O que é um Robô?

O que é um Robô?

O que nós atualmente entendemos como Robôs?

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Imagens que vão desde enormes braços mecânicos, usados na linha de produção da indústria automotiva, até simpáticos androides, como R2D2 ou C3PO, são geralmente usadas para ilustrar e representar o conceito.

Na teoria, costumamos classificar Robôs como os dispositivos mecânicos-eletrônicos que realizam tarefas repetitivas, pré-programadas, usualmente pesadas, monótonas, indesejáveis ou insalubres!

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Este conceito não é novo, os primeiros registros de seres mecânicos usados para tarefas repetitivas vêm de 800 AC, na antiga Grécia. Hesíodo em sua obra Theagonia, e Homero nas Ilíadas descrevem que Hefesto (Vulcano para os Romanos) criara pequenas criaturas mecânicas de bronze para auxiliá-lo nas tarefas, assim como “mesas com tripés moveis” que se locomoviam sozinhas, levando e trazendo materiais para fabricação das armas e armaduras dos Deuses.

O termo Robô, na verdade vem de uma raiz Eslava da palavra “Robota” que significa “trabalhador forçado” termo utilizado na designação dos camponeses sob serviço compulsório no regime feudal.

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Foi utilizada pela primeira vez, no sentido de um ser mecânico artificial, em um peça teatral Tcheca de 1921 chamada “Rosumovi Univerzální Roboti (Robôs Universais Rossum) do autor Karel Capek, onde ele colocava o conceito de uma linha de montagem que utilizava robôs! O tema recebeu uma conotação econômica e filosófica, e cunhou o termo no imaginário popular.

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A partir daí a palavra Robô foi largamente utilizado no cinema e literatura. Desde o filme Metropolis de Fritz Lang até as obras de Ficção-Cientifica do Bioquímico e escritor Isaac Asimov, considerado por muitos como o pai da Robótica (afinal foi ele que criou o termo).

No mundo real, com a necessidade crescente da indústria em aumento de produtividade, encontrava no conceito de linhas de montagens robóticas uma solução plausível, mas foi só em 1961, 40 anos depois dos Robôs Universais Rossum, que tomou forma.

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Era certo que os Robôs criados pelo inventor Geroge Devol, chamado de “Ultimate 1900” , não tinham a uma forma humanoide, na verdade, eram apenas eram gigantescos os Braços Mecânicos mas realizavam com precisão e rapidez, tarefas repetitivas pré-programadas. O Robô ganhou até uma apresentação na televisão em um Talkshow do apresentador Jonh Carson.

Desta forma os Robôs foram apresentados ao mundo e o conceito de Robô passou a ser máquinas eletromecânicas fazendo repetidas tarefas com muita precisão e rapidez, aumentando exponencialmente a capacidade de produção das linhas de montagem.

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Em 1969 a General Motors, pos a prova este conceito e instalou em sua Fábrica em New Jersey – USA a primeira linha de montagem mecatrônica, com gigantescos braços robóticos, que passariam a serem chamados de Robôs Industriais de primeira geração.

O tempo da Primeira Geração Robótica também é chamada de época dos Robôs em gaiolas!

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Sem nenhuma interação ou ciência do ambiente a sua volta, os Robôs eram colocados atrás de grades ou em gaiolas, para evitar possíveis acidentes com transientes descuidados. O ambiente Fabril devia fixo e ser completamente estruturado, com o posicionamento preciso dos Robôs frente ao objeto a ser trabalhado.

Mas os robôs (ou a mente de seus projetistas), ditados pelo seu próprio sucesso em aumento de produtividade e redução de custos industriais, continuaram a evoluir. Instrumentos, Sensores e linguagens de programação mais avançadas, e técnicas de gestão agil de desenvolvimento de projetos de software (Scrum), começavam a dotar essas máquinas de meios rudimentares de autocorreção frente a estímulos externos.

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Nascia a segunda geração de Robôs, permitindo múltiplas atividades e ambiente de trabalho parcialmente estruturado, mais flexibilizado, com os Robôs calculando em tempo real modificações nos parâmetros de seus movimentos ou manipulando uma peça deslocada da posição padrão. E, figurativamente falando, começando a olhar por cima das gaiolas em que estavam!

Com os sensores, também veio a coleta de dados. Volumes cada vez maiores de informações começaram a ser recolhido e analisados, proporcionando novos reprojetos mais eficazes, novas linguagens, métodos e algoritmos de programação, e novas ideias

Com a interação de tecnologias de Inteligência Artificial como Machine Learning, Deep Learning, Análises Preditivas; tecnologias de Dados como Big data, Process e Data Mining; e tecnologias de Comunicações, como IoT, wireless e Internet, entramos na era dos Ecossistemas Robóticos,

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A terceira Geração de Robôs, já possui conexão e comunicação com os outros Robôs e sistemas computacionais (são sócios interativos), possui ciência do ambiente ao redor e suas variações e mais que isso interage com ele (inteligência Cognitiva), tomando decisões em operações de montagem, rejeitar peças defeituosas, e mesmo parar sua operação para dar passagem a outro robô ou interagir com um ser Humano (Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina).

Ou seja, agora eles permitem um ambiente Fabril muito mais flexibilizado, ainda com alguma estruturação mais com layouts bem mais vaiados. Em outras palavras os Robôs “derrubaram” as gaiolas.

Claro que apesar de todo o avanço da Revolução Industrial 4.0, ainda estamos distantes do imaginário romanceado de androides cyber-mecânicos da Ficção-Cientifica. Com Robôs participando ativamente de nossa vida cotidiana e nos auxiliando em nossas tarefas rotineiras e caseiras como escolher músicas, o melhor caminho para casa, avisar que chegou o livro que queríamos na livraria até fazer café e pão no horário que acordamos.

Isso sou estranhamente familiar?

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Acontece que, de maneiras inusitadas, os Robôs foram mudando, se transformando, tomando novas formas, novas funções e abandonando aquela carcaça mecatrônica e androgênica clássica do imaginário de um jeito que muitas vezes nem os classificamos mais como tais.

Os Robôs da Quarta Geração são mais sutis, eles têm forma de algoritmos neuro-logísticos, de fluxos de dados não estruturados, redes distribuídas e de sensores adaptativos. Não são monstrengos eletrônicos, mas sim uma leve consciência, uma inteligência difusa não localizada, dispersa e cada vez mais presente em nosso dia a dia, aprendendo nossos hábitos, nossos gostos, preferencias, ódios e rancores! Eles já estão entre nós, auxiliando nas nossas tarefas, nos deixando mais produtivos, nos guiando no trânsito, dando sugestões de como gerir nossos negócios, o que ler, o que ouvir, o que acreditar!

O escritor Asimov, dizia em várias das suas obras, que a Humanidade tinha um temor instintivo, chamado por ele de complexo de Frankenstein. O temor do Criador ser suplantado e destruído pela sua Criatura. As famosas leis da robótica (criadas em 1950 no livro “Eu, Robô”) advinham em resposta a esse medo.

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·        1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.

·        2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.

·        3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.

Nós não temos as leis da Robótica de Asimov, temos somente nossa consciência!

Victor Patiri Neto

#cebralog , #cebralogtpc

@





Juliana Cacilda Diniz Borges

Operations manager | Project Manager | Logistics and Supply Chain Specialist

3y

Muito bom texto Victor! Especialmente a conclusão sobre as leis dos robôs de Asimov. Estamos vendo e vivendo esta evolução, mas penso que as leis deveriam estar acompanhando este caminho que não tem volta. #Cebralog

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