.81 0.31 26-04-2010 6.02 -28.67<br />

CIMPOR SGPS 28-04-2010 5.18 -0.12 -2.17 5.38 4.951,075,999 6.55 4.28 0.19 12-06-2009 3.49 -17.75<br />

EDP 28-04-2010 2.59 -0.04 -1.33 2.65 2.4727,491,913 3.22 2.62 0.14 14-05-2009 5.34 -16.32<br />

EDP RENOVAVEIS 28-04-2010 5.02 -0.04 -0.77 5.27 4.703,225,571 7.83 4.99 0.00 0.00 -23.71<br />

GALP ENERGIA 28-04-2010 11.69 -0.27 -2.22 12.06 10.976,302,905 13.68 8.86 0.20 20-05-2010 1.67 -0.23<br />

J MARTINS SGPS 28-04-2010 7.22 -0.24 -3.26 7.59 6.714,626,576 8.31 3.88 0.14 07-05-2010 1.92 6.72<br />

PORTUCEL 28-04-2010 1.88 -0.03 -1.57 1.96 1.732,438,594 2.18 1.46 0.08 14-04-2010 4.32 -3.85<br />

PORTUGAL TELECOM 28-04-2010 7.41 -0.05 -0.67 7.75 7.1010,936,777 8.69 5.58 0.57 14-05-2010 7.71 -13.16<br />

SONAE 28-04-2010 0.76 0.00 -0.26 0.81 0.6829,098,321 0.98 0.61 0.03 20-05-2009 3.93 -12.72<br />

ZON MULTIMEDIA 28-04-2010 3.20 -0.14 -4.28 3.34 3.002,306,917 5.01 3.34 0.16 13-05-2010 4.79 -23.34<br />

Compartimento B<br />

IMPRESA SGPS 28-04-2010 1.46 -0.06 -3.95 1.49 1.25 210,458 2.30 0.75 0.00 0.00 -15.69<br />

S.COSTA-PREF 22-02-2010 1.20 - - - - - 1.20 1.16 0.15 27-05-2009 12.50 3.45<br />

S.COSTA 28-04-2010 0.82 -0.08 -8.89 0.89 0.751,061,603 1.34 0.76 0.03 27-05-2009 3.44 -24.37<br />

IBERSOL SGPS 28-04-2010 6.15 -0.75 -10.87 6.90 5.51 88,750 10.00 6.65 0.05 28-04-2010 0.80 -25.08<br />

SONAE INDUSTRIA 28-04-2010 2.05 -0.12 -5.35 2.29 1.812,239,160 2.86 1.98 0.00 16.61 -16.22<br />

SONAECOM SGPS 28-04-2010 1.23 -0.08 -5.82 1.32 1.131,958,586 2.15 1.31 0.00 0.00 -33.20<br />

MOTA ENGIL 28-04-2010 2.52 -0.23 -8.33 2.70 2.421,799,704 4.53 2.75 0.11 30-04-2010 4.00 -29.60<br />

SEMAPA 28-04-2010 7.17 -0.43 -5.61 7.69 6.96 506,227 8.95 5.72 0.25 23-04-2009 3.36 -2.09<br />

BANIF-SGPS 28-04-2010 0.94 -0.06 -6.00 0.97 0.921,758,091 1.54 0.99 0.02 28-04-2010 1.70 -20.70<br />

SONAE CAPITAL 28-04-2010 0.52 -0.02 -3.70 0.55 0.471,890,197 1.00 0.53 0.00 0.00 -33.92<br />

REN 28-04-2010 2.58 -0.01 -0.31 2.64 2.451,113,274 3.22 2.58 0.17 13-04-2010 6.46 -13.17<br />

MARTIFER 28-04-2010 2.20 -0.19 -7.95 2.35 2.06 308,037 4.59 2.32 0.10 06-05-2010 4.18 -28.44<br />

GRUPO MEDIA CAP 28-04-2010 2.78 0.08 2.96 2.78 2.78 1,000 5.00 2.51 0.23 09-04-2009 8.52 -35.25<br />

SAG GEST 28-04-2010 1.00 -0.02 -1.96 1.02 0.93 26,204 1.59 0.97 0.00 1.67 -21.54<br />

TEIXEIRA DUARTE 28-04-2010 0.82 -0.04 -4.65 0.87 0.771,580,257 1.26 0.71 0.00 1.71 -19.22<br />

FINIBANCO SGPS 28-04-2010 1.26 -0.05 -3.82 1.33 1.19 66,508 2.14 1.33 0.02 03-05-2010 1.50 -13.07<br />

ALTRI SGPS SA 28-04-2010 4.13 -0.18 -4.11 4.48 3.822,210,935 5.27 2.10 0.00 2.00 8.66<br />

Compartimento C<br />

BENFICA-FUTEBOL 28-04-2010 2.91 -0.12 -3.96 2.99 2.65 32,601 3.65 2.13 0.00 0.00 23.19<br />

COFINA SGPS 28-04-2010 0.94 -0.03 -3.09 0.98 0.80 361,780 1.26 0.60 0.00 4.21 -8.49<br />

COMPTA 28-04-2010 0.36 -0.03 -7.69 0.36 0.36 80 0.46 0.34 0.00 0.00 -2.50<br />

CORTICEIRA AMORI 28-04-2010 0.91 - - 0.92 0.88 162,718 1.05 0.67 0.00 6.74 -0.07<br />

ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 0.00<br />

ESTORIL SOL P 26-04-2010 6.00 - - - - - 9.88 5.23 0.00 4.54 -18.70<br />

F RAMADA INVEST 28-04-2010 0.74 -0.06 -7.50 0.76 0.72 11,714 0.98 0.69 0.00 0.00 -8.00<br />

FISIPE 28-04-2010 0.14 - - 0.14 0.14 65,500 0.20 0.10 0.00 0.00 -12.50<br />

FUT.CLUBE PORTO 28-04-2010 1.10 -0.01 -0.90 1.11 1.07 9,140 1.75 0.75 0.00 0.00 -22.92<br />

GLINTT 28-04-2010 0.61 -0.07 -10.29 0.66 0.581,261,412 1.03 0.64 0.00 0.00 -24.69<br />

IMOB GRAO PARA 27-04-2010 3.60 - - - - - 4.81 2.36 0.00 0.00 -1.37<br />

INAPA-INV.P.GEST 28-04-2010 0.51 -0.02 -3.77 0.55 0.461,563,296 0.73 0.38 0.00 0.00 -17.19<br />

LISGRAFICA 28-04-2010 0.07 - - 0.07 0.06 416,311 0.12 0.07 0.00 0.00 -12.50<br />

NOVABASE SGPS 28-04-2010 3.73 -0.18 -4.60 4.21 3.59 160,013 5.06 3.89 0.00 0.00 -14.52<br />

OREY ANTUNES 28-04-2010 1.45 -0.25 -14.71 1.55 1.30 2,149 2.85 1.64 0.11 30-04-2009 6.47 -0.58<br />

PAP.FERNANDES 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.66 2.66 0.00 0.00 0.00<br />

REDITUS SGPS 28-04-2010 7.25 0.05 0.69 7.35 7.10 5,206 7.99 6.85 0.00 0.00 -1.91<br />

SPORTING 28-04-2010 1.01 -0.15 -12.93 1.16 1.01 1,283 1.52 1.05 0.00 0.00 -10.08<br />

SUMOL COMPAL 28-04-2010 1.38 -0.03 -2.13 1.38 1.35 14,305 1.52 1.26 0.00 0.00 -4.08<br />

VAA VISTA ALEGRE 28-04-2010 0.09 -0.01 -10.00 0.09 0.09 2,468 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 28-04-2010 0.07 0.01 16.67 0.07 0.06 32,303 0.10 0.06 0.00 0.00 -2.04<br />

SPORTING 28-04-2010 1.01 -0.15 -12.93 1.16 1.01 1,283 1.52 1.05 0.00 0.00 -10.08<br />

SUMOL COMPAL 28-04-2010 1.38 -0.03 -2.13 1.38 1.35 14,305 1.52 1.26 0.00 0.00 -4.08<br />

VAA VISTA ALEGRE 28-04-2010 0.09 -0.01 -10.00 0.09 0.09 2,468 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 28-04-2010 0.07 0.01 16.67 0.07 0.06 32,303 0.10 0.06 0.00 0.00 -2.04<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 28-04-2010 0.07 0.01 16.67 0.07 0.06 32,303 0.10 0.06 0.00 0.00 -2.04<br />

Compartimento Estrangeiras<br />

BANCO POPULAR 28-04-2010 0.00 -0.12 -2.23 5.33 5.08 8,125 7.58 4.70 0.46 12-01-2009 8.54 5.71<br />

BANCO SANTANDER 28-04-2010 0.00 -0.41 -4.32 9.45 8.91 81,893 12.13 6.41 0.60 03-05-2010 6.32 -19.10<br />

E.SANTO FINANC N 08-04-2010 0.00 - - - - - 15.50 9.55 0.25 25-05-2009 1.70 -3.29<br />

E.SANTO FINANCIA 28-04-2010 0.00 -0.06 -0.42 14.20 14.14 14,876 15.49 10.60 0.25 25-05-2009 1.80 -4.25<br />

PAPELES Y CARTON 21-04-2010 0.00 - - - - - 4.25 2.60 0.03 16-01-2009 0.79 15.15<br />

SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.95 0.00 3.65 0.00<br />

As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />

Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual<br />

– diferença entre a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual<br />

a aquisição do título deixou de dar direito ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento<br />

anual – variação percentual da cotação em relação ao último preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização<br />

bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C – Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />

As últimas RECOMENDAÇÕES<br />

Sonae SGPS<br />

PREÇO-ALVO<br />

1,04€<br />

Cimpor<br />

PREÇO-ALVO<br />

5,48€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

0,761€<br />

POTENCIAL<br />

36,7%<br />

COMPRAR A AlphaValue reviu em baixa ligeira o preçoalvo<br />

para as acções da Sonae, de 1,06 euros para 1,04<br />

euros, mantendo a recomendação de ‘comprar’.<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

5,184€<br />

POTENCIAL<br />

5,7%<br />

REDUZIR A AlphaValue cortou a avaliação para a Cimpor,<br />

de 5,60 euros para 5,48 euros por acção, deixando<br />

inalterada a recomendação de ‘reduzir’.<br />

Jerónimo Martins<br />

PREÇO-ALVO<br />

7,92€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

7,22€<br />

POTENCIAL<br />

9,7%<br />

REDUZIR A AlphaValue reviu em baixa o preço-alvo para a<br />

Jerónimo Martins, passando de 7,98 euros para 7,92 euros,<br />

e reiterou a recomendação de ‘reduzir’.<br />

Média dos PREÇOS-ALVO<br />

EMPRESAS ‘TARGET’<br />

ALTRI 3,54<br />

BANCO BPI 2,49<br />

BCP 1,29<br />

BES 9,37<br />

BRISA 7,76<br />

CIMPOR 4,76<br />

EDP 3,89<br />

GALP ENERGIA 13,94<br />

EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />

J. MARTINS 5,43<br />

MOTA-ENGIL 4,23<br />

PORTUCEL 2,47<br />

PT 7,38<br />

REN 3,24<br />

SEMAPA 11,03<br />

S. INDÚSTRIA 3,01<br />

SONAE SGPS 1,31<br />

SONAECOM 3,38<br />

T. DUARTE -<br />

ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />

Metodologia: O preço-alvo médio é<br />

calculado tendo em conta as avaliações de<br />

sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />

ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />

Hot Stock BRISA<br />

COMENTÁRIO<br />

DE BOLSA<br />

Marta Reis<br />

marta.reis@economico.pt<br />

PSI 20 à boleia<br />

na montanha russa<br />

As descidas a pique, as subidas, os sustos esporádicos...<br />

houve ontem um pouco de tudo isto na<br />

bolsa portuguesa, qual viagem numa qualquer<br />

montanha russa.<br />

Em dia de forte volatilidade, o PSI 20 chegou a<br />

descer mais de 6%, recuperou e subiu 1,75% e,<br />

com a notícia do corte do ‘rating’ de Espanha pela<br />

Standard & Poor’s (S&P), voltou às quedas e fechou<br />

a perder 1,89%. Uma desvalorização em linha<br />

com as principais bolsas europeias, que reagiram<br />

negativamente à nota da S&P, e entre as quais<br />

a praça de Madrid se destacou, ao perder 3%.<br />

A bolsa portuguesa, as-<br />

sim como a maioria das<br />

cotadas do PSI 20, fechou<br />

em mínimos de um ano,<br />

numa sessão marcada<br />

ainda por um volume de<br />

transacções recorde: ontem foram negociados<br />

271 milhões de acções em Lisboa, a maior quantidade<br />

diária de sempre.<br />

Dos 20 títulos apenas a Brisa conseguiu fechar<br />

em alta, valorizando 1,86%. A menor queda pertenceu<br />

à Sonae, com um recuo de 0,26%, enquanto<br />

a Mota-Engil, com uma descida de<br />

8,33%, liderou as perdas do dia. Na banca, o BPI<br />

recuou 8,27%, o BES 2,69% e o BCP, que divulgou<br />

ontem resultados, caiu 1,94%.<br />

A EDP e a Galp deslizaram 1,33% e 2,22%, respectivamente,<br />

num dia em que a PT também<br />

caiu, terminando com uma queda de 0,67%. ■<br />

Vasco de Mello,<br />

Presidente da Brisa<br />

Brisa, o refúgio em dia de dilúvio<br />

As bolsas<br />

ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

PSI20DESVALORIZA17,10%EM2010<br />

No índice de referência da bolsa portuguesa, apenas<br />

Altri e Jerónimo Martins se mantêm em alta.<br />

9000<br />

8500<br />

8000<br />

7500<br />

7000<br />

31-12-2009<br />

28-04-2010<br />

Num dia de muitas quedas acentuadas na bolsa portuguesa, a<br />

Brisa foi a única empresa do PSI 20 a fechar em terreno positivo.<br />

Mas o desfecho esteve longe de ser evidente ao longo da sessão: a<br />

concessionária de auto-estradas fechou a valorizar 1,86%, depois<br />

de, durante a manhã, ter chegado a cair 9,51% e de, ao início da<br />

tarde, ter atingido uma valorização de 8,74%. Um reflexo da<br />

significativa volatilidade que atingiu todo o mercado. Positivo para<br />

a Brisa, que divulgou resultados após o fecho do mercado, foi a<br />

nota de que a AlphaValue reviu em alta a recomendação para as<br />

acções da empresa, de ‘acumular’ para ‘comprar’, com um preçoalvo<br />

a seis meses de 6,41 euros, o que representa um potencial de<br />

valorização de 22% face à cotação actual. A concessionária está a<br />

cair 26,9% desde início do ano. Quanto a resultados, o lucro da<br />

Brisa subiu 5% no primeiro trimestre para 17,7 milhões de euros,<br />

enquanto as receitas desceram 1% para 144,9 milhões de euros. ■


EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 13.48 0.3<br />

WALT DISNEY CO 36.27 -0.14<br />

KRAFT FOODS INC 29.88 1.29<br />

PROCTER & GAMBLE 63.33 1.12<br />

AMER EXPRESS CO 46.06 0.59<br />

GENERAL ELEC CO 18.98 1.5<br />

COCA-COLA CO 53.37 0.95<br />

AT&T 26.06 0.42<br />

BOEING CO 72.04 -0.61<br />

HOME DEPOT INC 35.19 -0.28<br />

MCDONALD'S CORP 70.15 -0.54<br />

THE TRAVELERS CO 51.01 0.95<br />

BANK OF AMERICA 17.66 1.09<br />

HEWLETT-PACKARD 53.36 0.21<br />

3M COMPANY 88.08 0.13<br />

EUA - Nasdaq<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

APPLE INC 260.64 -0.62<br />

COGNIZANT TECH 50.86 -1.22<br />

INTUIT INC 35.85 0.25<br />

PRICELINE COM 262.76 -0.58<br />

ADOBE SYS 35.29 -0.14<br />

CITRIX SYSTEMS 47.53 0.04<br />

INTUITIVE SURG 360.98 0.89<br />

PATTERSON COS 32.32 1.35<br />

AUTOMATIC DATA 44.08 -0.77<br />

DELL INC 16.53 0<br />

J.B. HUNT TRAN 36.98 0.82<br />

QUALCOMM INC 38.28 1<br />

AUTODESK INC 33.97 0.3<br />

DISH NETWORK A 21.56 -2.04<br />

JOY GLOBAL INC 60.84 0.5<br />

QIAGEN N.V. 22.22 0.14<br />

ALTERA CORP 25.58 0.91<br />

DIRECTV A 35.76 -0.83<br />

KLA TENCOR 33.73 0.21<br />

RSCH IN MOTION 71.22 -0.2<br />

APPLIED MATL 14.01 0.57<br />

EBAY INC 23.9 0.5<br />

LIFE TECH CORP 52.96 3.54<br />

ROSS STORES 56.72 -0.68<br />

AMGEN 58.28 0.76<br />

ELECTRONIC ART 19.68 -0.46<br />

LIBERTY INTER A 15.15 -1.75<br />

STARBUCKS CORP 26.28 -0.94<br />

AMAZON COM 139.7 -1.63<br />

EXPRESS SCRIPTS 101.17 -1.1<br />

LINEAR TECH 30.4 0.13<br />

SEARS HOLDING 119.47 0.81<br />

APOLLO GROUP 61.59 -0.52<br />

EXPEDITORS 39.74 0.43<br />

LOGITECH INTL 17.15 0.7<br />

SIGMA ALDRICH 58.33 0.38<br />

ACTIVISIN BLIZRD 10.84 -5.24<br />

EXPEDIA 23.58 -0.25<br />

LAM RESEARCH 41.24 0.46<br />

SANDISK CORP 41.48 -0.79<br />

BED BATH BEYOND 46.33 0.06<br />

FASTENAL CO 54.42 0.26<br />

MATTEL INC 23.25 -0.13<br />

STAPLES INC 23.67 -0.25<br />

BAIDU INC ADS 621 0.14<br />

FISERV INC 53.84 0.37<br />

MICROCHIP TECH 29.83 0.4<br />

STERICYCLE INC 56.65 1.16<br />

BIOGEN IDEC 52.32 0.42<br />

FLEXTRONICS 7.66 -3.65<br />

EUA - Standard & Poors 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 13.48 0.3<br />

CVS CAREMARK CRP 36.85 1.63<br />

JOHNSON&JOHNSON 64.73 0.7<br />

PROCTER & GAMBLE 63.33 1.12<br />

APPLE INC 260.64 -0.62<br />

CHEVRON 80.52 0.36<br />

JPMORGAN CHASE 43.4 2.33<br />

PHILIP MORRIS 49.24 1.65<br />

ABBOTT LABS 50.13 0.72<br />

DU PONT CO 39.49 0.23<br />

KRAFT FOODS INC 29.88 1.29<br />

QUALCOMM INC 38.28 1<br />

AMER ELEC PWR 33.56 0.66<br />

DELL INC 16.53 0<br />

COCA-COLA CO 53.37 0.95<br />

REGIONS FINANCL 8.56 1.54<br />

ALLSTATE CP 34.06 2.37<br />

WALT DISNEY CO 36.27 -0.14<br />

LOCKHEED MARTIN 84.59 0.11<br />

RAYTHEON CO 57.88 0.5<br />

AMGEN 58.28 0.76<br />

DOW CHEMICAL CO 31.68 5.35<br />

LOWES COMPANIES 27 0<br />

SPRINT NEXTEL 4.24 3.67<br />

AMAZON COM 139.7 -1.63<br />

DEVON ENERGY 67.65 1.61<br />

MASTERCARD CL A 254.1 -0.29<br />

SCHLUMBERGER LTD 70.07 -0.34<br />

AVON PRODUCTS 32.64 -0.15<br />

EMC CORP 19.49 0.72<br />

MCDONALD'S CORP 70.15 -0.54<br />

SARA LEE CORP 13.92 1.38<br />

AMER EXPRESS CO 46.06 0.59<br />

ENTERGY CP 80.98 0.77<br />

MEDTRONIC INC 43.59 0.39<br />

SOUTHERN 35.16 1.91<br />

BOEING CO 72.04 -0.61<br />

EXELON CORP 43.36 1.19<br />

METLIFE INC 44.74 0.99<br />

AT&T 26.06 0.42<br />

BANK OF AMERICA 17.66 1.09<br />

FORD MOTOR CO 13.17 -2.95<br />

3M COMPANY 88.08 0.13<br />

TARGET CORP 56.4 -0.48<br />

BAXTER INTL INC 48.03 1.24<br />

FRPRT-MCM GD 76.46 0.41<br />

ALTRIA GROUP 21.07 0.72<br />

TIME WARNER INC 32.88 0.64<br />

BAKER HUGHES INC 50.62 -0.63<br />

FEDEX CORP 90.55 0.93<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

ANGLO AMERICAN 2767.9006 0.23<br />

B SKY B 598.5281 -1.73<br />

3I GROUP 270.0081 -1.21<br />

OLD MUTUAL 114.77 2.84<br />

SHIRE 1443.6371 0.07<br />

ASSOC.BR.FOODS 1029 -1.43<br />

BT GROUP 126.1038 -1.26<br />

IMPERIAL TOBACCO 1960.3719 -0.41<br />

PETROFAC 1127.5338 -2.18<br />

STANDARD LIFE 193.2068 -1.02<br />

ADMIRAL GROUP 1357.2264 -0.99<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

UNITED TECH CP 74.31 -0.01<br />

CATERPILLAR INC 69.02 0.72<br />

INTL BUS MACHINE 130.04 0.95<br />

MERCK & CO 34.45 -0.09<br />

VERIZON COMMS 29.16 1.43<br />

CISCO SYSTEMS 27.22 0.7<br />

INTEL CORP 23.17 -0.86<br />

MICROSOFT CP 30.89 0.1<br />

WAL-MART STORES 53.71 -0.61<br />

CHEVRON 80.52 0.36<br />

JOHNSON&JOHNSON 64.73 0.7<br />

PFIZER INC 16.59 0.79<br />

EXXON MOBIL 69.4 1.66<br />

DU PONT CO 39.49 0.23<br />

JPMORGAN CHASE 43.4 2.33<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MILLICOM INTL 85.39 -2.05<br />

SEAGATE TECH 19.41 -1.12<br />

BMC SOFTWARE 39.5 -0.73<br />

FLIR SYSTEMS 30.6 1.06<br />

MARVELL TECH GP 21.48 0.28<br />

SYMANTEC CORP 17.16 1.3<br />

BROADCOM CORP 35.44 1.87<br />

FIRST SOLAR 128.72 0.28<br />

MICROSOFT CP 30.89 0.1<br />

TEVA PHARM 58.66 -1.74<br />

CA IN 23.18 -0.17<br />

FOSTER WHEELR AG 30.43 -1.23<br />

MAXIM INTEGRATED 20.17 0.2<br />

URBAN OUTFITTER 38.41 -2.02<br />

CELGENE CORP 59.05 1.13<br />

GENZYME 53.36 0.77<br />

MYLAN INC 21.51 0.7<br />

VIRGIN MEDIA 17.61 0.51<br />

CEPHALON INC 64.04 -0.76<br />

GILEAD SCI 40.52 0.37<br />

NII HOLDINGS 39.16 1.14<br />

VODAFONE GROUP 21.8 -1.54<br />

CERNER CORP 89.48 0.18<br />

GOOGLE 528.88 -0.03<br />

NETAPP INC 35.2 1<br />

VERISIGN INC 26.7 -1.51<br />

CHECK PT SFTWRE 35.59 -1.03<br />

GARMIN LTD 37.96 -0.5<br />

NVIDIA CORP 16 -0.74<br />

VERTEX PHARM 38.56 -0.28<br />

CH ROBINSON WW 60.92 1.08<br />

HOLOGIC INC 18.07 0.72<br />

NEWS CORP A 15.55 -0.89<br />

WRNER CHIL PLC A 27.2 1.27<br />

COMCAST CORP A 18.74 1.52<br />

HENRY SCHEIN 61.87 1.16<br />

ORACLE CORP 26.04 0.19<br />

WYNN RESORTS 88.04 -0.41<br />

COSTCO WHOLESAL 59.19 0.03<br />

ILLUMINA INC 37.8 2.36<br />

O REILLY AUTO 46.18 0.65<br />

XILINX INC 26.48 0.65<br />

CISCO SYSTEMS 27.22 0.7<br />

INFOSY TECH ADR 60.38 -0.17<br />

PAYCHEX INC 31.14 -0.35<br />

DENTSPLY INTL 36.79 1.04<br />

CINTAS CORP 27.43 -0.22<br />

INTEL CORP 23.17 -0.86<br />

PACCAR INC 46.5 0.06<br />

YAHOO! INC 16.78 -0.83<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MONSANTO CO 63.07 -0.49<br />

