Animais Silvestres

Animais da África: conheça o chamado “Big Five”

Publicado em 01 de agosto de 2022

Tempo de leitura: 6min

A África é um continente imenso, com mais de 30 milhões de quilômetros quadrados de extensão. Por isso, ao falar em animais da África, é preciso ter em mente que as espécies estão em regiões específicas, de acordo com o clima e a vegetação. 

leopardo-africano andando em direção à câmera.

Isso muda muito de uma região para outra. Afinal, na África, é possível encontrar desde desertos, como o famoso Saara, até florestas tropicais altamente úmidas, como a do Congo, passando por savanas e regiões de vegetação mediterrânea. 

Quanto à fauna, são milhares de espécies. Além dos famosos mamíferos e das aves, o continente possui uma enorme diversidade de anfíbios, répteis, insetos e peixes. 

Para ter uma ideia, só no Lago Malawi, entre Tanzânia, Malawi e Moçambique, são mais de 200 espécies de peixes, sendo 80% delas endêmicas, ou seja, encontradas somente no local. A seguir, apresentamos os “cinco grandes” animais da África que, apesar de serem da região da savana, tornaram-se símbolos da fauna do continente.

“Big five”: da caça à atração turística

Quando o assunto são animais da África, muitos se lembram do “Big Five” ou “Cinco Grandes”, em português. Referente aos mamíferos leão, leopardo, búfalo-africano, rinoceronte-negro e elefante-africano, o termo foi cunhado originalmente como uma espécie de desafio de caça. Isso porque, por serem animais bastante perigosos, eram vistos como troféus, e os caçadores gabavam-se por tê-los abatido. 

Com a conscientização tardia a respeito da necessidade de preservar esses animais que vivem na África e evitar a extinção, o termo ganhou uma nova conotação, constituindo um novo desafio: avistar esses cinco mamíferos imponentes durante um safári. Isso porque, devido ao longo período de caça, as populações ficaram cada vez mais difíceis de serem observadas.

É importante destacar que, embora sejam tidos como animais-símbolos da África, eles são típicos das savanas africanas, na região subsaariana do continente. São observados em parques nacionais na África do Sul, na Tanzânia, na Namíbia, no Quênia e em outros países da África Central, África Ocidental e África Meridional. 

Elefante-africano (Loxodonta africana)

O elefante-africano é o maior e mais pesado animal terrestre do mundo. Um macho adulto pode pesar até 7 toneladas e alcançar altura média de quase 4 metros. Ele é herbívoro, com expectativa média de vida de 70 anos.

Um fato curioso a respeito desse elefante é que ele se organiza em grupos liderados por fêmeas. Com uma gestação mais longa entre os mamíferos (2 anos), os elefantes exercem cuidado parental, amamentando o filhote até 4 meses de vida. Os filhotes permanecem na manada até os 12 anos.

Considerada uma espécie em situação de vulnerabilidade, em perigo de extinção, a população foi reduzida pela caça ilegal, em busca de marfim, e pela perda do habitat, pelo crescimento urbano ou pela agricultura. 

Rinoceronte-negro (Diceros bicornis)

É a espécie mais ameaçada entre o “Big Five”, sendo que algumas subespécies já foram consideradas extintas. Pesando cerca de 1,5 tonelada, também está na lista dos maiores e mais pesados animais do mundo, pódio que divide com os elefantes e com os hipopótamos. 

Atualmente, está concentrado principalmente na África do Sul. Ao contrário do elefante, que vive em manadas, o rinoceronte é mais solitário, com laços mais fortes apenas entre mãe e filhotes.

rinocerontes-negros em lamaçal com árvores e girafas ao fundo.

Ele tem comportamento agressivo, de modo que briga bastante entre si e costuma avançar em caso de ameaças. Por não ter uma visão muito boa, é comum avançar até contra árvores, pedras e cupinzeiros.

Embora não tenha predadores naturais, o rinoceronte-negro está criticamente ameaçado de extinção, principalmente devido à caça ilegal, em busca do chifre, considerado um sinal de status em algumas culturas. 

Leopardo-africano (Panthera pardus pardus)

Nativo da África-Subsaariana, mas distribuído por quase todo o continente com exceção das áreas mais extremamente desertificadas, o leopardo-africano é conhecido pelas manchinhas pretas na pelagem dourada. Como outras espécies de felinos, possui hábitos crepusculares e noturnos, períodos em que sai para caçar.

Carnívoro, estima-se que se alimente de pouco mais de 90 espécies, entre roedores, aves, lagomorfos, antílopes, gnus, javalis e outros. Além da rapidez, outra vantagem evolutiva da espécie é a versatilidade, já que o leopardo consegue correr, nadar e até subir em árvores.

Bastante presente em lendas de diversos países africanos, a famosa pantera-negra é resultado do melanismo, condição oposta ao albinismo, extremamente rara. Para ter uma ideia, há registros fotográficos de apenas dois avistamentos: um em 1909 e outro em 2017. É considerada uma espécie vulnerável à extinção. 

Búfalo-africano (Syncerus caffer)

A subespécie mais famosa, o búfalo-do-Cabo, é encontrada no Sudeste e no Leste da África-Subsaariana. Bastante robusto, o búfalo-africano do Cabo pode pesar mais de 800 kg. Além da pelagem escura e do corpo forte, a característica mais marcante desse bovídeo são os chifres curvados. 

Diferentemente de outros bovídeos, inclusive de outros búfalos, esse animal nunca foi domesticado, o que se deve ao comportamento bastante agressivo. Ele é gregário, vive em manadas. 

Apesar de ainda não ser considerada uma espécie ameaçada de extinção, a população sofre declínio devido à caça pela carne como troféu, expansão das áreas agrícolas com perda de habitat e epidemias.

Leão-africano (Panthera leo)

É a segunda maior espécie de felinos, perdendo apenas para os tigres. Sem dúvidas, a característica mais marcante é a juba dos leões machos, além dos rugidos que podem ser ouvidos até oito quilômetros de distância. Embora já tenha ocupado quase todo o continente africano, atualmente, está concentrado na África-Subsaariana.

De todos os felinos, é o único que vive em bandos, unidades familiares com, no máximo, quatro 4 e até 40 animais. Na organização, as fêmeas saem para caçar, enquanto os machos defendem o território. 

Mesmo com toda a fama, é considerada uma espécie vulnerável à extinção, com tendência populacional de queda. Segundo relatório da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), estima-se haver menos de 25 mil leões nas savanas africanas atualmente, número que corresponde a cerca de metade da quantidade de indivíduos há 25 anos.

Entre as principais ameaças à espécie, estão a caça “preventiva” feita por fazendeiros, para evitar a perda dos rebanhos, e a intensa disputa por alimentos, que se torna ainda mais acirrada com a destruição de habitat.

O Big Five, cinco grandes animais da África, tornaram-se grandes preocupações para os conservadores da vida selvagem nos últimos anos. Apesar de terem a caça proibida, a caça ilegal ainda causa grande impacto nas populações.

leão=africano em savana olhando para o horizonte.Se você gostou de conhecer essa variedade de animais da África e quer descobrir mais sobre as espécies silvestres, continue no blog da Petz. Aqui, você encontra uma variedade de conteúdos sobre o mundo animal, desde curiosidades até dicas de bem-estar.

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