VIDRARIAS COMUNS

KITASSATO

 

O kitassato é uma vidraria que homenageia Shibasaburo Kitasato (1853-1931), infectologista japonês responsável pela descoberta dos agentes infecciosos do tétano, antrax, desinteria e da peste bubônica. Por vezes é mencionado como frasco de Büchner em homenagem a Ernest Büchner (1850-1924), químico industrial alemão que de fato inventou a vidraria em conjunto com o funil que também leva seu nome em 1888.

 

Apesar da grande semelhança visual com o erlenmeyer as respectivas aplicações são muito distintas. O kitassato possui paredes bem mais espessas para suportar as variações de pressão típicas da filtração à vácuo para o qual foi desenvolvido.

 

Possui um braço lateral para conexão com uma mangueira de um sistema de vácuo. A boca do kitassato é relativamente mais larga do que um erlenmeyer e é faceada para permitir melhor o encaixe com o funil de Büchner.

 

Imagem: Desconhecido

 

Uma vez que tudo está devidamente conectado, o vácuo aplicado por uma bomba ou trompa d'água será transferido para a superfície do funil de Büchner. A filtração à vácuo é uma importante técnica em laboratório, uma vez que permite filtrações muito mais rápidas em relação ao obtido com papel pregueado e permite filtrações à quente mais convenientes do que este último.

 

Durante a operação é importante notar que o volume de líquido dentro do kitassato não deve se aproximar do braço lateral pois, devido ao vácuo, pode ser aspirado e danificar seriamente o sistema da bomba conectada. Outro ponto importante é que o kitassato deve estar sempre íntegro, ou seja, ao menor sinal de trincas deve ser descartado. Caso contrário, o vácuo pode aumentar a trinca até o colapso da estrutura - implosões de vidrarias costumam provocar danos seríssimos aos operadores.

 

Veja também