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..:: <strong>otRO</strong> ::.. > ..:: Guerreiros Rúnicos ::.. > Relatórios dos RPs<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 24 2007, 03:36 PM<br />

Hao, pessoas<br />

Esse tópico irá servir para acompanhar a história do que anda rolando nos ONs.<br />

Interações em ONs deverão ser feitas em outro tópico, para não virar zona /aiai...<br />

Bom, vamos repassar aqui o último ON oficial que os Rúnicos tiveram para dar<br />

continuidade à saga agora no <strong>otRO</strong>... o que vem antes disso será postado na<br />

seção de fics posteriormente (pq é coisa pacas, já que são RPs com mais de 2<br />

aninhos de vida, hehehe) ^^<br />

Acredito que até o lançamento do <strong>otRO</strong> a gente já finalizou aqui também e<br />

ficaremos "em dia"...<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 24 2007, 03:37 PM<br />

Velhos conhecidos, sempre vão aparecer.... principalmente para cobrar certas<br />

dívidas pendentes..."<br />

O barulho de vários vultos correndo na floresta próxima à Geffen proporcionava<br />

uma idéia do que estava acontecendo. Alguns vultos mais rápidos que os outros.<br />

Vários saltavam por entre galhos e moitas portando armas nas mãos. Outros<br />

apenas corriam na mesma direção. Mas todos com o mesmo objetivo.<br />

De repente, um rastro de fogo iluminou um ponto da floresta e incendiou algumas<br />

árvores. Alguns vultos que corriam foram jogados para trás, com fogo em todo o<br />

seu corpo.<br />

O homem perseguido arrancou com uma das maos o que restava da vestimenta<br />

que cobria seu corpo. Com um olhar totalmente diferente do normal, deu um sorriso<br />

de canto de boca vendo as chamas que se alastravam e continuou correndo até<br />

sair da floresta.<br />

Já em campo aberto, quando achou que estava a salvo, reparou que três guerreiros<br />

encapuzados o aguardavam. Arregalou os olhos e ficou com calafrios ao<br />

reconhecer um deles.<br />

- Você conseguiu me enganar, maldito Ackhart... mas eu sabia que o encontraria de<br />

novo...<br />

Fei fraquejou quando o homem, que acabara de retirar o capuz e se revelara um<br />

elfo, terminou de falar. Olhando ao seu redor, reparou que estava cercado<br />

novamente. Ao erguer o braço que carregava a espada para ficar em postura<br />

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defensiva, sentiu uma corrente o prendendo.<br />

- Ei, panacas! Não sei do que estão falando! Me soltem agora, ou sofrerão as<br />

consequ...<br />

O rúnico foi calado com um forte golpe no peito que o fez cuspir sangue. Em<br />

seguida, outro atacante apareceu dando-lhe um golpe certeiro em sua nuca que o<br />

fez derrubar sua espada no chão, desabando em seguida. Sem conseguir se<br />

defender, Fei recebeu vários golpes posteriores dos outros que o cercavam.<br />

Com um sorriso no rosto, o elfo buscou a espada com um estranho brilho no olhar.<br />

Olhou na direção de Fei, que não mais se movia, e acenou para seus comparsas.<br />

Estes prenderam os pés do Rúnico com correntes e começaram a arrastá-lo pelo<br />

chão.<br />

- Vocês sabem onde devem levá-lo... dêem a ele uma morte dolorosa... adeus, filho<br />

amaldiçoado de Alessëa... - falou serenamente o elfo.<br />

Em seguida um portal apareceu diante dele que, triunfante, entrou e sumiu da<br />

região.<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Mar 28 2007, 10:39 PM<br />

Sailorcheer havia acabado de chegar em Juno depois da festa de casamento oficial<br />

de Tarcon e Miara. Ela estava feliz por ver que eles estavam felizes, e mais feliz<br />

ainda por ver que a gravidez de Miara estava correndo muito bem! Mas ela estava<br />

cansada, estava tarde e ela tinha que acordar cedo no dia seguinte, então acabou<br />

indo embora enquanto grande parte dos convidados ainda estava presente.<br />

A garota caminhava com passos rápidos pelas ruas de Juno, chegando em sua<br />

casa poucos minutos depois. Ela estranhou ao ver as luzes da casa todas<br />

apagadas, mas achou que, por causa do horário, Fei já tivesse ido deitar.<br />

Sailorcheer abriu a porta cuidadosamente, evitando fazer ruído, e caminhou pela<br />

casa escura. Silenciosa como um gato, ela foi até o quarto e, tateando dentro do<br />

armário, pegou seu pijama. Assim que terminou de se trocar, ela puxou lentamente<br />

os cobertores e procurou Fei com as mãos.<br />

Nada.<br />

Fei não estava deitado na cama do casal. Sailorcheer estranhou e acendeu<br />

rapidamente as luzes da casa, examinando os outros quartos e cômodos da casa.<br />

Ele não estava em lugar nenhum. A garota se sentou e começou a se concentrar,<br />

ativando a magia rúnica que permitia que ela soubesse se Fei estava por perto.<br />

Mas ela não sentia a presença dele em Juno. Então a mercenária tentou se<br />

comunicar com ele através de outro dom rúnico, mas não obteve resposta. E,<br />

sempre que Fei não ouvia seu chamado, só significava uma coisa: encrenca.<br />

A garota pegou roupas de treino, se trocou e saiu correndo. Entregou para a<br />

funcionária kafra um saquinho de moedas que, com certeza, pagariam pelo menos<br />

duas viagens, mas não se preocupou em pegar o troco.<br />

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- Me manda pra Geffen. Rápido!<br />

A mulher abriu o portal para Geffen e, em segundos, Sailorcheer estava ao lado do<br />

banquinho Rúnico. Ela se concentrou mais uma vez, pensando em Fei, mas<br />

tampouco sentia a presença dele nos arredores de Geffen; além disso, ela<br />

continuava incapaz de se comunicar com ele pela telepatia Rúnica. Também não<br />

havia nenhum outro Rúnico na cidade, além de Elise Whiteleaf - que morava em<br />

Geffen. Mas a bruxa estava grávida e já passava das onze da noite. Incomodá-la<br />

àquela hora não seria oportuno, poderia preocupar Elise e prejudicar o bebê.<br />

A mercenária ficou algum tempo no banco, pensando no que fazer. Então retirou de<br />

sua bolsa caneta e papel e escreveu um bilhete.<br />

CODE<br />

Guerreiros Rúnicos,<br />

Fei desapareceu, não o encontro em parte alguma e ele não responde aos<br />

meus chamados pelo poder Rúnico. Saí em busca dele, se vocês tiverem<br />

alguma notícia a respeito do paradeiro dele, por favor me avisem o mais<br />

rápido possível.<br />

Ana, por favor dê comida para Kaiden e Juquinha na minha ausência. A<br />

chave está no lugar de sempre.<br />

Sailorcheer<br />

A garota prendeu o bilhete ao banco e saiu, apressada, em direção ao<br />

acampamento onde Fei morou. "O acampamento é tão pertinho... vai que ele foi<br />

visitar algum amigo e acabou pegando no sono..." pensou a mercenária enquanto<br />

corria pelas ruas desertas da cidade da magia.<br />

A preocupação com Fei não a permitiu perceber o vulto que se aproximou do<br />

Banquinho assim que ela se afastou. Ele leu a carta, sorriu com o canto da boca e<br />

desapareceu na noite de Geffen, na mesma direção tomada pela garota.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 28 2007, 10:47 PM<br />

Uma brisa suave carregava inúmeras petalas de cerejeira que flutuavam nos céus<br />

de Amatsu. Próximo da árvore que diziam que era lendária por ter o "poder" de unir<br />

eternamente pessoas que se amavam, um casal se encontrava sentado. Se<br />

refugiavam do sol forte daquela tarde numa sombra. O rapaz, mantinha as mãos da<br />

garota entre as suas, olhando fixamente em seus olhos. E a garota, apesar da<br />

timidez saliente, mantinha também o olhar meio choroso para seu amado.<br />

- Eu não quero q você morra!<br />

- O seu tio nao tem nada que querer influenciar na sua vida assim! - e o rapaz,<br />

acariciando suavemente o rosto da garota, prosseguiu - E eu nao vou morrer, eu já<br />

te prometi isso!<br />

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- T-tá... - respondeu meio receosa.<br />

O rapaz sorriu e trouxe a garota em seus braços. Entretando, quando buscou seus<br />

lábios para dar-lhe um beijo, o rosto de sua amada começou a se deformar por<br />

completo, como se estivesse apodrecendo instantaneamente. O rapaz arregalou os<br />

olhos a medida que reparava que toda a pele alva e lisa se esfarelava e era<br />

possível até mesmo ver pedaços de crânio no meio da musculatura.<br />

Tremendo de pavor, o rapaz empurrou o ser desfigurado para longe de si, tentando<br />

sair correndo. Nos seus primeiros passos, porém, sentiu seu corpo sendo tragado<br />

para dentro da terra e não podendo ter nenhuma reação. Estava imobilizado. Sua<br />

visão escurecendo a medida que era absorvido por uma espécie de pântano que<br />

cheirava sangue, só podia ver sua amada acabando de se transformar numa<br />

morta-viva ao longe.<br />

Dois elfos que faziam guarda se entreolharam ao ouvir o grito desesperado de Fei.<br />

Caminharam lentamente, rindo sarcasticamente, até onde o Rúnico estava preso.<br />

Fei estava tremendo muito. Sua cabeça caída para frente, como se estivesse<br />

morto. Não demonstrava qualquer sinal de consciência do que estava acontecendo<br />

desde que chegara ali. Repararam que os ferimentos em seu pulso e pés tinham<br />

piorado ainda mais por ele se debater, numa tentativa inútil de se libertar de suas<br />

correntes, instintivamente.<br />

Um dos elfos puxou Fei pelos cabelos, erguendo sua cabeça para que seu rosto<br />

ficasse visível. Seu olhar estava vidrado, não mostrava qualquer reação. Soltando<br />

os cabelos do Rúnico com certa brutalidade, o elfo fez um comentário para seu<br />

companheiro de guarda, meio irritado.<br />

- Katrina, Katrina... eu começo a enjoar de ouvir esse nome... por que ele só grita<br />

isso o tempo todo aqui?<br />

O outro elfo riu, enquanto deslocava no chão um dos guerreiros mortos por eles<br />

com um dos pés.<br />

- De repente é algum tipo de deus desses humanos desprezíveis... podemos<br />

perguntar para o próximo que aparecer aqui antes de exterminá-lo...<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Mar 30 2007, 10:30 PM<br />

Sailorcheer estava na floresta dos Kobolds, perto da sua antiga casa. Ela ainda não<br />

conseguia sentir Fei, mas por algum motivo acreditava que o encontraria lá. Ela já<br />

havia passado pelo acampamento onde ele havia morado, sem obter qualquer pista<br />

sobre o paradeiro do mercenário. O único lugar naquela região em que a garota<br />

conseguia pensar para encontrar Fei era a pequena casa de madeira.<br />

O lugar estava caindo aos pedaços. A luz da lua entrava por buracos no teto,<br />

iluminando os vários desenhos feitos à adaga nas paredes e no chão e dando a<br />

eles um aspecto sombrio, fantasmagórico. A garota tateou alguns deles,<br />

recordações inundaram sua mente e, por algum tempo, a desviaram do seu<br />

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verdadeiro objetivo. Ela despertou de seus devaneios quando ouviu barulhos de<br />

passos atrás dela.<br />

Imediatamente ela se levantou e empunhou a adaga marcada com a runa Dagaz. A<br />

mercenária não enxergava ninguém, mas conseguia sentir uma presença.<br />

- Fei... é você? - a garota perguntou, mesmo já sabendo que a resposta era não.<br />

Uma risada baixa e sinistra, misturada ao farfalhar das folhas espalhadas pela casa<br />

foi tudo que Sailorcheer conseguiu ouvir. Instintivamente ela levou a mão livre ao<br />

amuleto que era de Fei.<br />

- Quem está aí? Apareça agora!<br />

Silêncio. Os olhos da garota percorriam toda a casa rapidamente, checando todos<br />

os pontos, todos os cantos e vãos do telhado. Vazia. A casa aparentava estar<br />

totalmente vazia, a não ser pelas plantas que agora cresciam nos lugares onde a<br />

madeira apodrecera. Mas ela sabia que havia alguém lá, os cabelos arrepiados em<br />

sua nuca lhe diziam que ela não estava sozinha.<br />

Ela teve certeza disso quando uma mão agarrou seu pescoço, puxando-a com força<br />

de encontro a um corpo. A força do apertão a impedia de gritar, enquanto outra mão<br />

segurava o braço direito da garota, fazendo com que a adaga caísse no chão.<br />

Incapaz de soltar a mão de sua garganta, a mercenária desferiu uma violenta<br />

cotovelada contra seu oponente. Uma forte dor a fez gemer quando sentiu seu<br />

cotovelo bater nas placas de metal que protegiam o peito da pessoa que a<br />

segurava.<br />

Sailorcheer não conseguia respirar direito e tampouco se soltar. A dor em seu<br />

braço diminuia a força que ela conseguia aplicar e seus chutes, já fracos pela curta<br />

distância, eram aparados por uma armadura protegendo as pernas do agressor. Ela<br />

foi empurrada para uma das paredes e imobilizada, seu rosto pressionado contra a<br />

madeira áspera e carcomida. O corpo da garota se retesou quando sentiu seu<br />

captor se encostar nela, pressionando também as pernas da mercenária contra a<br />

parede e impedindo que ela se movimentasse de qualquer maneira. Finalmente o<br />

agressor soltou o pescoço de Sailorcheer, que começou a tossir, e prendeu a mão<br />

esquerda da garota também.<br />

- Você continua fraca, não é mesmo? - a mercenária sentiu a respiração dele<br />

enquanto uma voz masculina sussurava em seu ouvido. - Eu poderia fazer o que eu<br />

quisesse com você agora, sabia? Eu poderia te matar agora mesmo, ou... - ele<br />

beijou o pescoço da garota. - Você poderia passar por tudo aquilo de novo, por ser<br />

assim tão fraca...<br />

Tudo que Sailorcheer conseguiu fazer foi gritar de raiva. À luz da lua, seus olhos<br />

agora pareciam vermelhos, mas ainda assim ela não tinha força o suficiente para<br />

se soltar.<br />

- Você vai gritar de novo? Isso não ajudou você daquela vez, ajudou? - Ele<br />

continuava sussurando no ouvido da mercenária, seu hálito quente a enfurecendo<br />

cada vez mais. - Sabe? Os homens que pegaram seu namoradinho poderiam se<br />

divertir muito com você. Você é jovem, bonita... - O homem fez uma pausa,<br />

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cheirando os cabelos e o pescoço dela. - Esse cheirinho de mulher é capaz de<br />

deixar qualquer homem louco, sabia disso? Eles iriam adorar que você fosse atrás<br />

do Fei... Pela expressão de ódio deles, parece que faz tempo que eles não têm<br />

uma boa noite de sexo.<br />

Sailorcheer começou a perguntar o que ele sabia sobre Fei, mas foi interrompida<br />

pelo estranho, que aproximou ainda mais seu rosto do dela, quase tocando os<br />

lábios da garota com os seus; sua voz era quase inaudível agora, mas as palavras<br />

atingiram a mercenária como lanças afiadas.<br />

- Não se preocupe... apenas uns 5 elfos sobreviveram e conseguiram capturar seu<br />

namoradinho. Talvez você dure um dia inteiro nas mãos deles, mas acho que eles<br />

te matam antes... Vai chegar uma hora em que você vai estar tão suja e usada que<br />

eles não vão te querer mais.<br />

Aquilo foi a gota d'água para Sailorcheer. Possessa, ela aproveitou a proximidade e<br />

mordeu o lábio inferior do homem com força. Com a dor e o susto, ele se afastou e<br />

a largou, acertando um tapa no rosto da garota. A mercenária desapareceu nas<br />

sombras da casa, tão furtiva e silenciosa como um gato, enquanto o atacante<br />

blasfemava. O gosto do sangue dele em sua boca a nauseava, mas ela estava<br />

furiosa demais para prestar atenção nisso. Lentamente, ela se aproximou da sua<br />

adaga, que brilhava à luz do luar, tão silenciosa que nem mesmo as folhas secas<br />

sob seus pés faziam barulho.<br />

- Ora ora ora, Katrina. Quer dizer que você aprendeu um truquezinho ou outro...<br />

Mas agora pode parar com isso, pegue sua adaga e sente para conversarmos. -<br />

Visível e exposto à luz da lua estava um homem vestindo o uniforme da Equipe de<br />

Elite da Guilda dos Mercenários. Seus cabelos claros, quase brancos, pareciam<br />

brilhar sob a luz pálida, dando-lhe um aspecto ameaçador. Mas em seu rosto e<br />

olhos o que podia ser visto agora era calma. Sem ironia, sem agressividade, um<br />

meio sorriso, um pouco deformado pelo lábio agora inchado, não indicava nenhuma<br />

tentativa de ataque.<br />

Sailorcheer parou de se mexer imediatamente. Ele sabia seu nome. E estava<br />

olhando diretamente para o local onde ela estava, apesar da garota ter certeza de<br />

que estava totalmente escondida. Ela apenas ficou parada, olhando para ele com<br />

olhos vermelho-sangue, perplexa.<br />

- É, eu posso te ver sim... esse truque eu já sabia quando tinha dez anos, você<br />

nunca me enganaria com ele. Agora pegue a sua adaga e venha se sentar. Não vou<br />

te atacar mais, nem fazer nada com você, Katrina. - Dizendo isso, ele<br />

desembainhou e jogou no chão, longe de seu alcance, quatro adagas.<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Mar 30 2007, 10:33 PM<br />

Post originalmente feito por Siegfried (vulgo tiu da Sailor =3)<br />

"Esse rapaz só se mete em encrencas..." Era tudo que eu conseguia pensar<br />

enquanto o via fugindo de um bando de elfos fracotes. Ele deveria ter aprendido<br />

algo com a minha sobrinha, ao invés de ficar por aí vendendo vinho. Mas não, ele<br />

só ficava observando os treinos dela, lendo enquanto ela lutava para ficar cada vez<br />

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mais forte. E no fim das contas, ele não foi capaz de se defender. E é óbvio que a<br />

idiota da Katrina vai correr atrás dele e se ferrar muito. De novo.<br />

Mas foi divertido, mesmo assim. O estúpido do Fei nem pra perceber que estava<br />

sendo seguido enquanto voltava pra Geffen. Claro que ele resolveu pegar o atalho<br />

pelo meio da floresta. Cheia de sombras, já de noite, a luz da lua quase nem<br />

chegava ao chão. Mas era o caminho mais rápido. Idiota.<br />

Tive que me segurar para não rir quando ele foi cercado. Os elfinhos até que<br />

lutavam bem para o bando de mirrados que eram. Devo admitir que esperava que<br />

mais deles morressem durante a luta, mas só dois cairam. Os outros fizeram gato e<br />

sapato do Fei. Tsc... Tudo bem que ele conseguiu incendiar a floresta antes - que<br />

estúpido - mas acabou sendo capturado ainda assim. Ele até que parecia<br />

confiante... até aparecer o elfo que parecia ser o líder dos outros. Ele ainda precisa<br />

de muito treino... Imagine que um guerreiro pode se dar ao luxo de fraquejar só<br />

porque reconheceu alguém. Ainda mais cercado daquele jeito. Não posso negar que<br />

eu sorria de satisfação enquanto via a surra que ele recebeu.<br />

Eu só queria saber por que o levaram até Glast Heim. Os elfos sempre me<br />

pareceram tão asseados, tão... frescos. Nunca imaginaria que manteriam um<br />

prisioneiro naquele lugar nojento. Ainda mais naquela prisão, aguentar aquele<br />

cheiro não deve ser fácil pra criaturinhas tão delicadas.<br />

Tsc... Por mim, deixaria o fracote morrer lá. Mas se não o mataram ainda, querem<br />

alguma informação. E é claro que ele tinha que se envolver com a minha sobrinha.<br />

Já não basta ela estar amaldiçoada por causa dele, logo vai estar morta também se<br />

eu não intervir. Ingênua do jeito que ela é, vai querer ir atrás dele sozinha, claro.<br />

Mas ela nunca vai aceitar minha ajuda também... Tanto tempo querendo provar pra<br />

mim que ela é forte, ela jamais iria admitir que não consegue entrar lá e resgatar o<br />

amado dela sozinha. Pelo menos quando ela fica brava ela parece que fica mais<br />

disposta a matar pra salvar a própria pele. Tive que trabalhar com isso antes de<br />

deixar que a menina vá até lá. Mas agora ela parece bem irritada, acho que já dá<br />

pra contar onde o Fei está.<br />

Isso se ela parar de me olhar com essa cara e sentar... vai ser difícil conversar com<br />

ela me atacando. Mas vai ser bem mais divertido...<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Mar 30 2007, 10:34 PM<br />

Sailorcheer permaneceu imóvel por um tempo que pareceu uma eternidade. Seu<br />

próprio nome ecoava em sua mente e ela sentia sua fúria aumentar cada vez mais.<br />

Ela apenas acompanhou com os olhos quando o homem sentou no chão<br />

empoeirado e fez sinal para que a garota fizesse o mesmo. Seu pescoço ainda doía<br />

e ela podia sentir a marca do tapa queimando seu rosto, mais pela humilhação do<br />

que pela dor propriamente dita.<br />

Alguns minutos se passaram sem que nenhum dos dois emitisse som, sem que<br />

eles movessem um músculo sequer. Enquanto o homem permanecia calmo,<br />

apenas esperando uma atitude de Sailorcheer, ela estava tensa; a garota<br />

conseguia ouvir seu coração batendo acelerado. A mercenária só voltou a se mexer<br />

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quando ele voltou a falar.<br />

- Se você continuar parada aí, vai ficar toda dolorida. - O homem se esticou no<br />

chão, espreguiçando. - Já disse que não vou fazer mais nada, pode sair daí e vir<br />

conversar comigo, Katrina. E não adianta me olhar com essa cara, - ele<br />

acrescentou ao ver o olhar furioso da garota - eu estava vendo quando você<br />

nasceu, é claro que eu sei seu nome!<br />

- Você está mentindo! - a garota explodiu e sacou duas adagas, se lançando na<br />

direção dele. Sailorcheer ainda pôde ouvir o suspiro dele antes que o homem<br />

saltasse em direção ao buraco no teto e desaparecesse mais uma vez nas<br />

sombras. - Por que não aparece e luta feito homem, seu covarde???<br />

- Tsc... Eu não quero lutar com você, iria matá-la antes mesmo de você saber o que<br />

te atingiu. Agora eu só quero conversar com você. - A voz dele ecoava pela<br />

pequena casa, tornando impossível identificar de onde ela vinha. - Mas já que você<br />

insiste tanto...<br />

Das sombras surgiram sete homens iguais a ele. Todos desarmados, mas com um<br />

olhar definitivamente ameaçador. Eles a cercaram e começaram a se movimentar<br />

em círculos ao redor da mercenária, que ficava cada vez mais irada e confusa.<br />

Todos eles começaram a rir ao mesmo tempo, uma risada de deboche, enquanto<br />

esquivavam com facilidade dos golpes que ela desferia. Como que brincando com<br />

ela, um deles se aproximou e deu um tapa no traseiro da garota.<br />

- Pelo menos você tem boa saúde, menina. - Mais risos enquanto eles corriam<br />

mais rápido ao redor dela, trocando de lugar uns com os outros. - Mas se você não<br />

consegue acertar pessoas desarmadas, não consegue acertar ninguém.<br />

Sailorcheer gritou com ódio e se lançou sobre o oponente mais próximo. Mas<br />

quando suas adagas atingiram o rosto e garganta dele, o homem simplesmente<br />

desapareceu como uma miragem no deserto. Os outros riram, parecendo se divertir<br />

com a situação.<br />

- MALDITO!!! Eu vou acabar com a sua raça!!! - A garota começou a atacar<br />

freneticamente, sem sequer se preocupar com sua defesa. Outros dois foram<br />

atingidos e, assim como o primeiro, desapareceram sem deixar vestígios. Furiosa,<br />

Sailorcheer não percebeu que um dos quatro restantes se afastou do grupo em<br />

direção a sua adaga que estava caída no chão. Enquanto ela lutava com os que<br />

restavam, o homem brincava calmamente com a adaga enquanto a runa Dagaz<br />

brilhava iluminada pela luz da lua.<br />

Durante algum tempo eles ficaram brincando com a mercenária, deixando que ela<br />

se aproximasse para então desviar de seus golpes, rindo e debochando dela.<br />

Quando finalmente ela acertou o último homem, que desapareceu assim como os<br />

outros, aquele que estava com a adaga tornou a falar.<br />

- Você demorou demais... Se eles fossem reais, teriam a capturado e até a matado<br />

com facilidade, sabia? - A mercenária rosnou ao ver sua adaga nas mãos dele,<br />

enquanto ele a manuseava com facilidade.<br />

Em uma fração de segundo, o mercenário venceu os pouco mais de dois metros<br />

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que havia entre eles, acertando um soco na barriga de Sailorcheer, que dobrou<br />

diante da dor e da surpresa, soltando dolorosamente o ar dos pulmões.<br />

- Ainda quer brigar comigo, Katrina? - Um violento chute derrubou a garota, que<br />

rolou no chão e tentou se levantar em postura defensiva, aparentando estar<br />

sentindo dor. - Você é pequena, fraca e inexperiente. Pessoas conseguem<br />

raciocinar muito melhor que monstros, sabia? Nunca assuma que um ser humano<br />

vai ter determinada reação, porque eles não vão. E se você for pega desprevenida,<br />

vai ficar assim, ferida, humilhada. - Ele arremessou a adaga na direção da garota,<br />

cravando-a no chão à frente dos pés dela. - Agora trate de sentar e me ouvir! Ou<br />

você já esqueceu da educação que seus pais te deram? Ele não te ensinaram a<br />

respeitar os parentes mais velhos?<br />

Ao ouvir isso, Sailorcheer ficou sem saber como reagir.<br />

- Parente.................... T-tio? - Ela não sabia mais o que pensar. Todas as<br />

lembranças que ela tinha dele eram de um homem imponente sim, mas gentil e<br />

compreensivo, que a queria bem. A imagem que Sailorcheer tinha formado em sua<br />

cabeça não batia com o homem que estava à sua frente. Ela se abaixou e pegou a<br />

adaga do chão, encarando-o com ainda mais raiva. - Não, você não é o meu tio.<br />

Não tente se passar por ele, seu maldito!<br />

A mercenária avançou mais uma vez, sua capa cintilando um brilho fantasmagórico<br />

à luz da lua, indicando que o espírito que a amaldiçoou ainda a estava ajudando.<br />

Não foi o suficiente. Com um movimento rápido, o homem a prendeu pelo pulso e<br />

tirou a adaga da mão dela, fazendo um corte no antebraço da garota antes de girar<br />

o corpo dela e a prender na parede novamente.<br />

- Agora cale-se e me ouça, Katrina! Eu não vim atrás de você à toa! Pegaram o Fei<br />

e, se descobrirem que você tem alguma ligação com ele, vão vir atrás de você<br />

também. Agora pare de agir feito uma menininha mimada que você não tem mais<br />

idade pra isso!<br />

Sailorcheer ainda se debatia quando o homem começou a falar da noite em que a<br />

garota recebeu a adaga marcada com Dagaz. Assim que ele começou, Katrina<br />

parou de se debater, prestando atenção em cada palavra. Quando ele terminou, os<br />

olhos dela estavam cheios de lágrimas. Ela estava feliz por ter encontrado a<br />

pessoa pela qual havia procurado por tanto tempo, mas ao mesmo tempo estava<br />

confusa.<br />

- Por... por que me atacou, tio?<br />

- Para você ver que não é capaz de salvar seu namoradinho. - Siegfried estava<br />

sério. - Mais cedo ou mais tarde eles iam descobrir que você estava atrás dele e<br />

iam te pegar também. E eu não tive tanto trabalho pra te proteger quando você era<br />

mais nova pra você ser morta agora.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 30 2007, 10:47 PM<br />

Em um recinto escuro no castelo de Glast Heim, um homem com a cabeça coberta<br />

por um manto acinzentado que se prolongava em todo o corpo dele, estava próximo<br />

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a única janela que existia. Desviava o olhar diversas vezes para uma mesa no outro<br />

canto do lugar, onde uma espada cuja lâmina tinha muitos escritos élficos<br />

permanecia.<br />

Respirava profundamente com total satisfação ao vê-la. Mas havia algo que ainda o<br />

incomodava. Onde estava o amuleto mágico daquele ser inferior que ele havia<br />

capturado? Ele precisava daquilo para que seus objetivos fossem cumpridos. E<br />

quem era Katrina, por quem ele chamava com tanto desespero? Tinha certeza que<br />

era alguém que Fei confiava, mas... achava que o Rúnico confiava realmente<br />

naquela mulher que ele observou certa vez. A tal mercenária Rúnica, que sempre<br />

andava com Fei.<br />

Por isso não tinha o matado de uma vez. Quem quer que fosse esse ser ridículo<br />

que Fei chamava, talvez só assim conseguisse as informações que ele queria.<br />

Através do desespero do Rúnico, que se matava sozinho se debatendo daquela<br />

forma como fazia desde que havia sido preso naquela masmorra.<br />

Caminhou até a mesa, onde um livro repousava, ainda aberto, com muitas escritas<br />

élficas e runas preenchendo suas páginas velhas e bolorentas. Tocou uma das<br />

páginas e ficou com um sorriso perverso no rosto, enquanto lia novamente um dos<br />

rituais que acabara de usar havia pouco tempo. Quebrou o silêncio, fechando<br />

ligeiramente os olhos e falando sozinho, com uma voz seca e baixa.<br />

- Eu já esperei por muitos anos por isso... - e tornou a olhar para a espada, que<br />

parecia ter um certo brilho em algumas runas - e sinto que minha procura está<br />

próxima de ser finalizada... como você pôde dar tanto poder à um ser que<br />

representava a impureza de nossa raça? Por isso você morreu da forma que<br />

morreu, confiou neles. Confiou o poder a eles. Eu lhe havia dito para não se<br />

envolver, mas você quis até mesmo lutar com eles em guerras inúteis que eles<br />

mesmos criaram. Nunca deixarei que nosso sangue se espalhe entre esses<br />

humanos malditos... e assim que conseguir aquilo que você negou a me dar<br />

naqueles tempos, eu eliminarei cada descendente daqueles miseráveis...<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 31 2007, 11:28 AM<br />

*Post originalmente feito por By-Tor (não sei qdo ele vai aparecer no <strong>otRO</strong>,<br />

então...)*<br />

Horas antes de Sailorcheer ter o encontro na casa...<br />

Após dias caminhando por Payon a procura de alguma pista do paradeiro da Elfa, o<br />

monge resolve voltar pra Geffen, para uma parada breve e um descanso merecido.<br />

Chegando lá, resolve passar no banco onde espera ver algum rosto conhecido, mas<br />

o lugar parece abandonado e com papel no chão.<br />

Sacudindo a cabeça, vai até a Taverna, onde é supreendido por um sotaque<br />

diferente nessas terras, gritando alto na sua adorada taverna:<br />

- A prrrrimeirrrrra rrrrrodada éh porrrrr minha conta meu amigón Fei finalmente<br />

abandonou aquela mulherrrr! Vamos todos beberrrrr pela saúde dele.... porrrrque -<br />

sorriu malicioso e completa - Ele vai prrrrrrecisarrrr de muita.<br />

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Andando em direção ao cavaleiro, que veste-se estranhamente bem.<br />

- Ô do sotaque afeminado, tá falando do Bastardinho?<br />

Então o Cavaleiro oferece uma garrafa para o monge, aberta com uma destreza<br />

incrível.<br />

- Nón sou bastarrrrdo... e mesmo que fosse... o que vozê terrrria com isso? - Sorriu<br />

- Tome essa bebida e celebrrrrarrrremos todos a saúde de meu amigón.<br />

Sailorrrrcheerrr nunca mais!<br />

O Monge mantem a fama e aceita, e pergunta na sequência.<br />

- Ele largou a Piveta? Como você sabe?<br />

- Piveta?<br />

- É a aquela que anda com o bastardinho...<br />

- Meu amigón nón é bastarrrrdo! Mas minha felicidade agorrrra nóm me perrrrmite<br />

fazerrrr mais perrrrguntas sobrrrre isso. Parrrece que ele a larrrrgou! Isso é a<br />

melhorrrr noticia que eu poderrrria rrrrreceberrrr!<br />

- Aqui ô marica, fala direito, e como você chegou a essa brilhante conclusão? -<br />

perguntou o monge, o sorriso carregado de sarcasmo.<br />

Olhando sério, ou pelo insulto ou pelo sarcasmo, o cavaleiro retruca:<br />

- Porrrrque ela deixou um bilhete naquele banco sujo da prrrraza.<br />

- E o que dizia o bilhete? - Com uma detestável expressão de quem fala com uma<br />

criança inocente demais.<br />

- Orrrrra isso nón é da sua conta! E se querrrr lerrrr o bilhete, eu tive a indelicadeza<br />

de deixá-lo no banco da prrrrraza. Agorrrra eu estou comemorrrrando a boa sorrrrte<br />

de meu amigo e nón desejo serrrr interrrrompido!<br />

Então o cavaleiro começa a beber no gargalho da garrafa que segurava. O Monge,<br />

não conhecido pela sua paciência, agarra o distraido cavaleiro pelo colarinho,<br />

levantando-o num movimento rápido:<br />

- Escuta aqui o Projeto de marica, eu to de mal humor, cansado e NÃO vou andar<br />

até lá... Agora ou você fala, ou não vai falar mais nada.<br />

Assustado pela ação, confuso o cavaleiro fala:<br />

- Com calma aí amigón... nón se dê a esse trrrrabalho entón... ela dizia algo como:<br />

"Fei me deixou.... nón rrrresponde a nenhuma carrrrta"... Nón nón errra algo como:<br />

"nón o sinto mais" e nón sei o que ela querrr dizerrr com isso! Falava também que<br />

uma tal de Ana prrrecisava serrrr alimentada e que estava prrrrrrresa.<br />

- E você chegou a levar em conta que ele pode ter sumido por que alguém sumiu<br />

com ele? Afinal, aqueles dois davam até nojo... - solta-o empurrando.<br />

- Sumido com o Fei? - Rindo e alisando a túnica - Orrrra nón seja rrrridiculo!<br />

- Perto de você e esse sotaque abobalhado, nem que eu quisesse ser.<br />

- Entón... Eu nón acho que Fei está em perrrigo... Se o conhezo bem, deve estarrrr<br />

bebendo porrrr ai. Alias, devo prrrrocurrrá-lo parrrra beberrrrmos juntos. E se os<br />

conhece, vá alimentarrrr a tal Ana.<br />

- É você pode ter razão... Vê mais 1 ae na conta do afeminado com sotaque<br />

esquisito... - Grita pro Taverneiro, seu antigo conhecido.<br />

- Isso...Enton eu vou atrrrrás do meu amigón - Vai pra porta fazendo uma mesura<br />

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exagerada.<br />

- Ô Frangote, se algo for errado, me avise... Se forem beber também.<br />

- Clarrrrro - Sorriu cínico - saberrrrá de tudo - Abrindo a porta da Estalagem com<br />

um lenço. - Homem idiota.... Humf! - Fala pra sí mesmo na rua, e ouve um grito de<br />

dentro da taverna.<br />

- SEU FRESCO, SE NÃO ME AVISAR, VAI TOMAR SOPA PELO RESTO DA<br />

VIDA!!!!<br />

Após algumas horas relaxando no bar, o monge resolve jantar, e enquanto está<br />

comendo, o estranho cavaleiro volta ao balcão do bar, com ar chateado. Pede um<br />

copo, limpa com um lenço e então pede agua.<br />

- Achou o bêbado? - Fala o com a boca cheia de comida, demonstrando seus<br />

melhores modos bárbaros.<br />

- Nón! - Fala em um suspiro.<br />

Então limpando a mão na mesa o monge pega o rosário que contém sua runa, e<br />

tenta contato com o Fei, mas não obtém sucesso.<br />

- Fei não responde... - Fala para o cavaleiro.<br />

- Clarrrro que nón! Ele nón está aqui! - Pensando que o monge perdeu o juízo.<br />

Então tenta contato com a Sailorcheer. E dessa vez é bem sucedido.<br />

"Err... Sailor?" Mal sabendo se havia acertado o nome dela.<br />

"Alguma notícia de Fei??? " Com ansiedade perceptivel mesmo com a voz dela<br />

ecoando apenas na cabeça do monge.<br />

"Esperava isso de você, tem um afrescalhado com sotaque estranho que tava<br />

bendendo comemorando a sua separação".<br />

"O QUE????"<br />

Durante a convesa telepática, o cavaleiro encarava o monge com um olhar de<br />

quem tenta entender o que está acontecendo.<br />

"O bastardozinho sumiu, pirralha?"<br />

"Ele não é bastardo!!!"<br />

O monge contorce a cara, como quem não aguenta mais ouvir isso.<br />

"É sumiu... não está em Juno, não está em Geffen, não responde ao chamado...ele<br />

só deixa de responder quanto tem problemas..." - mesmo seus pensamentos<br />

passavam a aflição que sentia.<br />

"Tem certeza que ele não tá gandaiando por ae? "<br />

"Claro que eu tenho! Ele responderia se fosse isso..." Passando de aflição para tom<br />

choroso.<br />

"Faz tempo que ele sumiu? Sabe de algo?"<br />

Cuspindo os ossos do frango, enquanto observa o cavaleiro beber sua água.<br />

"Eu o vi hoje de manhã, antes de ir pra prontera... ele disse q ia até Payon, mas<br />

logo voltava pra casa"<br />

O cavaleiro contorce o rosto com nojo dos modos do monge.<br />

"Mas a casa tava fechada e escura, não tinha bilhete nenhum lá, e o Juquinha e o<br />

Kaiden estavam sem comida".<br />

"Onde você está?".<br />

"Estou indo até o acampamento onde ele morava, pode ser que ele esteja lá." A<br />

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jovem fala sem muita firmeza na voz.<br />

"Precisa de ajuda? Posso mandar esse fresco aqui..." Transmite o pensamento se<br />

divertindo com as caretas do cavaleiro.<br />

"Fresco?".<br />

"É um que fala gozado, e parece mulher.".<br />

"Ahn... não sei quem é.".<br />

"Eu estou ocupado, mas se for em Payon é meu caminho, posso ajudar"<br />

- AE O AFRESCALHADO, o Fei sumiu mesmo... - Fala para o cavaleiro, que faz<br />

cara de confuso.<br />

"Eu... se não for muito incômodo e o senhor pudesse ver se Fei está em Payon..."<br />

- Eu sei que ele sumiu...isso nón éh novidade prrrra mim.<br />

"O acampamento dele é perto de Geffen, mas se ele não estiver aqui não sei onde<br />

pode estar".<br />

"Tá bem criança, mantemos contato...".<br />

Então limpando a boca com a mão, o monge levanta mal percebendo o agradecido<br />

"obrigada...".<br />

- Seguinte, o bastardinho sumiu, e parece que reviraram a casa dele, e fizeram mô<br />

rebú lá. A piveta tá procurando ele onde ele morava, e pediu pra eu dá uma olhada<br />

em Payon...Entendeu, ou quer que eu desenhe?<br />

- Como vozê sabe disso?<br />

"Assim ô desinformado" responde o monge usando o poder rúnico.<br />

- Como vozê fez isso? - Fala depois de olhar pro monge, examinar a água no copo<br />

e jogar seu conteúdo fora.<br />

- Fez o que? Você é loco? - Responde o com uma cara cruel.<br />

- Quando eu estou em contato com alguns, como nesse caso, as vezes eu fico sim.<br />

- Usando um tom sério.<br />

"Melhor tomar cuidado com esse monge..." Vendo o cavaleiro coçar a cabeça<br />

confuso.<br />

- Odeio mágica... onde está meu amigón?<br />

- Monges não usam mágica. - Fala indo na direção do cavaleiro.<br />

- Nón disse que usavam...<br />

- Você tá meio abatido... tá bem ? - dando tapinhas no ar, que foram evitados pelo<br />

enojado cavaleiro.<br />

- Eu nón estou abatido! Vozê nón disse que ia a Payon? - Fala afastando-se do<br />

monge, odiando a idéia de quase ter sido tocado pelas mãos sujas.<br />

"OMEUDEUS TÁ TUDO RODANDO" Enquanto replica as palavras:<br />

- A eu tenho uns minutinhos.<br />

O cavaleiro coça a cabeça, olhando sério, tentando entender enquanto deixa<br />

escapar as palavras:<br />

- Nón tem nada rrrrodando...Eu NÓN BEBI DEMAIS!<br />

- Tá, chega de sacanagem... - Finalmente diz o monge após apreciar as caretas<br />

feitas pelo cavaleiro. - Os rúnicos podem comunicar-se mentalmente.<br />

- Éh mesmo? - Fala sem certeza da credibilidade as palavras do monge.<br />

"Assim ô eu falo sem mexer a boca, e só você me ouve... agora mexe essa bunda<br />

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e vamos pra payon" Responde mentalmente apontando para porta.<br />

- Eu... eu... eu nón fazo a menorrr ideia do que está me falando...Que tem Payon<br />

com isso?<br />

- ANDA! - grita empurrando o cavaleiro, que é pego desprevinido novamente.<br />

- Nóóóóóóón! - Olhando o estrago feito na túnica com nojo.- Eu vou se forrr prrrra<br />

acharrr meu amigón, mas NÓN TOQUE EM MIM!<br />

- Anda, senão assoarei meu Nariz na tua túnica.<br />

- ... eu sei onde é Payon...<br />

E após uma rápida parada para uma troca de túnica a improvável dupla de rúnicos<br />

seguiu para Payon.<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Mar 31 2007, 11:38 AM<br />

Sailorcheer olhava incrédula para seu tio. Ele não podia estar falando aquelas<br />

coisas, não depois dela ter treinado tanto. Ele não podia esperar que ela fosse<br />

páreo para um guerreiro de elite, mas ela não era tão fraca assim! Monstros caíam<br />

tão rapidamente pelas suas lâminas que eles não sentiam nem a dor, por que é que<br />

com humanos seria diferente?<br />

- Eu não vou morrer... - a garota retrucou, meio emburrada. - Eu prometi pro Fei<br />

que não ia morrer.<br />

Siegfried apenas olhou pra cima e balançou a cabeça negativamente. "Como ela<br />

pode continuar tão ingênua?" Ele caminhou até a mercenária e colocou a mão<br />

sobre a cabeça dela, carinhosamente. A garota estremeceu com o contato,<br />

contendo o ímpeto de recuar e desviando o olhar.<br />

- Você não QUER morrer, é diferente, Katrina. Muitas vezes é essa vontade que<br />

mantém um guerreiro vivo nas piores condições possíveis, e eu admiro que você a<br />

tenha assim tão forte. - O tom de voz dele agora era carinhoso, como se ele<br />

estivesse tentando consolar sua sobrinha. - Mas aqueles caras eram brutais, não<br />

sei nem se Fei está vivo ainda. Pare com essa busca inútil, volte pra sua casa e<br />

cuide da sua vida. - Ele tornou a ser duro novamente. - Não vale a pena perder sua<br />

vida por alguém que não era digno de você.<br />

- Do que você está falando, tio? - Ela se afastou dele e se aproximou mais das<br />

sombras, olhando brava para o guerreiro que mantinha a mesma expressão calma.<br />

- Eu não vou abandoná-lo nunca! NUNCA! E se o mataram... - Ela agora se<br />

esforçava para conter as lágrimas, sua voz começou a sair baixa e grave, como um<br />

rosnado. - se o mataram, então eles vão implorar pra que eu acabe com a vidinha<br />

miserável deles logo.<br />

- Sabe, você até chega a dar medo quando fica bravinha assim. - Ele riu,<br />

debochando dela. - Mas ficar brava não vai torná-los menos fortes e experientes.<br />

Você não vai ser capaz de lutar contra todos eles sozinha. E não, eu não vou ajudar<br />

a salvar aquele inútil. Ele não merece que eu mova um músculo por ele.<br />

- ELE NÃO É INÚTIL!<br />

- Não grite comigo, mocinha! - Siegfried se aproximou dela novamente, desta vez<br />

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olhando bravo. A mercenária se assustou e encolheu os ombros diante do olhar<br />

lançado a ela. - Agora cale essa boca e me escute. Eu vou dizer a você onde o<br />

inútil está, já que essa sua cabeça dura não entende que você vai morrer mesmo.<br />

Mas você vai me ouvir com cuidado, e vai seguir TODAS as minhas<br />

recomendações, está me entendendo?<br />

A garota só fez que sim com a cabeça, visivelmente assustada e constrangida com<br />

a bronca que levara, e Siegfried contou o que viu. Sem deixar que Sailorcheer<br />

falasse uma só palavra, ele abriu um mapa de Glast Heim no chão e lhe mostrou<br />

por onde ela deveria ir.<br />

- Eu não os segui mais após eles entrarem aqui. - O guerreiro mostrou um ponto no<br />

mapa marcado em vermelho. - A prisão de Glast Heim. Mortos-vivos diversos<br />

andam por lá, e não são dos mais bonzinhos. E acho que você não se sente muito<br />

à vontade com eles, não é mesmo? Bem, ninguém mandou querer ser amaldiçoada<br />

pra salvar aquele lá. Mas eles não são capazes de pegar um mercenário muito bem<br />

escondido, e isso pelo menos você sabe fazer razoavelmente bem. Vá escondida<br />

sempre que possível, aproveite as sombras, isso é o que não falta lá. E veja se<br />

você aproveita que essa coisa aí te deixa mais rápida. Nunca, jamais, em tempo<br />

algum dê as costas para seus oponentes, está me ouvindo? Você é capaz de se<br />

esquivar do que vê, não daquilo que você não percebe chegando.<br />

Siegfried continuou falando e a garota ouvia atentamente, ainda meio emburrada.<br />

Mas ele a estava ajudando, apesar de tudo, e ela tinha certeza de que ele queria o<br />

melhor pra ela.<br />

- Isso é tudo o que você tem que saber para ir lá, Katrina. Mas aconteça o que<br />

acontecer, trate de sair de lá com vida. Nada dessa baboseira de "Oh! Eu vou<br />

morrer pelo grande amor da minha vida!" - Ele afinou a voz ao falar isso, imitando<br />

os trejeitos de uma donzela. - Você precisa viver, custe o que custar, entendeu<br />

bem? Mas eu não vou mais te proteger, senão você vai ficar folgada demais. Trate<br />

de sobreviver sozinha.<br />

Dizendo isso, ele se levantou e saltou para o buraco no telhado novamente,<br />

desaparecendo na noite. Sailorcheer pegou o mapa e o guardou, pensando em tudo<br />

o que seu tio havia feito e dito. Ela ia ficando cada vez mais furiosa toda vez que se<br />

lembrava da descrição da luta de Fei contra todos aqueles elfos enquanto se dirigia<br />

para a entrada de Glast Heim, rápida e invisível na noite.<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Mar 31 2007, 11:54 AM<br />

(postado originalmente por Sailorcheer, depois por netrunner, depois pelo Supla,<br />

Bob Marley, seguido por Luis Inácio Lula da Silva, Rocky Balboa, o tio da cunhada<br />

de um amigo meu, e por mim!)<br />

Já amanhecia em Glast Heim quando Sailorcheer chegava próxima as muralhas do<br />

lugar. Mantinha uma expressão extremamente furiosa, os olhos vermelhos como<br />

nunca se tinha visto antes. Ao entrar nas muralhas que delimitavam a região, a<br />

garota encontrou uma pessoa conhecida, apoiada numa ruína e com ar vencedor.<br />

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- Então milady.. afinal, porque me chamou até aqui? Estou te esperando há dois<br />

dias.. você parecia aflita!!<br />

- Como foi que você me achou? - Sailorcheer olhou torto para Claragar, sem<br />

entender como ele tinha chegado lá antes dela.<br />

- Ué... você marcou nosso encontro dois dias atrás!! Mas... - Claragar reparou nos<br />

olhos de Sailorcheer - Milady parece um pouco brava... eu tenho um pouco de água<br />

aqui, quer?<br />

- Não - Sailorcheer falou, dando uma rosnada sutil para o bardo.<br />

- O que aconteceu? Você falou algo sobre o Fei...<br />

A mercenária ignorou o bardo, jogando o mapa que seu tio havia lhe dado no chão<br />

e começando a examiná-lo. Claragar começou a pescoçar o mapa, curioso.<br />

- O que aconteceu?<br />

- Você não leu o bilhete? - disse Sailorcheer, sem nem encarar o bardo, totalmente<br />

seca - O Fei sumiu, e eu vou resgatar ele.<br />

- Que bilhete? Sumiu? Ué... já tentou falar com ele por telepatia? - o bardo se<br />

concentrou por uns segundos, dando um "grito psíquico" -<br />

FEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI!!!!<br />

- Ele não responde... foi pego por cerca de 5 elfos... - Sailorcheer dizia isso<br />

enquanto riscava o mapa em alguns lugares.<br />

- O que são esses lugares? O que são elfos?<br />

- Aqui - a garota apontou para um risco vermelho no mapa - é onde está a prisão de<br />

Glast Heim. Os guardas são elfos. Caras com orelhas pontudas que vão virar<br />

mingau em breve...<br />

- Virar mingau? Então são soldados de aveia??<br />

- Meu humor está péssimo, bardo, não me faça gastar energia com você - disse<br />

Sailorcheer, olhando feio e rosnando para o bardo que reparou em um ferimento<br />

que ainda sangrava no braço da mercenária.<br />

- Você está ferida!<br />

- Não é nada....<br />

- Posso fazer uma atadura? - o bardo apontou o corte e Sailorcheer olhou meio<br />

desconfiada para ele.<br />

- Não quero que ninguém encoste em mim...!<br />

- Saiba que na sarracênia ferimentos abertos podem chamar a atenção dos terríveis<br />

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tubarões da terra!!!<br />

- Se eles vierem, faço sashimi! - ela retrucou, dando com os ombros.<br />

- Hmm... vamos pensar em como chegar lá...<br />

- O caminho mais fácil é esse... - Sailorcheer indicou um caminho traçado no<br />

mapa, mas que no entanto era o mais perigoso de Glast Heim.<br />

- Então, milady... - o bardo começava a apontar pontos na trajetória que a<br />

mercenária havia indicado. - Exatamente aqui tem um Cavaleiro do abismo<br />

sanguinário... e aqui mais pra frente tem uma multidão de undeads... - Sailorcheer<br />

observava o bardo, se perguntando como diabos ele sabia aquilo - Por aqui não<br />

parece ter muita coisa, - traçou outra rota - parece bem mais seguro, não?<br />

- Como sabe o que vamos encontrar?<br />

- Ué, eu sei! Eu sou o Líder! o líder sempre sabe de tudo!! - disse o bardo, com o<br />

famoso sorriso vencedor.<br />

- Eu não posso perder tempo com rotas longas, bardo!<br />

- Vamos perder menos tempo fazendo esse caminho que lutando contra esses<br />

bichos!<br />

- Eu não preciso lutar com eles - Sailorcheer deu de ombros, após pensar um<br />

pouco - É só eu me esconder! Principalmente se o abismal encanar com a gente...<br />

- Errr... e eu?<br />

- Deveria ter seguido outra profissão, bardo... não consegue se esconder?<br />

- Não! Quer dizer.. sim, é claro!!! Porém, não poderei fazer o mesmo por você...<br />

- Não preciso que façam isso por mim - Sailorcheer olhou torto para Claragar.<br />

- Bem, faremos o seguinte... para eu não me preocupar com você, você vai por aí e<br />

eu vou por aqui... e nos encontramos na entrada, ok?<br />

- Como queira, bardo, desde que não me atrapalhe. Tente não morrer que nem da<br />

última vez! E o principal: Não. Use. Telepatia. Comigo.<br />

- Tá... mas por quê?<br />

- Porque dói e me desconcentra e se eu estiver lutando, eu morro... - a garota<br />

começava a perder a paciência.<br />

- Poxa... dos outros não dói comigo... Deve ser por causa do meu intelecto<br />

privilegiado. Minha força mental é muito grande!<br />

- Acredite no que quiser. Só não atrapalhe. - disse Sailorcheer, se levantando e<br />

dobrando o mapa.<br />

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Ambos entraram nas ruínas de Glast Heim e começaram a seguir as respectivas<br />

rotas. Sailorcheer, antes de acelerar o passo, deu uma última olhada para o bardo<br />

e soltou um suspiro profundo ao ver que ele estava realmente tentando sumir.<br />

"Espero que ele chame bastante atenção, assim não vão me ver." Nem ela nem<br />

Claragar notaram que vultos desapareciam nas janelas das ruínas próximas a eles.<br />

Após andar um pouco, a mercenária se deparou com um Cavaleiro Abissal<br />

guardando o caminho, acompanhado de três Druidas Malignos. O cavalo do<br />

Cavaleiro resfolegou e começou a andar na direção da garota, atraindo a atenção<br />

dos outros. "Como é que o bardo sabia disso???" Espantada, Sailorcheer ficou<br />

alguns segundos sem reação, tempo o suficiente para ser notada pelo Cavaleiro do<br />

Abismo, que apontou para ela. Os quatro começaram a correr em sua direção,<br />

sedentos de sangue...<br />

OFF (<strong>by</strong> netrunner)<br />

O Claragar eh um ser realmente bizarro... alem de bardo desprezivel, eh vidente<br />

agora... eu rolo de rir qdo lembro desse RP especifico em que ele aparece:<br />

"E o Claragar estah lah esperando a Sailor..."<br />

(Hein? Como diabos ele descobriu que ela ia pra lah dois dias antes?!)<br />

(Ueh, ele eh o Claragar, precisa de explicaçoes?)<br />

Edit: errei o código<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Mar 31 2007, 11:57 AM<br />

(continuando. Post por Sailocheer)<br />

Claragar caminhava junto às paredes das ruínas. Se Hollywood existisse na época,<br />

poderia-se dizer que ele era um ninja saído de um de seus filmes - incapaz de<br />

passar despercebido, mas totalmente competente na arte de entreter o público.<br />

Dois gárgulas que estavam próximos a ele apenas se entreolharam e riram,<br />

achando que não valia à pena atacar aquela criatura tão estranha.<br />

Infelizmente um Druida Maligno que passava por lá não pensou a mesma coisa.<br />

Afoito por garantir o jantar do dia, começou a correr para cima de Claragar tão<br />

rápido quanto conseguiu. O bardo correu em direção a uma parede e começou a<br />

falar consigo mesmo.<br />

- BARDOOOOOOOOOOOOOO! FAZ PEZINHO AQUI! - gritava ele enquanto<br />

escalava escandalosamente o muro com o Druida tentando pegar seus pés.<br />

Quando ele já estava a quase três metros do chão, Claragar ouviu um barulho<br />

conhecido. Crec. O muro e o bardo desabam com tudo sobre o Druida. Ele se<br />

recuperou da queda rapidamente e se levantou, espanando o pó de suas roupas e<br />

olhando para o monstro esmagado.<br />

- Cof, cof! Viu seu druida idiota, isso que dá se meter com o lendário Claragar, o<br />

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magníf... - o azarado bardo parou de falar assim que viu outros três Druidas vindo<br />

em sua direção, com olhar malignamente faminto. -<br />

Sailoooooooooooooooooooooooooooor!<br />

-----<br />

Sailorcheer apenas sorriu com o canto da boca e recuou até as paredes mais<br />

próximas, se confundindo com as sombras nela projetadas. Imediatamente os<br />

quatro monstros pararam, procurando por ela. "Ainda bem que meu tio falou que<br />

esses estúpidos não conseguiriam me ver." O cavalo ainda farejava o ar, tentando<br />

detectar exatamente onde a garota estava. Notando isso, a mercenária se apressou<br />

e continuou seu caminho sem sair das sombras e permanecendo escondida mesmo<br />

quando chegou à entrada da prisão e enquanto esperava Claragar. Não queria<br />

arriscar ser vista ali. "Por que eu já achava que aquele bardo ia demorar para<br />

chegar...?" Pensava ela, enquanto esperava em pé, próxima a uma das paredes.<br />

Seu olhar percorria todo o lugar, apreensiva.<br />

Poucos minutos depois, uma flecha se finca próxima aos pés da garota. Ela aperta<br />

seu corpo ainda mais contra a parede, olhando na direção de onde a flecha veio e<br />

vê um vulto desaparecendo. "Maldição... Já sabem que estou aqui... Mas como foi<br />

que aquele maldito me viu?"<br />

Seus pensamentos são intorrompidos pelos gritos de Claragar, que corria a toda<br />

velocidade na direção da Prisão enquanto tacava seus mais variados pertences nos<br />

druidas: flechas, bota, chapéu, pedras que ele achava pelo caminho. Ainda<br />

escondida, Sailorcheer se aproximou de um dos Druidas e o atacou pelas costas,<br />

derrubando-o imediatamente. O ataque fez com que ela se revelasse aos outros<br />

dois monstros, mas estes continuavam a perseguir Claragar.<br />

- DROGA, BARDO, TINHA QUE SE METER EM ENCRENCA? - Ela berrou furiosa<br />

enquanto partia para cima de outro druida.<br />

- Eles são milhares!! Me ajude!!! - Dizia o líder Rúnico enquanto golpeava o ar com<br />

seu banjo.<br />

Sailorcheer destruiu os outros dois druidas sem dificuldade alguma, enquanto<br />

Claragar continuava a golpear o ar como se realmente tivesse alguma coisa ali. A<br />

garota parou e ficou olhando para o bardo, extremamente irritada.<br />

- Morram! Morram! - Claragar finalmente parou após dar uma banjada no chão; a<br />

mercenária se perguntou como o instrumento conseguia sobreviver inteiro ao<br />

bardo. - Obrigado pela sua ajuda! Eles eram muitos!<br />

- Anda logo, bardo. Não temos tempo a perder, já sabem que estamos aqui. -<br />

Sailorcheer olhou torto para Claragar e começou a andar o mais silenciosa<br />

possível.<br />

- Sim! Eles eram milhares! Eram aqueles três druidas... mais outros 1974 demônios<br />

invisíveis! Eu, felizmente, consegui acabar com eles! - Claragar ia seguindo<br />

Sailorcheer enquanto falava. - Quando você chegou eles se distraíram, daí eu pude<br />

pegar eles de jeito! O primeiro veio e eu fiz assim, estourando a cabeça invisível<br />

dele! Até agora estou sujo dos miolos deles! - A única coisa que havia na roupa de<br />

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Claragar era poeira, mas ele se limpava como se realmente acreditasse que estava<br />

sujo de restos de demônios.<br />

- Bardo.<br />

- O que foi? Eles te feriram?<br />

- Cala essa boca. - Claragar ficou um tempo em silêncio e depois concordou com<br />

um "Tá." mal humorado. - Não quero mais monstros em cima da gente, eu não<br />

posso ficar te protegendo sempre.<br />

- Me protegendo? Oras, nós apenas trabalhamos em equipe! - Sailorcheer olhou<br />

feio para o bardo após esse comentário, mas ele não reparou e continuou<br />

resmungando. - Como podemos ser uma equipe se você quer puxar todas as<br />

glórias para você?<br />

Os dois rúnicos continuaram andando em silêncio até chegarem na entrada da<br />

prisão. Sailorcheer olhou para Claragar, indicou que ele fizesse silêncio e a<br />

seguisse. E entrou no recinto.<br />

Assim que ela passou pela porta o amuleto de Fei, que estava com a garota,<br />

começou a emitir um brilho intenso e ela desapareceu. Claragar, que a seguia,<br />

começou a se sentir extremamente leve, como se estivesse flutuando, e sua visão<br />

escureceu de repente.<br />

(continua...)<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Mar 31 2007, 12:03 PM<br />

postado originalmente por By- Torrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr<br />

Payon<br />

O Príncipe By-Tor seguia o monge de perto, enquanto esse andava pela multidão,<br />

empurrando todo mundo. Sua educação estava deixando muito a desejar e o<br />

cavaleiro sentia-se mal por aquele homem estar tocando em tantos corpos, alguns<br />

deles suados de trabalho braçal. Pensava na forma de comunicação Rúnica e na<br />

sua total desinformação quanto a isso... tudo bem, quanto menos soubesse, melhor<br />

seria, estava farto de coisas mágicas acontecendo em sua vida... naquela vida, em<br />

todas as vidas. Ele pensaria nisso depois.<br />

- Aí espertalhão - o monge parou de repente e By-Tor pulou pro lado, pra evitar uma<br />

colisão - vamos encontrar o bastardinho. Ele deve estar por aqui.<br />

- Onde?<br />

- Se eu soubesse, certamente não estaria aqui procurando...<br />

By-Tor se endiretou e encarou o monge com firmeza, não muita, aquele homem<br />

parecia muito sujo. Seus dedos coçavam de vontade de oferecer um lenço a ele,<br />

pra ver se melhorava um pouco sua aparência. As pessoas nunca estavam<br />

preocupadas com isso.<br />

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- Tá olhando ainda? Não foi procurar?<br />

- Eu nunca estive aqui! Porrrrr onde deverrrrria comezarrrr?<br />

- O bastardinho tem negócios aqui - deu um sorriso maldoso - e conheço até alguns<br />

lugares. Vem idiota - e seguiu por uma rua. By-Tor voltou a segui-lo, agora cansado<br />

daquele modo de falar. Mas o que poderia esperar? Um homem sujo daqueles, só<br />

podia ter palavras sujas em sua boca. Enquanto seguia ele, tirou um lenço da<br />

algibeira e pensou que deveria entregá-lo na próxima oportunidade.<br />

Os rúnicos seguiram para uma das maiores tavernas de Payon, e como convinha<br />

ao monge, ele chegou chutando a porta e parou a soleira da porta, olhando pra<br />

todos no recinto. Tor olhou sobre os ombros dele e viu a quantidade de pessoas<br />

que observavam o monge com atenção.<br />

Um suave arrepio percorreu sua nuca, e enquanto ele olhava pra trás, pronto, o<br />

monge entrou no lugar.<br />

- Você ai - gritou pra o taverneiro - não viu o cara que te vende vinho?<br />

- Eu eu eu...<br />

- Tá gago idiota?<br />

E enquanto o monge agia de sua forma bruta, By-Tor sacou a espada da cinta e<br />

observou entre as casas de madeira, a procura de alguma coisa. Quando a<br />

estranha sensação parou, um homem voou pela janela da taverna que caiu próximo<br />

a ele. O cavaleiro embainhou a espada e se aproximou do homem, ouvindo uma<br />

gritaria na taverna. Uma cadeira voou pela porta e depois, outra pessoa. By-Tor<br />

abaixou-se ao lado do homem ferido e com o lenço branco na mão, tentou virá-lo,<br />

mas não conseguiu fazer, porque logo o monge estava saindo do lugar, com<br />

sangue nas mãos - e certamente não era seu.<br />

- Bora marica, ele não está aqui.<br />

- Que rrrrraios vozê está fazendo?<br />

- Procurando... O que você está fazendo aqui fora? O bar é lá dentro... Nossa, que<br />

bando de idiotas esses caras se cercam...<br />

O monge recomeçou a andar e Tor abandonou o lenço, o seguindo. Ele explicou<br />

que iriam a outro bar, e nos outros 3 seguidos, souberam apenas de um que Fei<br />

havia estado mais cedo e fora embora. Em todos eles, o monge estragou mesas e<br />

cadeiras. Era de uma "educação" que deixou By-Tor espantado.<br />

- Só faltam mais dois lugares - informou a By-Tor - então anda logo.<br />

By-Tor voltou a ter aquela ligeira impressão que havia algo errado. E soube que<br />

estava certo quando chegaram no penúltimo lugar. Sentado numa mesa no canto,<br />

estava um homem com o chapéu cobrindo a vista, despreocupado, com um baralho<br />

em mãos, lançando as cartas com maestria de uma mão pra outra. Olhou bem pro<br />

homem, e como não o reconheceu, olhou para o monge.<br />

Usando sua percepção, as coisas pareciam em câmera lenta. Viu quando o monge<br />

puxou um noviço pela roupa e o trouxe pra perto do seu rosto. Ele olhou para o<br />

lado e notou o homem de chapéu sorrir lentamente. Tocou o cabo da espada, mas<br />

no segundo seguinte, o monge havia lançado o noviço ao chão.<br />

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- Fala agora pivete, ou vai desejar nem ter saído de casa hoje!<br />

- Por Odin - disse o noviço choroso - eu já me arrependo!<br />

- Onde ele está?<br />

- Disse que ia... eu não sei - o monge pisou no peito dele e pressionou -<br />

nããããoooo! Ele ia visitar aquela dona do sul, aquela perto do rio...<br />

- A mulher das caveiras?<br />

- Sim.<br />

- Ótimo - deu um chute no noviço e virou-se para o cavaleiro - o bastardo nem<br />

gosta daquela menina. Foi ver a mulher das caveiras.<br />

By-Tor nem tentou falar, sua boca estava com um gosto estranho, e ele sentia-se<br />

mal quando tinha aquelas sensações de perigo. Segurou forte o cabo da espada e<br />

as pessoas na taverna pareciam alheias aquela situação.<br />

- É uma prostituta mané... e das boas. Vamos pra lá achar esse miserável.<br />

(continua...)<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Mar 31 2007, 12:06 PM<br />

(post original do Galgaris)<br />

[ON]<br />

Parecia apenas outro dia de preparação. Galgaris caminhava pela madrugada nas<br />

matas próximas à GH, recolhendo alimento para seu prisioneiro e algumas<br />

especiarias, quando seu percepção se aguçou, direcionada às ruínas de GH.<br />

*** Rúnicos! Dois deles... devem estar bem próximos... o que vieram fazer aqui?<br />

Treinar? Procurar pelo falecido necromante? *** - pensou Galgaris, se dirigindo às<br />

ruínas. Ao avistar a entrada, percebe um grupo de homens encapuzados<br />

carregando alguém desacordado. A energia rúnica vinha daquela pessoa..<br />

*** Um rúnico foi capturado! Mas.. por quem? Pouco me importa. É um ótimo<br />

momento para conseguir tirar o poder dele sem que associem isso à minha<br />

pessoa... Sim, talvez eu possa negociar com os raptores...*** - o Guerreiro se<br />

desfez das provisões e caminhou em direção da cidade.<br />

Ao se aproximar mais da entrada, a segunda energia ficou mais perceptível, ao<br />

norte. ***O outro rúnico! Será que ele traiu um companheiro e decidiu eliminá-lo?<br />

Do jeito que esse grupo é estranho, eu não duvido...Melhor manter sigilo até<br />

descobrir quem é o mandante. Pode haver outro rúnico por trás disso e eu acabo<br />

me entregando...*** - Galgaris puxou sua capa de proteção para bloquear a<br />

percepção rúnica. Ele perderia a noção de onde estão os rúnicos, mas os outros<br />

também não saberiam onde ele estava.<br />

Esgueirando-se com cautela nas decadentes muralhas, Galgaris espiou o grupo<br />

parado, discutindo alguma coisa e fazendo um sinal para o alto de uma casa:<br />

Haviam vigias ali, logo, todo cuidado seria importante para evitar chamar a atenção<br />

deles. Galgaris usava uma armadura metálica que roubara de seu prisioneiro, bem<br />

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como uma espada de duas mãos de baixa qualidade. Aquela armadura não<br />

permitiria movimentos muito silenciosos, logo, era necessário resolver o problema,<br />

ou parte dele: removeu rapidamente o saiote e as ombreiras, deixando as juntas<br />

com maior mobilidade e fazendo menos barulho. Jogou as peças no rio e entrou em<br />

GH, carregando a espada embainhada nas mãos, também para evitar barulho.<br />

Observando de longe, percebeu a entrada que os raptores entraram com a sua<br />

vítima. Antes que pudesse se deslocar até lá, ZAPT! Galgaris foi atingido no ombro<br />

por uma flechada vinda de lugar nenhum. Apesar de não sentir a dor, o ferimento<br />

foi fundo. Ele simulou uma queda e aguardou, apoiado na parede. Logo dois vigias<br />

apareceram, empunhando bestas.<br />

- Ora, ora... temos um penetra! – disse um deles, com uma voz baixa e rouca.<br />

- Sim, hehehe... parece um morto-vivo que quer ser gente...- satirizou o outro, com<br />

um tom de voz semelhante.<br />

- Vá avisar os outros que foram seguidos... vai saber quem esse cara já avisou. –<br />

ordenou o primeiro.<br />

- Sim, senhor, já estou indaaaargh!! – espasmou o segundo, sendo atingido por um<br />

veloz golpe de ponta da espada embainhada de Galgaris, caindo no chão<br />

- Mas que #%#$!!! – amaldiçoou o primeiro, disparando outra flechada no peito de<br />

Galgaris. A Flecha resvalou na armadura, dando tempo ao Morto-vivo para girar a<br />

espada, golpeando seu agressor na boca.<br />

Antes que os dois pudessem se levantar, Galgaris o fez e sacou a espada,<br />

eliminando os dois rapidamente.<br />

Se certificando que ninguém o vira, jogou os dois corpos dentro de um cômodo em<br />

ruínas e seguiu para a entrada onde os outros haviam levado o prisioneiro rúnico.<br />

Ao entrar, sentiu uma estranha vertigem, e subitamente percebeu que não estava<br />

mais no mesmo lugar. Talvez uma fenda dimensional, ou um teleporte, o levou à<br />

um lugar muito estranho, com corredores repletos de outras passagens.<br />

Obviamente era um labirinto.<br />

Antes que pudesse averiguar as passagens, um Injustiçado surgiu das trevas<br />

atacando-o com socos e pontapés: Galgaris golpeou-o com a costas de sua mão,<br />

usando sua enorme força, fazendo com que a criatura se desequilibrar-se e<br />

afastar-se, sendo derrotada em seguida por uma rápida seqüência de ataques da<br />

lâmina do Guerreiro.<br />

*** Verme...uma era atrás você e os seus se esconderiam ao mero sinal de minha<br />

silhueta! E agora, tentam me atacar...*** - pensou Galgaris. Ao caminhar pelo<br />

corredor, percebeu que seu combate chamara a atenção de outros seres, que se<br />

deslocavam para encontrá-lo. Galgaris cohecia apenas alguns poucos truques para<br />

tentar sair de labirintos, e para usá-los teria que lutar contra cada uma dass<br />

criaturas que entrasse em seu caminho. Logo encontrou dois Rybios, sendo<br />

atacado pelos flancos e prensado sob eles. Ao cair no chão, passou a ser<br />

pisoteado e a frágil espada partiu-se ao meio.<br />

- Criaturas malditas, deveriam se curvar!! –rosnou ele se defendendo dos<br />

incessantes ataques. Furioso, cravou as garras da manopla na pernas do Rybio e<br />

rasgou-a, fazendo-o cair. O segundo mal teve tempo de reagir antes que Galgaris<br />

se levantasse e agarrasse a espada partida novamente. Ele executou o Rybio caído<br />

com a lâmina partida e partiu sobre o segundo, desviando-se de seus velozes<br />

golpes até o momento de degolá-lo.<br />

(...)<br />

Galgaris já estava há horas caminhando dentro do labirinto. Os inimigos que<br />

enfrentara serviram para alertá-lo de alguns cuidados que ele não havia tomado<br />

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ainda, como por exemplo, usar uma arma decente contra não-rúnicos. Aquela<br />

espada quebrada fora quase inútil, tendo matado mais inimigos com as garras e<br />

socos do que com ela. A busca de Galgaris parecia ter terminado quando ouviu<br />

uma bela voz masculina vindo de perto, aparentemente conversando com alguém...<br />

[off]<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Mar 31 2007, 12:08 PM<br />

(esse é meu mesmo!!)<br />

[ON]<br />

Tudo rodava. O bardo não estava inconsciente, mas sentiu que seu último passo o<br />

levou muito mais longe do que deveria, e aparentemente para longe de Sailorcheer.<br />

Olhando para os lados, Claragar distinguiu aos poucos paredes frias e úmidas,<br />

dispostas de maneira a formar corredores e mais corredores, parcamente<br />

iluminados por lampiões à querosene . Alguns metros à sua frente, havia uma<br />

estranha mulher vestindo trajes provocantes vermelhos, empunhando uma chibata.<br />

Sua bela silhueta logo desatordoou o bardo e despertou seus interesses escusos.<br />

Olhando para os lados e percebendo que não havia ninguém por perto além<br />

daquela mulher, se certificou que uma grande ameaça aos seus planos de curto<br />

prazo não estava por perto:<br />

- Sailoooooor? – chamou o bardo, com sua bela voz. Não houve nenhuma resposta<br />

- SAILOOOOOOOOOOOOOOR? – gritou ele uma segunda vez, garantindo que a<br />

sogrona não estava por perto. – Ótimo, hehehe... podemos começar!! *SVC*- sorriu<br />

o bardo, se levantando e alinhando a própria roupa. Aos poucos, começou a se<br />

aproximar da Zealot com um olhar galanteador, respondidos por ela com olhos<br />

sedentos de sangue. Ignorando o perigo óbvio, ele a flertou:<br />

- Olá, Milady!! – disse o bardo, com seu sorriso vencedor – Você vem sempre aqui?<br />

- Grrr... – rosnou a Zealot, se preparando para atacar.<br />

O Bardo continuou a se aproximar maliciosamente, indiferente aos rosnados da<br />

Zealot.<br />

- Acalme-se, milady... parece-me que você não gostou muito de mim, ou será que é<br />

alguma outra coisa? Independente do motivo, tenho certeza que podemos nos dar<br />

muito bem, você só precisa me dar uma chance!<br />

O sorriso de Claragar foi respondido com um violento ataque da Zealot, que brandiu<br />

sua chibata com uma força capaz de parti-lo ao meio. Claragar, empolgado em seu<br />

galanteio, simplesmente agarrou a ponta do chicote como que segura uma pena<br />

caindo, girando seu corpo em seguida, enrolando-se no chicote, como se fosse um<br />

iô-iô. No final de seu movimento, ficou à dois palmos do rosto da Zealot e<br />

continuou<br />

– Hehehe, milady.. sabe, eu também gosto de “brincadeirinhas” com chicotes,<br />

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correntes e algemas, embora não seja meu forte... mas garanto que ainda sim sou<br />

muito melhor do que muita gente que se diz especialista! O que me diz? - *sorrindo<br />

maliciosamente* - Você continua me amarrando, eu dou umas mordidinhas na sua<br />

orelha, trocamos carícias...<br />

A Zealot olhou enfurecida para o bardo enrolado: seu chicote estava preso! Ela<br />

largou o chicote e arremessou o bardo na parede.<br />

- Ouch, milady!! – reclamou o bardo, se levantando e tentando se livrar do chicote<br />

enrolado em seu corpo - Mais devagar! Mas tudo bem, eu entendi a idéia: “me taca<br />

na parede e me chama de lagartixa”, né? É um clássico! – sorriu ele de novo.<br />

Furiosa, a Zealot prensou os ombros do bardo contra a parede e cravou os dentes<br />

me seu pescoço furiosamente.<br />

- AAAAaaaaaah.... ah, ui.. assim.. assim.. AI, CARAMBA!!ASSIM NÂO!! TÁ<br />

DOENDOOO!!! – gritou o bardo quando ela finalmente arrancou um pedaço de seu<br />

pescoço. - É assim, é? Então toma!! – protestou ele, cravando seus dentes nela<br />

também – ECAAAA!! Que gosto horrível!! Quanto tempo vc não toma banho? –<br />

disse Claragar, cuspindo pro lado.<br />

Guiado pelos sussurros xavequeiros e gritos de Claragar, um vulto se orientou<br />

pelos corredores e logo encontrou o bardo agarrado à Zealot. *** O que o bardo<br />

maluco está fazendo? *** - pensou Galgaris ao ver aquela cena que fugia<br />

completamente à lógica. ***Ele tentou seduzir uma criatura? O que passa na<br />

cabeça deste homem?*** .<br />

Vendo a Zealot começando a decepar pedaços do pescoço do bardo, Galgaris se<br />

viu diante de um dilema: Se deixasse o Rúnico morrer pelas mãos dela, ele<br />

perderia sua chance de roubar o poder Rúnico dele, pois o poder deixaria seu<br />

corpo.... entretanto, se o salvasse, como explicaria sua presença ali? Não dava pra<br />

pensar muito.. a solução era ELE mesmo matar o bardo para a Espada Abismo<br />

cumprir seu papel, antes que a Zealot o fizesse. Enquanto isso, o bardo se debatia<br />

nos braços da Zealot:<br />

- Me solta, sua baranga sebosa, vc esta *gasp, gasp* arrancando a minha cabeça<br />

*gasp* - gritava o bardo, se engasgando em sangue. – AAAHH!! Onde estão as<br />

malditas cimitarras sarracenas voadoras quando se precisa<br />

delaaaaaaaaaaaaaaassss??!! – Neste exato momento, Claragar se curvou-se para<br />

baixo, ouvindo apenas um zunido vindo rapidamente pelo corredor e o relance de<br />

uma enorme espada de chamas azuis girando próximo à sua nuca e se perdendo<br />

no corredor à frente.<br />

*** MALDIÇÃO!! COMO?? Como o maldito bardo foi capaz de abaixar a cabeça?<br />

Eu ERREI!!*** - indagava mentalmente Galgaris, inconformado. Seu ataque deveria<br />

ter destruído mais um rúnico e mais uma Runa seria adicionada à sua terrível<br />

espada.<br />

- Uia!! Que eficiência!! – exclamou Claragar admirado, empurrando o corpo<br />

decapitado da Zealot, que tombou desajeitado no chão – Benditas sejam as<br />

espadas sarracenas! Essa era até flamejante!! Gasp! Gasp, gasp... ***** - Claragar<br />

caiu no chão imóvel, encharcado de sangue. Galgaris aproveitou os instantes de<br />

inconsciência do bardo e recolheu a espada Abismo. Era hora de recolher mais<br />

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uma runa, isso, claro, se o bardo ainda estivesse vivo. Aproximando-se do bardo<br />

caído, tocou seu peito.<br />

- ... o coração parou... Maldito bardo. – sussurrou Galgaris, lamentando a perda da<br />

runa e incorporando a espada Abismo em seu corpo.<br />

- Olá, milord!! - disse Claragar subitamente, abrindo os olhos. –O que fazes aqui?<br />

Galgaris deu um passo desajeitado para trás e quase caiu. Os graves ferimentos no<br />

pescoço do bardo sumiram, restando apenas sangue no chão e em suas roupas. ***<br />

Ele ressuscitou!! – pensou ele – E agora? Eu mato ele? E se ele voltar de novo?<br />

Ele pode contar para os outros... preciso responder rápido...***<br />

- Err.. que bom que você está vivo, senhor Claragar... – disse Galgaris, mantendo a<br />

voz firme e sem emoção, como de costume.<br />

- Sim, sim, foram apenas ferimentos leves.. nada com o que se preocupar... mas o<br />

que fazes aqui?<br />

- Eu.. estava aqui dentro.. perdido.. vi uma movimentação estranha e vim ver o que<br />

era...<br />

- Ahh.. você viu a Sailorcheer por aí? – perguntou o bardo<br />

- Não, não a vi.. ela está aqui também, senhor?<br />

- Sim, entramos juntos, mas acho que fui teleportado pra cá.. ela deve estar em<br />

outro lugar. Deixe-me tentar falar com ela...<br />

### Sailor? Claragar aqui.. cadê você? ### - tentou telepaticamente o bardo. ###<br />

Rúnicooooos, tem alguém me ouvindo? OOOOWWWWW!!!! ###<br />

- Hmmm.. nenhuma resposta... – falou o bardo.<br />

- Nenhuma resposta? Você não disse nada... – respondeu Galgaris.<br />

- É telepatia rúnica. Ela, nem nenhum rúnico me responde. Ou estão todos<br />

inconscientes, o que eu acho improvável, ou estão em terras muito distantes, como<br />

quando eu ia para a Inglaterra...<br />

***Ou estamos sob algum ritual, como o que eu conheço.*** – pensou Galgaris. A<br />

capa que o protegia impedia-o também de sentir energias rúnicas de rituais, o que<br />

pode ter levado-o a cair numa armadilha...<br />

*** Pode até ser que seja um ritual muito elaborado que não deixe energias<br />

perceptíveis... mas estou quase certos que há mais alguém com bastante<br />

conhecimento Rúnico envolvido nisso***.<br />

- Senhor Claragar, precisamos sair daqui. Acredito que sua amiga tentará fazer o<br />

mesmo.- disse Galgaris.<br />

- Sim, espadachim.. ou melhor.. cavaleiro.. aliás, que bela armadura.. se bem que<br />

parece estar faltando uns pedaços...<br />

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- É.. é uma história meio complicada...<br />

- Tudo bem, não precisa explicar, eu sei como é ser pobre... – comentou Claragar,<br />

sacando o arco e preparando suas flechas – vamos para a saída então!!<br />

- Err.... – hesitou o guerreiro – eu não sei onde é, senhor...<br />

- Ué, a saída é logo ali: vire à esquerda, depois na terceira à direita, depois a<br />

segunda à esquerda, depois entre na primeira à direita de novo, aí à direita,<br />

esquerda, siga reto por dois cruzamentos, depois...<br />

- ***Esse bardo é louco*** - pensou Galgaris – Errr. Senhor.. se sabes o caminho,<br />

guie-nos... juntos podemos enfrentar os perigos desse labirinto.<br />

- Sim, sim.. eu poderia fazer isso sozinho, principalmente agora que sei que as<br />

espadas sarracenas giratórias voadoras ainda olham por mim!!<br />

- Espadas Sarracenas Giratórias Voadoras? Do que está falando, senhor?<br />

- Sim, milord! Certa vez na Sarracênia.... –<br />

*duas horas depois de muita Sarracênia, alguns combates com Injustiçados e<br />

Rybios e muita paciência por parte de Galgaris*<br />

- Milord! A saída!! – exclamou Claragar, vendo uma luminosidade no final do<br />

corredor. Ambos correram e se localizaram do lado de fora da mesma entrada pela<br />

qual caminharam da útima vez. Quando olharam para trás novamente, a escadaria<br />

era novamente muito escura e impossível de se ver algo lá – mesmo para Galgaris,<br />

que enxergava na escuridão.<br />

- Milord, acho que devemos entrar novamente!! Sailorcheer e Fei correm perigo! –<br />

disse Claragar, que parecia estar com muita pressa.<br />

- Senhor Claragar, não consegue sentir a presença de seus amigos? Eles são<br />

rúnicos, não?<br />

- Como sabe disso? – estranhou Claragar.<br />

- Senhor Fei fez isso uma vez em minha frente. – despistou Galgaris.<br />

- Ah.. esse bêbado fofoqueiro... pois é.. mas eu não sinto nada, não. Pareço meio<br />

bloqueado...<br />

- Tem certeza que não sente nada? – disse Galgaris removendo a capa devagar.<br />

- Sim, tenho.. – respondeu Claragar, concentrado - nada, nada....<br />

- Ótimo. – disse Galgaris com uma expressão ainda mais vazia.<br />

- Vamos entrar, então!! – Disse Claragar, apontando para a entrada - Juntos,<br />

venceremos qualquer inimigo e *BONC* - Galgaris o golpeou na nuca com muita<br />

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força, nocauteando-o .<br />

- Vamos, sim, senhor... mas só poderei cuidar deles se estiver sozinho - sorriu<br />

malignamente Galgaris, jogando o corpo nocauteado do bardo atrás de uma<br />

mureta, cobrindo-o com sua própria capa. – Agora, vamos nos preparar... –<br />

Galgaris removeu a armadura de seu braço e começou a rasgar em sua pele<br />

alguns rituais simples de defesa e ataque. Recolocando a armadura, parou em<br />

frente da entrada e passou a gesticular.<br />

[off]<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Mar 31 2007, 12:10 PM<br />

(Do Galgaris de novo)<br />

[on]<br />

Galgaris adentrou pelo escuro corredor à sua frente. Após distorcer o misterioso<br />

encantamento Rúnico na entrada do Labirinto, Galgaris resolveu seguir com<br />

cautela. Não era uma questão de ter medo, mas ele precisaria manter sua aura<br />

Rúnica muito bem oculta, já que rituais de percepção poderiam localizar e<br />

identificar usuários de magia Rúnica.<br />

***Quem armou esta armadilha? Será que é algum Rúnico que não conheço?<br />

Certamente possui conhecimento... mas quanto?*** pensava Galgaris, enquanto<br />

deslizava o mais furtivamente quanto sua armadura permitia pelas sombras dos<br />

corredores.<br />

Embora a espada quebrada não fosse de grande auxílio, a força sobrenatural do<br />

morto-vivo compensava a falta da ferramenta adequada contra as criaturas que<br />

guardavam o lugar. Após passar por alguns corredores e cômodos, Galgaris<br />

chegou à uma grande sala. Havia quatro grandes estátuas em cada um de seus<br />

cantos, acabando em uma grande porta de duas folhas.<br />

- Bom, nada de mais aqui... – sussurrou o guerreiro, caminhando em direção das<br />

duas portas - Acho que encontrei a sala do misterioso mandante... *clic* - um<br />

grande piso na entrada da sala pareceu afundar de leve quando Galgaris entrou, e,<br />

no mesmo instante, runas brilharam, inscritas por todo o corpo das quatro estátuas.<br />

As estátuas começaram a se mover, e um brilho avermelhado assumiu seus olhos.<br />

Elas estavam “vivas”!<br />

- Isso não pode ser! – disse Galgaris, quase não acreditando nos rituais inscritos<br />

nas estátuas - ... é um Ritual de Animação .. isso não é possível com as Runas de<br />

Odin, logo... – O Morto-Vivo interrompeu seu pensamento ao ser surpreendido por<br />

um veloz ataque nas costas. O gigante de pedra o esmurrou , projetando-o contra<br />

um segundo, que fez o mesmo, fazendo-o colidir na parede.<br />

A velocidade deles era surpreendente, bem como sua força! Felizmente para<br />

Galgaris, o corpo morto-vivo não sentia as dores da batalha, o que o permitia se<br />

levantar imediatamente e, com a espada quebrada em uma mão e as garras da<br />

manopla à postos na outra, avançar sobre a estátua animada mais próxima. Antes<br />

de alcança-la, um dos outros gigantes interviu velozmente e investiu com o ombro<br />

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contra o guerreiro, que por muito pouco se esquivou, rolando no chão e se<br />

afastando de seu alvo original.<br />

- Que outros encantamentos foram usados? Essas criaturas foram muito bem feitas<br />

e são muito velozes! Gah! – Uma coluna foi derrubada sobre Galgaris, que mal teve<br />

tempo de saltar e escapar de ser soterrado. Os gigantes atacavam ordenadamente<br />

e com muita rapidez. Era como se os 4 pensassem de uma única forma. Talvez um<br />

espírito tenha sido aprisionado nos quatro corpos de pedra, dando a eles uma<br />

consciência múltipla.<br />

Galgaris se aproximou rapidamente de uma parede para poder observar os 4 ao<br />

mesmo tempo e aguardou o movimento deles. Aquele que estava exatamente à sua<br />

frente avançou com um potente soco, do qual Galgaris desviou e deixou a mão da<br />

criatura atingir a parede que acabou por se trincar inteira. Rolando por debaixo<br />

dele, Galgaris golpeou quantas vezes pode as costas da estátua, arrancando pouco<br />

mais que lascas. A espada quebrada não era a arma ideal para aquela tarefa. Logo,<br />

a Estátua atacou girando seus braços, no mesmo momento que uma segunda<br />

avançou e desferiu um poderoso ataque. Galgaris conseguiu sair da linha dos<br />

ataques, fazendo os dois se chocarem, apesar dos esforços da segunda estátua<br />

para evitar a colisão. O braço trincado da primeira estátua foi destruído, enquanto a<br />

outra parecia um pouco desorientada. Galgaris se apoiou no joelho de uma delas<br />

para então saltar e ficar de pé sobre as costas da outra, começando a golpear com<br />

força a cabeça da estátua danificada. As demais estátuas os cercaram, tentando<br />

encontrar um bom ponto para atacar o morto-vivo. Quando um trinco apareceu,<br />

Galgaris não hesitou em colocar sua força num certeiro golpe na fenda, espatifando<br />

a cabeça da criatura, fazendo-a ficar sem qualquer percepção, embora ainda se<br />

movesse. Aproveitando o descontrole da estátua “cega” e os ataques das outras<br />

estátuas, Galgaris provocou outro ataque por parte delas que destruiu o gigante<br />

decapitado.<br />

Rolando pelo chão, o morto-vivo se posicionou em posição de combate novamente,<br />

quando percebeu que sua espada quebrada finalmente estava completamente<br />

arruinada! A lâmina não suportou o impacto e não sobrar mais nada exceto o cabo<br />

e uns poucos centímetros de metal chapado. Agora a situação se tornava crítica!<br />

Os Gigantes avançaram sobre ele, e o murro do primeiro o arremessou longe,<br />

sendo pisoteado por outro, que acabou agarrando-o e o esmagava com seu forte<br />

abraço. Embora a dor não o incomodasse, Galgaris sabia que isso não protegeria<br />

aquele corpo de ser destruído! Encarando os rosto coberto por Runas das estátuas,<br />

a solução pareceu tão clara que chegava a ser estúpida. Claro que não dava tempo<br />

de desfazer o ritual dos gigantes, mas... isso tornava eles peças rúnicas, e<br />

conseqüentemente, permitia o uso da Espada Abismo, encantada e guardada em<br />

seu corpo! Isso revelaria sua aura para aqueles que tentassem procurar um rúnico,<br />

mas naquele momento, isso não importava mais.<br />

Afastando a capa de seus ombros com os dentes, Galgaris começou a sussurrar<br />

em rúnico o Feitiço Etéreo, permitindo que ele, por breves instantes, ficasse<br />

intangível e escapasse das mão poderosas do gigante. Ao cair no chão, Galgaris<br />

retirou de seu corpo uma enorme espada embainhada e presa em correntes<br />

espirituais, agora translúcidas pela presença dos inimigos rúnicos.<br />

Embora suas expressões fossem meramente mecânicas e pouco significativas, um<br />

sorriso assustador se estampou na face de Galgaris ao sacar a Espada Abismo, a<br />

mesma que executara Kalixto, Elanoria e o mestre de Claragar, possuindo as runas<br />

destes brilhando em vermelho em sua lâmina negra repleta de chamas frias e<br />

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azuladas.<br />

- Venham, vermes. Agora Galgaris pode usar poder contra vocês... - o Guerreiro<br />

girou a espada, emitindo auras com brilhos estranhos, seguindo seqüência de<br />

palavras rúnicas e um brilho ainda mais intenso das runas da espada.<br />

Os gigantes novamente avançaram sobre Galgaris, que não se moveu. Deixando a<br />

espada em sua frente, apontando para o alto, as duas runas Algiz de Elanoria e do<br />

Arqueiro Vesgo brilharam intensamente, criando barreiras translúcidas na frente<br />

dos gigantes, fazendo-os colidir e tombar para trás, como se fosse uma parede<br />

sólida.<br />

- Simulacros, vocês são a prova do poder de seu mestre, poder este que será<br />

subjulgado agora. – Utilizando a aura da runa Uruz Sombria para enfraquecer seus<br />

oponentes, Galgaris se aproximava das estátuas que aos poucos se levantavam.<br />

Quando Galgaris passou perto da primeira estátua, dezenas de tentáculos negros a<br />

envolveram e passaram a torcê-la e esmagá-la, até parti-la e desmembra-la. – Isso<br />

são as armadilhas da Runa Algiz Sombria, potencializada pela completude de seu<br />

lado “iluminada”, como diria Odin. O espírito que está preso em vocês, se tiver<br />

alguma consciência, deve estar enlouquecendo pelos poderes da Laguz Sombria<br />

completa, e absolutamente incapaz de pensar claramente. – Galgaris sorriu,<br />

cruzando a linha da Barreira de Algiz e se colocando em posição de combate.<br />

Uma das estátuas avançou sobre ele, e teve sua mão defendida por um vigoroso<br />

contragolpe da espada Abismo, esmigalhando aquele membro. Galgaris desferiu<br />

um soco com as costas da mão e em seguida cravou a espada no peito do gigante<br />

de pedra. O Gigante revidou com um veloz soco com sua outra mão, mas foi inútil:<br />

O guerreiro morto-vivo conseguiu se desviar e atingiu-o novamente, destruindo-o<br />

por completo.<br />

O fragmento de espírito preso na última estátua estava em desespero pelos efeitos<br />

enlouquecedores da runa Laguz Sombria, e subitamente tentou fugir pelo corredor<br />

por onde Galgaris viera, tentando se afastar da fonte de seu sofrimento. O<br />

Guerreiro não exitou em arremessar sua enorme espada contra as costas da<br />

criatura, derrubando-a no chão. Galgaris saltou sobre ela, ainda caída, recuperando<br />

a espada e atacando a estátua até sua total destruição.<br />

- Acabou... – Disse ele, guardando a espada na bainha. - Agora, à próxima sala...<br />

sinto uma energia conhecida lá dentro.... – Galgaris cobriu-se com a capa<br />

encantada e manteve a espada parcialmente oculta sob ela, avançando para a<br />

porta e abrindo-a sem muita cerimônia.<br />

[continua]<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Mar 31 2007, 12:37 PM<br />

Sailorcheer acordou em um amplo salão, evitando se mexer enquanto a leve<br />

tontura que sentia não passasse. O cheiro de cadáveres não colaborava muito,<br />

embrulhando seu estômago.<br />

Tudo o que ela se lembrava era de um brilho intenso vindo do amuleto que<br />

carregava e da sensação de estar flutuando. Ela não sabia quanto tempo havia<br />

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passado desacordada, mas sabia que foi tempo o suficiente para que a<br />

encontrassem. Mesmo de olhos semi-cerrados, ela podia ouvir pessoas perto dela.<br />

Abrindo os olhos, ainda sem se mexer, ela conseguiu distinguir dois elfos na<br />

penumbra. Felizmente para ela, parecia que eles ainda não haviam notado que a<br />

mercenária estava acordada. E infelizmente para ela, um de seus pés já estava<br />

amarrado.<br />

Sem pensar duas vezes, a garota se ergueu e se colocou em pé, puxando a corda<br />

que prendia o seu pé para trás. Suas pernas estavam bem mais leves e ela pôde<br />

ver, de relance, suas armas jogadas ao lado da corda. Pego de surpresa, o elfo que<br />

a amarrava se desequilibrou e se tornou um alvo fácil para a jovem à sua frente.<br />

Sailorcheer se lançou na direção do elfo, pegando uma das adagas que estava<br />

caída e enterrando-a no peito do homem desarmado.<br />

O segundo elfo tivera tempo de pegar sua espada e estava furioso com a morte do<br />

companheiro. Ele saiu correndo na direção da mercenária, atacando-a.<br />

- Morra, humana! Quem você pensa que é para entrar aqui?<br />

- E quem você pensa que é pra falar assim comigo?<br />

Indignada, Sailorcheer se esquivou do primeiro golpe, se preparando para contraatacar.<br />

Com um movimento rápido, porém, o elfo pisou na corda que amarrava o pé<br />

da garota, fazendo com que ela se desequilibrasse e caísse. A queda evitou que ela<br />

fosse atingida por um golpe de espada, mas seu pé ainda estava preso.<br />

- Maldição... - ela murmurou, cortando a corda com um movimento rápido da<br />

adaga.<br />

- A humanazinha até que tem sorte... - Havia um tom de desprezo na voz do<br />

espadachim, mas a raiva que ele sentia por ainda não ter conseguido matá-la era<br />

perceptível.<br />

- Sorte, é? Sorte vai ter você se morrer logo!<br />

- E ainda gosta de se achar forte! - O elfo não se conteve e riu da tentativa de<br />

assustá-lo.<br />

- E você acha que vai me acertar com *isso*? - Sailorcheer apontou com desprezo<br />

para a espada do elfo e se posicionou para um ataque, fazendo questão de mostrar<br />

que agora seu pé estava livre. O elfo riu do comentário da garota.<br />

- Prefere que eu te acerte com outra coisa? - ele agora a rodeava, ainda rindo,<br />

deixando Sailorcheer cada vez mais irritada.<br />

- Eu acho melhor você pegar sua melhor arma, - ela emendou com um rosnado. -<br />

porque eu não vou ter dó de um elfozinho qualquer.<br />

- Sabe, humana... eu tenho nojo de usar a minha melhor arma com você, apesar de<br />

saber que te faria implorar para eu usá-la mais ainda... - um sorriso malicioso se<br />

formou nos lábios do elfo, mas que foi logo substituido por uma expressão de<br />

incredulidade com a resposta da mercenária.<br />

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- Olha, não ia ser ao contrário? - Sailorcheer coçava a cabeça, tentando achar<br />

algum sentido no que ele falava. - Se você for fraco demais, eu que vou ter que te<br />

dar uma chance pra não te matar de cara.<br />

- Que garotinha mais inocente que você é... - O espadachim voltou a rir, brandindo<br />

a espada na direção dela como se estivesse brincando com uma criança.<br />

Sailorcheer se esquivou com facilidade dos golpes, entrando na brincadeira do elfo<br />

por alguns instantes. O manto em suas costas emitia um leve brilho<br />

fantasmagórico, enquanto a garota desviava o corpo dos golpes como se os<br />

estivesse vendo em câmera lenta. Isso a entreteve durante algum tempo, mas logo<br />

ela se cansou. Não era muito divertido ser atacada de brincadeira.<br />

- Ah, quer saber de uma coisa? Cansei. Tchau, moço.<br />

Dizendo isso, a mercenária impulsionou seu corpo na direção do elfo e o atacou.<br />

Pego de surpresa, o elfo apenas esboçou uma reação. Um gemido gutural encheu<br />

o ar quando a adaga da mercenária rasgou a garganta do espadachim, mas logo foi<br />

encoberto pelo som metálico da espada caindo no chão, seguido pelo baque surdo<br />

do corpo já sem vida que ficou caído de qualquer jeito no meio do salão.<br />

Sailorcheer começou a caminhar na direção de suas armas, mas parou ao sentir<br />

que estava sendo observada. Ela olhou ao redor, tentando ver se havia mais<br />

alguém, mas não viu nada além dos dois elfos mortos e dezenas de corpos já em<br />

estado de decomposição. Um silêncio sepulcral envolvia o salão e nada se movia<br />

lá. Apesar disso, a sensação continuava e ela sabia que alguém a estava<br />

observando.<br />

A mercenária recolheu rapidamente suas armas e se aproximou das paredes, mais<br />

uma vez utilizando sua habilidade de se confundir com as sombras. Assim,<br />

esperava ela, se houvesse mais gente lá, eles não a veriam.<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Mar 31 2007, 12:38 PM<br />

Sailorcheer contornou o salão, silenciosa como um gato, até encontrar um corredor<br />

que estava escondido pela penumbra. Ela se aproximou o máximo possível da<br />

parede, como se isso a tornasse ainda mais invisível, e seguiu pelo caminho.<br />

Conforme se aproximava da porta no fim do corredor, ela começou a ouvir gritos e<br />

barulho de correntes. Imediatamente reconheceu a voz de Fei e parou, com os<br />

cabelos da nuca arrepiados. Ela quase não conseguia entender o que ele dizia, mas<br />

pôde ouvir uma frase com clareza.<br />

- Por que fizeram isso com Katrina?!<br />

"Ai, ele não falou meu nome..." Foi o primeiro pensamento de Sailorcheer. Após<br />

alguns instantes, a garota voltou a ficar confusa. "Pera, o que foi que fizeram<br />

comigo? Não fizeram nada comigo! ... Não que eu saiba!" A garota continuou a<br />

andar, mais devagar que antes e totalmente silensiosa. Ela não havia caminhado<br />

mais que dois metros quando o barulho de correntes se intensificou e um grito<br />

cheio de raiva vindo de Fei pôde ser ouvido.<br />

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- EU VOU MATAR TODOS VOCÊS!!!<br />

"O que estão fazendo com o Fei?" Ela se manteve furtiva, mas agora corria, por<br />

vezes raspando o braço na parede áspera, preocupada com os gritos que não<br />

cessavam. A garota correu até chegar na porta fechada e se encolheu na quina,<br />

tentando ver algo pela abertura com barras. "Eu odeio essa maldita prisão..."<br />

Tudo que ela foi capaz de ver de onde estava era Fei, acorrentado à parede,<br />

gritando com um corpo imóvel, ajoelhado na frente dele. Não havia qualquer outro<br />

barulho na cela. A garota se aproximou mais da abertura e espiou toda a sala,<br />

procurando por mais pessoas. Não viu ninguém além de Fei.<br />

"Maldição... ele vai chamar a atenção se continuar gritando e se debatendo<br />

assim..."<br />

Sailorcheer abaixou a maçaneta lentamente, mas nada aconteceu. A porta estava<br />

trancada e, obviamente, não havia sinal de chave nenhuma por perto. Ela sorriu<br />

levemente e agradeceu mentalmente por ter sido acolhida pela guilda dos gatunos<br />

quando era mais nova. De suas vestes, a mercenária retirou uma adaga de lâmina<br />

muito fina. Ela se abaixou e colocou a lâmina no buraco da fechadura, fazendo<br />

movimentos lentos e silenciosos até conseguir ouvir um 'clic'.<br />

Ainda furtiva, ela abre uma fresta na porta sem fazer barulho, o mínimo necessário<br />

para que ela se esgueirasse para dentro da cela, olha para o corredor novamente,<br />

se certificando de que não havia sido seguida, e a fecha novamente.<br />

"Espero que essa gritaria toda não atraia mais gente pra cá..."<br />

Ela examinou novamente a sala, mas não havia muito mais coisas além do que ela<br />

já havia visto. Alguns corpos a mais, nada além disso. A garota se revelou para<br />

Fei, tentando fazer com que ele parasse de gritar, mas o rapaz permanecia com os<br />

olhos fixos no corpo, como que em transe. Isso fez com que a garota também<br />

olhasse para ele. Não havia nada de muito chamativo no cadáver. Ele já estava<br />

apodrecendo, apesar de conservar a armadura.<br />

- Dá licença! - Sailorcheer fez uma careta de nojo e empurrou o corpo com a<br />

pontinha do pé.<br />

No instante em que o corpo tombou, Fei parou de gritar e passou a olhar fixamente<br />

para a mercenária, ofegante, sem esboçar qualquer reação.<br />

- Ahn... Fei? - Ela fez uma pequena pausa, esperando uma resposta que não veio. -<br />

Eu vim tirar você daqui.<br />

Dizendo isso, ela se aproximou e começou a procurar pelas trancas que mantiam<br />

as correntes presas. A garota não percebeu quando a expressão de Fei se acalmou<br />

um pouco, assim que ele a reconheceu.<br />

- S... Sailor?<br />

- Eu não ia deixar você aqui... - ela para por um instante para encará-lo, sorrindo.<br />

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- E-eles vão te matar! O que você tá fazendo aqui? - A apreensão na voz do rapaz<br />

era perceptível.<br />

- Eu vim tirar você daqui, ué!<br />

Assim que Sailorcheer terminou sua frase, ao mesmo tempo em que abria o último<br />

cadeado, Fei caiu em cima dela. Ele estava exausto e, conforme a garota andava,<br />

ele ia ficando cada vez mais mole até desmaiar. A mercenária examinou a cela por<br />

alguns instantes, procurando por alguma outra forma de sair de lá. Não havia.<br />

- Bom, vai ter que ser pela porta mesmo... - murmurou para si mesma, enquanto<br />

ajeitava Fei da melhor maneira possível em suas costas. Porém, no instante em<br />

que ela começou a andar em direção à saída, Sailorcheer ouviu o som de<br />

armaduras se mexendo.<br />

"Maldição, vem vindo gente!" Mas para o espanto da garota, o barulho não vinha de<br />

pessoas se aproximando, e sim dos corpos presentes na sala que começaram a se<br />

levantar, gemendo e grunhindo.<br />

- Ai meu santo Odinzinho...................... - Pálida, a mercenária respirou fundo,<br />

tentando controlar o pavor que sentia de mortos-vivos, e colocou Fei sentado no<br />

chão, encostado na parede. Rapidamente ela sacou duas adagas flamejantes e<br />

decapitou o oponente mais próximo com facilidade. Sua voz estava trêmula, mas<br />

ela conseguiu reunir forças para enfrentar o bando de cadáveres. - Não se atrevam<br />

a chegar perto dele, estão me ouvindo?<br />

Ela continuou destruindo os mortos-vivos que se aproximavam, sem se distanciar<br />

de Fei mais que alguns passos, com seus reflexos aumentados pelo brilho fraco<br />

que seu manto emanava. Eles não eram oponentes muito valorosos, mas o medo<br />

que ela sentia adicionava certa dificuldade à tarefa de exterminá-los. Apesar de não<br />

ser golpeada por eles, ela raramente conseguia derrubá-los com um só golpe, pois<br />

não conseguia acertar os pontos fracos.<br />

Seu nervosismo aumentou ainda mais quando o som de risadas começou a se<br />

misturar ao de corpos caindo.<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer May 15 2007, 01:40 AM<br />

O som das risadas ecoava por toda a sala, deixando Sailorcheer confusa. Só havia<br />

uns poucos mortos-vivos agora e ela tinha certeza que nenhum deles estava rindo.<br />

De repente, um rastro de chamas apareceu no chão, inddo rapidamente na<br />

direção da garota. A agilidade sobrenatural que seu manto amaldiçoado conferia a<br />

ela a salvou de ser queimada por muito pouco, quando ela pulou para trás na<br />

direção de Fei. Esquecendo dos monstros que avançavam lentamente na direção<br />

dela, ela voltou a atenção para a origem do fogo, ainda sem enxergar nada além<br />

de uma cela úmida e cheia de corpos pelo chão.<br />

- A humana até que é rapidinha, não? - uma voz sarcástica começou a falar, do<br />

lado oposto ao da trilha de fogo. A mercenária olhava ao seu redor, procurando<br />

desesperadamente a fonte do fogo e da voz, mas seus olhos eram incapazes de<br />

enxergar além do que ela já havia visto.<br />

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- Mas isso é fácil de resolver... - outra voz, vinda de outro lugar da cela, falava em<br />

tom de desprezo.<br />

Enquanto Sailorcheer procurava uma maneira de ver o invisível, os mortos-vivos se<br />

aproximavam cada vez mais, voltando a ser uma ameaça para Fei. A mercenária<br />

percebeu isso a tempo e, saltando rapidamente para a frente, eliminou os últimos<br />

dois que insistiam na tentativa inútil de destruir o casal. Ao se virar para Fei<br />

novamente, ela notou uma flecha fincada no chão, exatamente no lugar onde<br />

estava segundos antes. "Pelo menos essas coisas serviram para alguma coisa",<br />

pensou a garota, nervosa.<br />

Ela tornou a correr para perto de Fei, mas sua preocupação com ele a distraiu.<br />

Uma segunda trilha de chamas veio em sua direção e ela só notou tarde demais.<br />

Ao se virar para ver de onde vinha o barulho, Sailorcheer foi atingida em cheio no<br />

peito. Com um grito de dor, ela dá alguns passos para trás com o impacto das<br />

chamas.<br />

- Bah, o Seth acertou ela.- Um arqueiro apareceu em um dos cantos da cela, com<br />

uma besta armada e apontada para a garota. Um elfo.<br />

- Por isso ele é o nosso líder, você já deveria saber disso. - Outro elfo surgiu no<br />

canto oposto ao do arqueiro, rindo e segurando uma corrente comprida com um<br />

peso na ponta.<br />

Sem saber o que fazer, Sailorcheer apostou na única opção que ela parecia ter no<br />

momento. Com um impulso, ela se lançou na direção do guerreiro com a corrente.<br />

Mais uma vez seu despreparo em lutas contra humanos ficou evidente.<br />

Esquecendo-se do conselho de seu tio, a mercenária deu as costas ao arqueiro,<br />

que não pensou duas vezes antes de aproveitar a chance. Um disparo certeiro<br />

acertou a coxa da mercenária, que caiu no chão. Tentando controlar a dor,<br />

Sailorcheer rolou para uma das paredes, mas não teve tempo para arrancar a<br />

flecha. Ela mal tinha conseguido se apoiar quando a corrente veio em sua direção.<br />

Cambaleante, ela rolou para o lado, ouvindo a corrente bater no chão a poucos<br />

centímetros de sua cintura.<br />

- Eu não falei pra você que ia acertar ela? - O arqueiro ria, enquanto apontava<br />

novamente a besta para a mercenária.<br />

Fazendo um grande esforço para conter a dor, Sailorcheer se levanta novamente e<br />

fica de frente para os dois elfos, protegendo suas costas com a parede atrás dela.<br />

Ela havia se afastado demais de Fei, e ela percebera isso tarde demais. Outro elfo<br />

surgiu, dessa vez ao lado do Rúnico.<br />

- E então, senhores, já cansaram de brincar com esse ser humano ridículo?<br />

- Ah, chefe, eu ainda nem comecei... - o arqueiro lambeu os lábios, olhando<br />

Sailorcheer fixamente, enquanto a garota olhava para cada um dos três tentando<br />

pensar em uma maneira de tirar Fei e escapar dali.<br />

- Isso você faz depois, não quero me enojar vendo você se agarrar com uma<br />

humana. - o líder, Seth, olhou para baixo e, vendo que Fei estava desacordado, o<br />

empurrou com o pé para ver se ele se mexia, sem notar o olhar de fúria da garota.<br />

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O elfo com a corrente começou a rir e se afastou lentamente da garota, que voltou<br />

a assumir uma postura defensiva. Os olhos dela passavam de um elfo para outro,<br />

enquanto ela rosnava. Como ela seria capaz de acabar com os três? Alheio aos<br />

pensamentos da mercenária, Seth apenas a olhou com desprezo, falando com<br />

ironia na voz.<br />

- Você veio aqui para salvar esse maldito?<br />

- Eu jamais o abandonaria aqui. - A garota estava indignada com a pergunta.<br />

Como ele se atrevia a cogitar que ela largasse Fei para morrer?<br />

- Hmmmmm... - Seth parecia pensativo. - Você parece gostar muito dele, não é?<br />

Mas pelo que eu me lembro, você não se chama... como é mesmo? Katrina? Pff...<br />

Pelo visto, esse miserável deve ter misturado nosso sangue com muitos seres<br />

ridículos mesmo. - ele suspira, indignado com a possibilidade de haver<br />

descendentes do Rúnico andando por aí.<br />

- Não sei do que você está falando, eu sou Sailorcheer. - A garota tentou, com<br />

sucesso, disfarçar o nervosismo na voz com uma rosnada. Se Seth descobrisse<br />

quem ela realmente era, sua família poderia ficar em perigo. Esse pensamento<br />

deu forças à garota para ignorar a dor e conseguir tirar Fei daquele lugar.<br />

- Então realmente existe outra pessoa... Como vocês humanos são repugnantes...<br />

- em seguida ele se vira para os outros dois elfos. - Bem, senhores. Se ela chegou<br />

até aqui, é porque está com o amuleto. Podem matá-la e depois me entreguem<br />

ele.<br />

Os guerreiros, com um sorriso sádico, começaram a caminhar na direção da<br />

garota. Mas, para espanto deles, ela se aproximou mais da parede e desapareceu.<br />

Ninguém, elfo ou humana, percebeu que Fei havia acordado. De olhos fechados,<br />

fingindo estar inconsciente, ele tentava entender a situação, enquanto os quatro<br />

conversavam. Mesmo com o sumiço da mercenária, os elfos não perderam a<br />

confiança.<br />

- Olha, ela acha que vai conseguir sair daqui inteira! - Os risos eram abafados pelo<br />

som da corrente girando no ar, mas Sailorcheer não se importou. Eles não podiam<br />

vê-la agora, pois ela já dera alguns passos e, ainda assim, eles continuavam<br />

olhando para onde ela estava antes.<br />

A mercenária aproveitou a vantagem e acelerou o passo em direção a Seth, com a<br />

intenção de atacá-lo, mas a flecha em sua perna raspou na parede. Ouvindo o<br />

barulho, o elfo deu um passo para trás e girou a espada no ar, erguendo uma<br />

fugaz barreira de chamas ao seu redor. Tão rápido como apareceu, o fogo se<br />

desfes. Mas não rápido o suficiente para evitar que Sailorcheer passase pelas<br />

chamas. Não que ela se importasse. Protegendo o rosto com o braço esquerdo,<br />

ela passa pela barreira disposta a matar Seth.<br />

Tudo aconteceu rápido demais. A garota sentiu algo segurando seu pé, ouviu um<br />

grito de raiva vindo de algum lugar e, no momento seguinte, ela estava caida no<br />

chão, olhando incrédula para Fei. Por que ele tinha feito aquilo? Ao olhar para a<br />

parede, ela recebera a resposta: uma flecha estava fincada lá. Tentando se<br />

lembrar que a flecha precisava de mais espaço, a mercenária se escondeu<br />

novamente e tornou a se movimentar. Seth também percebeu a flecha, irritado.<br />

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- Errou de novo, seu idiota!<br />

Sem perder tempo, o outro guerreiro girou a corrente e a lançou na direção de Fei,<br />

prendendo-o no pescoço. Obedecendo às ordens de Sailorcheer ("Fei, abaixa<br />

agora!"), o rúnico abaixou a cabeça bem a tempo de ouvir uma adaga voando<br />

sobre ele. "Essa vai doer...", pensou ele. A adaga acertou em cheio o rosto do elfo,<br />

que não foi rápido o suficiente para sair da frente, e este caiu liberando Fei, que<br />

agora estava bem acordado.<br />

- Isso é por você ter me atacado! Idiota! - Não satisfeito, Fei ainda se vira para<br />

Seth. - E essa espada é MINHA, mané!<br />

Mal ouvindo o que Fei estava falando, a rúnica arremessou a outra adaga no<br />

arqueiro, que estava ocupado demais mirando Fei para perceber. Quando sentiu a<br />

lâmina entrando em seu braço, o elfo baixou a besta, surpreso e tentando<br />

descobrir de onde ela veio. Alheio a isso, Seth começou a atacar Fei.<br />

- Quer a espada, vira-lata? Ela é toda sua! - o elfo brandiu a espada tentando<br />

acertar o rúnico. Seus olhos brilharam furiosos quando ele viu que a mercenária<br />

havia bloqueado o golpe com uma adaga que ela tirou sabe-se lá de onde.<br />

- Nem pense nisso. - A garota rosnava ameaçadoramente, com os cabelos ruivos<br />

emoldurando um olhar vermelho penetrante. Sentindo Seth forçar a espada,<br />

tentando empurrá-la, ela empurrou de volta. - E ainda quer medir forças comigo,<br />

seu raquítico? Sua mãe não dava comida pra você quando era pequeno, não?<br />

De repente, a lâmina da espada começou a esquentar até ficar em brasa.<br />

Sailorcheer sentia o calor perto do seu rosto, enquanto gotas de suor brotavam em<br />

sua testa. Concentrada em Seth, não percebeu que o arqueiro já havia tirado a<br />

flecha do braço e preparava a besta para atirar de novo. "Fei é capaz de cuidar<br />

dele..." pensou ela, sem nem olhar para o outro elfo. "eu espero..."<br />

- Onde está o MEU amuleto? - Seth ignorou a pergunta de Sailorcheer, forçando<br />

mais a espada na direção dela.<br />

Mas as coisas não estavam tão bem para a mercenária. O calor da espada feria<br />

seus dedos e a dor da flechada crescia cada vez que ela contraía os músculos da<br />

perna. Percebendo que não conseguiria resistir por muito mais tempo, ela se<br />

jogou para o lado, rolando no chão.<br />

- Tá me chamando de ladra, é? Eu não tenho nada seu não, seu magricela! - Ela<br />

falava indignada, mas mal conseguiu completar a frase. Sem olhar para onde<br />

estava caindo, Sailorcheer foi parar do lado do arqueiro que, ferido, ainda não<br />

havia conseguido recarregar a besta. Sem pensar duas vezes, o elfo girou a besta<br />

e acertou a nuca da garota. Pega de surpresa, ela caiu no chão, atordoada,<br />

levando a mão à nuca.<br />

O arqueiro, porém, não teve tempo de cantar vitória. Ele havia se esquecido de Fei<br />

que, se lembrando dos treinos de Sailorcheer, conseguiu caminhar sem fazer<br />

barulho até o corpo do outro elfo e retirar a adaga que estava fincada nele, bem a<br />

tempo de perceber o ataque à sua noiva. Furioso, ele se lançou sobre o arqueiro,<br />

que não teve tempo sequer para esboçar uma reação, e o golpeou várias vezes<br />

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com a adaga.<br />

- NINGUÉM! MACHUCA! A! SAILOR!<br />

-----<br />

(última parte vem amanhã, prometo XD)<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer May 15 2007, 12:09 PM<br />

Seth olhava com desprezo para seu subordinado quando este caiu morto no chão,<br />

enquanto Fei continuava a cravar a adaga em suas costas de novo e de novo.<br />

Sailorcheer se levantou, massageando a nuca, e olhou para Seth. Agora eram dois<br />

contra um, não poderia ser muito difícil sair dali.<br />

- Vocês gostam de sofrer, não? - Seth olhava fixamente para a garota.<br />

- Claro que não! Eu vou ficar um bom tempo sem poder treinar por causa disso,<br />

sabia? - A mercenária o encarava séria, enquanto estralava o pescoço. Ela não<br />

sabia que bestas doíam tanto. Em seguida, a garota se posicionou entre Fei, que<br />

havia parado de perfurar o elfo e agora o chutava, e Seth, que sorria sadicamente.<br />

- Você não vai mais precisar treinar, humana...<br />

- Claro que vou! Senão nunca vou ser chamada pra fazer parte do grupo de elite,<br />

oras! - Captar ironias nunca havia sido o forte da mercenária.<br />

- E vocês realmente acham que vão sair vivos daqui? - Seth olhava<br />

ameaçadoramente para os dois, enquanto uma de suas mãos começava a brilhar.<br />

- Ué, claro! - Sailorcheer olhou para Seth como quem dizia "Do que você está<br />

falando?", ignorando totalmente o brilho que emanava da mão do elfo. - Agora que<br />

tal devolver a espada que você roubou? Devolve e eu te deixo viver! E Fei, se você<br />

puder fazer o favor de se esconder, eu agradeço, sabe?<br />

Seth olhou para os pés de Fei e sorriu. Imediatamente, a expressão de Fei ficou<br />

vazia e ele começou a andar na direção da mercenária, que o observava com o<br />

canto dos olhos sem entender por que o Rúnico ainda não havia se escondido.<br />

- Você... não é a... Katrina... - O Rúnico estava com o olhar perdido mas a garota,<br />

confusa, não pareceu perceber. Seth, observando os dois, começou a rir.<br />

Sussurrando, ela tentou falar com Fei, crente de que Seth não a ouviria.<br />

- Fei, eu já pedi pra você não falar esse nome na frente dos outros. Aliás, o que<br />

houve com você? Você tá estranho...<br />

Sailorcheer havia se esquecido que elfos tinham sentidos mais aguçados e não<br />

percebeu que Seth, confuso, tinha ouvido. Para sorte da garota, o elfo não<br />

entendeu o que ela quis dizer com aquilo, a tomando por ciumenta. Afinal, que<br />

garota gostava de ouvir o homem que amava falando o nome da amante?<br />

Enquanto isso, Fei caminhava na direção de uma Sailorcheer confusa, tentando<br />

abraçá-la e, assim, prendê-la. Muito vermelha, a garota apenas desviou do abraço<br />

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dele, olhando de relance para Seth que assistia a tudo com um risinho maroto.<br />

- Fei, agora não é uma boa hora, ele tá olhando!<br />

Indignado com a falha de Fei, Seth o liberta de seu controle mental, fazendo com<br />

que o Rúnico cambaleasse, e em seguida brande novamente a espada, lançando<br />

chamas em direção ao rapaz. Sem se preocupar com sua própria segurança,<br />

Sailorcheer pulou na frente de Fei e foi jogada contra a parede pelo impacto<br />

causado pelo fogo. A garota, cujo o equilíbrio estava prejudicado devido ao<br />

ferimento na perna, caiu e não conseguiu evitar que o elfo chutasse Fei, que ainda<br />

não havia se recuperado do ataque mental que sofrera, e o fizesse rolar para<br />

longe. Em seguida, Seth se virou para ela.<br />

- Eu tentei ser agradável com você. Mas agora eu cansei. Eu vou fazer seu corpo<br />

todo ficar em chamas e, quando parar de queimar, encontrarei no meio das cinzas<br />

o que procuro.<br />

Sailorcheer não falou nada, apenas desapareceu novamente. Ela se afastou um<br />

pouco do elfo e, com uma trajetória circular, avançou até as costas dele. A<br />

mercenária nunca havia matado nada além de monstros irracionais, mas todo o<br />

seu corpo pedia pelo sangue de Seth. Apesar de estar ferida, tudo o que passava<br />

pela mente da garota era vingança. Vingança por terem ferido a pessoa mais<br />

preciosa para ela. A Rúnica reapareceu e, com um golpe preciso, cravou a adaga<br />

no pulmão direito do elfo. Seus ferimentos, porém, faziam com que a garota não<br />

tivesse a agilidade de antes. Quando ela retirou a adaga e tentou cravá-la<br />

novamente, Seth girou o corpo e a prendeu com um dos braços.<br />

Sailorcheer viu o que se passou em câmera lenta. Ela sentiu o gosto de sangue na<br />

boca, o metal ainda morno da espada penetrando em sua barriga e as paredes se<br />

movendo enquanto o corpo dela caía no chão. A Rúnica ouviu o grito de Fei,<br />

distante, como se ele estivesse a quilômetros dali, e conseguiu ver Seth sair<br />

correndo da cela antes de tudo começar a escurecer.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner May 15 2007, 01:45 PM<br />

(Não é ótimo quando vem inspiração para song fic?)<br />

Sailorcheer estava nos braços de um transtornado Fei. Não demonstrava qualquer<br />

tipo de reação, a não ser o sangue que escorria com mais intensidade de seu<br />

ventre. Um ferimento grave e mortal causado pela espada que Seth, o líder dos<br />

demais elfos que sequestraram Fei, portava.<br />

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Close your eyes and say good night<br />

and hold me till the morning light<br />

when the sun comes shinning through<br />

I'll kiss you one last time<br />

and I'll begin to live my life without you...<br />

Feche seus olhos e diga boa noite<br />

E me segure até o amanhecer<br />

Quando o Sol aparecer<br />

Eu vou te beijar uma última vez<br />

E eu começarei a viver minha vida sem você...<br />

Foi uma luta covarde e desumana. Sailorcheer, logo que passou pelo portal que<br />

