Bin Laden ameaça União Europeia por causa das caricaturas de Maomé

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Bin Laden disse que as caricaturas fazem parte de uma cruzada na qual esteve envolvido o Papa Bento VXI Reuters/Stringer

Numa nova gravação audio colocada na Internet, o líder da rede terrorista al-Qaeda diz que os "homens sábios" da União Europeia "foram longe de mais" na sua "não-crença" e libertaram-se "das etiquetas da disputa e dos conflitos, chegando ao cúmulo de publicarem esses desenhos insultuosos". "Isso foi um grande erro e um muito perigoso", ameaça.

Bin Laden indica igualmente na gravação - que demora cinco minutos e 13 segundos - que as caricaturas fazem parte de uma "cruzada" na qual esteve envolvido o Papa Bento XVI.

O líder da al-Qaeda afirmou ainda que a Europa está a atacar deliberadamente as mulheres e crianças muçulmanas em nome do seu "injusto aliado" da Casa Branca.

"A resposta será o que verão, e não o que ouvirão, e deixem que as nossas mães nos chorem se nós não tornarmos vitoriosas as nossas mensagens de Deus", disse, sem concretizar as ameaças.

Esta mensagem coincide com o quinto aniversário da invasão do Iraque.

Ainda não foi confirmada a autenticidade da gravação.

As caricaturas de Maomé - cujo turbante era uma bomba - foram publicadas primeiramente no jornal dinamarquês "Jyllands-Posten", em Setembro de 2005, mas a polémica só estalou depois de terem sido publicadas uma segunda vez, já em 2006.

Pelo menos 50 pessoas morreram nos protestos contra a publicação das caricaturas, que muitos muçulmanos consideraram ser uma afronta para o Islão.

Por seu lado, a imprensa europeia que pegou na caricatura e a voltou a publicar, argumenta que está a usufruir da sua liberdade de expressão.

Bin Laden foi acusado da autoria dos ataques de 11 de Setembro de 2001 e é procurado em todo o mundo desde essa altura. Pensa-se que poderá estar escondido em áreas remotas do Paquistão e do Afeganistão.

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