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Vamos aprender um pouco sobre radiação ultra violeta?

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A radiação ultravioleta, segundo seu comprimento de onda, pode ser dividida em UVA (320 a 400nm), UVB (290 a 320nm) e UVC (200 a 290nm). A UVC é totalmente absorvida pela camada de ozônio e não atinge o solo. A UVB é parcialmente filtrada, enquanto que a radiação UVA representa 95% da radiação que atinge a Terra, sendo que a proporção UVA/UVB na superfície terrestre é maior que 20. Essa quantidade depende de algumas variáveis como momento do dia, estação do ano e condições atmosféricas e geográficas. A UVA está presente ao longo do dia inteiro, enquanto que a UVB predomina no período compreendido entre às 10 e 16 horas.

Dependendo do espectro das radiações há variações na atividade biológica, principalmente, pela variação do comprimento de onda: quanto maior o comprimento, maior a penetração na pele. Além disso, os efeitos cutâneos da UV dependem do tipo pele, intensidade de radiação e tempo de exposição, sendo cumulativa ao longo da vida. Ao atingir a pele, parte da UV é refletida e dispersa, mas outra parte é absorvida e pode provocar alterações cutâneas.

O sol, através dos raios UV, promove a produção de vitamina D, essencial para nossos ossos, além de produzir sensação de bem-estar, pois os raios UV estão relacionados a liberação de substâncias ligadas ao prazer. Por outro lado, é nosso dever lembrar que também existem efeitos nocivos nos raios UV, entre eles estão o vermelhidão da pele ou queimadura solar, hiperpigmentação, aumento da espessura e envelhecimento precoce da pele e até mesmo câncer, além de poder promover a diminuição da capacidade imunológica cutânea e propiciar o surgimento de infecções tais como o herpes labial.

Os raios UVB, cuja penetração é menor na pele, é o verdadeiro responsável pela vermelhidão na pele, pelo bronzeamento e pela produção de vitamina D, por outro lado, também são os grandes responsáveis pelas alterações que induzem ao câncer de pele. Os raios UVA, cuja penetração nas camadas da pele é mais profunda, estão melhor associados ao envelhecimento cutâneo e a doenças de natureza imunológica, como o lúpus eritematoso e a fotoalergia; além de também serem causa de bronzeamento e alterações cutâneas cancerígenas, mesmo que em menor intensidade quando comparados aos raios UVB.

Existem substâncias na pele consideradas “protetores solares naturais” tais como a queratina, a melatonina, os carotenos etc. Além disso, existem mecanismos na pele capazes de reverter os danos causados pela UV, entretanto estes não estão totalmente desenvolvidos na infância, além de serem limitados ao longo da vida. Sendo assim, acredita-se que o grau de exposição solar na infância e na adolescência seja o fator mais importante para o risco de câncer de pele ao longo da vida.

A Organização mundial da saúde (OMS) definiu uma escala de valores relacionadas à UV nas diversas partes do mundo e, por conseguinte, com as devidas recomendações necessárias à prevenção de seus efeitos danosos para a pele. Em particular no Brasil, por sua proximidade aos trópicos, em dias de céu claro, o índice de UV se eleva bastante em qualquer região do país, portanto, todas as medidas de fotoproteção precisam ser realizadas, o qual será um novo tema a ser abordado no futuro próximo.