Seth havia criado através de um ritual rúnico, foi teletransportada diretamente para<br />

o salão onde Fei estava preso. O amuleto de Fei que a garota mantinha consigo<br />

havia muito tempo que proporcionou tamanha sorte de não ficar presa em um<br />

labirinto como Claragar ficou. Ou talvez não tivesse sido tanta sorte assim, visto as<br />

consequências que aquilo havia lhe trazido.<br />

Wish that I could make you stay<br />

but I know I have no power to persuade<br />

the heart will do what it must do<br />

So kiss me one last time<br />

and tell me how to live my life without you<br />

Queria poder fazer você ficar<br />

Mas eu sei, eu não tenho poder para persuadir<br />

O coração vai fazer o que tem que ser feito<br />

Então me beije<br />

Uma última vez<br />

E me diga como viver minha vida sem você<br />

Os comparsas de Seth a atacaram sem dó ao ver que ela trazia o amuleto, peça<br />

chave para os planos do elfo. E apesar de toda a habilidade da mercenária, golpes<br />

covardes e inesperados por parte de alguns deles a fizeram ir pouco a pouco<br />

ficando mais vulnerável. Entretanto, ela derrotou um após o outro, não se<br />

importando com os ferimentos que iam surgindo em seu corpo devido aos<br />

combates. Até que em um momento infeliz, Seth percebeu que Fei poderia ser<br />

novamente atingido por seu ritual rúnico. O rapaz atrapalhou a mercenária que por<br />

um breve momento teve sua atenção tirada, mas não o suficiente para que o elfo<br />

conseguisse o que queria.<br />

Love is like a work of art<br />

once you feel it you hold it in your heart<br />

you know forever that its true<br />

so kiss me for always<br />

even if I live my life without you<br />

O amor é como um trabalho de arte<br />

Uma vez que você sente, o prende em seu coração<br />

Você sabe que para sempre esta é a verdade<br />

Então me beije para sempre<br />

Mesmo se eu viver minha vida sem você<br />

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Foi nesse momento que Sailorcheer cometeu o seu maior erro, ficando entre Seth<br />

e Fei, após o elfo, indignado, atacar o rúnico usando magia. Assim que aparou a<br />

magia dele com o próprio corpo, a mercenária o atacou nas costas. Porém, apesar<br />

de conseguir cravar sua adaga onde a runa Dagaz brilhava com o reflexo da luz<br />

do recinto, Seth lançou-lhe um violento golpe em seguida, diretamente no seu<br />

ventre. Ambos tombaram mas, apesar do golpe, o elfo não desistiu de seu<br />

objetivo, saindo de lá cambaleante pelos corredores, com um olhar vencedor,<br />

tanto com a espada quanto com o amuleto de Fei, que com o olhar arregalado<br />

com a cena, gritava pelo nome de sua amada.<br />

Cause I love you without an ending<br />

Cause I need you to be my everything<br />

Tell me the meaning of a life without you with me?<br />

Porque eu te amo infinitamente<br />

Porque eu preciso de você para ser tudo pra mim<br />

Me diga o que significa a vida sem você comigo?<br />

O desespero do rúnico aumentou ao trazer Sailorcheer em seus braços e reparar<br />

que ela fechava os olhos lentamente, com aquele grave ferimento que pouco a<br />

pouco consumia sua vida. E um grito da profunda dor de Fei, ecoou nos<br />

corredores da masmorra.<br />

- KATRINAAAAA!!!<br />

When the night falls I'll still be standing<br />

Cause you'll always be right here in my heart<br />

And in my deepest memories<br />

I will never have to be without you...<br />

Quando a noite cair eu estarei esperando<br />

Porque você sempre estará em meu coração<br />

E em minhas memórias mais profundas<br />

Eu nunca terei que estar sem você...<br />

OFF<br />

Waaahh! Falta só um, Galgaris! Daí você já posta a continuação singela... =3<br />

Aliás, a música desse post é Without You, da Laura Pausini. É<br />

lindademaisdaconta!<br />

Ah, sim... o grito do Fei pode ser ouvido =3 (viu, Galgaris e Siegfried) - acho que<br />

isso é importante visto que ele falou o nome real da Sailor sem querer<br />

A noite eu posto a última parte da minha parte... senão atraso para aula...<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner May 16 2007, 01:29 AM<br />

Foram uma série de erros...<br />

Primeiro eu errei quando de forma completamente idiota revelei meu nome<br />

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verdadeiro para todos.<br />

Depois errei novamente quando empunhei minha espada contra aquele tio cretino<br />

da Katrina, mostrando para quem quisesse ver, que ainda mantinha aquele artefato<br />

élfico comigo.<br />

Errei também quando comecei a não treinar adequadamente a ponto de ser<br />

facilmente pego em uma emboscada, por não ficar alerta o tempo todo.<br />

Errei em deixar aquele amuleto com a Katrina.<br />

E... errei em permitir que ela fosse atingida diante de mim, impedindo que aquele<br />

elfo maldito me acertasse com minha própria espada...<br />

Fei tentava estancar o sangue que saía do ferimento causado no ventre de<br />

Sailorcheer, enquanto buscava desesperadamente uma reação por parte dela.<br />

- N-não se preocupe... eu vou cuidar de você! Tudo vai ficar bem!<br />

O Rúnico começava a falar mais para tentar acalmar a si próprio do que para ouvir<br />

uma reação da garota, onde já era perceptível o sangue escorrendo pelo canto de<br />

sua boca. Quando Fei reparou nisso, seus olhos se encheram de lágrimas,<br />

falando meio engasgado por elas.<br />

- Eu... prometi que iria... defender você...<br />

Sailorcheer com grande esforço, abriu lentamente os olhos, permanecendo com<br />

eles semi-cerrados e olhando o rúnico transtornado. Tentou buscar forças para<br />

falar algo para ele, mas não conseguiu, engasgando com o próprio sangue, sua<br />

respiração começando a ficar cada vez mais fraca.<br />

- Eu não quero te perder.... eu... não posso te perder...<br />

Fei trouxe Sailorcheer para junto de si, desabando em lágrimas de puro<br />

desespero. A runa em seu braço começou a brilhar sutilmente, mas o rúnico não<br />

percebeu. Assim como não percebeu uma bela elfa iluminada se aproximando<br />

dele, encostando uma das mãos em seu ombro e falando com uma voz melodiosa<br />

junto ao seu ouvido.<br />

- Você sabe como ajudá-la, Fei... o dom para isso você sempre teve...<br />

Fei ouviu a voz, mas não conseguiu de forma alguma tirar os seus olhos de sua<br />

amada, que morria em seus braços.<br />

- Agora, você vai fechar os olhos e se concentrar no que eu estiver falando, para<br />

impedir que essa fatalidade aconteça...<br />

O rapaz hesitou um pouco a princípio. Mas repentinamente fechou os olhos e<br />

começou a se concentrar nos pensamentos que surgiram em sua mente. A elfa<br />

também permanecia com os olhos fechados enquanto ele fazia isso, agora<br />

apoiando as duas mãos nos ombros de Fei. A luz que a envolvia, sutilmente<br />

percorreu também o corpo do Rúnico. Na mão dele, que estava apoiada no pior<br />

ferimento de Sailorcheer, surgiu um brilho azul. Tal luz emanou sobre a<br />

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mercenária, percorrendo todo o seu corpo e se concentrando onde as mãos de Fei<br />

se apoiavam, enquanto ele exclamou com determinação.<br />

- Obsu Vulni!<br />

Em seguida, Fei saiu da espécie de transe em que estava, com uma dor de<br />

cabeça descomunal e fraquejando, mas ainda mantendo Sailorcheer nos braços.<br />

Voltou a observá-la com preocupação e reparou que ela respirou fundo, puxando o<br />

ar com certa força. A elfa, que permanecia atrás de Fei, se afastou dele com um<br />

sorriso no rosto, mas falando antes de desaparecer do recinto.<br />

- Você escolheu a guerra sem sentido uma vez... mas você pode mudar isso<br />

agora...<br />

O rúnico não prestou muita atenção para a elfa, sequer a olhando, acariciando<br />

suavemente o rosto de Sailorcheer, chamando pelo seu nome. Sailorcheer abriu<br />

lentamente os olhos, sua expressão era de muita dor e falou com a voz fraca.<br />

- Eu... morri?<br />

- Não, Katrina... - disse, sussurrando - você não pode morrer...<br />

- Mas... ele me acertou... daqui a pouco vem uma Valquíria buscar a gente - a<br />

garota falava com dificuldade, mas com convicção.<br />

- Não diga isso, garota! Ninguém vem buscar a gente, eu que vou levar você pra<br />

casa!<br />

- Não era... pra doer tanto assim... - Sailorcheer fechou os olhos, respirando mais<br />

profundamente, com cara de dor.<br />

Fei fez uma expressão preocupada, reparando que Sailorcheer mal estava ouvindo<br />

o que ele dizia. Entretanto, o que importava naquele momento é que de alguma<br />

forma, ele havia conseguido a curar sutilmente, mas o suficiente para tirá-la de lá e<br />

procurar ajuda.<br />

Ele a trouxe nos braços a levantando delicadamente. Apesar disso, a garota gemia<br />

de dor. O rúnico se sentiu bastante fraco, mas tinha que arranjar uma forma de<br />

sair rapidamente dali.<br />

Foi surpreendido pelo barulho vindo do corredor. Uma estranha sensação surgiu<br />

nele quando reparou em vozes ásperas e ruídos de lâminas ao fundo. Fei<br />

arregalou os olhos, preocupado.<br />

"Se ele voltar com reforços, não vou ter como defendê-la assim!!!"<br />

Fei, procurou um canto da cela e agachado, apoiando Sailorcheer com um dos<br />

braços, lembrou-se de alguns rituais que havia lido no diário do mestre de<br />

Claragar, o Arqueiro Vesgo.<br />

Usou o próprio sangue que escorria de um de seus ferimentos e desenhou o que<br />

lembrava que tinha lido, no chão. Assim que terminou de desenhar e recitar<br />

algumas palavras em rúnico, um portal ligeiramente negro se abriu diante dos<br />

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dois. Fei, sem pensar muito no resultado daquilo, trouxe Sailorcheer em seus<br />

braços e se levantou rapidamente correndo para o portal...<br />

OFF<br />

OMG... finalmente saiu... demorou, mas conseguimos desentalar<br />

Bom... graças a esse ON, o Fei adquiriu o poder de cura (a elfa que surgiu do lado<br />

dele só é conhecida pelo Galgaris e faz parte da história secreta dos rúnicos, em<br />

breve em uma locadora perto de você =3), porém quando ele usa esse poder fica<br />

fraco e baqueado de dar dó (pouco mana ).<br />

Também "aprendeu" a usar portal, através de ritual rúnico (logo vocês entendem o<br />

porquê das aspas, afinal, ele aprendeu lendo o diário do arqueiro vesgo XD).<br />

Aliás, acho que vou pedir para o Galgaris explicar o lance dos rituais rúnicos em<br />

um OFF qualquer... porque desde o surgimento desse vilão dumal, eles aparecem<br />

com certa frequência.<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar May 16 2007, 07:13 PM<br />

[on]<br />

Galgaris entrou no salão após a grande porta dupla. Embora fosse do mesmo<br />

tamanho do anterior, não havia qualquer tipo de decoração ou detalhe que<br />

chamasse a atenção, exceto uma grande mesa rústica de madeira, de formato<br />

retangular, no centro da sala. Consciente da armadilha anterior, Galgaris analisou<br />

os pisos e paredes em buscas de inscrições – incluindo o próprio teto. Nada. Ali<br />

realmente parecia ser um local “sociável”... ou ainda estaria enganado?<br />

O Guerreiro retirou de seu bolso um pedaço de papel e invocou um rápido feitiço,<br />

que no final da conjuração, consumiu o papel em chamas. Nenhum sinal de<br />

rituiais no cômodo. Energia desperdiçada. Galgaris continuou avançando até<br />

chegar do outro lado do Salão, onde havia outra porta dupla. Uma porta menor na<br />

parede esquerda também chamou sua atenção, mas sua intuição apontava para a<br />

maior, que acabou abrindo.<br />

Outro corredor. Por cautela, Galgaris cobriu-se novamente com a capa e dispersou<br />

as chamas frias da espada Abismo. Após avançar um pouco mais, ouviu passos<br />

vindo em sua direção. Rápido, porém determinado, o ser que se aproximava<br />

apontou na outra extremidade do largo corredor, e continuou avançando por este.<br />

Em suas mãos, o Elfo carregava em suas mãos uma espada com a obsessão de<br />

quem encontrou o sentido de sua própria vida.<br />

Embora sem expressão, Galgaris estranhou a visão. Aquele homem não podia ser<br />

quem parecia que era. O Bruxo havia morrido muito tempo atrás, quando ele<br />

mesmo havia sido aprisionado! Não podia ser! Galgaris empurrou a capa para trás<br />

buscando reconhecer energia rúnica no elfo que caminhava em sua direção e<br />

mesmo isso foi confirmado... uma energia muito familiar... era sua própria energia,<br />

doada séculos atrás!<br />

O Elfo, já muito próximo, tentou passar apressadamente pelo guerreiro, bufando.<br />

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Galgaris esticou seu braço sem olhar para ele, impedindo sua passagem e<br />

murmurando, quase incrédulo:<br />

- Isso não é possível...<br />

- Huh? – disse o Elfo, olhando para o homem que impedia sua passagem – Melhor<br />

sair da minha frente... ou... – a voz de Seth estava bastante alterada pelo<br />

ferimento causado por Sailorcheer em suas costas.<br />

- Seth Ancalimë? – Disse Galgaris, desviando o olhar opaco e amarelado<br />

lentamente para ele, encarando-o.<br />

- Hum... sabe meu nome? – disse Seth, encarando-o de volta - Ok, agora deixa eu<br />

passar que tenho muito a fazer.... Não tenho a intenção de lembrar agora... –<br />

disse ele, forçando a passagem. Galgaris agarrou-o pelas costas, arremessando-o<br />

de volta pelo caminho por onde ele veio. Seth, desequilibrado pela força do<br />

Guerreiro e afetado por seus ferimentos, caiu de joelhos e encarou novamente seu<br />

agressor.<br />

- Traidor... – disse lentamente Galgaris, que quase sorriu ao ver o ferimento<br />

ensangüentado em suas costas.<br />

- Traidor? Quem é você afinal...? – olhando-o furiosamente.<br />

- Sou seu Mestre, verme... que se você não tivesse abandonado seu posto séculos<br />

atrás, não teria sido derrotado pelos antigos rúnicos!! – disse o guerreiro,<br />

incendiando novamente a espada Abismo.<br />

- Ghull-Garuth!?! Pensei que tivesse sido destruído! – espantou-se Seth.<br />

- Eu teria vencido os Rúnicos se você não tivesse fugido e deixado eles me<br />

atacarem desprevinidos...<br />

- Bah, você sempre com essa mania de derrotar esse palhaços aih... eu tinha<br />

coisas mais interessantes a fazer! –levantou-se Seth - E agora... eu consegui -<br />

olhando obsessivamente para a espada.<br />

- O que pode ser mais “interessante” que isso, tolo? Se tivesse cumprido sua parte<br />

do acordo, já teríamos vencido sua irmã e você teria atingido seu objetivo! Espero<br />

que saiba usar essa espada! Será necessário caso você queira sair daqui com<br />

vida!<br />

Galgaris colocou-se em posição de batalha. Seth pronunciou umas palavras em<br />

Rúnico, ativando as chamas da espada que carregava, colocando-se também em<br />

posição de combate. Os dois se avaliaram por instantes, até que Seth, confiante,<br />

se pronunciou:<br />

- Bah... parece ÓBVIO que eu sei! Aquele vira-lata idiota não sabia nem manejar<br />

nem 1% dela. Não é a toa que está quase morto lá em cima agora... – Seth sorriu.<br />

- Ele não sabe 1% das magias desta espada que você sabe, e você não sabe de<br />

1% dos poderes que eu sei... não se julgue tão forte!<br />

Seth começou a rir freneticamente de Galgaris. No mesmo instante, um grito<br />

repleto de dor ecoou pelo corredor, vindo do mesmo lugar de onde Seth viera,<br />

chamando por “Katrina”. Por um instante, os dois ficaram em silêncio. Galgaris<br />

reconheceu, apesar do tom alterado por sentimentos, a voz de Fei Ackhart.<br />

*** Quem é “Katrina”? *** pensou o guerreiro. Ele sabia que Sailorcheer e Claragar<br />

haviam entrado, e mais ninguém. Quem mais estaria ali?<br />

Percebendo o interesse da Galgaris no grito do rúnico, Seth o provocou, tentando<br />

com isso adiar o confronto, e evocando em seguida uma barreira de chamas ao<br />

seu redor, interrompendo os pensamentos de Galgaris:<br />

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- Quer me matar? Perdeu o interesse pelos seus amados Rúnicos?<br />

- Não tenho paixões como vcs, mortais. No momento, é mais importante destruir<br />

aqueles que não cumprem seus acordos, como você... apesar de já estar<br />

moribundo...- disse Galgaris, percebendo o quanto Seth estava debilitado pelo<br />

ferimento.<br />

- Diabos! O que está acontecendo?! – disse Seth, sentindo uma estranha tontura<br />

e caindo de joelhos novamente. A barreira se extinguiu, e Galgaris aproximou-se. –<br />

Sangue?, o que? Aquela humana idiota me atingiu? – indignou-se ele, quando<br />

finalmente percebeu o quão ferido estava.<br />

- Tolo... Você ainda não aprendeu tudo, apesar de ainda estar forte... pelo<br />

ferimento, meu caro, ela pode ter te matado... vc é que ainda não percebeu...<br />

- Ha! Eu NUNCA vou morrer pra uma humana!!! ELES QUE DEVEM SER<br />

ELIMINADOS!!! TODOS ELES!!! – gritou psicoticamente o bruxo.<br />

- Cale-se, seu insano!! – Galgaris golpeou-o com a espada de lado, dando-lhe um<br />

violento “tapa” . Seth caiu, ainda consciente, mas cuspindo sangue.<br />

- INSANO?! Insano é você com essa mania idiota de matar esse imbecis!!! Vc<br />

deveria seguir meu exemplo e eliminar esses seres que contaminam nosso<br />

mundo!!!<br />

- Sigo um plano maior do que você é meramente capaz de compreender! E eu<br />

jamais seguiria os planos tolos de um mero mortal!, - respondeu Galgaris,<br />

apontando a espada para o bruxo que tentava se levantar.<br />

Aos poucos, os dois começaram a sentir uma terceira energia Rúnica, se<br />

aproximando rapidamente. Seja lá quem fosse, era alguém com muito mais poder<br />

que os Guerreiros Rúnicos atuais... e não demorou muito para o Guerreiro<br />

perceber de quem era aquela energia antiga e conhecida. Se ela o visse poderia<br />

por em risco seu plano... melhor fugir... por hora.<br />

- Você vem comigo, Seth! – Disse Galgaris, esmurrando-o com toda a força. Seth<br />

desmaiou e foi colocado nos ombros de Galgaris. Olhando para a espda de Seth,<br />

agora apagada, pensou em usa-la, mas seria melhor ter um colaborador a mais...<br />

Galgaris chutou a espada pelo corredor, deixando-a para que os rúnicos a<br />

recolhessem de volta.<br />

*** Assim Seth terá que recorrer à mim para obter ajuda para recuperar essa<br />

espada de novo... e eu ganho outro “aliado” *** pensou Galgaris, enquanto fugia<br />

rapidamente dali.<br />

[off]<br />

Posted <strong>by</strong>: By-Tor May 17 2007, 01:10 AM<br />

[trêsmilanosdepois]<br />

Payon<br />

O monge já estava na porta e By-Tor ainda estava na taverna, segurando o cabo<br />

da espada. Algo estava errado, ele podia sentir. O gosto amargo em sua boca e<br />

aquela sensação de observação o incomodavam. Ele olhou de soslaio o homem<br />

de chapéu no canto, notando seus lábios finos expressando um leve sorriso<br />

malicioso.<br />

Como de praxe, By-Tor repassou todas as informações na sua mente. Sua<br />

memória perfeita registrava pequenos detalhes que poderiam e sempre passariam<br />

desapercebidos pelos outros. As pessoas em Payon não pareciam notar o monge<br />

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passando por elas, embora ele as estivesse empurrado. Todos as tavernas<br />

visitadas, os taverneiros conheciam o monge e o temiam – com motivos relevantes,<br />

e não se importavam com a destruição gratuita dele. Em todos os lugares, o<br />

monge havia encontrado alguém que o indicava o caminho que seguiam.<br />

Ele olhou para o noviço caído no chão e notou a semelhança com os demais<br />

homens que o monge havia espancado. Todos com cabelo negro, a mesma<br />

mancha na roupa – na manga esquerda. Só faltava uma coisa...<br />

O Cavaleiro segurou com força o cabo da espada e caminhou até a porta da<br />

taverna. O monge já estava na rua, o esperando. Ele foi até a porta e olhou para a<br />

taverna. Como suspeitava, havia um talismã preso numa das vigas da varanda.<br />

Parecia ali ao acaso, como se estivesse voando e se prendeu a madeira. By-Tor<br />

poderia supor muitas coisas, mas nunca que aquilo não era proposital.<br />

Encarou o monge com um olhar sério e ele sorriu irônico.<br />

- O que há agora maricas? – os olhos do monge fixaram-se na mão bem cuidada<br />

pousada no cabo da espada. – Não temos que procurar o bastardo?<br />

Algo no tom de voz dele, By-Tor notou. E mesmo ciente do perigo, fez um gesto<br />

positivo com a cabeça e ouviu o monge resmungar a respeito e seguir o caminho.<br />

O Cavaleiro o seguiu, sua atenção redobrada.<br />

Seguiram em silêncio para o outro lado da cidade, um lugar sujo, repleto de<br />

bêbados e de pessoas da vida. By-Tor ajeitou a capa sobre os ombros e continuou<br />

seguindo o monge, que sabia muito bem o caminho. Ele não se incomodava com<br />

as mulheres de lábios pintados ou com os homens com laços no pescoço. Não<br />

ligava para a sujeira acumulada nas ruas, ou o fato daquelas casas não estarem<br />

em bom estado. Fazia parte daquele lugar e By-Tor sentia-se levemente<br />

deslocado. As tintas saiam das casas, e durante o caminho, vira outros talismãs de<br />

papel, espalhados por todos os lugares. Pediam paz e prosperidade, ele<br />

certamente, pediria por limpeza.<br />

O monge parou e apontou para uma casa grande no fim da rua.<br />

- É ali. A Mulher das Caveiras – disse ele – o bastardo abastece todas as tavernas<br />

por aqui. Só faço isso pela pirralha mesmo.... – murmurou, iniciando novamente a<br />

marcha.<br />

Era uma casa grande, três andares, todas as janelas abertas. Havia uma grande<br />

árvore ao lado da casa e suas folhas balançavam sozinhas, uma vez que não<br />

havia nem sequer uma brisa. By-Tor parou a porta e olhou para a árvore, sua<br />

apreensão mal escondida pela força com a qual pressionava o cabo da espada. O<br />

monge estava empurrando a porta encostada e olhou novamente pra ele.<br />

- Chega de babaquice e venha logo. Com sorte encontramos o bastardo se<br />

enroscando com uma qualquer e acabamos com essa palhaçada de vez.<br />

By-Tor ia comentar sobre a árvore, mas o monge já havia entrado na casa e<br />

sumido na escuridão. Ele aproximou-se da porta e observou o lugar. Uma escada<br />

dupla, um tapete no meio do hall, uma mesa no canto e quatro portas. O monge<br />

estava parado no tapete e olhava pra cima. A casa estava mergulhada em silêncio.<br />

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Ele olhou para By-Tor e sorriu:<br />

- Venha logo maricas, ou está com medo?<br />

Algo dizia a By-Tor para não fazer isso, mas desde quando o príncipe ouvia essas<br />

vozes? Ignorando-as, ele entrou na casa e a porta atrás de si, fechou-se com<br />

força. Assustado, ele puxou levemente a espada da bainha, mas não a removeu<br />

completamente, e então olhou para o monge.<br />

O monge começou a rir, e então puxou das costas, por dentro do casaco, um<br />

talismã igual aos que Tor havia visto por todos os lugares onde estiveram. Sua<br />

suspeita de perigo estava mais do que evidente, e ele não sabia o que deveria<br />

fazer. A runa em sua mão brilhou, aquela energia dourada queimando sua pele.<br />

Ele ignorou a dor, e treinado como era, não era difícil fazer isso. O talismã<br />

elevou-se no ar e virou uma chama, para depois suas cinzas se espalharem pela<br />

mão do monge.<br />

- Você é mais burro do que parece – murmurou o monge, sua voz alterada. Ele<br />

virou-se completamente para By-Tor e mantinha o sorriso malicioso – O que vai<br />

fazer agora? Eu espero que me ataque com quanta força tiver, porque só terá uma<br />

chance...<br />

By-Tor alterou sua visão, vendo uma estranha aura negra ao redor do monge. Sua<br />

runa brilhava numa nuance dourada entre a nevoa negra. Estava na altura do<br />

peito. Ele não entendia nada sobre magia rúnica, não entendia nada sobre magia<br />

alguma e faria questão de amaldiçoar todos os bruxos do universo quando<br />

acabasse com aquilo. Felizmente, magia não o assustava. Era um cavaleiro.<br />

Quanto tempo um bruxo duraria sobre sua lâmina?<br />

O monge fez um gesto leve com a mão, a mesma que o livrara do talismã, e então,<br />

mais talismãs surgiram em sua mão. Levou a altura dos olhos e manteve o sorriso,<br />

a voz ainda alterada. Murmurou alguma coisa e os talismãs brilharam. Próximo aos<br />

lábios, By-Tor havia notado e também decorara o que o homem falara, mesmo não<br />

sabendo do que se tratava.<br />

Ele puxou a espada e investiu contra o monge. Ele observou quando o monge<br />

lançou um dos talismãs e desviou dele, para ser atingido por um segundo. Um<br />

choque percorreu seu corpo e ele ficou completamente sem forças. A espada caiu<br />

a sua frente e ele sentiu o pedaço de papel grudado em seu ombro queimar. Um<br />

terceiro talismã caiu sobre ele e sentiu suas pernas geladas. Ele ergueu os olhos,<br />

o cabelo soltando da tira de couro e observou o monge.<br />

- Se é só isso... Vai ter que se esforçar mais.<br />

Uma gargalhada soou pelo lugar e By-Tor tentava se concentrar em outra coisa<br />

que não fosse a dor. Talvez conseguisse sair dali. Não fazia a menor idéia do que<br />

estava acontecendo. Malditas vozes! Elas sempre estavam certas e agora diziam<br />

para que ele fizesse algo que não queria fazer. A runa em sua mão do príncipe<br />

ainda brilhava e o monge olhou para ela, antes de girar os olhos e cair desmaiado<br />

no chão.<br />

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[continua... pra variar]<br />

Desculpem, ficou meio emcima da hora, mas continua. com sorte em mais um ou<br />

dois posts... nha que horror!<br />

Posted <strong>by</strong>: By-Tor May 18 2007, 12:30 AM<br />

Payon<br />

Meu nome é Passadina Jones, mas normalmente eu não me apresento. Falar com<br />

as pessoas demanda tempo e assunto que não tenho. Não que isso importe para o<br />

que eu faço em Payon, afinal essas pessoas não possuem capacidade sobrenatural<br />

para observar as coisas mágicas a seu redor. Antes eu poderia jurar que um grande<br />

mago poderia ao menos sentir... Mas foi antes, antes de conhecer o Mestre. Ele me<br />

explicou sobre magia, a mesma que utilizo agora.<br />

O tempo está a meu favor nesse dia. Não é a primeira vez que faço algo que o<br />

Mestre pede, mas a é a primeira vez que farei sozinho. Tenho observado o Mestre,<br />

e mesmo ele sendo um homem de poucas palavras, tem me ensinado tudo o que<br />

nenhum outro poderia. O tempo está a meu favor nesse sentido também.<br />

Espalhei por um caminho previamente traçado meus amuletos mágicos. Se algo<br />

não conspirar contra, certamente que o cavaleiro de nome By-Tor não os verá. Faz<br />

cinco meses que acompanho as vendas do homem chamado Fei Ackhart.<br />

Observação é um ponto que o Mestre sempre toca. Conheço todos os lugares em<br />

Payon onde ele vende seu vinho – certamente que não é minha bebida favorita,<br />

mas não me importo em tomar.<br />

O tempo está a meu favor...<br />

Há meses Vendell Hazzard está sob meu domínio e andando entre os chamados<br />

Guerreiros Rúnicos para espionar. Ao existe magia suficiente neles para que<br />

possam observar e sempre consideram o monge um estúpido. Não tiro a graça<br />

disso, afinal, se alguém gostasse dele, qual a seria a dificuldade de minha missão?<br />

E ela alcança seu auge hoje.<br />

Anos atrás eu desenvolvi um ritual ilusório. Não sou tão fabuloso nisso, como o<br />

Mestre é, mas meus muitos anos de vida me ensinaram rituais e mágicas que não<br />

são ensinadas nas escolas de magia de Geffen. Sorte minha, diria. Se todo e<br />

qualquer arcano tivesse conhecimento a tais praticas, seria um grande desperdício<br />

de magia. A única diferença entre mim e os arcanos comuns, é que eles não<br />

possuem amarras mágicas que os impedem de criar as magias ensinadas nas<br />

escolas arcanas. Obviamente eu sou mais esperto, e mesmo com tais amarras, eu<br />

posso utilizar magia, de forma diferente, mas ainda assim magia.<br />

Hoje é o dia de usar tal ritual. Pelo o que estudei do cavaleiro By-Tor, ele não irá<br />

notar. Não consegue nem ao menos distinguir portais, como poderia ver isso?<br />

Certa vez eu lancei um talismã nele, para que fosse transportado pra Juno. Ele não<br />

fazia idéia que utilizando um item conhecido como Asa de Mosca, ele poderia voltar<br />

ao último lugar que tinha gravado em sua mente. Ficou três semanas perdido em<br />

Juno... ele é a vitima perfeita.<br />

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Como esperado, o monge o forçou a irem a Payon e seguirem pelo meu caminho.<br />

Agora eu vejo o cavaleiro caído e o monge desmaiado. Meu ritual está quase no<br />

fim. Tenho que me apresentar agora e explicar a By-Tor que não existe<br />

possibilidade de sair com vida dessa minha armadilha. Se ele cooperar, será mais<br />

fácil. E mesmo se recusar, será fácil do mesmo jeito.<br />

[só pra fazer pose... Passadina se acha, coitado... já que a post dos "inimigos",<br />

resolvi fazer um também - florette invejosa ]<br />

Quanto ao fato de By-Tor ter se perdido em Juno, foi pq fiquei sem creditos e<br />

quando voltei, encontrei o Fei em Geffen e ele perguntou onde o By-Tor andava<br />

"em Juno, fui parrrrrrarrrrr lá depois que um sacerrrrdote abrrrrriu um porrrrtal na<br />

minha frrrente!"<br />

achei engraçado citar isso.<br />

Posted <strong>by</strong>: By-Tor May 20 2007, 12:03 AM<br />

Payon<br />

- Dói não?<br />

Uma voz suave soou nos ouvidos de By-Tor e ele olhou na direção do som, vendo<br />

um homem aparecer das sombras. O reconheceu de imediato: era o homem de<br />

chapéu da taverna! Estreitou os olhos, enquanto ele caminhava suavemente em<br />

sua direção, com uma marionete nas mãos. O chapéu de feltro meio de lado, os<br />

cabelos grisalhos a mostra. Ele olhava com atenção para o cavaleiro e By-Tor<br />

gemeu de dor.<br />

Não conseguia manter a linha lógica de seus pensamentos e estava irritando-se<br />

pela falta de concentração. Devia se focar nos fatos e não naquela dor que se<br />

tornava cada mais insuportável. Estava se esforçando, tentando fazer uma relação,<br />

mas simplesmente não conseguia.<br />

O homem se aproximou. Tinha olhos expressivos e um leve sorriso sádico<br />

insinuava-se em seus lábios finos. Parou próximo a ele, e então segurou os fios da<br />

marionete com uma mão e olhou para o objeto de madeira com aprovação. By-Tor<br />

soube que se tratava de uma marionete do monge desmaiado, e podia fazer essa<br />

relação pelas pequenas roupas que o boneco de madeira usava. Isso poderia<br />

explicar tudo: uma manipulação. Por isso sabia que se tratava de um mago antes<br />

mesmo de atacar o monge. Balançou a cabeça, quando outra onda de dor o<br />

atacou, o forçando a fechar os olhos.<br />

- Meu pai foi um grande cavaleiro – começou o homem – fora um bom homem, eu<br />

diria. Não muito esperto como todos os cavaleiros. De tantas bobagens que eu<br />

ouvi dele, certa vez ele me surpreendeu. Disse que a concentração de um<br />

cavaleiro é tudo o que o mantêm lutando, ignorando a dor. Ele tinha razão. Gritou<br />

de dor na minha frente, como uma menina gritaria, e não conseguiu escapar de<br />

sua morte devido a dor que sentia... eu não lamento... – exibiu um sorriso e olhou<br />

para By-Tor – você está como ele agora: fraco e indefeso.<br />

By-Tor jurou em sua língua nativa que iria arrancar a cabeça daquele homem<br />

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assim que sua concentração voltasse. Mordeu o lábio inferior novamente e<br />

manteve-se olhando pra ele, enquanto outra onda de dor o assolava. O homem<br />

voltou a olhar para a marionete e sorriu, encantado. Moveu-a e então o corpo<br />

desmaiado do monge mexeu-se num solavanco. E depois outro e outro. O homem<br />

voltou a encarar By-Tor, agora com um olhar insano.<br />

- Brincadeira de criança – murmurou, pondo o monge de pé, controlando a<br />

marionete. O fez chutar uma, duas vezes By-Tor e então ficou parado. O homem<br />

se aproximou em passos rápidos e meteu a mão livre entre as vestes do monge,<br />

na altura do peito, para roubar o objeto que brilhava em luz dourada. Exibiu um<br />

rosário com um brilho vitorioso no olhar.<br />

As vozes na mente de By-Tor vieram para alerta-lo novamente que havia uma<br />

forma dele se livrar daquela dor. Por um momento, ele pensou em ceder, antes de<br />

se irritar de vez. Ele era um cavaleiro, treinado pelo mais valoroso guerreiro de seu<br />

reino. Poderia muito bem lidar com... e perdeu os rumos do pensamento, ficando<br />

sem ar devido a dor.<br />

O homem o ignorava completamente, olhando fascinado para a runa. Lançou a<br />

marionete no chão e o monge voltou a desabar perto de By-Tor, fazendo com que<br />

dois talismãs voassem para perto do cavaleiro.<br />

- O Mestre ficará satisfeito – o homem pensou em voz alta e lançou um olhar<br />

sádico pra By-Tor – eu sou um gênio – declarou.<br />

- Vozê... vai... morrrrerrrrrr... – By-Tor murmurou, arfante.<br />

- É mesmo? E como pretende fazer isso?<br />

- Vou... corrrrrtarrrrr... a cabeza... forrrra... a sua!<br />

- Você tem um sotaque interessante – o homem tirou das veste um baralho e o<br />

embaralhou com uma maestria que daria inveja em muitos viciados em jogo.<br />

Escolheu uma carta e a levou perto dos lábios para encanta-la. By-Tor teria<br />

prestado atenção, se outra onda de dor não o tivesse roubado sua atenção.<br />

Ele não viu o homem tirar de um bolso do longo casaco um pó e lançar no chão.<br />

Lançou a carta com força no chão, e como se ela possuísse tal dureza, fincou no<br />

chão. A respiração de By-Tor estava voltando ao normal, quando seus olhos<br />

fixaram-se na carta, para ela brilhar e um círculo de luz surgir a sua volta. Os<br />

talismãs que estavam sob ele, queimaram e viraram pó. Ao menos a dor sumiu e<br />

By-Tor se sentiu cansado.<br />

O círculo de luz manteve por algum tempo e depois sumiu, deixando uma marca<br />

de queimado na madeira do chão. E toda a ilusão se desfez. Não havia escada,<br />

não havia portas. Estava num casebre abandonado, sem teto e com parte da<br />

parede sul, desabada. Ele deveria ter notado isso antes, sua mente exigia uma<br />

explicação para sua falta de atenção. Novamente ele amaldiçoou os magos em<br />

sua língua, o que chamou a atenção do homem.<br />

- Não se preocupe. Logo tudo estará terminado. Eu sou um gênio e meu plano<br />

não poderia ser mais perfeito. Não tem nada a perguntar a respeito do meu plano<br />

maravilhoso?<br />

By-Tor sabia como iria matar aquele homem. Iria atravessa-lo com a espada... não<br />

não... iria faze-lo ficar de joelhos e depois cortar a cabeça dele. Sim, esse era a<br />

maneira correta. Tentou colocar a mão pra fora da marca no chão e levou um<br />

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choque. O homem começou a gargalhar e abaixou na frente dele, do outro lado da<br />

marca.<br />

- Você é um idiota – afirmou, voltando a gargalhar.<br />

[continua... mais uma parte e acabo \o/]<br />

Posted <strong>by</strong>: By-Tor May 21 2007, 12:59 AM<br />

Payon, casa abandonada<br />

O homem estava sentado contra uma das paredes que ainda restavam da casa<br />

em ruínas e assobiava uma canção. Ele estava novamente com as cartas na mão e<br />

as lançava de um lado pro outro, parecendo alheio ao fato que um Guerreiro<br />

Rúnico estava ali perto dele. Para ele, pouco importava isso. Tudo o que tinha que<br />

fazer era esperar e então o Rúnico desistiria.<br />

O cavaleiro By-Tor havia tentando sair muitas vezes, inclusive usando a espada e<br />

nada era possível. Agora, sentado com as pernas cruzadas no meio do círculo, ele<br />

estava ferido e sangrava em inúmeras partes do corpo, pelos esforços de tentar<br />

sair do cativeiro. Ele repassava pela vigésima vez o que havia acontecido: o dom<br />

rúnico, a ida a Payon, o monge, os lugares. Estava repassando o que escutara, as<br />

conversas que ouvira ao acaso, os olhares das pessoas. Lembrava dos talismãs e<br />

do que o homem tinha sussurrado. Lembra de tudo e aquilo não fazia o menor<br />

sentido pra ele. Talvez porque falasse sobre aquela história de ser Rúnico e todas<br />

essas coisas. Como se ele já não tivesse problemas demais, agora tinha que lidar<br />

com isso também. Não fazia idéia de quem era o homem, mas sabia que já o tinha<br />

visto em diversas ocasiões, era aquela pinta perto do olho esquerdo, uma marca<br />

singular.<br />

Ele era arcano, um mago talvez, embora usasse magia de forma diferente. By-Tor<br />

o olhou. O homem falara demais, mas nada do que tinha falado tinha importância,<br />

pois o homem não havia falhado nas palavras, as tinha escolhido com cuidado e<br />

não dera nenhuma pista de como o cavaleiro sairia dali. Não sabia porque estava<br />

ali e começava a desconfiar que se tratava daquela marca na mão. Fei não havia<br />

falado nada sobre isso e ele a teria escondido se soubesse que isso poderia<br />

causar todos esses transtornos. Chegou a cogitar se o homem não era um mago<br />

de sua terra, mas se fosse, ele já teria se declarado há tempos – de fato, não<br />

havia razões para que um mago de Soltar não o fizesse. Os cabelos grisalhos do<br />

homem caiam por seu rosto jovem, e By-Tor notou certo cansaço nele, talvez a<br />

famosa fadiga atribuída a arcanos. Mas havia algo mais naquilo tudo. O homem<br />

parecia cansado mesmo, como se tivesse feito muito esforço. Ele abandonou a<br />

brincadeira com as cartas e as colocou novamente dentro do longo casaco.<br />

Olhou para By-Tor com olhos sérios e não disse nada. O cavaleiro o observou com<br />

atenção, gravando os detalhes do rosto dele com muita facilidade. Não havia<br />

sinais do que o homem pensava, e muito menos do que estavam fazendo ali.<br />

Lentamente, ele se ergueu do chão e limpou a poeira do casaco. Notou no dedo<br />

anelar um anel de ouro com um brasão, mas de onde estava não conseguia<br />

identifica-lo. O homem caminhou até o monge e tirou um talismã do bolso.<br />

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By-Tor estava olhando com atenção, quando ele puxou uma pequena sacola do<br />

bolso da calça e espalhou sobre o monge desacordado um pó brilhante azul.<br />

Segurando o talismã de papel com o dedo indicador e médio, ele levou o papel<br />

aos lábios para murmurar uma espécie de cântico e depois soltar o papel sobre o<br />

monge, que sumiu num clarão azulado. By-Tor entendeu, se tratava de um portal.<br />

Até isso aquele arcano poderia fazer. O encarou, quando o homem o olhou ainda<br />

com seriedade.<br />

- Está pronto agora? – perguntou o homem, com uma voz suave, desprovida de<br />

qualquer emoção. By-Tor não respondeu e isso não alterou o homem. – Tudo bem,<br />

se prefere assim. Pensei que iria me dar mais trabalho, mas foi muito simples.<br />

- Porrrr que nón acaba com essa magia e eu te mostrrrro o quanto estou<br />

prrrrronto?!<br />

- Se eu fosse um cavaleiro, exatamente como você, certamente seria burro a esse<br />

ponto – ele exibiu um sorriso de escárnio.<br />

- Orrrra, vai me dizerrrr que está com medo? – By-Tor cruzou as mãos sobre o<br />

colo, parecendo tranqüilo. Tinha tido uma idéia e depois de anos negando, hoje<br />

ele cederia as vozes que viviam em sua mente, que lhe prometiam uma forma de<br />

sair daquele lugar antes que ele sangrasse até morrer. Precisava de um banho e<br />

de roupas limpas.<br />

O homem se aproximou dele, voltando a abaixar na sua frente, um olhar<br />

observador. Não disse nada, continuava com o sorriso.<br />

- Você sabe o que é essa coisa em sua mão?<br />

By-Tor não olhou para a Runa marcada na mão, mas sentia que com a<br />

aproximação do homem, ela voltara a ficar dourada e queimava sua pele<br />

novamente. Nada que ele não pudesse suportar.<br />

- Como eu pensei, você não passa de um estúpido que acha que um pedaço de<br />

aço pode livra-lo de todos os perigos do mundo. Mas surpresa pra você, espertão,<br />

não pode! Eu respeitaria sua espada se ao menos ela fosse encantada, mas nem<br />

isso... pra mim, não passa de um pedaço de metal mal forjado, feito para um<br />

ignorante como você manusear. É por isso que eu detesto guerreiros... sempre<br />

acham que armas inúteis como essas podem salva-los e não sua inteligência ou<br />

perspicácia.<br />

- Orrrra, e o que minha marrrrca tem com a minha espada?<br />

- Você realmente não sabe não é? Eu não posso crer que os Deuses abençoaram<br />

pessoas como você com esse poder.<br />

- Parrrrece que está com inveja...<br />

O homem ergueu as sobrancelhas grisalhas e encarou By-Tor com desprezo.<br />

- Eu não preciso dela – murmurou, irritado.<br />

- Orrrra, eu também nón – garantiu By-Tor. As feições do cavaleiro estavam<br />

levemente modificadas e havia dando as expressões dele uma leveza e harmonia<br />

dificilmente encontrada. Os olhos dele estavam mais brilhantes e levemente<br />

afilados. O homem reparou na sutil mudança e ficou interessado.<br />

- Ah, vejo que sabe algum tipo de tru...<br />

E antes mesmo que o homem conseguisse terminar a frase, By-Tor segurou as<br />

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vestes do homem, seu braço atravessando o círculo mágico, envolto numa<br />

estranha energia espiralada negra. O trouxe contra si, mas o homem bateu no<br />

círculo, ficando do lado de fora, com o rosto comprimido contra o círculo. Seus<br />

olhos saltados de horror observaram as asas negras surgirem no topo da cabeça<br />

do cavaleiro, movendo-se lentamente, totalmente reais e perigosas. Olhou para os<br />

olhos do cavaleiro, agora completamente negros, que olhavam fixamente em sua<br />

direção.<br />

By-Tor murmurou alguma numa língua que o homem não entendeu e seu rosto<br />

contorceu-se de dor. Ele livrou-se da mão negra do cavaleiro e caiu sentado no<br />

chão, se arrastando pra trás, um pouco horrorizado mas totalmente surpreso.<br />

Observou quando o cavaleiro se levantou, a energia espiralada girando em torno<br />

de seus braços e dorso. Novamente o cavaleiro falou em voz alta alguma coisa na<br />

outra língua, e tocou o rosto, como se estivesse transtornado.<br />

O homem levantou do chão, com alguma dificuldade e observou com atenção o<br />

cavaleiro. Respirava com rapidez e o cavaleiro abaixou o braço e o encarou com os<br />

olhos negros.<br />

- Mas quê...?<br />

[e continua... agora com emoção! Espero não ter complicado nada, eu vou revisar<br />

o final, pq estou achando muito fantástico, e posto amanhã. Desculpem<br />

novamente a demora e a empolgação....<br />

A Ordem de Soltar são os Magos da Terra do By-Tor... que estão atrás deles, já<br />

tem algum tempo... ]<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar May 23 2007, 11:01 PM<br />

MILOOOOOOOOOOOOOOORD!!<br />

Encontre inspiração e acabe com esta tensão!! (Rimou ^^) Nem eu, nem o<br />

Passadina, nem o boneco de Argila, nem o entregador de pizza, nem o By-Tor<br />

from the A<strong>by</strong>ss conseguiremos suportar esta tensão por muito tempo!<br />

^^<br />

Claragar, o Empolgado<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jun 8 2007, 01:23 AM<br />

Sob... pode me incluir aih tb, bardo...<br />

Moh expectativa aqui... By-Tor malvado que nao posta mais...<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Jun 8 2007, 06:14 PM<br />

Enton, ele disse que está quase pronto, falta só resolver um probleminha de<br />

enrredo (que estou ajudando).<br />

Não quebrem seus mouses! a Continuação já vem!!<br />

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Posted <strong>by</strong>: By-Tor Jun 21 2007, 10:48 PM<br />

(por fim, o final, afinal)<br />

Payon<br />

Passadina Jones entendia de muitas magias, muitos aspectos mágicos, tinha um<br />

ótimo mentor que explicava, as vezes, as coisa pacientemente. Mas aquilo... aquilo<br />

ele nunca tinha visto na vida. As asas monstruosas que saiam do topo da cabeça<br />

do cavaleiro, mexiam-se de forma suave, mesmo sendo grotescas. E em cada<br />

extremidade, uma garra branca, um brilho afiado. Os olhos do cavaleiro estavam<br />

tomados por uma viscosidade negra e olhavam diretamente para ele. A energia<br />

negra que o circundava, rodopiava em espiral, tomando agora até a cintura do<br />

cavaleiro. Ele nunca tinha visto aquilo e por isso, estava fascinado.<br />

Que poderes guardariam aquele Rúnico imbecil? Quem o mandara subestimar os<br />

poderes deles? Talvez só enganavam falando ou não demonstrando que não...<br />

não, era bobagem. Ele SABIA que os Rúnicos que estivera observando não<br />

sabiam nada. Muito menos aquele cavaleiro perdido a sua frente.<br />

Observou com atenção, quando o cavaleiro levou a mão lentamente a barreira<br />

mágica e a tocou. Com cuidado, começou a deslizar sua mão por ela, envolta<br />

naquela energia negra. Seu rosto contorceu-se de dor, mas ele continuou. O<br />

cavaleiro desviou os olhos para o que fazia e depois o olhou, com um misto de<br />

raiva e dor.<br />

Um sorriso apareceu no rosto espantado de Passadina e ele moveu a mão para<br />

dentro do longo casaco e puxou dois amuletos. Puxou de outro bolso um estranho<br />

pó e lançou sobre um dos amuletos, antes de joga-lo contra a parede invisível. O<br />

poder mágico do amuleto fortificou a proteção e o By-Tor gemeu de dor, ainda sem<br />

retirar a mão. Escutou ele resmungar algo na estranha língua e logo tinha<br />

passado o pulso pela proteção.<br />

Olhou para o segundo amuleto, o levou aos lábios e recitou palavras para<br />

encantar o papel. Estaria preparado, se caso o cavaleiro conseguisse sair de sua<br />

cela mágica. Ele esperava que não, mas estava admirado com o poder do<br />

cavaleiro e a forma suave que ele conduzia seus movimentos. A cada centímetro<br />

que sua mão ultrapassava a barreira, a estranha energia negra se concentrava na<br />

parte do corpo que atravessava a barreira e aparentemente suportava o poder que<br />

seu encanto produzia.<br />

Com a mão totalmente do lado de fora, o cavaleiro voltou a resmungar alguma<br />

coisa e fez um gesto brusco, abaixando-se com rapidez. Seus dedos longos e<br />

feridos, tocaram a carta que mantinha a barreira. A estranha energia negra<br />

começou a circundar a carta e rasgou, desfazendo o encanto. A barreira brilhou e<br />

então sumiu, o cavaleiro estava livre.<br />

By-Tor olhou então para Passadina e sorriu, maldosamente. Falou alguma coisa,<br />

em voz alta, que Passadina não entendeu o significado, mas compreendeu a<br />

ameaça. Ainda sem conseguir se mover, fascinado com o poder do cavaleiro, ele<br />

viu quando a energia negra espalhar-se no ar, acima do cavaleiro ainda abaixado,<br />

desenhando algo no ar.<br />

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- Grande Odin, ele tem asas – Passadina murmurou, quando duas imensas asas<br />

negras apareceram as costas de By-Tor. – Mas o quê é isso?<br />

A mão do cavaleiro moveu-se com cuidado em direção a espada e Passadina<br />

conseguiu se mover, dando um passo pra trás. Prevendo o movimento do<br />

cavaleiro, ele lançou o amuleto num canto escuro da parede, e antes que By-Tor<br />

chegasse nele, jogou-se no portal e sumiu.<br />

Ainda furioso, o cavaleiro bateu com rapidez extraordinária a parede, até perceber<br />

que não havia mais nada. Maldito covarde... Embainhou a espada, notando como<br />

sangrava. Deu um sorriso irônico e murmurou alguma coisa, olhando para a mão<br />

ferida. Voltou a cabeça lentamente pra trás e na sua visão modificada, notou a<br />

poça de sangue que estava no lugar de seu cativeiro.<br />

Tocou a testa, sentindo uma leve tontura e murmurou alguma coisa novamente.<br />

Andou até onde estava e notou dois amuletos banhados em seu sangue, que<br />

ainda estavam inteiros. Os pegou e examinou, sem saber o que estava escrito. Era<br />

parecido com Rúnico, mas ele não tinha nenhuma certeza e as vozes em sua<br />

mente murmuravam diversas alternativas. By-Tor gostaria de cala-las, não<br />

agüentava mais ouvir aquela falação em sua mente.<br />

Dirigiu-se até a saída e desabou perto da porta, ferido e sem forças. Dava nisso<br />

usar aquele poder maldito, ele pensou, sentindo o poder esgota-lo cada vez mais.<br />

Murmurou uma cantiga que ouvira quando era criança e até o final dela, o<br />

cavaleiro estava ao normal no chão, a energia negra havia sumido e suas asas se<br />

retraíram antes de terem o mesmo fim.<br />

By-Tor pensou em um bom banho, adoraria estar numa tina e ter Lisandra<br />

esfregando suas costas. Gostava quando ela apertava suas costas com a ponta<br />

dos dedos, era tão gostoso. Sentou-se lentamente e sorriu. Ainda estava vivo, só<br />

estava sujo. Muito sujo. Suspirou e seus olhos fixaram-se na parede a frente e o<br />

cavaleiro começou a contar quantas tábuas foram usadas na construção da<br />

parede. Quando tivesse forças, sairia dali. Talvez devesse sair logo, afinal, aquele<br />

homem poderia voltar... Quarenta cinco até a janela quebrada... Se ele voltasse,<br />

melhor, daria cabo de sua vida de uma só vez. Oitenta e sete até onde seus olhos<br />

enxergavam com certeza.<br />

Piscou lentamente e escutou um som num canto da casa. Sua Runa brilhou e<br />

voltou a queimar com força. By-Tor ergueu-se, usando a parede de apoio e<br />

observou quando uma luz surgiu no ar... Sua mão cansada e ferida desceu até o<br />

cabo da espada e então, ele esperou.<br />

[E esse é o final. Mudei tudo o que tinha e fiz diferente. Nada tem do original, mas<br />

serve ao propósito.<br />

Desculpa de verdade a demora, me enrolei com uma parte do velho enredo e<br />

travou tudo.<br />

Parei onde combinamos, no clarão misterioso. By-Tor está ferido, mas ele ainda é<br />

um cavaleiro e está armado... Boa sorte na continuação]<br />

Uia, comecei uma nova página<br />

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Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jul 6 2007, 03:03 AM<br />

(E lá vamos nós, agora vai!)<br />

"Ainda não sei ao certo como isso aconteceu. Eu achei que tinha entendido aquele<br />

diário do mestre defunto do bardo. Minha memória nunca falhou a ponto de eu<br />

esquecer algo que tivesse lido. Mas de alguma forma, a direção que o tal portal que<br />

eu criei nos enviou foi totalmente errada. Pensei ter definido Geffen...<br />

A única coisa que eu me recordo foi ter aparecido diante de um homem, que olhava<br />

de certa forma assustado com a aparição de duas pessoas no nosso estado na<br />

frente dele. Estava com Sailorcheer em meus braços, mas assim que tentei falar<br />

algo, senti uma fraqueza descomunal, e percebi que a runa em meu braço estava<br />

ardendo como se pegasse fogo. Minha visão foi escurecendo, a medida que meu<br />

corpo tombava no chão, junto com Sailorcheer. Novamente isso? Já não bastou<br />

aquela vez em Geffen? Essa runa deve ser amaldiçoada, não é possível... no<br />

entanto...*"<br />

Fei parou de escrever subitamente em uma folha de papel que ele havia arranjado<br />

naquele lugar onde fora acolhido juntamente com Sailorcheer. O homem entrou<br />

de forma silenciosa para ouvidos humanos, porém Fei facilmente reconheceu sua<br />

presença. O homem sorriu com o canto da boca percebendo que Fei havia<br />

reparado em sua chegada e sentou-se preguiçosamente numa cadeira, ao seu<br />

lado.<br />

Assim que se teleportaram estranhamente para Amatsu, Sailorcheer e Fei<br />

desmaiaram na frente de Cougar Kai, um morador muito antigo e pacato daquela<br />

vila. Kai teve sua atenção inteiramente tomada pela runa de Fei, que brilhava<br />

intensamente assim que o rapaz surgiu em sua frente, com a garota inconsciente<br />

em seus braços.<br />

Um estranho brilho surgiu nos olhos daquele homem quando Fei sucumbiu diante<br />

dele. Rapidamente chamou algumas pessoas para socorrê-los e levá-los até sua<br />

moradia. Lá, ambos receberam os primeiros socorros e Fei acordou horas mais<br />

tarde. Assustou-se a princípio, mas depois que percebeu que Sailorcheer dormia<br />

em outra cama ao seu lado, sentiu-se seguro pela primeira vez desde que fora<br />

raptado por Seth.<br />

- E então? A garota está melhor? - Kai perguntava ao Rúnico, sem demonstrar<br />

muito interesse.<br />

- Err... acho que sim... tirando o fato dela não acordar... - Fei levantou-se,<br />

sentando-se ao lado de onde Sailorcheer estava, e aproveitou para trocar um pano<br />

úmido que repousava em sua testa para conter a febre.<br />

- Hum... estranho... - Kai levantou-se, aproximando-se da mercenária e reparando<br />

em seu estado - o que causou um ferimento tão grave nela? O sacerdote levou<br />

horas para conseguir conter a hemorragia. Que tipo de monstro atacou vocês?<br />

- É... ele realmente era um monstro, mas não desses que vocês devem estar<br />

acostumados por aqui - Fei dizia cada palavra com ódio no olhar e de forma<br />

extremamente agressiva - e ele vai pagar caro quando nos re-encontrarmos pelo<br />

que fez com ela...<br />

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- Hummmmm... você está me dizendo que foi um guerreiro que causou isso? Fazia<br />

muito tempo que não via um ferimento similar a esse... ele deveria estar com uma<br />

arma extremamente poderosa...<br />

- Bah... é óbvio! Aquele maldito elfo usou a minha própria espada para atacá-la!! -<br />

Fei falou sem pensar e Kai demonstrou uma certa surpresa com tal revelação. Se<br />

aproximou da mesa onde Fei escrevia e percebeu a escrita fora dos padrões do<br />

lugar.<br />

- Ora, ora... vejo que temos um conhecedor de línguas aqui. Mas que até agora<br />

não se apresentou para mim... - Kai olhou com curiosidade, reparando que o<br />

rúnico permanecia olhando com culpa para a garota na cama. - Ao menos diga<br />

seu nome para que eu consiga manter um mínimo diálogo com você enquanto<br />

permanecer aqui...<br />

- Se você faz tanta questão assim, meu nome é Fei... e não se preocupe... eu irei<br />

pagar a minha estadia aqui, você não terá prejuízo algum... - o Rúnico respondeu,<br />

de forma seca, não tirando o seu olhar de sua amada.<br />

- Ei, rapaz... relaxa... eu não estou pedindo nada em troca - Kai falou isso<br />

enquanto olhava de forma sutil para Sailorcheer e logo depois para Fei, como se<br />

estivesse o medindo com o olhar - nada mesmo...<br />

Fei olhou na direção de Kai, que desviou o olhar em seguida, caminhando para a<br />

saída do quarto.<br />

- Mas agora, é melhor você e ela descansarem... não se preocupem que estarão<br />

seguros aqui... pedirei para um dos meus empregados lhe trazerem comida...<br />

O Rúnico não teve tempo de responder. Levantou-se, e foi até a porta, reparando<br />

que não havia mais ninguém nos corredores.<br />

"Bah... melhor assim... o que eu menos quero é que alguém fique me torrando a<br />

paciência com perguntas idiotas..." - pensou.<br />

OFF<br />

Bom, só explicando o que houve com o portal que o Fei criou em GH - e que agora<br />

se tornou característica do char pela má caligrafia do Arqueiro Vesgo - toca tirar no<br />

dado sempre que ele for usar isso . O que definiu o destino do portal não foi a<br />

vontade do Fei e sim da runa dele, Raido (essa runa tem a ver com destino ou<br />

caminho a ser seguido).<br />

Ela fez os dois serem teletransportados para um lugar chave na vida do Fei - não<br />

que ele saiba disso, ele nunca sabe de nada... ele só acha que sabe<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jul 6 2007, 03:44 PM<br />

(Com ti num ando )<br />

Fei abriu os olhos e se deparou com um lugar familiar. O calor ameno vindo dos<br />

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raios de Sol, o cheiro que emanava das flores que cobriam o chão até onde a vista<br />

dele alcançava. E uma sensação única de paz que ele sabia que só existia<br />

naquele lugar.<br />

Ainda não tinha reparado que estava estirado no chão, deitado, enquanto percebia<br />

tudo aquilo. Também não reparou que suas roupas agora estavam diferentes das<br />

que usava antes de acordar. Levantou-se ao ouvir outro som que ele conhecia.<br />

Começou a caminhar, na direção dele. Em pouco tempo, após uma subida num<br />

pequeno morro, o Rúnico avistava uma enorme cachoeira no horizonte.<br />

Porém, algo mais lhe chamou a atenção. Reparou em uma pessoa sentada em<br />

uma pedra, próxima à margem do lago que desbocava a cachoeira. Vestia um<br />

vestido branco e tinha longos cabelos azul-claro, que esvoaçavam com a brisa.<br />

Curioso, Fei se aproximou e, ao notar isso, ela se virou, revelando-se a mais bela<br />

elfa que o rapaz já tinha visto, tirando-lhe o ar e a habilidade de falar alguma<br />

coisa. Ela sorriu, mirando-o.<br />

- Eu estava te esperando... - a voz da elfa encantou ainda mais o rapaz, que não<br />

conseguia mais andar, admirando-a - ...parece que você aprendeu rápido o que eu<br />

ensinei...<br />

- E-ensinou? Como assim? - as palavras saíam com uma dificuldade que até<br />

mesmo Fei estranhou - errr... foi... foi você que...<br />

A elfa sorriu com afeto, acenando positivamente. O Rúnico sacudiu a cabeça,<br />

como se tentasse acordar ou pelo menos colocar uma linha de raciocínio mais<br />

clara.<br />

- Mas... quem é você? E como foi que...<br />

Ela se aproximou de Fei, impedindo que ele falasse mais alguma coisa, tocando<br />

sutilmente seus lábios com o dedo indicador. O Rúnico estremeceu com tal<br />

contato, mas havia algo estranho no que sentiu naquele momento. Enquanto ele<br />

tentava se recompor da sensação, ela lhe disse olhando fixamente para seus<br />

olhos.<br />

- Saber quem eu sou ou porquê eu te ajudei não é importante agora. Mais<br />

importante é o motivo que te trouxe aqui... - a elfa saiu da linha de visão do rapaz,<br />

apontando para uma árvore, ao lado de onde estava sentada -... você não vai<br />

deixá-la nesse lugar, vai?<br />

Fei olhou na direção indicada e arregalou os olhos. Sailorcheer estava deitada à<br />

sombra da árvore coberta por um manto claro, com os olhos fechados, como se<br />

dormisse tranquilamente. O Rúnico se aproximou, vagarosamente, e ajoelhou-se<br />

ao seu lado. Reparou que não existiam mais ferimentos no corpo da mercenária, o<br />

que o deixou aliviado por breves instantes. Em seguida, ele a tocou no rosto,<br />

chamando o seu nome. Porém não obteve quaisquer reação por parte da garota.<br />

- Mas... por que...? - Fei virou-se com certa angústia para a elfa que observava a<br />

cena.<br />

- Você não quer que ela acorde aqui, quer? Leve-a de volta... - a elfa sorriu<br />

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ternamente.<br />

Fei trouxe Sailorcheer nos braços, compreendendo o que ela quis dizer. Começou<br />

a caminhar novamente e ouviu um último aviso da elfa antes de desaparecer de<br />

sua vista.<br />

- Ah, e não abuse daquilo que aprendeu, para seu próprio bem...<br />

------------<br />

- Fei...? Fei...? Acorda...<br />

- Hum....? - Fei começou a abrir os olhos lentamente e sentia uma dor de cabeça<br />

que jamais sentira antes, nem quando Claragar falava com ele por meio de<br />

telepatia. - K-Katrina?!<br />

O Rúnico arregalou os olhos reparando que a mercenária havia acordado<br />

finalmente, após mais de quatro dias em sono profundo. Nem tinha percebido que<br />

estava estirado no chão, após ter desmaiado por tentar usar novamente aquela<br />

estranha magia que havia salvado a garota em Glast Heim. Sailorcheer o olhava<br />

com um sorriso fraco, mas que foi o suficiente para causar um alívio imediato no<br />

Rúnico, que a abraçou com força, desatando a chorar.<br />

- Perdão, foi tudo minha culpa...<br />

Enquanto os dois Rúnicos conversavam, não repararam na presença de Kai,<br />

furtivo. Sua expressão parecia a de alguém que havia descoberto o maior tesouro<br />

de sua vida. Saiu do quarto furtivamente e chamou um outro homem, que estava o<br />

aguardando do lado de fora.<br />

- Você precisa enviar uma mensagem para o mestre. Acho que ele vai se<br />

surpreender com a notícia que tenho para lhe dar...<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jul 7 2007, 12:12 AM<br />

(E mais um - acho que estou meio inspirada... isso que dá ficar upando muito...<br />

enjoei de upar e minha inspiração voltou =3)<br />

No dia seguinte, Fei reparou numa movimentação diferente na casa em que<br />

estavam logo que o sol começava a despontar. Ouviu algumas conversas<br />

desconexas, como se alguém tivesse chegado. Virou-se para Sailorcheer que<br />

permanecia num sono profundo e enquanto acariciava suavemente seus cabelos<br />

ruivos, começou a se perguntar quanto tempo mais teriam que ficar numa casa de<br />

um total desconhecido. Mal sabia onde estava na vila, já que desde que chegara,<br />

não havia saído daquele quarto pois não queria deixar a rúnica sozinha. Kai não<br />

parecia perigoso, mas ele também não era um tipo de pessoa que chamaria para<br />

beber uma garrafa de vinho juntos.<br />

Horas mais tarde, Fei ouviu passos. Certamente seria o tal empregado que havia<br />

na casa, que sempre lhes trazia as refeições, desde o primeiro dia que foram<br />

abrigados. Porém, assim que a porta se abriu, era o próprio Kai que lhes trazia o<br />

desjejum, com um pequeno embrulho nas mãos.<br />

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- Ué... hoje é dia de folga do seu empregado, é? Você parece um chefe<br />

bonzinho... - Fei disse, com um certo tom sarcástico na voz. Kai apenas fez um<br />

sorriso discreto e pousou uma bandeja na mesa.<br />

- Isso aqui é para sua companheira... - assim que o fez, jogou o embrulho que<br />

segurava nas mãos de Fei - ... e isso aqui vai ser o meu pagamento...<br />

Fei ergueu uma de suas sombrancelhas, mostrando certo espanto com as<br />

palavras do homem. Sem perguntar o que seria o tal pagamento, abriu o embrulho<br />

e reparou que lá havia uma vestimenta bem diferente das que ele já tinha visto.<br />

- Ahn... como assim "seu pagamento"? E o que diabos é essa roupa?<br />

- É... pensei melhor naquilo que você me disse no primeiro dia que conversamos.<br />

E quero o pagamento pela sua estadia por aqui sim. - ele fez uma pausa,<br />

observando a garota que dormia e novamente fitando Fei -... você irá me mostrar<br />

que tipo de técnica de luta que você usou para ser derrotado de uma maneira<br />

tão... desonrosa assim...<br />

- Desonrosa?! Quem você pensa que eu sou para ficar tirando com minha cara<br />

assim?! - Fei se exaltou com Kai, que não demonstrou qualquer reação.<br />

- Se não é desonroso para um guerreiro chegar da forma como chegou aqui,<br />

fugindo de alguém que você provavelmente teria que derrotar e desmaiando aos<br />

pés de um desconhecido, então o que poderia ser?<br />

Fei ouviu o comentário e perdeu totalmente o controle, partindo para cima de Kai.<br />

Pegando-o pela gola de sua roupa de forma ameaçadora. Kai,apenas olhou para<br />

as mãos de Fei e depois diretamente para seus olhos, de forma a provocá-lo ainda<br />

mais.<br />

- Não, Fei... a idéia não é fazer isso aqui no quarto... podemos acordar a garota e<br />

ela não vai se recuperar adequadamente. Se quiser começar a me pagar, terá que<br />

seguir o que eu disse e numa região mais apropriada.<br />

Fei mordeu o lábio inferior, com ódio. Empurrou Kai e pegou a vestimenta.<br />

- Você quer que eu demonstre minha técnica, né? Ok, valentão... eu preciso<br />

mesmo arrebentar alguém para me distrair um pouco...<br />

Kai apenas riu com o comentário do Rúnico e rumou para fora do quarto.<br />

- Assim que estiver pronto, o meu "empregado" irá mostrar a forma de chegar<br />

numa área mais reservada para "distrações"...<br />

"Qual é o problema desse valentão aí?! Acho que é a primeira vez que uma<br />

pessoa me pede para surrá-la! Mas eu farei isso com prazer... "maneira desonrosa<br />

de chegar aqui", onde já se viu?!" - pensava Fei, colocando a vestimenta que Kai<br />

havia lhe dado.<br />

Horas mais tarde, Sailorcheer acordava com o barulho de algo caindo no chão<br />

diversas vezes e um resmungo de raiva em seguida. Percebeu que Fei não estava<br />

mais no quarto e reparou que a janela ao lado de sua cama estava com a cortina<br />

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aberta. Se apoiou na cabeceira da cama para se erguer e olhar o que acontecia lá<br />

fora. Assim que fez uma rápida observação, reparou em Fei lutando contra Kai,<br />

com espadas de madeira, sendo que o Rúnico sempre levava a pior em todos os<br />

ataques desferidos.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jul 9 2007, 07:52 PM<br />

Sailorcheer tentava compreender a situação assim que percebeu que Fei e Kai<br />

duelavam. Esfregou os olhinhos na mesma hora que Fei caía novamente no chão<br />

após um golpe, gesticulando e xingando Kai.<br />

"Ai que boca mais suja" - a Rúnica pensava, a medida que Fei se levantava,<br />

tirando a poeira da roupa e avançava novamente para cima de Kai. Este, acabara<br />

de reparar que a garota observava o combate e ficou com um riso irônico no rosto.<br />

Assim que Fei chegou perto dele, defendeu facilmente seu ataque e o jogou no<br />

chão novamente com a força de impacto.<br />

Sailorcheer começou a rosnar vendo a cena, e tentou saltar da janela para a parte<br />

externa da casa, porém só o que conseguiu foi cair novamente da cama, gemendo<br />

de dor. Reparou se havia alguma coisa arremessável dentro do quarto e encontra<br />

uma bota. Apoiando-se novamente como pode, a mercenária arremessou o objeto<br />

na direção de Kai, chamando a atenção dele e de Fei, que pararam o combate. A<br />

Rúnica, com um grito tão forte quanto um pulmão perfurado permitiria, berrou:<br />

- Se encostar nele de novo, eu te arrebento!!!<br />

- S-Sailor?! - Fei olhava perplexo - O que diabos você tá fazendo aí?!<br />

- Sei lá, eu acordei e você tava apanhando<br />

- a garota dizia, piscando os olhinhos.<br />

Kai colocou uma das mãos no rosto, indignado. Aproveitando-se da falta de<br />

atenção de Fei, que estava virado na direção de Sailorcheer, deu-lhe um chute<br />

nas costas, o empurrando.<br />

- EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIII - Sailorcheer tentou pular novamente, mas<br />

ainda não conseguiu rosnando com cara de dor.<br />

- Sailor, não faz isso! Eu só estava acertando umas contas com ele.... - Fei dizia,<br />

se aproximando da garota.<br />

- Você tá machucado, seu tonto!<br />

- Na verdade ele está tentando não ser fraco... - Kai dizia, de forma seca.<br />

- Ei!!! Eu nao sou fraco!!! - disse Fei, virando-se para Kai.<br />

- Se você continuar com isso eu vou ter q levantar e ir até aí! - disse Sailorcheer,<br />

muito brava.<br />

- Você não entendeu..... não acredito que ele ainda não te falou - dizia Kai, com<br />

um ar indignado. Fei ficou com uma expressão de dúvida.<br />

- Falou o quê? Eu acabei de acordar! Se ele falou eu não ouvi...<br />

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- Ué... você não sabia que ele está aprendendo a ser um guerreiro... decente?<br />

Achei que ele tivesse te falado...<br />

- Ahn... nao era por isso que a gente tava..... - Fei foi impedido por Kai de falar<br />

algo.<br />

- Ele não precisa disso, ele tem a mim! - disse a garota, revoltada com as palavras<br />

de Kai.<br />

- Você, garota? Você foi igualmente derrotada...<br />

- Fui nada - mostra a língua, enquanto que Fei olhava feio para Kai - eu cumpri<br />

meu<br />

objetivo!<br />

- Ah....... você gosta de apanhar?<br />

- Não tanto quanto você deve gostar - Sailorcheer sorriu com o canto da boca.<br />

- Ei! A conversa era comigo, né??? - Fei empunhou a espada novamente, ao<br />

mesmo tempo que Sailorcheer arremessava a outra bota na cabeça de Kai.<br />

- Bah... você joga uma bota? Isso é alguma arma nova? - Kai colocou uma das<br />

mãos nas costas, enquanto Sailorcheer o provocava.<br />

- Se você não sabe utilizar o que tem à mão como espera ser um professor<br />

decente?<br />

Assim que ela terminou de falar, Fei arregalou os olhos com a movimentação<br />

rápida de Kai, que arremessou um artefato na direção da garota, cravando-o ao<br />

seu lado, na janela. Sailorcheer nem se mexeu.<br />

- ISSO é uma arma... pelo menos ela mata!<br />

Sailorcheer não teve tempo de responder a Kai, devido à um alucinado Fei que<br />

agora o atacava.<br />

- EI, PARA DE ATACAR MINHA GAROTA!!!<br />

Kai saltou para trás, desviando do golpe do Rúnico.<br />

- Ei... pera... "minha garota"? Você não tinha me falado isso antes, Fei... achei que<br />

fossem<br />

apenas dois guerreiros sem outras... pretensões...<br />

- Claro que não! Ele é meu noivo! - Sailorcheer tentou se apoiar no batente da<br />

janela, mas em seguida sentou-se novamente, com dor - Droga, o que foi que<br />

aquele idiota fez comigo?<br />

- Ahn.... Sailor... que tal ficar parada? - Fei dizia, apontando a espada na direção<br />

de Kai - você está um bocado machucada e...<br />

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- Claro q não! Ele tá te batendo! Eu matei aqueles idiotas pra te salvar não pra<br />

outro vir te bater!<br />

- Você foi salvo POR ELA?!?! - Kai abaixou a cabeça, descrente.<br />

- Algum problema com isso? - Sailor rosnava, ao mesmo tempo que Fei se sentia<br />

um pouco sem jeito com o comentário.<br />

- Nenhum... é que normalmente o "cheio de músculos" da relação que deveria ser<br />

o alvo e não o contrário...<br />

O último comentário de Kai enfezou totalmente a garota, que passou a não sentir<br />

mais dor, saltando da janela em sua direção.<br />

- Ah, o senhor machão gosta de salvar garotinhas indefesas, né?<br />

- Não... eu salvo qualquer um que me paguem pra salvar sendo ela garotinhas<br />

bravinhas e sem noção como você ou não.<br />

Fei tentou pular no pescoço de Kai, mas foi impedido imediatamente por<br />

Sailorcheer.<br />

- E você, fique quieto aí!! - a Rúnica falou, furiosa com Fei, que percebeu que ela<br />

não estava mais no quarto.<br />

- Sailor!! Você não deveria estar aqui!!<br />

- Eu nem sei aonde é "aqui"! - muito brava - Mas eu não vou deixar ninguém te<br />

bater!<br />

- Desde quando estou batendo nele? Estou ajudando ele a não ser tão inútil numa<br />

luta! - após esse comentário de Kai, Fei ficou pensativo e começou a entender as<br />

verdadeiras intenções daquele homem para com ele.<br />

- Ele não é inútil! Eu só treino mais que ele... mas ele que traz dinheiro pra casa...<br />

cada um com uma função! Ou você acha que eu deveria ficar em casa cozinhando<br />

e tricotando?<br />

- Pela sua cara e trejeitos... deveria.....<br />

Fei correu para cima de Sailorcheer, segurando a garota, pedindo-lhe para ficar<br />

calma.<br />

- CALMA O CARAMBA!<br />

- Mas o que ele tá falando é verdade!! Digo... - reparando que Sailorcheer ficou<br />

mais furiosa assim com seu comentário - tirando o que ele disse sobre você,<br />

claro...<br />

- Ah... então eu deveria ser uma dona de casa, né? Não basta eu cozinhar e limpar<br />

e treinar, eu<br />

deveria ficar quieta em casa, é isso? - enquanto a garota discutia com Fei, Kai<br />

sentou-se tranquilamente ao lado dos dois, observando a situação.<br />

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- Claro que nao, Sailor!<br />

E me solta! - tentou andar em direção à espada, mas quando reparou que estava<br />

impedida, mordeu um dos braços de Fei, que arregalou os olhos com dor,<br />

soltando-a imediatamente.<br />

- Pelo visto você tá se recuperando rápido.... - Fei dizia, sacudindo o braço<br />

dolorido.<br />

Sailorcheer se aproximou da espada de madeira no chão, tentando manejá-la.<br />

Como não conseguiu, jogou ela de lado.<br />

- Como cazzo vocês conseguem usar isso? Que troço mais desajeitado - Kai<br />

começou a rir, enquanto a garota foi até a janela, arrancando a shuriken que<br />

estava cravada - Tá, isso aqui é mais parecido com uma adaga... - começou a<br />

manejar como uma adaga, e começou a falar baixo e sozinha - Tô meio lenta<br />

ainda...<br />

- Ahn... Sailor? - Fei chamou sua atenção, custando a admitir o que iria falar - O<br />

que ele falou tem o seu fundo de verdade, em relaçao a mim... você quase morreu<br />

por minha causa... e... eu não vou deixar isso acontecer de novo... e ele está me<br />

ajudando nisso...<br />

- Não é a primeira vez que quase morro numa luta... não vou deixar você continuar<br />

a apanhar dele...<br />

Apesar dos apelos de Fei, Sailorcheer começou a fazer vários testes de<br />

movimentação. Começou a saltar e escalar até mesmo as árvores que lá tinham,<br />

aparentemente não sentindo dor alguma. Assim que saltou da árvore para o chão,<br />

porém, encolheu de dor. Kai se aproximou dela, oferecendo-lhe uma poção para<br />

beber.<br />

- Beba isso antes que todas as noites que esse daí passou em claro não valham<br />

de nada...<br />

- Obrigada, mas já abusamos demais da sua hospitalidade... não posso aceitar<br />

mais do que já fez...<br />

- Bom.... se você acha que pode se defender e a ele - dá uma risadinha qdo diz -<br />

então... seria fácil me derrotar, não?<br />

- O que diabos vc tá querendo fazer com ela?! - Fei não gostou do comentário de<br />

Kai.<br />

- Ué... apenas ver se ela se recuperou totalmente...<br />

(Continua....)<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jul 19 2007, 12:47 PM<br />

- Tem horas que bater em retirada é tão eficaz quanto atacar... aliás, não testei<br />

isso ainda...<br />

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Kai reparou que Sailorcheer continuava perdida em pensamentos testando suas<br />

habilidades. Assim que ela ficou furtiva novamente, aproveitou-se da situação<br />

dando um empurrão em Fei, jogando-o no chão e desaparecendo dos olhares dos<br />

dois.<br />

- E você fica aí! - falou de forma áspera Kai, direcionando-se para Fei. Ele,<br />

estranhando a situação, reparou que não conseguia mais se mexer. Algo o prendia<br />

no chão.<br />

- Mas o que...?<br />

Sailorcheer, distraída e indo em direção a mesma àrvore que tinha escalado há<br />

poucos instantes, percebeu uma nuvem de poeira se erguendo à sua frente.<br />

"Ah, fala sério..." - pensava a garota, quando percebeu a voz de Kai, próxima a<br />

ela.<br />

- Você tem certeza que consegue ser tão furtiva assim?<br />

- Eu também estou vendo suas pegadas!<br />

- É... mas não está vendo aquilo... - Kai reapareceu diante de Sailorcheer e<br />

apontou na direção de Fei que estava com uma espada apontada para o pescoço,<br />

enquanto era preso pelos braços por outro ninja.<br />

Sailorcheer saiu de sua forma furtiva, arremessando a shuriken que tinha pego<br />

anteriormente entre os pés do homem que portava a espada. Este, apenas<br />

observou a shuriken cravada no chão, não demonstrando qualquer reação de<br />

surpresa.<br />

- Pelo visto, não podemos confiar em você mesmo - disse a garota, muito brava.<br />

- Você mesma disse que queria se testar, não? Estou a ajudando a fazer isso... -<br />

dizia com certa ironia na voz, Kai.<br />

Sailorcheer não teve muito tempo para discutir com aquele homem. Uma nova<br />

nuvem de poeira se formou no ar e Kai sumiu da vista da garota novamente.<br />

Sailorcheer saltou para trás, entrando em furtividade novamente e correndo atrás<br />

de uma árvore. Nesse momento, Kai gritou.<br />

- Não arremessem nada nela!!<br />

- Mas... - eis que o rapaz que "ameaçava" Fei com uma lâmina no pescoço<br />

interrompeu - já poderíamos ter matado o Fei, né? - o Rúnico concordou<br />

mentalmente, não esboçando qualquer reação. Já estava ciente que Kai estava<br />

tentando impedir Sailorcheer de sair daquele lugar no estado que se encontrava.<br />

- Ótimo... podem matá-lo então... - Kai disse, com firmeza na voz. Fei arregalou os<br />

olhos, mas não teve tempo de responder nada, sendo arremessado de boca no<br />

chão. No meio dessa conversa, ninguém havia percebido a rúnica, que já havia<br />

escalado o telhado e assim que viu Fei ser atacado, arremessou um ninho de<br />

passarinho vazio que estava por lá.<br />

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Isso fez o homem que ameaçava Fei com sua espada olhar para o alto, porém não<br />

teve tempo de esboçar muita reação quando viu a assassina pular em cima dele,<br />

com agressividade. Kai reapareceu, arremessando diversas shurikens na direção<br />

da garota, sem a intenção de acertá-la novamente. Apesar desse cuidado,<br />

Sailorcheer não teve dó ao buscar duas das shurikens fincadas na parede e<br />

usá-las como adaga, golpeando o rapaz que prendia Fei no peito. O homem caiu<br />

no chão, gritando de dor, e a garota ficou em posição defensiva, após cuspir um<br />

pouco de sangue no chão.<br />

Kai, reparando no seu discípulo no chão, fez um sinal para que mais 10 deles<br />

saíssem de seus esconderijos. Todos eles se ajoelharam, esperando palavras de<br />

ordem de Kai. Ao mesmo tempo, Fei levantou, indignado com o que Sailorcheer<br />

acabara de fazer.<br />

- O que você tá fazendo, Sailor?! Você quer se matar, é isso?!<br />

- Não vou deixar eles te machucarem - a garota dizia, com ódio no olhar.<br />

- Ele não vão fazer isso, Sailor... não há motivo para eles fazerem isso...<br />

- Aquela espada no seu pescoço me pareceu bem real!<br />

- Se eles quisessem, teriam nos matado assim que chegamos aqui!<br />

- Como vou saber, Fei? Não sei o que eles querem! Ele não estava se fazendo de<br />

seu amiguinho até<br />

agora?<br />

Fei percebeu que não iria convencer Sailorcheer de que até aquele momento<br />

estava sendo testada por Kai. Ele mesmo demorou a perceber que havia sido<br />

também, horas atrás. Kai, calmamente, se aproximou da dupla, não se importando<br />

muito com o estado da rúnica.<br />

- O que ele disse é verdade. Se eu quisesse, os teria largado em Amatsu quando<br />

chegaram inconscientes para apodrecerem, ao invés de terem trazido aqui para<br />

que se recuperassem...<br />

- Para depois bater no Fei e apontar uma espada no pescoço dele? - Sailorcheer<br />

mantinha sua postura defensiva, assim como seu olhar extremamente bravo.<br />

- Vocês acham que vão conseguir mesmo enfrentar esses inimigos que atacaram<br />

vocês nas condições em que vocês se encontram? - Kai olhou atentamente para o<br />

braço de Fei onde sua runa estava marcada e para o anel no dedo de Sailorcheer<br />

- Vocês acham que como Rúnicos conseguirão viver em paz?<br />

- E por que não conseguiríamos? Eu tenho minha casa... minha família... é tudo q<br />

eu preciso!<br />

- É muito bom você pensar assim... de qualquer forma... se quiserem sair daqui...<br />

vão! Se forem atacados na primeira esquina, não iremos mais nos importar com<br />

vocês. - Kai disse, suspirando - só que pelo menos cuide de seu ferimento antes...<br />

pelo menos pra não sujar o chão por aí...<br />

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- Não seja por isso! - Sailorcheer rasgou um pedaço da própria roupa, envolvendo<br />

o seu ferimento na barriga, que começava a sangrar novamente. Fei só a<br />

observava, com um olhar indignado.<br />

- Se não confia em mim, por que não me mata então? - Kai provocou a garota, que<br />

respondeu brava.<br />

- Não é da sua conta!! - e pensou - "Se eu conseguisse, faria isso...!"<br />

Fei colocou uma das mãos no ombro de Sailorcheer, tentando acalmá-la. Ele<br />

percebia que, apesar dela estar tentando se fazer de forte para Kai, ela tinha uma<br />

expressão de dor.<br />

- Eu não vou deixar ele chegar perto de você de novo, Fei...<br />

- Eu sei que não... mas se continuar assim, vai me deixar sozinho...<br />

Kai deu um suspiro profundo, acenando negativamente com a cabeça, enquanto<br />

deixava os dois a sós. Não sem antes avisar que assim que decidissem sair dali, o<br />

avisassem. Após uma discussão breve com Sailorcheer, Fei pediu para que ela<br />

confiasse na decisão dele de permanecer naquele lugar até que ela se<br />

recuperasse por completo. Ela, desistindo de contrariar o rapaz pela fraqueza que<br />

sentia, apenas concordou, emburrada. Jogou as shurikens que estava usando<br />

havia pouco no chão e caiu sentada, esgotada e com dor.<br />

- Faça como quiser, então... mas se ele te machucar de novo não respondo por<br />

mim.<br />

- Bah, Sailor... você não percebeu até agora que ele está simplesmente nos<br />

testando? Ele não quer nos matar, nem nada assim. Olha como você está agora...<br />

- Fei trazia Sailorcheer para seu colo, ainda tentando acalmá-la.<br />

- Tô viva, tô acordada, tô falando... é o que importa.<br />

- Não... não é o que importa... como você acha q eu me sinto com você assim?!<br />

- Vivo?<br />

- Não... eu me sinto CULPADO! Por não ter feito nada pra impedir isso! - o rúnico<br />

falou com raiva.<br />

- Como não? Você que me tirou de lá, não foi? Se não fosse isso, estaríamos os<br />

dois mortos...<br />

- Mas isso só aconteceu porque eu fui atacado antes... e se eu tivesse treinado o<br />

suficiente isso nao teria acontecido.<br />

- Se você começar a treinar... vai ficar longe de mim - Sailorcheer dizia, fazendo<br />

beicinho e com tristeza no olhar.<br />

- Claro que não, Sailor! Iremos treinar juntos! - Fei, em seguida, pensou numa<br />

forma melhor de convencê-la e "apelou" - Ahhh... já sei! Você não quer que eu<br />

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treine porque assim mostrarei que sou bem mais forte e talentoso que você com<br />

suas adaguinhas aí - o rapaz dizia com um certo tom de deboche para a garota<br />

que retrucou, mostrando a língua.<br />

- Eu ganho de você mesmo machucada!<br />

- E eu duvido!<br />

Assim que Fei fez o último comentário, a garota tentou se levantar, depois da<br />

provocação.<br />

- Então vamos fazer isso! - disse com convicção Sailorcheer - Se eu ganhar de<br />

você, a gente volta pra casa!<br />

Fei imediatamente agarrou sua noiva, dando-lhe um beijo que tirou sua respiração<br />

e concentração. O rapaz, sorriu maldosamente e falou, ao perceber que conseguiu<br />

travá-la com sua ação.<br />

- Ganhei?<br />

- Na casa dos outros não, Fei! - disse com uma voz quase imperceptível<br />

Sailorcheer, após se recuperar do susto - O que vão pensar da gente?<br />

Fei, ainda rindo, trouxe a garota que ainda fazia cara de birra para seus braços.<br />

- Ótimo... então, enquanto você não me vencer, não saímos daqui, que tal?<br />

- Cuidado, isso dói!! - Sailorcheer reclamava da forma como Fei a carregava, não<br />

prestando muita atenção na sua pergunta.<br />

OFF<br />

Pronto. Desculpem a demora =3<br />

Logo terminamos... Sigfried, Galgaris... chegou a vez de vocês!<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Jul 21 2007, 06:08 PM<br />

Lentamente, Seth despertou. Estava cansado, e aos poucos tentava relembrar<br />

mentalmente o ocorrido: “Aquele vira-lata preso, a humana veio salvá-lo... os<br />

mortos-vivos. Ela me atacou... ela me atacou? Há, impossível! Só pode ter sido um<br />

sonho infeliz...”<br />

O Elfo tentou se levantar. Não sentiu dores, mas percebeu que seus pulsos<br />

estavam acorrentados, e a parte superior de suas vestes, rasgadas. Ao se sentar,<br />

percebeu que seus curtos grilhões o prendiam à uma parede rochosa e úmida e<br />

apenas um lampião fraco iluminava suas proximidades.<br />

“Mas o que? Estou preso? Não sinto nada, então realmente ninguém me feriu...<br />

mas porque estou preso? Onde está a Espada!?!” – Seth olhou para os lados<br />

procurando qualquer vestígio da espada que roubara de Fei Ackhart, mas tudo o<br />

que via eram paredes rochosas de uma caverna, a qual ele não conseguia<br />

distinguir o tamanho devido a pouca luz.<br />

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“Eu estava com a Espada!! Eu tenho certeza!! Ela estava comigo depois de eu<br />

eliminar aquela humana desprezível. Eu carregava ela e... Ghull-Garuth!! Ghull-<br />

Garuth apareceu e....”<br />

- Finalmente acordou, Seth. – Disse alguém, interrompendo os pensamentos do<br />

Elfo.<br />

- Ghull-Garuth! – disse Seth, com ódio - Onde está minha Espada?<br />

- É bom saber que ainda tem forças pra resistir a ferimentos e castigos. Talvez<br />

assim você se lembre quem é seu mestre e a quem você deve respeito...<br />

- ONDE ESTÁ MINHA ESPADA???<br />

- ... pois assim, talvez, eu te aceite como meu discípulo novamente, e mantenha<br />

você vivo e bem, ao invés de torturá-lo pela eternidade.<br />

- ONDE... ESTÁ... MINHA ESPADA!!! – Seth gritava furiosamente, apesar da<br />

indiferença com que o ser a sua frente falava. Ele virou os olhos amarelados para<br />

o elfo acorrentado e falou:<br />

- Me chame de Galgaris. É esse o nome que uso hoje. E quanto aquela Espada<br />

que você tanto quer, ela ficou para trás. Era você ou ela.<br />

- O QUÊ?? – Seth fechou os olhos com força, como se tentasse reprimir a<br />

frustração e a raiva – SEU IDIOTA!! EU CRIEI UM PLANO INFALÍVEL PARA<br />

PEGAR A ESPADA, E AGORA VOCÊ ME FEZ PERDÊ-LA!! NÃO DEVIA TÊ-LA<br />

LARGADO LÁ!! POR SUA CULPA NOVAMENTE, MEUS PLANOS FORAM<br />

DESTRUÍDOS!!!<br />

- Quieto, seu tolo. – Galgaris olhou-o com sua face sem expressão, mas o brilho<br />

suave em seu olhar, perceptível apenas naquela escuridão, indicavam que ele não<br />

estava gostando do linguajar de Seth. – Se você é tão inteligente, pense... Se eu<br />

pegasse a espada, eu te deixaria para trás. Se eu te deixasse para trás, você seria<br />

morto pelos aliados de Ackhart, não teria a espada, nem outra chance de<br />

recuperá-la. Como eu escolhi trazer você, você está vivo, e terá outra chance...<br />

Seth tentou conter sua raiva, mas sabia que de certa forma o que Galgaris falou<br />

tinha sentido. Ou não? Ele teria mudado sua memória? Teria colocado que ele<br />

estava ferido e está usando isso para manipulá-lo? Era bem a cara dele!<br />

- Você está mentindo! Eu não fui ferido por uma humana ridícula, como você me<br />

fez acreditar! Você está tentando me enganar! Vai ter que fazer melhor que isso,<br />

Ghull-Garuth! Eu conheço seus truques!!<br />

-... Então vai me dizer que a cicatriz em suas costas também fui eu quem fiz?<br />

- Cicatriz? Não há cicatriz em minhas costas! Eu nunca fui...<br />

- Sim, você foi ferido pela “humana”. Neste momento você não tem como perceber<br />

as cicatrizes que o ritual de cura profana deixou, mas ela é bem visível... acredito<br />

que pela profundidade do ferimento, você deve estar com alguma dificuldade de<br />

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respirar...<br />

“Ritual de Cura Profana” – pensou Seth – “Há! Não é possível que eu tenha<br />

passado por isso... ele só está querendo me enganar! Aquela humana nunca me<br />

acertou e eu nunca iria precisar de uma cura desse tipo...” – o Elfo lembrou-se de<br />

dores horríveis sentidas recentemente... ele foi submetido ao ritual! Flashes<br />

passaram em sua mente.<br />

- Você está quieto... se lembrou de algo? – disse Galgaris, esperando uma<br />

afirmativa.<br />

- Como..... vou saber que você não está montando tudo isso na minha memória?<br />

- Você não tem opção. Além do mais, quando eu traí você? Você, entretanto...<br />

Seth manteve-se em silêncio um pouco, e pensou. Realmente não havia muitas<br />

opções. Era isso ou lutar, que parecia muito tentador neste momento. Galgaris<br />

estava uns oito passos dele, e não usaria sua espada numa distância dessas.<br />

“Posso usar feitiços para mantê-lo longe, abrir caminho dessa forma, e com seus<br />

poderes neutralizar os rituais de defesa de Galgaris. Treinei muito ao longo dos<br />

séculos e estou muito poderoso. Provavelmente devo estar mais forte que o<br />

próprio Galgaris!!” – pensava Seth, sorrindo levemente ao traçar seu plano.<br />

- Está bem Galgaris... – disse Seth, colocando-se de pé. – Eu acredito em você.<br />

Agora solte-me, para que possamos fazer um plano para recuperar minha espada<br />

e acabar com os Rúnicos...<br />

- Quem disse que vou soltá-lo? – respondeu Galgaris, dando um passo mais a<br />

frente, tornando-se mais visível e mostrando ter uma superfície reflexiva a mão. –<br />

eu disse que queria você como meu aprendiz novamente, mas não disse qual<br />

seria seu castigo por traição...<br />

- Hã? Como assim? Do que está falando?<br />

Galgaris jogou-lhe um quadrado de bronze polido, um pouco maior que mão<br />

grande, e aumentou a chama do lampião. Seth olhou-se naquele pequeno<br />

espelho e viu-se inteiramente recortado.<br />

- NÃO! Meu rosto! Minhas orelhas! O que você fez com elas? ONDE ESTÃO<br />

MINHAS ORELHAS?<br />

- Estão aí, só que mais curtas... Além de punir sua face, te deixei mais parecido<br />

com um humano, que você tanto “adora”.<br />

Seth ficou num breve momento de choque, e respondeu confiante:<br />

- Eu te conheço Ghull-Garuth! – E pronunciou um feitiço. Ao final do feitiço, Seth<br />

olhou-se novamente no espelho, e viu que continuava deformado.- NÃÃÃÃÃO!!<br />

Não pode ser! NÃO PODE SER! Você usaria um ritual de ilusão, pra me torturar,<br />

mas não faria isso de verdade! Não DEVERIA fazer isso! PORQUE VOCÊ FEZ<br />

ISSO?? VOCÊ ME DESTRUIU! SEU MONSTRO!! MALDITO!! ~*<br />

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- Vá se acostumando... - disse Galgaris, se afastando lentamente e sumindo nas<br />

sombras da caverna.<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Jul 29 2007, 06:24 PM<br />

[ON]<br />

Após falhar em procurar vestígios dos Guerreiros rúnicos em Geffen, Galgaris saía<br />

da cidade pelo portão oeste, ao entardecer. A ponte estava vazia, exceto por um<br />

jovem, que ao passar perto dele, virou-se rápido e entusiasmado:<br />

-Senhor! Senhor! Eu cheguei!! Finalmente eu cheguei! - disse o jovem<br />

alegremente<br />

Galgaris olhou o jovem de cima a baixo. Vestia uma armadura de madeira velha e<br />

carregava em sua cinta uma espada, aparentemente comum. Seu olhar vibrante e<br />

feições rosavas indicavam que ainda não era um adulto, porém... tinha a aura de<br />

Rúnico!! Provavelmente, o rapaz foi capaz de perceber a sua tênue aura também.<br />

Era um rapaz bastante "sintonisado".<br />

- Senhor, finalmente os encontrei! - continuava ele - Os Guerreiros Rúnicos de<br />

meus sonhos! Não pensei que seria tão fácil encontrá-los e...<br />

- Acalme-se meu jovem - disse Galgaris com sutileza - não fale tão alto... nós, os<br />

Guerreiros Rúnicos, não devemos chamar a atenção. Temos muitos inimigos, e<br />

nunca sabemos quando um pode estar à nossa espreita.<br />

- OH! - disse o garoto, entendendo a cautela - Desculpe, senhor! Eu poderia estar<br />

nos colocando em perigo!!<br />

- Talvez possamos já estar. Logo, é melhor irmos para nosso esconderijo. Venha,<br />

ele se localiza um pouco longe daqui. - Galgaris conduziu o garoto por meio da<br />

floresta em direção à Glast Helm - me diga, jovem.. qual o seu nome e runa?<br />

- Meu nome é Josué! Venho de um vilarejo bem ao sul de Alberta. Nos meus<br />

sonhos, eu vejo uma runa que se apresentou pra mim como Wunjo. Pelo que<br />

entendi, ela representa conforto, prazer, sociedade e recompensa espiritual! Muito<br />

legal!!<br />

- Hmmm... vejo que já sabe muito! - disse Galgaris, com interesse - Você já sabe<br />

algum encantamento? Algum amuleto?<br />

- Ainda não, senhor! Eu tentei conversar com a minha runa, mas ela só fala<br />

comigo em sonhos.... mas sabia que devia vir pra Geffen. Aliás, porque não<br />

estamos indo pra lá? - disse o jovem, vendo Geffen ficar pra trás.<br />

- Apenas alguns dos nossos ficam em Geffen. Certamente as runas te indicaram o<br />

lugar mais provável para que te achássemos... e achamos.- Galgaris forçou um<br />

sorriu, tentando parecer amigavel. Josué, empolgado com o encontro, nem se<br />

incomodou com a estranhesa do morto-vivo.<br />

---------------------<br />

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Após andarem por muito tempo, os dois "Rúnicos" chegaram a uma encosta, onde<br />

o gramado alto era envolvido por neblina e a copa das árvores tampavam a<br />

luminosidade, tornando o ambiente sombrio e com pouca visibilidade.<br />

- S-senhor... como sabe aonde estamos indo? - perguntou o garoto, um pouco<br />

temeroso.<br />

- Sabendo, meu caro. Você não sente o poder rúnico no ar? Ele indica o<br />

caminho...<br />

- Ah, sim, claro!! Agora que você falou... - disse Josué, embora não sentisse nada<br />

- A propósito, senhor, qual seu nome?<br />

- Me chame de Galgaris. Eu avalio a capacidade dos Rúnicos e o que eles sabem.<br />

- Noooooosssaaa! que legal. Você acha que eu sou forte?<br />

- Aparentemente é, mas seus equipamentos são ruins... - disse Galgaris,<br />

apontando ao garoto uma entrada escondida nas pedras - Venha!<br />

- São ruins? - O garoto entrou na caverna após Galgaris. A passagem ficou muito<br />

escura, e Galgaris, com alguns gestos e palavras, encantou uma pequena pedra<br />

com luz. O garoto viu então inúmeros rituais incrustados nas rochas das paredes,<br />

e quanto mais adentrava por aqueles corredores, mais cansado ficava, dando a<br />

impressão que o peso do mundo estava em suas costas. - nossa.. o que está<br />

acontecendo? - reclamou ele.<br />

- Encantamentos de defesa... há muitos outros, mas como você está comigo não<br />

terá problemas, então não se preocupe. Me entregue essa sua espada velha.<br />

Providenciarei outra pra você assim que chegarmos no esconderijo.<br />

- Sim, sim... - o garoto entregou sua espada sem pestanejar. Sua mente queria<br />

apagar e mal aguentava andar de tanto peso que sentia. Galgaris parecia<br />

indiferente a toda aquela opressão. - Galgaris... porque.. você... não sofre nada?<br />

ai...<br />

- Eu estou protegido por itens. - mentiu Galgaris. As magias não o afetavam por<br />

ser o próprio evocador delas - Você receberá os seus assim que chegarmos.. vá<br />

com calma. - e arremessou a espada em meio a escuridão.<br />

Depois de muito andarem naquelas cavernas escuras e úmidas, Galgaris e Josué<br />

finalmente chegaram à um alargamento da caverna com tochas e luminosidade.<br />

Mesas e estantes repletas de pergaminhos decoravam-no. Numa das mesas havia<br />

um estudioso ruivo, de cabelos compridos, que lia atentamente um destes<br />

pergaminhos, que ao perceber a entrada de DUAS pessoas na saleta, olhou<br />

assustado para a entrada.<br />

- Mestre Galgaris! - disse o estudioso, com uma breve reverência com a cabeça -<br />

Quem é ele? - apontando para Josué.<br />

- Ele é um novo Rúnico, Passadina. Ainda não encontrou nenhum dos outros, e eu<br />

o trouxe aqui para tomarmos os devidos cuidados. - Respondeu Galgaris, com um<br />

ar severo.<br />

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- Ah, entendi, mestre! - sorriu Passadina.<br />

- Josué, este é Passadina Jones. Um dos nossos. Em breve você terá a chance de<br />

conhecer outros Rúnicos.<br />

- Muito prazer, Passadina! - disso o empolgado garoto, apesar de ainda estar<br />

cansado.<br />

- Mestre, quer que eu providencie alguma coisa? - disse Passadina.<br />

- Um daqueles panos. Um grande. - respondeu Galgaris,enquanto tirava a espada<br />

Abismo do ritual dedicado em seu corpo. - Veja Josué! Disse ele, chamando a<br />

atenção do garoto - Está é a Espada de um campeão. O que acha dela?<br />

Josué ficou boquiaberto. A espada de lâmina negra possuia um aspecto entrópico,<br />

mas parecia muito poderosa. Ela despertava tanto medo como admiração.<br />

- Senhor, esta espada será minha? - perguntou ele, fascinado.<br />

- Sim, após sua nomeação... - disse Galgaris, enquanto Passadina estendia uma<br />

espécie de lençol rubro no chão. - Venha! Ajoelhe-se, Wunjo!<br />

O Garoto ajoelhou-se sobre o lençol afoito. Finalmente seria um Rúnico de<br />

verdade!!<br />

- Pelos poderes à mim concedidos, executarei a tarefa que me cabe... - disse<br />

Galgaris, colocando a pesada lâmina da espada sobre o ombro esquerdo de<br />

Josué. As chamas azuladas desta começaram a tremular e um frio enorme<br />

percorreu o corpo do garoto - Quero que você, Josué, não se esqueça do que<br />

aprenderá hoje.<br />

- Sim, mestre Galgaris!! - disse o garoto, de cabeça baixa e ajoelhado, quase em<br />

extase.<br />

- Não seja tão tolo da próxima vez. - Galgaris girou a Espada rapidamente,<br />

decapitando o garoto. Antes do corpo atingir o chão, Galgaris já chamava seu<br />

aprendiz - Passadina, veja.... assim se formam as runas na espada Abismo.<br />

Passadina olhava atentamente a Runa Wunjo formando-se na lâmina, quando<br />

Galgaris recolheu a espada novamente e ordenou:<br />

- Enrole e jogue no fosso. Eles nem darão falta deste. Depois quero conversar<br />

sobre seu tal encontro com o Rúnico. - Galgaris deu-lhe as costas e saiu pelos<br />

corredores da caverna novamente, indo rever seu velho aprendiz aprisionado.<br />

[fim]<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jul 29 2007, 10:57 PM<br />

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- Então voxê desxeu lá, hein, elfa... - um homem se aproximava de surpresa de<br />

uma elfa de longos cabelos azuis, que ficava observando o horizonte, num campo<br />

florido.<br />

- Ahn... desci sim, Vesgo...<br />

- Eu entendo shua preocupaxão.... mas tome cuidado. Se xouberem que você<br />

interferiu com os vivosh...<br />

- Bem... o seu discípulo maluco interfere até no mundo dos mortos, acho que<br />

posso fazer exceções tb u.u<br />

- Shim, shim, é claro... eu não me importo com isho, e acredito que elesh<br />

preshizam de nosha ajuda... aquela beshta do seu filho não lê o diário! Há váriash<br />

coijas para aprender lá! Coisas que a beshta do meu dishcipulo não aprendeu...<br />

- O meu filho teve que enfrentar uma horda de inimigos e vc quer q ele fique lendo<br />

suas descrições de caligrafia terrível? - a elfa olhou feio para o arqueiro - aliás, por<br />

esse motivo q ele acabou em Amatsu, olha só...<br />

- Hmmm... - o arqueiro deu uma "pescoçada" para onde ela estava apontando -<br />

ele está no caminho sherto, oras!<br />

- Não sei se o caminho dele está tão certo assim... ainda mais tendo contato com<br />

aqueles homens... - suspirou, desanimada - ele não vai querer saber de continuar<br />

o aprendizado da cura Rúnica assim...<br />

- Ele vai she encontrar com a outra parte da familia, minha cara Alesshea... Isho<br />

shignifica aprendizado. Quanto maish ele aprender, maish condishões ele terá<br />

para enfrentar Ghull-Garuth... aliásh... voshê encontrou-she com ele?<br />

- Com Ghul Garuth? - Alessëa estranhou a pergunta.<br />

- Shim, shua beshta. Quem voshe acha que me matou? O Papai Noel? - dá um<br />

pedala na elfa.<br />

- Por que eu o encontraria, seu... vesgo?<br />

- Não shei... já que voshê dessheu até lá, haveria grandes chanshes de<br />

encontrá-lo...<br />

- O que eu reparei é que todos os Rúnicos estão numa grande ameaça por ele ter<br />

ressurgido... vc deveria ter alertado eles antes...<br />

- Eu iria alertar elesh DURANTE... mash não deu sherto<br />

- Aquele seu diário tem algo sobre o que houve com a gente pelo menos?<br />

- Hmmm não lembro....<br />

- Infelizmente mais uma runa está de posse do Gull Garuth agora... e isso nao vai<br />

ser bom... acho que... seria bom começarmos a interferir mais no mundo deles,<br />

caso contrário.......<br />

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- Não... Ghull Garuth não está podendo ujar todosh osh sheus poderesh no<br />

mundo fíjico, e eshtá bem maish fraco... porém... eshtá muito maish eshperto e<br />

calculishta o perigo de interferirmos é encontrarmosh ele...<br />

- Então... a gente só vai ficar olhando ele matar Rúnicos, um a um? Eles mal<br />

sabem por que são Rúnicos...<br />

- Claro que não, shua beshta1 eu disshe pra não encontrarmosh... não 'não<br />

interferir" ... porém, isso deve ser um shegredo!<br />

- Mas... o Fei nem sabe quem eu sou, nao tem problema de me encontrar...<br />

- O que voshê shugere?<br />

- Hum... temos que arrumar uma forma de interferir... já impedi que Dagaz viesse<br />

para nosso lado..<br />

- Dagash também aprenderá muito com o cumpadre de sheu esposo - o arqueiro<br />

acenava positivamente - mash she ela mantiver esha poshtura impulshiva frente ao<br />

Ghull garuth, ela morrerá shem ajudar os Rúnicosh...<br />

- Mas... infelizmente aquela garota peca de ter a ingenuidade de uma criança de 5<br />

anos... - Alessëa dizia, olhando para o alto, como se não acreditasse.<br />

- Por isho meu dishcipulo eshtá entre eles... ele é mais shafado quem 100<br />

homensh!<br />

- Ela pode ser facilmente persuadida pelo Ghull Garuth... é só... arrumar um<br />

bichinho de pelúcia novo pra ela... - e pensou - "ai, cada uma que meu filho<br />

arruma... só pode ter sido o gene humano do pai dele..."<br />

- Isho é um problema...o pobre Jojué era como ela...<br />

- Eu não sei como ELA ainda está viva... aliás, sei bem... culpa daquele parente<br />

estranho dela.. que por sinal, está com a posse da espada que deixei de herança<br />

pro Fei...<br />

- Aquele homem pode sher a shalvação delesh... por enquanto. Antes com ele do<br />

que com sheu irmão!<br />

- Eu realmente espero que seja a salvação, vesgo... porque ele não aparenta<br />

gostar muito do Fei... e se ele quiser brincar com aquela espada... sabe... mentes<br />

fracas como a dele seriam facilmente dominadas...<br />

- Shim, ele é muito perigoso... mas como eu dishe, she a espada estiveshe com<br />

Seth, teríamosh o dobro de problemash. Num confronto direto, Ghull-garuth deve<br />

vencer Seth, memso com a eshpada, mas não digo o meshmo daquele homem. O<br />

grande problema é que Seth está novamente sob custódia do monstro<br />

- E é facilmente manipulável... meu irmão é um imprestável mesmo...<br />

- Aliás, esha é outra ameaça! Ele já posshui dois aliadosh...<br />

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- O problema é que mais runas negras estao sendo despertadas... sinto a<br />

presença de pelo menos duas... mas... ainda não sei quais são...<br />

- Eles são disshimuladosh, os malditosh!! E colocaram os Guerreirosh Rúnicosh<br />

em perigo. O cumpadre de Fei foi atacado.<br />

- Aliás... que diabos foi aquele poder emanado do By-Tor? Não sabia que Othala<br />

possuia tal força... ou será que não é da runa dele?<br />

- Aquilo não me pareshe Othala... acho que não... pareshe um poder pesshoal.<br />

ele não é de rune Midgard, é?<br />

- Não... ele veio daquelas terras estranhas onde o Fei veio...<br />

- Talvesh nash terrash dele todosh sejam asshim... ele me pareshe perturbado<br />

com o ocorrido. ele pode sher tão inshtável quanto o parente da Dagash<br />

- Deuses... esses novos Rúnicos são todos problemáticos...................<br />

- Shim... realmente, asho que shó shurgiram por neshecidade absoluta!<br />

- O que o meu filho está fazendo no meio deles? - Alessëa não se conformava.<br />

- Sheu filho é o mais tapado de todosh e voshê tenta protegê-lo ainda? Malditos<br />

shejam exes elfos que não ganham shabedoria com a idade! A shabedoria deve vir<br />

com a velhice, e não com a idade por issho os elfos não ficam shábios!<br />

- Ei!! Meu filho aprendeu até a curar facilmente... não é igual o seu discípulo que<br />

demorou anos e ainda não sabe nem acertar uma flecha no lugar certo!!<br />

- Voshê chama aquilo de cura? Se eu cuspisshe na Dagaz eu teria curado mais<br />

que ele! Lembra-se de nossho curandeiro, o outro Algiz? Ele quase trajia pessoas<br />

mortash a vida! aquilo é curar! - o arqueiro deu uma pausa e suspirou - e o<br />

Claragar... bem.. ele realmente não aprendeu nada... - girando os polegares e<br />

olhando pra cima - porém ele estava lá quando seu filho precisou!<br />

- Ele aprendeu a ser um lider bom... líderes sempre morrem - ironizou a elfa -<br />

nisso ele tem vantagem...<br />

- Shim... Ansuz teria uma diarréia she shoubesshe que o maish apto a sher um<br />

"líder" é um bardo que mal shabe amarrar osh shapatos... - imaginando o Claragar<br />

erguendo o banjo para o alto no campo de batalha e gritando "Rúnicos! em<br />

formação!". Em seguida, põe as mãos no rosto e lamenta.<br />

- O grande problema é... eles são os guerreiros que temos agora... e se não forem<br />

eles que enfrentarão e deterão Ghull Garuth... ninguém mais vai.. e infelizmente...<br />

eles não sabem quem ele é...<br />

- Shó podemosh prepará-los pro que vai vir.... influenshie os shonhos de sheu<br />

filho pra ele ler o diário e ENSHINAR osh outrosh que shão um bando de<br />

deshnorteadosh<br />

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- Sim... farei isso... ao menos Dagaz já aprendeu a escrita rúnica...<br />

- Shim, isho é um ótimo iníshio...<br />

- Mas... agora a pergunta que fica é: quais são os planos futuros de Ghull Garuth?<br />

- Shó o tempo dirá...<br />

OFF<br />

Wahá! Vocês pensavam que estavam livres do Arqueiro Vesgo?<br />

Apresentamos dois Rúnicos da "primeira leva" que foi extinta há muito tempo de<br />

RuneMidgard quando o poder rúnico foi selado: Arqueiro Vesgo (mestre do<br />

lendário bardo, Claragar) e Alessëa (a mãe de Fei). Agora eles ficam dando suas<br />

opiniões e discutindo do além<br />

Uma coisa... apesar deles estarem cientes do que acontece, eles não podem<br />

interferir diretamente nas ações dos Rúnicos - por exemplo, revelar os planos do<br />

Galgaris. Existe um bloqueio para esse tipo de interferência. O que eles podem<br />

fazer é apenas dar dicas ou empurrões - tipo o empurrão que Alessëa fez ao<br />

revelar as palavras de cura rúnica para o Fei, que já tinha o dom.<br />

(Claragar, se faltou alguma coisa do que discutimos dessa parte em OFF, avisa<br />

aqui, plis =3)<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Aug 13 2007, 09:28 PM<br />

"Após os primeiros dias meio tempestuosos aqui nesse lugar, parece que as coisas<br />

começaram a se acertar. Esses discípulos do Kai não tem me acertado... err...<br />

tanto... e isso está evitando problemas maiores com a Sailor também, já que não<br />

chego tão estourado depois de um treino com eles.<br />

É realmente um estilo interessante de luta a que eles utilizam. Misturam técnicas<br />

de espada com arte de desaparecer nas sombras... fora aquelas adagas e outros<br />

acessórios para arremessar a distância. Bah, quem era craque para arremessar<br />

garrafa na cabeça dos outros na taverna adquire uma habilidade dessas com<br />

facilidade.<br />

Mas essas últimas noites estou tentando aprimorar outra coisa. Aquelas palavras<br />

que surgiram na minha mente aquele dia em Glast Heim que me ajudaram a salvar<br />

a Sailor não me saem da cabeça. Então, eu fico me concentrando, na tentativa de<br />

conseguir a façanha novamente. Espero a Sailor dormir, e sutilmente encosto<br />

minhas mãos naquele ferimento horrível que o elfo idiota causou e mentalmente eu<br />

recito aquelas duas palavras: "Obsu Vulni". Infelizmente, nessas últimas noites que<br />

fiz isso, não vi resultado algum, já que perdi a consciência em todas as vezes.<br />

Parece que a energia do meu corpo todo se esvai imediatamente. Não sei ao certo<br />

o que está acontecendo. Por que não está funcionando? Quero aprender isso de<br />

uma vez, pois é uma habilidade extremamente útil. Bem que aquela elfa poderia<br />

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aparecer de novo para me ensinar direito isso...<br />

Enquanto isso, continuarei tentando..."<br />

Por mais uma noite, Fei se aproximou de Sailorcheer enquanto dormia e resolveu<br />

"treinar" aquela habilidade deveras estranha que ele parecia haver aprendido.<br />

Aparentemente não havia conseguido mais um sucesso similar àquele de Glast<br />

Heim, mas mesmo assim ele não desistia. Mais uma vez, porém, assim que evocou<br />

a estranha cura, caiu enfraquecido ao lado de sua amada.<br />

Sailorcheer acordou com o barulho feito pelo Rúnico, com os olhos arregalados e<br />

tentando encontrar suas katares. Quando reparou que era Fei que estava estirado<br />

no chão, imaginou que ele estava apenas dormindo e resolveu acordá-lo.<br />

Inicialmente, Fei achou que tal magia havia funcionado novamente, exatamente<br />

pela garota ter acordado. Mas assim que reparou na situação, viu que mais uma<br />

vez havia falhado.<br />

- Droga... o que será que estou errando...? - pensou alto, deixando a garota<br />

curiosa.<br />

- Errando o quê?<br />

- Ahn... você... não se lembra do que houve em Glast Heim após ter sido ferida<br />

pelo elfo?<br />

Fei tentou clarear a mente de Sailorcheer que não se recordava de nada após o<br />

golpe, explicando que ela havia quase morrido em seus braços.<br />

- Você não se lembra quando eu evoquei aquela magia... ou sei lá o que... e não<br />

deixei que você morresse?<br />

- Ahn... você virou mago, Fei? - Sailorcheer disse com uma expressão de surpresa.<br />

- Mago?! Você tá louca?! Desde quando estou soltando rainho da mão?<br />

- Ahn... magos que fazem magia, ué - disse a garota, visivelmente sonolenta por<br />

ter sido acordada aquela hora da noite.<br />

- Ué... será que eu virei mago e não sei? - Fei ficou na dúvida.<br />

- Virou? - a garota deitou de novo e ficou olhando pra ele deitada.<br />

- Não sei... olha só isso...! Eu aprendi esses dias!!!<br />

Sailorcheer olhou curiosa para o Rúnico que respirou fundo, se concentrando e<br />

começou a dizer algumas palavras em rúnico. A garota piscou os olhinhos quando<br />

reparou que as duas mãos de Fei emanaram um brilho azul, muito fraco, à medida<br />

em que Fei foi fraquejando e caindo novamente ao seu lado. Sailorcheer tomou<br />

um leve susto, tentando acordar Fei.<br />

- Você tá bem?<br />

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- Ouch... isso dói mais que a voz do bardo - ele passou a mão na cabeça, sentindo<br />

dor.<br />

- Err... sua mão brilhou azul...<br />

- Ahn... é? Então estou quase lá! Foi isso que aconteceu em Glast Heim... só<br />

que... ao mesmo tempo... te curou de alguma forma... mas... eu não apaguei<br />

assim em seguida...<br />

- Me curou? - Sailorcheer estranhou o que Fei havia dito.<br />

Fei explicou exatamente o que houve na masmorra. O desespero que ele passou e<br />

o momento em que a elfa que ele não sabia quem era ensinou aquele "truque" de<br />

curar.<br />

- Parece q ela é meio morta... tipo o bardo, que fica andando entre mundos -<br />

Sailorcheer arrepiou só de pensar. - Mas daí ela me ensinou esse treco e... eu virei<br />

mago... - Fei se surpreendeu com a "descoberta".<br />

- Parece que sim, Fei...<br />

- Hum... será que consigo soltar bola de fogo com as mãos também? Vou tentar<br />

qualquer hora...<br />

Sailorcheer conteve a empolgação do rapaz, fazendo-o se acalmar e descansar<br />

por hora, já que aquilo tinha feito a cabeça dele explodir em dor. Ele aceitou,<br />

dizendo que assim que voltassem para Geffen, iria pesquisar mais sobre magia<br />

para que dominasse aquela técnica, já que provavelmente teriam informações<br />

àquele respeito.<br />

Do lado de fora do quarto, Kai ficava atento à tudo que estavam falando. Quando<br />

resolveu sair de sua posição, mantinha uma expressão indignada e acenando<br />

negativamente.<br />

- Mago? Qual é o problema dele?<br />

OFF<br />

Toca aguentar o Fei falando que é mago agora... tô até imaginando ele berrando<br />

bola de fogo no meio de Geffen<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Aug 14 2007, 02:45 PM<br />

Galgaris se aproximou devagar, em meio à escuridão da caverna, olhando de<br />

longe seu prisioneiro, o elfo Seth Alcalimë, agora “multilado” e sem alimento por<br />

dois dias.<br />

- Sei que você está aí, "Galgaris"... – disse Seth, num tom de voz cansado,<br />

olhando para a parede sem se mover – Eu ouvi seus passos.<br />

- Apesar de tudo ainda se mantém atento. Isso é ótimo. – disse Galgaris,<br />

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observando-o. – Ainda não enlouqueceu. Pensei que essa situação o deixaria<br />

insano.<br />

- Você subestima minha mente, Galgaris... – disse o Elfo, no mesmo tom de voz –<br />

Mas não vou desafiá-lo. Porque você não se aproxima e senta-se ao meu lado? –<br />

Seth olhou maliciosamente para o guerreiro.<br />

- E porque eu faria isso?<br />

- Por que você NÃO faria é a pergunta – sorriu o Elfo – Já percebi que todas as<br />

vezes que você vem, você não ultrapassa essa fileira de pedras, que está um<br />

pouco à sua frente. Isso quer dizer que exatamente nessa fileira está o limite do<br />

seu maldito ritual de Zona Morta pra impedir minhas mágicas Rúnicas e arcanas!<br />

Isso quer dizer que se você entrar aqui, você não pode usar seus amuletos, e é<br />

provável que seu próprio corpo mágico se desfaça! Logo, eu posso fazer o que eu<br />

quiser aqui dentro que você não tem como vir aqui me impedir ou me matar!! –<br />

Seth levantou-se e começou a se debater, tentando arrancar as correntes da<br />

parede de pedra.<br />

Galgaris olhou para o Elfo pensativo. Abaixou-se e pegou uma pedra qualquer, do<br />

tamanho de um punho, e arremessou com força a poucos metros de Seth,<br />

fazendo-a espatifar-se em pedaços. O Mago olhou surpreso para o morto-vivo,<br />

como se não esperasse tal atitude.<br />

- Sei que você se acha muito inteligente, e eu sei que você realmente é, mas não<br />

subestime o meu intelecto. Só porque não posso lançar feitiços ou golpear-te com<br />

a espada não quer dizer que eu não possa te matar.<br />

Seth encarou Galgaris mais uma vez e a face inexpressiva do Guerreiro irritava-o<br />

ainda mais, mas tinha a noção que sem suas mágicas e com a força daquele<br />

projétil, ele realmente poderia acabar sendo morto a pedradas. Ou seja... de volta<br />

a estaca zero.<br />

- Entretanto, meu caro – continuou Galgaris – suas deduções merecem<br />

recompensa. Trarei algo para ti. – o Guerreiro voltou ao corredor de onde saíra,<br />

desaparecendo nas sombras da caverna.<br />

[off]<br />

continua...<br />

Posted <strong>by</strong>: Siegfried Sep 3 2007, 07:51 PM<br />

Minha sobrinha desapareceu por entre as árvores da floresta. Não me agradava<br />

nem um pouco vê-la se arriscar dessa maneira, mas eu tinha certeza de que ela<br />

não iria desistir de resgatar o inútil do Fei. Pelo menos depois dessa nossa<br />

conversinha ela sabia para onde ir, ao invés de ficar vagando por aí, fazendo<br />

perguntas e chamando a atenção. Imaginei que a garota talvez tivesse alguma<br />

chance se, ao invés de se tornar o alvo, ela os atacasse de surpresa.<br />

Recolhi minhas adagas, que ainda estavam caídas no mesmo lugar onde as havia<br />

deixado, e subi no telhado daquela velha casa. Deitei no telhado e fiquei<br />

observando a lua, me perguntando se havia feito a escolha certa ao deixá-la partir.<br />

Não era a primeira vez que a assassina enfrentaria seres inteligentes, mas isso<br />

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não queria dizer que ela era capaz, muito pelo contrário. Será que desta vez ela se<br />

sairia melhor que das outras?<br />

Eu permaneci deitado, praticamente imóvel. O único sinal de impaciencia que eu<br />

demonstrava era o estralar ritmado dos dedos das minhas mãos de tempos em<br />

tempos. Mesmo depois de todos esses anos, eu ainda acho a espera a pior parte<br />

de qualquer trabalho, mas ao menos lá eu podia me dar ao luxo de não ser tão<br />

silencioso. Felizmente essa espera chegou ao fim pouco tempo depois do nascer<br />

do sol. Eu sorri de leve quando um assassino apareceu do meu lado,<br />

aparentemente surgindo do nada.<br />

- Está melhorando, Powell. Em breve você estará praticamente imperceptível. - O<br />

homem agradeceu meu elogio com um aceno de cabeça enquanto eu fazia uma<br />

pequena pausa.<br />

- Ela realmente foi para lá?<br />

- Sim, senhor. Ela entrou no castelo, acompanhada por um bardo. Dos<br />

barulhentos, por sinal. Os elfos já sabem que eles estão lá.<br />

Eu fechei meus olhos por um instante e suspirei, desanimado. Se eu corresse, em<br />

uma hora e meia, talvez menos, eu estaria em Glast Heim. E, com sorte, minha<br />

sobrinha ainda estaria viva.<br />

----------------------<br />

“Animal estúpido. Eu sempre achei que aquelas orelhas grandes servissem para<br />

alguma coisa além de enfeite...” O sentinela que eu havia acabado de matar jazia<br />

no chão de pedra. Morreu sem saber o que o atingiu, o inútil. Me afastei e me<br />

escondi novamente nas sombras, sem reprimir um sorriso zombeteiro.<br />

Aparentemente não havia outros sentinelas; se isso fosse verdade, seria mais<br />

rápido chegar ao castelo. Mas, mesmo sabendo disso, eu bem que queria<br />

encontrar mais elfos, de preferencia depois que entrasse nas ruínas, para saber a<br />

direção que a garota havia tomado. Mas eu mudei de idéia assim que passei pelas<br />

muralhas.<br />

Acima das construções antigas, saindo da janela de uma torre, eu vi uma coluna<br />

de fumaça. A menos que algum aventureiro burro o suficiente tivesse acendido<br />

uma fogueira sem saber que os monstros competiriam entre si para ver quem o<br />

assaria, havia elfos ali.<br />

Furtivo, eu corri em direção à torre, procurando o caminho mais rápido para o topo<br />

– caminho que passaria por dentro do castelo. Redobrando o cuidado para<br />

permanecer silencioso e não ser visto ou ouvido entrei nas ruínas do castelo, não<br />

sem notar alguns desenhos no chão, aparentemente feitos com sangue, agora<br />

seco. Eu me preparei para algum efeito colateral e realmente me espantei quando<br />

nada aconteceu quando cruzei os batentes de pedra.<br />

“Não acredito que eles perderam tempo pichando o chão... Cretinos.”<br />

Mas infelizmente não tive muito tempo para debochar da incapacidade dos elfos.<br />