TEXAS INSTRUMENT 26.31 -0.42<br />

BANK NY MELLON 31.3 1.69<br />

GENERAL DYNAMICS 76.79 0.3<br />

MERCK & CO 34.45 -0.09<br />

UNITEDHEALTH GP 30.48 2.28<br />

BRISTOL MYERS SQ 24.4 0.78<br />

GENERAL ELEC CO 18.98 1.5<br />

MORGAN STANLEY 30.35 1.57<br />

UNITED PARCEL B 67.82 2.42<br />

BERKSHIRE CL B 77.42 0.95<br />

GILEAD SCI 40.52 0.37<br />

MICROSOFT CP 30.89 0.1<br />

US BANCORP 26.65 1.6<br />

CITIGROUP 4.43 2.07<br />

GOOGLE 528.88 -0.03<br />

NIKE INC CL B 76.5 -0.31<br />

UNITED TECH CP 74.31 -0.01<br />

CATERPILLAR INC 69.02 0.72<br />

GOLDM SACHS GRP 156.37 2.18<br />

NTL OILWELL VARC 44.08 1.61<br />

VERIZON COMMS 29.16 1.43<br />

COLGATE PALMOLIV 84.6 1.21<br />

HALLIBURTON CO 32.85 0.12<br />

NORFOLK SOUTHERN 59.09 -0.94<br />

WALGREEN CO 35.29 1.12<br />

COMCAST CORP A 18.74 1.52<br />

HOME DEPOT INC 35.19 -0.28<br />

NEWS CORP A 15.55 -0.89<br />

WELLS FARGO & CO 32.38 2.08<br />

CAP ONE FINAN 43.93 1.48<br />

H J HEINZ CO 45.89 0.95<br />

NYSE EURONEXT 32.4 -0.74<br />

WILLIAMS COMPS 23.55 0.08<br />

CONOCOPHILLIPS 58.57 1.79<br />

HONEYWELL INTL 46.97 0.06<br />

ORACLE CORP 26.04 0.19<br />

WAL-MART STORES 53.71 -0.61<br />

COSTCO WHOLESAL 59.19 0.03<br />

HEWLETT-PACKARD 53.36 0.21<br />

OCCIDENTAL PETE 84.71 0.43<br />

WEYERHAEUSER CO 49.75 -0.64<br />

CAMPBELL SOUP CO 35.39 0.8<br />

INTL BUS MACHINE 130.04 0.95<br />

PEPSICO INC 64.58 0.54<br />

EXXON MOBIL 69.4 1.66<br />

CISCO SYSTEMS 27.22 0.7<br />

INTEL CORP 23.17 -0.86<br />

PFIZER INC 16.59 0.79<br />

XEROX CORP 10.94 1.2<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

CARNIVAL 2816.3579 -2.23<br />

INVESTEC 516.0437 -1.44<br />

PRUDENTIAL 545.5 1.02<br />

SMITHS GROUP 1106.0332 -1.07<br />

AGGREKO 1200.5378 -2.37<br />

CENTRICA 296.0089 -4.82<br />

INTL POWER 329.9985 -1.17<br />

PEARSON 1012 -2.03<br />

SMITH&NEPHEW 679.4525 0.59<br />

AMEC 833.025 -1.3<br />

CAIRN ENERGY 396.943 -0.2<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

PSI 20 Portugal 7016.9 -135.52 -1.89 8877.6 7151.12 8463.85 -17.09564796 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />

PSI Geral Portugal 2443.93 -50.63 -2.03 3020.92 2494.56 2902.26 -15.79217575 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />

PSI 20 Total Return Portugal 11750.19 -226.93 -1.89 14713.3 11851.92 14027.58 -16.2350883 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />

Dow Jones Ind. Ave. EUA 11046.85 54.86 0.5 11258.01 7938.98 10428.05 5.93399533 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />

Nasdaq Composite EUA 2470.5 -0.97 -0.04 2535.28 1661.4 2269.15 8.873366679 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />

FTSE 100 R. Unido 5586.61 -16.91 -0.3 5833.73 5033.01 5412.88 3.209566811 6950.6 30 DEC 1999 986.9 23 JUL 1984<br />

Xetra-Dax Alemanha 6084.34 -75.17 -1.22 6341.52 5433.02 5957.43 2.13028101 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />

CAC 40 França 3787 -57.6 -1.5 4088.18 3545.91 3936.33 -3.793635188 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />

IBEX 35 Espanha 10167 -313.9 -2.99 12240.5 8503.7 11940 -14.84924623 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />

AEX Holanda 344.55 -4.57 -1.31 358.23 311.53 335.33 2.749530313 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />

BEL 20 Bélgica 2506.19 -61.49 -2.39 2725.69 2375.72 2511.62 -0.216195125 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />

Nikkei 225 Japão 10924.79 -287.87 -2.57 11408.17 9867.39 0 0 38915.87 29 DEC 1989 85.25 06 JUL 1950<br />

Hang Seng Hong Kong 20949.4 -312.39 -1.47 22671.92 19423.05 21872.5 -4.220368042 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />

DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2543.28 -22.89 -0.89 2717.52 2359.4 2578.92 -1.38197385 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />

DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 2788.54 -50.24 -1.77 3044.37 2617.77 2966.24 -5.990749231 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />

FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1056.89 -12.27 -1.15 1115.03 964.22 1045.76 1.064297736 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />

FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 2233.16 -22.37 -0.99 2363.94 2050.97 2233.67 -0.022832379 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />

Euronext 100 Pan-europeu 674.07 -9.77 -1.43 719.69 625.53 683.76 -1.417163917 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />

Next 150 Pan-europeu 1484.91 -39.28 -2.58 1568.58 1332.39 1386.24 7.117815097 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />

S&P 500 EUA 1191.24 7.53 0.64 1150.5 715.64 1115.1 6.828087167 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />

Bovespa Brasil 66747.73 236.63 0.36 71989.18 61341.11 68588.41 -2.683660403 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />

Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

Automovel 240.46 -4.22 -1.72 253.39 199.72 235.83 1.96 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />

Banca 213.43 -2.61 -1.21 237.52 189.30 221.27 -3.54 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />

Recursos Básicos 530.51 -4.17 -0.78 584.16 443.65 497.98 6.53 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />

Ind. Quimica 463.78 -7.11 -1.51 483.01 421.30 463.06 0.16 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />

Construção 279.55 -4.76 -1.67 298.66 247.35 277.56 0.72 481.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />

Energia 339.66 0.91 0.27 353.67 304.14 330.54 2.76 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />

Serviços Financeiros 235.21 -5.28 -2.20 249.63 207.22 232.87 1.00 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />

Alimentação e bebidas 320.05 -5.84 -1.79 332.70 292.06 304.28 5.18 337.56 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />

Bens e serviços Industriais 273.23 -5.03 -1.81 287.59 235.82 246.69 10.76 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />

Seguros 147.84 -2.96 -1.96 163.74 137.86 151.43 -2.37 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />

Media 168.30 -4.55 -2.63 179.19 149.82 159.15 5.75 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />

Cuidados Médicos 370.63 -1.96 -0.53 387.29 360.02 366.09 1.24 523.48 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />

Tecnologia 207.51 -3.98 -1.88 223.57 185.07 184.35 12.56 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />

Telecomunicações 247.04 -2.37 -0.95 264.30 242.26 260.93 -5.32 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />

Fornecedores de serv. Públicos 322.79 -5.30 -1.62 347.15 313.02 342.49 -5.75 563.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

Cot. £ %<br />

INMARSAT 741.5222 -0.92<br />

RECKIT BNCSR GRP 3426.1028 -1.89<br />

SERCO GROUP 634 -1.25<br />

ANTOFAGASTA 1008.4553 -1.27<br />

COBHAM 262.6079 -0.04<br />

INVENSYS 333.4044 -1.48<br />

ROYAL BANK SCOT 55.5893 -1.87<br />

SCOT & STH ENRGY 1106.9659 -1.16<br />

ARM HOLDINGS 257 -1.47<br />

COMPASS GROUP 525 -1.22<br />

INTERTEK GROUP 1459.7946 -0.68<br />

ROYAL DTCH SHL A 2051.0615 2.33<br />

STANDRD CHART BK1739.6217 0.23<br />

ALLIANCE TRUST 339 -1.19<br />

CAPITA GROUP 801.024 -0.56<br />

JOHNSON MATTHEY 1711.0684 -2.08<br />

ROYAL DTCH SHL B 1967.717 2.47<br />

SEVERN TRENT 1152.2804 -1.96<br />

AUTONOMY CORP 1764.4333 -3.13<br />

CABLE & WIRE WLD 88.7489 -2.37<br />

KAZAKHMYS 1374.952 -0.72<br />

REED ELSEVIER 509.7559 -3.96<br />

THOMAS COOK GRP 246.6074 -3.47<br />

AVIVA 350.0437 -1.74<br />

DIAGEO 1104.0331 -0.45<br />

KINGFISHER 238.1747 -2.54<br />

REXAM PLC 317.0297 -1.41<br />

TULLOW OIL 1175.35 0.6<br />

ASTRAZENECA 2832.1008 -0.09<br />

MAN GROUP 241.78 -3.59<br />

LAND SECS GROUP 646.0194 -0.93<br />

RIO TINTO 3546 -1.69<br />

TESCO 434.5439 -4.02<br />

BAE SYSTEMS 348.2104 -1.97<br />

EURASIAN 1202.5306 -0.58<br />

LEGAL & GENERAL 84.05 -1.29<br />

ROLLS ROYCE GP 576.0173 -2.37<br />

TUI TRAVEL 277.4 -2.15<br />

BARCLAYS 355.1929 -1.46<br />

EXPERIAN 599.65 -1.32<br />

Espanha - IBEX 35<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ABERTIS 13.03 -1.81<br />

ABENGOA 18.185 -2.02<br />

ACS CONS Y SERV 33.3 -1.83<br />

ACERINOX 14.755 -1.63<br />

ACCIONA SA 74.19 -3.27<br />

BBVA 9.61 -4.76<br />

BANKINTER 5.45 -0.91<br />

BOLSAS Y MER ESP 20.41 -3.98<br />

BANESTO 7.705 -1.97<br />

CRITERIA CAIXA 3.58 -3.63<br />

ENDESA 20.755 -3.96<br />

ENAGAS 14.255 -3.03<br />

EBRO PULEVA 13.5 -1.06<br />

FOMENTO DE CONST 24.55 -0.41<br />

FERROVIAL 6.575 -0.18<br />

GAMESA 8.9 -5.32<br />

GAS NATURAL 12.205 -3.52<br />

GRIFOLS 10.085 -1.75<br />

Suíça - SMI<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

ABB LTD N 20.91 -3.1<br />

ACTELION HLDG 43.81 -1.24<br />

ADECCO N 63.05 -2.02<br />

CS GROUP AG 50.1 -0.69<br />

HOLCIM N 80.75 -2.24<br />

JULIUS BAER N 37 -1.96<br />

LONZA GRP AG N 82.25 -1.79<br />

NESTLE SA 51.85 -2.17<br />

NOVARTIS N 55.35 0.09<br />

RICHEMONT I 39.61 -2.08<br />

ROCHE HOLDING AG 168.5 -0.71<br />

SGS N 1399 -2.64<br />

SWATCH GROUP I 316.1 -2.5<br />

LIBERTY INTL 489 -0.41<br />

RANDGOLD RES. 5295.8794 3.39<br />

UNILEVER 1916 -1.59<br />

BRIT AM TOBACCO 2120.3135 -1.52<br />

FRESNILLO 806.9169 0.44<br />

LLOYDS BNK GRP 67.7224 -1.47<br />

RSA INSRANCE GRP 120.1036 -0.5<br />

UNITED UTIL GRP 536.5157 -2.2<br />

BRITISH AIRWAYS 225.8251 -2.47<br />

G4S 267.908 -0.71<br />

LONMIN PLC 1881.4517 -0.89<br />

SABMILLER 2007.8834 -2.05<br />

VEDANTA RES 2624.498 -2.03<br />

BG GROUP 1130 3.93<br />

GLAXOSMITHKLINE 1218.5657 0.25<br />

LOND STOCK EXCH 684.5 -2.49<br />

SAINSBURY(J) 339.3072 -0.24<br />

VODAFONE GROUP 140.21 -0.21<br />

BR LAND CO 468.4627 -1.48<br />

HAMMERSON 378.3113 -1.07<br />

MARKS & SP. 365.4104 -2.06<br />

SCHRODERS 1370.6 -0.73<br />

WOLSELEY 1599.048 -2.92<br />

BHP BILLITON 2040.1263 -0.12<br />

HOME RETAIL 277.1083 -1.39<br />

MORRISON SUPMKT 293.7088 -0.75<br />

SCHRODERS NV 1098.47 -1.09<br />

WPP PLC 682 -4.54<br />

BUNZL 739.0222 -1.06<br />

HSBC HOLDINGS 669.815 0.03<br />

NATIONAL GRID 633.2 -1.09<br />

SAGE GROUP 244.0953 -2.18<br />

WHITBREAD 1588.26 -2.46<br />

BP 615.0196 2.46<br />

ICAP PLC 375.5376 -2.03<br />

NEXT 2242.0674 -2.05<br />

SEGRO 307.3 -2.35<br />

XSTRATA 138.75 -0.92<br />

BURBERRY GRP 662 -3.75<br />

INTERCONT HOTEL 1074.707 -1.2<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

IBERDROLA 5.851 -2.95<br />

IBERIA LIN AER 2.47 -3.25<br />

IBR RENOVABLES 2.87 -0.86<br />

INDRA SISTEMAS 15.08 -0.59<br />

INDITEX 45.71 -3.91<br />

MAPFRE 2.333 -6.83<br />

ARCELORMITTAL 30.91 -1.09<br />

OBR HUARTE LAIN 21.525 -1.76<br />

BK POPULAR 5.16 -2.46<br />

RED ELECTR CORP 34.39 -4.63<br />

REPSOL YPF 16.85 -2.91<br />

BCO DE SABADELL 3.785 -0.92<br />

BANCO SANTANDER 9.1 -4.18<br />

SACYR-VALLE 5.504 -3.06<br />

TELEFONICA 16.5 -1.49<br />

GEST TELECINCO 10.295 -6.79<br />

TECNICAS REUN 44.57 -2.65<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

SWISS LIFE HLDG 131.7 -2.01<br />

SWISS REINSUR N 47.66 -2.99<br />

SWISSCOM N 381.5 -0.93<br />

SYNGENTA N 265.7 -0.6<br />

SYNTHES 126.2 -1.02<br />

UBS AG N 16.65 -1.42<br />

ZURICH FIN N 239.5 -1.44<br />

ZURICH FIN N 239.5 -1.44<br />

SYNGENTA N 265.7 -0.6<br />

SYNTHES 126.2 -1.02<br />

UBS AG N 16.65 -1.42<br />

ZURICH FIN N 239.5 -1.44<br />

ZURICH FIN N 239.5 -1.44<br />

Alemanha - Dax<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ADIDAS AG 43.085 -1.99<br />

FRESENIUS SE VZ 54.71 0.55<br />

ALLIANZ SE 84.82 -2.01<br />

HENKEL AG&CO VZ 39.835 -1.33<br />

BASF SE 46.4 -1.5<br />

INFINEON TECH N 5.25 -0.19<br />

BAY MOT WERKE 36.79 -0.73<br />

K+S AG 43.15 -1.43<br />

BAYER N AG 50.15 -0.91<br />

LINDE 87.36 -1.65<br />

BEIERSDORF 43.015 -1.32<br />

MAN SE 66.8 -3.58<br />

COMMERZBANK 5.952 -2.44<br />

MERCK KGAA 62.88 -2.24<br />

DAIMLER AG N 37.765 -0.44<br />

Itália - Mibtel<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GENERALI ASS 15.83 -0.44<br />

MEDIASET 5.795 -0.77<br />

MEDIOBANCA 7.03 -0.07<br />

MEDIOLANUM 3.7775 0.47<br />

SAIPEM 27.51 -0.4<br />

SNAM RETE GAS 3.5375 0.07<br />

STMICROELEC.N.V 7.02 -0.14<br />

Holanda - AEX<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ESTX 50 PR 2788.54 -1.77<br />

AEX-Index 344.55 -1.31<br />

AEGON 5.097 -1.81<br />

AHOLD KON 10.235 0.34<br />

AIR FRANCE - KLM 11.62 -3.17<br />

AKZO NOBEL 44.715 -2.45<br />

ARCELORMITTAL 31 -0.7<br />

ASML HOLDING 25.09 -3.2<br />

BAM GROEP KON 5.657 -3.1<br />

BOSKALIS WESTMIN 32.33 -2.69<br />

CORIO 43.695 -2.41<br />

FUGRO 48.97 -1.63<br />

França - CAC 40<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 41.81 -3.55<br />

AIR LIQUIDE 85.42 -2.12<br />

ALCATEL-LUCENT 2.356 -5.19<br />

ALSTOM 44.34 -1.78<br />

ARCELORMITTAL 31 -0.7<br />

AXA 15.145 -3.1<br />

BNP PARIBAS 50.98 0.49<br />

BOUYGUES 36.665 -0.24<br />

CAP GEMINI 37 -3.03<br />

CARREFOUR 36.06 -2.87<br />

CREDIT AGRICOLE 11.05 -3.41<br />

DANONE 43.16 -1.92<br />

DEXIA 4.1 -3.28<br />

EADS 13.94 -0.68<br />

EDF 39.95 0.45<br />

ESSILOR INTERNAT 45.395 -1.21<br />

FRANCE TELECOM 16.335 -1.03<br />

GDF SUEZ 26.33 -1.86<br />

L OREAL 79 -1.86<br />

L.V.M.H. 85.08 -1.41<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

METRO AG 44.84 -2.46<br />

DEUTSCHE BANK N 52.24 -0.67<br />

MUENCH. RUECK N 112.75 -0.88<br />

DEUTSCHE POST NA 13.065 -0.76<br />

RWE AG 60.91 -0.21<br />

DT BOERSE N 55.11 -2.22<br />

SALZGITTER 61.39 -2.37<br />

DT LUFTHANSA AG 12.205 -1.73<br />

SAP AG 35.765 -2.94<br />

DT TELEKOM N 9.644 -0.69<br />

SIEMENS N 71.98 -1.44<br />

E.ON AG NA 27.73 -0.07<br />

THYSSEN KRUPP 24.515 -1.13<br />

FRESENIUS MEDI 41.2 -0.99<br />

VOLKSWAGEN VZ 68.6 -3.43<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

UNICREDIT 1.9825 -0.38<br />

TENARIS 15.43 0.19<br />

TERNA 3.035 0.5<br />

UBI BANCA 9.51 0.11<br />

UNICREDIT 1.9825 -0.38<br />

UNICREDIT 1.9825 -0.38<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

HEINEKEN 35.39 -2.26<br />

ING GROEP 6.714 -3.89<br />

KONINKLIJKE DSM 33.905 -1.44<br />

KPN KON 10.925 -0.41<br />

PHILIPS KON 25.44 -1.85<br />

R.DUTCH SHELL A 23.555 1.64<br />

RANDSTAD 39.785 -1.14<br />

REED ELSEVIER 8.882 -1.63<br />

SBM OFFSHORE 14.79 -1.5<br />

TNT 22.37 -1.89<br />

TOMTOM N.V. 5.897 -3.47<br />

UNIBAIL RODAMCO 140.6 -3.47<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

LAFARGE 54.22 -2.95<br />

LAGARDERE S.C.A. 29.38 -1.13<br />

MICHELIN 52.5 -2.05<br />

PERNOD RICARD 62.99 -3.26<br />

PEUGEOT 22.325 -2.51<br />

PPR 103.95 -1.38<br />

RENAULT 34.75 -4.01<br />

SAINT-GOBAIN 36.59 -3.14<br />

SANOFI-AVENTIS 51.88 -0.44<br />

SCHNEIDER ELECTR 83.29 -2.56<br />

SOCIETE GENERALE 40.91 -0.33<br />

STMICROELECTRONI 7.038 0.11<br />

SUEZ ENV 15.58 -0.76<br />

TECHNIP 58.37 -4.44<br />

TOTAL 41.25 -0.73<br />

UNIBAIL RODAMCO 140.6 -3.47<br />

VALLOUREC 145.6 -0.07<br />

VEOLIA ENVIRON 23.86 -1.47<br />

VINCI 41.685 -0.84<br />

VIVENDI 19.445 -2.78<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 43<br />

BOLSAS INTERNACIONAIS<br />

Bélgica - Bel 20<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ESTX 50 PR 2788.54 -1.77<br />

BEL20 2506.19 -2.39<br />

ACKERMANS V.HAAR 50.52 -3.42<br />

BEKAERT 132.35 -3.75<br />

BELGACOM 25.465 -1.05<br />

COFINIMMO-SICAFI 99.53 -1.7<br />

COLRUYT 182.95 -0.19<br />

DELHAIZE GROUP 61.7 -0.55<br />

DEXIA 4.1 -3.28<br />

FORTIS 2.22 -7.42<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GBL 62.89 -2.8<br />

GDF SUEZ 26.33 -1.86<br />

AB INBEV 35.7 0<br />

KBC GROEP 32.87 -3.97<br />

MOBISTAR 45.28 -1.37<br />

NAT PORTEFEUIL D 38.5 -3.64<br />

OMEGA PHARMA 36.5 -0.57<br />

SOLVAY 71.59 -2.2<br />

UCB 29 -1.68<br />

Euronext - Euronext 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 41.81 -3.55<br />

