Estado mínimo não é o caminho para evitar tragédias como a do Vale Taquari

Estado mínimo não é o caminho para evitar tragédias como a do Vale Taquari

Diante desta triste catástrofe socioambiental que foi a enchente ocorrida na última semana no Vale do Taquari, o Sintergs reitera sua posição em defesa de um Estado forte e articulado, que valorize a vida e os trabalhadores. A enchente histórica atingiu milhares de gaúchos e gaúchas, ceifando dezenas de vidas e trazendo destruição às famílias e suas residências, aos estabelecimentos que garantiam o sustento, à infraestrutura das cidades e comunidades rurais.

A extinção e o esvaziamento de importantes órgãos de pesquisa somada à desestruturação dos serviços públicos nas áreas ambientais, saúde, obras e agricultura, são políticas de governo que agravam tragédias como a que ocorreu no Vale do Taquari. Diante deste cenário, o Sintergs vêm a público reiterar que a prática do Estado mínimo não dialoga com o bem-estar social da população.

Serviços públicos de qualidade e bem estruturados são os melhores instrumentos para a prevenção e enfrentamento de tragédias, como já foi visto durante a pandemia. O Poder Executivo do Rio Grande do Sul dispõe de profissionais qualificados e comprometidos com as demandas urgentes da sociedade, mesmo estando há nove anos com os salários congelados.

O Sintergs reafirma que situações de crise não podem ser resolvidas sem a ação coordenada dos trabalhadores públicos. Na ausência de políticas públicas, os mais vulneráveis sofrem mais. Em paralelo às ações de mitigação dos impactos, o governo do Estado precisa retomar urgentemente as políticas ambientais e de gestão de risco, mapear áreas críticas e focar em ações de prevenção para antecipar eventos.

O sindicato tem promovido ações de solidariedade aos desabrigados bem como acompanhado servidores públicos que estão atuando nos locais de risco. Neste momento em que a sociedade gaúcha se une e se solidariza com a população atingida, o governo estadual deve ser capaz de coordenar ações interinstitucionais para a reconstrução da vida das famílias atingidas. A participação e integração das diversas secretarias e órgãos públicos é fundamental. E, para isto, não precisamos de um Estado mínimo, mas de um Estado forte e estruturado, com investimento nos serviços e nos servidores.

Foto: Mauricio Tonetto/Secom

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