Logo adiante um cadáver animado ia em direção à mesma torre que eu. A<br />

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princípio, achei que fosse um daqueles carniçais nojentos que ficam vagando por<br />

aí, mas logo o reconheci como o morto-vivo que às vezes conversava com alguns<br />

Rúnicos.<br />

Eu achei que ele estivesse tentando resgatar Fei e Sailorcheer, mas ainda assim<br />

permaneci escondido. Algo me dizia que não era prudente me revelar ainda. Ao<br />

encontrar um elfo no caminho, que mais tarde eu soube que se chamava Seth, o<br />

morto o segurou e atacou, jogando-o no chão. Mas a conversa que se seguiu<br />

mostrou que eu estava errado e que, mais uma vez, minha intuição se mostrava<br />

correta.<br />

“Traidor? Ghul-Garuth? Antigos Rúnicos?”<br />

Elfo e cadáver pareciam se conhecer há muito tempo e, aparentemente, eram<br />

aliados contra um grupo de Rúnicos. Mas não pareciam muito amigos, Galgaris<br />

aparentemente estava bem descontente, além de fazer pouco caso do mirradinho<br />

por ele ter sido ferido.<br />

Mas a conversa não durou muito mais tempo. Um grito cortou o ar, ressabiando a<br />

nós três. Galgaris golpeou Seth, nocauteando-o, e arrastou o elfo com ele,<br />

deixando a arma que estava nas mãos de seu aliado para trás. Eu não estava<br />

preocupado com eles naquele momento. Reconheci a voz de Fei naquele grito,<br />

apesar de parecer com o de uma menininha assustada, e aproveitei que o<br />

morto-vivo estava ocupado demais para prestar atenção em mim para correr na<br />

direção dele.<br />

“O que aquele filho da mãe está fazendo com a minha sobrinha?”<br />

Eu estava disposto a terminar de matar o inútil do Fei, já que aquele elfozinho<br />

delicadozinho não tinha conseguido fazer isso. Mas nem ele nem minha sobrinha<br />

estavam na cela quando eu cheguei. Havia sim alguns corpos ainda em chamas,<br />

que formavam a fumaça vista do lado de fora, além de sangue ainda fresco. Muito<br />

sangue. Mas nenhum dos corpos era deles.<br />

No meio de uma das poças, um brilho metálico me chamou a atenção; era a adaga<br />

que eu havia dado para minha sobrinha antes mesmo dela se tornar uma gatuna.<br />

Ao lado da poça havia outro ritual desenhado no chão, feito com sangue ainda<br />

morno.<br />

“Por que eu não estudei as malditas runas quando tive a chance?”<br />

Eu estava realmente furioso. Para que servia aquele ritual? E, principalmente,<br />

onde estava a minha sobrinha?<br />

Guardei a adaga da garota, cuja runa, Dagaz, ainda emitia um brilho pálido.<br />

Imaginei que esse brilho indicava que ela estava viva mas, por outro lado, poderia<br />

ser alguma homenagem fúnebre para sua antiga portadora. Preferi acreditar na<br />

primeira opção, apesar de não achar que ela largaria justamente aquela adaga<br />

para trás, e saí apressado da cela para procurar pelos dois.<br />

O único rastro de sangue que saía era o de Seth. Mas ainda assim procurei por<br />

todos os lugares ao redor de lá; não fui capaz de encontrar nem Fei nem<br />

Sailorcheer em lugar algum. Não fazia o menor sentido... não havia nenhuma<br />

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outra saída, a não ser por onde eu vim. E eu tinha certeza absoluta que por lá eles<br />

não haviam passado.<br />

Eu fui em direção à saída da torre e me detive no local onde Seth e Galgaris<br />

tinham discutido. Talvez houvesse algum corredor, algum lugar por onde eles<br />

pudessem ter passado sem que nós notássemos. Mas tudo o que eu encontrei foi<br />

a espada do elfo caída no chão.<br />

Eu nem ia pegar aquele pedaço de metal ridículo, mas o padrão da lâmina me<br />

chamou a atenção. Heh. Era exatamente a mesma espada que Fei havia usado<br />

contra mim na festa do seu noivado. Bom, pelo menos agora eu sabia porque o<br />

elfo estava atrás daquele projeto de gente.<br />

Decidi levar a espada, mas ela ainda não me explicava o desaparecimento dos<br />

dois Rúnicos. Não havia nenhuma pista na cela, além do ritual fresco. O único<br />

rastro de sangue que ia até a única saída era o do elfo franzino, e é impossível<br />

para um adulto passar pelas janelas daquela torre-prisão – isso sem contar que<br />

pular dali seria suicídio para qualquer um que não soubesse voar.<br />

Sem ter mais o que fazer naquele lugar, eu esmigalhei uma asa de borboleta com<br />

força entre meus dedos. Meu próximo destino era a casa da minha sobrinha, em<br />

Juno.<br />

Apesar da coisa mais óbvia a fazer ao ser perseguido seja ficar longe de lugares<br />

que você frequenta normalmente, ela nunca pensaria assim. E nunca ficaria sem<br />

alimentar aquele Peco fedorento.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 10 2007, 11:28 PM<br />

Amatsu<br />

Alguns dias se passaram em Amatsu. Fei treinava arduamente todos os dias e<br />

Sailorcheer se recuperava cada vez mais de seus ferimentos. O Rúnico havia<br />

decidido que naquele dia, assim que terminasse o seu último treino, partiriam<br />

rumo a Juno novamente. Não havia mais motivo para ficarem "abusando da<br />

hospitalidade" de Kai.<br />

Apesar que tal hospitalidade estava sendo paga todos os dias por Fei, assim que<br />

Sailorcheer dormia. O rapaz já estava cansado de ficar fazendo alguns trabalhos<br />

noturnos para Kai. Envolviam apenas escoltas de "figurões" de Amatsu, porém o<br />

Rúnico não estava gostando nem um pouco do tipo de gente que estava<br />

ajudando. Já tinha se livrado daquela vida desde que tinha chegado em<br />

RuneMidgard e não queria retornar à ela novamente.<br />

Enquanto Fei treinava, Sailorcheer ficava sentada no chão, embaixo da janela do<br />

quarto. Kai se aproximou da garota, encostando na parede do seu lado. Apoiou<br />

sua espada na parede, ao seu lado e ficou observando ao longe. Sailorcheer<br />

sentiu uma certa indisposição apenas com a chegada do homem ao seu lado.<br />

Com um sorriso irônico, falou:<br />

- Hmm... vc viu só, garota?<br />

- vi o quê? - Sailorcheer respondeu sequer olhando na direção de Kai.<br />

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- o Fei agora até sabe empunhar direito uma espada... apesar do seu estilo<br />

ainda... medíocre de luta...<br />

Sailorcheer respirou fundo, evitando de responder, ou mesmo levantar a mão para<br />

ele, já que Fei havia pedido isso. Não contente, Kai continuou.<br />

- Ele ainda usa uma espada como se fosse uma vassoura... - rindo - acho que é a<br />

convivência com garotas que está deixando ele assim...<br />

- E pelo visto, a falta de convivência com mulheres deixou você assim.... -<br />

continuou a garota.<br />

- Ah... mas eu só convivo com mulheres qdo é necessário... se é que vc me<br />

entende... - e, lembrando daquela conversa que havia ouvido em dias anteriores -<br />

ou melhor... acho que você NÃO entende...<br />

- Não me interessa o que você diz - falou, dando uma rosnada.<br />

- Ah, mas acho que interessa o que VOCÊ diz... - Sailorcheer olhou para Kai com<br />

o canto dos olhos quando ele falou aquilo - Eu sei que você está meio...<br />

nervosinha com essa estadia na minha casa...<br />

- Está perdendo seu tempo! - falou de forma ríspida a Rúnica, quebrando a linha<br />

de raciocínio de Kai.<br />

- Ahn? Perdendo meu tempo?<br />

- Eu já sou comprometida!<br />

Kai engasgou e começou a rir. Sailorcheer novamente respirou fundo e tentou<br />

ignorá-lo.<br />

- Você realmente acha que... você...? - Kai se acalmou um pouco das risadas e<br />

falou de forma sarcástica - Garota, eu ensino só artes marciais, e não como uma<br />

mulher virgem deve se portar...<br />

Sailorcheer ao ouvir o comentário de Kai, levantou-se ao mesmo tempo que pegou<br />

a espada encostada na parede, ficando em postura defensiva.<br />

- Repita isso, seu (gordo emo - eu precisei deixar essa parte em OFF tb)<br />

impiastro, e vai ser a última coisa que você vai falar!<br />

- Ei, que nervosismo é esse? Se isso te incomoda tanto pq não aproveita que tem<br />

alguém como o Fei tão.... paciente.... - fala pausadamente - e resolve logo isso?<br />

Do jeito que ele luta... a impressão que dá é que ele REALMENTE está<br />

necessitado nesse sentido...<br />

Sailorcheer fechou os olhos, respirando profundamente e parando o movimento de<br />

desembainhar a espada no meio.<br />

- Faça um favor a si mesmo e fique longe de mim... - a garota disse baixinho,<br />

quase rosnando e saiu de perto de Kai, indo para um lugar mais afastado.<br />

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(continua... tem coisa ainda e estou com mó sono )<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 12 2007, 12:21 AM<br />

Sailorcheer se afastou de Kai, extremamente furiosa com suas palavras. E o<br />

guerreiro, por sua vez, não tinha conseguido exatamente o que queria e continuou<br />

a incomodá-la:<br />

- Ei, Sailorcheer... não esquenta com essas bobagens... o que eu queria tratar<br />

com a senhorita é um assunto realmente importante...<br />

- Não tenho nada a tratar com alguém que fica bisbilhotando minha vida pessoal...<br />

- Eu não bisbilhotei nada... - pensando rápido - quem me disse isso foi o Fei<br />

mesmo!<br />

- Duvido - Sailorcheer falou de uma forma totalmente seca, o que fez Kai<br />

estranhar.<br />

- Você duvida? Com toda essa sua "experiência" com homens acha mesmo que<br />

ele não estava precisando se abrir com alguém em relação a isso?<br />

- Ele jamais diria isso pra você, idiota - a garota disse, arremessando a bainha da<br />

espada na direção de Kai, que apenas a olhou caindo ao seu lado.<br />

- Ok, então é melhor eu esconder que esses últimos dias que você estava grogue<br />

na cama ele andou saindo à noite na taverna...<br />

Imediatamente Fei sentiu uma tontura que fez ele errar totalmente sua defesa no<br />

combate que estava travando com um discípulo de Kai, recebendo uma pancada<br />

na cabeça. A voz de Sailorcheer surgiu em sua mente, extremamente revoltada.<br />

- Fei, esse imbecil tá dizendo q vc foi na taverna enquanto eu tava mal, é verdade?<br />

- Do que você... OUCH.... você tá falando, Sailor? - Fei respondeu, enquanto<br />

reparava no tamanho do galo que começava a surgir na sua cabeça.<br />

- Prestenção no treino e me responde! - retrucou a garota.<br />

- Eu fui mesmo......<br />

- Fazer o que? - Fei ouviu a voz de Sailorcheer extremamente brava.<br />

- Errr... trabalhar? - o rapaz tentou ser o mais persuasivo possível em sua resposta<br />

e a garota sentiu-se aliviada em saber. Discutiu mais um pouco com Kai depois<br />

disso, até que ele se cansou:<br />

- Eu esperava que agora que você está inteira de novo poderia ser ao menos um<br />

pouco simpática já que logo irão partir daqui...<br />

- Eu sou simpática com quem merece... não com quem mente e fica bisbilhotando<br />

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minha vida!<br />

- Não tenho culpa se vocês ficam falando alto e fazendo barulho a altas horas da<br />

madrugada...<br />

- Você nem sabe de nada... se soubesse, talvez tivesse conseguido me enganar -<br />

risada seca - mas você fala de coisas que não sabe, sobre pessoas que não<br />

conhece...<br />

- Ok, então não sei de nada - Kai abriu uma parte do kimono enquanto continou a<br />

falar - eu não sei que você chegou ferida aqui com uma espada de origem élfica...<br />

- jogou um papel no chão para que Sailorcheer observasse - que seria essa...<br />

- É, eu falei que aquele orelhudo tava com a minha espada - fazendo pouco caso.<br />

- A espada com certeza não é sua... a não ser que você a tenha comprado ou<br />

furtado...<br />

- O Fei deu ela pra mim... então é minha! - disse a garota, mostrando a língua<br />

para Kai que ficou satisfeito com a resposta e mais certo ainda da terrível<br />

ingenuidade da garota.<br />

- Agora que sabemos que a espada é do Fei, você poderia me confirmar outra<br />

informação "que eu não sei"... - Kai falou num tom sério, olhando fixamente para a<br />

garota que ainda estava fazendo pouco caso dele.<br />

(Continua - mesmo motivo que ontem )<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Sep 22 2007, 03:19 PM<br />

(depois de muito tempo, retomando...)<br />

Galgaris saiu do corredor de pedra onde o elfo e mago Seth Alcalïme estava<br />

preso. As deduções do elfo seguiam exatamente os rumos que foram planejados.<br />

Os calculos estavam perfeitos!<br />

O Morto-Vivo se direcionou à outra caverna, onde Passadina Jones, o seu<br />

discípulo nas Artes Rúnicas, estudava compulsivamente. Sua fome pelo saber era<br />

muita, bem como suas motivações, mas Galgaris sabia que ele havia cometido um<br />

erro.. e um erro muito grave.<br />

- Passadina. Quero que você me conte agora sobre o que ocorreu com Rúnico<br />

By-Tor. - disse Galgaris, em pé ao seu lado.<br />

- Sim, mestre! - disse Passadina, um pouco contrariado por não poder terminar de<br />

ler o livro que estudava. - Por onde quer que eu comece?<br />

- É obvio que você falhou em sua armadilha, pois você não me trouxe ele vivo.<br />

Comece do planejamento, e eu te direi onde você errou.<br />

Passadina não se sentiu bem com aquele comentário. Não havia mudança no tom<br />

de voz, na expressão, ou no olhar de Galgaris ao reprovar sua atuação. O<br />

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Morto-vivo não possui expressão, isso ele já sabia. Sabia também que os sorrisos<br />

ou estranhamentos que ele expressava era forçados, para enganar os próximos.<br />

Apesar de achar que deveria estar acostumado, ele não estava. Aquilo era<br />

perturbador.<br />

-Bem, mestre... Eu controlei o monge Rúnico, conforme o senhor havia me<br />

instruído, e pensei em usá-lo para atrair outros Rúnicos para a armadilha. Como<br />

eu estava observando o tal By-Tor, achei que ele seria a vitima ideal. Ele parece<br />

fraco e muito amigo do Fei, e estava procurando por ele... Achei que era o<br />

momento certo pra atrair ele para uma armadilha. Fiz o monge ir de taverna em<br />

taverna, fazendo um caminho longo pra distrair o Rúnico, e coloquei os bonecos<br />

com os amuletos ilusórios para apanhar dele, evitando assim problemas com a<br />

guarda. O monge seguiu os amuletos que deixei para ele e levou o Rúnico até o<br />

local de combate, onde deixei tudo preparado. O tal By-Tor foi preso pelos<br />

amuletos, sentindo dor e prendendo as forças, ficando perfeitamente encurralado,<br />

conforme previ... só que... – hesitou brevemente Passadina, olhando Galgaris com<br />

seus olhos amarelados fixos nele.<br />

-... Só que aconteceu algo inesperado. Enquanto eu contava pra ele o que eu<br />

havia planejado, surgiu uma estranha energia negra em volta dele e ele<br />

atravessou a prisão mágica, me agarrando. Ele falava numa língua que não<br />

conheço, mestre, e tinha asas de morcego saindo de sua cabeça e olhos negros!<br />

Eu consegui me soltar e reforcei a barreira, mas ele ainda assim conseguiu rasgar<br />

meu encantamento e se soltar. Daí eu fugi antes que ele me atacasse.<br />

-E o que aconteceu com ele depois disso? – perguntou Galgaris.<br />

-Não sei, Mestre. Eu surgi nas florestas de Payon, e voltei para cá.<br />

-Bem, como eu disse, eu irei dizer onde você errou. Você errou no momento que<br />

decidiu agir, e a partir daí cometeu outra série de erros, todos baseadas em suas<br />

avaliações: Você se refere ao “tal” By-Tor, o que quer dizer que você não tem<br />

familiaridade o suficiente para fazer um bom plano contra ele. “Ele parece fraco”,<br />

“Eu achei que era o momento certo”, “aconteceu algo inesperado”... suas falas<br />

mostram incerteza nos detalhes e que você não pensou o suficiente na hora de<br />

criar os planos. Você partiu do pressuposto que é mais forte que seu oponente<br />

que mal conhece e não tinha um plano secundário. Além disso, você contou como<br />

você age, um erro grave. Agora ele está livre e a menos que você mude seu modo<br />

de agir, ele saberá prever o que você faz. E pior: agora ele sabe que um inimigo<br />

existe e tomará mais cuidado. Você falou sobre mim ou sobre as runas?<br />

-N-não, mestre.. quer dizer... eu falei algumas coisas... sobre as runas, mas acho<br />

que ele não vai se lembrar de nad...<br />

-Você não ACHA nada... tenha certeza do que faz! – Galgaris forçou uma<br />

mudança em seu tom de voz, para que Passadina percebesse que aquilo ela uma<br />

severa repreensão - Você pode ter dificultado minhas ações em mil vezes por<br />

conta desse fracasso. Você tem muito a aprender ainda.<br />

-Mas mestre, você disse pra eu fazer isso! Eu tive que fazer sozinho e....<br />

-Eu não disse para você ataca-lo, Passadina. Disse que deixaria você responsável<br />

pelo monge e que deveria usa-lo para conseguir o que puder do homem chamado<br />

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By-Tor. Te dei liberdade total para investigar, não agir.<br />

-Desculpe, mestre, eu...<br />

-Você deve conseguir um refúgio na república ao norte de Rune Midgard e<br />

conseguir todas as informações possíveis daquele lugar, pois eu o desconheço. -<br />

interrompeu Galgaris - Descubra sobre as principais cidades, personalidades,<br />

influências, política e sociedade. Descubra as relações com os reinos vizinhos.<br />

Mantenha-se oculto. Pesquise nas bibliotecas se há algo sobre nossas runas.<br />

Você será meu contato lá. E lembre-se de seu erro: excesso de confiança.<br />

-Sim, mestre... e.. quando poderei voltar para cá?<br />

-Quando eu achar conveniente. Mandarei alguém te encontrar mensalmente.<br />

-Mas... o senhor não me ensinará mais nada?<br />

-Ensinarei quando for te encontrar. E isso ocorrerá se fizer seu trabalho direito.<br />

Você é um estudioso, saberá fazer isso perfeitamente. Mais alguma coisa?<br />

-Mestre... esse é o amuleto do monge Rúnico – disse Passadina, estendendo um<br />

rosário. Galgaris o apanhou e perguntou:<br />

-Onde você deixou o monge?<br />

-Em Payon, senhor.<br />

-Eu cuidarei dele. Agora, vá. Preciso cuidar do prisioneiro e deste rosário. –<br />

Galgaris seguiu pelos caminhos que levam para fora da caverna, em busca de<br />

concretizar seu próximo passo em relação à Seth.<br />

[off]<br />

Bom, desculpem a demora. ainda está faltando inspiração. eu resumi as falas do<br />

Passadina pra não ter que re-postar tudo que o By-Tor postou.<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Sep 28 2007, 12:03 PM<br />

[ON]<br />

Mais de vinte e quatro horas passaram desde que Galgaris falou que trazia algo<br />

para ele. Embora estivesse concentrando-se e resitindo como podia à privação de<br />

água e comida, em breve Seth acabaria fraquejando. Essa situação, somada a<br />

humilhante idéia de que teve seu rosto multilado não era muito esperançosa,<br />

exceto por um detalhe: Seth estava "jogando" com Galgaris, e até agora estava<br />

ganhando... ou pelo menos, parecia que estava.<br />

"Maldito seja, Ghull- Garuth" - pensava Seth, sentado na rocha fria - "Em breve<br />

vencerei seu joguinho e darei cabo de você no mesmo lugar das árvores brancas...<br />

Árvores Brancas? Do que estou falando?" - Seth abriu os olhos e esfregou a testa,<br />

tentando focar-se. Seus pensamentos estavam começando a se misturar com<br />

delirios insanos, o que tonava aquela cavera-prisão um lugar ainda mais<br />

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incômodo. Não havia mais óleo no lampião e a escuridão, somada ao constante<br />

som do gotejar de água nas paredes, era enlouquecedora- "Galgaris, cadê você?<br />

Me solte logo..."<br />

Os pensamentos do elfo Seth Alcalimë foram direcionados para o som de passos<br />

distantes. Um humano jamais ouviria sons tão baixos. Eram cinco homens? Talvez<br />

quatro! Espere! Dois humanos e um cavalo. O que um cavalo está fazendo dentro<br />

da caverna? O cavalo só tem três patas. Ele está ferido e vão trazer ele aqui para<br />

eu cuidar. Tenho que colocar uma pata nele. Droga, já disse a eles que odeio<br />

cavalos. Mandarei o bastardinho fazer isso por...<br />

-Seth? - interrompeu a seca voz de Galgaris - O que aconteceu com você?<br />

Seth se esforçou para abrir os olhos que ele pensava já ter aberto. ele estava<br />

deitado no chão, exausto e reconhecia a sua caverna-cela aos poucos. Não havia<br />

cavalo nenhum, nem mesmo outros homens. Em sua frente estava apenas<br />

Galgaris, segurando um objeto em cada mão. O Lampião foi aceso novamente, e<br />

sala estava mais clara. O elfo esforçou-se para levantar, mas acabou ficando<br />

sentado. Sentia tremedeira e fraqueza, mas sabia que conseguiria suportar. Ou<br />

pelo menos, acreditava que conseguiria.<br />

- Trouxe comida e água pra você, como recompensa por suas deduções. -<br />

Galgaris se aproximou do limite do círculo de pedras e empurrou uma cumbuca<br />

com comida e uma jarra com água. Ainda estava longe do prisioneiro, mas ele<br />

certamente poderia alcançar<br />

- Como saberei que a água não está envenenada? - protestou Seth, esticando-se<br />

para alcançar os recipientes. - como saberei que não é uma armadilha?<br />

- Você não saberá, Seth. Eu te digo que nada aí está envenenado, e você deve<br />

confiar em mim. Apenas isso.<br />

O elfo encarou Galgaris, mais por desolação que por ódio. O Maldito morto-vivo<br />

estava certo, e se quisesse recuperar as suas famigeradas espadas, teria que<br />

sobreviver àquilo. O mago respirou fundo e bebeu a água. Devagar e<br />

pausadamente, sentindo cheiro e sabor... aparentemente tudo normal... e era a<br />

água mais gostosa que já bebeu, tamanha era sua sede. Logo avançou sobre a<br />

refeição - eram grãos cozidos e um pedaço de carne - extremamente saborosos!<br />

Enquanto Seth comia, Galgaris comentava.<br />

- Por um instante, achei que você acabaria morrendo se ficasse tanto tempo sem<br />

água ou comida, mas vejo que mais resistênte do que era antigamente. A idade te<br />

fez bem... - Seth apenas o olhava de vez em quando, voltando sua atenção<br />

novamente à comida que logo acabaria. - ... Parece estar gostando da comida... os<br />

grãos eu roubei de um viajante que fazia sua comida, mas a carne fui eu quem<br />

preparou. Como não sei fazer os rituais que vcs fazem antes de comê-la, imitei o<br />

que já inha visto e deixei ela queimando no fogo...<br />

- E porque não obrigou o viajante a preparar? - questionou Seth, acabando de<br />

comer.<br />

- Porque a carne que você comeu era dele. Espero que não se importe de<br />

canibalizar alguém...<br />

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Seth prendeu a respiração para não vomitar. Só podia ser mentira! Maldito rosto<br />

de morto-vivo que não tinha expressão!<br />

- Você matou um Elfo ?!? -<br />

- Não encontrei um elfo puro, isso é difícil hoje em dia, mas encontrei um<br />

meio-elfo. Assim teria a mistura de carne 'sua' com a carne dos 'impuros'<br />

humanos, como você diz...<br />

- Seu... INSANO! - Seth tentava controlar a raiva, a frustração e o nojo... o que era<br />

pior? comer a carne de impuro ou de sua própria espécie? Deveria vomitar? E se<br />

ficasse sem comida novamente? Ele sabia que precisava suportar. Ele PRECISAVA<br />

suportar...<br />

- voltarei aqui pela manhã. Esteja vivo até lá. - Galgaris deu as costas,<br />

desaparecendo novamente nas sombras da caverna.<br />

[off]<br />

mais uma e acaba ^^<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 28 2007, 11:06 PM<br />

(Enquanto isso na sala de Justiça... err... digo... em Amatsu xD)<br />

Kai olhava sério para Sailorcheer, que buscava o papel que ele havia jogado para<br />

ela ver. De imediato, a garota reconheceu o desenho da espada, praticamente<br />

idêntica àquela que Fei trouxe consigo de suas terras. Kai, por outro lado, tentava<br />

usar da ingenuidade que ele reparou na garota para conseguir as informações que<br />

queria, já que tinha certeza que com Fei seria praticamente impossível.<br />

- E se eu te disser que esse artefato já passou até mesmo por aqui antes de ser...<br />

"seu"?<br />

- Tá... e? - Sailorcheer disse, de forma extremamente displicente.<br />

- E que isso estava com um de nossos melhores guerreiros, juntamente com um<br />

bebê, cerca de 30 anos atrás? E desde então estamos rastreando o paradeiro de<br />

tudo isso?<br />

- Bom, pode começar de novo, porque não está mais comigo - Sailorcheer mostrou<br />

um sorriso irônico.<br />

- Mas talvez metade da nossa busca pode ter sido finalizada quando acabaram<br />

aqui... a espada nao era do Fei, Sailorcheer?<br />

- Se ele que me deu, é óbvio que era! - disse Sailorcheer, sem nem pensar.<br />

- E exatamente por isso, não seria ELE a tal criança que passou por aqui?<br />

- Por que não pergunta pra ele? Mas... - por um breve instante Sailorcheer parou<br />

de falar e pensou que Fei nunca tinha falado que era de RuneMidgard e sim de<br />

terras distantes que ela mesma nunca tinha ido. Então não tinha sentido algum o<br />

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que Kai havia dito - Não tenho como saber se é ele ou não, pergunte a ele!<br />

- Por que eu não pergunto à ele? - Kai repetiu a pergunta, para tentar elaborar<br />

uma boa desculpa para tentar conseguir a informação da garota - Imagine que<br />

você nunca tenha conhecido sua família... e, de repente, sabe que desconhecidos<br />

podem saber como e por que sua familia foi morta. E eles contam... não seria mais<br />

adequado que uma notícia desse tamanho fosse dada com certeza? E não... mera<br />

especulação? - Sailorcheer tentou responder, mas Kai continuou - E se eu falar<br />

tudo isso para Fei, achando que ele é a pessoa que procuramos por tanto tempo e<br />

ele não for? As duas buscas seriam interrompidas... a nossa e a dele.<br />

- Mesmo que eu soubesse, não iria falar.... - Sailorcheer continuou firme em não<br />

revelar nada, para surpresa de Kai, que achava que ela teria um pouco mais de<br />

sensibilidade no momento devido à sua ingenuidade, que agora não parecia mais<br />

tão forte.<br />

- Bom... ele sabe rúnico... e isso não se aprende nessas terras...<br />

- Eu também sei! - Sailorcheer falou mostrando a língua.<br />

- Ah, ele te deu aula, é?<br />

- Eu não vou te contar... - a rúnica fez birra e Kai contou mais uma vitória na<br />

conversa.<br />

- Como EU não sei Rúnico, pelo menos poderia ser simpática e ler isso de uma<br />

vez? - Kai apontou o pedaço de papel que havia arremessado na direção dela<br />

anteriormente.<br />

Sailorcheer, curiosa, finalmente olhou para o pedaço de papel, que mais parecia<br />

uma página de um livro. Nele o desenho de uma espada muito similar a de Fei<br />

estava desenhada com grande detalhe, presa à um suporte. Era possível se<br />

observar no desenho que isso se extendia, como se fosse uma câmara.<br />

Explicava-se detalhadamente como e o que se fazer para abrir a suposta câmara,<br />

a forma como deveria ser fechada entre outros detalhes técnicos demais para que<br />

a garota prestasse muita atenção naquele momento, mesmo porque havia alguns<br />

símbolos que ela desconhecia.<br />

O que mais chamou a atenção dela é que atrás do papel havia um nome escrito<br />

"Yan Ackhart". E numa região em branco, próximo ao desenho, um manuscrito,<br />

onde ela podia ler:<br />

QUOTE<br />

Querido Yan,<br />

Espero que a carta tenha chegado à tempo e não tenha sido interceptada. As<br />

instruções para que você consiga abrir a câmara estão todas aqui. Ele não<br />

deve reparar tão rápido que essa folha tenha sido rasgada. Impeça que essa<br />

espada caia em suas mãos. E, principalmente, salve nosso filho... ele não<br />

tem culpa de nada disso.<br />

Com amor,<br />

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Alessëa"<br />

- E então, garota? Poderia ler isso para mim?<br />

- Não... não poderia... - Sailorcheer falou, com um sorrisinho no rosto, guardando<br />

o que foi possível de informações da carta.<br />

- Hum.. que pena... acho que... você talvez não tenha aprendido rúnico afinal... -<br />

Kai dobra cuidadosamente a carta e a guarda novamente - Mas pode deixar<br />

então... farei como você pediu... o Fei já está vindo... perguntarei diretamente para<br />

ele...<br />

(Uma hora acaba )<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Oct 13 2007, 11:42 PM<br />

Eu devia ter imaginado que toda essa hospitalidade do Kai teria um preço. E<br />

estava pagando por ela, nas últimas noites. Não que não estivesse sendo legal<br />

fazer algumas "missões rápidas" com o grupo dele durante a madrugada. Como a<br />

Sailor ficava dormindo profundamente por causa dos remédios que andava<br />

tomando para se curar, ela nem percebia minha saída. Sorte a minha. Se ela<br />

desconfiar do que eu fiz com esse pessoal, ela vai me fazer dormir com aquele<br />

peco idiota por um ano!<br />

As missões eram simples. Íamos na taverna de Amatsu, recebíamos uma grana de<br />

um figurão lá e realizávamos nossa missão. Algumas vezes uma simples escolta.<br />

Mas ontem foi apagar um sujeito, parece que de uma facção contrária a desse tal<br />

figurão. Não que eu me importe. No fundo, foi nostálgico esse tipo de "trabalho".<br />

Não recebi nada em troca, mas... de alguma forma, gostei de me sentir na ativa de<br />

novo. Desde que vim para Rune Midgard não havia encontrado um grupo que<br />

realizava esse tipo de servicinho. Não é igual ao que tinha em Philai, mas quem se<br />

importa? Parece que pelo menos eles são organizados...<br />

Porém, ontem foi o dia que consegui quitar minha dívida com o Kai, quando não<br />

deixei o sujeito que eles queriam aniquilar fugir. Apesar de ser prazeiroso esses<br />

últimos tempos, a Sailor jamais aceitaria que eu continuasse com essa vida. Ela é<br />

demasiadamente honrada para isso. E apesar de gostar de ganhar dinheiro dessa<br />

forma tão simples, prefiro optar por ficar com ela, já tenho um bocado de grana<br />

guardada no banco de Geffen.<br />

O Kai parece não ter gostado muito quando eu falei que iria embora com a Sailor.<br />

Ele disse que minha habilidade não deveria ser desperdiçada por causa de uma<br />

mulher e que, ao invés disso, eu deveria é largá-la. Eu pensei em quebrar a cara<br />

dele quando disse isso, mas me contive. Apesar de tudo, ele me ensinou uns<br />

truquezinhos úteis e não posso culpá-lo por não saber que a Sailor não seria<br />

qualquer mulher. E melhor eu nem falar mesmo para evitar problemas. Já chegam<br />

aqueles panacas que descobriram isso, tipo o Pancho!<br />

Espero que não tenha sido isso que ele estava falando para Sailor agora a pouco,<br />

que fez ela até mesmo me chamar por telepatia. Do jeito que esse cara é mala,<br />

provavelmente deve estar querendo convencê-la que não quero mais ficar com ela.<br />

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Porque os capangas dele aqui são todos um frouxos e logicamente que ele quer<br />

que eu fique ajudando ele nesses serviços.<br />

Eu vou é tirar logo a Sailor daqui e ir embora desse lugar! Ela está logo ali na<br />

frente com o Kai mesmo, acho que ela já está até me esperando para irmos<br />

embora. Mas... por que será que a Sailor está com essa cara estranha olhando<br />

para mim? O que será que o Kai falou para ela?<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Oct 14 2007, 05:53 PM<br />

- Com o que diabos você tava incomodando a Sailor, Kai?! - Fei berrava de longe,<br />

assim que avistou os dois.<br />

- Bah... esquece, garota... com esses trejeitos ridículos, ele não pode ser quem<br />

estamos procurando... - Kai disse, meio indignado com a postura de Fei - Eu só<br />

estava tentando explicar para ela o que você andou fazendo por aí enquanto ela<br />

estava capotada na cama... - Kai sorriu, irônico para Fei, que mostrou-se<br />

imediatamente preocupado.<br />

- Ele disse que você estava com vontade......... - Sailorcheer falou com Fei<br />

telepaticamente, ficando ruborizada a medida que falava, e Fei reparou e suspirou<br />

aliviado em ver que Kai havia o "protegido".<br />

- Ahn... disse? Mas... eu só tomei um copinho mínimo daquele tal saquê, Sailor...<br />

não foi nada de mais...<br />

- Saquê?! - a vergonha de Sailor passou imediatamente, ficando com uma cara<br />

séria e brava - vamos conversar quando chegarmos em casa, mocinho!<br />

Kai reparava nos olhares trocados pelos dois, e concluiu que ambos usavam a<br />

telepatia rúnica, que ele já conhecia há muito tempo. Percebeu que Fei virou-se<br />

para ele.<br />

- Kai... acho que precisamos ter uma conversa meio séria....<br />

- Ah, sim... de fato, Fei...<br />

eu estava aqui conversando com sua excelentissima.... noiva... e ela comentou<br />

comigo que vc saberia ler rúnico, é verdade?<br />

- Runico? - Fei começou a rir - Ah, foi uma coisa que eu aprendi com um amigo<br />

meu, de uma taverna...<br />

- em seguida reparou na espada que Sailor ainda empunhava - Ué... Sailor? Você<br />

estava treinando também?<br />

- Estava... estava treinando minha paciência....... - Sailorcheer rosnou para Kai.<br />

- Hum... mas agora não precisa mais treinar... vamos pra casa... - Fei sorriu,<br />

enquanto Kai ainda fazia uma cara de desconfiança pela resposta dada por Fei.<br />

- Um amigo te ensinou Runico?<br />

- É... ele disse que era uma escrita das terras dele.... - Fei mentia descaradamente<br />

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- Ele perdeu aquela espada idiota num jogo comigo...e agora ficam me<br />

perseguindo por causa dela...<br />

- Ahhh... então quer dizer que esse seu amigo que te ensinou? Ele seria um...<br />

Runico tb? - Kai perguntava, com desconfiança.<br />

- Bah, se o Tor é runico? Ele até já chegou a brigar com o Claragar pra tentar<br />

liderar a gente... - Fei falou com naturalidade e pensou que By-Tor conseguiria se<br />

livrar da encrenca que ele estaria o colocando naquele momento.<br />

- Ele é?! - Sailorcheer olhou com cara de desgosto.<br />

- Sim, garota... ele me mostrou não faz muito tempo... tem até conversado comigo!<br />

- Bah... se até o Claragar é... - Sailorcheer deu com os ombros.<br />

- Engraçado... se ele é tão respeitoso como runico, pq a Sailorcheer sequer sabia<br />

disso? - Kai sorriu.<br />

- É... eu evito falar do Tor pra ela... a Sailor não gosta dele... - Fei disfarçou e fez<br />

cara de lamento.<br />

- Não converso nem com o meu "querido" genro, q dirá com ele... - Sailorcheer<br />

concordou.<br />

- E... onde eu encontro esse Tor? - Kai disse, fingindo acreditar na história.<br />

- Eu lá vou saber...? Se a gente tá tanto tempo preso nessa ilha aqui!Mas....... qdo<br />

a gente encontrá-lo... eu aviso que vc quer conversar com ele... - buscando o<br />

braço de Sailor - Agora precisamos ir... acho que devo agradecer pela ajuda,<br />

apesar que já foi tudo pago, não é mesmo?<br />

- Com certeza foi... - Kai sorriu ironicamente.<br />

Conforme a dupla caminhava para longe de Kai, Sailorcheer comentou com Fei<br />

sobre o papel que Kai havia mostrado a ela.<br />

- Fei... ele pediu pra eu ler uma espécie de carta pra ele, q tava em rúnico... q<br />

menciona um "Yan Ackhart", e disse q tinha motivo pra ele morrer... Ele pode estar<br />

armando algo pra cima de vc...<br />

Fei ergueu uma sombrancelha e começou a acelerar o passo.<br />

- E disse q tinha uns guerreiros, q tinham a espada, e algo sobre... - tentava<br />

lembrar enquanto corria para acompanhar os passos de Fei - ter um motivo pra<br />

eles terem morrido...<br />

Fei continuou andando e ouvindo telepaticamente a mensagem da garota, sem<br />

dar muita importância.<br />

- E... e... e... - fica furiosa de novo - me chamou de virgem inexperiente -<br />

Sailorcheer ficou muito possessa e Fei parou de andar - e disse q vc tinha dito isso<br />

pra ele...<br />

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Fei mudou a expressão e ficou extremamente bravo, virou-se para onde Kai<br />

estava, começando a andar na sua direção novamente.<br />

Kai observou os dois chegando em sua casa e olhou para o céu, lamentando.<br />

- Oh, droga... ela acabou de contar.... - levantou-se da sombra de árvore em que<br />

estava e ficou esperando os dois chegarem novamente.<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Oct 22 2007, 11:50 AM<br />

(Enfim, o fim!!)<br />

[ON]<br />

"Vivo pela manhã.... fique vivo até amanhã de manhã... fique vivo..." - pensava<br />

Seth Alcalimë, se esforçando para manter a consciência naquela fria prisão. Ele<br />

pode comer os grãos e beber a água, apesar do nojo. A fome era maior que isso...<br />

mas o que o preocupava era a última frase que Galgaris disse antes de sair:<br />

"Voltarei aqui pela manhã. Esteja vivo até lá."<br />

... e nada! nem um movimento na caverna. Só o maldito som de gotas e as ilusões<br />

que sua mente estava criando. Felizmente ele já estava melhor, graças a comida,<br />

e sabia que podia confiar em seus sentidos enquanto mantivesse os olhos<br />

fechados, escutando possíveis "aproximações" - claro! Se Ghull-Garuth disse que<br />

ele devia ficar vivo até a manhã, algo iria acontecer. Ghull-Garuth, não... Galgaris!<br />

Ele podia falar que era a mesma pessoa, mas mesmo assim, eles eram<br />

diferentes... Ghull-Garuth era um espírito maligno destruidor e cruel... Galgaris é<br />

um gênio... cruel, mas um gênio. Ele pensa em detalhes, planeja tudo... azar o<br />

dele que está enfrentando alguém tão brilhante quanto ele... não! Eu sou mais<br />

esperto que ele pois prevejo os passos que ele dará... Ou pelo menos alguns...<br />

Sons de passos se aproximavam. Muito tempo havia passado desde que Galgaris<br />

saiu e já devia estar amanhecendo... maldito Galgaris!! - pensava Seth - Me fez<br />

ficar acordado a noite toda para mandar seu algoz me matar quando estivesse<br />

mais cansado! Mas não será tão fácil! - Seth pegou uma pedra do tamanho de um<br />

punho e a segurou com força, na espectativa de atacar o "algoz" que se<br />

aproximava. Mal enxergando o vulto, Seth arremessou a pedra, atingindo o alvo<br />

em cheio no peito.<br />

- Vejo que não morreu de desgosto, Seth. Excelente.<br />

- G-Galgaris! Eu não esperava você.. quer dizer... eu...<br />

- Você estava pronto para a batalha. Apesar de estar a dias preso, enlouquecendo,<br />

privado de seus poderes, sem sua poderosa espada, com a aparência de um<br />

humano e tendo canibalizado carne de um impuro da sua espécie... você continua<br />

pronto para lutar.<br />

- Claro que sim! Eu... eu... - Seth tentava responder com arrogância, mas já não<br />

conseguia pensar direito. Não esperava por Galgaris, sendo surpreendido de<br />

novo... não sabia como argumentar.<br />

- Você está lutando por instinto. Por isso você não consegue falar ou se explicar.<br />

Você se superou... mais do que seu orgulho por ser Elfo, mago, ou poderoso, você<br />

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quer viver e vai lutar por isso. Você não tem mais nada a perder, e isso o torna<br />

temível: você pode morrer, mas fará o máximo que puder para atingir seu objetivo.<br />

Isso torna seu espírito forte..e poderoso você já é.<br />

- Porque está me elogiando, Galgaris? Porque eu sobrevivi? CLARO! Eu venci<br />

você!! Se havia uma resposta para esse jogo de tortura, eu achei ela! Foi isso, não<br />

foi?<br />

- Não, seu tolo, eu estou elogiando meu servo que provou ser útil.. provou que é<br />

capaz de superar suas fraquezas e que não vai desistir de suas missões. E<br />

comemoro, não porque você venceu meu jogo, mas porque consegui prever cada<br />

passo seu, um ser de inteligência privilegiada, e te enganar até o fim. - Galgaris<br />

começou a andar em direção de Seth, com seu olhar amarelado e inexpressivo.<br />

- Galgaris? O que vai fazer? O círculo de antimagia vai te destruir!<br />

Galgaris ignorou os avisos de Seth, atravessando o "círculo antimagia" e<br />

mantendo o passo, aproximando-se dele.<br />

- Viu, Seth? Foi enganado até o final, tudo porque uma mentira bem posicionada<br />

se tornou verdade. Este não é o temido campo antimagia, até porque não tenho<br />

recursos no momento para criar um.. é um campo de magia Rúnica, onde apenas<br />

magias rúnicas podem ser ativadas, o que impediu você de usar seus outros<br />

poderes arcanos...<br />

-.... mas... e meus poderes rúnic....<br />

- Você também se esqueceu que EU sou a fonte de seu poder, e fui EU quem te<br />

deu as habilidades de conjurar encantamentos rúnicos.... logo, eu posso remover<br />

sua runa se for necessário.<br />

-... mentiroso! Minha runa continua marcada aqui e...<br />

- É claro que você não levou em conta que eu conjurei magias rúnicas nesse<br />

campo - que você não pode usar, mas eu sim - e que usei de ilusão para que a<br />

marca "continuasse" aí, bem como usei da mesma ilusão para que você perdesse<br />

seu rosto... como você previu, mas não pode comprovar...<br />

- E-ee-eu - o Elfo olhava apavorado para o morto-vivo dois passos a sua frente, de<br />

olhar impassível, que continuava a falar:<br />

- Cada dedução que você fez foi planejada, de modo a fazer você cair ainda mais<br />

fundo em seu castigo. Você chegou a beira da loucura e olhou nos olhos da morte<br />

por privação de alimento e sono, além de da humilhação de perder seu rosto, seus<br />

poderes e ainda ser subjulgado naquilo que é mais forte: sua inteligência.<br />

Seth não suportou olhar mais para Galgaris e caiu de joelhos, sem saber o que<br />

fazer ou pensar. Estava tudo acabado. A vitória era dele... agora, certamente, viria<br />

o golpe de misericórdia...<br />

- Agora, meu caro, está tudo acabado. - Galgaris segurou firmemente a corrente<br />

que prendia os braços de Seth , erguendo suas mãos acima da cabeça do Elfo, e<br />

com um violento puxão, usando sua outra mão, arrebentou a corrente, deixando o<br />

prisioneiro livre. Seth olhou para Galgaris, assustado com o ocorrido.<br />

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- Venha, meu discípulo. Você renasceu e precisa de banho, alimento e descanso.<br />

Depois te devolverei sua runa - Galgaris virou-se para a saída, caminhando até<br />

ela. Seth o olhava, com um misto de fúria e admiração.<br />

"Eu te odeio, Galgaris" - pensava Seth - " Te odeio com todas as minhas forças e<br />

até o fim dos meus dias. Desta vez eu perdi, e serei seu discípulo.. para aprender<br />

a ser tão igual e tão odioso quanto você e poder finalmente te destruir!"<br />

Galgaris olhou para trás, vendo que Seth ainda não havia saído do chão.<br />

- Se eu digo pra vir, você deve vir. O que eu digo, deve ser obedecido, e não<br />

questionado. Levante-te e anda!<br />

Seth se moveu, seguindo seu mestre à saída.<br />

[OFF]<br />

Finalmente o desfecho. Aos fãs do Galgaris e do Seth, espero que a história tenha<br />

agradado e perturbado tanto pela situação quanto pelas "sacadas" de ambos os<br />

lados. Espero também ter apresentado melhor o lado planejador do Galgaris, que<br />

planeja suas ações e contra-ações pensandovários e vários passos a frente , o<br />

que, na minha opinião, é o que torna ele mais "perigoso".<br />

Abraços<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Nov 3 2007, 11:35 AM<br />

Amatsu<br />

Kai se levantou, esperando a dupla tranquilamente e com um sorriso irônico no<br />

rosto.<br />

- Ué, não falaram que iam emb* - Kai saltou pra trás qdo Fei tentou acertar um<br />

soco cruzado.<br />

- Fei, para com isso, ele é um bobo invejoso! - berrava Sailorcheer, um pouco mais<br />

distante dos dois. - Vamos pra casa!<br />

- O QUÊ VOCÊ INSINUOU, SEU MANÉ?! - Fei continuava a atacá-lo, mostrando<br />

nitidamente que não ouvia nenhum dos dois. Sailorcheer não fazia o menor<br />

esforço para segurar o Rúnico.<br />

- Eu achei que você já.... tinha cansado....dos treinos aqui...- Kai falava enquanto<br />

esquivava ao mesmo tempo dos golpes - Fora que... falar a verdade pra essa<br />

garota a machuca tanto assim por quê?! - indignava-se Kai ao mesmo tempo que<br />

Fei berrava um palavrão imenso, pulando com fúria em cima de Kai.<br />

- Fei, não fale palavrões! - pediu Sailorcheer, ruborizada com o que ouviu - E não<br />

vale a pena bater nele por isso. Vamos pra casa que o Juquinha e o Kaiden devem<br />

estar com fome...<br />

Kai saltou pra trás e ficou com um sorriso estampado na cara.<br />

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- O senhor Ackhart fica um bocado bravinho qdo mexem com sua garota, hein?<br />

Fei travou e olhou na direçao de Sailorcheer, perguntando mentalmente se ela<br />

havia dito o seu nome para Kai. Apenas recebendo a negativa da garota. Kai<br />

começou a rir.<br />

- Vocês acharam mesmo que eu ia cair na história do "By-Tor"?<br />

- Eu sei q o By-Tor tem um nome estranho, mas infelizmente ele existe - disse<br />

Sailorcheer, contrariada.<br />

- Parem com essa palhaçada...vocês precisam aprender MUITO antes de tentarem<br />

me enganar...<br />

- Pff... eu não tenho nada pra falar com vc...e meu sobrenome é Ackhart sim, pq,<br />

algum problema? - Fei disse, revoltado, ainda com os punhos cerrados.<br />

- Agora quem não quer mais ficar discutindo com vcs sou eu... portanto - rremessa<br />

a carta pra cima dos dois depois de amassa-la por completo - vcs que fiquem com<br />

isso, que pertence ao Fei. Qdo vcs estiverem de cabeça mais fria, posso entregar<br />

a vcs o restante das tralhas que tem por aqui...<br />

Fei pega a carta no chão, curioso, e começa a ler. Ao mesmo tempo, Sailorcheer<br />

retira 3 kunais escondidas e arremessa na direção de kai, tentando acertar os pés.<br />

Pego de surpresa, duas kunais acertam diretamente os pés de Kai, conseguindo<br />

esquivar da outra apenas por ter tombado no chão, berrando de dor.<br />

- SUA &#$¨#&$¨#&¨$#&<br />

- Ops, não era pra ter acertado - Sailorcheer disse, cínica.<br />

- Depois de TUDO o que eu fiz pra vcs, me aprontam essa?! Saiam daqui!! - Kai<br />

berrava com furia, enquanto que Fei ainda lia atentamente a carta, como se<br />

estivesse em outro mundo não reparando mais no que acontecia em sua volta e<br />

com um olhar totalmente vazio.<br />

- Eu não te matei exatamente porque reconheço que me curei aqui. Mas não vou<br />

tolerar que me menospreze, me diminua ou que minta para mim.<br />

- Ele não é nem um pouco parecido com o pai dele... imagina se ele ia deixar de<br />

traçar uma garota por tanto tempo assim?! - babando de raiva, enquanto tira as<br />

adagas do pé. Sailorcheer após ouvir Kai, vira as costas e puxa Fei pelo braço,<br />

não se importando mais para o que o ninja dizia.<br />

- Deveria deixar vcs morrerem na porta de Amatsu!!!! - berrando pra eles ouvirem.<br />

Fei acompanhou Sailorcheer sem tirar os olhos da carta, visivelmente chocado<br />

com o que lia. Sailorcheer, não reparando nisso, apenas arrastava o noivo para<br />

longe de Kai.<br />

- E garota, certamente vc ainda está nessa situação pq não é nem um pouco<br />

atraente!!! - esbravejava Kai, com fúria de ter sido pego de surpresa por uma<br />

garota que ele considerava totalmente inferior em técnicas de luta.<br />

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Sailorcheer mostrou o dedo do meio ao longe para Kai e berrou de volta.<br />

- Pelo menos não tenho barriguinha de saquê! GORDO! - e pensou - " Uau, e não<br />

é q isso é bom? Agora eu sei pq o Fei xinga tanto!"<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Nov 22 2007, 10:19 PM<br />

O que diabos era aquela carta? O que foi tudo aquilo que o panaca do Kai ficou<br />

falando sobre... meus... pais? Será que foi tudo armação como a Sailor está<br />

dizendo desde a hora que saímos de lá?<br />

Não, não é possível. Tudo o que está escrito na carta está certo, a localização da<br />

espada, a forma como abria aquela porta daquele templo bizarro... até mesmo as<br />

inscrições élficas. Como o Kai poderia saber disso tudo sem pelo menos<br />

conhecê-los?<br />

Minha mente está meio confusa. Confusa? Ou será que eu não queria admitir a<br />

verdade mesmo?<br />

Ou não queria realmente descobrí-la.<br />

Por isso fiquei vagando meio sem rumo por RuneMidgard... não fiquei procurando<br />

muito por respostas... será que estava na verdade com medo do que encontraria?<br />

Mas medo do que?<br />

O sol de Amatsu parece que está me torrando. Quanto mais eu ando, mais fraco<br />

parece que estou me sentindo. Por que a Sailor continua correndo desse jeito?<br />

Por que ela continua a falar desenfreadamente assim enquanto corre agarrando<br />

minhas mãos?<br />

Para onde a gente está indo mesmo? Olho em minha volta, estamos saindo de<br />

Amatsu. Alessëa, Yan... será que o tal filho que queriam proteger era eu mesmo?<br />

Será que após todos esses anos finalmente eu descobri o nome dos meus pais?<br />

Mas por que diabos eles teriam em posse uma espada daquelas... por qual motivo<br />

essa proteção? Por que o Kai conhecia eles?<br />

Paro de andar. Minha cabeça começa a latejar. Sinto o suor escorrendo em minha<br />

testa. Maldito sol que insiste em me incomodar. Por que agora meu corpo parece<br />

não me obedecer mais? Estou sentindo minhas pernas ficarem pesadas. Acho que<br />

a Sailor percebeu isso, ela parou de andar e correu na minha direção. Ela<br />

começou a falar de novo, céus! Será que ela imaginou que eu parei de andar por<br />

causa disso? Eu mal consigo coordenar as idéias dela na minha mente de tanto<br />

que ela fala!<br />

Alessëa, que nome é esse? Maldição! Por que eu não consigo parar de pensar<br />

nisso? Por que que desde que li aquela carta fiquei com essa espécie de nó na<br />

garganta? Se os meus verdadeiros pais morreram mesmo, quem se importa? Eu<br />

nem mesmo os conheci, que se dane o que fizeram ou deixaram de fazer. Idiotas<br />

são eles que se mataram para me salvar!<br />

Hum... acho que eu pensei alto. Por algum motivo a Sailor mudou a expressão<br />

dela e parou de falar. Está me olhando de forma... estranha. Ela me envolveu com<br />

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seus braços e está me abraçando com muita força e falando palavras<br />

consoladoras no meu ouvido.<br />

Eu não preciso disso, droga! Não vou me abalar por pessoas que eu nem conheci.<br />

Não é o mesmo que acontece com ela, que fugiu da casa dos pais para virar<br />

mercenária. Ela sente-se mal com isso, mas eu não! De forma alguma me sentiria<br />

assim!<br />

De repente sinto minhas mãos tremendo, minha voz mal sai. O que diabos está<br />

acontecendo comigo? Estou até ofegante agora, a Sailor me leva até uma sombra<br />

numa árvore e me faz deitar no seu colo. Será que estou ferido e não sei ainda?<br />

Ela começa a acariciar meu rosto suavemente e percebo só agora que meus olhos<br />

ardem, estão encharcados. Ela fala baixinho para eu me acalmar. Então eu<br />

realmente estou sofrendo com essa notícia que eu recebi e não percebi? Fecho<br />

meus olhos e percebo que as poucas palavras que consigo dizer para ela é que<br />

agora não posso mais xingar meus pais por terem sido irresponsáveis a ponto de<br />

terem um filho que não puderam criar.<br />

Algum tempo se passou. Se foram minutos ou horas eu não sei, mas o sol horrível<br />

de Amatsu já não está mais tão forte. De alguma forma, minha mente está mais<br />

tranquila agora. A Sailor me pede para eu ser forte nessa situação e diz que estará<br />

comigo sempre.<br />

De fato, como pude me esquecer disso nesse momento de pura insanidade?<br />

Quando eu quis vir para Rune Midgard eu procurava um lar e imaginava que o<br />

encontraria ao saber o paradeiro dos meus pais. Apesar de agora eu saber que já<br />

não é mais possível encontrá-los, pelo menos uma de minhas metas eu consegui<br />

cumprir: tenho um lar.<br />

Não é com Alessëa, Yan ou com qualquer aparentado meu, mas o que importa<br />

isso? Meu lar e minha família agora é com essa garota que tenho parada na minha<br />

frente, com olhar preocupado por causa do meu estado.<br />

Levanto, respiro fundo e estendo minha mão para a Sailor. Digo que devemos nos<br />

apressar para pegar uma embarcação para Alberta para voltarmos logo para casa<br />

e vejo um sorriso enorme surgindo no seu rosto.<br />

A Sailor continua sendo um remédio melhor do que qualquer vinho que já tomei<br />

em dias assim!<br />

OFF<br />

*aliviada pela Lug ter disponibilizado o arquivo antigo de clãs no fórum oficial*<br />

Bueno, demorou mais saiu. A demora tá feia por causa da facul, mas acho que<br />

agora finalmente vai \o/<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Nov 23 2007, 10:43 PM<br />

A viagem até chegar em Alberta tinha sido longa e cansativa. Fei não conseguia<br />

calcular muito bem quantos dias se passaram, no porão daquela embarcação<br />

clandestina onde eles estavam. Sailorcheer aparentava estar bem melhor e se<br />

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recuperando cada vez mais dos ferimentos provocados por Seth. E ele conseguia<br />

ajustar melhor suas idéias em relação ao que fazer dali por diante em relação ao<br />

que soube sobre seus pais.<br />

A chegada da embarcação foi à noite, numa região próxima a cidade. Rapidamente<br />

as pessoas foram conduzidas para fora, juntamente com os contrabandos. Fei e<br />

Sailorcheer saíram rapidamente, buscando o caminho para a cidade, afim de<br />

encontrarem um portal de volta para Geffen ou Juno.<br />

Estranhamente, Fei notou uma aglomeração muito grande de pessoas em Alberta.<br />

Assim como uma trilha enorme de pessoas que pareciam estar migrando para<br />

aquela região, sem motivo aparente nenhum. Antes que Fei conseguisse saber o<br />

motivo, Sailorcheer o puxava pela manga, indicando um sacerdote que abriria um<br />

portal para irem até Geffen.<br />

Quando chegaram na cidade, novamente uma sensação estranha. As ruas<br />

estavam desertas demais. Apesar de ser madrugada, naquele horário era possível<br />

ver pelo menos pessoas saindo da taverna. Mas ela estava fechada. Não havia<br />

muitos lâmpiões acesos nas cidades. Geffen parecia abandonada a própria sorte.<br />

Sailorcheer foi até o banco da praça, ver se havia algum recado por lá. Fei foi<br />

diretamente na casa do alquimista Malchir. Após ficar insistentemente batendo na<br />

porta e o chamando, o alquimista abriu, com uma expressão assustada.<br />

- F-Fei?! Você voltou!? Achei que tinha morrido! Você e a Sailor!! - Malchir falava<br />

com espanto, mas ao mesmo tempo com um tom de voz muito baixo, como se não<br />

quisesse ser ouvido.<br />

- O que tá acontecendo aqui, ô alquimista metido a mafioso? Por que tá tudo tão<br />

vazio assim? O taverneiro por acaso morreu e estão em luto aqui em Geffen?<br />

- Aff, pára de bobagem, Fei, seu alienado! Fica sumindo dessa forma e não sabe o<br />

que tá acontecendo por aqui!<br />

Malchir puxou Fei para dentro de sua casa e rapidamente o colocou a par da<br />

situação. Boatos se espalharam em toda RuneMidgard que uma guerra sem<br />

precedentes estava para acontecer e que todos deveriam fugir de suas casas e se<br />

refugiarem em Alberta. Ou então sofrer as consequências caso permanecessem<br />

nas cidades.<br />

- Bah... esse povinho que fica caindo em boatos assim chega a ser ridículo. Deve<br />

ter sido algum amigo do bardo ou ele próprio que espalhou isso por aí...<br />

- Boatos ou não eu estou saindo daqui. Já preparei minhas coisas e partirei pela<br />

manhã...<br />

Fei não questionou a atitude de Malchir naquele momento. Afinal, como ele iria<br />

vender numa cidade vazia? Certo era o alquimista de sair de lá e ir para onde a<br />

maioria da população estaria mesmo. Toda essa situação se passava na cabeça de<br />

Fei quando se reencontrou com Sailorcheer na praça de Geffen tempos depois.<br />

Ela lhe mostrou uma carta de Leafar, que estava presa ao banco:<br />

"Fei, Sailor, saudações.<br />

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Pode soar estranho, mas prazer, eu sou Leafar.<br />

Acredito que sabem que o Leafar que conheceram não era exatamente eu. Longa<br />

e confusa história, que eu terei o maior prazer de contar algum dia com calma, sob<br />

a lareira da casa dos meus pais, em uma noite agradável.<br />

O fato é que um grande mal está se aproximando dos reinos. Os sinais estão<br />

começando. Temo que uma guerra tão grandiosa quanto a que exterminou a<br />

Ordem do Dragão no passado recomece.<br />

Eu lutarei nessa guerra. Estou montando um posto de resistência na taverna lesta<br />

de Prontera, e gostaria de pedir sua ajuda nesta batalha que se aproxima.<br />

Que nossas habilidades, armas e corações possam superar o mal e garantir nossa<br />

existência.<br />

Abraços,<br />

- Leafar Belmont"<br />

E assim que o Rúnico reparou em 3 Dragões, tempos depois, tentando evacuar a<br />

cidade, deduziu que realmente precisava saber o que estava acontecendo em<br />

Rune Midgard desde que saíram de lá há várias semanas. Enviou uma carta para<br />

Leafar via Kafra e, tempos depois, seguiu para Prontera, juntamente com a<br />

mercenária. Encontrariam uma guerra sem precedentes acontecendo, muitos a<br />

chamando de a guerra que traria a Ruína de Rune Midgard...<br />

OFF<br />

Ruína de Rune Midgard... finalmente... affe... isso sim que foi demora pra postar<br />

um relatório de RP<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Nov 24 2007, 06:59 PM<br />

As guerras continuavam incessantemente dia após dia em Rune Midgard. Hordas<br />

de monstros atacavam todas as cidades.<br />

Os que quiseram ou conseguiram fugir, rumaram para Alberta, única cidade<br />

segura graças a fortes barreiras criadas pelo exército de Tristam III.<br />

Os que resolveram lutar contra as invasões, juntaram-se em Prontera ao comando<br />

de Leafar, líder da Ordem do Dragão. Os guerreiros mal tinham tempo de se<br />

recuperar ou descansar que logo os ataques dos monstros reiniciavam com fúria.<br />

A enfermaria da cidade começava a ficar sem recursos para abrigar tantos<br />

guerreiros feridos.<br />

Os raios de Sol começavam a emanar sobre os escombros de várias casas de<br />

Prontera, destruídas pelas guerras, anunciando um novo dia. Fei permanecia<br />

sentado embaixo de uma árvore, com Sailorcheer cochilando, com a cabeça<br />

apoiada em seu colo. Permaneceu em claro aquela noite junto com a garota, de<br />

prontidão enquanto os demais descansavam.<br />

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Dia após dia a rotina se tornava daquela maneira...<br />

Por mais que quisesse mostrar que não estava inseguro com a situação, até<br />

fazendo pouco caso do que estava acontecendo, ele sabia que ela estava ficando<br />

insustentável. E os últimos ataques o deixaram preocupado quanto a garantir a<br />

própria segurança, quem dirá de sua amada que repousava ao seu lado naquele<br />

momento. Ataques que antes levavam poucos minutos para serem contidos,<br />

estavam levando infindáveis horas. Até quando aquilo iria continuar?<br />

Deu um suspiro profundo e olhou fixamente para uma das mãos de Sailorcheer. O<br />

anel que lhe havia dado pedindo sua mão em casamento estava lá. O Rúnico ficou<br />

apreensivo de repente.<br />

"E se... um de nós não conseguir sair vivo dessa guerra? Não conseguiria cumprir<br />

a promessa que eu fiz para ela... e a Katrina nunca iria concretizar um de seus<br />

sonhos..."<br />

Fei empalideceu. Não poderia deixar isso acontecer de forma alguma. E começou<br />

a pensar em alguma solução para a situação.<br />

Tempos depois, enviaria uma mensagem para Alberta endereçada a Malchir. Assim<br />

que recebeu a resposta do alquimista, o Rúnico procurou por Sailorcheer, que<br />

estava conversando com Leafar e outros guerreiros sobre os últimos dias.<br />

Fei pediu para que a mercenária o acompanhasse para uma conversa particular. A<br />

garota estranhou a seriedade dele e o seguiu.<br />

Quando estavam devidamente afastados do barulho gerado pela constante<br />

conversa dos guerreiros em volta das fogueiras na cidade, Fei olhou fixamente<br />

para os olhos da garota, segurando suas mãos.<br />

- Sailor... eu queria realmente falar isso em uma ocasião melhor... mas eu não sei<br />

quando e como isso tudo vai acabar. - Sailorcheer ouvia Fei, atenta - o que eu<br />

queria saber é... bem...<br />

- O que foi, Fei? - a garota piscou os olhinhos, estranhando seu comportamento.<br />

Fei respirou fundo e falou.<br />

- Eu queria saber se... você já está pronta para se casar comigo... o quanto antes,<br />

pode até mesmo ser amanhã mesmo....<br />

- F-Fei... - Sailorcheer ficou roxa com o pedido do rúnico e antes de conseguir<br />

responder, ele continuou.<br />

- Eu sei que você queria planejar uma festança... mas... com toda essas guerras,<br />

não sabemos se... - Fei parou para pensar um pouco e continuou - bem... não<br />

sabemos se as pessoas todas que iríamos convidar estarão em condições para<br />

participar do casamento... você viu como eles lutam mal pacas!<br />

- Fei! - Sailorcheer mostrou-se meio indignada com o comentário.<br />

- Errr... enfim... de qualquer forma... se você estiver pronta, eu prometo que farei o<br />

impossível para que ele seja especial, como você sempre quis...<br />

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Sailorcheer continuou sem jeito, ouvindo Fei se explicando sem parar.<br />

- Mas mas mas... Fei... por que tanta pressa?<br />

- Ué... e se acontecer de algum dos nossos convidados ser mort... digo,<br />

impossibilitado de sair da cama da enfermaria por alguns anos ou a nossa vida<br />

toda? Ele não poderia ver a maior cerimônia da vida dele! Ou você iria ficar<br />

esperando a vida toda por isso? - Fei tentava convencer a garota de todas as<br />

formas possíveis, sem mostrar a preocupação com o que poderia acontecer aos<br />

dois caso algum evento mais trágico acontecesse na guerra.<br />

- É... pensando por esse lado... - Fei olhou esperançoso para a Rúnica com o<br />

comentário.<br />

- Ahn... então... você aceita?<br />

- Ah, se você faz tanta questão assim, é claro que aceito, Fei... - disse Sailorcheer,<br />

extremamente sem jeito ao mesmo tempo que o rúnico a abraçou com força,<br />

aliviado.<br />

-------<br />

No dia seguinte, Sailorcheer reparou em um embrulho, ao lado de sua cama. Ao<br />

abrí-lo, qual foi a sua surpresa quando reparou que o vestido que vinha<br />

arrumando há meses para o seu casamento estava nele.<br />

Ela o buscou em suas mãos, com delicadeza, vendo cada detalhe e sorrindo. Não<br />

sabia como Fei havia conseguido ir até Juno para buscá-lo em tão pouco tempo.<br />

Mas ficou feliz por ele ter feito aquilo por ela.<br />

OFF<br />

Depois perguntam pq o Fei faz tanto sucesso com as mulheres - mais que o<br />

Claragar<br />

E sim! Finalmente chegamos na Ruína de Rune Midgard! Em breve tá tudo<br />

certinho por aqui! Final de aulas rulz \o/<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Dec 16 2007, 10:58 PM<br />

Já era noite em Prontera quando aquele bando de gente começou a chegar no<br />

único lugar que restava em pé na cidade por causa dos ataques: a Catedral de<br />

Prontera. Estranhamente hoje houve poucos ataques na cidade e eles foram<br />

rapidamente contidos pelos guerreiros liderados pelo Leafar.<br />

Eu não vi a Sailor o dia todo. Aquelas sacerdotisas e outras garotas arrastaram ela<br />

para longe, falando para eu não seguí-las. Como se eu não soubesse onde ela<br />

estava. Um dia esse povo entende como os rúnicos conseguem se localizar tão<br />

bem. De qualquer forma, disseram para mim que dava azar ver a noiva antes da<br />

cerimônia, então resolvi seguir a tal tradição. O que eu menos quero é que algo<br />

atrapalhe isso.<br />

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O Zandorgard veio há pouco me trazendo um... smoking? Falou que eu deveria<br />

me vestir com aquilo. Cara, nunca me senti tão afogado em toda minha vida, ô<br />

roupa horrível de se movimentar que é essa! Quando terminei de me vestir, me<br />

senti igual aqueles figurões de palácios reais. Como eles conseguem vestir esse<br />

tipo de roupa o tempo todo?<br />

Permaneci meio longe da Catedral um tempo enquanto eu reparava na quantidade<br />

de pessoas entrando nela. Pelo menos parece que esse casamento vai servir para<br />

esse povo se animar um pouco, eles parecem tão... felizes. Não entendo muito<br />

bem qual é o motivo de tamanha felicidade na expressão das pessoas, quem está<br />

casando com ela sou eu. Vai ver fizeram alguma aposta e apostaram certo. É deve<br />

ser isso.<br />

De repente senti alguém dando um toque no meu ombro. Quando virei para trás,<br />

percebi que alguns rúnicos lá chegaram. Mettakill continuou com a expressão de<br />

sempre - não poderia ser diferente com aquela máscara -, apenas gesticulando e<br />

parando com os braços cruzados apoiado numa parede. O monge Kinhu tentava<br />

de todas as formas controlar aquela bruxa rúnica para ver se ela parava de me<br />

encher a paciência falando para eu deixar a Sailor. E aquele bardo desprezível ao<br />

lado dela, apoiando nos seus comentários.<br />

Meu humor melhorou quando reparei no bebum Rúnico Nodles chegando. Ele<br />

trazia três garrafas de vinho com ele e me deu... um gole de uma das garrafas. Ele<br />

disse que o restante seria para ele beber na cerimônia. Aceitei. Pelo menos minha<br />

sede iria passar.<br />

Foi quando ouvi o líder dos Dragões me chamar de longe. Ele dizia que eu já<br />

deveria estar dentro da igreja. Não entendi muito bem por qual motivo, mas em<br />

seguida senti os Rúnicos me arrastando na direção do altar e me largando lá.<br />

Reparei na quantidade de gente sentada esperando aquilo e senti um leve frio na<br />

barriga, sabe-se lá porque.<br />

Senti alguém tossindo ao meu lado. Era um outro Rúnico, que dizia ter o poder de<br />

realizar a cerimônia por algum motivo que não me recordo, mas parece que ele<br />

tinha algum acordo com algum deus aqui da região. Enfim, aceitei.<br />

Claragar ficou tocando algumas músicas para perturbar a multidão que não parava<br />

um minuto de falar, olhar e apontar para mim. Minhas mãos estavam suadas, acho<br />

que foi por causa daquela roupa horrível.<br />

De repente, o público inteiro parou de falar. Respirei aliviado, mas em seguida o<br />

Claragar começou a tocar outra música, mais melodiosa e todos se levantaram,<br />

fazendo uma espécie de corredor na igreja. Estremeci. Alguém estava chegando<br />

de braços dados com o Zandorgard. Era... a Katrina.<br />

Engoli em seco. Esfreguei os olhos e olhei novamente para os dois. Não imaginava<br />

que era possível a Katrina se tornar mais bela ainda do que já era. Conforme eles<br />

se aproximaram de mim, percebi que meu coração começava a bater mais forte,<br />

como se acompanhasse o ritmo deles. Todas as pessoas admiradas com a noiva e<br />

eu boquiaberto no altar.<br />

O Zan passou a mão da Katrina para mim e falou algo imperceptível, nem prestei<br />

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atenção. Como ela estava linda. E percebi que minhas mãos estavam tão frias<br />

quanto as dela. Eu dei um suspiro profundo e reparei que ela sorriu para mim,<br />

totalmente enrubescida. Eu beijei sutilmente as costas de sua mão e ouvi o tal<br />

padre rúnico pigarrear na nossa frente.<br />

- Boa noite a todos... - e ele olhou em volta, reparando nos convidados e sorrindo -<br />

Imagino que todos aqui saibam porque estamos reunidos...<br />

Eu realmente imaginava que sabia porque EU estava ali. Não consegui parar de<br />

olhar para Katrina, mas parece que com o olhar ela pediu para eu olhar na<br />

direção... do velhote. Ok, vou dar um pouco de atenção para ele.<br />

- Estamos reunidos aqui, nesta noite... uma noite de orações para muitos... mas,<br />

para alguns, uma noite de decisões...<br />

Será que ele vai demorar muito? Senti que a Katrina apertou minha mão com<br />

força. Será que ela está bem? Bem... melhor que esse padre qualquer um deve<br />

estar, ele parece estar mais prá lá do que prá cá.<br />

- Muitas pessoas estão hoje, nas ruas de nosso mundo, sem acreditar no que<br />

haverá manhã... e muitos ainda, não acreditam mais na palavra "amanhã"... mas,<br />

ao ver o que estou vendo agora duas pessoas tomando não só uma decisão, mas<br />

sim, consumando um ato de amor e ainda mais confiando este ato de amor nas<br />

mãos duvidosas deste sacerdote...<br />

Ahn... como assim mãos duvidosas? Porque ele ficou com essa cara de bobo<br />

falando isso? Esperava REALMENTE que ele soubesse o que estava fazendo... se<br />

ele por acaso estragasse essa cerimônia de alguma forma, mandaria ele direto<br />

para as profundezas de Glast Heim.<br />

- Eu acredito de certa forma, ainda mais na esperança e principalmente, no<br />

amanhã - o padre nos encara demoradamente e eu ergo uma sombrancelha. O<br />

que diabos ele tá querendo? - Bem... as alianças, estariam aqui?<br />

Ah! Era isso! Ele queria as alianças! Retirei elas de um dos bolsos do meu<br />

smoking e as coloquei na palma do padre velhote tagarela. Não sei se foi<br />

impressão minha, mas poderia jurar que vi as runas cravadas em cada uma das<br />

alianças brilharem por um instante. Em seguida, ele elevou as mãos que<br />

carregavam as alianças no altar.<br />

- Deus, Deuses, anjos e espíritos... e a todos os outros seres que nos guiam...<br />

derramem suas bençãos nesta noite... em especial, sobre estes símbolos. Sinais<br />

de que apesar de tudo, no mundo existe amor...<br />

Respirei aliviado e sorri para o Rúnico. Ele retribuiu o sorriso de forma meio marota<br />

para nós dois.<br />

- Hora da amarração e do juramento, queridos...<br />

A Katrina deu um risinho contido do meu lado quando ele disse isso. Eu estranhei.<br />

Como assim "amarração"? Eu não sabia que seria preso por aqui. Eu deveria ter<br />

perguntado antes para mais gente como seria essa tal cerimônia desse cara. Mas<br />

minha preocupação passou quando vi que ele devolveu uma das alianças para<br />

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Katrina e ela a segurou com delicadeza e sorrindo.<br />

- Por favor, repita após de mim.. "Eu, Sailorcheer"...<br />

- Eu, Sailorcheer...<br />

A voz da Katrina demonstrou claramente que ela está um bocado nervosa. Será<br />

que ela estava arrependida?<br />

- "Aceito você se assim me aceitar, Fei Ackhart..."<br />

- Aceito você se assim me aceitar, Fei Ackhart...<br />

Olhei fixamente para Katrina, enquanto ela continuava repetindo o que o velhote<br />

dizia. Como eu poderia não aceitá-la de alguma forma?<br />

- "como meu legítimo esposo..." - sinto que ele disse isso e olhou para cima,<br />

parecendo meio indignado. Espero que seja só impressão minha.<br />

- como meu legítimo esposo...<br />

Hum... "esposo"? Eis que recebi um título novo agora...<br />

- "e prometo, por toda a minha vida, amá-lo e respeitá-lo, sob qualquer situação..."<br />

- E prometo, por toda a minha vida, amá-lo e respeitá-lo, sob qualquer situação...<br />

"Prometo".A satisfação com que ouvi essa simples palavra se tornou indiscrítivel<br />

naquele momento.<br />

- "até que a morte nos separe."<br />

- Até que a morte nos separe.<br />

Katrina terminou de falar, com um lindo sorriso no rosto. Eu não conseguia parar<br />

de fitá-la e ela buscou minha mão esquerda, colocando a aliança que estava com<br />

ela em meu dedo, delicadamente. Respirei fundo. Parecia até que essa aliança<br />

estava mais pesada do que era antes. Será que era magia? Vi o sacerdote<br />

sorrindo e enquanto entregava a segunda aliança para mim. Eu por um momento<br />

quase a deixei cair. Acho que a Katrina transferiu o nervosismo para mim, não é<br />

possível.<br />

- Por favor, repita comigo..."Eu, Fei Ackhart..."<br />

- Eu...<br />

Minha cabeça deu uma pontada ao mesmo tempo que ouvi o desprezível do<br />

Claragar berrando na minha mente "Vai, Milord". Maldito seja esse bardo! Respirei<br />

fundo e comecei de novo.<br />

- Eu, Fei Ackhart...<br />

- Aceito você se assim me aceitar, Sailorcheer...<br />

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- Aceito você - olhei fixamente para Katrina e sorri - se assim me aceitar,<br />

Sailorcheer...<br />

- "como minha legítima esposa..."<br />

- Como minha legítima - reparei que ela começou a ficar mais envergonhada nesse<br />

momento - esposa...<br />

- "e prometo amá-la e respeitá-la, em qualquer situação por toda minha vida..."<br />

- E... - disse, pausadamente - PROMETO amá-la e respeitá-la... em qualquer<br />

situação... por toda minha vida...<br />

Assim que eu coloquei a aliança no dedo da Katrina, houve uma explosão de<br />

aplausos e vibração por parte dos presentes. O sacerdote rúnico, então, pediu<br />

para eu finalizar a cerimônia dando um beijo na Katrina, o que imediatamente<br />

atendi. Busquei ela em meus braços e nossos lábios se encontraram pela primeira<br />

vez como marido e mulher.<br />

<br />

OFF<br />

Bueno, desse RP saiu um videozinho tb, para quem não viu ainda, aqui vai o link:<br />

http://www.youtube.com/watch?v=DytUrEykh2E<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jan 8 2008, 08:12 PM<br />

Sailorcheer abriu os olhos assim que Fei pediu. Ele acabara de chegar com a<br />

garota carregada no colo naquele quarto belíssimo de Jawaii. Ela ficou com os<br />

olhos arregalados, encantada com o lugar, enquanto Fei a levava até a cama,<br />

onde a largou fazendo-a balançar por causa das molas. Sailorcheer riu quando<br />

percebeu que não conseguia se equilibrar direito e não reparou na expressão de<br />

Fei, que mantinha o olhar fixo nela.<br />

"E agora, o que eu faço?". Fei engoliu em seco pensando no que faria a partir dali.<br />

Sabia muito bem que o único empecilho que o impedia de tomar Sailorcheer como<br />

sua mulher havia acabado no momento em que o sacerdote Bedwyn havia os<br />

declarado casados. Por outro lado, sabia também que não era uma situação tão<br />

simples assim, para ambos.<br />

Nunca havia se sentido daquela forma antes. Afinal, a garota não era qualquer<br />

uma e sim sua esposa, daquele dia em diante. Mesmo assim, será que Sailorcheer<br />

conseguiria esquecer daquele dia terrível de seu sequestro? Ele já havia tentado<br />

algumas vezes ver como ela lidava com aquela situação, mas em todas elas sabia<br />

que havia falhado.<br />

Sailorcheer se apoiou e ficou sentada na cama, estranhando a reação do rapaz.<br />

Começou a ficar meio corada quando percebeu que o olhar de Fei estava meio<br />

diferente do normal, fixo nela, sem falar nada. E naquele momento sentiu um<br />

calafrio, imaginando o que poderia acontecer a partir dali.<br />

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- Fei? - falou com a voz meio contida - Está tudo bem?<br />

Ao ouvir a voz da garota, Fei acordou dos seus pensamentos e suspirou. O olhar<br />

da garota denunciou qual era a sua preocupação. Provavelmente o próprio olhar<br />

do Rúnico demonstrava a mesma coisa, por isso ela reparou. Respirou fundo. Será<br />

que se a garota soubesse que ele também estava preocupado ela se sentiria<br />

melhor? Ou a situação pioraria, afinal, ele poderia servir exatamente como ponto<br />

de apoio e segurança para que ela acreditasse que tudo iria acabar bem, ao<br />

contrário da última vez.<br />

- Ah, sim... claro que está, Katrina... - o rapaz falou com um sorriso no rosto<br />

enquanto procurava algo com os olhos - eu estava... ah! Olha, só, eu estava<br />

procurando isso! - e apontou para uma pequena mesa ao lado da cama, onde<br />

havia uma garrafa com duas taças. - Disseram para mim que é uma tradição tomar<br />

isso quando se casa... nem que seja um gole... para dar sorte ou algo assim....<br />

O rapaz buscou a champagne e começou a abrí-la, tentando disfarçar o que<br />

realmente estava sentindo naquele momento. Sailorcheer sorriu, sentando-se ao<br />

lado de Fei, observando ele tentar nervosamente abrir a garrafa. Deu uma risada<br />

discreta quando ele esbravejou umas duas ou três vezes, xingando a "maldita<br />

rolha que não saía".<br />

Ambos riram quando a champagne estourou, molhando o chão do quarto. Em<br />

seguida, Fei encheu cada uma das taças, dando uma para a garota. Levantou a<br />

taça que restou em sua mão, brindando.<br />

- À noiva mais linda que Rune-midgard já teve... e à esposa que qualquer um<br />

gostaria de ter ao seu lado!<br />

Ambos beberam de suas taças; Sailorcheer mal sentiu o sabor suave da bebida,<br />

estranhando as bolhinhas de gás que estouravam em sua língua, enquanto Fei,<br />

de um só gole, bebeu metade do conteúdo. "Bah, isso é mais fraco que o vinho<br />

mais fraco que já bebi!" - pensou. Pousou sua taça na mesa e aproveitou para tirar<br />

a que estava nas mãos da garota, assim que percebeu que ela mal havia tocado<br />

na bebida.<br />

Em seguida, ajoelhou-se diante dela, deixando-a enrubescida. Buscou as costas<br />

de uma das mãos da garota e a beijou suavemente. O toque do rapaz causou um<br />

certo arrepio nela, que suspirou com um sorriso tímido. Em seguida, Fei olhou de<br />

forma ameaçadora para sua amada, empurrando-a de costas na cama e caindo<br />

sobre ela. Sailorcheer ficou sem reação, um pouco assustada com o que Fei<br />

estava fazendo, até o momento que ele começou a fazer muitas cócegas na<br />

barriga dela. Ela começou a rir e se debater, pedindo para que Fei parasse com<br />

aquilo.<br />

- Mas é uma fracote mesmo!<br />

- Não sou não! - mostrou a língua para o rapaz, e o empurrou para o lado, rolando<br />

para cima dele e o "prendendo", tentando fazer o mesmo. Fei não demorou muito<br />

para mudar a situação, prendendo novamente os braços da garota e ficando com<br />

um sorriso maldoso no rosto. Sailorcheer não pensou duas vezes em morder de<br />

leve um dos braços do rapaz.<br />

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- Cholta!!<br />

- Ah, é? Eu mordo também, quer ver? - o rapaz foi diretamente no pescoço da<br />

garota, mordiscando várias vezes.<br />

Porém, o que começou como uma brincadeira, se tornara algo diferente. A cada<br />

leve mordida que Fei dava em seu pescoço, a garota sentia um arrepio que ela<br />

não sabia mais como evitar. Fei, percebendo o estado dela, soltou seus braços e<br />

apoiou-se sobre seu corpo. Sailorcheer engoliu em seco, sem saber o que fazer, e<br />

o rapaz começou a acariciar suavemente seus cabelos e tocar levemente seu<br />

rosto. Ela fechou os olhos, sentindo o carinho com um longo suspiro, enquanto<br />

Fei sussurrava em seu ouvido.<br />

- Eu te amo, Katrina...<br />

- Eu também... eu... nunca me senti tão feliz...<br />

Fei sorriu e a beijou de forma intensa, enquanto sentia todo o seu corpo clamar<br />

pelo de sua amada. Ao final do beijo, a garota ficou vermelha e falou de uma<br />

maneira quase imperceptível, menos para os ouvidos do rapaz.<br />

- Eu... espero não desapontar você.<br />

(Continua - Siiiiim, tem MUUUUITO mais por aí... já avisando que o próximo post<br />

pode ser inadequado para puritanos =X<br />

PS: Sim, eu sou sacana e gosto de deixar todo mundo esperando... *aprendeu<br />

com a Florette* =3)<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jan 11 2008, 02:54 PM<br />

(Continuação... devo salientar que o próximo post possui cenas que podem ser<br />

consideradas impróprias para menores (viu, twi? ), mas nada tão grave quanto<br />

a novela das 8 =P<br />

E sim, é songfic... \o/)<br />

"Eu... espero não desapontar você?! O que ela está falando?"<br />

Fei não conseguiu responder, pois foi silenciado por outro beijo dado pela garota.<br />

Entendeu isso como um pedido para não falar mais nada sobre o assunto e ele<br />

aceitou. Como ela poderia desapontá-lo? Mais fácil ele fazer isso, caso o que<br />

fizesse naquela noite não fosse prazeiroso para a garota e só a lembrasse de fatos<br />

tristes e traumáticos.<br />

"Seems like I've gone off the side of a mountain,<br />

Couldn't be sure I was even alive,<br />

Fallen from the icy heights, Landed with a broken cry,<br />

In this valley of shadow and sorrow and sighs<br />

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Can you save me, ba<strong>by</strong>?"<br />

"Parece que eu caí das escarpas de uma montanha,<br />

Não sabia se eu estava viva ou não,<br />

Afastada das alturas gélidas, Caí com um grito abafado,<br />

Neste vale de sombras e tristezas e suspiros<br />

Você pode me salvar, querido?"<br />

Sabia que aquela noite seria crucial para a vida de ambos, agora que Sailorcheer<br />

o havia aceitado por completo. E tentava buscar a frieza suficiente para esquecer<br />

tudo o que havia acontecido até então. O sequestro covarde da garota; o estupro<br />

que ela sofreu. Evathium já estava morto há muito tempo e tudo que ele fez com a<br />

garota deveria ser esquecido. Fei sabia o quanto isso ainda era difícil, mas de<br />

alguma forma ele teria que evitar ao máximo que ela se lembrasse daquilo que<br />

passou.<br />

Nem mesmo Siegfried, o tio da garota, poderia aparecer naquele quarto para<br />

atrapalhar. E se as guerras estivessem acontecendo, que pelo menos naquela<br />

noite eles tivessem paz. Que pelo menos uma vez na vida eles esquecessem um<br />

pouco das obrigações e responsabilidades para poderem se amar como nunca<br />

fizeram.<br />

"Nobody lives without love,<br />

Nobody gets to give up,<br />

You can try to lock your heart away,<br />

But love will come back for you some day...<br />

Nobody Lives Without Love..."<br />

"Ninguém vive sem amor,<br />

Ninguém consegue desistir,<br />

Você pode até tentar trancar seu coração,<br />

Mas o amor voltará para você algum dia...<br />

Ninguém vive sem amor..."<br />

Com tudo isso em mente, Fei se ajoelhou ao lado de Sailorcheer, fazendo com<br />

que ela ficasse da mesma forma. A admirou por um breve momento, a luz das<br />

velas iluminavam a garota de uma maneira inebriante. Sailorcheer suspirou fundo<br />

e deixou-se levar pelas mãos de Fei, que agora buscavam os botões de seu<br />

vestido. Conforme o desabotoava, Fei beijava com leveza seus ombros à mostra.<br />

Sailorcheer arrepiava a cada toque, apertando o seu vestido com as mãos.<br />

"Thought I could live my life as a stranger,<br />

Hide from the heartbreak that love always brings,<br />

Make it to the higher ground, and try to turn the volume down,<br />

Couldn't stop the sirens from singing...<br />

Sing for me, ba<strong>by</strong>..."<br />

"Pensei que poderia viver distante dos outros,<br />

Me esconder das decepções que o amor traz,<br />

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Ficar num patamar superior, e tentar abaixar o volume,<br />

Mas as sereias continuaram a cantar...<br />

Cante para mim, querido..."<br />

Conforme a garota ficava cada vez mais desnuda, Fei ficava mais fascinado. Ele já<br />

a vira nua antes, principalmente ao cuidar de ferimentos graves que Sailorcheer<br />

sofrera algumas vezes. Mas, naquela noite, parecia que ele estava vendo o corpo<br />

dela pela primeira vez. Talvez porque aquela fosse a primeira vez em que ela<br />

estivesse se entregando completamente para ele, como sua esposa.<br />

Assim que retirou seu vestido por completo, o rapaz tentava manter todo o desejo<br />

que sentia sob controle. Sailorcheer deitou-se, seu rosto demonstrando toda sua<br />

timidez por aquela situação. Fei apoiou-se sobre ela, os olhos praticamente<br />

hipnotizados por tamanha beleza. A garota engoliu em seco, tentando criar<br />

coragem, e vagarosamente começou a desabotoar a camisa do rapaz.<br />

"Nobody lives without love,<br />

Nobody gets to give up,<br />

You can try to lock your heart away,<br />

But love will come back for you some day...<br />

Nobody Lives Without Love..."<br />

"Ninguém vive sem amor,<br />

Ninguém consegue desistir,<br />

Você pode até tentar trancar seu coração,<br />

Mas o amor voltará para você algum dia...<br />

Ninguém vive sem amor..."<br />

Fei percebeu o grau de nervosismo dela quando viu que as mãos de Sailorcheer<br />

estavam tremendo enquanto deixava o peito dele mais a mostra. Pela primeira vez,<br />

ela realmente começou a encarar seu corpo. Os últimos treinos de Fei deixaram<br />

seus músculos do tórax e braços ainda mais definidos. Sailorcheer tentou disfarçar<br />

essa constatação, voltando seu olhar para o rosto do rapaz. E ao mirar os olhos<br />

azuis acizentados dele, ela deu um suspiro contido não entendendo ao certo o<br />

que estava sentindo.<br />

"You came along like a flash of pure lightning,<br />

Crashed into my life like a runaway star,<br />

Feels like I'm falling in gravity-zation,<br />

Now I'm standing here offering a stranger my heart..."<br />

"Você apareceu como a luz de um relâmpago,<br />

Entrou em minha vida como uma estrela fugitiva,<br />

Sinto como se eu estivesse caindo sob ação da gravidade,<br />

E agora estou aqui, oferecendo meu coração a um desconhecido..."<br />

Fei, por outro lado, sabia o que estava acontecendo. Aproximou-se do rosto da<br />

garota e começou a beijá-la de forma intensa, ao mesmo tempo que ele retirava o<br />

que restou de sua roupa. Sailorcheer se envolveu com o beijo e as carícias do<br />

rapaz, fechando os olhos, e não reparou no momento exato em que ele afastou<br />

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suas pernas e se posicionou entre elas. Fei ouviu um gemido contido assim que a<br />

penetrou, mas não sentiu resistência por parte da garota como das outras vezes<br />

que havia tentado. Isso lhe deu liberdade o suficiente para continuar, seu pescoço<br />

envolvido pelos braços dela, que agora o segurava com força. A respiração de<br />

ambos cada vez mais pesada e ofegante. Sailorcheer fraquejou, soltando o<br />

pescoço do rapaz e curvando-se para trás, seus olhos fechados com força,<br />

buscando o folego de forma angustiada ao mesmo tempo em que uma onda de<br />

prazer que ela nunca havia sentido tomava seu corpo por completo. Fei aumentou<br />

a velocidade dos próprios movimentos sobre ela, sentindo o suor escorrer pelas<br />

suas costas e perdendo a força tempos depois, desabando de forma ofegante,<br />

apoiando a cabeça sobre os peitos da garota.<br />

Ela abriu os olhos assim que recuperou sua respiração habitual e envolveu<br />

delicadamente o rapaz, que estava esgotado sobre ela. Ele, por outro lado, deu<br />

um suspiro profundo com uma certa dose de alívio ao reparar que, aparentemente,<br />

estava tudo bem. O olhar da garota poderia estar meio confuso naquele momento,<br />

mas de forma alguma assustado com o que ele fez. Não disseram nada, a troca<br />

de olhares e sorriso entre os dois era suficiente naquele momento.<br />

"You can even lock your heart away,<br />

But love will come back for it some day..."<br />

"Você pode até trancar seu coração,<br />

Mas o amor voltará a ele algum dia..."<br />

Com o pouco de força que lhe restava, o rapaz a trouxe em seus braços,<br />

fazendo-a se aninhar entre eles. Assoprou a vela que ainda estava acesa dentro<br />

do lampião, observando apenas a pequena luminosidade da Lua invadindo o<br />

quarto pela janela. Com uma das mãos, trouxe o lençol, cobrindo ambos. E,<br />

finalmente, sussurrou para Sailorcheer, pouco antes dos dois se renderem ao<br />

sono.<br />

- Descanse, Katrina... a partir de hoje, tudo vai ficar bem... eu prometo...<br />

"Nobody Lives Without Love..."<br />

"Ninguém vive sem amor..."<br />

OFF<br />

Weeeee... finalmente! Após uma enrolação de anos em RP o Fei finalmente<br />

conseguiu (achei que o Fei iria virar padre de verdade por causa da Sailor o.o)...<br />

BTW, a música é "Nobody Lives Without Love" de Eddi Reader - tem na trilha<br />

sonora de Batman Returns. Por sinal, é a música tema da nossa amada assassina<br />

(agora algoz - em OFF ainda) =3<br />

Edit: Postei a tradução da música feita pela Sailor =3<br />

Posted <strong>by</strong>: Kanehito Jan 11 2008, 05:09 PM<br />

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WOOOW!!!<br />

bem, voce avisou antes de começar... eu adorei *-* naum ficou vulagar e mesmo<br />

assim ficou sexual... só axei que foi poco pra noite de nupcias deles... muito DVD<br />

[deita vira e dorme]<br />

mas enfim, naum estamos falando de lisandra hahahahahaha<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jan 11 2008, 06:09 PM<br />

Pois eh... DVD foi ateh muita coisa no caso da Sailor<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Feb 23 2008, 02:41 PM<br />

Galgaris abriu os olhos repentinamente. Seu corpo estava sentado na parede<br />

rochosa da caverna onde se refugiava, mas o pequeno lampião ainda estava<br />

aceso, o que significava que Seth estava cumprindo a missão. Um rápido olhar<br />

pela sala e Galgaris viu o elfo, sentado na mesa de madeira improvisada que<br />

Passadina jones havia feito. O elfo percebeu os movimentos do morto vivo.<br />

- Acordou, "mestre"? - disse Seth, fingindo se importar. Ele não gostava de<br />

Galgaris, mas a aliança com ele ainda era a melhor escolha. - Já faz semanas que<br />

você está aí apagado.<br />

- Não estava dormindo, Seth. Estava planejando e avaliando meus passos.<br />

Também descobri coisas importantes.<br />

- E o que seria? - perguntou o mago, pouco interessado e espreguiçando,<br />

mostrando cansaço - A localização da minha espada?<br />

- Não. Não fui atrás disso - Galgaris desconsiderava o desdém de Seth e<br />

respondia com seriedade - Descobri que meu corpo está deteriorando.<br />

- Pra mim parece a mesma coisa...<br />

- Acredito que não perceba, pois a deterioração é bem lenta. Mesmo as minhas<br />

habilidades de recuperação não restituem ele inteiramente.<br />

- Isso quer dizer que em um ano você vai esfacelar e morrer? - Seth tentou<br />

disfarçar um sorriso sarcástico, falhando miseravelmente.<br />

- O corpo deve esfacelar em pouco tempo, talvez 40 anos, dependendo da<br />

intensidade das batalhas que virão. Mas não fique tão feliz. Basta eu mudar de<br />

hospedeiro.<br />

Seth ficou desconcertado. Ele, como elfo, poderia esperar 40 anos... mas aí ele<br />

trocaria de corpo de novo, e continuaria dando ordens. Que fiasco! "Mais um plano<br />

a ser re-elaborado", pensava ele.<br />

- Aliás - continuou o morto-vivo - Você fez o que eu mandei?<br />

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- Sim, mestre - Seth apontou para três baús de porte médio - Um deles possui<br />

pergaminhos com feitiços básicos e intermediários. O Segundo possui uns poucos<br />

amuletos básicos que pude fazer, e o terceiro ainda está vazio.<br />

- Porque tanta demora? - questionou Galgaris em tom seco. Seth o olhou<br />

indignado, levantou-se de onde estava e disse, em tom de voz alterado:<br />

- Porque você só tem uma fonte de sangue pra escrever esses malditos rituais!<br />

- o elfo apontava para o ser disforme que Galgaris mantia vivo para roubar seu<br />

sangue. Galgaris olhou para Seth com seu rosto inexpressivo de sempre e o<br />

encarou. O mago baixou a cabeça e sentou-se novamente.<br />

- Assim é melhor. - Galgaris Quero que vá a Prontera e compre uma espada de<br />

qualidade para mim. Precisarei também de uma lança.<br />

- Comprar? Que diabos de ser maligno é você? - protestou Seth, sem entender<br />

nada. Galgaris olhou para ele novamente e respondeu:<br />

- Eu não sou maligno, Seth. Eu só mudo as coisas para que fiquem melhor, custe<br />

o que custar. E segundo, comprar armas é comum neste reino. Chamará menos<br />

atenção do que eu atacar um carregamento de armas e fazer a guarda ficar atrás<br />

de nós. Faça isso que eu vou até Juno buscar Passadina. Precisarei dele.<br />

- Tá... posso comprar isso em Geffen?<br />

- Não. Geffen é pequena e nossos "amigos" podem estar por lá. Eles acabariam te<br />

reconhecendo. Prontera é mais movimentado. Não esqueça de cobrir suas marcas<br />

élficas.<br />

- Certo, "mestre" - Seth já puxou o capuz, cobrindo, a contragosto, suas orelhas e<br />

parte do rosto. - Quando você deverá voltar?<br />

- Muito em breve. E quando eu voltar, começaremos a agir. - Galgaris aprumou-se<br />

e cobriu-se com a pesada capa, indo, junto com Seth para fora da caverna.<br />

[off]<br />

Vamos começar a fazer as coisas funcionarem!!<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Feb 24 2008, 12:23 AM<br />

- Finalmente em casa!<br />

Fei falava com uma certa dose de alívio, a medida que abria a porta de sua casa<br />

em Juno. Sailorcheer, já abraçada ao filhote de lobo Kaiden que pulou em seus<br />

braços ao perceber sua chegada, mantinha um sorriso no rosto. Finalmente<br />

parecia que as guerras em RuneMidgard tinham dado uma pausa e eles poderiam<br />

aproveitar um pouco da paz que haviam conquistado.<br />

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Assim que entrou, porém, Fei ouviu uma movimentação diferente na casa.<br />

Sailorcheer continuou brincando na entrada com Kaiden e não reparou que o<br />

Rúnico, com olhar desconfiado, mantinha uma das mãos sobre a adaga presa a<br />

sua cintura, andando lentamente.<br />

"Será que é a pirralha? A Katrina pediu para ela cuidar desse zoológico montado<br />

aqui..."<br />

Ao chegar próximo a sala, sentiu um calafrio quando reconheceu o vulto que<br />

estava sentado, com as pernas esticadas sobre a mesa de centro, saboreando um<br />

pedaço de carne assada e olhando para Fei com um brilho demoníaco nos olhos.<br />

Fei, por outro lado ficou com um olhar totalmente revoltado ao observar uma de<br />

suas garrafas de vinho reservadas tombada no chão, vazia. Nesse momento, ele<br />

esqueceu totalmente com quem estava lidando, esbravejando.<br />

- O que diabos você tá fazendo aqui acabando com meu vinho, seu desgraçado?!<br />

- tomou ar de novo e pensando em mais um detalhe que passou desapercebido<br />

num primeiro momento - Aliás... o que você está fazendo aqui, INVADINDO nossa<br />

casa?!<br />

- Vejo que o vinho é muito mais importante que sua casa, não é mesmo? -<br />

Siegfried disse, dando um risinho irônico, sem sair do lugar e aproveitando para<br />

dar mais uma mordida no pedaço de carne.<br />

Antes que Fei pudesse responder, reparou que Sailorcheer chegava na sala<br />

também, se perguntando porque o Rúnico estava berrando daquela forma. Travou<br />

assim que reparou no seu tio. Siegfried desviou sua atenção de Fei, olhando de<br />

cima a baixo para sua sobrinha.<br />

- Eu achei que você não gostasse de ver essas coisas dentro de casa, Katrina -<br />

Siegfried chutou de levinho a garrafa de vinho já tombada, enquanto Fei bufava de<br />

raiva.<br />

Sailorcheer não conseguiu expressar em palavras a surpresa de encontrar seu tio<br />

lá. Já Fei, avançou para cima de Siegfried apontando o dedo indicador em sua<br />

cara.<br />

- Escuta aqui, o tiozinho sumido....*<br />

- Sumido nada que estou aqui há 3 semanas esperando vocês... - interrompeu<br />

imediatamente Siegfried, com ar de desdém - Posso saber o que estava fazendo<br />

com minha sobrinha todo esse tempo?<br />

- Heh... acredito que você não queira saber.. - Fei sorriu com o canto da boca<br />

enquanto ouvia um chamado imediato de Sailorcheer<br />

- Fei!!! - extremamente sem jeito e vermelha.<br />

Siegfried virou o olhar na direção de Sailorcheer.<br />

- Nós só estavamos lutando, tio!!! Não fizemos nada de mais!!!<br />

Fei olhou para Sailorcheer meio indignado enquanto Siegfried dava uma risadinha.<br />

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- Ei, Sailor... não precisa se preocupar. Já falei que agora que você é minha<br />

esposa, não tem que ter vergonha dessas coisas. Ele que tem que ter vergonha<br />

de ficar invadindo nossa casa assim!<br />

- Ele queria que seus bichos morressem de fome, viu, Katrina? Belo marido esse<br />

que você foi arranjar... - Siegfried roía o osso do que sobrou de sua refeição.<br />

- Ô ignorante! Claro que não!! A pirralha tava vindo aqui pra isso! E normalmente<br />

ela não ataca nossa despensa, viu?!<br />

- E quem você acha que escondeu ela para que aqueles monstros não a<br />

atacassem, hein? - ao terminar de falar, arremessou o osso na cabeça de Fei que<br />

não teve qualquer reação, tamanha era a raiva que estava sentindo.<br />

- Ah, seu desgraçado!!! - Fei pulou em cima de Siegfried mas foi bloqueado pelo<br />

pé do assassino, que o acertou em cheio no peito. Enquanto empurrava Fei para<br />

longe com o pé, Siegfried arremessou uma bolsinha cheia de moedas nas mãos<br />

de Sailorcheer.<br />

- Essa casa precisa de comida, Katrina... vai lá comprar!<br />

Sailorcheer olhou para a bolsinha entre as mãos, tornou a olhar atordoada para o<br />

tio e disse com a voz meio fraca e trêmula.<br />

- S-sim senhor... - e pensou - "Ele vai me matar quando descobrir que eu quase<br />

morri!!!"<br />

- Ahn?! Quem é você para dar ordens para ela, o mané?! - Fei segurou um dos<br />

braços de Sailorcheer, impedindo ela de andar. Siegfried deu de ombros e falou.<br />

- Tudo bem! Katrina, dê a bolsa para ele que é ele quem vai fazer as compras...<br />

Fei ergueu uma sombrancelha, incrédulo com o que ouviu. Pegou a bolsinha e<br />

jogou em cima do tio da garota novamente.<br />

- Compre sua própria comida e arranje uma estalagem para dormir, tio mandão! E<br />

agora, vê se nos deixa em paz!<br />

- Mas mas mas... Fei - Sailorcheer interrompeu - foi ele que salvou a sua vida!!<br />

- O que?! Foi culpa dele você ter sido quase morta em Glast Heim?! Disso eu não<br />

sabia!!! Baita tio traíra você tem, hein?! Nem pensou na sua segurança!!<br />

Sailorcheer empalideceu com o comentário de Fei.<br />

- Na verdade ele não queria que eu fosse...<br />

- Quase morreu? Que história é essa? - Siegfried se levantou, dirigindo-se a<br />

fruteira da cozinha, sendo acompanhado pelo olhar raivoso de Fei. Voltou<br />

mordendo uma maçã. - Essa fui eu que comprei, as outras estavam estragadas...<br />

VIU, FEI?<br />

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- É que, pra variar, você parece não ter defendido sua protegida na hora que<br />

precisou... DE NOVO. - Fei esbravejou.<br />

- Mas você que é o marido dela... - deu outra mordida na fruta - não eu. Quem<br />

deve protegê-la é você!<br />

- Se sou eu, o que diabos você tá fazendo aqui?! Dá o fora, eu sei protegê-la!<br />

Olha, ela tá viva e inteirinha! Aliás... devo dizer... BEM viva... - faz um sorriso<br />

sacana para cima de Siegfried, que passou desapercebido pela Rúnica.<br />

- É mesmo? - o assassino retornou o sorriso sacana de Fei - E quando eu serei<br />

tio-avô, Katrina?<br />

- Hein?! - Fei ergueu uma sombrancelha - Tá louco, né? Pára de falar bobagens!<br />

- M-mas... tio... ainda não deu... tempo... - pegou novamente a bolsinha que<br />

estava largada no chão - E-eu vou lá fazer compras e já volto... tá? - a garota saiu<br />

rapidamente, ruborizada, enquanto Fei ficou com uma expressão confusa.<br />

- Tempo? Como assim? - o rapaz pensava alto, com uma das mãos coçando o<br />

queixo. Quando viu Sailorcheer saindo pela porta, olhou para Siegfried e pouco se<br />

importou com o último comentário - Ok, agora que ela saiu... por que você tá aqui<br />

mesmo? Que eu saiba, não tô te devendo nada!<br />

- Eu só estava curioso... para onde mesmo aquele portal levou vocês?<br />

- Isso só interessa à mim e à Sailor... - Fei disse, birrento, e Siegfried sorriu com o<br />

canto da boca.<br />

- E você simplesmente resolveu dar umas voltinhas com a minha sobrinha<br />

enquanto aquele elfo fresco mirradinho saía de lá com aquela sua espada? - Fei<br />

travou por um breve instante, e percebeu naquele momento que o assassino<br />

também estava em Glast Heim naquele dia.<br />

- Pff... já ví tudo... você estava lá também... foi por isso que mandou a Sailor lá,<br />

né, seu panaca? Você deve trabalhar para eles! Sabia que você não era de<br />

confiança... vai querer terminar o serviço agora, é? - Fei imediatamente<br />

desembainhou a adaga, mirando em Siegfried, que apenas riu.<br />

Diante da reação do tio da garota, Fei partiu para cima, tentando atacá-lo.<br />

Siegfried rolou para trás, levantando do sofá. Buscou duas adagas e apontou uma<br />

delas para Fei.<br />

- Eu bem que gostaria de acabar com sua raça, mas parece que ela gosta de<br />

você...<br />

Fei não deu a mínima para o comentário e ficou numa postura defensiva.<br />

- Tá querendo o quê? Fazer eu acreditar em você? Não sou assim tão ingênuo,<br />

mané!<br />

- É uma pena... eu podia dar informações sobre sua preciosa espada, mas como<br />

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você não acredita em mim, acho que vou pegá-la para meu próprio uso...<br />

Fei começou a rir.<br />

- Vai falar mais o quê, agora? Que também sabe o paradeiro daquele elfo? Que<br />

sabe quem foi que matou os meus pais? Ou então quem foi que roubou a última<br />

rodada de poker na taverna?<br />

- Não é preciso ser um gênio para responder essa última pergunta... - o assassino<br />

sorriu com o canto da boca, debochando de Fei - mas eu sei o paradeiro da<br />

espada...<br />

- Pode ficar com ela então! - Fei deu com os ombros - Eu não me arrisco a ficar<br />

mais com aquela coisa!<br />

Siegfried guardou as adagas e começou a caminhar na direção da porta.<br />

- Bom... já fiz tudo o que devia fazer aqui... - e antes, de atravessar a porta - e seu<br />

vinho era menos ruim quando você não usava as uvas de Juno...<br />

Fei arremessou a adaga na direção da porta, xingando. Após reparar na adaga já<br />

no chão após o erro de mira, Siegfried sorriu ironicamente para Fei.<br />

- Dê lembranças para minha sobrinha... fracote...<br />

Fei correu com os punhos cerrados na direção da porta, mas já era tarde.<br />

Siegfried já estava fora de vista.<br />

- Sabe da espada e daquele elfo... sei... esse cara deve estar ganhando uma<br />

grana alta para trabalhar com eles... o que será que eles ainda querem da gente?<br />

- reparou em Sailorcheer vindo com uma sacola de compras em sua direção - Em<br />

todo caso... acho que não é mais seguro permanecermos aqui em Juno...<br />

OFF<br />

O lider louco pediu, a gente faz!<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 4 2008, 10:32 PM<br />

Dias depois, Sailorcheer chegava em casa após um dia de treino. Tentava se<br />

esquivar das brincadeiras de Kaiden e do peco-peco Juquinha enquanto entrava<br />

na casa, com algumas sacolas de compra. Assim que chegou, percebeu um<br />

bilhete de Fei que estava pousado na mesa da cozinha.<br />

"Ah, ele já deve estar chegando dos negócios dele com o Malchir..." - pensou,<br />

meio contrariada por imaginar o Rúnico se encontrando com o alquimista, cujo<br />

nariz ela já tinha quebrado - "Vou aproveitar para deixar a janta pronta, então..."<br />

Algum tempo depois, enquanto terminava de cozinhar um suculento assado, a<br />

garota ouviu baterem na porta de entrada. Imaginando que fosse seu tio que havia<br />

voltado, afinal Siegfried tinha saído no outro dia sem se despedir e Fei tinha as<br />

chaves da casa, ela foi atender a porta. Assim que a abriu, porém, a surpresa foi<br />

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um pouquinho pior do que ela imaginava. Um homem de sakkat, que ela<br />

conheceu muito bem em Amatsu, estava parado aguardando a recepção.<br />

- Oh, puxa... que surpresa... agradável... - Kai olhou para o alto, respirando fundo<br />

e em seguida continuou - Poderia me dizer onde está o Ackhart?<br />

- Não! - Sailorcheer simplesmente fechou a porta na cara do ninja, deixando-o sem<br />

reação. Após xingá-la mentalmente pela recepção calorosa, Kai bateu novamente<br />

na porta. Sailorcheer abriu uma pequena fresta, onde só era possível ver o seu<br />

rosto, e falou de forma ríspida novamente - Que foi?<br />

- Tá... vamos fazer de uma forma bem simples e prática, já que nossa empatia é<br />

mútua. Eu tenho uma encomenda pra ele, você a recebe e eu vou embora, que<br />

tal? Eu cumpro minha missão e você... hmmm... deixa o Ackhart feliz...<br />

- Se for pra me livrar logo de você, eu faço qualquer coisa. - Sailorcheer dizia com<br />

um olhar furioso.<br />

- Puxa... qualquer coisa? - Kai buscou uma pequena bolsa que mantinha nas<br />

costas até então - Você não deveria ser tão fácil assim...<br />

Um grito de dor ecoou naquela região de Juno em seguida, a ponto dos pássaros<br />

saírem voando em disparada. Kai encolhido de joelhos no chão, esbravejava<br />

contra a Rúnica que soltava um risinho maldoso.<br />

- E então? O que você tinha mesmo para entregar?<br />

- Sua.... - Kai custava a respirar, tamanha era a dor que estava sentindo entre as<br />

pernas após a joelhada dada pela garota - eu deveria queimar essa droga e falar<br />

que entreguei!!! - arremessou na direção dela a sacola que levava.<br />

- É só isso? - Sailorcheer tranquilamente buscou a sacola no chão - Então tá.<br />

Tchau!<br />

O momento que Kai viu a porta fechando novamente, não sabia se xingava<br />

novamente a garota ou ficava aliviado por não ter mais que vê-la na sua frente.<br />

Levantou-se do chão com certo custo e rumou para longe dali.<br />

"Eu não mereço esse tipo de coisa... acho que vou mudar minha área de missões<br />

para Arunafeltz....."<br />

(Continua)<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 15 2008, 01:55 AM<br />

Assim que fechou a porta, Sailorcheer trouxe a bolsa que Kai lhe entregou de<br />

maneira tão amistosa. Nela havia uma espada um tanto diferente das que já havia<br />

visto e um pequeno caderno que se parecia bastante com um diário.<br />

Ao tocar a lâmina da espada, a garota sentiu uma aura maligna emanando dela.<br />

Não se parecia muito com as espadas que ela já havia visto. Achando que poderia<br />

ser uma armadilha de Kai, Sailorcheer embainhou a espada novamente e a deixou<br />

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de lado. Ela iria lembrar de comentar sobre a arma com Fei.<br />

Em seguida, buscou o diário. A capa estava velha e puída, suas folhas,<br />

amareladas. Manuseando-o com cuidado, ela começou a folhear o livro. Ele estava<br />

escrito em Rúnico, língua que ela já havia aprendido graças a Fei. E as primeiras<br />

páginas mostravam a quem pertencia: Yan Ackhart. Interessada, esqueceu de<br />

finalizar o jantar daquela noite e começou a ler. Percebeu que uma boa parte do<br />

começo do diário fora arrancada.<br />

"Alberta, 10.o dia do inverno,<br />

Conseguimos chegar finalmente em Alberta e arrumar uma embarcação rumo à<br />

Philai. O confronto com aqueles elfos miseráveis de Seth está se tornando<br />

constante, esperamos que nossa vinda para Alberta não tenha lhes chamado a<br />

atenção.<br />

Muito me preocupa a saúde de Alessëa. Parece que a cada dia que passa de sua<br />

gravidez, ela fica mais fraca. Não sei exatamente o que está acontecendo, nem ela.<br />

De nada estão adiantando as poções que arrumei com um antigo alquimista. Por<br />

alguma razão, ela não sai de perto daquela espada. Ela me disse que as runas<br />

estão lhe dando forças para continuar vivendo, mas eu realmente não consigo<br />

compreender nada quando ela começa com os assuntos daquele grupo antigo dela.<br />

Prefiro apenas saber que ela quer se manter viva. E espero que assim que<br />

chegarmos em Philai, consigamos escapar de vez desses malditos. Ao menos para<br />

ela poder dar a luz ao nosso filho com tranquilidade..."<br />

Sailorcheer piscou os olhinhos e continuou lendo cada uma das páginas, apesar<br />

do teor bombástico das revelações diante dos olhos dela. Cada folha mostrava o<br />

dia a dia que os pais de Fei enfrentavam no rigoroso inverno das terras dele. Ao<br />

mesmo tempo que sua mãe definhava cada vez mais, sentiam que o perigo<br />

sempre estava próximo a eles.<br />

"Algum lugar de Philai, 26.o dia do inverno,<br />

Não sei expressar direito o que estou sentindo hoje. Meu filho nasceu, há poucas<br />

horas, nessa madrugada fria. Talvez eu estivesse tão feliz quanto Alessëa está<br />

agora, se não fosse pelo fato de ver o estado em que ela se encontra após o parto.<br />

Ela perdeu muito sangue, foi muito difícil para ela dar a luz nessas condições tão<br />

precárias em que estamos aqui nessa caverna na qual nos abrigamos.<br />

Agora ela mantém o pequeno nos braços, ambos dormem tranquilamente. Pediu<br />

para que chamássemos ele de Fei. Que assim seja! Infelizmente ele não puxou<br />

muito o lado da família dela, mal tem traços élficos. Mas talvez seja melhor assim.<br />

Não entendi o motivo dela ter assustado com uma cicatriz que o pequeno tem no<br />

ante-braço. Similar a um 'R' invertido. Para mim isso é marca de nascença que<br />

qualquer recém-nascido pode ter. Mas ela realmente ficou preocupada quando viu.<br />

Talvez seja apenas cansaço...<br />

Aliás, ela aparenta estar muito cansada e fraca. Não sei por quanto tempo<br />

poderemos ainda ficar aqui nessa caverna, comendo o pouco que consigo encontrar<br />

para caçar na nevasca. Espero que ela consiga se recuperar logo..."<br />

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Sailorcheer não conseguia desgrudar os olhos do diário. Sempre haviam dito a ela<br />

que diário era "coisa de menininha" mas menininhas não passavam por coisas<br />

desse tipo. Ela continuou a ler avidamente.<br />

"Philai, 41.o dia do inverno,<br />

Esse será meu último registro aqui. Não há mais o que escrever. Não há mais<br />

sentido em viver também. Alessëa está morta graças aquela maldita crença no<br />

Poder Rúnico que tinha. Resolveu usar as últimas energias que lhe restava para<br />

selar uma caverna com magia. Lá estaria em segurança algo que poderia causar<br />

destruição de muitas pessoas, ela dizia. Ridículo ela ter morrido para guardar<br />

aquelas malditas espadas. Eu perdi a única pessoa que me importava para uma<br />

droga de relíquia élfica? Ela praticamente abandonou o seu filho para isso<br />

também? Como cuidarei dele? Eu contava com ela para fazermos isso juntos!<br />

Mestre, sei que você me alertou para não abandoná-los por ela. Infelizmente, foi<br />

mais forte que eu. De qualquer forma, pela manhã enviarei a espada que o senhor<br />

me deu e esse diário, com o relato minucioso de todas as minhas missões em<br />

RuneMidgard, antes de deixá-los. Espero que isto lhes sirva para algo.<br />

Continuarei em Philai. Sinto que minha única missão agora é cuidar para que o<br />

último desejo de Alessëa de manter o pequeno vivo seja cumprido.<br />

Nos vemos um dia no Valhalla ou Niffelheim...<br />

Yan Ackhart"<br />

Ao terminar de ler o caderno, a garota estava com os olhos cheios d'água. Devia<br />

ser difícil perder a esposa logo depois do bebê ter nascido. Em seguida, pensou:<br />

"Mas... cadê os relatos das missões?"<br />

Sailorcheer folheou novamente o diário, procurando. Obviamente estavam nas<br />

folhas que foram arrancadas.<br />

"Mas... quem teria ficado com elas?"<br />

(Continua....)<br />

OFF<br />

Sailorcheer sagaz!! \o/<br />

Muitas informações novas e pendentes, prontinhas pro Galgaris usar... /mal<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 16 2008, 11:24 AM<br />

Sailorcheer suspirou profundamente, desanimada por não conseguir mais<br />

informações do diário. Pouco tempo depois, ouviu alguém abrindo a porta principal<br />

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da casa e chamando pelo seu nome. Fei chegava, um pouco mais tarde que o<br />

habitual, com um embrulho entre as mãos. Não que a garota tenha percebido que<br />

ele havia se atrasado para janta.<br />

- Katrina...? - disse Fei, entrando na cozinha meio ressabiado, esperando uma<br />

"bronca" - Estive em Prontera hoje e estavam vendendo uns doces que você vai<br />

gostar e...<br />

Fei parou de falar imediatamente, assim que viu Sailorcheer com algo<br />

desconhecido entre as mãos. A garota, por sua vez, olhou para Fei e piscou os<br />

olhinhos.<br />

- Hum... então... - Sailorcheer, sem jeito, começou a falar, imediatamente<br />

interrompida por Fei.<br />

- Ah, eu sei que me atrasei um pouco... mas... é que eu estava resolvendo uns<br />

negócios em Prontera e... - Fei começou a se justificar ao mesmo tempo que a<br />

garota falava.<br />

- Aquele ninja gordo apareceu aqui... e... deixou um pacote pra você... mas eu<br />

fiquei curiosa e abri... mas mas mas... eu não queria ter lido tudo mas... não<br />

conseguia parar...<br />

- O Kai esteve aqui? - Fei ergueu uma sombrancelha, meio preocupado - como<br />

assim? Por que você não me chamou? E se ele tivesse feito algo com você?<br />

Sailorcheer ficou vermelha e começou a bater as pontas dos dedos indicadores<br />

uma na outra.<br />

- Então... eu bati nele...<br />

O Rúnico não sabia se ria ou ficava bravo por não ter visto a cena. Como assim o<br />

Kai ter apanhado dela e ele não ter acompanhado a humilhação?<br />

- Ahn... porque exatamente você bateu? Ele fez algo? Te atacou? Por que não me<br />

chamou pra ver?!<br />

- Não... ele não me atacou - piscou os olhinhos novamente - ele só disse que eu<br />

era... fácil... daí eu fiquei brava.<br />

- Ah, aquele desgraçado! - Fei esbravejou - ninguém fala assim de você... a<br />

próxima vez que eu vê-lo, ele vai se arrepender...<br />

- Acho que ele já se arrependeu - Sailorcheer deu um risinho, que Fei percebeu<br />

imediatamente.<br />

- Você não matou ele ainda, né? - perguntou, curioso com o que a garota tinha<br />

feito.<br />

- Não eu só... dei uma joelhada nele...<br />

Fei fez cara de dor, já imaginando onde poderia ter sido pela cara dela. Começou<br />

a rir, colocando o pacote com doces na mesa e trazendo a garota para junto de si,<br />

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pela cintura.<br />

- É... acho que você já tá sabendo se defender bem desses caras... sorte que você<br />

ainda não sabia fazer isso na época que nos conhecemos... deve doer mais que<br />

garrafada na cabeça uma joelhada sua...<br />

A garota riu com o comentário, indicando o diário que Kai havia deixado. Fei<br />

ergueu uma sombrancelha observando o diário, ao mesmo tempo que Sailorcheer<br />

trouxe a espada que tinha vindo junto com a encomenda.<br />

- O que diabos é isso, Katrina? - Fei não sabia o que olhar primeiro, desviando a<br />

atenção ora para o diário, ora para a espada que permanecia nas mãos dela - Que<br />

raio de espada é essa? E esse diário?<br />

- Ahn... eles eram do seu... pai?<br />

Fei engasgou com a resposta da garota, com os olhos arregalados. Ela não falou<br />

mais nada, indicando o diário com a cabeça. O rapaz, intrigado e com um certo<br />

nervosismo, começou a folhear. Um silêncio agonizante se estabeleceu na<br />

cozinha, somente cortado quando Kaiden latia do lado de fora da casa. Fei,<br />

mergulhado nas anotações, mal se mexia. Sailorcheer saiu do seu lado,<br />

aproveitando para fazer a janta que não tinha terminado.<br />

Algum tempo depois, a garota é surpreendida por um barulho seco, de algo sendo<br />

arremessado em uma das paredes da casa. Ouviu abrir um ármario na sala, e os<br />

passos pesados de Fei indo em direção a porta, pouco se importando com ela.<br />

- Fei, aonde você vai? - perguntou, perplexa.<br />

- Vou beber...! - respondeu, abrindo a porta da casa e saindo para o quintal, ao<br />

mesmo tempo que ouvia a voz de Sailorcheer na sua mente e percebia ela se<br />

aproximar rapidamente.<br />

"Ah, mas não vai MESMO!"<br />

OFF<br />

Esse ON demorou a ser feito pelas inúmeras jogadas de dados q fizemos, o loco!<br />

Amanhã continua! Próximo capítulo: Fei, o ex-bebum!<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 17 2008, 09:36 PM<br />

Fei olhou na direção da garota. Seu semblante totalmente transtornado e olhar<br />

vazio. A Rúnica reparou também que Fei mantinha uma pequena garrafa de vinho<br />

em uma das mãos.<br />

- Fei... solta isso. - Sailorcheer o intimava.<br />

- Bah, e o que você vai fazer se eu não soltar?! - disse, revoltado e já meio fora de<br />

si. - tenho que receber suas ordens agora, eu não sabia!<br />

- Bom... a escolha é sua... eu ainda tenho umas garrafas de cura-ressaca aqui... e<br />

125 de 328 03/09/2009 10:55


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se você ficar bêbado, dorme no sofá...<br />

- Ah, que se dane! - Fei abriu a garrafa e virou na boca. Sailorcheer olhou a reação<br />

de Fei, suspirou, virou-se e trancou a porta.<br />

Fei andou até uma árvore do quintal e desabou sentado, não se importando com o<br />

que a garota tinha feito. Terminou de virar a garrafa de uma só vez, limpou a boca<br />

com o braço, com certa satisfação. Arremessou a garrafa no chão com violência,<br />

vendo ela estilhaçar enquanto esbravejava novamente. Ficava com cada vez mais<br />

raiva ao pensar naquele elfo. Seth havia lhe tirado tudo. Tudo que sofrera na vida<br />

até então era culpa dele. Desde seu trabalho escravo na taverna, as inúmeras<br />

lutas que ele teve que enfrentar por não ter a quem recorrer. Foi tudo por causa<br />

do maldito. E por muito pouco ele não tirara também a única pessoa que lhe<br />

restou, Sailorcheer.<br />

- Desgraçado... - Fei murmurou, os olhos lacrimejando mas ao mesmo tempo<br />

raivosos, suas mãos tremiam de pura fúria. Respirou fundo e berrou a plenos<br />

pulmões - Eu vou te matar, seu miserável!!! - voltou a murmurar para si mesmo -<br />