ADP 61.23 -1.27<br />

AEGON 5.097 -1.81<br />

AHOLD KON 10.235 0.34<br />

AIR FRANCE - KLM 11.62 -3.17<br />

AIR LIQUIDE 85.42 -2.12<br />

AKZO NOBEL 44.715 -2.45<br />

ALSTOM 44.34 -1.78<br />

ALCATEL-LUCENT 2.356 -5.19<br />

ASML HOLDING 25.09 -3.2<br />

AXA 15.145 -3.1<br />

BELGACOM 25.465 -1.05<br />

B.COM.PORTUGUES 0.658 -1.94<br />

B.ESPIRITO SANTO 3.153 -2.69<br />

BNP PARIBAS 50.98 0.49<br />

BOUYGUES 36.665 -0.24<br />

BRISA 5.246 1.86<br />

BUREAU VERITAS 41.41 -2.22<br />

CREDIT AGRICOLE 11.05 -3.41<br />

CAP GEMINI 37 -3.03<br />

CARREFOUR 36.06 -2.87<br />

CASINO GUICHARD 65.45 -1.56<br />

NATIXIS 3.796 -3.78<br />

CNP ASSURANCES 63.81 -3.76<br />

COLRUYT 182.95 -0.19<br />

CORIO 43.695 -2.41<br />

DANONE 43.16 -1.92<br />

DASSAULT SYSTEM 46.615 -2.68<br />

DELHAIZE GROUP 61.7 -0.55<br />

DEXIA 4.1 -3.28<br />

CHRISTIAN DIOR 79.12 -1.58<br />

KONINKLIJKE DSM 33.905 -1.44<br />

EADS 13.94 -0.68<br />

EDF 39.95 0.45<br />

EDP 2.587 -1.33<br />

EDP RENOVAVEIS 5.024 -0.77<br />

REED ELSEVIER 8.882 -1.63<br />

ERAMET 262.1 -3.3<br />

ESSILOR INTERNAT 45.395 -1.21<br />

EUTELSAT COMM. 26.385 -1.55<br />

SODEXO 45.75 -1.2<br />

FORTIS 2.22 -7.42<br />

EIFFAGE 37.65 -1.44<br />

FRANCE TELECOM 16.335 -1.03<br />

GALP ENERGIA 11.685 -2.22<br />

GBL 62.89 -2.8<br />

GDF SUEZ 26.33 -1.86<br />

HEINEKEN 35.39 -2.26<br />

HERMES INTL 97.62 -1.32<br />

ICADE 72.38 -2.86<br />

Euronext - Next 150<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ACKERMANS V.HAAR 50.52 -3.42<br />

AGFA-GEVAERT 5.45 -6.2<br />

ARKEMA 31.25 -3.12<br />

ALTRI SGPS SA 4.131 -4.11<br />

ALTRAN TECHN. 3.554 -3<br />

APRIL GROUP 23.835 -2.56<br />

ARCADIS 16.1 -1.04<br />

ASM INTERNATIONA 20.545 -2<br />

ATOS ORIGIN 37.02 -3.23<br />

BAM GROEP KON 5.657 -3.1<br />

BARCO 39.72 -2.36<br />

BANCO BPI SA 1.531 -8.27<br />

BEFIMMO-SICAFI 56.79 -2.79<br />

BEKAERT 132.35 -3.75<br />

BIC 57.94 -2.36<br />

BINCKBANK 10.425 -3.83<br />

BIOMERIEUX 80.99 -2.32<br />

BANIF-SGPS 0.94 -6<br />

BONDUELLE 81.1 -1.51<br />

BOSKALIS WESTMIN 32.33 -2.69<br />

WESSANEN KON 2.849 -2.26<br />

CARBONE-LORRAINE 26.785 -2.37<br />

SECHE ENVIRONNEM 54.94 -0.65<br />

AREVA CI 380 -0.6<br />

C F E 39.7 -6.63<br />

BENETEAU 12.96 -3.36<br />

CMB 23.62 -2.92<br />

CLUB MEDITERRANE 12.425 -4.13<br />

COFINIMMO-SICAFI 99.53 -1.7<br />

CRUCELL 15.38 0.33<br />

CSM 23.79 -1.82<br />

DERICHEBOURG 3.24 -4.87<br />

DRAKA HOLDING 14.41 -3.87<br />

EDF ENERG NOUV 33.965 -2.15<br />

EULER HERMES 60.25 -2.03<br />

FAURECIA 14.96 -5.88<br />

EURONAV 17.08 -4.58<br />

EUROFINS SCIENT 32.955 -1.18<br />

EURAZEO 51.48 -1.25<br />

HAVAS 3.9 -1.17<br />

EVS BROADC.EQUIP 40.47 -4.21<br />

EXACT HOLDING 19.115 -1.97<br />

FAIVELEY TRANSPO 60.15 -2.27<br />

FONC DES REGIONS 76.29 -2.94<br />

FUGRO 48.97 -1.63<br />

RALLYE 27.35 -1.97<br />

STALLERGENES 58.5 -1.35<br />

CGG VERITAS 23.025 -3.26<br />

GROUP EUROTUNNEL 6.902 -5.21<br />

GIMV 39.65 -1.52<br />

GL EVENTS 21 0.82<br />

BOURBON 31.73 -2.83<br />

GRONTMIJ 17.31 -1.09<br />

GEMALTO 31.55 -2.86<br />

GUYENNE GASCOGNE 77 -1.26<br />

DIETEREN 348 -6.14<br />

IMTECH 23.3 -1.27<br />

INGENICO 18.725 -1.45<br />

IPSEN 35.545 -2.47<br />

IPSOS 28.705 -3.67<br />

KARDAN NV 4.24 -1.58<br />

LOGICA 1.586 -2.7<br />

ALTEN 21.665 -1.55<br />

MANITOU BF 13.25 -4.4<br />

MARTIFER 2.2 -7.95<br />

MAUREL ET PROM 11.555 -3.02<br />

MEETIC 20.35 -1.26<br />

MERCIALYS 24.15 -2.23<br />

M6-METROPOLE TV 19.005 -2.06<br />

MOTA ENGIL 2.521 -8.33<br />

WENDEL 48 0.6<br />

NICOX 8.093 0.53<br />

NEXITY 27.325 -2.45<br />

NEXANS 57.38 -2.27<br />

NEOPOST 58.8 -0.73<br />

ILIAD 74.58 -1.53<br />

IMERYS 46.475 -0.32<br />

ING GROEP 6.714 -3.89<br />

ARCELORMITTAL 31 -0.7<br />

JC DECAUX SA 21.32 -2.89<br />

J MARTINS SGPS 7.22 -3.26<br />

KBC GROEP 32.87 -3.97<br />

KPN KON 10.925 -0.41<br />

LAFARGE 54.22 -2.95<br />

LAGARDERE S.C.A. 29.38 -1.13<br />

LEGRAND 23.465 -2.61<br />

KLEPIERRE 26.22 -2.78<br />

L.V.M.H. 85.08 -1.41<br />

MICHELIN 52.5 -2.05<br />

MOBISTAR 45.28 -1.37<br />

L OREAL 79 -1.86<br />

PERNOD RICARD 62.99 -3.26<br />

PEUGEOT 22.325 -2.51<br />

PHILIPS KON 25.44 -1.85<br />

PPR 103.95 -1.38<br />

PORTUGAL TELECOM 7.413 -0.67<br />

PUBLICIS GROUPE 32.445 -1.99<br />

RANDSTAD 39.785 -1.14<br />

R.DUTCH SHELL A 23.555 1.64<br />

RENAULT 34.75 -4.01<br />

SAFRAN 18.42 -1.71<br />

SANOFI-AVENTIS 51.88 -0.44<br />

SCHNEIDER ELECTR 83.29 -2.56<br />

SCOR SE 17.725 -1.2<br />

SES 16.77 -0.09<br />

SUEZ ENV 15.58 -0.76<br />

VINCI 41.685 -0.84<br />

SAINT-GOBAIN 36.59 -3.14<br />

SOCIETE GENERALE 40.91 -0.33<br />

SOLVAY 71.59 -2.2<br />

STMICROELECTRONI 7.038 0.11<br />

THALES 27.845 -1.78<br />

TECHNIP 58.37 -4.44<br />

TF1 13.37 -3.36<br />

TNT 22.37 -1.89<br />

TOTAL 41.25 -0.73<br />

UCB 29 -1.68<br />

UNIBAIL RODAMCO 140.6 -3.47<br />

UNILEVER CERT 22.52 -1.64<br />

VEOLIA ENVIRON 23.86 -1.47<br />

VIVENDI 19.445 -2.78<br />

VALLOUREC 145.6 -0.07<br />

WOLTERS KLUWER 15.37 0.13<br />

WOLTERS KLUWER 15.37 0.13<br />

WOLTERS KLUWER 15.37 0.13<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

NIEUWE STEEN INV 15.05 -2.49<br />

TEN CATE KON 19.8 -3.27<br />

NUTRECO 45.815 -2.4<br />

NYRSTAR (D) 10.07 -1.27<br />

OCE 8.648 1.74<br />

OMEGA PHARMA 36.5 -0.57<br />

MEDIQ 13.785 -3.53<br />

ORPEA 31.325 -0.62<br />

PROLOGIS EUR PRP 4.763 -1.41<br />

PORTUCEL 1.88 -1.57<br />

PIERRE &VACANCES 58.11 -4.49<br />

HAULOTTE GROUP 8.65 -5.15<br />

REMY COINTREAU 40.775 -2.73<br />

REN 2.577 -0.31<br />

RHODIA 16.84 -5.95<br />

RHJ INTERN. 6.33 -3.95<br />

TELEPERFORMANCE 25.935 -2.72<br />

RUBIS 62.07 -2.79<br />

REXEL 12.43 -2.2<br />

SAFT 28.6 -1.33<br />

SBM OFFSHORE 14.79 -1.5<br />

SEB 54.96 0.38<br />

SECHILIENNE SIDE 22.9 -3.03<br />

SEMAPA 7.174 -5.61<br />

SILIC 87.8 -2.7<br />

EUROCOMMERCIAL 28.08 -0.95<br />

SELOGER.COM 29.8 1.88<br />

SLIGRO FOOD GP 24.53 -2.21<br />

SMIT INTERNA 60 0<br />

SONAECOM SGPS 1.23 -5.82<br />

SOITEC 10.475 -3.37<br />

SONAE INDUSTRIA 2.054 -5.35<br />

SOPRA GROUP 59.6 2.3<br />

SPERIAN PROTEC 69.85 -0.07<br />

SNS REAAL 4.36 -4.78<br />

TEIXEIRA DUARTE 0.82 -4.65<br />

GROUPE STERIA 23.865 -4.2<br />

TESSENDERLO 23.12 -1.95<br />

TECHNICOLOR 0.941 -6.46<br />

TELENET GRP HLDG 22.115 -1.99<br />

TOMTOM N.V. 5.897 -3.47<br />

TRANSGENE 15.82 -3.77<br />

TKH GROUP NV 15.6 -0.83<br />

UBISOFT ENTERT. 9.525 -3.56<br />

UMICORE 27.28 -1.5<br />

USG PEOPLE N.V. 13.4 -2.76<br />

VASTNED RETAIL 43.2 -4.53<br />

VILMORIN & Cie 71.93 -0.73<br />

VIRBAC 82.49 -1.52<br />

VALEO 25.73 -1.87<br />

VOPAK 61.52 -1.96<br />

SEQUANA 11.77 -4.81<br />

WAVIN NV 1.5 4.17<br />

WDP-SICAFI 35 -4.32<br />

WERELDHAVE 62.74 -2.2<br />

SONAE 0.761 -0.26<br />

ZODIAC AEROSPACE 38.445 -3.55<br />

ZON MULTIMEDIA 3.2 -4.28<br />

AMG 8.124 -2.95<br />

PLASTIC OMNIUM 32.3 -4.3<br />

BETER BED 19.52 -8.57<br />

HEIJMANS 13.165 -3.8<br />

ACCELL GROUP 34.675 -2.82<br />

BRUNEL INTERNAT 27.855 -3.98<br />

SIPEF 46.38 -4<br />

THROMBOGENICS 16.41 -2.9<br />

UNIT 4 AGRESSO 19.77 -0.15<br />

IMPRESA SGPS 1.46 -3.95<br />

TOUR EIFFEL 55.14 -4.93<br />

BULL 3.21 -5.03<br />

CIMENTS FRANCAIS 76.51 -2.93<br />

PAGES JAUNES 8.831 -0.66<br />

ALPES (COMPAGNIE 24 -3.23<br />

KAUFMAN & BROAD 18.415 -6.28<br />

TRIGANO 17.69 4.06


44 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

FUNDOS DE INVESTIMENTO NACIONAIS<br />

BANIF EURO-TESOURARIA 7.2798 7.2821 Z<br />

BANIF PPA 5.9193 6.0507 L<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.4241 6.5252 S<br />

BANIF ACÇÕES PORTUGAL 4.539 4.6397 A<br />

BANIF EURO ACÇÕES 1.9233 1.9027 P<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.3649 4.3854 U<br />

BANIF IMOPREDIAL 7.3979 7.3977<br />

BANIF GESTÃO ACTIVA 3.3158 3.3108 J<br />

BANIF EUROPA DE LESTE 3.9979 3.9817 F.Fundos<br />

BANIF AMÉRICA LATINA 4.5892 4.5889<br />

BANIF ÁSIA 4.2089 4.2022<br />

BANIF PROPERTY 1003.867 1003.723<br />

Informações 808 20 26 26<br />

Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />

Montepio Accoes 103.0676 103.7127 -<br />

Montepio Accoes Europa 36.2313 35.9091 -<br />

Montepio Euro Telcos 51.6841 51.9008 -<br />

Montepio Euro Utilities 63.4111 63.635 -<br />

Montepio Monetario 66.9129 66.9123 -<br />

Montepio Obrigacoes 84.678 84.7043 -<br />

Montepio Taxa Fixa 67.9873 68.2465 -<br />

Montepio Tesouraria 87.5521 87.5502 -<br />

Multi Gestao Mercados Emergentes 47.842 47.5361 -<br />

Multi Gestao Equilibrada 45.3864 45.1393 -<br />

Multi Gestao Dinamica 30.9641 30.7026 -<br />

Multi Gestao Prudente 50.7113 50.5663 -<br />

imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 56 60<br />

www.montepio.pt<br />

Imorendimento II - FIIF 6,2145<br />

Gestimo - FIIF 8,6485<br />

Continental Retail - FIIF 5,1554<br />

Multipark - FIIF 4,3928<br />

Prime Value - FEIIF 5,7481<br />

Natura - FIIF 5,0254<br />

Historic Lodges - FIIF 4,9421<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR 8.1581 8.1676 F.Fundos<br />

BARCLAYS GLOBAL MODERADO 11.5531 11.5952 J<br />

BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO 12.4174 12.4235 X<br />

BARCLAYS PREMIER TESOURARIA 9.9346 9.9374 Z<br />

BARCLAYS FPR/E 13.3739 13.379 X<br />

BARCLAYS PREMIER OBRG EURO 10.6159 10.6324 S<br />

BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG 11.6956 12.0196 A<br />

BARCLAYS FPA 15.0423 15.4673 L<br />

BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES 11.0886 11.1289 F.Fundos<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 - 4.9671 4.9691 F.Fundos<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 - 5.0933 5.0953 F.Fundos<br />

BARCLAYS GLOBAL DEFENSIVO 10.5036 10.5161 F.Fundos<br />

MILLENNIUM ACÇÕES AMERICA 2.6549 2.6609<br />

MILLENNIUM ACÇÕES JAPÃO 2.6322 2.5952<br />

MILLENNIUM AFORRO PPR 5.5968 5.5978<br />

MILLENNIUM DISPONIVEL 49.7683 49.7191<br />

MILLENNIUM EURO TAXA FIXA 11.3054 11.3731<br />

MILLENNIUM EUROCARTEIRA 10.1549 10.0756<br />

MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS 3.2073 3.1704<br />

MILLENNIUM EUROPDUP OPORT - FEI 5.245 5.245<br />

MILLENNIUM EXTRATESO 5524.6499 5524.0439<br />

MILLENNIUM EXTRATESO II 5479.3838 5478.9248<br />

MILLENNIUM GESTÃO DINAMICA 48.4027 48.4035<br />

MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES 5.5339 5.5321<br />

MILLENNIUM INVEST PPR ACES 4.9599 4.9643<br />

MILLENNIUM MERCADOS EMERGENTES 8.866 8.7843<br />

MILLENNIUM MONETSEMES 5307.1348 5306.7769<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES 5.4729 5.4578<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES EUROPA 5.0941 5.1004<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES MUNDAIS 11.3549 11.3378<br />

MILLENNIUM POUPANA PPR 6.2364 6.2323<br />

MILLENNIUM PPA 24.0423 24.6932<br />

MILLENNIUM PREMIUM 5.1246 5.1175<br />

MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO 7.4333 7.4189<br />

MILLENNIUM PRESTIGE MODERADO 7.2168 7.2006<br />

MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZADO 7.4193 7.3955<br />

MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL 3.8055 3.796<br />

POPULAR VALOR 3.1205 3.1969 B<br />

POPULAR PPA 4.8838 5.1482 L<br />

POPULAR GLOBAL 25 5.3094 5.3117 J<br />

POPULAR GLOBAL 50 4.3037 4.3057 J<br />

POPULAR GLOBAL 75 3.4784 3.479 J<br />

POPULAR ACÇÕES 3.0544 3.1584 P<br />

POPULAR EURO TAXA FIXA 6.4422 6.4471 S<br />

POPULAR TESOURARIA 5.4211 5.424 Z<br />

POPULAR IMOBILIÁRIO 5.6914 5.6859 F.Fundos<br />

POPULAR PREDIFUNDO 11.4652 11.4649 F.Fundos<br />

ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESAS 59.3201 62.7664<br />

ALVES RIBEIRO - FPR/E 7.2732 7.4825<br />

BBVA BOLSA EURO 2.5347 2.5199<br />

BBVA CASH 9.1961 9.1981<br />

BBVA EUROPA MXIMO 5.0638 5.0642<br />

BBVA GEST FLEX TODO-0-TERRENO 5.5387 5.5111<br />

BBVA IMOBILIARIO 6.3514 6.3296<br />

BBVA OBRIGAÇÕES 4.9929 4.9961<br />

BBVA OBRIGAÇÕES GOVERNOS 4.9832 4.9977<br />

BBVA PPA INDICE PSI20 5.8581 5.7946<br />

FUNDO CAPIT GAR EUR CONS BBVA 5.334 5.3354<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

FUNDO GARANT BBVA 100 IBEX PROS 5.6387 5.6337<br />

FUNDO GARANT BBVA RANKING PLUS 6.0616 6.0619<br />

FUNDO GARANT TOPDIVID BBVA 5.6129 5.6127<br />

FUNDO GARANT TOPDIVID II BBVA 5.3001 5.3004<br />

BPI BRASIL 9.6419 9.8456<br />

BPI CAP CI AGRESSIVO 0 0<br />

BPI CAP CI CONSERVADOR 0 0<br />

BPI CAP CI EQUILIBRADO 0 0<br />

BPI CAP CI ULTRACONSERVADOR 0 0<br />

BPI EURO TAXA FIXA 12.5844 12.6016<br />

BPI EUROPA CRESCIMENTO 10.9905 11.4147<br />

BPI EUROPA VALOR 18.0694 18.5987<br />

BPI GLOBAL 5.9258 5.962<br />

BPI LIQUIDEZ 6.9635 6.9761<br />

BPI OBRIGAÇÕES A.R.A.R 7.8007 7.8311<br />

BPI PERPETUAS FEI 6.2629 6.3127<br />

BPI PORTUGAL 12.5414 13.3066<br />

BPI POUPANCA ACÇÕES 13.6378 14.4373<br />

BPI REESTRUCTURAÇÕES 7.1723 7.2769<br />

BPI REFORMA ACÇÕES PPR 6.7143 6.7878<br />

BPI REFORMA INVEST PPR 13.3522 13.3869<br />

BPI REFORMA SEGURA PPR 12.6308 12.6664<br />

BPI SELECO 4.5636 4.6694<br />

BPI TAXA VARIAVEL 6.4607 6.4646<br />

BPI TAXA VARIAVEL PPR 5.6601 5.66<br />

BPI TECNOLOGIAS 1.1421 1.162<br />

BPI TESOURARIA 7.1399 7.1602<br />

BPI UNIVERSAL 6.5816 6.6241<br />

BPI Iberia I 4.027 4.08<br />

BPN ACÇÕES PORTUGAL 4.5696 4.5422<br />

BPN ACÇÕES GLOBAL 5.369 5.3299<br />

BPN CONSERVADOR<br />

BPN DIVERSIFICAÇÃO<br />

4.4365<br />

3.7263<br />

4.4351<br />

3.7252<br />

BPN OPTIMIZADO 5.6828 5.6681<br />

BPN TAXA FIXA EURO 5.9642 5.9631<br />

BPN TESOURARIA 5.5161 5.5141<br />

BPN VALORIZAÇÃO 5.9465 5.9211<br />

BPN IMONEGOCIOS<br />

BPN REAL ESTATE<br />

5.6741<br />

450.5922<br />

5.6737<br />

452.3534<br />

BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOGLOBAL 476.0228 476.5925 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOMARINAS 108.0372 106.7039 BPN IMOFUNDOS<br />

EUROREAL 212.7603 212.5966 BPN IMOFUNDOS<br />

CAIXAGEST CURTO 9.3979 9.4002<br />

CAIXAGEST RENDIM 3.7037 3.7062<br />

CAIXAGEST TESOUR 10.0314 10.0338<br />

CAIXAGEST ACCOES EUROPA 7.5426 7.4702<br />

CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL 13.1413 13.5089<br />

CAIXAGEST OBRIGACOES EURO 9.3874 9.4777<br />

CAIXAGEST RENDA MENSAL 3.9316 3.9338<br />

CAIXAGEST ACCOES EUA 3.2662 3.2398<br />

CAIXAGEST ACCOES ORIENTE 6.2868 6.2193<br />

CAIXAGEST MOEDA 6.9749 6.9777<br />

CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA 5.8428 5.8372<br />

CAIXAGEST PPA 12.3481 12.6929<br />

CAIXAGEST OPTIMIZER 5.6211 5.6243<br />

CAIXAGEST MAXI SELECCAO 5.1824 5.1833<br />

POSTAL ACCOES 9.2409 9.1512<br />

POSTAL CAPITALIZ 13.3919 13.4013<br />

POSTAL TESOURARI 9.7499 9.7542<br />

RAIZ CONSERVADOR 5.4378 5.4323<br />

RAIZ EUROPA 3.8595 3.8343<br />

RAIZ GLOBAL 4.8831 4.869<br />

RAIZ POUPANCA ACÇÕES 18.7981 19.2941<br />

RAIZ RENDIMENTO 6.2015 6.2019<br />

RAIZ TESOURARIA 7.7008 7.7016<br />

RAIZ TOP CAPITAL 10.1664 10.1538<br />

RAIZ VALOR ACUMULADO 10.2244 10.233<br />

FINIPREDIAL 8.9504 8.9496<br />

FINICAPITAL 5.9303 5.9678<br />

FINIRENDIMENTO 5.0306 5.0386<br />

FINIGLOBAL 6.3888 6.3787<br />

FINIBOND - MARCADOS EMERGENTES 12.2083 12.2307<br />

FINIFUNDO - ACÇÕES INTERNACIONAL 3.4827 3.4576<br />

PPA FINIBANCO 8.0785 8.2553<br />

ES ABS OPPORTUNITY 89.61 90<br />

ES ACÇÕES AMERICA 7.5025 7.4708<br />

ES ACÇÕES EUROPA 10.7648 10.678<br />

ES ACÇÕES GLOBAL 6.1449 6.1327<br />

ES AFRICA 4.7789 4.7668<br />

ES ALPHA 3 5.2033 5.1995<br />

ES AMERICAN GROWTH 128.53 131.36<br />

ES ARRENDAMENTO 998.9234 999.6624<br />

ES BRASIL 5.5969 5.5454<br />

ES CAPITALIZAÇÃO 8.9464 9.0702<br />

ES CAPITALIZAÇÃO DINAMICA 4.5223 4.5334<br />

ES EMERGING MARKETS 134.31 136.64<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA 5.2126 5.227<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA II 4.6709 4.6913<br />

