A Rua Pedro de Queirós Pereira situa-se no topo do talude que tem a intervenção artística de RAF já aqui referida e foi o local onde decorreu a intervenção sonora de Third. Numa imaginária linha reta desenhada para a esquerda encontramos a intervenção artística de Fulviet na Estrada da Torre, junto ao CUPAV – Centro Universitário Padre António Vieira.
O italiano Fulvio Capurso é o artista Fulviet, arquiteto de formação por Turim e sócio fundador da empresa RootStudio, com João Boto Caeiro, no México, desde 2008. Vive em Montevideu (Uruguai) desde 2012 e dedica-se à arquitetura, design, ilustração, pintura e escultura, para além de ser professor de desenho e integrar o coletivo de muralistas CasaWang. Já produziu ilustrações para livros e revistas de Espanha, Itália, México, Panamá e Portugal.
Já a Rua Pedro de Queirós Pereira, dada a sua configuração, é vulgarmente denominada como Bairro Pedro de Queirós Pereira. Foi uma sugestão da Junta da Freguesia do Lumiar que originou o processo nº 22657/71 e de que resultou a atribuição do topónimo pelo Edital municipal de 1 de fevereiro de 1972 no que então era o «arruamento que partindo da Azinhaga da Musgueira, dá acesso ao Núcleo de Ocupação Imediata da Malha da Musgueira », com uma legenda referindo apenas com os anos de nascimento e morte. Desde 1970 que a artéria tinha prédios construídos para se proceder, a partir de 1971, ao realojamento de população oriunda de casas provisórias do Bairro Musgueira Norte.
Contudo, sabe-se pelas atas das reuniões da Comissão Municipal de Toponímia, de 15 de junho e 6 de julho de 1976, que foi na edilidade lisboeta recebida uma carta da família do homenageado solicitando alteração deste topónimo mas no desconhecimento das causas que fundamentaram esse pedido foram pedidos esclarecimentos à Junta de Freguesia do Lumiar.
Pedro Teixeira de Queirós Pereira (1903 – 1970) foi um antigo administrador da SOMAP – Sociedade Nacional de Petróleos e sucedeu a seu pai, como Administrador Delegado da Companhia das Águas de Lisboa, de 1941 a 1952, assim como de 1954 a 1963. Foi agraciado com o Grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada, em 4 de junho de 1965. Era filho de Carlos Augusto Pereira (Lisboa/20.05.1879 – 26.09.1941/Estoril) – que foi Administrador Delegado da Companhia das Águas de Lisboa de 1919 a 1941 – e Cecília Teixeira de Queirós Pereira (Coimbra/10.07.1874 -27.10.1951/Lisboa). Era seus irmãos Maria Teresa (1902), Manuel Augusto (1906), Cecília Maria (1910) e Francisco. Era também primo direito da mulher de Marcelo Caetano, Teresa Queirós de Barros.