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    Se as pessoas usassem máscaras e se vacinassem, a pandemia já teria acabado

    À CNN Rádio, o infectologista André Kalil disse que combinação de máscaras e vacinas é que vai frear a circulação do vírus

    Profissional com vacina contra a Covid-19
    Profissional com vacina contra a Covid-19 Foto: Mauro Akiin Nassor/Fotoarena/Estadão Conteúdo

    Amanda Garcia, da CNN, em São Paulo

    Se as pessoas usassem máscaras e se vacinassem, a pandemia já teria acabado. Esta é a avaliação do infectologista e pesquisador da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, André Kalil, em entrevista à CNN Rádio nesta quinta-feira (29).

    Segundo ele, é difícil prever por quanto tempo será necessário usar máscaras. “O grande benefício das vacinas é a prevenção de mortes, infelizmente as vacinas não conseguem parar a transmissão. O vírus está circulando, a máscara não é 100% efetiva, mas em torno de 80%. A única maneira de parar a circulação é a combinação da máscara com a vacina, talvez precise usar por anos.”

    Kalil lembrou que “entre 30 e 40% que estão transmitindo esse vírus não sabem que estão com o coronavírus, estão assintomáticas.”

    Questionado sobre os Estados Unidos terem voltado atrás na decisão de retirar a obrigatoriedade de máscaras em espaços públicos e fechados, o infectologista disse que, há dois meses, a situação epidemiológica era outra.

    Ele reforça que a variante Delta “mudou tudo, já que hoje corresponde a 90% dos casos”: “Essa variante é duas vezes mais contagiosa, a quantidade de vírus que carrega no nariz é 1000 vezes maior do que a variante alfa. Nesse momento realmente não há dúvida do que tem que ser feito, não há como não usar máscara.”

    Nos EUA, as pessoas – mesmo as completamente vacinadas – devem voltar a usar máscara em locais com alta transmissão do vírus. “Hoje, basicamente, 67% das cidades americanas têm transmissão substancial alta, 2/3 dos EUA estão em risco alto para circulação do vírus.”