ES EURO BOND 1077.28 1069.45<br />

ES EUROPEAN EQUITY 79.73 82.32<br />

ES EUROPEAN RESPEQ FUND 13.3568 13.7704<br />

ES GLOBAL BOND 163.94 163.75<br />

ES GLOBAL ENHANCED 608.06 608.63<br />

ES GLOBAL EQUITY 81.39 83.45<br />

ES MERCADOS EMERGENTES 7.2741 7.185<br />

ES MOMENTUM 4.0604 4.0642<br />

ES MONETARIO 6.8119 6.8121<br />

ES OBRIGAÇÕES EUROPA 11.4595 11.4801<br />

ES OBRIGAÇÕES GLOBAL 10.2218 10.2398<br />

ES PORTUGAL ACÇÕES 6.0854 6.2553<br />

ES PPA 14.3946 14.8028<br />

ES PPR 15.2608 15.2611<br />

ES RECONVERSÃO URBANA 997.7708 998.6869<br />

ES RECONVERSÃO URBANA II 1000.182 1001.323<br />

ES REND FIXO FEI 5.0661 5.0661<br />

ES REND FIXO II FEI 5.055 5.055<br />

ES SHORT BOND EURO DIS 524.05 524.57<br />

ESPIRITO SANTO ALTA VISTA 908.317 909.4677<br />

ESPIRITO SANTO LOGISTICA 5.0672 5.0382<br />

ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO 5.5713 5.5624<br />

ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO 4.0658 4.0882<br />

ESPIRITO SANTO PLANO PRUDENTE 5.5735 5.5672<br />

ESPIRITO SANTO RENDIMENTO 5.3495 5.3698<br />

ESPIRITO SANTO EST ACES 5.3034 5.2946<br />

ESPIRITO SANTO PREMIUM 5.2298 5.2834<br />

ESPIRITO SANTO REND DINAMICO 6.7327 6.7604<br />

ESPIRITO SANTO REND PLUS 5.4912 5.5065<br />

Seguros de Investimento<br />

Seguro Gestora Valor patrimonial 28/04/10<br />

VICTORIA INVEST VICTORIA - SEGUROS DE VIDA 126,27903<br />

VICTORIA REFORMA VALOR VICTORIA - SEGUROS DE VIDA 96,26533<br />

ACÇÕES DINÂMICO EUROVIDA 51,683<br />

IMOBILIÁRIO EUROVIDA 79,6042<br />

INTERNACIONAL ACÇÕES EUROVIDA 55,5377<br />

POUPANÇA EUROVIDA 82,3253<br />

PPR ACTIVO EUROVIDA 79,6738<br />

PPR ACTIVO ACÇÕES EUROVIDA 63,2096<br />

PPR AFORRO EUROVIDA 53,1905<br />

PPR GARANTIA EUROVIDA 66,7558<br />

PPR SEGURANÇA EUROVIDA 78,5259<br />

PPR 25% (2012) EUROVIDA 60,1878<br />

PPR/E VALOR REAL EUROVIDA 81,2072<br />

PPR/E 4,50% (2008) EUROVIDA 66,1099<br />

PPR/E 61% EUROVIDA 76,6164<br />

SELECÇÃO EUROVIDA 75,283<br />

Fundos PPR/PPE<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

PPR BBVA 10,2429 10,2447 BBVA FUNDOS<br />

BBVA SOLIDEZ PPR 5,5051 5,5012 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4178 5,4161 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1097 5,1045 BBVA FUNDOS<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA PRUDENTE 1,3442 1,3441 S.G.F.<br />

PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5894 6,5908 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1598 6,1581 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3395 5,3374 S.G.F.<br />

F.P. SGF - EMPRESAS 9,3618 9,3613 S.G.F.<br />

SGF EMPRESAS PRUDENTE 5,6554 5,6567 S.G.F.<br />

F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1783 5,1796 S.G.F.<br />

F.P. PPR GARANTIDO 5,479 5,4801 S.G.F.<br />

PPR VINTAGE 9,5701 9,5672 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA 9,7728 9,7711 ESAF-ESFP<br />

F.P. ESAF - PPA 7,2537 7,2564 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA PLUS 5,5125 5,5077 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA ACÇÕES 5,9283 5,9027 ESAF-ESFP<br />

ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,133 5,134 ESAF-ESFP<br />

REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTANDER PENSÕES<br />

PPA VALORIS 8,2104 8,1874 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2482 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />

PPR/E EUROPA 8,4804 8,4762 PENSÕESGERE<br />

VANGUARDA PPR 6,6417 6,6421 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1745 10,1698 PENSÕESGERE<br />

PPR BNU/VANGUARDA 14,1631 14,1716 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "S" 14,2043 14,2069 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "V" 16,8857 16,8845 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,2053 8,1997 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE SEGURANÇA 8,7259 8,7311 PENSÕESGERE<br />

TURISMO PENSÕES 6,4021 6,8993 PENSÕESGERE<br />

CAIXA REFORMA ACTIVA 11,3546 11,3844 CGD PENSÕES<br />

CAIXA REFORMA VALOR 4,9153 4,9091 CGD PENSÕES<br />

REFORMA + 6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />

Rentabilidades<br />

Fundos do mercado monetário euro<br />

Ult 12 meses Classe Valor da UP **<br />

rend. anualizada de risco (Euro)<br />

F.I.M. Caixagest Liquidez * 5,0006<br />

F.I.M. CA Monetário 0,86 * 5,1093<br />

F.I.M. Montepio Monetário 0,34 1 66,9101<br />

Fundos de tesouraria Euro<br />

F.I.M. Banif Euro Tesouraria<br />

F.I.M. Barclays Tesouraria Plus<br />

F.I.M. BBVA Cash<br />

F.I.M. BPI Liquidez<br />

F.I.M. BPI Tesouraria<br />

F.I.M. BPN Tesouraria<br />

F.I.M. Caixagest Curto Prazo<br />

F.I.M. Caixagest Moeda<br />

F.I.M. Caixagest Tesouraria<br />

F.I.M. Postal Tesouraria<br />

F.I.M. Raiz Tesouraria<br />

F.I.M. Millennium Disponível<br />

F.I.M. Millennium Liquidez<br />

F.I.M. MNF Euro Tesouraria<br />

F.I.M. Montepio Tesouraria<br />

F.I.M. Popular Tesouraria<br />

F.I.M. Santander MultiTesouraria<br />

3,98<br />

2,88<br />

4,68<br />

1,98<br />

1,25<br />

5,41<br />

-0,46<br />

1,53<br />

-0,36<br />

1,63<br />

0,74<br />

4,10<br />

1,33<br />

1,82<br />

1,33<br />

1<br />

*<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

1<br />

1<br />

*<br />

*<br />

*<br />

1<br />

1<br />

1<br />

7,2823<br />

5,2636<br />

9,1961<br />

6,9779<br />

7,1631<br />

5,5141<br />

9,4151<br />

6,9900<br />

10,0504<br />

9,7667<br />

7,7018<br />

49,7209<br />

4,9905<br />

5,3322<br />

87,5562<br />

5,4315<br />

10,8419<br />

Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />

Rend. anualizada<br />

Últimos Últimos<br />

Risco<br />

últimos<br />

Classe<br />

de<br />

12 meses 24 meses 2 anos risco<br />

F F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável 12,21 -5,58 5,31 3<br />

F.I.M. Barclays Obrigações Taxa Variável Euro* 5,99 *<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável 15,79 -6,65 6,20 3<br />

F.I.M. BPN Conservador<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />

29,64<br />

14,96<br />

-14,87<br />

0,70<br />

12,34<br />

3,89<br />

4<br />

2<br />

F.I.M. Caixagest Renda Mensal 8,12 -6,03 4,09 2<br />

F.I.M. Caixagest Rendimento 1,39 -8,43 4,93 2<br />

F.I.M. Postal Capitalização 10,56 -0,35 3,32 2<br />

F.I.M. Raiz Rendimento 2,53 1,59 0,43 1<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />

-3,26<br />

-13,09<br />

-2,42<br />

-7,75<br />

2,58<br />

4,79<br />

2<br />

2<br />

F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal* -1,91 -1,31 2,09 2<br />

F.I.M. Finirendimento 6,87 2,16 1,62 2<br />

F.I.M. Millennium Obrigações 8,70 -8,50 6,65 3<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais 4,12 -8,71 8,30 3<br />

F.I.M. Millennium Premium<br />

F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />

8,62<br />

14,64<br />

-0,91<br />

-5,79<br />

5,08<br />

6,41<br />

3<br />

3<br />

F.I.M. Montepio Obrigações 20,49 1,54 5,03 3<br />

F.I.M. Santander MultiCrédito* 6,58 -0,77 2,58 2<br />

F.I.M. Santander MultiObrigações* 5,08 -5,50 4,51 2<br />

* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />

* - O Fundo Esp. Santo Renda Mensal incorporou por fusão o Fundo Esp. Santo Renda Trimestral<br />

* - O Fundo Santander MultiCurto Prazo passou a designar-se por Santander MultiCrédito<br />

* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />

Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa 0,05 3,52 5,07 2<br />

F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro<br />

F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa<br />

9,51<br />

1,74<br />

7,92<br />

5,08<br />

4,99<br />

5,38<br />

3<br />

3<br />

F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro 4,71 5,38 4,86 3<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Euro 0,65 2,96 5,12 2<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa 5,50 8,46 5,29 3<br />

F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro 4,31 5,42 4,24 2<br />

F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Europa<br />

3,77<br />

25,01<br />

5,09<br />

-4,08<br />

5,00<br />

9,97<br />

3<br />

4<br />

F.I.M. Montepio Taxa Fixa 1,89 4,25 3,21 2<br />

F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa 4,57 7,58 3,73 2<br />

Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />

F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 34,79 5,50 8,65 3<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 1,32 5,59 5,91 3<br />

Fundos de acções nacionais<br />

F.I.M. Banif Acções Portugal 15,81 -17,82 29,90 6<br />

F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal 19,37 -16,59 28,47 6<br />

F.I.M. BPI Portugal 17,16 -12,10 25,80 6<br />

F.I.M. Caixagest Accões Portugal 13,42 -21,62 25,33 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões 15,39 -12,08 27,93 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Portugal 15,34 -15,21 24,77 6<br />

F.I.M. Santander Accões Portugal 20,30 -13,36 28,70 6<br />

Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />

F.I.M. Banif Euro Acções 26,36 -16,99 36,70 6<br />

F.I.M. BBVA Bolsa Euro 30,75 -8,76 33,13 6<br />

F.I.M. BPI Euro Grandes Capitalizações* 26,71 -7,45 29,21 6<br />

F.I.M. BPI Europa* 43,32 -9,89 33,64 6<br />

F.I.M. BPN Acções Europa 39,83 -3,06 28,92 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Europa 29,22 -13,53 29,59 6<br />

F.I.M. Postal Acções 29,91 -13,64 28,93 6<br />

F.I.M. Raiz Europa 27,68 -4,71 27,72 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Accões Europa 36,95 -6,51 28,27 6<br />

F.I.M. Finicapital 22,62 -15,38 26,53 6<br />

F.I.M. Millennium Eurocarteira 45,59 -10,11 32,19 6<br />

F.I.M. Montepio Acções 28,32 -10,36 27,98 6<br />

F.I.M. Montepio Acções Europa 32,97 -8,55 31,70 6<br />

F.I.M. Popular Acções 30,71 -10,17 31,10 6<br />

F.I.M. Santander Accões Europa 35,21 -11,62 35,06 6<br />

*-OFundo BPI Europa Crescimento passou a designar-se por BPI Euro Grandes Capitalizações<br />

*-OFundo BPI Europa Valor passou a designar-se por BPI Europa<br />

Fundos de acções da América do Norte<br />

F.I.M. BPI América 41,50 2,04 28,06 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções EUA 38,35 2,73 31,18 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções América 45,46 -7,30 31,42 6<br />

F.I.M. Millennium Acções América 44,51 6,24 28,25 6<br />

F.I.M. Santander Acções América 33,29 -1,45 32,22 6<br />

F.I.M. Santander Acções USA 40,45 -6,03 32,68 6<br />

Fundos de acções sectoriais<br />

Rend. anualizada Risco Classe<br />

Últimos Últimos últimos de<br />

12 meses 24 meses 2 anos risco<br />

F.I.M. BPI Tecnologias 50,34 8,68 26,64 6<br />

F.I.M. Millennium Euro Financeiras 45,85 -18,37 48,90 6<br />

F.I.M. Millennium Global Utilities 19,03 -9,30 25,26 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Energy 32,62 -9,83 32,84 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Financial Service 38,47 -17,74 48,30 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Healhcare 35,06 5,69 21,39 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Telcos 24,14 -3,27 23,05 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Utilities 21,57 -11,10 28,47 6<br />

F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 24,32 -3,19 25,56 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 34,74 1,58 26,53 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 42,81 -18,18 47,71 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 43,65 -4,90 34,98 6<br />

Outros fundos de acções internacionais<br />

F.I.M. BPI África 30,56 *<br />

F.I.M. BPI Reestruturações 29,95 0,76 19,29 5<br />

F.I.M. BPN Acções Global 46,03 -4,45 33,72 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 50,74 -5,55 33,67 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Japão 22,86 -4,50 21,21 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Oriente 61,53 5,88 30,76 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções Global 29,17 -14,87 31,20 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. 59,51 -4,14 34,29 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Momentum 34,61 -6,77 25,97 6<br />

F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 26,60 -14,31 28,67 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Japão 20,04 -2,52 20,54 6<br />

F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 53,38 -1,07 33,24 6<br />

Fundos mistos predom. obrigações<br />

F.I.M. BPN Optimização 22,23 -3,45 11,20 4<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 12,74 1,76 3,05 2<br />

F.I.M. Santander Multinvest 14,04 -8,15 10,25 4<br />

Fundos mistos predominantemente acções<br />

F.I.M. BPN Valorização 35,99 -4,59 23,11 6<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 16,68 -1,31 10,18 4<br />

F.I.M. Finiglobal 14,18 -3,86 11,03 4<br />

F.I.M. Popular Valor 19,23 -9,56 21,54 6<br />

Fundos poupança acções<br />

F.I.M. Banif PPA 16,09 -18,58 30,21 6<br />

F.I.M. Barclays FPA 20,53 -16,52 29,08 6<br />

F.I.M. BPI PPA 16,24 -11,62 25,99 6<br />

F.I.M. Caixagest PPA 14,97 -21,97 25,48 6<br />

F.I.M. Raiz Poupança Acções 20,09 -10,48 23,81 6<br />

F.I.M. Esp. Santo PPA 17,67 -11,48 28,18 6<br />

F.P. ESAF PPA 19,07 -11,55 26,45 6<br />

F.I.M. PPA Finibanco 13,43 -16,25 25,26 6<br />

F.P. PPA Acção Futuro 22,06 -13,68 26,62 6<br />

F.I.M. Millennium PPA 17,90 -14,65 24,63 6<br />

F.I.M. Popular PPA 22,15 -15,46 27,62 6<br />

F.I.M. Santander PPA 17,07 -15,86 28,67 6<br />

Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />

F.I.M. Barclays Global Conservador 19,94 5,39 6,75 3<br />

F.I.M. Barclays Global Defensivo 1,59 0,83 1,35 1<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica 3,71 -1,71 2,06 2<br />

F.I.M. Raiz Conservador 4,49 -0,09 2,25 2<br />

F.I.M. Finifundo Conservador 11,87 1,92 5,16 *<br />

F.I.M. Millennium Prestige Conservador 12,77 -1,08 6,47 3<br />

F.I.M. Multi Gestão Prudente 15,71 0,48 6,49 3<br />

F.I.M. Popular Global 25 14,78 -0,86 6,49 3<br />

Fundos de fundos predominantem. acções<br />

F.I.M. Barclays Global Acções 37,75 -8,53 23,58 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 30,51 -11,00 19,95 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 46,60 -7,58 25,79 6<br />

F.I.M. Popular Global 75 27,48 -6,12 17,56 5<br />

Fundos poupança reforma/educação<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR Rendimento 11,72 1,62 4,03 2<br />

F.P. Solidez PPR 6,02 1,33 1,59 2<br />

F.I.M. BPI Reforma Segura PPR 6,87 -1,35 2,49 2<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável PPR 2,29 -1,30 2,87 2<br />

F.P. PPR Garantia de Futuro 8,50 2,80 2,15 2<br />

F.P. PPR Praemium S 6,56 -0,12 3,03 2<br />

F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 9,51 -0,33 3,03 2<br />

F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR 7,33 4,78 2,27 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.I.M. Millennium Aforro PPR 6,04 2,22 3,06 2<br />

F.P. PPR SGF Garantido 6,49 *<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR 12,18 0,92 5,17 3<br />

F.P. CVI PPR/E 11,48 2,72 8,77 3<br />

F.P. PPR BBVA 10,68 1,55 8,13 3<br />

F.I.M. Esp. Santo PPR 5,32 2,72 4,72 2<br />

F.P. PPR 5 Estrelas 10,90 2,56 3,69 2<br />

F.P. PPR Geração Activa 12,60 *<br />

F.P. PPR Platinium 14,39 0,13 6,97 3<br />

F.I.M. Millennium Poupança PPR 8,31 -1,05 5,35 3<br />

F.P. PPR BNU Vanguarda 8,84 -2,77 7,14 3<br />

F.P. PPR Europa 11,67 4,45 5,91 3<br />

F.P. Vanguarda PPR 8,59 -1,02 5,57 3<br />

F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR 11,54<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

-4,80 7,39 3<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 21,15 -3,62 12,85 4<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 23,03 -3,68 13,85 4<br />

F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 9,12 -4,87 8,29 3<br />

F.P. PPR Praemium V<br />

Outros fundos<br />

11,16 -2,93 8,80 3<br />

F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 2,09 2,20 0,42 1<br />

F.I.M. Raiz Global 15,37 0,39 11,32 4<br />

F.I.M. Esp. Santo Monetário 1,24 1,96 0,29 1<br />

F.I.M. Finifundo Agressivo<br />

F.I.M. Finifundo Moderado<br />

24,92<br />

15,97<br />

-3,86<br />

1,57<br />

16,03<br />

7,86<br />

*<br />

*<br />

F.I.M. Millennium Prestige Valorização 28,87 -0,24 16,69 5<br />

F.I.M. Popular Euro Obrigações* 10,96 4,41 3,22 2<br />

*-OFundoPopular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou<br />

a designar-se por Popular Euro Obrigações<br />

Fundos diversos<br />

F.I.M. Orey Acções Europa -27,31 -41,40 34,78 6<br />

Fundos de pensões abertos<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.P. Banif Reforma Sénior 1,56 *<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 -0,98<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 1,82<br />

-2,28 9,93 4<br />

*<br />

F.P. Aberto Horizonte Segurança 4,99 2,87 3,23 2<br />

F.P. Aberto SGF Empresas Prudente 5,33 4,89 2,65 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.P. Banif Reforma Activa 6,46 *<br />

F.P. Aberto Protecção 2015<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Activa<br />

0,12<br />

5,39<br />

0,04<br />

-2,53<br />

5,96<br />

3,51<br />

3<br />

2<br />

F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma 14,24 4,03 3,86 2<br />

F.P. Aberto Futuro Clássico 6,77 2,56 2,50 2<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.P. Aberto BBVA PME’s 10,87 2,94 7,78 3<br />

F.P. Aberto Protecção 2020<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Valor<br />

2,07<br />

11,73<br />

-2,23<br />

-3,92<br />

9,63<br />

8,61<br />

3<br />

3<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus 16,25 1,44 6,36 3<br />

F.P. Aberto VIVA 10,88 -0,03 5,23 3<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização 11,43 0,79 7,35 3<br />

F.P. Aberto Turismo Pensões 11,88 2,43 7,10 3<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

F.P. Banif Reforma Jovem 1,44 *<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 42,99 *<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 15,62 1,20 11,47 4<br />

Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />

Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />

Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />

(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta página na edição de cada quarta-feira,<br />

excepto quando seja especificado o contrário.


Fundos Internacionais<br />

Fundo Último<br />

valor€<br />

Divisa<br />

Amundi Funds Class Classic S<br />

ARBITRAGE INFLATION EUR 107.42<br />

ASIAN GROWTH USD 23.29<br />

DYNARBITRAGE FOREX EUR 110.05<br />

DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 111.88<br />

DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.53<br />

EMERGING MARKETS USD 29.77<br />

EURO CORPORATE BOND EUR 15.07<br />

EURO QUANT EUR 6.29<br />

EUROPEAN BOND EUR 140.6<br />

GREATER CHINA USD 25.37<br />

PARVEST<br />

www.bnpparibas-ip.com<br />

Número Verde 800 844 109<br />

PARVEST EURO PREMIUM EUR 103.56<br />

PARVEST ABS EUR 72<br />

PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 103.16<br />

PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 98.76<br />

PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND<br />

PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />

EUR 108.01<br />

GLOBAL BOND (USD) USD 107.92<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 103.28<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 103<br />

PARVEST AGRICULTURE EUR 78.78<br />

PARVEST ASIA USD 301.06<br />

PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 344.53<br />

PARVEST AUSTRALIA AUD 713.16<br />

PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 188.03<br />

PARVEST BRAZIL USD 154.42<br />

PARVEST BRIC USD 151.89<br />

PARVEST CHINA USD 297.04<br />

PARVEST DIVERSIFIED (PRUDENT) EUR 129.47<br />

PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 122.47<br />

PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.83<br />

PARVEST EMERGING MARKETS USD 347.47<br />

PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 317.95<br />

PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 169.44<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 107.38<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 107.17<br />

PARVEST ENHANCED EONIA EUR 117.6<br />

PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />

PARVEST EURO BOND EUR 177.76<br />

PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 115.01<br />

PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 141.67<br />

PARVEST EURO EQUITIES EUR 113.74<br />

PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 301.85<br />

PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 122.03<br />

PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 116.03<br />

PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 158.97<br />

PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 116.96<br />

PARVEST EURO SMALL CAP EUR 184.72<br />

PARVEST EUROPE ALPHA EUR 100.13<br />

PARVEST EUROPE DIVIDEND EUR 63.89<br />

PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 68.91<br />

PARVEST EUROPE GROWTH EUR 173.74<br />

PARVEST EUROPE LS30 EUR 65.94<br />

PARVEST EUROPE MID CAP EUR 394.96<br />

PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 59.8<br />

PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 80.76<br />

PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 79.77<br />

PARVEST EUROPE VALUE EUR 117.56<br />

PARVEST CORP BOND OPPORTUNITIES EUR 112.12<br />

PARVEST ENVIRONM OPPORTUNITIES EUR 102.53<br />

PARVEST EUROPEAN BOND EUR 301.14<br />

PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 123.88<br />

PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 111.45<br />

PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 115.35<br />

PARVEST FRANCE EUR 375.28<br />

PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 82.22<br />

PARVEST GLOBAL BOND USD 41.81<br />

PARVEST GLOBAL BRANDS USD 267.96<br />

PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 120.22<br />

PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 100.96<br />

PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 120.53<br />

PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 121.01<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 116.25<br />

PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 229.15<br />

PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 92.39<br />

PARVEST INDIA USD 172.47<br />

PARVEST JAPAN JPY 3345<br />

PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 3617<br />

PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20671<br />

PARVEST LATIN AMERICA USD 804.2<br />

PARVEST NEXT GENERATION EUR 117.73<br />

PARVEST RUSSIA USD 80.81<br />

PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.677<br />

PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.264<br />

PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.913<br />

PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.44<br />

PARVEST SOUTH KOREA USD 90.01<br />

PARVEST STEP 90 EURO EUR 1284.94<br />

PARVEST SWITZERLAND CHF 565.96<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 113.88<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 220.13<br />

