O sentimento de culpa pode travar sua vida para sempre

E chegamos ao ano de 2018 com uma legião de milhões de pessoas ao redor do mundo que não conseguem se livrar de um sentimento negativo, mas comum à nossa espécie: a culpa.

Só de mencionar essa palavra, já conseguimos perceber como ela é pesada, e traz uma energia carregada, fazendo tudo parecer mais difícil, mais impossível, mais complicado.

A imagem de alguém culpando outra pessoa é acusadora, geralmente com o dedo apontando e mostrando: “Olha a culpa disso é sua!”.

Concept of accusation of guilty businesswoman

Dependendo de quem aponta o dedo podemos nos sentir muito, mas muito mal mesmo com essa acusação, já que normalmente quando isso acontece é alguém de nossa família, ou de convívio estreito.

Então, fazendo uma pequena analogia da culpa com o sentimento de impotência que ficamos quando somos acusados de algo, podemos dizer que a culpa em si não traz dor, mas a acusação do outro é que faz com que sejamos obrigados a lidar com o problema.

Quantas vezes sentiu-se culpado por alguma coisa que aconteceu para outra pessoa?

Quantas vezes tomou alguma decisão em nome de sua família, e a coisa não foi realmente a melhor experiência para todo mundo?

Quantas vezes indicou algo para seus filhos, baseado em sua experiência, mas com eles a dica surtiu exatamente o contrário?

A primeira coisa que precisa fazer quando esse sentimento começa se instalar é ter calma e ponderação, pois no calor de uma discussão podemos dizer coisas que ficarão marcadas para sempre.

Você “acha” que fez algo para outra pessoa e ela te acusa disso?

Então, já foi.

Se a pessoa já te acusa é porque ela pensa dessa maneira, e não serão brigas que farão com que mude de ideia, então deixe a poeira assentar e só depois tente conversar.

Sabe porque eu coloquei a palavra “acha” acima, entre aspas?

Porque em 99,9% dos casos de sentimento de culpa, a única coisa que temos é nosso “achismo” mesmo.

Sabe porquê?

Porque segundo as leis do universo nenhuma pessoa pode criar um evento na vida de outra pessoa, então nada que você faça, diga, premedite será capaz de prejudicar o outro.

O ser humano se prejudica sozinho, e somos muito bons em fazer isso, e melhores ainda em colocar a culpa nos outros quando alguma coisa sai errada.

Parece confuso à princípio, mas pense bem:

Você deu um conselho, o outro só segue se quiser.

No fundo, no fundo tudo está relacionado ao nosso livre arbítrio e como usamos essa liberdade nas situações do dia a dia.

Da mesma forma que não conseguimos criar nenhuma experiência na vida de outra pessoa, elas também não conseguem criar na nossa, então o famoso estado de “vítima” é outro vilão em nossa vida.

Preparei um vídeo que vai te ajudar muita a entender o sentimento de culpa:

Quando colocamos a culpa nos outros

Culpar outras pessoas por eventos ruins de sua vida é pura perda de tempo, na maior parte das vezes, a pessoa não ligará e quem ficará prejudicado energeticamente será você mesmo.

Além da situação de vítima que é péssima para a auto estima, ainda estará dando permissão para que outra pessoa perturbe sua vida.

Quando caímos nessa malha, é difícil sair, pois a cada novo evento vamos culpando sempre os outros, mas na verdade nós que deixamos de tomar as rédeas de nossa própria vida.

Faz sentido?

Na verdade, a culpa nasce bem antes do acontecimento, lá atrás quando resolvemos que não queremos lidar com um determinado assunto sozinhos, o medo é a base da culpa.

Um exemplo comum é quando os pais precisam aplicar um corretivo no filho, e ficam empurrando um para o outro, porque sabem que no fundo, o filho verá como “ruim” aquele que vier aplicar a correção, independente de ter sido uma decisão do casal.

O medo do filho reprovar, ou se rebelar, ou ainda começar a ver o pai/mãe como um carrasco é que faz a culpa de castigar aparecer, e por isso muitos adolescentes estão perdidos com a falta de direcionamento da família.

O círculo familiar está cheio de “armadilhas” para sentirmos culpa, e é por isso que sempre é importante ter diálogo em todas as situações.

