Intestino preso

O intestino preso ou constipação ocorre quando as evacuações, ou “fezes”, tornam-se menos frequentes ou mais difíceis de evacuar. Alguns definem a condição como menos de três evacuações por semana, mas a constipação pode variar porque nossos padrões habituais de banheiro são diferentes. Algumas pessoas vão todos os dias, enquanto outras podem ir apenas três ou quatro vezes por semana.

A constipação pode afetar significativamente a qualidade de vida, causando inchaço, desconforto e náusea. É um dos sinais mais persistentes da doença de Parkinson, surgindo muitas vezes anos antes dos sintomas motores e afetando indivíduos ao longo do curso do distúrbio. Pode retardar, inclusive, a absorção e diminuir a eficácia dos medicamentos para Parkinson, como a levodopa.

O Parkinson atinge muitos sistemas do corpo, não apenas o movimento. Isto inclui o sistema nervoso autônomo, responsável por regular funções corporais “automáticas”, como frequência cardíaca, pressão arterial e funções gastrointestinal e urinária. Estes podem estar entre os problemas mais sérios e complexos enfrentados pelos pacientes com DP.

Esses efeitos podem ser provocados ​​tanto pela própria doença quanto pelos medicamentos usados ​​para tratá-la. A boa notícia é que existem medidas que você pode seguir para diminuir o impacto em sua vida.

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Causas

Na doença de Parkinson, a constipação pode ser um sintoma comum devido ao impacto no sistema nervoso autônomo, uma rede de nervos que dirige funções corporais involuntárias. Quando o movimento do trato digestivo fica mais lento, pode causar prisão de ventre. Pesquisas recentes sugerem que alterações no microbioma intestinal também podem estar ligadas ao Parkinson, contribuindo assim para um intestino preso. 

Além disso, alguns medicamentos para DP, como o Artane (trihexifenidil), e outros fatores, como a baixa ingestão de água ou fibras e falta de atividade física, podem agravar o problema.

Tratamentos

Os primeiros passos no tratamento do intestino preso são alguns ajustes na dieta e no estilo de vida:

  • Beba pelo menos seis copos de água por dia
    A água aumenta o fluxo através do trato digestivo. Você pode precisar de mais água, especialmente em climas quentes, mas comece com pelo menos seis copos cheios por dia. Lembre-se de que a cafeína e o álcool podem causar desidratação, o que piorará a constipação. E considere beber líquidos quentes pela manhã, pois às vezes isso pode estimular a evacuação.
  • Adicione mais fibras à sua dieta
    A fibra ajuda a conduzir os resíduos através do intestino. Aumente a quantidade de fibras gradualmente em sua dieta com vegetais, frutas vermelhas, frutas com casca (como peras e maçãs) e grãos integrais.
  • Coma refeições menores ao longo do dia
    Algumas pessoas notam que fazer mais pequenas refeições em vez de menos refeições maiores ajudam no tratamento da constipação, pois permitem mais tempo para a digestão.
  • Exercite regularmente
    O movimento dos músculos abdominais ajuda a ativar o sistema digestivo. Exercícios físicos constantes e moderadamente extenuantes, como caminhar, nadar ou levantar pesos leves, podem ajudar a aliviar o intestino preso.

Quando a dieta e os exercícios não são suficientes, seu médico neurologista pode recomendar medicamentos vendidos sem receita ou prescritos, como:

  • Amaciantes de fezes, como Colace (docusato), podem ser usados ​​se as fezes estiverem duras. Estes podem ser tomados diariamente por curtos períodos.
  • Os laxantes funcionam de maneiras diferentes. Alguns, como o Miralax (polietilenoglicol), puxam água para o cólon para aliviar a constipação. Laxantes “estimulantes”, como Dulcolax (bisacodil), promovem contrações musculares no trato digestivo. Eles não são recomendados para uso diário, pois podem ser agressivos para o sistema.


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INFORMAÇÕES DO AUTOR:

Dr. Rubens Cury Neurologista especialista em doença de Parkinson e Estimulação Cerebral Profunda

Médico Neurologista especialista em doença de Parkinson, Tremor Essencial, Distonia, e Estimulação Cerebral Profunda (DBS, deep brain stimulation). Possui doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado em Neurologia pela Universidade de São Paulo e Universidade de Grenoble, na França.
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