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Devocionário Católico

Contendo Ordinário da Missa, Exercícios


Espirituais e Manual da Congregação
Mariana

Fraternidade Sacerdotal São Pio X


São Paulo – SP
MMXIII

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LIVRO I

DEVOCIONÁRIO
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PRÓLOGO

Para facilitar, neste manual todas as orações estarão


com a indicação das indulgências concedidas e as
condições para recebê-las.
A letra ‘d’, ‘a’, ou ’q’, após os números significam
respectivamente dias, anos e quarentenas. Indicando a
quantidade de dias, anos ou quarentenas de indulgência
que são concedidas.
As siglas ‘CD’ após a quantidade significará “Cada Dia” e
‘CV’ significará “Cada Vez”, indicando que se recebe
aquela indulgência uma vez cada dia ou cada vez.
‘PM’ indica que, se rezada a oração todos os dias por um
mês ininterrupto, se lucrará Indulgência Plenária nas
condições especificadas.
As orações e obras às quais são concedidas indulgências
plenárias trarão a abreviação ‘Ind. Plen.’ ou por extenso.

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CAPÍTULO I – ORAÇÕES QUOTIDIANAS

“Pela tarde, de manhã e ao meio-dia lamentarei e


gemerei; e ele ouvirá minha voz.” (Salmos LIV, 18).

“Quem reza se salva, quem não reza se condena.”


(Santo Afonso Maria de Ligório).

ORAÇÕES BASILARES

SINAL DA CRUZ
(50d. CV; 100d. CV com água benta)
IN nomine Patris, et Filii, Em nome do Pai, do Filho
et † Spiritus Sancti. †e do Espírito Santo.
Amen. Amém.

SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS OU CREDO


1. CREDO in Deum Patrem 1. CREIO em Deus Pai
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omnipotentem, Creatorem Todo-Poderoso Criador do
cӕli et terrӕ. céu e da terra;
2. Et in Iesum Christum, 2. E em Jesus Cristo, seu
Filium eius unicum, Domi- único Filho, nosso Senhor;
num nostrum,
3. Qui conceptus est de 3. O qual foi concebido
Spiritu Sancto, natus ex pelo poder do Espírito
Maria Virgine, Santo; nasceu da Virgem
Maria;
4. Passus sub Pontio 4. Padeceu sob Pôncio
Pilato, crucifixus, mortuus, Pilatos, foi crucificado,
et sepultus, morto e sepultado;
5. Descendit ad inferos, 5. Desceu à mansão dos
tertia die resurrexit a mortos; ressuscitou ao
mortuis, terceiro dia;
6. Ascendit ad cӕlos, sedet 6. Subiu aos céus, está
ad dexteram Dei Patris sentado à direita de Deus
omnipotentis, Pai Todo-Poderoso;
7. Inde venturus est 7. Donde há de vir a julgar
iudicare vivos et mortuos. os vivos e os mortos.
8. Credo in Spiritum 8. Creio no Espírito Santo;
Sanctum,
9. Sanctam Ecclesiam 9. Na Santa Igreja Católica;
catholicam, sanctorum na comunhão dos Santos;
communionem, 10. Na remissão dos
10. Remissionem peccato- pecados;
rum, 11. Na ressurreição da
11. Carnis resurrectionem carne;
12. Vitam ӕternam. 12. Na vida eterna.
Amen. Amém.

PAI-NOSSO
PATER NOSTER, qui es in PAI NOSSO que estais nos

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cӕlis, sanctificetur nomen Céus, santificado seja o
tuum. Adveniat regnum Vosso Nome. Venha a nós
tuum. Fiat voluntas tua, o Vosso Reino; seja feita a
sicut in cӕlo et in terra. Vossa vontade assim na
Panem nostrum quotidia- terra como no Céu. O pão
num da nobis hodie, et nosso de cada dia nos daí
dimitte nobis debita hoje, perdoai-nos as nos-
nostra sicut et nos dimit- sas dívidas, assim como
timus debitoribus nostris. nós perdoamos aos nossos
Et ne nos inducas in devedores; e não nos dei-
tentationem, sed libera xeis cair em tentação, mas
nos a malo. Amen. livrai-nos do mal. Amém.

AVE-MARIA
AVE MARIA, gratia plena, AVE MARIA cheia de
Dominus tecum. Benedicta graça, o Senhor é con-
tu in mulieribus, et bene- vosco; bendita sois vós en-
dictus fructus ventris tui, tre as mulheres e bendito
Iesus. é o Fruto do vosso ventre,
Jesus.
Sancta Maria, Mater Dei, Santa Maria, Mãe de Deus,
ora pro nobis peccato- rogai por nós pecadores,
ribus, nunc, et in hora agora e na hora de nossa
mortis nostrӕ. Amen. morte. Amém.

GLÓRIA
GLORIA Patri, et Filio, et GLÓRIA AO PAI, ao Filho e
Spiritui Sancto. Sicut erat ao Espírito Santo. Assim
in principio, et nunc, et como era no princípio,
semper, et in sӕcula sӕcu- agora e sempre e por to-
lorum. dos os séculos dos séculos.
Amen. Amém.

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SALVE RAINHA
SALVE, Regina, mater mi- SALVE RAINHA, Mãe de
sericordiӕ, vita, dulcedo, Misericórdia, Vida, Doçura
et spes nostra, salve. Ad te e Esperança nossa, Salve!
clamamus exsules filii A Vós bradamos os degre-
Hevӕ. Ad te suspiramus, dados filhos de Eva. A Vós
gementes et flentes in hac suspiramos gemendo e
lacrimarum valle. Eia, chorando neste vale de
ergo, advocata nostra, illos lágrimas. Eia, pois,
tuos misericordes oculos advogada nossa, esses
ad nos converte. Et Iesum, vossos olhos misericordio-
benedictum fructum ven- sos a nós volvei. E depois
tris tui, nobis post hoc deste desterro mostrai-
exsilium ostende. nos, Jesus, bendito fruto
do vosso ventre.
O clemens, O pia, O dulcis Oh! Clemente, Oh! Piedo-
Virgo Maria. sa, Oh! Doce e sempre
Amen. Virgem Maria. Amém.

SUB TUUM PRÆSIDIUM


100d. CD; 7a. 7q. aos Domingos; 2PM em domingos à
escolha; plen. nas festas da SSma. Virgem e Todos os
Santos e in articulo mortis. (SS. Pio VII, 5 Abr. 1786)

SUB TUUM prӕsidium À vossa proteção recorre-


confugimus, Sancta Dei mos Santa Mãe de Deus.
Genetrix. Nostras depre- Não desprezeis as nossas
cationes ne despicias in súplicas que em nossas
necessitatibus, sed a necessidades vos dirigi-
periculis cunctis libera nos mos, mas livrai-nos sem-
semper, Virgo gloriosa et pre de todos os perigos,
benedicta. Amen. Oh! Virgem gloriosa e
bendita! Amém.
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ORAÇÕES DA MANHÃ
Credo, Pai-Nosso, Ave-Maria, Angelus e algumas ou
todas as orações seguintes:

AO VESTIR-SE
Não permitais, Senhor, que eu tenha menos cuidado da
minha alma do que do meu corpo; nem que ela seja
despojada da preciosa vestidura da graça divina.
Glória vos seja dada, Oh! Santíssima Trindade por mim
e por todas as criaturas, agora e por todos os séculos.
Amém.

AÇÃO DE GRAÇAS
Meu Deus, eu creio que estais aqui presente; eu vos
adoro e vos amo e todo meu coração; dou-vos infinitas
graças por me haverdes criado e feito nascer no seio da
Santa Igreja Católica; por me haverdes conservado
nesta noite e preservado da morte repentina. Em união
com os merecimentos de Jesus Cristo, de sua Mãe
Santíssima e de todos os santos, vos ofereço todos os
meus pensamentos, palavras e obras para Vossa maior
glória, em ação de graças por todos os benefícios que
de Vós tenho recebido, em satisfação de meus pecados
e com a intenção de lucrar todas as indulgências
concedidas pela Igreja. Dignai-Vos, Senhor, preservar-
me neste dia do pecado e livrai-me de todo mal. Amém.

OFERECIMENTO DO DIA
(Santa Gertrudes)
Ofereço-vos meu Deus, em união com o Santíssimo
Coração de Jesus, e pelo Coração Imaculado de Maria,
as orações, trabalhos, obras e sofrimentos deste dia,
em reparação pelas minhas ofensas e por todas as
intenções pelas quais o Vosso Coração está
continuamente a interceder e sacrificar-se em nossos
altares. Amém.

ATO DE FÉ
Eu creio firmemente que há um só Deus em três
pessoas realmente distintas, Pai, Filho e Espírito Santo,
que dá o Céu aos bons e o inferno aos maus para
sempre. Creio que o Filho de Deus se fez homem,
padeceu e morreu na Cruz para nos salvar e que ao
terceiro dia ressuscitou. Creio tudo mais que crê e
ensina a Santa Igreja Católica Apostólica Romana,
porque Deus, Verdade Infalível, lho revelou. E nesta
crença quero viver e morrer.

ATO DE ESPERANÇA
Eu espero, meu Deus, com firme confiança, que pelos
merecimentos de meu Senhor Jesus Cristo, me dareis a
salvação eterna e as graças necessárias para consegui-
la, porque Vós, sumamente bom e poderoso, o haveis
prometido a quem observar fielmente os vossos
mandamentos, como eu proponho fazer com Vosso
auxílio.
ATO DE CARIDADE
Eu Vos amo meu Deus, de todo meu coração e sobre
todas as coisas, porque sois infinitamente bom e digno
de ser amado e, antes quero perder tudo do que vos
ofender. Por amor de Vós amo meu próximo como a
mim mesmo.

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA


(Padre Zucchi)
Oh! Minha Senhora e minha Mãe, eu me ofereço todo a

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Vós, e em prova da minha devoção para convosco, Vos
consagro neste dia os meus olhos, os meus ouvidos, a
minha boca, o meu coração e todo o meu ser. E porque
assim sou Vosso, Oh! incomparável Mãe, guardai-me e
defendei-me como coisa e propriedade Vossa. Amém.

V. Lembrai-vos que vos pertenço, terna Mãe, Senhora


Nossa.
R. Guardai-me e defendei-me como coisa e
propriedade vossa.

AO ANJO CUSTÓDIO
(100d CV. PM. Plen. 2 de outubro e in articulo mortis)
Angele Dei, qui custos es Santo Anjo do Senhor,
mei, me tibi commissum meu zeloso guardador, já
pietate superna illumina, que a ti me confiou a
custodi, rege et guberna. piedade divina, sempre
me rege, me guarde, me
governe e me ilumine.
Amen. Amém.

AO SANTO ONOMÁSTICO
Glorioso Santo N. cujo nome tenho a honra de levar,
rogai por mim, para que eu possa servir a Deus como
vós sobre a terra, e glorificar-Lo eternamente convosco
no céu. Amém.

ORAÇÕES AO LONGO DO DIA

PARA AS REFEIÇÕES

Antes de Comer
V. Benedic, Domine, nos et V. Abençoai, Senhor, nós e

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hӕc tua dona quӕ de tua este alimento, fruto de
largitate sumus sumptori vossa liberalidade para
per Christum Dominum conosco por Cristo Senhor
nostrum. Nosso.
R. Amen. R. Amém.
V. Jube Domine V. Mandai, Senhor, e será
Benedicere. bendito.

Prandium Almoço
R. Mensӕ cœlestis R. Da mesa celeste fazei-
parcipes faciat nos Rex nos participantes, Rei da
ӕterne gloriӕ. eterna glória.
T. Amen. T. Amém.
Cœna Jantar
R. Ad cœnam vitӕ R. À Ceia da vida eterna
ӕternӕ perducat nos conduzi - nos, Rei da
Rex ӕternӕ gloriӕ. eterna glória.
T. Amen. T. Amém.

Depois de Comer
Agimus tibi gratias, Graças vos damos, Deus
Omnipotens Deus pro Onipotente, por todos os
universis beneficiis tuis. vossos benefícios. Vós que
Qui vivis et regnas in viveis e reinais pelo século
sӕcula sӕculorum. dos séculos.
R. Amen. R. Amém.

PARA O TRABALHO

Antes do Trabalho
Pater Noster, Ave Maria, Pai-Nosso, Ave-Maria,
Glória Patri... Glória...
V. Sancte Joseph: V. São José
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R. Ora pro nobis. R. Rogai por nós.
V. Sancte (vel Sancta V. (Santo ou Santa patrono
patrone(a) profetionis.) da profissão)
R. Ora pro nobis. R. Rogai por nós.

Depois do Trabalho
Pai-Nosso, Ave-Maria, Sub tuum prӕsidium (pág. 11).

PARA OS ESTUDOS

Oração para Antes do Estudo


(Santo Tomás de Aquino)

Infalível Criador, que dos tesouros da Vossa sabedoria,


tiraste as hierarquias dos Anjos colocando-as com
ordem admirável no céu; distribuístes o universo com
encantável harmonia, Vós que sois a verdadeira fonte
da luz e o princípio supremo da sabedoria, difundi
sobre as trevas da minha mente o raio do esplendor,
removendo as duplas trevas nas quais nasci: o pecado e
a ignorância.
Vós que tornaste fecunda a língua das crianças, tornai
erudita a minha língua e espalhai sobre os meus lábios
a vossa bênção. Concede-me a acuracidade para
entender, a capacidade de reter, a sutileza de relevar, a
facilidade de aprender, a graça abundante de falar e de
escrever. Ensina-me a começar, rege-me a continuar e
perseverar até o término. Vós que sois verdadeiro Deus
e verdadeiro homem, que vive e reina pelos séculos
dos séculos. Amém.

Depois dos Estudos


Pai-Nosso, Ave-Maria e Sub tuum prӕsidium.
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ANGELUS
Rezado de manhã, ao meio-dia e à noite.

V: Angelus Domini V. O Anjo do Senhor


nuntiavit Mariӕ. anunciou à Maria.
R: Et concepit de Spiritu R. E ela concebeu do
Sancto. Espírito Santo.
Ave Maria... Ave Maria...
V: Ecce ancilla Domini. V. Eis aqui a escrava do
Senhor.
R: Fiat mihi secundum R. Faça-se em mim
verbum tuum. segundo a tua palavra.
Ave Maria... Ave Maria...
V: Et verbum caro factum V. O Verbo divino se
est. encarnou.
R: Et habitavit in nobis. R. E habitou entre nós.
Ave Maria... Ave Maria...
V: Ora pro nobis, sancta V. Rogai por nós, Santa
Dei Genitrix. Mãe de Deus.
R: Ut digni efficiamur R. Para que sejamos
promissionibus Christi. dignos das promessas de
Cristo.
Oremus: Gratiam tuam, Oremos: Infundi, Senhor,
quӕsumus, Domine, men- vos pedimos, a vossa graça
tibus nostris infunde, ut em nossas almas, para que
qui, Angelo nuntiante, nós, que pela anunciação
Christi Filii tui Incarnatio- do Anjo conhecemos a
nem cognovimus, per Encarnação de Cristo,
Passionem eius et Crucem Vosso Filho, pela sua
ad resurrectionis gloriam Paixão e Morte de Cruz
perducamur. Per eumdem sejamos conduzidos à gló-
Christum Dominum nos- ria da ressurreição. Pelo
trum. mesmo Cristo, Senhor

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Amen. Nosso. Amém.