O sentimento de culpa atrai outras pessoas

Não precisamos ir muito longe para perceber que quando nos sentimos culpados de alguma coisa, atraímos uma legião de dependentes em nossa vida.

Isso acontece porque quando os outros percebem que estamos sentindo culpa, acabam se “aproveitando” da situação e fazendo chantagem emocional com esse sentimento.

É a mãe solteira que não briga com o filho, pois sente culpa de não dar uma vida melhor para ele.

É o marido muito ausente por causa de trabalho que acaba sentindo culpa disso e mimando a família, criando verdadeiros inúteis (aumentando a culpa dele mais tarde).

É o adulto que cresce com baixa autoestima por sentir-se culpado de não ter correspondido com as expectativas dos pais.

É o engenheiro que queria muito ser advogado, mas não quis desrespeitar a vontade do pai e seguiu a mesma carreira que ele (para a qual não tinha a menor vocação e depois culpou o pai por seu fracasso na vida profissional).

Na nossa vida criamos muitos “penduricalhos” emocionais porque sentimos culpa.

Amigos, família, colegas de trabalho, ninguém escapa de nos cobrar em algum momento, e enquanto não nos livramos dessas cobranças vamos vivendo a vida que os outros querem, mas que não nos deixa felizes.

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Aprender a não ser o dono da situação evita muitas dores

Grande parte do nosso sentimento de culpa vem da sensação de fracasso crônica que cada um carrega dentro de si.

Talvez, não querer ser o “salvador da pátria”, dando conselhos, indicando caminhos seja uma forma de evitar que muitas dores surjam por causa do sentimento de culpa de emitir nossa opinião e ela nem sempre ser o melhor caminho para a outra pessoa.

Então, quando alguém vier pedir um conselho, ouça com carinho e apenas instrua a pessoa a seguir o que manda o coração e a mente dela mesma, não estará deixando de ajudar, mas não tomará uma responsabilidade grande no processo.

É bom lembrar que sempre que alguém nos pede um conselho é porque também não está querendo arcar com as consequências do resultado sozinho(a).

Ninguém quer conselhos na verdade, as pessoas querem alguém com que possam dividir os resultados ruins (dificilmente dividem os bons), elas querem alguém para culpar sobre seu fracasso.

Saia dessa energia.

Faça uma limpeza em amizades e parentescos que fazem isso constantemente, são laços que não precisam ser alimentados.

Coloque-se em uma posição de “eu não sei de nada” em alguns momentos.

Tire da cabeça das pessoas a imagem de que você sempre ajuda, e sempre que é cobrado cai de novo nas armadilhas alheias.

Deixar de ser o dono da situação é, antes de uma dor de cabeça para os outros, uma tábua de salvação para si mesmo.

Transformar o sentimento de culpa em responsabilidade é o primeiro caminho

Atualmente, a programação neurolinguística veio para salvar um pouco as coisas do nosso mundo.

Ensinar o subconsciente a lidar com conceitos diferentes é um passo acertado no caminho de isentar-se da culpa que está arraigada em nossa mente.

Trocar a palavra culpa pela palavra responsabilidade será muito efetivo, no sentido de que é muito mais adulto e positivo ser responsável, do que ser culpado.

Como falamos acima, ninguém culpa o outro pelas coisas boas que acontecem, mas apenas quando as coisas dão errado, e é por isso que essa palavra está carregada de energias pesadas, difíceis de lidar.

Sentir-se responsável cria uma aura de maturidade, de saber que realmente os resultados podem ser diferentes do que esperamos, mas que não precisamos viver à mercê desse sentimento para o resto da vida.

É uma forma de olharmos a situação por um ângulo novo, através de um outro prisma e, com isso, termos a chance de encontrar novas soluções, e ajudar as outras pessoas de uma forma diferente.

Ter consciência de que um conselho, ou a forma como criamos os filhos pode resultar em algo diferente do que queríamos a princípio, é o primeiro passo para não se submeter mais ao sentimento de culpa.

Experimente dizer: “Eu sou RESPONSÁVEL por tal coisa”, ao invés de “eu sou CULPADO por tal coisa”, não soa melhor?

surprised business man, funny looking guy asking question you talking to me

Não cria outra expectativa na situação?

