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Aborto de repetição e aborto espontâneo: o que são?

Ainda que algumas vezes sejam utilizados como sinônimos, os termos aborto e abortamento não possuem o mesmo significado. Abortamento corresponde ao processo da perda gestacional e o aborto representa o produto da concepção eliminado.

O abortamento é caracterizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a perda de gravidez clinicamente comprovada antes de 22 semanas.

Ele pode acontecer de forma espontânea devido a alguma alteração encontrada no organismo da mulher. É muito comum durante a idade reprodutiva, principalmente até a 12ª semana de gestação e, muitas vezes, não é percebido.

Quando se repete por duas ou mais vezes consecutivas, entretanto, pode ser considerado aborto de repetição, condição, que assim como a dificuldade de engravidar após um ano de tentativas, também caracteriza infertilidade. Alterações hormonais, distúrbios genéticos ou imunológicos estão entre as causas desse problema.

Mesmo que o aborto de repetição sinalize para a infertilidade feminina, após a investigação da causa e definição do tratamento, a fertilidade pode ser restaurada na maioria dos casos, pelos tratamentos tradicionais ou com auxílio da medicina reprodutiva, cujas técnicas aumentam as chances de obter a gravidez e que esta evolua.

Neste texto, saiba o que é aborto de repetição e aborto espontâneo, entenda o que pode causá-los e como a mulher pode alcançar a gravidez.

O que são abortamentos de repetição?

Os abortamentos de repetição são considerados quando a mulher passa pela situação duas ou mais vezes consecutivas. A interrupção da gravidez pode ser frustrante e traumática, causando algumas dificuldades ao longo de novas tentativas.

Algumas anormalidades cromossômicas encontradas nos gametas masculinos e femininos podem ser um dos causadores dessa condição. Em grande parte das vezes, os embriões alterados cromossomicamente têm dificuldade para se implantar ou se desenvolver, cessando assim o seu crescimento. É possível entender este processo como uma defesa evolutiva, como um mecanismo para evitar crianças com alterações.

Outros tipos de doenças que afetam o útero e estruturas do sistema reprodutivo da mulher, também podem influenciar na interrupção da gravidez. Mulheres com idade acima de 35 anos encontram maiores chances de sofrer abortos de repetição.

O que é abortamento espontâneo?

O abortamento espontâneo acontece quando a mulher, por algum motivo, sofre a interrupção da gravidez antes de 22 semanas de desenvolvimento do feto, mais comumente até o terceiro trimestre, aproximadamente 12 semanas de gestação.

Dor abdominal forte e sangramento anormal, podem indicar que a mulher está passando por um processo de abortamento, motivado por diferentes causas, incluindo alterações em órgãos essenciais para o processo de reprodução.

O uso de alguns medicamentos, doenças autoimunes, infecções causadas por vírus e bactérias, alterações hormonais, síndrome dos ovários policísticos (SOP), entre outros, podem ocasionar abortamentos espontâneos.

Quais as causas de cada tipo de abortamento?

O abortamento espontâneo pode ocorrer por diferentes motivações, incluindo alterações genéticas, infecções, uso de medicamentos, uso de álcool e cigarro em excesso durante a gestação, doenças autoimunes, entre outras.

Quando essa situação se torna recorrente, o chamado aborto de repetição, pode ser motivado por anormalidades cromossômicas nos óvulos, espermatozoides ou embriões formados. Dessa forma, o feto não realiza o desenvolvimento de maneira correta e resulta no abortamento.

Existem ainda outras possíveis causas para esse problema, como o desequilíbrio hormonal, inflamações (principalmente quando ocasionadas por infecções sexualmente transmissíveis), diabetes, trombofilia e doenças imunológicas.

Mulheres com idade acima de 35 anos possuem mais chances de abortamentos de repetição, pois com o avançar da idade seus gametas perdem qualidade e quantidade, aumentando as anomalias genéticas.

Qual a relação dos abortamentos com a infertilidade e com a reprodução assistida?

Os abortamentos levam as mulheres à uma condição de frustração e desgaste emocional. Em casos de repetição, o emocional pode ficar ainda mais abalado. Seu corpo também pode responder negativamente a esse processo, causando cada vez mais dificuldades para engravidar de forma saudável.

A mulher que passa pelo abortamento, pode procurar auxílio na reprodução assistida, que inicialmente realiza diversos exames para a investigação das causas da infertilidade feminina.

Após diagnosticar a origem do problema, ela é encaminhada ao tratamento com uma técnica que se adeque às suas necessidades naquele momento. Os procedimentos aumentam as chances de sucesso na gravidez.

São três as técnicas principais da medicina reprodutiva, sendo divididas em menos ou mais complexas, de acordo com a realização da fecundação. Quando gametas masculinos e femininos se encontram de maneira natural, nas tubas uterinas, considera-se a técnica de baixa complexidade. Já quando este encontro ocorre em laboratório de forma manipulada, a técnica é considerada de alta complexidade.

Entre os métodos menos complexos, encontram-se a relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA). Já em relação à alta complexidade, a principal técnica é a fertilização in vitro (FIV), muito recomendada em situações mais graves de infertilidade.

Se você tem interesse por esse assunto, leia mais sobre o aborto de repetição e saiba detalhes sobre essa condição que afeta tantas mulheres em idade reprodutiva.

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