REGINA CŒLI
Substitui o Angelus durante o Tempo Pascal.

V.: Regina cӕli, lӕtare! V. Rainha do Céu, alegrai-


Alleluia! Vos. Aleluia.
R.: Quia quem meruisti R. Porque Aquele que
portare! Alleluia! merecestes trazer em
Vosso seio! Aleluia.
V.: Resurrexit, sicut dixit! V. Ressuscitou como disse.
Alleluia! Aleluia.
R.: Ora pro nobis Deum! R. Rogai por nós a Deus.
Alleluia! Aleluia.
V.: Gaude et lӕtare, Virgo V. Alegrai-vos e exultai,
Maria! Alleluia! Oh! Virgem Maria. Aleluia.
R.: Quia surrexit R. Porque o Senhor
Dominus vere! Alleluia! ressuscitou verdadeira-
mente. Aleluia.
Oremus: Deus, qui per Oremos: Oh! Deus, que
resurrectionem Filii tui, vos dignastes alegrar o
Domini nostri Iesu Christi, mundo com a ressurreição
mundum lӕtificare digna- do vosso Filho, Nosso
tus es: prӕsta, quӕsumus; Senhor Jesus Cristo,
ut per eius Genetricem concedei-nos que, por sua
Virginem Mariam, perpe- santa Mãe, a puríssima
tuӕ capiamus gaudia vitӕ. Virgem Maria, alcancemos
Per eumdem Christum os inefáveis gozos da vida
Dominum nostrum. eterna. Pelo mesmo Cristo,
Amen. Senhor Nosso. Amém

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ORAÇÕES DA NOITE

EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA ANTES DO SONO


(Santo Inácio de Loyola)

1° Agradecer os benefícios recebidos:


Meu Deus, meu Pai e meu Criador, eu vos adoro, louvo
e reverencio e vos dou infinitas graças por me terdes
criado, feito cristão e cumulado de benefícios.
2º Pedir luz para conhecer os próprios pecados e graça
para os aborrecer e detestar:
Oh! Divino Espírito Santo, dignai-vos conceder-me luz
para conhecer os meus pecados, negligências e
defeitos, e graça eficaz para me arrepender e emendar
deles.
3° Examinar as ofensas feitas a Deus, por pensamentos,
palavras e obras desde o último exame até a hora
presente, respondendo ao seguinte interrogatório (ou a
outro semelhante, conforme o estado e condição de cada
um):
Como cumpri os deveres para com Deus?... Fiz a oração
da manhã?... Estive presente com a devida reverência
interior e exterior, a todos os atos religiosos?... Ofereci
a Deus as minhas ações e tive reta intenção em todas
elas, ou procedi por amor próprio, vaidade ou paixão?...
Que devoções particulares tenho eu e como as rezei?...
Cumpri todos os meus deveres para com o próximo?...
Obedeci com amor, respeito e submissão aos
superiores?... Fui cordial com os iguais?... Mostrei-me
altivo, falto de caridade, desprezador ou demasiado
exigente com os inferiores?... Fui justo, leal e sincero
com todos?... Faltei à verdade, murmurei, ou fiz juízos
temerários do próximo?... Como cumpri os deveres

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para comigo?... Consenti em maus pensamentos,
pronunciei más palavras ou violei de algum modo a
castidade?... Andei com más companhias, fiz leituras
perigosas?... Deixei-me vencer pelo respeito humano?...
Cumpri as obrigações do meu estado ou condição?...
4° Fazer um ato de contrição das faltas cometidas,
incluindo nele as mais graves da vida passada:
Que teria sido de mim, Oh! meu Deus, se me tivésseis
castigado, como eu merecia? Ai! Quanto me pesam as
minhas culpas, que tão grandes castigos provocariam!
E como fui louco em renunciar à felicidade eterna da
bem-aventurança pela mesquinha satisfação de um
pecado, que ainda neste mundo me aviltou e encheu de
remorsos!... E ofender-vos eu, a Vós!... Eu, tão
miserável, tão ingrato, tão cheio de graças e dons... A
Vós. meu Criador, meu Redentor, infinitamente bom e
amável, a própria onipotência, santidade e amor!...
5° Propor a emenda com a graça divina:
Ah! Mas nunca mais pecarei. Senhor, nunca mais vos
ofenderei. Antes a morte, Senhor, antes todos os
trabalhos do mundo, porque tudo passa e a eternidade
não acaba porque o pecado é um mal maior que o
inferno; porque não há, nem pode haver, compensação
para a perda de um bem infinito, qual é o Céu; porque o
pecado vos ofende e desgosta, a Vós, meu Deus, meu
Pai e meu Criador, beleza e amabilidade infinitas.
Prometer evitar alguma falta mais particular ou alguma
ocasião de pecado e terminar com um Padre Nosso.

ATO DE CONTRIÇÃO
Pesa-me meu Deus, e me arrependo de todo coração de
haver Vos ofendido. Pesa-me pelo inferno que mereci e
pelo céu que perdi, mas muito mais me pesa porque

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pecando ofendi a um Deus tão bom e tão grande como
Vós. Antes haver morrido que haver vos ofendido.
Proponho firmemente com o auxílio de vossa divina
graça não pecar mais e fugir de toda ocasião próxima
de pecado. Amém.

CONFITEOR
Me confesso a Deus Todo-Poderoso, à Bem-Aventurada
Sempre Virgem Maria, ao Bem-Aventurado Miguel
Arcanjo, ao Bem-Aventurado João Batista, aos santos
Apóstolos Pedro e Paulo, a todos os santos (e a vós
padre, irmão, irmã) que pequei muitas vezes por
pensamentos, palavras e obras, por minha culpa (bate-
se três vezes no peito), minha culpa, minha máxima
culpa. Do mesmo modo peço à Bem-Aventurada
Sempre Virgem Maria, ao Bem-Aventurado Miguel
Arcanjo, ao Bem-Aventurado João Batista, aos santos
Apóstolos Pedro e Paulo, a todos os santos (e a vós
padre, irmão, irmã) que rogueis por mim a Deus Nosso
Senhor. Amém.

ENCOMENDAÇÃO
Santíssima Virgem, São José, Anjo da minha guarda,
Santos Patronos meus, e todos os anjos e santos,
intercedam por mim, protejam-me durante esta noite,
todo o tempo que dure minha vida e particularmente
na hora de minha morte. Amém.

AO ASPERGIR O LEITO COM ÁGUA BENTA


Abençoai, Mãe Santíssima, o meu descanso noturno
para que eu possa retomar as minhas forças e melhor
servir-vos e ao vosso Filho. Em nome do Pai, †do Filho
e do Espírito Santo. Amém.

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CAPÍTULO II – MEDITAÇÃO E OUTROS
EXERCÍCIOS CONTEMPLATIVOS
“Escuta, Israel, os mandamentos de vida; medita, a fim
de que aprendas a prudência.”
(Baruch III, 9)

“A meditação é um assíduo e sagaz reconduzir do


pensamento, em que nos esforçamos por explicar algo
obscuro ou procuramos penetrar no que é oculto.”
(Hugo de S. Vitor)
"Quando rezamos, falamos com Deus. Quando lemos a
Sagra Escritura, Deus fala conosco."
(Santo Isidoro de Sevilha)

MEDITAÇÃO

A Meditação para o Católico consiste em usar das


potências da alma, imaginação, inteligência e vontade,
para propor à alma um mistério, buscar compreendê-lo

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melhor e por fim tomar uma resolução e pedir as
graças necessárias para cumpri-la. Em suma:
Aconselhamos que se leia em Filotéia, de São Francisco
de Sales (Parte II, cap. II ao cap. IX), os conselhos que o
Santo Bispo de Genebra dá sobre o modo de fazer a
meditação e como proceder nas vicissitudes e
dificuldades que encontremos durante ela. Segue,
entretanto, um método eficaz retirado de Santo Inácio,
Dom Bosco, e do próprio São Francisco de Sales, para,
passo a passo, se fazer devidamente a meditação:

I- MÉTODO PARA A MEDITAÇÃO


Preparação remota:
1° Evitar a soberba, a sensualidade e a dissipação.
2º Exercitar as virtudes opostas: humildade,
mortificação, e recolhimento.
Preparação próxima:
1° Antes de deitar, preparar os pontos da meditação do
dia seguinte.
2° Antes de adormecer, lembrar-se da hora de levantar
e recordar, brevemente, a meditação que se há de
fazer.
3° Ao despertar, pensar logo na meditação.
4° Antes da meditação, entreter-se em considerações
acomodadas à matéria que se há de meditar.
5° Entrar na oração com espírito sossegado.
Princípio da meditação:
1° De pé: lembrar-se, por alguns instantes, da presença
de Deus, e colocar-se diante dela.
2° Ajœlhado: adorá-lO profundamente.
3° Rezar: Uma oração preparatória com ato de
contrição, oferecimento das faculdades e petição de luz
e graça.

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4° Prelúdio: Trazer à memória a matéria da meditação;
fazer a composição do lugar; pedir graça para entender
e para querer.

II- CORPO DA MEDITAÇÃO:


1º Exercício da memória: Recordar o ponto que vai
ser meditado. Imaginar a cena sobre a qual se vai
meditar, ou uma cena adequada à verdade que será
meditada.
2° Exercício do entendimento: Pensar e refletir
consigo; que há a considerar na matéria apresentada
pela memória? Que conclusão prática tirar? Que
motivos o podem levar a realizar esta conclusão
prática? Isto é, ponderar quanto é justo, e racional, útil,
agradável, fácil e necessário fazer o que se propõe.
Como observou isso até aqui? Que há de fazer para o
futuro? Que impedimento há de remover? Que meio há
de empregar?
3° Exercício da vontade: Excitar afetos durante toda a
meditação, mais com o coração do que com os lábios.
Fazer propósitos no fim de cada conclusão, os quais
sejam práticos, particulares, acomodados ao estado
presente, fundados em motivos sólidos, humildes,
acompanhados de petição de graça para os observar.
4° Fim da meditação:
A) Recapitular todo o exercício, confirmando-se nos
propósitos feitos.
B) Tomar como resumo da meditação e dos propósitos,
alguma sentença da Sagrada Escritura, ou outra
máxima para lembrar-se durante o dia. Como diz São
Francisco de Sales: “Depois da Meditação, colhe daí o
assim chamado fruto, isto é, uma verdade qualquer que
te produziu maior impressão e comoveu mais o teu

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coração; durante o dia recorda-te dela de vez em
quando, para te conservares nas boas resoluções. É o
que costumo chamar de ramalhete espiritual. Comparo
esta prática ao costume daquelas pessoas que tomam
consigo pela manhã um ramalhete de flores e o cheira
muitas vezes durante o dia, para em seu suave odor
deleitar e fortificar o coração.” (Filotéia, Parte I, cap. IX)
C) Fazer um ou mais colóquios, dirigidos a Deus, a Jesus
Cristo, à Santíssima Virgem ou a algum santo.

III - EXAME DA MEDITAÇÃO


1° Como preparei os pontos?
Antes de dormir pensei neles e ao despertar ocupei
neles o pensamento?... Levei bem considerado o fruto
que havia de tirar?. ..
2° Como fiz a oração preparatória e os prelúdios?
3° Como exercitei a memória?
O entendimento?... Tirei a conclusão prática?... Qual?...
Em que motivos se apóia?... Como exercitei a,
vontade?... Fiz propósitos?... Quais?... Que meios escolhi
para cumpri-los?...
4° Empreguei mais tempo no discorrer do que nos
afetos?...
Passei dum ponto a outro, achando bastante matéria
no antecedente?...
5° Fiz o colóquio?...
Falei sempre a Deus com reverência e veneração?...
6° Senti-me frouxo?... Por quê?... Tive sono por minha
culpa?... Tive distração?... Por quê?... Afastei-as?... No
tempo da frouxidão e secura procurei ajudar-me com
atos de humildade, orações e jaculatórias?...
7° Procurei estar tranqüilo?... Recolhido interior e
exteriormente?... Tirou-se pouco fruto, por quê?...

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Pode-se encontrar mais sobre meditação, bem como
temas para ela, nos Exercícios Espirituais (pág. 443).

LEITURA DAS ESCRITURAS


Inúmeros papas, entre eles Leão XIII (Enchiridion
Indulgentiarum, 694) concederam as seguintes
indulgências:
3a para leitura de alguma passagem por 15 minutos.
PM. 500d para leitura piedosa de alguns versículos do
Evangelho. PM.
300d para a leitura do Santo Evangelho durante 15
minutos. CD.
500d e PM para quem beijar o Santo Evangelho
recitando: "Pela virtude das Palavras do Santo
Evangelho sejam perdoados os nossos pecados"; "Seja a
leitura do Evangelho a nossa salvação e proteção"; ou
"Fazei-nos, Senhor Nosso, compreender as Palavras do
Evangelho", beija as Escrituras.

Antes da Leitura
Deus, qui Scripturas Deus, que entregastes as
Sacras, ad mentis illumina- Sagradas Escrituras pela
tionem et consolationem Igreja Católica aos vossos
cordis, filiis tuis per filhos, para iluminar seu
Ecclesiam Catholicam tra- entendimento e consolar
didisti, concede nobis ut, seu coração, concedei-nos
beatorum Ioannis Chryso- a graça de que, incitados
stomi et Hieronymi exem- pelos exemplos de São
plis incitati atque interces- João Crisóstomo e de São
sioni adiuti, ad tui sancti Jerônimo, e ajudados por
nominis laudem, mentis sua intercessão, escrute-
nostræ sanctificationem, mos cada dia com piedade,

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salutem animarum et atenção, devoção, constân-
Sanctæ Ecclesiæ decorem, cia e humildade o sagrado
quotidie Scripturarum pie, tesouro das Escrituras,
attente, devote, constanter para louvor do vosso san-
et humiliter sacrum the- to Nome, santificação da
saurum perscrutemur. Per nossa mente, salvação das
Christum Dominum nos- nossas almas e esplendor
trum. da Santa Igreja. Por Cristo,
Amen. Nosso Senhor. Amém.

Após a Leitura das Escrituras


Corações Santísismos de Jesus e de Maria, vós que com
amor concedestes a vossa sabedoria, a verdade e a vida
concedei-nos a graça de podermos pôr em prática os
ensinamentos do Evangelho que acabamos de ler, a fim
de que, à hora da morte, mereçamos receber também
nós os convite consolador: “Vem servo bom e fiel, entra
na glória de teu Senhor.” Amém

LEITURA ESPIRITUAL
Consiste em ler, por cerca de quinze minutos, algum
autor espiritual, de preferência indicado pelo
confessor. Antes da Leitura pode-se rezar a Oração do
Espírito Santo (pág. 246), e após o Sub Tuum
Presidium (pág. 11).