Mas... eu preciso de uma arma para fazer isso... aquela espada que está dentro<br />

de casa deve servir! É isso que vou fazer!<br />

Fei levantou-se e foi na direção da porta da casa novamente, não sem antes ouvir<br />

o barulho de algo quebrando na parede de dentro. Bateu na porta da casa,<br />

chamando por Sailorcheer.<br />

- Sailor... abre... eu preciso pegar algo aí dentro... - sua voz meio alterada e<br />

engasgada.<br />

- Ah, já acabou seu vinho, é? - a garota respondeu, sem abrir.<br />

- Pára de bobagem, garota! Deixa eu entrar...<br />

- Eu avisei, não avisei? Não quero bêbados perto de mim... não mais!<br />

- Eu NÃO fico bêbado, você sabe bem disso!<br />

- Não... você deu o vinho pro Kaiden beber! - Sailorcheer permanecia<br />

respondendo com uma porta separando os dois.<br />

- Então, tá! Apenas joga aquela espada pra fora, senão vou ter que comprar uma<br />

em algum ferreiro daqui mesmo!<br />

- Ah, sabia! Você é do tipo de bêbado violento também!! - a garota ficava cada vez<br />

mais indignada com o que ouvia.<br />

- Qualquer um ficaria violento se soubesse que o assassino de seus pais estivesse<br />

a solta ainda! - berrou em fúria.<br />

- E precisa beber pra caçar ele?!?!!?<br />

- Isso não importa... vai me entregar ou não?<br />

- Se você sair de casa bêbado, não precisa nem voltar!<br />

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Fei respirou fundo, fechando os olhos. Não percebia o quanto estava<br />

descontrolado com a situação. O seu único objetivo naquele momento era ir atrás<br />

de Seth.<br />

- Tudo bem então, Sailor... provavelmente eu vá levar Seth comigo para o inferno<br />

mesmo, com ou sem essa espada. Cuide-se...<br />

Fei virou-se e começou a caminhar para longe da porta da casa. Em seguida,<br />

Sailorcheer abriu a porta e berrou para o rapaz.<br />

- Tudo bem então, se você prefere se embebedar e ir caçar alguém que você nem<br />

sabe onde está ao invés de ficar aqui comigo, é melhor ir mesmo. Eu já sou capaz<br />

de me defender sozinha, eu não preciso mais de você para me proteger... muito<br />

menos BÊBADO! - a garota arremessou uma garrafinha de cura-ressacas na<br />

direção de Fei, que não teve tempo de desviar, sentindo a pancada e trazendo<br />

uma das mãos à cabeça.<br />

- É... - virou-se na direção da Rúnica, olhando em seus olhos de forma penetrante<br />

- você realmente não precisa mais de mim mesmo...<br />

- É, eu cuido dessa casa enorme e faço comida pra dois, não porque eu sou<br />

casada e sim porque tô treinando para abrir uma droga de uma pensão! Mesmo<br />

porque é super normal uma garota se casar pra ser deixada sozinha em casa pelo<br />

marido que quer encontrar outra pessoa que ele nem sabe onde tá! Se for ficar<br />

viúva, eu tenho que arrumar um jeito de me sustentar.<br />

- Abre uma pensão então, boa forma de se sustentar! E para encontrá-lo é<br />

simples... basta eu avisar que estou a procura dele que ele vem CORRENDO me<br />

pegar!<br />

- Não vem não... ele vem ME pegar... fui eu que feri ele, não você!<br />

Fei engoliu em seco ao ouvir Sailorcheer, e não respondeu. Virou-se na direção<br />

contrária a ela novamente, deu dois passos. Tentou pensar no que ela havia dito.<br />

Sacudiu a cabeça, tentando esquecer o que ela disse. Deu mais dois passos, os<br />

punhos cerrados. "Não... ele não vem procurar ela... é a mim que ele quer!",<br />

pensou. Resolveu ignorar o último comentário da garota, começando a caminhar.<br />

"Eu não acredito que ele é tão teimoso!". Sailorcheer correu na direção de Fei,<br />

segurando-o pelo rabo de cavalo e tentando puxá-lo para casa.<br />

- Ué, o que está fazendo? Bêbados não entram na sua casa, lembra?!<br />

- E marido meu não sai de casa sem autorização!<br />

- Ah, me deixa, garota! Eu não assinei isso em nenhum lugar!<br />

Sailorcheer soltou o cabelo de Fei e olhou desanimada para ele.<br />

- Bom, você já conseguiu mesmo o que queria de mim, né? Agora você pode sair<br />

daqui sem problema nenhum. Não precisa mais voltar, tá bom?<br />

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- Mas o que...?! - Fei parou de falar, indignado com o que ouviu. Finalmente suas<br />

idéias começaram a fluir melhor, com o ataque que a garota fez. Respirou fundo e<br />

continuou, a voz um pouco mais calma - Você sabe muito bem que eu não me<br />

casei com você só por causa disso!<br />

- Então porque você está querendo ir embora e me largar aqui sozinha, se não é<br />

porque você já está satisfeito?<br />

- Eu não falei isso! - indignou-se novamente - e eu nunca faria isso com você! O<br />

que eu quero é... - parou novamente de falar, fechando os olhos, como se<br />

quisesse se conter - matar aquele elfo maldito! Só isso! Não tem nada a ver com<br />

você!<br />

- Lógico que tem a ver comigo! Sou eu que vai ficar aqui sozinha! - falou,<br />

visivelmente chateada.<br />

- Eu não quero deixar você sozinha! Eu prometi isso pra você! - Fei levou as duas<br />

mãos na cabeça, como se estivesse sentindo dor - Mas não posso deixar esse cara<br />

vivo também! Ele... - Fei fechou os olhos com força, abaixando a cabeça - O que<br />

diabos está acontecendo comigo?!<br />

Sailorcheer suspirou e abraçou ternamente seu marido, sussurrando em seu<br />

ouvido.<br />

- A gente vai pegar ele, calma... eu também quero pegar ele, lembra?<br />

- Eu não quero que você se arrisque mais caçando ele. Deixa que eu faço isso. Se<br />

ele conseguir tirar você também de mim... - Fei não conseguiu completar a frase,<br />

abraçando com força sua mulher.<br />

- E por que você pode morrer e eu não? - disse Sailorcheer, indignada.<br />

- Porque eu não suportaria viver sem você...<br />

- E eu suportaria, né?! - a garota deu uns leves tapas no braço de Fei.<br />

- Ahhh... agora admite, né? - o rapaz mostrou a língua para a garota ao mesmo<br />

tempo que sentiu um forte tapa no braço. Em seguida, ela apontou a garrafinha no<br />

chão.<br />

- E agora, trate de tomar!<br />

Fei pegou meio a contra-gosto e virou o cura-ressacas de uma só vez.<br />

- É... - falou, tentando suportar a dor no estômago causada pelo remédio - deveria<br />

ter um castigo também para uma garota que fica achando que eu só casei para<br />

usá-la! Hunf...<br />

- Ninguém mandou beber... eu avisei! - Sailorcheer mostrou a língua para Fei.<br />

OFF<br />

Briga de casal!! Chamem a Márcia Goldsmith pra resolver a situação!! \o/<br />

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Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 19 2008, 10:58 PM<br />

Tempos depois, ambos finalmente jantavam o assado que a garota tinha<br />

preparado. Fei, bem mais calmo, saboreava com gosto a comida, mais para tirar o<br />

sabor do cura-ressacas que ela havia lhe dado que outra coisa. Sailorcheer, por<br />

sua vez, devorava os doces que ele havia trazido de Prontera, satisfeita. Todo o<br />

stress causado pela encomenda de Kai havia passado e eles já agiam<br />

normalmente um com o outro.<br />

- Mas.. sinceramente, eu queria saber porque você tem tanta birra de eu beber<br />

vinho assim... - comentou Fei, entre uma garfada e outra - Não é algo que me faça<br />

mal... você sabe bem disso...<br />

- Porque... - ela parou de comer o doce e pensou um pouco, vacilando na<br />

resposta - Porque sim!<br />

- Que ótima resposta! - Fei falou, meio zombador - mas... sinceramente não me<br />

convenceu nem um pouco... por acaso algum bebum já encheu sua paciência, é<br />

isso?<br />

Sailorcheer suspirou fundo e concordou com a cabeça, sem falar nada.<br />

- o que? Foi aquele Rúnico bebum, o Modles? Se foi, eu arrebento ele!!!<br />

- Não, Fei... faz tempo...<br />

- E eu conheço o sujeito? - perguntou Fei, meio bravo - Diz quem ele é que eu<br />

arrebento então! - e pensou - "Graças a ele que tenho que tomar o cura-ressacas,<br />

afinal!".<br />

- Não... você não conhece... - falou com um certo desânimo.<br />

- Mas... o que ele fez de tão ruim pra você? - Fei ergueu uma sombrancelha,<br />

curioso.<br />

- Nada demais... ele só... batia na minha mãe... - suspirou fundo.<br />

Fei arregalou os olhos. Pensou por um momento, não acreditando no que tinha<br />

ouvido. Ela não poderia ter falado aquilo, devia ser efeito do cura-ressacas que ele<br />

tinha tomado. Provavelmente aquela poção fazia efeito no cérebro dele também.<br />

- Pera... o bêbado batia na sua MÃE? E o que o seu pai fazia?<br />

- Ahn... batia na minha mãe? - a garota respondeu com tom de resposta óbvia.<br />

O rapaz ficou pasmo com o que ouviu. Isso era algo que ele nunca iria esperar do<br />

pai da garota. Para ele seria uma atitude covarde demais, algo inimaginável. Como<br />

alguém poderia machucar uma pessoa que teoricamente amava? Teve um certo<br />

receio de fazer a próxima pergunta.<br />

- E... em você? Ele te batia também?<br />

- Não... em mim não... ele nunca encostou em mim. - afirmou a Rúnica, acenando<br />

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com a cabeça.<br />

"Se safou dessa, pai bebum..." - pensou Fei, chateado com o que ouvira de sua<br />

esposa. Buscou uma das mãos de Sailorcheer, acariciando - Ahn... mas eu nunca<br />

faria algo assim com você...<br />

- É bom mesmo, senão eu te arrebento... - Sailorcheer falou, dando risada. - Eu<br />

não sou tão indefesa quanto minha mãe.<br />

- Err... eu jamais faria algo assim - falou com determinação, abaixou a cabeça por<br />

um instante, pensando seriamente no que ouviu - Droga, Katrina, por que diabos<br />

você nunca me disse isso? Eu já devo ter te assustado várias vezes então!<br />

- Bom, você nunca perguntou... - ela respondeu ao mesmo tempo que o rapaz<br />

dava um suspiro, olhando para o alto.<br />

- Mas se eu soubesse disso... - Fei se sentiu um tanto arrependido e pensou<br />

rápido - Já sei o que vou fazer então!<br />

Fei foi até um dos armários, retirando várias garrafas de vinho de dentro e<br />

colocando em várias caixas. Uma a uma foram colocadas próximo a saída da casa,<br />

todas empilhadas. Sailorcheer olhava toda aquela movimentação, sem entender<br />

nada. Quando o Rúnico terminou, virou-se para a garota.<br />

- Pronto, Katrina. Amanhã eu vendo tudo isso e nunca mais bebidas entram aqui<br />

em casa, nem produzirei mais vinhos por aí... - respirou fundo e terminou, com<br />

convicção - e a partir de hoje, não irei mais beber também. Eu prometo.<br />

A Rúnica se espantou e admirou-se ao mesmo tempo com a atitude de Fei. Sabia<br />

que o que estava fazendo era por ela, já que ele trabalhava no ramo de vinho há<br />

muito tempo, antes mesmo de chegar em RuneMidgard. Não encontrou palavras<br />

para expressar o que sentia. Mas depois pensou um pouco na situação.<br />

- Mas... você vai trabalhar em que então, Fei?<br />

- Ah... é fácil arrumar algo pra ganhar grana por aqui. - raciocinou um tempo - Eu<br />

posso ver com o Malchir mesmo se ele não precisa de algum entregador ou algo<br />

do tipo... - Sailorcheer rosnou com o comentário e ele consertou imediatamente -<br />

talvez não....<br />

- O Malchir só te mete em confusão... não quero... prefiro o vinho...<br />

- Ahn... eu também posso arrumar algum trabalho para a... "pecolaria" de Geffen.<br />

- Mas... não é você que odeia pecos?<br />

- Errrr... ok... não é uma boa idéia também. Bem, eu tenho muita grana que<br />

consegui juntar todo esse tempo. Dá para a gente se virar numa boa aqui até eu<br />

ter uma idéia melhor. A não ser que você queira mesmo que eu continue...<br />

- Mas... as reservas são só para emergências, não são?<br />

"Err... só para emergências? Bom... a idéia do casamento era emergencial, não<br />

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teve problema eu torrar tudo pra fazer isso..." - sorriu de forma marota - É... são<br />

mesmo!<br />

- Acho que você não sabe fazer bolo, né?<br />

- Ah, olha só que ótima idéia!!! É só eu falar com uns conhecidos do comércio lá<br />

de Prontera!<br />

- Ahn... mas você SABE fazer bolo?<br />

- Bah, qualquer um aprende! É só seguir receita... igual vinho!<br />

- Bom, se você acha que vale a pena tentar... eu posso ver com minha irmã de<br />

vender também!<br />

- Imagina, Katrina... não precisa envolver a pirr... sua querida irmã nisso. Eu<br />

arrumo algo pra fazer em Prontera e aí você não precisa mais se chatear com isso.<br />

Pode confiar em mim que eu dou um jeito!<br />

- Se não tem problema então... eu continuo vendendo o que eu consigo caçar e<br />

você vende bolos!! - os olhos dela brilharam - e daí você traz uns para mim de vez<br />

em quando.<br />

- Err... ok. Pode ficar sossegada... eu acho... - e pensou - "Nota mental: não<br />

esquecer do bolo diário da Katrina..." - De qualquer forma, acho que eu te devo<br />

desculpas por sempre estar envolvido com algo que deve ter trazido tanto<br />

sofrimento para você... - falou Fei, meio triste - nunca quis te magoar.<br />

Sailorcheer acenou negativamente com a cabeça, com um sorriso largo no rosto.<br />

Correu até os braços do Rúnico e o beijou, aliviada e ao mesmo tempo feliz com<br />

as palavras dele.<br />

OFF<br />

Puxa vida... Fei parando de beber e largando a vida de produtor de vinho,<br />

momento histórico! Se a Sailor tivesse falado isso pra ele antes, as coisas<br />

poderiam ser beeeem diferentes.<br />

Bueno... após esse ON algumas infos novas surgiram. Agora o Fei e a Sailor<br />

sabem quem é o Seth - apesar do Siegfried ainda não ter revelado que Seth e<br />

Galgaris são aliados. O Fei descobriu que a mãe dele era rúnica também. E a<br />

Sailor descobriu como dobrar o Fei (apelona ).<br />

Tá bom, vai... a Sailor descobriu uma porção de coisas novas, mas ainda não<br />

postou nada pq não anda com muito tempo/inspiração para escrever.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Apr 2 2008, 12:30 AM<br />

Dias depois daquela quase encrenca com a Katrina, resolvi ir até Prontera, logo<br />

após vender aquele monte de caixas de vinho na taverna de Juno mesmo. Fui<br />

procurar aquele alquimista mafioso que ela odeia. Queira ou não, infelizmente ele<br />

que sempre fez minhas transações de grana por toda Rune Midgard. Cheguei em<br />

sua loja e de longe já deu para perceber que ele tinha um certo brilho no olhar,<br />

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assim que baixou um pouco aqueles óculos escuros para me enxergar melhor.<br />

- Ei, Fei... que história é essa de "parei com o ramo de vinho" que eu ouvi do<br />

taverneiro daqui?<br />

- É... isso mesmo... - respondi, um pouco contrariado com toda aquela história<br />

ainda, me ajeitando numa caixa de madeira ao lado dele - não vou mais ficar<br />

nessa vida não...<br />

- Ficou maluco, né? - o alquimista buscou um caderno de notas, onde procurou o<br />

nome de Fei - Tá vendo isso aqui? É sua dívida por toda aquela sua extravagância<br />

no seu casamento. Você tá zerado! Daqui a pouco vão buscar seu couro!<br />

Eu olho o tamanho da dívida. Bah, como se eu nunca tivesse algo similar antes.<br />

Um ou outro jogo de pôquer quitaria aquilo facilmente. O alquimista olhou para<br />

minha cara de pensativo e deu uma batida na minha testa.<br />

- Você tá me ouvindo? - o alquimista fechou o caderno, guardando embaixo da<br />

mesa - Ah! Já sei! Você já tem um estupendo plano pra livrar sua cara agora,<br />

como daquela vez que a gente acabou parando no meio daquele rio de Geffen,<br />

né?<br />

- Sim, eu pensei exatamente nisso - sorrio e imediatamente recebo outro tapa na<br />

testa.<br />

- Se a gente aparecer lá, tamos mortos! O gordão lá não quer ver nem nosso<br />

quadro pintado! Arruma outra.<br />

Hmm... de fato, tinha esquecido que tinha acabado com a freguesia daquele<br />

mafioso gordo de Prontera da última vez que joguei por lá. Bando de perdedores,<br />

o que eu posso fazer se eu tenho jeito pra coisa? Enquanto algumas pessoas<br />

vieram comprar aquelas porcarias que o alquimista vendia, fiquei pensando. As<br />

três coisas que sempre me deram grana: vinhos, jogo e...<br />

- Que cara é essa, Fei? - o alquimista me olhou de longe, meio preocupado com o<br />

sorriso que eu estampava na cara.<br />

- Digamos que já sei como resolver o meu problema. Como eu faço para chegar<br />

rapidamente em Amatsu, mesmo?<br />

O alquimista largou sua loja, procurando um sacerdote conhecido. Ainda não<br />

entendo como essas pessoas conseguem fazer esses portais de maneira tão<br />

precisa e sem passar dias com dor de cabeça depois, qualquer dia preciso<br />

conversar direito com algum deles para me passar umas dicas.<br />

Tempos depois, chego em Amatsu. Esse cheiro de pétalas de cerejeira é<br />

inigualável. Caminho até a casa de um não tão velho conhecido. Engraçado que<br />

quando estava quase chegando, ele já me esperava na porta. A cara dele não<br />

estava lá tão boa em me ver, mas quem liga? Eu sei que eu tenho algo que ele<br />

quer.<br />

- Bah, Ackhart... - ele apoiou a sua espada no chão, e cruzou os braços -<br />

finalmente acordou pra vida e veio ser algo útil?<br />

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- Não vim para ter esse tipo de conversa, Kai... - eu digo seco, talvez com um olhar<br />

tão diferente que até mesmo ele estranhou - você quer minhas habilidades e eu<br />

quero dinheiro. Troca justa, não?<br />

- Justíssima... - ele estampa aquele sorriso imbecil na cara - pelo visto a verdade<br />

daquele diário fez você ser menos cego, eu falei que aquela garota era um atraso<br />

de vida...<br />

Cerro os punhos, e respiro fundo para me conter de espancá-lo até a morte, ali<br />

mesmo. Ele percebe imediatamente que falou besteira.<br />

- Como disse, você manda o serviço para minha casa, eu faço e você me dá a<br />

grana depois que eu terminá-lo. Minhas únicas condições: que a Sailor não saiba<br />

de nada e que eles possam ser terminados no mesmo dia.<br />

- No mesmo dia, é? Desse jeito vai chegar cansado em casa, Ackhart! Cuidado,<br />

hein? - novamente aquele olhar cínico. Começo a odiar esse cara e suas indiretas.<br />

- Eu não me canso facilmente, pergunte isso aos seus "discípulos" que não<br />

aguentavam os treinos comigo.<br />

E mesmo que eu cansasse. Não é que a Katrina sentisse alguma falta de nada.<br />

Muito pelo contrário, acho que ela daria graças aqueles deuses dela se eu não<br />

chegasse muito perto no final do dia, infelizmente. Fico me perguntando se essa<br />

história de "casar" surtiu algum efeito nela, aparentemente não. Ela continua tão<br />

nervosa quanto antes, senão mais. Acho que fui precipitado. E agora o Kai não<br />

para de me encher. Que dia!<br />

- Heh... incrível como você tá parecido com o seu pai, Fei... - Kai dá uma risada<br />

sarcástica e eu empurro ele contra a parede, pegando seu cangote.<br />

- A diferença é que não vou deixar minha mulher morrer à toa...<br />

Solto ele. Parece que ele se surpreendeu de alguma forma com a reação que eu<br />

tive, senti sua respiração ficar meio angustiada. Será que foi por causa do que eu<br />

disse ou por causa da espada que eu "ganhei" dele dias atrás que eu empunhava<br />

já desembanhada na outra mão?<br />

Pouco tempo depois, já pegava novamente meu rumo para Juno. Não sem antes<br />

cobrar uma veeelha dívida de um armeiro que eu conhecia em Alberta e conseguir<br />

uma armadura decente para eu usar no meu novo "trabalho". Chego em casa<br />

meio cedo, a Katrina nem voltou do treino ainda. Largo a armadura num canto da<br />

sala e desabo dentro da tina com água. Um vinho até que iria bem numa ocasião<br />

como essa... pena que agora não posso mais fazer isso...<br />

OFF<br />

Von Kardigan voltando à ativa. Lembrete: em ON ele vai estar sempre "disfarçado"<br />

(pena que não tem a máscara do Senhor das Trevas disponível aqui ainda, mas<br />

seria algo similar a ela). Tudo bem que os Rúnicos podem sentir a presença dele,<br />

mas até descobrir que é o Fei (ele dificilmente vai revelar, pq senão quem tira o<br />

couro dele é a Sailor )...<br />

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Portanto, cuidado com metagames. A única que poderia desconfiar de algo é a<br />

Sailor, mas... convenhamos... é a Sailor<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Apr 5 2008, 06:13 PM<br />

Episódios Secretos: O que ocorreu com Claragar na Saga “O Retorno de Seth”<br />

Nota: Para quem não leu, ou não se lembra, Claragar havia entrado com<br />

Sailorcheer no esconderijo-labirinto onde Seth se escondia. Devido à uma<br />

armadilha mágica de teleporte, os dois foram separados. Sailor enfrentou vários<br />

desafios e encontrou Fei, enquanto Claragar foi “salvo” por mais alguém que se<br />

envolvia na busca – Galgaris.<br />

Claragar e Galgaris acabaram saindo do Labirinto, mas sem achar Sailor e Fei.<br />

Galgaris, desarmado e desconfiado da natureza das mágicas existentes no local,<br />

preferiu usar seus poderes Rúnicos para investigar, mas para que pudesse manter<br />

isso em segredo, nocauteou Claragar com um golpe pelas costas,e o cobriu com<br />

sua capa que bloqueava seus poderes ( e a percepção dos mesmos), pensando<br />

em retornar e aprisionar o bardo depois... o que não aconteceu. E o que<br />

aconteceu com o lendário Claragar enquanto Fei e Sailor passavam por maus<br />

bocados em Amatsu?<br />

[on]<br />

*acordando*<br />

- Que? Quem? Onde? – Claragar acordou assustado, saindo debaixo da capa<br />

procurando uma de suas armas – Hein? Não tem ninguém aqui?<br />

Claragar se esgueirou sobre a mureta dava cobertura por um dos flancos, e<br />

observou ao redor: Nada! Nem um único vigia ou monstro.<br />

- Há! Como eu suspeitava! Fugiram de medo!! Sabiam que mesmo desacordado<br />

eu poderia vencer qualquer bando de oponentes sarracenos nojentos que atacam<br />

pelas costas! ... – bravejava Claragar – mas... cadê o morto-vivo? Galgaris!!<br />

Ô Galgaris!! – Claragar começou a chamar pelo guerreiro, olhando no horizonte e<br />

embaixo de algumas pedras também....<br />

[duas horas depois]<br />

- Eu acho que ele não está mais aqui... quanto tempo será que fiquei<br />

desacordado? Certamente deve ter sido pouco tempo, e o pobre Galgaris,<br />

preocupadíssimo com meu bem estar, deve ter ido até Geffen buscar ajuda, já que<br />

é fraco demais para me carregar! É ÓBVIO!! Pobre rapaz, não sabe que precisa<br />

muito mais que um golpe nas costas pra eu precisar de ajuda, hehehe... bem! Me<br />

sentarei nesta pedra e esperarei ele chegar! Ele certamente ficará surpreso da<br />

velocidade da minha recuperação!! – Claragar sentou-se, voltado para a trilha por<br />

onde veio e, apoiando as mãos nos joelhos, abriu um sorrisão e pôs-se a olhar<br />

para o horizonte, esperando ansiosamente o retorno de Galgaris e de um médico.<br />

[uma semana depois, na mesma posição]<br />

134 de 328 03/09/2009 10:55


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- Sabe... estou começando a achar que ele está demorando...<br />

[15 dias depois]<br />

*cercado de pedras, olhando para uma delas atentamente e com um sorrisão no<br />

rosto, explodindo em risos logo em seguida*<br />

- WAHAHAHAHAHAHAHA!!! Esta piada foi ótima!! Eu adorei ela! Vocês, pedras,<br />

realmente sabem muitas piadas boas! Drikestwaiss, - olha para a outra pedra em<br />

seqüência - agora é sua vez de novo! Conte mais uma do porquinho!!<br />

Parando por um momento, Claragar olha para o horizonte pacientemente e diz:<br />

- Caramba, será que aconteceu alguma coisa no caminho?<br />

[20 dias depois]<br />

- Olá, Claragar!<br />

- Olá, senhor Pesadelo! Como vai a família? Voltou para tomar um café?<br />

- Não, estou só de passagem... e você continua aí, não é?<br />

- Sim, milord! Meu amigo ainda não chegou... – disse o bardo, lamentando.<br />

- Uma hora ele chega... vê se não vai morrer aí!<br />

- Waha! Isso já aconteceu, milord! Umas 6 vezes... da última foi por desidratação...<br />

já foi a segunda vez!<br />

- Hehehe, cuide-se! – O Pesadelo acena e vai embora, sendo retribuído por<br />

Claragar.<br />

- Engraçado... eu podia jurar que os Pesadelos não falam, não tem família e nem<br />

tomam café... Bah, quem se importa! Não tem café aqui mesmo...<br />

[30 dias depois]<br />

- Caramba! O Fei vai casar com a Sailor e eu aqui, isolado do resto do mundo<br />

porque o Galgaris não chega! Ah! Tive uma idéia!! – O bardo estralou os dedos,<br />

pegou uma pedra mais macia e escreveu na parede:<br />

“Milord Galgaris,<br />

Fui em um casamento em Prontera! Me espere aqui que já volto!! Sua capa está<br />

dobrada sob a pedra! Cumprimentos!<br />

Claragar de Forester”<br />

Terminando o recado, o Bardo correu para Prontera presenciar o casamento.<br />

[Após o casamento e uma boa caminhada de volta]<br />

- Caramba, nem sinal do Galgaris!! – Claragar sentou-se, inconformado de novo, e<br />

continua esperando... esperando... e esperando....<br />

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[off]<br />

Posted <strong>by</strong>: Reia Apr 6 2008, 01:22 PM<br />

sem comentarios...<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Apr 29 2008, 07:03 PM<br />

Logo pela manhã, assim que vi a Katrina saindo para seu treino, reparei naquela<br />

marca numa árvore próxima de casa. Era um trabalho novo e eles precisavam de<br />

mim. Fui até a árvore e um enviado apareceu em seguida, com uma mensagem<br />

para mim. A missão era simples, mas dessa vez teria que arrastar dois inúteis<br />

comigo, sabe-se lá porque. É tão mais simples trabalhar sozinho. Suspirei fundo,<br />

meio emburrado.<br />

Voltei para casa, coloquei minha armadura e busquei aquela espada estranha que<br />

Kai tinha deixado - não que não fosse útil. Cheguei em Alberta tempos depois. Em<br />

sua taverna, ao mesmo tempo que encontrei minha "equipe", aproveitei para<br />

colocar meu elmo, escondendo minha face com uma máscara - ninguém precisava<br />

saber quem eu era afinal de contas.<br />

Horas mais tarde, um portal nos levou até uma pequena casa na periferia de<br />

Payon. Aparentemente era uma fazenda, havia várias plantações no caminho.<br />

Furtivamente, chegamos na entrada. Observei os dois outros que estavam comigo<br />

e eles se separaram. Iriam invadir a casa de outras formas. Eu gosto de ser mais<br />

direto.<br />

Bati na porta principal. Reparei nos olhos de um indivíduo em uma pequena fresta,<br />

como se ele esperasse um retorno meu. Ergui uma pequena bolsa que levava<br />

comigo na direção dos seus olhos.<br />

- É a encomenda que pediram.<br />

O sujeito abriu a porta em seguida. Idiota.<br />

Assim que a porta foi trancada atrás de mim, dei uma rápida verificada na sala.<br />

Eram poucos. Iria ser mais fácil do que eu imaginei. O panaca que abriu a porta,<br />

indicou o caminho para mim ao mesmo tempo que ouvi dois estrondos ao fundo<br />

que fizeram todos ficarem em alerta. Uma fumaça densa rapidamente tomou todo<br />

o ambiente e ouvi ao fundo o brandir de espadas e os gemidos de alguns infelizes<br />

que tentaram se defender inutilmente de nosso ataque. Ouvi gritos desesperados<br />

para que nos contivessem, que não chegássemos à sala do líder deles. Após<br />

empurrar com o pé o corpo de um fracote para liberar minha espada de seu peito,<br />

resolvi ir direto ao assunto e correr na direção da tal sala que o prato principal do<br />

dia estava sendo servido.<br />

Ao chegar lá, me deparei com uma situação inusitada. Justamente aquele que fui<br />

pago para matar protegia uma garota, cuja expressão refletia todo o medo que<br />

estava sentindo. E eu não consegui conter meu riso naquele momento. Como um<br />

ser mirradinho daquele iria conseguir proteger alguém? Ainda mais de mim.<br />

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Acho que aquela situação me desconcentrou um pouco, ele conseguiu me fazer<br />

entrar na defensiva contra um ataque dele o que permitiu a garota fugir dali. Não<br />

que eu me importe. Era ele que eu queria mesmo. Ele começou a esbravejar e<br />

tentar me ofender, como se eu fosse aquele que mandou eu matá-lo. Coitado.<br />

Como se eu fosse responder alguma coisa, odeio conversar em serviço. Esse<br />

pessoal não percebe que quanto mais se prendem a palavras na hora de um<br />

combate, mais fáceis de se derrotar ficam.<br />

Com alguns poucos golpes, o atirei no chão, violentamente, com um corte no seu<br />

ventre. Até que ganhou meu respeito, não implorou pela vida antes de ser morto.<br />

Porém, no momento que me aproximava para finalizar com ele, ouvi a voz da<br />

garota de novo, implorando socorro, e vacilei. O vacilo foi suficiente para o sujeito,<br />

num último suspiro de esperança, me golpear o braço, do chão mesmo. E o<br />

desgraçado me machucou! Me machucou a ponto de eu fincar minha espada<br />

diretamente no seu rosto, de pura raiva. Como ele se atreveu? Agora vou ter que<br />

explicar isso pra Katrina quando nos encontrarmos mais tarde!<br />

Limpei minha espada na própria roupa do maldito e fui para a sala, onde continuo<br />

ouvindo os gritos desesperados da garota. Já que aqueles dois iriam atacá-la, por<br />

que diabos não a mataram logo, ela estava completamente indefesa! Entretanto, a<br />

cena que eu vi foi bem diferente. Senti meu sangue ferver, e lembrei por qual<br />

razão eu faço esse tipo de serviço sozinho.<br />

- Solta ela... agora. - disse num tom baixo, mas que demonstrava minha<br />

inquietação. O que segurava a garota riu mais ainda, enquanto o outro continuava<br />

a cortar as roupas da garota com sua espada, faminto pelo seu corpo. Ela<br />

continuava se debatendo inutilmente ao mesmo tempo que me aproximava mais<br />

deles.<br />

- Tá brincando, né? Uma garota disponível pra gente assim e vamos deixá-la ir<br />

embora?<br />

Não sei ao certo o tempo que levei para fazer o outro idiota tombar aos meus pés,<br />

segurando seu próprio pescoço que escorria sangue sem parar. Isso foi uma<br />

surpresa tão grande para o outro infeliz, que ele empurrou a garota pra cima de<br />

mim, ao mesmo tempo que empunhava sua espada novamente. Joguei a garota<br />

pro lado e por pouco ele não me acerta, maldito ferimento que me fizeram no<br />

braço!<br />

- Traidor! Por que fez isso?<br />

- Porque... - não terminei de me explicar e aproveitei que ele tremia como uma vara<br />

para acabar logo com sua dúvida, ao mesmo tempo que ele sentia a lâmina<br />

atravessando seu corpo - eu ganho mais sem ter que dividir a recompensa com<br />

vocês dois...<br />

O panaca não teve nem tempo para responder, acho que lhe faltou um pouco de<br />

ar conforme morria. Olhei na direção da garota e ela estava encolhida num canto,<br />

o rosto molhado pelas lágrimas, horrorizada. Suspirei fundo e joguei minha capa<br />

na direção dela, saindo de lá em seguida sem falar nada. Nesse tipo de situação<br />

que ela havia acabado de passar não tem muito o que se dizer mesmo. Ao menos<br />

ela teve sorte de eu ter chegado. Covardes!<br />

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Pouco tempo depois, estava num córrego próximo de Payon, fazendo um curativo<br />

rápido no meu ferimento e me limpando de todo aquele sangue que respingou em<br />

mim. Por que fiquei tão incomodado com o que vi? Por alguma razão, não<br />

conseguia parar de pensar na Katrina. Por que ela não teve a mesma sorte que<br />

aquela garota, de alguém ter impedido? Se isso tivesse acontecido, as coisas<br />

seriam tão diferentes.<br />

Maldição! Arremessei uma pedra na direção da água, com raiva. Sentei na<br />

margem do córrego, e ouvi uma aproximação. Já era hora.<br />

- Demorou, hein, Kai?<br />

- Hum... - Kai apareceu diante de mim, olhando para os lados - e onde estão os<br />

outros dois que estavam com você?<br />

- É, óbvio... estão mortos. - falei com ele, jogando água no meu rosto, tentando<br />

abstrair o que estava pensando - Quando fui procurá-los para voltarmos, já<br />

estavam frios sobre uma poça de sangue... - levantei e o encarei - Onde está a<br />

grana? Preciso voltar pra Juno...<br />

Kai suspirou fundo e jogou uma pequena bolsa pra mim. Sorri com o canto da<br />

boca quando vi o pagamento. Acenei para ele e voltei para Prontera, precisava<br />

levar um pedaço de bolo pra Katrina. E com a grana que peguei com esse serviço,<br />

dá para comprar um estoque. De repente dessa forma ela não percebe esse<br />

ferimento no braço!<br />

OFF<br />

Affe... que influencia negativa que a Sailor tem sobre o Fei, viu? Mercenario com<br />

sentimento eh triste!<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner May 5 2008, 06:55 PM<br />

- O senhor está com cara de quem não está bem, senhor Jango.<br />

- Não senhor, eu...<br />

- Isso é uma desculpa para não treinar, senhor Jango?!<br />

- Sim senhor... quer dizer... não senhor!<br />

- Está querendo burlar as regras do Império, senhor Jango?<br />

A voz era ríspida, grave e determinada. A armadura pesada e reluzente que<br />

envolvia o corpo daquele homem contrastava com a boina que ele usava em sua<br />

cabeça. Contrastava ainda mais com a roupa que ele usava antigamente, as de<br />

monge. Ele buscava um fósforo enquanto observava o homem com cara de<br />

amedrontado próximo ao banco onde os Rúnicos ficavam em Geffen. Assim que<br />

acendeu e tragou o cachimbo, deu uma pancada no rosto do sujeito, que<br />

aparentemente não respondia exatamente as questões que ele fazia.<br />

- Tá de sacanagem?! - ele berrou, estapeando - Essa armadura que usa é pesada,<br />

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senhor Jango?<br />

- S-sim, senhor!<br />

- Então façamos melhor... vá até Prontera, busque seu peco e faça 1000 flexões<br />

com seu peco em cima de suas costas!<br />

- Mas mas mas...<br />

- Estou ESPERANDO, senhor Jango!<br />

O homem saiu alucinado, gritando em desespero pela Kafra mais próxima.<br />

Kanehito observava ao longe a cena, acenando negativamente para o Lorde,<br />

indignado.<br />

- Que vergonha tratar esses homens assim, Kin...<br />

Kin Voltou a tragar o cachimbo, com satisfação. Ajeitou a boina na cabeça,<br />

afastando seus longos cabelos azuis dos olhos, olhou para o alto e apontou para<br />

o céu fazendo Kanehito não entender de imediato o que ele estava querendo.<br />

- Você que não entendeu, meu caro... só assim conseguiremos erguer o império...<br />

o Império Rúnico, no qual eu serei o General, o governador, o rei, o faraó... - os<br />

olhos de Kin brilharam - o DEUS!!! - e começou a gargalhar.<br />

Kanehito preferiu não comentar mais sobre o assunto, com certa estranheza no<br />

olhar. Ele sabia que o Rúnico havia praticamente enlouquecido após ser<br />

abandonado por sua mulher, a bruxa Elise Whiteleaf, pouco tempo depois do<br />

casamento. Quando reparou que estava sozinho, Kin deu um dos golpes mais<br />

peculiares dos monges, o asura, numa das paredes de sua casa. O único<br />

problema é que ele esqueceu do telhado, que caiu completamente sobre sua<br />

cabeça.<br />

Fora encontrado dias depois, por Smasher, seu poring de estimação, e o Rúnico<br />

Kanehito. Desde aquele dia ele começou a falar que ele próprio era um poring e<br />

que iria construir o tal "Império Rúnico". Naquela época, Kanehito achou que o<br />

amigo estava apenas delirando, porém ele começou a levar aquela idéia a sério<br />

demais. Se alistou na cavalaria e se tornou Lorde pouco tempo depois, dada sua<br />

sede por treinos.<br />

Entretanto, devido a sua personalidade meio explosiva, a cavalaria de Prontera o<br />

expulsou, sem ele nem reparar nisso. Para ele, o Império só estava começando.<br />

Começou a recrutar jovens de Geffen para formar seu exército e ter sua própria<br />

milícia. Alguns poucos se arriscavam a ir, imaginando ser algo sério. Mas após o<br />

primeiro "treino" dado pelo "general" Kin, normalmente seus recrutas fugiam, sem<br />

dar notícias.<br />

- Eu só acho que se você fosse um pouco mais gentil, conseguiria formar esse<br />

grupo de guerreiros que você quer...<br />

- Gentil? GENTIL?! Tá de sacanagem comigo?!?!<br />

Kanehito se afastou sutilmente do Lorde, com um sorriso nervoso no rosto,<br />

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gesticulando com as mãos. Foi quando reparou em MettaKill, que voltava à praça<br />

de Geffen brincando com uma garra de hatti. Kin esqueceu do Rúnico, portador<br />

da runa Gebo, para tentar convencer novamente o mestre a se juntar ao seu<br />

"império" também. MettaKill apenas ficava ouvindo o que o Lorde Rúnico dizia<br />

fervorosamente, enquanto guardava numa caixa a garra, no meio de outras<br />

centenas que ele colecionava. Kanehito deu um suspiro indignado vendo os dois,<br />

sentando-se novamente no banco, e reparando num lindo pôr do Sol...<br />

[Continua...]<br />

OFF<br />

Aviso quanto aos próximos posts. Eles acontecem em paralelo com a história Hora<br />

Zero do Leafar - disponível http://sites.levelupgames.com.br/FORUM/RAGNAROK<br />

/forums/t/140106.aspx?PageIndex=1. O Leafar fez uma homenagem aos Rúnicos<br />

no fic dele que é considerado um ON. Dessa forma, os RPs "se cruzam" nesse<br />

momento e o que temos aqui é a visão paralela dos Rúnicos sobre o que acontecia<br />

na época do fic. Todos os Rúnicos da época desse fic vão acabar dando as caras<br />

aqui, de uma forma, ou de outra. XD<br />

Posted <strong>by</strong>: Reia May 6 2008, 12:03 PM<br />

[OFF]<br />

principalmente de outra eu que vim da OD^^<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner May 6 2008, 12:08 PM<br />

OFF<br />

Devo salientar que esse RP postado agora nada tem a ver com o que rola no<br />

<strong>otRO</strong>. Ou seja, os Runicos que entraram no <strong>otRO</strong>, nao vao aparecer nesse.<br />

Mas nao vao faltar oportunidades, hehehe<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner May 15 2008, 09:29 PM<br />

Fei chegava na taverna de Geffen após pegar o pagamento por outro trabalho<br />

dado por Kai. Como sempre, o lugar estava infestado de gente, alguns bebendo,<br />

outros aproveitando a cordialidade e receptividade das mulheres de lá. Era um<br />

ambiente bastante familiar para o Rúnico, que havia vivido grande parte de sua<br />

vida trabalhando em uma.<br />

Fei foi até o balcão, sentando-se num banquinho e pedindo um suco de uva para<br />

o taverneiro, que estranhou de imediato. "Suco? Para o Fei?!". Entretanto, não fez<br />

muita questão de saber o motivo daquele pedido. Até os maiores bêbados de<br />

RuneMidgard tinham que dar um dia ou outro de folga para conseguirem se<br />

recuperar.<br />

Porém isso não acontecia com aquele que Fei acabara de notar, sentado do outro<br />

lado do balcão ao lado de 5 garrafas de vinho vazias e um enorme caneco nas<br />

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mãos que fazia questão de tomar num gole só cada vez que a enchia. O homem<br />

tinha uma expressão de extrema felicidade e, a cada gole, oferecia a bebida para<br />

algum conhecido. Seu arco caríssimo estava apoiado no balcão e seu aljave de<br />

flechas largado no chão, onde apoiava os pés. Vez ou outra, alguma garçonete se<br />

aproximava do rapaz, trazendo-lhe mais bebidas na bandeja e aproveitava para<br />

sussurrar algo nos ouvidos dele o que o fazia ficar com um sorriso sacana no<br />

rosto, notando o decote do vestido da garota.<br />

- Se não é meu velho amigo bebum Modles! - Fei se aproximou do caçador<br />

Rúnico, dando um tapinha nas costas e puxou um banco, sentando-se ao seu<br />

lado - Pelo visto você continua aproveitando muito bem a vida, né?<br />

- Huuuuuuuuuum - Nodles encarou Fei, com os olhos semi-cerrados, como se<br />

estivesse forçando para enxergá-lo - Eu conheço você... é o nubi do Fei!! - em<br />

seguida ergueu o caneco a medida que gesticulava com ele, derramando um<br />

pouco de vinho no balcão com o movimento - eu já disse que meu nome é<br />

NODLES, seu nubi! Vê se aprende dessa vez!<br />

- Bah, quem liga para esse tipo de detalhe... - Fei deu com os ombros, tomando<br />

um gole de seu suco - que anda fazendo por aqui?<br />

- O que tá parecendo, seu nubi? Eu tô bebendo, não tá vendo? - Nodles começou<br />

a rir - Acho que você esqueceu desse tipo de prazer por causa da Sailor, né?<br />

- Err... mas agora tenho outros tipos de prazeres... - Fei olhou com uma cara<br />

sacana, ao mesmo tempo que Nodles ficou com um ar de desdém.<br />

- Isso eu não preciso casar pra ter, pff! - tornou a virar um caneco de vinho de uma<br />

só vez, com Fei olhando com uma ponta de inveja - e cadê sua esposa, por falar<br />

nisso? Se ela te visse por aqui eu sei que tanto eu quanto você teríamos que<br />

beber aquela droga de cura-ressacas dela!<br />

- Ela foi numa... cerimônia... ou algo assim. Coisas daquela Ordem do Dragão,<br />

sabe? Como tinha que resolver uns negócios aqui, ela foi sozinha...<br />

- Negócios, sei... - Nodles começou a rir - você aproveitou a deixa é pra dar uma<br />

fugida e relembrar os velhos tempos de solteiro, nubi!<br />

Fei fez uma expressão contrariada, enquanto que o caçador gargalhou em sua<br />

cara. Não que ele não tivesse uma ponta de razão, Fei não suportava qualquer<br />

tipo de cerimônia, principalmente quando ela não significava algum tipo de festa<br />

no final. O atraso dele em buscar sua recompensa com Kai foi ótimo nesse<br />

sentido, já que sabia que Sailorcheer ficava brava quando ele dormia em alguma<br />

cerimônia que eles haviam sido convidados.<br />

- Enfim... vamos parar com esse papo de bêbado e ir para um realmente<br />

interessante - Fei sorriu com o canto da boca, a medida que seu olhar vasculhava<br />

a taverna - É hora da diversão!<br />

- Diversão? - os olhos de Nodles brilharam - Quem iremos espancar hoje? Da<br />

última vez foi divertido ver a cara do sujeito bravo após eu conquistar a garota que<br />

ele tava dando em cima!<br />

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"Com a diferença que você estava vendo a cara brava do sujeito do chão após<br />

levar uma surra" - Fei pensou, segurando o riso - Não, amigão... hoje iremos fazer<br />

algo diferente! - chamou o taverneiro - Arruma maçã para mim?<br />

- Maçã? Bah, que nubagem é essa que você está aprontando? - disse Nodles,<br />

curioso.<br />

Fei subiu rapidamente no banco, batendo uma colher em seu copo de suco<br />

pedindo a atenção da taverna, que imediatamente silenciou para ouvir o que o<br />

Rúnico tinha para dizer.<br />

- Meu amigo bêbado aqui quer lançar um desafio para todos vocês... como vêem -<br />

Fei abriu uma caixa que levava consigo, recheada de zenys o que fez até mesmo<br />

Nodles ficar admirado - Estou com a grana dele aqui para garantir que ninguém<br />

vai ser tapeado. Ele está apostando 500.000 zenys que irá acertar 3 flechas<br />

nessas maçãs, sem errar uma única vez! - Fei ergueu uma delas para o alto, e<br />

todos na taverna não acreditaram no que estavam ouvindo - Por mais que ele diga<br />

o contrário, ele só está querendo é se mostrar para alguma garota aí, não se<br />

importando com a grana que vai perder - Fei começou a rir - ou seja... é grana<br />

fácil! Quem quer um final de dia recheado de grana?<br />

O riso na taverna foi geral e uma fila enorme surgiu na frente de Fei para aceitar o<br />

"desafio" de Nodles, apostando fervorosamente. Enquanto Fei contava<br />

mentalmente a quantidade de grana que estava sendo apostada, o caçador<br />

terminou de beber e foi até o lugar onde Fei deixou as três maçãs alinhadas, meio<br />

cambaleante. Coçou o queixo, e apoiou-se no seu arco para não cair. Vários<br />

guerreiros já começavam a rir, dando graças aos deuses pela grana fácil. Nodles<br />

saiu de perto das maçãs, indo novamente ao balcão, pedindo mais um vinho.<br />

Assim que reparou que Fei havia arrecadado todo o dinheiro da aposta, deu um<br />

suspiro fundo, virou o caneco de vinho e buscou uma flecha, ainda sentado,<br />

mirando em uma das maçãs do lugar onde estava, assustando a maioria dos<br />

presentes.<br />

- Cuidado! Ele pode acertar qualquer um da forma que está!! Melhor ficarem<br />

protegidos - falou Fei fingindo preocupação, ficando ao lado de Nodles. Todo o<br />

público aceitou o conselho, se afastando também. - Você tem certeza que não<br />

quer se levantar para fazer isso, amigo?<br />

- Bah, quieto, nubi! Isso é - Nodles soltou a primeira flecha, atingindo a maçã em<br />

cheio - simples!<br />

O espanto da taverna foi geral, sendo possível ouvir um "Ohhhh" geral. Fei fez um<br />

olhar indignado para Nodles.<br />

- Isso é pura sorte de principiante! Duvido que faça de novo!<br />

Nodles deu com os ombros e as duas próximas flechas atingiram tão rapidamente<br />

as duas maçãs que demorou para os apostadores se atentarem para o fato que o<br />

caçador havia vencido. Fei conteve sua satisfação, pondo uma das mãos no rosto<br />

já abaixado e acenando negativamente.<br />

- Não é possível... você... venceu! Inacreditável!<br />

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- E só para não dizer que sou chato, a próxima rodada é por minha conta! - disse<br />

Nodles, apoiando novamente seu arco no balcão enquanto a maioria dos<br />

presentes na taverna ainda estava estupefatos com o que viram.<br />

Tempos depois, Nodles já estava apoiado no balcão, dormindo, enquanto Fei com<br />

um sorriso estampado no rosto, contava o quanto haviam ganhado com aquela<br />

aposta fácil. Não reparou num senhor que entrava correndo na taverna, desviando<br />

das pessoas e indo diretamente para o balcão. O velho andava meio trôpego,<br />

como se tivesse uma perna manca. Encostou-se no balcão, deu um suspiro<br />

cansado e se dirigiu ao taverneiro.<br />

- Meio quilo de alfazema.<br />

- Hein?<br />

- Alfazema! Nunca viu? É azul, cheirosa e até onde eu sei, cresce em qualquer<br />

canto dessa maldita terra.<br />

- Eu não sou um floricultor, velhote. Que tal um pouco de leite?<br />

- LEITE?! Só porque sou velho e cansado, pareço que não aguento bebida?<br />

Parece que não tenho a vitalidade de um paladino?!<br />

- Err... parece<br />

- Uma jarra de leite parece bom. E queijo. - ao mesmo tempo que notou Fei ao seu<br />

lado, erguendo uma sombrancelha.<br />

- Queijo? Numa taverna? - Fei deu um suspiro profundo ao notar no Rúnico<br />

Bedwyn - Ah, não... é aquele velho...<br />

- Não asneire! Queijo! Queijo é o manjar dos deuses, a comida das valquirias, o<br />

alimento da vida, o epicentro da criação! - parou por um momento e coçou a<br />

cabeça como se quisesse lembrar alguma coisa - Eu conheço você, moleque?<br />

- Moleque? Ahn... acho que me conhece sim... você foi o padre ou algo do tipo<br />

que fez meu casamento, não lembra não? - e pensou - "Melhor não dizer que ele<br />

tambem é meu financiador nas horas de delírio dele".<br />

- Casamento? - coçou a cabeça - É claro! Aquele no meio do fim do mundo! AAAh,<br />

tempos maravilhosos. Aconteceu quando, semana passada? Não importa.<br />

Finalmente, queijo! - se debruçou sobre a tigela que o taverneiro colocou na sua<br />

frente.<br />

- Claro, claro... semana passada! Ainda estou na minha lua de mel, acredita? -<br />

disse Fei sarcástico e rindo.<br />

- Lua de mel? Bem que aquela garota parecia ser cruel, ou você tem essa cara<br />

amassada sempre? - quase engasgou com o queijo e tomou goles de leite.<br />

- Falou a jovialidade em pessoa... - Fei não parava de rir do velho enfrentando o<br />

seu queijo - E seus padrões de beleza são meio... estranhos, melhor não falar<br />

muito sobre isso....<br />

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- Sabe do que você precisa pra ficar bem? Queijo. Meu avô já me falava isso, meu<br />

rapaz! E nem sei se já tinham inventado o queijo naquela época! - parou de<br />

falar,olhando Fei seriamente - HEY!<br />

- Errr... sim? - Fei arregalou os olhos, esperando por uma nova maluquice daquele<br />

velho gagá.<br />

- MEU CAJADO! - olhou pros lados, esquecendo que entrou sem cajado - EU<br />

SABIA! TRATANTE! POLÍCIA! TAVERNEIROS! ELE ROUBOU MEU CAJADO!!!! -<br />

apontou acusadoramente para Fei com a mão direita e comeu uma bolota de<br />

queijo com a segunda.<br />

- Por que eu roubaria seu cajado, seu velho?<br />

- Porque, porque... Porque você tem cabelo comprido! É um vândalo!<br />

- Até aí... o Modles aí do lado também tem! - Fei disse, dando pouca importância<br />

para a acusação. - Mas do jeito que te conheço, tenho quase certeza q você<br />

esqueceu seu cajado por aí isso sim...<br />

- Esquecer?! Esquecer?! Seu seu tratante! Eu nunca me esqueço de nada! Tenho<br />

memória igual a de um... um... como se chama aquele bicho grande e cinzento? -<br />

pensou por um instante - Que seja, igual à ele! Quando mais, eu amo meu<br />

cajado! Ele é como um neto!<br />

- Errr... ama um cajado? Bom, aí é preferência de cada um... - Fei deu um risinho<br />

maroto e Bedwyn falou num tom sábio.<br />

- Aquele cajado me apoiou quando ninguém mais o fez, moleque.<br />

- Realmente precisa... esse corpão que o velho tem, só um cajado pra apoiar... -<br />

Fei continuou rindo de cada frase do velho sacerdote, que começou a olhar para<br />

todos os lados novamente com uma cara confusa.<br />

- Uh... o que eu estava dizendo? - notou a vasilha de queijo - Queijo! Abençoados<br />

sejam os deuses! - voltou a comer e Fei reparou que estava ficando tarde.<br />

- Ok, velho... já sei o que faremos... vamos até o banquinho onde os outros se<br />

reúnem... certamente que o seu cajado vai estar lá... - e olhando maldosamente<br />

para Nodles que dormia no balcão - e aproveitamos pra largar o Modles lá estirado<br />

no banco e ele não entender nada quando acordar!<br />

- Uh... ok... ã... você me parece familiar? Já nos conhecemos, moleque? - disse<br />

Bedwyn, coçando a cabeça e Fei olhando para o alto, indignado.<br />

E após Fei jogar uma jarra de água fria na cabeça de Nodles para acordá-lo - já<br />

que seria muito complicado carregar o caçador dali - os três Rúnicos saíram da<br />

taverna para encontrarem os outros na praça de Geffen.<br />

OFF<br />

Bom, para quem já leu o Hora Zero, já tem um link, já que a Sailor tá exatamente<br />

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com o Leafar no momento desse ON o/<br />

Daqui uns dias continua....<br />

Aliás... só arrumando posições de chars...<br />

Galgaris, Ken... o RP de vcs também rola em paralelo com esses aqui... e o<br />

Claragar, perdido em GH. E o Tor com a Lisandra (ON ainda sendo escrito depois<br />

do caderno perdido) XD<br />

E é só!<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner May 29 2008, 03:19 PM<br />

- Ou a festa foi muito boa e eu não tô sabendo de nada ou...<br />

Fei, Nodles e Bedwyn olhavam a escadaria que dava acesso à praça de Geffen<br />

com uma certa surpresa. Inúmeros guerreiros estavam caídos, inconscientes ou se<br />

arrastando, gemendo de dor. Fei se aproximou de um deles e percebeu que sua<br />

armadura estava amassada e trincada, como se um martelo de ferreiro tivesse o<br />

atingido violentamente.<br />

- Caramba! Que armadura mais fraca! Os ferreiros aqui de Geffen estão uma<br />

verdadeira porcaria mesmo! - lamentou Fei, empurrando o guerreiro com o pé.<br />

Nodles, por outro lado, olhava em outra direção, contrária a que estavam indo.<br />

- Nubi... por que tem tanta gente correndo e se aglomerando naquela região,<br />

hein?<br />

Fei não teve tempo de observar o que o caçador apontou, pois ao mesmo tempo<br />

Bedwyn, parecendo não se importar muito com aquela situação inusitada,<br />

começou a correr, meio aos tropeços, em direção à praça.<br />

- Quero ver quem foi o tratante que pegou meu cajado!!<br />

- Fei! Vamos arrastar o Bedwyn para longe de lá! Vai saber se quem fez esse<br />

estrago não está naquela direção! - Nodles puxou o Rúnico, que após uma certa<br />

resistência, cedeu ao pedido do caçador.<br />

- Ah, esse velhote só dá trabalho! - Fei disse, indignado e retirando sua espada da<br />

bainha.<br />

Ambos correram para junto de Bedwyn, tentando contê-lo. Porém, assim que o<br />

banco onde os Rúnicos normalmente se encontravam ficou visível, os dois<br />

pararam de correr, com um misto de surpresa e curiosidade. Kanehito, Kin-Gon<br />

Jinn e MettaKill estavam em postura defensiva, encarando um rapaz que mantinha<br />

um grande e reluzente martelo em seu ombro, com um sorriso maroto no rosto. A<br />

seus pés, alguns guerreiros que nem se moviam e, pelo estado de suas<br />

armaduras, já deveriam estar mortos.<br />

- Tá de sacanagem, é?! - berrou Kin-Gon Jinn - Você não pode ficar simplesmente<br />

matando as pessoas que vão servir ao meu império!!! Vai pagar caro por isso!!!<br />

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o Lorde apontou a espada na direção do mestre-ferreiro que não deu a mínima<br />

atenção para a ameaça do Rúnico, mantendo seu olhar em outra direção.<br />

MettaKill, concentrado, mal se movia, observando apenas os movimentos daquele<br />

homem que parecia procurar alguma coisa. E Kanehito tentava puxar Kin para<br />

trás, percebendo a gravidade da situação.<br />

- Kin! Para com isso! Você não viu os equipamentos dele não? Se você<br />

enfrentá-lo, com certeza morrerá!!<br />

- Morrer?! - Kin começou a rir, ficando com um olhar insano - Quem vai morrer É<br />

ELE!! EU sou o MESTRE daqui, esqueceu?!!<br />

- Que... confusão é essa? - Fei se aproximou dos demais Rúnicos, juntamente<br />

com Nodles - aquele ferreiro ali tá procurando alguém, é?<br />

- Fei, que bom que chegaram! - Kanehito ainda tentava conter Kin, puxando-o<br />

pelos braços - Ele... chegou aqui, sem muita conversa e começou a derrubar<br />

quem chegasse perto dele... e uma pancada com aquele martelo... dói...<br />

Fei encarou o mestre-ferreiro, observando cada detalhe de sua vestimenta.<br />

Começou a ficar meio preocupado quando viu a semelhança de seus<br />

equipamentos com o que havia lido em alguns livros em Juno. Seria possível que<br />

aqueles eram os equipamentos do homem ou era apenas impressão? Naquele<br />

momento, pensou que havia cometido uma certa injustiça em falar mal dos<br />

ferreiros de Geffen. Se eram os tais equipamentos lendários que ele portava,<br />

talvez nem a melhor armadura do melhor ferreiro de Rune Midgard conseguisse<br />

conter seus golpes.<br />

Nodles conseguiu acalmar Kin, quando lhe ofereceu um pouco de vinho da<br />

garrafa que trazia em seu aljave, junto com suas flechas. MettaKill, ainda<br />

concentrado e parado como uma estátua próximo ao banco, movimentava apenas<br />

seu olhar que acompanhava um cavaleiro da guarda de Geffen que ousou<br />

enfrentar o mestre-ferreiro e foi arremessado contra a parede de uma casa a ponto<br />

de abalar sua estrutura como um todo. Fei ouviu o entrondo causado pelo golpe<br />

no cavaleiro e gelou.<br />

- Kane... acho que... o problema é mais sério do que tamos imaginando... esses<br />

equipamentos que ele usa não são...<br />

- Sim, Fei... eu também, reparei... são os lendários equipamentos dos<br />

deuses...Mjolnir, Sleipnir...<br />

- ... e Megingjard! - Fei arregalou os olhos, ao terminar a frase de Kanehito, ao<br />

mesmo tempo que retirava sua espada da bainha.<br />

( em homenagem a cena final: http://www.youtube.com/watch?v=hkqqMPPg2VI&<br />

feature=related )<br />

(continua)<br />

OFF<br />

Calma, uma hora eu consigo terminar! Eh que estou no meio se seminario/provas<br />

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finais, tah dureza arrumar inspiraçao pra escrever! XD<br />

Edit: Tinha errado o link do video em homenagem a cena, agora tah certo<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner May 29 2008, 11:41 PM<br />

Assim que eu e o Kane salientamos que tipo de equipamento aquele ferreiro<br />

vestia, Nodles e Kin voltaram a atenção em nossa direção. Nodles debochando de<br />

nossas "conclusões absurdas" e Kin com um brilho nos olhos, dizendo que o tal<br />

rapaz seria uma ótima aquisição para seu Império de Geffen. Já Metta permanecia<br />

na mesma posição em que o encontrei. Era possível ver apenas o brilho do seu<br />

olhar naquela máscara, que acompanhava cada movimento do sujeito. De vez em<br />

quando esse mestre-monge me assusta.<br />

Kane, inutilmente, tentava explicar para a dupla sem noção da realidade que o tal<br />

ferreiro era realmente perigoso. Não que eles se importassem. Normalmente nem<br />

eu ligaria para o que o monge dizia. Mas, pela primeira vez, vi que sua conclusão<br />

consciente e ponderada tinha sentido. Acho que não gostei muito de ver uns<br />

equipamentos daqueles tão de perto. No livro eles pareciam tão mais interessantes<br />

e inofensivos...<br />

De repente, ouvi um grito entusiasmado.<br />

- MEU CAJADO!!! AQUI ESTÁ VOCÊ!!!!<br />

Nós 4 arregalamos os olhos ao ver o velhote Rúnico puxando o seu cajado debaixo<br />

de um dos guerreiros tombados no chão, praticamente do lado do ferreiro. Não sei<br />

se foi pior ver o ferreiro voltando a sua atenção no velho, ou se foi o velhote saindo<br />

cantarolando e dançando de perto dele. Lamentável... não sei se dava risada da<br />

situação ou chorava - de rir.<br />

Quando o Nodles preparava o seu arco para tentar ao menos afastar o ferreiro do<br />

velhote que continuava a saltitar estupidamente, senti o Kane me cutucar com o<br />

cotovelo e apontar um vulto iluminado que apareceu do nada próximo ao ferreiro.<br />

O vulto chamou pelo nome do ferreiro que voltou-se a ele. Agora sei que o ferreiro<br />

metido a besta aí chamava "Hrymm". O velhote Rúnico realmente se safou, pois o<br />

tal Hrymm começou a ter uma conversa nada agradável com o ser que devia lavar<br />

aquela roupa todo santo dia para ser tão branca daquele jeito.<br />

Chamava Oromë, acho que a Katrina já tinha me falado dele alguma vez, só não<br />

lembro bem se ele era um enviado do rei ou de algum... deus, hehe. Não que eu<br />

realmente me importasse com isso, contanto que esse cara se livrasse do ferreiro<br />

o mais rápido possível. Afinal, a noite apenas começava e eu tinha uns planos<br />

mais interessantes para fazer com a Katrina do que ficar esmurrando um pirralho<br />

que quer se auto-afirmar com uns equipamentos daqueles...<br />

Todos nós tivemos um certo momento de alívio, até mesmo o Kin pareceu ter se<br />

acalmado um pouco a ver Oromë. Nodles baixou o arco e deu um gole em um<br />

pequeno cantil. Kane comemorou brevemente, falando para o Metta que<br />

estaríamos salvos. Metta não pronunciou uma só palavra, pra variar. Mas<br />

"salvação" não foi bem o que eu imaginei quando Oromë ergueu um dos braços e<br />

minha visão foi ofuscada ao mesmo tempo que me sentia levitar, como se tivesse<br />

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entrado em um portal desses que sacerdotes fazem.<br />

Quando minha visão começou a voltar, eu senti um frio de matar, bastante<br />

incomum em Geffen. Meus pés afundando no chão, só poderia significar uma<br />

coisa... areia. Olhei em minha volta e reparei que os outros Rúnicos estavam<br />

comigo, incluindo o velhote que cavocava o chão, procurando o seu cajado no<br />

meio da areia. Areia... forte frio a noite... deserto...<br />

- Ahn... pessoas? - disse - Por que diabos estamos em Morroc?<br />

OFF<br />

Baixou a inspiraçao pra escrever do nada... acho que foi por eu ter visto Galgaris e<br />

Ken interagindo ingame... o.o<br />

Em breve, mais "tirinhas Rúnicas" desse "episódio", aguardem *vendo Sailor<br />

desenhando do lado*<br />

Posted <strong>by</strong>: Vuvu May 31 2008, 03:35 PM<br />

onde tá esse hora zero pra eu poder ler?<br />

Posted <strong>by</strong>: Ken May 31 2008, 04:00 PM<br />

Para situar: O Ken rogue e o Ken guns se encontrar ao norte de GH (vou postar o<br />

mapa do Guns depois). O militar, meio desconfiado diz que se chama Julian. Os<br />

dois começam a voltar pra Geffen. Isso acontece na mesma hora que acontece as<br />

coisas do Fei em Geffen<br />

[ON]<br />

O militar e o garoto viajam em direção a Geffen, discutindo como seria o melhor a<br />

fazer para fugirem do exército inimigo. Ken então fala que em Geffen tem tanta<br />

confusão que seria difícil encontrarem Julian lá.<br />

- Já falei que num quero seus conselhos, coisa feia.....mas dessa vez passa...me<br />

lembrou dessa coisa chata -parecendo que está falando com um ser imaginárioagora<br />

se voltando pra Julian- Mas evite falar com uma mulher, se ela estiver por<br />

lá...Sailorcheer....eca *faz cara de nojo*<br />

- Tá...e por que eu faria isso? -diz Julian, cada vez mais assustado com o garoto.<br />

- Ela casou com meu pai adotivo! -...apesar dele não pensar assim...- pensa Ken<br />

Ken começa a contar como conheceu Fei Ackhart e Julian começa a entender<br />

porque o garoto é tão excêntrico. Mas um som vindo da mata corta o diálogo dos<br />

dois.<br />

- AHH!! CORRE!!! É UM PORING!!! -Grita Ken, entrando em pânico.<br />

Surge do meio dos arbustos uma pessoa, vestindo uma armadura metálica.<br />

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- Alto aí! - Diz Julian para o estranho.<br />

- UFFAA!!! É só um cara.... - Diz o rogue, se apoiando nos joelhos e retomando o<br />

fôlego.<br />

O estranho então diz que ouviu um pouco da conversa dos dois e reconheceu o<br />

nome Ackhart, perguntando se de fato conheciam o homem. O garoto diz meio<br />

bravo ao estranho que ele era muito curioso para um homem vindo do nada. O<br />

Homem de armadura reluzente então sugere que poderia ajuda-los caso<br />

aceitassem se apresentar. Meio receosos, os dois se apresentam. Julian pergunta<br />

quem é o estranho, mas ele diz apenas que é um amigo e que seu senhor devia<br />

favores à esse Sr. Ackhart e que se falassem com seu senhor, poderiam ficar a<br />

salvo. Julian fica muito desconfiado e fala que não pode ser amigo de quem não<br />

conhece.<br />

Ken então diz que Julian estará seguro com ele, pois é bem forte.<br />

- Contra quantas pessoas consegue lutar, senhor Ken?<br />

- Dexa eu ver...-contando nos dedos. Pessoas normais ou fortes igual eu?<br />

- Normais...-Diz o estranho, procurando disfarçadamente alguma coisa nos<br />

viajantes, sem mudar suas expressões.<br />

- Luto com 4 então...facilmente...lutava até com lobo do deserto!<br />

- E o que fará se um grupo de 6 pessoas aparecerem pra pegar vocês?<br />

- Aí...aí....aí eu me escondo!<br />

- Maravilha! E eu faço o que? me jogo no chão e finjo que sou um tronco de<br />

árvore? - Diz Julian, indignado.<br />

- Exato. E o homem que falou que ia proteger?<br />

- Eu espero chegarem perto dele e ZAZ! ATAQUE SURPRESA!<br />

- ATAQUE SURPRESA COMO, SE VOCÊ FICA FALANDO DELE? -Grita Julian,<br />

cada vez mais indignado.<br />

- Isso se ele não morrer antes, não é? Não é melhor seguir por rotas seguras,<br />

dormir sob proteção?<br />

- Nhá...e o que VOCÊ pode fazer?<br />

- Eu não posso fazer muita coisa contra vários inimigos. Mas meu senhor pode<br />

evitar estes confrontos.<br />

Depois de ter sido contrariado várias vezes pelos dois, o garoto se esconde<br />

quando tem a chance. Julian e o estranho se dão conta que o garoto sumiu, mas<br />

logo aparece atrás de Julian colocando uma adaga contra a garganta do mesmo.<br />

Não que o garoto quisesse matar o seu novo amigo, mas queria testar o estranho.<br />

Antes que pudesse se explicar, Julian o desarma e a adaga cai aos pés do<br />

Estranho, que a pega, sem tirar os olhos dos viajantes.<br />

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- Láguz! - pensa ele.<br />

- Nunca mais faça isso garoto! não é só porque temos essa coisa de runa igual<br />

que temos que ser amigos! cuidado com o que faz!<br />

- Duas Laguz! Se pega-las, fecho essa runa! -Pensa o estranho ainda sem mudar<br />

a expressão.<br />

O homem de armadura então sugere novamente que o sigam, mas apenas o<br />

militar aceita. Apesar do homem de armaduras ser suspeito, pesou que seria<br />

melhor viajar com ele do que com um garoto como Ken. Já o garoto, muito<br />

orgulhoso nega a oferta e retruca muito bravo.<br />

- Depois não fala que eu não avisei Julian...na sua terra você podia até ser bom,<br />

mas aqui sou eu que sei das coisas...não você...eu não vou com esse cara<br />

aí....vim pra cá sozinho e posso voltar sozinho.<br />

O Estranho então diz que poderia ser perigoso e Ken, cada vez que era<br />

contrariado, ficava mais nervoso. Então apontou o dedo na cara do estranho e<br />

disse que a vida que ele teve era perigosa, que viveu no deserto sozinho por 6<br />

anos e se saiu muito bem. Irritado com a situação, Julian diz a Ken para se<br />

acalmar. Ken diz ao militar que se queria ir com uma pessoa que ele nem se quer<br />

sabia o nome ao invés de viajar com a pessoa que sabia onde encontra-lo, por ele<br />

tudo bem. Julian concorda com o garoto em seus pensamentos, mas a idéia de ter<br />

alguém mais poderoso, como o senhor do estranho parecia uma idéia melhor. O<br />

estranho então sussurra ao ouvido de Julian que falará seu nome assim que seu<br />

senhor permitir.<br />

- Oras, meu senhor. Se tivemos a gentileza de dizer nossos nomes a você, como<br />

um cavalheiro que deve ser, deveria dizer seu nome também.<br />

- Que assim seja então. Meu nome é Maximus.<br />

- Maximus....gravei seu nome....fica esperto! to de olho em você!<br />

- Você verá seu amigo são e salvo em Geffen, não se preocupe.<br />

- Espero que sim...senão...<br />

- É...vou ficar bem...agora xispa.<br />

O rogue então dá as costas aos dois e começa a caminhar sem falar nada.<br />

Maximus então lidera o caminho, olhando para Ken, que se distanciava. O garoto<br />

então aproveita a distancia, se esconde e começa a segui-los. Julian então<br />

pergunta o nome do senhor de Maximus, que reluta um pouco, mas sede ao<br />

comentário que Julian faz, que diz que está confiando nele, só que não é<br />

recíproco o sentimento. Maximus revela então que seu mestre na verdade é uma<br />

Mulher muito poderosa, chamada Galaxy. Pouco depois disso, Maximus para de<br />

caminhar e fala que chegaram em um ponto secreto. Julian estranha que um lugar<br />

no meio da trilha é um lugar secreto, mas aceita o fato depois que Maximus fala<br />

que por ser tão óbvio, ninguém desconfia da passagem secreta.<br />

Ao ouvir a palavra “secreta” Ken, que os seguia de perto, ficou todo empolgado,<br />

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imaginando os itens que encontraria. Maximus então fala que só podem continuar<br />

se Julian vendar seus olhos. Após ter seus argumentos vencidos, ele aceita, mas<br />

com muito receio. Eis então que ele tem a grande idéia de distrair Maximus,<br />

falando para apagar as pegadas com ramos de arvores. Enquanto Maximus apaga<br />

as pegadas, Julian tira seu mapa de um de seus bolsos e faz uma rápida marca<br />

no mapa e o joga em um arbusto. Então eles caminham pra dentro da mata,<br />

enquanto Julian apaga as pegadas deixadas.<br />

[/ON]<br />

Então caros telespectadores? Será que esse homem de armadura misterioso<br />

ajudará Julian? Será que Ken encontrará itens para sua coleção bizarra? O<br />

almoço de amanhã será arroz, feijão e ovo frito? Não percam o próximo episódio<br />

no mesmo bat-canal no mesmo bat-forum!<br />

Posted <strong>by</strong>: Ken Jun 5 2008, 09:10 PM<br />

[ON]<br />

Enquanto andam, Maximus vai tocando em algumas arvores para fazer barulho e,<br />

após 5 minutos caminhando, param. Ken, enquanto seguia os dois, tomando o<br />

máximo de cuidado para não ser notado, esquece do mapa que Julian deixou para<br />

traz.<br />

- Quanto falta ainda? Esta venda está me incomodando.<br />

- Falta pouco Sr. Julian. Estamos quase chegando.<br />

Após 5 minutos caminhando, Maximus pede a Julian que se apóie em uma arvore,<br />

pois ele teria que usar uma chave para abrir a passagem secreta. Eis etão, que<br />

para surpresa de Ken, Maximus tira uma espada imensa de seu peito.<br />

- OQUEQUEÉISSOELETIROUAESPADADOPEEEEEITOOOO!!! -grita Ken,<br />

perplexo com o que viu.<br />

- Droga! Pensei que esse moleque tinha ido embora! -Pensa Maximus enquanto<br />

golpeia Julian com a espada.<br />

- O QUE? - Grita Julian, se atirando de costas no chão e sacando as pistolas.<br />

Tamanha era a força de Maximus que, ao errar Julian, crava a espada até a<br />

metade do troco da árvore que Julian se apoiava. Ao cair no chão, Julian dispara 4<br />

tiros as cegas esperando acertar alguma coisa. Maximus fica surpreso com as<br />

pistolas, coisa que nunca havia visto em sua vida, e recua alguns passos. Ken<br />

então corre em direção o militar para remover as venda de seus olhos. Julian<br />

manda o garoto se apressar enquanto dispara mais 3 tiros. Atirar as cegas não iria<br />

ajudar muito, mas um tiro acerta Maximus no ombro. O homem de armadura recua<br />

mais um pouco, tentando assimilar o ocorrido e começa a sussurrar para a<br />

espada. Julian diz para o garoto fugir o mais rápido possível enquanto a runa<br />

Laguz começa a surgir na espada e a mesma fica envolta em uma chama azul<br />

clara. Admirado com o brilho e beleza da espada, Ken se nega a fugir e ainda<br />

afirma que a espada será dele.<br />

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- Vocês não podem mais fugir nem se esconder. Entrem em desespero. Vocês já<br />

morreram. -Diz Maximus, avançando sobre a dupla.<br />

- Eu escapei de um exército...posso escapar de você! -Diz Julian, rolando para o<br />

lado contrario da árvore.<br />

- Eu...eu...eu....QUERO A ESPADA! -Diz o garoto depois de esquivar da espada<br />

dando um pulo pra traz.<br />

Ao acertar o chão a espada solta e chamas azuis se espalham pra todos os lados.<br />

Ken tenta dar uma ombrada em Maximus, mas ao acertar sente como se tivesse<br />

batido em uma parede sólida e quica para traz. Maximus se volta para o rogue e<br />

começa a pronunciar algumas palavras e pequenas erupções saem do braço dele,<br />

até chegar na mão.<br />

- Tá...isso eu nunca vi antes...não to gostando disso. -Pensa o garoto ainda no<br />

chão.<br />

- EU FALI PRA VOCÊ FUGIR, SEU IDIOTA! -Diz Julian disparando mais 3 tiros no<br />

inimigo, que cambaleia para o lado ao ser acertado.<br />

Então uma rajada de energia cinzenta sai da mão de Maximus. Ken saca 2 de<br />

suas adagas e cruza os braços na frente do corpo com esperança de se proteger.<br />

As adagas desviam parcialmente o golpe, mas tem partes do corpo queimadas e<br />

corroídas pela energia. O braço de Maximus fica mole ao lado do corpo.<br />

Empunhando a espada com apenas um braço ele avança sobre o garoto.<br />

- O pirralho...falou que.....quer...a espada......e a espada....ele vai ter. -Diz o<br />

garoto, agora com uma voz demoníaca e uma expressão assustadora.<br />

- Por que você simplesmente não morre? - Diz Maximus tentando entender a<br />

mudança do garoto.<br />

- Quer soltar....coisas pela mão.....eu solto também. -Diz o garoto, apontando o<br />

dedo para o inimigo.<br />

- O que você tá fazendo, moleque? -Diz o militar, completamente perplexo com a<br />

bola de fogo se formando na frente do garoto.<br />

- Você não é a mesma pessoa com quem lutava. -Diz Maximus desenhando a<br />

Runa Isa, formando uma barreira em sua frente.<br />

- Vamos brincar....até...eu cansar. -Diz o garoto, depois de disparar uma bola de<br />

fogo do tamanho de uma melancia e vê-la parar na barreira do inimigo.<br />

- ISSO TÁ LOUCO DEMAIS!! O FOGO SURGIU DO NADA! -diz Julian<br />

completamente assustado.<br />

- O garoto ainda está vivo?<br />

- Vivo...não sei....mas eu....estou......daqui a pouco...você nem tanto.<br />

- Isso tá louco demais pra mim! Vou embora! O garoto que se vire! -Pensa Julian,<br />

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se afastando do combate.<br />

- Fique onde está, Julian. -Diz Maximus, antes de sussurrar algumas palavras para<br />

a espada.<br />

- Esses sussurros...renderam dor...a esse corpo.....chega de palavras. -Ken diz e<br />

corre 3x mais rápido que antes na direção do inimigo.<br />

- Esse garoto mudou muito! -Diz Maximus empunhando a espada na defensiva.<br />

- AAHHH!! FOGO!! DO NADA!! AHH!!! -Grita Julian insanamente.<br />

- Essa espada....é minha! -Diz Ken ao acertar um soco na espada, soltando<br />

labaredas de fogo da mão do garoto no impacto.<br />

- Esqueça criatura! Você e o poder do seu dono me pertence agora! Fale seu<br />

nome pra poder morrer com dignidade! -Diz Maximus dando uma cabeçada no<br />

rogue.<br />

- MAPA!! AH!! MEU MAPA!!! CADE?? mapamapamapamapamapamapaaaaa! -Diz<br />

Julian enquanto corre desesperadamente enquanto esbarra nos arbustos<br />

procurando seu mapa.<br />

- Vocês mortais....sempre querendo...saber tudo.....mesmo sabendo que...vão<br />

morrer. -Diz Ken, disparando uma bola de fogo um pouco maior que a anterior.<br />

- Quem disse que sou mortal? -Diz Maximus,esquivando da bola de fogo.<br />

- Se vou...te...matar....é mortal.<br />

- Zuru...- Pronuncia Maximus, depois de rolar para o lado, desviando do ataque<br />

inimigo e as chamas começam aumentar na espada.<br />

- Seu fogo....bonito...o meu...forte! -Diz Ken avançando sobre Maximus, dando um<br />

soco em Maximus, que cai.<br />

- É um espírito de fogo, não é? -Diz Maximus se ajoelhando e pulando para traz.<br />

- MAPA!! MAPA!! AHAHA!! ACHEI VOCÊ!! -Diz Julian ao achar seu mapa,<br />

correndo para ainda mais longe do combate.<br />

- Espírito...desrespeitoso....eu...DEUS! -Ken grita, fazendo suas adagas pegarem<br />

fogo.<br />

- Deus..do fogo? - Pensa Maximus, gesticulando a runa Isa novamente, fazendo a<br />

espada soltar vapores gélidos.<br />

- Hora de...tomar espada...pra mim! -Diz o garoto correndo e tentado pegar no<br />

cabo da espada.<br />

Ao segurar a espada, o garoto sente um frio absurdo e se afasta urrando, com<br />

muita dor no braço. Eis então que Maximus arremessa a espada em direção ao<br />

inimigo. Ken tenta invocar outra bola de fogo, tentando parar a espada, mas em<br />

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vão. A espada gélida acerta o garoto bem no peito, depois de atravessar a bola de<br />

fogo mal formada. Maximus aproveita para bater com sua manopla no garoto. Se<br />

deixando apanhar e com dificuldades para falar, o garoto fala duas palavras<br />

estranhas e aponta para cima.<br />

- Mortal...ou não....isso vai doer....esse corpo...irrelevante.<br />

- Irrelevante mesmo! O que importa é isso! -Maximus apontando para a runa<br />

Laguz na espada e olhando para cima e vendo um meteoro enorme.<br />

- Runa me...prende...sem runa...livre!<br />

- Aproveite a liberdade, então, criatura! -Diz Maximus, girando a espada dentro do<br />

corpo do garoto.<br />

Depois de um rugido muito alto, o garoto desmaia. Maximus fica muito bravo ao ver<br />

que nada aconteceu e resolveu se preocupar com o meteoro, fazendo novamente<br />

o ritual da barreira em vários ângulos e invocando proteção contra fogo. Também<br />

invocou a runa Algiz e cravou a espada no chão, confiando na runa invocada. Ao<br />

ver o meteoro, Julian entra em mais desespero e se esconde em posição fetal<br />

atrás de uma pedra. O meteoro cai perto de Maximus, destruindo e incendiando<br />

coisas dentro de 100m de raio. Maximus some do local de batalha, assim como o<br />

corpo de Ken. Julian é arrastado por vários metros, sofrendo queimaduras médias<br />

pelo corpo.<br />

[/ON]<br />

Pois é amiguinhos. Depois dessa batalha, o que será que vai acontecer com<br />

Julian. O não tão amigo Maximus foi derrotado por Ken, ou foi o contrário? Ken e<br />

Maximus serão vistos novamente pelo mundo? Não perca isso e muito mais nos<br />

próximos capítulos!<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Jun 6 2008, 01:10 PM<br />

[on]<br />

O elfo Seth já estava perto de seu destino final, voltando de Prontera, carregando<br />

um grande volume sob o braço. Havia sido incumbido por seu “mestre” de comprar<br />

uma espada para ele, já que o maldito se negava a dar sumiço numa carruagem<br />

de armas e facilitar o serviço. “Não sou maligno”, disse Galgaris para Seth naquela<br />

ocasião... Se ele não era, então quem seria?, pensava o Elfo.<br />

A cidade estava um alvoroço, o que facilitou entrar e sair sem ser notado. Diziam<br />

que um ferreiro louco estava batendo em todo mundo em Geffen, e que era<br />

extremamente poderoso. Devia ser sério, pois as pessoas pareciam realmente<br />

desesperadas... mas isso certamente não importava. Só torcia para que os<br />

Rúnicos que ficam em Geffen não acabarem morrendo nas mãos desse cara,<br />

senão ele teria que ficar sabe-se lá quantos anos ao lado do Galgaris esperando<br />

aparecer mais Rúnicos...<br />

Os pensamentos de Seth foram interrompidos por um zumbido no horizonte. Uma<br />

enorme bola de fogo que vinha além das nuvens se dirigia em sua direção! Não...<br />

não era em sua direção... era um pouco mais ao norte, mais próximo de Glast<br />

Helm. Seth não costumava se incomodar com bruxinhos arrogantes que achavam<br />

que só porque conjuravam meteoros eram muito poderosos... mas aquilo<br />

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realmente era impressionante! Observou calmamente o meteoro cair, fazendo um<br />

som distante, mas ainda bem familiar, de catástrofe.<br />

Seth sentiu uma pontada no peito. Era uma dor semelhante à que ocorreu séculos<br />

atrás, quando os antigos Rúnicos enfrentaram e aprisionaram Galgaris... ou seja:<br />

Droga!!<br />

********************************************************************<br />

Claragar olhava impaciente para a pedra em sua frente... esperava a dias por uma<br />

resposta, um movimento, por mais simples que fosse, e nada... até que,<br />

finalmente, sua paciência se esgotou:<br />

- Sua pedra idiota! O jogo já acabou! Não tem como evitar! Minha próxima jogada<br />

será um xeque-mate!!! – o bardo chutou o tabuleiro de xadrez improvisado,<br />

completamente indignado - Já vi pessoas que enrolam pra jogar xadrez, mas você<br />

ganhou de todas elas!! Pedra que rola não cria limo, mas pedra que enrola é<br />

praticamente uma pelota de musgo!<br />

O bardo deu alguns passos para o lado. Pela tontura que sentia, iria morrer de<br />

fome de novo ainda este dia... e isso já estava ficando monótono! Porém, logo, um<br />

ponto luminoso no céu lhe chamou a atenção.<br />

- OMG! Uma Catapulta sarracena!! – gritou Claragar, apontando para o ponto<br />

flamejante que crescia - Eles estão atacando Rune Midgard! Corram por suas<br />

vidas! – O bardo saltou pra detrás de uma moita e olhou para a bola de fogo,<br />

ainda distante no céu, e em seguida olhando novamente para onde estivera<br />

sentado.<br />

- Drikestwaiss!! Marollwaruk! Sua pedras estúpidas! Vocês vão morrer! Fujam!! –<br />

Gritava Claragar para as pedras inertes que antes “jogavam” xadrez com ele. O<br />

Bardo correu até o local e saltou sobre elas, rolando, agarrando-as e<br />

levantando-se rapidamente<br />

- Suas tolas! Fujam! – esbravejava ele, arremessando-as ladeira abaixo.<br />

O Bardo olhou mais uma vez para a bola flamejante, que agora dava indícios de<br />

que não cairia sobre “eles”. Acompanhou-a com os olhos e, alguns instantes<br />

depois, o impacto fez o chão estremecer de leve.<br />

- Poxa... alguém pode ter se ferido, né? – comentou consigo mesmo – Melhor ir lá<br />

ver! – Claragar pegou a capa de Galgaris, as pedras Drikestwaiss e Marollwaruk, e<br />

correu em direção à colisão.<br />

********************************************************************<br />

[/on]<br />

continua...<br />

@Net:<br />

desculpe postar tem passar pela vistoria, mas estou em semana de live e se não<br />

postar agora, não sei quando poderei postar. Qualquer coisa a gente arruma<br />

depois.<br />

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Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jun 6 2008, 05:01 PM<br />

OFF<br />

*morre de rir com as pedras*<br />

Ficou perfeito bardo. Esse final de semana posto a continuaçao "do outro lado de<br />

Rune Midgard", com a pancadaria comendo solta XD<br />

Edit: Aliás.... link do Hora Zero *postando pela segunda ou terceira vez aqui* :<br />

http://sites.levelupgames.com.br/FORUM/RAGNAROK/forums<br />

/t/140106.aspx?PageIndex=1<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Jun 8 2008, 12:25 PM<br />

Sua última ação foi ativar a runa combinada Algiz para fortalecer a barreira. A<br />

chuva de meteoros invocada pelo tal “Deus do Fogo” foi realmente<br />

surpreendente...<br />

...<br />

Maximus ainda estava deitado, soterrado por terra, troncos e outras coisas que<br />

foram arrancadas do chão pelos impactos dos meteoros. Não sabia ao certo<br />

quanto tempo havia passado entre o impacto e seu re-acordar, mas certamente<br />

não deveria ser muito. Aos pouco se moveu, tentando sair dos escombros e,<br />

apesar do estado em que se encontrava, conseguiu sentar-se, ainda com as<br />

pernas soterradas.<br />

Ao seu redor não havia sobrado muita coisa: as árvores haviam sido arrancadas,<br />

com galhos destruídos e ainda fumegantes, alguns em chamas. Em alguns<br />

pontos era possível ver a própria terra fumegando e revolvida pelos impactos dos<br />

tais meteoros. O Guerreiro então começou a reparar nos estragos em si mesmo: O<br />

braço esquerdo , que havia servido de combustível para a Runa da Morte havia<br />

sido lacerado. O braço direito estava bem danificado, com queimaduras e pedaços<br />

de carne e armadura faltando. Seu corpo estava consideravelmente em bom<br />

estado, pois estava protegido atrás da espada Abismo. O dedo menor havia<br />

desaparecido. Era perceptível que a pele em sua face deveria ter sido<br />

carbonizada., e suas pernas não pareciam estar muito melhores.<br />

Após descobri-las, percebeu que a parte inferior da perna direita também havia<br />

“desaparecido”. Na perna esquerda, pedaços de metal se fundiram com a pele,<br />

mas nada aparentemente grave como um desmembramento. Felizmente, o corpo<br />

não sentia dor, então os ferimentos eram o de menos. O problema seria o<br />

deslocamento.<br />

Com uma breve concentração, Maximus sentiu a localização da Espada Abismo.<br />

Não estava muito longe de si, e provavelmente graças aos rituais de proteção, ela<br />

continua intacta. O problema era como chegar até lá.... Agarrou-se em raízes e foi<br />

arrastando o corpo pelo chão, lentamente, até chegar na espada. Examinou a<br />

lâmina mais uma vez e percebeu que não houve mudança na pequena runa laguz<br />

que estava inscrita na base da lâmina, junto com outras duas.<br />

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“Droga” – pensou ele. Algo fora dos padrões ocorreu. A Runa não poderia ter<br />

“fugido” da Espada Abismo... pelo menos não numa situação normal.<br />

- Oh, meu bom Odin!! – gritou assustada uma voz, vinda de longe – O que<br />

aconteceu aqui? – Um homem gordo, com um bigode preto, saltou de sua<br />

pequena carroça, puxada por pecos e correu em direção do corpo que se movia. –<br />

Você... está... vivo? – o Mercador se deteve, olhando o estado em que se<br />

encontrava Maximus. Este o Olhou de cima a baixo com o rosto sem expressão e<br />

simplesmente soltou o corpo no chão como se desmaiasse.<br />

- Aiaiaiai, Odin! Não deixa esse homem morrer na minha frente, não!! – disse o<br />

mercador em desespero, já pegando o corpo de Maximus no colo e levando-o até<br />

a carruagem – Agüenta aí, amigão, eu te levo pra enfermaria e você vai ficar bom<br />

jáj´..... aaaaaaaaaaaaaaarg!!!! – O Mercador mal terminou a frase e o guerreiro<br />

grudou em seu pescoço com o braço que lhe sobrara , mordendo seu pescoço e<br />

arrancando pedaços de carne. O mercador se debateu violentamente, tentando<br />

solta-se, até não lhe sobrar mais forças e sucumbir. Maximus devorava vorazmente<br />

o corpo do mercador, até que uma segunda voz o surpreendeu.<br />

- Então é assim que você se recupera, Galgaris?<br />

[continua]<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jun 13 2008, 02:26 PM<br />

Enquanto isso, no deserto de Morroc<br />

-----------------------------<br />

A luz da Lua atingia a ponta da flecha já posicionada firmemente no gakkung de<br />

Nodles, ao mesmo tempo que a brisa do deserto fazia seus longos cabelos<br />

esvoaçarem. Seus pés não tinham tanta firmeza na areia, mas mesmo assim sua<br />

mira era precisa o suficiente para não se preocupar com isso.<br />

Ele mal esperou sua visão estar totalmente recuperada para buscar suas armas<br />

após aquele clarão que Oromë causou no teleporte dele e dos outros Rúnicos.<br />

Porém, quando começou a procurar seu alvo, o mestre-ferreiro Hrymm, ele notou<br />

outras figuras estranhas, todas vestidas de branco, como Oromë.<br />

"Caramba! Tô vendo coisas a mais aqui... o efeito do vinho deve estar passando!<br />

Só pode!"<br />

Mas assim que teve esse pensamento, reparou no monge Rúnico Kanehito ao seu<br />

lado, se levantando e batendo sua roupa para tirar o excesso de areia. Nodles<br />

gesticulou com a cabeça para Kanehito, indicando a presença de todos aqueles<br />

seres, e o monge ficou estupefato.<br />

- Eles são... os enviados... aqueles que alguns chamam de GMs... por que eles<br />

estão aqui? Seria algum tipo de teste?<br />

- Teste? TESTE?! Desde quando meu império será em Morroc?! - Kanehito e<br />

Nodles ouviram Kin berrando, enquanto se levantava do chão com sua pesada<br />

armadura e ajeitava sua boina - A sede do meu império é Geffen!!! Morroc é tão<br />

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pouco desenvolvida que nem deveria ser chamada de cidade!!<br />

- Fica quieto aí, nubi! A coisa é mais séria do que parece... - Nodles berrou para<br />

Kin, enquanto Kanehito tentava procurar os demais Rúnicos na área.<br />

- Mais sério? Mais sério que o meu impé....<br />

A conversa entre os três de repente foi cortada, com um berro agoniado ao mesmo<br />

tempo que uma quantidade imensa de areia caia sobre eles, como uma onda.<br />

- MEU CAJADO!!!! ONDE ELE FOI PARAR?!?!?<br />

Bedwyn começava a fazer um buraco enorme na areia, procurando nela o seu<br />

cajado perdido. O berro de Bedwyn, porém, alertou não só Fei e MettaKill que<br />

estavam um pouco mais distantes, mas também Hrymm, que ficou com um sorriso<br />

de canto de boca vendo Bedwyn facilmente ao seu alcance.<br />

- VELHOTE BURRO! SAI DAÍ!! - Fei berrou tentando chamar sua atenção, mas foi<br />

em vão. Em poucos segundos, todos os Rúnicos viram o sacerdote ser<br />

arremessado no ar após um golpe assustador dado pelo mestre-ferreiro.<br />

Kanehito e Kin correram para socorrê-lo. Os músculos de Mettakill se retesaram e<br />

ele abriu um buraco na areia de Morroc com um soco, dada sua raiva ao ver o<br />

Rúnico ser abatido. Nodles correu ao seu encontro, mirando seu arco na direção<br />

de Hrymm.<br />

Bedwyn estava inconsciente e muito machucado pelo impacto que levara.<br />

Kanehito evocou alguns rituais de cura rúnica que conhecia para deixá-lo estável<br />

para ser retirado dali enquanto que os olhos de Kin brilharam e sua expressão<br />

mostrava pura fúria. Pensou em estapear Bedwyn para tentar acordá-lo, mas<br />

preferiu guardar todas suas forças para estapear a pessoa certa por estar indo<br />

contra seus planos futuros: Hrymm.<br />

- Mas... por quê?! - Kanehito berrou na direção dos GMs, enquanto tentava ajudar<br />

Bedwyn - Por que vocês não estão ajudando?! Não deu para perceber que não<br />

somos nós que devemos morrer aqui?!<br />

- Acho que isso não vai adiantar, Kane... - disse Nodles, se posicionando na frente<br />

deles - Parece que eles não vão nos ajudar... precisamos nos unir para vencê-lo...<br />

certo, Fei? - Nodles procurou pelo Rúnico e o encontrou de olhos fechados, meio<br />

distante, como se estivesse se concentrando - FEI? O que você está fazendo?!<br />

Kanehito virou sua atenção para o espadachim Rúnico. Para ele era óbvio o que<br />

estava fazendo, ainda mais numa situação daquelas.<br />

- A Sailor... - Fei abriu os olhos, com uma expressão assustada - a Sailor... ela não<br />

está me respondendo... ela.... nunca fez isso antes... será que esse cara antes de<br />

ir para Geffen...<br />

Kanehito arregalou os olhos e tentou contato com Sailorcheer por telepatia<br />

também. Nenhuma resposta. Algo de errado realmente poderia estar acontecendo<br />

com a garota, ela não deixava de responder quando procurada. O monge<br />

percebeu que assim que terminou de falar, Fei empunhou sua espada e começou<br />

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a correr em direção contrária a Hrymm.<br />

- Preciso encontrá-la...!<br />

Kanehito abaixou a cabeça, percebendo que novamente Fei não seria alguém com<br />

quem poderia contar. Kin, entendendo por qual motivo Fei ficara daquela forma,<br />

desembainhou sua espada e apontou na direção de Hrymm, que mantinha uma<br />

conversa nada amigável com Oromë e os outros GMs.<br />

O Lorde Rúnico, andando calmamente com a espada quase arrastada no chão, se<br />

posicionou na frente de MettaKill e Nodles. Deu um suspiro fundo e olhou na<br />

direção de Hrymm, que mudou sua atenção para o impetuoso Lorde Rúnico. Kin,<br />

num gesto épico, ergueu sua espada e berrou:<br />

- Rúnicos... a luta é nossa... - e ao mesmo tempo que começou a correr de forma<br />

desenfreada na direção do mestre-ferreiro - PELO IMPÉRIOOOOO!!!<br />

MettaKill acenou negativamente com a cabeça, lamentando, e não saiu do lugar.<br />

Nodles, sem saber o que fazer numa situação daquelas tomou um gole do seu<br />

vinho e acompanhou Kin, disparando inúmeras flechas para tentar distrair Hrymm.<br />

Kanehito deixou Bedwyn no chão, deu um longo suspiro observando a sua runa, e<br />

correu na direção dos dois. Sabia que, quando unidos, os Rúnicos venciam<br />

qualquer batalha. Entretanto naquele caso já tinham um Rúnico, Bedwyn,<br />

tombado no chão, uma Rúnica, Sailorcheer, que se não estivesse ferida também,<br />

estava desaparecida e com isso um terceiro Rúnico, Fei, que se negava a lutar. E<br />

Claragar? E Ken? E By-Tor? Onde estariam naquela situação?<br />

Sim, a situação se complicava...e muito! Kanehito tinha completa ciência disso,<br />

ainda mais quando reparava no golpe seco e extremamente furioso que Kin<br />

recebia do mestre-ferreiro, sua armadura estilhaçando completamente, fazendo o<br />

Lorde sucumbir aos seus pés. Nodles, que continuava a atirar suas flechas, só<br />

reparou na boina do Lorde caída no chão, próximo a ele. Engoliu em seco e<br />

continuou tentando acertar Hrymm, que começava a ser divertir naquela luta,<br />

desviando de cada flechada do caçador.<br />

Enquanto isso, Fei, após correr alguns metros e ficar distante do confronto, parou<br />

um momento para pensar. Olhou no horizonte e só o que via eram dunas e mais<br />

dunas de areia. Onde ele realmente estaria? Nunca havia andando muito tempo<br />

no deserto de Morroc para se localizar, muito pelo contrário. Evitava a cidade<br />

exatamente por Sailorcheer fazer o mesmo.<br />

- Não vai adiantar eu ficar correndo aqui... provavelmente não chegarei em lugar<br />

algum... vou ter que fazer de outra forma... - Fei fez um ligeiro corte em um dos<br />

dedos usando a lâmina de sua espada. Com o sangue que começou a escorrer,<br />

começou a marcar o chão. Enquanto desenhava o ritual, só ouvia ao fundo os<br />

gritos furiosos e o som metálico que indicava o confronto dos demais Rúnicos com<br />

Hrymm. Mas para Fei, naquele momento, só interessava encontrar Sailorcheer,<br />

onde quer que ela estivesse.<br />

Finalizado o desenho do ritual no chão com seu sangue, a medida que começou a<br />

falar várias frases em Rúnico, o amuleto rúnico de seu anel de casamento, que<br />

sempre levava consigo, começou a emanar um brilho forte e azulado. Fei caiu<br />

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sentado e aliviado ao ver que pouco tempo depois, sua amada esposa,<br />

Sailorcheer, surgia diante dele... viva.<br />

OFF<br />

Weeeeee... espancamento geral de Rúnicos \o/<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jun 13 2008, 04:29 PM<br />

Aviso em OFF primeiro... o trecho a seguir é exatamente a parte do Hora Zero que<br />

os Rúnicos aparecem (tirando a Sailor que aparece em grande parte do fic até<br />

chegar aqui também). Pedi autorização do Leafar para postar esse trecho, de<br />

autoria dele.<br />

Quem quiser acompanhar o início/restante do Hora Zero - que a partir daqui "se<br />

desliga" do RP dos Rúnicos novamente - basta ir no link da fic do Leafar, no fórum<br />

do bRO.<br />

Aviso feito... continuemos...<br />

---------------------------------------------<br />

Deserto de Morroc - Alguns momentos antes<br />

Sailor estava estupefata. Viu o rosto de Fei em sua frente, suado. Ele, que<br />

geralmente usava um disfarce de sacerdote, estava com sua roupa típica de<br />

espadachim, exibindo o longo rabo-de-cavalo azul.<br />

- Fei! Espero que seja realmente urgente! Você não faz idéia de onde eu...<br />

O Espadachim, marido da Mercenária, não disse nada. Apontou para trás dela.<br />

Sailor notou os corpos caídos de dezenas de companheiros de guilda – os<br />

Guerreiros Rúnicos. Ouviu o berro “Punho Supremo de Asura”, vindo de MettaKill,<br />

atingindo algo – ou tentando. Após a explosão de luz, causada por um choque, o<br />

Mestre foi arremessado aos pés da dupla.<br />

Quando a luz cessou, Sailor encarou o poderoso Mestre-Ferreiro, com um martelo<br />

lindo, que beirava o divino, enchendo os olhos de qualquer pessoa, apoiado em<br />

seu ombro.<br />

- Meu... DEUS! – Sailor deu um passo para trás.<br />

- Esse – disse Hrymm – é o termo EXATO que me define.<br />

23h – Arredores do portão sul de Morroc<br />

Dezenas de corpos estavam caídos nas areias quentes do deserto. De pé,<br />

absoluto, um Mestre-Ferreiro, ostentando um belíssimo martelo, observava<br />

Sailorcheer e o espadachim, Fei, ao lado dela. A areia quase pedia licença antes<br />

de tocar suas botas, que pareciam forjadas pelo próprio Odin. Do mesmo modo,<br />

dois cintos fabulosos estavam em sua cintura, reluzindo a luz da lua.<br />

- Hrymm... – disse a mercenária, estupefata.<br />

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- Viram? Ela conhece o meu nome!<br />

Sailor olhou ao redor. Ficou arrepiada com a cena: todos os GMs cercavam o local<br />

daquela batalha. Viu Namu, Oromë, Wyla, Teri, Keyji, Fenrir e tantos outros.<br />

Sorriu, segurando firme os katares.<br />

- Tá perdido, Hrymm! Ninguém pode derrotar tantos GMs juntos!<br />

Sentiu então a mão de Fei em seu ombro.<br />

- Não tão rápido, querida. Os GMs não estão fazendo nada – disse ele.<br />

- C-c-como assim? – a mercenária olhou firme para o marido.<br />

- Oromë tirou Hrymm de Geffen e mandou-o para cá. Viemos junto, mas só restei<br />

eu. E agora você.<br />

Hrymm olhava o casal, impassível. Seu cabelo curto mal se mexia com o vento.<br />

Tinha o olhar de moleque. De fato, era bem novo. Tinha conquistado o poder ainda<br />

como adolescente, e sempre se gabou disso, mesmo quando era vivo, antes da<br />

Ruína de Rune Midgard.<br />

- Vocês vão nos ajudar, não vão? – Sailor olhou assustada para os GMs. Notou<br />

Wyla apertar forte os punhos, mas continuar calada. Namu fechou os olhos,<br />

observando quieto.<br />

- Eles não farão nada, tolos! – Hrymm andou devagar na direção dos dois – Eles<br />

não vão me impedir! São os seres mais poderosos do nosso mundo, mas possuem<br />

a maldição de jamais interferir! E eles não podem fazer nada quanto ao fato de eu<br />

matar vocês dois!<br />

Fei e Sailor se olharam rapidamente, de canto de olhos. Com um sorriso de<br />

cumplicidade, foram para cima do Mestre-Ferreiro. Fei, segurando firme uma<br />

espada, pulou. Seu cabelo azul, preso em um rabo-de-cavalo, acompanhou seu<br />

movimento, enquanto ele desferiu um golpe frontal. O toque da lâmina em Hrymm<br />

causou um brilho. Sailor, a essa altura, já tinha se posicionado atrás do homem.<br />

Com uma velocidade espantosa, liberou todo o poder de suas lâminas<br />

destruidoras. Hrymm foi arremessado alguns metros para a frente e caiu.<br />

- Acho que o Metta já tinha ferido ele um pouco! – comemorou Fei, referindo-se ao<br />

Mestre que tombara por último no combate prévio.<br />

- Nossa, eu juro que achei que seria mais dif...<br />

A frase da mercenária não terminou. Hrymm se levantou, gargalhando. Seu corpo<br />

ficou vermelho, e seu martelo estava fumegante. Antes que Fei conseguisse<br />

piscar, o Mestre-Ferreiro já tinha passado por ele. Tudo que o espadachim viu foi a<br />

amada sendo atingida fortemente. Restos do que foram os Katares dela caíram em<br />

seus pés, assim como a pequena adaga que ela trazia escondida. Súbito, o<br />

martelo foi batido forte, de cima para baixo. Uma pancada fez o chão tremer. Um<br />

novo ataque ocasionou na queda de algumas moedas dos bolsos de Hrymm.<br />

Sailor quicou na areia duas vezes antes de cair imóvel no deserto. O Mestre-<br />

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Ferreiro mal se virou e notou Fei já em cima dele. O espadachim foi extremamente<br />

rápido, e com a espada acertara um dos cintos do inimigo, tirando uma lasca.<br />

Imediatamente, Hrymm segurou Fei pela cabeça, com apenas uma das mãos,<br />

erguendo-o do chão.<br />

- Está louco, espadachim? Tem noção do que tentou fazer? Queria estragar um<br />

dos lendários Megingjard?<br />

Com habilidade, Fei puxou a adaga que Sailor derrubara previamente e, em um<br />

golpe rápido e preciso, atingiu forte o braço de Hrymm. Surpreso, o Mestre-<br />

Ferreiro deu um passo para trás.<br />

- Doeu? – disse Fei, pegando a espada caída – Que coisa... não senti nada!<br />

- Ah, mas eu garanto que vai sentir. Você e todos os seus amigos hão de pagar<br />

por me atrapalhar assim!<br />

Sailor, que se levantava com dificuldade, andou até o lado de Fei. Deu uma das<br />

mãos para ele. Seu rosto estava sangrando. Sua cabeça já não ostentava mais as<br />

Asas de Anjo. Ele segurou firme a mão dela. Cada um empunhava suas armas.<br />

Hrymm estalou o pescoço. Olhou sério para Namu, o líder dos GMs.<br />

- Observe o que faço com estes pobres coitados. Dêem adeus a Rune Midgard,<br />

otários.<br />

OFF<br />

No final de semana postarei a continuação do RP o/<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Jun 13 2008, 07:54 PM<br />

[enquanto isso, muito ao norte de Morroc XD]<br />

[on]<br />

Galgaris olhou em direção a voz, e viu o elfo Seth parado à sua frente. Suas<br />

pupilas estavam dilatadas como de um tubarão, o que fez o Bruxo incomodar-se<br />

por um instante. Galgaris logo o ignorou e voltar a devorar a carne do mercador<br />

abatido.<br />

- Que coisa nojenta... agora sei de onde você tem aquelas idéias estranhas - Disse<br />

Seth, sentando-se ao lado do guerreiro, esperando ele terminar - realmente deve<br />

ter ocorrido algo horrível aqui. Pensei até que tivesse sido destruído!<br />

Galgaris virou-se de lado, saindo de cima dos restos da carcaça do mercador.<br />

- De fato, os poderes daquela criatura eram enormes - começou a falar Galgaris,<br />

como se nada tivesse acontecido - mas os poderes da runa Algiz, mesmo<br />

invocados de maneira improvisada, me protegeram o suficiente para não incinerar<br />

o corpo.<br />

- É... sua cara está irreconhecível! É quase uma caveira...<br />

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- Cale-se. Coloque a espada Abismo na carroça. Ela está logo ali. Peque também<br />

aquela adaga, perto daquele corpo incinerado - disse o morto-vivo, apontando.<br />

Logo, Seth colocou as duas armas na carroça, e Galgaris continuou: - Vamos sair<br />

daqui antes que...<br />

- OMG! Cheguei atrasado!! - disse uma voz desconhecida. A carroça obstruía a<br />

visão de Galgaris, e então Seth levantou-se, olhando para o indivíduo que se<br />

aproximava.<br />

- É o maldito bardo! - sussurrou Seth para Galgaris, empurrando-o de modo a<br />

deixar ele deitado. Seth ajeitou sua capa mágica e aproximou-se de Claragar - Olá<br />

senhor... o que faz aqui?<br />

- Ora, que pergunta idiota, milord! - disse Claragar, carragando uma capa e duas<br />

pedras - Cai um meteoro sarraceno aqui e você pergunta o que eu vim fazer! Vim<br />

ver se há sobreviventes, oras!<br />

- Ah, sim... Claro! Eu... eu também vim fazer isso... e só achei esse corpo aqui e<br />

vou levá-lo para a cidade e...<br />

- Você está mentindo! - disse Claragar diretamente.<br />

- Hein? - disse Seth, tentando conter o espanto - C-como assim, estou mentindo?<br />

- Drikestwaiss me contou! Ela disse que você sabe o que está acontecendo aqui e<br />

tem algum plano maligno em mente!! - Claragar encarou o Elfo furiosamente, já se<br />

preparando para um combate.<br />

- Quem é Drikestqualquercoisa? - perguntou o bruxo, já pensando em fulminar o<br />

bardo com um raio.<br />

- Essa pedra aqui... digo, é esta aqui! - Falou o bardo, mostrando uma das pedras<br />

que carregava - ela nunca se engana e...<br />

- Senhor... isso não pode dizer quem diz a verdade ou mentira...é apenas uma<br />

pedra!!<br />

- OMG! É verdade! - Claragar jogou as pedras fora, ignorando-as - Desculpe,<br />

milord. Como posso ajudar? Podemos colocar o corpo na carroça... pega os<br />

braços que eu pego as pernas... errr... pega o braço que eu pego a perna.<br />

Galgaris se manteve imóvel e acreditou no que Seth disse sobre estar desfigurado:<br />

Seria a única chance do Bardo não o reconhecer... e não o reconheceu. Claragar e<br />

Seth o jogaram na carroça, e logo Claragar o cobriu com a capa que carregava,<br />

"para evitar curiosos*<br />

- OMG, milord! Tem outro corpo do seu lado! - Disse Claragar, apontando para a<br />

carcaça do mercador caído - Precisamos levá-lo tb!! - Antes que Seth pudesse<br />

argumentar, Claragar já arrastou o corpo pra cima da carroça. Talvez fosse<br />

realmente melhor não contrariar.<br />

- Acho que é só isso, né? - disse Seth, tentando se livrar do Bardo.<br />

163 de 328 03/09/2009 10:55


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- Na verdade não, milord... há mais um corpo ali no meio, todo carbonizado... mas<br />

eu preciso ir agora! Meus amigos estão sendo massacrados lá perto de Morroc e<br />

se eu não ajudá-los, era uma vez os Guerreiros Rúnicos!<br />

- Ora, então vá... - disse Seth, sem entender nada. Se o Bardo tivesse o mínimo<br />

de razão no que dizia, era melhor que os Rúnicos continuassem a existir... ou seria<br />

mais uma loooonga espera ao lado de Galgaris.<br />

Claragar saiu correndo no meio da mata, e Seth rapidamente diligenciou a<br />

carruagem de volta ao esconderijo.<br />

[/on]<br />

Posted <strong>by</strong>: Kanehito Jun 13 2008, 09:42 PM<br />

Nifflhein<br />

A escuridão era quase absoluta, como se fosse noite, daquelas sem estrelas, sem<br />

lua e sem luz alguma. O cheiro do lugar era podre, torpe, fedia a terra e carniça,<br />

raiz forte, gases e mofo, provenientes das covas semi-abertas onde corpos sem<br />

vida e putrefatos dormiam em posição de desespero. Levantando-se de um salto,<br />

Kane ficou na ponta de um dos pés observando a cena assustado e enojado.<br />

Ao longe viu silhuetas de casas com telhados pontudos. Eram construções<br />

deformadas e retorcidas de onde, vez ou outra, um foco fraco de luz saia com<br />

dificuldade. Era uma cidade sem duvida, mas algo que Kane jamais vira, algo um<br />

tanto perturbador. Mas onde ele estaria? Sempre soube onde esteve, era algo de<br />

que se orgulhava, conhecia toda RuneMidgard...<br />

Receoso, caminhou por o que parecia uma estrada, ladeada por cercas baixas,<br />

que inutilmente protegiam tristes jardins de ervas daninhas mortas e secas. Os<br />

sons, que vinham de varias direções eram gemidos fúnebres, lamentos, berros,<br />

risadas macabras, gritos de dor e todo tipo de som desesperador, mas a fonte<br />

exata era um mistério, como se o desespero daqueles timbres brotasse do chão<br />

daquele lugar.<br />

Kane passou por uma ponte e subiu uma leve ladeira, podia ver a cidade toda dali,<br />

agora com uma iluminação maior que se espalhava do que parecia ser a praça<br />

central. Eram pontos de luz um tanto fracos que iam em varias direções, inclusive<br />

na do monge. Conforme chegavam mais perto, revelaram-se na verdade serem<br />

almas penadas portando lanternas de abóbora. Kane ficou apreensivo, tentou<br />

pensar em como agiria.<br />

Inconscientemente olhou para sua mão e viu a runa Gebo. Lembrou-se que era<br />

um Guerreiro Rúnico, um protetor das runas, e que podia constatar seus<br />

companheiros pelo pensamento. As luzes se aproximavam e ele não conseguia<br />

nenhum contato. Sua preocupação no momento havia deixado de ser encontrar<br />

ajuda e se tornado lutar. A palavra lutar despertou outra lembrança: ele era um<br />

monge, um seguidor dos ensinamentos divinos, aquele que buscava a iluminação<br />

através do treino da mente e do corpo.<br />

Procurou em sua cintura e encontrou 4 pares de soqueiras que, ele se lembrava,<br />

nunca se separaram dele. Uma delas tinha linhas fluidas e um grande cristal de<br />

gelo na ponta, outro era feito com lascas de pedra, outro ainda era simples, leve<br />

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ao toque e soltavas eventuais faíscas, e por fim uma soqueira com tênues chamas.<br />

Eram seus punhos elementais, lembrava que tinha cinco deles, mas não<br />

importava, uma pequena horda de almas-penadas, sedentas por um pouco de<br />

vida, se aproximava.<br />

Ele vestiu a soqueira em chamas e rezou por alguns instantes. Finalizada a ultima<br />

frase, fez um movimento brusco e arremessou longe uma das almas penadas,<br />

deixando as que vinham atrás dela aturdidas. Conforme esbofeteava os<br />

fantasmas, evocava seus espíritos auxiliares, deixando seus golpes mais fortes.<br />

Quando finalmente conseguiu evocar os cinco espíritos, correu para longe do<br />

grupo de almas-penadas que o cercava. Quando conseguiu uma distancia boa,<br />

reuniu seus espíritos e mirou no meio do enxame. Atirou! Conforme foram<br />

passando por eles, os espíritos do monge iam dilacerando grande parte daqueles<br />

seres estranhos.<br />

Continuou lutando com os que sobraram, deixando apenas um sem ser derrotado.<br />

Tomado ainda pela fúria da batalha, agarrou esse que sobrou e usou-o como<br />

lanterna. Subiu novamente na colina da qual tinha avistado toda a cidade e rumou<br />

cuidadosamente para a praça central. Por mais horripilante que fosse, toda a<br />

cidade possui uma Funcionária Kafra, essa era a regra de ouro da Corporação<br />

Kafra. Qual foi o espanto do monge ao encontrar de fato uma Funcionária Kafra na<br />

praça, envolvida por uma aura cinza, portando um olhar macabro e usando roupas<br />

esfarrapadas. Ela se curvava para cada vulto que passava.<br />

(continua)<br />

**********<br />

[off]<br />

O Kane chegou primeiro em Niff depois do golpe do Ferreiro... Desnorteado, ele<br />

conhece essa nova faceta de seu mundo e fica aterrorizado, intrigado, perdido!<br />

Como ele sairá da terra dos mortos? Encontrará alguem? Um vivo ou algum<br />

morto? E por que ele está ali?<br />

Muitas perguntas aguardam muitas respostas, bem como voces queridos leitores!<br />

Não percam as fics que se seguirão...<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jun 18 2008, 11:35 PM<br />

De outro lado de Niffelheim, após um breve foco de luz que em segundos se<br />

desfez, um corpo inerte aparecia. Estirado de costas, algumas mechas de cabelo<br />

molhadas de suor cobriam parte do rosto sujo pela terra daquela região<br />

amaldiçoada.<br />

O rapaz abriu lentamente os olhos e deparou-se com uma certa dificuldade para<br />

enxergar, dada a luz fraca que vinha de algumas poucas fogueiras, que tinham<br />

um brilho sinistramente azulado. Em pouco tempo conseguia enxergar tudo<br />

normalmente; felizmente ou não, era uma característica herdada de sua mãe, elfa.<br />

Conforme tentava se localizar, apenas com o rápido movimento de seu olhar e<br />

ainda sem se mover, reparou que tinha muita dificuldade em respirar. Não era por<br />

causa do cheiro forte e horrível de putrefação que sentia, nem por alguma costela<br />

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quebrada, ele sabia bem como era a dor causada por uma.<br />

De repente, quase que numa tentativa desesperada de se salvar, ergueu um dos<br />

braços e tentou alcançar a parte lateral de sua armadura. Prendeu o ar e fechou<br />

os olhos com a dor que começou a sentir a medida que conseguia alcançar a trava<br />

que mantinha sua armadura acoplada ao seu corpo. Assim que a puxou, jogou<br />

seu corpo novamente de costas, exausto, conforme puxava o ar de volta aos<br />

pulmões como se fosse a primeira vez.<br />

Alguns minutos depois, após recuperar o fôlego, o rapaz retirou a pesada<br />

armadura de cima de si, reparando que o peitoral estava muito amassado e<br />

trincado. Contornou o dano com as mãos, conforme ia desenhando mentalmente o<br />

formato do que causou tamanho estrago.<br />

- Mjolnir...<br />

Novamente fez uma rápida busca em sua volta. Ao seu lado sua espada,<br />

impecável, a não ser pela terra que a cobria em parte. O rapaz a empunhou, e sua<br />

lâmina refletiu seu rosto com o pouco de luz existente. Ao mesmo tempo que via<br />

seus olhos azuis- acinzentados refletidos, um rápido flash de memória surgiu em<br />

sua mente. Hrymm, erguendo seu martelo divino na direção dele e de Sailorcheer,<br />

em seguida uma luz ofuscante, seu braço ardendo como se tivesse sido colocado<br />

em brasa...<br />

- O que foi... aquilo...?<br />

Se perguntava mentalmente, ainda meio grogue e tentando colocar suas idéias em<br />

ordem. Assim que olhou para seu outro braço descobriu o motivo da dor intensa<br />

que sentia. Seu ante-braço esquerdo não possuia mais qualquer proteção de sua<br />

armadura. Mas, além de ensanguentado, reparou também que a runa que<br />

marcava seu braço, Raido, não tinha o aspecto comum. Ela estava marcada em<br />

seu braço de forma inversa.<br />

- Eu estava segurando as mãos de Katrina quando senti...<br />

O rapaz parou de pensar, arregalando os olhos. Levantou-se rapidamente,<br />

apoiando-se em sua espada, e começou a olhar em todas as direções, de forma<br />

desesperada. Só o que reparava era em algumas tochas azuis que iluminavam o<br />

local onde estava, ao longe, o que parecia ser alguma espécie de conjunto de<br />

barracos velhos. E só.<br />

Engoliu em seco e tentou novamente se lembrar do que havia acontecido.<br />

Sailorcheer estava com ele. Ele segurava sua mão quando Hrymm o golpeou.<br />

Para onde foi mandado? Para onde ELA foi mandada? Por que a garota não<br />

estava lá com ele? E o mais importante: que lugar mais estranho e assustador era<br />

aquele?<br />

Começou a correr aos tropeços até o que parecia ser um morro mais alto, afim de<br />

tentar enxergar alguma coisa a mais para que descobrisse onde estava. Ao chegar<br />

no alto sua expressão mudou para um aspecto amedrontado a medida que<br />

observava inúmeras formas humanóides que traziam consigo assustadores<br />

gemidos guturais. O rapaz começou a tremer, de forma inconsciente, começava a<br />

ficar aterrorizado com tudo aquilo. Limpou o suor que escorria em seu rosto com o<br />

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braço, fechou os olhos e respirou fundo tentando buscar alguma coragem.<br />

Empunhou a espada e berrou de forma quase alucinada:<br />

- Katrinaaaaaaaaaaaa!!! Cadê você?<br />

------------------------<br />

Próximo dali, nas ruínas do que sobrara de um casebre velho puído, um homem<br />

saboreava deliciosamente uma bebida meio avermelhada com alguns traços<br />

esverdeados. Seus pés estavam apoiados no que sobrara de uma mesa corroída<br />

pelo tempo e tomada por limbo. De repente, seu momento de prazer com a bebida<br />

foi finalizado por um homem de rosto deformado e sem braços, sua expressão<br />

sofrida e moribunda. O homem deu outro gole em sua bebida, acenando para que<br />

o ser desmembrado se aproximasse e falasse o que queria.<br />

- Senhor... - começou a balbuciar, como se tentasse achar toda a energia do<br />

mundo para conseguir se comunicar - Um vivo... um vivo acabou de chegar aqui<br />

em seu território... e o desgraçado ainda não para de berrar... todos estão ficando<br />

irritados! Ele está acabando com o pouco de paz que temos aqui!<br />

O homem sentado, que estava com um capuz que escondia seu rosto, apoiou o<br />

cálice de sua bebida na mesa, curioso com o que acabava de saber.<br />

- Um vivo? Vai me dizer que aquele capacho de Hel deixou ele fugir?<br />

- Não s-s-s-senhor... - o homem quando falava deixava escorrer um líquido verde<br />

de sua própria boca - ele parece que... s-s-s-surgiu... aqui...<br />

- Heh... surgiu? Ora, parece que teremos diversão então... - o homem encapuzado<br />

foi até a única parede totalmente em pé no casebre, retirando uma bela e<br />

reluzente katar presa nela - e assim que eu terminar com ele, será outro que se<br />

ajoelhará diante de mim e me servirá aqui... certo? - o homem desmembrado<br />

sentiu um empurrão dado pelos pés de "seu senhor" que o fez cair no chão.<br />

- S-s-sim, s-s-s-senhor... - o moribundo falava com a cara no chão, com<br />

dificuldade, enquanto sentia seu corpo sendo pisado sem piedade - S-s-senhor<br />

E-e-evathium...<br />

OFF<br />

Bah, eu nem gosto de fazer meus chars sofrerem<br />

Logo continuo o que houve com o Fei... (pq agora eh cada um por si \o\)<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jun 19 2008, 10:50 PM<br />

- Saiam de perto de mim, seus monstros!!!<br />

A ordem dada de certa forma imponente contrastava com o temor que Fei sentia<br />

naquele momento. Cercado por inúmeros seres humanóides, deformados e<br />

pútridos, que a cada passo emitiam um gemido aterrorizante, o Rúnico sentia seu<br />

corpo tremer de pavor e o suor frio escorrer de sua testa. A medida que os seres<br />

avançavam lentamente para perto de Fei, ele recuava, meio desiquilibrado, com<br />

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sua espada erguida com apenas uma das mãos já que não sentia mais firmeza<br />

com seu outro braço.<br />

Com alguns golpes no ar, Fei tentava afugentar os moribundos, mas<br />

aparentemente nenhum deles tinha sequer medo do rapaz, o que o deixava cada<br />

vez mais preocupado. Tentou falar telepaticamente com Sailorcheer mas não<br />

recebeu nenhum retorno. A segunda vez que tentou, sentiu uma tontura que<br />

nunca havia sentido antes, o que o fez cair de joelhos com a cabeça abaixada por<br />

uns instantes, apoiado em sua própria espada. Ofegante e em total desespero, Fei<br />

respirou fundo e berrou com toda a intensidade que seus pulmões permitiam.<br />

- Katrinaaaaaaaaaaaaa!!!! Me responde!!!<br />

Assim que clamou por sua esposa, começou a ouvir uma risada ao fundo.<br />

Reparou que ao mesmo tempo que a risada começou a ficar mais intensa, os<br />

moribundos começaram a se afastar, outros a cair como se tentassem fugir de<br />

quem estava chegando. Fei esfregou os olhos e deu um breve suspiro de alívio ao<br />

perceber que não estava mais tão próximo de todos aqueles seres horrendos.<br />

Porém, um homem encapuzado que se aproximava dele, começou a fazer um<br />

comentário, de forma sarcástica.<br />

- Heh, que engraçadinho... o garotinho está chorando porque se perdeu da<br />

mamãe aqui dentro, é? - Evathium chegou próximo de onde estava Fei, ainda<br />

rindo - infelizmente para você, veio parar no lugar errad...<br />

Evathium parou de falar e andar ao se deparar com o Rúnico, ainda ajoelhado<br />

observando a movimentação com uma expressão de pavor. Por um momento, não<br />

acreditou no que estava vendo. O brilho dos poucos dentes que restavam em sua<br />

boca podiam ser vistos dentro do capuz. Todo o sofrimento que tinha passado<br />

desde que chegou em Niffelheim, tornara-se mero detalhe naquele momento.<br />

Começou a andar novamente na direção do Rúnico, gargalhando.<br />

- Estou vendo que Hel me deu um presente inesperado... - Fei ouviu a voz<br />

maquiavélica de Evathium, engolindo em seco - ... parece que aquela mulher está<br />

gostando de mim, afinal...<br />

Todos na região, voltaram sua atenção para Evathium, estranhando sua reação.<br />

