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Nome de Rui Moreira apontado para substituir João Talone na EDP

Fonte próxima do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, terá confirmado que o autarca estará a par da possibilidade de assumir um alto cargo na elétrica há vários meses, refere o Porto Canal.

José Coelho / Lusa
Negócios jng@negocios.pt 08 de Janeiro de 2024 às 13:28
Na sequência do anúncio feito pela EDP, em nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), dando conta que "recebeu um comunicado do Presidente do Conselho Geral e de Supervisão [João Talone], informando da indisponibilidade para integrar o órgão no próximo mandato (2024-2026)", o nome do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, está agora a ser apontado como possível sucessor de Talone na elétrica. A hipótese já tinha sido referida pelo Expresso, na sua última edição, e voltou a ser referida esta segunda-feira pelo Porto Canal

Apesar de as próximas eleições autárquicas estarem marcadas apenas para 2025, Rui Moreira está impedido de se voltar a candidatar, tendo em conta a lei de limitação de mandatos, o que abre caminho para um futuro no setor privado. O Porto Canal cita fonte próxima de Rui Moreira, que terá confirmado que o autarca estará a par da possibilidade de assumir um alto cargo na elétrica há vários meses.

No entanto, uma eventual subida de Rui Moreira a presidente do CGS da EDP dependerá sempre da vontade dos acionistas da empresa. As eleições para os órgãos da EDP estão agendadas para a Assembleia Geral de 10 de abril, data em que o triénio em curso termina e se abre um novo mandato.

Ao que o Negócios apurou, para substituir João Talone os acionistas vão procurar um nome que também tenha conhecimento do setor e possa contribuir para o desenvolvimento das várias áreas de negócio da empresa.

A saída do atual presidente do CGS da EDP prende-se com a redução da dimensão deste órgão, proposta pelo próprio Talone, alegando que essa diminuição iria ao encontro das melhores práticas de gestão. No entanto, viu essa pretensão ser rejeitada pelos acionistas. Foi essa a motivação para apresentar a recusa em assumir um segundo mandato como presidente daquele órgão, apurou o Negócios.

Atualmente o CGS tem um total de 16 elementos, incluindo o próprio Talone. Dos restantes 15 elementos, cinco são representantes do principal acionista, a China Three Gorges, que tem 20,86% do capital. Dois representam a espanhola Oppidum, sendo os restantes independentes, tal como Talone.

No mesmo comunicado à CMVM, a EDP reconheceu "a excelência do contributo do Engº João Talone no desempenho do importante papel enquanto Presidente do Conselho Geral e de Supervisão, para o cumprimento dos objetivos estratégicos da EDP", acrescentando que o presidente do CGS e chairman "manter-se-á em funções até à próxima Assembleia Geral eletiva, prevista para o dia 10 de abril de 2024".

Talone é presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP desde 2021, momento em que regressou à elétrica depois de ter sido CEO da empresa entre 2003 e 2006. Foi sucedido no cargo por António Mexia.
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