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Poemas: Sophia de Mello BreynerFotografia: Eduardo Gageiro

Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo.

25 de Abril

Apesar das ruínas e da morte, Onde sempre acabou cada ilusão A força dos meus sonhos é tão forte,Que de tudo renasce a exaltação E nunca as minhas mãos ficam vazias.

Num deserto sem água Numa noite sem lua Num país sem nome Ou numa terra nua Por maior que seja o desespero Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.