Desde que chegara na terra maldita, nunca viram uma reação tão completa de<br />

satisfação como a que estavam vendo. Evathium, por sua vez, começou a andar<br />

perto do Rúnico, de um lado para outro, como se estivesse o analisando. Fei, por<br />

sua vez, tentava se controlar e não deixar que sua mente fosse dominada<br />

completamente pelo medo. Suspirou fundo e levantou-se novamente, ficando com<br />

a postura defensiva que estava outrora. Evathium riu novamente de Fei,<br />

percebendo que por mais que tentasse se controlar, sua espada continuava<br />

tremendo. E ao mesmo tempo que retirava sua katar de dentro do velho sobretudo<br />

que usava, falou:<br />

- O que foi? 'Tá com medinho, é? Por qual motivo está tremendo tanto... Fei?<br />

O Rúnico gelou e arregalou os olhos quando reparou que aquele homem andando<br />

em sua frente o conhecia. Lentamente, deu um passo para trás, acuado. Os<br />

moribundos todos se afastaram, como se respeitassem aquele homem como um<br />

"líder".<br />

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- Q-quem é você? Pra onde me trouxeram, desgraçados?<br />

- Olha... ele ainda consegue falar! - Evathium apontou para Fei, caçoando dele -<br />

De fato, garoto, você não deve me conhecer tanto... pelo menos não tanto quanto<br />

aquela garotinha ingênua e bobinha me conheceu... como chamava mesmo?<br />

Fei, suportando a dor que sentia em seu braço ferido, segurou a espada com<br />

ambas as mãos, para ter mais firmeza, a medida que Evathium falava, como se<br />

saboreasse cada palavra desferida. Aquele homem provavelmente conhecia a<br />

Katrina! Mas antes de conseguir tirar qualquer conclusão a respeito, Fei reparou<br />

no homem retirando o capuz que cobria seu rosto lentamente, a medida que<br />

continuava a falar.<br />

- Ah, sim... era Sailorcheer... - assim que o capuz foi retirado por completo e o<br />

Rúnico ficou cara a cara com seu interlocutor, um misto de ódio, surpresa e dúvida<br />

surgiu na mente dele - Mas ela gostava que todos que se aproximassem dela a<br />

chamassem de... Sailor... - e começou a rir novamente, observando a reação de<br />

Fei.<br />

- N-não pode ser... você... você está... morto! Eu te matei!<br />

- Belíssima conclusão... - Evathium apoiou sua katar entre os fortes braços,<br />

batendo palmas para o Rúnico - Eu estou morto... assim como você, meu querido<br />

"sócio"... - o homem falou, com um sorriso de canto de boca - Bem vindo a<br />

Niffelheim, a terra dos mortos!<br />

"Morto?!"- Fei pensou imediatamente, como se tivesse sentido uma onda de<br />

choque por todo o seu corpo que o deixasse inerte por um breve momento. Os<br />

moribundos se entreolharam, não compreendendo exatamente o que Evathium<br />

disse. O homem aterrorizado na frente deles não estava morto, aquele cheiro<br />

apetitoso de carne viva e sangue quente que Fei possuia denunciava isso. De<br />

qualquer forma, não seria bom contradizer aquele homem, caso contrário<br />

poderiam levar punições severas depois, como o ser desmembrado se lembrava<br />

bem. Evathium, se aproveitando da situação causada pela sua "informação",<br />

correu na direção de Fei, aplicando-lhe um forte chute na cara, arremessando o<br />

Rúnico para longe.<br />

- Ei, acorda! Não é tão ruim assim! - disse, gargalhando - agora poderemos passar<br />

o resto da eternidade dada por Hel juntos aqui! Eu e você!<br />

Fei, ainda atordoado com a notícia que teve, tentava se levantar do chão,<br />

rastejando para longe de Evathium. Ele, por sua vez, se aproximou novamente do<br />

Rúnico, chutando seu estômago com prazer. Fei perdeu o fôlego de imediato,<br />

tossindo forte e levando ambas as mãos na região do golpe.<br />

- Você não me respondeu, Fei... - o homem se abaixou, segurando Fei pelos<br />

cabelos e obrigando o Rúnico a encará-lo - ... não gostou da idéia de estar morto<br />

ou passar o resto da eternidade aqui, do meu ladinho?<br />

- O que... - Fei encarou o mercenário, com os olhos vermelhos pelas lágrimas,<br />

mas com ódio no olhar - o que você fez com a Katrina?<br />

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- Katrina? - Evathium, ergueu uma sombrancelha, curioso - Hah! Quer dizer que<br />

meu sócio arrumou outra garota, é? - Fei tentou se mover, mas sentiu o joelho de<br />

Evathium em suas costas, o bloqueando ao mesmo tempo que ouvia o homem<br />

sussurrar no seu ouvido o provocando - E a "Sailor"? Ela que o rejeitou por ter tido<br />

uma experiência única comigo ou foi você que a rejeitou porque sabia que não<br />

seria capaz de fazer o mesmo?<br />

Ao ouvir o comentário, Fei empurrou violentamente Evathium para longe, fazendo<br />

o mercenário se desequilibrar. Evathium pulou para trás com o movimento de Fei,<br />

rindo. O Rúnico procurava sua espada e a encontrou distante de onde estavam,<br />

no lugar onde o Fei levou o primeiro golpe.<br />

- Ah, sócio... vai me dizer que acertei? Qual das duas alternativas? - o homem<br />

coçou o queixo, pensativo e olhava para o Rúnico,que se levantava em fúria -<br />

olha... observando esse seu corpinho fracote em relação ao meu, acredito que foi<br />

a primeira alternativa...<br />

- Cala essa boca... - Fei berrou, ríspido, para Evathium que gargalhou novamente.<br />

- Caaaaaalma, sócio... - o mercenário continuava debochando de um Rúnico parte<br />

transtornado, parte tomado pelo ódio - pelo menos você teve sorte enquanto<br />

esteve vivo... eu não estava lá para mostrar para essa tal "Katrina" o quanto você<br />

era inútil para satisfazê-la... daí, acho que você teve a oportunidade de saboreá-la<br />

como bem entendesse...<br />

Assim que terminou sua fala, Evathium reparou em Fei saltando em direção a sua<br />

espada, numa tentativa desesperada de retomar sua arma. O homem riu,<br />

enquanto começava a prender suas katares em ambos os braços, vagarosamente,<br />

os olhos cada vez mais tomados de puro prazer em ver o Rúnico naquele estado.<br />

- Fei, Fei... - Evathium terminava de prender sua katar e o olhava com desdém,<br />

enquanto o espadachim já se posicionava de forma defensiva, bufando - Já<br />

entendi porque você é um guerreiro tão desprezível... - buscou uma pequena<br />

poção num bolso do sobretudo, enxarcando a katar com um líquido roxo - Só um<br />

idiota ficaria tão afetado por uma besteira dessas...<br />

Fei segurou sua espada com força e correu na direção do mercenário. No<br />

momento que sentiu sua espada sendo bloqueada pelas duas katares, engoliu o<br />

grito da dor que sentiu e, num gesto de fúria, forçou sua espada contra as katares<br />

impedindo Evathium de se proteger atingindo boa parte de seu peito e o<br />

arremessando para trás. O que parecia ter sido um golpe preciso e mortal, porém,<br />

causou uma onda maior de risos quase insanos vindas daquele homem o que fez<br />

Fei ao invés de tentar finalizar o golpe, recuar.<br />

- Fei, você AINDA não entendeu que não vai adiantar fazer isso? Estamos mortos,<br />

lembra? Não tem como você matar alguém que já está morto... no máximo posso<br />

sentir uma dorzinha desses seus golpes fracos...<br />

A expressão de fúria de Fei, novamente passou para uma de transtorno. Mantinha<br />

sua espada na defensiva, o ferimento de seu braço sangrava e ardia como nunca<br />

havia sentido antes. Do que adiantaria ele lutar com aquele homem? Já que<br />

ambos estavam mortos mesmo, ele só poderia lamentar por aparentemente ter<br />

que aturá-lo até a tal"eternidade". Lamentou também de ter sido tão idiota e nunca<br />

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ter acreditado que as tais terras de Niffelheim, que Sailorcheer sempre comentava<br />

com ele, existissem mesmo. Mas... do que adiantaria ele acreditar ou não? Agora<br />

ele sabia que existia e que provavelmente nunca mais sairia de lá.<br />

O vacilo de Fei, ao se distrair com pensamentos, foi crucial para o golpe seguinte<br />

de Evathium, que, num rápido salto, o atacou. O Rúnico, por reflexo, defendeu<br />

uma das katares, mas sentiu uma dor infindável quando a outra katar atravessou<br />

seu ombro esquerdo. Gritou de dor e empurrou o mercenário com o pé, que, rindo,<br />

retirou sua katar do ombro do rapaz ao mesmo tempo.<br />

Fei, por sua vez, arremessou sua espada de forma angustiada na direção de<br />

Evathium, caindo de joelhos. Levou sua mão no ferimento do ombro, fechando os<br />

olhos e gritando com a dor que sentia. O mercenário apenas deu um chute na<br />

espada que já estava no chão, afastando-a um pouco mais do Rúnico. Fei, com os<br />

olhos semi-cerrados, tentando resistir a dor que sentia, não se atentou para o fato<br />

que do ferimento que tinha feito no mercenário - fatal para qualquer mortal -, ao<br />

invés de sangue, escorria apenas um líquido asqueroso e fétido de cor<br />

amarronzada.<br />

- Sabe, sócio... - Evathium voltou a perturbá-lo, enquanto ajeitava novamente suas<br />

katares, com um sorriso sarcástico no rosto - esse jeito que você está berrando de<br />

dor, me deu uma certa nostalgia...<br />

Fei ouviu o homem, e voltou a abrir os olhos, esperando o término de sua frase.<br />

- Aquela nossa garotinha, a Sailor, sabe? - dizia, enquanto observava o sangue de<br />

Fei que coloria a lâmina de uma de suas katares - Ela estava gritando da mesma<br />

forma daquela vez, você lembra?<br />

Evathium mal conseguiu terminar a frase e foi pego de surpresa por Fei, que se<br />

arremessou em cima dele em completa fúria, agarrando sua cintura para<br />

derrubá-lo no chão. Impossibilitado de se defender diante do desequilíbrio, o<br />

mercenário tombou de costas com violência e sentiu ambos os braços presos<br />

pelos joelhos de Fei, que começou a socar seu rosto sem parar, não mais se<br />

importando se sentia dor ou tristeza... ele apenas queria liberar totalmente seu<br />

ódio. Queria se ver livre daquele tormento que Evathium lhe trazia. Não importava<br />

mais se ele precisasse ficar fazendo aquilo para calá-lo pela eternidade. Ele já não<br />

tinha mais o que perder mesmo.<br />

A cada golpe dado pelo Rúnico, o rosto de Evathium se deformava cada vez mais,<br />

como se estivesse golpeando um cadáver podre. O mercenário fora impedido de<br />

reagir após pouco tempo, possuído pela dor que os fortes golpes de Fei<br />

causavam. Em poucos segundos não conseguia mais enxergar o Rúnico... e após<br />

algum tempo, Fei sequer ouvia seu gemido de dor, quanto mais aquelas frases<br />

que tanto o machucaram.<br />

Após alguns minutos, Fei, ofegante, resolveu parar de golpeá-lo assim que<br />

percebeu que o desfigurado não reagia mais. Reparou que ambos os punhos<br />

sangravam e ardiam, dada a violência de seus golpes. Levantou-se, liberando os<br />

braços de Evathium e antes de sair de perto, ainda chutou com violência a barriga<br />

do já inerte mercenário. Buscou sua espada no chão, meio distante dali e assim<br />

que reparou que havia finalmente eliminado aquele ser maldito de seu caminho,<br />

caiu sentado no chão, tentando se apoiar com a espada. Não conseguia mais<br />

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pensar em nada. Sentia-se fraco, muito fraco.<br />

E, quando reparou que aqueles seres moribundos de outrora voltavam a se<br />

aproximar do lugar onde teve seu combate, surpresos com a derrota de seu<br />

"líder", Fei caiu de costas no chão, perdendo a consciência logo em seguida...<br />

OFF<br />

Ok, ON pesadissimo, mas necessario para o desenrolar de alguns ganchos...<br />

desculpem as pessoas que preferem coisas mais leves, mas me empolguei =X<br />

A proposito... Sailoooooooooor! Acuda seu marido agora! Senao vai sair viuva de<br />

Niffel!<br />

Posted <strong>by</strong>: Ken Jun 20 2008, 01:34 AM<br />

Últimos acontecimentos: Área perto GH devastada, corpo do Ken incinerado,<br />

situação de Ken von Weisshoff desconhecida.<br />

---------<br />

[ON]<br />

Como era de rotina Hel, a Senhora dos Mortos, passeava por suas terras,<br />

deliciando-se com os gemidos, gritos e pedidos de ajuda das almas torturadas em<br />

Niflhein. Ela via cada alma sendo punida pelos seus crimes e atos vergonhosos<br />

em vida. E isso a agradava muito. Mas naquele dia sua alegria não foi plena.<br />

Quando voltava para seu castelo, passando pela praça central da cidade notou<br />

um rosto com um olhar indiferente, como se não se importasse de estar onde está.<br />

Isso é, se soubesse onde estava. Parecia uma criança perdida, a qual Hel não<br />

daria mais de 17 anos, olhos meio serrados, um cabelo vermelho a cor do fogo,<br />

mas ainda sim era uma alma que não estava sofrendo. Indignada, foi tirar<br />

satisfações com o morto. Foi se aproximando lentamente, arrastando consigo uma<br />

névoa gélida que ficava um pouco mais acima dos tornozelos, na esperança de<br />

intimidar aquele que a fizeste infeliz. A falta de reação do morto fez com que a<br />

Senhora dos Mortos ficasse ainda mais irritada. Era de se esperar que, mesmo<br />

não sabendo onde estava, soubesse identificar uma divindade quando visse uma.<br />

Sabia que algo não estava certo. Mesmo os mortos mais confiantes em si tremiam<br />

só de ve-la.<br />

Antes de dirigir a palavra ao garoto inerte, perguntou a sua serva, uma<br />

ex-funcionaria Kafra que havia cometido suicídio por odiar seu emprego e por isso<br />

foi condenada a prestar serviços à corporação eternamente, o que o garoto fazia<br />

alí, parado. A funcionária Kafra não sabia muita coisa, apenas que sua entrada ao<br />

Valhala foi negada por causa de que em sua batalha final não ter sido ele que<br />

havia lutado por si e que o garoto estava imóvel a horas, desde quando chegou ao<br />

Reino. A rainha dos Condenados então presumiu que o garoto havia entrado em<br />

choque após ter sido negado como um "herói". Curiosa e com vontade de escolher<br />

o pior castigo para o garoto, estendeu seu braço e gesticulou um pequeno<br />

movimento com sua mão e um livro enorme, de capa preta, apareceu em sua mão.<br />

Estendeu então sua outra mão sobre o livro, que começou a folhear-se sozinho.<br />

Para espanto da Deusa, suas folhas estavam em branco. Nunca havia acontecido<br />

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isso em seu Reino. o Livro das Memórias, onde tudo que acontecia na vida de uma<br />

ser era registrado, estava em branco.<br />

Foi então que ela notou o que realmente acontecia. Apesar de não saber como<br />

havia acontecido, assumiu que aquilo na sua frente não era uma alma e sim uma<br />

casca vazia que, algum dia, havia sido habitada. Tentada a er mais um servo em<br />

seu Castelo, tentou jogar um feitiço sobre o garoto para faze-lo segui-la. Mais uma<br />

vez, ela falhava. Se encantamentos também falhavam, ele não tinha uma<br />

consciência para ser distorcida. Mas o bom e velho controle de marionetes<br />

funciona em qualquer ser humanóide. Então, do mesmo jeito que fez o livro<br />

aparecer, o fez sumir. Apesar do nervosismo, ela teve uma idéia brilhante. Se<br />

aquilo era apenas um corpo, um peso morto, por que não fazer daquilo uma bela<br />

marionete? Para a satisfação da Senhora dos Mortos, após pronunciar um ritual, o<br />

corpo agora obedecia a seus comandos. Apesar da vontade de te-lo como um<br />

escravo pessoal, ela desistiu logo da idéia ao perceber que tinha que se<br />

concentrar no garoto o suficiente para não aproveitar por completo o cenário de<br />

torturas e gritos agoniantes.<br />

Já que o garoto não responderia a tortura alguma, não podia ser escravizado e<br />

nem mandado embora de Niflhein, porque não torna-lo a mais nova "Estátua<br />

Humana" da cidade? Com um bater de palmas, um pedestal surgiu no chão,<br />

alguns passos da funcionária Kafra, com uma placa que dizia:<br />

QUOTE<br />

"Eis a imagem de um garoto que<br />

sofre a pior tortura de todas. Não<br />

ter um passado para se arrepender<br />

nem um futuro para construir."<br />

Em memória ao infeliz<br />

garoto desconhecido<br />

Satisfeita com a nova peça de decoração da cidade, a Senhora dos Mortos retorna<br />

a sua observação da desgraça alheia, caminhando novamente com seu sorriso<br />

sarcástico em direção ao seu Palácio, pensando que, se algum dia o garoto tomar<br />

consciência, sua tortura será saber que não sabe quem é e ficar procurando<br />

eternamente seu passado inexistente.<br />

[/ON]<br />

-----------<br />

Alguns esclarecimentos. O que realmente aconteceu é que a Hel pegou o Livro<br />

das Memórias do Ken recente, o qual as duas mentes se fundiram. Como o corpo<br />

"novo" do Ken estava inconsciente, não havia memória alguma no livro. O livro do<br />

antigo Ken deve estar juntando poeira em algum lugar agora, no limbo.<br />

O corpo do Ken que se encontra em Nif, está completamente inerte, mas não<br />

mole. Ele sempre se mantém em pé. Realmente é como se ele estivesse em<br />

choque. Ele não fala, não anda, não reclama...só fica alí...parado.<br />

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Esse corpo já não é mais regido pela Runa, então pode ser revivido, mas as<br />

conseqüências são desconhecidas.<br />

por hora é só. devo escrever sobre o Guns domingo.<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Jun 20 2008, 11:10 PM<br />

[24 horas depois do impacto do meteoro]<br />

- Mestre Galgaris? Vejo que já se recuperou bem. - Disse o Elfo Seth, após sair de<br />

sua meditação de repouso, vendo o morto vivo sentado num banco improvisado<br />

dentro do esconderijo. Galgaris olhava curiosamente para a adaga que recolheu<br />

do "deus do fogo", fazendo gestos no ar sobre a mesma e olhando-a de várias<br />

angulos diferentes.<br />

O corpo de Galgaris já estava quase recuperado. No lugar dos membros<br />

decepados haviam membros esqueléticos com algumas nervuras que futuramente<br />

se tornariam carne e pele decomposta, e seus movimentos rápido deixavam claro<br />

para qualquer observador que músculos e nervos não influenciavam em nada a<br />

mobilidade do morto-vivo. O rosto já estava reconhecível novamente e os restos de<br />

armadura fundidos haviam sido arrancados.<br />

- O que você está fazendo? - perguntou novamente Seth, curioso com a<br />

concentração e gesticulação de Galgaris.<br />

- Identificando as capacidades desta arma - disse secamente, sem desviar o olhar<br />

- estou conjuranto diversos feitiços de identificação para compreender diferentes<br />

tipos de habilidades que a adaga possui. Como este artefato não é Rúnico, o<br />

trabalho é mais demorado.<br />

- Ah.. tá. E o que descobriu?<br />

- Não muito. O que me chama mais atenção é de haver um espírito poderoso, e<br />

parece ser possível invocá-lo. Eu vi o garoto fazer isso, mas o resultado é que o<br />

espírito tomou o corpo dele... ou pelo menos parece que sim. Estou tentando<br />

descobrir se consigo invocar a criatura sem que ela tente controlar o usuário da<br />

arma.<br />

- Está com medo de ser manipulado, é? Hehehe - Seth sorriu sarcasticamente ao<br />

ver um sinal de fraqueza no "mestre".<br />

- Não. A questão é que se ele tentar tomar o meu corpo, ele certamente falhará, e<br />

aí ele não terá utilidade. - Galgaris saiu do banco onde estava e caminhou até<br />

outra mesa, perto de onde mantinha sua fonte fonte de sangue, e mudou<br />

completamente de assunto - De alguma forma, a runa do Garoto escapou. A<br />

última impressão que tive era a presença da mesma runa se afastando de nós.<br />

Como só estavamos nos três naquele lugar, é seguro afirmar que o homem que<br />

dispara projéteis é o portador de uma Laguz agora.<br />

- Esse cara viu você lutando, não? E se ele contar aos outros sobre o que<br />

aconteceu? Seus planos já eram, não?<br />

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- Se ele pudesse falar sobre isso sim, mas já cuidei disso enquanto você<br />

descansava, usando a Laguz da espada Abismo,Ele não se lembrará de minha<br />

aparência. É um ritual novo, possível graças as runas presas na espada Abismo.<br />

-E o bardo?<br />

- O bardo é inofensivo no momento. Ele disse que iria para Morroc ajudar os<br />

amigos dele. Ele não pareceu ter me reconhecido e não te conhece. Não se<br />

preocupe.<br />

- Ah... que bom então... - disse o Elfo sem muita empolgação - viu... você tinha a<br />

runa mágica Algiz, que é "proteção" na espada... você combinou os poderes dela<br />

com os poderes da runa sombria Algiz, e ainda assim a proteção se desfez? Que<br />

raio de "superpoder" é esse que você deseja tanto?<br />

- Tolo... - disse Galgaris, sentando-se novamente - Eu disse que usei um feitiço<br />

improvisado para me defender, e ainda não monopolizop o poder da Algiz. Um<br />

ritual feito com todo o poder da algiz combinada se tornaria uma proteção<br />

intrasponível... e isso ocorrerá em breve.<br />

- Sei, sei... - respondeu Seth, se afastando.<br />

- Venha aqui, meu caro "discipulo" - Galgaris imitou um tom de voz mais<br />

sarcástico, o que incomodava o Elfo - Vamos refazer meus rituais corporais. Minha<br />

pele foi destruída e os rituais foram juntos.<br />

- Acho que você tem que esperar mais um pouco, não? - respondeu Seth, como<br />

quem fala para uma criança.<br />

- Não vou esperar. Vi que a pele deste corpo pode ser facilmente destruída. Pegue<br />

aquele punhal e me ajude a ritualizar meus ossos.<br />

[off]<br />

Olá gente. Este on foi só pra ilustrar o que aconteceu com o Galgaris após o<br />

meteoro e o que ele fez em relação ao Gunslinger.<br />

Espero que tenham gostado!<br />

Posted <strong>by</strong>: Ken Jun 22 2008, 04:49 AM<br />

Vamos lá. Primeira parte da volta do Ken von Weisshoff para Geffen.<br />

[ON]<br />

[Segundo dia após o impacto do meteoro]<br />

Após uma longa viagem originada em Geffen, Hagamenom, fiel amigo e escudeiro<br />

de Ken, chega no local devastado pela grande pedra flamejante que dias atrás viu<br />

limpar o céu nublado e depois iniciar um incêndio. A primeira coisa que sentiu ao<br />

chegar lá foi um pequeno enjôo, originado talvez do cheiro de coisas queimadas,<br />

por ter pensado o pior para seu amigo ou por ter comido algo que não devia.<br />

Apesar de não querer estar por lá, não podia deixar seu amigo, que com certeza<br />

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não devia estar nada bem, sozinho num lugar como esse, afinal ainda era uma<br />

criança, e uma criança muito chata. Ninguém iria querer ajudar ele. O jovem<br />

explorador não estranhava que não houvesse nenhum animal pela região, já que<br />

não havia nada pra comer ou beber, a não ser ele. Quando pensou nisso, se<br />

desesperou e acelerou sua procura, já que não queria nem um pouco virar<br />

comida.<br />

Hagamenom estava com muitas dificuldades em se locomover pelos escombros<br />

deixados pelo meteoro. Ainda tinha lugares muito quentes, restos de troncos ainda<br />

fumegantes, uma enorme quantidade de fuligem no chão que estava deixando-o<br />

imundo. Para atrapalhar mais ainda, a cratera era enorme. Demoraria várias horas,<br />

senão dias, para procurar tudo se ele não tivesse encontrado um rastro deixado<br />

por alguma coisa na fuligem. Deduziu que talvez fosse um animal machucado, já<br />

que tinha pegadas de algum tipo de pata e dois fios contínuos, paralelos e<br />

espaçados de dois passos dele entre si. Resolveu seguir então a pista porque era<br />

a única coisa que veio em sua mente. Para a felicidade de Hagamenom, aquele<br />

animal ferido parece ter escolhido o melhor caminho a se seguir, evitando troncos,<br />

caminhos com muita areia e terrenos traiçoeiros em geral. Ele também aproveitava<br />

para pegar algumas coisas do chão que pareciam ser uteis para ele, mas nada<br />

muito grande ou pontudo pois já estava cheio de coisas e não aguentava carregar<br />

muito mais objetos.<br />

Hagamenom ficou surpreso ao chegar em um ponto da trilha onde parecia ter<br />

ocorrido uma luta entre o animal ferido e alguma outra coisa. A fuligem entregava<br />

que a luta tinha sido rápida e que o outro animal tinha devorado o animal ferido.<br />

No chão havia um líquido vermelho que poderia ser sangue ou suco de maçã. Ele<br />

torcia muito que fosse suco de maça, pois adorava demais e estava sedento por<br />

ficar naquele lugar com um ar tão seco e quente. Então se aproximou do líquido e<br />

notou que já estava meio seco e com um cheiro forte que, para azar dele,<br />

entregava que não era suco de maçã e sim sangue. Irritado, começou a esbravejar<br />

e bufar. Tanto foi a agitação que levantou muita poeira e fuligem do chão,<br />

revelando um corpo carbonizado. A princípio pensou que era um azarado qualquer<br />

que estava passando no local na hora do impacto, porém sentiu um arrepio em<br />

todo o corpo ao ver que o corpo carbonizado carregava consigo várias adagas. E<br />

não adagas quaisquer, pois conhecia bem aquelas adagas. Era seu amigo Ken.<br />

Hagamenom não sabia o que fazer. Estava sozinho naquele lugar inóspito, sem<br />

poder carregar muitas coisas e com medo de virar picadinho para algum animal<br />

vorás e faminto. Ele era um alvo fácil alí. Resolveu então jogar fora alguns jellopys<br />

e crisálidas que havia consigo para levar suas adagas de recordação. Com muito<br />

cuidado e nojo removeu as adagas do corpo desfigurado e com muito cuidado as<br />

guardou, fazendo o máximo de esforço para não se machucar, já que não sabia as<br />

manusear. Agora com o peso adicional de 5 adagas ele não podia se mover com<br />

tanta rapidez quanto antes. - Pera ae! 5 adagas? - pensou ele, percebendo que<br />

estava faltando uma adaga. Hagamenom também tinha uma certa fixação por itens<br />

igual seu falecido amigo e por isso não iria embora sem recuperar todos os objetos<br />

de Ken. Agora uma dúvida cruel dividia a mente de Hagamenom: Continuar sua<br />

busca ou fazer uma pausa para o lanche? O assunto foi rapidamente resolvido.<br />

Após engolir algumas maças que tinha, voltou a seguir a trilha deixada na fuligem.<br />

Mas ele estava com medo, muito medo. Agora só tinham 4 patas grandes como<br />

marca e isso não era bom para o aventureiro que estava pesado e não conseguiria<br />

despistar eventuais inimigos.<br />

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Para ele era mais seguro voltar pra Geffen e dar a notícia aos companheiros de<br />

Ken, apesar de não ter idéia de como fazer isso. Assim eles poderiam providenciar<br />

um enterro ou terminar de cremar ele. Começou então sua longa viagem de volta,<br />

mas eles estava muito pesado e com isso era mais difícil fazer a subida da cratera.<br />

Como estava mais lento, deu tempo de nuvens de chuva se formarem e apagarem<br />

final da trilha. Ele tentou se lembrar do caminho que tinha feito, mas só se<br />

lembrava das coisas que pensava ou não em pegar do chão. Olhou em toda a sua<br />

volta procurando abrigo, só que não havia nada naquela região a não ser arvores<br />

tombadas, cinzas, fuligem e uma pequena montanha mais ao fundo, a uns 15<br />

minutos dele, contando com sua velocidade lenta, quase parando. O cansaço já<br />

batia forte em seu corpo, era difícil se concentrar e seus olhos já não enxergavam<br />

direito com tanta água neles.<br />

Sentiu um grande alívio quando entrou na caverna e não mais sentia a água da<br />

chuva gelada batendo na sua cabeça. Depois de se sacudir um pouco e tirar a<br />

água dos olhos, deu uma boa olhada ao redor, verificando se não tinha nada<br />

ameaçador ou perigoso naquela caverna enorme e desconhecida. Era uma<br />

caverna comum, com paredes geladas, água pingando de coisas pontudas no<br />

teto, e uma pessoa num canto escuro. - Caverna...água...pessoa...EI! Não divido<br />

lugares com pessoas estranha! - falou pra si, ignorando o fato de TER uma<br />

pessoa em uma caverna, naquele lugar. Foi então lentamente, já que não tinha<br />

forças para ir rápido, em direção ao desconhecido, que estava abraçando seus<br />

joelho e de olhos fechados e deu um pequeno empurrão, na esperança da pessoa<br />

abrir os olhos, o que não aconteceu. Ele gritou, pulou, empurrou de novo mas<br />

nada parecia fazer ele abrir os olhos. Resolveu então ficar do lado dele, já que o<br />

homem parecia ser muito mais apetitoso para os bichos do que ele.<br />

Hagamenom acordou logo cedo, com raios de sol em seu rosto, fazendo caretas<br />

como se quisesse dormir mais um pouco. Virou para o lado contrário da entrada<br />

da caverna e tomou um susto enorme ao ver uma pessoa ao seu lado. Tinha<br />

esquecido por completo do homem misterioso, mas se lembrou rapidamente dele.<br />

Com a luz do dia pode notar que aquele desconhecido estava com queimaduras<br />

na pele e estava segurando um pedaço de papel úmido. Notou também que ele<br />

portava consigo umas coisas metálicas em forma de “L” e, curioso do jeito que era,<br />

pegou com cuidado uma delas pra dar uma olhada. As surpresas para o<br />

aventureiro não acabavam. Ao olhar bem o “L” de metal, notou que tinha uma<br />

marca igual as que as adagas do Ken tinham. Para ele era óbvio que tinha que<br />

levar aquelas coisas de metal desconhecidas, mas o que fazer com o coitado que<br />

ainda parecia estar desmaiado? Ele não tinha como carrega-lo até Geffen, que era<br />

a cidade mais próxima. Se deixasse ele alí, eventualmente os monstros voltariam e<br />

o comeriam. Não que ele ligasse. Resolveu então tentar arrastar ele para fora e ver<br />

por quanto tempo conseguiria carrega-lo. Agarrou o homem pelas pernas e<br />

começo arrasta-lo em direção a saída, mas seus planos foram interrompidos ao<br />

dar de costas com alguma coisa que não sabia o que era. Ao soltar o homem e se<br />

virar, deu um grito de susto ao ver outo homem, um pouco mais jovem, abrindo os<br />

olhos. Rapidamente pegu uma das adagas que tinha e colocou em sua boca e<br />

pensou que tinha visto o Ken lutar com as adagas e resolveu fazer o mesmo. Fez<br />

uma cara de bravo e encarou o rapaz que acordara. O rapaz, ao esfregar os olhos<br />

e olhar para Hagamenom, fez uma cara de espanto do tipo: “Hannn...porque tem<br />

um poring aqui me ameaçando com uma faca?”<br />

[/ON]<br />

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AHA! Por essa vocês não esperavam. Um poring salvando o dia! O que será que<br />

Hagamenom fará no próximo capítulo? Nem eu sei \o/<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Jun 22 2008, 11:09 AM<br />

Sailorcheer acordou de repente, assustada, como se tivesse acabado de sair de<br />

um pesadelo. Seu corpo todo estava dolorido, tanto pelos ferimentos causados por<br />

Jô Mungandr quanto por Hrymm. Ela se espreguiçou, apesar de toda a dor que<br />

sentia, e constatou que não havia nenhum osso quebrado. “Bem, menos mal...<br />

Mas... onde Hrymm foi parar? E o Fei?”<br />

A garota tentou falar com Fei através da telepatia Rúnica. Nada. Tentou falar com<br />

os outros Rúnicos que estavam no deserto também e, mais uma vez, não obteve<br />

resposta. Tampouco teve sucesso ao tentar se comunicar com os Rúnicos que não<br />

estavam presentes durante a luta com Hrymm. Alguma coisa estava estranha.<br />

Só então ela parou para olhar onde estava. Aquele lugar não se parecia em nada<br />

com o deserto de Sograt. Não se parecia com nenhum lugar que ela conhecia. A<br />

mercenária ficou em pé, limpando os braços e a roupa que estavam impregnados<br />

pela lama escura e malcheirosa, e olhou ao redor. Não conseguiu enxergar muito<br />

longe, pois o Sol não parecia conseguir chegar naquele lugar. O céu, sem Lua ou<br />

estrelas, era totalmente negro. Nunca a Rúnica tinha visto um céu sem estrelas;<br />

aquela visão teve um efeito devastador sobre ela.<br />

Ela se sentou no chão, agora sem se importar com a lama nem com o cheiro. Um<br />

turbilhão de pensamentos passava pela cabeça da garota, desnorteando-a.<br />

Quando era criança ela ia ao Templo de Odin com seus pais... foi lá que aprendeu<br />

sobre os vários mundos que rodeavam a Árvore de Yggdrasil... Asgard, Midgard,<br />

Niflheim........... Niflheim, o mundo sem estrelas, para onde os mortos iriam se não<br />

fossem bons o suficiente para ir para o Valhalla. Niflheim, sem sol, sem calor, um<br />

lugar de castigo eterno.<br />

Sailorcheer tornou a olhar para o céu, com a esperança de que o lugar estivesse<br />

apenas nublado. Em breve as nuvens se moveriam e a lua e as estrelas<br />

apareceriam novamente. Ela esperou... esperou... esperou...<br />

De repente, a mercenária se deu conta de que não havia nuvens. Não havia lua e<br />

não havia estrelas também. Com certeza, estava morta. Mas... por que nenhuma<br />

Valquíria veio buscá-la? Ela não morrera em combate contra Hrymm? Em<br />

momento algum ela pensou em fugir, será que mesmo assim não era valorosa o<br />

suficiente para lutar ao lado dos deuses depois de morta?<br />

Então ela pensou em Fei. O que havia acontecido com ele? Ele a protegera, isso<br />

ela tinha visto... Provavelmente tinha sido atingido em cheio pelo Mestre-Ferreiro.<br />

Com certeza estava morto também. “Será que ele está aqui também? Ou ele foi<br />

pro Valhalla? Ele morreu pra me proteger.......” Sailorcheer se levantou com um<br />

salto, bateu novamente a lama de sua roupa e se pôs a andar. Se Fei estivesse<br />

ali, ela o encontraria. Nem que tivesse que procurar por toda a eternidade. Afinal,<br />

tempo era o que ela mais tinha agora.<br />

Só quando começou a andar ela percebeu que estava sem suas Asas de Anjo. No<br />

lugar do enfeite, havia apenas sujeira e cabelos um tanto quanto desgrenhados.<br />

Aquilo foi a gota d'água para a garota. Não bastava estar morta, sozinha, suja,<br />

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dolorida e com frio, agora estava sem seu enfeite favorito?<br />

- EU MATO AQUELE FILHO DE UMA CHOCADEIRA!!!!!!!<br />

Não muito distante dali, um grupo de “habitantes” de Niflheim ouviu o grito. Alguns<br />

se entreolharam, imaginando que uma nova morta havia chegado. Outros se<br />

encolheram, a dona do grito parecia estar realmente furiosa. A figura mais alta,<br />

porém, deu uma risadinha de desprezo e começou a andar, fazendo com que sua<br />

armadura, de um branco tão puro que contrastava com todas as outras imagens,<br />

emitisse um ruído metálico. Com um movimento de mãos, um enorme cavalo<br />

branco, protegido por uma armadura também branca, surgiu ao lado dele. Uma<br />

dúzia de Andarilhos logo se postou ao seu lado e o Senhor dos Mortos montou,<br />

disposto a ensinar as regras básicas dos seus domínios à sua nova serva.<br />

Logo ele a encontrou, ainda tentando dar um jeito nos cabelos. A garota<br />

improvisara um pente juntando algumas pequenas adagas, tentando se pentear<br />

com a face sem corte das mesmas. O resultado não era tão bom quanto se ela<br />

tivesse um pente de verdade, mas ajudou a tirar um pouco da lama e a domar os<br />

cabelos que, sem as Asas de Anjo, insistiam em cair na face dela. O Senhor dos<br />

Mortos parou seu cavalo e esperou que ela terminasse, olhando com curiosidade<br />

para a cena. Aparentemente Sailorcheer não havia percebido o cavalo, apesar do<br />

barulho das armaduras e da respiração ofegante do animal.<br />

- Pronto, agora estou apresentável! - Ela falou e se virou para o Senhor dos<br />

Mortos, tentando sorrir e ser o mais agradável possível. - Eu sou Sailorcheer, acho<br />

que o senhor mora aqui, né?<br />

O Senhor dos Mortos não conseguia acreditar. Ela... não estava com medo? Ou<br />

estava só tentando se mostrar forte para ele, talvez para conseguir cair em suas<br />

graças? Aquela garota era interessante, apesar de muito diferente dos demais<br />

habitantes de Niflheim... algo que seria resolvido muito em breve, assim que ele<br />

descobrisse o que a mulher à sua frente planejava.<br />

- Eu moro aqui sim, garota... O que deseja? - Sua voz grave ecoava pelo lugar<br />

aberto, de maneira sobrenatural. Os mortos, que o seguiram à distância, se<br />

encolheram ao ouvi-lo, sem que Sailorcheer os notasse.<br />

- Bom, eu... estava numa luta, sabe, e acho que acabei morrendo... Meu marido<br />

estava comigo, acho que ele veio parar aqui também. Se bem que ele morreu pra<br />

tentar me salvar, talvez ele tenha ido pro Valhalla. - A mercenária falava mais para<br />

si mesma do que para a criatura em sua frente, coçando o queixo, pensativa. -<br />

Mas enfim, acho que o senhor não quer saber dessas coisas. Eu só queria saber<br />

se estou realmente em Niflheim.<br />

- Ora, vejo que você é esperta, já sabe até onde está. Mas me diga, como veio<br />

parar aqui mesmo? - Ele estava curioso, foram raras as vezes em que seres como<br />

aquela garota estiveram no reino dos Mortos.<br />

- Ah, tinha aquele Mestre-Ferreiro, o tal de Hrymm. E ele tinha uma réplica<br />

igualzinha ao Mjolnir dos livros, e duas réplicas de Megingjard também. Não sei se<br />

eram de verdade, mas ele era muito forte. Ele já tinha derrubado todos os meus<br />

amigos quando eu apareci, eu estava lutando contra um Desordeiro, o Jestr, mas<br />

o Fei usou um ritual rúnico e me chamou pro lado dele. Daí, quando o Hrymm ia<br />

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acertar a nós dois com aquele martelo imenso, o Fei se jogou na minha frente.<br />

Uma luz muito, muito brilhante mesmo apareceu e, na hora que ele acertou Fei,<br />

eu acho que desmaiei. E acordei aqui.<br />

Ela piscou os olhinhos, tentando enxergar algo no vão escuro do elmo da criatura.<br />

Ele mal se movera enquanto ela falava, exceto pelo sobe-e-desce da respiração de<br />

seu cavalo. Os andarilhos não emitiam som algum, apesar das órbitas vazias deles<br />

estarem voltadas para ela. O silêncio só foi quebrado quando o estômago da<br />

garota roncou.<br />

- Ai, desculpem! Acho que estou com fome! - Ela corou imediatamente, ficando<br />

quase tão vermelha quanto seu cabelo. - Eu não sabia que os mortos sentiam<br />

fome...<br />

O Senhor dos Mortos soltou uma sonora gargalhada. Então ela realmente estava<br />

viva! Ah, isso seria muito divertido.<br />

- Os mortos realmente não sentem fome, pequena. Também não coram de<br />

vergonha, como você acabou de fazer. Mas não se preocupe. A fome irá passar<br />

logo... Afinal, somente os Mortos podem habitar Niflheim.<br />

Dizendo isso, o Senhor dos Mortos brandiu a sua enorme lança na direção da<br />

mercenária, que por pouco não foi atingida. Aparentemente o espírito que habitava<br />

seu manto continuava lá, mantendo seus reflexos aguçados mesmo com frio e<br />

fome. Ela olhou para o cavaleiro, indignada, e buscou a adaga marcada com<br />

Dagaz.<br />

- Eeeeeeeeeei! Isso ia machucar se me acertasse! Se eu não estou morta, não vou<br />

morrer também!<br />

Emburrada, ela empunhou Dagaz na mão esquerda e buscou algo que mais<br />

parecia um furador de gelo preso à sua cintura. Essa rondel é um ótimo abridor de<br />

latas, pensou Sailorcheer. Os Andarilhos avançaram na direção dela, tentando<br />

acertá-la com suas espadas. Alguns realmente conseguiram, abrindo doloridos<br />

cortes nos braços e pernas da garota. Outros não tiveram a mesma sorte e<br />

sucumbiram aos golpes precisos da mercenária. Pouco a pouco, apesar de ferida,<br />

ela derrubou todos eles, restando apenas o Senhor dos Mortos.<br />

Até então ele ficara parado, esperando que seu séquito acabasse com a garota.<br />

Quando ele viu que aquela mulher era mais habilidosa do que imaginara<br />

anteriormente, o Cavaleiro Branco começou a acreditar na história de Hrymm. Não<br />

fazia sentido que ela tivesse sido derrubada por pessoas comuns, já que nem os<br />

mortos conseguiram fazer isso. O Senhor dos Mortos olhou para a pequena<br />

multidão que, atraída pelo barulho, assistia à luta e riu novamente antes de atacar<br />

Sailorcheer. Finalmente um pouco de diversão naquele lugar.<br />

Mas as coisas não saíram tão bem como ele esperava. A mulher era rápida<br />

demais, aquilo não parecia natural. Seu manto e sua adaga passaram a emitir um<br />

brilho fraco, porém visível, assim que ela descobriu que ainda estava viva, e<br />

pareciam renovar as forças dela. Aquela garota realmente não queria morrer.<br />

Sailorcheer, aproveitando a lentidão da lança, golpeava a armadura do Senhor dos<br />

Mortos impiedosamente. Ela não morreria, não quando havia a chance de Fei estar<br />

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vivo também. Novamente com esperanças de encontrar seu marido, ela lutava com<br />

todas as suas forças, sem se importar com a torcida que gritava, estimulando o<br />

Cavaleiro a matá-la. De repente, a torcida silenciou.<br />

A mercenária conseguiu subir no cavalo do Senhor dos Mortos e, agora, estava se<br />

segurando nas costas dele, longe do alcance de sua lança. A pesada armadura<br />

não deixava que o cavaleiro se virasse para tirá-la de cima de sua montaria.<br />

- Oi! - Sailorcheer sorriu para ele antes de fincar sua rondel no ombro direito do<br />

Senhor dos Mortos, fazendo com que ele gritasse de dor e deixasse a pesada<br />

lança cair no chão enlameado. - Desculpe o mau jeito, mas sabe como é, eu não<br />

quero morrer hoje.<br />

- Saia das minhas costas, mulher infernal! Niflheim não é lugar para os vivos!<br />

- É só me dizer como eu faço para sair que esse problema acaba. Eu acho meu<br />

marido e nós vamos embora.<br />

- Nunca! Você nunca vai sair daqui! Uma vez no reino dos Mortos, não há caminho<br />

de volta.<br />

A Rúnica retirou a rondel do ombro do Senhor dos Mortos com violência,<br />

descontente com a resposta recebida, e a enfiou no braço que segurava o escudo.<br />

O barulho do equipamento caindo no chão foi abafado pelo grito de dor, que fez<br />

com que todos os mortos que estavam assistindo a batalha se encolhessem de<br />

medo.<br />

- Tem certeza que me quer por aqui pelo resto da eternidade? Eu não seria uma<br />

companhia muito agradável, você não acha?<br />

Sailorcheer torceu a rondel dentro do braço do Cavaleiro Branco, arrancando outro<br />

urro. O cavalo resfolegava e se sacudia, tentando derrubá-la para salvar seu<br />

mestre, em vão. Ela estava firme, agarrada à adaga fincada no corpo daquele que<br />

tentara matá-la. Cada vez que o cavalo empinava a dor que o cavaleiro sentia<br />

aumentava. Finalmente o Senhor dos Mortos cedeu, falando em um tom baixo e<br />

visivelmente furioso.<br />

- A leste daqui há um castelo, onde mora uma bruxa. Ela guarda a passagem para<br />

o mundo dos vivos. Mas não é fácil encontrá-la, poucos são os que conseguem. -<br />

Ele não queria dizer mais nada a respeito, esperava que a garota vagasse<br />

procurando a feiticeira até morrer de fome, mas a mercenária mais uma vez torceu<br />

a rondel e ele continuou, cada vez mais aflito. - Dizem que o piano é a chave de<br />

tudo, mas eu não sei o que significa. Não tenho motivos para ir até lá, e muito<br />

menos para ir ao mundo dos vivos.<br />

Sailorcheer retirou sua adaga da carne do Senhor dos Mortos, limpando-a na capa<br />

dele, e a guardou. Em seguida saltou do cavalo e notou as pessoas que cercavam<br />

a ela e ao cavaleiro. Seu sangue gelou, ela tinha pavor de mortos-vivos, mas logo<br />

ela percebeu que se afastavam tão rápido quanto podiam. Nenhum deles queria<br />

estar por perto quando seu lorde se recuperasse dos ferimentos causados por<br />

aquela mulher de sangue quente.<br />

Assim que eles sumiram, a garota começou a andar na direção indicada. Ela podia<br />

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ver um castelo ao longe, mas ele parecia estar flutuando. “Deve ser alguma ilusão<br />

causada pelo terreno.” Mas, antes mesmo que ela chegasse perto para descobrir<br />

como subiria até lá, um dos espectadores da luta barrou seu caminho. Mais uma<br />

vez a mercenária buscou a adaga Dagaz; nesse instante os olhos do homem<br />

brilharam.<br />

--------------------------------<br />

Quem será o homem misterioso? O LoD é tão nubi assim quanto parece? A Sailor<br />

vai conseguir encontrar a bruxa de Niflheim? Quando eu compilar as 23 páginas<br />

do RP com o tal homem misterioso vocês ficam sabendo!<br />

Posted <strong>by</strong>: Kanehito Jun 22 2008, 04:34 PM<br />

Praça Central de Nifflheim<br />

Kane andava devagar e receoso em direção a Funcionária Kafra. Ela tinha grande<br />

parte das respostas que ele queria e talvez até pudesse tirá-lo daquele lugar<br />

inóspito. Sentiu uma coceirinha no punho naquele instante, mas apenas coçou<br />

para passar. Passando por uma fonte seca onde um garotinho estava sentado,<br />

chegou até a Kafra.<br />

- Olá Kafra, pode me dizer onde estou?<br />

- Você está me confundindo com algum tipo de guia? – a Kafra se conteve, pondo<br />

suas mãos na frente da boca, sua voz era bela, mas um tanto aguda e ríspida –<br />

me desculpe senhor, em que posso ajudá-lo? – o tom da mulher ficou calmo e<br />

hospitaleiro nessa ultima frase, mas mudou repentinamente para o desprezo<br />

novamente – Rápido que eu estou ocupada! - e novamente ela tampou sua boca,<br />

soltando algumas lagrimas.<br />

- Preciso saber onde eu estou, você pode me ajudar? Queria ir embora logo<br />

também!<br />

- Hahahahaha! Sair de Nifflheim?! – ela mudou o tom novamente para algo mais<br />

educado, o esforço era aparente em sua testa suada e seus olhos apertados –<br />

Não é possível senhor, me desculpe...<br />

- Você disse Nifflheim? – Kane ficou atônito e espantado, um arrepio correu seu<br />

corpo de cima a baixo.<br />

- Você é surdo?! Esta é a terra do castigo eterno! E meu castigo é saber que<br />

nunca, jamais poderei atender bem um cliente! – agora ela falava por conta<br />

própria, sua ira era verdadeira, não houve mudança de humor repentina nenhuma<br />

– vê isso? – ela apontou para os pés – estou presa aqui pela eternidade!! – e<br />

começou a chorar enquanto se curvava para cada vulto que passava.<br />

Se ele estava em Nifflheim, havia duas possibilidades: ou estava morto ou foi<br />

enviado para lá por alguma maldição divina. Seu conhecimento sobre aquela terra<br />

era puramente teórico, havia apenas estudado no monastério, mas nunca ouvido<br />

relatos ou estado no local.<br />

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Mas explorar o local não parecia uma boa idéia. Outras almas famintas ou mesmo<br />

aqueles vultos suspeitos poderiam atrapalhar sua vida, ou morte, não sabia, tudo<br />

continuava estranho e confuso. Seu punho coçou mais intensamente nesse<br />

instante e ele resolveu evocar os cinco espíritos que o protegiam, ultimo deles era<br />

o espírito da união e poderia ajudá-lo a encontrar alguém por perto. Um a um, os<br />

espíritos foram evocados: a humildade, a compaixão, a perseverança, a força e a<br />

união.<br />

As cinco esferas de energia ficaram girando ao redor do monge, emitindo uma<br />

claridade que o ajudou a enxergar melhor o ambiente. Uma das cinco esferas,<br />

provavelmente o espírito da união, oscilava para fora do circulo perfeito que as<br />

esferas sempre faziam ao redor do monge, ia sempre na direção de uma estatua,<br />

uma imagem muito real e em cores em cima de um pedestal, num canto da praça.<br />

A esfera ao lado começou a balançar vibrantemente, mas ainda seguindo seu<br />

caminho circular ao redor do monge. A runa no punho de Kane ardeu naquele<br />

momento: Só podia significar que algum rúnico estava por perto.<br />

Detrás dele, um som metálico ecoou e uma armadura azul escura e velha foi<br />

arremessada contra uma das casas da praça. A armadura estava oca e estava sem<br />

movimento. De um beco, também com esferas rodando ao redor, o Mestre Metta<br />

surgiu, arrastando um corpo. Parecia pesado, pois o ombro do braço que puxada<br />

estava para trás um pouco. Kane ficou esperando enquanto o Mestre se<br />

aproximava, revelando que a figura que puxava era Kin.<br />

- Relatório – disse o mestre com a voz seria de sempre e sem olhar para o monge.<br />

- Estamos em Nifflheim, não sei como chegamos e não sei como saímos – disse<br />

Kane constrangido.<br />

- Por isso você nunca vai ser Mestre... estude mais – nisso o Mestre sentou-se e<br />

ficou parado, deixando Kin no chão.<br />

Kin respirava ainda, seu cabelo estava sujo, sua armadura elameada e sua<br />

expressão era de calma. Faltavam vários rúnicos ainda, mas os que estavam ali já<br />

eram o suficiente para conseguirem sobreviver a uma busca pelo resto. Porem o<br />

melhor ao se fazer era ficar ali, esperando o resto de seus companheiros... talvez<br />

pela eternidade!<br />

**********<br />

bem, dois PNPC [player non-player charater] resolvidos, só juntar o resto do povo<br />

e descobrir qual é dessa estatua *lerdo*<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Jun 24 2008, 07:56 PM<br />

Sailorcheer se colocou numa postura defensiva enquanto o homem de cabelos<br />

curtos e barba por fazer se aproximava com as duas mãos no ar, mostrando que<br />

estava desarmado. Apesar de uma cicatriz que atravessava o rosto dele, o homem<br />

não se parecia com alguns dos “espectadores” da luta que acabara de ocorrer. Ele<br />

não aparentava estar se decompondo, como os outros, mesmo aparentando estar<br />

morto.<br />

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- Dagaz? - A voz dele aparentava surpresa. - Vocês voltaram para Rune Midgard?<br />

- Não se aproxime. - A garota olhou para a adaga marcada com a runa,<br />

visivelmente desconfortável com a presença do morto. - Eu não sei do que você<br />

está falando! Agora saia do meu caminho, tenho que achar meu marido e ir<br />

embora daqui!<br />

- Não precisa se preocupar comigo, menina. - Ele falava de forma calma, tentando<br />

não assustá-la ou deixá-la mais brava. - Eu não sou como aquele cavaleiro ali...<br />

Mas, se seguir a orientação dele, pode acabar ficando presa aqui com a gente,<br />

sem toda essa sua vitalidade. E não vai encontrar ninguém assim.<br />

- E por que você estaria dizendo a verdade? - Sailorcheer soltou um breve<br />

rosnado, irritada com a interrupção.<br />

- Porque... posso não tê-la conhecido, Dagaz, mas sei a importância que uma<br />

Rúnica tem em Rune Midgard. Você não pode ficar aqui nessas terras. - Enquanto<br />

falava, o morto olhava ao redor como se pressentisse perigo.<br />

- Como sabe disso?<br />

- Porque... bem... eu posso não ter sido um de vocês, mas lutei ao lado dos<br />

Rúnicos... - Ao falar isso, uma sombra de tristeza passou pelo rosto do homem. -<br />

Seria melhor não conversarmos sobre isso aqui. É perigoso... não para mim, mas<br />

para você. O cavaleiro ali pode ter ficado um bocado bravo e chamar mais gente<br />

pra vir te atacar. Ele não gosta de ser... humilhado assim.<br />

Sailorcheer pensou por alguns instantes. O que o morto falou era verdade... mas<br />

também podia ser uma emboscada. O homem destacou que ela não tinha<br />

nenhuma opção melhor que aquela... e ao menos ele sabia que a mercenária era<br />

uma Rúnica. A garota finalmente cedeu quando ele jogou uma espada velha e<br />

enferrujada aos pés dela.<br />

- Você pode ficar com a única arma que tenho...<br />

- Está bem, eu vou com você. Mas se tentar alguma gracinha, eu juro que espalho<br />

você por todos os cantos desse lugar. - A idéia de acompanhar alguém que estava<br />

morto apavorava Sailorcheer, mas ela não podia ficar vagando sozinha por aquele<br />

lugar, não sem ao menos saber onde poderia começar sua busca por Fei.- E fique<br />

com sua espada... se o que diz for verdade, não quero ter que me preocupar com<br />

você. E se não for.... então você vai se arrepender amargamente.<br />

- Acredite, eu quero ir para o Valhalla tanto quanto você... - Dizendo isso, o homem<br />

apontou para a direção contrária à que estavam seguindo. - Sei que você<br />

consegue correr, apesar das suas feridas. Vamos sair logo daqui.<br />

Sailorcheer suspirou e começou a seguir o morto, ainda sem ter certeza se era a<br />

coisa certa a fazer. Suas dúvidas aumentaram ainda mais quando chegaram na<br />

borda de uma pequena “floresta” de árvores podres, preenchida por uma névoa<br />

espessa e com muito menos luz do que o lugar onde estavam antes.<br />

- Consegue enxergar aqui, Dagaz? - o tom de voz dele era baixo, quase um<br />

sussurro.<br />

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- Não, claro que não consigo! Não quero entrar aí.<br />

- E por que não usa o poder Rúnico para isso? - O homem parecia perplexo... se<br />

ela tinha poderes, deveria usá-los. Ao perceber que a garota não fazia idéia do<br />

que ele estava falando, ele ficou confuso. - Você é uma Rúnica... não é?<br />

- Eu... acho que sim... Pelo menos eu conseguia conversar com os outros à<br />

distância.<br />

- Mas... só isso? E quanto a prever perigos? Você deveria saber... ao menos<br />

Alessëa dizia que conseguia.<br />

Sailorcheer franziu a testa ao ouvir o nome... Não era esse o nome da mãe do Fei?<br />

Ainda assim, não achou prudente revelar mais sobre isso, não sem ter certeza de<br />

que aquele homem realmente queria ajudá-la. Ainda assim, isso acalmou um<br />

pouco a garota, que ficou um pouco mais dócil. Eles falaram mais um pouco sobre<br />

o que a garota conseguia fazer. Ao final daquela conversa, Sailorcheer já tinha<br />

certeza de que “conhecia” o homem que a salvara; ao comentar que o nome de<br />

seu marido era Fei, o morto pareceu nostálgico, até mesmo triste, e disse que era<br />

o mesmo nome do filho dele. Por fim, a garota sentiu seu coração ficar apertado<br />

quando o homem se apresentou. Yan.<br />

A mercenária seguiu seu sogro em silêncio, tentando não demonstrar o medo que<br />

sentia dentro daquela floresta. Depois de um tempo que, para Sailorcheer,<br />

pareceu uma eternidade, eles finalmente chegaram a uma casa, escura e sombria.<br />

Yan olhou ao redor antes de abrir as duas fechaduras da porta. Ele indicou a<br />

entrada para a garota e, assim que ela colocou os pés dentro da casa, trancou<br />

novamente a porta. Imediatamente o homem foi até a janela e ficou observando os<br />

arredores da casa por algum tempo, enquanto a mercenária balançava as mãos<br />

no ar, impaciente.<br />

- Não se preocupe, eu consigo escapar se for preciso... E acho que consigo te<br />

levar comigo. Sumir é o menor dos meus problemas agora.<br />

- Sim, eu sei... primeiro temos que cuidar desses seus ferimentos. - Yan se afastou<br />

da janela, fechando a pesada cortina, e abriu um baú, de onde retirou uma<br />

pequena caixa que entregou para Sailorcheer. - Use isso em seus ferimentos...<br />

Infelizmente não sou nenhum alquimista para fazer poções...<br />

Agradecendo, a garota pegou a caixa e se pôs a esmigalhar as ervas,<br />

esfregando-as nos ferimentos e os cobrindo com as ataduras. Quando Yan<br />

demonstrou preocupação quanto ao que ela iria comer, Sailorcheer o interrompeu.<br />

Ela não queria comer, e seria capaz de suportar a fome durante algum tempo. A<br />

prioridade dela agora era encontrar Fei. Quando Yan a questionou sobre a<br />

possibilidade dele ir procurar por Fei enquanto ela se recuperava, a Rúnica ficou<br />

brava. Ela jamais ficaria de braços cruzados enquanto seu marido estivesse em<br />

perigo. Além disso, ser chamada de Dagaz o tempo todo a estava irritando.<br />

- Olha, senhor Ackhart, eu sei que o senhor tá tentando me ajudar, mas eu<br />

realmente tenho que achar o Fei, tá?<br />

- Ackhart? Como sabe meu sobrenome, menina? - Yan ficou muito curioso.<br />

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- Hum... eu deduzi. O pai do Fei se chamava Yan, a mãe dele era Alessëa... eu só<br />

juntei as coisas.<br />

- Fei...? O seu marido? - Quando a garota respondeu que sim, ele a questionou. -<br />

Você, por acaso, é... Sailorcheer?<br />

A Rúnica mais uma vez acenou afirmativamente, fazendo com que Yan saísse<br />

apressado em direção a outro canto da casa. Ele voltou resmungando, com um<br />

lampião e um manto grosso e felpudo nas mãos. Ele sabia que alguém que estava<br />

em Niflheim iria adorar a notícia de que Fei estava lá e que iria querer se vingar<br />

imediatamente. Por outro lado, talvez isso facilitasse a busca por Fei.<br />

- Escute, menina, tenho uma notícia boa e uma ruim. Talvez possamos achar o<br />

Fei... mas se alguém que também está aqui encontrá-lo primeiro, você não vai<br />

poder sair de Niflheim com ele.<br />

No começo Sailorcheer não entendeu. De quem Yan estava falando? E por que<br />

ele estava tão relutante assim em falar? Ao ouvir o nome, porém, ela se sentiu<br />

empalidecer de raiva. 'Evathium'. Agora, mais do que nunca, era questão de honra<br />

encontrar aquele desgraçado depois de encontrar Fei. Yan, relutante,<br />

manifestou-se contra. Não queria que a garota se machucasse, tampouco sabia<br />

como ela reagiria ao se encontrar com aquele homem. Principalmente depois de<br />

saber que o mercenário literalmente havia levado a história dela para o túmulo... e<br />

a compartilhou com os outros. Mas logo percebeu que nada a impediria de sair<br />

atrás de seu marido, principalmente depois que ela começou a testar as técnicas<br />

aprendidas como mercenária. “Ela realmente sabe se esconder bem”.<br />

Assim que saíram da casa, Yan assobiou e ficou esperando algo. Logo Sailorcheer<br />

entendeu o que era: um enorme Pesadelo Sombrio corria na direção de seu sogro.<br />

Após enfatizar que ele era domado e que a garota poderia montá-lo sem<br />

problemas, a Rúnica levantou um problema. Ela não poderia se esconder<br />

enquanto estivesse montada no animal.<br />

- Acredite... - Yan falou, com uma expressão tranquilizadora – um presente das<br />

Valquírias fazem os habitantes daqui se assustarem.<br />

Os olhos da garota brilharam. Seu sogro recebia presentes das Valquírias? Ela<br />

não teve muito tempo para fazer perguntas, pois Yan saiu correndo para pegar<br />

algo para ela. Dizendo que a Rúnica teria que se proteger, entregou a ela um<br />

Elmo do Deus-Sol, que emitia um leve brilho dourado e contrastava com a aridez e<br />

escuridão do local. Como ela poderia aceitar um presente daqueles?<br />

Mas ela não teve muito tempo para pensar. Logo ela reparou em feias<br />

queimaduras aparecendo nas mãos de Yan, causadas pelo contato com o elmo.<br />

Por estar morto, mas não estar no Valhalla, itens divinos apenas o fariam mal. Isso<br />

obrigou a garota a retirá-lo das mãos de seu sogro, que sorriu e piscou para ela.<br />

- Fica como um presente de casamento.<br />

Muito sem jeito, Sailorcheer agradeceu. Não esperava usar algo assim nunca,<br />

ainda mais um presente de uma Valquíria para alguém que ela não conhecia. Yan,<br />

porém, não deixou que ela pensasse muito tempo nisso. Ele logo montou no<br />

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Pesadelo Sombrio e ofereceu a mão para a garota que montou, desajeitada. Ela<br />

nunca havia montado em nenhum animal além do Juquinha, e ainda assim só<br />

para brincar com ele. E com certeza montar em um Pesadelo era muito diferente<br />

de montar em um Peco Peco. Ainda assim ela não se segurou em Yan. Confiando<br />

em seu equilíbrio e se segurando no Pesadelo com as pernas, ela conseguiu se<br />

manter em cima do animal enquanto cavalgavam. Durante o começo da viagem<br />

ela se manteve em silêncio, mas logo sua curiosidade falou mais alto.<br />

- Hum... Senhor Ackhart... Se o senhor conhece as Valquírias... - Sailorcheer logo<br />

se arrependeu de ter começado a falar. - Não, eu não deveria perguntar esse tipo<br />

de coisa, não é educado.<br />

- O que não é muito educado?<br />

- Ficar fazendo perguntas indelicadas... deixa pra lá, eu é que sou muito curiosa<br />

mesmo.<br />

- Dag... digo, Sailorcheer... Você não precisa se preocupar com essas coisas...<br />

Provavelmente, quando você sair daqui com o Fei, nunca mais vai poder me ver.<br />

Ao menos espero que não. - Yan respondeu, rindo. - Então não precisa ficar com<br />

alguma curiosidade a meu respeito.<br />

- Tá.......... Se o senhor tem contato com as Valquírias... por que está aqui<br />

ainda...?<br />

- Porque, apesar de conseguir fazer algo bom no fim da minha vida... não valeu<br />

pelo que eu causei no restante dela. - O homem não aparentava sofrimento,<br />

apenas resignação. Então ele completou, rindo. - Não adianta ser bonzinho só<br />

quando sabe que vai morrer. Por isso as Valquírias podem não ser tão boazinhas<br />

quanto você pensa que são.<br />

- E... você vai ficar aqui pra sempre? - Sailorcheer começava a ficar angustiada<br />

com o rumo da conversa. Por algum motivo ela se sentia ligada àquele homem.<br />

Talvez por ele ser seu sogro.<br />

- Bem, eu espero que não. Ao menos as Valquírias me disseram que, se eu fosse<br />

uma pessoa digna aqui em Niflheim, talvez um dia eles me levassem para o<br />

Valhalla... Nem que fosse por um breve momento. - Yan suspirou, olhando para<br />

um pingente que batia em seu peito conforme o Pesadelo galopava. - Daí, eu<br />

poderia me encontrar com Alessëa novamente...<br />

Mais uma vez a garota sentiu o coração apertado, como se pudesse sentir a dor de<br />

Yan. “Deve ser terrível ficar longe da esposa, sem saber quando poderá vê-la<br />

novamente...” Tentando não demonstrar tristeza, ela procurou algumas palavras<br />

animadoras. Desejava tanto que ele saísse daquele lugar macabro logo...<br />

Por fim, chegaram a um local com vários morros descampados, cobertos por<br />

ruínas de algo que pareciam casas e alguns mortos, com uma aparência bem<br />

mais degradada que a de Yan. O Pesadelo parou na frente de um deles e o<br />

homem, com um tom muito autoritário, o interpelou.<br />

- Verme! Diga onde está aquele seu líder cretino!<br />

Caindo para trás, assustado com a agressividade da ordem, o cadáver apontou<br />

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para um dos morros. Então, começou a rir freneticamente, fazendo com que<br />

Sailorcheer se encolhesse atrás de Yan.<br />

- Ali, senhor... Mas... Meu senhor está com a cabeça meio.... fora do lugar.<br />

Sem esperar que o vagabundo parasse de rir, Yan continuou o galope. Queria<br />

chegar até Evathium o mais rápido possível. Porém, ao chegar ao local indicado,<br />

eles se depararam com uma situação nauseante. Vários pedaços de um corpo, já<br />

em decomposição, estavam espalhados pelo local, enquanto vários cadáveres se<br />

alimentavam deles. Outros lambiam sangue ainda fresco do chão. Sem pensar<br />

duas vezes, Yan grita para um dos que lambiam vorazmente a terra manchada.<br />

- Ei, aberração! Onde está o dono desse sangue todo? - Assim que o morto<br />

apontou, ambos desceram do Pesadelo.<br />

Fei estava desacordado, há poucos metros de onde estavam.<br />

Posted <strong>by</strong>: Bedwyn Jun 26 2008, 11:42 AM<br />

[Nilffheim. Subúrbio da Ala Oeste]<br />

O Dullahan cutucou intrigado o corpo à sua frente. Não era muito comum<br />

encontrar corpos ainda em carne e osso em Nilffheim, e ele próprio ouvira berros<br />

guturais e cheios de ódio do seu Senhor há pouco tempo atrás. Melhor investigar,<br />

achava o guerreiro morto-vivo.<br />

Foi quando o corpo começou a se mexer e a... a.... respirar. Se um Dullahan<br />

pudesse sentir susto diante do desconhecido, ele teria sentido.<br />

O velho levantou-se. Parecia ser um ancião dos anciões, o corpo ligeiramente<br />

curvado e os cabelos muito brancos. Mas o Dullahan não era tão idiota. O mortal<br />

(sim, só podia ser um mortal!) trazia nos olhos um estranho brilho.<br />

- Huuumpft.... eeeeerrr.... – fez o velho ao se levantar. Piscou os olhos, girou a<br />

cabeça olhando a seu redor e coçou a cabeça com expressão intrigada. – Acho<br />

que aqui não é Morroc, não é? O que acha, Cajado?<br />

O ancião carregava um simples e desgastado cajado. Parecia tão antigo quanto<br />

qualquer coisa de Nilffheim. E o velho parecera não se dar conta da presença do<br />

morto-vivo, que desembainhou a espada enquanto Bedwyn continuava coçando a<br />

cabeça.<br />

- Eu lembro de um rapaz e um martelo... ouch. Nós quase o pegamos, ã, Cajado?<br />

Ora, olá, jovem! – bradou o velho erguendo as mãos com um estalo para o<br />

Dullahan.<br />

O morto-vivo soltou um urro inconformado. Era um dos escolhidos, um dos<br />

guerreiros caídos de Nilffheim! Como aquele velho ousava não ter medo?<br />

- Hmmm... Que sotaque horrível, rapaz. Você por acaso é de Cômodo? Eles mais<br />

chiam do que falam, isso é verdade, mas fazem um excelente queijo. O que,<br />

Cajado? Um Dullahan? Não seja absurdo. O que um Dullahan estaria fazendo<br />

aqui?<br />

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Por um momento, o Dullahan estacou. Quem diabos era aquele velho?<br />

- Como assim, estamos em Nilffheim? Eu não morri! Tenho a saúde de um tigre, a<br />

visão de uma águia, a audição de uma... ã... orelha? Que seja. Como assim,<br />

estamos vivos em Nilffheim? Hey, garoto! Aqui é Nilffheim? Você poderia me<br />

ajudar! – falou o velho com um grande sorriso e o olhar inocente.<br />

O Dullahan finalmente perdeu a paciência e com outro urro inumano, convocou a<br />

legião de mortos-vivos que andava pelas proximidades do subúrbio de Nilffheim,<br />

no que foi imediatamente atendido por um destacamento quase inteiro de outros<br />

Dullahan e três das mortais Loli Ruri. Os demônios e mortos fizeram um círculo ao<br />

redor de Bedwyn, que piscando, continuava sorrindo e olhando para o Dullahan<br />

Mestre.<br />

- Hein? O que disse, Cajado? – o velho virou-se de costas, o ouvido encostado no<br />

pedaço de madeira.<br />

Com um uivo, o primeiro Dullahan atirou-se sobre Bedwyn com sua mortal lâmina.<br />

O velho já era. E bem na hora que deveria acertá-lo, o velho virou-se para ele com<br />

um passo para o lado, deixando o morto-vivo passar direto sobre ele, sua espada<br />

raspando inutilmente em uma bolsa que o velho carregava.<br />

A bolsa caiu no meio dos mortos-vivos e o velho bradou indignado.<br />

- Hey! Cuidado com isso! Sabe o que tem nessa bolsa? Um estoque inteiro de<br />

gemas azuis!<br />

Os mortos-vivos arquearam. Gemas azuis? Seria um comerciante? Um mago? Ou<br />

será que...<br />

- Se estamos mesmo em Nilffheim, seria perigoso deixar essas gemas em<br />

qualquer lugar, ainda mais se vocês forem demônios! Sabem, eu sabia uma<br />

coisinha bem legal... ã... e luminosa. Se eu lembrasse como se fazia...<br />

O velho coçou o queixo e o Dullahan finalmente reparou nas roupas empoeiradas<br />

do velho, que eram outrora brancas, o distintivo da Catedral de Prontera bordado<br />

na lapela. Em nome da Morte, ele era um...<br />

O velho soltou um “A-HÁ!” empolgado.<br />

- É claro! Que cabeça minha! As palavras eram Magnus Exorcismus!<br />

Antes que o Dullahan ou qualquer demônio pudesse fazer qualquer coisa, uma<br />

luz branca saltou da bolsa e iluminou por completo toda a ala oeste de Nilffheim, a<br />

existência maligna obliterada pela magia divina invocada, deixando apenas rajadas<br />

de fumaça.<br />

Bedwyn piscou, como se não tivesse entendido o que acontecera.<br />

Tossindo com a fumaça, o velho reclamou.<br />

- Você viu, Cajado? Eu pago meus pecados com você, você sempre estraga tudo!<br />

Assustou todos os jovens! Agora para quem vamos pedir informação?!<br />

Indignado e ainda brigando com seu cajado, o velho recolheu a bolsa de gemas e<br />

saiu andando em meio aos escombros devastados de Nilffheim.<br />

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Posted <strong>by</strong>: Claragar Jul 19 2008, 01:38 PM<br />

[Em alguma caverna em Rune Midgard]<br />

Seth odiava o trabalho de faz-tudo para Galgaris. Ao mesmo tempo que poderia<br />

parecer uma "honra" ser alguém tão próximo da poderosa critura, e receber tanta<br />

confiança, era também um pé naquele lugar, pois tinha que cuidar de TUDO.<br />

Já fazia um bom tempo que Galgaris tinha se desligado do corpo novamente, sem<br />

dar maiores explicações, como costumava fazer. Seth ainda inscrevia rituais em<br />

seus ossos - deveria ser o décimo ritual diferente, numa situação que parecia uma<br />

cirurgia, cheio de cortes e ganchos improvisados para permitir seu trabalho sob a<br />

carne. Como se não bastasse isso, os símbolos usados eram cada vez mais<br />

complicados. A parte boa era que ele aprendia mais e mais coisas. Seth sabia que<br />

quem gostava de fazer esse tipo de bajulação era o humano estranho, o tal<br />

Passadina Jones, mas ele estava fazendo pesquisas em Juno, como castigo por<br />

ter falhado na captura do tal By-Tor.<br />

Os pensamentos do elfo foram interrompidos pelo movimento do corpo em que<br />

trabalhava. Galgaris havia voltado!<br />

- E então, "mestre"? - disse o Elfo - Onde foi passear desta vez?<br />

- Não fui passear. Estava concentrado em tentar localizar os escolhidos das<br />

Runas. Senti que grande quantidade de energia rúnica simplesmente<br />

desapareceu, e fui tentar descobrir o que era. - Explicou Galgaris, mantendo o<br />

corpo na mesma posição para Seth continuar seu trabalho.<br />

- E o que aconteceu?<br />

- Um grande problema. Aparentemente alguns Rúnicos simplesmente deixaram de<br />

existir.<br />

- Eles MORRERAM? - se exaltou Seth, interrompendo seu trabalho e prevendo<br />

que teria que ficar décadas com Galgaris esperando mais Rúnicos surgirem.<br />

- Não. Eles desapareceram. Nem os corpos existem mais. Podem ter sido<br />

aniquilados ou coisa assim. Algo muito violento aconteceu para aparecer essa<br />

brecha na energia Rúnica.<br />

- E o que faremos? - questionou Seth, preocupado.<br />

- Você irá terminar o que está fazendo - respondeu o morto-vivo com sua<br />

expressão vazia - e enquanto isso iremos observar. Não vamos ser impulsivos e<br />

colocar tudo em risco novamente. Quando os rituais em mim estiverem completos,<br />

eu irei averiguar caso ainda não tenhamos respostas. Sente-se e confie em mim.<br />

O elfo sentou-se, um pouco indignado, e continuou seu trabalho.<br />

[off]<br />

omg! Será que ele vai fazer alguma coisa? XD<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Aug 4 2008, 08:06 PM<br />

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- Ei, taverneiro! Me vê mais uma dessa bebida esquisita aqui!!<br />

O pedido foi feito com uma voz firme, impossível de não obedecer, e de uma forma<br />

pouco observada naquela taverna. Obviamente que também não era muito comum<br />

alguém chegar carregando uma aljave presa as costas, lotada de flechas de prata<br />

em plena Niffelheim. E apesar de todos os presentes na taverna temerem aquele<br />

artigo, o homem que a portava chegava até a debochar do medo que enxergava<br />

nos presentes.<br />

- Há! Mas vocês são ainda mais nubis que os da taverna de Geffen! Medo de uma<br />

flechinha dessas? Até parecem aqueles mortos-vivos que aparecem em Glast<br />

Heim!<br />

Mas a marca que tinha na palma da mão e aquele calor de seu corpo o<br />

denunciava. Ele era um vivo e portador de uma runa! Qualquer um que soubesse<br />

um pouco mais de histórias antigas em Niffelheim sabia das histórias e lendas<br />

sobre esses guerreiros, muitas vezes contadas por um bardo Rúnico que algumas<br />

vezes os visitava sabe-se lá por qual motivo. E nenhum dos presentes teria<br />

coragem de comprovar a veracidade das histórias que o bardo contou, não com<br />

aquela quantidade de flechas de prata em posse do caçador.<br />

Enquanto aguardava sua bebida, o caçador Rúnico Nodles observava seu arco,<br />

pousado no balcão da taverna. Estava em perfeitas condições, apesar da estranha<br />

viagem que fez para aquele lugar juntamente com seu dono.<br />

"Bah, deve ter sido coisa daquele nubi do Fei... ele sempre manda a gente para<br />

uns lugares estranhos com aqueles rituais que faz no chão...."<br />

Começou a recordar-se do que aconteceu antes de chegar ali. O mestre-ferreiro,<br />

Hrymm, mantinha uma postura defensiva após ter derrubado facilmente os<br />

Rúnicos Kin e Kanehito no chão. O caçador aguardava o desfecho do golpe de<br />

MettaKill que, aproveitando-se da chuva de flechas que ele soltara, aplicou outro<br />

golpe em Hrymm, um "asura". Não teve muito tempo de ver o que houve com o<br />

mestre-monge, pois a onda de choque que receberam com a defesa de Hrymm foi<br />

tamanha que fez ambos os Rúnicos sucumbirem. Conforme rastejava para buscar<br />

seu arco no chão, após se livrar da tontura que o golpe lhe causou, Nodles<br />

reparou em Fei re-aparecendo no combate, junto com Sailorcheer - que aparecera<br />

do nada - e duelando ferozmente com o mestre-ferreiro.<br />

Pensou em ajudá-los mas, assim que se levantou para fazê-lo, reparou que<br />

Hrymm iniciava um golpe fatal em Fei. Nesse mesmo instante, a runa no cajado do<br />

sacerdote Bedwyn emanou uma luz forte. Os olhos aguçados do caçador não<br />

deixaram de notar que as runas de seus companheiros MettaKill e Kin-Gon Jinn<br />

também começaram a brilhar, seguidas pela de Fei. Esta atingiu o ápice do brilho<br />

no momento em que o Rúnico levava o golpe de Hrymm diretamente no peito, no<br />

mesmo instante em que as runas de Sailorcheer e Kanehito se mostraram<br />

presentes. Com isso, a luminosidade emanada por todas elas aumentou muito e<br />

Nodles mal teve tempo de reparar em Hagalaz brilhando na palma de sua mão<br />

antes de cair inconsciente, para só acordar nas proximidades daquela taverna.<br />

Seus pensamentos foram interrompidos com a chegada de seu pedido. O<br />

taverneiro pousou um caneco que continha um líquido esverdeado que emitia um<br />

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brilho fantasmagórico. Nodles apoiou seu arco no balcão e sorriu brevemente.<br />

"Bah, depois de beber eu penso nisso..."<br />

O Rúnico sorriu brevemente, ergueu o caneco fazendo um brinde a todos os<br />

presentes e tomou num gole só todo o conteúdo, para a total estranheza de todos.<br />

Em seguida, ergueu novamente sua mão para o taverneiro.<br />

- Pode mandar mais um! E dessa vez, pode vir uma dose tripla!<br />

OFF<br />

Siiim, foram as runas as salvadoras, mesmo que os Rúnicos atuais - e<br />

principalmente nubis - não repararam. Explicando o que houve em termos de<br />

runas:<br />

A runa do Bed (Algiz) ativada deu a proteção, que aliada as runas de Kin (Kenaz:<br />

livrar da ansiedade e medo), Metta (Fehu: "lições karmicas"), de Kane (Gebo:<br />

união) e Sailor (Dagaz: "final feliz"), fez todos os Rúnicos não morrerem (tiveram<br />

sorte que o Kane estava junto, senão talvez só o Bed se safaria ).<br />

Mas porque Raido, a runa que Fei porta, os levou para Niffelheim? Será que foi<br />

causada pela runa "do caos" de Nodles (Hagalaz)? Ou foi por alguma outra razão?<br />

Seriam as ações dos personagens que os estejam levando para o mau caminho?<br />

Ou então, talvez as runas estejam perdendo a garantia... ou ainda não pagaram a<br />

assinatura mensal dela! *musiquinha de dúvida ao fundo*<br />

Rúnicos, aproveitem esses RPs para se acostumarem. Ele está servindo de<br />

exemplo para o que está por vir. Em breve as runas que os chars estiverem<br />

portando vão causar consequências boas ou não nos RPs também... o/<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Aug 4 2008, 10:56 PM<br />

Ao ver Fei desmaiado há poucos metros de onde os mortos se banqueteavam com<br />

restos de alguém – ou alguma coisa – e cercado por vários outros que,<br />

aparentemente planejavam devorá-lo também, Sailorcheer e Yan correram na<br />

direção dele.<br />

- Saiam de cima dele, seus canibais nojentos! - A garota os golpeava sem dó,<br />

forçando-os a se afastar de seu marido, ajudada por Yan. Alguns se afastaram<br />

antes mesmo de receberem os golpes dela, assustados pelo Elmo do Deus Sol<br />

que a garota portava.<br />

Assim que se viram livres dos mortos, ambos correram até Fei. Sailorcheer o<br />

pegou nos braços, sacudindo-o de leve e tentando acordá-lo, sem sucesso.<br />

Notando a gravidade dos ferimentos, além da febre que acometia o rapaz, a<br />

Rúnica começou a retirar as próprias bandagens para ao menos tentar estancar o<br />

sangue, enquanto seu sogro pegava uma enorme injeção com um líquido verde<br />

em sua maleta.<br />

- O desgraçado usou veneno... espero que isso sirva para anular o efeito.<br />

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- Você... não sabe se isso vai curá-lo ou não? - Sem ao menos esperar a resposta,<br />

a garota buscou uma pequena bolsa de couro que trazia atada à cintura, com uma<br />

espécie de pó fino e de aspecto sujo. - Bem, não vamos arriscar, não é mesmo?<br />

Constatando que não havia água nem algo do tipo para diluir o pó, a garota<br />

buscou a adaga mais limpa que carregava e fez um pequeno corte em seu braço,<br />

profundo o suficiente apenas para que um pequeno filete de sangue escorresse e<br />

se misturasse ao remédio. Yan observava a cena inconformado.<br />

- Não deixe aquele bando de vermes ver isso..................<br />

- Eles que se atrevam a chegar perto para ver o que é bom pra tosse. - Sailorcheer<br />

falou quase num rosnado, enquanto fazia com que Fei engolisse o máximo<br />

possível da mistura, que agora tinha um aspecto nojento mesmo para o homem ao<br />

seu lado.<br />

- Bem, acho que não vão fazer isso tão cedo... Suba no Pesadelo e segure Fei,<br />

temos que sair rápido daqui. - Yan falava rápido, aparentemente apreensivo,<br />

enquanto ajudava a menina a montar e colocar Fei em uma posição em que fosse<br />

possível segurá-lo. - Se o Cavaleiro Branco souber que tem mais um de vocês<br />

aqui, teremos problemas.<br />

- Então.......... - a voz da garota foi sumindo conforme eles cavalgavam e ela<br />

contava as “boas novas” para Yan. - Tinha mais de nós pouco antes de eu e Fei<br />

sermos mandados pra cá..... assim... quase todos os Rúnicos...<br />

- Tudo bem - respondeu o homem, com um suspiro desanimado, - tentaremos<br />

encontrá-los assim que evitarmos que Fei fique aqui com o pai, pescando nesses<br />

rios sem vida.<br />

Eles galoparam de volta para casa de Yan o mais rápido possível, mas muito mais<br />

devagar do que o homem gostaria, dadas a condição de Fei e o fato de<br />

Sailorcheer nunca ter montado em nenhum animal em sua vida, quanto mais um<br />

Pesadelo Sombrio. Por fim chegaram ao lugar, que agora parecia bem menos<br />

assustador aos olhos da garota.<br />

Depois de entrarem em casa, trancarem a porta e se certificarem de que não<br />

haviam sido seguidos, Yan indicou uma cama onde Fei poderia ficar. Sailorcheer o<br />

deitou e se sentou ao lado dele, sussurrando palavras gentis em seu ouvido<br />

enquanto tentava acalmar a si mesma. Ela somente se lembrou da presença de<br />

Yan quando este chegou ao seu lado novamente, trazendo um pouco de água,<br />

algo que se parecia com uma sopa de arroz e uma caixa com material de sutura,<br />

além de alguns cobertores.<br />

A garota começou a tratar dos ferimentos do marido imediatamente, ignorando a<br />

água e a comida. No início ela pensou em poupar a água para bebê-la, já que Yan<br />

a avisara de que água potável não era fácil de se arranjar, mas desistiu ao ver o<br />

estado das feridas de Fei. Se ela não as limpasse antes de dar os pontos, ele<br />

provavelmente morreria de infecção.<br />

Enquanto fazia isso, a garota conversava com seu sogro. Apesar de preferir se<br />

manter concentrada nos ferimentos, ela entendia a curiosidade de Yan a respeito<br />

do filho que ele só vira quando era um bebê. Além disso, falar a deixava menos<br />

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angustiada e tornava aquele lugar um pouco menos lúgubre. Falaram um pouco<br />

sobre Fei, sobre os motivos de Yan estar ali enquanto sua esposa havia sido<br />

escolhida para ir ao Valhalla, sobre os Rúnicos que antecederam os atuais e um<br />

pouco sobre ela também.<br />

Mesmo depois que ela terminou de cuidar de Fei e o deixou descansar,<br />

Sailorcheer continuou conversando com Yan. Ele sabia tão mais que ela sobre<br />

rituais, sobre Seth e sobre um tal Ghul-Garuth que, por algumas horas, ela se<br />

esqueceu da dor de seus próprios ferimentos, de seu cansaço ou sono. A garota<br />

só se curvou ao sono após gastar toda a sua energia descobrindo mais sobre as<br />

runas e os rituais rúnicos. Apesar de Yan não ter sido um Guerreiro Rúnico e,<br />

assim, não poder ensiná-la a utilizar sua runa e os rituais, ele foi casado com uma<br />

Rúnica e pôde informá-la melhor sobre o que ela deveria esperar e pesquisar.<br />

O homem percebeu que a mercenária não conseguiria mais absorver muita<br />

informação devido ao cansaço, e fez com que ela se deitasse ao lado de Fei, para<br />

descansar também. Assim que a garota adormeceu, Yan saiu de casa tão<br />

furtivamente que Sailorcheer não percebeu.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Aug 4 2008, 11:19 PM<br />

Assim que eu reparei que Sailorcheer se deitou ao lado de Fei para tentar<br />

descansar um pouco de toda aquela aventura infernal pela qual os dois estavam<br />

passando, resolvi sair para procurar algo melhor para os dois que simplesmente<br />

aquele pouco de arroz velho e bolorento.<br />

Recorri ao mesmo armário onde antes estava guardando o elmo que dei para a<br />

menina. Felizmente, parece que aquele elmo teve o estranho poder de manter<br />

todos aqueles frutos e sementes de yggdrasil intactos por muito tempo. Para a<br />

nossa sorte, um único fruto desses seria o suficiente para eu conseguir o que eu<br />

queria.<br />

Busquei Dunham, prendi uma mochila em seu dorso e saímos rapidamente para o<br />

outro lado daquela floresta sombria e desolada onde eu moro. Em pouco tempo,<br />

chegávamos numa região lotada das pessoas mais acostumadas com o modo de<br />

viver de Niffelheim... tão acostumadas que, se tivessem a oportunidade de sair<br />

desse lugar de sofrimento, negariam com toda a certeza. Imagino que, para um<br />

mortal, entrar nesse lugar iria causar um trauma tão grande que enlouqueceria<br />

certamente.<br />

Os rostos sem expressão e corpos deformados pela putrefação denunciavam que<br />

tipo de mortos eram aqueles: os que não conseguiram se desvencilhar dos<br />

"prazeres dos mortais". Todos os dias trazem alguma "carne nova" para se<br />

divertirem das formas mais horripilantes possíveis. Se houvesse uma sala de<br />

tortura nesse mundo, certamente seria nessa região. Normalmente, os que não<br />

enlouquecem de vez aqui ou acabam se juntando a eles ou nunca mais querem<br />

voltar para essa região assim que se tornam obsoletos para eles a ponto de serem<br />

libertados.<br />

É o meu caso.<br />

Desde que saí dessa zona, nunca mais tinha sequer chegado perto daqui. Mas<br />

agora realmente é necessário. Como dizem, situações extremas requerem<br />

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medidas extremas. E eu não quero ter a companhia dos dois aqui. Por mais<br />

agradável que a menina possa ser.<br />

De fato, isso é estranho. Por anos pensei em como o meu filho estaria, se ele<br />

havia sobrevivido depois que não consegui defendê-lo daquela horda de elfos. Foi<br />

bom ver que, apesar de tudo que provavelmente tenha sofrido, ele está vivo. Ou<br />

ao menos estamos tentando fazer ele não morrer na atual situação.<br />

Mas, por outro lado, eu não o conheço. Eu sequer sei sua personalidade ou forma<br />

de agir. Infelizmente a única intervenção que eu fiz na vida inteira dele foi ter feito<br />

ele nascer e levá-lo para longe de RuneMidgard. Mais nada.<br />

Talvez seja por isso que não consegui nem me aproximar dele direito e já quis sair<br />

de perto dali. Por mais que eu tenha ficado feliz em vê-lo, a culpa e vergonha que<br />

eu senti por não tê-lo salvo está me corroendo agora. Eu não tenho coragem<br />

suficiente de encará-lo, ainda mais da forma como estou agora. Não imagino que<br />

ele pense que seu pai pudesse estar condenado a viver num lugar como esse por<br />

não ter uma vida honrada quando pôde.<br />

Ainda bem que aquela menina está tão empenhada em salvá-lo, deve amar muito<br />

o Fei para ser assim. E é incrível como ela tenta aparentar calma e ser amável<br />

diante de uma situação dessas com um desconhecido que deve assustá-la a todo<br />

momento. Ela definitivamente não tem os trejeitos de um mercenário da Guilda de<br />

Morroc, ela tem uma educação de primeira, refinada. Nem eu tinha percebido o<br />

quanto poderia a estar aborrecendo com as perguntas que estava fazendo. É bom<br />

saber que Fei ficou com uma pessoa assim, talvez isso evite dele seguir o caminho<br />

errado.<br />

Ouvi Dunham emitir um rugido. Havíamos chegado. Suspirei fundo e evitei<br />

qualquer outro pensamento para ficar mais alerta.<br />

Sangue e carne fresca aqui são vendidos como uma droga no mundo dos mortais.<br />

Existe uma máfia tão forte que qualquer outro infeliz que tentou vender algo de<br />

mortais fora desse tráfico, se arrependeu e se arrepende amargamente até os dias<br />

de hoje. É só ver a quantidade de corpos gemendo pendurados nesses pedestais<br />

ao longo do caminho.<br />

Felizmente, nessa região eu imponho certo respeito, graças a Dunham. Não sei se<br />

eles tem medo do pesadelo ou de saber que tenho contato com uma Valquíria. A<br />

vantagem é que graças a isso, eles nunca foram me importunar na minha casa<br />

desde que saí daqui, salvo um ou outro que quis roubar aquele elmo.<br />

O elmo divino... bem, pelo menos agora eu sei que ele está em boas mãos. E não<br />

voltarei a queimar as minhas próprias com ele.<br />

Sei também que, ao entregá-lo para Sailorcheer, estava também entregando<br />

minha possível passagem para o Valhalla, como aquela Valquíria sugeriu. Espero<br />

que me perdoe por isso, Alessëa. Mas depois de conhecer aquela menina e ser<br />

informado sobre o que houve com ela e Fei, resolvi que o melhor lugar para eu<br />

ficar é aqui em Niffelheim, por pior que seja. Se eu não estivesse aqui, eles não<br />

teriam apoio nenhum e certamente não sairiam daqui inteiros.<br />

Eu tenho certeza que eles vão sair desse lugar... entretanto, se algo der errado e<br />

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eles retornarem para cá novamente, a quem eles iriam recorrer caso eu não<br />

estivesse mais nessas terras amaldiçoadas? Pelo menos tento ajudar uma vez o<br />

nosso garoto e a mulher que ele escolheu. Imagino o quanto ele deve ter sofrido<br />

até então sem a nossa companhia...<br />

Continuei galopando, o barraco que eu queria chegar estava próximo. Deixei<br />

Dunham na entrada e assim que entrei nele, ouvi uma risada aterrorizante,<br />

seguida por uma fala sarcástica.<br />

- O que o nosso nobre e devoto Yan está fazendo nesse lugar? Quer divertir a<br />

gente de novo, é?<br />

Aquele verme me olhava com o único olho caído que permanecia em seu rosto<br />

deformado. Me apoiei no balcão e dei uma rápida olhada nas coisas que ele tinha<br />

a venda. Suspirei, fazendo uma expressão triste.<br />

- Ok... vocês venceram... eu PRECISO de carne... - disse num tom firme mas que<br />

beirava o desespero. Minha fala foi seguida por uma gargalhada daquele caolho<br />

miserável.<br />

- Eu sabia que você não iria resistir a tentação por muito tempo, "paladino"... acho<br />

que sua amiguinha vai ficar um tanto chateada quando ver o seu corpo puro<br />

sendo corrompido por isso...<br />

- Eu... NÃO ME IMPORTO, ok? - tentei demonstrar uma certa raiva para ele parar<br />

de falar e eu não acabar entrando em alguma contradição. - Me arranje algo... E<br />

RÁPIDO! Pro inferno com aquela Valquíria e seus acordos...<br />

- Para quem esperou tanto tempo, poderia esperar um pouco mais, não é? - o<br />

desgraçado continuou rindo e caçoando. Foi quando eu joguei em cima do balcão<br />

a mochila com um fruto de yggdrasil. Se ele tivesse pálpebras, eu certamente<br />

poderia ver o olho desse ser arregalado. Ele começou a gaguejar, aquela mão<br />

nojenta que escorria um líquido viscoso tremendo ao tocar o fruto - Ygg... drasil...<br />

- Eu sei muito bem o preço das coisas aqui... - retirei o fruto de perto dele, a<br />

expressão do ser ficou meio inconformada - Se não arranjar algo muito bom,<br />

procurarei outro vendedor...<br />

Verme... só foi eu terminar de falar, que saiu se arrastando da forma mais rápida<br />

que podia num quarto escuro onde ele guardava as coisas, sem falar nada,<br />

desesperado para um momento de êxtase por causa do fruto. Em pouco tempo,<br />

ele trazia arrastado pelo pé o corpo de um guerreiro congelado.<br />

- É a melhor peça que tenho aqui... - falou num tom respeitoso, desesperado. -<br />

conseguimos há pouco tempo, lá nos campos... é carne fresquinha, o sangue nem<br />

deve ter coagulado direito...<br />

Eu realmente nunca me acostumei com a forma como esses seres se referem aos<br />

pobres mortais que se aventuram nos campos próximos daqui, movidos pela<br />

curiosidade em encontrar a Árvore de Yggdrasil. E eu não acho que os dois<br />

fossem adeptos ao canibalismo, então descartei essa possibilidade. Andei até o<br />

quarto e reparei na quantidade imensa de pedaços do que já tinham sido corpos<br />

um dia. Senti um alívio ao ver um grand-peco congelado, largado num canto.<br />

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- E aquele...? - o caolho virou-se para onde eu apontava e deu com os ombros.<br />

- Você pode levar junto sem problemas... não é uma carne muito atrativa por<br />

aqui...<br />

- Não... eu quero apenas a ave... embrulhe-a e coloque-a na minha montaria... -<br />

reparei que o caolho aceitou, meio desanimado, sabia que não iria ganhar mais<br />

que uma simples fatia pequena do fruto por aquilo.<br />

Assim que ele ajeitou o grand-peco em cima de Dunham, eu joguei a mochila em<br />

suas mãos. Ele sem entender o que exatamente eu estava fazendo quase<br />

surtando ao sentir o fruto tão próximo a ele daquela forma.<br />

- Darei esse pagamento pela ave... se você se comportar direitinho e não espalhar<br />

o que vim fazer aqui, poderá ter um desses a cada visita minha, o que acha da<br />

idéia?<br />

Infeliz. Logicamente ele iria aceitar, a mente dele já estava dominada pelo mais<br />

profundo desejo. Logo que montei em Dunham, reparei no caolho trancando<br />

imediatamente a porta do lugar. Certamente não iria querer companhia por um<br />

bom tempo. Tempo necessário para que eu e Sailorcheer descobríssemos uma<br />

forma de tirar ela e Fei desse lugar maldito.<br />

OFF<br />

Tadenho do Yan<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Aug 5 2008, 07:54 PM<br />

Algum tempo havia se passado desde que Yan saira de sua casa e deixara<br />

Sailorcheer e Fei descansando. Se foram alguns minutos ou muitas horas a garota<br />

não conseguia calcular. Não era possível ter a sensação de dia e noite em<br />

Niffelheim, pois o céu sempre permanecia escuro e sem estrelas, a névoa cobrindo<br />

grande parte do que se podia enxergar da janela.<br />

E apesar de aparentemente estar protegida na casa de seu sogro, a Rúnica estava<br />

muito temerosa por estar naquelas terras de sofrimento, mal conseguindo pregar<br />

os olhos direito enquanto tentava ao menos se recuperar um pouco. Qualquer<br />

barulho estranho ou movimentação, ela entrava em alerta. Numa dessas ocasiões,<br />

Sailorcheer reparou em Fei, se movimentando fracamente ao seu lado a medida<br />

em que abria os seus olhos lentamente. Ela se sentiu aliviada ao ver o seu marido<br />

finalmente despertando e sorriu.<br />

- Katrina...? Por que... não estou sentindo meu braço? - perguntou o Rúnico,<br />

enquanto tentava se ajeitar melhor na cama e buscar sua esposa com os olhos.<br />

Sailorcheer se levantou, se sentando ao seu lado e acariciando seus cabelos<br />

levemente.<br />

- Você está muito ferido... logo vai ficar bom...<br />

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- Ferido...? - cada palavra dita por Fei parecia custar um esforço enorme - Eu só<br />

estou com frio... onde estamos?<br />

- Shh... tente não falar muito. Estamos seguros agora, não precisa se preocupar.<br />

Aqui, deixa eu cobrir você... - a garota ajeitou as cobertas no rapaz e aproveitou<br />

para ver se a febre dele havia baixado, ficando decepcionada com o resultado. -<br />

É... sua febre ainda está alta, mas logo vai passar, tá?<br />

- Febre...? Isso é coisa... - o Rúnico respirou fundo e sua voz foi sumindo a medida<br />

que fechava os olhos novamente - de fracos...<br />

- Não, é coisa de quem está doente... - Sailorcheer respondeu, com uma risadinha<br />

- mas nós vamos cuidar de você, não se preocupe. E trate de descansar...<br />

Sailorcheer não recebeu qualquer resposta. Fei subitamente caiu num sono<br />

profundo, influenciado pela alta febre. Ela suspirou, aproximando-se do rosto de<br />

Fei e cantarolando uma canção de ninar, bem baixinho. Mas ao mesmo tempo<br />

ficou preocupada, pensando no que poderia fazer caso a febre não baixasse; ela<br />

não tinha muitas opções restantes.<br />

Seus pensamentos foram interrompidos por um barulho do lado de fora da casa.<br />

Imediatamente a Rúnica buscou suas adagas, ficando em alerta. Levantou o<br />

marido de maneira cuidadosa e o carregou, se aproximando de uma parede do<br />

quarto e desaparecendo nas sombras. Ao ouvir a porta se abrindo e alguém<br />

entrando rapidamente na casa sentiu um calafrio, imaginando como poderia lutar e<br />

ao mesmo tempo proteger Fei naquele estado em que ele se encontrava. Forçou a<br />

visão na penumbra que existia fora do quarto e finalmente deu um suspiro aliviado<br />

ao ouvir uma voz conhecida.<br />

- Menina? Está tudo bem?<br />

- Quase me matou de susto........... - Sailorcheer reapareceu no quarto, deitando<br />

Fei na cama e rapidamente ajeitando o cobertor sobre ele. - Mas está tudo bem... -<br />

respondeu com um sorriso para Yan, que retribuiu o gesto.<br />

- Desculpe. - O guerreiro arrastava uma sacola bem grande e pesada. - Não é<br />

muito fácil carregar isso...<br />

A Rúnica reparou no enorme peso que seu sogro trazia e foi ajudá-lo. Quando<br />

colocou a enorme sacola na mesa, Sailorcheer reparou no grand-peco congelado<br />

dentro dela.<br />

- É para vocês dois se alimentarem...<br />

- Pobre peco.... mas antes ele do que eu, acho.....<br />

- O único problema é que... bem... você que terá que dar um jeito pra cozinhá-lo<br />

ou assá-lo. Você sabe... - a voz de Yan vinha carregada com uma certa tristeza.<br />

Sailorcheer prontamente o respondeu, com um sorriso agradável no rosto.<br />

- Ah, não se preocupe, senhor Ackhart... eu adoro cozinhar! - e pensando alto -<br />

Acho que assado ele dura mais do que cozido...<br />

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- Tive uma ligeira vontade de experimentar isso quando pronto. - Yan começou a rir<br />

vendo a garota tão empenhada em preparar o alimento.<br />

- E por que não experimenta? - perguntou, já destrinchando a carne congelada<br />

para preparar o assado.<br />

- Porque... - Yan respondeu, enquanto retirava inúmeros cantis com água da<br />

sacola e colocava sobre a mesa. - não quero ficar que nem aqueles monstrengos<br />

que vimos lá no morro.<br />

- E por que... - ela golpeou a junta de uma das asas com a adaga - ficaria... -<br />

passando em seguida para a outra asa - daquele jeito? - e finalmente começando<br />

a cortar uma das patas traseiras, sem parar de falar.<br />

- Porque... aqueles que se alimentam de carne e sangue nessas redondezas<br />

ficam... como diria... diferentes. - Yan olhava com curiosidade a "luta" da garota<br />

com o peco congelado.<br />

- Eu devia ter aprendido a usar machados que nem minha irmã..... - Sailorcheer<br />

ainda lutava contra a pata do peco. - Mas... diferentes como?<br />

- Quis tirá-la de perto daquele monte de moribundos logo por isso. Eles não só<br />

iriam querer te matar, mas sim fazer um banquete com seu corpo. E sem cozinhar.<br />

- Yan disse de um modo assustador, para ver se a Rúnica tinha bom senso o<br />

suficiente para não sair por aí sozinha.<br />

- Minha carne deve ser dura! - respondeu a garota, com cara de nojo.<br />

- Eles se alimentam porque não se acostumaram com a idéia de estarem mortos.<br />

Quem não tem esse tipo de hábito, torna-se mais... "evoluído", digamos assim. -<br />

Yan sentou-se meio longe dos dois, para evitar contato com a fogueira que<br />

Sailorcheer iria acender em breve. - Tudo para deixar as Valquirias satisfeitas...<br />

nem que para isso tenha que rejeitar o banquete de minha nora. - Ele piscou para<br />

a Rúnica, que estava meio envergonhada por saber tão pouco a respeito do lugar<br />

a ponto de fazer comentários que poderiam magoar seu anfitrião.<br />

- Quando nos encontrarmos lá no Valhalla, eu faço um bem mais gostoso que<br />

esse... - Yan começou a rir com a resposta de Sailorcheer e em seguida observou<br />

Fei, dormindo profundamente.<br />

- E ele? Algum sinal de melhora?<br />

- Ele acordou há pouco tempo, mas falou só algumas palavras e tornou a dormir. -<br />

A garota finalmente terminou de separar a outra pata do peco e começou a<br />

procurar por um lugar onde assá-lo - A febre ainda está muito alta...<br />

- Não acho que seja efeito do veneno... mas ele perdeu muito sangue.<br />

- Hum... você disse que tinha um rio aqui perto, não? - Yan acenou positivamente<br />

com a cabeça. - Bom, então eu vou acender o fogo, deixar a carne assando e ir lá<br />

buscar um tanto de água. Talvez essa sujeira toda esteja infeccionando. Eu limpei<br />

as feridas, mas ainda assim Fei está imundo... - Yan ficou pensativo, enquanto<br />

Sailorcheer continuava. - Daí eu aproveito e tomo um banho também... essa lama<br />

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no meu cabelo me dá nos nervos!<br />

- Ora, poderiamos levá-lo diretamente para lá. A água gelada faria bem para a<br />

febre, não?<br />

- Eu acho que sim. Você sabe qual a profundidade do rio? Não sei se eu<br />

conseguiria segurá-lo se não for raso ou se tiver muita lama no fundo. Poderíamos<br />

nos afogar... eu nunca soube nadar muito bem, sabe? O Fei que me ensinou, há<br />

pouco tempo. - ela sorriu, sem jeito.<br />

- Hum... eu poderia segurá-lo. Não tenho problema em congelar ou respirar<br />

debaixo d'água. - Yan começou a rir. - Na verdade... nem respirar eu respiro! - A<br />

garota ficou muito vermelha ao pensar que teria que tomar banho na frente de seu<br />

sogro. Yan, que não pensava nessas coisas desde que morrera, pensou que<br />

poderia ter sido o comentário que havia feito e imediatamente se desculpou. -<br />

Desculpe, menina... é que todo esse tempo aqui me criou um senso de humor<br />

meio mórbido. Dizem que é melhor rir das desgraças que lamentar por elas, você<br />

sabe.<br />

- Bom... se o senhor segurá-lo, eu sento na beirada e lavo ele. Daí o senhor traz<br />

ele de volta e eu tomo banho.<br />

Yan concordou com a garota. Foi até um armário da casa, trazendo uma corda e<br />

um lampião.<br />

- E talvez seja uma boa ideia prender ele tambem, a correnteza lá é meio forte.<br />

- É... acho que sim... eu não quero ter que buscar ele lá no fim do rio. - Ela, então,<br />

apontou para o lampião. - Não vai chamar muito a atenção? Ou não passa<br />

ninguém aqui por perto?<br />

- O problema é que a floresta até o rio está com um forte nevoeiro agora... seria<br />

possível você me seguir nele?<br />

- Hum. Podemos usar a corda, não? Não quero ninguém aparecendo enquanto eu<br />

tomo banho.......... - Sailorcheer falou, um pouco envergonhada, e Yan riu do jeito<br />

da garota. Enquanto o homem amarrava a corda na própria cintura, Sailorcheer<br />

buscou o marido delicadamente e o colocou apoiado em suas costas, prendendo o<br />

braço dele ao redor do seu pescoço. Só quando Fei estava ajeitado ela se lembrou<br />

de um pequeno detalhe.<br />

- Hum... não fui muito esperta. Deveria ter me amarrado antes. - Yan trouxe a outra<br />

ponta da corda, mostrando-a para Sailorcheer, enquanto ria do embaraço da<br />

garota.<br />

- Posso?<br />

Sailorcheer acenou positivamente, totalmente sem jeito. Sem muito ritual, Yan<br />

passou a corda na cintura dela, prendendo com firmeza, não deixando de reparar<br />

que, enquanto fazia isso, a Rúnica não o olhava diretamente, constrangida. Em<br />

seguida, Yan caminhou até sua antiga espada, que agora pertencia a Fei e estava<br />

apoiada na parede, sorrindo para a garota enquanto a embainhava.<br />

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- Acho que o fei não vai se importar se eu usar ela um momento...<br />

O trio finalmente saiu do velho casebre. Yan seguia na frente mostrando o<br />

caminho e Sailorcheer o acompanhava, sendo guiada somente pela corda devido<br />

à névoa densa na qual estavam entrando. A garota segurava com força as pernas<br />

de Fei, ligeiramente angustiada por andar em lugar onde não enxergava um palmo<br />

além do seu próprio nariz. Por fim chegaram às margens de um rio, onde o<br />

nevoeiro estava bem menos denso que outrora. A garota colocou Fei com cuidado<br />

no chão e, conforme retirava as roupas do rapaz, Yan mergulhava no rio, sem se<br />

despir ou aparentar estar com frio. Finalmente, a garota desamarrou a corda de<br />

sua cintura e a prendeu em Fei, com cuidado para não apertar quaisquer<br />

ferimentos.<br />

- Talvez seja uma boa idéia amarrar a outra ponta em alguma árvore. - Yan<br />

sugeriu, oferecendo a ponta da corda que estava amarrada nele, e Sailorcheer<br />

obedeceu, prendendo a corda em uma árvore na margem do rio. Em seguida<br />

colocou Fei na água gelada com cuidado para que Yan o segurasse, mantendo a<br />

cabeça do rapaz fora d'água e longe das pequenas ondas que se formavam com a<br />

correnteza. Ambos ouviam os gemidos de dor do Rúnico, ainda inconsciente,<br />

enquanto Sailorcheer limpava delicadamente seus ferimentos, fazendo com que<br />

ela tentasse terminar a tarefa o mais rápido possível.<br />

Entretanto, a Rúnica foi interrompida por um barulho macabro e apavorante, vindo<br />

da floresta.<br />

OFF<br />

Uma hora a gente consegue terminar esse ON imenso<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Aug 7 2008, 10:17 PM<br />

- Hmmm... o que...??? - o sol atingia os olhos do guerreiro, que sentia uma dor de<br />

cabeça muito forte. Ao se mover, percebeu que cada músculo de seu forte corpo<br />

partilhava da mesma dor. Abriu os olhos e olhou ao redor, percebendo que não<br />

estava mais onde dormira. O som de água... a ponte... obviamente estava nas<br />

redondezas da cidade de Geffen, na saída oeste... bem longe de onde devera<br />

estar.<br />

O guerreiro, um grande meio-orc, levantou-se, meio atordoado. O colar que<br />

ganhara estava ao redor de seu pescoço, e um desenho estranho estava em sua<br />

mão. Antes que pudesse organizar seus pensamentos, um som distante começou<br />

a tornar-se cada vez mais alto pela aproximação. Ao longe, um bardo ofegando se<br />

aproximava correndo... e rápido<br />

- Puf, puf, puf, puf, puf, puf, puf.... - o Bardo chegara, ofegante, ao lado do<br />

guerreiro.<br />

- Quem é você, bardo?<br />

- Calma, milord... puf, puf... eu já vou dizer.... estou correndo a quase um dia...<br />

puf, puf... sou Claragar de Forester.... o bardo líder dos Guerreiros... Rúnicos.... e<br />

201 de 328 03/09/2009 10:55


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estou aqui para recrutar você...<br />

- Hein? -estranhou o meio-orc - mas você nem me conhece! Não sabe quem eu<br />

sou ou o que faço aqui!!<br />

Claragar ergueu a sombrancelha com desdém.<br />

- Sei mais do que você, com certeza!! Você diz se chamar Alderan, acabou de<br />

aparecer aqui na ponte, trazido de alguma forma de magia rúnica. Você não faz a<br />

menor idéia de como você chegou aqui e está tentando adivinhar, mas ainda não<br />

sabe que porta poder rúnico e que está três anos à frente da data que acredita<br />

estar. aparentemente você quer saldar algum tipo de dívida. a propósito, sua runa<br />

é a Teiwaz, que quer dizer que você tem capacidades e responsabilidades ligadas<br />

à disciplina, responsabilidade, auto-sacrifício, força física e é ligado aos caminhos<br />

dos guerreiros. Não me pergunte o que tudo isso quer dizer.<br />

- O que isso quer dizer?<br />

- Eu disse para não perguntar, milord - respondeu Claragar.<br />

- Como você... sabe de tudo isso?<br />

- Sabendo, ué. Eu sou o líder, logo, sou muito sábio. E como sou sábio, eu sei das<br />

coisas. entendeu?<br />

- ... - Alderan olhou para o Bardo desconfiado. normalmente não confiaria tão<br />

facilmente num humano, mas aquele homem, apesar de parecer louco, sabia de<br />

muita coisa... coisas que ele realmente não sabia! Além disso, aquele colar parecia<br />

"dizer" a ele para confiar no bardo. - Certo, senhor Claragar...<br />

- Ótimo - disse Claragar, interrompendo-o - precisamos... EI!!! - Claragar começou<br />

a analisar sua mão.<br />

- O que houve? - perguntou intrigado o meio-orc, estranhando o olhar que o bardo<br />

lançava sobre o próprio indicador da mão direita.<br />

- Isso não deveria estar aqui!!<br />

- Isso o que? - questionou o guerreiro<br />

- Isto!<br />

- Claragar, este é seu dedo.<br />

- Não é! - disse claragar, analisando o dedo detalhadamente<br />

- Sim, senhor é. - insistiu Alderan<br />

- Não é!! Isto não deveria estar aqui!! QUEM É VOCÊ???? QUEM É VOCÊ,<br />

MISERÁVEL??? - gritou o bardo<br />

Alderan deu um passo para trás, estranhando a reação do bardo que descutia<br />

com o próprio dedo.<br />

202 de 328 03/09/2009 10:55


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- Você não vai responder, miserável? - intimou Claragar - Pois bem... vá pro poring<br />

que te carregue!!! - o bardo tirou sua faca e arrancou o próprio indicador,<br />

arremessando-o no rio - E NÃO VOLTE MAIS, ENTENDEU??<br />

Alderan olhava abismado com a cena que presenciou. Quem... ou melhor, o que<br />

era aquele homem?<br />

- Milord Alderan, não posso perder mais tempo. Você está aqui para ajudar os<br />

Rúnicos, e é o que precisamos neste momento. Muitos rúnicos estão presos num<br />

lugar terrível e estou indo lá salva-los. Você não poderá ir lá comigo, mas pode<br />

escoltar-me.<br />

- Como irei escolta-lo se não posso ir com você, Claragar?<br />

- Não dá pra explicar, milord, não complique! Aconteça o que acontecer, preciso<br />

que me leve até Morroc. Evite qualquer mestre-ferreiro armado até os dentes que<br />

encontrar. Fui claro?<br />

- Sim... iremos até Morroc... sei um bom caminho pra lá... evitar mestres ferreiros<br />

armados... parece simples. Entendi. Podemos ir então?<br />

- Claro! Não esqueça do que eu te disse, hein? Morroc, aconteça o que<br />

acontecer!! Confie em mim - Claragar girou a cabeça violentamente, quebrando o<br />

próprio pescoço e caindo inerte no chão.<br />

- Que???? - Alderan olhou o corpo morto do bardo largado no chão da ponte.<br />

Pensou um pouco no que o Claragar disse e lembrou de "sua" runa: auto-sacrifício<br />

e responsabilidade... Alderan colocou o corpo do bardo nas costas e começou sua<br />

jornada para Morroc.<br />

[off]<br />

Weee, rumo a Nifelhein - Claragar, o homem que passeia entre as realidades.<br />

A história toda está ficando muito boa!! gogogo Ons!!<br />

nota: O personagem Alderan ainda irá postar a história dele contando como ele<br />

chegou aí.<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Aug 7 2008, 11:00 PM<br />

OFF<br />

Muito bom, bardo... rolei de rir até aqui!!! Quero só ver o q ele vai aprontar no<br />

reino dos mortos! ~~~~~~~~~/o/<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Aug 8 2008, 04:57 PM<br />

203 de 328 03/09/2009 10:55


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[Niffelhein, salão de Eljudnir]<br />

Um espirito mensageiro entra apressado, ajoelhando-se perante o trono, onde<br />

uma bela mulher sentava, trajando um vestido longo e branco, com metade do<br />

rosto coberto por uma máscara vermelha.<br />

- Lady Hel.... trago notícias importantes - disse ele.<br />

- Espero que realmente sejam, verme, ou piorarei seu castigo - Disse a mulher,<br />

sem dar muita importância.<br />

- Seres viventes estão caminhando aqui em Niffelhein...<br />

- Disso eu já sei - disse ela impaciente - O que mais?<br />

- ... e eles estão chamando a atenção dos outros espiritos e seres castigados, que<br />

estão saindo de seus territórios e invadindo outros... além disso, um desses seres<br />

enfrentou o Senhor dos Mortos. De certa forma, seu campeão foi vencido e...<br />

- Não, não foi! Cale-se e nunca repita isso. - disse ela, com rudez - Não me<br />

preocupo com o destino dos amaldiçoados.. se essa confusão fizerem eles sofrer<br />

mais, tanto melhor. Você sabe quem são eles?<br />

- Não minha senhora, mas acho que...<br />

- IAAAAAAAAAAAAHUUUUUUUUUUÚÚÚÚÚÚÚÚ!!!!! - o mensageiro foi<br />

interrompido pelo som de uma das vidraças do salão estilhaçando, sendo<br />

atravessadas por duas pessoas montadas numa lua.<br />

O homem, que conduzia a lua, desmontou e disse para a Lori Ruri que assumiu o<br />

comando da "montaria":<br />

- Viu, milady? é assim que se cavalga uma lua!! Da próxima vez que nos<br />

encontrarmos, te contarei a história de como venci a corrida de luas na Sarracênia!<br />

Muito obrigado pela gentil compania!! - O homem deu um beijo de despedida na<br />

Lori, que saiu pela mesma janela que entraram.<br />

- Ahhhh não... você não! - Hel apoiou a testa em sua mão esquerda, olhando para<br />

o chão, tentando se conformar.<br />

- Errr.... o que foi que eu fiz? - disse o homem, se justificando - Sabe como é, as<br />

Lori só parecem menininhas, mas elas são demônios, lembra? Não tem nada de<br />

errado ou de criminoso nisso... *SVC* [nota: SVC = Sorriso Vencedor de Claragar].<br />

- CLARAGAR DE FORESTER!! - Hel bateu as mãos nos braços de seu trono e<br />

levantou-se, dadno um passo á frente - EU DEVERIA TE TRANCAR NUMA CELA<br />

PELA ETERNIDADE!!!<br />

- Milady, sei que adora minha compania, mas hoje estou aqui para negociar...<br />

desculpe o atraso!<br />

- Que atraso?<br />

204 de 328 03/09/2009 10:55


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- Eu cheguei já faz umas duas horas, mas eu estava ocupado com a Lori e...<br />

- Não quero saber de suas intimidades, bardo!! - Hel sentou-se de novo,<br />

recompondo-se - Você disse que veio tratar de negócios. Espero que seja algo<br />

rápido. Não quero você dando trabalho por aqui. Niffelhein já tem tormento o<br />

suficiente sem você por aqui. Mensageiro, saia! Tratarei de negócios com Claragar.<br />

Diga bardo, o que você quer?<br />

- Vim salvar meus amigos. Eles estão presos aqui em Nifelhein.<br />

- Claragar, se seus amigos são covardes, injustos, trapaceiros, indignos, ou<br />

morreram sem honra, eles estão no lugar que merecem. Não posso deixar você<br />

levá-los. eles devem sofrer o que eles merecem!! - disse Hel, pacientemente.<br />

- Err... posso até concondar em partes sobre as quatro primeiras características,<br />

mas... tem um problema: eles não morreram!<br />

- Hã? Você é amigo dos seres vivos que estão aqui? Claragar, o que você fez?<br />

- Nada milady... dessa vez a culpa não foi minha... eu juro!<br />

- Você disse isso da última vez, bardo... e estava mentindo! - A deusa olhou furiosa<br />

para ele, que abriu um sorriso amarelo.<br />

- Tecnicamente, eu não menti... só omiti alguns detalhes...<br />

- Não vou discutir isso ou explodirei sua cabeça ectoplasmática aqui mesmo... e a<br />

última vez que fiz isso me arrependi de ter ficado ficado vendo você cantar por<br />

mímica.<br />

-Me desculpe, milady... Mímica não é meu forte. Da próxiam vez, eu tentarei<br />

dançar... sou um ótimo dançarino e...<br />

- Quieto, você está tagarelando de novo!Já entendi que você quer seus amigos. E<br />

porque eu deveria deixar eles sairem?<br />

- Porque você é a deusa dos mortos.<br />

- E daí?<br />

- E daí que eles estão vivos, logo, não são do seu domínio.<br />

- Mas você está morto, Claragar, o que quer dizer que você está no meu domínio. -<br />

Hel sorriu malignamente.<br />

- Mais ou menos, milady... Morto eu estou, mas não acredito em você. Eu sou<br />

cristão, sabe? Só tenho um Deus.<br />

- Seu "deus" não tem poder aqui. Em meu reino, eu posso desafiar qualquer um!<br />

- Sim, sim, sim... mas eu sei que você é uma deusa justa, não maligna. Sabe que<br />

meus amigos estão vivos e não são do seu reino, logo, não deveriam estar aqui.<br />

Eles foram colocados aqui, então não podem ser punidos por desrespeitarem suas<br />

205 de 328 03/09/2009 10:55


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regras. Nada mais justo que devolvê-los ao local de onde vieram, que é Rune<br />

Midgard. Eu, por outro lado, estou morto, então, estou dentro de seu domínio e<br />

você teria poder sobre mim, mas só fiz isso para entrar aqui de uma maneira que<br />

você não acharia ruim. Além disso, de certa forma, eu cometi suicídio para entrar<br />

numa batalha, então não sou um desonrado, mas sim alguém honrado, então não<br />

deveria estar aqui, mas no Valhalla, o que tira o direito que você tem sobre mim.<br />

logo, eu posso ir embora, certo?<br />

- Claragar... suas conexões me parecem obscuras, tagarelas, tendenciosas e<br />

distorcidas. Já cai em seus argumentos uma vez, e não vou cair de novo!<br />

- Na verdade, foram três vezes milady.<br />

- O QUE?<br />

- Nada, nada, milady! Eu engasguei apenas.<br />

- Bom, posso deixar seus amigos irem, pois como você disse, eles estão vivos, e<br />

não mortos. E também não quero você aqui. Você me irrita e as Loris ficam meio<br />

taradas. Você disse que era um "negócio". O que você me dará em troca da<br />

liberdade de seus amigos?<br />

- Não será um objeto, mas será algo que eu sei fazer que, com certeza, você<br />

adorará, milady *SVC*<br />

[off]<br />

Agora é só esperar o desfecho /mal<br />

Posted <strong>by</strong>: Nodles Aug 9 2008, 11:32 PM<br />

[off]<br />

Pegando um gancho na história, aqui vai a primeira parte do primeiro RP do<br />

Nodles.<br />

[off]<br />

A última dose<br />

por NetRunner<br />

Algumas horas de doses triplas de ectoplasma depois, Nodles se espreguiçou no<br />

banco da taverna, um pouco aborrecido. Por mais que aquela bebida tivesse um<br />

gosto sobrenatural, ele não se sentia tão satisfeito como se tivesse tomado um<br />

delicioso caneco de vinho da taverna de Geffen.<br />

Reparou que alguns homens presentes na taverna ainda o observavam com certo<br />

medo no olhar. A meia luz, eles eram normais. Uns com algumas cicatrizes, outros<br />

com algumas partes do corpo deformadas e falando de uma forma meio estranha.<br />

Mas o Rúnico apenas imaginava que talvez fosse o sotaque diferente da região<br />

para a qual havia sido mandado pelo "portal criado pelo nubi do Fei". Ou talvez<br />

fosse sua própria percepção que estivesse alterada por causa da bebida - como<br />

sempre estava.<br />

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Levantou-se e arremessou algumas moedas no balcão, direcionando-se para a<br />

saída da taverna em seguida. O taverneiro recolheu as moedas, meio contrariado.<br />

Quem precisava desses itens de vivos naquelas terras? Mas assim que lembrava<br />

daquelas flechas de prata que o caçador carregava, sentia um certo calafrio e<br />

desistia de reclamar.<br />

Ao sair da taverna, Nodles olhou para o céu novamente. "Ainda escuro?!", pensou.<br />

"Acho que estou perdendo a forma, eu nunca saí de uma taverna antes do<br />

amanhecer...". Enquanto ajeitava o seu arco, aproveitou para observar a região.<br />

Começou a reparar na quantidade de pessoas que aparentemente rastejavam ao<br />

invés de andar, emitindo gemidos que ele ouvia frequentemente em Glast Heim.<br />

