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Após recusa de Bolsonaro, Chico Buarque será premiado na presença de Lula

Com quatro anos de atraso, o artista receberá o Prêmio Camões, em Portugal

Por Sofia Cerqueira Atualizado em 7 abr 2023, 16h16 - Publicado em 7 abr 2023, 15h59

Um comunicado do gabinete do ministério da Cultura Português nesta sexta-feira (7), anunciando a data de entrega do Prêmio Camões ao cantor, compositor e autor Chico Buarque, pôs fim a um entrevero que se arrasta há 4 anos. O artista, laureado em 2019 com a principal honraria literária dada ao conjunto da obra de autores da língua portuguesa, enfrentou a resistência do então presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele recebesse a condecoração. Na época, Bolsonaro se recusou a assinar o diploma e a documentação necessária para que o artista, conhecido por sua posição ideológica de esquerda e amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, o processo empacou.

A cerimônia de entrega da 31ª edição do Prêmio Camões, prevista originalmente para acontecer em abril de 2020 – suspensa também devido à pandemia –, está marcada agora para o próximo dia 24, em Portugal. O evento, conforme confirmaram as autoridades da área de cultura portuguesa, está integrado à visita oficial do presidente Lula ao país e acontecerá no Palácio Nacional de Queluz, em Sintra, nos arredores de Lisboa.

Na ocasião em que foi divulgada a escolha de Chico Buarque como o grande vencedor do Prêmio Camões daquele ano (o 13º autor brasileiro a receber a honraria), Bolsonaro comentou com ironia a sua recusa em dar prosseguimento à parte burocrática. O ex-presidente afirmou que assinaria os documentos necessários para que o cantor e compositor fosse premiado  “até 31 de dezembro de 2026” – numa referência ao final de um eventual segundo mandato presidencial, que acabou não ocorrendo.

Na época, Chico Buarque, apoiador do Partido dos Trabalhadores (PT) há décadas, por sua vez, afirmou em suas redes sociais que o fato de Bolsonaro se recusar a dar seu aval na documentação necessária para que recebesse a condecoração equivalia a uma dupla distinção. “A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo Prêmio Camões”, escreveu o artista. Junto com o diploma que sacramenta o prêmio, a honraria literária concede 100 000 euros aos eleitos – pagos pelos governos brasileiro e português.

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