PARVEST TURKEY EUR 149.95<br />

PARVEST UK GBP 120.45<br />

PARVEST US DOLLAR BOND USD 401.38<br />

PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 169.95<br />

PARVEST US MID CAP USD 116.77<br />

PARVEST US SMALL CAP USD 426.09<br />

PARVEST US VALUE USD 83.12<br />

PARVEST USA USD 73.42<br />

PARVEST USA LS30 USD 76.16<br />

BNP PARIBAS INSTICASH<br />

BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.797<br />

BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.459<br />

BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.256<br />

BNP PARIBAS INSTICASH USD USD 116.895<br />

PARWORLD<br />

PARWORLD DYNALLOCATION EUR 106.17<br />

PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 113.65<br />

PARWORLD QUAM 10 EUR 117.03<br />

PARWORLD QUAM 15 EUR 112.38<br />

PARWORLD TRACK COMMODITIES EUR 54.62<br />

PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 70.85<br />

PARWORLD TRACK JAPAN EUR 78.59<br />

PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 83.47<br />

PARWORLD TRACK UK EUR 72.79<br />

www.bnymellonam.com<br />

Fundo Divisa Valor<br />

BNY Mellon Global Funds, plc<br />

BNY MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 2.9187<br />

BNY MELLON BRAZIL EQ FUND A USD 1.1471<br />

BNY MELLON CONT. EUROP. EQ. FUND A EUR 1.1174<br />

BNY MELLON EMRG. MKTS DBT LCL CUR A EUR 1.0953<br />

BNY MELLON EMRG. MKTS DEBT A USD 1.4996<br />

BNY MELLON EURO GVT BOND INDEX A EUR 1.3880<br />

BNY MELLON EVOL. CURR.OPTION A EUR 80.186<br />

BNY MELLON EVOL. GLB ALPHA A EUR 85.838<br />

BNY MELLON GL. BOND EUR HEDGED H<br />

BNY MELLON GLOBAL EMERGING<br />

EUR 1.1798<br />

MARKETS EQUITY VALUE FUND EUR 2.6549<br />

BNY MELLON GLB H.YLD BOND FUND A EUR 1.2830<br />

BNY MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 1.9591<br />

BNY MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 1.3571<br />

BNY MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 1.5063<br />

BNY MELLON GLOBAL REAL RETURN FUND<br />

BNY MELLON GLOBAL PROPERTY<br />

EUR 1.0164<br />

SECURITIES FUND USD 0.7535<br />

BNY MELLON JAPAN EQ. VALUE FUND A EUR 48.072<br />

BNY MELLON JAPAN EQUITY FUND A<br />

BNY MELLON LONG-TERM GLOBAL<br />

EUR 0.6391<br />

EQUITY FUND USD 0.9212<br />

BNY MELLON PAN EUROP EQ. FUND A USD 1.5221<br />

BNY MELLON S&P 500 INDEX A USD 1.0488<br />

BNY MELLON SMALL CAP EURO. FUND A EUR 2.0820<br />

BNY MELLON STERLING BOND FUND A EUR 1.0314<br />

BNY MELLON UK EQUITY FUND A EUR 0.9477<br />

BNY MELLON US DYN. VALUE FUND A USD 1.4406<br />

BNY MELLON US EQUITY FUND A<br />

BNY MELLON VIETNAM,<br />

USD 0.8709<br />

INDIA & CHINA (VIC) FUND USD 1.4581<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />

DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1531.84<br />

DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1599.23<br />

DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1407.19<br />

DB EURO CCAP EUR 916.03<br />

DB EURO ICAP EUR 946.81<br />

DB EURO NCAP EUR 892.62<br />

DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2618.19<br />

DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2691.88<br />

DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2553.77<br />

DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5633.37<br />

DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5738.5<br />

DB EURO CORPORATE NCAP EUR 111.87<br />

DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1783.62<br />

DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1837.94<br />

DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1739.96<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 773.41<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 800.2<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 757.42<br />

DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 636.48<br />

DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 657.61<br />

DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 600.87<br />

DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 130.12<br />

DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 133.53<br />

DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 127.64<br />

DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5411.91<br />

DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5617.01<br />

DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5277.6<br />

DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1901.98<br />

DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1942.95<br />

DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1834.75<br />

DB EUROPE CCAP EUR 4568.2<br />

DB EUROPE ICAP EUR 4671.12<br />

DB EUROPE NCAP EUR 4483.57<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 307.65<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 316.68<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 291.54<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 755.46<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 732.73<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 126.15<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 128.49<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 122.4<br />

DB INTERNATIONAL CCAP EUR 831.33<br />

DB INTERNATIONAL ICAP EUR 860.52<br />

DB INTERNATIONAL NCAP EUR 796.98<br />

DB MORTGAGES CCAP EUR 130.4<br />

DB MORTGAGES ICAP EUR 134.27<br />

DB MORTGAGES NCAP EUR 125.78<br />

DB TOTAL RETURN CCAP EUR 114.22<br />

DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1160.99<br />

DB TOTAL RETURN NCAP EUR 110.24<br />

DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3610.04<br />

DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3653.4<br />

DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3561.32<br />

DB USD CCAP USD 784.29<br />

DB USD ICAP USD 812.92<br />

DB USD NCAP USD 763.81<br />

DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2924.18<br />

DB USD GOVERNMENT ICAP USD 3022.3<br />

DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2850.76<br />

DB WORLD GOV PL CCAP EUR 107.74<br />

DB WORLD GOV PL ICAP EUR 110.18<br />

DB WORLD GOV PL NCAP EUR 105.57<br />

D EQ L ASIA PREM USD 16.57<br />

D EQ L AUSTRALIA AUD 724.14<br />

D EQ L BIOTECH USD 127.24<br />

D EQ L EMERG EUROPE EUR 70.3<br />

D EQ L EMERG MKTS EUR 523.02<br />

D EQ L EMU EUR 66.93<br />

D EQ L EUR 50 EUR 425.95<br />

D EQ L EUROP EUR 626.51<br />

D EQ L EUROPE VALUE EUR 78.81<br />

D EQ L EURP ENG SECT EUR 145.08<br />

D EQ L EURP FIN SECT EUR 76.85<br />

D EQ L EURP HIGH DIV EUR 73.6<br />

D EQ L JAPAN JPY 12922<br />

D EQ L SPAIN EUR 77.2<br />

D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 62.41<br />

D EQ L SUST WORLD EUR 153.06<br />

D EQ L UNITED KINGDOM GBP 235.01<br />

D EQ L WORLD USD 36.89<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 45<br />

FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Fundo Classe Valor<br />

ABS ATTIVO EUR 106.69<br />

ABS PRUDENTE EUR 108.13<br />

BOND CHF EUR 124.08<br />

BOND CHF EUR 136.28<br />

BOND CONVERTIBLE EUR 60.41<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 212.67<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 261.59<br />

BOND EUR LONG TERM EUR 161.24<br />

BOND EUR MEDIUM TERM EUR 294.96<br />

BOND EUR SHORT TERM EUR 136.46<br />

BOND GBP EUR 133.57<br />

BOND GBP EUR 113.31<br />

BOND HIGH YIELD EUR 146.1<br />

BOND INFLATION LINKED EUR 120.13<br />

BOND JPY EUR 105.72<br />

BOND JPY EUR 148.56<br />

BOND USD EUR 131.55<br />

BOND USD EUR 189.66<br />

CASH EUR EUR 110.78<br />

CASH USD EUR 97.49<br />

EQUITY BANKS EUR 48.34<br />

EQUITY CHINA EUR 89.38<br />

EQUITY CONSUMER DISCRETIONARY EUR 133.3<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 123.3<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 135.68<br />

EQUITY DURABLE GOODS EUR 128.03<br />

EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 163.19<br />

EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 145.66<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 131.4<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 133.21<br />

EQUITY EURO EUR 79.58<br />

EQUITY EUROPE EUR 82.25<br />

EQUITY FINANCIAL EUR 50.18<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 60.09<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 54.44<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 146.27<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 135.24<br />

EQUITY ITALY EUR 73.16<br />

EQUITY JAPAN EUR 76.97<br />

EQUITY JAPAN EUR 57.69<br />

EQUITY LATIN AMERICA EUR 375.82<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 61.03<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 88.8<br />

EQUITY OCEANIA EUR 152.54<br />

EQUITY OCEANIA EUR 175.01<br />

EQUITY PHARMA EUR 71.91<br />

EQUITY PHARMA EUR 63.6<br />

EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 399.32<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 48.7<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 46.07<br />

EQUITY UTILITIES EUR 102.58<br />

EQUITY UTILITIES EUR 94.65<br />

OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />

ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 115.26<br />

ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 119.06<br />

ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.53<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />

www.franklintempleton.com.pt<br />

Tel: +34 91 426 3600<br />

FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 8.76<br />

FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 8.28<br />

FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 18.45<br />

FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.63<br />

FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 18.01<br />

FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 11.55<br />

FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 13.33<br />

FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 15.66<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 17.78<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 23.48<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.96<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 18.33<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.64<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 4.28<br />

FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 16.65<br />

FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 4.04<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 10.62<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 14.02<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 13.05<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.54<br />

FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 13.99<br />

FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 10.29<br />

FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 10.16<br />

FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.6<br />

TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 40.65<br />

TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 22.53<br />

TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 28.67<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 27.84<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 14.62<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 19.26<br />

TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.75<br />

TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11<br />

TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.68<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 17.19<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.01<br />

TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.53<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />

TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 10.66<br />

TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 11.37<br />

TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 12.46<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 24.46<br />

TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 9.72<br />

TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 17.47<br />

TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 13.53<br />

TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 21.74<br />

TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 21.58<br />

TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 8.64<br />

TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 14.65<br />

TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 43.71<br />

TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 14.5<br />

TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.15<br />

TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 10.<br />

28-04-2010<br />

JF ASIA DI V.D USD USD 240.53<br />

JF ASIA EQ D USD USD 21.03<br />

JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 9.53<br />

JF CHINA D USD USD 34.83<br />

JF GR CH D USD USD 30.17<br />

JF HG KG D USD USD 26.47<br />

JF INDIA D USD USD 49.35<br />

JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.94<br />

JF JAP EQ D USD USD 6.36<br />

JF PAC EQ DACC EUR EUR 6.7<br />

JF PAC EQ DACC USD USD 13.37<br />

JF SINGA D USD USD 39.56<br />

JF TAIWAN D USD USD 12.65<br />

JPM AME EQ DACC EUR EUR 7.13<br />

JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 6.48<br />

JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.75<br />

JPMEMMKEQDACCEUR EUR 9.13<br />

JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 21.82<br />

JPM EURO DY DACC USD USD 17.49<br />

JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.6<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 8.32<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 9.08<br />

JPM EUROP EQ DACC USD USD 10.01<br />

JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 8.28<br />

JPM EUROP FOC DACC USD USD 10.36<br />

JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 186.44<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 72.11<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 105.1<br />

JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 97.27<br />

JPM GB BAL USD DACC USD USD 145.59<br />

JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 103.89<br />

JPM GB CAP PRE DACC USD USD 115.64<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 125.73<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 979.51<br />

JPM GB CONVS USD D USD USD 131.2


46 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

FUNDOS DE INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundos Internacionais<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.46<br />

JPM GB DY DACC EUR EUR 6.38<br />

JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 5.16<br />

JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 6.04<br />

JPM GB FOC DACC EUR EUR 19.68<br />

JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 8.3<br />

JPM GB HY BD DACC EUR EUR 139.79<br />

JPM GB NAT RE DACC USD USD 11.55<br />

JPM GB T RE DACC EUR EUR 104.55<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 107.83<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 144.82<br />

JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 8.99<br />

JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 6977<br />

JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 9419<br />

JPM RUSSIA DACC USD USD 11.46<br />

JPM US AG BD DACC USD USD 14.74<br />

JPMUSDYDACCEUR EUR 5.65<br />

JPM US DY DACC USD USD 12.39<br />

JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 62.89<br />

JPM US EQ DACC USD USD 85.67<br />

JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 70.99<br />

JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 6.39<br />

JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 9.02<br />

JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 6.36<br />

JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 6.38<br />

JPMF AME EQ D USD USD 9.93<br />

JPMF AME LC D USD USD 8.88<br />

JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 33.91<br />

JPMF EM EUR EQ D USD USD 42.4<br />

JPMF EM MKT EQ D USD USD 33.4<br />

JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 126.72<br />

JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.67<br />

JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 26.77<br />

JPMF EUROP DY D EUR EUR 11.81<br />

JPMF EUROP EQ D EUR EUR 7.72<br />

JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 9.31<br />

JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 7.45<br />

JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 11.15<br />

JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.56<br />

JPMF GB DY D USD USD 13.11<br />

JPMF GB EQ D USD USD 9.38<br />

JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 13.95<br />

JPMF LAT AM EQ D USD USD 45.71<br />

JPMF US ST GR D USD USD 5.58<br />

JPMF US ST VAL D USD USD 12.76<br />

JPM US TECH D EUR EUR 8.58<br />

Fundo Divisa Valor<br />

ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 29.98<br />

ASIAN EQUITY B EUR 25.27<br />

ASIAN PROPERTY B EUR 10.09<br />

COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 14.32<br />

DIVERSIFIED ALPHA PLUS B EUR 26.41<br />

EMERG EUROP, M-EAST & AFRICA EQ B EUR 54.6<br />

EMERGING MARKETS DEBT B EUR 42.41<br />

EMERGING MARKETS DOMESTIC DEBT B EUR 24.57<br />

EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 23.47<br />

EURO BOND B EUR 10.88<br />

EURO CORPORATE BOND B EUR 33.12<br />

EURO LIQUIDITY B EUR 11.8967<br />

EURO STRATEGIC BOND B EUR 29.29<br />

EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 13.25<br />

EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 23.91<br />

EUROPEAN PROPERTY B EUR 15.89<br />

EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 33.86<br />

EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.54<br />

FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.22<br />

FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.86<br />

FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 24.02<br />

GLOBAL BOND B EUR 23.01<br />

GLOBAL BRANDS B EUR 38.05<br />

GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 23.51<br />

GLOBAL PROPERTY B EUR 13.52<br />

GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 23.81<br />

GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 23.83<br />

INDIAN EQUITY B EUR 21.03<br />

JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 15.07<br />

JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 6.13<br />

LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 43.97<br />

SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.88<br />

US ADVANTAGE B EUR 20.32<br />

US GROWTH B EUR 22.4<br />

US PROPERTY B EUR 27.21<br />

US SMALL CAP GROWTH B EUR 25.78<br />

US VALUE EQUITY B EUR 12.89<br />

USD LIQUIDITY B USD 12.5471<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

+34 91 538 25 00<br />

www.pictetfunds.pt<br />

Fundo Divisa Valor<br />

PICTET-ABSL RTN GLO DIV-R EUR EUR 106.9<br />

PICTET-AGRICULTURE-R EUR EUR 130.04<br />

PICTET-ASIAN EQ (EXJPN)-HR EUR EUR 119.91<br />

PICTET-ASIAN EQ (EXJPN)-R USD USD 154.95<br />

PICTET-ASIAN EQ (EXJPN)-R EUR EUR 117.5<br />

PICTET-ASN LCL CCY DBT-R USD USD 130.66<br />

PICTET-BIOTECH-HR EUR EUR 215.15<br />

PICTET-BIOTECH-R USD USD 282.37<br />

PICTET-BIOTECH-R EUR EUR 212.06<br />

PICTET-EASTERN EUROPE-R EUR EUR 366.63<br />

PICTET-EM LCL CCY DBT-HR EUR EUR 111.48<br />

PICTET-EM LCL CCY DBT-H USD USD 167.1<br />

PICTET-EMERGING MARKETS-HR EUR EUR 353.49<br />

PICTET-EMERGING MKTS LDX-R USD USD 227.18<br />

PICTET-EMERGING MARKETS-R USD USD 508.16<br />

PICTET-EUR BONDS-R EUR 386.39<br />

PICTET-EUR CORPORATE BONDS-R EUR 151.44<br />

PICTET-EUR GOVERNMENT BONDS-R EUR 116.04<br />

PICTET-EUR HIGH YIELD-R EUR 156.99<br />

PICTET-EUR INFLATION LK BDS-R EUR 110.98<br />

PICTET-EUR LIQUIDITY-R EUR 133.54<br />

PICTET-EUR SMT BONDS-R EUR 119.69<br />

PICTET-EUROLAND INDEX-R EUR EUR 86.45<br />

PICTET-EUROPEAN SUST EQ-R EUR EUR 135.43<br />

PICTET-EUROPE INDEX-R EUR EUR 102<br />

PICTET-EU EQUITIES SEL-R EUR 404.31<br />

PICTET-EUR SOVEREIGN LIQUIDITY-R EUR 102.14<br />

PICTET-GENERICS-HR EUR EUR 106.81<br />

PICTET-GENERICS-R USD USD 134.58<br />

PICTET-GLOBAL EM CCY-HR EUR EUR 66.02<br />

PICTET-GLOBAL EM CCY-R USD USD 103.35<br />

PICTET-GLO MEGATREND SEL-R USD USD 136.98<br />

PICTET-GLO EMERGING DEBT-HR EUR EUR 187.13<br />

PICTET-GLO EMERGING DEBT-R USD USD 245.84<br />

PICTET-GLO MEGATREND SEL-R EUR EUR 103.87<br />

PICTET-GREATER CHINA-R USD USD 325.55<br />

PICTET-INDIAN EQUITIES-R USD USD 369.32<br />

PICTET-JAPAN INDEX-R JPY JPY 9385.42<br />

PICTET-JAPANESE EQ SEL-HR EUR EUR 55.8<br />

PICTET-JAPANESE EQ SEL-R JPY JPY 7921.97<br />

PICTET-JAPANESE EQ SEL-R EUR EUR 64.04<br />

PICTET-JAPANESE EQ 130/30-R JPY JPY 4670.29<br />

PICTET-JAPANESE EQ 130/30-R EUR EUR 37.75<br />

PICTET-JAPANESE SMID CAP-R EUR EUR 65.75<br />

PICTET-JAPANESE SMID CAP-R JPY JPY 8133.53<br />

PICTET-LATAM LC CCY DBT-R USD USD 125.42<br />

PICTET-MENA-HR EUR EUR 31.89<br />

PICTET-MENA-R USD USD 50.97<br />

PICTET-PAC EXJPN LDX-R USD USD 272.59<br />

PICTET-PREMIUM BRANDS- EUR EUR 73.01<br />

PICTET-RUSSIAN EQUITIES-R USD USD 72.76<br />

PICTET-SECURITY-R USD USD 103.51<br />

PICTET-SMALL CAP EUROPE-R EUR EUR 480.36<br />

PICTET-TIMBER-R USD USD 111.51<br />

PICTET-US EQ GR SEL-HR EUR EUR 78.81<br />

PICTET-US EQ GR-R USD USD 103.92<br />

PICTET-USA INDEX-R USD USD 94.29<br />

PICTET-USD GOVERNMENT BONDS-R USD 503.56<br />

PICTET-USD LIQUIDITY-R USD 128.6<br />

PICTET-USD SHORT MID-TERM BDS-R USD 120.86<br />

PICTET-USD SOVEREIGN LIQUIDITY-R USD 101.25<br />

PICTET-TIMBER-R EUR EUR 84.56<br />

PICTET-US EQUITY VALUE SEL-HR EUR EUR 87.38<br />

PICTET-US EQUITY VALUE SEL-R USD USD 123.56<br />

PICTET-WATER-R EUR EUR 128.42<br />

PICTET-WORLD GVT BONDS-R EUR EUR 120.02<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 48.39<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1137.98<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1099.65<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 49.29<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 919.62<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive USD 7.99<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.69<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6.256<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.85<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.75<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.32<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.47<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.882<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.588<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 798.28<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 46.13<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.424<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.321<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 634.17<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 35.67<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.565<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.485<br />

www.schroders.pt<br />

SISF US Large Cap A Acc 65.19 USD<br />

SISF Korean Equity A Acc 42.61 USD<br />

SISF Swiss Equity Opports A Acc 113.78 CHF<br />

SISF Swiss Small & Mid Cap A Acc 21.25 CHF<br />

SISF Strategic Bond A Acc 127.58 USD<br />

SISF US Dollar Bond A Acc 17.96 USD<br />

SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 140.99 USD<br />

SISF US Dollar Liquidity A Acc 105.39 USD<br />

SISF Middle East A Acc 8.43 USD<br />

SISF Glob Cred Dur Hdg A Acc 109.62 EUR<br />

SISF Taiwanese Equity A Acc 10.29 USD<br />

SISF US All Cap A Acc 97.24 USD<br />

SISF World Def 3 Monthly A Acc 80.54 EUR<br />

SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.07 EUR<br />

SISF Global Managed Currency A Acc 101.62 USD<br />

SISF China Opps HKD A Acc 9.68 HKD<br />

SISF Glob Tact Asset Alloc A Acc 103.87 USD<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 109.16 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 109.78 GBP<br />

SISF Global Equity AUD Hdg A Acc 101.06 AUD<br />

SISF Glob Corp Bd AUD Hdg A Acc 102 AUD<br />

SISF Em Mk Dt Abs Ret CHF Hdg A Acc 24.75 CHF<br />

SISF Global Conv Bd CHF Hdg A Acc 106.96 CHF<br />

SISF Asian Conv Bd CHF Hdg A Acc 102.46 CHF<br />

SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 122.29 EUR<br />

SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 103.55 EUR<br />

SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 100.45 EUR<br />

SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.34 EUR<br />

SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 73.76 EUR<br />

SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 102.27 EUR<br />

SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 8.22 EUR<br />

SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 27.41 EUR<br />

SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 97.32 EUR<br />

SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc123.74 EUR<br />

SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 63.19 EUR<br />

SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 121.66 EUR<br />

SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 121.84 EUR<br />

SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 93.28 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 87.37 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 96.86 EUR<br />

SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 145.57 EUR<br />

SISF Emerging Markets EUR A Acc 9.16 EUR<br />

SISF Emerging Asia EUR A Acc 16.74 EUR<br />

SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 96.66 EUR<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 8.7 EUR<br />

SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 89.15 EUR<br />

SISF Latin American EUR A Acc 36.64 EUR<br />

SISF Global Equity Yield EUR A Acc 73.17 EUR<br />

SISF Greater China EUR A Acc 26.4 EUR<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 13.23 EUR<br />

SISF Global Energy EUR A Acc 26.62 EUR<br />

SISF QEP Global Quality EUR A Acc 89.45 EUR<br />

SISF Middle East EUR A Acc 8.63 EUR<br />

SISF Pacific Equity EUR A Acc 7.4 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR A Acc 49.08 EUR<br />

SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 105.69 EUR<br />

SISF Asian Conv Bd GBP Hdg A Acc 107.96 GBP<br />

SISF Global Conv Bd GBP Hdg A Acc 109.44 GBP<br />

SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 10.3 SGD<br />

SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.58 SGD<br />

SISF China Opps SGD Hg A Acc 7.14 SGD<br />

SISF Latin American SGD A Acc 67.04 SGD<br />

SISF Pacific Equity SGD A Acc 8.87 SGD<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 7.94 SGD<br />

SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.55 SGD<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 12.28 SGD<br />

SISF Middle East SGD A Acc 7.12 SGD<br />

SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.75 USD<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 113.21 USD<br />

SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 10.11 USD<br />

SISF Japanese Large Cap USD A Acc 8.83 USD<br />

SISF EURO Equity A Dis 18.01 EUR<br />

SISF European Equity Yield A Dis 8.68 EUR<br />

SISF European Large Cap A Dis 129.47 EUR<br />

SISF EURO Bond A Dis 8.16 EUR<br />

SISF Asian Equity Yield A Dis 14.11 USD<br />

SISF Asian Bond A Dis 7.12 USD<br />

SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 15.02 EUR<br />

SISF European Equity Alpha A Dis 35.93 EUR<br />

SISF Asian Local Currency Bond A Dis 98.87 USD<br />

SISF European Div Maxmsr A Dis 57.05 EUR<br />

SISF European Smaller Companies A Dis 18.18 EUR<br />

SISF Italian Equity A Dis 19.65 EUR<br />

SISF Emerging Markets A Dis 11.66 USD<br />

SISF EURO Government Bond A Dis 5.96 EUR<br />

SISF European Defensive A Dis 9.69 EUR<br />

SISF Global Bond A Dis 7.48 USD<br />

SISF Global Corporate Bond A Dis 5.52 USD<br />

SISF Japanese Equity A Dis 611.42 JPY<br />

STS Sch Global Dyn Bal Fd C Acc 109.37 EUR<br />

SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 94.77 EUR<br />

SAS Commodity Fund CHF Hdg C Acc 76.56 CHF<br />

Fundo Divisa Valor<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 31.6367<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 16.1643<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND GBP 9.8346<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 14.2955<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.1051<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 0.8456<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 14.2689<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND EUR 8.5591<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 11.462<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND EUR 20.9445<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 29.5395<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.9558<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 13.5746<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.8188<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 11.6885<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 10.2432<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.9503<br />

SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 12.9348<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND EUR 8.7618<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 13.8146<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 14.7023<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 10.7079<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 11.0106<br />

SKANDIA US VALUE FUND USD 10.551<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 12.2928<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND EUR 8.7861<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 15.8775<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 14.1157<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.6448<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.1578<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 9.9591<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND EUR 12.6109<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND GBP 11.2543<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 15.1779<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 11.7814<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 15.1684<br />

SKANDIA EMERGING MARKET DEBT FUND USD 9.6075<br />

SKANDIA SWISS EQUITY FUND CHF 14.0843<br />

SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.2026<br />

www.sgam.com<br />

distribution@sggestion.fr<br />

A company of Amundi Group<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 17.22<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 1141.23<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 56.65<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 84.34<br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 11.89<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 13.87<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 29.63<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 13.57<br />

SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 17.70<br />

SGAM Fund - INDEX EUROLAND USD 159.59<br />

SGAM Fund - EQUITIES / LUXURY AND LIFESTYLEEUR 75.57<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 36.52<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES EUR 24.42<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 24.76<br />

SGAM Fund - EQUITIES EUROPE EXPANSION USD 97.54<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 14.23<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD<br />

SGAM Fund - EQUITIES / ASIA PAC<br />

36.38<br />

DUAL STRATEGIES EUR 8.00<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 76.34<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 12.20<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 19.46<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 87.80<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA JPY 8210.71<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN FOREX USD 143.73<br />

SGAM Fund - BONDS EUROPE CONVERTIBLE USD 145.09<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MULTI STRATEGIES EUR 17.09<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 36.79<br />

SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 31.31<br />

SGAM Fund - EQUITIES /US FOCUSED EUR 12.74<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 1372.65<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US SMALL CAP VALUE EUR 13.76<br />

SGAM Fund - INDEX US EUR 83.30<br />

SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 42.79<br />

SGAM Fund - BONDS / EURO EUR 41.50<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 140.86<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 204.56<br />

SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 141.41<br />

SGAM Fund - BONDS EURO AGGREGATE USD 157.66<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE EUR 39.69<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US LARGE CAP GROWTHEUR 12.00<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 25.25<br />

SGAM Fund - BONDS US OPPORTUNISTIC CORE +USD 37.90<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 41.38<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL<br />

EUR 21.63<br />

EMERGING COUNTRIES EUR 7.02<br />

SGAM Fund - INDEX EUROLAND EUR 119.85<br />

SGAM Fund - EQUITIES / INDIA EUR 102.10<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 84.34<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 1583.42<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN INTEREST RATEEUR 108.90<br />

Fundo Divisa Valor<br />

AMERICAN SELECT-DEH EUR 10.16<br />

AMERICAN SELECT-DU USD 10.30<br />

EMERGING MARKET DEBT-DEH EUR 16.13<br />

EM MKT LOW DUR-DEH EUR 12.14<br />

EM MKT LOW DUR-DU USD 11.51<br />

EUROP BONDS-DE EUR 22.25<br />

EUROP SHORT-TERM BONDS-DE EUR 13.94<br />

EUROP SMALL CAP EQUITIES-DE EUR 11.97<br />

GLOBAL ASS.ALL.-DEH EUR 15.73<br />

GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 18.53<br />

GLOBAL BONDS (EURO)-DE EUR 20.22<br />

GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 26.00<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-DEH EUR 22.84<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 31.02<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DEH EUR 9.67<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 10.33<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-DEH EUR 19.21<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 24.51<br />

GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-DE EUR 18.59<br />

GLOBAL INNOVATION-DEH EUR 15.60<br />

GLOBAL INNOVATION-DU USD 10.55<br />

GREATER CHINA EQUITIES-DEH EUR 19.28<br />

GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 27.72<br />

JAPANESE EQUITIES-DEH EUR 10.74<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 7.57<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 942.00<br />

NEW ASIA-PACIFIC DEH EUR 20.64<br />

NEW ASIA-PACIFIC DU USD 30.36<br />

PAN EUROP EQUITIES-DE EUR 12.13<br />

US EQUITIES-DEH EUR 15.10<br />

US EQUITIES-DU USD 11.94<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-DEH EUR 10.91<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 15.02<br />

USD HIGH INCOME BONDS-DEH EUR 15.84<br />

USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 16.38<br />

USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.75<br />

WORLD EQUITIES-DEH EUR 14.81<br />

WORLD EQUITIES-DU USD 15.48<br />

Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />

Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />

mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />

as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />

participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />

em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />

e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />

é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />

fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />

sua declaração de rendimentos.<br />

Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />

sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />

ou outros.


Câmbios e taxas de juro<br />

Euro em mínimos de um ano<br />

com corte de rating de Espanha<br />

A moeda única caiu ontem<br />

para a cotação mais baixa<br />

num ano, arrastada pelo<br />

corte de ‘rating’ de Espanha,<br />

efectuado ontem pela<br />

S&P.Estaéaterceirarevisão<br />

em baixa que a agência<br />

de notação financeira faz a<br />

países do sul da Europa, em<br />

apenas dois dias, depois de<br />

na terça-feira ter cortado<br />

os ratings de Grécia e Portugal.<br />

O mercado entendeu<br />

esta acção da S&P como<br />

um sinal que a crise orçamental,<br />

que colocou a Grécia<br />

à beira da falência, está<br />

a alastrar a outros países<br />

europeus. O euro seguia<br />

ontem em queda pelo terceiro<br />

dia consecutivo, a<br />

perder 0,43% para 1,3118<br />

dólares. ■<br />

LIBOR<br />

Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />

Overnight 0.249 0.27813 0.54063 0.1175 0.04667<br />

1 semana 0.25213 0.30688 0.54063 0.13125 0.05833<br />

2 semanas 0.25288 0.32188 0.53938 0.14125 0.0675<br />

1 mês 0.2575 0.36625 0.54875 0.15625 0.0825<br />

2 meses 0.30469 0.46063 0.59375 0.18875 0.15417<br />

3 meses 0.32375 0.585 0.66375 0.23813 0.2425<br />

4 meses 0.36969 0.69063 0.74 0.325 0.27167<br />

5 meses 0.42031 0.7875 0.81938 0.38 0.2975<br />

6 meses 0.49281 0.8925 0.90875 0.44313 0.3325<br />

7 meses 0.5675 0.95438 0.99 0.50188 0.385<br />

8 meses 0.64688 1.00625 1.07 0.54625 0.435<br />

9 meses 0.68313 1.06125 1.15 0.58938 0.48667<br />

10 meses 0.76813 1.10625 1.19563 0.62125 0.52833<br />

11 meses 0.84719 1.14813 1.2625 0.6475 0.5775<br />

1 ano 0.93313 1.19313 1.32875 0.675 0.63083<br />

Rentabilidades Internacionais<br />

Matérias-primas<br />

Brent* (USD/Barril) Londres<br />

Últimas 6 sessões 85.78<br />

Petrolíferas Londres<br />

BRENT Máx. Min. Fecho<br />

JUN0 85.8 84.88 85.78<br />

JUL0 86.69 85.8 86.65<br />

AUG0 87.46 86.58 87.4<br />

SEP0 88.04 87.21 88.02<br />

OCT0 88.49 87.73 88.56<br />

NOV0 88.96 88.15 89.03<br />

DEC0 89.4 88.53 89.48<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

SEP2 0 0 93.4<br />

OCT2 0 0 93.45<br />

NOV2 0 0 93.5<br />

DEC2 93.18 92.8 93.55<br />

JAN3 0 0 93.59<br />

FEB3 0 0 93.63<br />

MAR3 0 0 93.67<br />

Petrolíferas Nova Iorque<br />

CRUDE Máx. Min. Fecho<br />

JAN7 63.00 61.70 61.55<br />

FEB7 64.20 62.95 62.77<br />

MAR7 65.05 63.84 63.71<br />

APR7 65.72 64.59 64.45<br />

MAY7 66.35 65.98 65.06<br />

JUN7 66.55 65.81 65.56<br />

JUL7 0.00 0.00 66.00<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

JUN0 0 0 65.99<br />

JUL0 0 0 65.87<br />

AUG0 0 0 65.75<br />

SEP0 0 0 65.63<br />

OCT0 0 0 65.51<br />

NOV0 0 0 65.39<br />

DEC0<br />

JAN1<br />

65.9<br />

0<br />

65.6<br />

0<br />

65.26<br />

65.15 1160<br />

1154<br />

Base metal laminados<br />

Cobre<br />

27/04/10<br />

7,043<br />

28/04/10<br />

1148<br />

6,861<br />

Latão 63/37<br />

Latão 67/33<br />

5,443<br />

5,616<br />

5,304 1142<br />

5,472<br />

Latão 70/30<br />

Latão 85/15<br />

5,745<br />

6,394<br />

5,598 1136<br />

6,230<br />

Bronze 7,627 7,424 1130<br />

Euribor 3 meses<br />

Últimas 30 sessões 0.654<br />

Euribor 6 meses<br />

Últimas 30 sessões<br />

Euribor 12 meses<br />

EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />

O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />

3 Meses 5.05 0.56 5.49 -- 3.81 --<br />

1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />

2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />

5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />

10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />

30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />

Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />

Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />

Metais não ferrosos<br />

0.955<br />

Últimas 30 sessões<br />

1.235<br />

EURIBOR<br />

Prazo Última Anterior<br />

1 Semana 0,349 0,348<br />

1 Mês 0,408 0,405<br />

2 Meses 0,509 0,505<br />

3 Meses 0,654 0,646<br />

4 Meses 0,76 0,751<br />

5 Meses 0,854 0,848<br />

6 Meses 0,964 0,958<br />

7 Meses 1,004 0,997<br />

8 Meses 1,052 1,046<br />

9 Meses 1,104 1,098<br />

10 Meses 1,143 1,138<br />

11 Meses 1,182 1,177<br />

12 Meses 1,235 1,228<br />

Metais Londres<br />

Fixing<br />

manhã<br />

Fixing<br />

Tarde<br />

Fecho<br />

OURO 1161 1164.25 1149.5<br />

PRATA 1796 1816 1816<br />

PLATINA 1714 1715 1722<br />

PALADIO 543 535 550<br />

Metais LME Por Tonelada<br />

BID ASK<br />

COBRE 7640.0 45.0<br />

ALUMINIO 2261.5 62.5<br />

ZINCO 2374.0 75.0<br />

NIQUEL 26825 26850<br />

CHUMBO 18800/ 8805<br />

ESTANHO 2090.0 00.0<br />

ALUM. ALLOY 2090.0 10.0<br />

Oleaginosas Roterdão<br />

Produto Entrega Ontem Véspera<br />

SOJA<br />

contrato venda venda<br />

May10 424 422.8<br />

Jun10 420.3 419.1<br />

COLZA<br />

Jul10 418.8 417.2<br />

May10/Jul10 675 680<br />

Aug10/Oct10 685 686<br />

GIRASSOL<br />

Nov10/Jan11 695 695<br />

May10/Jun10 915 925<br />

Jul10/Sep10 945 950<br />

COCO<br />

Oct10/Dec10 935 940<br />

MAY10 2209 21<br />

JUL10 2241.5 39.5<br />

PALMA BRUTA<br />

SEP10 2232.5 19<br />

May10 835 832.5<br />

Jun10 835 837.5<br />

Jul10/Sep10 835 837.5<br />

Ouro* (USD/Onça) Londres<br />

Últimas 6 sessões 1149.5<br />

Euro dólar<br />

Últimas 30 sessões<br />

Câmbios<br />

Agrícolas Londres<br />

CACAU Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 2360 2334 2348<br />

JUL0 2395 2367 2383<br />

SEP0 2353 2329 2346<br />

DEC0 2303 2284 2294<br />

MAR1 2269 2249 2258<br />

MAY1 2273 2250 2259<br />

JUL1 2278 2277 2264<br />

AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />

AUG0 469 455 455.1<br />

OCT0 445.6 431.7 432.5<br />

DEC0 442.4 430.2 430.2<br />

MAR1 452 440.4 440.7<br />

MAY1 446 441.7 441.3<br />

AUG1 444.5 443.6 440<br />

OCT1 0 0 437.6<br />

Agrícolas Chicago<br />

1.3159<br />

Taxas do euro<br />

Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />

Moeda do euro indic. esc.<br />

Franco belga 40.3399 4.96982<br />

Marco alemão 1.95583 102.505<br />

Peseta 166.386 1.20492<br />

Franco francês 6.55957 30.5633<br />

Libra irlandesa 0.787564 254.560<br />

Lira italiana 1936.27 0.10354<br />

Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />

Florim 2.20371 90.9748<br />

Xelim austríaco 13.7603 14.5696<br />

Escudo 200.482 –<br />

Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />

Dracma 340.750 0.588355<br />

X por Cross<br />

Moeda 1 euro dólar<br />

Dólar dos EUA 1.3245 ---<br />

Dólar australiano 1.4343 1.082899207<br />

Lev da Bulgária 1.9558 1.476632692<br />

Dólar canadiano 1.3402 1.01185353<br />

Franco suíço 1.4341 1.082748207<br />

Coroa checa 25.57 19.30539826<br />

Coroa dinamarquesa 7.4423 5.618950547<br />

Coroa da Estónia 15.6466 11.81321253<br />

Libra esterlina 0.8708 0.657455644<br />

Dólar de Hong-Kong 10.2883 7.767685919<br />

Forint da Hungria 269.9 203.7750094<br />

Coroa da Islândia 290 218.9505474<br />

Iene do Japão 124.48 93.98263496<br />

Won da Coreia do Sul 1481.87 1118.814647<br />

Litas da Lituânia 3.4528 2.606870517<br />

Lats da Letónia 0.708 0.534541336<br />

Coroa norueguesa 7.875 5.945639864<br />

Dólar da N. Zelândia 1.8475 1.394865987<br />

Zloty da Polónia 3.9315 2.968289921<br />

Coroa sueca 9.6258 7.267497169<br />

Dólar de Singapura 1.8198 1.373952435<br />

Coroa da Eslováquia 30.126 22.74518686<br />

Lira turca 1.9713 1.488335221<br />

Rand da África do Sul 9.8907 7.467497169<br />

Real brasileiro 2.3308 1.759758399<br />

Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />

Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />

OT/Benchmark/MEDIP<br />

Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />

1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />

2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />

4 Anos 3.2 40648 97.007 4.015<br />

5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />

6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />

7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />

8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />

9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />

MILHO Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 361.75 348.25 347.5<br />

JUL0 367.75 354 353.75<br />

SEP0 374 361.25 361.5<br />

DEC0 380.5 368.25 369<br />

MAR1 393.5 382 382<br />

MAY1 400 390.75 391<br />

JUL1 407 397.75 398<br />

TRIGO Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 485 474.25 478.25<br />

JUL0 496.5 486 490.5<br />

SEP0 512.75 502.75 507<br />

DEC0 541 530.75 534<br />

MAR1 565.5 558 561<br />

MAY1 579 574.25 576<br />

JUL1 597.5 588.25 592.5<br />

SOJA Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 992 978.25 982.75<br />

JUL0 1002 988.5 993<br />

Agrícolas Nova Iorque<br />

ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />

JUL0 100 51.72 85.2<br />

OCT0 91.75 64.73 79.45<br />

DEC0 100.5 53.87 77.35<br />

MAR1 94.5 61.89 78.39<br />

MAY1 79.07 68.05 78.47<br />

JUL1 80 73.25 78.59<br />

OCT1 78.3 76 77.84<br />

Eurolist Dívida Pública<br />

Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />

mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />

OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 12 APR 2010 0 98.55 0<br />

OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.48 0<br />

OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 101.9 28 APR 2010830010104.02 0<br />

Eurolist Outros fundos públicos<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />

CMSINTRA97 3,375 0<br />

CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />

EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />

G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />

GRA..1A.92 3,5625 0 2003-02-21 99,90<br />

GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />

LISBOA.99 2,708 0<br />

LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />

P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />

RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />

RAM..96/06 2,656 0 1996-11-04 100,60<br />

RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />

RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.2E 96 2,748 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />

RAM.99 2,913 0<br />

SINTRA2S97 3,375 0<br />

SINTRA3S97 3,375 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />

J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />

CONTIN..95 3,5625 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />

BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />

BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />

BCPI7%1003 7,0 45 100,56 2003-02-21 100,80<br />

BCPICG33PL 0,0 37 93,56 2003-03-07 93,49<br />

BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />

BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />

BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />

BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />

BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />

BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />

BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />

BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />

BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />

BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />

TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />

BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />

BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />

BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />

CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />

BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />

BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />

BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />

BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />

BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />

BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />

BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />

SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />

BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />

BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />

BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />

BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />

BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />

BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />

INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />

BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />

BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />

CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,48<br />

ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />

BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />

BSPBEURP01<br />

PUB<br />

0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 47<br />

OUTROS MERCADOS<br />

Eurolist Unidades de Participação<br />

Título Quant. Fecho Fecho<br />

transac. E Esc.<br />

N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />

REDES C.98 100 49,01 9826<br />

SAUDELAZER 678 48,01 9625<br />

VALFUT2005 488 46,41 9304<br />

Eurolist - Titulos de Participação<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />

BFN.....87 3,564 0 2003-03-07 100,00<br />

BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />

BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />

CPP.....88 2,56908 0 2003-02-10 53,41<br />

CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />

PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />

Mercado s/ Cotações<br />

Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />

cot. ant. transac. ano ano anual<br />

Norvalor 20 APR 2010 0 0 0 0 1.23 0.54<br />

Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />

R.P. Centro Sul 07 DEC 2009 0 0 0 0 3.5 3.5<br />

Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />

Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />

Vista Alegre 14 OCT 1998 0 0 0 0 0 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />

BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />

BPSM-2E.95 3,5625 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />

BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />

BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />

CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,56<br />

BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />

BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />

BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />

CIN...9904 3,444 0<br />

ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />

BPA.SUB.96 3,0625 0<br />

BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />

M.LEA.1E98 3,25 0<br />

M.LEA.2E98 3,125 0<br />

DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />

BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />

CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />

V.ALEGRE05 3,291 0<br />

CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />

B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />

BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />

BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />

FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />

CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />

CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />

TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />

M.COMPA.98 3,337 0<br />

SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />

GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />

SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />

CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />

IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />

IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />

SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />

BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />

HELLER981E 2,75 0<br />

BNU.1.E.9 0,0 0<br />

BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />

BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />

BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />

CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />

CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />

MOT.COMP04 3,487 0<br />

BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />

SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />

BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />

BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />

BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />

BPI-C.Z.95 0,0 0<br />

BPI-C.Z.96 0,0 0<br />

BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />

BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />

BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />

MUNDICEN97 3,5625 0 2002-02-11 99,90<br />

BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />

SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />

SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />

GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60


48 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

DESPORTO<br />

BENFICA SAD<br />

3,96%<br />

2,91 euros<br />

Estoril Open com<br />

imagem retocada<br />

para Roger Federer<br />

Ténis Após mês e meio de trabalhos, pouco mais falta do que o recheio<br />

de tendas e restaurantes. A logística está pronta para o melhor do Mundo.<br />

Eduardo Melo<br />

eduardo.melo@economico.pt<br />

“Eles precisam de braçadeiras<br />

para continuar a trabalhar. Não<br />

estás a ouvir? Vou passar ao<br />

homem”, diz Duarte Teives,<br />

responsável da logística no Estoril<br />

Open, através do circuito<br />

interno de comunicações. Mais<br />

à frente, no 'court' central: “Ó<br />

Carlos traz o pincel que a tinta<br />

está a escorrer”, gritava alguém<br />

com um sotaque brasileiro<br />

para o colega da empresa<br />

Dália A. Veloso, responsável<br />

pela construção dos tradicionais<br />

camarotes verde-garrafa.<br />

“Temos aqui a carpintaria para<br />

fazer tudo à medida”, confere o<br />

carpinteiro e pintor Carlos Vicente<br />

que completa: “Apenas se<br />

aproveitam os corrimões de<br />

anoparaano.Tudoorestoé<br />

deitado para o lixo.”<br />

A poucos dias do arranque do<br />

torneio, o 'court' central precisava<br />

apenas dos retoques finais<br />

de pintura. Das empreitadas<br />

mais pesadas, a tenda gigante<br />

dedicada às refeições das dezenas<br />

de patrocinadores que desejam<br />

associar-se à segunda<br />

presença em Portugal do mediático<br />

Roger Federer era a que<br />

merecia mais atenção. A vinda<br />

do líder mundial da modalidade<br />

fez engordar a área ‘corporate’,<br />

à semelhança do que aconteceu<br />

em 2008. “Mais dois mil metros<br />

quadrados do que há dois<br />

anos”, estima Duarte Teives -<br />

num total acima dos oito mil<br />

metros quadrados.<br />

O Centro de Alto Rendimento<br />

O regresso de Federer a Portugal<br />

implicou mais antecedência nos<br />

trabalhos que começaram há<br />

mês e meio, restando até sábado<br />

o recheio de cada espaço. Este<br />

anoatéháavantagemdeutilizar<br />

o coberto de ténis do Centro<br />

de Alto Rendimento, transformado<br />

em vila dos patrocinadores.<br />

Os seis campos ali existentesderamlugaradezenasdesalasdeestardequempagaapeso<br />