Desconfiado, caminhou lentamente pelas calçadas, atento. Assim que viu um<br />

transeunte distraído indo ao seu encontro, apertou o passo e bloqueou a sua<br />

passagem, fazendo o homem cair sentado no chão.<br />

- Ei, você!<br />

- Ahhh! Por favor, não me ataque, não me ataque!!! - berrou o homem com os<br />

olhos arregalados. Tinha uma pele de aspecto meio esverdeado e cheio de<br />

cicatrizes, que Nodles não notara de imediato. O moribundo mantinha sua atenção<br />

nas flechas que o Rúnico trazia, e ficava praticamente em desespero.<br />

- Mas o que? Eu só quero saber onde estou, não vou atac...!<br />

Nodles não teve tempo de terminar sua fala, o homem saiu gritando e correndo o<br />

máximo que suas pernas podiam correr quando viu alguém se aproximando atrás<br />

do caçador. O Rúnico respirou fundo, reparando que sua percepção tinha falhado<br />

quanto a possíveis perigos e olhou para trás.<br />

Então o barulho que ouvia ao longe misturado com os estranhos gemidos era<br />

esse. Sentiu o ar gelado vindo do focinho de um enorme cavalo com armadura<br />

branca que o encarava, quase o tocando. Ergueu seu olhar e visualizou o<br />

cavaleiro montado. O Senhor dos Mortos posicionou sua lança ao seu lado e por<br />

fim falou.<br />

- Quer saber onde você está, mortal? - disse o cavaleiro, meio indignado - Por<br />

acaso veio buscar aquela garota irritante?<br />

- Garota irritante? - Nodles apertou os olhos e reparou na armadura do cavaleiro<br />

furada no ombro - Wow... isso parece um dano causado por uma rondel... que<br />

nubi! - e começou a rir, sem pensar no que estava fazendo.<br />

O Senhor dos Mortos, por sua vez, se enfureceu, empinando o cavalo na frente do<br />

Rúnico. Quem aquele mortal achava que era para falar assim? Já não bastava<br />

aquela mortalzinha estúpida que ele ainda não havia conseguido matar, agora<br />

vinha outro para caçoar? Nodles, por sua vez, deu um salto para trás armando seu<br />

arco na direção do cavaleiro, que respondeu.<br />

- Vou falar onde você está, caçador ridículo... está nas terras dos mortos,<br />

Niffelheim! E em breve, vai se tornar um de nós! Assim como aquela sua<br />

amiguinha da "rondel". - terminou de falar, partindo para cima do caçador<br />

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enquanto brandia sua lança.<br />

Nodles tentou atentar-se para o que o cavaleiro disse. "Niffelheim?". Sabia que<br />

tinha lido isso em algum lugar, mas imaginava que era algum nome de bebida ou<br />

taverna, não uma terra onde se hospedariam os que morreram. Mas não teve<br />

muito tempo para pensar naquilo, pois o homem a sua frente parecia realmente<br />

poderoso. Tentou atirar uma flecha no cavaleiro, mas ela passou por ele sem nem<br />

tocá-lo de raspão. O Rúnico sacudiu a cabeça, duvidando do que tinha visto.<br />

"Impossível... eu nunca erro! Que raio de bebida era aquela?" - pensou, enquanto<br />

começava a correr por entre os becos dos casebres, numa tentativa quase<br />

desesperada de se salvar. Imaginava que aquele cavaleiro imenso não iria<br />

conseguir entrar em ruas tão apertadas ou, mesmo se conseguisse, não se<br />

moveria tão rápido. E isso seria o suficiente para ele ficar numa posição que<br />

favorecesse, de tocaia.<br />

O Rúnico finalmente encontrou um lugar onde ficaria meio furtivo até que o<br />

Senhor dos Mortos aparecesse em sua mira. Sabia que com um tiro certeiro,<br />

derrubaria o cavaleiro facilmente, já havia derrotado muitos outros assim antes<br />

dele. Entretanto, quando tentava fixar sua mira num ponto, não conseguia. Seus<br />

braços tremiam, dificultando sua posição correta com o arco. Esfregou os olhos, o<br />

que estava acontecendo com ele afinal? Seria aquele monte de bebida que ele<br />

havia tomado? Mas suas habilidades nunca haviam piorado quando bebia, muito<br />

pelo contrário, ele ficava cada vez mais rápido e certeiro.<br />

Engoliu em seco quando ouviu o som da armadura do cavaleiro se aproximar cada<br />

vez mais. Assim que o viu na sua frente, respirou fundo e atirou uma flecha na<br />

direção da cabeça do cavaleiro. O Senhor dos Mortos riu quando a flecha que o<br />

caçador soltara simplesmente quebrou ao ser bloqueada pelo seu forte escudo.<br />

Por um breve momento, que pareceu eterno, Nodles viu o cavaleiro se<br />

aproximando com uma velocidade incrível, a ponto de ele não conseguir sequer<br />

sacar outra flecha da aljave.<br />

Assim que o Rúnico sentiu a lança do cavaleiro atingir e perfurar com<br />

agressividade o meio do seu peito, deu um grito de dor, ao mesmo tempo que<br />

soltava o seu arco e a flecha que armaria no próximo ataque.<br />

- Bah... "Rúnicos"... vocês não são assim tão fortes...<br />

A visão do caçador começava a escurecer e ficar confusa. Não sentia mais a dor<br />

da lança atravessada no seu peito. O Senhor dos Mortos arrancou a lança do peito<br />

de Nodles, que caía no chão, inerte.<br />

- Agora posso dizer isso. - disse o cavaleiro, já rumando para outra direção, com<br />

uma gargalhada que ecoava em todas as direções - Seja bem-vindo a Niffelheim...<br />

aproveite a eternidade aqui! Logo aquela outra Rúnica estará fazendo companhia<br />

a você!<br />

Entretanto, assim que o Senhor dos Mortos saiu da região, uma aura azul<br />

começou a surgir de seu lado. Em segundos, uma figura divina observava o<br />

Rúnico morto com certa insatisfação.<br />

- Não. O seu lugar não é aqui. Você vem comigo!<br />

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E, com um rápido movimento dos braços envoltos pela aura, tanto o ser iluminado<br />

quanto o caçador Rúnico desapareciam.<br />

[off]<br />

Bom, essa foi a introdução, semana que vem eu continuo a história, não vou<br />

contar agora o que acontece se não vai perder a graça<br />

Agradecendo ah Net por ter escrito o RP, jah que eu estava sem inspiração<br />

o/<br />

[/off]<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Aug 23 2008, 04:06 PM<br />

Sailorcheer mal teve tempo de virar-se em direção ao barulho alto e assustador de<br />

gemidos guturais que vinha da floresta antes de ver oito moribundos se arrastando<br />

em sua direção. Enquanto a garota sacava suas adagas, Yan segurou Fei com<br />

força e se afastou da margem do rio, se segurando na corda para não ser<br />

arrastado pela correnteza.<br />

- Um vivooooo............. - Um dos mortos ia diretamente em direção à Sailorcheer,<br />

que pôde notar nitidamente um líquido viscoso e nojento que escorria da boca<br />

dele enquanto emitia gemidos e balbuciava algo.<br />

- Um mortoooooooooooo! - Sailorcheer imitou o jeito de falar do moribundo,<br />

mostrando a língua para eles logo em seguida e saindo em disparada para longe<br />

de Yan e Fei. - Venham me pegar, seus babões!<br />

Dois dos mortos portavam uma armadura corroída pelo tempo, mas estavam<br />

melhor equipados que os outros seis. Em compensação, estes se movimentavam<br />

com menos dificuldade e se aproximavam mais rapidamente da garota. Um dos<br />

que portavam armadura buscou sua espada e começou a se arrastar o mais rápido<br />

que podia para tentar impedir que a Rúnica, que não aparentava medo algum,<br />

fugisse. O outro, porém, reparou na corda presa à árvore e acompanhou a sua<br />

extensão para ver até onde levava; não conseguiu conter uma risada de desprezo<br />

ao topar com Yan e Fei dentro d'água.<br />

- Bah... é aquele "paladino" das Valquirias...<br />

Enquanto isso, Sailorcheer ameaçava os outros com suas adagas. Para ela, a<br />

melhor opção tinha sido sair de perto de seu sogro e marido, já que não seriam<br />

atacados dentro do rio. Dessa forma, poderia enfrentar aquela horda<br />

tranquilamente.<br />

- Não se aproximem de mim, seus feiosos! - dizia, brava, enquanto dava pequenos<br />

saltos para trás e para os lados para não ficar ao alcance deles, mas sem se<br />

afastar demais. Ela não queria deixar de ser o alvo deles.<br />

- Sangueeeee... - um dos mortos retrucou, como se estivesse em transe.<br />

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- Esse sangue é meu, nem vem! - a garota recuou para trás, chutando areia e<br />

lama em seus atacantes, que avançaram ao mesmo tempo. Aparentemente a<br />

tática falhou, pois eles não demonstraram se importar muito com o "golpe",<br />

chegando cada vez mais perto. Ágil, Sailorcheer deu um rápido salto para a frente,<br />

acertando a garganta de um dos moribundos e percebendo que um líquido<br />

asqueroso escorria sobre sua adaga enquanto ela girava a arma para alargar o<br />

ferimento.<br />

- Ai, que nojo!!!! Saiam de perto de mim! - a garota fazia uma expressão de nojo<br />

enquanto inutilizava cada um dos que ousavam chegar perto dela. De repente,<br />

sua atenção foi tirada da luta por um berro desesperado de Yan. Ao olhar de<br />

relance, reparou que o único que não a havia seguido preparava-se para cortar a<br />

corda que mantinha Yan e Fei seguros dentro d'água.<br />

- Menina! A corda!!! - berrou o guerreiro em vão, quando percebeu que o peso de<br />

Fei estava todo em suas mãos e eles começavam a ser arrastados pela correnteza.<br />

- FILHO DE UMA PUPA GOSMENTA!!!! - gritou Sailorcheer, furiosa com o que<br />

havia acontecido.<br />

- Chama as suas protetoras agora, Yanzinho... - caçoou o morto, enquanto via Yan<br />

e Fei sendo arrastados.<br />

Sailorcheer saiu em disparada, apoiando as adagas no antebraço e empurrando<br />

os mortos se se amontoavam em seu caminho. Todos se desequilibraram com o<br />

golpe, exceto pelo outro morto que equipava uma armadura, que bloqueou o<br />

golpe da garota.<br />

- Sai da minha frente, seu palhaço fedorento!!! - a Rúnica saltou em sua direção,<br />

tentando lhe acertar o peito. Ele, por sua vez, brandiu sua espada para golpear a<br />

garota, mas não foi rápido o suficiente. A garota se aproveitou dos movimentos<br />

lentos do atacante para golpeá-lo e jogá-lo ao chão, passando correndo por ele,<br />

indo até a margem do rio e se jogando no chão enlameado para tentar pegar a<br />

ponta da corda, que já estava longe do seu alcance.<br />

- Menina, livre-se deles!!<br />

- Mas e vocês? - Yan não soube o que responder e a garota suspirou fundo. - Tá,<br />

aguenta firme! - Ela se levantou e virou-se para o morto que havia cortado a corda<br />

e ainda estava rindo por ver Yan naquela situação. - Você é o primeiro, enlatado!<br />

Vamos ver se essa lataria é boa mesmo! - jogou a adaga que estava em sua mão<br />

direita no chão e sacou sua rondel do cinto.<br />

- O que... uma garotinha dessas? Deve ter um sangue bom...<br />

- Quer provar? - Um sorriso de canto de boca formou-se no rosto de Sailorcheer. -<br />

Vai ficar querendo!<br />

A Rúnica atacou o sujeito com toda a força possível, furiosa. O moribundo, que<br />

não esperava uma reação tão agressiva por parte dela, não se defendeu direito e<br />

berrou ao sentir a rondel atravessar sua armadura e atingir seu corpo.<br />

- Quem é a garotinha agora, hein? - disse a garota, já bloqueando outro golpe do<br />

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homem com a mão esquerda. Novamente retirou a rondel da armadura e cravou<br />

no ombro direito dele, sentindo-se satisfeita ao ouvi-lo berrar de dor.<br />

- Mortal maldita!!!<br />

- Ah, tá doendo, nenê? Pensasse nisso antes de se meter com o Fei, idiota! - Uma<br />

série de golpes foram desferidos pela garota até o ponto em que ele não<br />

demonstrava mais qualquer reação. Ao longe, o outro homem de armadura<br />

reparou em toda a violência da garota e começou a se afastar rapidamente dela.<br />

- Eu hein... não vale a pena... - começou a correr para escapar da garota e ela,<br />

reparando, correu em sua direção.<br />

- Eu sou mais rápida! - Sailorcheer avançou nele, com as adagas rasgando o ar<br />

para golpeá-lo. - Acha que vai sair daqui e dedurar a gente, palhaço?<br />

Assim que reparou que todos os mortos haviam sido abatidos, Sailorcheer voltou<br />

sua atenção novamente a Yan, que era arrastado correnteza abaixo e tentava<br />

manter a cabeça de Fei fora d'água. A garota mergulhou, nadando em direção à<br />

corda ao mesmo tempo em que tentava não se afogar. Ao conseguir pegar a outra<br />

extremidade da corda, nadou novamente em direção à margem, prendendo a<br />

corda numa árvore próxima. Yan conseguiu novamente ficar equilibrado dentro do<br />

rio, e começou a ir lentamente de volta à margem. A Rúnica ajudou ambos a<br />

saírem da água.<br />

- Menina! Ele deve estar congelando!<br />

Sailorcheer apertou Fei contra seu corpo para esquentá-lo enquanto Yan trazia<br />

mantos para cobrir ambos. Assim que a garota enrolou seu marido no cobertor,<br />

preocupada com a cor meio azulada de sua pele, saíram rapidamente daquela<br />

região sem maiores complicações e chegaram novamente ao casebre do guerreiro.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Aug 24 2008, 04:51 PM<br />

Tempos depois, os Rúnicos já estavam seguros novamente. Yan arrumara roupas<br />

secas para a garota, e o aspecto de Fei já estava bem melhor que há poucas<br />

horas. O assado que havia preparado estava pronto e a Rúnica tentou fazer seu<br />

marido alimentar-se, mas ele se recusava depois de alguns pedaços. Estava fraco<br />

e, devido a isso, sem fome e só queria dormir. Yan prontamente trouxe um líquido<br />

esverdeado em um copo, indicando para que Fei bebesse. Sailorcheer não<br />

esperou a resposta de Yan sobre o que era aquilo e fez seu marido engolir o<br />

líquido, apesar da cara feia que fazia enquanto bebia. Após beber todo o<br />

conteúdo, Fei tentou movimentar o seu braço e sentiu uma dor intensa.<br />

- Shh, não tente se mexer...<br />

- Ué... por que diabos estou enfaixado? - a fala do Rúnico era meio mole, o que<br />

indicava que estava bastante baqueado ainda e não estava entendendo bem o<br />

que estava acontecendo.<br />

- Porque você está machucado, Fei... agora para de enrolar e come...<br />

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- Eu bem que falei pro Kai que aquele serviço era perigoso... - Fei fechou os olhos<br />

enquanto falava, suspirando fundo. Ao mesmo tempo a garota ergueu uma<br />

sombrancelha, deixando o prato de lado.<br />

- Como assim? - Ela ficou com uma expressão brava e tentou manter Fei<br />

acordado, segurando-o pelo queixo. - Fei, você tá me ouvindo?<br />

- Hahn? - Fei sem abrir os olhos, emburrado, empurrou-a com o outro braço. - Sai,<br />

deixa eu dormir...<br />

- Não vai dormir agora não senhor! Primeiro vai me explicar direitinho essa história<br />

de 'Kai' e 'serviço'!<br />

- Num enche, garota... vai falar com o taverneiro que ele te paga! - Sailorcheer<br />

ficou boquiaberta, indignada com o que acabara de ouvir. Yan apoiou a mão no<br />

ombro da garota.<br />

- Ermm... acho que ele está meio... delirante, não?<br />

- Eu vou matar ele quando ele acordar!!!<br />

- Hmm... então não seria mais fácil simplesmente deixá-lo morrer?<br />

- É só um modo de falar.... - Ela virou-se para Yan, indignada com as palavras do<br />

sogro. - Ele vai é passar uma semana dormindo com o Juquinha! - emburrada,<br />

saiu de perto de Fei e sentou-se para comer um pouco. - Ele me chamou de<br />

mulher de taverna!<br />

- Tem certeza que ele estava te enxergando?<br />

- ... Não! - mastigava duramente cada pedaço do assado que cortava,<br />

descontando toda a raiva e frustração que estava sentindo na carne de Peco Peco.<br />

Yan tentou acalmar a garota, tentando convencê-la que certamente Fei estava<br />

tendo muitos delírios por causa da febre. Ainda brava, Sailorcheer suspirava,<br />

pensativa e meio inconformada.<br />

- Ele teria algum motivo para esconder algo assim de você?<br />

- Bom... eu ia ficar muito brava se ele realmente estivesse trabalhando pro Kai...<br />

- Eles prometem recompensas avassaladoras para qualquer um que esteja<br />

encrencado... não o culpe assim se ele estiver fazendo isso mesmo. - comentou<br />

Yan, lembrando das épocas que trabalhava para o mesmo grupo.<br />

- Mas nós não precisamos de tanto dinheiro... - suspirou, cabisbaixa - Eu consigo<br />

o suficiente com as coisas que caço.<br />

- Será que o Fei pensa assim?<br />

- Eu vou matar aquele velho tarado! - rosnou a garota, mastigando novamente<br />

com raiva o pedaço de carne - E dessa vez não é força de expressão!<br />

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- Se ele escondeu isso de você, deve ter um bom motivo... é perigoso, você é a<br />

família dele.<br />

- Mas se ele morrer, ele não recebe nem meia pele - disse, angustiada.<br />

- Talvez ele seja bastante confiante, - Yan olhou para o filho e começou a rir - tão<br />

confiante que está aí nessa cama agora quase morrendo e você aí, brava com ele.<br />

- Bom, quando ele melhorar eu tiro essa história a limpo... agora eu não vou<br />

conseguir mesmo.<br />

A frustração de Sailorcheer era evidente. Yan reparou na expressão da garota e<br />

sentiu-se chateado por ela. Pelo pouco tempo que passaram juntos até então,<br />

percebeu o quanto era honrada e ingênua. E reparou o quanto ela estava triste<br />

com as dúvidas que tinham surgido por causa do comentário de Fei. De qualquer<br />

forma, se o seu filho estava mesmo envolvido com o seu antigo grupo de<br />

mercenários de Amatsu, ele se sentia na obrigação de fazê-lo desistir da idéia o<br />

quanto antes, para que ninguém saísse machucado tanto mental quanto<br />

fisicamente. Ainda mais aquela garota, que não merecia estar sofrendo tudo o que<br />

estava passando em Niffelheim.<br />

Enquanto pensava sobre o assunto, Fei começou a se mexer novamente no leito,<br />

com o olhar perdido. As sementes de yggdrasil que seu pai havia lhe dado em<br />

forma de suco aparentemente haviam funcionado. Sailorcheer voltou a sentar ao<br />

lado de seu marido, com uma expressão desanimada. Yan, por sua vez, se afastou<br />

dos dois para conversarem, enquanto buscava sua espada no outro recinto da<br />

casa.<br />

- Quer comer mais, Fei? - a Rúnica trouxe o prato novamente, tentando ser o mais<br />

gentil possível, apesar do estado de ânimo que se encontrava.<br />

- Eu não posso comer.<br />

- Não? Por que não? A comida está tão ruim assim?<br />

- Não... eu estou morto, lembra?<br />

- Não, eu não estou tão brava assim com você... - riu um pouco com o comentário<br />

do Rúnico, quebrando um pouco o clima em que estava.<br />

- Mas... aquele desgraçado me disse que eu estava morto e fincou a katar no meu<br />

braço. - disse o rapaz, cuja expressão mostrava a dor que sentia - É... por isso que<br />

não consigo me mexer?<br />

- Não, querido... você não consegue se mexer porque foi um ferimento profundo...<br />

mas você ainda sangra e sente frio... e fome...<br />

Sailorcheer sentiu a presença de Yan chegando novamente. Ao olhar de relance<br />

para o sogro, ele mantinha uma expressão bem mais brava e disse de forma<br />

ríspida para Fei que não entendeu de imediato o que acontecia.<br />

- Fei... você deve estar reconhecendo essa espada, não é?<br />

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- Ka, quem é esse esquisi...?<br />

Fei não teve tempo de terminar a pergunta. Yan rapidamente colocou a espada na<br />

direção do pescoço de Sailorcheer, ameaçando-a. A garota se surpreendeu com a<br />

ação do sogro, arregalando os olhos. Fei ficou furioso e berrou.<br />

- Sai de perto da minha mul...<br />

- CALA A BOCA, Fei! - Yan berrou de uma maneira tão rigorosa que até a garota<br />

se encolheu e ficou quieta com medo de realmente tomar uma espadada. "Ele<br />

parecia tão bonzinho", ela pensou, enquanto tentava se decidir se lutava para sair<br />

de onde estava ou se ficava só vendo o que acontecia. - Aqui quem faz as<br />

perguntas sou eu... Kai está te pagando para realizar aqueles serviços para ele,<br />

não é mesmo?<br />

Fei engoliu em seco com a pergunta inesperada e não soube o que falar. Yan<br />

insistiu.<br />

- Fala logo, moleque! Senão eu faço sua mulher ir direto pro Valhalla e você nunca<br />

mais poderá vê-la!<br />

- Eu... - Fei respirou fundo, fechou os olhos por um breve momento e respondeu<br />

meio temeroso - Sim... eu ando fazendo umas coisas pra ele... - em seguida,<br />

direcionou o olhar para a garota, que já começava a rosnar.- Desculpe, Ka... fui<br />

obrigado a fazer isso...<br />

- Obrigado? - Sailorcheer ergueu uma sombrancelha, incrédula. Não teve tempo<br />

de falar mais nada quando percebeu que Yan arremessava com raiva a espada no<br />

chão, se aproximou de Fei e deu-lhe um soco no meio da cara, fazendo-o rolar da<br />

cama. A Rúnica, atônita, não conseguiu se mexer, apesar dos gemidos de dor de<br />

seu marido estirado no chão. Yan agarrou nas golas de Fei e o arrastou no chão<br />

até a janela do outro recinto da casa, abrindo uma fresta e direcionando a cabeça<br />

do filho para que visse do lado de fora.<br />

- Está reparando naquele lugar lá fora, Fei? Presta bem atenção... se você<br />

continuar fazendo isso que está fazendo, é pra cá que você vem em breve! Você<br />

deve ouvir melhor do que eu os gemidos aqui de Niffelheim, não?<br />

"Eu ia esperar ele melhorar antes de brigar com ele", pensou Sailorcheer, tão<br />

assustada quanto Fei com aquela reação explosiva de Yan. Ao mesmo tempo, Fei<br />

não entendia o motivo da garota estar tão sem reação diante daquilo que estava<br />

acontecendo.<br />

- Quer ouvir isso por toda a eternidade e ficar separado da sua esposa como eu<br />

fiquei? Espero que não! - Yan tirou o apoio de Fei e largou-o no chão. Sailorcheer,<br />

ao ouvir as palavras de Yan, ficou com um aperto no peito e andou na direção de<br />

Fei, que mantinha o mesmo olhar assustado de outrora. Ela reparava que os<br />

punhos de seu sogro estavam cerrados e tremiam de raiva.<br />

- Leva ele pro quarto, menina... e veja se agora ele aprendeu a lição... - Yan<br />

completou e resolveu sair de perto dos dois, indo para o lugar onde ficava<br />

Dunham.<br />

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Sailorcheer atendeu ao pedido de Yan, levando Fei novamente para o quarto. O<br />

Rúnico não sabia quem ele temia mais naquele momento: Yan ou sua esposa.<br />

Ficou quieto, com uma expressão transtornada ao mesmo tempo em que a Rúnica<br />

pegava um pano para limpar o sangue que escorria do rosto de Fei.<br />

- Se você parar com isso, vai ficar tudo bem...<br />

- N-não precisa cuidar de mim... - respondeu Fei, arrependido. Sailorcheer acenou<br />

negativamente com a cabeça.<br />

- Não seja bobo...<br />

- Eu não achei que seria assim tão grave, eu sempre fiz esse tipo de coisa no lugar<br />

de onde eu vim... desde q saí daquela taverna... Eu não queria ter feito isso com<br />

você... - Fei tentava se explicar de todas as formas possíveis, pois sabia que tinha<br />

errado em esconder aquilo para a garota.<br />

- Eu sei que você só queria o melhor pra mim... mas você não vai mais vê-lo, está<br />

bem? - disse, gentil.<br />

Fei acenou positivamente. Sailorcheer ainda conversou por algum tempo com o<br />

rapaz, acalmando-o. Só de saber que a garota não tinha deixado de confiar nele<br />

por causa daquilo, já era o suficiente. Ao mesmo tempo, Sailorcheer reparava que<br />

seu marido ainda não estava totalmente recuperado, muito pelo contrário. E Fei,<br />

ao saber que estavam mesmo em Niffelheim, só pensava em tirar a garota daquele<br />

lugar o quanto antes.<br />

- Preciso dar um jeito de te tirar daqui.<br />

- Não... por enquanto você tem que dar um jeito de ficar bom. - disse, séria. - Não<br />

vamos ter como sair daqui enquanto isso.<br />

- Eu só estou meio fraco... é cansaço... não devo ter dormido muito.<br />

- Não, não é... você perdeu muito sangue... foi envenenado... estava quase morto<br />

quando a gente te achou...<br />

- Aquele... maldito...<br />

- Mas você fez com que não sobrasse nada dele. - disse Sailorcheer com um<br />

sorriso no rosto, enquanto acariciava delicadamente os cabelos de Fei. - Foi muito<br />

corajoso.<br />

- Na verdade, achava que não tinha muito mais o que perder...<br />

- Bom, agora você sabe que tem.<br />

- Obrigado por me salvar... - agradeceu o rapaz, que não conseguia encarar sua<br />

esposa.<br />

- Não é a mim que você tem que agradecer... eu não ia te encontrar nunca, se<br />

estivesse sozinha.<br />

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- Agradeça-o por mim então, por favor. - Fei deu com os ombros, meio emburrado<br />

ao lembrar da surra que levou do homem.<br />

- Por que você mesmo não faz isso?<br />

- Porque... quero dormir agora... - Fei fechou os olhos e pensou: "E eu lá quero<br />

levar outro soco daqueles?"<br />

Sailorcheer deu um sorriso meio fraco, percebendo que Fei não estava muito bem<br />

ainda. E após lhe dar uma poção para melhorar as dores que sentia no braço e<br />

trocava seus curativos, reparou que ele caía num sono profundo novamente.<br />

Há uma certa distância dali, inúmeros andarilhos se amontovam próximo ao rio<br />

onde o trio havia estado há pouco tempo. Repararam que acontecera um combate<br />

naquela região havia poucas horas. Um deles observou atentamente o chão e<br />

indicou aos outros rastros de sangue. Satisfeitos com o achado, voltaram para a<br />

trilha da floresta que seguiram para chegar até ali e sumiram da região tempos<br />

depois<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Aug 26 2008, 12:07 AM<br />

- E então? Conversou com ele?<br />

A voz de Yan agora era triste. Acariciava a cabeça de Dunham e o pesadelo<br />

parecia entender como seu dono se sentia naquele momento. Sailorcheer, parada<br />

na porta do cômodo onde estavam, deu um suspiro chateado vendo a cena e a<br />

expressão de seu sogro e acenou positivamente ao ouvir sua pergunta.<br />

- Ele está dormindo agora...<br />

- Espero que me perdoe. Não queria assustá-la...<br />

- Tudo bem... eu... acho que entendo... - disse a garota de maneira gentil.<br />

- Eu só quis ver se ele se importava realmente com você...<br />

- Eu nunca duvidei disso. - respondeu a garota, com um sorriso confiante no rosto,<br />

quando reparou em Yan olhando em sua direção e começando a rir.<br />

- Eu acho que... assustei ele, né?<br />

- E a mim também - a garota ficou meio sem jeito, e deu um risinho.<br />

Resolveram sair dali. Sailorcheer aproveitou para se alimentar e tentar se acalmar<br />

por tudo o que passou, e Yan ficou na mesa da sala da casa, atento a qualquer<br />

aproximação diferente e longe daquele quarto quente onde os dois estavam. A<br />

Rúnica, pouco tempo depois, sentou-se ao lado de Yan, se ajeitando numa<br />

cadeira debaixo de um manto quente.<br />

- Você deveria descansar também, menina...<br />

- Eu não estou com sono... muita emoção pra um dia só, acho.<br />

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- Apesar de tudo, ele parece um bom rapaz...<br />

Sailorcheer concordou. Não tinha motivos para dizer o contrário de seu marido<br />

que, por mais que tomasse algumas ações pouco responsáveis ou honradas,<br />

sempre a protegeu. Em pouco tempo, os dois começavam a conversar novamente,<br />

aliviando a tensão da garota por ficar naquele lugar e ao mesmo tempo<br />

proporcionando a Yan uma conversa agradável, coisa que não tinha desde que<br />

chegara a Niffelheim, décadas atrás. Yan se divertiu com as respostas da garota<br />

sobre um possível neto e do medo de Fei de ter um filho. Ficou surpreso e ao<br />

mesmo tempo triste por saber que seu filho viveu boa parte de sua vida<br />

trabalhando em uma taverna. Sabia que tinha culpa pelo sofrimento dele e não<br />

podia fazer nada em relação a isso o que o deixava mais triste ainda. O que o<br />

consolava era saber que Fei tinha o amparo da garota com a qual conversava.<br />

Inconscientemente, Yan começou a rabiscar algumas runas na mesa com uma<br />

pequena faca enquanto conversava com a Sailorcheer. Ela, curiosa, ficou<br />

observando e falando mentalmente o nome de cada uma delas. Quando reparou<br />

em Sailorcheer, sorriu e tentou explicar o que sabia.<br />

- A Alessëa me dizia que os rituais são a forma mais poderosa de expressar o<br />

poder rúnico.<br />

- Bom, o Fei conseguiu abrir portais e me chamar com rituais... faz sentido pra<br />

mim.<br />

- Fico imaginando como vocês fariam para conseguir aprender todos, já que os<br />

antigos se foram...<br />

- Bom... temos o diário do Arqueiro Vesgo. Se a letra dele não fosse tão ilegível, o<br />

Fei já teria aprendido todos. Foi lá que ele aprendeu a abrir portais.<br />

- E você a aprender a evocar frangos? - Yan não resistiu a piada e riu da garota,<br />

que ficava vermelha e batia a ponta dos dedinhos indicadores, sem jeito.<br />

- Ah... é que eu achei que se eu trocasse Laguz por Uruz ia ficar mais bonitinho...<br />

- Sorte sua que nao invocou um Bafomé no lugar!<br />

- Ah... eles são bonitinhos também. O Ceifador até toma mamadeira...<br />

- Ceifador? - Yan ergueu uma sombrancelha, curioso para saber quem ou o que<br />

era o ser que a garota havia mencionado.<br />

- É, o Ceifador Sinistro... é o meu Bafomé Jr. de estimação. - explicou a garota,<br />

com uma naturalidade de espantar qualquer um. - Ele se perdeu da família e me<br />

seguiu, então agora eu tomo conta dele. Apesar de ser pequeno e fofinho, ele me<br />

ajuda muito nas caçadas.<br />

- Sabe... agora começo a entender por que você não tem medo de monstro<br />

algum... - disse Yan, admirado com o que acabara de ouvir.<br />

- É claro que tenho! Eu não suporto aqueles insetos enormes e nojentos!<br />

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- Insetos?<br />

- É, tipo a Maya. O senhor já viu aquilo? É tão... tão... - Sailorcheer não terminou a<br />

frase, mas a sua cara de nojo dizia tudo o que pensava a respeito.<br />

"Pelos deuses... os monstros que devem ter medo dela!" - pensou Yan,<br />

assustado.<br />

Continuaram conversando por um longo tempo. Sailorcheer explicou, para nova<br />

surpresa de Yan, que fora uma mercadora até os 15 anos de idade, quando<br />

decidiu entrar para a guilda dos gatunos de Morroc. Cada nova informação dada<br />

pela garota o deixava mais admirado e lisonjeado por poder conhecer uma<br />

guerreira como aquela. E ficou pensativo sobre a runa que Sailorcheer portava em<br />

sua arma, que poderia ter influenciado em grande parte daquilo que ela se<br />

tornara. Mas, infelizmente, nem ele nem a Rúnica tinham conhecimento o<br />

suficiente para ter certeza de algo.<br />

- Talvez em alguma biblioteca restrita de pergaminhos antigos vocês pudessem<br />

encontrar mais coisas relacionadas aos antigos rúnicos...<br />

sempre existem historiadores.<br />

- Hum... nunca tinha pensado nisso!<br />

- Talvez seja uma boa idéia procurar coisas a respeito... provavelmente vocês<br />

estarão sob ameaça constante lá do outro lado.<br />

A conversa entre os dois foi interrompida pelo som de galopes ao longe. Ambos<br />

apuraram o ouvido e ficaram em silêncio, tentando perceber de onde estava vindo<br />

o barulho. Yan levantou-se e foi até a janela, abrindo uma pequena fresta. Assim<br />

que viu o lado de fora, fez um sinal para Sailorcheer que entendeu prontamente. A<br />

garota rapidamente foi ao outro quarto, onde Fei estava. Yan respirou fundo e,<br />

assim que ouviu baterem sutilmente na porta, foi atendê-la. Ao abrir, se deparou<br />

com um enviado do Senhor dos Mortos. Yan, debochador, saudou o visitante<br />

enquanto a garota o espiava, já escondida com Fei.<br />

- Ora, vejam... fazia muito tempo que não via ninguém por aqui!<br />

- Yan Ackhaaaaart, - o enviado falava com um tom sinistro e arrastado na voz - o<br />

nosso senhor pediu que eu viesse averiguar suas dependências...<br />

- Então, pode ver... à vontade... - Yan respondeu com um tom despreocupado,<br />

mas com certa angústia. Sailorcheer, ao mesmo tempo, se locomoveu lentamente<br />

até ficar num canto de onde pudesse sair se o enviado chegasse muito perto.<br />

Ele, por sua vez, começou a averiguar a casa, checando cada canto possível. Yan,<br />

disfarçadamente, ficou com a mão na bainha da espada, como se a estivesse<br />

apoiando, acompanhando o espectro com os olhos. Sailorcheer também estava<br />

atenta a todos os movimentos dele e, sempre que o ser chegava perto ela se<br />

afastava, furtiva. O enviado parou por um momento no quarto, reparando na carne<br />

de peco-peco assada e no prato. Em seguida, começou a rir.<br />

- Yan, recebendo visitaaaaaaaaas...?<br />

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- Na verdade, vocês venceram.... - Yan pensou rápido e retirou as duas luvas das<br />

mãos, indicando as queimaduras que nela estavam. - Eu não pude resistir à<br />

tentação...<br />

O ser macabro começou a rir de forma assustadora, acertando violentamente o<br />

estômago de Yan com a bainha de sua espada fazendo-o se curvar.<br />

- Lógico que não... deveria saber disso antes... ao invés de ficar nos provocando<br />

com aquelas... valquiriasssssss...<br />

"Resista, não mate esse infeliz.... resista..." - pensava Sailorcheer a todo momento,<br />

tentando se controlar ao máximo para não estraçalhar o esqueleto esfarrapado à<br />

sua frente.<br />

Em seguida, o enviado aproveitou e pegou um pedaço da carne, mordiscando com<br />

prazer.<br />

- Carne... assada? Você pensa que está vivo, idiota? Esqueceu que não sente<br />

gosto algum? - ele empurrou Yan de lado para sair de seu caminho e foi<br />

inspecionar a "sala de estar" do casebre - Deve ter pagado uma fortuna por isso,<br />

não é? - Apesar de ter saído do quarto onde Fei e Sailorcheer estavam, não deixou<br />

de reparar nos mantos na cama e algumas coisas espalhadas pela casa. -<br />

Ackhaaaaart... Você deveria ser um pouco mais cuidadoso com isso... imagine se<br />

você é visitado por sua querida mulheeeer? - riu, sarcástico.<br />

"Eu vou matar esse cretino... Ah se vou!" - pensou Sailorcheer, furiosa, mas ainda<br />

furtiva.<br />

- Felizmente ela nunca virá pra cá! - respondeu de imediato Yan, rindo.<br />

O enviado deu com os ombros para o comentário de Yan e resolveu sair do<br />

casebre. Já tinha visto tudo o que queria. Yan, observando ele sair, não resistiu em<br />

caçoar dele, ainda de joelhos no chão.<br />

- Mas já? Achei que você tomaria um chá comigo! - o ser deu uma boa olhada em<br />

Yan após o comentário e o empurrou com o pé.<br />

- Morto inútil... traidor....<br />

- Volte sempre! - completou Yan, com um sorriso no rosto, fechando a porta com<br />

delicadeza logo depois. Em seguida, foi até o quarto onde Sailorcheer e Fei<br />

estavam escondidos.<br />

- Pode sair, menina, está tudo bem agora!<br />

- Eu posso caçar esse idiota antes de sair daqui? - a garota apareceu furiosa,<br />

colocando Fei na cama, suada do esforço de carregar o marido por tanto tempo.<br />

Yan riu tentando acalmá-la.<br />

- Não se preocupe com isso... estou acostumado, acredite.<br />

- Bah... eu vou dar uma outra surra naquele enlatado antes de ir embora mesmo!<br />

Aproveito e faço farelo desse daí!<br />

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Ao terminar de falar, Sailorcheer reparou que seu sogro novamente ficara em<br />

silêncio. Quando ela mesma prestou atenção, ouviu um murmúrio ao longe.<br />

- É... vejo que meu papo não colou...<br />

- Vou ter que virar ele do avesso agora? - perguntou Sailorcheer, determinada e<br />

com um sorriso levemente maldoso nos lábios. Yan, por sua vez, correu até o<br />

outro cômodo, buscando um pergaminho.<br />

- Acredite, você não quer fazer isso agora..<br />

- E o que faremos então?<br />

- Vocês precisam sair daqui... Dunham pode sair daqui pelos fundos da casa... eu<br />

vou tentar ganhar tempo aqui.<br />

- De jeito nenhum!! - Sailorcheer protestou imediatamente. - Nós te metemos<br />

nessa, não vou te deixar pra trás. Leva o Fei. Onde te encontro?<br />

- Acredite... isso não vai me fazer tão mal quanto parece. - disse, gentil. Mas<br />

percebeu que foi em vão o comentário quando percebeu que a garota já estava<br />

preparando suas adagas para a luta.<br />

- Leva a carne também, eu preciso de comida!<br />

Yan puxou Sailorcheer pelo braço, impedindo-a de continuar se arrumando<br />

daquela forma e indicou a fresta da janela. Ela pôde observar a horda de monstros<br />

que se aproximavam. Ela apenas deu com os ombros.<br />

- Tá, eles não me enxergam!<br />

- Certo, agora chega de agir assim... pelo menos dessa vez. - pediu Yan,<br />

encarando-a de forma séria e apoiando as mãos em cada um dos ombros da<br />

garota. - Tá vendo esse pergaminho? É um mapa daqui.<br />

- Tá, onde te encontro? - A rúnica estava relutante. Algo dizia que aquilo não ia<br />

terminar bem.<br />

- Pegue o Dunham e vão você e o Fei para o castelo que o Senhor dos Mortos lhe<br />

indicou aquela vez. Vou encontrá-los lá.<br />

- E por que não vem junto? - perguntou a garota, emburrada.<br />

- Porque ainda tenho chance de atrasá-los um pouco para vocês dois fugirem... -<br />

respondeu Yan, ajudando a garota em colocar Fei em cima do pesadelo sombrio e<br />

ela mesma montá-lo.<br />

Assim que terminou de ajudá-la, abriu uma porta escondida no cômodo e encarou<br />

a garota pela última vez antes de fazer Dunham começar a cavalgar, já ouvindo a<br />

porta de frente da casa ser golpeada com violência.<br />

- Ah,sim... é Katrina, não é?<br />

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- Sim...<br />

- Foi bom conhecê-la! - Yan sorriu, dando um leve tapa no dorso do pesadelo,<br />

enquanto Sailorcheer tentava se equilibrar e ao mesmo tempo respondia, com<br />

angústia na voz.<br />

- Não fale assim! Se não estiver naquele castelo, eu ando esse lugar inteiro pra te<br />

encontrar!<br />

- Cuida do Fei pra mim... - acenou ao mesmo tempo que via a garota já<br />

cavalgando para longe, acenando de volta. Assim que foi na direção da sala<br />

principal da casa, reparou que acabavam de quebrar a porta principal e uma voz<br />

tenebrosa ecoava.<br />

- Traidor... onde eles estão?<br />

- Eles quem? - perguntou Yan, de forma marota, enquanto reparava que vários<br />

andarilhos começavam a vasculhar a casa toda e outros o rodeavam.<br />

O Senhor dos Mortos desceu do cavalo, visivelmente furioso. Se aproximou de Yan<br />

com sua lança nas mãos e perguntou novamente, golpeando-o a cada palavra;<br />

sua voz ecoava ainda mais, mostrando uma fúria que fez com que todos os seus<br />

asseclas sentissem calafrios.<br />

- ONDE - Yan sentiu o cabo da lança do cavaleiro quase afundar parte de seu<br />

rosto, ao mesmo tempo em que o impacto da pancada o arremessava em cima da<br />

mesa, a partindo em dois. - ELES - o cavaleiro em seguida o chutou com violência<br />

no chão - ESTÃO? - e por fim fincou sua lança no meio do peito de Yan. O<br />

guerreiro, por sua vez, tentava rir, apesar da dor profunda que sentia.<br />

- Puxa... que... ótima forma de cumprimento... Você está melhorando, rapaz...<br />

Rapidamente, alguns andarilhos voltavam, indicando que não havia mais ninguém<br />

na casa e que existia uma porta dos fundos, que estava aberta. Aquilo enfureceu<br />

ainda mais o cavaleiro branco.<br />

- Traidor maldito! - O Senhor dos Mortos surrou novamente Yan, arrancando sua<br />

lança que até então permanecia fincada no corpo dele - Corram logo atrás deles,<br />

seus inúteis. - e virou-se para mais uma tropa de andarilhos que observava a<br />

situação - E vocês... acabem com esse "paladino" de merda das Valquírias...<br />

O Senhor dos Mortos chamou seu cavalo e tentou rastrear a trilha por onde tinham<br />

fugido Sailorcheer e Fei. Assim que conseguiu achar alguma coisa, saiu em<br />

disparada em busca dos dois, enquanto os outros andarilhos, num estado de<br />

quase insanidade, buscaram suas espadas e começaram a golpear Yan.<br />

Yan fechou os olhos e esperou. Sem reagir. Sem gritar em momento algum. Era<br />

uma dor interminável, mas ele estava determinado a sofrer tudo aquilo, sem<br />

reclamar ou se entregar. Quanto mais resistisse, mais tempo daria para que os<br />

Rúnicos fugissem de lá. Esse era o único pensamento dele e estava concentrado<br />

nesse objetivo naquele momento.<br />

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E a medida que os moribundos reparavam que o guerreiro sequer mudava sua<br />

expressão a cada golpe que o arremessava no chão, já com o corpo todo<br />

deformado pelos cortes, se irritaram. Alguns deles prenderam Yan fortemente no<br />

chão e o que mais ansiava pelo seu sofrimento começou a cortar cada um dos<br />

membros de seu corpo, ensandecido.<br />

E o guerreiro, ainda com uma expressão tranquila e já não sentindo partes de seu<br />

corpo, só desejava que todos os deuses ajudassem Sailorcheer e Fei a fugirem de<br />

lá e estarem em segurança o quanto antes.<br />

OFF<br />

Esse RP foi mó difícil fazer... ficamos com mó nó na garganta depois...<br />

Aliás, ações de Sailor e Fei quase acabando, Claragar. Acho que faltam uns 2<br />

posts no máximo. (a gente nem é enrolona nos RPs) XD<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 1 2008, 08:59 PM<br />

As lágrimas que escorriam do rosto de Sailorcheer se misturavam ao próprio suor<br />

do seu rosto, após a fuga desesperada do casebre de Yan. A Rúnica sabia que<br />

não devia ter largado o sogro naquela situação, mas aceitou seu pedido em cuidar<br />

de Fei. Estava furiosa por tê-lo deixado para trás, ainda mais depois do guerreiro<br />

ter sido tão gentil com ela, naquelas terras de sofrimento.<br />

Algum tempo depois da fuga, a garota já se sentia mais aliviada. Sabia que tinha<br />

conseguido fugir daquele exército de monstros comandandos pelo Senhor dos<br />

Mortos, Yan havia impedido que a seguissem. Dunham já mantinha um ritmo bem<br />

mais lento em sua cavalgada o que facilitava até mesmo o equilíbrio de<br />

Sailorcheer, que nunca havia montado sozinha em nenhum animal antes.<br />

Só fez com que o pesadelo sombrio parasse de andar quando reparou que Fei<br />

finalmente estava acordando. Um tanto nauseado, o rapaz estava com o olhar<br />

perdido não compreendendo nada do que estava acontecendo. Sailorcheer o<br />

ajudou a descer do pesadelo para descansarem, ao mesmo tempo que explicou a<br />

fuga deles do casebre de Yan após a invasão. O tempo todo, Fei reparou que ela<br />

mantinha uma expressão brava que achava que estava direcionada à ele, devido a<br />

descoberta do que fazia para Kai em Amatsu. Entretanto, em pouco tempo sua<br />

impressão mostrou-se errada.<br />

- O Senhor dos Mortos achou a gente...<br />

- Ahn... Senhor dos Mortos?<br />

- Um cara grande e mau em cima de um pesadelo maior ainda. Que quer ver a<br />

gente em pedacinhos, porque não quer vivos no reino dele. - a garota explicava<br />

com um olhar furioso, assustador até mesmo para Fei.<br />

- Ahn... por isso você tá brava então? É só a gente fugir dele...<br />

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- Mas Yan ficou para trás, pra ganhar tempo... - a garota engoliu em seco ao falar,<br />

mas Fei não deu a menor importância para a informação.<br />

- Yan? Quem é esse? - em seguida, deu com os ombros - Bah, o que importa? Se<br />

ele serviu pra alguma coisa, deveriamos fugir de uma vez!<br />

"Não vou contar pra ele agora..." - pensou Sailorcheer, sentindo seus olhos<br />

ficarem molhados. - ele salvou a minha vida... e a sua. Se não fosse por ele, não<br />

estaríamos vivos....<br />

- De novo essa historia, Ka? - Fei disse, olhando para o alto e suspirando - Você<br />

se apega demais as pessoas!<br />

Sailorcheer olhou feio após o comentário grosseiro do marido, mas se controlou.<br />

Fei percebeu que falara besteira e tentou disfarçar, quando percebeu que a garota<br />

ficou observando sua febre e seus ferimentos. Quando viu que estava tudo ok,<br />

provavelmente devido ao extrato de yggdrasil que Yan havia dado para o filho<br />

beber, ficou pensativa.<br />

- Fei, você ainda se lembra de como se esconder, do jeito que eu ensinei?<br />

- Ahn... sim... eu nunca me esqueço de nada que me ensinam! - Fei estufou o<br />

peito, orgulhoso.<br />

- Deixa eu ver então.<br />

- Errr.. mas agora? - Fei não conseguiu entender o que sua esposa queria.<br />

- Já!<br />

- Não pode ser lá em casa, não?<br />

- Não! - Sailorcheer respondeu com uma rigidez que até mesmo Fei assustou.<br />

- Você tá querendo é me matar, né? - perguntou, meio sarcástico, enquanto<br />

levantava com um certo grau de dificuldade, mas que rapidamente foi facilitada<br />

pela rosnada que sua esposa deu para o comentário.<br />

- Some! - intimou, Sailorcheer.<br />

Após a ordem, Fei deu um empurrão em Sailorcheer, dando um salto<br />

desengonçado para cair longe dela e sumir. Segundos depois, Sailorcheer dá com<br />

a mão na testa após ouvir o gemido de Fei num canto lotado de árvores.<br />

- Isso dói...! - resmungou Fei, furtivo.<br />

- Tá... tirando a parte do salto, que é totalmente desnecessária, tá ótimo, eles não<br />

vão te ver.<br />

- Eles...? - Fei reapareceu na frente da garota, caído. A garota se aproximou dele,<br />

dando um beijo na sua testa.<br />

- Nós vamos voltar lá,<br />

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- Ahn?! Voltar? Tá maluca?!<br />

- Eu não posso deixar o senhor a... Yan sozinho com aqueles monstros...<br />

- Eu sei que fiz coisa errada, mas não precisava arranjar um cara em seguida... -<br />

respondeu Fei, emburrado. Ao mesmo tempo, percebeu que sua mulher ficou<br />

extremamente brava com o comentário. - pode ir lá então...<br />

- Você vai junto!<br />

- Tá, tá... eu vou - Fei respondeu, cruzando os braços, totalmente emburrado. Já<br />

estava bravo com o tal Yan por ficar dando presentinhos para sua mulher<br />

enquanto ele estava incosnciente. Agora ela inventava que queria ficar salvando a<br />

vida dele também? O cara deveria ser um tremendo galanteador.<br />

- Mas você tem que me prometer uma coisa. - disse Sailorcheer, olhando<br />

fixamente para Fei.<br />

- Errr.. prometer o que?<br />

- Se a gente encontrar qualquer coisa que se mexa no caminho, ou mesmo na<br />

casa. Você vai saltar desse pesadelo e vai se esconder<br />

e não vai deixar que te vejam por nada.<br />

- E quanto a você?<br />

- Eu vou lutar. Mas não estou em condições de proteger a mim e a você ao mesmo<br />

tempo. Seu braço ainda não aguenta o peso da espada.... que... errr........ ficou na<br />

casa, junto com as minhas roupas...... - Sailorcheer não havia pensado naquele<br />

detalhe até então, suspirando fundo com a descoberta e dando um tapa na<br />

própria testa. - Como eu sou idiota! claro que eles iam perceber que eu tava lá!<br />

- Err... fazer isso é tão importante assim pra você a ponto de se arriscar assim? -<br />

Fei perguntou realmente preocupado com aquela situação, pois sabia que era<br />

uma situação perigosa que ela iria enfrentar. A garota, por sua vez o olhou<br />

angustiada.<br />

- Se não fosse, eu nem sugeriria colocar você em risco...<br />

- Tudo bem então... - rendeu-se o Rúnico, se aproximando da garota.<br />

- Se por acaso eu me machucar, vou me esconder também... se isso acontecer,<br />

saia da casa e vá para a borda da floresta<br />

marque Raido em uma árvore, para eu te encontrar. E me espere. - Fei acenou<br />

positivamente, trazendo a esposa entre os braços, abraçando-a com carinho - mas<br />

eu não vou me machucar... não sem antes arrancar a cabeça de cada um deles.<br />

- Vê se não faz bobagem então... porque pensar que poderia te perder acabou<br />

comigo, viu?<br />

- Você não vai se livrar de mim assim tão fácil. - Sailorcheer sorriu para Fei, e ele<br />

retribuiu o gesto.<br />

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Em seguida, Sailorcheer chamou Dunham para perto deles. Ambos montaram no<br />

pesadelo sombrio e partiram, voltando de onde vieram para assim tentarem salvar<br />

Yan.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 4 2008, 12:33 AM<br />

Eu não sei como diabos eu e a Katrina chegamos nesse lugar. Só sei que quanto<br />

mais o tempo passa, mais eu quero sair daqui o mais rápido possível. Mas<br />

aparentemente ela não pensa assim. Parece que esse carinha aí que<br />

aparentemente salvou a gente mexeu com minha esposa mais do que deveria.<br />

Como assim tentar salvar um cara que ela acabou de conhecer? Quanto tempo<br />

será que passei dormindo? O que esse cara fez para deixá-la dessa forma,<br />

querendo salvá-lo tão insanamente?<br />

Posso dizer que estou com uma ponta de raiva dele. Primeiro por fazer a Katrina<br />

agir assim tão impulsivamente, sem se preocupar com sua segurança. E depois<br />

por tentar fazer moral pra cima de mim, como se fosse o detentor de todos os<br />

conhecimentos do mundo! Se eu estivesse em condições na hora em que ele quis<br />

me assustar, ele já tava morto há muito tempo! Idiota!<br />

Um barulho sombrio vindo da região que estávamos andando fez eu parar de<br />

pensar na idiotice que a Katrina estava prestes a fazer. Sussurrei para ela, havia<br />

um som metálico ao longe. Quando vi que ela fez o pesadelo sombrio ir na direção<br />

contrária ao barulho, até suspirei aliviado, achei que ela tinha se tocado da<br />

besteira que estava fazendo.<br />

Ledo engano. Pouco tempo depois, mais barulho. Agora de risadas infernais e<br />

agitação, dentro de um casebre velho ao longe. Fora dele, outros seres<br />

rastejavam, como se estivessem guardando a região. Katrina pediu para eu descer<br />

do pesadelo e ficou observando a movimentação por uns instantes. Ao me deparar<br />

com o olhar da garota, senti um calafrio imenso até o último fio de cabelo: seus<br />

olhos estavam com um tom tão avermelhado que fiquei com medo até de<br />

encará-la.<br />

Nesse momento, desisti de tentar impedí-la de fazer alguma coisa. Ela estava com<br />

a mente voltada ao combate e com certeza não ouviria uma só palavra do que eu<br />

ia dizer. Espero conseguir entender o que aconteceu aqui para ela ficar tão<br />

possessa dessa forma. Suspirei fundo, busquei uma das adagas que ela não<br />

usaria e risquei uma árvore. A runa Raido, que ela pediu que eu escrevesse para<br />

mostrar onde eu estaria.<br />

Além disso, busquei um dos mantos que me cobria e o coloquei em cima do<br />

pesadelo sombrio, fazendo com que, de longe, parecesse uma pessoa. Apesar do<br />

protesto inicial de Katrina, seria uma boa forma de desviar a atenção de alguns<br />

daqueles moribundos afim dela conseguir adentrar naquela casa. Assim que<br />

ordenei para aquele animal sobrenatural andar na direção daqueles monstros, ele<br />

seguiu as ordens como se tivesse entendido meu plano. Genial! Quem me dera<br />

ter um desses lá em RuneMidgard.<br />

Encarei Katrina pela última vez antes do combate. Apesar do ódio descomunal<br />

que existia no seu olhar, ela aparentava estar calma para um combate. Assim que<br />

eu me escondi entre as árvores, ela fez o mesmo, correndo silenciosamente entre<br />

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elas. Não consegui ver muita coisa depois disso. Só ouvi a respiração pesada dela,<br />

juntamente com aquelas risadas irritantes daqueles seres que aparentemente<br />

comemoravam.<br />

De repente, eles silenciaram. E o que ouvi depois disso foi uma série de barulhos,<br />

coisas quebrando, gritos, som metálico... vi até mesmo uma janela sendo<br />

quebrada por uma... err... cabeça de um deles voando. Minha esposa realmente<br />

parecia estar se divertindo por lá. Reparei que alguns moribundos chegaram<br />

correndo na região, provavelmente repararam na nossa emboscada. Tentei falar<br />

com a Katrina telepaticamente, usando o dom Rúnico e me senti meio tonto e<br />

nauseado. Caí no chão de joelhos e minha vista escureceu por um breve<br />

momento. Maldição! Acho que meu corpo realmente tá fraco!<br />

Olhei novamente para o casebre ao longe e ainda ouvi a Katrina zombando de<br />

cada monstro que ela provavelmente estava dizimando. Ela fica uma gracinha<br />

quando está brava dessa forma... ainda mais quando não é comigo! Dei um<br />

suspiro aliviado quando reparei que realmente ela não precisava de ajuda e daria<br />

conta do recado. Ela apareceu na porta do casebre, aparentemente intocada,<br />

chutando alguns restos de ossos para fora da casa e blasfemando contra eles. Em<br />

seguida, ela fechou a porta.<br />

Foi então que eu me assustei. O silêncio que predominou por um breve instante<br />

no lugar foi tomado pelo ruído do choro da Katrina. Por que diabos estaria<br />

chorando? Me apressei para correr em sua direção mesmo reparando que mal<br />

tinha forças em minhas pernas. Abri rapidamente a porta e me deparei com ela<br />

encolhida no chão aos prantos, no meio de restos de todo tipo de corpos. Fechei a<br />

porta e, apesar dela reparar que era eu quem estava do seu lado, não levantava a<br />

cabeça, que permanecia entre os joelhos.<br />

Imediatamente, vi que aquele cara que ela tentou salvar estava com a cabeça meio<br />

fora do lugar... mais precisamente em cima de uma mesa já destruída.<br />

É... não chegamos a tempo. Nem pude retribuir o soco que ele me deu.<br />

Mas não tinha muito tempo para pensar nisso. A Katrina realmente se apegou a<br />

esse cara valentão e eu sabia que tinha que fazer algo a respeito. Odeio vê-la<br />

sofrendo dessa forma. Mas o que eu poderia fazer? Não tenho o poder de levantar<br />

ninguém do túmulo. Que raio de consolo eu poderia dar pra ela? Eu sabia muito<br />

bem que não adiantava nada eu simplesmente buscá-la entre meus braços, isso<br />

não traria ninguém de volta à vida.<br />

Mas, que idiota, foi exatamente o que eu fiz, sabe-se lá porque. A abracei e senti<br />

ela me apertar com força, talvez tentando buscar alguma força em mim diante<br />

daquilo. Apesar de tudo aquilo que ela tinha feito naquela casa, ela se sentia<br />

derrotada. Nunca tinha visto ela daquele jeito. E eu me sentia tão inútil, não<br />

sabendo o que fazer. Só fiquei ouvindo e tentando mostrar para ela que não era<br />

de forma alguma culpa dela aquilo ter acontecido. Afinal, o valentão quis nos<br />

salvar, ele conseguiu o que queria. Falei para ela reagir e ser forte diante daquilo.<br />

Mas quando ela me perguntou "como" fazer isso... eu vi como eu era inútil em<br />

ajudar minha esposa quando ela precisava de mim... eu não tinha as respostas<br />

que ela queria.<br />

A única coisa que eu consegui fazer foi aninhar ela em meus braços e dar um<br />

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suspiro profundo, ao mesmo tempo em que sentia meu peito sendo umedecido<br />

pelas suas lágrimas e sentia minha mulher soluçando. Como sou idiota.<br />

OFF<br />

Tá... falta só mais um... a Sailor falou que tentará escrever amanhã... =X<br />

E sim... tadinho do Yan... ele foi trucidado e... trucidado (morto ele já tava)<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Sep 4 2008, 11:54 PM<br />

Sailorcheer continuava abraçada a seu marido, tentando em vão controlar o choro.<br />

No fim das contas, não pôde fazer nada pela pessoa que a ajudou tanto naquele<br />

lugar sombrio, e isso fazia com que ela se sentisse muito mal. Ainda assim, ouvir a<br />

voz de Fei tentando acalmá-la a fazia se sentir um pouco menos infeliz.<br />

- Calma, Ka... agora não tem mais jeito. Você tem que ser forte...<br />

A Rúnica não teve tempo de responder; uma voz divina encheu o aposento onde<br />

estavam, fazendo com que a garota erguesse a cabeça, sobressaltada. Fei,<br />

entretanto, não esboçou nenhuma reação.<br />

- Ouça o que seu marido está dizendo, humana.<br />

- Quem disse isso? - com um gesto rápido, Sailorcheer se desvencilhou do abraço<br />

de Fei e se levantou, já empunhando suas adagas. Sem entender o que estava<br />

acontecendo, Fei se aproximou mais da parede da sala e 'desapareceu' e se<br />

escondeu nas sombras, sem notar o brilho intenso que, aos olhos da mercenária,<br />

enchia o aposento com uma luz quente, mas um pouco aterrorizante. Ao se virar<br />

para ver de onde vinha aquela luz, Sailorcheer ficou atônita.<br />

O som das adagas da garota caindo no chão deixou Fei, que nada vira até então,<br />

perplexo; o que sua esposa estava fazendo? Para o Rúnico, a casa ainda estava<br />

tão escura e silenciosa quanto na hora em que ele chegou. Ainda assim, ele não<br />

saiu de seu esconderijo. Alguma coisa estava acontecendo e, mesmo que não<br />

estivesse, ele não queria deixar Sailorcheer brava com ele novamente.<br />

A Valquíria, por outro lado, parecia estar se divertindo com aquela situação,<br />

principalmente com a surpresa da garota. Era uma mulher interessante, aquela,<br />

com um marido um tanto quanto... peculiar. Mas não era para isso que ela estava<br />

ali. Pelo menos não por enquanto.<br />

Sem fazer ruído nenhum, a deusa se aproximou da cabeça de Yan, sem<br />

demonstrar reação nenhuma e sem dar nenhuma atenção para os dois Rúnicos,<br />

como se eles tivessem desaparecido dali.<br />

- É... parece que desta vez ele foi longe demais.<br />

- Foi minha culpa... - Sailorcheer tentava enxugar as lágrimas, que insistiam em<br />

cair, enquanto procurava um meio de dizer que Yan só estava daquele jeito porque<br />

ela havia sido covarde e fugido, sem tornar isso tão ruim quanto parecia.<br />

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- É mesmo? E por qual razão? - a Valquíria ficava cada vez mais intrigada com<br />

aquela humana. Poucos eram tão impetuosos como ela.<br />

- Ele só queria me ajudar... Eu deveria ter ficado. O senhor Yan poderia ter fugido<br />

com Fei, eu ficaria para distraí-los. Assim ninguém ia se machucar...<br />

- Como pode ter tanta certeza de que você mesma não morreria? - O tom de voz<br />

da mulher passava longe de ser reconfortante. - Yan... bom, ele não tem muito a<br />

perder.<br />

- Ele poderia ter conhecido Fei... E eu não me deixaria morrer. Não pra eles!<br />

- Você é muito confiante, não, humana? - A Valquíria não conseguiu conter o riso.<br />

- Eu prometi que não iria morrer...<br />

- Interessante a promessa. Talvez o poder dos próprios deuses seja abatido diante<br />

dela, não? - A ingenuidade da garota não conseguia impedir que a serva de Odin<br />

fosse sarcástica. Confiança demais era útil para guerreiros que já estavam mortos,<br />

não para a menina à sua frente.<br />

- Eu não disse isso... - Sailorcheer protestou, mas ainda mantendo um tom<br />

humilde. - E aquela... coisa... não é um deus.<br />

- ... Coisa?<br />

- Aquele tal "Senhor dos Mortos". - A mercenária deixou escapar um leve rosnado<br />

ao falar o nome dele. - Se ele fosse um deus, ou qualquer coisa perto disso, não<br />

teria se deixado ferir antes.<br />

- Ah. Ele. - A Valquíria imprimiu o melhor tom de desdém que conseguiu à sua<br />

fala. "Senhor dos Mortos". Que piada. Se ele era o Senhor dos Mortos, o que as<br />

Valquírias eram então? Guardando esses pensamentos para si, ela se virou<br />

novamente para o que restava de Yan, analisando os ferimentos como quem<br />

olhava para uma exposição de orquídeas. Ela só interrompeu sua análise quando<br />

ouviu Fei caindo no chão da sala, exausto após tentar se comunicar<br />

telepaticamente com a esposa, que sequer reparou no que havia acontecido com<br />

ele, tão entretida estava. Após uma leve risada, porém, voltou novamente sua<br />

atenção para seu protegido.<br />

- Ele... vai ficar bom? - Sailorcheer não conseguiu notar o leve sorriso que se<br />

formou na boca da deusa, que continuou a falar com o mesmo tom inexpressivo<br />

que usava quando não estava sendo irônica.<br />

- O que você faria para salvar o espírito dele?<br />

- O que eu tenho que fazer? - A Rúnica não titubeou para responder, com um<br />

brilho nos olhos.<br />

- Bem... O "Senhor dos Mortos" - e mais uma vez a Valquíria foi o mais sarcástica<br />

possível ao falar o nome dele - aprisionou o espírito de Yan. No próprio corpo.<br />

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- Hum... É só eu furar bastante ele? - A mercenária piscou os olhinhos,<br />

imaginando uma fumacinha branca saindo dos furos. Sem saber que seus<br />

pensamentos eram como um livro aberto para a deusa à sua frente, a garota não<br />

entendeu quando a viu rir.<br />

- Eu acho que simples furos não iriam funcionar....<br />

- O que eu tenho que fazer, então?<br />

- O que você realmente gostaria de fazer com ele? - Foi a vez dos olhos da<br />

Valquíria brilharem. Ela já sabia a resposta.<br />

- Eu... quero que ele sofra...........................<br />

- Vingança não é uma atitude muito honrada, é? - Ela só não estava gargalhando<br />

porque não ficaria bem para uma deusa fazer aquilo. Essa era uma humana<br />

realmente peculiar. E honesta.<br />

- Não senhora... me desculpe. - Sailorcheer corou. Ela sabia que isso era errado,<br />

mas não conseguia deixar de querer estraçalhar o Cavaleiro Branco.<br />

- Tudo bem. Acho que, pelo meu protegido, eu vou relevar essa sua decisão.<br />

Ainda mais levando em consideração que ele gostou de você. Aliás, gostou<br />

muito... a ponto de até mesmo doar o elmo que o levaria para o Valhalla. - A<br />

mulher estava curiosa para ver até onde a humana iria.<br />

- Ele sabia disso? - A garota arregalou os olhos, mal acreditando no que ouvira.<br />

Não era realmente possível que Yan tivesse feito isso, ele não abriria mão de ficar<br />

com a esposa para ajudar alguém que ele nem conhecia. Mas suas dúvidas se<br />

dissiparam com o aceno positivo da Valquíria, que sorria maldosamente. Até<br />

mesmo Sailorcheer conseguiu entender que ela deu essa informação apenas por<br />

maldade, e um sentimento de revolta tomou conta da mercenária. Se soubesse<br />

que teria tirado a chance de Yan ir para o Valhalla, ela jamais teria aceitado.<br />

- E então, humana?<br />

- Eu... - Sailorcheer abaixou a cabeça, respeitosamente. - Farei o que mandar para<br />

que ele se salve.<br />

Com um movimento dos braços, um belíssimo cinto dourado apareceu nas mãos<br />

da Valquíria, que ficou olhando o próprio reflexo no artefato por alguns instantes,<br />

ignorando o espanto da garota à sua frente. Bem melhor do que aquelas cópias<br />

mal feitas que circulavam no mundo dos vivos, pensou ela. Em seguida, ela se<br />

virou para Sailorcheer novamente, com um olhar ferino.<br />

- Será que você é digna dele, humana?<br />

- Não cabe a mim julgar isso, senhora... - A voz da mercenária tremia um pouco<br />

com a possibilidade de poder tocar em um item divino, mas ainda assim ela se<br />

manteve de cabeça abaixada, respeitosa. Seria uma falta de educação tremenda<br />

se ela se mostrasse ansiosa.<br />

- Se você morrer com esse artefato, mostrará que não é digna. Nem para voltar a<br />

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Rune Midgard, muito menos para ir ao Valhalla. - Dizendo isso, a Valquíria jogou o<br />

cinto nas mãos da garota que, momentaneamente, se desequilibrou com o peso.<br />

- Não vou desapontá-la, senhora.<br />

- Assim espero. - Pela primeira vez, a deusa sorria de forma cordial para a garota.<br />

Era uma boa menina, apesar de um tanto quanto ingênua. Mas não cabia a ela<br />

consertar isso... apenas se divertir, enquanto a hora da batalha não chegava. Ou<br />

seja, até agora.<br />

Ambas as mulheres voltaram os olhares para a porta do casebre ao ouvir os<br />

cascos do cavalo infernal do Cavaleiro Branco se aproximando, junto com o som<br />

metálico de sua armadura. sem falar nada, Sailorcheer prendeu o artefato em sua<br />

cintura e ficou admirada com o poder dele: todo o peso do cinto pareceu<br />

desaparecer, assim como o de suas adagas. Ela experimentou manusear uma<br />

delas e sentiu como se fosse feita de ar. Enquanto testava as adagas, o brilho da<br />

Muramasa que fora de Yan e agora pertencia a Fei chamou sua atenção. Se as<br />

adagas estavam assim tão leves, como ela se sairia com uma espada de duas<br />

mãos? Excelente hora para descobrir.<br />

A Valquíria sorriu mais uma vez para a garota e se dirigiu para fora da casa, mal<br />

tocando o chão, enquanto a mercenária prendia a espada na cintura. Ao seguir a<br />

deusa, Sailorcheer pôde ver o Senhor dos Mortos se aproximando. Ela não<br />

conseguiu conter um risinho ao ver que ele estava realmente furioso. A Rúnica fez<br />

uma reverência e se afastou, andando lentamente, mas totalmente decidida, na<br />

direção do Cavaleiro Branco.<br />

- Eu volto logo, senhora.<br />

OFF<br />

Tá acabando! E não reparem nas minhas licenças poéticas, a sailor é apelona<br />

mesmo. /ho<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 10 2008, 01:24 PM<br />

- Sentiu minha falta? Você gosta de sofrer, não?<br />

Sailorcheer terminou de falar com um sorriso maldoso no rosto. Apesar disso, o<br />

que mais se acentuava na expressão da garota era a cor dos olhos, que mudara<br />

de um castanho claro para um vermelho sangue assustador. A própria Valquíria<br />

notara isso, mas não demonstrou se importar. Ela apenas se sentou num tronco<br />

caído, observando calmamente o reencontro da Rúnica com o Senhor dos Mortos.<br />

A deusa sabia que o cavaleiro branco iria ter uma surpresa um tanto quanto<br />

desagradável; ele com certeza não imaginava que ela estava "vigiando" o duelo<br />

dos dois.<br />

- É melhor aceitar logo seu destino, caso não queria ser fatiada como aquele<br />

paladino traidor... - disse o cavaleiro com raiva na voz; sua lança apoiada já em<br />

posição de ataque e seu cavalo apenas esperando o sinal para correr na direção<br />

da garota. Já Sailorcheer mantinha a muramasa de Yan na mão esquerda e sua<br />

adaga com a runa Dagaz na mão direita, atenta.<br />

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- Não se preocupe... Eu sou bem mais lisa do que você imagina. Em compensação<br />

você, com essa lataria toda...<br />

- Mortal arrogante! - enfureceu-se o cavaleiro a ponto de todos os outros mortos<br />

que o seguiam se encolherem de medo.<br />

- Não fui eu quem virou peneira dias atrás... - provocou a Rúnica, zombeteira.<br />

- Vou deixar um lugarzinho especial reservado para você assim que eu dizimá-la! -<br />

O cavaleiro branco avançou na direção da garota, após seu cavalo empinar diante<br />

da ordem de seu dono. Ao mesmo tempo, vários andarilhos correram em auxílio de<br />

seu senhor com as espadas já empunhadas.<br />

Entretanto eles não conseguiram acompanhar a agilidade da garota que pulou<br />

para trás, recuando, e simplesmente desapareceu nas sombras que permeavam<br />

Niflheim. Alucinados, os moribundos começaram a golpear o ar procurando a<br />

mortal, que havia utilizado sua furtividade para escapar. O Senhor dos Mortos<br />

blasfemou ao ver que, um a um, os andarilhos tinham suas cabeças arrancadas<br />

pelo vulto que passava perto deles com uma velocidade assustadora. Tentava<br />

acompanhar as cabeças caindo para conseguir atingir a garota com sua lança,<br />

mas era em vão. Sempre que atacava de um lado, Sailorcheer já estava<br />

derrubando outro andarilho em outra direção. Mas isso não durou muito; instantes<br />

depois, o cavaleiro ouviu a voz da garota atrás dele.<br />

- Que foi? Nunca lutou contra uma mercenária antes?<br />

Quando o Senhor dos Mortos olhou na direção da voz, já era tarde. Os últimos<br />

andarilhos que restavam já estavam no chão, o último sendo estraçalhado por<br />

uma caveira que a garota arremessou e o atingiu no peito. O cavaleiro parou por<br />

um momento ao reparar na força descomunal da Rúnica. Ela não estava assim tão<br />

forte antes, o que teria acontecido? A preocupação fez o enviado de Hel se<br />

descuidar e quando reparou, a garota já estava próximo a ele, a alguns passos de<br />

distância. Foi nesse instante que ele viu o brilho dourado do cinto que ela estava<br />

usando.<br />

- Pronto, agora somos só eu e você... não é romântico? - A garota caçoava dele<br />

enquanto, com um simples movimento, fincou a muramasa até a metade de uma<br />

árvore, buscando a rondel presa à cintura.<br />

A Valquíria, que assistia a tudo sem expressar nenhuma reação, cruzou os braços<br />

no momento que a garota encarou o algoz de seu protegido. A luta seria muito<br />

interessante a partir dali e, aparentemente, a garota estava mesmo disposta a<br />

arriscar a vida só para que o espírito de Yan se salvasse. "Humana ingênua... se<br />

ela soubesse, ela se arriscaria tanto assim?"<br />

- O que é isso, garotinha? Está tentando me intimidar com uma árvore podre?<br />

- Claro que não! Estou pegando o abridor de latas!<br />

- E eu tenho meu abridor de corpos... tem alguns pedaços do paladino idiota aqui<br />

preso na minha lança, quer juntar? - provocou o cavaleiro, ao mesmo tempo em<br />

que, com um rápido movimento, tentou pegar a garota desprevenida - o que não<br />

aconteceu. De uma maneira quase sobrenatural, Sailorcheer se esquivou como se<br />

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visse a lança vindo em sua direção em câmera lenta.<br />

- E o que acha que eu vim fazer, seu imbecil? Brincar de pega pega? - Ao dizer<br />

isso, a Rúnica saltou na direção do cavalo, cravando a rondel em uma das patas<br />

dianteiras dele. Isso fez com que o cavalo empinasse, tanto por causa da dor<br />

quanto pelo susto, desequilibrando o Senhor dos Mortos momentaneamente. A<br />

garota, porém, ainda não estava satisfeita; ela esperava que o cavaleiro caísse.<br />

- Que foi? A armadura tá pesada? Deixa que eu detono ela pra te livrar do peso!<br />

Sailorcheer, com uma agilidade fora do comum, começou a rodear o cavalo,<br />

golpeando-o várias vezes de maneira tão forte que parecia que atingia diretamente<br />

o corpo do animal, ignorando totalmente a proteção da armadura. Isso fez o cavalo<br />

começar a perder o controle, assustado com a garota, e tirou totalmente o<br />

equilíbrio do Senhor dos Mortos, que agora preocupava-se apenas em se manter<br />

montado. Furioso, o cavaleiro brandiu a lança na direção da garota, que sentiu a<br />

lança pegar sua perna de raspão.<br />

- Uau, finalmente tirou um pouquinho de sangue de mim, hein? Já estava achando<br />

que nem pra isso você servia!<br />

Depois da provocação da garota, o cavaleiro, num ato desesperado, começou a<br />

golpeá-la freneticamente com a lança. Ela, por sua vez, saltava de um lado para o<br />

outro, se divertindo ao ver que o Senhor dos Mortos havia perdido o controle da<br />

situação, apesar da dor que ela sentia tanto no ferimento recém-aberto quanto nos<br />

outros, que ainda não estavam totalmente cicatrizados. Não que ela se importasse.<br />

- Tá... minha vez agora! - disse a garota, após saltar para trás, saindo do alcance<br />

da lança do Senhor dos Mortos. Ela aproveitou para sumir da vista do cavaleiro<br />

novamente e começou a correr mais rápido do que o sangue em sua perna<br />

pingava no chão, confundindo-o.<br />

- Onde eu estou? Onde eu estou? - Sailorcheer perguntava das mais variadas<br />

posições, deixando o Senhor dos Mortos perdido. - ESTOU AQUI, SEU FILHO DE<br />

UMA MERETRIZ!<br />

O cavaleiro desequilibrou com o berro que a garota deu praticamente em seu<br />

ouvido, já em cima de seu cavalo e cravando a rondel em sua espinha. Apesar da<br />

tentativa de se desvencilhar da mercenária com o cotovelo, já que seus<br />

movimentos eram tolhidos pela pesada armadura, ela se mantinha firme presa em<br />

suas costas, o golpeando sem parar.<br />

- Gostoso, né? Que tal ser você a vítima pra variar, hein?<br />

O cavalo empinou de novo ao sentir o excesso de movimento em cima dele. Dessa<br />

vez, o Senhor dos Mortos não conseguiu se segurar, caindo de costas.<br />

Sailorcheer, atenta, saltou para longe do cavaleiro para não correr o risco de ser<br />

esmagada por ele na queda. O cavaleiro, tombado de costas e ainda meio zonzo<br />

pela queda, só percebeu a garota quando ela apareceu diante dele com rosto<br />

vermelho por causa do esforço de estar erguendo o enorme escudo que pertencia<br />

a ele acima de sua cabeça.<br />

- DEVOLVA ISSO, MORTAL!<br />

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- Ahn... Tá! - "Obedecendo" a ordem do cavaleiro, a mercenária, com toda a sua<br />

força aumentada pelo item divino emprestado pela Valquíria, desceu o enorme<br />

escudo diretamente na cabeça do cavaleiro branco. A Valquíria, ainda observando<br />

a luta de longe, enxergou as letras "MVP" formadas pela poeira que levantou<br />

diante daquilo e achou graça ao ver metade do elmo do Senhor dos Mortos<br />

afundada pelo forte golpe.<br />

- É, acho que é a hora do golpe de misericórdia... - comentou Sailorcheer, e<br />

buscou novamente a muramasa, que ainda estava fincada na árvore, enquanto o<br />

Senhor dos Mortos se levantava. O cavaleiro, totalmente perdido, aparentemente<br />

não sabia mais o que estava acontecendo. - Acho que essa é pra se usar com<br />

duas mãos, e não com uma como eu tava fazendo, né? Bah, não importa...<br />

Segurando a espada com as duas mãos, Sailorcheer esperou o momento em que<br />

o Senhor dos Mortos tentou procurá-la com os braços, sem enxergar um palmo<br />

adiante do nariz por causa do elmo amassado, e acertou um golpe preciso em seu<br />

pescoço, arrancando a cabeça dele de uma só vez. O corpo do cavaleiro ainda<br />

ficou em pé por um breve instante, mas acabou por desabar, inanimado. Em<br />

seguida, a garota voltou-se para a Valquíria.<br />

- Tenho que abrir ele pra tirar o espírito? - Assim que a Valquíria acenou<br />

positivamente com um sorriso sutil no rosto, a Rúnica começou a abrir a armadura<br />

do cavaleiro com a espada. Quando terminou, abriu também o peito do Senhor<br />

dos Mortos de cima a baixo.<br />

- E agora? - voltou a perguntar para a Valquíria, que acenou negativamente para<br />

ela.<br />

- Não sinto nada ainda... - Em seguida, o que a deusa viu foi praticamente um<br />

triturador de corpos na pele da garota. Em pouco tempo, não havia mais o que<br />

cortar na carcaça do cavaleiro. Ela se levantou e foi na direção da mercenária,<br />

analisando cada pedaço do corpo inerte de seu rival. - É... acho que agora<br />

funcionou.<br />

- Eu... eu... eu sei que não é honrado... mas... - a garota parou de falar,<br />

envergonhada - Não, deixa... Não posso fazer isso.<br />

- Fique à vontade. - A Valquíria se afastou, com um sorriso de satisfação no rosto,<br />

se divertindo com a ingenuidade da garota que achava que seus pensamentos<br />

estavam a salvo do julgamento divino.<br />

- Obrigada, senhora!<br />

Sailorcheer correu na direção da cabeça do Senhor dos Mortos, que estava<br />

largada no chão, e lhe deu um chute com toda a força que tinha. ambas as<br />

mulheres ficaram observando enquanto o brilho do elmo sumia ao longe, por cima<br />

das árvores. A mercenária, porém, não reparou que a deusa sorria vendo a cena.<br />

Quando elas finalmente ouviram o barulho seco de algo metálico caindo no chão<br />

lamacento, a garota se virou e ajoelhou-se aos pés da Valquíria.<br />

- Espero que me perdoe por isso, senhora...<br />

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- Levante-se, humana. Você aceitou minha provação e conseguiu cumpri-la. Agora,<br />

volte de onde veio e leve aquele rapaz dorminhoco com você.<br />

Assim que a Valquíria apontou na direção do casebre, Sailorcheer "acordou" e<br />

reparou em Fei estirado no chão. Ela correu até ele e se ajoelhou ao lado do<br />

marido, vendo se estava tudo bem. Quando reparou que ele estava apenas<br />

desmaiado, muito provavelmente por causa dos ferimentos, ela respirou aliviada.<br />

Em seguida, olhou na direção da deusa, que observava a cena, e perguntou.<br />

- Eu... não vou mais poder ver o senhor Ackhart, vou?<br />

- Por que diz isso?<br />

- Eu só queria me desculpar... e agradecer tudo o que ele fez por nós.<br />

- Está ouvindo isso, Yan? - A Valquíria olhava para um ponto atrás de Sailorcheer,<br />

dentro da casa. A garota se virou e seus olhos brilharam ao ver o guerreiro<br />

sorrindo.<br />

- Acho que quem tem que agradecer sou eu, não é?<br />

- Eu estaria morta agora, e Fei também. O senhor se arriscou para me salvar sem<br />

nem saber quem eu era, não tinha que fazer isso.<br />

- Tinha sim... não iria deixar alguém vir pra cá de forma errada ou antes da hora. -<br />

Yan se aproximou da garota, tocando suavemente o rosto dela. Ela, por sua vez,<br />

se levantou e o abraçou com força, seus olhos lacrimejando de felicidade por ver<br />

seu sogro bem. Yan sorriu com a reação dela, feliz por ter significado tanto assim<br />

para a garota naquele lugar.<br />

- É uma pena que Fei não pôde conhecê-lo...<br />

- Não se preocupe com isso... ele tem a você, já é mais que suficiente. Arrumem<br />

uma forma de sair daqui agora, está bem? Não poderei mais ajudá-los.<br />

- Não se preocupe, eu vou tirá-lo daqui.<br />

- Foi um prazer conhecer a nova Dagaz. - Yan piscou para a garota, maroto.<br />

- Tem certeza que não quer aproveitar e vir conosco? - A Valquíria agora estava<br />

séria, pensativa. Sailorcheer arregalou os olhos, assustada com o convite ao<br />

mesmo tempo em que Yan ria da pergunta.<br />

- Eu... eu adoraria, senhora, mas não posso deixar o Fei aqui!<br />

- É... o meu filho ainda precisa tomar jeito, senhora.<br />

- Pode deixar... eu faço ele tomar jeito. - Sailorcheer respondeu imediatamente,<br />

séria, enquanto retirava o cinto e o elmo. Em seguida, ofereceu ambos à Valquíria,<br />

abaixando a cabeça de forma respeitosa. - E bem... estes não me pertencem.<br />

- Eu não te disse que era esse elmo que o levaria para o Valhalla um dia, Yan? -<br />

comentou a Valquíria, pegando o cinto das mãos de Sailorcheer. O elmo<br />

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continuava nas mãos da garota.<br />

Yan pegou o elmo, o observou por um breve instante e o colocou novamente na<br />

cabeça da garota, sorrindo. Sailorcheer ficou vermelha com a ação de seu sogro,<br />

que agora olhava para as próprias mãos, admirado.<br />

- Puxa... dessa vez nem me queimou! - Em seguida, ele se virou novamente para<br />

a garota, que não conseguia falar nada. - Eu falei que era um presente, menina.<br />

Ao menos agora você vai ter uma lembrança boa dessa lugar... eu acho.<br />

- Muito obrigada... não me esquecerei do senhor nunca! - se virou para a Valquíria,<br />

abaixando a cabeça numa reverência - Nem da senhora.<br />

- Não se preocupe. Se esquecer, um dia você se lembrará da pior forma possível. -<br />

A deusa sorria de forma levemente maldosa novamente. "Os humanos são tão<br />

bajuladores". Em seguida ela virou-se para Yan. - E, se você não correr agora, eu<br />

não te tiro daqui. - Yan arregalou os olhos, aflito, e olhou para Sailorcheer.<br />

- Eu bem que gostaria de conversar mais, mas...<br />

- Não se preocupe... um dia a gente vai poder colocar a conversa em dia. Vai... - e,<br />

rindo, fez a primeira piada desde que chegara em Niffelheim - e mande<br />

lembranças à minha sogra!<br />

- Pode deixar... e é melhor cuidar do Fei agora, pois ele deve estar achando que<br />

você é louca. - Yan ria despreocupado, como não fazia há muitos anos.<br />

- Eu conto algo sobre o senhor pra ele?<br />

- Eu confio no seu bom senso!<br />

- Então até breve... ou não tão breve! - saudou Sailorcheer, rindo junto com Yan.<br />

- Assim espero!<br />

Em poucos segundos a luz que envolvia Yan e a Valquíria se desfez, sob o olhar<br />

atento de Sailorcheer. Em seguida ela se ajoelhou no chão ao lado de seu marido,<br />

exausta física e mentalmente. Depois de se certificar que ele estava bem, ela se<br />

deitou ao lado dele, no chão mesmo, e ficou imóvel, aproveitando o tempo em que<br />

Fei ficou dormindo para recuperar um pouco de suas próprias forças. Quando ele<br />

acordou, a garota falou resumidamente sobre o que acontecera ali enquanto Fei<br />

estava desmaiado, mas sem revelar ainda que Yan era o pai dele. Ela queria<br />

conversar sobre isso quando ambos estivessem mais calmos, em um lugar seguro.<br />

Em seguida a garota juntou os pertences de ambos, que ainda estavam<br />

espalhados pelo local, pegou o mapa dado por Yan e procurou a localização do tal<br />

castelo da bruxa de Niflheim, traçando uma rota que parecia ser a mais rápida.<br />

Quando eles se preparavam para começar a longa caminhada, ouviram um<br />

relinchar conhecido: Dunhan estava de volta ao casebre, rodeando os dois como<br />

se oferecesse uma "carona".<br />

OFF<br />

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Aleluia, terminamos!!! \o/<br />

E agora o poder da runa da Sailorcher ficou salientado também (foi o último<br />

deles). Ganha um jellopy quem descobrir que poder é esse =3<br />

Bardooo! Assim que vc ler isso aqui, me procura em PM/msn. Tenho uma proposta<br />

indecente pra fazer<br />

Posted <strong>by</strong>: Reia Sep 11 2008, 12:06 PM<br />

QUOTE<br />

Bardooo! Assim que vc ler isso aqui, me procura em PM/msn. Tenho uma<br />

proposta indecente pra fazer<br />

deve ser uma proposta sarracena XD<br />

Posted <strong>by</strong>: By-Tor Sep 12 2008, 05:03 PM<br />

QUOTE (NetRunner @ Sep 10 2008, 01:24 PM)<br />

Bardooo! Assim que vc ler isso aqui, me procura em PM/msn. Tenho uma<br />

proposta indecente pra fazer<br />

*ciúmes e dah uma bica em Net*<br />

Sai! Vou te dizer pra quem você deve fazer propostas indecentes... E o nome dela<br />

é Sailor. Nada de vir fazer pro meu namorado! ><<br />

(brincadeira).<br />

Eu não sei que poder eh esse, eu só li metade do post, mas até onde eu li está<br />

bem legal ^^<br />

E logo vamos ter que fazer uma volta no tempo pra postar o que o By-Tor está<br />

fazendo... ou estava. Eu não sei mais *perdida*<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Sep 21 2008, 11:16 PM<br />

As horas passavam conforme Sailorcheer e Fei cavalgavam pelas terras malditas.<br />

Mas o que parecia ser uma tarefa fácil se mostrava cada vez mais desgastante<br />

para ambos. Por mais que seguissem as indicações do mapa, parecia que o<br />

castelo da tal bruxa estava cada vez mais distante, por alguma razão. Após<br />

atravessarem um pequeno vale por onde se estendia um denso nevoeiro, ambos<br />

repararam num ser vindo na direção deles, berrando e gesticulando com as mãos.<br />

"Provavelmente mais um morto-vivo que teremos que derrubar" pensou,<br />

desanimada, Sailorcheer. Tanto fisica quanto mentalmente, a Rúnica estava<br />

exausta. Só imaginava o momento que finalmente poderiam sair daquele lugar, se<br />

é que conseguiriam.<br />

Seus devaneios foram interrompidos por uma forte dor de cabeça, que quase a fez<br />

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cair do dorso de Dunham. Fei a segurou com força e impediu que isso<br />

acontecesse, não entendendo o que causara aquele súbito desequilíbrio da<br />

esposa. Ela, olhando para o ser ao longe, fez uma cara de brava e reclamou<br />

instintivamente, também mentalmente. "Não faça mais isso, bardo!!!". Em seguida,<br />

arregalou os olhos voltando a realidade. Aquele realmente era Claragar?<br />

O bardo Rúnico parou em cima de um morro, com as mãos apoiadas na cintura, o<br />

sorriso característico e o peito estufado, em uma pose quase épica. Fei ergueu<br />

uma sombrancelha, estupefato.<br />

- Olá, milord e milady! Vim resgatá-los!<br />

- Sailor... diz que eu tô tendo outro pesadelo...... - Fei custava a acreditar que o<br />

bardo havia encontrado ambos ali, achando que aquilo mais seria uma maldição<br />

que uma salvação.<br />

- Como achou a gente? - Sailorcheer também meio pasma com o que via, reparou<br />

que Claragar estava meio translúcido - Err... você tá diferente, bardo.<br />

- Ora! Dá pra sentir o cheiro de vocês até de outra dimensão! Meus sentidos são<br />

lendários! E eu só estou um pouco... morto.<br />

- Morreu? - Sailorcheer arregalou os olhos, não sabendo se a notícia causava<br />

tristeza ou felicidade nela. De repente sua atitude mudou bruscamente,<br />

assustando até mesmo Fei - E não fui EU que te matei?!<br />

- Somente Claragar pode vencer Claragar.... - disse o bardo com um sorriso<br />

saliente e quase insano na face.<br />

- Err... você que se matou? - Fei ficou boquiaberto com a informação. - Eu... devia<br />

ter imaginado algo desse nível mesmo.<br />

- Às vezes é preciso fazer um sacrifício pra ajudar os amigos. - O bardo estufou o<br />

peito enquanto falava. - Eu pensei em sacrificar uma menininha que vi na rua. Mas<br />

achei que ela poderia ser gostosa daqui uns anos, digo... poderia ser inocente...<br />

- Cavalinho querido, pise nele, por favor! - Sailorcheer pediu para Dunhan, num<br />

tom sarcasticamente maldoso. O pesadelo foi se aproximando do bardo e ele, por<br />

sua vez, se afastou pressentindo o perigo.<br />

Fei tentou conter a esposa. Queira ou não, seria interessante ter o bardo ao lado<br />

deles, nem que fosse para servir de alvo para os seres que habitavam o lugar.<br />

Claragar, ao mesmo tempo, reparava em um ferimento na perna de Fei, pensativo.<br />

Em seguida, o olhou atentamente.<br />

- Milord... faria um sacrifício pela Sailor? Mesmo que fosse horrível e perigoso? -<br />

Sailorcheer ergueu uma sombrancelha e Fei o olhou com estranheza - Mesmo que<br />

você pudesse morrer, mas salvando a vida dela?<br />

- Sim! - Fei respondeu determinado, enquanto Sailorcheer protestou, tentando<br />

afastar o bardo de Fei. Porém o Rúnico, sabendo que normalmente as idéias do<br />

bardo, por mais malucas que fossem, surtiam algum efeito, resolveu aceitar.<br />

Claragar deu uma forte pancada na perna ferida de Fei, fazendo-o tombar no<br />

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chão. Sailorcheer não sabia se espancava o bardo por aquilo ou socorria o marido<br />

urrando de dor. O seu tempo de indecisão foi o suficiente para Claragar colher um<br />

pouco do sangue que escorria do ferimento.<br />

- Eu preciso de coisas vivas pra achar gente viva! - O bardo se referia aos outros<br />

Rúnicos que permaneciam em Niffelheim e que ainda precisavam ser encontrados.<br />

- Você fez isso só pra bater nele, né? - Sailorcheer protestou, brava, enquanto<br />

socorria o marido.<br />

- Claro que não milady! Foi tudo devidamente necessário. Eles estão aqui. -<br />

Claragar apontou um ponto no mapa que Sailorcheer levava consigo, o<br />

manchando com o sangue de Fei.<br />

- Mas teoricamente não deveríamos estar sentindo eles por aqui? - Fei se referiu<br />

ao poder Rúnico, que fazia todos que detinham esse poder se comunicarem e<br />

sentirem a presença um do outro. Nesse momento, os três tentaram se concentrar<br />

para vasculharem a região em busca dos outros. Claragar sentiu a presença de<br />

mais Rúnicos vagamente, pois estar morto não facilitava muito. Sailorcheer<br />

estranhou um pouco ao reparar que não sentia a presença de Fei, mas como não<br />

sentia também a do bardo achou que o problema seria ela própria estar muito<br />

cansada. Fei, por sua vez, sentiu uma dor de cabeça terrível a ponto de ficar tonto.<br />

- Eu não sinto muita coisa... eu tô morto... minha conexão com as runas fica<br />

menor! - explicou o bardo.<br />

- É... deve ser o mesmo motivo q eu não sinto nada também... - Fei tentou<br />

entender o motivo de se sentir-se daquela forma - não que eu esteja morto, mas...<br />

deve ser esse monte de ferimentos e perda de sangue...<br />

- Milord precisa de beterrabas. Já comeu a beterraba sarracena, milord? Ajuda a<br />

repor o sangue!<br />

- Ahn... e você... tem uma dessas aí? - disse Fei, com um certo entusiasmo diante<br />

da explicação de Claragar.<br />

- Infelizmente não... elas mordem! E de dentro pra fora. É complicado...<br />

- Err... deixa pra lá então... - Fei engoliu em seco, tentando imaginar um vegetal<br />

daquele tipo. Sailorcheer, após analisar brevemente o mapa e ignorar os delírios<br />

de Claragar sobre a tal Sarracenia, se virou para os dois Rúnicos.<br />

- Vamos procurar os outros... - e voltou-se para Dunhan, que mantinha-se ao seu<br />

lado, manso - querido, temos que chegar aqui...<br />

- Pera aí, pesadelo!!! - Claragar cutucou uma poça de ectoplasma que estava no<br />

chão e em seguida sujou alguns pontos do mapa com aquela gosma, deixando<br />

Sailorcheer com cara de nojo. - Pronto! Agora os monstros não estarão mais no<br />

caminho!<br />

- Ahn? - Sailorcheer ficou com uma expressão confusa, não entendendo a lógica<br />

do bardo.<br />

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- Eu estava cutucando o mapa... pros bichos que estavam ali saírem do lugar!<br />

Sailorcheer e Fei se entreolharam. Não seria a primeira e provavelmente nem a<br />

última ação bizarra que o bardo Rúnico tomaria enquanto estivessem juntos.<br />

Suspiraram, tomando coragem para o que viria e, enquanto Fei montava em<br />

Dunham novamente, Sailorcheer indicou-o para o bardo.<br />

- Eu acho que não cabemos nós 3 em cima dele...<br />

- Eu atravessei meia Niffelheim e alcancei vocês... a pé...<br />

- Então larguemos o bardo a própria sor... digo, vamos na frente com o pesadelo. -<br />

Fei, consertou sua fala e falou baixinho para Sailorcheer - Agora que sabemos<br />

onde devemos ir, fica mais fácil de sair daqui...<br />

- Então vamos... decorou onde fica, bardo?<br />

- Claro que sim, minha memória é infalível!<br />

- Cuidado com o enlatado, ele deve estar furioso! - Sailorcheer fez uma cara séria,<br />

imaginando o que o Senhor dos Mortos faria com Claragar se descobrisse que era<br />

seu amigo. Ao terminar de visualizar a cena, fez o possível para disfarçar um<br />

sorriso.<br />

- Claro... - Claragar acenou positivamente, imaginando o tal "enlatado" como uma<br />

lata de sardinhas gigante.<br />

Enquanto Sailorcheer e Fei começaram a cavalgar, Claragar sentou-se na frente<br />

de uma pedra que encontrou no chão, conversando com ela como se os dois<br />

Rúnicos não existissem mais. Buscou em seguida um baralho no meio da<br />

vestimenta e começou a jogar cartas com o objeto inanimado, empolgadamente.<br />

Fei, reparando naquilo, não resistiu em apontar para um riacho e chamar a<br />

atenção do bardo.<br />

- Bardo... vi vários parentes dela dentro daquele riacho!! Acho que estão se<br />

afogando!<br />

- Opa!!! Vou salvá-las!!! - Claragar pegou a pedra, o baralho e saiu correndo na<br />

direção do riacho. Enquanto Fei não parava de rir da cena, Sailorcheer, meio<br />

emburrada, só pensava em chegar logo na região do mapa que Claragar havia<br />

indicado, fazendo Dunhan cavalgar ainda mais rápido.<br />

Posted <strong>by</strong>: Itaho Ping Sep 22 2008, 12:11 PM<br />

eu não li isso AWHEUAWHEUwaheuwaheuwa<br />

esse bardo é muito comédia mano XDDDD<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 22 2008, 05:57 PM<br />

Bardo ou Kane... to com um probleminha operacional... eu achei que tinha salvo<br />

mas dei o comando fora da sala de chat entao..... nao tenho nada do momento<br />

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que todos se juntam e saem de Niffelheim da maneira como vcs sabem bem =X<br />

*dah com a cabeça na mesa do micro* burraburraburra!<br />

Algum de vcs por acaso salvou ou poderia fazer um breve relato do que<br />

aconteceu?<br />

Posted <strong>by</strong>: Kanehito Sep 22 2008, 07:46 PM<br />

era pra salvar? hauahuahuahau<br />

eskeça! eu naum salvei nada! posso contar o que lembro via msn...<br />

Posted <strong>by</strong>: By-Tor Sep 23 2008, 01:44 PM<br />

[OFF]Nota: esqueça o que vou leu sobre os rúnicos e suas atuais posições...<br />

Venha comigo e volte no tempo, no tempo que homens justos e limpos são<br />

enganados por magias mentirosas e por homens com o ego maior que seus<br />

corpos. Um tempo que By-Tor estava ferido depois de lutar contra Passadina<br />

Jones. Se você não sabe do que eu estou falando... Então, amigo, você não leu<br />

essa parte dos Rúnicos corretamente.<br />

Agradecimentos especiais a Sailor - eu e ela somos preguiçosas e sempre<br />

perdemos os rp's em algum lugar...<br />

[/OFF]<br />

*Voltando no tempo, bastante mesmo...*<br />

Casa em Prontera<br />

Os seios dela quase pulavam pra fora do decote ousado do vestidinho de couro<br />

que mal cobria as coxas bem feitas. Dali, a fina combinação de meias e cinta liga,<br />

dava o ar que ela precisava. Os longos cabelos caiam como uma deliciosa cascata<br />

a suas costas e ela brincava com sorrisos e mexia o quadril provocantemente.<br />

O homem a sua frente, sentado na cama, a observava com atenção. Como o<br />

vestido colava-se ao corpo dela e como ela era fantástica dançando lentamente<br />

em cima daqueles saltos. Sua mulher nunca conseguiria tal façanha e era por isso<br />

que homens como ele, procuravam a diversão em mulheres como ela, como<br />

Lisandra Trueheart.<br />

Sair com ela era quase um privilegio de poucos, já que ela selecionava bem os<br />

que viria a entreter. E ele escutara boatos que quando um homem se apaixonava<br />

por ela, Lisandra nunca mais olhava pra ele. Não que fosse seu caso, ele amava<br />

sua esposa, mas ele admitia que ela nunca seria sensual, quente e úmida da<br />

forma que Lisandra era. E de onde estava, ele observava bem o sexo dela, coberto<br />

por uma fina renda, e sabia como ele era maravilhoso. Mulheres assim salvavam a<br />

vida que havia dentro dos homens, a exploravam e traziam a tona.<br />

Haviam mulheres e havia Lisandra Trueheart. Ela era deliciosa e ninguém ousava<br />

questionar isso – desde que eles tivessem olhado pra ela da forma que ela<br />

merecia ser olhada: nua. E que homem, como ele, conseguiria sair com uma<br />

mulher como aquela? Ele sabia da educação dela, da forma que ela segurava os<br />

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talheres e como seus pés sempre tocavam as pernas do homem que jantava com<br />

ela, em busca de diversão ou somente para provocá-lo.<br />

Olhava os seios fartos e sentia as mãos formigando pra tocá-los, mas ele já havia<br />

saído com ela tempo suficiente pra saber que não era o que ele queria que<br />

importava e sim, o que ela queria e como o queria, e por Freya, a mulher tinha<br />

idéias excitantes e diversificadas. Nunca se cansaria dela. Ela mandar e ele<br />

obedecer era magnífico e pelo prazer que sentiria em ter aquela mulher, ele não<br />

se importava de ser “escravo” dela pelo tempo que ela o desejasse.<br />

Ela tocou os fechos que prendiam o vestido e olhou para ele, por baixo da massa<br />

de cabelos roxos, e sorriu somente porque ela via o estado que conseguia colocar<br />

um homem apenas por rebolar um pouco. Aquele tipo de poder era pra poucas, e<br />

certamente por isso que muitas esposas a odiavam. Problemas delas que não<br />

sabiam usar seus maridos como deveriam ser usados. Abriu fecho por fecho e<br />

quase riu, quando o homem ameaçou babar. Ela não havia aberto todo o vestido e<br />

não precisava fazer isso pra que aquele homem logo sujasse suas calças, de tanta<br />

ansiedade e excitação. Sim, porque ele ainda estava vestido e embora Lisandra<br />

amasse os contornos masculinos, ela gostava quando os despia lentamente e<br />

podia sentir com seus dedos cada parte que a fascinava. Não precisava de curvas,<br />

ela gostava daquela rigidez, dos ombros largos e de pernas grossas.<br />

Ela ergueu a perna e a colocou entre as pernas do homem e acompanhou quando<br />

ele tocou a meia que cobria a perna e beijou a perna com devoção. Ranulpho não<br />

era nada perto do que outros homens conseguiam fazer com ela, mas nenhum<br />

deles era tão bom quando ela os comparava com By-Tor. O homem a sua frente,<br />

era delicado demais, a pegava sem muita força e quase não falava nada do que<br />

ela gostava de ouvir. Mas pensar em By-Tor não a ajudaria agora, ela poderia ser<br />

dele em outro momento, naquela ela deveria se dedicar somente a Ranulpho e<br />

quem sabe, ensinar um ou dois truques a ele.<br />

- Devagar, minha deusa – ele murmurou, enquanto beijava cada centímetro de<br />

meia tirada. Ela sorriu novamente. Gostava dos homens na mesma posição como<br />

aquele, subservientes e prontos pra realizar o que ela queria. Ela somente não<br />

contava com essa tática quando estava com o “seu príncipe”, quando ele a<br />

segurava com força e usava de uma violência para possui-la. Não, ela não gostava<br />

de violência vinda dos outros, mas sempre gritava quando estava com ele e<br />

implorava pra que ele se metesse com força dentro dela. Ele sempre fazia isso,<br />

aquela violência levemente dolorida e extremante prazerosa, seu corpo reagia com<br />

a mesma violência, chocava-se contra o dele com força. Ela sempre se perguntava<br />

como eles não se machucavam e entendia que não havia melhor do que deixar<br />

By-Tor conduzi-la. Era quase um estupro.<br />

Só de pensar nele, Lisandra sentia-se mais animada e molhada pra o que<br />

desejava com Ranulpho.<br />

Foi então que o homem parou e apurou os ouvidos. Depois de alguma<br />

confirmação, ele levantou-se e a empurrou de lado, olhando pra porta.<br />

- Minha nossa, minha esposa está aqui!<br />

- Mas você não disse que ela estava em Payon?<br />

- Eu também achei... Você tem que ir embora... Vai vai... Ela vai encher você de<br />

porrada se a ver aqui e eu também vou apanhar.<br />

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Ele começou a recolher o casaco longo dela e pegou a pequena bolsa e a<br />

empurrou em direção a janela. Quase com desespero, ele procurou uma gema<br />

qualquer e usou seus parcos conhecimentos pra abrir um portal e empurrou<br />

Lisandra sem nenhum carinho pra dentro da luz azulada. O portal se desfez no<br />

momento que a esposa abria a porta do quarto, e farejava o ar como um animal de<br />

caça. Ranulpho suou frio e então abriu seu melhor sorriso.<br />

- Mas já voltou? Que surpresa, meu amor. Eu estava morrendo de saudades.<br />

- Hmmm... Estava mesmo? – ela sorriu.<br />

- Sim. Claro. Pra todo o sempre – ele aproximou-se da esposa e deu um beijo<br />

qualquer nela, odiando-se por ter que se contentar com ela, quando podia estar<br />

com Lisandra Trueheart. A esposa olhou para as calças dele, depois do rápido<br />

beijo e riu, animada com a excitação dele – suas amigas que sabiam que ele já<br />

não cuidava mais dela como ela queria – e o olhou nos olhos.<br />

- Eu quero – disse, apontando pras calças dele. Ranulpho olhou pra baixo e riu<br />

sem graça, enquanto sua mente gritava “nãããoooooo”.<br />

- Claro, meu amor...<br />

Lisandra caiu do outro lado do portal num lugar sujo. Ajeitou o salto que havia<br />

saído do pé e pegou a bolsinha do chão. Ergueu-se e vestiu o casaco, frustada.<br />

Tivera sua dignidade perdida com aquele homem, e enquanto fechava novamente<br />

seu vestido, ela concluía que nunca mais iria querer vê-lo novamente. Ninguém a<br />

tratava assim, a dispensando como se estivesse fazendo algo errado, sendo que<br />

ele havia pago pelos serviços dela. Se ele tinha esposa, que ela tinha com isso?<br />

Teria que começar a selecionar novamente seus canditados, pra que não sofresse<br />

novamente com aquele tipo de situação, na qual sentia-se humilhada e era tratada<br />

como se fosse uma qualquer. E ela não era, era Lisandra Trueheart. Pegá-la pelo<br />

braço com ousada violência – e ela não sentira nada, não era a mão de By-Tor em<br />

seu braço e não era sua violência apaixonada – e quase arremessá-la pelo portal.<br />

Pra aquele lugar...<br />

E onde diabos ela estava?<br />

Olhou em volta e viu aquele abrigo em ruínas. Escutou uns sons estranhos e<br />

contornou o local, olhando com cuidado. Ela não reconhecia onde estava, com<br />

aquelas tábuas soltas no chão, a janela caída, a casa em ruínas. Além de grosso –<br />

e não da forma que ela gostaria – Ranulpho não sabia nem mexer com Portais<br />

ainda. Ela sempre se perguntava como pessoas como ele conseguiam obter a<br />

chance de serem sacerdotes se nem ao menos sabiam usar gemas azuis ou curar<br />

uma pessoa com real presteza. Tudo bem, ela também não sabia muito coisa, mas<br />

ela se esforçava em aprender.<br />

Escutou um gemido e o som de algo se chocando contra a parede. Esgueirou-se<br />

pela parede em pedaços e olhou por uma fresta. O que vira não se parecia em<br />

nada com o que ela tinha em mente e ainda viu quando By-Tor escorregou por<br />

uma parede no lado oposto da sala que ela observava, parecendo muito ferido.<br />

Apareceu e correu até ele, agora desastrada nos saltos altos e achando que não<br />

estava vestida de modo apropriado para encontrá-lo – não que ele fosse se<br />

importar ou que estivesse em condições de notar isso. Ainda assim, ela gostaria de<br />

ter penteado os cabelos, de estar com outro vestido, ou com a meia ajeitada na<br />

sua perna. E aqueles saltos prendiam nas frestas do chão, a fazendo perder<br />

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levemente o equilíbrio.<br />

- By-Tor?<br />

Segurou a cabeça dele com cuidado, notando que o ouvido sangrava. Ela<br />

encheu-se de preocupação e observou quando ele abriu lentamente os olhos. A<br />

princípio, ela teve a impressão que eles estavam totalmente escuros, mas ele<br />

piscou lentamente e ela voltou a ver o cinza metálico que ela tanto amava, que lhe<br />

dava arrepios de excitação. Antes, um olhar como aquele causaria arrepios em<br />

Lisandra, pois não gostava que as pessoas a olhassem com tanta profundidade,<br />

mas quando ele a olhava, ela sentia todas aquelas bobagens que ouvira falar a<br />

vida toda, sobre pessoas que liam as almas, que desvendavam segredos e que<br />

diziam com olhares aquilo tudo que nunca conseguiriam falar. Sentia-se assim<br />

com ele, e de alguma forma, aquilo não incomodava, pelo contrário, era algo<br />

confortável.<br />

- Meu querido – murmurou, ajoelhando-se na frente dele e procurando ferimentos<br />

mais graves pelo corpo dele. – Meu querido – repetiu, quando ele segurou seu<br />

pulso com força e abriu a boca pra falar alguma coisa, mas não disse nada. – Eu<br />

vou cuidar de você – ela garantiu, enquanto o via girar os olhos, aquele olhar vazio<br />

que ela vira muitas vezes em alguns doentes. O que tivesse acontecido a ele,<br />

agradecia que estava ali e que poderia cuidar dele. By-Tor estava longe de ser<br />

parecido com os homens com os quais ela travava seus desejos, sua atitude<br />

elevada, seus gestos seguros e precisos, sua limpeza exagerada, aquele perfume<br />

que pertencia somente a ele. Os cuidados que ele tinha em dobrar as roupas dela<br />

depois que as havia arrancado com violência e as arremessado pelo quarto, ou<br />

como ele penteava seus cabelos, como achava divertido cuidar dela.<br />

Ele soltou a mão lentamente e ela notou quando a runa marcada na mão dele,<br />

brilhou. A mão escorregou pela perna exposta dela e caiu entre suas pernas. Ele<br />

começou a fechar os olhos lentamente e ela o sacudiu.<br />

- Não durma. Fique comigo, By-Tor. Acorde.<br />

Ele não podia dormir, ela lembrava de suas leituras que muitas vezes dormir não<br />

era um bom sinal e embora não soubesse ao certo que havia acontecido a By-Tor<br />

ou o que ele fazia ali, ela havia sido tomada por uma aflição desesperadora,<br />

quando o viu fechar os olhos. Era como se ele estivesse morrendo e ela<br />

simplesmente não podia pensar a respeito sem sentir seu coração pesado. O<br />

sacudiu com tanta força, que ele abriu os olhos. Agora teve a certeza que eles os<br />

olhos estavam negros, uma cor viscosa e que ele olhava profundamente pra ela.<br />

Dessa vez abriu a boca e murmurou algo que ela não entendeu por ser um dialeto<br />

desconhecido, parecido com as coisas que ele murmurava quando estava bravo,<br />

palavras que não tinham nenhuma sonoridade aos ouvidos dela e que a fazia rir<br />

quando o escutava falando, e ainda mais quando ele pedia desculpas, beijando<br />

sua mão, constrangido por estar usando palavras vulgares na presença dela. Ela<br />

não se preocupou em decifrar o que ele falava, pois logo a mão dele adquiria<br />

força, a segurou pela nuca e a trouxe para um beijo rápido. Ele falou mais alguma<br />

coisa contra seus lábios, com seus olhos fechados, palavras que dessa vez<br />

soaram delicadas e sonoras a seus ouvidos, então se afastou, abrindo os olhos<br />

totalmente negros, cravados nela como se o que ele tivesse dito pudesse causar<br />

alguma reação nela, deu um sorriso adorável e então desmaiou na sua frente. Seu<br />

coração batia com tanta força e tudo a sua volta havia sumido, enquanto ela o<br />

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olhava caído a sua frente.<br />

Não tinha forças pra erguer o pesado cavaleiro e ficou desesperada, batendo no<br />

rosto dele, esperando que ele acordasse, o que não aconteceu. Ele sangrava em<br />

algumas partes do corpo e ela estava aflita com a situação dele e porque ele<br />

estava ali, ferido e sem forças. Alguém poderia tentar matá-lo e By-Tor sempre a<br />

alertara sobre homens estranhos que poderiam aparecer atrás dele. Será que um<br />

daqueles homens estava envolvido nisso? Olhou em volta, vendo amuletos<br />

semiqueimados, uma poça de sangue e marcas estranhas no chão. Estava claro<br />

que ele havia batalhado com alguém e se não prestasse logo socorro, poderia<br />

perdê-lo pra sempre – e a idéia tornava-se absurda até mesmo pra ela, uma<br />

mulher sofisticada que estava longe de se envolver emocionalmente com alguém.<br />

Jurou a si mesma que sua preocupação era somente que ninguém nunca a levaria<br />

aquele patamar de prazer que havia experimentado com aquele homem e que<br />

ninguém nunca seria mais tão gentil e dedicado como ele era.<br />

Mas ela nunca o largaria ali. Revirou a pequena bolsa em busca de algo que<br />

pudesse ajudá-la, já que By-Tor não iria acordar. Ergueu-se e seu salto prendeu<br />

numa fenda no chão e ela o tirou e saiu mancando pra fora da casa, procurando<br />

alguém. A idéia de deixá-lo ali não lhe parecia boa, mas ela nunca conseguiria<br />

erguer ele e arrastá-lo pra fora poderia piorar seus ferimentos. Perdeu o outro salto<br />

depois, caminhando com suas meias cara cobrindo seus pés delicados naquele<br />

lugar horrível. Não demorou a encontrar uma espécie de taverna e quando entrou<br />

nela, todos os homens do lugar, feios e mal cuidados olharam pra ela com<br />

atenção. Lisandra endireitou o corpo e não fechou o casaco, explicando que<br />

precisava de ajuda, que alguém estava ferido.<br />

- E o que uma garota como você faz por aqui?<br />

Haviam perguntado e ela nunca teria tempo pra explicar. Em outra oportunidade,<br />

ela poderia ter dançado a todos aqueles homens, sobre aquela mesa suja e tê-los<br />

divertido com a simples visão do seu corpo e de suas curvas delirantes. Muitas<br />

coisas não precisavam terminar em sexo, pra que ela sentisse prazer. Homens<br />

olhando seu corpo lhe dava prazer. Um entregador de bebidas notou o desespero<br />

dela e decidiu ajudá-la, quando podia notar que um mulherão daqueles nunca<br />

estaria num lugar pobre como aquele. Ele transportou By-Tor em seu carrinho de<br />

entregas e tendo a mulher aflita a seu lado, a levou até onde sabia estar uma<br />

funcionária kafra, que os despachou para a cidade pedida pela mulher.<br />

By-Tor escutou uma canção suave, que lembrava as velhas canções que ele ouvia<br />

as mulheres cantarem em sua terra, canções que falavam de corações partidos ou<br />

de amores perdidos pra batalhas. Algo gelado era passado com certa delicadeza<br />

em sua testa, algo que tinha um característico perfume de ervas medicinais, um<br />

aroma agradável e que o lembrava dos antigos perfumes que havia conhecido em<br />

Cômodo quando fora visitar a cidade. Abriu os olhos lentamente e seu olhar<br />

focalizou Lisandra Trueheart debruçada sobre ele, tão maravilhosa quanto ele<br />

conseguia lembrar, com aquela fina combinação cobrindo os ombros delicados e o<br />

cabelo longo trançado escorregando por um dos ombros, da mesma forma que<br />

uma alça caia também.. Uma tontura o atingiu e ele fechou os olhos novamente,<br />

franzido a testa. Ele não fazia a menor idéia de como fora parar ali mas não estava<br />

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mais preocupado, já que Lisandra estava ali.<br />

- Você acordou! – a voz dela o tocou profundamente.<br />

- Ainda nón – ele murmurou com a garganta seca.<br />

- Estava tão preocupada – ele jurou ter escutado uma embargação na voz dela,<br />

mas descartou a idéia. Lisandra era uma mulher inalcançável, até mesmo para um<br />

príncipe como ele. – Está se sentindo melhor?<br />

Todos aqueles anos atendendo na enfermaria de Geffen serviram pra alguma<br />

coisa, ela pensou, enquanto molhava uma toalha na água fria e torcia, pra voltar a<br />

colocar na testa de By-Tor.<br />

- Você está assim há dois dias e três noites – ela murmurou, beijando com carinho<br />

o queixo dele coberto por uma barba rala. – Você quer alguma coisa? Tome um<br />

pouco de água.<br />

Ela ergueu com cuidado a cabeça dele e o fez beber água. Ele abriu os olhos<br />

novamente e ficou encarando Lisandra, com aquela intensidade perturbadora.<br />

Moveu a mão enfaixada e tocou o rosto dela.<br />

- Vozê ficou aqui? – sua voz não passava de um sussurro fraco.<br />

- Claro que não – ela sorriu quando ele acariciou seu rosto – Eu tenho outras<br />

coisas pra fazer... Coisas que você já sabe que eu faço.<br />

By-Tor não falou nada, embora não acreditasse no que ela havia dito. Havia um<br />

cansaço estampado no rosto dela, e os olhos que brilhavam de emoção agora,<br />

exibiam olheiras horríveis. Pobrrrre Lisandrrrra. Ainda assim ele sorriu e seu<br />

polegar deslizou pelas olheiras. Por Stratos, como ele gostava daquela mulher.<br />

- Obrrrrigado, meu amorrrr – ele murmurou, sentindo que ficava vermelho por ela<br />

ter ficado corada. Ele desviou os olhos e notou que estava na casa dela, um lugar<br />

que ela não levava ninguém e que mostrava tão bem sua personalidade adorável e<br />

insaciável.<br />

- Eu não sabia pra onde levá-lo. Eu não sabia o que havia acontecido com você e<br />

o trouxe pra cá, onde eu sei que ninguém irá incomodá-lo.<br />

- Eu nón sei o que aconteceu – voltou a olhar pra ela – Mas quando eu verrrr<br />

aquele homenzinho na minha frrrrente novamente, eu vou corrrrtarrrr a cabeza<br />

dele forrrra.<br />

- Claro que vai – ela sorriu novamente – Agora procure descansar mais, pra que<br />

fique totalmente recuperado e possa me contar com detalhes o que aconteceu.<br />

By-Tor sentia-se limpo e levemente perfumado, embora aquele perfume não fosse<br />

seu. A cama de Lisandra era grande e macia e aqueles lençóis limpos o<br />

agradavam muito. O quarto exibia uma coleção de bibelôs de animais de Rune<br />

Midgard e uma coleção de artigos de beleza, ainda possuía uma janela imensa e<br />

uma varanda onde ela tinha flores. A cor azulada das paredes refletia uma calma<br />

de espírito até mesmo nele e ele gostava daquele candelabro de prata com<br />

pequenas flores decoradas. Ele lembrava do imenso tapete que cobria o chão,<br />

aquela penteadeira, a porta que levava ao armário dela – que ocupava uma sala<br />

toda e ele sempre queria saber pra que tantas roupas. E havia aquela caixa<br />

decorada com fumacentos no chão, que ela nunca olhava, mas que fazia questão<br />

que ficasse dentro do seu quarto. Ele lembrava com exatidão do quarto dela,<br />

assim como se lembrava com exatidão de muitas coisas que havia visto somente<br />

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uma vez.<br />

Ela removeu o pano e deitou-se ao lado dele, aconchegando-se em seu braço e<br />

fechando os olhos pra descansar por alguns minutos. Logo adormeceu e By-Tor<br />

depositou um beijo no rosto dela e a cobriu com o lençol de linho de Morroc que<br />

estava em volta da cintura. Notou-se nu e cheio de ataduras, mas não se<br />

incomodou. Assim que a viu coberta e acomodada, ele ficou ouvindo a respiração<br />

dela e acabou por adormecer novamente.<br />

Continua na Parte 2, em algum dia...<br />

E eles não são fofos?<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 23 2008, 06:23 PM<br />

Huahuahuaua, ficou muito bom!<br />

Desse jeito, logo surgem Torzinhos por aih<br />

Quero ver a parte 2 logo *tapa*<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Sep 23 2008, 07:46 PM<br />

Awnnnn... eu amo tanto o Tor... Ele só perde pro Fei...<br />

E eu juro q vou trabalhar mais na personalidade da Lisa, assim eu facilito seu<br />

trabalho.<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 23 2008, 10:53 PM<br />

Depois daquele encontro inusitado com o bardo desprezível, seguimos rumo ao<br />

suposto lugar que encontraríamos aquele monge certinho e os outros. A Katrina<br />

mantinha aquele mapa, que o bardo fez questão de sujar todo com sangue e<br />

ectoplasma, aberto, acompanhando atentamente onde estavam as tais manchas<br />

que, pelo que o bardo disse, não haveriam monstros. Eu realmente duvidei<br />

daquilo, mas Katrina me disse que o ser bizarro já tinha usado a mesma técnica<br />

em Glast Heim, quando aquele elfo maldito Seth tinha me aprisionado. Vai ver<br />

esse bardo é algum mago enrustido e eu não sei...<br />

E não é que aparentemente deu certo? Ou foi muita coincidência, ou o bardo<br />

realmente sabia o que estava fazendo, por mais estranho que isso possa ser.<br />

Tempos depois eu pude ver o Kanehito e o Metta, com alguém capotado ao lado<br />

deles. E parece que só eu pude vê-los direito, já que o monge se colocou em<br />

postura defensiva, com inúmeras esferas de energia girando ao redor dele<br />

conforme avançávamos na direção deles. Avisei a Katrina e imediatamente ela fez<br />

o pesadelo parar de andar. Fiquei gesticulando no pesadelo em vão, mas a<br />

Katrina me disse que havia conseguido falar com o Kane mentalmente.<br />

Ótimo! Descemos do pesadelo e fomos encontrá-los. Finalmente descobri quem<br />

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estava capotado ao lado do Kane e do Metta. Era aquele general maluco, o Kin.<br />

Pelo estado da armadura dele, imaginei que ele tinha levado uma pancada um<br />

pouco pior que eu daquele mestre-ferreiro idiota. Mas, por sorte, ele continuava<br />

vivo... ao menos parecia. Mestre e monge devem ter socorrido o pobre "imperador"<br />

maluco...<br />

Ficamos poucos minutos conversando até que reparei numa conversa esquisita ao<br />

nosso lado, atrás de uma estátua que estávamos nos apoiando. Lá estava o bardo<br />

novamente, jogando cartas com umas 3 ou 4 pedras que ele "conheceu" lá. Kane<br />

se assustou ao encontrá-lo daquela forma, já a Katrina ficou mostrando o mapa<br />

que havia conseguido para o Metta, na esperança dele falar alguma coisa a<br />

respeito. Não que ele tenha falado... ele nunca fala nada mesmo!<br />

Kane observou brevemente a estátua que estava ao seu lado, intrigado. Disse que<br />

parecia com aquele arruaceiro emburrado Rúnico. Bah, vai ver alguém que ele<br />

matou lá na terra dos vivos fez uma homenagem aqui em Niffelheim! Esse povo<br />

que sempre vê tudo pelo lado negativo...<br />

Mas o monge certinho se preocupou por não sentir a presença nem do bebum<br />

Nodles, nem do velhote. O Metta comentou que, quando arrastava o Kin<br />

inconsciente para conhecer o lugar em que estavam, passou pelo que parecia ser<br />

uma taverna; porém, com exceção a algumas flechas caídas no caminho, não<br />

tinha visto sinal nenhum do caçador. E nenhum dos monstros que ele asurou quis<br />

comentar sobre o assunto também. Será que ele lembrou de perguntar ANTES de<br />

afundar o punho no meio da cara deles? Resolvi não perguntar sobre isso, nunca<br />

foi e nunca será uma boa idéia deixar o Metta furioso.<br />

E quanto ao velhote... decerto ele está dentro de algum casebre, confundindo<br />

algum morto por aí com uma bela garota e pedindo para ela preparar um leite<br />

fresco com bolachinhas pra ele. E provavelmente vai se lembrar que está sem o<br />

seu cajado no momento que o morto já estiver comendo metade de sua mão. Tem<br />

horas que penso que o tal cajado é apenas fruto da imaginação do velho gagá,<br />

como se fosse um amigo imaginário. Acho que eu nunca vi esse artefato entre as<br />

mãos do velho. De qualquer forma, não vejo como um velhote caído daqueles faria<br />

falta para nós. O cara mal se mantinha em pé! Acho que já estava na hora dele<br />

ficar procurando o famigerado cajado dele no além. E acho que até o fez, por isso<br />

não estamos mais sentindo ele. Por que afinal... DUVIDO que um velho daqueles<br />

teria se safado de um golpe daquele ferreiro! De repente o bebum até conseguiu<br />

desviar com os truques que o ensinei, mas o velhote? Uma história dessas seria<br />

campeã de piadas, como qualquer outro conto do bardo desprezível...<br />

A única coisa que eu tinha em mente era quando aquele inferno iria acabar. Me<br />

aproximei do bardo e "sem querer" dei um chute próximo à "mesa de baralho"<br />

deles, arremessando alguns "jogadores" para longe. Pobres pedras, até delas eu<br />

sinto pena por terem que suportar um ser tão doido varrido como o bardo. Ele<br />

começou a protestar por eu ter atrapalhado o jogo dele, mas Katrina chegou em<br />

seguida, querendo que ele ajudasse a resolver logo a nossa situação. Afinal, o<br />

bardo parecia estar mais acostumado a vagar por mundos que qualquer outro<br />

presente ali.<br />

O bardo pensou um pouco, nos indicou um caminho e seguimos todos juntos, o<br />

Metta "delicadamente" arrastando o Kin por um dos pés. Katrina e Kane ficavam<br />

mais a frente, conversando sem parar e protestando a cada fala do bardo. Foi<br />

