Coube a Carlos Carvalhas fazer as honras da casa no ataque cerrado a Durão Barroso sobre os indícios.
"Envolveu Portugal numa guerra ilegal e injusta e mentiu aos portugueses", atirou Carvalhas. Em contraponto, Durão fez a revelação do dia: "Se o nosso pecado foi dar mais valor à palavra do primeiro-ministro britânico na questão das armas de destruição maciça do que à do ditador Hussein, então assumo esse pecado". A oposição não perdeu a oportunidade de o contestar. "Acreditar em informações do Sr Bush, de Tony Blair, essa avestruz", indignava-se Carvalhas, acusando Durão de ter levado Portugal a "apoiar uma guerra de ocupação". Eis que interveio, o presidente do Parlamento, Mota Amaral, a advertir o líder comunista que a expressão 'avestruz' não era a mais adequada para apelidar o primeiro-ministro britânico. Carvalhas apressou-se a corrigir: "Anotei que não gostou da figura de retórica. Peço desculpa, não quis ofender o animal..."A 'tirada' de Carvalhas arrancou gargalhadas nas bancadas da oposição.
Francisco Louçã (BE) acusou ainda Barroso de nada ter feito com a venda de armas em 1988/90 ao Iraque, quando era secretário de Estado.
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