O ministro da Saúde, Marcello Queiroga,  apelou  para que secretários de saúde sigam o PNI.
O ministro da Saúde, Marcello Queiroga, apelou para que secretários de saúde sigam o PNI.| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, apelou para que os estados e municípios não vacinem adolescentes sem comorbidades e que os secretários de saúde sigam rigorosamente o que foi estabelecido pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). Durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (16), Queiroga explicou as razões para suspender a vacinação contra a Covid de jovens entre 12 e 17 anos.

Segundo ele, os estados e municípios iniciaram a imunização desse público muito antes da data prevista, que deveria começar hoje, porém, cerca de 3,5 milhões de adolescentes já foram vacinados no país desde o mês de agosto. “Como é que nós conseguimos coordenar uma campanha nacional de imunização dessa forma”, reclamou o ministro.

Queiroga disse ainda que a vacinação por parte dos estados foi intempestiva e que foram registrados efeitos adversos. "Esses 3,5 milhões de adolescentes que receberam vacinas de maneira intempestiva, porque o PNI diz que era a partir de ontem, cerca de 1,5 mil apresentaram eventos adversos. Não é um número grande, mas temos que ficar atentos com a nossa vigilância em saúde para darmos as respostas que a sociedade quer dos seus gestores", afirmou.

O ministro também se queixou que muitas cidades estão usando outras vacinas para a imunização dos jovens e que ainda não há estudos conclusivos sobre a efetividade ou efeitos adversos após a imunização desse público. No Brasil, o único imunizante aprovado para esse grupo é o da Pfizer. “Então meus amigos 5.570 secretários de saúde do Brasil, sigam a recomendação do PNI. Não dá para o ministério da Saúde se responsabilizar por condutas que são tomadas fora das recomendações sanitárias do país. Não apliquem vacinas que não têm autorização da Anvisa. Mães, não levem suas crianças para as salas de imunização para tomar vacina que não tenha a autorização da Anvisa”, alertou o ministro.