- 27 -
CAPÍTULO III – SANTO SACRIFÍCIO DA
MISSA

“Toda vez que comeis deste Pão e bebeis deste Cálice,


anunciais a morte do Senhor até que venha.”
(Epistula ad Corinthios XI, 26)

“Quando assites à Missa, este Sacrifício deve parecer-te


tão grande, tão novo e tão agradável, como se, neste
mesmo dia, Cristo, pela primeira vez, descendo ao seio da
Virgem, se fizesse homem ou se, pendente da Cruz,
padecesse e morresse pela salvação dos homens.”
(Imitação de Cristo, Lib. IV)

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A SANTA MISSA

É essencial que o cristão saiba que todos os benefícios


e a salvação de nossas almas vêm da Cruz de Jesus e de
seu Sacrifício do Calvário, perpetuado na Santa Missa.
A Missa é, portanto, a melhor devoção que um católico
pode ter, a que mais agrada a Deus, a que mais alivia as
almas do purgatório e a que mais graças alcança do
Céu, o que torna, portanto, de fundamental
importância o conhecimento exato acerca da sua
doutrina em face dos erros modernos.
Ela deve ser considera enquanto Sacramento e
enquanto Sacrifício, pois foi instituída por Nosso
Senhor, sob estes dois aspectos.
Enquanto Sacramento ela é “a admirável conversão de
toda a substância do Pão e do Vinho no Corpo e Sangue
de Jesus Cristo” (Catecismo de S. Pio X, 594). Nosso
Senhor afirmou repetidas vezes que nos deixava o seu
próprio corpo (Mt 16,26. I Cor. 11,24). A palavra chave
definida pela Igreja para defender esta Fé Verdadeira
contra as heresias foi solenemente proclamada no
Concílio de Trento: “Transubstanciação”.
Enquanto Sacrifício a Santa Missa é o oferecimento
“sobre nossos altares do Corpo e Sangue de Nosso
Senhor Jesus Cristo, debaixo das espécies do Pão e do
Vinho em memória do sacrifício da Cruz.” (Catecismo
de São Pio X, 652) Este Sacrifício é oferecido a Deus
com os mesmos quatro fins o Sacrifício da Cruz:
1º Latrêutico: Com a finalidade de honrar a Deus
adequadamente;
2º Eucarístico: É uma ação de graças pelos benefícios
recebidos de Deus;

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3º Impetratório: visa alcançar de Deus as graças que
nos são necessárias.
4º Propiciatório: A Missa visa aplacar a ira divina,
satisfazer a Deus pelos nossos pecados e pelos dos
defuntos, e sufragar as almas do purgatório.
Contudo se diferencia em relação ao Sacrifício do
Calvário porque “Jesus Cristo sobre a Cruz se ofereceu
derramando seu sangue e merecendo para nós; ao
passo que sobre os altares Ele se sacrifica sem
derramamento de Sangue, e nos aplica os frutos de sua
Paixão e Morte.” (Catecismo de São Pio X, 654).
É importante salientar que o Novo Rito da Missa, em
uso a partir de 1969, celebrado muitas vezes em língua
vulgar, foi elaborado com fins ecumênicos e em
colaboração com seis pastores protestantes. Segundo o
testemunho dos melhores teólogos católicos, este rito
novo “se afasta de maneira impressionante, tanto em
conjunto quanto em detalhes, da teologia católica da
Missa” (Cardeais Ottaviani e Bacci, ‘Carta a Paulo VI’).
Esta nova Missa então deve ser absolutamente
rechaçada por quem quer conservar o verdadeiro
espírito da Igreja. Devemos então assistir a Missa em
latim, para conservar a unidade e a universalidade da
Igreja, e segundo o rito anterior a 1969, pois este rito
remonta aos tempos apostólicos e foi formulado com a
intervenção de papas santos, como São Gelásio e São
Gregório Magno, e finalmente canonizado pelo Concílio
de Trento e promulgado por São Pio V nos seguintes
termos:
“Em virtude de Nossa Autoridade Apostólica, (...),
concedemos e damos o indulto seguinte: que,
doravante, (...), se possa, sem restrição seguir este
Missal com permissão e poder de usá-lo livre e

- 30 -
licitamente, sem nenhum escrúpulo de consciência e
sem que se possa incorrer em nenhuma pena, sentença
e censura, e isto para sempre. Da mesma forma
decretamos e declaramos que” os padres “não sejam
obrigados a celebrar a Missa de outro modo que o por
Nós ordenado; nem sejam coagidos e forçados, por
quem quer que seja, a modificar o presente Missal, e a
presente Bula não poderá jamais, em tempo algum, ser
revogada nem modificada, mas permanecerá sempre
firme e válida, em toda a sua força.” (Quo Primum
Tempore)

Postura dentro da Igreja

“Que vos diriam se Maria Madalena fosse ao Calvário e


se prostrasse aos pés da Cruz vestida, perfumada e
ataviada como em seus tempos de desordem, o quanto
não seria censurada? E o que se dirá de vós que ides à
Santa Missa como se fosseis a uma festa mundana? Que
aconteceria sobretudo se profanásseis este ato tão
santo com gestos, risadas, cochichos e encontros
sacrílegos?” (São Leonardo de Porto-Maurício)
Além de guardar o de silêncio dentro da Igreja, pois
este propicia o recolhimento interior e a reflexão,
também devemos observar a modéstia exterior e, para
tanto, é conveniente que:
- Senhoras e moças usem saia ou vestido (abaixo do
joelho), cubram a cabeça preferencialmente com um
véu e, de modo algum usem roupas decotadas;
- Senhores e rapazes usem calça social e camisa ou
camiseta com mangas que cubram os braços até o
punho e, de modo algum cubram a cabeça com chapéus
de qualquer tipo.

- 31 -
Tipos de Missa e sua divisão

Há vários tipos de Missa, as mais comuns são as


Rezadas, e Cantadas, mas existem outras também como
as Solenes e Pontificais.
 Missa Rezada – é apenas recitada pelo
Sacerdote com menos solenidades e sem cantos.
 Missa Cantada – Tem em sua celebração a
presença de cantos e o uso do incenso.
 Missa Solene – Como o próprio nome indica,
é mais solene, celebrada por um padre assistido por
um diácono e um subdiácono, além dos acólitos.
 Missa Pontifical – Celebrada por um Bispo
assistido por 12 padres e 7 diáconos, além de
subdiáconos, pluvialistas, e acólitos.

A Missa se divide em duas partes:


 Missa dos Catecúmenos – era assim
conhecida na antiguidade porque se destinava à
instrução dos não batizados(catecúmenos), os quais
deveriam se retirar da Igreja após o Credo.
 Missa dos Fiéis – era a parte da missa
destinada aos já batizados (os fiéis). Na segunda parte
temos justamente o Sacrifício Eucarístico, e os fiéis
uma vez que já podiam se confessar podiam da mesma
forma comungar.

Missal Romano

Trata-se de um livro litúrgico que contém todas as


instruções e textos utilizados na celebração da Missa
do Rito Romano.

- 32 -
No Missal podemos encontrar textos de duas
naturezas: os habituais e os móveis. O primeiro
compõem o Ordinário da Missa, os segundos são
conhecidos por Próprio da Missa. Dessa forma, temos:
 Ordinário da Missa – são as orações fixas
que são rezadas sempre, em quase todas as missas.
 Próprio da Missa – também conhecido como
parte móvel da missa. São as orações que sofrem
variação conforme o dia. Como exemplo, temos: o
Intróito, a Epístola e o Evangelho.
A seguir teremos o texto do Ordinário com o Próprio
da Festa de Nossa Senhora Aparecida.

Indicamos com (T.P.) o Tempo Pascal. Faz-se reverência


profunda (com cabeça e ombros) sempre quando o
Sacerdote diz “oremus”, ao Santo Nome de Jesus e nas
partes indicadas com (*); reverência leve (apenas com a
cabeça) ao Nome de Maria e simples (movendo
levemente a cabeça) ao nome do santo do dia ou do
Papa.

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ORAÇÕES PARA ANTES DA MISSA

Oração de Santo Afonso Maria De Ligório

Fazei, Senhor, que participemos do Santo Sacrifício


com a mesma fé e o mesmo amor que tiveram os
Apóstolos, quando assistiram à sua instituição e
também com o mesmo espírito de sacrifício e de
reparação que teve a Santíssima Virgem Maria, quando
assistiu, ao pé da Cruz, a Paixão e Morte de seu Divino
Filho. Amém.

Oração de Santa Margarida Maria de Alacoque

Eterno Pai, eu vos ofereço as infinitas satisfações que


Jesus deu à vossa justiça pelos pecadores, no lenho da
Cruz, e vos rogo que torneis eficaz o merecimento de
seu precioso Sangue para todas as almas criminosas a
quem o pecado deu a morte, a fim de que,
ressuscitando para a graça, elas vos glorifiquem
eternamente.
Eterno Pai, eu vos ofereço os ardores do Divino
Coração de Jesus, para satisfazer pela tibieza e covardia
de vosso povo escolhido, pedindo-vos pelo ardente
amor que levou a sofrer a morte, vos digneis aquecer-
lhes os corações tíbio no vosso serviço e abrasá-los do
vosso amor, a fim de que eles vos amem eternamente.
Eterno Pai, eu os ofereço a submissão de Jesus à vossa
vontade, pedindo-vos pelos seus merecimentos a
consumação de todas as vossas graças e o
cumprimento de todas as vossas santas vontades.
Louvado seja Deus.

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Oração de Oferecimento da Santa Missa

Oh! Meu Jesus, renovo a intenção de participar dos


preciosos frutos desta Missa que será celebrada agora.
Eu Vo-la ofereço em união com vosso Sagrado Coração
pedindo-Vos que por intermédio do Coração Imaculado
de Maria se reserve do Santo Sacrifício uma gota do
Vosso Precioso Sangue para apagar os meus pecados e
as penas merecidas. Suplico-Vos também que, por meio
desta Santa Missa, as almas do Purgatório sejam
aliviadas, os pecadores se convertam, os agonizantes
alcancem a Vossa Misericórdia, as crianças pagãs em
perigo de morte recebam a graça do Santo Batismo e os
jovens conservem intacto o lírio de sua pureza. Oh!
Meu Jesus, peço-Vos ainda que concedais a Vossa
Divina Luz e o conhecimento de Vossa Santa Vontade à
almas juvenis, vacilantes na escolha de sua vocação e
que, finalmente, jamais seja praticado pecado mortal,
dor tão cruciante para o Vosso Sagrado Coração.
Amém.

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ORDINÁRIO DA MISSA

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ASPERGES
Aos Domingos, o Sacerdote, antes da Missa Paroquial,
benze a água e asperge os fiéis.

Durante o Ano:
Asperges me, Domine, Aspergir-me-eis, Senhor,
hyssopo, et mundabor: com o hissope e serei
lavavis me, et super limpo. Lavar-me-eis e
nivem dealbabor. Ps. ficarei mais alvo que a
Miserere mei, Deus, neve. Sl. Tende compaixão
secundum magnam mise- de mim, Senhor, segundo
ricordiam tuam. a Vossa grande miseri-
córdia.
Gloria Patri, et Filio, et Glória ao Pai, e ao Filho, e
Spiritui Sancto. ao Espírito Santo.
Sicut erat in principo, et Assim como era no
nunc, et semper: et in princípio, seja agora e
sæcula sæculorum. sempre, e por todos os
séculos dos séculos.
Amen. Amém.
Asperges me... Aspergir-me-eis...

No Tempo Pascal:
Vidi aquam egredientem Vi sair água do lado
de templo a latere dextro, direito do Templo, aleluia,
alleluja; et omnes ad quos e vi que todos aqueles, a
pervenit aqua ista salvi quem esta água chegou, se
facti sunt et dicent: salvaram e diziam:
alleluja, alleluja. aleluia, aleluia.
Confitemini Domino, quo- Louvai o Senhor, porque
niam bonus: quoniam in Ele é bom e é eterna a sua
sӕculum misericordia misericórdia.
ejus.

- 38 -
Gloria Patri, et Filio, et Glória ao Pai, e ao Filho, e
Spiritui Sancto. ao Espírito Santo.
Sicut erat in principo, et Assim como era no princí-
nunc, et semper: et in pio, seja agora e sempre, e
sæcula sæculorum. por todos os séculos dos
Amen. séculos. Amém.
Vidi aquam... Vi sair...

Acabada a Aspersão, o Celebrante, tendo chegado ao


altar, diz:

Ostende nobis, Domine, Mostrai-nos, Senhor, a


misericordiam tuam. (T.P: Vossa misericórdia. (T.P.
Alleluja). Aleluia).
R. Et salutare tuum da R. E dai-nos a Vossa
nobis. (T.P: Alleluja). Salvação. (T.P. Aleluia).
Domine, exaudi oratio- Senhor, escutai a minha
nem mean. oração.
R. Et clamor meus ad te R. E fazei que suba até
veniat. Vós o meu clamor.
Dominus vobiscum. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spiritu tuo. R. E com vosso espírito.
Oremus: Exaudi nos, Oremos: Ouvi-nos, Senhor
Domine sancte, Pater om- Santo, Pai onipotente e
nipotens, ӕterne Deus: et Deus eterno, e dignai-Vos
mittere digneris sanctum mandar lá do Céu o Vosso
Angelum tuum de cӕlis, Anjo Santo que guarde,
qui custodiat, foveat, pro- proteja , favoreça, visite e
tegat, visitet atque defen- defenda todos os que
dat omnes habitantes in habitam nesta casa. Por
hoc habitaculo. Per Jesus Cristo Nosso
Christum, Dominum Nos- Senhor.
trum. R. Amen. R. Amém.

- 39 -
PARTE I – MISSA DOS CATECÚMENOS

A - ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR
Na entrada do sacerdote: Levantar-se.

Sinal da Cruz
De joelhos, se é Missa rezada. Nas Missas de Requiem e
férias de Advento e Quaresma se permanece de joelhos
do inicio até a Epístola. Nas Missas Cantada e Solenes se
permanece em pé até o Glória. O sacerdote celebrante de
pé, diante dos degraus do altar, começa a Missa, fazendo
o sinal da cruz (†). Nas Missas Cantadas e Solenes os fiéis
não respondem às orações ao pé do altar:

In nómine Patris, † et Filii, Em nome do Pai, † e do


et Spiritus Sancti. Amén. Filho, e do Espírito.
Amém.
Introibo ad altare Dei. Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum qui lætificat R. Do Deus que alegra a
juventutem meam. minha juventude.

