O debate sobre a possível existência de câmaras secretas ressurge no túmulo lendário de Tutancâmon. A prestigiada revista Nature avançou os resultados de uma investigação recente que sugere a existência de espaços desconhecidos a leste da sepultura do faraó. Se confirmado, os amantes da cultura egípcia terão um novo motivo para viajar para o Egito.
O debate é reaberto
Em 2018, parecia que o debate sobre a existência de câmeras escondidas na tumba de Tutancâmon havia sido encerrado definitivamente, com a conclusão final de que a tumba egípcia mais famosa não guardava novos segredos.
Nicholas Reeves sempre defendeu a existência de uma enorme tumba atrás da câmara funerária do faraó.
No entanto, novas pesquisas realizadas com os mais modernos equipamentos de radar revelam a possibilidade de o túmulo ter salas desconhecidas até o momento. Um novo relatório, acessado pela revista Nature, revive a teoria do egiptólogo Nicholas Reeves, que sempre defendeu a existência de uma enorme tumba atrás da câmara funerária do faraó, que poderia ser a da rainha Nefertiti, esposa de Akenaton, pai de Tutancâmon.
Uma nova investigação
A investigação recente foi liderada por Mandouth Eldamaty, ministro de Antiguidades do Egito, e seus resultados foram apresentados ao Conselho Superior de Antiguidades do Egito.
Eles mostram a existência de uma espécie de corredor a leste da câmara funerária, a poucos metros dela.
Entusiasmo e prudência
Os egiptólogos mais renomados do mundo ficaram entusiasmados e prudentes diante dessa nova descoberta, que, se confirmada, poderia ser um dos maiores marcos da história da arqueologia.
As palavras de Howard Carter ao descobrir o túmulo de Tutancâmon em 1922 foram: “Estou vendo coisas … coisas maravilhosas”. Existem poucos cientistas e amantes da história em geral que desejam que algo assim possa ser repetido. Viagens ao Egito disparariam, sem dúvida, para essa descoberta.
A reação de Nicholas Reeves
O egiptólogo britânico, defensor da teoria que defende a existência de câmeras escondidas na tumba de Tutancâmon, ficou perplexo com as últimas descobertas; não porque sua existência o surpreenda, mas porque elas aparecem em um local que ele nunca imaginou.
Reeves suspeitava que a tumba tivesse sua continuação pela parede norte e pela parede oeste da tumba, enquanto agora os sinais levam ao lado leste, com um corredor com cerca de dez metros de comprimento e dois altos que correm paralelos ao corredor de entrada.
Esperando as autoridades egípcias dar um veredicto sobre a nova descoberta, resta apenas ser paciente. Afinal, faz 3.000 anos desde que o faraó foi enterrado. Podemos esperar mais alguns meses, até que tudo esteja claro, para viajar novamente no Egito em busca de novos tesouros.