Cirurgias de hérnias no SUS
Saúde

Cirurgias de hérnias no SUS tiveram alta de 127% em um ano

Cirurgias de hérnias no SUS totalizaram 196,8 mil para correção de hérnias abdominais, sendo 49 mil em caráter emergencial, 25% do total

Em um ano foram realizadas no Brasil 196,8 mil cirurgias para correção de hérnias abdominais, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que 49 mil foram procedimentos de urgência – 25% do total. Neste caso, a alta é de 127% se comparado ao ano anterior, quando foram feitas 86 mil cirurgias e 37 mil (43%) de urgências. Os dados foram divulgados pelo DataSus.

Vale destacar que as hérnias não desaparecem sozinhas e a única forma de curá-las é a cirurgia, afirma o médico gastroenterologista Gustavo Menelau.

Cirurgias de hérnias no SUS

Além disso, as cirurgias de hérnias no SUS utilizam próteses em formato de tela para tratamento de pacientes com hérnias da parede abdominal. E isso reduz o risco de recidiva (volta da doença) em até 80%, conforme dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH), baseados em estudos científicos.

Hérnias umbilicais, inguinais e epigástricas

O implante da tela pode ser utilizado também na correção das hérnias umbilicais, incisionais (no local de uma cirurgia anterior), inguinais (na virilha) e epigástricas (um pouco acima do umbigo). De acordo com o presidente da SBH, Dr. Marcelo Furtado, as telas são absorvidas pelo organismo com o passar do tempo.

“Elas são integradas ao tecido do corpo, auxiliam a reforçar a região e evitar nova abertura na musculatura, que é o caracteriza a hérnia abdominal. As próteses não impedem a realização de novas cirurgias no mesmo local, caso seja necessário.”

Pós-operatório

Contudo, a prótese ajuda ainda a reduzir a dor pós-operatória e pode ser utilizada durante toda a vida do paciente, sem a necessidade de substituição. Antes, quando a cirurgia era feita somente com a sutura (pontos) o risco de recidiva chegava a 10% e, hoje, graças ao uso das próteses, os índices são de 1% a 2%.

Indicações individuais

Por outro lado, o vice-presidente da SBH, Dr. Gustavo Soares, explica que a indicação é feita de modo individualizado:

“Apesar de ser o ideal para a maioria dos pacientes, a tela não deve ser utilizada em todas as cirurgias e a avaliação para sua indicação, ou não, sempre leva em consideração as características individuais de cada paciente. Casos de complicações associados à prótese são raros, mas pode exigir uma nova cirurgia para retirada da tela, em caso de infecção.”

Já o tamanho da prótese, seu formato e a forma de fixação na parede abdominal dependem também das características individuais de cada paciente e do tipo de hérnia que apresentam. Na maioria dos casos a recuperação pós-operatória é simples, sem restrição de movimentos ou alimentares e com pouco desconforto, que é resolvido com analgésicos simples.

O que são hérnias?

A hérnia é um defeito ou um orifício nos músculos do abdome que permite que o intestino ou uma porção de gordura passe através dele. Apesar de ocorrer em alguns órgãos em muitos lugares no corpo humano, as hérnias são mais comuns na parede abdominal, como afirma Dr. Gustavo Soares.

“Elas podem ocorrer em qualquer idade, mas, atingem principalmente os adultos. Como trata-se de uma abertura na musculatura o tratamento é exclusivamente cirúrgico, com exceção da hérnia de hiato que pode ser tratada com medicamentos.”

*Foto: Reprodução

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