Salmo XLII
Este salmo omite-se nas Missas de Defuntos e do Tempo
da Paixão.
Ps. XLII Judica me, Deus, Julga-me, Oh! Deus, e
et discerne causam meam separa a minha causa
de gente non sancta: ab duma gente não santa.
homine iniquo et doloso Livra-me do homem
erue me. iníquo e enganador.
R. Quia tu es, Deus, R. Pois vós, Oh! Deus,
fortitudo mea: quare me sois minha fortaleza,
repulisti, et quare tristis porque me repeliste? E
incedo, dum affligit me porque eu ando triste,
inimicus? inimicus enquanto me aflige o
inimicus inimigo?
Emitte lucem tuam et Envia a Tua luz e a Tua
veritatem tuam: ipsa me verdade; estas me condu-
deduxerunt et adduxerunt zirão e me levarão ao Teu
in montem sanctum tuum, santo monte e aos Teus
et in tabernacula tua. tabernáculos.
R. Et introibo ad altare R. E aproximar-me-ei do
Dei: ad Deum qui lætifi- altar de Deus, do Deus
cat juventutem meam. que alegra a minha
mocidade.
Confitebor tibi in cithara Te confessarei com a
Deus, Deus meus: quare cítara, Oh! Deus, Deus
tristis es anima mea, et meu: Por que estás triste,
quare conturbas me? minha alma e por que me
inquietas?
R. Spera in Deo, quo- R. Espera em Deus,
niam adhuc confitebor porque eu ainda O hei-
illi: salutare vultus mei, de louvar, a Ele que é a
et Deus meus. minha salvação e o meu
Deus.
Gloria Patri, et Filio, et Glória ao Pai, e ao Filho, e
Spiritui Sancto. ao Espírito Santo.
R. Sicut erat in principo, R. Assim como era no
et nunc, et semper: et in princípio, seja agora e
sæcula sæculorum. sempre, e por todos os
Amen. séculos dos séculos.
Amém.
Introibo ad altare Dei. Subirei ao Altar de Deus.
R. Ad Deum qui lætificat R. Do Deus que alegra a
juventutem meam. minha juventude.
Adjutorium † nostrum in O nosso † auxílio está no
nomine Domine. nome do Senhor.

- 41 -
R. Qui fecit cӕlum et R. Que fez o Céu e a
terram. Terra.

Confissão do Sacerdote
O Sacerdote confessa as próprias faltas de pé, pois é
sacerdote, e inclinado profundamente pois é homem. Os
fiéis rogam a Deus por ele.

Confiteor Deo omnipo- Eu me confesso a Deus


tenti, etc. etc.
R. Misereatur tui omni- R. Que o Deus onipoten-
potens Deus, et dimissis te tenha misericórdia
peccatis tuis, perducat convosco que te perdoe
te ad vitam æternam. os pecados e te conduza
à vida eterna.
Amen. Amém.

Confissão dos Fiéis


Os fiéis confessam as próprias faltas e o sacerdote,
depois de rogar por eles, confere-lhes absolvição. Esta
absolvição, é importante notar, só abrange pecados
veniais, não tem virtude de Sacramento.

Confiteor Deo omnipo- Eu me confesso a Deus


tenti, beatæ Mariæ todo-poderoso, à bem-
semper Virgini, beato aventurada sempre
Michæli Archangelo, Virgem Maria, ao bem-
beato Joanni Baptistæ, aventurado Miguel Ar-
sanctis Apostolis Petro canjo, ao bem-aventu-
et Paulo, omnibus San- rado João Batista, aos
ctis, et tibi, pater: quia santos apóstolos Pedro
peccavi nimis cogita- e Paulo, a todos os
tione, verbo, et opere: Santos e a vós, Padre,

- 42 -
(percutiunt sibi pectus ter que pequei muitas ve-
dicentes:) mea culpa, zes, por pensamentos,
mea culpa, mea maxima palavras e obras, (bate-
culpa. se por três vezes no peito)
por minha culpa, minha
culpa, minha máxima
culpa.
Ideo precor Beatam Portanto, rogo à bem-
Mariam semper Virgi- aventurada Sempre
nem, beatum Michælem Virgem Maria, ao bem-
Archangelum, beatum aventurado Miguel Ar-
Joannem Baptistam, canjo, ao bem-aventu-
sanctos Apostolos rado João Batista, aos
Petrum et Paulum, om- santos apóstolos Pedro
nes Sanctos, et te, pater, e Paulo, a todos os
orare pro me ad Domi- Santos e a vós, Padre,
num Deum nostrum. que rogueis por mim a
Deus Nosso Senhor.
Misereatur vestri omnipo- Que Deus onipotente se
tens Deus, et dimissis compadeça de vós, que
peccatis vestris, perducat vos perdoe os pecados e
vos ad vitam æternam. vos conduza à vida eterna.
R. Amen. R. Amém.
Indulgentiam † absolutio- Indulgência † absolvição,
nem, et remissionem e remissão dos nossos
peccatorum nostrorum, pecados, conceda-nos o
tribuat nobis omnipotens Senhor onipotente e
et misericors Dominus. misericordioso.
R. Amen. R. Amém.

Quando se está ajœlhado não se inclina a cabeça, mesmo


ao Glória ao Pai, a única exceção é para a recitação
destes versículos e adoração do Santíssimo Exposto:

- 43 -
Deus, tu conversus Oh! Deus, volte-se para
vivificabis nos. nós e nos vivifique.
R. Et plebs tua lætabitur R. E o Vosso povo ale-
in te. grar-se-á em Vós.
Ostende nobis Domine, Mostrai-nos, Senhor, a
misericordiam tuam. Vossa misericórdia.
R. Et salutare tuum da R. E dai-nos a Vossa
nobis. salvação.
Domine, exuadi oratio- Senhor, ouvi a minha
nem meam. oração.
R. Et clamor meus ad te R. E fazei subir até Vós o
veniat. meu clamor.
Dominus vobiscum. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spiritu tuo. R. E com vosso espírito.

Subida ao altar
Os fiéis levantam-se enquanto o Sacerdote diz:

Oremus: Oremos:
Aufer a nobis, quæ- Lavai-nos, Senhor, de
sumus, Domine, iniqui- todo o pecado, a fim de
tates nostras: ut ad Sancta merecermos penetrar de
sancto-rum puris merea- coração puro no Santo
mur mentibus in-troire. dos Santos. Por Jesus
Per Christum Dominum Cristo Nosso Senhor.
nostrum. Amen. Amém.
O Sacerdote, inclinando-se, beija o altar e diz a seguinte
oração:
Oramus te, Domine, per Nós vos suplicamos,
merita Sanctorum tuo- Senhor, pelos méritos de
rum, quorum reliquiæ hic vossos santos, cujas reli-
sunt, et omnium Sanc- quias aqui se encontram,
torum: ut indulgere di- e de todos os demais
gneris omnia peccata santos, vos digneis
mea. perdoar todos os nossos
Amen. pecados. Amém.

Incensação do altar
Nas Missas Solenes e Cantadas o Sacerdote deita incenso
no turíbulo e benze-o ao mesmo tempo dizendo:
“Bendito sejas por Aquele em honra de Quem vais ser
queimado.” Depois incensa o altar.

B – CANTOS, ORAÇÕES E LEITURAS

Intróito
O Sacerdote vai para o lado direito do altar e lê o
Intróito da Missa. Todos de pé, à exceção das Missas com
paramentos roxos e negros, que se está ajoelhado. Às
primeiras palavras, fazem o sinal da Cruz, com o
Sacerdote. Segue o Intróito de Nossa Senhora Aparecida:

Is LXI, 10 Gaudens gaudé- Com alegria, rejubilarei


bo in Dómino, et exsul- no Senhor e exultará
tábit ánima mea in Deo minha alma no meu Deus;
meo: quia índuit me vesti- porque me revestiu com a
méntis salútis: et indu- vestimenta da salvação e
ménto justítiæ circumde- me cobriu com manto de
dit me, quasi sponsam or- justiça, como esposa orna-
nátam monílibus suis. Ps. da com suas jóias. Sl. Lou-
XXIX, 2 Exaltábo te, var-Vos-ei Senhor, porque
Dómine, quóniam susce- me recebestes, não com-
písti me: nec delectásti sentistes que se deleitas-
inimícos meos super me. sem de mim meus inimi-
V. Glória Patri. R. Gaudens gos. V. Glória. R. Com
gaudebo... alegria...
- 45 -
Kýrie
O Kýrie é uma invocação das três Pessoas Divinas.

V. Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de


nós.
R. Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade
de nós.
V. Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de
nós.
R. Christe, eleison. Cristo, tende piedade de
nós.
V. Christe, eleison. Cristo, tende piedade de
nós
R. Christe, eleison. Cristo, tende piedade de
nós.
V. Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de
nós.
R. Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade
de nós.
V. Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de
nós.

Glória
Todos de pé. Senta-se quando o Sacerdote senta,
cantando alternadamente com ele, ou com o coro.
Faz-se e o sinal da cruz onde indicado. Omite-se nas
Missas com paramentos roxos e negros e nas férias.
GLORIA* IN EXCÉLSIS Glória a Deus nas alturas
DEO. Et in terra pax e paz na terra aos homens
hominibus bonæ volun- de boa vontade. Nós vos
tatis. | Laudamus te. | louvamos, Vos bendize-
Benedicimus te. | * Ado- mos, * Vos adoramos e
ramus te. | Glorificamus Vos glorificamos. * Nós
te. | *Gratias agimus tibi vos damos graças, por
propter magnam glo- causa da Vossa grande
riam tuam. | Domine glória, Oh! Senhor Deus,
Deus, Rex cœlestis, Deus Rei do céu, Deus Pai
Pater omnipotens. | onipotente. Oh! Senhor,
Domine Fili unigenite, Filho Unigênito de Deus, *
*Jesu Christe. | Domine Jesus Cristo. Senhor Deus,
Deus, Agnus Dei, Filius Cordeiro de Deus e Filho
Patris. | Qui tollis do Pai. Vós que tirais os
peccata mundi, mise- pecados do mundo, tende
rere nobis. | Qui tollis compaixão de nós. Vós
peccata mundi, * suscipe que tirais os pecados do
deprecationem nostram. | mundo, * ouvi a nossa
Qui sedes ad dexteram prece. Vós que estais
Patris, miserere nobis. | sentado à direita do Pai,
Quoniam tu solus Sanctus. tende compaixão de nós.
| Tu solus Dominus. Tu Porque só Vós sois
solus Altissimus, * Jesu Senhor, só Vós sois Santo,
Christe. | Cum Sancto só Vós sois o Altíssimo
Spiritu † in gloria Dei *Jesus Cristo. Com o
Patris. | Espírito Santo, † na glória
Amen. de Deus Pai. Amém.

O Sacerdote beija o altar, volta-se aos fiéis, que estão de


pé, e diz:
V. Dominus vobiscum. V. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spiritu tuo. R. E com vosso espírito.

Colecta
Oração da Colecta é assim chamada porque nela se
reúnem as orações de todos os fiéis. Termina-se “Por
Jesus Cristo Nosso Senhor” para mostrar-nos que não

- 47 -
podemos ir ao Pai senão pelo Filho. Nas Missas de Nsa.
Sra. Aparecida a Oração é esta:

Oremus:
Deus, qui per immaculá- Oh! Deus, que pela imacu-
tam Unigéniti tui Matrem lada Mãe do vosso Unigê-
in nos fámulos tuos nito, a nós, vossos servos,
grátiæ tuæ dona multípli- multiplicais o dom da vos-
cas: concéde propítius; ut sa graça; concedei propí-
qui ejúsdem Vírginis lau- cio, que, celebrando aqui
des celebrámus in terris, na terra os louvores da
ipsíus matérnis précibus mesma Virgem, pela in-
prǽmia cónsequi mereá- tercessão das suas preces
mur in cælis. Per eúmdem maternais, mereçamos
Dóminum nostrum Iesum alcançar a recompensa no
Christum Fílium tumm, céu. Pelo mesmo nosso
qui tecum vivit et regnat Senhor Jesus Cristo, vosso
in unitáte Spíritus Sanctis Filho, Deus, que Convosco
Deus, per ómnia sǽcula vive e reina na unidade do
sæculórum. Espírito Santo, por todos
os séculos dos séculos.
R. Amen. R. Amém.

Epístola
No decorrer do ano litúrgico, a Igreja vai-nos lendo os
mais belos passos dos Profetas e os princípios basilares
da doutrina dos Apóstolos, ouçamos sentados. Nas
Missas Solenes, a Epístola é cantada pelo Subdiácono, e
se principia destes seguintes modos:
Lectio Espistolӕ beati N. Leitura da Epístola de São
Apostoli (ad N). N. (aos N).
(vel) Lectio libri N. ou Leitura do livro N.
(vel) Lectio N. Prophetӕ. ou Leitura da Profecia N.
- 48 -
Nas Missas de Nsa. Sra. Aparecida:
Lectio Apocalypsis Joanni Leitura do Apocalipse de
Apostoli: São João Apóstolo:

Ap XII, 1.5.14-16
Et signum magnum paruit Apareceu um grande sinal
in cælo mulier amicta sole no céu: uma Senhora
et luna sub pedibus ejus revestida do sol, a lua
et in capite ejus corona debaixo dos seus pés, e na
stellarum duodecim et cabeça uma coroa de doze
peperit filium masculum estrelas. Ela deu à luz um
qui recturus erit omnes Filho, um menino, aquele
gentes in virga ferrea et que deve reger todas as
raptus est filius ejus ad nações com cetro de ferro.
Deum et ad thronum ejus Mas seu filho foi
et datæ sunt mulieri duæ arrebatado para junto de
alæ aquilæ magnæ ut Deus e do seu trono. Mas
volaret in desertum in à Senhora foram dadas
locum suum ubi alitur per duas asas de grande
tempus et tempora et águia, a fim de voar para o
dimidium temporis a facie deserto, para o lugar de
serpentis et misit serpens seu retiro. A Serpente
ex ore suo post mulierem vomitou contra a Senhora
aquam tamquam flumen um rio de água, para fazê-
ut eam faceret trahi a la submergir. A terra
flumine et adiuvit terra porém, acudiu à Senhora,
mulierem et aperuit terra abrindo a boca para
os suum et absorbuit engolir o rio que o Dragão
flumen quod misit draco vomitara.
de ore suo.

Somente nas Missas rezadas responde-se:


R. Deo grátias. R. Graças a Deus.
Ainda sentados, ouçamos o Gradual o Alleluia, e o
Tracto. No Tempo Pascal, o Gradual é substituído por
um Aleluia. Durante a Septuagésima e a Quaresma, o
Aleluia é substituído pelo Tracto.

Gradual
Jt XIII, 23. Benedícta es tu, Vós fostes abençoada pelo
Virgo María, a Dómino, Senhor Deus Altíssimo,
Deo excél-so, præ ómni- Oh! Virgem Maria, de
bus muliéribus super preferência sobre todas
terram, V. Ibid. XV, 10. Tu mulheres da terra. V. Vós
glória Jerúsalem, tu lætítia sois a glória de Jerusalém;
Israël, tu honorificéntia vós, a alegria de Israel, e a
pópuli nostri. honra do nosso povo.

Aleluia
Ct IV, 7. Allelúja, allelúja. Aleluia, aleluia. Vós sois
Tota pulchra es, María: et toda formosa, Oh! Maria;
mácula originális non est e não existe em vós a
in te. Allelúja. culpa original. Aleluia.