de ouro uma presença no ampliado<br />

espaço. “Este ano tivemos<br />

de encontrar esta alternativa<br />

para obviar à construção do<br />

BOLA EM ESTREIA<br />

Pela primeira vez, o Estoril Open terá<br />

bolas (12 mil da Dunlop Fort Clay<br />

Court) com a inscrição do nome do<br />

torneio, à semelhança de Roland<br />

Garros, assim como os Masters 1.000<br />

de Roma, Madrid e Monte Carlo e do<br />

ATP 500 de Barcelona.<br />

CONVITE DE 3º JOGADOR<br />

Rui Machado<br />

Depois de Frederico Gil e Michelle<br />

Brito, João Lagos convidou<br />

ontem Rui Machado para o<br />

quadro principal do Estoril Open,<br />

com o argumento de ser o<br />

jogador português mais cotado<br />

da actualidade (113º ATP), além<br />

de ter ganho em Nápoles e ter<br />

sido semifinalista em Roma.<br />

MAIOR COURT CENTRAL<br />

7.147<br />

O maior court central da história<br />

do Estoril Open terá 7.147<br />

assentos, entre bancadas (5.874)<br />

e camarotes (1.273), compatível<br />

com a presença do jogador<br />

número 1 do Mundo, Roger Federer.<br />

campo de golfe”, refere Teives.<br />

Elogoumlamento:“Ficalonge<br />

do 'court' central”, implicando<br />

a passagem pela alameda das<br />

palmeiras para os VIP esperados<br />

no Jamor.<br />

O ponto forte deste espaço é<br />

que a estrutura está lá, bastando<br />

a Tim Madeira, o decorador<br />

de serviço, combinar o tom da<br />

madeira das paredes e do tecto<br />

do recinto com as cores dos sofás<br />

e cadeiras de cada uma das<br />

boxes dispostas lado a lado, paredes-meias<br />

com a área reservada<br />

de restauração - tenda enquadrada<br />

pela sebe natural que<br />

divide os campos no Jamor.<br />

Noutro local os técnicos certificam-se<br />

que há os amperes<br />

necessáriosparaasaladeimprensa,<br />

um dos locais mais concorridos<br />

depois dos jogos do<br />

suíço. “Esta semana haverá<br />

mais trabalho a montar stands,<br />

equipamentos de som, a prestar<br />

assistência aqui e ali”, sublinha<br />

Pedro Martins da Watt Light.<br />

Durante o torneio, dois a três<br />

técnicos darão conta das solicitações<br />

diárias.<br />

Matraquilhos, snooker e consolas<br />

no jardim dos atletas<br />

Matraquilhos, snooker, consolas<br />

de jogos e os indispensáveis<br />

computadores são alguns passatempos<br />

possíveis dos jogadores,<br />

instalados numa tenda<br />

montada no jardim da entrada<br />

do Jamor, ao lado do Centralito<br />

- emblemático campo do complexo<br />

desportivo do Estádio<br />

Nacional. O enquadramento<br />

não poderia ser mais encantador:<br />

há passadiços que contornam<br />

canteiros de frágeis flores<br />

amarelas e laranja. Um toque de<br />

frescura que certamente será<br />

valorizado pelos jogadores que<br />

passam grande parte do ano em<br />

aviões, são obrigados a perder<br />

horas nos aeroportos e saltam<br />

de torneio em torneio nos quatro<br />

continentes.<br />

Nesse capítulo, João Lagos dá<br />

cartasapós20anosdeEstoril<br />

Open. “Conhece os cantos à<br />

casa, planeia muito bem a organizaçãodoespaçoecontacom<br />

fornecedores fiéis”, conta<br />

Duarte Teives. ■<br />

FC PORTO SAD SPORTING SAD<br />

0,90%<br />

1,10 euros<br />

A par dos camarotes,a pintura<br />

das escadas do court central<br />

era das últimas tarefas a cumprir por estes dias.<br />

Esta mesa de matraquilhos é um dos<br />

divertimentos possíveis para os jogadores,<br />

enquanto esperam para entrar em acção.<br />

12,93%<br />

1,01 euros


DESTAQUE DO DIA<br />

A tenda gigante reservada para as refeições<br />

dos patrocinadores e seus convidados tem<br />

quase quatro mil metros quadrados.<br />

Nelson Mandela<br />

É quase certo que o histórico lutador<br />

contra o regime do apartheid, líder<br />

do ANC e ex-presidente da África do<br />

Sul, de 91 anos, esteja ausente da<br />

cerimónia de abertura do Mundial,<br />

segundo indicam os familiares.<br />

Os 3.800 metros quadrados do CAR estão<br />

desfigurados para acolher os patrocinadores que<br />

beneficiam de bar aberto durante a estada no Jamor.<br />

Fotos Paula Nunes<br />

AGENDA DO DIA<br />

Futebol<br />

Liga Europa, 2ª mão, meias-finais:<br />

Liverpool-Atlético Madrid (20h05,<br />

SIC); Fulham-Hamburgo (20h05,<br />

Sport TV1/HD).<br />

Ténis<br />

ATP, oitavos-de-final: Torneio Masters<br />

1.000 de Roma (12h00, Sport TV2).<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 49<br />

Basquetebol<br />

NBA: San Antonio-Dallas<br />

(madrugada de sexta-feira, 01h00,<br />

Sport TV2/HD).<br />

Golfe<br />

European Tour: 1º dia, Open de<br />

Espanha (14h30, Sport TVGolfe);<br />

PGA Tour: 1º dia, Quail Hollow<br />

Championship (20h00, Sport<br />

TVGolfe).<br />

Os números<br />

da maior prova<br />

desportiva do ano<br />

Na montagem e apoio ao Estoril<br />

Open trabalham mil pessoas.<br />

Eduardo Melo<br />

eduardo.melo@economico.pt<br />

A montagem do 'court' central é<br />

a peça fundamental em torno da<br />

qual a equipa de Duarte Teives<br />

dedica mais tempo e recursos<br />

humanos.<br />

Das cerca de mil pessoas que<br />

irão prestar serviço no Estoril<br />

Open, grande parte delas esteve<br />

afecta a esta infra-estrutura,<br />

que precisou de 50 camiões de<br />

tubos e chapas de ferro para a<br />

sua edificação. Este número exclui<br />

as várias bancadas de menor<br />

dimensão espalhadas pelos<br />

restantes campos para servir a<br />

semana de jogos do quadro<br />

masculino e feminino.<br />

A base de implantação da<br />

estrutura do 'court' central de<br />

7.147 lugares precisou de ser<br />

estabilizada com brita e tuvenan,<br />

materiais igualmente utilizados<br />

noutros pontos do<br />

complexo de ténis do Estádio<br />

Nacional e cuja dimensão já<br />

saiu do controlo de Teives, primeiro<br />

homem a quem pedir<br />

responsabilidades pelo que for<br />

feitonovaledoJamor.<br />

Em paralelo foi necessário<br />

construir cerca de 90 stands<br />

dos patrocinadores e empresas<br />

que disputam a visibilidade gerada<br />

pelo maior evento desportivo<br />

da capital.<br />

Fora esta vertente do esqueleto<br />

do Estoril Open, é preciso<br />

ter em conta a logística associada<br />

às 10 mil refeições que serão<br />

servidas diariamente, tanto para<br />

patrocinadores e convidados,<br />

como para jogadores, treinadores,<br />

apanha-bolas e outro pessoal<br />

ao serviço de João Lagos.<br />

A fidelização é uma das regrasadoptadasnestes21anosde<br />

torneios de alto nível. Uma dessas<br />

ligações é a Casa do Marquês<br />

que irá servir, entre outros, Ricardo<br />

Salgado (BES), Zeinal<br />

Bava (Portugal Telecom), António<br />

Pires de Lima (Unicer) e<br />

Alberto João Jardim, que estará<br />

no Estoril Open (decorre entre<br />

1 e 9 de Maio) no primeiro dia<br />

do evento para a comemoração<br />

dodiadaMadeira.Opresidente<br />

do governo regional da Madeira<br />

bem poderá ser um dos<br />

hóspedes que irá fazer aumentar<br />

em 30% a ocupação da<br />

hotelariadeOeiras,comoantecipou<br />

o vice-presidente do município,<br />

Paulo Vista. ■<br />

TUBOS PARA CENTRAL<br />

1.000<br />

A construção do court central do<br />

Estoril Open implicou 50 camiões<br />

de 20 toneladas de tubos<br />

e demais ferros, num total<br />

de mil toneladas.<br />

REFEIÇÕES<br />

10.000<br />

O responsável da logística<br />

do torneio, Duarte Teives, estima<br />

a confecção de 10 mil refeições<br />

diárias durante os nove dias<br />

de provas.<br />

ÁREA DE TENDAS E CAR<br />

13.500<br />

A área de tendas e do coberto do<br />

Centro de Alto Rendimento<br />

(’Sponsors village’) totaliza 13.500<br />

metros quadrados, dos quais mais<br />

de oito mil para patrocinadores.<br />

FROTA DE AUTOMÓVEIS<br />

26<br />

A Volkswagen vai disponibilizar<br />

26 automóveis para servir as<br />

quase seis dezenas de tenistas,<br />

reservando para Roger Federer<br />

o novíssimo Phaeton.<br />

PRÉMIOS DE JOGO<br />

398.250<br />

Os prémios de jogo caem este<br />

ano para 398.250 euros, um<br />

pouco menos do que os 450 mil<br />

distribuídos no ano passado.<br />

IMPACTONOTURISMO<br />

30<br />

O vice-presidente da Câmara<br />

de Oeiras, Paulo Vista, estima<br />

que a procura hoteleira do<br />

concelho aumente 30% durante<br />

a realização do Estoril Open.


50 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

FUTEBOL<br />

Funeral do Magriço sportinguista Morais<br />

realiza-se hoje à tarde em Vila do Conde<br />

João Morais, célebre autor do golo de canto directo na finalíssima da Taça<br />

das Taças de 1964 que valeu o troféu ao Sporting, morreu anteontem,<br />

aos 75 anos, vítima de cancro, realizando-se esta tarde (16h30)<br />

o funeral em Vila do Conde. Morais, que jogou pelo clube de Alvalade<br />

entre 1958 e 1969, ganhou dois títulos de campeão e uma Taça<br />

de Portugal, além ter sido um dos Magriços na selecção nacional<br />

que conquistou o 3º lugar no Mundial de Inglaterra em 1966.<br />

A festa da qualificação na Bósnia<br />

para o Mundial sul-africano: Portugal<br />

torna a ter razões para celebrar.<br />

Prova portuguesa vai iniciar-se a 27<br />

de Março do próximo ano.<br />

AUTOMOBILISMO<br />

Edição do Rali de Portugal em 2011<br />

realiza-se durante o mês de Março<br />

Madaíl e Queiroz orgulhosos<br />

com terceiro lugar da selecção<br />

Futebol FIFA actualizou ontem o ‘ranking’ e colocou Portugal na melhor classificação de sempre.<br />

Alberto Teixeira<br />

alberto.teixeira@economico.pt<br />

É uma situação inédita na história<br />

da Selecção nacional de futebol.<br />

O ‘ranking’, actualizado ontem<br />

pela FIFA, coloca o conjunto de<br />

Carlos Queiroz no terceiro lugar<br />

das selecções mais cotadas do<br />

Mundo, apenas superada pelas<br />

congéneres de Brasil e Espanha,<br />

que trocam de posições nos dois<br />

primeiros lugares, quando falta<br />

pouco mais de um mês para o início<br />

do Mundial da África do Sul.<br />

Até ontem, a melhor classificação<br />

alcançada por portugueses<br />

desde que a FIFA criou esta<br />

hierarquia, em 1993, situava-se<br />

uma posição abaixo, no quarto<br />

lugar, atingida em quatro momentos:<br />

Março de 2001, Janeiro<br />

eFevereirode2002,sobocomando<br />

de António Oliveira, e<br />

Março de 2010, com Carlos<br />

Queiroz, para quem o terceiro<br />

lugar da formação das quinas é<br />

“histórico no prestígio do futebol<br />

português ao nível de selecções<br />

”, conferindo ao mesmo<br />

tempo “maior sentido de responsabilidade<br />

a dirigentes, treinadores,<br />

jogadores e agentes<br />

desportivos”. “Este ‘ranking’<br />

não ganha jogos. Não ficámos<br />

deprimidos quando estivemos<br />

abaixo do 10º lugar e também<br />

não ficamos eufóricos ao chegar<br />

ao pódio”, referiu, por sua vez,<br />

o presidente da Federação Portuguesa<br />

de Futebol, Gilberto<br />

Madaíl, que proferiu palavras do<br />

discurso de Queiroz para subli-<br />

nhar “a grande responsabilidade”<br />

que esta marca significa.<br />

Também Carlos Godinho, director-desportivo<br />

da Federação,<br />

manifestou satisfação com<br />

a situação. “É um motivo de orgulho<br />

que aumenta a nossa responsabilidade,<br />

uma referência<br />

que também pode servir para<br />

pressionar os nossos adversá-<br />

marta.carvalho@economico.pt<br />

A próxima edição do Rali de Portugal será em Março de 2011, de acordo<br />

com a informação divulgada pela FIA. Na lista de 13 provas para a próxima<br />

temporada, a prova da Suécia surge como abertura da temporada, a 13 de<br />

Fevereiro, seguindo-se o México (6 de Março) e Portugal (a 27). Jordânia,<br />

Itália, Argentina, Grécia, Finlândia, Alemanha, Austrália, França, Espanha<br />

e Grã-Bretanha são as restantes etapas do Mundial de Ralis (WRC)<br />

para o ano de 2011.<br />

Dado Ruvic/Reuters<br />

rios.Masomaisimportanteé<br />

estarmos bem preparados para o<br />

Mundial”, resumiu.<br />

Top ten remodelado<br />

O reinado espanhol no topo da<br />

hierarquia da FIFA durou apenas<br />

cinco meses, com os campeões<br />

europeus a voltarem ao segundo<br />

lugar da tabela, suplantados pelos<br />

brasileiros, que assumem a liderança<br />

pela sétima vez desde 1993<br />

- o conjunto canarinho, adversário<br />

de Portugal no Mundial, totaliza<br />

142 meses no primeiro lugar.<br />

Também a selecção holandesa<br />

caiu um lugar (4º), enquanto<br />

Itália e Alemanha permanecem<br />

na 5ª e 6ª posições, respectivamente.<br />

A Argentina conseguiu a<br />

maior subida em relação à actualização<br />

de Março, passando<br />

do 9º para o 7º posto, enquanto o<br />

conjunto inglês desceu um lugar<br />

(8º). Já Croácia (9º) e França<br />

(10º) fecham o top ten, registando<br />

os gauleses a maior queda<br />

nos dez primeiros da hierarquia<br />

mundial. De referir ainda as posições<br />

de Costa do Marfim e Coreia<br />

do Norte, adversárias de<br />

PortugalnoMundial,queseencontram<br />

nos lugares 27 e 107. ■<br />

LeBron<br />

criou alarme<br />

entre<br />

os Cavaliers<br />

James queixou-se de dores<br />

num braço, mas deve<br />

enfrentar os Boston Celtics.<br />

Paulo Jorge Pereira<br />

paulo.pereira@economico.pt<br />

Quando o apuramento dos Cleveland<br />

Cavaliers para as meiasfinais<br />

da Conferência Este ficou<br />

assegurado no triunfo ao quinto<br />

jogo perante Chicago (96-94),<br />

tudo parecia perfeito. O problema<br />

surgiu no momento em que<br />

LeBron James, principal figura<br />

da equipa, apareceu a queixar-se<br />

de dores no braço direito depois<br />

de mais um duplo-duplo (19<br />

pontos e dez ressaltos). “Ainda<br />

medóiobraçoenãoseiporquê”,<br />

lamentou, a propósito de uma<br />

queda em que aterrou sobre o<br />

cotovelo do braço direito ao tentar<br />

um desarme. E logo cuidou<br />

de afastar preocupações: “Os fãs<br />

podem estar descansados, pois<br />

não acredito que seja grave.” A<br />

meia-final frente aos Boston Celtics,<br />

que afastaram Miami também<br />

ao quinto jogo (96-86), começa<br />

apenas no sábado, pelo que<br />

LeBron terá tempo suficiente<br />

para recuperar.<br />

Na Conferência Oeste, os<br />

campeões Lakers bateram Oklahoma<br />

(111-87) e estão com vantagem<br />

de 3-2, depois de um encontroemquePauGasoleAndrew<br />

Bynum, ambos com duploduplo,<br />

foram fundamentais para<br />

o sucesso da equipa de Kobe<br />

Bryant com base no jogo interior.<br />

“Foi um dos nossos melhores jogos<br />

esta época”, defendeu<br />

Bryant, cujas assistências para os<br />

“gigantes” Gasol e Bynum valeram<br />

muitos cestos fáceis. “Gosto<br />

de desafios, Durant tem jogado<br />

muito bem e aceitei este desafio”,<br />

acrescentou. “Gostava de ter<br />

umaexplicaçãoparaoquese<br />

passou, mas não sou capaz de encontrá-la”,<br />

admitiu o base dos<br />

Thunder de 21 anos.<br />

Quanto aos Dallas Mavericks,<br />

reduziram para 2-3 face aos San<br />

Antonio Spurs (103-81), evidenciando-se<br />

Caron Butler com 35<br />

pontos. ■<br />

Camisola 24 de Kobe<br />

Bryant (LA Lakers)<br />

continua a ser a mais<br />

vendida e as da<br />

equipa mantêm<br />

tendência de sete das<br />

últimas oito épocas.


PUB


52 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

PUBLICIDADE & MEDIA<br />

RÁDIO<br />

José Carlos Malato dá voz<br />

à campanha da UAL<br />

“TásaquitásnaUAL”éaanovacampanhapublicitáriadaUniversidade<br />

Autónoma de Lisboa (UAL), dedicada aos alunos do 12º ano, e conta, mais<br />

uma vez, com a participação de José Carlos Malato. Com o ‘slogan’<br />

“18 caminhos, uma só direcção”, o anúncio visa complementar<br />

o posicionamento estratégico da UAL como a única universidade<br />

no centro de Lisboa. A campanha vai para o ar na Cidade FM e vai estar<br />

no ar durante seis meses.<br />

“Sou a Tina<br />

Turner da<br />

publicidade”<br />

Edson Athayde está de volta à publicidade e ao<br />

Brasil. Mas diz que é um publicitário português.<br />

Margarida Henriques<br />

margarida.henriques@economico.pt<br />

EdsonAthaydedescreve-seasi<br />

próprio como “a Tina Turner da<br />

publicidade”. Mas, agora que regressou<br />

a uma actividade que dizia<br />

ter abandonado, admite que também<br />

podia ser o Schumacher. Depois<br />

de 20 anos a trabalhar em<br />

Portugal, a que se seguiu uma passagem<br />

por Los Angeles para estudar<br />

cinema, e de uma estada em<br />

Barcelona para se dedicar à escrita,<br />

o publicitário que colocou um<br />

pastor a falar ao telemóveleadizer<br />

“Tou xim, é p’ra mim” para um<br />

anúncio da Telecel (o primeiro que<br />

criou no mercado português) regressa<br />

agora à publicidade e ao<br />

Brasil, como vice-presidente da<br />

Master, com responsabilidades<br />

sobre a criatividade.<br />

“A Master é uma agência reconhecidamente<br />

muito boa”, afirma<br />

Edson Athayde. Nasceu em<br />

Curitiba, no Sul do Brasil, mas<br />

hoje está presente em São Paulo,<br />

RiodeJaneiroeBrasília,etem<br />

clientes como o Banco do Brasil e<br />

os postos de abastecimento da<br />

Petrobras. “A proposta que me fizeram<br />

era muito aliciante: usar a<br />

minha experiência internacional<br />

como criativo e como gestor para<br />

fazer essa história de sucesso tornar-se<br />

ainda mais interessante.<br />

Com a vantagem de não ter de estar<br />

todos os dias em São Paulo.<br />

Para um ‘workaholic’ como eu,<br />

isso é pôr gasolina na fogueira”,<br />

conta. Mas acrescenta que “a<br />

Master sabe que está a contratar<br />

não um brasileiro, mas sim um<br />

publicitário português”.<br />

Há 20 anos, quando trocou o<br />

mercado brasileiro por Portugal, a<br />

publicidade do outro lado do<br />

Atlântico estava muito mais evoluída.<br />

Hoje os dois mercados estarão<br />

em pé de igualdade mas,<br />

“como a publicidade vive sempre<br />

atrelada à economia, hoje a Europa,<br />

e não necessariamente Portugal,<br />

não é um terreno fértil para<br />

que as boas ideias surjam e cresçam”,<br />

comenta o publicitário. Por<br />

isso não tem dúvidas de que, “no<br />

Brasil, vejo espaço para que a coisaevoluaesejaatéreinventada.<br />

Na Europa só vejo fumo negro”.<br />

Este regresso à publicidade e ao<br />

Brasil acontece um pouco por acaso.<br />

Tudo começou com uma ida a<br />

São Paulo, onde tencionava ficar<br />

um mês a acompanhar os ensaios<br />

e as primeiras semanas em cartaz<br />

de um peça baseada num livro<br />

seu, “O Endireita”. Acabou por ficar<br />

mais tempo e redescobriu<br />

amigos e o prazer de passar 24 horas<br />

a falar português. E foi nessa<br />

alturaqueaideiadesteduploregresso<br />

começou a fazer sentido.<br />

“Gosto de sair da publicidade e, se<br />

avidaparaaímelevar,voltar<br />

quando as baterias já estiverem<br />

carregadas e tiver coleccionado<br />

um sem número de referências<br />

que poderão ser úteis para que a<br />

minha maneira de fazer anúncios<br />

seja mais fresca, mais actual”, diz.<br />

Mastambémsabeque,umdia,<br />

esse regresso pode não acontecer.<br />

Para já, e “Deus, se foi forreta comigo<br />

na beleza, não o foi, aparentemente<br />

na minha capacidade de<br />

ser um publicitário com algum<br />

valor.Comonãoseijogaràbola<br />

nem pilotar um Fórmula 1, cá estou<br />

eu outra vez como publicitário”,<br />

acrescenta Edson.<br />

Trabalhar em publicidade no<br />

Brasiléoqueestáagoranosseus<br />

planos, assim como acabar o romance<br />

que está a meio, finalizar<br />

um guião que começou a escrever<br />

em Espanha, além de uma série<br />

de televisão e uma peça de teatro.<br />

E também gostava de encenar “O<br />

Endireita” em Portugal e de editar<br />

no Brasil “O rapaz das fotografias<br />

eternas”, o livro que ontem lançou<br />

no mercado português. ■<br />

Vanessa Oliveira é o rosto – e agora a<br />

barriga – da Fitness desde 2009.<br />

MARKETING<br />

Fitness recorre a Vanessa Oliveira<br />

para preparar consumidoras para o Verão<br />

Cara da marca Fitness da Nestlé desde 2009, Vanessa Oliveira<br />

protagoniza uma nova iniciativa da marca, agora em biquini para<br />

liderar o Programa Barriga Lisa. A preparar-se para a estação quente,<br />

a apresentadora de televisão desafia as portuguesas a estarem no seu<br />

melhor. Para isso está disponível o ‘site’ ‘programabarrigalisa.com.pt’,<br />

onde encontram exercícios, conselhos de alimentação e estratégias<br />

de motivação que permitem manter a forma.<br />

Paulo Figueiredo<br />

“ Como a publicidade<br />

vive sempre atrelada à<br />

economia, hoje a Europa,<br />

e não necessariamente<br />

Portugal, não é um terreno<br />

fértil para que as boas<br />

ideias surjam e cresçam.<br />

Além da publicidade, Edson Athayde<br />

está a terminar um romance e tem planos<br />

para cinema, teatro e televisão.


