As despesas com a construção do novo Estádio José Alvalade, em Lisboa, e da Academia do Sporting, em Alcochete, sofreram uma derrapagem de 91,8 milhões de euros, um aumento de 87% face à previsão inicial de custos. A revelação consta na auditoria à gestão imobiliária no clube, que a direção de Bruno Carvalho apresenta amanhã aos sócios em assembleia geral.

A partir da análise dessa auditoria, à qual o CM teve acesso, verifica-se que o Estádio José Alvalade e a Academia tinham uma previsão inicial de custos totais de 111 milhões de euros, mas a despesa final total acabou por disparar para os 207,8 milhões de euros.

Com a construção do recinto, os encargos cresceram do valor inicial de 106 milhões de euros, previsto em abril de 2000, para um montante final de 184,2 milhões de euros. Já os custos com o projeto da Academia aumentaram da previsão inicial de cinco milhões de euros, em maio de 1999, para os 18,6 milhões de euros.

No caso do José Alvalade, a auditoria exemplifica que, nas empreitadas com os principais 21 empreiteiros/fornecedores, apurou-se "um desvio de cerca de 24 milhões de euros". Os dois projetos foram concretizados no mandato de António Dias da Cunha, presidente do Sporting entre 2000 e 2005. Godinho Lopes, que seria líder do clube de Alvalade de 2011 a 2013, era administrador.