O Evangelho do Mestre
Antes de ler ou cantar o Evangelho, o Sacerdote diz a
oração “Munda cor meum” e pede a Deus que o abençœ.
Nas Missas solenes é o Diácono que canta o Evangelho,
recita o “Munda cor” e pede a benção ao Sacerdote. Nas
Missas de Defuntos omite-se a benção.

Munda cor meum ac lábia Senhor onipotente, puri-


mea, omnípotens Deus, ficai o meu coração e os
qui lábia Isaíӕ prophétӕ meus lábios, Vós que
calculo mundásti os igníto: purificastes lábios do
ita me tua grata miser- Profeta Isaías com um
ratióne dignáre mundáre, carvão em brasa. E dignai-
ut sanctum evangélium Vos por tal modo
tuum digne váleam purificar-me com a Vossa
nuntiáre. Per Christum misericórdia, que possa
Dómine nostrum. dignamente anunciar o
Vosso Santo Evangelho.
Por Jesus Cristo Nosso
Amem. Senhor. Amen.

Jube, Dómine, benedicere. Senhor, abençoai-me.

Dominus sit in corde meo Que o Senhor resida no


et in labiis meis: ut digne meu coração e nos meus
et competenter annun- lábios, para que anuncie
tiem evangelium suum. digna e convenientemente
Amen. o Seu Evangelho. Amén.

O Evangelho, ouve-se de pé, por veneração e respeito


para com a palavra de Deus. Às primeiras palavras faz-
se o sinal da cruz na testa, na boca e no peito.

Dominus vobiscum. O Senhor seja convosco.


R. Et cum spiritu tuo. R. E com vosso espírito.
Sequéntia (vel Initium) Seqüência (ou Início) do
sancti Evangélii † secún- santo Evangelho segundo
dum N. N.
R. Glória tibi, Dómine R. Glória a Vós, Senhor.

Nas Missas de Nossa Senhora Aparecida:


Sequentia Sancti Evangelii Seqüência do Santo
secundum Lucam: Evangelho segundo Lucas:

- 51 -
Lc I, 26-28
In illo tempore missus est Naquele tempo, o anjo
angelus Gabrihel a Deo in Gabriel foi enviado por
civitatem Galilææ cui Deus a uma cidade da
nomen Nazareth ad virgi- Galiléia, chamada Nazaré,
nem desponsatam viro cui a uma virgem desposada
nomen erat Joseph de com um homem que se
domo David et nomen chamava José, da casa de
virginis Maria et ingressus Davi; e o nome da virgem
angelus ad eam dixit Ave era Maria. Entrando o
gratia plena Dominus anjo, disse-lhe: Alegra-te,
tecum benedicta tu in cheia de graça, o Senhor é
mulieribus. convosco; benditas sois
vós entre as mulheres.

Somente nas missas rezadas responde-se:


R. Laus tibi, Christe. R. Louvor a vós, Oh!
Cristo!

O Sacerdote beija o sagrado texto, dizendo:


Per evangelica dicta Que pelas palavras do
deleantur nostra delicta. Evangelho nos sejam
perdoados os pecados.

Segue-se o Sermão.

Credo
A história deste Credo, que chama-se Niceno-
Constantinopolitano, pois foi composto nos Concílios de
Nicéia e Constantinopla, é uma brilhante afirmação de fé
contra as heresias que a Igreja teve de defrontar no
decorrer dos séculos. É o símbolo triunfante da nossa fé.
Diz-se aos Domingos, nas festas dos Apóstolos e dos
- 52 -
Doutores da Igreja, e em certas festas mais solenes.
Sempre de Pé, sentamos quando o Sacerdote senta-se.

CREDO in unum *Deum| CREIO em um só Deus Pai,


Patrem omnipotentem, todo poderoso, criador do
factorem cœli et terræ, Céu e da Terra, de todas as
visibilium omnium et coisas visíveis e invisíveis.
invisibilium.| Et in unum Creio em um só Senhor,
Dominum *Jesum Jesus Cristo, Filho
Christum, Filium Dei unigênito de Deus.
unigenitum.| Et ex Patre Nascido do Pai, antes de
natum ante omnia sæcula.| todos os séculos. Deus de
Deum de Deo, lumen de Deus, luz da luz, Deus
lumine, Deum verum de verdadeiro de Deus
Deo vero.| Genitum, non verdadeiro. Gerado, não
factum, consubstantia lem feito, consubstancial ao
Patri: per quem omnia Pai, por quem foram feitas
facta sunt.| Qui propter todas as coisas. Que por
nos homines, et propter causa de nós, homens, e
nostram salutem des- por causa de nossa
cendit de cœlis.| (hic salvação desceu dos Céus
genuflectitur) ET INCAR- (ajœlha-se) E SE ENCAR-
NATUS EST DE SPIRITU NOU POR OBRA DO
SANCTO EX MARIA ESPÍRITO SANTO, EM
VIRGINE: ET HOMO MARIA VIRGEM, E SE FEZ
FACTUS EST.| Crucifixus HOMEM. Também por nós
etiam pro nobis: sub foi crucificado, sob Pôncio
Pontio Pilato passus, et Pilatos; padeceu e foi
sepultus est.| Et resur- sepultado. Ressuscitou ao
rexit tertia die, secundum terceiro dia, conforme as
Scripturas.| Et ascendit in Escrituras. Subiu aos Céus,
cœlum: sedet ad onde está sentado à
dexteram Patris.| Et ite- direita do Pai. Donde virá
- 53 -
rum venturus est cum de novo, em sua glória,
gloria judicare vivos et para julgar os vivos e os
mortuos: cujus regni non mortos e cujo reino não
erit finis.| Et in Spiritum terá fim. Creio no Espírito
Sanctum, Dominum et Santo, Senhor que dá a
vivificantem: qui ex vida, e procede do Pai e do
Patre, Filioque procedit.| Filho. Que com o Pai e com
Qui cum Patre, et Filio o Filho é igualmente
simul *adoratur et conglo- adorado e glorificado: ele
rificatur: qui locutus est o que falou pelos profetas.
per Prophetas.| Et unam, Creio na Igreja, una, santa,
sanctam, catholicam et católica e apostólica.
apostolicam Ecclesiam.| Professo um só Batismo,
Confiteor unum baptisma para a remissão dos peca-
in remissionem peccato- dos. Espero a ressurreição
rum.| Et exspecto resur- dos mortos. E a vida † do
rectionem mortuorum.| século futuro.
Et vitam † venturi sæculi.
|Amen. Amém.

PARTE II – MISSA DOS FIÉIS

A - OFERTÓRIO
(PREPARAÇÃO DO SACRIFÍCIO)

De pé, respondemos a saudação do Sacerdote que se


volta para os fiéis dizendo:
Dominus vobiscum. O Senhor seja convosco.
R.Et cum spiritu tuo. R. E com vosso espírito.

Antífona do Ofertório
Senta-se assim que o padre diz ‘Oremus’. A antífona nas
Missas de Nsa. Sra. Aparecida é como segue:
- 54 -
Oremus:
Lc I,28. Ave, María, grátia Ave, Maria, cheia de graça;
plena; Dóminus tecum: o Senhor é contigo;
benedícta tu in muliéribus, bendita és tu entre as
allelúja. mulheres, aleluia.

Ofertório do Pão e do Vinho


Suscipe, sancte Pater, Recebei, santo Pai,
omnipotens æterne Deus, onipotente e eterno Deus,
hanc immaculatam hos- esta hóstia imaculada, que
tiam, quam ego indignus eu vosso indigno servo,
famulus tuus offero tibi, vos ofereço, Oh! meu
Deo meo vivo et vero, pro Deus, vivo e verdadeiro,
innumerabilibus peccatis, por meus inumeráveis
et offensionibus, et negli- peca- dos, ofensas, e
gentiis meis, et pro omni- negli-gências, por todos os
bus circumstantibus, sed que circundam este altar,
et pro omnibus fidelibus e por todos os fiéis vivos e
Christianis vivis atque falecidos, afim de que, a
defunctis: ut mihi, et illis mim e a eles, este sacri-
proficiat ad salutem in fício aproveite para a
vitam æternam. salvação na vida eterna.
Amen. Amém.

Ao lado direito do altar, o Sacerdote deita vinho no


cálice, a que mistura umas gotas de água, dizendo a
seguinte oração:

Deus, †qui humanæ Oh! Deus, † que maravi-


substantiæ dignitatem mi- lhosamente criastes em
rabiliter condidisti, et mi- sua dignidade a natureza
rabilius reformasti: da humana e mais prodigio-
nobis per hujus aquæ et samente ainda a restau-
- 55 -
vini mysterium, ejus rastes, concedei-nos, que
divinitatis esse consortes, pelo mistério desta água e
qui humanitatis nostræ deste vinho, sermos par-
fieri dignatus est parti- ticipantes da divindade
ceps, Jesus Christus Filius daquele que se dignou
tuus Dominus noster: Qui revestir-se de nossa
tecum vivit et regnat in humanidade, Jesus Cristo,
unitate Spiritus Sancti vosso Filho e Senhor
Deus: per omnia sæcula Nosso, que sendo Deus
sæculorum. convosco vive e reina em
união com o Espírito
Santo, por todos os
Amen. séculos dos séculos.Amém.

No meio do altar, o Sacerdote faz o oferecimento do


cálice:
Offerimus tibi, Domine, Nós vos oferecemos
calicem salutaris, tuam Senhor, o cálice da salva-
deprecantes clementiam: ção, suplicando a vossa
ut in conspectu divinæ clemência. Que ele suba
maiestatis tuæ, pro nostra qual suave incenso à
et totius mundi salute, presença de vossa divina
cum odore suavitatis majestade, para salvação
ascendat. nossa e de todo o mundo.
Amen. Amém.

Depois, inclinando-se diz:


In spiritu humilitatis et in Em espírito de humildade
animo contrito suscipia- e coração contrito, seja-
mur a te, Domine: et sic mos por vós acolhidos,
fiat sacrificum nostrum in Senhor. E assim se faça ho-
conspectu tuo hodie, ut je este nosso sacrifício em
placeat tibi, Domine Deus. vossa presença, de modo

- 56 -
que vos seja agradável, que vos seja agradável,
Oh! Senhor Nosso Deus. Oh! Senhor Nosso Deus.

Invoca o Espírito Santo e abençoa as oferendas:

Veni, Sanctificator, omni- Vinde, Santificador, onipo-


potens æterne Deus: et tente e eterno Deus e,
benedic † hoc sacrificum, abençoai † este sacrifício
tuo sancto nomini præ- preparado para glorificar
paratum. o vosso santo nome.

Incensação das Oblatas e dos Fiéis


Nas Missas Solenes e Cantadas, incensam-se as oblatas
(as oferendas), o altar e os fiéis. O Sacerdote benze o
incenso, cujo perfume se eleva até Deus e simboliza as
preces e os sentimentos de adoração dos fiéis.

Per intercessiónem beáti Por intercessão do bem–


Michӕlis Archángeli, stan- aventurado Miguel Arcan-
dis a dextris altáris incén- jo, que está de pé à direita
si, et ómnium electórum do altar do incenso, e pela
suórum, incénsum istud de todos os Santos, digne-
dignétur Dóminus bene† se o Senhor aben†çoar
dicere, et in odorem sua- este incenso e aceitá-lo
vitátis accípere. Per como suave perfume. Por
Christum, Dóminum nos- Jesus Cristo Nosso Senhor.
trum. Amem. Amém.

Incensa o pão e o vinho em forma de cruz


Incensum istud a te bene- Que este incenso, que ad
díctum ascéndat Dómine: te, abençoaste, suba até
et descéndat super nos Vós, Senhor, e se derrame
misericórdia tua. sobre nós a Vossa miseri-
- 57 -
córdia. Sobre nós a Vossa - córdia.

Incensa o crucifixo e o altar e vai dizendo os seguintes


versículos do salmo 140:
Dirigatur, Dómine, orátio Fazei, Senhor, que a minha
mea, sicut incémsum, in oração suba como este
conspéctu tuo: elevátio incenso, à Vossa presença,
mánuum meárum sacrifí- e que o erguer das minhas
cium vespertínum. mãos seja como um
sacrifício da tarde.
Pone, Dómine, custódiam Ponde guarda, Senhor, à
ori meo, et óstium minha boca e um freio a
circumstántie lábiis méis: estes meus lábios, não se
ut non declínet cor meum me enrede o coração com
in verba malítiӕ, ad palavras de maldade à
excusándas excusatiónes busca de pretextos para se
in peccátis. escusar do pecado.

Entrega o turíbulo ao Diácono. O Diácono incensa o


Celebrante e depois a assistência. Nas missas de
Defuntos somente se incensa o Celebrante.

Accendat in nobis Que o Senhor acenda em


Dóminus ignem sui amo- nós o fogo do seu amor e
ris, et flamman ӕtérnӕ chama da eterna caridade.
caritátis. Amem. Amém.

O Sacerdote vai à direita do altar e purifica as mãos,


dizendo os seguintes versículos do Salmo 25:

LAVABO inter innocentes Lavo as minhas mãos


manus meas: et circum- entre os inocentes, e me
dabo altare tuum, Domine. aproximo do vosso altar,
- 58 -
Ut audiam vocem laudis: Oh! Senhor.
Ut audiam vocem laudis: Para ouvir o cântico dos
et enarrem universa mira- vossos louvores, e procla-
bila tua. mar todas as vossas
maravilhas.
Domine, dilexi decorem Eu amo, Senhor, a beleza
domus tuæ: et locum da vossa casa, e o lugar
habitationis gloriæ tuæ. onde reside a vossa glória.
Ne perdas cum impiis, Não me deixeis, Oh! Deus,
Deus, animam meam: et perder a minha alma com
cum viris sanguinum os ímpios, nem a minha
vitam meam. vida com os sanguinários.
In quorum manibus Em suas mãos se
iniquitates sunt: dextera encontram iniquidades,
eorum repleta est mune- sua direita está cheia de
ribus. dádivas.
Ego autem in innocentia Eu porém, tenho andado
mea ingressus sum: na inocência. Livrai-me,
redime me, et miserere pois, e tende piedade de
mei. mim.
Pes meus stetit in directo: Meus pés estão firmes no
in ecclesiis benedicam te, caminho reto. Eu te
Domine. bendigo, Senhor, nas
assembléias dos justos.
Gloria Patri, et Filio, et Glória ao Pai, ao Filho e ao
Spiritui Sancto. Espírito Santo.
Sicut erat in principio, et Assim como era no
nunc, et semper: et in princípio, agora e sempre,
sæcula sæculorum. por todos os séculos dos
Amen. séculos, Amém.