PUBLICIDADE<br />

Festival do Clube de Criativos<br />

de Portugal entrega 20 Ouros<br />

Dos 712 trabalhos inscritos no festival do Clube de Criativos de Portugal,<br />

foram atribuídos 20 prémios Ouro nas várias categorias a concurso.<br />

Em publicidade, a Fischer Portugal conquistou dois galardões, e a Leo<br />

Burnett, a BBDO e a Ivity Brand Corp. arrecadaram um. Em marketing<br />

relacional, o Ouro foi para a Ivity. Já em design, a Brandia Central<br />

conseguiu três prémios. A Ivity, a Mola Activism, a Silva!Designers e a<br />

This is Pacifica conseguiram dois e a Maga arrecadou um.<br />

Rebeca Venâncio<br />

rebeca.venancio@economico.pt<br />

Se, no início do ano passado, a<br />

tecnologia a três dimensões<br />

(3D) ainda parecia distante, nas<br />

salas do cinema o fenómeno<br />

está hoje quase democratizado.<br />

O 3D tomou de assalto as salas<br />

escuras e começa agora a aventurar-se<br />

nas salas de casa dos<br />

consumidores.<br />

Mais surpreendente é agora a<br />

chegada desta tecnologia aos<br />

jornais em papel. O tablóide<br />

britânico ‘The Sun’, da News<br />

Corporation, liderada por Rupert<br />

Murdoch, já confirmou<br />

que vai usar esta tecnologia. O<br />

magnata australiano joga assim,<br />

mais uma vez, a cartada do<br />

3D, que tanto êxito somou com<br />

o filme ‘Avatar’, dos estúdios da<br />

20th Century Fox, também da<br />

News Corp.<br />

A acção surge assim sob a<br />

forma de uma edição especial a<br />

3D, disponível no próximo dia<br />

5deJunho,cercadeumasemana<br />

antes do arranque do<br />

Mundial de Futebol da África<br />

do Sul, marcado por gravações<br />

e transmissões com a mesma<br />

tecnologia.<br />

Segundo José Pedro Rodrigues,<br />

responsável pela estratégia<br />

e pesquisa da Mobbit, empresa<br />

especializada em comunicação<br />

digital, “a inovação do<br />

‘The Sun’” tem, afinal, “mais de<br />

20 anos”, e é feita através do<br />

uso de imagens anaglíficas, ou<br />

seja, imagens usadas para criar<br />

o efeito 3D com óculos de lentes<br />

vermelha e azul, criando, assim,<br />

a ilusão de profundidade e<br />

tridimensionalidade. “Esta tecnologia<br />

pode ser impressa em<br />

qualquer tipo de papel com<br />

qualidade profissional, mas para<br />

quemvêaolhonudáailusãode<br />

estar distorcida.<br />

O ‘The Sun’, não é, no entanto,<br />

o primeiro jornal a fazer<br />

isto: em 2007, a Sports Illustrated<br />

lançou uma edição de fatos<br />

de banho em 3D, além de algumas<br />

publicações belgas e polacas”,<br />

explicou o especialista.<br />

Uma equipa de jornalistas acompanha<br />

oestágioereportatudoparaoportal.<br />

Jornal britânico ‘The Sun’<br />

vai oferecer óculos 3D<br />

para ver edição em papel<br />

Depois do cinema e da televisão, a tecnologia a três dimensões chega<br />

ao papel. Anúncios, editorial e página com modelos são as prioridades.<br />

O ‘The Sun’ não é<br />

o primeiro jornal<br />

a usar o 3D: em 2007,<br />

a Sports Illustrated<br />

lançou uma edição<br />

de fatos de banho<br />

para ver em 3D.<br />

Também a National<br />

Geographic usou<br />

o mesmo sistema<br />

numa edição com<br />

imagens exclusivas<br />

do planeta Marte.<br />

BELEZA (QUASE) REAL<br />

Em 2007, a Sports Illustrated, na<br />

sua famosa edição de fatos de banho,<br />

decidiu presentear os consumidores<br />

com a ilusão de que estavam<br />

mais perto das modelos. A edição<br />

oferecia um par de óculos 3D e foi<br />

um verdadeiro sucesso.<br />

“Esteéo3Dquenósjáconhecemos<br />

há vários anos, e<br />

quando associado ao cinema já é<br />

quase obsoleto. Actualmente, o<br />

mais comum é o cinema em 3D<br />

real, isto é, com recurso a óculos<br />

polarizados, que dão a ideia do<br />

3D em movimento”, justificou<br />

José Pedro Rodrigues.<br />

A prioridade irá para os<br />

anúncios, o editorial e a famosa<br />

página 3, que recebe diáriamente<br />

uma modelo seminua,<br />

agora ainda mais próxima do<br />

leitor, graças à ajuda dos óculos<br />

3D que serão oferecidos dentro<br />

de pouco mais de um mês.<br />

Segundo dados avançados<br />

pelo jornal inglês especializado<br />

‘MediaWeek’, os anunciantes<br />

vão ter de abrir os cordões à bolsa<br />

se quiserem anúncios coloridos<br />

e com tridimensionalidade.<br />

Para Paulo Querido, especialista<br />

em novas tecnologias em<br />

media, “a iniciativa vale pelo<br />

seu pioneirismo ou oportunismo.<br />

É um golpe de marketing,<br />

mais uma forma de aproveitar o<br />

momento para usar o 3D como<br />

uma estratégia de marketing.<br />

Do ponto de vista de ser prático<br />

ou de se tornar comum, não me<br />

parece que tenha interesse e<br />

não passa por aqui nada que tenha<br />

a ver com o futuro da imprensa”,<br />

explicou o responsável.<br />

O responsável da Mobbit<br />

concorda. “Há claramente uma<br />

colagemao3D,frutodosurgimento<br />

e popularidade destas<br />

tecnologias. Não há aqui grandes<br />

inovações, mas vai ter claramente<br />

esse efeito, por estar<br />

associado ao Mundial de Futebol”,<br />

explicou.<br />

Fica, no entanto, a dúvida:<br />

venderá o ‘The Sun’ edições suficientes<br />

de forma a compensar<br />

o investimento feito em papel,<br />

impressão e óculos especiais<br />

para o efeito? Para já, e para que<br />

não faltem nem anunciantes<br />

nem leitores, o título da News<br />

International já tem preparada<br />

uma campanha publicitária em<br />

televisão para promover a iniciativa,queestaránoareste<br />

mês, na televisão britânica. ■<br />

INTERNET<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 53<br />

SAPO segue Campeonato Mundial<br />

de Futebol ao minuto<br />

Para que os consumidores não percam pitada do evento desportivo<br />

do ano, o Campeonato Mundial de Futebol, que decorre este ano<br />

na África do Sul entre 11 de Junho e 11 de Julho, o SAPO criou um<br />

conjunto de conteúdos para a Internet e aplicações de ‘Mobile’ para<br />

Android, Nokia WRT, Windows Phone, Palm Pre e iPhone. Através<br />

dos canais é possível acompanhar, independentemente do lugar<br />

onde se esteja, tudo sobre o Mundial.<br />

PUB<br />

Mike Blake/Reuters<br />

SEMAPA - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A.<br />

Sociedade Aberta<br />

Sede: Avenida Fontes Pereira de Melo, nº 14, 10º, Lisboa<br />

Capital Social: 118.332.445 Euros<br />

Nº Pessoa Colectiva e Matrícula na C.R.C. de Lisboa: 502593130<br />

INFORMAÇÃO<br />

PAGAMENTO DE DIVIDENDOS<br />

EXERCÍCIO DE 2009<br />

O pagamento de dividendos deliberado na assembleia geral anual da sociedade<br />

de dia 22 de Abril de 2010 terá lugar a partir do próximo dia 10 de Maio nos<br />

termos seguintes:<br />

Dividendo Ilíquido por acção ............................EUR 0,255<br />

IRS/IRC (20%) por acção..................................EUR 0,051<br />

Dividendo Líquido por acção .............................EUR 0,204<br />

Os dividendos serão pagos através da Central de Valores Mobiliários, nos<br />

termos do respectivo regulamento, sendo o Agente Pagador nomeado para<br />

o efeito o Banco Espírito Santo, S.A.<br />

Mais informamos que para efeitos de isenção ou dispensa de retenção na<br />

fonte de IRS/IRC, os Senhores Accionistas devem confirmar a caracterização<br />

da sua situação fiscal junto das entidades depositárias das acções.<br />

Informamos ainda que, a partir de dia 05 de Maio de 2010, inclusive, as<br />

acções serão transaccionadas em bolsa sem conferirem direito ao pagamento<br />

de dividendos.<br />

Lisboa, 28 de Abril de 2010<br />

A Administração<br />

Aversãodosóculos3D,comlentes<br />

azuis e vermelhas, serão oferecidos<br />

na compra do jornal “The Sun”.


PUB


Durante a primeira metade<br />

do século XX as Termas<br />

do Estoril faziam parte do<br />

charme e do ‘glamour’ desta<br />

praia lisboeta. Ali se cruzava a<br />

aristocracia europeia e os milionários<br />

de todo o mundo a quem<br />

o avião, essa máquina extraordinária<br />

que hoje pára durante dias,<br />

a contra gosto, permitia uma<br />

mobilidade alucinante e transformava<br />

em ‘jet-set’.<br />

Ostemposmudarame,no<br />

início da década de 60, quando<br />

o Hotel do Parque foi demolido,<br />

o balneário das termas também<br />

desapareceu. As águas termais,<br />

LIFESTYLE<br />

1 2<br />

5 6 7 8<br />

Vera Tânger<br />

Autora de “Como Peixe na Água<br />

- Manual de Etiqueta para se<br />

saber comportar em sociedade”<br />

e formadora de etiqueta e<br />

protocolo pessoal e empresarial.<br />

A banhos nas novas Termas<br />

a34 o<br />

C,queoReiD.JoséI,nosé-<br />

culo XVIII, já apreciava, ficaram<br />

desaproveitadas. Até agora.<br />

Porque, agora, as Termas do<br />

Estoril voltaram a ter um balneário<br />

onde é possível aproveitar<br />

todos os benefícios destas<br />

O erão está a chegar e o Estoril Open,<br />

com o entusiasmo pelo ténis, também.<br />

É sempre bom relembrar que, sendo<br />

originalmente um desporto de ‘gentlemen’,acortesiaimperaeénecessária<br />

muita concentração, logo o silêncio<br />

durante o jogo é fundamental. Bem sei<br />

que é um jogo com bola, mas não é futebol!<br />

Enquanto a bola anda para cá e<br />

para lá, e por muito empolgante que<br />

seja, observe sem fazer comentários e<br />

bata palmas ou use outras expressões<br />

de entusiasmo só no fim do ponto. Às<br />

INAUGURAÇÃO<br />

águas que se supõe terem origem<br />

na Serra de Sintra. E, para<br />

quem não precisa das suas propriedades<br />

medicinais (que ajudam<br />

quem sofre de reumatismo,<br />

doenças dermatológicas e<br />

respiratórias), pode gozar o<br />

Banyan Tree Spa, uma das melhores<br />

marcas do mundo de<br />

tratamentos de bem estar que<br />

tem o inconfundível carisma<br />

do Oriente.<br />

COMO PEIXE NA ÁGUA<br />

3 4<br />

A festa de inauguração foi um<br />

enorme sucesso e promete devolveraoEstorilocharmeeo<br />

‘glamour’ de outros tempos. A<br />

escolha é enorme. Piscinas termais<br />

e terapêuticas, sauna, salas<br />

de inalação, banhos de vapor,<br />

lamas Vichy, massagens, ginásio<br />

fitness e ‘wellness’, duche<br />

escocês, lamas e massagens são<br />

só algumas das muitas ofertas<br />

disponíveis. ■<br />

Saber estar no Estoril Open<br />

vezes, o que parece não é e aquela<br />

bola que julgava ir fora acabou por ir<br />

dentro e o jogador ainda conseguiu fazer<br />

uma daquelas jogadas memoráveis.<br />

Por outro lado, bater palmas antes do<br />

fim pode enganá-lo e levar a desistir<br />

de dar aquele tudo por tudo, acabando<br />

por perder o ponto.<br />

DURANTE O JOGO...<br />

Ver e ser visto é “importante”, mas<br />

conversar e/ou manifestar a sua<br />

amizade por quem aparece, fica re-<br />

Fotos: Neves António<br />

1<br />

Yousif Albaker, Lourenco Vaz<br />

Pinto, Amir Albaker, Albakas,<br />

Filipe Soares Franco, Pedro<br />

Garcia, Hugo Santos.<br />

2<br />

Luís e Mónica Roquette.<br />

3<br />

Alexandra de Almeida e Manuel<br />

Dias Loureiro.<br />

4<br />

Barbara e José Pinto Bastos.<br />

5<br />

Karim e Rosália Vakil.<br />

6<br />

Duarte e Sofia Nobre Guedes.<br />

7<br />

Vera Nobre da Costa e João<br />

Vanzeller.<br />

8<br />

Maria João Salgado.<br />

Cinquenta anos depois, as Termas do Estoril voltam a abrir. Além das águas medicinais há também um luxuoso spa.<br />

servado para os espaços de lazer<br />

longe dos ‘courts’. O ‘flash’ distrai e<br />

perturba. O telemóvel fica em silêncio.<br />

Apoiar este ou aquele jogador é<br />

natural e desejável, mas isso não<br />

quer dizer que deva bater palmas<br />

quando o “inimigo” faz uma dupla<br />

falta ou perde o ponto, considerado<br />

de mau gosto. Vista roupa apropriada<br />

e confortável porque o jogo é visto<br />

sentado e pode demorar várias<br />

horas. Conheça a previsão meteorológica,<br />

mas as mudanças de tempo<br />

Quinta-feira 29 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 55<br />

Por Maria João Vieira<br />

lifestyle@economico.pt<br />

BREVES<br />

William Kentridge<br />

no MoMA<br />

Até ao próximo dia 17 de Maio<br />

o MoMA, em Nova Iorque, tem<br />

patente a exposição “Five<br />

Themes”, uma mostra de obras<br />

do pintor sul-africano William<br />

Kentridge, considerado<br />

um dos maiores nomes<br />

da pintura actual.<br />

Renascença em Londres<br />

O British Museum, em Londres,<br />

expõe, até 25 de Julho, 100<br />

desenhos notáveis de alguns<br />

dos maiores nomes<br />

da Renascença, como Fra<br />

Angelico, Leonardo da Vinci,<br />

Jacopo, Gentile Bellini,<br />

Botticelli, Carpaccio, Filippo<br />

Lippi, Mantegna, Miguel<br />

Ângelo, Verrocchio e Ticiano.<br />

Nuno Mendes<br />

conquista Londres<br />

TheLoftProjectéo<br />

restaurante do momento,<br />

em Londres. O dono é Nuno<br />

Mendes, um dos ‘chefs’<br />

portugueses da actualidade<br />

que está a fazer sucesso.<br />

Antesdeir,convémmarcar,<br />

através do número +44 (0) 795<br />

620 5005.<br />

podem acontecer. Previna-se e proteja-se<br />

do frio e/ou do calor, mas evite<br />

usar aquele chapéu enorme que<br />

impede os outros, sentados atrás, de<br />

verem o jogo. Entrar e sair das bancadas<br />

só quando os jogadores estiverem<br />

sentados e aproveite essas<br />

saídas para descontrair, beber e comer<br />

alguma coisa. Os bebés e as<br />

crianças pequenas ficam em casa ou<br />

no espaço Baby Sitting Estoril Open.<br />

Instrumentos sonoros tipo buzinas<br />

não são bem-vindos. ■


56 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 29 Abril 2010<br />

ÚLTIMA HORA<br />

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de Publicações, S.A. Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1 – A Palhavã 2894 002 Alcochete<br />

Trabalhadores da Rohde optam<br />

pela liquidação da empresa<br />

Na próxima terça-feira, votam pelo fim da maior empregadora de calçado do País.<br />

Os trabalhadores da Rohde, a maior<br />

empregadora do sector do calçado<br />

do País, deverão votar a favor da liquidação<br />

dos activos da empresa na<br />

próxima terça-feira, em assembleia<br />

decredores.Estaéaconvicçãoda<br />

administradora judicial, Conceição<br />

Santos, que ontem participou numa<br />

reunião com os trabalhadores e o<br />

sindicato do sector para esclarecer<br />

eventuais dúvidas sobre o processo.<br />

A Rohde emprega 984 pessoas e está<br />

em processo de insolvência desde<br />

Setembro do ano passado. “Os trabalhadores<br />

querem uma solução,<br />

querem fechar esta página”, disse<br />

Conceição Santos.<br />

Os trabalhadores – únicos credores,<br />

de mais de 14 milhões de euros,<br />

daempresadeSantaMariadaFeira<br />

– estão inclinados a votar a favor da<br />

eliminação dos empregos e da venda<br />

do património da unidade (avaliado<br />

em menos de cinco milhões), conforme<br />

está previsto no novo plano<br />

de viabilização, adiantou Conceição<br />

Santos. Mas já o ponto que prevê a<br />

constituição de uma nova firma,<br />

com a manutenção de 150 empre-<br />

DESTAQUE<br />

Bava e Moniz são hoje ouvidos no<br />

Parlamento sobre o caso TVI<br />

As audições do inquérito à<br />

actuação do Governo na tentativa<br />

de compra da TVI pela PT<br />

regressam esta quinta-feira, depois<br />

da interrupção de ontem por<br />

motivo de greve dos funcionários<br />

da AR. José Eduardo Moniz depõe<br />

duranteamanhãeZeinalBavaé<br />

ouvido ao final da tarde.<br />

Acompanhe no ‘site’ os seus<br />

Acompanhe ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

gos, e a utilização das actuais instalações<br />

industriais gratuitamente<br />

durante um ano não acolhe a receptividade<br />

dos trabalhadores, disse<br />

ainda. Face a estas posições, a Rohde<br />

deverá ser extinta a 4 de Maio. A<br />

reunião contou com a participação<br />

de cerca de 75% dos trabalhadores<br />

da empresa. Desde o final de Novembro,<br />

os 984 trabalhadores estão<br />

comoscontratosdetrabalhosuspensos<br />

e a receberem subsídio de<br />

Bancos garantem Pinhal Interior<br />

sem agravamento das condições<br />

O contrato de financiamento da<br />

concessão rodoviária do Pinhal Interior<br />

foi ontem concluído (’financial<br />

close’) entre o consórcio liderado<br />

pela Ascendi (Mota-Engil e BES)<br />

e 11 bancos financiadores, entre os<br />

quais sete estrangeiros. Gonçalo<br />

Moura Martins, presidente da Ascendi,<br />

sublinhou ao Diário <strong>Económico</strong><br />

que, apesar do corte do ‘ra-<br />

ting’ da República Portuguesa por<br />

parte da Standard & Poor’s, “nenhum<br />

dos bancos exigiu qualquer<br />

agravamento das condições financeiras”.<br />

A Pinhal Interior está a gerar<br />

uma crescente polémica, porque<br />

exige mil milhões de euros do Estado<br />

a curto-prazo, mais de três milhões<br />

de euros ao longo dos 40 anos<br />

da concessão. ■ N.M.S.<br />

Acompanhe no ‘site’ a evolução das bolsas e das taxas Euribor.<br />

MAIS LIDAS ONTEM<br />

● Entrevista: O homem que cortou<br />

o ‘rating’ de Portugal<br />

● Oquese diz lá fora sobre o que<br />

se passa cá dentro<br />

● Para onde vai a bolsa portuguesa?<br />

● BCP fundou 17% e nunca valeu<br />

tão pouco<br />

● Fisco aperta cerco a 30 mil contribuintes<br />

para garantir receita<br />

Leia versão completa em<br />

www.economico.pt<br />

desemprego. Já a proposta de criação<br />

de uma cooperativa, que dois<br />

trabalhadores chegaram a ponderar<br />

para assegurar o futuro da empresa<br />

– conforme já noticiou o Diário <strong>Económico</strong><br />

–, acabou por não ser apresentada.<br />

Segundo Conceição Santos,<br />

os dois trabalhadores decidiram<br />

“não tomar essa iniciativa”, até<br />

porque as opiniões manifestadas<br />

pelos colegas não iam no sentido de<br />

aprovar esse plano. ■ S.S.P.<br />

VOTAÇÕES<br />

Inquérito em curso<br />

O sistema de segurança social<br />

precisa de uma nova reforma?<br />

Sim<br />

76<br />

NÚMERO DE VOTOS: 742<br />

Não<br />

24<br />

Vote em<br />

www.economico.pt<br />

Bruno Barbosa<br />

Os 984 trabalhadores da Rohde estão<br />

desde o final de Novembro com os<br />

contratos de trabalho suspensos e a<br />

receber o subsídio de desemprego.<br />

Mourinho na final<br />

da Champions<br />

O Inter de José Mourinho apurou-se<br />

ontem para a final da Liga dos Campeões<br />

ao perder (0-1) com o Barcelona.<br />

Apesar da expulsão de Thiago<br />

Motta (31 m), os nerazzurri resistiram<br />

até ao golo de Piqué (84 m) e, depois<br />

do último título (1965) e da última final<br />

(1972), o Inter volta ao jogo decisivo.SerácomoBayerna22deMaiono<br />

Santiago Bernabéu, em Madrid. ■<br />

OPINIÃO<br />

O Bloco Central<br />

ganhou vida<br />

A maior crise financeira que afectou o país na última década,<br />

medida, por exemplo, pela destruição de cerca de<br />

15 mil milhões de euros de riqueza na bolsa de Lisboa<br />

nos últimos 15 dias, abriu a porta a um novo ciclo político,<br />

absolutamente fundamental para o Governo convencer<br />

os mercados, os especuladores e os investidores,<br />

da bondade dos seus objectivos.<br />

As crises são, diz-se, grandes oportunidades. Como o<br />

Diário <strong>Económico</strong> titulou na edição de ontem em manchete,<br />

num repto inédito na imprensa portuguesa, era<br />

obrigatório um entendimento entre o primeiro-ministro<br />

José Sócrates e Pedro Passos Coelho. Contra todas as<br />

expectativas, formou-se ontem um verdadeiro Bloco<br />

Central estratégico a favor de Portugal. Sócrates e Passos<br />

Coelho cederam o que tinham a ceder para haver um<br />

entendimento mínimo e uma cooperação, esta sim, verdadeiramente<br />

estratégica.<br />

A reunião conjunto, ontem em São Bento, revelou<br />

um acordo político de apoio a um Programa de Estabilidade<br />

e Crescimento que tem medidas de austeridade<br />

essenciais para o país mudar de vida. A verdade é que<br />

o PS, sem maioria parlamentar, não tinha até agora, as<br />

condições mínimas para fazer passar no Parlamento<br />

algumas das medidas mais importantes, como as alterações<br />

ao subsídio de desemprego ou a avaliação,<br />

obrigatória,detodootipoderendimentodosquepedem<br />

acesso a prestações sociais. Foram estas duas das<br />

medidas anunciadas ontem. E outras, com o carimbo<br />

do Bloco Central, se seguirão. As reacções dos mercados<br />

foram positivas, a pressão internacional sobre o<br />

dívida pública soberana de Portugal aliviou no final do<br />

dia, por isso, o Governo ganhou um novo fôlego e o<br />

país venceu uma guerra. Mas há outro vencedor claro:<br />

Pedro Passos Coelho.<br />

O novo líder do PSD fez mais em dois dias do que Manuela<br />

Ferreira Leite em dois anos. Não perdeu qualquer<br />

margem de manobra política no futuro próximo perante<br />

as medidas que o Governo vai apresentar, e que vão<br />

obrigar José Sócrates a trabalhar muito, mas conseguiu<br />

assumir uma posição de Estado que o transforma, mesmo,<br />

em candidato a primeiro-ministro.<br />

A partir de agora, estão criadas novas condições para<br />

o Governo apresentar rapidamente as medidas necessárias<br />

para corrigir os desequilíbrios financeiros e económicos<br />

que afectam o país. É mais uma oportunidade.<br />

O pior parece ter passado para Portugal nos mercados<br />

financeiros, mas hoje é toda a zona euro que está em<br />

causa. A começar no caso grego, que mostrou as fragilidade<br />

ainda existentes no projecto europeu. Ao primeiro<br />

verdadeiro e sério ataque ao euro, a Alemanha demorou<br />

tempo de mais a decidir, por motivos internos, e prolongou<br />

a agonia de um país que, se cair, terá consequências<br />

ainda mais graves do que aqueles que afectaram o<br />

mundo quando a Lehman Brothers foi à falência. ■<br />

PUB<br />

ANTÓNIO COSTA<br />

Director<br />

antonio.costa@economico.pt<br />

Sheila Cameron<br />

MBA<br />

MANUAL PRÁTICO<br />

Disponível em www.ECONOMICO.pt

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