Mostra resgata trajetória de Fernando Lemos

Marcando a nova fase da Galeria Olido, agora inteiramente voltada para a fotografia, está em cartaz até 13 de abril a exposição Preto e branco, uma coletânea dos mais importantes trabalhos do artista português, naturalizado brasileiro, Fernando Lemos

Ocupando dois andares, os trabalhos estão agrupados sob dois critérios: na sobreloja estão expostos documentos do Idart (antigo Departamento de Informação e Documentação Artísticas da Secretaria Municipal de Cultura) – do qual Lemos foi criador –, capas de livros e documentação fotográfica. Entre esse material há registros da preparação da exposição do IV Centenário de São Paulo, realizada na OCA, Parque Ibirapuera, em 1954, e de um painel criado pelo artista e exposto nessa mesma ocasião.

No primeiro andar, com o título de Intimidade do Chiado, fotografias produzidas entre 1949 e 1952 mostram o bairro boêmio lisboeta e seus personagens. A seqüência de imagens dá uma visão da arte surrealista do fotógrafo.

Completam a exposição desenhos e poemas, além da exibição diária, às 13h e às 17h, do filme Fernando Lemos atrás da imagem, dirigido por Guilherme Coelho.

O artista teve sua produção fotográfica restrita praticamente a Portugal, onde, ligado ao surrealismo, fez oposição à ditadura de Salazar, produzindo uma série de imagens consideradas referência na história desse movimento. Radicado no Brasil no início da década de 1950, iniciou sua participação tanto nas artes plásticas quanto na carreira de gestor público. Ao longo dos anos, passou pelos cargos de diretor do Centro Cultural São Paulo e organizador da V Bienal de Arte de São Paulo.

Serviço: Galeria Olido. Centro. Até dia 13/4. 3ª a 6ª, das 9h às 21h30. Sáb. e dom., das 12h30 às 20h. Grátis