- 59 -
Súplica à Santíssima Trindade
Inclinado, ao meio do altar, o Sacerdote diz esta Oração:

Suscipe, sancta Trinitas, Recebei, Oh! Trindade


hanc oblationem, quam ti- Santíssima, esta oblação,
bi offerimus ob memori- que vos oferecemos em
am passionis, resurrectio- memória da Paixão,
nis, et ascensionis Jesu Ressurreição e Ascensão
Christi, Domini nostri, et de Nosso Senhor Jesus
in honorem beatæ Mariæ Cristo, e em honra da
semper Virginis, et beati bem-aventurada e sempre
Ioannis Baptistæ, et Virgem Maria, de são João
sanctorum apostolorum Batista, dos santos apósto-
Petri et Pauli, et istorum, los Pedro e Paulo, e de
et omnium sanctorum: ut todos os Santos; para que,
illis proficiat ad honorem, a eles sirva de honra e a
nobis autem ad salutem: nós de salvação, e eles se
et illi pro nobis inter- dignem interceder no céu
cedere dignentur in cælis, por nós que na terra
quorum memoriam agi- celebramos sua memória.
mus in terris. Per eumdem Pelo mesmo Cristo, Senhor
Christum Dominum nos- Nosso.
trum. Amen Amém.

Orate Fratres
O Sacerdote volta-se para os fiéis e convida-os a que
orem com ele para que Deus Se digne aceitar o sacrifício:

Orate fratres, ut meum ac Orai irmãos, para que este


vestrum sacrificium acce- sacrifício, que também é
ptabile fiat apud Deum vosso, seja aceito e agra-
Patrem omnipotentem. dável a Deus Pai Onipo-
tente.

- 60 -
R. Suscipiat Dominus sa- R. Receba, o Senhor, de
crificium de manibus tuis vossas mãos este sacrifí-
ad laudem et gloriam cio, para louvor e glória
nominis sui, ad utilita- de seu nome, para nosso
tem quoque nostram, bem e de toda a sua
totiusque Ecclesiæ suæ santa Igreja.
sanctæ.
V. Amen. V. Amém.

Secreta
Pensemos em Judas confabulando com os judeus
secretamente antes da crucificação. Nas Missas de Nossa
Senhora Aparecida é esta:

Salutárem hóstiam, quam Aceitai, Senhor, a salutar


in sollemnitáte imma- vítima expiatória que na
culátæ Conceptiónis beátæ solenidade da imaculada
Vírginis Maríæ tibi, Conceição da bem-aven-
Dómine, offérimus, súsci- turada Virgem Maria Vos
pe et præsta: ut, sicut oferecemos, e fazei com
illam tua grátia præve- que, proclamando-a isenta
niénte ab omni labe de toda mancha em
immúnem profitémur; ita virtude da prevenção da
ejus intercessióne a culpis vossa graça, possamos
ómnibus liberémur. Per libertar-nos, por sua
Dóminum nostrum Iesum intercessão, de toda culpa.
Christum Fílium tumm, Por nosso Senhor Jesus
qui tecum vivit et regnat Cristo, vosso Filho, Deus,
in unitáte Spíritus Sanctis que conVosco vive e reina
Deus. na unidade do Espírito
Santo.

- 61 -
Para que os fiéis respondam com confiança, o padre diz
em voz alta:
...per ómnia saécula ...por todos os séculos dos
sӕculorum. séculos.
R. Amen R. Amém.

B- REALIZAÇÃO DO SACRIFÍCIO

O Cânon constitui a parte central da Missa. Com o


Prefácio, começa a solene oração sacerdotal da Igreja e
oblação propriamente dita do Sacrifício. Curto diálogo
introdutório entre o Sacerdote e a assembleia desperta
nas almas os sentimentos de ação de graças que convêm
à celebração dos santos mistérios.

Dominus vobiscum. O Senhor seja convosco.


R. Et cum spiritu tuo. R. E com o vosso espírito.
Sursum corda. Corações ao alto.
R. Habemus ad Domi- R. Os temos para o
num. Senhor
Gratias *agamus Domino Demos graças ao Senhor,
Deo nostro. nosso Deus.
R. Dignum et justum est. R. É digno e justo.

Prefácio
Nas Missas de Nossa Senhora Aparecida o prefácio é
como segue:
Vere dignum et justum est, É verdadeiramente digno
æquum et salutáre, nos e justo, racional e salutar,
tibi semper et ubique que nós sempre e em toda
grátias ágere: Dómine a parte Vos rendamos
sancte, Pater omnípotens, graças, Senhor Santo, Pai
ætérne Deus: Et te in onipotente, Deus eterno. E
- 62 -
Conceptióne Immaculáta na Conceição Imaculada
beátæ Maríæ semper da bem-aventurada sem-
Vírginis collaudáre, bene- pre Virgem Maria, Vos
dícere et prædicáre. Quæ louvarmos, bendizermos e
et Unigénitum tuum Sancti exaltarmos. Ela que o
Spíritus obumbratióne vosso Unigênito, sob a
concépit: et, virginitátis sombra do Espírito Santo,
glória permanénte, lumen concebeu e, permane-
ætérnum mundo effúdit, cendo com a glória da
Jesum Christum, Dómi- virgindade, deu ao mundo
num nostrum. Per quem a luz eterna, Jesus Cristo
majestátem tuam laudant nosso Senhor. Por Quem
Angeli, adórant Domina- louvam os Anjos a vossa
tiónes, tremunt Potestátes. majestade, adoram as
Cœli cœlorúmque Virtútes Dominações, tremem as
ac beáta Séraphim sócia Potestades. Os Céus e as
exsultatióne concélebrant. Virtudes dos Céus e os
Cum quibus et nostras bem-aventurados Serafins,
voces ut admitti jubeas, unidos em exultação, a
deprecámur, súpplici con- concelebram. Com as suas,
fessióne dicéntes: ordenai admitir as nossas
vozes, rogamos, para em
súplice confissão dizer-
mos:

Colocamos também o da SS. Trindade, por ser o mais


usual:
Vere dignum et justum est, É verdadeiramente digno,
ӕquum et salutáre, nos justo, racional e salutar,
tibi semper et ubíque que sempre e em toda a
grátias ágere: Dómine parte Vos rendamos
sancte, Pater omnípotens, graças, Senhor Santo, Pai
ӕtérne Deus: Qui cum onipotente e Deus eterno;
- 63 -
unigénito Filio tuo et Que sois, com o Vosso
Spiritu Sancto, unus es Filho Unigénito e com o
Deus, unus es Dóminus: Espírito Santo, um só Deus
non in uníus singularitáte e um só Senhor, não na
persónӕ, sed in uníus singularidade duma só
Trinitáte substántiӕ. Quod pessoa, mas na Trindade
enim de tua glória, duma só substância. Por-
revelánte te, crédimus, hoc que tudo aquilo que nos
de Fílio tuo, hoc de Spíritu revelastes e cremos da
Sancto, sine differéntia Vossa glória, isso mesmo
discretiónis sentímus. Ut sentimos, sem diferença
in confessióne verӕ sem- nem distinção, do Vosso
piternaéque Deitátis, et in Filho e do Espírito Santo,
persónis propríetas, et in de maneira que, confes-
esséntia únitas, et in maje- sando a verdadeira e eter-
státe adorétur ӕquálitas. na Divindade, adoramos a
Quam laudant Angeli propriedade nas Pessoas,
atque Archángeli, Chéru- a unidade na Essência e a
bim quoque ac Séraphim: igualdade na Majestade; a
qui non cessant clamáre qual louvam os Anjos e os
quotídie, una voce dicén- Arcanjos, os Querubins e
tes: os Serafins, que não ces-
sam de cantar dizendo a
uma só voz:

Sanctus
Sanctus, Sanctus, Sanctus, Santo, Santo, Santo,
Dominus Deus Sabaoth. Senhor Deus dos Exérci-
Pleni sunt cæli et terra tos. A Terra e o Céu estão
gloria tua. Hosanna in cheios da Vossa glória.
excelsis. Benedictus, † qui Hosana no mais alto dos
venit in nomine Domini. Céus. Bendito † o que vem
Hosanna in excelsis. em nome do Senhor.
- 64 -
Hosana nas alturas! Hosana nas alturas!

CÂNON DA MISSA
O Sacerdote continua a grande oração sacerdotal em
voz baixa. Sigamos ajœlhados, acompanhando estas
orações, ou fazendo as nossas próprias.

Te igitur, clementissime A vós, Pai clementíssimo,


Pater, per Jesum Christum por Jesus Cristo vosso
Filium tuum, Dominum Filho e Senhor nosso,
nostrum, supplices roga- humildemente rogamos e
mus ac petimus, ut accepta pedimos aceiteis e aben-
habeas, et benedicas, çœis estes † dons, estas †
hæc † dona, hæc † mune- dádivas, estas † santas
ra, hæc sancta † sacrificia oferendas ilibadas.
illibata.

Oração pela Igreja


In primis, quӕ tibi Nós Vo-los oferecemos,
offérimus pro Ecclésia tua em primeiro lugar, pela
sancta cathólica: quam vossa santa Igreja católica,
pacificáre, custódire, adu- à qual vos digneis
náre et régere dignéris conceder a paz, proteger,
toto orbe terrárum: una conservar na unidade e
cum fámulo tuo Papa governar, através do
nostro N. et Antístite mundo inteiro, e também
nostro N. et ómnibus pelo vosso ser-vo o nosso
orthodoxis, atque cathó- Papa N., pelo nosso Bispo
licӕ et apostólicӕ fídei N., e por todos os (bispos)
cultóribus. ortodoxos, aos quais
incumbe a guarda da fé
católica e apostólica.

- 65 -
Memento dos vivos
Memento, Domine, famu- Lembrai-vos, Senhor, de
lorum, famularumque vossos servos e servas N. e
tuarum N. et N. et omnium N., e de todos os que aqui
circumstantium, quorum estão presentes, cuja fé e
tibi fides cognita est, et devoção conheceis, e pelos
nota devotio, pro quibus quais vos oferecemos, ou
tibi offerimus: vel qui tibi eles vos oferecem, este
offerunt hoc sacrificium sacrifício de louvor, por si
laudis pro se, suisque e por todos os seus, pela
omnibus: pro redemptio- redenção de suas almas,
ne animarum suarum, pro pela esperança de sua
spe salutis, et incolu- salvação e de sua conser-
mitatis suæ: tibique red- vação, e consagram suas
dunt vota sua æterno Deo, dádivas a vós, o Deus
vivo et vero. eterno, vivo e verdadeiro.

Memória dos Santos


Communicantes, et me- Unidos na mesma comu-
moriam venerantes, in nhão, veneramos primei-
primis gloriosæ semper ramente a memória da
Virginis Mariæ, Genitricis gloriosa e sempre Virgem
Dei et Domini nostri Jesu Maria, Mãe de Deus e
Christi: sed et beáti Senhor Nosso Jesus Cristo,
Joseph, ejúsdem Viginis e também de S. José, o
Sponsi, et beatorum Esposo da mesma Virgem,
Apostolorum ac Martyrum e dos vossos bem-
tuorum, Petri et Pauli, aventurados Apóstolos e
Andreæ, Jacobi, Joannis, Mártires: Pedro e Paulo,
Thomæ, Jacobi, Philippi, André, Tiago, João e Tomé
Bartholomæi, Matthæi, Tiago, Filipe, Bartolomeu,
Simonis, et Thaddæi, Lini, Mateus, Simão e Tadeu,
Cleti, Clementis, Xysti, Lino, Cleto, Clemente,
- 66 -
Cornelii, Cypriani, Lauren- Xisto, Cornélio, Cipriano,
tii, Chrysógoni, Joannis et Lourenço, Crisógono, João
Pauli, Cosmæ et Damiani, e Paulo, Cosme e Damião,
et omnium Sanctorum e a de todos os vossos
tuorum; quorum meritis santos. Por seus méritos e
precibusque concedas, ut preces, concedei-nos, seja-
in omnibus protectionis mos sempre fortalecidos
tuæ muniamur auxilio. Per com o socorro de vossa
eundem Christum Domi- proteção. Pelo mesmo
num nostrum. Cristo, Senhor Nosso.
Amen. Amém.

Consagração
Estendendo as mãos sobre as oblatas, o Sacerdote diz:

Hanc igitur oblationem Por isso, vos rogamos,


servitutis nostræ, sed et Senhor, aceiteis favorável-
cunctæ familiæ tuæ, quæ- mente a homenagem de
sumus, Domine, ut pla- servidão que nós e toda a
catus accipias: diesque vossa Igreja vos presta-
nostros in tua pace mos, firmai os nossos dias
disponas, atque ab æterna em vossa paz, arrancai-
damnatione nos eripi, et in nos da condenação eterna,
electorum tuorum jubeas e colocai-nos entre os
grege numerari. Per vossos eleitos. Por Jesus
Christum Dominum nos- Cristo, Senhor Nosso.
trum. Amen. Amém.

O Sacerdote abençoa as oblatas dizendo:


Quam oblationem tu, Nós vos pedimos, Oh!
Deus, in omnibus, quæ- Deus, que esta oferta seja
sumus, bene†dictam, ad- por vós em tudo, aben-
scri†ptam, ra†tam, ratio- †çoada, apro†ovada, rati-

- 67 -
nabilem, acceptabilemque fi†cada, digna e aceitável a
facere digneris: ut nobis vossos olhos, afim de que
Cor†pus, et San†guis fiat se torne para nós o
dilectissimi Filii tui Cor†po e o San†gue de
Domini nostri Jesu Christi. Jesus Cristo, Vosso
diletíssimo Filho e Senhor
Nosso.

Chegou o momento soleníssimo da Missa. Vai renovar-se,


sob a ordem e com as palavras de Jesus o Sacrifício do
Calvário, sacrifício que Nosso Senhor instituiu na Última
Ceia para perpetuar de modo incruento o da Cruz.

Qui pridie quam pateretur, Ele, na véspera de sua


accepit panem in sanctas paixão, tomou o pão em
ac venerabiles manus suas santas e veneráveis
suas, et elevatis oculis in mãos, e elevando os olhos
cælum ad te Deum Patrem ao céu para vós, Oh! Deus,
suum omnipotentem, tibi seu Pai onipotente, dando-
gratias agens, bene†dixit, vos graças, ben†zeu-o,
fregit, deditque discipulis partiu-o e deu-o a seus
suis, dicens: Accipite, et discípulos, dizendo: Tomai
manducate ex hoc omnes: e Comei Dele, Todos:

“HOC EST ENIM CORPUS “POIS ISTO É O MEU


MEUM” CORPO”

S.S. o papa Gregório XIII, em sua Constituição "Ad


Excitandum", DE 10 DE ABRIL DE 1586, concedeu 300
dias de indulgência a todos que proclamassem a
majestade de Nosso Senhor ao soar dos sinos na hora da
elevação das Santas Espécies, dizendo: “Dominus meus,
et Deus meus,” que significa:”Meu Senhor e meu Deus!”
- 68 -
Simili modo postquam De igual modo, depois de
cænatum est, accipiens et haver ceado, tomando
hunc præclarum Calicem também este precioso
in sanctas ac venerabiles cálice em suas santas e
manus suas: item tibi veneráveis mãos, e nova-
gratias agens, bene†dixit, mente dando-vos graças,
deditque discipulis suis, ben†zeu-o e deu-o a seus
dicens: Accipite, et bibite discípulos, dizendo: Tomai
ex eo omnes: e Bebei Dele Todos:

“HIC EST ENIM CALIX “ESTE É O CÁLICE DO


SANGUINIS MEI, NOVI ET MEU SANGUE, DO NOVO E
ǼTERNI TESTAMENTI: ETERNO TESTAMENTO:
MYSTERIUM FIDEI QUI MISTÉRIO DE FÉ QUE
PRO VOBIS ET PRO SERÁ DERRAMADO POR
MULTIS EFFUNDETUR IN VÓS E POR MUITOS PARA
REMISSIONEM REMISSÃO DOS
PECCATORUM” PECADOS.”

