Televisão

Com 'Verão 90', Marcos Veras engata terceira novela seguida na Globo

Com carreira sólida no humor, ator está no elenco do atual folhetim das sete na pele do personagem Álamo

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de março de 2019 | 19:19
 
 
 
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Há atores que, quando constroem uma carreira sólida no humor, têm dificuldades para alcançar um espaço nas novelas. Esse, no entanto, não é o caso de Marcos Veras. Em “Verão 90”, atual trama das sete da Globo, o ator vive Álamo, dono da grife de camisetas Top Wave. Casado com Madá (Fabiana Karla), o empreendedor começará a ter uma relação difícil com a mulher após o sucesso dela como a vidente Freda Mercúrio, na emissora PopTV. É que ele se tornará mais ambicioso e colocará o casamento em risco.

“Álamo é de uma família rica que perdeu tudo. Então, passou a ter uma vida simples. A confecção vira um império da moda e aí, como todo ser humano com poder e dinheiro, ele pode se transformar. O casal começa a ter uma relação mais difícil, porque ela quer continuar na vida simples e ele quer crescer cada vez mais”, conta o ator.

Nos próximos capítulos, o sucesso de Madá como vidente em seu programa na PopTV influenciará na trajetória de seu marido. Como a personagem de Fabiana já havia previsto anteriormente na história, a relação dos dois tomará outro rumo: Álamo chegará a usar a mulher em benefício próprio.

“Quando a Madá começa a fazer sucesso na PopTV, ele passa a depender disso. O Álamo a usa também para ganhar dinheiro. Ele fala para ela continuar na emissora porque são eles que estão contratando a confecção, mas, em determinado momento, ela não vai querer mais participar disso”, adianta.

De grão em grão

“Verão 90” é a quarta novela de Marcos Veras. A primeira foi “Amor e Intrigas”, na Record TV, em 2007. Na Globo, integrou o elenco do “Zorra Total” e trabalhou no “Encontro com Fátima Bernardes” entre 2012 e 2015, quando foi escalado para “Babilônia”. A terceira experiência nos folhetins veio em 2017, com “Pega Pega”.

Veras assume que adora participar de projetos longos de teledramaturgia. E acredita ser surpreendente para o público vê-lo em trabalhos diferentes. Para ele, isso enriquece sua pluralidade e dá mais uma prova de que pode fazer comédia e também drama.
“Planejar talvez não seja a palavra, mas, quando eu recebi o convite para fazer ‘Babilônia’, falei: ‘Quero’. Acho que está tudo ligado: televisão, cinema, teatro, enfim, é atuação. Faltava fazer novela de uma forma mais presente e, de 2015 pra cá, vem dando certo”, afirma.

Para ele, é difícil conciliar televisão e teatro. Por isso, desta vez, optou focar apenas na TV. No entanto, Veras aponta que, se tivesse de escolher apenas um espaço para trabalhar, ficaria com o palco. Mesmo assim, entrega que é justamente a versatilidade da profissão o que mais lhe agrada. Assim, pode transitar entre as várias possibilidades.

“Tenho o maior orgulho de ser reconhecido como comediante, acho humor muito difícil de fazer. Nem todo ator consegue e vários já assumiram que não sabem. Mas venho tendo a oportunidade de fazer personagens que não são exatamente de humor, como em ‘Pega Pega’, em que interpretava um policial apaixonado. Já o filme ‘O Filho Eterno’, foi um drama pesado”, declara.

Mudança no amor

Assim como a sociedade, o humor também tem passado por transformações nos últimos anos e há uma cobrança do público pelo politicamente correto. Mesmo assim, Marcos Veras crê que não falta matéria-prima para que se criem novas piadas, capazes de não ofender o próximo.

“Acho que o humor acompanha as mudanças sociais, então piadas que a gente fazia há 20 anos não podem ser feitas hoje. É importante reconhecer que temos de variar o tipo de humor, como o ‘Tá no Ar’ e vários comediantes na internet vêm fazendo”, finaliza.
 

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