Contracapa (Um livro da minha estante): “Odisseia” de Homero

9789727950607

Odisseia de Homero
Tradução de Frederico Lourenço (Livros Cotovia)

Contracapa: “A Odisseia homérica é, a seguir à Bíblia, o livro que mais influência terá exercido, ao longo dos tempos, no imaginário ocidental. Esta tradução da Odisseia veio colmatar uma lacuna evidente: a inexistência, em português actual, de uma tradução vertida do grego, em verso e com a máxima fidelidade ao original, que devolva ao leitor o prazer do texto homérico”.
Frederico Lourenço é romancista e docente da Faculdade de Letras de Lisboa, onde se tem dedicado especialmente à leccionação da língua grega. É autor de traduções de Eurípedes (Hipólito e Íon) e de Grécia Revisitada: Ensaios sobre Cultura Grega. A tradução em verso da Odisseia recebeu o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus.
Súmula do poema: “Poema épico atribuído, como a Ilíada, a Homero, em 24 cantos. Conta a viagem de Ulisses (Odysseus), depois da tomada de Tróia, e o regresso do herói ao seu reino da Ítaca. Um dos mais belos fragmentos da Odisseia é o episódio de Nausica, quadro grandioso dos costumes primitivos. As suas longas e interessantes narrações de viagem, a as suas aventuras maravilhosas, os seus numerosos episódios em que se revela o perfeito conhecimento do coração humano dão à Odisseia mais variedade e encanto do que os que possui a Ilíada. Estas duas epopeias oferecem em resumo a imagem da alma grega” (Dicionário Prático Ilustrado – Lello).
Minha moral da história: experimente, caro leitor, ler os excelentes e belos versos da tradução de Frederico. Neste momento em que, numa Europa desconchavada, nós, portugueses, nos encontramos à deriva num mar de tragédia, invoquemos o espírito do herói da Odisseia – Ulisses –, nas profundezas da Europa antiga, procurando chegar à nossa Ítaca… E lembremo-nos de que, para chegar à sua querida Ítaca, à sua amada esposa Penélope bem como ao seu fiel Argos, ele teve de vazar o único olho do monstro Polifemo e recorrer a outras tácticas da sua heróica perspicácia. Então nós, agora, a seu exemplo, não deixemos que o monstro europeu (de hoje) nos transforme em porcos como aconteceu aos companheiros do épico herói (os que não tinham sido já comidos pelo malvado ciclope)…
Há bons linguistas que rejeitam a fantasia lendária de que o nome de Lisboa – Olissipo – tem um resíduo radical do nome de Ulisses… Até porque Ulisses, em grego, é Odysseus…

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