Hæc quotiescumque fecé- Todas as vezes que isto


rit, in mei memóriam fizerdes, fazei-o em
faciétis. memória de mim.

O sacerdote segue em voz baixa:

Unde et memores, Por esta razão, Senhor,


Domine, nos servi tui sed nós, vossos servos, com o
et plebs tua sancta, eius- vosso povo santo, lem-
dem Christi Filii tui brando-nos da bem-
Domini nostri tam beatæ aventurada Paixão do
Passionis, nec non et ab mesmo Cristo, vosso Filho
inferis Resurrectionis, sed e Senhor Nosso, assim
et in cælos gloriosæ como de sua Ressurreição,
Ascensionis: offerimus saindo vitorioso do sepul-
præclaræ maiestati tuæ de cro, e de sua gloriosa
tuis donis ac datis, hosti- Ascensão aos céus, ofere-
am †puram, hostiam †san- cemos à vossa augusta
ctam, hostiam † imma- Majestade, de vossos dons
culatam, Panem † sanctum e dádivas, a Hóstia † pura,
vitæ æternæ, et Calicem† a Hóstia † santa, a Hós-
salutis perpetuæ. Supra tia † imaculada, o Pão†
quæ propitio ac sereno santo da vida eterna, e o
vultu respicere digneris; Cálice † da salvação perpé-
et accepta habere, sicut tua. Sobre estes dons, vos
accepta habere dignatus pedimos digneis lançar
es munera pueri tui justi um olhar favorável, e
Abel, et sacrificium recebê-los benignamente,
Patriarchæ nostri Abrahæ: assim como recebeste as
et quod tibi obtulit ofertas do justo Abel,
summus sacerdos tuus vosso servo, o sacrifício de
Melchisedech, sanctum Abraão, pai de nossa fé, e o
sacrificium, immaculatam que vos ofereceu vosso
hostiam. sumo sacerdote Melquise-
deque, Sacrifício santo,
Hóstia imaculada.

Memento dos mortos


Memento etiam, Domine, Lembrai-vos, também,
famulorum famularum- Senhor, de vossos servos
que tuarum N. et N. qui e servas (N. e N.), que nos
nos præcesserunt cum precederam, marcados
signo fidei, et dormiunt in com o sinal da fé, e agora
somno pacis. Ipsis, descansam no sono da
Domine, et omnibus in paz. A estes, Senhor, e a
Christo quiescentibus, todos os mais que repou-
locum refrigerii, lucis et sam em Jesus Cristo, nós
- 70 -
pacis, ut indulgeas, depre- vos pedimos, concedei o
camur. Per eumdem lugar do descanso, da luz
Christum Dominum nos- e da paz. Pelo mesmo
trum. Jesus Cristo, Nosso
Amen. Senhor. Amém.

Nobis quoque peccatoribus


Nobis quoque peccatori- Também a nós, pecadores,
bus, famulis tuis, de vossos servos, que
multitudine miseratio- esperamos na vossa
num tuarum sperantibus, infinita misericórdia,
partem aliquam, et dignai-vos conceder um
societatem donare digne- lugar na comunidade de
ris, tuis sanctis Apostolis vossos santos Apóstolos e
et Martyribus: cum Mártires: João, Estevão,
Joanne, Stephano, Matias, Barnabé, Inácio,
Matthia, Barnaba, Ignatio, Alexandre, Marcelino,
Alexandro, Marcellino, Pedro, Felicidade,
Petro, Felicitate, Perpetua, Perpétua, Águeda, Luzia,
Agatha, Lucia, Agnete, Inês, Cecília, Anastácia, e
Cæcilia, Anastasia, et com todos os vossos
omnibus Sanctis tuis: Santos. Unidos a eles
intra quorum nos pedimos, vos digneis
consortium non æsti- receber-nos, não confor-
mator meriti, sed veniæ, me nossos méritos, mas
quæsumus, largitor ad- segundo a vossa miseri-
mitte. Per Christum córdia. Por Jesus Cristo
Dominum nostrum. Nosso Senhor.
Amen. Amém.

- 71 -
Conclusão do Cânon: Doxologia
Per quem hæc omnia Por Ele, Oh! Senhor,
Domine, semper bona sempre criais, santi†ficais,
creas, sancti†ficas, vivi†fi- vivi†ficais, aben†çoais, e
cas, bene†dicis, et præstas nos concedeis todos estes
nobis. bens.
Per † ipsum, et cum †ipso, Por† Ele, com † Ele e †
et in † ipso, est tibi Deo Nele, a Vós, Deus Pai
Patri † omnipotenti, in † onipotente, na uni- dade
unitate † Spiritus Sancti, do Espírito† Santo toda a
omnis honor et gloria. honra e toda a glória.

O Sacerdote termina em voz alta:


Per omnia sæcula sæcu- Por todos os séculos dos
lorum. R. Amen. séculos. R. Amém

C – CONSUMAÇÃO DO SACRIFÍCIO

Pater Noster
De pé, preparemos-nos para a comunhão.

Oremus. Præceptis salu- Oremos. Instruídos com


taribus moniti, et divina estes preceitos salutares e
institutione formati, aude- com esta divina doutrina,
mus dicere: ousamos dizer:
Pater noster, qui es in Pai nosso, que estais nos
cælis: sanctificetur nomen céus, santificado seja o
tuum: adveniat regnum Vosso nome, venha a nós
tuum: fiat voluntas tua, o Vosso reino, seja feita a
sicut in cælo, et in terra. Vossa vontade, assim na
Panem nostrum quotidia- terra como no céu. O pão
num da nobis hodie, et nosso de cada dia nos dai
dimitte nobis debita nos- hoje, e perdoai-nos as
- 72 -
tra, sicut et nos dimit- nossas dívidas, assim
timus debitoribus nostris. como nós perdoamos aos
Et ne nos inducas in nossos devedores. E não
tentationem. nos deixeis cair em
tentação,
R. Sed libera nos a malo. R. Mas livrai-nos do mal.

O Sacerdote diz Amen em voz baixa, e continua:


Libera nos, quæsumus, Livrai-nos de todos os
Domine, ab omnibus males, Oh! Pai, passados,
malis, præteritis, præsen- presentes e futuros, e pela
tibus, et futuris: et intercessão da bem-
intercedente beata et aventurada e gloriosa e
gloriosa semper Virgine, sempre Virgem Maria,
Dei Genitrice, Maria, cum Mãe de Deus, dos vossos
beatis Apostolis tuis Petro bem-aventurados aposto-
et Paulo, atque Andrea, et los, Pedro, Paulo, André e
omnibus Sanctis, da todos os Santos, dai-nos
propitius pacem in diebus propício a paz em nossos
nostris: ut ope miseri- dias, para que, por vossa
cordiæ tuæ adiuti, et a misericórdia, sejamos
peccato simus semper sempre livres do pecado,
liberi, et ab omni pertur- e preservados de toda a
batione securi. Per eum- perturbação. Por nosso
dem Dominum nostrum Senhor Jesus Cristo, vosso
Jesum Christum, Filium Filho, que, sendo Deus,
tuum. Qui tecum vivit et convosco vive e reina na
regnat in unitate Spíritus unidade do Espírito Santo,
Sanctis Deus,

E em voz alta conclui:


Per ómnia sӕcula sӕcu- Por todos os séculos dos
lórum. R. Amen. séculos. R. Amém.
- 73 -
Fração da Hóstia
Jesus “pacifica todas as coisas com o Seu sangue.” O
Sacerdote divide a Hóstia em três partes, e com um
pequeno bocado faz por três vezes o sinal da cruz sobre
o cálice, desejando aos fiéis a paz de Cristo.

Pax † Domini † sit semper A paz † do Senhor † seja


vobis†cum. sempre con†vosco.
R. Et cum spiritu tuo. R. E com o vosso espí-
rito.

Prossegue em voz baixa:


Hæc commixtio et conse- Que esta união e consa-
cratio Corporis et Sangui- gração do Corpo e do
nis Domini nostri Jesu Sangue de Nosso Senhor
Christi fiat accipientibus Jesus Cristo aproveite
nobis in vitam æternam. para a vida eterna àqueles
que dela participamos.
Amen. Amém.

Agnus Dei
O Sacerdote bate três vezes no peito dizendo Agnus Dei
etc. (Nas Missas de Defuntos o misereré nobis é
substituído por dona eis réquiem e na última vez
ajunta-se sempitérnam: dai-lhes o descanso eterno).
Ajoelha-se assim que o coro terminar de cantar esta
oração.

Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que


peccata mundi, tirais o pecado do mundo,
R. Miserere nobis. R. Tende piedade de
nós.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, tirais o pecado do mundo,
R. Miserere nobis. R. Tende piedade de
nós.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, tirais o pecado do mundo,
R. Dona nobis pacem. R. Dai-nos a paz.

O sacerdote em voz baixa recita a seguinte oração:


Domine Jesu Christe, qui Senhor Jesus Cristo, que
dixisti Apostolis tuis: dissestes aos vossos após-
Pacem relinquo vobis, tolos: "Eu vos deixo a paz,
pacem meam do vobis: ne eu vos dou a minha paz":
respicias peccata mea, sed não olheis os meus peca-
fidem Ecclesiæ tuæ: eam- dos, mas para a fé da vos-
que secundum volun- sa Igreja; dai-lhe, a paz e a
tatem tuam pacificare et unidade, segundo a vossa
coadunare digneris: qui vontade. Vós que sendo
vivis et regnas Deus, per Deus, viveis e reinais, em
omnia sæcula sæculorum. união com o Espírito
Santo, por todos os
séculos dos séculos.
Amen. Amém.

Nas missas solenes segue o ósculo da paz. E por fim as


seguintes orações de

Preparação para Comunhão


Domine Jesu Christe, Fili Senhor Jesus Cristo, filho
Dei vivi, qui ex voluntate de Deus vivo, que por
Patris, cooperante Spiritu vontade do Pai, coo-
Sancto, per mortem tuam perando com o Espírito
mundum vivificasti: libera Santo, por vossa morte
- 75 -
me per hoc sacrosanctum destes a vida ao mundo.
Corpus et Sanguinem tu- Livrai-me, por este vosso
um ab omnibus iniquitati- sacrossanto Corpo e por
bus meis, et universis ma- vosso Sangue, de todos os
lis: et fac me tuis semper meus pecados e de todos
inhærere mandatis, et a te os males. E, fazei que eu
numquam separari per- observe sempre os vossos
mittas. Qui cum eodem preceitos, e nunca me
Deo Patre et Spiritu afaste de Vós, que, sendo
Sancto vivis et regnas Deus, viveis e reinais com
Deus in sæcula sæculo- Deus Pai e o Espírito
rum. Santo, por todos os
séculos dos séculos.
Amen. Amém.
Perceptio Corporis tui, Este vosso Corpo, Senhor
Domine Jesu Christe, quod Jesus Cristo, que eu, que
ego, indignus sumere sou indigno, ouso receber,
præsumo, non mihi pro- não seja para mim causa
veniat in judicium et con- de juízo e condenação,
demnationem; sed pro tua mas por vossa miseri-
pietate prosit mihi ad córdia, sirva de proteção e
tutamentum mentis et defesa à minha alma e ao
corporis, et ad medelam meu corpo, e de remédio
percipiendam. Qui vivis et aos meus males. Vós, que
regnas cum Deo Patre in sendo Deus, viveis e
unitate Spiritus Sancti reinais com Deus Pai e o
Deus, per omnia sæcula Espírito Santo, por todos
sæculorum. os séculos dos séculos.
Amen. Amém.

Comunhão do Sacerdote
O Sacerdote genuflecta e pegando depois na sagrada
Hóstia, diz:
- 76 -
Panem cælestem acci- Receberei o Pão do céu e
piam, et nomen Domini invocarei o nome do
invocabo. Senhor:

Em seguida bate três vezes no peito, dizendo:


Domine, non sum Senhor, eu não sou digno,
dignus, ut intres sub de que entreis em minha
tectum meum: sed tantum morada, mas dizei uma só
dic verbo, et sanabitur palavra e a minha alma
anima mea. será salva.

Faz sobre si o sinal da cruz com a sagrada Hóstia, antes


de comungar:
Corpus Domini nostri Jesu O Corpo de Nosso Senhor
Christi custodiat †animam Jesus Cristo † guarde a
meam in vitam æternam. minha alma para a vida
Amen. eterna. Amém.

Recolhe-se por uns instantes, e depois recita os seguintes


versículos:
Quid retribuam Domino Que retribuirei ao Senhor
pro omnibus quæ tribuit por tudo o que me tem
mihi? Calicem salutaris concedido? Tomarei o
accipiam, et nomen Domi- Cálice da salvação e invo-
ni invocabo. carei o nome do Senhor.
Laudans invocabo Domi- Invocarei o Senhor Lou-
num, et ab inimicis meis vando-O, e ficarei livre de
salvus ero. meus inimigos.

Toma o preciosíssimo Sangue, fazendo antes sobre si o


sinal da cruz, dizendo:
Sanguis Domini nostri O Sangue de Nosso
Jesu Christi † custodiat Senhor Jesus Cristo †
animam meam in vitam guarde a minha alma para
æternam. Amen. a vida eterna. Amém.

Comunhão dos fiéis


Os fiéis, ou o acólito por eles, recitam o confiteor. Nas
Missas Soleneso Diácono o canta:

Confiteor... (pág. 42) Eu me confesso...


O sacerdote dá absolvição:
Misereatur vestri omni- Que Deus onipotente se
potens Deus, et dimissis compadeça de vós, e
peccatis vestris, perducat perdoando os vossos
vos ad vitam æternam. pecados, vos conduza à
R. Amen. vida eterna.
R. Amém.
Indulgentiam † absolu- Indulgência †absolvição, e
tionem, et remissionem remissão dos nossos
peccatorum nostrorum, pecados, conceda-nos o
tribuat nobis omnipotens Senhor onipotente e
et misericors Dominus: misericordioso.
R. Amen. R. Amém.

O Sacerdote volta-se para os fieis e ergue a Hóstia,


dizendo:
Ecce Agnus Dei, ecce qui Eis o Cordeiro de Deus;
tollit peccata mundi. eis O que tira os pecados
do mundo.

E em seguida diz-se três vezes:


Domine, non sum Senhor, eu não sou
dignus, ut intres sub digno de que entreis em
tectum meum: sed tan- minha morada, mas
tum dic verbo, et dizei uma só palavra e a
- 78 -
sanabitur anima mea. minha alma será salva.