A responsabilidade pode ser até muito pesada (em alguns casos), mas é muito libertador poder fazer parte de um processo e não sentir “culpa” por isso, ou aquilo.

É como dizer a si mesmo: “Olhe, você pode experimentar qualquer coisa agora, pois mudou a chave da culpa para a da responsabilidade”.

Qualquer escolha que fazemos traz consequências.

Se pararmos de ter medo desses resultados, nunca mais nos sentiremos culpados.

É como pegar as rédeas da vida e dirigir sem medo.

Perdoar a si mesmo é fundamental no processo de cura

Uma das coisas mais negativas da atualidade e que é inerente do ser humano é a posição de vítima perante a vida, perante a sociedade.

É muito mais fácil nos colocarmos nessa posição no melhor estilo “MEA culpa” e continuarmos batendo no peito como se merecêssemos o castigo eterno.

Porém, a psicologia moderna trouxe um conceito incrível (principalmente as vertentes da mecânica quântica e terapias energéticas), o PERDOAR a si mesmo.

Quando fazemos isso estamos admitindo que somos passíveis de erros e tudo bem, porque viemos aqui para experimentar, e às vezes precisamos aprender com nossas falhas.

O perdão a si mesmo é abrir a porta para sair da situação e ter certeza que deu o melhor de si e seguir em frente (sem se apegar nas dependências que ficam), deixando cada um seguir seu próprio caminho.

Imagine se um jogador de futebol ficasse com medo de jogar novamente, depois que seu time perde uma partida?

Ou, se um cirurgião não operasse mais depois de perder um paciente?

Para se perdoar é preciso SE amar, e tenho uma boa notícia sobre isso: não se trata de egoísmo, mas sim de autoestima.

Em todos os momentos é preciso se colocar na frente de tudo, para entender que não temos a solução de todos os problemas em nossas mãos e podemos sim, errar e não nos martirizar por isso.

Muitos pais acabam criando os filhos com rédeas muito curtas, porque foram criados assim também, é importante perceber os momentos diferentes, e que o filho de hoje não tem nada haver com a criança que fomos ontem.

Quando entendemos o conceito do tempo em nossas vidas, vamos largando as inúmeras cascas que carregamos, e aquele apelido de infância acaba ficando engraçado, ao invés de causar culpa por ser gago, ou ter orelhas grandes.

Quando pensamos que para nos sentirmos culpados precisamos de um dedo acusador apontando em nossa direção, basta fechar os olhos e não dar tanta importância assim para o que os outros vão pensar.

No final de tudo, não tem haver com os outros, é apenas com você.

Com a maneira como lida com o que as pessoas dizem ou pensam de suas atitudes.

E, como ninguém é realmente responsável, nem culpado, pela vida do outro, no final, as “contas” que tiverem que ser acertadas estarão apenas em nosso próprio caderno, o caderno do outro não nos cabe apontar.

Perdoe-se.

Young beautiful hispanic wearing red sweater begging and praying with hands together with hope expression on face very emotional and worried. Asking for forgiveness. Religion concept.

Escreva uma carta para você mesmo se perdoando das situações onde se acha, ou é apontado, como culpado.

Dê-se a chance de aliviar esse fardo.

Pare de viver de acordo com as expectativas das outras pessoas, faça mais coisas que gosta (mesmo que isso vá deixar outras pessoas chateadas).

Pare de pedir opinião sobre tudo que deseja realizar. Não tenha medo das consequências, é muito legal quando realizamos algo que desejamos por nós mesmos, é como se fosse um segredo incrível só nosso.

Tomar consciência que cada pessoa é um ser único, é se permitir ver o outro como mais uma pessoa comum que também erra, e dentro desse contexto, a “culpa” é apenas mais um grão de areia no deserto.

Permita-se mais, preste mais atenção nas coisas positivas do que nas negativas, tire o manto pesado da culpa do seu dia a dia, verá que o sol nasce todos os dias, e muita gente não percebe, ou não quer perceber.

Você tem passado por isso?

Está cansado de viver nessa situação?

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André Nunes

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