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Maria de Lurdes Rodrigues é a nova reitora do ISCTE

A ex-ministra da Educação de Sócrates ganhou a corrida às eleições para a reitoria do ISCTE. É a primeira vez que uma mulher comanda os destinos destes instituto.

Maria de Lurdes Rodrigues
Salomé Pinto salomepinto@negocios.pt 09 de Fevereiro de 2018 às 15:41

A ex-ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, ganhou a corrida às eleições para a reitoria do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, apurou o Negócios junto de fonte oficial. É a primeira vez que uma mulher comanda os destinos deste instituto de ensino superior.

As eleições para o mandato 2018-2022 decorreram esta sexta-feira, no ISCTE, e contaram com mais três candidatos. Maria de Lurdes Rodrigues venceu com um larga maioria com 22 votos, seguida de Nuno Guimarães, actual vice-reitor, com 10, Gustavo Cardoso com um e Cláudio Startec com zero votos. O Colégio Eleitoral é constituído por 33 elementos.

O ISCTE confirma a eleição de Maria de Lurdes Rodrigues. Em comunicado, revela que "a homologação da decisão do Conselho Geral decorrerá nos próximos dias".

A ministra da Educação do primeiro Governo de José Sócrates (PS) sucede na reitoria do ISCTE a Luís Reto, que comandou os destinos deste instituto nos últimos três mandatos, desde 2005.

Recorde-se que a eleição de Luís Reto para o mandato anterior (2013-2018) esteve envolto em polémica. O ex-reitor enfrentou uma acção judicial pelo facto de se recandidatar pelo terceiro mandato consecutivo, o que é ilegal à luz do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, que apenas permite dois.

A contestação jurídica à eleição de Luís Reto para reitor do ISCTE-IUL chegou ao fim, quatro anos depois, em 2017, com a transição em julgado após uma última pronúncia do Tribunal Constitucional.

 

De professora a ministra

 

Maria de Lurdes Rodrigues, a caminho dos 62 anos de idade, é professora associada do ISCTE-IUL, onde lecciona desde 1986. Entre 2005 e 2009, foi Ministra da Educação do XVII Governo Constitucional, tendo lançado algumas reformas polémicas como a da carreira docente e a da avaliação de desempenho dos docentes, que foram alvo de contestação interna por professores, sindicatos, partidos da oposição e por sectores do Partido Socialista.

Enquanto Ministra da Educação contratou o amigo João Pedroso, por ajuste directo, para exercer tarefas de consultoria jurídica, mediante o pagamento de 220 mil euros (sem IVA). Por essa contratação foi condenada em tribunal a três anos e seis meses de prisão com pena suspensa, por prevaricação de titular de cargo político. Teve ainda que indemnizar o Estado em 30 mil euros. Em Novembro de 2015 foi ilibada do crime pelo Tribunal da Relação de Lisboa.

A 12 de Fevereiro de 2016 foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Um ano mais tarde, em Dezembro de 2017, a ex-governante obteve nota negativa como professora do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, durante o período 2014-2016.

(notícia actualizada às 18:45 com mais informação)

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