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quando ele nos deu uma solução... típica dele. Chegamos num pequeno morro e<br />

ele nos mostrou um artefato rústico, deteriorado pelo tempo e pelo ambiente. Ele<br />

nos falou que aquilo seria uma "catapulta" que nos arremessaria na direção de um<br />

portal que existiria dentro da sala principal da tal deusa que comanda essas<br />

terras, uma tal de Hel. Eu fiquei meio assustado, tamanha era a precisão do<br />

cálculo que o bardo fez: todos nós seríamos arremessados juntos dentro de um<br />

cesto, passaríamos por uma janela dentro do castelo da deusa, que o bardo já<br />

tinha aberto algum tempo antes, e quicaríamos de forma perfeita no chão a ponto<br />

de todos nós cairmos no portal, que ficaria exatamente atrás do trono dela.<br />

Logicamente todos protestaram. Pude sentir até mesmo o Kin, inconsciente,<br />

resmungar contra aquele plano absurdo. Porém o bardo tem aquela conversa<br />

dele... aquela forma maníaca de convencer qualquer um a fazer o que ele diz.<br />

Depois de aguentá-lo nos enchendo aproximadamente por uma hora que aquilo<br />

daria certo, percebemos que era melhor pular logo do cesto que ficar ouvindo o<br />

bardo falando por toda a eternidade que aquilo nos tiraria de lá. Entramos nós 5<br />

dentro do cesto, coloquei o Kin bem na nossa frente para que servisse de escudo,<br />

afinal, ele não protestaria. Kane também colocou algumas placas metálicas bem<br />

na frente do cesto. Agarrei a Katrina junto a mim, e ela já estava com os olhos<br />

fechados, imagino que só de imaginar a altura que aquele negócio nos jogaria ela<br />

já estava morrendo de medo. Metta, imponente, ficou em pé, observando o<br />

horizonte.<br />

E no momento que o bardo nos disse adeus e cortou uma corda que prendia a<br />

catapulta armada, tudo passou muito rápido. Pude ver alguns pedaços de uma<br />

armadura estilhaçada de um morto vivo que saltou dentro do cesto no momento<br />

que fomos arremessados e levou um asura do Metta que doeu até em mim. E<br />

pude também ouvir a voz do Kin, que acordou no momento do arremesso, gritando<br />

freneticamente pelo seu sonhado "Império Rúnico", a medida em que alguns<br />

cacos de vidro se espalhavam pelo cesto. Acho que alguém deve ter fechado a<br />

maldita janela.<br />

Assim que ouvi a voz do Kin, senti um baque e reparei que o cesto do bardo<br />

quebrou inteiro ao atingir o chão pela primeira vez. O impacto fez todos nós<br />

sermos arremessados ao ar novamente e eu pude ver aquele portal imenso do<br />

castelo se aproximando de mim.<br />

Ou melhor... EU estava me aproximando dele, cada vez mais, como se ele<br />

estivesse me tragando. Maldito bardo, ele conseguiu de novo! Quando senti<br />

aquela luz azulada do portal me envolver, fechei os olhos brevemente.<br />

Senti uma forte pancada na cabeça e por um breve instante não consegui respirar.<br />

Mexi meu braço direito e reparei que ele estava livre, minha cabeça estava<br />

afundada num monte de areia. Com um certo esforço a retirei, e puxei o ar como<br />

se tivesse sido a primeira vez. Abri os olhos e dei de encontro com um céu<br />

estrelado e uma lua meio escondida entre as nuvens. Olhei em minha volta e vi<br />

que os outros estavam se contorcendo no chão, se recuperando do impacto.<br />

Katrina, estirada no chão, mantinha uma expressão de total alívio olhando para o<br />

céu.<br />

E pude ver no horizonte duas pessoas se aproximando. Uma delas não fazia idéia<br />

de quem seria, mas a outra era um veeeelho conhecido. O bardo estava correndo<br />

na nossa direção, com um sorriso vencedor no rosto, acenando para a gente.<br />

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Segundos depois, o bardo deu meia volta e começou a fugir após um comentário:<br />

"E não é que deu certo mesmo?". Logicamente, Kane e Katrina começaram a<br />

correr atrás dele para surrá-lo por termos sido usados de cobaia para o seu<br />

grande artefato.<br />

OFF<br />

*levanta as maos para o ceu e um coro vem em seguida* ALELUIA!!!!<br />

Após um looooooooooongo ano... finalmente conseguimos fechar essa aventura!!!<br />

*chorando de emoçao*<br />

Bem, miguxos... agora estah declarada oficialmente a abertura dos RPs dos<br />

Runicos no <strong>otRO</strong>! Atualizem as fichas dos seus personagens com os ultimos<br />

acontecimentos relatados ateh aqui e bora começar a RPar ingame! XD<br />

Tem muitos ganchos que podem ser usados, muitas coisas a ser aprendidas e<br />

descobertas, novos Runicos para serem conhecidos em ON e muitos bardos para<br />

surrar! (principalmente se vc for na taverna e tomar varios canecos de vinho antes)<br />

\o/<br />

Runicos, despertai o espirito RPlayer que existe dentro de vcs \o/<br />

Tah, parei... vou lah! Espero que tenham gostado do desfecho, fiz o melhor que<br />

pude sem os savechats! (leia-se escrevendo conforme fui lembrando)<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Sep 24 2008, 05:12 PM<br />

Weeeeeeeeeeeeee! E viva a reabertura dos RPs Rúnicosss! Weeeeeeeeee!!!<br />

Posted <strong>by</strong>: Itaho Ping Sep 24 2008, 05:33 PM<br />

Ventos frios percorriam pelas planícies escuras de Niflheim tocando o rosto sedoso<br />

da bela alquimista. Esfregava as mãos desesperada esperando que conseguisse<br />

um pouco de calor naquelas terras gélidas.<br />

- Droga Itaho! Porquê você foi me mandar uma carta depois de morto...<br />

A alquimista parou para se abaixar, procurava alguma coisa em sua bolsa. Retirava<br />

o porta-mapas com pesar da bolsa, percebendo o quão quentinho estava dentro<br />

dela. Niflheim... lembrou da carta alguns dias antes.<br />

Uma estradinha de terra, coberta por flores de cerejeira, aquele úmido e doce<br />

perfume, onde mais poderia ser senão Amatsu? Nada como uma caminhada após<br />

um dia cansativo de pesquisas. Era nisso que pensava a alquimista enquanto<br />

caminhava pela velha estradinha de barro. Via ao longe o templo do lago,<br />

bloqueado por um grupo de Hidras, quem sabe um dia não vire um grande coral?<br />

Já não bastasse a beleza das cerejeiras é claro. Não demorou já estava em sua<br />

velha casinha oriental. Diziam que a casa estava abandonada, os aldeões tinham<br />

medo por causa dos monstros que circundavam a floresta. Isso não era problema<br />

para Nanami, via até um certo charme, afinal, daquela forma não receberia visitas<br />

da receita por um bom tempo, já havia deixado de pagar os impostos de Prontera<br />

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havia meses, que maravilha de lugar era Amatsu.<br />

Se aproximou da casa, e para a sua surpresa uma envelope velho estava enfiado<br />

por debaixo da porta. Aqueles malditos cavaleiros devem ter encontrado a minha<br />

casa, e pensar que estava livre dos impostos... pensou a alquimista com raiva.<br />

Entrou na casa chutando aquela tranqueira, o envelope deslizou devagar sobre o<br />

tapete de urso, Nanami trancou a porta e respirou fundo. Acho que vou ter<br />

problemas com a cavalaria... Se eu tiver que pagar os impostos de Prontera estou<br />

lascada. Mas que diabos? Tamanha foi a surpresa ao ler a carta.<br />

Saudações minha bela irmã!<br />

Nanami querida! Descobri uma coisa muito interessante durante minha estadia em<br />

Niflheim, Lady Hel me ensinou tanto! Até permitiu que eu voltasse ao mundo dos<br />

vivos! Apesar disso estou com um pouco de receio, peguei alguns livros na<br />

biblíoteca morta, tenho certeza de que você gostará de vê-los. Ainda é meio difícil<br />

para mim sair daqui, não tenho certeza se vou reter minha vontade própria, estou<br />

meio que com medo de virar um fantasma de Glast Heim! Hahaha!<br />

Porquê não vem aqui me visitar? Estou meio cansado desses mortos-vivos, pensei<br />

que seria bom ver um rostinho amigo.<br />

do seu querido irmão,<br />

Itaho Ping<br />

A alquimista resmunga em voz alta, apesar da raiva pela falta de consideração do<br />

irmão. Poxa, o cara podia ter mandado uma carta antes, já que não estava preso<br />

lá! Pensa raivosa por ele saber dos sentimentos dela e mesmo assim<br />

negligenciá-los com tanta cara de paú, mas apesar disso tudo, também sentia um<br />

pouco de alívio pelo irmão. Queria tanto vê-lo, nem que fosse para esbofeteá-lo<br />

até que morresse denovo. Não pensou duas vezes antes de fazer suas malas, os<br />

estudos em Amatsu podiam esperar.<br />

Pensou em visitar os rúnicos no caminho, fazia quase um ano que não os via.<br />

Além de sentir que o poder rúnico estava começando a incomodá-la, não fôra mais<br />

de uma vez que a queimadura em forma de Mannaz ardêra em suas costas.<br />

Fitou um troféu dourado em sua estante com orgulho, foi até o criado-mudo de<br />

orvalho, caríssimo e abriu a primeira gaveta.<br />

Alguns livros e canetas judiados pelo tempo, depositou aquele envelope rasgado<br />

com todo amor do mundo, envolveu a carta com um pano de seda e a admirou por<br />

alguns segundos.<br />

Voltando ao presente, sentiu o maldito frio daquele lugar, quase se arrependia por<br />

ter ido tão longe. Ainda mais por um sacerdotezinho mal caráter, os sentimentos<br />

dela oscilavam entre aquela nostalgia pelo querido irmão, e um profundo desprezo<br />

pelo tamanho da encrenca que ele a havia arranjado, quem entende? Depois de<br />

se localizar no mapa, guardou-o dentro da bolsa, ajeitou seu chapéu de palha e<br />

amarrou o seu machado com força na cintura. Pelos deuses, quando eu botar as<br />

minhas mãos no Itaho ele vai se arrepender de ter morrido!<br />

Longe dali no salão de cristal em Hel, Itaho sentia uma calafrio na espinha. Que<br />

estranho, melhor eu fechar essa janela...<br />

Fechando um velho livro negro, Libris Mortis se lia na capa. Aos poucos sentiu um<br />

energia crescente cutucando sua nuca. O fluxo de energia rúnica foi tão intenso<br />

que não pode deixar de pensar alto... beeeem alto.<br />

- Rúnicos? Em Niflheim?<br />

De repente o fluxo de energia pareceu desaparecer, em questão de segundos, foi<br />

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como um flash.<br />

- Maldito seja Claragar! - Dizia Hel que se aproximava com pressa, seu rosto era<br />

amedontrador, nunca havera visto a Lady com tanta raiva em todo um ano de<br />

convivência.<br />

- Minha nossa, o que aconteceu milady, nunca a vi com tamanha fúria.<br />

- Não me fale em milady homem... Aquele odioso bardo vai pagar caro! Meus<br />

súditos mal haviam terminado de consertar aquela vidraça que ele quebrou e ele<br />

já conseguiu quebrar mais outra! - Dizia aos berros a raínha enquanto atravessava<br />

o corredor, sumindo nas sombras.<br />

Itaho se levantou com pressa para verificar o que poderia ter acontecido, será que<br />

haviam todos morrido? Isso seria... uma pena.<br />

De qualquer forma, se Fei estivesse ali, ele concerteza não se negaria a ajudá-lo.<br />

[ OFF ]<br />

Que pena que eu não estava no rp, ia cair como uma luva o Itaho em Niflheim,<br />

hahaha, apesar que foi um bom gancho para encaixar ele na história de novo! \o/<br />

Estou chegando XDDDD<br />

ps: Não resisti ao ver que o plano do Claragar destruiu a vidraça de Hel, denovo!<br />

huahuahuahua<br />

[ / OFF ]<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Sep 24 2008, 05:54 PM<br />

Huahuahauhauhaha! O Claragar soh dah prejuizo pra Hel, pelamor<br />

Muito bom, Itaho! A Nanami vai voltar? *-*<br />

Posted <strong>by</strong>: Itaho Ping Sep 24 2008, 05:55 PM<br />

Mas é claro! eu


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de Morroc permaneciam no seu corpo, intactas. Buscou sua adaga entre as mãos<br />

e percebeu a runa emitindo luz, fato que poucas vezes ela viu acontecendo.<br />

Também reparou que os ferimentos que havia recebido em Niffelheim não existiam<br />

mais e por um momento gelou. Será que a Valquíria tinha a levado, mesmo sem<br />

ser essa a vontade atual dela? Ou será que ela mesma não tinha resistido ao<br />

retorno a RuneMidgard, naquele plano bizarro de Claragar? Mas ela lembrava de<br />

ter sentido a areia do deserto de Morroc em seu corpo e mesmo de ter corrido<br />

atrás do bardo assim que voltaram para RuneMidgard, o que teria acontecido?<br />

Ela não se recordava de nada.<br />

Engoliu em seco, levantou-se e começou a caminhar, olhando em todas as<br />

direções. Tirando a fauna e a flora do lugar, não via mais ninguém. Começou a se<br />

sentir extremamente solitária e, conforme caminhava, sentiu seu coração apertar<br />

ao reparar em seu anel de casamento no dedo anelar. Não ouvia nada a não ser o<br />

som ambiente, nem um chamado de alguém. E também não sentia Fei por perto.<br />

Suspirou fundo quando pensou nele, seus olhos lacrimejaram. Depois de tudo<br />

que haviam passado em Niffelheim ou mesmo RuneMidgard, não iam conseguir<br />

ficar mais juntos? Ela teria que esperar ele sair de RuneMidgard com as graças da<br />

Valquíria para encontrá-la?<br />

Pois ela não sabia exatamente onde estava, mas tudo a levava a crer que ali era o<br />

Valhalla.<br />

Caminhou por mais algum tempo e ouviu um som que parecia vir de uma<br />

cachoeira. Andou na direção do som e ao chegar mais perto, começou a ouvir uma<br />

canção de língua desconhecida para ela, mas de uma beleza inigualável. Apertou<br />

os olhos e viu, entre algumas árvores uma garota de orelhas pontudas, pele clara<br />

e cabelos longos e cintilantes que esvoaçavam delicadamente com a brisa. Ela,<br />

sentada num tronco caído, permanecia com os olhos fechados, ao longe,<br />

cantando aquela estranha mas hipnotizante canção.<br />

O transe de Sailorcheer foi interrompido por uma voz conhecida, falada em tom<br />

baixo ao seu lado, que fez a garota arregalar os olhos:<br />

- Dizem que o canto de certos elfos hipnotizam os humanos por sua beleza... - o<br />

homem suspirou, de forma visivelmente apaixonada - Não sei se foi bem por isso,<br />

mas desde que a ouvi fazer isso pela primeira vez, não consegui mais tirá-la de<br />

minha cabeça.<br />

- S-Senhor Yan? - Sailorcheer gaguejou ao tentar falar com seu sogro. Além do<br />

susto dele ter chegado de repente, ele estava muito diferente de quando o<br />

encontrara em Niffelheim. Os cabelos negros e curtos contrastavam com os olhos<br />

claros e verdes que ela nem imaginava que ele tinha. A cicatriz característica de<br />

sua face ficava um pouco menos destacada agora que sua pele havia adquirido<br />

um tom rosado e vivo, além de uma barba rala que envolvia seu rosto. Vestindo<br />

uma túnica com alguns detalhes tão minuciosos que mãos humanas seriam<br />

incapazes de bordarem e uma longa capa que cobria parte de seu corpo, Yan<br />

mantinha os braços cruzados, segurando um pouco o riso devido a reação da<br />

garota.<br />

- Ei, porque a surpresa? Foi você mesma que quis me encontrar de novo, menina!<br />

- o guerreiro apontou a cabeça, como se quisesse mostrar algo para Sailorcheer.<br />

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Ela, meio confusa, levantou sua mão e ao tentar tocar sua própria cabeça, reparou<br />

no elmo divino que Yan havia lhe dado ainda em NiffelHeim.<br />

- Eu... eu não entendi o que o senhor quis dizer. - Sailorcheer fez uma expressão<br />

desconsolada e confusa e Yan começou a rir do jeito da mercenária.<br />

- Logo você vai entender... - maroto, o guerreiro piscou para Sailorcheer, que<br />

enrubesceu, envergonhada por estar tão confusa - E, não se preocupe. A Valquíria<br />

não te trouxe até aqui... isso tudo é um sonho... meio real, mas é um sonho.<br />

Sailorcheer ficou com uma expressão ainda mais confusa depois do comentário de<br />

seu sogro. Por um lado tinha sentido ser um sonho tudo aquilo que estava vendo,<br />

mas por outro... ela sabia que o que estava vendo não era apenas um sonho.<br />

- Calma, menina - Yan apoiou uma das mãos no ombro dela, acalmando-a. -<br />

Digamos que eu aproveitei que você está descansando em Juno de tudo que<br />

passou para lhe fazer uma visita. Mas, como não posso sair sem autorização,<br />

resolvi trazer você aqui para nos visitar - quando ele terminou de falar, começou a<br />

rir. - Afinal, você tem uma missão maior em RuneMidgard ainda, lembra-se? Não<br />

viria pra cá antes da hora...<br />

Sailorcheer acenou positivamente, sorrindo. Parecia que tudo aquilo agora fazia<br />

mais sentido. Yan voltou a olhar para a elfa, que ainda cantava, como se não<br />

desse a menor importância para o que estavam conversando ou por estarem lá.<br />

Suspirou fundo, tornou a olhar Sailorcheer de uma maneira incisiva, como se<br />

analisasse algo por um breve momento, deixando a garota sem jeito. Sorriu com a<br />

mesma ternura da última vez que a tinha visto em Niffelheim.<br />

- E a sua missão em RuneMidgard não vai se resumir somente em tentar impedir<br />

Gull Garuth com os outros Rúnicos ou fazer o Fei tomar jeito - e começou a rir,<br />

debochador. - Mas logo você vai descobrir do que estou falando...<br />

- C-Como assim? - Sailorcheer olhou para Yan, curiosa e ao mesmo tempo<br />

apreensiva.<br />

O guerreiro, rindo, começou a se afastar, indo na direção de sua mulher. A Rúnica<br />

tentou seguí-lo, mas percebeu que suas pernas não mais a obedeciam. Ela ficou<br />

parada, com a expressão visivelmente inconformada e assim que Yan chegou<br />

perto de Alessëa, a elfa parou de cantar, sorrindo para o guerreiro que se<br />

posicionava ao seu lado. Em seguida, ambos voltaram sua atenção para<br />

Sailorcheer. A Rúnica sentiu uma sensação de mais profunda paz ao deparar-se<br />

diretamente com os olhos da antiga Rúnica, de um azul tão claro que parecia<br />

impossível de existir. A elfa falou algo que ela simplesmente não compreendeu,<br />

mas que pareceu algum tipo de incentivo, dada a entonação de sua voz e sua<br />

expressão calma. Yan riu do que a elfa disse, acenando negativamente.<br />

- Não adianta falar nada para ela, a menina não compreende a sua língua! - em<br />

seguida, olhou-a de forma séria, porém tranquilizadora - Não precisa ficar desse<br />

jeito, Katrina... no momento você só precisa se recuperar de tudo o que passou,<br />

que com certeza não foi fácil. E agora é melhor você acordar logo, antes que o Fei<br />

ache que você não quer mais voltar para o mundo dele...<br />

A mercenária arregalou os olhos com o último comentário de Yan, ao mesmo<br />

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tempo que sentiu uma espécie de choque que fez sua visão escurecer<br />

imediatamente. Instantes mais tarde, abriu os olhos, de forma assustada e reparou<br />

que o céu azulado e divino que havia visto anteriormente deu lugar à uma parede<br />

branca. Um lampião recém-apagado em cima de uma mesa, que também tinha<br />

alguns frascos e panos limpos. Alguns raios de sol tímidos entravam no recinto por<br />

meio de algumas frestas da cortina, o que a deixava um pouco menos perdida e<br />

permitia ver detalhes de onde estava.<br />

Deitada com um lençol a cobrindo por completo, percebeu que estava<br />

praticamente nua, com exceção de suas roupas de baixo e algumas ataduras pelo<br />

corpo. Se ajeitou um pouco na cama e reparou no brilho de sua adaga e de seu<br />

elmo em cima de uma estante. Parecia um lugar familiar e por isso não se<br />

assustou de estar daquela forma. E assim que reparou em seu marido entrando<br />

sutilmente no quarto, com expressão de surpresa e com um sorriso no rosto por<br />

vê-la acordada, tinha certeza de uma coisa: estava em casa, segura e com Fei ao<br />

seu lado.<br />

Posted <strong>by</strong>: Itaho Ping Oct 31 2008, 10:51 AM<br />

Os olhos de Fei brilhavam observando para os restos de Itaho, que queimavam em<br />

frente ao banco de Geffen.<br />

- Discípulo! Que morte mais... mais... Linda!<br />

Após transformar o morto-vivo em cinzas, o estudioso responsável pelo estado<br />

deplorável do sacerdote ia embora como se nada tivesse acontecido. Não era a toa<br />

que Itaho odiava profundamente os magos de Geffen, arrogantes e presunsoços,<br />

pouco ligando para nada além do estudo de sua magia fútil. Tolos, desprovidos da<br />

coragem para se aprofundar nas verdadeiras artes mágicas. Era visível o<br />

sentimento de mal estar em Fei, ao perceber que o bardo rúnico, Claragar, se<br />

aproximava.<br />

- Claragar! - Dizia Fei sorrindo com falsidade.<br />

- Hao milord! Como está? - Claragar se aproximava com um sorrisão amarelo<br />

atravessando sua face.<br />

De repente uma mão surgia em meio às cinzas deixadas pelas lanças de fogo do<br />

odioso bruxo, essa mesma mão rapidamente agarrava o pé de Fei que berrava<br />

assustado.<br />

- Ackkk! O que é isso?! - Fei chutava o pedaço de mão, que com a força do chute<br />

ia parar na fonte da praça.<br />

As cinzas começavam a tomar forma, parecia uma espécie de corpo humano em<br />

decomposição. Algo que aparentava ser uma boca movia-se de forma estranha<br />

naquele carniçal, parecia querer dizer alguma coisa. Após um pedaço de carne se<br />

putrefazer e cair no chão, espalhando-se como um bolo de carne, o carniçal<br />

conseguia falar.<br />

- Fei... você pode alcançar o meu braço?<br />

- Ahhh? Discípulo?!! - Dizia Fei que tremia escondido atrás de uma das grades da<br />

praça de Geffen.<br />

- Sim... Você... Pode pegar o meu braço...?<br />

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Claragar que se aproximava sentou-se ao lado do corpo em decomposição como<br />

se fosse algo normal. Um líquido verde e viscoso escorria da boca do carniçal.<br />

- Milord! Você está babando, tome, pegue este lenço! - Claragar retirava um lenço<br />

de seu bolso e esticava o braço oferecendo-o.<br />

Itaho estendia o braço que ainda restava, infelizmente ao se alongar, o movimento<br />

queimou o que restava dos músculos que mantiam o braço preso ao tronco.<br />

Quando o braço chegou ao chão, um silêncio desconfortavel se prolongou por<br />

algum tempo.<br />

Longe dali, nos confíns de Nifflheim uma risada sinistra ecoava pelo palácio de<br />

Hel. Ao ouvir os risos o necromante se virava surpreso, se perguntava o que lady<br />

Hel estava a aprontar. Voltando-se novamente para seu caldeirão negro, tinha uma<br />

visão nítida de Geffen, seu rosto se enchia de fúria.<br />

- Aquele maldito mortal destruíu meu carniçal! Agora ele vai querer comer para se<br />

regenerar e terei problemas... Se pudesse iria pessoalmente dar um jeito naquela<br />

mísera pilha de carne podre...<br />

Dirigia-se a uma estante velha, forrada de livros. Aquele salão era imenso,<br />

iluminado por lâmpadas de abóbora, Hel dizia ser a decoração de Halloween,<br />

apesar de Itaho não fazer idéia do que se tratava, pouco importava. Algumas gotas<br />

do líquido negro saltitavam do caldeirão, manchando o tapete felpudo, não era um<br />

lugar adequado para se ter um caldeirão afinal de contas.<br />

Batidas fortes no portão de madeira tiravam completamente a concentração do<br />

necromante. O portão se abria e um vulto gigantesco vinha em sua direção,<br />

puxava pelos cabelos o que parecia ser um corpo feminino. No meio do salão a<br />

visão era mais nítida graças às lampadas de abóbora, era o Senhor dos Mortos<br />

que trazia consigo uma bela alquimista, estava um trapo, coberta de sangue e<br />

lama. Ele ria baixo fitando o caldeirão.<br />

- Essa humana não parava de gritar o seu nome... hehehe...<br />

- Hmmm, então é porque deve ser a minha irmã...<br />

O cavaleiro da morte gargalhou, jogando o corpo da mulher no meio do salão.<br />

- E o que vai fazer com esse traste necromante?<br />

Itaho se aproximava da alquimista. Se abaixando, ele tocava sua face, seus olhos<br />

abertos, era como se estivesse morta. Ele sorria, lágrimas escorriam de seu rosto.<br />

E então novamente, cessavam. Não era fácil para os mortos.<br />

- E você cavaleiro, veio até aqui só para me fazer esta pergunta? Pretende mesmo,<br />

deixá-la viva?<br />

O cavaleiro da morte sorriu ao ver que o necromante havia entendido a<br />

mensagem.<br />

Posted <strong>by</strong>: Itaho Ping Nov 3 2008, 06:03 PM<br />

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O cavaleiro da morte batia em disparada contra o necromante empunhando sua<br />

gigantesca lança, brandindo-a loucamente. Apesar da fúria do cavaleiro, o<br />

necromante permanecia imóvel, aguardava o seu ataque. "Garoto tolo! O que está<br />

esperando? Deve estar paralisado diante do meu poder! Hahaha!", pensava o<br />

cavaleiro da morte à medida que se aproximava de seu alvo. A lança perfurava<br />

devagar, cortava parte a parte os tecidos de seu manto sagrado, até atravessar<br />

sua barriga, deixando um enorme buraco com alguns pedaços de carne e vísceras<br />

caindo pelas costas. A boca do necromante aberta, soltava o seu último suspiro,<br />

seu olhar... Fixo no além. Estava morto.<br />

O salão ficou em silêncio por um tempo, o cavaleiro sorria.<br />

Uma grande poça de sangue tinha se formado atrás do necromante, seguindo o<br />

fluxo do golpe da lança. O cavaleiro retirava-a devagar, enquanto o sangue<br />

escorria pelo chão, parecia se espalhar. O sangue caminhava em direção às<br />

paredes, desenhos de runas surgiam misteriosos nas paredes do castelo.<br />

- Espere... Alguma coisa está errada... O QUE VOCÊ FEZ? - gritou o cavaleiro<br />

com o corpo à sua frente.<br />

O cadáver do necromante ainda de pé ria malignamente. O sangue subia<br />

depressa pelas paredes negras do palácio. O cavaleiro em momento de<br />

desespero, desferia golpes furiosos contra o necromante. Fios de sangue<br />

esguichavam das paredes, como cordas<br />

Prendiam a lança a cada tentativa de ataque. As cordas sangrentas seguravam o<br />

cavaleiro da morte, membro a membro... Estava imóvel... Paralisado.<br />

- Desgraçado! O que é isso?<br />

O necromante, agora calado, voltava para o sua velha caldeira. Interrompendo o<br />

silêncio que seguiu o grito furioso do cavaleiro ele começou a falar:<br />

- É bom ver que tudo correu conforme o planejado...<br />

- Do que está falando?! Tire-me daqui! - O cavaleiro se debatia e gritava furioso.<br />

- Acho melhor ficar parado... Esse sangue é profano e vai drenar o pouco que<br />

resta da sua pós-vida. Fique quieto e me escute cavaleiro!<br />

Aos poucos ele tentava se conformar, aquele maldito necromante havia o pego de<br />

jeito, ou pelo menos era o que ele pensava...<br />

- O que pretende fazer necromante? Acha que essa viva tem algum valor aqui no<br />

mundo dos mortos?<br />

- Você devia parar com provocações e tentar aprender alguma coisa... Você<br />

condenou a si, a partir do momento que decidiu zombar de meu orgulho.<br />

O cavaleiro tremia de raiva, mas se manteve calado, aguardava.<br />

- Quando enviei minha carta a Nanami, já sabia que cedo ou tarde, ela iria se<br />

deparar com campeão de Nifflheim... Ouvi dizer que o campeão do mundo dos<br />

mortos estava consumido pelos ciúmes do mais novo habitante de Hel, no caso<br />

eu...<br />

- Do que está falando necromante? Eu? Com cíumes?! Hahahahaha!<br />

- Você que até então, tinha o maior contato com a deusa dos mortos. Agora<br />

proibido de entrar no palácio, por conta de sua miserável derrota perante a<br />

guerreira rúnica.<br />

O cavaleiro rosnou irritado ao ouvir a palavra “rúnica”.<br />

- É claro que cedo ou tarde iria querer matar o único rúnico que permaneceu neste<br />

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reino. Por isso a vinda de Nanami foi crucial, foi realmente muita sorte minha, a<br />

vinda dela bater com a sua súbita vontade de eliminar os guerreiros rúnicos...<br />

Graças a ela você poderia entrar no palácio, para finalmente me liquidar... E eu<br />

não teria chance... Por isso me preparei... E esperei... Pacientemente... Afi..<br />

As palavras do necromante foram interrompidas pelo cavaleiro que agora tomado<br />

pela raiva gritava invocando seus servos andarilhos das sombras do palácio.<br />

- É uma pena que o seu plano vá ir para o inferno junto com você!<br />

HAHAHAHAHAHAHA!<br />

Os andarilhos se reuniam em posição de combate na retaguarda do Senhor dos<br />

Mortos, empunhando suas lâminas etéreas se aproximavam do necromante<br />

devagar.<br />

- E agora?! Está com medo necromante?! O SEU PLANO É TÃO FRACO<br />

QUANTO VOCÊ! HUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!<br />

De repente os andarilhos se ajoelharam diante do necromante e estenderam suas<br />

armas. O cavaleiro da morte, surpreso, não entendeu o que se passava e berrava<br />

com os seus guerreiros.<br />

- O que estão fazendo seus imbecis! Acabem com ele! Vamos! Acabem com ele!<br />

HAHAHAHA!<br />

Um dos andarilhos levantou-se e deu um murro no rosto do cavaleiro que ficou<br />

atônito.<br />

- O.. O quê estão fazendo? Acabem logo com ele! - O cavaleiro se debatia, aos<br />

poucos passava a entender o que se passava. "Maldito seja necromante...",<br />

pensava enquanto parava de se debater e aceitava sua real situação.<br />

- Hehehe, me desculpe senhor. Mas como sabe... Só pode haver um campeão em<br />

Nifflheim... E a sua vez acabou... hehehe.<br />

O necromante se dirigiu para um espaço vazio entre duas estantes de livros e<br />

puxou um vaso pequeno, deixando-o cara a cara com o cavaleiro. Encarou as<br />

trevas no fundo de seus olhos.<br />

- Como eu dizia até você grosseiramente, me interromper... Afinal, eu preciso de<br />

um servo poderoso para enviar a Rune Midgard. Para juntar os itens que faltam<br />

para a minha ascensão. Os carniçais são fracos... Um simples bruxo foi o<br />

suficiente para reduzir a minha experiência a pó. É ai que entra a minha doce<br />

irmã... Ela possui o conhecimento para a criação de um corpo humano... E eu, o<br />

conhecimento para dar-lhe uma alma capaz de realizar os meus objetivos. Seu<br />

nome será Alastor... Seja bem vindo a Hel...<br />

Uma forte pressurização absorvia energia sinistra do cavaleiro morto. Chamas<br />

azuladas queimavam o sangre profano, o cheiro era insuportável. O vácuo do jarro<br />

absorvia a tudo como se fosse um buraco negro, a energia sinistra do cavaleiro<br />

parecia interminável, até que uma forte batida cessou a pressurização. O jarro<br />

estava fechado.<br />

Alguns andarilhos, se aproximavam com cautela da velha armadura do antigo<br />

Senhor dos Mortos. O necromante olhou para o andarilho líder que também o<br />

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encarava com seriedade. Itaho se aproximou e cumprimentou-o com um aperto de<br />

mão.<br />

- Conforme o prometido... Aqui está a sua armadura... Senhor dos Mortos...<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Nov 9 2008, 02:13 PM<br />

Passadina Jones olhava curioso para o corpo do mestre estirado sobre a mesa<br />

improvisada de pedras e madeira. Já faziam dias que Passadina estava lá e o<br />

mestre já se encontrava desacordado e, de acordo com Seth, ele já estava assim a<br />

vários dias antes mesmo de Passadina chegar.<br />

Seth também era uma pessoa... interessante. era um Elfo, e não um humano...<br />

Pelo que Passadina sabia de Rune Midgard, ele deveria ser um dos pouco ainda<br />

vivos. Seth conversava pouco, era arrogante e parecioa bastante insatisfeito de<br />

estar naquela caverna escura com um estranho. E a conversa nunca fluía.<br />

O cheiro do corpo de Galgaris parecia estar ficando pior. Seth havia coberto a pele<br />

de Galgaris com inscrições rúnicas - muitas das inscrições ele mal compreendia -<br />

e entre elas havia uma que de alguma forma aliviava o cheiro... mas dava pra<br />

perceber que estava piorando.<br />

***********************************<br />

Seth estava impaciente. Mesmo um Elfo com tantos anos de vida como ele poderia<br />

se cansar de uma espera tão longa. Desde que os Rúnicos "sumiram", como<br />

Galgaris falara, ele estava nesse transe. ele já havia feito isso antes... "Descolar o<br />

espirito do corpo hospedeiro e assim sintonizar melhor com a energia Rúnica". Isso<br />

parecia bizarro, mas para Seth, que sabia muito sobre runas, não era.<br />

O Elfo penseu umas duas vezes em decapitar o corpo de Galgaris e queimar a<br />

carcaça toda... mas ele sabia que não ia funcionar. Não adiantaria aprisionar o<br />

corpo, faze-lo em pedaços, colocar selos de controle... Galgaris simplesmente<br />

mudaria de corpo... ou coisa pior... e procuraria vingança. E uma tortura já estava<br />

boa demais pra vida inteira.<br />

O outro ajudante de Galgaris havia chegado faziam 8 dias. Ele falava bastante, e<br />

parecia muito curioso... curioso demais, até. Seth estava evitando-o pois não sabia<br />

dos planos de Galgaris para com ele, e como o jovem parecia respeitar o silêncio<br />

de Seth, estava indo tudo bem... na medida do possível. Outra coisa que chamava<br />

a atenção de Seth era a postura do humano: as mãos sempre próximas, um pouco<br />

curvado as vezes, andava devagar e aparentava sentir dores quando se movia<br />

muito bruscamente. Será que ele estava ferido? Bem, melhor deixar isso para o<br />

"mestre" resolver...<br />

*********************************<br />

O corpo de Galgaris moveu-se subitamente e virou-se na exata direção onde<br />

poderia ver Seth e Passadina. Ambos se surpreenderam, mas loga se<br />

aproximavam do cavaleiro que se colocava em pé.<br />

- Eles voltaram - disse Galgaris, em seu tom de voz monotono e sem expressão -<br />

Não descobri o que houve, mas a energia de alguns deles despontou nas<br />

proximidades de Morroc.<br />

- Devemos ir lá, mestre Galgaris? - perguntou Passadina.<br />

- Não. O olho está em Geffen, então verei se eles voltarem ao banco da praça.<br />

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Mas quero você lá também, e descubra com os guardas e possiveis conhecidos<br />

dos Rúnicos o que aconteceu. Em 3 ou 4 dias muitas pessoas deverão estar<br />

sabendo. Humanos adoram contar histórias.<br />

- Seth! - continuou o morto-vivo - Vá até Morroc. Descubra o que puder sobre o tal<br />

ferreiro que você me contou dias atrás e sobre quaisquer eventos estranhos na<br />

região. Quando vocês dois voltarem, devo apresentar a minha terceira discípula<br />

para vocês.<br />

O humano e o elfo entreolharam-se coma mesma pergunta nos olhos - discipulA?<br />

- mas antes que pudessem se expressar, Galgaris saia da caverna rochosa e<br />

subvia pelos túneis.<br />

- Faça isso rápido. - Disse o guerreiro, enquanto o sons de seus passos se<br />

distanciavam...<br />

[off]<br />

Weeeeeeeeeeeee!<br />

Ganchinhos pras relatórios!<br />

Posted <strong>by</strong>: Reia Nov 10 2008, 11:55 AM<br />

No local marcado por Galgaris para a entrega do relatorio feito por mim fidelion,<br />

flao com o mestre sobre novos Runicos no banco de Geffen *novos passaros<br />

nascendo no ninho* falo a ele sobre meu treinamento para a minha especialização<br />

em mortes crueis de inimigos que sabem de minha identidade (estou disfraçada<br />

de missionaria da igreja de prontera).<br />

-Mestre Galgaris senhor reverência e retira a faixa de missionaria de prontera<br />

(ela em fisonomia parece muito com a guerreira sailorcheer XD) missão de<br />

reconhecimento do ninho feita com sucesso novos runicos sugindo, entrega o<br />

relatorio (que é todo codificado para evitar possiveis roubos), um é sumo-sacerdote<br />

de fenrir o outro templario sempre anda com um justiceiro esse sem muitas<br />

informações. é isso por enquanto mestre Galgaris reverência.<br />

Posted <strong>by</strong>: Florette Nov 10 2008, 02:39 PM<br />

Galgaris....<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Nov 18 2008, 09:02 PM<br />

A agitação de Geffen daquele dia havia sido trocada pelo ambiente sereno e calmo<br />

de Juno por aquele guerreiro, que observava o horizonte sentado relaxadamente<br />

num banco próximo de sua casa. Seus cabelos longos e lisos ora esvoaçavam<br />

depois de uma lufada de ar ora caiam rebeldemente sobre o seu próprio rosto,<br />

mas ele não se importava com isso já que mantinha seus olhos fechados, como se<br />

meditasse profundamente.<br />

Seus pensamentos foram atrapalhados por um floco de neve que sentiu caindo na<br />

ponta de seu nariz. Após um longo suspiro, seus olhos azul-acinzentados se<br />

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abriram, e ele fixou sua atenção no próprio ante-braço que naquele momento<br />

estava coberto por uma faixa, tocando-o sutilmente com a outra mão, numa quase<br />

melancolia. Quando Fei olhou para cima, reparou que não era a toa que estava<br />

começando a esfriar em Juno. Os poucos dias que se passaram em Niffelheim<br />

foram meses em RuneMidgard e voltaram para casa justamente no início do<br />

inverno. Sua expressão tornou-se séria e as lembranças do dia que chegara<br />

novamente em Juno com sua mulher, após terem passado uma jornada terrível<br />

nas terras macabras de Niffelheim, vieram à tona.<br />

Estava nítido em sua mente o momento que ele, Sailorcheer e os demais Rúnicos<br />

que conseguiram fugir de Niffelheim chegavam finalmente em Morroc, após uma<br />

longa caminhada pelo deserto. A mercenária, ao reparar que havia chegado em<br />

um lugar conhecido simplesmente desmontou em cima de Fei, sendo aparada por<br />

ele imediatamente. Estava exausta, disso ele sabia bem já que seus ferimentos<br />

não eram assim tão graves. Procurou rapidamente uma Kafra naquela madrugada<br />

e em pouco tempo já chegavam em sua casa em Juno, com o auxílio do mongemestre<br />

MettaKill.<br />

Dois infindáveis dias se passaram desde então. Fei cuidou de Sailorcheer como<br />

pode, afinal, ele também estava um bocado ferido, até mais que ela. MettaKill, ao<br />

seu pedido, permaneceu na casa de Juno até que não houvesse mais sinal de<br />

perigo e disso aquele monge entendia bem. Já Fei pouco tempo saía do lado de<br />

sua esposa, não compreendendo bem aquele sono profundo no qual ela<br />

permanecia naqueles dias. Até que na terceira manhã, enquanto o rapaz<br />

terminava o seu desjejum, ouviu uma movimentação diferente no quarto. Foi<br />

rapidamente para lá e assim que viu a Rúnica despertando uma expressão de<br />

alívio se formou em seu rosto. Ela, por sua vez, estava um pouco confusa sobre<br />

onde estava e como havia chegado ali.<br />

- E como você me trouxe pra casa? - Sailorcheer perguntou, reparando no braço<br />

ferido pelo golpe da katar ainda em Niffelheim.<br />

- Ahn... na verdade, quem me ajudou foi o monge.<br />

- O Kane?<br />

- Não, o quietão asurador...<br />

- Ah, o Metta! Tenho que agradecer a ele depois, então...<br />

Em seguida, Sailorcheer se levantou e vestiu-se com uma camisola enquanto Fei<br />

relatava o que fizera nos últimos dois dias enquanto ela estava dormindo.<br />

Passaram algum tempo na cozinha, onde a garota devorou um bolo inteiro em<br />

poucos minutos. Quando o rapaz sugeriu que ela tomasse um banho para relaxar<br />

ela apenas apontou para a própria barriga, com uma expressão desconsolada.<br />

- Fome!<br />

Uma das sombrancelhas de Fei ergueu-se sutilmente ao ver sua esposa reclamar<br />

de fome depois de vê-la devorar o bolo inteiro. De qualquer forma, aproveitou a<br />

deixa para mostrar que o filhote de lobo que tinham, Kaiden, tinha aprendido a<br />

enviar um pedido de compras ao comércio em Juno, para que não precisassem<br />

sair de casa para isso. Quando o entregador chegou na casa deles com uma cesta<br />

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repleta de compras, a garota rapidamente se pôs a cozinhar para o espanto de<br />

Fei.<br />

- Vai tirar o atraso desses últimos dias agora, é?<br />

- Tudo o que eu comi nos últimos... quatro ou cinco dias, acho... foi uma sopa de<br />

arroz e um pouco de carne de peco assada sem tempero... eu estou morrendo de<br />

fome!<br />

Fei riu e assim que a garota terminou de deixar a carne assando, resolveu tomar<br />

banho. Fei a acompanhou até o quarto e ficou a observando enquanto colocava<br />

água na tina que estava por lá. Se deliciou brevemente ao vê-la entrando na água<br />

em seguida, deixando-o até meio nostálgico. Sailorcheer reparou no olhar fixo de<br />

Fei e, meio vermelha, pediu ao marido que esfregasse suas costas, o que o rapaz<br />

fez com prontidão. Infelizmente para ele o desejo em tocá-la fez com que ele<br />

esquecesse de um pequeno detalhe. Assim que sentiu a água com sabão<br />

penetrando nas ataduras que enrolavam suas mãos, Fei fez uma cara de dor ao<br />

sentí-las ardendo e garota, que não tinha reparado que o rapaz estava com as<br />

mãos enfaixadas até então, estranhou aquilo.<br />

- Ué... por que suas mãos estão enfaixadas?<br />

- Eu tentei fazer um assado... - Fei começou a rir nervosamente ao ver que suas<br />

mãos tremiam da dor que estava sentindo.<br />

- Por que não me avisou? - Sailorcheer tirou a esponja que Fei usava, enxaguando<br />

suas mãos com água. - Deixa eu tratar disso...<br />

- Na verdade, era disso que eu ia te perguntar antes... - Fei saiu de perto da tina,<br />

sentando-se na cama, enquanto Sailorcheer se enrolava numa toalha e foi<br />

rapidamente numa caixa de primeiros socorros.<br />

- Perguntar o que? - Sailorcheer respondeu, já trazendo para perto dele o<br />

algodão, mercúrio e bandagens.<br />

- Esse ferimento que você tem aí na cabeça... o que fez isso?<br />

- Acho que foi aquele mestre-ferreiro louco...mas não lembro direito, nem estou<br />

sentindo mais.<br />

- Err... tem certeza que não foi aquele elmo esquisito ali? - Fei apontou na direção<br />

do elmo do deus Sol, que estava em cima da cômoda do quarto do casal.<br />

- Elmo? Não foi ele não. Ele é pesado, mas é até confortável de usar.<br />

- Ahn....... pois... foi ele que fez isso nas minhas mãos.<br />

Sailorcheer ouviu a resposta de Fei, arregalando os olhos.<br />

- Você não disse que foi um assado?<br />

- Foi... um assado de mão - Fei começou a rir e não reparou de imediato que<br />

Sailorcheer colocava a mão no rosto dele para checar a temperatura. - Ué... eu tô<br />

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com febre?<br />

- Não... - a garota ficou aliviada ao ver que Fei tinha temperatura normal e<br />

aproximou o rosto do nariz de Fei - você tá respirando, né?<br />

- Ei, do que você tá falando? Eu não tô morto não!<br />

- É... acho que não mesmo...<br />

- Essa queimadura não iria me matar, sua bobinha - Fei deu uma risada,<br />

zombando da preocupação de Sailorcheer, achando que ela havia ficado neurótica<br />

demais.<br />

- Err... - a garota fez uma pausa, pensando. - O senhor Yan também se queimava<br />

quando segurava o elmo...<br />

- Senhor Yan? Era o picadinho de Niffelheim? - e, reparando que Sailorcheer ficou<br />

com um olhar muito feio para cima dele após o comentário, começou a rir -<br />

Calma... você não falou que ele tá bem agora?<br />

- Não gosto que fale assim dele... ele nos salvou mais de uma vez!<br />

- E você salvou ele.<br />

- Mas só porque ele salvou você - e, pensou por um breve momento - tá, mentira.<br />

Eu ia ajudar ele de qualquer forma...<br />

- Claro... você sempre ajuda qualquer estranho. - se conformou Fei.<br />

- Então... eu... preciso te contar uma coisa... - Sailorcheer enxarcou um algodão<br />

com mercúrio e começou a passar nas mãos de Fei - Ele tava me contando que<br />

morreu uns... 31 anos atrás... logo depois da esposa dele morrer tentando salvar o<br />

filho...<br />

- Puxa, que historia triste - Fei respondeu tentando mostrar interesse, quando<br />

pouco se importava com a história que sua esposa contava.<br />

- Então... o nome dela era Alessëa.<br />

Assim que terminou de falar, Sailorcheer reparou que o seu marido ficou com um<br />

olhar meio distante, sem falar nada. Após um breve momento de assimilação, Fei,<br />

com os olhos arregalados, encarou a garota.<br />

- O... err... o senhor picadinho é meu pai?! - Sailorcheer mordeu o lábio, acenando<br />

positivamente - Poxa, que belo cruzado ele tem! Só podia ser meu pai mesmo! -<br />

começou a rir e Sailorcheer estranhou a reação do marido.<br />

Ele, por sua vez, tentava se mostrar forte, como se aquela notícia não o tivesse<br />

abalado. Mas pouco tempo depois não conseguia mais disfarçar a frustração que<br />

sentia, ficando cabisbaixo enquanto a garota terminava de enfaixar suas mãos.<br />

Quando ela terminou, já reparando no estado de Fei, este lhe fez uma pergunta.<br />

- Ele pelo menos disse pra você por qual razão ele me abandonou?<br />

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- Fei... eu acabei de dizer que ele... morreu?<br />

- Mas me abandonou antes disso, ué!<br />

- Ahn... não! Ele e sua mãe morreram pra te proteger...<br />

- Que... tapados. - Fei respondeu, ficando totalmente sem reação. Sailorcheer<br />

suspirou fundo, fazendo cafuné no marido.<br />

- Ele ficou feliz por ter conhecido você... e... bom, ele está no Valhalla agora...<br />

então vamos conhecer seus pais quando formos para lá também...<br />

Fei suspirou meio triste, mas se conformou. Ficaram algum tempo conversando<br />

sobre como o rapaz teria que mudar seu estilo de vida para que pudesse ter vaga<br />

garantida no Valhalla também. E depois que Fei havia conseguido digerir melhor a<br />

idéia que sua busca pelos seus pais em RuneMidgard havia sido em vão, olhou na<br />

direção do elmo novamente.<br />

- Acho melhor darmos um fim naquilo, não? O que adianta ter um negocio desses<br />

sendo que você não pode nem tocar?<br />

- Ahn... - Sailorcheer se levantou e pegou o elmo com suas mãos nuas, não<br />

sentindo nada, enquanto Fei fez uma cara de dor só de pensar na queimadura<br />

que faria em sua esposa. - Fei... ele não me queima. Nunca me queimou.<br />

- Ahn... eu não posso nem chegar perto disso! Tanto que imaginei que esse<br />

ferimento de sua cabeça tivesse sido por causa dele!<br />

- Não.... acho que foi o ferreiro que fez esse. Quer ver? - Sailorcheer colocou o<br />

elmo em sua cabeça e imediatamente sentiu uma brisa suave envolvendo ela o<br />

que a fez arrepiar. - Que ventinho... melhor fechar a janela!<br />

Ao dizer isso, Sailorcheer ouviu uma risada conhecida vinda de dentro da casa.<br />

------------------------------------------------<br />

Sailorcheer correu e rapidamente se enrolou toda no lençol, para a total<br />

estranheza de Fei.<br />

- Aimeusantoodinzinhooquevocêtáfazendoaqui????<br />

- Acho que você me chamou numa hora muito imprópria, menina - Yan continuava<br />

a rir, saindo do quarto dos dois e indo na direção da sala.<br />

- Eu não chamei você! - Sailorcheer com os olhos esbugalhados, olhava na<br />

direção de Yan, enquanto Fei ficava totalmente confuso.<br />

- Ahn, do que você tá falando, Ka? Por que tá fazendo tudo isso?<br />

- Eu não sabia que ele tava aqui! - Sailorcheer apontou na direção de Yan e Fei<br />

não viu absolutamente nada do que a garota estava vendo -<br />

Aimeudeuseutavaenroladanatoalha!!!<br />

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- Quem tah aih?! Do que você tá falando, não tem ninguém aí!<br />

Sailorcheer fechou rapidamente a porta do quarto e começou a se vestir. Fei,<br />

reparando em tudo aquilo, se preocupou e buscou sua espada que ficara apoiada<br />

ao lado de sua cama.<br />

- Quem tá aí, Ka?!<br />

- Err... seu pai!<br />

- Como assim, meu pai?! Você não acabou de falar q ele foi pro Valhalla?<br />

- Então.... depois q eu senti aquele ventinho, ele apareceu!<br />

Sailorcheer terminou de se vestir e Fei abriu a porta do quarto, em postura<br />

defensiva. Só o que viu foi em Kaiden, como se estivesse hipnotizado, olhando<br />

para o nada.<br />

- CADÊ?! - Fei berrou, bravo, enquanto mantinha a espada em punho.<br />

- Ahn... então..... a que devo a sua visita, senhor Yan....? - perguntou a garota,<br />

extremamente vermelha.<br />

- O Fei é meio bravo, hein? - Yan comentou, reparando na postura do filho.<br />

- É... é sim... - respondeu, sorrindo sem jeito.<br />

- Onde diabos ele tá, Sailor? - Fei perguntou, olhando em todas as direções.<br />

- Ali, não consegue ver?<br />

- Ahn... no sofá? - deu uma espadada no ar que atravessou o corpo de Yan - não<br />

tem nada aqui! Será que você não tá delirando por causa desse elmo não?<br />

- Tá... você não consegue ver mesmo... - e olhou para Yan, esperando o motivo. O<br />

guerreiro apenas suspirou, olhando para a garota.<br />

- É... ele realmente não vai conseguir...<br />

- Ahn... por que não?<br />

Yan aproximou uma de suas mãos no antebraço de Fei que soltou a espada<br />

imediatamente, urrando de dor.<br />

- O que diabos é isso?! - Fei perguntou, revoltado, enquanto a garota ficava<br />

confusa.<br />

- Você ainda não viu, não é, menina?<br />

- Vi o que? - Yan apontou na direção do antebraço de Fei e Sailorcheer atentou-se<br />

para ele também.<br />

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- O que tem no seu braço, Fei? - Sailorcheer segurou o braço de Fei para ver o<br />

que havia de errado. Foi quando reparou que sua runa, Raido, continuava<br />

invertida, como estava em Niffelheim. A garota gelou por um breve instante.<br />

- A runa dele... ainda não voltou ao normal...<br />

- Ahn? O que tem isso a ver? Quem tá falando com o nada é você!! - respondeu<br />

Fei, ficando mais confuso com o que a garota estava fazendo.<br />

- Você sentiu essa dor quando ele tentou encostar em vc...<br />

- Hein?! - Fei arregalou os olhos.<br />

- O que eu temia aconteceu, menina. Primeiro, acalme-se... a notícia que eu vou<br />

dar nao é das melhores...<br />

Sailorcheer suspirou, arrastando Fei para uma das poltronas. O Rúnico, sem<br />

entender nada, apenas obedecia sua mulher.<br />

- Fei, senta um minutinho que seu pai tem algo a dizer pra gente...<br />

- Será que foi por causa de algum remédio que eu te dei que você tá assim?<br />

- Só me deixa conversar com ele, tá?<br />

- Tá, tá... melhor não contrariar....<br />

- Obrigada - Sailorcheer deu um beijo na bochecha de Fei e tornou a olhar para<br />

Yan. - Então... qual é a notícia? Aliás como foi que o senhor veio parar aqui<br />

mesmo? E no meu quarto, ainda por cima?<br />

Yan riu da pergunta da Rúnica, apontando para o elmo na cabeça dela.<br />

- Foi você quem me chamou, não eu que vim aqui.<br />

- Eu não chamei ninguém! Eu só coloquei o elmo pro Fei ver que não me<br />

queimava!<br />

- E de fato... Rúnicos não se queimam mesmo...<br />

- Mas o Fei é um Rúnico!<br />

- É? E onde está o poder dele?<br />

Sailorcheer imediatamente pediu para Fei falar telepaticamente com ela, curiosa<br />

com a pergunta de Yan. Fei não conseguiu.<br />

- Por alguma razão, ele perdeu o poder dele... ou perdeu o selo que a Alessëa<br />

tinha feito para impedir desse outro poder se manifestar. Você se lembra do que<br />

eu falei de Ghull Garuth, não é? Essa runa que o Fei tem... todos os seguidores<br />

desse ser tinham também.<br />

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- O que isso quer dizer.... exatamente?<br />

- Que... o Fei agora pode ser visto como um inimigo de vocês, Rúnicos. E que<br />

precisa ser...<br />

- Precisa ser...?<br />

- Precisa ser morto o quanto antes. Ele pode se tornar um grande problema para<br />

vocês, Rúnicos - Yan fez uma cara triste ao revelar a notícia.<br />

- Bom... eu não preciso dizer que isso está fora de cogitação, né?<br />

- Eu sei disso mas... só você protegeria o Fei, não é mesmo?<br />

Fei reparou na expressão de apreensão de sua mulher e tentou descobrir o motivo<br />

daquilo tudo.<br />

- Fei, estamos com problemas - Sailorcheer sorriu, meio sem graça.<br />

- Isso já deu pra perceber... quem vamos ter que caçar dessa vez?<br />

- Então... dessa vez, parece que a caça é você! Sabe essa runa invertida? Os<br />

caras maus que matam Rúnicos tem a runa invertida...<br />

- Mas... eu não quero te matar! Que idéia absurda é essa?!<br />

- Nem eu quero te matar. Então o problema está temporariamente resolvido. -<br />

Sailorcheer sorriu para Fei e voltou a olhar para Yan.<br />

- Bom... o senhor disse que tinha um selo que impedia esse "poder" de se<br />

manifestar, né?<br />

- Menina... a Alessëa morreu para fazer isso.<br />

- O que eu tenho q fazer? - perguntou, ignorando a última frase de Yan.<br />

- Eu.. não sei, menina! E mesmo se eu soubesse... o Fei não iria se perdoar por<br />

você morrer por ele.<br />

Sailorcheer, Fei e Yan começaram a discutir a possível forma de retornar o poder<br />

Rúnico do rapaz. Sailorcheer não se importava de morrer por ele se isso o fizesse<br />

voltar ao normal. Por outro lado, Fei de forma alguma aceitaria uma atitude<br />

daquelas da garota já que para ele estar sem a garota ao seu lado significaria<br />

estar morto também. E Yan, observava a discussão dos dois.<br />

- Assim, Fei. Tem um jeito de eu fazer essa runa voltar ao normal. Mas pode ser...<br />

assim... uma chance remota de que aconteça alguma coisa comigo. Mas nós<br />

vamos tentar!<br />

- Não! - Fei disse com convicção, agarrando sua esposa com força - Eu não quero!<br />

- Mas mas mas, se você ficar assim, você vai morrer!<br />

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- Não vou!!<br />

- Ou então vai ser pior ainda, você vai ter que matar Rúnicos!!<br />

- Por acaso você acha que essa runa vai dominar minha mente?! Você é louca?!<br />

- Ahn... mas eu não quero que os outros tentem matar você!<br />

- Entao é simples! Basta a gente não falar sobre isso com ninguém! Eu não quero<br />

que você se arrisque de novo por minha causa!<br />

- Você não pode mais falar com eles, nem eles com você... eles vão acabar<br />

descobrindo... - Sailorcheer ficou com uma expressão triste - e, se Ghull Garuth<br />

descobrir que você é um deles agora, as coisas podem ficar feias.<br />

Fei retirou sua espada da bainha e a colocou na mão de Sailorcheer. A garota<br />

ficou olhando com uma expressão desconsolada e Fei apenas apoiou a lâmina em<br />

seu ombro.<br />

- Então eu prefiro morrer já e pelas suas próprias mãos... - Sailorcheer rosnou,<br />

enterrando a espada no chão.<br />

- Eu te arrebento agora ou espero você melhorar?<br />

- E o que você acha que eu sentiria se você morresse por minha causa, garota?! -<br />

Fei respondeu, bravo.<br />

- E o que você acha que EU sentiria se você morresse sem que eu fizesse o<br />

possível pra te salvar?<br />

Ambos estavam num impasse, difícil de resolver. Sailorcheer tornou a olhar para<br />

Yan buscando alguma solução.<br />

- Você tem que decidir se vai agir como Rúnica ou como esposa agora...<br />

- Eu não posso agir como Rúnica, e o senhor sabe disso...<br />

- Então não deixe que os outros descubram isso. - finalizou Yan.<br />

Sailorcheer acenou com a cabeça positivamente e voltou ao seu quarto. Fei<br />

acompanhou a esposa com o olhar e logo a viu novamente na sala, com várias<br />

ataduras. Começou a enfaixar o ante-braço de Fei em seguida.<br />

- Se perguntarem, seu braço está ferido. Ninguém pode ver essa runa, tá?<br />

- Ka... - Fei falou baixinho, aparentando preocupação - isso é reversível...?<br />

- É sim, querido... - dando um beijo na testa - sua mãe conseguiu uma vez... então<br />

eu vou conseguir também!<br />

- Mas... minha mãe morreu!<br />

- Por isso que eu vou tentar de outro jeito!<br />

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- Você promete?<br />

- Prometo!<br />

Ao ouvir a confirmação de Sailorcheer, Fei sentiu um certo alívio. Já não era a<br />

primeira vez que passavam por situações difíceis, aquela só seria mais uma. E ele<br />

sabendo que sua esposa não se arriscaria em um ritual no qual ela perderia sua<br />

vida o deixou mais despreocupado.<br />

- Eu vou tentar ajudá-los no que for possível e o que as Valquirias me permitirem -<br />

Yan finalizou, se despedindo. - Sempre que precisar de mim, basta usar o elmo,<br />

menina.<br />

- Obrigada, Senhor Yan - Sailorcheer agradeceu, com um sorriso.<br />

- Ah, sim... preciso apenas fazer apenas mais um alerta a você, menina! Cuidado<br />

com essas investigações... pois você tem mais coisas a se preocupar que essa<br />

runa de Fei... e muito mais a perder alem dele.<br />

- Além do Fei? O quê? Eu detesto ficar curiosa!<br />

- Logo você vai acabar descobrindo. - Yan deu um sorriso maroto - Pelo menos<br />

não vai ser algo que vai te deixar tão triste... ao menos espero...<br />

- Então... só mais uma pergunta antes do senhor ir! Se isso aqui queima o Fei, vai<br />

queimar se aparecerem outros com a runa invertida?<br />

- Provavelmente.<br />

- Puxa... o senhor não tem nenhum anel do mesmo material pra me emprestar,<br />

né? Ou luva...<br />

- Infelizmente não - Yan respondeu rindo da brilhante conclusão - Porém... já<br />

testou sua adaga Rúnica no Fei? - Yan piscou e começou a caminhar, se<br />

afastando dos dois.<br />

Sailorcheer ouviu seu sogro e pediu imediatamente para que Fei buscasse sua<br />

adaga. Quando ouviu ele resmungar no quarto e o barulho de algo caindo no<br />

chão, entrou no quarto novamente. Reparou em sua adaga no chão com a runa<br />

brilhando levemente e Fei com os dedos na boca, tentando resfriá-los.<br />

- Tá de sacanagem comigo, né? - Fei reclamou. - O que você descobriu fazendo<br />

isso?<br />

- Que se aparecerem os caras que querem matar os rúnicos, dá pra saber que são<br />

eles se queimarem...<br />

Yan reparou no casal conversando no quarto e sorriu por terem aceitado o novo<br />

desafio que o destino havia lhe imposto. Antes de sair da casa, porém, passou por<br />

um dos quartos com um sorriso meio maldoso e Siegfried, que estava todo aquele<br />

tempo furtivo, sentiu um frio na espinha.<br />

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OFF<br />

Espero que o povo evite metagame aqui. Tem muita informação nova que os chars<br />

não envolvidos não sabem em ON...<br />

Explicando: sim, agora o Yan tem um "link mental" com a Sailor por causa do<br />

elmo. E só é visível em ON para os detentores do Poder Rúnico. Quem não tem tal<br />

poder ou tem runas invertidas, até segunda ordem do Galgaris, não podem vê-lo.<br />

E ele é tão npc quando o Siegfried (npc = ninguém pode comigo). E será uma<br />

forma dos Rúnicos atuais terem algumas informações a mais sobre sua real<br />

missão aqui. Porém, ele é impedido de revelar as informações cruciais, pois as<br />

Valquirias não querem que ele "trapaceie" no mundo dos mortais... =3<br />

Posted <strong>by</strong>: Itaho Ping Nov 18 2008, 10:33 PM<br />

[Off]<br />

Eis que surge o Oraculo Rúnico! huahuahuahuahau<br />

Muito bom<br />

Já era hora dos rúnicos terem algum direcionamento na terra ^^<br />

Agora não somos mais Lemmings querendo matar criaturas do mal! XDDDD<br />

[/Off]<br />

Posted <strong>by</strong>: Aykes Nov 19 2008, 10:27 AM<br />

[off] Postar aqui o link para abrir meu ganho nessa historia toda de evento e<br />

enfatizar minha historia com o proprio clã xD<br />

http://z6.invisionfree.com/<strong>otRO</strong>/index.php?showtopic=2880&st=0&#entry13600554<br />

PS: é o primeiro post grande lá~ o resto envolvendo ja galera do clan eu coloco<br />

aqui, alias Claragar preciso falar com vc~<br />

[off]<br />

Posted <strong>by</strong>: Itaho Ping Nov 19 2008, 01:20 PM<br />

[Off]<br />

Muitos novos rúnicos chegando!<br />

Net, preciso falar com vc depois, tive uma ótima idéia para um pequeno evento rp<br />

[/Off]<br />

Posted <strong>by</strong>: Myandra Dec 3 2008, 03:31 PM<br />

QUOTE (Itaho Ping @ Nov 18 2008, 10:33 PM)<br />

[Off]<br />

Eis que surge o Oraculo Rúnico! huahuahuahuahau<br />

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Muito bom<br />

Já era hora dos rúnicos terem algum direcionamento na terra ^^<br />

Agora não somos mais Lemmings querendo matar criaturas do mal! XDDDD<br />

[/Off]<br />

[off]<br />

LEMMINGS!!!!!!<br />

MELDELS HÁ QT TEMPO EU NÃO OUVIA FALAR DISSO!!!!!!!!!! XDDDDDDDD<br />

Mya entrando nos RPs, gente...<br />

Espero que eu consiga algo XD<br />

Mas vou ler isso tudo não... =x<br />

'-'<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Dec 26 2008, 09:11 PM<br />

(Esse post contém cenas picantes, nem venham reclamar depois que não foram<br />

avisados, bandinubis u.u<br />

)<br />

------------------------------------------------------<br />

Uma neve fina cobria a cidade já fazia alguns dias, baixando a temperatura e<br />

anunciando o inverno em RuneMidgard.<br />

Naquela noite, aquela casa em Juno estava às escuras. O pequeno filhote de lobo<br />

dormia tranquilamente na entrada principal da casa enquanto o pecopeco ciscava<br />

por alguma coisa no chão do quintal, sempre alerta. Dentro da casa, cozinha, sala<br />

de jantar, sala de estar, corredores, todos dominados pela mais completa<br />

escuridão.<br />

Somente quando se avançava na direção da suíte da casa, era possível se ver<br />

uma penumbra; uma luz fraca provocada pelo acender de um lampião colocado<br />

num criado mudo. A água da tina num dos cantos do quarto ainda morna, o chão<br />

com algumas pequenas poças d'águas que dividiam lugar com algumas roupas<br />

espalhadas e alguns gemidos abafados que vinham da direção da cama,<br />

denunciavam o que estava havendo.<br />

Um rapaz, com seus longos cabelos soltos, envolvia as costas de uma garota<br />

ruiva, sua esposa, que estava sentada sobre ele enquanto com o mais profundo<br />

desejo ele mordiscava os seus seios e acariciava todo o seu corpo com suas mãos,<br />

a medida que ambos sentiam uma forte onda de prazer a cada instante. Os<br />

músculos rijos e salientados do rapaz demonstravam a força que fazia ao apoiá-la<br />

naquela posição. E, com sede, a possuía como se fosse a última vez que teria<br />

aquela mulher em seus braços, de forma quase desesperadora.<br />

Seus lábios se tocavam vez ou outra, quando ela conseguia por um breve<br />

270 de 328 03/09/2009 10:55


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momento respirar normalmente. Quando percebeu que sua esposa já mostrava<br />

sinais de fraqueza apoiada sobre ele daquela forma, num rápido movimento ele a<br />

jogou de costas na cama, colocando-se sobre ela e aumentando ainda mais a<br />

intensidade dos seus próprios movimentos na direção dela, agarrando-lhe pela<br />

cintura com firmeza. Ela, cada vez mais ofegante, fechou os olhos e num último<br />

gesto, buscou o pescoço de seu marido, agarrando-o e trazendo o rosto do rapaz<br />

para perto de si, dando-lhe um último e derradeiro beijo antes de perder<br />

completamente as forças diante dele. Se largou totalmente na cama tentando falar<br />

palavras que não saíam dado a perda de fôlego que sentiu. O rapaz sorriu, seu<br />

corpo e respiração também demonstrando sinais de cansaço, se apoiaram no dela<br />

como se pedisse abrigo. Pouco tempo depois, ele sentindo que a respiração dela<br />

voltava ao normal, fixou seus olhos em seu rosto.<br />

- Puxa, meu amor... acho que se você não estivesse "doente" do jeito que<br />

andaram insinuando, eu estaria ferrado hoje, né? - o rapaz deu um risinho maroto,<br />

piscando de leve para ela.<br />

A garota respondeu com um tapa leve no ombro do rapaz, desaprovando o<br />

comentário, e ele não deixou de rir da vergonha que ela demonstrava em seu<br />

rosto. Apesar de já estarem juntos e aquilo ser algo costumeiro entre eles, ela<br />

ainda não se acostumava com a idéia que mulheres pudessem gostar daquilo que<br />

seu marido fazia, dada a educação que recebeu. A preocupação dela ser vista por<br />

ele como uma "mulher de taverna" era constante, apesar dele sempre tentar<br />

acalmá-la em relação a isso. Ele respondeu ao tapa contrariado com um longo<br />

beijo, que desarmou completamente a garota.<br />

O rapaz trouxe seu belo corpo sobre o dele e ela apoiou-se em seu peito, se<br />

aninhando após perceber que havia sido coberta cuidadosamente pelo seu amado<br />

com o cobertor que estava largado num dos cantos da cama. Ao reparar no<br />

curativo que ainda existia em um dos ombros do marido, por causa do ferimento<br />

provocado por uma katar, a garota inclinou a cabeça com uma expressão<br />

preocupada. Em seguida, sua mão deslizou ao longo do braço dele, e<br />

acompanhou o contorno de uma cicatriz em seu ante-braço. Suspirou, meio triste,<br />

permanecendo com uma das mãos sobre ela, como se quisesse escondê-la do<br />

braço do rapaz. Ele apenas acenou negativamente e sorriu.<br />

- Você ainda tem alguma dúvida que eu tô bem? Não precisa de preocupar com<br />

essa história de "sumiço de runa" não...<br />

A garota deu um suspiro profundo, dando uma risadinha leve do comentário. Em<br />

seguida fechou os olhos, sentindo seus cabelos sendo acariciados por seu amado<br />

e pouco tempo depois, adormecia juntamente com ele.<br />

---------------------------------------------------<br />

Horas mais tarde, Fei acordou num impulso, sentindo seu ante-braço arder. Com<br />

os olhos arregalados, sentiu o suor escorrendo na testa e seu corpo quente como<br />

se estivesse dentro da caverna de magma de Juno. Engoliu em seco, reparando<br />

que havia se perdido no tempo por ter caído no sono. Se afastou sutilmente de<br />

Sailorcheer, fazendo o máximo para não acordá-la. Se ajoelhou próximo a tina,<br />

jogando água em seu rosto. Ela estava muito fria, devido as temperaturas baixas<br />

da cidade, mas para o rapaz, naquele momento, estava perfeita. Ele ardia em<br />

febre, e sabia o motivo disso.<br />

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Buscou sua espada embainhada e, apoiando-se nela, chegou até um dos quartos<br />

da casa, onde guardavam mantimentos. No meio de várias caixas de alimentos,<br />

Fei buscou uma em especial, meio escondida. Abriu rapidamente, seus olhos hora<br />

olhando na direção da caixa, hora na direção do corredor, como se pudesse ver<br />

algo chegando perto dele. Assim que tirou um pequeno frasco de vidro que<br />

continha um líquido meio esverdeado, o piado forte e estridente do pecopeco do<br />

lado de fora da casa o assustou, fazendo-o soltar o frasco e quebrá-lo no chão,<br />

criando um barulho inquietador. O rapaz fechou um dos olhos diante do que<br />

causou, reparando na besteira que tinha feito e não sabendo ao certo se limpava a<br />

sujeira ou tentava disfarçar o que havia feito para sua esposa, que para sua<br />

infelicidade, havia acordado. Já conseguia ouvir, graças a sua descendência élfica,<br />

os passos de Sailorcheer saindo do quarto.<br />

Assim, optou pela primeira opção. E logo após blasfemar contra o pecopeco,<br />

começou a retirar os cacos de vidro do chão; ouviu sua mulher chegando com uma<br />

das mãos segurando o lençol preso ao corpo e a outra com sua adaga, a runa<br />

Dagaz brilhando no meio da penumbra.<br />

- Fei? - sua expressão misturava preocupação e surpresa - O que está fazendo aí?<br />

OFF<br />

Onzinho pra fechar o ano. Muita coisa estah pra rolar o ano que vem, preparem-se<br />

Runicos e nao-Runicos!<br />

E feliz 2009! Que o ano seja repleto de conquistas e RP pra todos '-'<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jan 5 2009, 02:53 PM<br />

Quando reparei naquele precioso líquido colorindo o chão misturado aos cacos de<br />

vidro do frasco suspirei fundo. Talvez o problema pior não seria exatamente perder<br />

aquela dose e sim o que estava por vir. No momento que ouvia a Katrina se<br />

colocando de pé e andando na direção da despensa para ver o que acontecia, eu<br />

gelei. Não tinha tempo de fazer mais nada, ela certamente descobriria.<br />

E eu realmente não queria isso. Não queria que ela descobrisse que eu pedira<br />

para o Malchir preparar essas poções para mim, baseando-se naquela que<br />

trouxemos de Niffelheim que Katrina me fazia beber de tempos em tempos. Ela<br />

ainda não sabia o que de fato estava acontecendo comigo. E eu estava evitando<br />

ao máximo que ela descobrisse. Ela já havia sofrido o bastante daquela vez e<br />

agora, com a idéia de estarmos sendo caçados por alguma entidade maligna e eu<br />

não poder mais contar com os poderes que estava aprendendo a usar, é mais do<br />

que óbvio que eu queria poupá-la o máximo possível de qualquer preocupação.<br />

Mesmo sabendo que possivelmente minha vida estava entrando numa faixa de<br />

risco tremenda.<br />

Com as poções, logicamente eu estava me sentindo bem. Quer dizer, bem em<br />

termos. Fisicamente, eu não sentia dor, nem febre, ou mesmo enxergava aqueles<br />

vultos malditos que me perseguiam antes do pacto com o espírito. Apesar disso,<br />

eu me sentia diferente. Não sei se é por eu simplesmente estar preocupado com a<br />

situação, mas algumas vezes sentia meu braço que está com a runa latejar e<br />

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imediatamente pensamentos rápidos e desconexos surgiam em minha mente. Na<br />

última noite, parecia que um livro gigante escrito em Rúnico era aberto na minha<br />

frente, as runas me sobrevoando e circulando, como se dançassem em minha<br />

volta. Acordei ardendo em febre, por sorte a Katrina não reparou.<br />

Hoje eu não quis que essa sensação estranha voltasse e vim correndo tomar essa<br />

poção. Mas infelizmente aquele peco idiota me assustou com o piado mais idiota<br />

ainda dele. Será que eu conseguiria evitar que a Katrina descobrisse o que eu<br />

exatamente estava fazendo aqui?<br />

- Ahn... o que você tá fazendo acordada? - perguntei tentando ser convincente<br />

que estava surpreso.<br />

- Não sei se eu tô mesmo acordada... o que você quebrou? - respondeu minha<br />

amada esposa, ainda coçando os olhos, nitidamente com sono.<br />

- Eu? Não quebrei nada... é só um sonho. - será que isso vai colar? Por que não<br />

consigo pensar tão astutamente hoje?<br />

- O que veio pegar aqui? - Katrina bocejou, parecendo nem se importar com o meu<br />

último comentário.<br />

- Eu vim pegar... errr... um... - Droga de mente que não me ajuda! - um remédio<br />

pra você, é isso! Eu sabia que você ia precisar de um quando acordasse...<br />

- Remédio?<br />

- Ahn... você não me falou que não tem se sentido bem? Aí lembrei dele aqui e...<br />

vim buscar pra deixar perto de você.<br />

- Eu não sabia que a gente guardava remédio na despensa.<br />

- Pois é, nem eu! - enfim me rendi, suspirando fracamente. Realmente não estava<br />

conseguindo raciocinar por alguma razão.<br />

- Mas... parece que quebrou, né? Bem, não importa, devia estar estragado se eu<br />

nem lembrava dele aqui...<br />

Katrina se aproximou de mim e me abraçou, sugerindo para que eu voltasse para<br />

cama com ela. Nesse momento aconteceu a segunda onda de azar do dia,<br />

quando ela reparou na minha temperatura ao me abraçar. Colocou imediatamente<br />

a mão em minha testa, constatando o óbvio.<br />

- Fei, você tá queimando de febre! Vamos deitar, vou pegar uma compressa de<br />

água! - como eu poderia negar? Me sentia tão mal que qualquer fonte de alívio<br />

serviria naquele momento. Suspirei fundo e fechei os olhos enquanto ela me<br />

ajeitava na cama, os olhos arregalados pelo meu estado.<br />

- Desculpe.... eu... não queria realmente que você soubesse disso....<br />

- Não fale nada agora... - ela dizia gentilmente, enquanto terminava de me cobrir<br />

com um lençol.<br />

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- O tal remédio... existe mais dele lá...<br />

- Tá, eu vou pegar mais!<br />

Eu não reparei exatamente quanto tempo ela levou pra encontrar a caixa de<br />

poções que Malchir havia me dado. Como num piscar de olhos, ela estava de<br />

volta, sua expressão demonstrando dúvidas quanto a procedência do "remédio".<br />

Sem responder quaisquer dúvidas, eu rapidamente engoli aquele líquido.<br />

Continuava com um gosto horrível, mas era isso ou ficar cada vez pior. Reparei na<br />

fisionomia angustiada de Katrina.<br />

- Fei? - senti uma de suas mãos tocarem meu rosto, seu olhar inquieto - ... tá<br />

acontecendo de novo, né?<br />

- Eu diria que... está mais estranho - recuei, remexendo os cabelos de Katrina,<br />

para ver se ela evitava falar naquilo - mas não é nada, não quero que se preocupe<br />

em relação a isso...<br />

- Você devia ter dito que estava se sentindo mal... vou apressar minhas buscas...<br />

Olhei fixamente para ela, sua expressão de preocupada era de matar. Isso me<br />

deixava um tanto quanto inconformado, ainda mais sabendo que ultimamente ela<br />

não parecia a mesma pessoa. Fiquei pensando por um momento se não seria a<br />

culpa dessa runa maldita que estava influenciando nela fisicamente e<br />

mentalmente também, a deixando cansada, enjoada, paranóica. Acordei de meus<br />

devaneios com os lábios de Katrina tocando nos meus, suavemente. Logo depois,<br />

olhei fixamente em seus olhos cor de mel, intensos, como se eu pudesse<br />

encontrar lá a resposta que queria havia alguns dias.<br />

- Eu realmente queria saber o que está acontecendo contigo ultimamente...<br />

- Deve ser só preocupação, Fei... eu estou preocupada com você...<br />

- Será que não é efeito dessa runa maldita? - Falei, num tom irritado que ela<br />

percebeu de imediato.<br />

- Não, claro que não! Você jamais me faria mal, lembra?<br />

Suspirei, resignado. Não adiantaria mais nem pensar em comentar o assunto com<br />

ela, por mais que eu estivesse com receio da influência negativa que eu poderia<br />

estar causando. Recorri a minha última tentativa, quando reparei que ela já se<br />

ajeitava entre meus braços para voltarmos a dormir.<br />

- Amanhã cedo... vamos até a enfermaria ver se isso tudo que tem sentido é<br />

normal? - pedi, num sussurro em seu ouvido.<br />

- Vamos, Fei... se isso for deixar você feliz nós vamos - a vi suspirar, com um<br />

sorriso gentil e terno em seu rosto, nitidamente tomado pelo sono - agora tente<br />

dormir um pouco, tá?<br />

Acenei positivamente, dando uma leve piscada com um dos olhos. Pouco tempo<br />

depois, sentia meu corpo diferente, minhas forças voltando e minha temperatura<br />

normalizando.<br />

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E reparei que, pelo menos enquanto durassem essas poções, eu não precisava<br />

temer... muito.<br />

OFF<br />

*dah bica em todos os Runicos*<br />

Acordem dessa ressaca! E vamos logo RPar, bandinubi! u.u<br />

Feliz ano novo pra todos '-'<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Jan 15 2009, 08:58 AM<br />

Acordei poucas horas depois daquela conversa com a Katrina, os primeiros raios<br />

de Sol entrando entre as frestas da cortina do quarto. Finalmente parecia que<br />

aquele tempo nebuloso e cheio de neve iria mudar, ele estava começando a me<br />

trazer más lembranças. Sutilmente saí da cama, com cuidado para não fazer<br />

minha amada esposa acordar. Assim que levantei, tropecei na caixa de poções<br />

que ela havia deixado no chão, fazendo um barulho surdo. Hoje parecia que não<br />

era meu dia.<br />

Tinha certeza que olharia para trás e ia ver Katrina posicionada com uma adaga na<br />

defensiva, provavelmente com a outra apontada no meu próprio pescoço, com<br />

aquele olhar fuzilante de sempre, mas não foi isso que encontrei. Ela continuava<br />

dormindo profundamente, sequer se mexeu. Suspirei e pensei por um momento,<br />

observando ela na cama. Katrina realmente estava estranha, ela dificilmente ficava<br />

pouco alerta assim. Me atentei para sua mão, que estava fora do cobertor que a<br />

cobria. O seu anel de casamento parecia começar a sufocar o seu dedo anelar,<br />

sua mão nitidamente inchara nos últimos dias.<br />

Esfreguei os olhos e respirei fundo, tentando me acalmar. Provavelmente não seria<br />

nada, como ela bem disse e eu só devia estar preocupado pelo pesadelo que<br />

passamos em Niffelheim. Como sabia que ela provavelmente iria acordar em<br />

breve, resolvi ir até a padaria de Juno e comprar aquele bolo lotado de chantilly<br />

que ela adorava devorar antes dos treinos. Busquei uma roupa bem quente e saí,<br />

largando Kaiden dentro da casa vigiando. Se alguém que não fosse eu tentasse<br />

entrar em casa no momento que eu estivesse fora, eu ouviria os latidos estridentes<br />

desse animal de longe e saberia que eu teria que voltar correndo pra cá.<br />

E de fato, bem lembrado. Busquei a espada que pertencera um dia ao meu pai e<br />

prendi na minha cintura. Nesses últimos tempos é importante que fiquemos alertas<br />

o tempo todo. Saí correndo de casa, com meu rosto coberto pelo capuz, em<br />

direção à padaria. Não demoraria 5 minutos para chegar até lá, felizmente ela era<br />

próxima de casa.<br />

O pequeno lobo não teve tempo sequer de roer algum canto de móvel da casa<br />

quando voltei. Poderia jurar que ele tinha até uma expressão de frustração quando<br />

me viu entrar com o embrulho da padaria tão rapidamente. Assim que deixei tudo<br />

em cima da mesa, fui novamente até o quarto e Katrina continuava dormindo.<br />

Cocei o queixo, pensativo. Será que o motivo do sono era por ela se ter cansado<br />

demais a noite e... bem, ter acordado em seguida, no meio da madrugada?<br />

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Ajeitei as cobertas sobre ela, um sorriso fraco de satisfação surgiu no seu rosto.<br />

Fechei direito as cortinas do quarto e saí. Aproveitaria o tempo que ela estivesse<br />

dormindo para eu mesmo fazer algo de útil. Ainda precisava resolver algumas<br />

coisas pendentes.<br />

Tirei o casaco de pele que usava e busquei minha espada. Já estava na hora de<br />

voltar à ativa, aquele ferimento feito em meu braço já havia cicatrizado. Fui até o<br />

quintal de casa e comecei a treinar algumas técnicas, minha idéia seria ficar lá até<br />

eu reparar em Katrina acordando. Porém, horas se passaram e ela não<br />

demonstrava sinal de que iria abrir os olhos. E agora, quem estava com fome era<br />

eu. Entrei em casa, jogando a espada num canto da sala, e resolvi fazer todo o<br />

café da manhã. Quando havia praticamente acabado, ouvi um ruído abafado no<br />

quarto. Provavelmente ela estava só esperando eu acabar tudo, garota mimada!<br />

Mas quando a encarei entrando na cozinha, o que eu vi foi uma expressão<br />

preocupada chegando na minha direção.<br />

- O que está fazendo em pé? - ela me perguntou, quase me acusando.<br />

- Ué, estou fazendo seu café da manhã... - isso não era óbvio? Talvez ela ainda<br />

não tivesse aberto os olhos direito.<br />

- Deixa que eu termino, você tem que descansar... - ela respondeu com uma voz<br />

de travesseiro de dar dó. Puxei ela pelas mãos, fazendo-a sentar a mesa.<br />

- Eu já acabei, bobinha - e olhei fixamente em seus olhos aflitos - e você se<br />

preocupa demais!<br />

Sentei-me a mesa também, servindo o café para Katrina. Achei meio estranha a<br />

forma como ela comia o bolo, intercalando pedaços bem menores do que ela<br />

estava acostumada com goles de café. Vai ver ela estava fazendo isso para durar<br />

mais tempo. Entretanto, comecei a reparar que ela diminuia a velocidade dos<br />

bocados a medida que ficava cada vez mais pálida e suspirando, como se o que<br />

estivesse comendo fosse um martírio. Isso me assustou um bocado, ainda mais<br />

vindo dela. Apoiei uma das mãos em seu ombro, chamando-lhe a atenção.<br />

- Katrina... você está meio pálida. Está se sentindo bem?<br />

- Eu... estou um pouco enjoada... só isso.<br />

- Err.. acho que se você está se sentindo assim, é melhor não comer mais nada. -<br />

disse, já retirando o prato de bolo de sua frente, ela concordando como se tivesse<br />

se livrado de um fardo. Toquei de leve seu rosto, acariciando-o enquanto falava.<br />

Ela nitidamente suava frio.<br />

- E então? Acha que consegue ir até a enfermaria ou prefere que eu traga alguém<br />

até aqui?<br />

- É só um mal estar, Fei, eu só estou preocupada com você - disse ela, relutante.<br />

Por que diabos ela precisava me lembrar disso? Suspirei meio bravo com o<br />

comentário e ela percebeu imediatamente. Quem não perceberia? Essa droga de<br />

runa que surgiu no meu braço começava a me atrapalhar novamente.<br />

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Nem percebi quando senti Katrina me abraçando com carinho falando palavras<br />

gentis próximas ao meu ouvido. Ela sempre conseguia me livrar de qualquer tipo<br />

de pensamento ruim assim. Imediatamente, ela me olhou de maneira gentil e<br />

propos.<br />

- Não fique assim, não é sua culpa. Vamos lá na enfermaria, como você quer, daí<br />

você vê que não é nada e se acalma...<br />

Eis que finalmente, depois de tanta insistência, ela concordou! Eu queria ter dito<br />

para ela qual era minha real preocupação, mas temia que ela se preocupasse<br />

ainda mais por causa dessa runa. O meu maior medo seria que ela estivesse<br />

influenciando de alguma forma na saúde de Katrina também, é uma das poucas<br />

explicações plausíveis para ela estar agindo e se sentindo diferente desde que<br />

voltamos de Niffelheim.<br />

Em pouco tempo minha esposa voltava do quarto, completamente agasalhada.<br />

Busquei o capuz de seu agasalho e trouxe ele para ficar sobre sua cabeça,<br />

gentilmente. Ela sorriu para mim e reparei que ela deu uma rápida tremida assim<br />

que abrimos a porta, esfregando as mãos.<br />

- Vamos rapidinho, está frio...<br />

- Não quer que eu te leve nas minhas costas, Ka? Prometo que vou correndo. - e<br />

ela riu da minha preocupação, começando a correr em disparada ao mesmo tempo<br />

que me avisava com a voz totalmente marota.<br />

- Eu não estou morrendo, só estou com o estômago ruim! E aposto que eu chego<br />

antes de você!! - e ela ainda ousou a mostrar a língua quando fez isso! Muito<br />

engraçadinha. Instintivamente busquei uma bola de neve e, depois de correr na<br />

direção dela, arremessei-a. E daí percebi que ela realmente não estava tão ruim<br />

quanto eu previa, ela agarrou a bola entre as mãos, num movimento rápido e<br />

preciso.<br />

- Ei!!! - reclamou, mas foi o tempo necessário para eu me aproximar rapidamente<br />

dela, agarrando-a e jogando-a por cima do meu ombro. Comecei a rir quando ela<br />

começou a ficar desesperada tentando me beliscar inutilmente, enquanto eu a<br />

carregava daquela forma, ela nunca gostou disso. - Fei!! Me coloca no chão!<br />

Mas só a soltei quando chegamos na entrada da enfermaria. Sua expressão<br />

vermelha, ofegante e emburrada era totalmente diferente daquela que eu vi logo<br />

pela manhã, o que me alivou um tanto.<br />

- Você vai ver só em casa! - Katrina me ameaçou, e eu não consegui deixar de rir<br />

daquela cara de brava dela. Busquei uma de suas mãos e a trouxe para dentro da<br />

enfermaria, tranquilamente.<br />

Era um lugar humilde aquela enfermaria, infelizmente o lugar mais próximo de<br />

casa que poderíamos ir para consultar algum sábio. Era um ambiente até<br />

agradável, com algumas plantas e esferas de luz colorindo e enfeitando aquele<br />

lugar, muito melhor que aquela enfermaria grosseira de Geffen. Entretanto,<br />

parecia que toda RuneMidgard tinha resolvido ir à enfermaria naquela exata hora.<br />

Mal tinha lugar para sentar! Cutuquei a Katrina, que acabava de preencher uma<br />

ficha de atendimento.<br />

277 de 328 03/09/2009 10:55


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- Ahn... será que se eu falar que é uma emergência eles atendem rápido? -<br />

perguntei esperançoso para Katrina que, ao invés de seguir minha idéia, fez uma<br />

cara brava, me puxando para uma cadeira.<br />

- Não é uma emergência!<br />

Não sei quantas horas ou dias se passaram, mas deu tempo até mesmo de eu<br />

contar a quantidade e medir mentalmente o tamanho dos riscos que o piso do<br />

chão onde estávamos tinha por causa do arraste das cadeiras. Quando eu<br />

comecei finalmente a contar a quantidade de pêlos presentes num de nossos<br />

casacos, a Katrina terminou de ler uma matéria numa revista que estava lendo ao<br />

meu lado, sussurrando de forma praticamente acusadora.<br />

- Você quem quis vir...<br />

- Eu não estou reclamando!<br />

- E precisa? - ironizou minha querida esposa, graças a minha provável expressão<br />

de tédio. Suspirei fundo, enquanto ela soltou um risinho contido ao meu lado,<br />

acariciando meus braços para tentar me deixar menos emburrado pelo comentário.<br />

E ela ainda estava rindo quando finalmente uma garota com vestes de noviça se<br />

aproximou da gente. Só faltava ela começar a rir em coro com a Katrina!<br />

- Hum.... Sailorcheer....? - reparei que a garota lia uma ficha ao dizer o "nome" de<br />

minha esposa, como se temesse falar de forma errada. Provavelmente teve a<br />

famosa má impressão inicial do nome dela como todos têm da primeira vez que a<br />

conhece.<br />

- Sou eu - Katrina respondeu de imediato, levantando uma das mãos.<br />

- Me acompanhe, por favor. - pediu a garota, com um sorriso que estava na cara<br />

que era forçado.<br />

- Sim, senhorita. - minha mulher sorriu de volta e se levantou para seguí-la. Pelo<br />

menos o dela ela sincero. E eu, obviamente, levantei para seguir as duas, quando<br />

imediatamente fui bloqueado por aquela garota estranha.<br />

- Somente ela, senhor!<br />

- Hã? Por que ele não pode ir junto?<br />

- Ela é minha mulher! - falei, dessa vez nem um pouco calmo. Que raio de história<br />

é essa de impedir de ficar ao lado de minha esposa?!<br />

- Bem... fomos treinadas para não deixar que as pacientes fossem vistas sendo<br />

examinadas. - Só me faltava essa agora!<br />

- Bom, se é o procedimento de vocês, não tem problema, Fei. - fiquei pasmo ao<br />

reparar que Katrina tinha aceitado a situação.<br />

- Eu não vou deixar você ir lá sozinha - falei, não demonstrando nenhum tipo de<br />

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calma. - Vamos pra outro lugar... Prontera é perto daqui! Depois perguntam por<br />

que odeio esses lugares.<br />

Katrina segurou minhas mãos delicadamente e olhou fixamente para meu rosto<br />

transtornado.<br />

- Fei, tá tudo bem! Elas não vão me matar.<br />

E lá foi ela com aquela noviça miserável. Primeiro segui as duas com os olhos,<br />

Katrina com um olhar totalmente desolado ficou olhando para trás até entrar na tal<br />

"ala feminina" daquela droga de enfermaria. O que eles acham que eu poderia<br />

fazer, ficar espiando as outras mulheres de lá? Eu já passei da época de fazer<br />

isso!<br />

Assim que não consegui mais ver minha esposa, resolvi me aproximar mais do<br />

lugar. Sentei-me bem próximo da porta de entrada de onde estavam e reparei que<br />

havia um segurança me encarando o tempo todo. Que lugar mais barulhento!<br />

Fechei os olhos e tentei "rastrear" a voz de Katrina no meio de inúmeras vozes por<br />

lá. Vez ou outra eu conseguia perceber que ela respondia, parecia mais um<br />

interrogatório que uma consulta médica. Por que diabos eu tive essa idéia<br />

estúpida de trazê-la pra cá? Acho que vou começar a ler uns livros de medicina,<br />

daí não preciso mais desses idiotas. Principalmente quando fazem umas<br />

perguntas beeeem impernitentes, como a "frequência que ela se deita comigo".<br />

Qual é o problema desse povo?!<br />

Quando abri os olhos novamente, o guarda continuava me encarando. Será que<br />

ele de alguma forma lia o que eu estava pensando ou eu comecei a falar alto o<br />

que eu pensava? Olhei para os lados e reparei que estava passando muito tempo.<br />

Levantei, minha paciência para aquela palhaçada chegando no limite. Ao menos<br />

em Geffen eles não tinham toda essa frescura. De repente, percebi que não ouvia<br />

mais a voz de Katrina. Durante muito tempo. Resolvi tentar finalmente espiar lá<br />

dentro para ver o que estava acontecendo, quando reparei num brutamontes<br />

fechando minha visão.<br />

- Você não pode entrar aqui, senhor. - advertiu o segurança, com um bigode que<br />

seria possível enforcá-lo de tão grande.<br />

Respondi com um chute num vaso que estava ao seu lado, fazendo ele virar aos<br />

seus pés. Na hora que desviei a atenção do inútil, corri para dentro. Quando dei<br />

uns três passos no interior do recinto, já sentia um braço envolvendo meu pescoço<br />

enquanto tentava correr. Infelizmente para o dono do braço, ele era leve, fraco e<br />

eu queria ver onde minha mulher estava!<br />

Quando encontrei Katrina, ela estava com uma expressão similar a alguém que<br />

tivesse descoberto o segredo da vida. Ao seu lado aquela noviça idiota e uma<br />

velha baixinha, de quem mal era possível enxergar os olhos de tantas rugas no<br />

rosto. Quando a vi com o olhar parado daquela forma, corri ao seu encontro, me<br />

livrando sutilmente, com uma cotovelada no meio do nariz, daquele idiota que<br />

insistia em me arrastar dali.<br />

- O que diabos vocês falaram pra ela?! - revoltei-me, enquanto Katrina percebeu<br />

que eu havia chegado, como se acordasse de um transe. A velha olhou na direção<br />

dela, perguntando se eu era o seu marido, ela apenas acenou positivamente,<br />

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ainda com aquela expressão indefinível. Ao invés de falar alguma coisa, aquela<br />

velha rugosa ajudou, juntamente com a noviça, o segurança que blasfemava com<br />

as mãos no nariz a se levantar.<br />

- Vamos deixá-los a sós. - foi a última coisa que ela me disse, fechando a cortina<br />

novamente, Katrina nitidamente pasma, o que me deixou ainda mais aflito.<br />

Busquei ambas as mãos dela, acariciando-as suavemente enquanto a fitava.<br />

- O que elas disseram? - perguntei, talvez não desejando saber a resposta pela<br />

expressão que ela fazia. Katrina abaixou os olhos, direcionando-os para sua<br />

barriga, em seguida me olhou de novo. Repetiu o gesto por umas duas vezes, sem<br />

falar nada. Finalmente, apontou para seu ventre.<br />

- Eu... - e parou de falar novamente. Posso jurar que estava prestes a surtar com<br />

essa expectativa. Ela suspirou fundo, como se estivesse colocando as idéias no<br />

lugar e falou comigo novamente - Nós vamos ter q arrumar o quarto da<br />

Juju............<br />

- Ahn.... aquela despensa? Por que? Ela vai voltar? - achei um comentário<br />

totalmente estranho vindo dela, mas já estava acostumado a não entender bem<br />

sua lógica. Ela apenas acenou negativamente e me olhou, parecendo que tinha<br />

até receio de revelar aquilo para mim.<br />

- Nós... vamos.... err... vamos ter um bebê...<br />

- Hein? V-você tá grávida?!<br />

Foi o único comentário inútil, idiota e completamente sem sentido que consegui<br />

fazer, antes do meu próprio cérebro entrar em curto circuito. Só o que me restou<br />

fazer depois do comentário inútil, idiota e completamente sem sentido foi trazê-la<br />

em meus braços e abraçá-la com força, escondendo seu rosto entre eles. Quem<br />

sabe assim ela não veria a cara de um perfeito tapado ao lado dela depois de uma<br />

notícia dessas. Ao menos o meu comentário não foi pior do que se eu tivesse<br />

falado "como foi que isso foi acontecer?" ou algo similar, pois aí estaria assinando<br />

meu atestado de bárbaro.<br />

Inclusive, não lembro até agora como foi que a trouxe de volta para casa depois<br />

disso. Espero que não tenha sido ela que tenha me trazido sendo carregado........<br />

OFF<br />

Ai, ai... quando o Galgaris descobrir isso....<br />

E pessoas que participarao dos RPs, cuidado, muito cuidado mesmo com<br />

metagames. Ninguem sabe dessa informação, soh se um dos dois falar<br />

nitidamente que a Sailor estah gravida - talvez daqui uns meses de para perceber<br />

de forma mais visivel.<br />

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Posted <strong>by</strong>: NetRunner Feb 8 2009, 10:32 PM<br />

O latido ensurdecedor e empolgado de Kaiden anunciava a chegada de seus<br />

donos em casa. Sailorcheer ficou brincando um pouco com o lobo do deserto<br />

enquanto Fei ainda procurava se nortear pelo que ficara sabendo havia pouco<br />

tempo na enfermaria de Juno. Ficou no aguardo da garota, próximo à porta, com<br />

uma expressão quase transtornada. Assim que ela finalmente entrou em casa,<br />

rindo das cócegas que o focinho gelado do lobo tinha feito em seu rosto, Fei<br />

trancou a porta e a ficou observando, sem dizer uma só palavra, como acontecera<br />

desde que haviam saído da enfermaria.<br />

Sailorcheer, nitidamente extasiada, abraçou o rapaz e em seguida apontou em seu<br />

ante-braço, enrolado pela faixa que ela havia colocado desde que chegaram de<br />

Niffelheim. Finalmente o silêncio entre os dois foi interrompido, com um comentário<br />

cercado de risos da garota.<br />

- Eu falei que não tinha nada a ver com isso! - Fei piscou brevemente os olhos,<br />

suspirando profundamente.<br />

- Você... tá rindo? - e assim que sua esposa acenou positivamente com um sorriso<br />

enorme no rosto, Fei continuou a perguntar - Então... errr... você realmente gostou<br />

dessa notícia que nos deram?<br />

Sailorcheer respondeu com um breve aceno seguido de um abraço forte em Fei,<br />

que ainda tentava controlar sua preocupação. Ela, sem reparar muito na<br />

expressão do marido, o deixou por um breve momento, indo na direção da<br />

despensa da casa, que antigamente era habitado por sua munak adotiva Juju,<br />

atual esposa de Claragar.<br />

- Precisamos acertar esse quarto!!<br />

Os olhos da garota praticamente brilhavam enquanto comentava. Fei, nitidamente<br />

incomodado, sentou-se numa cadeira da cozinha, meio cabisbaixo e após um<br />

tempo assim finalmente Sailorcheer reparou em seu estado. Se aproximou dele,<br />

apoiando uma de suas mão em seu ombro.<br />

- Fei... você tá bem?<br />

- Eu... não queria que isso acontecesse, Ka. - a voz do rapaz saiu embargada,<br />

quase que como um sussurro, como se não estivesse querendo acreditar no que<br />

estava vendo - E agora? Como farei para te salvar?<br />

- Salvar? - a Rúnica o olhou com cara de dúvida, não entendendo exatamente o<br />

que ele queria dizer com aquilo.<br />

- Lógico! Você... tá grávida! - respondeu, aflito - Eu não quero te perder...<br />

Finalmente Sailorcheer entendeu o motivo de seu marido estar agindo estranho<br />

daquela forma. Era aquele estranho trauma que ele tinha, que ela havia<br />

compreendido graças a Yan. O pai de Fei explicou, ainda em Niffelheim, os<br />

problemas que garotas que trabalhavam em tavernas tinham quando<br />

engravidavam e que provavelmente aquilo fez o rapaz achar que qualquer mulher<br />

que estivesse nas mesmas condições estivesse também em perigo iminente de<br />

morte. Ela envolveu o pescoço de Fei, dando um leve beijo em seus lábios.<br />

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- Eu já disse que não vou morrer, Fei. Minha mãe teve duas filhas e tá inteira!<br />

- Sua... mãe... - o rapaz repetiu a frase, como se estivesse de alguma forma<br />

decorando a informação, no meio do turbilhão de pensamentos que passavam em<br />

sua cabeça. Sailorcheer, por sua vez, olhou diretamente para os olhos do marido.<br />

- Fei, você tem certeza que tá bem?<br />

- Eu... estou bem.... eu acho. - respondeu, após esfregar os olhos com a mão. -<br />

Eu só estou... errr.. apavorado com essa história.<br />

- Por que? - Sailorcheer arregalou os olhos acastanhados ao fazer a pergunta.<br />

- Eu nunca vi uma só mulher grávida sobreviver. E olha que já vi muitas. Até<br />

mesmo minha própria mãe bateu as botas assim. - explicou o rapaz, nitidamente<br />

assustado e apreensivo.<br />

- Bom... mas a minha mãe sobreviveu. Por duas vezes... - a garota deu um risinho,<br />

piscando para o marido, que suspirou fundo, tentando se acalmar com a<br />

informação.<br />

- Então, nesse caso eu preciso falar com ela. - comentou, determinado.<br />

- Hein? - a garota custou a assimilar o comentário do marido.<br />

- Claro! Eu preciso saber o que devo fazer para você ficar segura! Ela é experiente<br />

nisso!<br />

- Não! - exclamou Sailorcheer, de imediato.<br />

- Ahn... por que não?<br />

- Eu não tenho coragem de voltar pra casa agora. - a Rúnica explicou, abaixando<br />

os olhos, como se estivesse com vergonha ou medo de que algo lhe acontecesse.<br />

- Coragem? - o semblante do rapaz começava a ficar menos carregado e agora<br />

trazia a esposa para sentar-se em seu colo, como se tentasse consolá-la - Como<br />

assim coragem, Ka?<br />

- Eu não sei como eles vão reagir...<br />

- Você... não gostaria que eles soubessem disso?<br />

- Eu não sei.<br />

Fei suspirou fundo, olhando para baixo. Por mais que sua esposa não quisesse,<br />

ele sabia que a partir daquele momento deveria fazer de tudo para que ela ficasse<br />

precavida de qualquer coisa que pudessem fazer para evitar problemas durante<br />

sua gestação. A situação atual em que se encontravam não facilitava as coisas,<br />

visto que havia algum inimigo misterioso caçando Rúnicos; ele mesmo não<br />

sabendo por quanto tempo resistiria com aquela runa em seu braço; e agora sua<br />

mulher numa condição que ele não queria que acontecesse. E ao invés dela<br />

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facilitar as coisas, ela começava a colocar mais obstáculos. "Qual é o problema<br />

dela, afinal?!", pensou.<br />

- Mas olha, - a garota começou a explicar, depois de um tempo - você não tem que<br />

fazer nada. A Ana nasceu quando eu e meu pai estávamos fora da cidade. Minha<br />

mãe tava sozinha. Ela chamou uma noviça e ficou tudo bem.<br />

- Ei! Eu não vou deixar você sozinha!<br />

- Eu sei, eu sei! - Sailorcheer riu da expressão brava que Fei fez só de imaginar<br />

estar longe numa situação daquelas. - Mas se ela conseguiu sozinha, eu consigo<br />

com você do meu lado.<br />

Fei sorriu depois do comentário da garota, sentindo-se lisonjeado. A trouxe em<br />

seus braços, carregando-a na direção do quarto, sussurrando em seu ouvido.<br />

- Eu vou cuidar de você então. - E olhou com um sorriso meio tímido na direção do<br />

ventre da esposa - E dele também...<br />

- Nós vamos ter um filho, Fei! - Sailorcheer abraçou o pescoço do marido com<br />

força enquanto ele a carregava para o quarto, extasiada com a notícia.<br />

---------------------------------<br />

Fei ficou em silêncio na cama, com Sailorcheer em seus braços por algum tempo.<br />

O calor do seu corpo, contrastando com a nevasca que novamente começava a<br />

cair lá fora, fez a garota se aninhar e repentinamente cair no sono. Fei ficou a<br />

observando, bem mais aliviado que outrora, mas ainda apreensivo. Aquele com<br />

certeza não era o melhor momento para uma situação como aquela, mas ao<br />

mesmo tempo sabia do desejo de sua mulher de ter um filho um dia. E já que era<br />

uma situação irreversível, ele deveria saber como agir diante daquilo. E,<br />

principalmente, deveria evitar que qualquer tipo de preocupação cercasse sua<br />

mulher nos próximos meses.<br />

Algumas horas depois, Sailorcheer acordava, sentindo um perfume conhecido de<br />

flores ao seu lado. Ao abrir os olhos, percebeu que Fei havia deixado um belo<br />

arranjo de presente. Ela sorriu com o agrado e reparou numa movimentação na<br />

cozinha. Em questão de segundos, o seu marido aparecia diante da porta; ela já<br />

havia acostumado com a sensibilidade da audição de Fei, que dificilmente era<br />

pego desprevinido e geralmente percebia quando ela acordava. O rapaz chegou<br />

ao quarto com um sorriso no rosto, aproveitando para acender outro lâmpião, a<br />

noite estava prestes a chegar. Sailorcheer olhou para as flores, emanando alegria<br />

em seu rosto e em seguida olhou para o marido.<br />

- Bom dia!<br />

- Dia? - Fei riu com o comentário, ao mesmo tempo que se aproximava da garota -<br />

Já é quase noite! Você apagou aí por algumas horas.<br />

- Desculpa. - pediu, meio envergonhada - Eu acabei dormindo e nem fiz seu<br />

almoço.<br />

- Na verdade foi até bom você ter dormido, deu tempo de eu pensar em tudo. E<br />

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percebi que meu comportamento não foi dos melhores...<br />

- Por que? - a garota perguntou, curiosa.<br />

- Não que eu não esteja feliz de te ver feliz ou pelo que vai acontecer, mas... tenho<br />

medo de fazer algo errado... eu nunca li nada sobre isso e não sei como agir e...<br />

- Não se preocupe... não é nada de mais. Minha barriga vai crescer um pouco e eu<br />

vou comer um pouco mais. Só isso.<br />

- Só, né? - Fei riu da explicação resumida da garota.<br />

- E ficar um pouco enjoada, talvez.<br />

Fei continuou a rir da explicação e depois de um tempo parou, olhando de forma<br />

séria para ela. Enquanto acariciava levemente seu rosto, falou baixo, com sinais de<br />

preocupação em sua voz.<br />

- Ka, apesar de ser uma grande notícia, acho que não poderemos falar isso para<br />

os outros durante algum tempo, não é?<br />

- Não?<br />

- É que - Fei suspirou fundo para continuar, meio desanimado - se a notícia se<br />

espalhar a ponto de chegar em mãos erradas, você poderia virar um alvo fácil. -<br />

parou de falar novamente, tentando evitar que isso lhe perturbasse demais -<br />

Queira ou não, agora você está...<br />

- Tem razão. - Sailorcheer respondeu, com um suspiro chateado, mas em seguida<br />

deu um sorriso meio fraco - Bem, enquanto a barriga não crescer, não é nada de<br />

mais! Depois a gente vê o que faz.<br />

- Bem... amanhã eu vou ver com sua irmã uma armadura nova... e a partir de hoje,<br />

você não sai mais de perto de mim, entendeu? - Fei disse, num tom de ordem<br />

incomum a ponto de fazer a garota começar a rir do seu ar imponente.<br />

- Como se eu tivesse deixado _você_ sair de perto de mim!<br />

- Como se você mandasse assim em mim! - Fei respondeu, pulando por cima da<br />

garota, bem mais cuidadoso que o normal, ficando sobre ela.<br />

- E não mando? - Sailorcheer perguntou, ao mesmo tempo que empurrou o rapaz<br />

com as pernas, jogando-o de costas no outro lado da cama. Fei a encarou em<br />

seguida, rindo da "petulância" da esposa em fazer aquilo.<br />

- Vai se aproveitar agora, né? São dois contra um!<br />

- Muito pelo contrário, Fei, agora eu tenho um pra defender! - a garota disse,<br />

rindo.<br />

- E eu dois. - completou o rapaz, fingindo indignação que foi silenciada por um<br />

beijo da Rúnica.<br />

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- E agora pega algo pra gente comer, que tal? - Sailorcheer sugeriu, apontando<br />

imediatamente para a barriga - Estamos com fome!<br />

- Tô vendo que vou ter que trazer um banquete enorme pra esses dois estômagos!<br />

- Fei provocou de longe, já saindo do quarto apenas observando um travesseiro<br />

ser arremessado na sua direção e caindo no chão e as risadas de sua esposa ao<br />

fundo.<br />

Sem que eles percebessem, Siegfried saiu por uma janela tão silenciosamente<br />

quanto havia entrado. "Eu não acredito que eu vou ter que por MAIS gente para<br />

proteger essa menina...".<br />

OFF<br />

Nhaaaa, inspiraçao demorou demais pra vir pra escrever sobre esse RP, maldiçao<br />

><<br />

Galgaris, preciso falar contigo o/<br />

By-Tor, contigo tb =X<br />

\o<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Feb 9 2009, 09:05 PM<br />

Alguns dias se passaram desde que eu e Katrina descobrimos que ela estava<br />

esperando o nosso futuro herdeiro. Parece que, com o tempo, nós dois<br />

começamos a nos acostumar com a idéia e viver em função dela. Katrina<br />

continuava treinando, como sempre, e caçando peles para vender aos<br />

mercadores. Porém, vez ou outra eu percebia que ela diminuia o passo, com<br />

expressão nítida de quem estava passando mal do estômago. Fico imaginando até<br />

quando ela vai continuar sentindo esses enjôos.<br />

Quanto a mim, dificilmente saio do lado dela. Agora, sem o poder telepático das<br />

runas para nos ajudar, e com o perigo iminente de algum "caçadorzinho de runas"<br />

aparecer, não quero deixar ela sozinha, por mais que eu saiba que ela sabe se<br />

virar caso alguém apareça com essa intenção. Eu não sei quão perigosos esses<br />

caras são.<br />

Entretanto, hoje o dia seria diferente. Recebi uma carta da irmã pirralha da Katrina.<br />

Minha armadura nova havia ficado pronta e eu poderia ir para Morroc, conversar<br />

finalmente com a mãe dela. Mas havia um pequeno problema: a Katrina jamais me<br />

acompanharia até Morroc e eu não a deixaria sozinha em Juno nesse período que<br />

eu passasse lá.<br />

Eu realmente devo estar muito desesperado para fazer isso, mas não vi outra<br />

alternativa que não essa. Assim que chegamos em casa para almoçar, naquele<br />

dia, caminhei até a sala de estar de nossa casa e ordenei, para estranheza total de<br />

minha esposa:<br />

- Siegfried, aparece logo! Pode parar de achar que eu não sei que está aí...<br />

- Fei? - Katrina me olhou com expressão de espanto - Você tá bem?<br />

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- Claro que estou, meu amor, só quero ter uma conversinha com seu amado tio... -<br />

falei em tom debochado, sem perceber.<br />

- Eu posso mandar uma carta para guilda de Morroc se você quiser... - ela<br />

respondeu, sem entender o meu comportamento.<br />

- Bah, ele nem deve saber ler. Ele só sabe entrar na casa dos outros e ficar<br />

espionando, né? - olhei na direção do último ruído que eu tinha ouvido na casa. -<br />

E comendo tudo o que tem na despensa sem pagar.......<br />

Nem reparei quando Katrina foi até o quarto e voltou para sala, com aquele elmo<br />

divino em sua cabeça e conversando sozinha enquanto apontava na minha<br />

direção.<br />

- É normal os homens agirem assim quando vão ser pais? - após um momento, vi<br />

ela fazendo outra pergunta - Mas é normal ele não falar coisa com coisa também?<br />

Nesse momento ouvi um riso abafado miserável que provavelmente Katrina não<br />

ouviu, pois ela continuava conversando com o "elmo". Corri na direção do ruído<br />

com uma jarra de suco nas mãos e arremessei o conteúdo. Katrina me advertiu,<br />

agora com um leve tom de descontentamento na voz.<br />

- Poxa... deu tanto trabalho espremer essas laranjas... - e virou-se para o nada<br />

novamente e perguntou - E desperdiçar o suco assim, é normal também?<br />

Maldito seja esse tio idiota! Tentei me concentrar novamente em seus passos,<br />

porém não foi possível com a voz de Katrina e suas perguntas irritantes. Restou a<br />

mim tentar falar com ele escondido mesmo.<br />

- Ok, pode continuar brincando de esconde-esconde, eu não me importo. Só que<br />

espero que você seja menos inútil dessa vez e fique protegendo sua sobrinha<br />

enquanto eu estiver fora hoje.<br />

- Com quem você tá falando, Fei? - agora, finalmente, ela perguntou para mim e<br />

não pro além.<br />

- Ora, Katrina, com o seu tio Siegfried. Ele está aqui o tempo todo, não reparou?<br />

- Ahn... não? - às vezes eu tenho uma certa pena do grau de inocência de minha<br />

esposa.<br />

- É que ficando assim escondido, ele acha que consegue descobrir tudo o que<br />

está acontecendo com você. Afinal de contas, ele ainda não acredita que você<br />

possa se virar sozinha, sabe?<br />

- Mas... como é que ele conseguiria entrar aqui em casa?<br />

Eu apenas apontei a janela da sala depois de sua pergunta, sem falar nada, acho<br />

que minha expressão de indignação já revelava o que estava sentindo.<br />

- Mas o Juquinha e o Kaiden não iam deixar.......<br />

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- Os dois devem gostar mais dele do que de você!<br />

- Ei!!! - Katrina fez uma cara brava, como se tivesse sido insultada pelo meu<br />

comentário. - Tá dizendo que eu sou uma dona ruim pra eles?<br />

- Não... só estou dizendo que o seu tio tem uma empatia incrível com animais.<br />

Acho que ele deve se sentir em casa com eles.<br />

Contei cerca de dez segundos até que ela me respondesse, meio sem entender o<br />

que eu quis dizer.<br />

- Eu também me sinto em casa com eles!<br />

Respirei fundo e passei minha mão sobre o rosto, tentando me acalmar. Acho que<br />

o dia que a Katrina compreender tudo o que eu digo nas entrelinhas, vai acontecer<br />

o tal Ragnarok que dizem por aí. Sentei na cadeira, olhando para o nada.<br />

- E aí, "grande assassino de elite de Morroc". Vai aparecer ou quer que eu ainda<br />

finja que não consigo te ouvir? - sorri de forma totalmente sarcástica. Percebi que<br />

Katrina olhou em outra direção, gesticulando. E, de repente, ela ficou séria, se<br />

aproximando de mim, como se estivesse assustada.<br />

- Ahn... tio? - ela quase murmurou ao falar - Você está mesmo aí?<br />

- Bah, ele vai continuar com o joguinho bobo dele de novo. Será que se eu<br />

ameaçar sua vida ele aparece? - ri depois do meu comentário.<br />

- Você não ia fazer isso - Katrina disse, emburrada. Eu só pude piscar de forma<br />

marota. Em seguida reparei nela dando um pulo, com os olhos arregalados,<br />

enquanto eu ouvi uma voz irônica próximo a ela.<br />

- Você não presta muita atenção nas coisas, não é? - certamente o desgraçado<br />

ousou tocar nela, pois ela saiu na minha direção na defensiva. Eu pulei na sua<br />

frente, bloqueando qualquer ser "invisível" de chegar nela de novo para<br />

comentários engraçadinhos.<br />

- Por que não faz isso comigo? Medo de perder alguma parte do corpo, é? - logo<br />

depois do meu comentário ouvi uma gargalhada ecoando próximo à uma das<br />

paredes da sala. Ignorei a risada e olhei na direção de uma assustada Katrina -<br />

ainda tem alguma dúvida?<br />

Só a vi acenar negativamente, sem falar uma palavra sequer. Após a gargalhada<br />

se extinguir, ela perguntou indignada.<br />

- Desde quando você está aqui?! - diante da pergunta dela, Siegfried finalmente<br />

apareceu diante de nossos olhos, ainda rindo sem parar. E nem precisou de<br />

nenhum artefato místico pra isso. Ha!<br />

- Desde que... - Siegfried parou de falar, como se estivesse calculando - você<br />

chegou de Niffelheim estrupiada, sendo carregada junto com esse daí mais<br />

estrupiado ainda. Eu dou as costas pra você por cinco segundos e você se mete<br />

em alguma encrenca com seu marido!<br />

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- Err... ei! Ela não deve nada a você, pára de falar assim com ela... - disse num<br />

tom ameaçador.<br />

- Falou o cara que precisa de semente de yggdrasil para continuar vivo. - o odioso<br />

tio respondeu num tom de deboche. Eu respirei fundo pra me acalmar. Numa<br />

situação normal eu tentaria arrancar seu pescoço fora, mas naquele momento eu<br />

realmente precisava dele por mais que eu não quisesse.<br />

- Será que dá para vocês dois pararem de brigar?! - Katrina se exaltou, me<br />

assustando ligeiramente. Devem ser os hormônios. Siegfried ergueu as mãos, se<br />

isentando de culpa.<br />

- Eu não fiz nada, eu só estava te dizendo porque eu estou aqui.<br />

- E será que você vai conseguir ficar mais 5 segundos com ela sem tentar dar<br />

alguma lição de moral enquanto eu estiver fora? - eu vi um sorriso de canto de<br />

boca aparecendo em seu rosto.<br />

- Não. Se você quer que eu cuide dela vai ser do MEU jeito.<br />

- Ei! Eu não preciso de ninguém cuidando de mim! - tentei segurar meu riso nesse<br />

momento e vi que Siegfried fazia exatamente o mesmo depois do comentário de<br />

Katrina. Me recuperei segundos depois, pensando na resposta dele.<br />

- Claro que não, pequena, se alguém tentar te atacar você só vai vomitar na cara<br />

deles. - que comentário maldoso, mas EXTREMAMENTE bem encaixado que ele<br />

fez. Senti um pingo de inveja enquanto reparei que ela virou na direção do nada<br />

novamente, reclamando.<br />

- E VOCÊ pare de rir também! E diz pra eles que eu não preciso de NINGUÉM<br />

tomando conta de mim!<br />

- Ka... eu não ouço ele...<br />

- É... - completou Siegfried, acenando negativamente - eu também não. - e<br />

começamos a rir de novo. Tentei me aproximar da Katrina, mostrando um pouco de<br />

compaixão mas levei um tapa no ombro tão forte que pude perceber os dedos dela<br />

marcados mesmo sobre a roupa. Ao mesmo tempo, Siegfried virou a cara de lado,<br />

como se sentisse a dor que eu estava sentindo naquele momento. Com a<br />

diferença que ele ainda continuava a rir.<br />

- E você!! - Katrina apontou ameaçadoramente para o tio - Você não tem o direito<br />

de entrar na casa dos outros assim!<br />

- Hum - Siegfried deu com os ombros - feche direito suas janelas então. Se eu<br />

entrei, qualquer um que esteja atrás de vocês consegue entrar também.<br />

- Só entrou porque eu deixei. - fiz um olhar maroto, enquanto ainda passava a mão<br />

sobre o meu ombro dolorido. Como ela pode ter uma força dessas num corpinho<br />

daquele?<br />

- E como poderia não deixar? Se você chegou aqui e não conseguia nem se<br />

mexer? - Deixei barato o comentário. Não podia deixar ele me intimidar com<br />

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aqueles comentários idiotas, aliás ele nunca fez isso.<br />

- Quer saber? Deixa prá lá. Não quero que você fique muito tempo sozinho com<br />

ela. - e enquanto eu comecei a ouvir uma gargalhada ensurdecedora novamente,<br />

completei - acho que tenho gente muito mais confiável que... você.<br />

- Isso! Vai lá chamar a noviça da enfermaria!!!<br />

- Com certeza ela deve fazer bem mais estrago que você.<br />

- É verdade! Eu vi a cara que você saiu de lá alguns dias atrás!<br />

Desisto. Empurrei a cadeira de lado e tentei atacá-lo com um soco cruzado.<br />

Quando reparei que ele conseguiu esquivar, tentei de novo, de novo. Na décima<br />

tentativa eu reparei que o melhor a fazer seria um chute. Foi quando minha visão<br />

se escureceu por um breve momento e senti o chão frio da sala na minha<br />

bochecha, seguido pela voz de Katrina ao fundo dizendo coisas ininteligíveis.<br />

- Foi ele quem começou! - foi a única coisa que consegui distinguir no meio de<br />

todo o alvoroço. Senti as mãos de Katrina no meu rosto e me ajudando a levantar<br />

em seguida. Sacudi a cabeça para ver se o chão parava de rodar. - Francamente,<br />

Katrina... eu podia ter apresentado tanta gente melhor...<br />

- Eu juro que se vocês se baterem aqui em casa de novo eu mesma amarro vocês<br />

na casinha do Kaiden! - prometeu Katrina, com uma voz tão nervosa que comecei<br />

a sentir até medo. Eu acho melhor nem olhar diretamente para ela agora. Ela deve<br />

estar com aquele olhar insano dela.<br />

- Deixa pra lá, Ka. Foi uma péssima idéia. Eu arrumo outra forma. Para que esse<br />

cara aí seja mais colaborativo, acho que só sob a mira de umas 20 katares.<br />

- Fei, acho que eu vi um dente seu voar pra debaixo do sofá... - eu tentei ir pra<br />

cima dele de novo, mas senti um aperto no meu braço extremamente forte, me<br />

impedindo de dar um passo. Olhei para Katrina e tentei sorrir.<br />

- Calma, amorzinho... quer bolo? - Katrina ignorou minha sugestão.<br />

- E se você quer ficar aqui em casa, vai ter que ficar sem brigar com meu marido! -<br />

a voz intimidadora da minha esposa realmente assustaria alguém menos treinado.<br />

