João Morgado perfila-se como um possível candidato à Câmara Municipal da Covilhã e terá sido, por esse motivo, afastado do cargo de Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Belmonte. Questionado sobre o assunto pela Rádio Caria, João Morgado não quer para já prestar declarações, referindo apenas que tem contrato com a Câmara de Belmonte até final deste mês.
Segundo o jornal “O Interior”, João Morgado “comunicou recentemente a António Dias Rocha que já tinha reunido os apoios necessários para concorrer contra o socialista Vítor Pereira na Covilhã e, no final de Agosto, terá causado mal-estar entre os socialistas ao lançar uma “Carta Aberta à Consciência”, que o jornal publicou no seu site, em que criticava fortemente o autarca covilhanense e escrevia que a Covilhã se transformara numa cidade apagada, apelando, por isso, a que, quem tivesse sentido crítico e olhos abertos, despertasse os amigos e familiares”.
No início deste mês, PSD, CDS e os independentes do movimento “De Novo Covilhã” anunciaram terem chegado a acordo para criar uma coligação para as autárquicas 2021. Na sequência destas movimentações, o jornal “O Interior” refere que “o PS da Covilhã terá pedido “a cabeça” de João Morgado a Dias Rocha, que terá sido igualmente pressionado por dirigentes socialistas locais e de Lisboa a dispensar o seu chefe de gabinete. Estas pressões resultaram no passado dia 08, no afastamento imediato de João Morgado da Câmara de Belmonte”.
João Morgado, que é também romancista premiado, “foi o director de campanha de António Dias Rocha quando concorreu a Belmonte pela coligação MPB/ PSD, em 2005, e também nas suas duas candidaturas posteriores pelo PS. Tem sido o chefe de gabinete do autarca nos últimos sete anos”. Segundo o semanário “o agora candidato à Câmara da Covilhã não comenta este alegado caso de saneamento político e tem defendido o amigo Dias Rocha no núcleo duro dos seus apoiantes”.
A Rádio Caria tentou também obter, sem sucesso, um esclarecimento por parte do Presidente da Câmara de Belmonte que ao jornal “O Interior” disse que “ambos conversaram e que a relação profissional terminou tranquilamente, a bem, sem qualquer conflito. Cada um segue o seu caminho”.