- Então vocês façam o favor de se decidirem! Não fui eu que "me chamei" para<br />

aparecer, eu estava quieto no meu canto!<br />

- Certo, então minha decisão é: esquece! Não tá mais aqui "quem chamou".<br />

- Ah, isso seria realmente ÓTIMO! Ah, e eu aceito o bolo! - o cara de pau ainda foi<br />

até a mesa da cozinha e pegou um pedaço do bolo feito para Katrina.<br />

- Ah, desisto. - Katrina olhou na direção do nada e acenou - Até outra hora. E... vê<br />

se pára de rir!!!! - retirando o elmo em seguida.<br />

Eu sentei no sofá da sala, emburrado. Eu sabia que seria difícil aturar esse cara,<br />

mas ele consegue extrapolar todos os limites possíveis de serem imaginados.<br />

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Katrina foi para o quarto guardar o elmo e vi Siegfried voltando para a sala,<br />

mastigando um pedaço do bolo. Começou a olhar em volta da casa, enquanto<br />

comia vagarosamente como se estivesse se deleitando com minha raiva de vê-lo<br />

diante de mim e eu não poder fazer nada. Assim que Katrina chegou na sala<br />

novamente, ele comentou.<br />

- E quando é que vocês vão colocar algumas proteções dentro dessa casa? Nunca<br />

vi uma casa Rúnica sem a proteção das runas!<br />

Ouvi o comentário dele e fiquei pensativo por alguns instantes. De fato, no diário<br />

do mestre do Claragar havia algo sobre rituais de proteção. E realmente não tinha<br />

pensado em usá-los por aqui, ainda mais agora. Fui até a estante onde os livros<br />

ficavam guardados, ignorando qualquer comentário do tio idiota da Katrina. Fiquei<br />

folheando por algum tempo até que encontrei algumas anotações sobre um ritual<br />

de defesa. Imediatamente olhei para Siegfried, com um sorriso irônico no rosto e<br />

fui até a entrada da casa, riscando o chão do quintal com o que era descrito no<br />

diário.<br />

Enquanto eu montava o ritual, ouvi Katrina e Siegfried conversando na sala.<br />

- Peraí! Como você sabe dessas coisas?<br />

- Isso ainda não é da sua conta, mocinha. - respondeu ele, numa voz autoritária.<br />

Em seguida, me concentrei em falar todas as palavras expostas no diário sobre o<br />

ritual. Aparentemente o ritual havia dado certo. Assim que eu cheguei na sala<br />

novamente, vi Katrina caída no chão e recebi um murro em minha boca em<br />

seguida.<br />

- Você é BURRO?! - enquanto tentava tirar o sangue que jorrou da minha boca<br />

com uma tosse seca, já procurando uma forma de me defender dele, ele<br />

continuou - trate de desfazer esse ritual JÁ!<br />

Ignorei ele. O que diabos havia acontecido com a Katrina? Ele a atacou enquanto<br />

eu estava lá? Saí correndo, desesperado, na direção dela enquanto ouvi a voz<br />

dele ao fundo.<br />

- Tá... ele É burro.<br />

- Eu não consigo me mexer, Fei... - disse minha esposa, num tom de voz fraco.<br />

- O que ele fez com você?! - berrei, indignado.<br />

- Ele empurrou meu nariz...<br />

Que raio de novo golpe era aquele?! Antes de eu conseguir pensar no motivo dele<br />

ter feito aquilo, senti meu cabelo ser envolvido pelas mãos daquele maldito, sendo<br />

puxado para cima, cara a cara com Siegfried.<br />

- Escuta aqui, seu idiota! Se você não consegue se comunicar com os outros, por<br />

que você acha que vai conseguir fazer um ritual decentemente, seu imbecil?!<br />

Arregalei os olhos e entendi o que ele quis dizer no ato. Senti ser arremessado na<br />

direção do diário que estava sobre a mesa.<br />

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- Anda logo e desfaz isso!<br />

Saí correndo na direção da porta quebrando o ritual em pouco tempo. Nesse<br />

momento, senti meu braço ferver. Corri na direção da Katrina novamente.<br />

- Fei, eu achei que você ia fazer um ritual de proteção, não que você não ia me<br />

deixar sair de casa - disse ela, meio grogue, enquanto a ajudava a se levantar.<br />

Percebi que Siegfried vinha com o diário entre as mãos, folheando e forçou Katrina<br />

a segurá-lo.<br />

- VOCÊ faz os rituais. - e em seguida apontou pra mim, seu olhar demonstrando<br />

fúria - e VOCÊ, vê se não estraga tudo.<br />

Abaixei a guarda. Ele estava certo.<br />

- Abre na página que tá marcada e segue as instruções - o tom de sua voz era tão<br />

autoritário que era impossível não obedecer. E eu continuava sem conseguir me<br />

expressar, ainda assustado com o que tinha acabado de fazer contra Katrina. Eu<br />

poderia tê-la matado, como pude ser tão idiota? Tanta preocupação em protegê-la<br />

dos outros e eu mesmo a machuquei? Senti uma forte dor vinda do meu outro<br />

braço e, quando o puxei na direção dos meus olhos, vi que acabara de ter<br />

recebido um corte de uma adaga que Siegfried mantinha em punho. Não consegui<br />

nem reagir, eu estava aturdido demais para isso. Ouvi a voz de Siegfried<br />

novamente. - Katrina, você vai desenhar exatamente os mesmos símbolos,<br />

exatamente na mesma ordem que estiver escrito aí. Se não entender a caligrafia,<br />

me pergunta! - senti que ele oferecia meu braço sangrando para ela enquanto<br />

dizia isso. - E sem frescura agora!<br />

Katrina obedeceu imediatamente o assassino de elite, começando a montar o ritual<br />

ali mesmo, no chão da sala. Apesar dela estar usando meu próprio sangue para<br />

realizá-lo, não sentia dor. Na verdade, não senti mais nada desde que a vi estirada<br />

no chão daquela forma. Ela demorou bem mais tempo do que eu para desenhar<br />

tudo aquilo, parando de vez em quando para perguntar ao tio o que estava escrito.<br />

Quando finalizou finalmente, ouvi ela recitando palavras na língua rúnica e em<br />

seguida um clarão quase cegou meus olhos, me jogando para trás. Assim que abri<br />

novamente os olhos, reparei em minha esposa agarrada um bicho de pelúcia<br />

muito similar à um bafomé. Ou ao menos eu achava que fosse até ele começar a<br />

se mexer entre as mãos dela.<br />

- Puxa! Esse foi o melhor ritual de proteção que eu já realizei!!! - os olhos da<br />

minha esposa brilhavam. Siegfried estava boquiaberto com a situação. Eu<br />

esfreguei meus olhos para tentar entender o que acontecia. O que será que eu<br />

perdi?<br />

- Ele não é uma gracinha, Fei? Posso ficar com ele? O outro você deu pro Malchir,<br />

mas eu quero ficar com ele. - ela fez um ar suplicante, impossível de recusar<br />

apesar do sorriso macabro do monstro que estava no seu colo.<br />

- Ahn... acho que... pode. - certamente que aquilo iria afugentar muita gente de<br />

perto dela, inclusive o próprio tio. Só ela mesmo para não ter medo dessas coisas.<br />

- É claro que NÃO PODE! - reclamou Siegfried, tentando tirar o filhote de Bafomé<br />

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das mãos de Katrina, recebendo em troca um rosnado assustador de ambos.<br />

- Você tá com fome, coisa fofa? - continuou falando Katrina, ignorando o apelo do<br />

tio e o levando no colo até a cozinha - o que será que você come?<br />

- É... com certeza ela vai cuidar bem do nosso filho. - disse, coçando a cabeça<br />

com resignação. - Com isso não preciso me preocupar, hehe. - senti um olhar<br />

fulminante de Siegfried na minha direção. - Ué, o que foi? Preferia que ela saísse<br />

correndo com medo?<br />

Antes que qualquer um dos três percebesse, o pequeno Bafomé pulou das mãos<br />

de Katrina e, com uma agilidade incrível, correu até o sangue do ritual no chão,<br />

lambendo-o até não sobrar nada. Quando terminou, ele terminou na direção de<br />

Fei e sorriu malignamente.<br />

- Pelo cheiro esse sangue é seu, humano. Estava delicioso!<br />

Arregalei os olhos. Ele não parecia tão inofensivo assim.<br />

- Errr... Ka? Acho que precisamos levar ele de volta... senão você vai acabar<br />

perdendo seus outros bichos de estimação e seu marido também........<br />

- Menino mau! - ouvi a voz de Katrina, enquanto ela corria da cozinha até a sala<br />

novamente, dando um tapa no traseiro do pequeno bafomé. - Você não pode<br />

comer qualquer coisa que cai no chão! É sujo!<br />

Os três olharam com uma expressão pasma para a garota. O bafomé foi o primeiro<br />

a quebrar o silêncio.<br />

- Eu aceito o sangue numa tigela então, se isso a satisfaz. Mas meu pai deixava a<br />

gente comer do chão mesmo.....<br />

- Nossa, é mesmo! Você tem pai!! - olhei atordoado com o comentário de minha<br />

mulher e ela continuou - Então só te darei algo para comer e já te levo de volta pra<br />

sua casa! - vi ela correndo até a cozinha. Siegfried continuava imóvel,<br />

provavelmente tentando entender como ela continuava viva até hoje. Assim como<br />

eu.<br />

- Acho que a falta de noção é de família - sorri sarcasticamente para Siegfried.<br />

- É... a mãe dela também casou com um... idiota.<br />

Quando fui responder ao tio idiota, senti uma dentada no meu braço, já cortado.<br />

Quando o ergui, senti a boca daquele animal estúpido mordendo o local onde<br />

estava o corte para o ritual. Dei um berro de dor, tentando tirá-lo do meu braço<br />

enquanto o balançava violentamente. Finalmente ele soltou e rolou até os pés de<br />

Katrina que veio correndo ver o motivo do grito. Eu fui na direção do quarto,<br />

blasfemando contra aquele bicho faminto, procurar algo para estancar o ferimento.<br />

Ao voltar a sala, Katrina estava dando uma bronca no bichinho.<br />

- Não pode morder o Fei! Ele não é comida, ele é meu marido! - e pousou um<br />

prato com mel ao seu lado - E eu não tinha carne para te dar, eu só tinha isso. Eu<br />

não acho que você vá gostar de verdura, mas se quiser eu tenho também.<br />

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O filhote de bafomé cheirou o mel durante algum tempo, analisando. E depois o<br />

provou com a ponta da língua. Vi que ele começou a analisar o sabor da<br />

guloseima durante alguns segundos e em seguida passou a devorá-la<br />

vorazmente. Katrina olhou para mim e para Siegfried com uma expressão feliz.<br />

- Ele não é uma graça?<br />

- Eu levo ele pra casa, e você não mexe nem com ritual nem com runas até eu<br />

encontrar alguém COMPETENTE para fazer o ritual. - ordenou Siegfried, no<br />

mesmo tempo que o filhote de bafomé retrucou, terminando de lamber o prato<br />

com mel.<br />

- Eu não vou pra casa.<br />

- Ahn... como assim, ô pseudo-urso? - indaguei.<br />

- Não vô, ué! A comida é melhor, eu não tenho que brigar com meus irmãos... -<br />

Katrina veio com um guardanapo limpar a boca dele - e eu sou MUITO bem<br />

tratado. E eu ouvi vocês falando alguma coisa de proteção... eu tenho meus<br />

truques. Enquanto vocês estiverem na MINHA casa, vocês estarão protegidos.<br />

Que raio de bicho era aquele que se apossou da nossa casa em 10 minutos que<br />

esteve aqui?! Senti um tapinha nas costas e reparei que aquele assassino idiota<br />

me encarava com um sorriso sádico no rosto.<br />

- Boa sorte enquanto eu procuro alguém para fazer um ritual decente.<br />

Não o deixei sair do lugar, segurando seu braço.<br />

- Não sem antes me esperar aqui. Tenho assuntos sérios pra resolver.<br />

- Eu achei que você tivesse dito que não me queria mais aqui. - ele disse isso, com<br />

um sorriso vencedor.<br />

- Pois é... eu também. Mas - olhei para o filhote de bafomé nos braços de Katrina -<br />

mudei de idéia. - com certeza ele vai ficar tão irritado vendo a sobrinha daquele<br />

jeito que vai valer pela diversão.<br />

- Como queira. - ele tirou uma adaga de arremesso do casaco, amarrando uma fita<br />

vermelha e atirou por uma fresta na janela. - Meus homens vão ver o que podem<br />

fazer em relação ao ritual.<br />

Ele estava cantando a vitória, sem perceber que tinha feito exatamente aquilo que<br />

eu queria.<br />

- E se quiser ser bem recebido lá, leve uma garrafa de vinho, eles vão adorar.<br />

- Se eu pelo menos tivesse, mas você secou tudo quando estávamos longe daqui.<br />

- Eu precisava temperar a carne com alguma coisa, pelo menos pra isso seu vinho<br />

prestou. - e sorriu novamente. Eu-odeio-esse-cara.<br />

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Me aproximei da Katrina, aparentemente aquele ritual que eu fiz não a afetou em<br />

nada quando foi retirado.<br />

- Errr... você tá bem, né?<br />

- Estou, mas a gente precisa de um nome pra ele, Fei... - sim, ela realmente<br />

estava. Me aproximei devagar, reparando nos movimentos dele e dei um leve beijo<br />

na testa de Katrina, derretendo com o grau de ingenuidade dela.<br />

- Vai pensando aí enquanto eu vou lá em Morroc, tá? Não tem problema eu<br />

deixá-la aqui com... eles?<br />

- Claro que não, eu não preciso de ninguém tomando conta de mim. E eu vou<br />

cuidar direitinho dele. - suspirei quando ela falou isso e ela finalizou - E a gente<br />

precisa de mais mel.<br />

Olhei na direção do sofá e vi Siegfried com os dois pés sobre a mesa de centro,<br />

saboreando uma maçã despreocupadamente. Busquei minha espada, dei uma<br />

última olhada para Katrina e depois para Siegfried.<br />

- Até a noite estou de volta. - Katrina veio correndo me dar um beijo de despedida,<br />

sem largar o filhote de bafomé.<br />

- Cuidado com o que vai falar pra mamãe, hein?<br />

- E se alguma coisa acontecer enquanto eu estiver fora, se esconde.<br />

- Isso eu sei fazer bem. - ela piscou, ao responder.<br />

- É... só não faça tão bem quanto o seu tio - falei baixinho, rindo.<br />

E depois disso, segui para Prontera. Teria que buscar minha nova armadura que a<br />

pirralha deixou para mim antes de ir para Morroc.<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Feb 13 2009, 10:45 AM<br />

[minha vez de fazer ons monstruosos]<br />

[on]<br />

Para Galgaris, a estadia em Morroc, somada aos eventos das últimas semanas,<br />

estava gerando muitas possibilidades, mas também criava mais perguntas que<br />

respostas. Desde que os Guerreiros Rúnicos desapareceram no deserto de<br />

Sograt, dois dos três embriões mágicos de fuga que Galgaris havia criado séculos<br />

atrás estavam ativos. Um deles estava difuso, mas certamente estava ativo,<br />

provavelmente pelo portador estar em coma, hibernando ou muito bem protegido,<br />

o que era improvável. O segundo embrião - uma Raido invertida - havia despertado<br />

com muita força recentemente, e transmitia impressões de dor e preocupação<br />

constantes. A Raido, a principio, estava debilitada, mas já indicava melhoras de<br />

saúde. Isso era bom, já que seria mais um provável aliado.<br />

Galgaris poderia se dedicar a localizar a Raido invertida, mas a realização de<br />

planos secundários - sem o conhecimento de Seth ou Passadina - também<br />

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estavam ocupando muito tempo. Tais planos foram interrompidos pois Seth o<br />

chamou em Morroc por ter descoberto pistas sobre o desaparecimento dos<br />

Rúnicos no deserto de Sograt, apesar das mesmas não parecerem conclusivas.<br />

O elfo Seth Ancalimë, seguindo as descrições e relatos de comerciantes e<br />

viajantes a respeito "estranhos eventos de desaparecimento e reaparecimentos de<br />

pessoas", investigou uma área do deserto de areia e encontrou estranhos pedaços<br />

de armadura, que neste momento eram mostrados para Galgaris na estalagem de<br />

Morroc. Segundo ele, eram pedaços de armadura de um Dullahan, um tipo de<br />

morto-vivo existente em Nifflheim.<br />

- Nifflheim... - repetiu Galgaris, pensativo. O morto-vivo olhava inexpressivamente<br />

para o pedaço de metal à sua frente, pensando em possibilidades - Precisamos ter<br />

certeza de que estes pedaços realmente tem ligação com o desaparecimento dos<br />

Guerreiros Rúnicos. Iremos ao deserto amanhã, próximo de onde você achou isto<br />

aqui. Prepararei alguns utensílios para uma busca. Preste atenção: seja lá o que<br />

você encontre durante nossa procura, não toque. Isto é uma ordem.<br />

Seth olhou Galgaris um pouco contrariado, mas sabia que a ênfase na última<br />

palavra indicava algo que não deveria ser questionado. Seth odiava ter que dar o<br />

braço a torcer quando estas situações aconteciam – afinal, pois mais narcisista<br />

que fosse e confiasse plenamente em suas capacidades, Galgaris ainda era o<br />

mestre. Ainda..<br />

- Iremos de manhã, senhor? - perguntou o elfo.<br />

- Assim que você estiver disposto. Eu irei trabalhar em feitiços e artefatos enquanto<br />

você descansa. Sairei quando estiver escuro para conseguir matéria -prima. - Seth<br />

sabia o que isso significava: sangue. Algum bêbado ou desavisado morreria esta<br />

noite em Morroc, e provavelmente nem perceberia que isso aconteceu<br />

acontecendo.<br />

--------------------------------------<br />

[Morroc, aproximadamente 5:00 hrs da manhã]<br />

Seth “acordou” antes do sol nascer. Como um elfo, apenas entrava em transe<br />

durante algumas horas, o que era o equivalente aos fracos humanos dormirem por<br />

oito horas. Como já era esperado, Galgaris estava de pé, imóvel, próximo à janela.<br />

- Algo errado, mestre?<br />

- Não – disse o morto-vivo – mas estamos em uma cidade repleta de ladinos e eles<br />

provavelmente viriam atrás de um viajante recém-chegado como eu.<br />

- “Viriam”? – questionou Seth, tentando entender as entrelinhas da fala de<br />

Galgaris.<br />

- Sim. Um deles tentou entrar aqui. Nem precisei sair para buscar matéria prima. –<br />

Galgaris apontou para um canto, onde pairava um vulto caído.<br />

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- Você matou ele dentro do quarto!?! – Seth olhava rapidamente para o corpo e<br />

para Galgaris, incrédulo no “descuido” do morto-vivo - Muito discreto você! Como<br />

vamos nos livrar do corpo sem chamar a atenção de meia Morroc?<br />

- Não vamos. – Galgaris começou a andar pelo quarto em direção à mesinha onde<br />

trabalhou a noite, pegando quatro objetos que estavam sobre ela: um medalhão<br />

em pedra, um pêndulo improvisado com barbante e madeira, uma luva e um<br />

punhado de areia vermelho escuro que estava em um pequeno saco de couro.<br />

- Como assim, “não vamos”? Vamos deixar esse humano fedorento apodrecer aqui<br />

dentro até que algum outro verme descubra que ele está no nosso quarto e faça<br />

um alarde sobre nossa existência?? – Seth não via o menor sentido nas atitudes<br />

de Galgaris, e aos poucos aumentava seu tom de voz. O olhar doentiamente<br />

amarelo do Guerreiro, acompanhado por um momento de silêncio foi o suficiente<br />

para repreender o Elfo.<br />

- Não precisamos nos livrar do corpo porque ele não está morto, Seth. Neste exato<br />

momento ele está desmaiado e fraco, pois perdeu uma boa quantidade de sangue<br />

no ferimento que sofreu – o qual eu usei para realizar os rituais. Ele vai acordar<br />

muito em breve, quando não estivermos mais aqui. Se ele tiver sorte de acordar<br />

antes do serviço de quarto arrumar tudo, ele tentará fugir para evitar ser preso<br />

pela milícia. Se o serviço de quarto o encontrar aqui, ele será preso. Em ambos os<br />

casos, ele terá que se livrar sozinho do problema, enquanto que nós apenas nos<br />

defendemos. Ou melhor, você se defendeu. Eu nunca estive aqui.<br />

Seth permaneceu em silêncio, aceitando o plano. Logo, os dois recolheram seus<br />

pertences, deixaram algumas moedas no balcão da estalagem e partiram para o<br />

deserto de Sograt.<br />

------------------------------------<br />

[Deserto de Sograt, aproximadamente 11:30hrs]<br />

Galgaris e Seth já caminhavam a algumas horas pelo deserto.Galgaris ficava de<br />

olho no pêndulo percebendo as oscilações em seu balançar. O artefato era uma<br />

espécie de localizador, destinado especificamente a ressoar com metais ou<br />

resíduos sombrios – que seria o tipo de material proveniente de locais como<br />

Nifflheim. Algumas horas antes, no início da caminhada, ainda próximo a Morroc,<br />

Galgaris começou a sentir uma energia na região, fraca e oscilante, cuja existência<br />

também foi percebida por Seth.<br />

- Galgaris, está sentindo isso? Que energia estranha.. – disse o elfo.<br />

- Não sinto nada Seth. Não me perturbe.<br />

- Mas... é poderosa! Não deveríamos ir averiguar? Pode ser uma fonte de...<br />

- Não me interessa o que é, Seth, e nem a você. Temos objetivos mais<br />

importantes. Venha! - Galgaris seguiu caminho, ignorando os protestos de Seth.<br />

Parte do plano estava indo bem. Sob a desculpa de analisar precisamente o<br />

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caminho, Galgaris caminhava devagar e em ziguezague sob o sol quente do<br />

deserto, obrigando Seth a segui-lo e sofrer com a situação. O Elfo era orgulhoso<br />

demais para admitir que não conseguiria suportar aquilo, e isso encaixava<br />

diretamente com o plano de Galgaris...<br />

- Galgaris, podemos descansar um pouco? – disse Seth, muito ofegante. Sua<br />

resistência parecia estar no fim.<br />

“Finalmente.” pensou Galgaris, que respondeu:<br />

- Descanse você. Ali na frente há uma pedra. Fique sob sua sombra. O sol logo<br />

estará a pino, então talvez você tenha poucos lugares para se abrigar. Seguirei na<br />

direção que você indicou para tentar encontrar algo e logo voltarei.<br />

Logo Seth estava tentando se refrescar sob a sombra de um rochedo, mas o<br />

estrago já havia sido feito. Galgaris o levou a andar exposto ao sol por muito<br />

tempo, e sua frágil constituição élfica não suportou o calor excessivo, mesmo<br />

vestindo roupas apropriadas e levando provisões para o calor infernal do deserto.<br />

Após meia hora, O morto-vivo se aproximou do local onde estava Seth, vindo de<br />

um dos vales entre as dunas.<br />

- Já melhorou? – perguntou Galgaris, recolhendo o pêndulo repleto de runas.<br />

- Não... – Seth estava deitado, muito ofegante. Ele já havia desmaiado uma vez,<br />

mas como na ocasião não encontrou Galgaris por perto, resolveu manter-se<br />

deitado. Seus rosto estava avermelhado e seus olhos mal se abriam. Galgaris<br />

abriu a mochila do Elfo, procurando pelo odre de água. Ele verificou que havia<br />

pouca, mas ainda assim deu o que restava para ele beber. – Descobriu alguma<br />

coisa, mestre? Parece que estamos andando em círculos... e ainda não chegamos<br />

onde... onde... onde eu achei a armadura...<br />

- Não descobri nada, mas creio que vi algumas palmeiras mais adiante, então<br />

pode ser que exista um pequeno Oásis naquela direção. Vamos! – Seth tentou se<br />

levantar, mas sentiu tontura e caiu novamente na areia.<br />

- Espere mais um pouco, mestre... eu vou levantar... – Seth fez um novo esforço,<br />

mas não conseguiu se mover. Galgaris o agarrou pela cintura e jogou Seth nos<br />

ombros, pondo-se a andar em direção ao suposto Oásis. Seth desmaiou bem<br />

antes de chegarem lá.<br />

--------------------------------------<br />

[Morroc, aproximadamente 20hrs]<br />

Seth acordou na enfermaria de Morroc. Se sentia desconfortável e com a pela<br />

repuxando devido ao excesso de sol. Logo uma noviça joven, de cabelos<br />

cacheados marrons se aproximou e o abordou:<br />

- Senhor Apep? Vejo que recobrou a consciência. Fico feliz de ver que o senhor<br />

está bem. Creio que amanhã após o almoço o senhor passa sair.<br />

- Onde estou?<br />

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- Em Morroc, senhor, na enfermaria. O senhor se desidratou no deserto. Não é<br />

bom sair das rotas sem as previsões apropriadas! O homem que te deixou aqui<br />

disse que essas coisas eram suas. – a jovem entregou à Seth uma bolsa de couro.<br />

Dentro dela havia além dos restos das provisões que levaram, um amuleto, uma<br />

mensagem e um espelho.<br />

Seth inicialmente pegou a mensagem. Ela dizia:<br />

QUOTE<br />

“A pista era verdadeira.<br />

Não posso esperar por você. Se recupere e mantenha-se bem. Nos<br />

encontraremos em minha casa. Se eu atrasar, me espere. Mantenha este<br />

colar com você o tempo todo, principalmente quando estiver dentro de minha<br />

casa, assim será bem-vindo.<br />

Cuide-se, Senhor Apep.<br />

G-“<br />

“Senhor Apep? Que droga de nome falso é esse?” – pensou Seth, pegando o<br />

colar – “E que raios de colar é esse? Não consigo entender o ritual... como eu<br />

odeio não poder questionar Galgaris sobre essas coisas!” – O elfo pegou intrigado<br />

o espelho e olhou para ele, vendo a imagem de um humano. Seth assustou-se e<br />

largou o espelho, deixando-o cair e se quebrar. A Noviça, que havia se afastado<br />

um pouco, retornou correndo, limpando os cacos.<br />

- O que houve senhor? O senhor está bem?<br />

- Er... sim, sim... é só que... acho que o sol do deserto fez mal para minha<br />

aparência... me estranhei um pouco... – a noviça não percebeu a mentira, e jogou<br />

fora os cacos.<br />

“ Maldito Galgaris... Sr. Apep... ilusão de aparência humana... claro... assim<br />

ninguém fica sabendo de um ELFO na enfermaria de Morroc... maldito morto-vivo<br />

inteligente! Onde será que você se enfiou agora?”<br />

--------------------------------------------------<br />

Detalhes - Parte 1 [Morroc, 19 horas antes do retorno do Deserto –<br />

aproximadamente 1:00 hrs da manhã]<br />

Seth estava deitado na desconfortável cama de palha da estalagem. Seu transe<br />

parecia estar bem profundo – o que indicava que ele estava bastante cansado. O<br />

quarto estava iluminado por uma única vela, auxiliada pela luz da lua cheia que<br />

atravessava a janela aberta.<br />

Galgaris já havia caminhado pelos arredores da estalagem por breves minutos,<br />

recolhendo alguns itens comuns que precisaria para encantar seus artefatos: uma<br />

pedra achatada, pedaços de barbante e de madeira, uma luva velha na qual<br />

faltava a ponta dos dedos e um punhado de areia, que colocou em uma bolsa de<br />

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couro. Neste momento, o morto-vivo trabalhava na pedra – o artefato mais<br />

complexo – inscrevendo runas extremamente complexas nele.<br />

Sua atenção foi quebrada pelo aquecimento de seus rituais de proteção em seus<br />

ossos - inscritos em boa parte por Seth - o que indicava que alguém se<br />

aproximava... pelas costas... muito próximo... Galgaris deixou seu cinzel cair do<br />

lado direito da mesa , girando o corpo para o lado esquerdo e investindo contra<br />

seu “inimigo”, surpreendendo o arruaceiro que tentava atacá-lo por trás. Galgaris<br />

atingiu-o com um soco no rosto, e os segundos de hesitação do arruaceiro foram o<br />

suficiente para Galgaris unir as duas mãos e desferir um golpe de cima para baixo<br />

na cabeça do arruaceiro, nocauteando-o. A ação foi tão rápida e silenciosa que<br />

Seth não acordou.. ou talvez estivesse cansado demais para isso.<br />

Galgaris cogitou sacar a espada e matar o invasor, mas vivo ele seria mais útil – e<br />

muito mais fácil de se livrar. Galgaris o amarrou e começou a procurar por sinais<br />

de comparsas. Aparentemente nada. Galgaris sentou-se na mesinha em que<br />

trabalhava e apoio seu corpo nela, ficando subitamente inerte. Seu monstruoso<br />

espírito que animava o cadáver, naturalmente invisível para criaturas não<br />

mediúnicas, começou a averiguar o restante da estalagem, mas nada foi<br />

encontrado. Entretanto, uma forte energia se tornou sensível ao seu corpo<br />

espiritual, e emanava de quatro direções diferentes ao redor da cidade de Morroc.<br />

Era algo MUITO instável.<br />

Em instantes, Galgaris estava em um destes pontos, próximo às pirâmides. Para<br />

sua surpresa, haviam duas pessoas ali. Um Algoz e um outro homem vestido com<br />

roupas largas e com o rosto coberto.<br />

- ... está cada vez pior, senhor! – dizia o Algoz - Vários já nos auxiliaram a<br />

estabilizar os 4 selos, mas eles continuam a ficar instáveis. Talvez até mesmo um<br />

ataque direto aos selos, sem a realização do tal ritual de sacrifício, consiga<br />

quebrá-los!!<br />

- Acalme-se Kidd. – respondeu o homem - Eu creio que não funcione assim,<br />

apesar de não descartar sua hipótese. Vamos manter alguns dos nossos de olho<br />

nos selos para garantir que isso não ocorra. Afinal, não queremos alguns fanáticos<br />

homicidas tentando libertar o Satan de Morroc com ações insanas...<br />

“Satan de Morroc?” - pensou Galgaris – “Essa história é realmente muito antiga, eu<br />

nem me lembrava mais dela. Pelo que sei, ele tem mais capacidade de combate<br />

física do que eu mesmo tive na época que materializei meu espírito com força<br />

total... e é perigoso demais para meus planos. Assim que eu resolver o enigma do<br />

sumiço dos rúnicos, eu voltarei aqui.” – Galgaris voltou então para a estalagem e<br />

voltou a trabalhar com seus artefatos e rituais.<br />

--------------------------------------------------------------------<br />

Detalhes - Parte 2 [Deserto de Sograt, aproximadamente 6 hrs antes do<br />

retorno do deserto]<br />

Galgaris deixou Seth no Oásis, coberto por folhas de palmeira e com um ritual<br />

simples que o impediria de se desidratar ainda mais. O amuleto e a mensagem<br />

haviam sido deixados sob seu manto, caso ele acordasse antes da hora – o que<br />

era pouco provável. Galgaris se reorientou na direção que Seth havia indicado ter<br />

encontrado os vestígios do Dullahan, e pôs-se a correr. O pêndulo era poderoso o<br />

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suficiente para perceber essas substâncias ainda que Galgaris passasse<br />

rapidamente por elas, e toda a encenação anterior era justamente para evitar que<br />

Seth o acompanhasse até o local do evento – informação era uma arma poderosa.<br />

A falta de técnica ao correr fazia com que suas pernas afundassem na areia fofa e<br />

quente, mas sua força sobrenatural permitia que ele superasse essas dificuldades<br />

e desenvolvesse uma velocidade consideravelmente rápida. Depois de alguns<br />

minutos, o pêndulo começou a oscilar bem forte.<br />

“É aqui.”- pensou o morto-vivo. Não havia nada em vista, a não ser muita areia,<br />

como era de se esperar. Em poucas horas a areia poderia soterrar qualquer<br />

vestígio do que ele procurava, o que dizer de algumas semanas? Galgaris tirou<br />

suas manoplas e vestiu a luva que encantara durante a madrugada. Ele se<br />

afastou alguns passos da área que o pendulo indicou e sussurrou algumas<br />

palavras em rúnico, ativando diversos símbolos sobrescritos na palma da luva. Ele<br />

apontou sua mão na direção indicada e grandes volumes de areia começaran a se<br />

deslocar rapidamente para fora de uma área circular. Galgaris afastava as mãos<br />

lentamente, e mais e mais toneladas de areia se deslocavam, revelando finalmente<br />

outras partes de uma armadura de metal e uma espécie de cesto.<br />

Galgaris encerrou o feitiço, caminhando para dentro da área recém escavada. Com<br />

a outra mão, Galgaris colocou a mão dentro da pequena sacola de couro presa a<br />

sua cintura, onde estava a areia vermelha que encantara na mesma madrugada.<br />

Galgaris a jogou no ar, de modo que ela caísse no espaço que escavou. Em<br />

seguida, pronunciou uma longa sentença em rúnico. Os grãos vermelhos<br />

pareceram se multiplicar, formando uma imagem em escala daquela região.<br />

Galgaris continuou realizando o ritual, gesticulando as mãos. Logo uma cena do<br />

passado apareceu, revivida pelas areias vermelhas: o reaparecimento dos<br />

Guerreiros Rúnicos no meio do deserto. Eles estavam desacordados, mas logo se<br />

recobraram. Não haviam sons nas imagens – que freqüentemente falhavam devido<br />

ao espaço temporal entre o ritual e o acontecimento - o que impedia Galgaris de<br />

saber exatamente o que ocorria. Logo, as imagens dos rúnicos formadas pela<br />

areia saíram da área do ritual, sendo visível apenas o deserto. Galgaris encerrou<br />

seu feitiço e, satisfeito, correu de volta ao Oásis.<br />

"Nifflheim... o que eles fizeram para ir para tal lugar... e o que fizeram para poder<br />

voltar?"<br />

[/off]<br />

Esse custou a sair... próximo passo: Nifflhem!!<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Feb 17 2009, 10:22 PM<br />

Não demorei muito para chegar em Prontera. Procurei pela loja onde a irmã<br />

pirralha da Katrina havia deixado minha armadura e logo a encontrei. Aproveitei<br />

para já equipá-la, fazendo os ajustes que fossem necessários por lá mesmo.<br />

Em pouco tempo, já estava devidamente equipado com minha nova armadura,<br />

bem mais leve e aparentemente bem mais poderosa que a antiga que esfacelara<br />

nas mãos daquele ferreiro maldito. Não sei como a pirralha conseguiu essa<br />

proeza, mas ficou um dos melhores trabalhos de forja que já vi, essa garota tem<br />

futuro. Coloquei um sobretudo que cobria grande parte de minha armadura e uma<br />

faixa em meu rosto para evitar olhares curiosos em Morroc e finalmente procurei<br />

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um serviço de teleporte na cidade.<br />

Após um brilho intenso, eis que finalmente cheguei, já sentindo o calor<br />

característico do deserto e aquele ar seco horrível.<br />

Acho que dá pra contar no dedo as vezes que vim pra cá. Morroc não é<br />

exatamente uma cidade espetacular, ela é bem modesta e sem graça. Talvez o<br />

deserto não tenha deixado ela se desenvolver ou vai ver é característica própria<br />

mesmo. As pessoas não parecem ser muito sociáveis, são meio fechadas, muitos<br />

ficaram me observando de canto de olhos enquanto caminhava por lá,<br />

desconfiadas. Como foi que a Katrina conseguiu viver tanto tempo nesse lugar?<br />

Usei o pequeno mapa que a pirralha me deu para encontrar a casa dos "di Cuori".<br />

Pelo combinado, eu arranjaria uma outra forma de entrar lá que não pela porta<br />

principal, senão poderia causar problemas para sua mãe ou mesmo para ela - ou<br />

para mim. Eu sei que a pirralha devia ser constantemente vigiada por causa<br />

daquele tal noivo interesseiro com nome de remédio, então seria melhor evitar<br />

qualquer tipo de problema nesse sentido.<br />

Ao virar numa das ruas, porém, reparei numa estranha movimentação. O sotaque<br />

meio estranho de um grupo de pessoas, as vestes escuras e as conversas meio<br />

"codificadas", como se estivessem planejando algo. Só compreendi quando<br />

falavam de crianças sendo levadas a um templo para que um ritual fosse<br />

realizado. Achei um tanto macabro isso, principalmente imaginar que tipo de ritual<br />

seria aquele. Evitei mostrar preocupação quando passei por eles, provavelmente<br />

não deveriam imaginar que eu conseguira ouvir aquilo. Segui o meu caminho, uma<br />

das mãos sutilmente apoiadas na bainha de minha espada, a outra acenando<br />

amistosamente para o grupo, que parou de falar, me encarando por um breve<br />

momento. Em seguida, como se tivessem me medido com os olhos, me ignoraram.<br />

Ao menos não houve nenhuma confusão, aparentemente aqueles homens<br />

estavam interessados em algo bem maior que um simples guerreiro errante com<br />

uma espada presa na cintura.<br />

Algumas ruas depois, eis que cheguei no lugar indicado. Era a casa dos "di<br />

Cuori". Parei próximo à uma árvore e rapidamente percebi a pirralha me<br />

observando de uma das janelas da casa, fazendo um sutil gesto de positivo. Era<br />

hora de me infiltrar furtivamente.<br />

Não foi difícil, visto que aprendi grande parte das técnicas que a Katrina usa. Me<br />

escondi nas sombras, subi em uma árvore e saltei o muro que nem era tão alto<br />

assim. A pirralha havia deixado a porta dos fundos abertas, o que facilitou um<br />

bocado minha entrada. Entrei e andei escondido pela casa, ainda seguindo as<br />

orientações da garota.<br />

Em pouco tempo eu estava no quarto que um dia pertenceu à Katrina.<br />

Aparentemente não mexeram nele desde que saíra daqui, cerca de 4 anos atrás,<br />

como se estivessem esperando seu retorno. Porém a primeira coisa que reparei<br />

nele foram as grades em sua janela, que impediam qualquer um de entrar - ou<br />

sair.<br />

Eu sabia que Katrina não havia mentido para mim quando dizia que seu pai a<br />

prendia em casa antes de fugir. Senti um misto de revolta e tristeza ao mesmo<br />

tempo ao ver aquilo pessoalmente. Ela passou grande parte de sua vida vivendo<br />

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daquela forma. Se é que podia se chamar de viver ficar trancafiada num lugar e<br />

ficar seguindo ordens de um velho bêbado. Me soou extremamente familiar isso.<br />

Meu sangue fervia quando ouvi os passos de alguém se aproximando. Novamente<br />

me escondi e esperei por quem estava vindo...<br />

OFF<br />

Eeeee! Adoro ONs monstruosos! Adorei esse, Claragar o/<br />

Tem coisa de Dandelion aqui tb... destruiçao de Morroc eh um assunto muito<br />

importante para ser ignorado em ON (ainda mais com familiares de chars morando<br />

nas cidades)<br />

Posted <strong>by</strong>: sailorcheer Mar 27 2009, 12:10 AM<br />

Horas depois que Fei havia saído de Juno rumo à Morroc, tudo parecia<br />

relativamente em paz na casa dos Rúnicos. Havia uma certa tranquilidade, tirando<br />

o som de uma conversa que parecia inacabável entre Sailorcheer e seu tio<br />

Siegfried. O mercenário de elite de Morroc inicialmente deu um longo sermão na<br />

sobrinha, onde tentava mostrar tudo o que tinha falhado e os motivos pelos quais<br />

ela sempre era de alguma forma pega desprevinida em combate. Assim que<br />

terminou o discurso, quis mostrar na prática o que aquilo significava e sem<br />

pestanejar, começou a testar a sobrinha, dentro da casa.<br />

Um pouco distante dali, um homem observava a casa, em um ângulo discreto,<br />

tentando verificar o seu interior. Um ritual Rúnico havia sido feito naquela região<br />

havia pouco tempo e ele queria descobrir exatamente onde era. Havia pouco<br />

tempo que ele reparava num homem aparentando nervosismo sair de lá, portando<br />

uma espada. E agora, aquela conversa estranha que ele podia perceber dentro<br />

daquela casa.<br />

- E você, mocinha, deveria ter mais cuidado! - era possível ver Siegfried apontando<br />

na cara de Sailorcheer pela janela - E se esse bicho te morder? Eu vou levá-lo<br />

embora ainda hoje!<br />

- Mas mas mas mas.....<br />

- Nada de "mas", você sabe muito bem que ele é perigoso!<br />

- Mas quando ele crescer, ele vai ser melhor que o Kaiden pra cuidar daqui<br />

enquanto eu estiver fora. Agora senta e me ajuda a arranjar um nome pra ele!<br />

Ao olhar com mais atenção, o homem arregalou os olhos ao perceber quem estava<br />

dentro daquela casa.<br />

"Pelos deuses! É o tal Assassino de Elite da Guilda! Qual o nome dele mesmo?"<br />

- Nada de nomes! Não se apegue a ele, ele volta pro pai hoje à noite. - respondeu<br />

Siegfried, com firmeza.<br />

"É o Siegfried mesmo!!" - assustou-se o homem, retirando do bolso um monóculo<br />

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e encaixando no olho. Imediatamente ele analisou os poderes rúnicos que<br />

emanavam dos dois. Suspirou, com alívio em seguida.<br />

"Ufa! O Siegfried não é rúnico... menos mal! ... mas... aquela moça...!!" - um meio<br />

sorriso surgiu em seu rosto - "Uma Rúnica!"<br />

O homem se afastou um pouco da casa, ignorando o sermão que Siegfried<br />

passava na moça, e gesticulou discretamente, passando as mãos nos cabelos<br />

vermelhos e compridos como uma forma de código. Alguns instantes depois, outro<br />

homem se aproximou e pediu fumo emprestado. Devidamente identificado, eles<br />

trocaram informações durante alguns momentos. O ruivo dispensou seu capanga<br />

e voltou para perto da casa, esperando algo. Aparentemente a mulher havia<br />

desistido de discutir e agora ouvia o que Siegfried falava, com os olhos baixos.<br />

- E agora vamos voltar a treinar. Se vai ficar criando todo o tipo de tranqueira<br />

assassina, peçonhenta, estranguladora e seja lá o que aparecer na sua frente,<br />

você tem que pelo menos saber se defender! - Dizendo isso, o assassino<br />

desapareceu, se escondendo, seguido por Sailorcheer.<br />

Eles passaram um bom tempo treinando, sob o olhar atento do pequeno Bafomé<br />

Júnior. Cerca de quinze minutos depois, o homem ruivo, que observava do lado de<br />

fora da casa, percebeu seu capanga se aproximando e se afastou um pouco. Após<br />

receber algumas informações sobre os moradores da casa, obtidas por meio de<br />

conversas com os comerciantes do bairro, o ruivo faz outro sinal e mais dois<br />

homens aparecem. Depois de discutir o plano a ser seguido, eles saem cada um<br />

apra um lado.<br />

Siegfried e Sailorcheer ainda estavam treinando quando ouviram Kaiden e<br />

Juquinha começarem a latir e piar no quintal da casa. A garota imediatamente<br />

ficou imóvel para tentar ouvir algo mais além do barulho dos animais. O assassino<br />

imadiatamente se escondeu e fechou todas as cortinas da casa, deixando-a na<br />

penumbra. Era possível ouvir barulho de passos sobre o muro, pulando para o<br />

telhado da casa.<br />

- Garota, pegue seu manto. - a voz dele era baixa, mas Sailorcheer ouviu e<br />

obedeceu imediatamente, colocando um pequeno arsenal de adagas sob sua<br />

capa velha, surrada e habitada por um espírito.<br />

Kaiden e Juquinha continuam a fazer um barulho ensurdecedor, como se<br />

quisessem avisar para a cidade inteira que estranhos haviam invadido seu<br />

território. Irritado, um dos homens no telhado atirou uma telha na direção do Peco<br />

Peco, acertando-o em cheio. Ao ouvir a ave piando de dor, Sailorcheer se<br />

enfureceu e começou a gritar para o telhado.<br />

- EEEEEEEEEEEEEEEEEI!!! EU VOU ACABAR COM VOCÊ, SEU<br />

MALTRATADOR DE ANIMAIS!<br />

Siegfried tapa a boca da assassina com a mão e a faz se esconder também, de<br />

forma pouco gentil. A ingenuidade dela o irritava profundamente, às vezes.<br />

- Calaboca, sua idiota! Por que não diz a eles o lugar exato da casa onde<br />

estamos?<br />

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- Mas eles estão destruindo minha casa e ferindo meus bichinhos! - Sailorcheer<br />

sussurrou de volta, enquanto tentava se soltar para atacar os invasores.<br />

- Onde está sua classe, pirralha? Deixe que eles entrem, vai ser um bom treino.<br />

Eu mando alguém consertar seu telhado depois! - O barulho de telhas sendo<br />

arrancadas aumentou rapidamente e foi seguido pelo som seco de alguém<br />

pulando no forro. No quintal, ainda era possível ouvir Kaiden e Juquinha se<br />

atirando contra o muro, indicando que alguém ainda estava ao alcance da vista<br />

deles.<br />

O assassino se movimentou furtiva e silenciosamente até a janela que dava para o<br />

quintal, abrindo uma pequena fresta na cortina. Ele se esforçou para segurar uma<br />

risada ao ver um homem em trajes marrons correndo pelo muro de um lado para<br />

outro, com o Lobo do Deserto em seu encalço. Imaginando o que aconteceria se<br />

Kaiden pudesse alcançar o invasor ao invés de só espirrar baba em seus sapatos,<br />

ele resolveu colaborar com o animal. Retirando uma pequena adaga de arremesso<br />

do casaco, Siegfried mirou nas pernas do homem e sorriu ao atirar a faca. Com um<br />

grito de dor, o invasor caiu do muro bem ao lado dos animais.<br />

Confiando que ao menos o lobo fosse capaz de terminar o serviço - e, de quebra,<br />

ganhar carne extra para o lanche da tarde - o assassino voltou para perto de<br />

Sailorcheer, que ainda estava escondida. A garota olhava fixamente para cima, na<br />

direção de onde vinha o som de chutes tentando arrebentar o forro da casa. Ao<br />

perceber a presença de seu tio, a garota olhou para ele e perguntou, intrigada.<br />

- Não era mais fácil eles terem arrebentado a porta da frente e pego a gente de<br />

surpresa?<br />

Siegfried somente fez que sim com a cabeça, tentando entender por que aqueles<br />

palhaços estavam fazendo tanto auê. Ele entendeu quando viu duas bolotas<br />

caindo do teto e estourando no chão, soltando uma densa fumaça e um cheiro<br />

horrível. O assassino imediatamente puxou Sailorcheer para trás e cortou dois<br />

pedaços de sua capa, improvisando máscaras para ele e a sobrinha.<br />

- Bombas de fumaça? Eles podiam ter atirado isso pela janela. Imbecis. - A<br />

vontade dele era de gargalhar alto. - Aprenda uma coisa, garota: quando quiser<br />

pegar alguém de surpresa, não faça barulho para só depois prejudicar a visão de<br />

suas vítimas. Prejudique a visão primeiro e mate silenciosamente depois. É mais<br />

fácil.<br />

Ambos ficaram a postos com suas adagas quando ouviram mais pedaços do forro<br />

caindo. Siegfried pôde ver dois vultos pulando - parecia que eles haviam caído, na<br />

verdade - pelo buraco. Ele apontou para o chão, indicando o lugar onde os dois<br />

estavam deitados e imóveis para Sailorcheer, e pegou mais duas adagas de<br />

arremesso, atirando mais ou menos na direção dos corpos. A fumaça aumentava<br />

cada vez mais, tornando difícil precisar a distância exata. Siegfried soube que uma<br />

das adagas havia errado o alvo ao ouvi-la batendo no chão, mas ficou intrigado ao<br />

ouvir o barulho seco que a outra adaga fez ao supostamente acertar o alvo. Ela<br />

havia se enterrado em alguma coisa, mas não era carne.<br />

"Bem, se não posso vê-los andando, então vou ver suas pegadas." Com esse<br />

pensamento, Sailorcheer pegou um vaso com flores e água que estava sobre a<br />

mesinha de canto e arremessou na direção dos corpos. O vaso se espatifou,<br />

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molhando todo o chão, mas não houve nenhum barulho além desse dentro da<br />

casa. Nem pegadas. Apesar disso, Siegfried fez um rápido elogio à garota,<br />

espantado que ela pudesse pensar racionalmente numa situação dessas.<br />

De repente, Sailorcheer notou o pequeno filhote de Bafomé passando por ela e<br />

correndo na direção dos vultos. antes que ela pudesse fazer algo para impedir, o<br />

animal se lançou na perna de um dos vultos, cravando uma mordida. Sem ver o<br />

que havia acontecido, a garota e Siegfried só ouviram o pequeno animal<br />

reclamando, enfurecido.<br />

- Ei! Onde está a carne e o sangue, humano? Eu não me alimento de panos!<br />

Distraídos pelo Bafomé Júnior, os dois não perceberam que duas adagas foram<br />

arremessadas do buraco do teto, na direção deles. Uma delas passou pelo lado<br />

de Sailorcheer, mas a outra acertou o braço esquerdo de Siegfried. Apesar de não<br />

ter se cravado na carne, a faca abriu um corte dolorido, dificultando a<br />

movimentação do braço. Murmurando uma imprecação, o assassino levou<br />

Sailorcheer para a cozinha, logo atrás deles. Após uma rápida olhada pelo<br />

cômodo, ele se colocou de um dos lados da porta, indicando para que sua<br />

sobrinha ficasse do outro. Assim poderiam ver o que acontecia na sala, o máximo<br />

que a fumaça permitisse, mas eles estariam protegidos de projéteis.<br />

O Bafomé Júnior, por sua vez, ficou parado sob o buraco, esperando a comida<br />

descer. O animal notou que um dos homens olhava pelo buraco e conseguia<br />

vê-lo, abismado com sua presença naquela casa, e sorri malignamente, acenando<br />

com sua pequena pata para que o homem descesse. Para seu desgosto, o vulto<br />

que via sumiu no buraco, voltando para cima do telhado.<br />

- Ei! Volte aqui, é hora do meu lanche da tarde!!! - O pequeno Bafomé mal teve<br />

tempo de desviar quando o homem apareceu de novo, atirando telhas contra ele.<br />

- Vem cá, chifrudo! - tentando acertar o animal, o invasor só se lembrou das<br />

pessoas dentro da casa quando uma faca de cozinha, arremessada por<br />

Sailorcheer, passou voando ao lado de sua mão, por pouco não o atingindo.<br />

Aproveitando a distração, o Bafomé Júnior saiu correndo na direção do quintal. Se<br />

a comida não descia, ele daria um jeito de pegá-la. Sua impulsividade impediu que<br />

ele visse que logo em seguida dois homens desceram pelo buraco.<br />

Subitamente, Sailorcheer e Siegfried sentiram uma onda de fadiga minar parte da<br />

energia de seus corpos. O assassino foi capaz de se manter escondido apesar do<br />

inesperado cansaço, mas a garota não conseguiu manter a concentração e ficou<br />

visível novamente, somente escondida pela parede da cozinha. Ambos retesaram<br />

os músculos, se preparando para atacar ao ouvirem os homens se direcionando<br />

para a cozinha com as armas já em punho, mas Siegfried fez um sinal para que<br />

sua sobrinha deixasse que ele atacasse primeiro.<br />

Assim que o primeiro invasor passou pela porta da cozinha e ameaçou ir na<br />

direção de Sailorcheer, Siegfried saiu de seu esconderijo e, mesmo com o braço<br />

esquerdo inutilizado, desferiu um golpe fatal no oponente. Sailorcheer aproveitou<br />

o momento e avançou para cima do outro, mas este portava um broquel e foi<br />

capaz de defender o primeiro golpe, recuando um pouco em seguida. Ela se<br />

xingou mentalmente por estar se sentindo tão fraca e tão lenta.<br />

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Ao ver que a assassina avançou, saindo de sua posição mais protegida, um<br />

homem ruivo saiu de seu esconderijo e pulou sobre ela, acertando as costas da<br />

garota com os dois pés, fazendo com que ela caísse desmaiada. Rosnando,<br />

Siegfried encarou por poucos segundos o novo oponente, um homem ruivo, de<br />

cabelos compridos e com uma echarpe cobrindo o pescoço. Ele sempre achou o<br />

uniforme dos membros de elite da guilda cafona, com aquela echarpe, um pedaço<br />

de tecido inútil e chamativo. E cafona. Olhou de relance a katar dele, que emitia<br />

um leve brilho arroxeado, um pouco mais intenso onde a runa Uruz brilhava, e<br />

voltou a olhar o rosto dele enquanto o homem começava a se colocar em pé após<br />

o ataque. Com um sorriso maléfico, o ruivo atirou uma adaga na direção do<br />

assassino, errando o alvo por muito pouco.<br />

Siegfried rolou para longe dele e do outro homem que estava na sala, observando<br />

a ação e decidindo se tomaria parte dela ou não, e retirou uma gema vermelha do<br />

manto, atirando-a com força na direção do homem ruivo, que instintivamente<br />

desvia se jogando para o lado. Com um meio sorriso, Siegfried observou a gema<br />

atingir o chão e se estilhaçar, liberando uma nuvem arroxeada que rapidamente<br />

tomou conta daquele canto da cozinha. "Sinto muito, sobrinha, mas foi<br />

necessário."<br />

Notando que o ruivo ficou atordoado por causa da nuvem tóxica, Siegfried resolveu<br />

dar cabo do outro invasor. Ele podia ser um inútil que mal sabia segurar um<br />

broquel decentemente, mas poderia representar algum risco no caso de uma<br />

distração. Principalmente porque ele já estava ferido, e tudo por prestar atenção<br />

em um bafomezinho estúpido. Com raiva, ele atacou o homem com força, sem<br />

mirar em um ponto específico; não havia tempo para isso. O golpe parou no<br />

broquel sem causar danos, mas desequilibrou o invasor que caiu para trás,<br />

sentado.<br />

O assassino se preparou para desferir o golpe de misericórdia, mas ouviu o<br />

homem ruivo se recuperar e avançar para cima de Sailorcheer, ainda desacordada,<br />

e correu na direção dos dois, quase tropeçando no filhote de Bafomé que passou<br />

correndo em direção ao homem caído. O ruivo parou a investida no meio e saltou<br />

para cima da pia da cozinha, agachado, observando Siegfried atentamente.<br />

- Heh. Eu vou me lembrar da sua cara quando voltar para a sede da guilda. - O<br />

tom de voz de Siegfried, apesar de zombeteiro, era muito ameaçador. Ele se<br />

posicionou entre o invasor e Sailorcheer, ignorando a briga entre o Bafomé Júnior<br />

e o outro homem. Pelo menos o animal estúpido serviria para alguma coisa.<br />

- Talvez. E talvez eu deva contar na guilda que você fica namorando ao invés de se<br />

devotar às suas missões, como eles tanto cobram... até mais, Siegfried!<br />

- Puxa! - Siegfried começou a rir. - Está bem informado, não? Muito bem<br />

informado, por sinal!<br />

Não houve resposta. O homem ruivo olhou ameaçadoramente para o assassino e<br />

chutou a torneira da cozinha, fazendo com que água espirrasse na direção dele e<br />

aproveitando para sair pela janela.<br />

- Tudo bem, como quiser. - Siegfried pegou cinco gemas vermelhas e as atirou por<br />

toda a cozinha, certificando-se de que não havia mais ninguém escondido por lá.<br />

Em seguida, ele se voltou para o invasor restante, que ainda lutava contra a<br />

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pequenina foice do Bafomé Júnior. Irritado, ele pegou uma faca qualquer que<br />

estava na cozinha e arremessou, atingindo a cabeça do homem.<br />

- Por que acabou com minha diversão, humano? - O pequeno animal chiou,<br />

indignado, mas logo começou a lamber o sangue que escorria dos ferimentos do<br />

morto.<br />

Siegfried soltou um pequeno rosnado e ergueu Sailorcheer com o braço bom,<br />

apoiando-a no sofá da sala. Em seguida, buscou em um dos armários do cômodo<br />

uma garrafinha e despejou o líquido esverdeado na boca de Sailorcheer,<br />

forçando-a a engolir e deitando-a logo em seguida.<br />

- Ei, demônio! - O pequeno Bafomé olhou na direção do assassino ao ser<br />

chamado. - Faça algo de útil e vigie-a. Se aparecer alguém além de mim perto<br />

dela, me chame, e a proteja, entendeu bem?<br />

- Eu não sou seu escravo, humano. - O animalzinho respondeu com um certo<br />

desprezo na voz. - Mas como ela me alimentou, eu vou fazer isso. Por ela, não por<br />

você.<br />

Saindo de perto dos cadáveres, o Bafomé Júnior foi até o sofá e se sentou ao lado<br />

da garota, cheirando-a para se certificar de que não estava mesmo morta. Ela<br />

seria um bom bicho de estimação, afinal; era bem resistente. Em seguida passou<br />

a observar Siegfried, que estourava gemas vermelhas por toda a casa, verificando<br />

se havia mais alguém escondido. O animal sorriu malignamente, escondendo a<br />

informação de que todos já haviam saído. "É tão bom ser um demônio..."<br />

OFF<br />

Depois de um século, eu finalmente escrevi. o/<br />

Coisas importantes aconteceram. Por exemplo, o Ceifador Sinistro apareceu.<br />

Logo vamos ter um RP com base nesses fatos. Fiquem atentos. '-'<br />

Posted <strong>by</strong>: NetRunner Mar 30 2009, 08:35 PM<br />

[Morroc, cada dos di Cuori, meio da tarde]<br />

Escondido no antigo quarto de Katrina, reparei na voz de sua irmã gritando,<br />

possivelmente para sua mãe.<br />

- Estou indo trabalhar, quer alguma coisa de Prontera?<br />

Olhei pelo corredor e percebi que ela carregava inúmeras tralhas entre suas mãos<br />

descendo as escadas de forma tranquila. Em seguida, apenas ouvi o som de algo<br />

sendo arremessado em algum lugar, provavelmente as tralhas que ela trazia nas<br />

mãos sendo jogadas num carrinho de mercador e o som da porta batendo, no<br />

andar debaixo. Achava que ela iria ficar lá também enquanto eu estivesse. Mas<br />

acho que ela agir normalmente assim atrairia menos suspeitas sobre minha<br />

presença para outras pessoas. Fiquei imaginando apenas se a pirralha teria dito<br />

alguma coisa para a mãe dela antes de sair. Vai que eu assustasse a mulher a<br />

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ponto de fazê-la ter um ataque?<br />

A casa estava silenciosa, o único barulho que eu pude constatar foi o de louça<br />

sendo lavada, ou algo similar a isso. Com cuidado, comecei a andar<br />

silenciosamente na casa, prestando toda a atenção em qualquer movimento.<br />

Quando estava prestes a chegar no andar térreo da casa porém, vi que a mulher<br />

que permanecia dentro da casa parou o que estava fazendo, indo em direção às<br />

janelas da casa, fechando as cortinas e voltando em seguida para a cozinha. Isso<br />

impediu que a luz do sol batesse diretamente nos móveis e sem ela saber também<br />

melhorou minha própria movimentação furtiva pela casa.<br />

Me aproximei mais da cozinha, ela continuava lavando a louça. Quando comecei a<br />

pensar no que falar para não fazer a mulher arremessar alguma panela em cima<br />

de mim pelo susto, quem se assustou fui eu com sua voz baixa, mas determinada.<br />

- Eu já sei que você está aí, mas faça um favor a nós dois e fale baixo. - ela disse,<br />

terminando de fechar a única cortina que faltava, logo acima da pia da cozinha,<br />

com naturalidade.<br />

Eu acho que quem se assustou fui eu com aquilo, porque senti até mesmo uma<br />

gota de suor escorrer pela minha testa. Será que minha tentativa de ser furtivo foi<br />

tão desastrosa assim? Das outras vezes eu tinha me saído tão bem! Pelo que a<br />

Katrina tinha me falado da mãe, imaginava que ela seria alguém tão inofensiva<br />

que jamais esperava uma reação daquelas. Olhei para os lados, me concentrei<br />

novamente em toda a movimentação do lugar. Só estava ela ali. Como diabos ela<br />

tinha me achado com tanta facilidade? Será que é essa maldita runa que está me<br />

atrapalhando a ponto de não conseguir fazer as coisas direito? Ou será que eu<br />

deveria imaginar que, sendo a mãe da Katrina, de repente ela poderia ter algumas<br />

peculiaridades da filha também? Como a de me deixar assustado com certas<br />

ações.<br />

Enquanto eu ficava me martirizando com meus pensamentos, a senhora di Cuori<br />

se aproximou da mesa com um bolo entre as mãos e o pousou sobre ela.<br />

Sentou-se numa cadeira, cortou um pedaço do bolo e me ofereceu, sem falar<br />

nada. Em seguida, vendo que eu estava ainda pasmo com a situação, ou então<br />

que eu estava começando a desidratar de tanto suar frio, ela indicou uma jarra ao<br />

lado do bolo.<br />

- Quer suco? - perguntou, com uma voz gentil.<br />

- Ahn... a pir... a senhorita Ana falou sobre mim? - por um momento quase esqueci<br />

de como eu deveria agir com ela e toda aquela história de fingir ser um nobre<br />

afrescalhado para não cair em contradição.<br />

- Não, ela não sabe que eu sei sobre você. - respondeu-me com um sorriso. Como<br />

assim "sei sobre você"?! Do que diabos ela tava falando agora?<br />

- Hein? Ahn... como assim? - perguntei, desconfiado enquanto ela bebia<br />

calmamente um gole de seu suco. Por um momento fiquei imaginando se o tio<br />

idiota da Katrina seria irmão dela. Taí uma coisa que eu não tinha parado para<br />

perguntar...<br />

- O combinado dela com a irmã é que Ana jamais mencionaria nada sobre você,<br />

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além do fato de ser um cavaleiro rico e honrado e tudo o mais. E ela é mais fiel à<br />

irmã que à mim ou ao pai ou ao noivo. - explicou, aparentando uma calma<br />

descomunal. Será que eu sou tão pouco ameaçador assim? Ou será que ela<br />

confia tanto assim em mim?<br />

- Rico e honrado... isso eu posso afirmar que eu sou! - tentei demonstrar calma<br />

igual ela fazia, enquanto retirava a faixa que cobria meu rosto. Mas percebi que<br />

quando terminei de falar, ela segurou um riso, sorrindo gentilmente para mim.<br />

- Ah, eu imagino que seja.<br />

- É que o reino de onde eu vim foge dos limites de RuneMidgard. É difícil as<br />

pessoas saberem o grau do meu poder naquelas terras. - continuei apelando para<br />

o teatrinho, mas reparei que ela não se importava muito enquanto eu falava.<br />

- Katrina não escolheria qualquer um... ou ao menos não qualquer um no quesito<br />

"honra". E, para mim, pouco importa de onde você é, desde que cuide bem dela. -<br />

em seguida ela deu um sorriso legítimo - E eu sei que cuida.<br />

Certo, pode ter certeza que fiquei confuso. Como ela poderia saber? Será que a<br />

pirralha conversava com ela sobre mim? Mas ela acabara de falar que ela não<br />

mencionara mais nada sobre mim além do "combinado" entre ela e a Katrina.<br />

Ainda permanecia lá em pé, como uma árvore, tentando compreender o que se<br />

passava.<br />

- Eu espero que.... não tenha chegado em má hora. - olhei para os lados, meio<br />

impaciente.<br />

- Não, Giuseppe está em uma viagem de negócios, deve voltar só à noite. Isso não<br />

significa que não estejamos sendo vigiados. - assim que ela terminou de falar,<br />

fiquei um tempo em silêncio, tentando verificar a existência de mais alguém na<br />

casa.<br />

- Não ouço ninguém além da gente por aqui.<br />

- Ah, não é aqui dentro da casa, não se preocupe. Se fosse, não teria deixado<br />

você entrar. - em seguida ela olhou para uma das cadeiras próximas a mesa - Não<br />

vai se sentar mesmo?<br />

Suspirei meio incomodado e já rendido. Provavelmente eu estava fazendo papel<br />

de idiota na frente da minha sogra.<br />

- Acho que... você já deve saber tudo sobre mim, não é?<br />

- Algumas coisas, sim. Não tudo, porque também não tenho que ficar fuçando na<br />

vida de ninguém. - ela deu um risinho quando terminou.<br />

- Fiz papel de idiota a toa então, hehe - tentei mostrar tranquilidade, mas não sei<br />

se isso também deu certo. Me sentia incomodado por alguma razão. Talvez por<br />

não saber exatamente quanto ela sabia sobre mim e sobre a própria filha.<br />

- Eu não o culpo. Imagino que ela tenha te contado da pressão do pai.<br />

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- Se ela não tivesse me contado eu descobriria assim que entrasse no... quarto<br />

dela... - não sei por qual razão mas aquilo ainda me deixava com uma raiva<br />

descomunal.<br />

- Ora, não seja tão cruel... o quarto dela é o mais próximo à rua e, queira ou não, é<br />

muito fácil de alguém escalar o muro e entrar por ali. Ou sair. E acho que você<br />

sabe a quem me refiro. - ela sorriu e em seguida tomou outro gole de suco. Lógico<br />

que eu sabia quem era. Aquele Siegfried idiota mandão! Não sei de quem mais eu<br />

tenho raiva nessa história. Se do pai da Katrina ou do tio aloprado dela. Sem<br />

perceber, mostrei minha fúria pelo meu olhar na direção da mãe de Katrina.<br />

- Não me olhe assim, eu não tenho poder para vetar nenhuma decisão desse<br />

tipo... e Giuseppe jamais deixaria de fazer algo que pudesse protege-la de ser<br />

levada embora.<br />

- Infelizmente eu acho que entendo sua posição. - dei com os ombros, resignado -<br />

e acho que ela ter fugido foi o melhor pra ela. - ela concordou comigo, sorrindo ao<br />

passo que perguntei - mas... se você sabe sobre mim. Deve saber sobre ela<br />

também, não é?<br />

- Algumas coisas... sei que vocês andaram se aventurando pela terra dos mortos...<br />

- e enquanto eu arregalei os olhos vendo o nível de informação que ela tinha, ela<br />

apenas balançou a cabeça contrariada - Jovens...<br />

- Errr... quem é que te informa dessas coisas? - ela apenas ficou sorrindo, em<br />

silêncio - Eu realmente preciso saber!<br />

- Não... não precisa... é melhor para nós dois. Além do que, acredito que não<br />

tenha sido por isso que veio até aqui...<br />

- Você sabe o motivo pelo qual eu vim, suponho. - concluí, após passar a mão no<br />

rosto nervosamente. Não sei se gosto da idéia de ter alguém nos espionando o<br />

tempo todo, ainda mais na situação que nos encontramos.<br />

- Na verdade, sua visita me surpreendeu... não consigo imaginar o porque precise<br />

de mim... só me informaram que você viria. Não tenho como receber mensagens<br />

longas aqui.<br />

- Eu acho que... - me levantei vagarosamente da cadeira, desconfiado, procurando<br />

pelas escadas que me levariam novamente a saída improvisada da casa - eu fiz<br />

besteira de ter vindo.<br />

- Por que diz isso? - ela inclinou a cabeça para perguntar, de modo extremamente<br />

familiar.<br />

- Se você sabe tanto da gente... por que eu deveria confiar que algo que lhe conte<br />

também não caia em mãos erradas?<br />

- E por que eu iria querer prejudicar minha própria filha? - vi um olhar de surpresa<br />

nos olhos de minha sogra. Talvez ela não esperasse que ela entraria na minha<br />

lista de pessoas a se evitar para a proteção da Katrina.<br />

- Eu não sei mais em quem confiar, eu acho.. - admiti, com um suspiro.<br />

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- Eu não tenho porque querer mal a ela... ou a você. Se ela o escolheu como<br />

marido e é feliz com essa decisão, não tenho porque intervir.<br />

Admito que fiquei perdido. Não sabia mais o que fazer. Eu e Katrina estávamos<br />

correndo um risco enorme, eu não sabia por quanto tempo resistiria, também não<br />

sabia se os outros Rúnicos já não estariam sendo massacrados por aí sem o<br />

nosso conhecimento e que poderíamos já ser os próximos alvos. Eu não sabia<br />

sequer se a Katrina poderia ainda ficar ao meu lado, não depois de vê-la tombar<br />

quando criei aquele ritual em nossa casa, poucas horas atrás.<br />

E eu também nunca tive qualquer tipo ligação fraterna, como eu poderia saber se<br />

uma ligação mãe e filha seria tão forte a ponto de não prejudicá-la? Em meus<br />

devaneios, eu apoei uma das mãos na parede e olhei para o chão. Não queria que<br />

ela visse a insegurança e medo por tudo aquilo que acontecia estampado em<br />

meus olhos. Não seria digno de um homem que sua filha escolhera, disso eu tinha<br />

certeza. Respirei fundo, e percebi que ela ainda mantinha os olhos na minha<br />

direção, possivelmente querendo alguma posição da minha parte.<br />

Confiar... não confiar...<br />

- Aconteceu... algo inesperado com ela...<br />

- Não tem porque ficar nervoso, rapaz. - disse ela, com uma calma que fez até<br />

meu nervosismo baixar.<br />

- Ela está grávida... - falei num tom de voz quase imperceptível - Ninguém além de<br />

nós e agora você sabe disso.<br />

- Vocês estão casados... por que isso era... "inesperado"? - percebi que ela abafou<br />

um outro risinho, o que me deixou um pouco indignado - A menos, é claro, que<br />

haja algum "problema". Querido... gravidez só não é esperada se as pessoas não<br />

tem relações... senão, ela pode vir a qualquer momento - ela sorriu enquanto<br />

falava - e bem... se for esse o caso, então tenho que ter uma conversa séria com<br />

minha filha...<br />

- Muito pelo contrário... err.. digo... - por que diabos eu disse isso?!<br />

- Então por que a preocupação? Esse é o curso natural das coisas: as pessoas se<br />

casam, tem filhos. Qual o problema..?<br />

- Eu não tenho experiência alguma com isso...todas as mulheres que eu tomei<br />

conhecimento que estavam grávidas acabaram morrendo. Eu não sei como dar<br />

segurança pra Katrina... - suspirei, emburrado.<br />

- De onde foi que você veio mesmo? - ela ergueu uma sombrancelha, mas depois<br />

fez um gesto com a mão, impedindo que eu respondesse - Não importa... só não<br />

leve Katrina pra lá que não tem problema.<br />

E em seguida ela me deu uma aula sobre "como cuidar de uma mulher grávida em<br />

10 passos". Ouvi tudo pacientemente, anotei várias coisas. E por um momento<br />

quase esqueci o real motivo de eu ter vindo. O que me alertou foi ter sentido<br />

durante a conversa um leve formigamento em meu braço, talvez o efeito da poção<br />

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já começava a acabar, apesar de ainda ser relativamente cedo. Continuei<br />

acompanhando atentamente o que ela dizia.<br />

- ... mas se ela ficar muito preocupada, principalmente nos últimos meses, então o<br />

bebê pode nascer antes do tempo. Mas, pelo que me contam sobre ela, Katrina<br />

não vai ter esse tipo de problemas. A menos que voce se meta em alguma<br />

confusão, mocinho! - ela terminou da forma mais amigável possível, com um<br />

sorriso gentil no rosto.<br />

- Acredite, eu normalmente não me meto em confusão alguma... elas que me<br />

perseguem.<br />

- Deve ter sido por isso que encontrou minha filha, então! - e ela começou a rir.<br />

- Mas... eu queria saber se... bom, você sabe que nos metemos em encrencas<br />

demais - ela acenou positivamente.<br />

- Vocês ainda tem uns 2 ou 3 meses pra resolverem suas encrencas. Depois disso<br />

a barriga começa a crescer e ela vai ficar mais frágil.<br />

- 2 ou 3 meses?<br />

- Bom, isso considerando que ela deve estar de uns 2 meses.<br />

Nesse momento eu parei de falar. Arranquei uma folha de meu diário e comecei a<br />

anotar o nosso endereço de Juno. Decidi que confiaria nessa mulher, que<br />

demonstrou um grande afeto pela Katrina enquanto me explicou o que se fazer<br />

com uma garota grávida. Talvez esse teria sido o teste que eu havia escolhido<br />

inconscientemente para confiar na minha sogra. Enquanto anotava, a senhora di<br />

Cuori me olhava curiosa.<br />

- Eu falei pra Katrina que eu viria aqui apenas para tirar essas dúvidas mas... vim<br />

por um motivo mais sério que isso. Estou carregando um... "fardo" por causa<br />

dessas nossas encrencas que poderá deixá-la sozinha qualquer hora dessas. E<br />

não vai ser por minha vontade - continuei, enquanto entregava o pedaço de papel<br />

à minha sogra. - Eu sei que posso estar fazendo a coisa errada e que a Katrina<br />

pode me odiar por isso pro resto da vida mas... - percebi que ela leu o endereço,<br />

correu na cozinha e queimou o papel no fogão enquanto me ouvia. Ela era bem<br />

mais astuta que eu imaginara. - ... eu queria pedir que... não a deixe sozinha, caso<br />

eu suma. Eu não sei se vou conseguir encontrar uma cura ou se estarei sendo um<br />

perigo maior ainda daqui uns meses pra ela...<br />

- Não vou deixar, eu nunca deixei. - ela me explicou com um sorriso terno - Mesmo<br />

que ela não saiba disso. E que doença você tem, exatamente?<br />

- Bom, errr... você já deve ter ouvido falar dos "Rúnicos", provavelmente. - já<br />

considerei que a resposta era sim, visto que ela sabia muito de nós e recebi um<br />

aceno positivo com a cabeça como resposta. - Graças a sua filha, eu me livrei de<br />

algo que quase me matou há uns anos... mas, quando voltamos de Niffelheim... o<br />

problema voltou junto.<br />

Retirei um dos braços de minha armadura e indiquei a ela a runa invertida em meu<br />

braço. Ela olhou e fez uma expressão estranha, nitidamente não entendendo nada<br />

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do que eu mostrava.<br />

- Isso é.... errr... pelo que nos estudamos... uma forma antagônica de poder<br />

Rúnico. Algo que serve exatamente para acabar com eles. - e enquanto eu<br />

recolocava rapidamente a armadura de volta, continuei com um sorriso meio fraco<br />

e resignado no rosto - e isso ao mesmo tempo está acabando comigo.<br />

- Acabando com você...?<br />

- Aparentemente acabando com minhas forças... logo que sumiu com o Poder<br />

Rúnico que eu tinha. Só estou em pé aqui do seu lado e agindo normalmente por<br />

causa de uma poçao especial feita de extrato de yggdrasil. E estou fazendo isso<br />

para evitar que sua filha saiba o quão debilitado estou por isso tb.<br />

- E por que não a deixa saber e permite que ela cuide de você?<br />

- Porque ela já está com algo bem mais importante pra cuidar agora, não?<br />

- Não... vai ser mais importante depois que nascer. Se você morrer antes disso, ela<br />

e o bebê ficarão desamparados. - fechei a cara com o comentário, detestando a<br />

idéia e ela complementou - Ela vai conseguir se virar, claro. Mas seria melhor com<br />

você.<br />

- Ela já fez demais daquela vez... não quero que ela passe por tudo aquilo de<br />

novo.<br />

- E pretende descobrir uma cura sozinho? - acenei positivamente, nitidamente<br />

nervoso. Sentia minhas mãos frias e suando dentro da minha armadura.<br />

- Bem... - ela respondeu, continuando com aquele sorriso gentil - você ainda tem 2<br />

ou 3 meses até ela realmente começar a precisar de você.<br />

- Mas não posso fazer isso se eu não souber que ela vai ter algum amparo caso eu<br />

morra nessa tentativa.<br />

- Ela nunca vai estar sozinha, não se preocupe.<br />

- Obrigado... - agradeci, suspirando de forma aliviada. Era tudo o que eu precisava<br />

saber daquela mulher. E, com ela sabendo da situação, poderia ser muito mais<br />

fácil me concentrar na tarefa. Porém, ela insistiu.<br />

- Mas eu ainda acho que deveria contar pra ela.<br />

- Ela é louca e vai se arriscar a toa!<br />

- Não acho que seja a toa. Ela vai se arriscar por quem ela ama, não é motivo bom<br />

o suficiente? - parei para pensar no argumento que ela trouxe. Tinha uma certa<br />

razão, apesar de odiar ter que admitir. Acenei fracamente. - Pois então...<br />

- Obrigado por ter me recebido, senhora Ângela... vou pensar nisso. - levantei, já<br />

me preparando para ir embora. Já tinha me demorado demais e quanto mais<br />

ficava por lá conversando, mais nos arriscávamos. Por mais que a conversa<br />

estivesse agradável e eu tivesse ainda tantas dúvidas que gostaria de tirar com<br />

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ela.<br />

- De nada, filho. Cuide bem dela e não seja visto ao sair, por favor. - ela deu um<br />

risinho e em seguida me interrompeu - Ah, espere um pouco! - ela cortou um<br />

pedaço do bolo de fubá, embrulhando num guardanapo - leve para ela, sim?<br />

- Ela vai adorar isso - comecei a rir com a "lembrança" entre as mãos - Quer que<br />

eu leve algum recado?<br />

- Não... melhor que ela não saiba que eu sei sobre ela. Diga apenas que a amo.<br />

- Pode deixar. Foi um prazer conhecê-la. - sorri e ela retornou.<br />

- O prazer foi meu. Me avise quando nascer meu neto<br />

Acenei positivamente, rindo, já indo na direção da escada. Antes de me<br />

encaminhar para ir embora definitivamente, me virei pela última vez para ela, com<br />

uma pergunta perturbadora que ainda me incomodava, ainda mais depois de<br />

conhecê-la.<br />

- Ele... ainda bate na senhora?<br />

- Não. - ela disse determinada, com um sorriso.<br />

- Se isso acontecer novamente algum dia... me avisa.<br />

- Vou pensar no seu caso. - ela sorriu, meio marota.<br />

Me despedi com um aceno e logo corri na direção da janela que a pirralha havia<br />

aberto para mim. Percebi que o sol já estava se pondo, nem reparei que tinha<br />

ficado um longo tempo conversando com a senhora di Cuori. Não sei se era efeito<br />

de meu nervosismo, mas assim que estava saindo de Morroc utilizando o serviço<br />

mágico de portal daquela cidade, senti o chão tremer brevemente. Mas acho que<br />

foi só impressão minha.<br />

O que eu mais queria naquele momento era chegar logo em casa. E decidir o que<br />

eu faria em relação a esse problema que enfrentávamos.<br />

OFF<br />

Aew, bandinubi! Provavelmente sabado vai rolar RP, fiquem atentos quem quiser<br />

participar (talvez seja depois da WoE, jah que esse sabado vai rolar<br />

excepcionalmente, aih a gente emenda)!<br />

Vai ter um postzinho a mais aqui e outro fora daqui chamando vcs pro RP, entao<br />

acompanhem os topicos aqui do nosso subforum, okay?<br />

E go go RPar, que jah enjoei de Upar... \o/<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Apr 14 2009, 02:03 PM<br />

[fora da cronologia]<br />

[Continuação das ações de Galgaris após Morroc]<br />

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Passaram-se alguns dias desde que Galgaris deixara Seth em Morroc. Os selos, a<br />

história de Morroc e os vestígios de Nifflheim no deserto levavam os pensamentos<br />

do morto-vivo a lógicas improváveis e remotas, mas ainda possíveis. Haveria<br />

alguma ligação entre o tal ferreiro devastador e a ida dos Rúnicos para Nifflheim?<br />

O retorno dos mesmos teria algo a ver com a instabilidade de Morroc? Ou seria<br />

consequência de algo que o Ferreiro fez? Os pensamentos não acabavam, e o<br />

fator "Seth" na Equação sempre agravava tudo... não com relação aos Rúnicos,<br />

mas com relação ao Morroc e seus planos futuros. E isso impossibilitava Galgaris<br />

de utilizar as capacidades do Elfo na busca.<br />

"Se os Rúnicos tiverem relação com o Morroc, minha ida para Nifflheim deverá<br />

resolver as coisas... de um jeito ou de outro" – pensava Galgaris, caminhando<br />

cuidadosamente na floresta além de Umbala.<br />

O morto-vivo não conhecia Umbala. O caminho para as raízes de Yggdrasil era<br />

distante de qualquer civilização, ou pelo menos era isso que Galgaris sabia... mas<br />

como seu conhecimento era antigo, ele achou perfeitamente possível o surgimento<br />

daquela tribo após suas últimas informações... ou ainda, de um total<br />

desconhecimento da mesma em escritos anteriores, já que a tribo era pequena.<br />

Galgaris, no momento, usava uma lança, obtida na tribo de Umbala. Não era uma<br />

arma muito bem feita, mas, sendo a única arma disponível, servia para manter as<br />

bestas da floresta afastadas. Logo, o guerreiro encontrou o enorme feixe de raízes<br />

que, conjuntamente a uma pequena fenda, levava ao subsolo.<br />

"É Aqui" – Galgaris se esgueirou, e adentrou a fenda.<br />

-------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Já faziam horas que Galgaris estava andando pelas raízes subterrâneas de<br />

Yggdrasil. A escuridão não era um problema, já que Galgaris conseguia enxergar<br />

mesmo sem qualquer fonte de luz. As grossas raízes serviam como pontes, que se<br />

elevavam do fundo da fenda que, além de alta, ficava extremamente larga em<br />

alguns locais e se ramificava, formando uma rede de túneis gigantescos. Abaixo<br />

das raízes haviam montanhas de humus e um líquido de cheiro forte que Galgaris<br />

não soube identificar. Dezenas de plantas menores nasciam das raízes,<br />

impulsionadas pelo poder místico da Yggdrasil.<br />

Seu objetivo ali era encontrar a passagem para o mundo dos mortos, um caminho<br />

menos comprometedor do que "morrer covardemente". Como esta última<br />

possibilidade não era uma opção, essa passagem era o único caminho discreto<br />

conhecido – e que o permitiria entrar de corpo e alma. O pêndulo, agora<br />

encantado com outro ritual, o auxilia-va na direção pela qual deveria seguir.<br />

Como Galgaris nunca havia entrado em Niff, estava atento a "como seria a<br />

passagem para o mundo dos mortos", já que era provável que não fosse um portal<br />

ou algo igualmente óbvio. Galgaris conhecia mais que a maioria das pessoas<br />

sobre religião. Resumidamente, sabia que deveria ser cuidadoso nas raízes de<br />

Yggdrasil para não encontrar o dragão Nidhogg, que roe as raízes da árvore e<br />

também vive em Nifflheim. Sabia também que sair de Nifflheim era muito mais<br />

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complicado do que entrar e que, lá dentro, a deusa Hell não poderia ser<br />

subjulgada nem mesmo por Odin. Desta forma, Galgaris estava enfrentando um<br />

desafio que realmente poderia por todo seu plano a perder – mais um motivo pelo<br />

qual Seth não poderia estar ali e fazer qualquer besteira... como traí-lo de novo.<br />

Era melhor que o Elfo ficasse em Rune Midgard e vestisse o amuleto que Galgaris<br />

havia deixado com ele... ou seria o plano ideal mais fracassado de sua história!<br />

Finalmente, Galgaris avistou algo diferente de raízes e plantas: uma escada de<br />

pedra. Havia uma névoa densa que escorregava pela escada, formando um véu<br />

baixo de fumaça nas proximidades. Seus rituais de proteção indicavam ameaça à<br />

frente. Seriam armadilhas, ou a própria Nifflheim indicava a ameaça?<br />

Galgaris calçou novamente as luvas que usara no deserto de Morroc e tentou<br />

mover a terra acima do véu de neblina, mas foi sem sucesso. O solo local deveria<br />

ser muito diferente da areia do deserto para que o ritual funcionasse de forma<br />

apropriada. Galgaris deu dois passos adiante e conjurou a espada Abismo de seu<br />

corpo. Utilizou-se dos poderes de proteção da runa Algiz, que jazia em sua lâmina.<br />

Mesmo embainhada, era possível ver o brilho vermelho intenso da runa através da<br />

bainha. Em sequencia, Galgaris guardou a espada e invocou sua Algiz Invertida<br />

através de uma frase curta, e pôs-se a andar em direção da escadaria. Armadilha<br />

ou não, ele teria como se defender.. e atacar.<br />

A poucos passos, Os rituais de Galgaris o avisaram de um ataque vindo de baixo.<br />

Algum tipo de morto-vivo enterrado, buscando atingir suas pernas. O poder da<br />

runa Algiz, amplaido pela conjuração de alguém tão experiente, neutralizou a<br />

ameaça por alguns instantes, permitindo que Galgaris continuasse a andar<br />

livremente. A Algiz reversa enfraquecia os atacantes, facilitando o trabalho da Algiz<br />

mágica. Quando pisou no primeiro degrau, os rituais em seu corpo avisaram<br />

Galgaris de um novo perigo. Invisível. Sem direção. Surgindo...agora!<br />

Galgaris foi arremessado pelas costas por uma energia vinda de lugar nenhum. A<br />

força, irresistível, o jogou para cima da escada, fazendo-o "aterrisar" no novo<br />

andar. Galgaris tentou impedir o avanço súbito colocando rapidamente a lança<br />

que carregava na perpendicular da estreita passagem, mas o frágil cabo de<br />

madeira também não resistiu e partiu. O guerreiro se levantou o mais rápido que<br />

pode, verificando ameaças ao seu redor. Seus rituais não indicavam mais nada, e<br />

seus olhos apenas confirmavam o que ele já esperava: árvores retorcidas, um céu<br />

escura e o solo devastado... Nifflheim!<br />

A passagem pela qual fora arremessado agora estava translúcida. Galgaris tentou<br />

voltar por ela, mas era impossível. Aquele era um caminho só de ida... e<br />

provavelmente as armadilhas eram justamente para levar as pessoas para dentro,<br />

e não evitar que elas entrassem.<br />

Sem muitas opções, Galgaris começou a explorar os arredores.<br />

------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Algum tempo depois, talvez horas, talvez instantes, o caminho se tornou bastante<br />

árduo. Fantasmas atormentados, demônios em forma de armaduras e espíritos<br />

malignos haviam cruzado seu caminho aos montes. Apesar de dificilmente terem<br />

qualquer interesse no corpo de Galgaris – que também era um "morto-vivo" –<br />

alguns delessentiam o poder que ele emanava e, aparentando pouca ou nenhuma<br />

inteligência, arriscavam ataques infrutíferos. Galgaris tentou extrair informações de<br />

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alguns daqueles seres, mas poucos pareciam querer colaborar, mesmo sob<br />

ameaça de destruição.<br />

Um castelo se formava no horizonte, mas certamente não era lá que ele<br />

conseguiria respostas – no máximo, conseguiria problemas com a deusa Hel, e<br />

evitar isso era uma prioridade. Ele precisava encontrar criaturas com alguma<br />

inteligência e mínima vontade de cooperar para obter informações sobre os<br />

Rúnicos. Entretanto, espíritos mais humanóides pareciam ser mais frequentes<br />

apenas em direção do castelo, deixando poucas opções de caminhos a serem<br />

seguidos.<br />

------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

[No castelo]<br />

- Deusa, vim apresentar relatório! – um humanóide cadavérico se curvou em frente<br />

ao trono onde a Hel se sentava confortavelmente. Ela fez uma mesura e deixou<br />

que seu servo prosseguisse. – Deusa, ele está se aproximando como desejou. A<br />

maioria dos servos está deixando ele em paz, e apenas os mais impulsivos estão<br />

atacando ele.<br />

- Ótimo. Prossiga.<br />

- Ele está fazendo perguntas sobre visitantes recentes de Rune Midgard. Até<br />

agora, a única pista que ele recebeu está trazendo ele mais próximo de nós.<br />

- Qual pista ele recebeu? – questionou a divindade.<br />

- Disseram a ele algo como "tumultos envolvendo um comerciante". Creio que se<br />

referiam ao espírito que negociou com o queridinho das Valkirias, hehehe...<br />

- Silêncio. Este jogo pode demorar mais do que eu esperava... mas vamos seguir<br />

as regras... não é todo dia que temos visitantes interessantes assim. – A deusa<br />

cruzou as pernas e se re-acomodou no trono. Seu servo prestou reverência<br />

novamente e se afastou.<br />

[continua]<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Apr 14 2009, 02:17 PM<br />

----------------------------------<br />

[Pouco tempo depois, na cidade em Nifflheim]<br />

- Olha cara, não faço idéia de quem você está falando. Nunca ouvi falar de rúnicos<br />

ou coisa parecida. – disse o cadaver ambulante de rosto distorcido e olho<br />

pendurado, apoiando-se no balcão com o cotovelo. Ele falava e se movia como um<br />

traficante malicioso – e era exatamente isso o que ele era: um traficante dos vícios<br />

das criaturas e espíritos de Nifflheim – e fazia pouco caso do "estrangeiro" a sua<br />

frente.<br />

- Bom, qual o preço da informação? Estou certo que você a tem, e só precisa de<br />

um... incentivo para fornecê-la. – Galgaris manteve seu olhar amarelado na<br />

criatura pegajosa. Ela andou até uma cadeira de madeira e sentou-se sem<br />

qualquer etiqueta. Ele olhou com desdém para o guerreiro e respondeu:<br />

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- Sai daqui, babaca. – Galgaris o olhou por quase um minuto, e houve um silêncio<br />

igualmente longo.<br />

- Você se sente confiante pelo poder que suas mercadorias dão a você aqui. Elas<br />

te dão respeito e pode comprar muita gente a troco de pedaços de carne e outros<br />

prazeres. Os outros devem evitar problemas com você tentando cair em suas<br />

graças e evitando represálias... mas eu não sou um de vocês e não estou aqui<br />

para te bajular. E parece que você ainda não percebeu isso.<br />

Em um passo veloz, Galgaris já estava sobre o morto vivo com o pé em seu peito.<br />

O cadáver traficante tentou empurrar sua perna, mas o guerreiro segurou um de<br />

seus braços antes, puxando-o violentamente e arrancando-o do ombro do cadáver<br />

ambulante.<br />

- Eu não sou um humano, criatura. Eu não sou como os vermes que você costuma<br />

lidar em Nifflheim... – o cadáver, desequilibrado e atordoado pela perda do<br />

membro, tentava como podia se afatar de Galgaris, mas ao ficar de costas para o<br />

mesmo, sentiu as garras da manopla perfurarem sua pele esticada das costas e<br />

se fecharem sobre as costelas.<br />

No instante seguinte, os braços de Galgaris puxaram em direções opostas,<br />

deslocando a arrancando as costelas agarradas. A única ação que teve tempo de<br />

fazer, um grito, foi interrompida pela agonizante sensação de ter a espinha<br />

quebrada por um segundo golpe após o decepamento das costelas. O corpo do<br />

traficante estava multilado e jogado ao chão a menos de um metro da cadeira<br />

onde estava sentado segundos atrás.<br />

- Gaaaahhh.... – a criatura gemia pela dor que sentia, mas para um morto-vivo, ele<br />

continuaria se mexendo durante algum tempo – vamos... conversar... negociar...<br />

Argh!<br />

- Não me tome por tolo, criatura. – Galgaris agarrou a parte superior do corpo da<br />

criatura e colocou sobre o balcão. Antes que ela pudesse gritar mais alguma coisa,<br />

Galgaris arrancou o segundo braço com alguns trancos, deixando-o<br />

impossibilitado de se locomover.<br />

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRGH!! Você merece estar aqui em Nifflheim tanto<br />

quanto nós, guerreiro... Você é cruel e vingativo... mas não se iluda se acha que<br />

vai me matar aqui... minha pena é viver pra sempre aqui, hehehe....<br />

- Eu não vou te matar, verme. Eu vou obter as informações que desejo, mas desta<br />

vez não será através de conversas.<br />

- Ha... Hahaha! Hahahahahaha! Acha que eu tenho medo de tortura?! Eu vivo<br />

aqui a séculos! Eu já suportei horrores que você nem consegue imaginar!!<br />

Hahahahaha! E quando eu me recompor, eu te caçarei até no Valhalla e fazer<br />

você sofrer em dobro!<br />

- Guarde suas palavras vazias. Eu estou no comando agora. – Galgaris removeu<br />

sua manopla esquerda e começou a proferir algumas palavras. Com a garra<br />

indicadora da manopla da mão direita, inscrevevia magicamente runas em sua<br />

testa através de gesticulação no ar.<br />

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- O que você está fazendo? Ei? Que brilho estranho é esse? O que você está<br />

desenhando?? Pare!! Pare!! – O cadáver mexia a cabeça frenéticamente, tentando<br />

impedir Galgaris de escrever, mas seus movimenos de escrita eram feitos no ar, e<br />

os símbolos se incrustavam na testa da criatura.<br />

- Eu não sei qual é seu maior medo, criatura, mas eles virão te visitar hoje. E<br />

acredite, será bem ruim. – Galgaris encheu sua mão com o líquido escuro que<br />

saía do corpo do cadáver e o derramou sobre as runas inscritas em suas testa. O<br />

cadáver desmaiou, e Galgaris começou a trabalhar em outros rituais.<br />

-------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

[uma hora depois]<br />

Galgaris corria por Nifflhein com toda a velocidade que sua força e seu corpo<br />

permitiam. Cada vez mais criaturas saltavam sobre ele e o atacavam, sendo<br />

golpeadas pela espada Abismo embainhada.<br />

Sua "fuga" foi a melhor resposta imediata ao que descobriu com o cadaver<br />

traficante. Enquanto ele era atormentado por ilusões que afetavam seu espírito e<br />

enfraqueciam sua vontade, Galgaris usou rituais para ver o passado da criatura (já<br />

que esta, como um tipo de morto-vivo, era imune a leituras de mente tradicionais)<br />

lendo sinais na massa cinzenta e apodrecida que deveria ter sido seu cérebro, e<br />

tentar obter alguma informação. Três coisas importantes surgiram, apesar de seus<br />

significados não serem claros:<br />

1) Um paladino caído possuia contato com uma valkiria. Esse paladino sumiu após<br />

os "estranhos" surgirem em Nifflheim. O Paladino não parecia importante, mas a<br />

informação dos "estranhos que surgiram em Niff" era muito promissora. Era uma<br />

pena que Galgaris só conseguisse ver os acontecimentos do passado, e não os<br />

pensamentos das pessoas, senão ficaria fácil de saber o que a criatura ou o<br />

paladino sabiam sobre os estranhos...<br />

2) Os estranhos entraram em confronto com o campeão de Hel, o Senhor dos<br />

Mortos. O cadaver e um andarilho que conversavam sobre o assunto não<br />

explicaram o que aconteceu, mas satirizaram o campeão por ter sido derrotado por<br />

eles. Isso passaria desapercebido se não tivessem mencionado o "bardo insano"<br />

que os ajudou a fugir. Isso reforçava a idéia dos estranhos serem os guerreiros<br />

rúnicos... ou, pelo menos, de terem contato com Claragar. Era comum os bardos<br />

apresentarem pouca sobriedade, mas as descrições indicavam fortemente o<br />

comportamento do Bardo Rúnico.<br />

3) Na história recente, o cadáver se encontrou novamente com o mesmo andarilho,<br />

e comentou sobre o invasor que Hel deseja encontrar. Ambos disseram ter<br />

recebido as ordens mentalmente: "não o ataquem"; "não dêem informações a ele";<br />

e "atraiam ele até o castelo". Eles também comentaram a descrição do invasor: era<br />

o próprio Galgaris.<br />

Tudo não passava de uma armadilha. Estava tudo muito fácil! E Galgaris cairia<br />

nela se não descobrisse este detalhe. Precisava se afastar o quanto pudesse do<br />

castelo, se esconder, torcer para que isto o livrasse da armadilha e repensar em<br />

um plano. Não podia sair de Nifflheim com tão pouca informação. Precisava mudar<br />

de aparência, talvez esperar em algum ponto escondido e... – os pensamentos<br />

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foram interrompidas por um assassino serial que surgiu do nada e o golpeou<br />

enquanto corria, derrubando-o. Galgaris saltou sobre o assassino e golpeou sua<br />

cabeça com a espada embainhada até a deixa-la desforme, pondo-se a correr<br />

novamente.<br />

Logo, o castelo estava fora de vista. Estava em uma região bastante deserta e não<br />

parecia haver espíritos por ali. Haviam muitas árvores secas, que forneciam<br />

alguma proteção visual contra curiosos. Hora de pensar em um novo plano.<br />

- Se Hel quer te encontrar, ela vai te encontrar. – Uma voz surgiu do nada à<br />

esquerda de Galgaris. Ele olhou para o lado e viu um enorme cavalo branco, e<br />

sobre ele, um cavaleiro de armadura pesada empunhando um lança. De onde ele<br />

surgiu? Os rituais de proteção de Galgaris só indicaram sua presença quando ele<br />

falou, o que quer dizer que ele não veio escondido: ele surgiu ali. A lança e o<br />

escudo do cavaleiro estavam baixos, o que indicava que ele não estava pronto<br />

para o combate. Galgaris se virou para ele, com a espada Abismo ainda em mãos.<br />

- Você obviamnete é diferente dos outros, cavaleiro, o que quer?<br />

- A mesma coisa que eles: seguir a vontade de Hel. E Hel quer você. Ela quer falar<br />

com você. Acho que deveria ouví-la, afinal, está na casa dela... a menos que<br />

queira enfrentá-la.<br />

- Foi ela quem disse pra você agir assim, ou você pensou nesta abordagem<br />

sozinho?<br />

- Ora, seu verme, como ousa... – O cavaleiro ameaçou erguer a lança, mas<br />

Galgaris prontamente se desculpou.<br />

- Perdoe-me, cavaleiro. Eu irei atender a vontade de Hel que você tão<br />

dplomaticamente pediu para que eu atendesse... por favor, leve-me até ela. Não<br />

irei mais evitá-la.<br />

O Cavaleiro acenou em uma direção e fez Galgaris andar um pouco a sua frente.<br />

Em seus pensamentos, Galgaris estava satisfeito em saber como funcionavam<br />

seus oponentes: O Cavaleiro não era brilhante, seguia ordens diretas e era<br />

extremamente impulsivo. E estava fora de questão fugir da deusa Hel em Nifflheim<br />

enquanto ela quisesse encontrar Galgaris. Ela sabia onde ele estava e podia levar<br />

seus guerreiros até ele quando quisesse. Fugir dentro de hifflheim seria inútil. Seu<br />

plano de agir oculto havia falhado completamente. Galgaris guardou a espada<br />

Abismo. Hora de jogar o jogo de Hel.<br />

------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

[algum tempo depois]<br />

- Isto é um exército? – Galgaris perguntava ao Senhor dos Mortos a respeito de um<br />

pequeno batalhão de soldados vestidos de maneira semelhante. Eles não<br />

pareciam os demônios acefalados que ele encontrou andando por Niff, pareciam<br />

guerreiros bem organizados. Um deles, vestindo uma armadura repleta de cravos<br />

e uma máscara de metal azulada – ou algo parecido – parecia dar ordens para o<br />

grupo se posicionar em duas linhas, formando um corredor na escadaria onde<br />

passavam, que levava a um platô, como um palanque muito grande. O lugar<br />

estava vazio até que Galgaris e o Senhor dos Mortos caminharam até seu centro.<br />

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- Eles são parte de um. Esses guerreiros são treinados pela eternidade como<br />

guerreiros mais organizados. Eventualmente se precisa de soldados mais capazes<br />

e com mais recursos do que um bando de demônios enlouquecidos.<br />

- Entendo. – Galgaris tentava manter uma conversa que trouxesse elementos que<br />

o possibilitasse prever o que estava acontecendo. Pra que Hel dependeria<br />

daqueles soldados para um encontro com ele? Ela o destruiria se quisesse... ou<br />

isso era o que ele pensava. Decidiu então obter informações mais relevantes: –<br />

Ouvi dizer que recentemente você enfrentou invasores e parece que não venceu.<br />

Quem foi que realizou tal feito? Você parece ser muito poderoso...<br />

- Grrrr.... – O Senhor dos Mortos fuzilou Galgaris com o olhar – Como você sabe<br />

disso?<br />

- As demais criaturas deste plano falaram disso comigo... Disseram que foi feio..<br />

- Não fui derrotado por eles!!! Eles tiveram ajuda da valkiria!!! Aquela maldita<br />

ruivinha e o...<br />

- Como você é tolo, meu campeão. Não percebes que a Fonte está provocando-o<br />

para que conte tudo que ele quer saber? Eu o avisei da astúcia deste ser, e você o<br />

subestimou...<br />

- Perdão, Deusa! – o Senhor dos Mortos rapidamente desceu do cavalo e se<br />

ajoelhou – Eu... eu não percebi e...<br />

- Eu sei. – Hel surgiu de lugar nenhum, próxima a Galgaris e o Senhor dos Mortos.<br />

A deusa usava um vestido vinho de cortes sensuais, deixando a mostra grandes<br />

partes de sua pele, brilhante e tenra de um lado, putrefata e corroída de outro. Ela<br />

caminhava suavemente, quase como se não tocasse o chão, e sorria de uma<br />

maniera enigmática que levava a pensar tanto em uma expressão de desejo<br />

satisfeito, quanto uma expressão sádica ou um flerte. Contra as espectativas de<br />

Hel, Galgaris também se ajoelhou.<br />

- Porque se ajoelha, Fonte?<br />

- Não sou seu servo, Hel, mas estou em seus domínios e devo-lhe respeito. Além<br />

disso, apenas um tolo ousaria desafiar um deus ou se colocar em pé de<br />

igualdade.<br />

- Um tolo... ou um louco...Interessante. Mas isso não importa. Você é muito<br />

diferente do que ouvi falar séculos atrás, e fico feliz de não ter que lidar com você<br />

do jeito mais árduo – para você, é claro. Vamos ao que interessa – continuou a<br />

deusa – O que o trás aqui, Fonte?<br />

- Porque me chama de Fonte? – questionou Galgaris.<br />

- Sou eu quem faz as perguntas aqui, Fonte. Se me responder adequadamente,<br />

saciarei algumas de suas dúvidas. Agora, responda! – Galgaris sentiu o peso da<br />

palvra da deusa. Era difícil tentar manipular alguém que tinha todas as cartas na<br />

mão. Infelizmente, agora ele era o peão do jogo de Hel, não haviam muitas<br />

escolhas.<br />

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- Estou aqui tentando descobrir o que ocorreu com os Guerreiros Rúnicos. Tudo<br />

indica que eles vieram para cá a pouco tempo atrás, e voltaram para Rune<br />

Midgard. Eu queria descobrir porque eles vieram, o que eles fizeram e porque eles<br />

saíram, e se isso tem alguma relação com o enfraquecimento dos selos que<br />

prendem o Morroc.<br />

- Direto, rápido, complexo. Acredito em você. E porque você quer saber disso? –<br />

Hel sorriu, como se já soubesse a resposta.<br />

- É importante para mim. E eles provavelmente não contarão.<br />

- Boa tentativa, mas longe do suficiente. Por que você quer saber isso?<br />

- Já disse, deusa... É importante para mim. Não estou mentindo.<br />

Um silêncio se seguiu a resposta. A deusa olhou para o morto-vivo e caminhou até<br />

ficar do seu lado, esticando a mão para cima e agarrando o vazio, um pouco mais<br />

de um metro acima da cabeça de Galgaris.<br />

- Eu sei quem você é, Fonte: Ghull-Garuth, Galgaris, Sshsayath ou qualquer outro<br />

nome que já lhe deram ou que você assumiu ao longo dos milênios. - Hel apertava<br />

o ar que "agarrou" e arremessou-o para trás, fazendo com que Galgaris fosse<br />

arremessado junto. – Eu sei que você não é um morto-vivo e sei que se você<br />

estivesse na ofensiva, boa parte destes guerreiros que estão aqui seriam<br />

aniquilados. Sei também que seus poderes são limitados por essa "marionete" que<br />

você usa e sei que você não é aliado dos rúnicos. Você costumava sobrepuljar<br />

seus inimigos pelo poder, mas como este poder é limitado agora, você está se<br />

utilizando de seu conhecimento – que nunca foi pouco – para tentar vencê-los. E<br />

pelo visto, não está conseguindo.<br />

Galgaris tentava se recompor. O empurrão da deusa tinha uma força muita<br />

superior à sua... bem, ela era uma deusa. Nada mais óbvio. Mas o pior era saber<br />

que ela tinha conhecimentos que Galgaris esperava que ninguém vivo tivesse...<br />

exceto Seth.<br />

- Deve estar se perguntando como sei de tudo isso, não é? ... Ah, vai se manter<br />

em silêncio? Muito esperto... evitando expor seu raciocínio ao seu oponente. – Hel<br />

retornou até onde estava, e se oltou para os soldados que ainda estavam na<br />

escadaria – Capitão Andoan, venha até aqui! – O guerreiro com a armadura de<br />

cravos se aproximou de Hel, ajoelhando-se perante ela. – Andoan, reconhece este<br />

ser? – O Guerreiro, ainda ajoelhado, olhou para Galgaris.<br />

- Sua aparência me é desconhecida, milady, mas reconheço seu poder. Ele é<br />

Ghull-Garuth, deusa. – respondeu o guerreiro. Ao falar essas palavras, Galgaris<br />

fitou o guerriero com se olhasse sua alma, e percebeu algo muito familiar... algo<br />

seu: poder rúnico.<br />

- Andoan... Ansuz!! O que você faz em Nifflheim? – questionou Galgaris<br />

furiosamente. Onde você estava quando Sowulo e os Rúnicos nos atacaram? Você<br />

é um traidor como Seth...<br />

- Mestre Ghull-Garuth, eu... cheguei atrasado na caverna... Era tarde demais. Eu<br />

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precisei fugir e depois de muitas batalhas, acabei aqui em Nifflheim... de corpo e<br />

alma. A deusa Hel me deu uma chance de viver para sempre e auxiliá-la, a troco<br />

dos conhecimentos que eu tinha, e aqui estou eu. Eu senti quando você<br />

despertou... Hel ficou sabendo e descobriu que você é a fonte de poder da runa<br />

que estava em posse dela, e ...<br />

- Chega! – interrompeu Hel. – Galgaris, serei direta: quero que você me sirva. Não<br />

me importo nem um pouco com sua cruzada contra os Guerreiros Rúncios. Se<br />

quer destruí-los, vá em frente. Mas quero que sirva aos meus propósitos também<br />

enquanto estiver no mundo dos vivos. Será uma de minhas mãos lá!<br />

- Seus interesses não me parecem mais importantes que os meus, Hel. O que<br />

ocorre se eu me negar? Você me destrói?<br />

- Não. Eu conto o que sei para os Guerreiros Rúnicos. Simples assim.<br />

- Se você fizer isso, estará interferindo diretamente no mundo dos vivos. Eu sei<br />

que você não pode agir assim.<br />

- Eu tenho outros servos lá. Eles farão isso por mim. – Hel sorriu vitoriosamente,<br />

enquanto Galgaris finalmente se punha de pé.<br />

- Não pareço ter muita escolha. – respondeu Galgaris.<br />

- Eu sei.<br />

- Certo... e o que terei que fazer, caso aceite?<br />

- Seguir algumas ordens e me ajudar com alguns planos. Não te direi nada além<br />

disso.<br />

- Se isso não interferir em meus planos, eu "aceito".<br />

- Você tem que aceitar, eu não te dei outra escolha. Mas suas condições me<br />

parecem justas, então as acatarei. Prefiro que você colabore do que ter que te<br />

obrigar. Mas antes de te liberar, um teste da sua obediência a mim! – Hel meditou<br />

um pouco – Agora sim. Galgaris, mate Andoan. Agora!<br />

- Porque eu mataria seu capit...<br />

- Mate-o agora! Andoan, mate Ghull-Garuth. Isso é uma ordem. Isto é seu prêmio<br />

por tudo o que você fez.<br />

Andoan sem hesitar sacou seu machado e saltou sobre Galgaris. Mais do que é<br />

humanamente possível, seus movimentos eram potencializados pelos poderes de<br />

Nifflheim. Rápido, veloz, hábil. Galgaris conseguiu evitar o golpe, mas percebeu<br />

que não era um combate casual, andoan era um oponente formidável. Ele seguia<br />

as ordens de Hel, então não haveria como castiga-lo e convertê-lo, como fez com<br />

Seth. O combate deveria terminar com morte. Galgaris tentou ativar seus feitiços<br />

para combate, mas sentiu-se estranhamente mais fraco.<br />

- Eu não vou permitir que use seus rituais Galgaris. – disse Hel, observando os<br />

dois. Eu quero um combate, não um show pirotécnico de feitiçaria.<br />

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Galgaris amaldiçoou mentalmente Hel pela interferência. O enfraquecimento e a<br />

distração o tornaram lento demais para escapar do segundo golpe de Andoan. O<br />

machado o antingiu no ombro, rasgando a armadura, explodindo em sequência<br />

em uma bola de fogo que abriu ainda mais a lataria da armadura. O machado<br />

ainda possuia algumas habilidades mágicas para aniquilar quem fosse atingido!<br />

Os rituais de defesa de Galgaris pareciam ter sido anulados por Hel juntamente<br />

com os que ele tentou ativar anteriormente, o que limitava suas opções a suas<br />

melhores habilidades naturais para o momento: poder físico, puro e simples.<br />

Andoan investiu novamente contra Galgaris, que, um pouco mais lento pela falta<br />

de rituais, desviou o ataque usando o braço esquerdo como escudo. O dano<br />

causou uma nova explosão flamejante, mas Galgaris, imune a dor causada,<br />

aproveitou a aproximação e golpeou Andoan na altura do rim com um soco,<br />

tirando-o do chão com a força do golpe e arremessando-o longe.<br />

Andoan rolou no chão, se levantando tão rapidamente quanto a dor permitiu. Sua<br />

armadura nem sequer amassou, mas a onda de choque afetou seu corpo.<br />

Galgaris tentava remover o pedaço da braçadeira esquerda destruído pelo golpe<br />

de machado, percebendo que seu braço esquerdo estava com o movimento<br />

prejudicado devido ao ferimento e sua mão direita estava com os ossos fora do<br />

lugar por ter socado um dos cravos da armadura de Andoan. A falta de rituais<br />

tornava o corpo muito frágil para sua própria força...<br />

- Como se sente, Galgaris? – disse Hel – Sem armas, sem seus feitiçoes e sem<br />

seus truques... Espere! Essa é sua estratégia de combate, não é? Se supere!<br />

Vamos! – Hel continuou sorrindo, se divertindo com a luta.<br />

Galgaris percebeu que tudo aquilo não passada de diversão para Hel... claro...<br />

Não era um teste, mas se não lutasse, morreria.<br />

"Como vencer Andoan?" – pensava Galgaris – "Estou sem armas ou rituais, ele<br />

está mais rápido e com equipamentos que não me permitem atacar ou defender<br />

sem me ferir. Não há nada que sirva como um projétil decente... minha armadura é<br />

uma armadura comum, roubada de um cavaleiro morto. Andoan.. .... Ansuz...<br />

rúnico..."<br />

- Você morreu, Andoan. Espero que tenha se divertido. – Galgaris movimentou sua<br />

mão direita até os ossos voltarem ao lugar, colocando sua mão no peito e<br />

conjurando a espada Abismo. Hel interrompeu um movimento que ia fazer com a<br />

mão, e sorriu. As correntes espirituais que envolviam a espada desapareceram, e<br />

Galgaris desembainhou a enorme lâmina negra com as runas Algiz, Laguz e<br />

Wunjo brilhando em vermelho. Chamas azuladas surgiram na espada, e Andoan<br />

deu um passo para trás. O servo de Hel hesitou por um instante frente à arma<br />

desconhecida, mas respirou fundo e avançou novamente.<br />

O duelo entre os dois causou uma sequência de explosões provocadas pelo<br />

machado de Andoan. Galgaris, obtendo os benefícios das runas encrustadas na<br />

espada, rapidamente dominou o duelo, culminando em uma sequência de ataques<br />

que destruiu o machado de Andoan, seguida de uma estocada que atravessou<br />

seu corpo. Galgaris girou a espada com o corpo no ar, arremessando-o a vários<br />

metros, quase caindo do platô onde se encontravam. Hel bateu plamas e sorriu.<br />

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- Mestre... Ghull... – Andoan tentava chamar a atenção de Galgaris, esticando a<br />

mão. Galgaris se aproximou, indiferente às súplicas, e colocu a mão sobre o peito<br />

de Andoan.<br />

- Isso é meu. – Galgaris retomou os resquícios de poder rúnico que haviam no<br />

corpo de Andoan, desconjurando a espada Abismo em sequência.<br />

- Mestre... obrigado por.... me salvar... Me perdoe... mas são ordens de Hel –<br />

Andoan subtamente agarrou a mão de Galgaris que recolhia o poder rúnico e a<br />

armadura de cravos saltou para seu corpo, se contorcendo, removendo a<br />

armadura danificada que o morto-vivo usava e tomando seu lugar.<br />

Galgaris não teve como evitar. Logo, a armadura havia se instalado independente<br />

de sua vontade em seu corpo, e não parecia haver um meio simples de tirá-la.<br />

- Hahahahahaha... – gargalhou Hel, muito satisfeita – Parabéns, Andoan! A vida<br />

eterna foi bem pior do que você achava, não? Mas agora você pode morrer em<br />

paz. Quanto a você, Galgaris, considere isto meu presente: uma armadura feita<br />

em Nifflheim. Ela também vai me servir de salvaguarda caso você não queira<br />

cumprir sua missão... Agora, venha até aqui! – Galgaris começou a se mover<br />

contra sua vontade em direção a Hel. Ele tentou evitar, mas a armadura o levou à<br />

força.<br />

- O que você... fez?<br />

- A armadura está presa em sua alma, meu caro. Ela obedece às minhas<br />

vontades, para garantir que você não faça algo que eu não gostaria. Não se<br />

preocupe, você está bem protegido aí dentro. Não gosto de perder servos<br />

importantes. – o Senhor dos Mortos o equipou com a máscara de Andoan e fivelou<br />

uma espada em sua cintura.<br />

- E quanto a Andoan? Ele não era importante? Porque o matou?<br />

- Era sua hora. Ele cumpriu a pena dele, e agora morreu em batalha. Glorioso!<br />

Quem sabe não foi para o Valhalla? Em breve saberemos.<br />

- Como poderei continuar meu plano usando essa armadura? Ela é obviamnete<br />

uma ameaça. Você não está cumprindo com o que acordamos! – Galgaris tentava<br />

pensar rapidamente em um meio de sair da situação.<br />

- Ah, detalhes... bem lembrado... – Hel sorriu e logo a armadura assumiu um<br />

formato mais tradicional, sem os cravos e a aparência ameaçadora – Esse formato<br />

está sendo muito usado por cavaleiros de alta graduação em Rune Midgard. Deve<br />

ser o suficiente para disfarçá-lo. Bom, problema resolvido, então isso não importa<br />

mais. Ajoelhe-se! – Hel segurava um medalhão fino e prateado e ensaiava<br />

coloca-lo em Galgaris.<br />

- O que é isso? – perguntou o morto-vivo, tentando não se ajoelhar e falhando<br />

miseravelmente.<br />

- Algo como sua armadura, mas servirá para sua mente... só para que você não<br />

estrague tudo, entendeu?<br />

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- Espere! Antes você não vai me contar sobre os Rúnicos? Você disse que<br />

responderia minhas dúvidas. O que eles estavam fazendo aqui?<br />

- Está bem, seu tolo. Eles caíram aqui por acidente, e o tempo que passaram aqui<br />

foi unicamente para tentar sair, e só conseguiram por conta do maldito bardo. Ah,<br />

também tiveram ajuda do Paladino, que deve ser um problema pra você daqui pra<br />

frente, mas deixarei que descubra sozinho. Agora, deixe-me colocar o colar...<br />

Galgaris tentou violentamente se levantar, mas só conseguiu perder o equilíbrio e<br />

cair. Isso impediu Hel de colocar o amuleto nele de imediato, dando-lhe tempo<br />

para pronunciar o mais baixo que pode um ritual. O ritual, aquele que não podia<br />

falar de jeito nenhum. Galgaris desapareceu subtamente, deixando apenas uma<br />

névoa fina onde estava. Hel ficou séria e se concentrou um pouco. Percebendo<br />

que seu "servo" havia saído de alguma forma de Nifflheim, ficou estranhamente<br />

séria e caminhou de volta ao palácio.<br />

-------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

[um minuto atrás, em uma caverna proxima a Glast Helm]<br />

Seth já se sentia perfeitamente recuperado da desidratação no deserto de Sograt.<br />

Conforme combinado, ele aguardava o retorno de Galgaris há dias, e nada. O<br />

maldito amuleto que o morto-vivo deixou estava em seu pescoço, conforme havia<br />

sido orientado, mas nem uma mensagem, nem um sonho que orientasse o<br />

próximo passo foi orientado. Mas pra que diabos servia aquele amuleto?<br />

No mesmo instante, Seth percebeu que o amuleto emitiu um brilho pálido. As<br />

runas, acinzentadas devido ao entalhe na pedra e com pouco sangue, começaram<br />

a ficar mais vermelhas, e Seth subtamente sentiu sua pressão baixar, ao memso<br />

tempo que o amuleto grudou em sua mão e drenava enormes quantidade de<br />

sangue de seu corpo. O efeito foi tão rápido que o Elfo mal teve tenpo de tentar<br />

remover o amuleto. Quando percebeu, estava no chão úmido da caverna, ouvindo<br />

passos se aproximarem.<br />

- Parabéns Seth. Você cumpriu sua missão. Eu o recompensarei por isso quando<br />

for a hora. – Galgaris o tirou do chão, levando-o até a mesa e deitando-o lá -Assim<br />

que se recuperar novamente iremos tomar algumas providências. Eu chamarei<br />

Passadina. Fique vivo até eu voltar...<br />

Seth odiou de todas as formas Galgaris, mas desmaiou bem antes de aliviar sua<br />

raiva.<br />

[/off]<br />

Posted <strong>by</strong>: Claragar Jun 13 2009, 04:38 PM<br />

Galgaris estava sentado em um dos cantos da caverna que habitava.<br />

Diferentemente das outras vezes, que parava para meditar, onde seu corpo jazia<br />

inerte, desta vez ele usava algumas velas, trazidas por Passadina Jones poucos<br />

dias após sua chegada de Nifflheim. As velas, grossas como uma tora, sofreram<br />

inscrições rúnicas do feiticeiro, servindo como instrumento para algum ritual que já<br />

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era conduzido a dias.... e Galgaris, de olhos fechados, não se movia pelo mesmo<br />

tempo.<br />

Após ter se recuperado do ritual que bebeu seu sangue, o Elfo Seth já havia saído<br />

da caverna várias vezes para fazer sabe-se lá o que, mas quando voltava, o Mestre<br />

mantinha-se na mesma posição. Passadina Jones eventualmente saía para ir até a<br />

cidade e trazia informações sobre Rune Midgard e os reinos – ou repúblicas -<br />

vizinhas, anotando tudo em papiros, amarrados como um livro, sob a luz laranja<br />

do lampião. “É para o mestre”, dizia o jovem de movimentos lentos.<br />

“Puxa-saco” – era o que Seth pensava sobre Passadina – Um humano estranho<br />

lento, mas com alguma habilidade que Galgaris se recusava a contar para Seth,<br />

apenas dizendo que o homem era importante...<br />

- Você não tem desejo de matá-lo? – disse o elfo ao humano estudioso.<br />

- Quem, sr. Seth? – Passadina mudou sua posição na cadeira, ficando mais de<br />

frente para seu interlocutor.<br />

- Ele - Seth apontou para o morto-vivo envolto na fumaça das velas.<br />

- Você realmente acha que isso é possível? – Passadina sorriu, concluindo que era<br />

a idéia mais absurda do mundo.<br />

- Ele não é imortal, Passadina... e tem muitas falhas! O plano dele não anda,<br />

estamos sempre aguardando, recolhendo informações e informações e<br />

informações... Nunca agimos! Ele quer o que? Já sabemos onde os rúnicos<br />

costumam ficar, sabemos de pessoas com quem eles conversam e locais onde<br />

compram leite, o que ele quer? Saber a cor preferida deles?<br />

- Isso pode ser útil em algumas situações, sr. Se...<br />

- Que!? –interrompeu Seth - Humano, você é tão lunático quanto ele... Imagine<br />

só... Eu posso ensinar você a usar runas como ele está fazendo, e não exijo nada<br />

em troca! Só me ajude a mata-lo!<br />

- E seu plano vai muito longe, contando tudo com ele na sala? – Questionou<br />

Passadina, olhando com desdém.<br />

- Ele não está nos ouvindo. É um ritual de adivinhação que eu também sei fazer.<br />

Ele está com todos os sentidos dele longe daqui. –Seth se aproximou rapidamento<br />

do Morto-Vivo estático, ficando em sua frente - Posso garantir, pois eu já usei esse<br />

ritual! Ele está aqui, indefeso, inerte! É só destruir!<br />

- Você já teve essa chance antes, Seth... porque não o fez?<br />

- .... Ele estava acordado... e isso faz toda a diferença.... – justificou-se Seth,<br />

falando mais baixo.<br />

- Devo afirmar que o senhor está mentindo. Eu o vi esculpindo rituais no corpo<br />

dele quando ele estava desacordado... supostamente rituais de proteção. Porque<br />

não o exterminou?<br />

- ... - Seth manteve silêncio por quase um minuto, olhando Galgaris.<br />

- Você tem medo dele, não, é? – disse Passadina, quebrando o silêncio – Você<br />

tem medo porque não conhece Galgaris o suficiente. Você não sabe onde ele está<br />

agora, você não sabe porque ele existe, você não sabe ... “onde ele compra o<br />

leite”, não é? Você gostaria de ser como ele... igual a ele...– Passadina ensaiou<br />

emendar outro pensamento, mas Seth partiu para a ação, agarrando a espada de<br />

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duas mãos do cavaleiro e atacando Galgaris.<br />

- SEU MORTO-VIVO DE M*****!!! EU TE ODEIO!!! – A caminho da cabeça de<br />

galgaris, a espada atingiu uma redoma invisível de energia, que respondeu ao<br />

ataque com um violento raio de energia. Seth foi arremessado para trás, e a<br />

eletricidade do disparo manteve-se em seu corpo por alguns instantes, fazendo<br />

seu corpo contrair-se.<br />

Uma leve fumaça saia do corpo caído de Seth, que, ainda deitado, tentava<br />

recuperar o fôlego. O amuleto que trazia junto ao corpo para proteger de mágicas<br />

de projétil se desfez em fragmentos, absorvendo a maior parte do dano.<br />

Passadina levantou-se surpreendido pela defesa da esfera, e percebeu que o<br />

Mestre abria os olhos.<br />

- Eu sei de seus planos, Seth. Deixe-os para depois que completar seus serviços.<br />

– Galgaris, ainda sentado, gesticulou e pronunciou algumas palavras,<br />

levantando-se em seguida. – Infelizmente, Morroc despertou. É um demônio de<br />

poder enorme e que pode atrapalhar nossos planos. Evitem o local que era a<br />

cidade de Morroc, o local virou um cemitério.<br />

- M-m-mestre, eu... – Passadina não sabia como se comportar, já que Galgaris<br />

disse saber do plano de Seth... será que seria punido por cogitar ferir o Mestre?<br />

- Cale-se. Quero você em Prontera para saber o máximo sobre as atitudes do<br />

Reinado em relação a contenção do Morroc e se a criatura está saindo da região.<br />

Caso ela venha para o norte, nós teremos problemas. Seth, percebi estranhas<br />

movimentações de energia rúnica, incluindo energia minha... Você sabe de algo?<br />

- ... – Seth não se moveu, preferindo ficar deitado, “curtindo” sua dor, e sem olhar<br />

para Galgaris – Não, Mestre...<br />

- Descubra sobre isso então. Os rúnicos estão se movendo demais e preciso saber<br />

o por quê.<br />

- Argh... e você... “mestre”.. o que vai fazer? – disse Seth, se levantando<br />

vagarosamente.<br />

- Finalmente um de meus alvos está bem fraco. E irei atrás de algumas<br />

informações pessoalmente. Isso é tudo que você precisa saber. – Galgaris<br />

sentou-se onde Passadina estava, pegando peças de madeira e ferramentas ,<br />

dando início a confecção de novos amuletos.<br />

[off]<br />

Gancho pra ON<br />

Achei melhor postar aqui do que no RP da busca, pois a ligação não é direta.<br />

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