Ao dar a cada fiel a Sagrada Comunhão, o sacerdote diz:


Corpus Domini nostri Jesu O Corpo e o Sangue de
Christi †custodiat animam Nosso Senhor Jesus
tuam in vitam æternam. Cristo † guarde tua alma
Amen. para a vida eterna. Amém.

Permanece-se de jœlhos durante todo o tempo em que se


dá a comunhão e até o sacerdote fechar o Sacrário,
mesmo que não se vá comungar.

Ação de Graças
O Sacerdote purifica primeiro o cálice e depois os dedos,
e toma as abluções. Enquanto isso vai dizendo:

Quod ore sumpsimus, Fazei Senhor, que com o


Domine, pura mente espírito puro, conserve-
capiamus, et de munere mos o que a nossa boca
temporali fiat nobis recebeu. E, que desta
remedium sempiternum. dádiva temporal, nos ve-
Corpus tuum, Domine, nha remédio para a éter-
quod sumpsi, et Sanguis, nidade. Concedei, Senhor,
quem potavi, adhæreat que vosso Corpo e vosso
visceribus meis: et Sangue que recebi, me
præsta; ut in me non absorvam intimamente, e
remaneat scelerum ma- fazei que, restabelecido
cula, quem pura et sancta por estes puros e santos
refecerunt Sacramenta. Sacramentos, não fique
Qui vivis et regnas in em mim mancha alguma
sæcula sæculorum. de culpa. Vós, que viveis e
reinais pelos séculos dos
Amen. séculos. Amém.
- 79 -
Antífona da Comunhão
Lc I, 49. Gloriósa dicta Disseram coisas gloriosas
sunt de te, María: quia de ti, Oh! Maria, porque
fecit tibi magna qui operou em Ti maravilhas
potens est. O todo-poderoso.

Post-Comunhão
Fica-se de pé assim que terminada a antífona e assim se
permanece durante a oração pós-comunhão, que nas
Missas de Nossa senhora Aparecida é como segue:
Oremus: Sacraménta quæ Oremos. O Sacramento
súmpsimus, Dómine, Deus que recebemos, Senhor
noster: illíus in nobis nosso Deus, repare em
culpæ vulnera réparent; a nós as feridas daquele
qua immaculátam beata pecado, de que, por espe-
Maríæ Conceptiónem sin- cial privilégio, isentastes a
guláriter præservásti. Per Conceição Imaculada da
Dóminum nostrum Iesum bem-aventurada Maria.
Christum Fílium tuum, qui Por nosso Senhor Jesus
tecum vivit et regnat in Cristo, vosso Filho, Deus,
unitáte Spíritus Sanctis que conVosco vive e reina
Deus, per ómnia sǽcula na unidade do Espírito
sæculórum. Santo, por todos os
séculos dos séculos.
R. Amen. R Amém.

D – PARTE FINAL DA MISSA

Ite Missa Est


O Sacerdote volta ao meio do altar, beija-o, e, voltando-
se para os fiéis saúda-os:
Dominus vobiscum. O Senhor seja convosco
R. Et cum spiritu tuo. R. E com vosso espírito.
Ite, Missa est. Ide, a Missa acabou.
R. Deo gratias. R. Demos graças a Deus.

Voltando-se para o altar, recita a seguinte oração:


Placeat tibi, sancta Seja-vos agradável, Oh!
Trinitas, obsequium servi- Trindade santa, a oferta
tutis meæ: et præsta, ut de minha servidão, afim
sacrificium quod oculis de que este sacrifício que,
tuæ maiestatis indignus embora indigno aos olhos
obtuli, tibi sit acceptabile, de vossa Majestade, vos
mihique, et omnibus pro ofereci, seja aceito por
quibus illud obtuli, sit, te Vós, e por vossa miseri-
miserante, propitiabile. córdia, seja propiciatório
Per Christum Dominum para mim e para todos
nostrum. aqueles por quem ofereci.
Por Cristo Jesus Nosso
Amen. Senhor. Amém.

Benção
Se o sacerdote for bispo, ele dirá a antífona:
Sit nomen Domini benedi- Seja bendito o nome do
ctum. Senhor.
R. Ex hoc, nunc et usque R. Desde agora, sempre
in sæcula. e até a consumação dos
séculos.

Beija o altar, volta-se para a assistência, que está


ajœlhada, e dá a bênção, dizendo:
Benedicat vos omnipotens Abençœ-vos o Deus
Deus: Pater, et Filius, † et onipotente, Pai, e
Spiritus Sanctus. Filho, † e Espírito Santo.
R. Amen. R. Amém.

- 81 -
Último Evangelho
O Sacerdote passa para o lado esquerdo do altar e recita,
como último Evangelho, o princípio do Evangelho de S.
João:

Dominus vobiscum. V. O Senhor seja convosco.


R. Et cum spiritu tuo. R. E com vosso espírito.
Initium sancti Evangelii Início do santo Evangelho
† secundum Joannem. † segundo São João.
R. Gloria tibi, Domine. R. Glória a Vós, Senhor.
In principio erat Verbum No princípio era o Verbo,
et Verbum erat apud e o Verbo estava com
Deum, et Deus erat Ver- Deus, e o Verbo era Deus.
bum. Hoc erat in principio Ele estava no princípio
apud Deum. Omnia per ip- com Deus Todas as coisas
sum facta sunt, et sine ip- foram feitas por Ele, e
so factum est nihil quod sem Ele nada do que foi
factum est; in ipso vita feito se fez. Nele estava a
erat et vita erat lux homi- vida, e a vida era a luz dos
num et lux in tenebris homens. E a luz resplan-
lucet, et tenebræ eam non dece nas trevas, e as
comprehenderunt. Fuit trevas não a compreende-
homo missus a Deo cui ram. Houve um homem
nomen erat Joannes. Hic enviado de Deus, cujo
venit in testimonium, ut nome era João. Este veio
testimonium perhiberet como Testemunha para
de lumine, ut omnes dar testemunho da luz,
crederent per illum. Non afim de que todos
erat ille lux, sed ut cressem por meio dele.
testimonium perhiberet Não era Ele a luz, mas
de lumine. Erat lux vera veio para dar testemunho
quæ illuminat omnem ho- da luz. Ali estava a Luz
minem venientem in hunc verdadeira, a que ilumina
mundum. In mundo erat, a todo o homem que vem
et mundus per ipsum fa- a este mundo. Estava no
ctus est et mundus eum mundo, e o mundo foi
non cognovit. In propria feito por Ele, e o mundo
venit, et sui eum non rece- não O conheceu. Veio para
perunt. Quotquot autem o que era seu, e os seus
receperunt eum, dedit eis não O receberam. Mas, a
potestatem filios Dei fieri; todos quantos O rece-
his qui credunt in nomine beram, deu-lhes o poder
ejus, qui non ex de se tornarem filhos de
sanguinibus, neque ex Deus, aos que crêem no
voluntate carnis, neque ex seu Nome; os quais não
voluntate viri, sed ex Deo nasceram do sangue, nem
nati sunt. (hic genuflec- do desejo da carne, nem
titur) Et Verbum caro da vontade do homem,
factum est, et habitavit in mas nasceram de
nobis: et vidimus gloriam Deus. (aqui ajoelha-se) E o
ejus, gloriam quasi Verbo se fez carne e
Unigeniti a Patre, plenum habitou entre nós, e vimos
gratiæ et veritatis. a sua glória, glória própria
do Filho Unigênito do Pai,
cheio de graça e de
verdade.
R. Deo gratias. R. Demos graças a Deus.

ORAÇÕES DEPOIS DA MISSA


De jœlhos diante do altar, o Sacerdote diz com os fiéis as
seguintes preces prescritas pelo papa Leão XIII e enri-
quecidas de indulgências por Pio XI (10 anos). Este
último pediu que se rezassem pela conversão da Rússia.

Ave Maria gratia plena... Ave Maria cheia de graça...


(ter) (Três vezes)

- 83 -
Salve Regina (pág. 10).
Ora pro nobis Sancta Dei Rogai por nós, Santa Mãe
Génitrix de Deus.
R: Ut digni efficiámur R: Para que sejamos
promissionibus Christi. dignos das promessas
de Cristo
Orémus: Oremos:
Deus, refugium nostrum Deus, nosso refúgio e
et virtus, populum ad te fortaleza, olhai propício
clamantem propitius res- para o povo que a Vós
pice; et intercedente glo- clama; e, pela intercessão
riosa et imaculata Virgine da gloriosa e imaculada
Dei Genitrice Maria, cum Virgem Maria, Mãe de
beato Joseph, ejus sponso, Deus, de S. José, seu
ac beatis apostolis tuis Esposo, dos vossos bem-
Petro et Paulo, et omnibus aventurados Apóstolos S.
sanctis, quas pro Pedro e S. Paulo e de
conversione peccatorum, todos os Santos, ouvi
pro libertate et exal- misericordioso e benigno
tatione sanctæ Matris as preces que Vos dirigi-
Ecclesiæ, preces effun- mos para a conversão dos
dimus, misericors et pecadores, para a líber-
benignus exaudi. Per dade e exaltação da Santa
eumdem Christum Domi- Madre Igreja. Pelo mesmo
num nostrum. Jesus Cristo Senhor
R: Amen. Nosso. R: Amém

Oração de São Miguel


Sancte Michӕl Archan- São Miguel Arcanjo,
gele, defende nos in defendei-nos no combate,
prælio; contra nequitiam cobri-nos com o vosso
et insidias diaboli esto escudo contra os embus-
præsidium. Imperet illi tes e ciladas do demônio.
Deus, supplices depreca- Subjugue-o Deus, instan-
mur: tuque, Princeps mi- temene o pedimos. E vós,
litiæ cælestis, Satanam príncipe da milícia celes-
aliosque spiritus Mali- te, pelo divino poder, pré-
gnos, qui ad perditionem cipitai no inferno a
animarum pervagantur in Satanás e a todos os espí-
mundo, divina virtute in ritos malignos que andam
infernum detrude. pelo mundo para perder
Amen. as almas. Amém.

S. Pio X pediu se ajuntasse três vezes a seguinte


jaculatória:
Cor Jesu sacratíssimum Sacratíssimo Coração de
Jesus
R: Miserere nobis R. Tende piedade de
nós.

- 85 -
CAPÍTULO IV – COMUNHÃO
“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a
vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”
(Jo VI, 55)

“Amamenta, óh! Virgem, o teu Filho, nutre o nosso Pão.


Essa criança que teus braços sustêm e estreitam o teu
coração, bem o sabes, será nosso Pão. É ainda pequenino
demais; deve atingir a idade madura, o pleno
desenvolvimento. Alimenta-O pois, com cuidado. Dá-lhe o
peito para que Ele cresça. Olha que, amamentando e
nutrindo o teu Filho, estais a amamentar e a nutrir todos
os fiéis, de quem um dia ele será o leite e o sustento, na
Sagrada Eucaristia.”
(Santo Agostinho)

- 86 -
INSTRUÇÃO DO PRÍNCIPE DE HOHENLOHE

Adaptada de acordo com legislação vigente na Igreja.

Motivos:
1º) “O desejo de vosso redentor, deve atrair-vos à sua
mesa.” Ele vos convida, ele vos aguarda, e vos promete
infinitas graças se o receberdes: até com morte eterna
vos ameaça se menosprezardes seu convite. E não é
isto uma exuberante prova de que ele ardentemente
deseja estar convosco e dentro de vós? Quando
convidais alguma pessoa para vossa mesa, e que sem
algum motivo plausível se recusa a vosso convite, não
ficais formando dela mal conceito? E que dirá de vós,
vosso Redentor? Se com frio desprezo rejeitardes os
repetidos convites que ele vos faz para o seu Divino
Banquete?
2º) “Igualmente deve atrair-vos a grandeza do
benefício.” Extraordinária coisa seria por certo se
pessoalmente aparecesse agora no mundo vosso
Salvador, e debaixo da forma de um menino vos
permitisse, como outrora a São José, de o tomar em
vossos braços, de o adorar entre respeitos e carinhos;
mas que semelhança ou comparação teria este prodígio
com o “milagre por excelência” da graça, a vós
concedido, pelo qual vosso Deus e Senhor desce
realmente ao vosso peito na Santa Comunhão! Poderia
ele fazer-vos maior honra do que alimentar-vos com
sua Carne e Sangue, fazendo de vós um tabernáculo
vivo de sua Divindade? E à vista de tanto excesso não
experimentareis um vivo desejo de comer este Pão dos
Anjos?

- 87 -
3º) “Não menos a extensão de vossas necessidades.”
Ninguém melhor que vós conhece quão insuficientes
são vossas forças para evitar os perigos que vos
rodeiam, para perserverar no caminho da virtude, e
viver santamente. Ora, onde podereis achar socorro?
Recebei com frequencia o Sacramento da Eucaristia,
pois Ele sufoca os criminosos desejos, enfraquece as
tentações, aumenta a fé, fortidica a esperança e inflama
a caridade; e bem sabeis que estas virtudes ou
santidade mesma, ou à ela conduzem. Recobravam
outrora saúde os enfermos, tocando apenas os vestidos
de Jesus Cristo: e que prodígios não operará em Vós
sua Divina Carne?

Exercícios:
1º) “Preparai-vos para a Santa Comunhão desde a
véspera à noite.” Guardai-vos de cometer algum
pecado, mormente contra a castidade. Rezai a coroa
[das Virtudes] de Nossa Senhora (pág. 334), lede um
livro de piedade, imponde-vos uma ligeira penitência,
rezai com fervor as orações da noite, e procurai
adormecer cheios do vivo desejo de receber com a
maior devoção vosso Deus na Santa Comunhão.
2º) “Começai devotamente o dia da Santa Comunhão.”
Logo que vos levantardes, o que deveis fazer cedo,
imprimi em vossa imaginação este pensamento: “Hoje
virá a mim meu Deus e meu Senhor.” Rezai as orações
da manhã, disponde o que pertence ao arranjo de vossa
casa, preparai-vos com vossos melhores [vestuários],
contanto que sejam decentes, para honrardes o Divino
Hóspede que em vosso peito vem descansar, e ide para
a igreja ocupando-vos sempre em santos pensamentos.
Confessai-vos com sinceridade e dor; e se vos faltarem
- 88 -
estas disposições*, melhor será que vos não confesseis,
e vos não aproximeis da Mesa do Senhor; porque, à
semelhança de Judas traidor, comereis a morte, o juízo
e a condenação.
3º) “Depois da comunhão, fazei atos de todas as
virtudes que tem relação direta com a comunhão.”
Assim como dum poço se tira mais ou menos água, à
proporção que é maior ou menor o vaso que se
emprega; assim também conforme for vossa
preparação para a Santa Comunhão será o fruto que
dela tirareis. Mas para melhor fazerdes estes atos, fazei
primeiros as seguintes reflexões:
[a] “Quem é que eu recebo na Santa Comunhão?” Um
Deus Todo-Poderoso, meu Criador, meu Redentor, meu
Pai, meu Médico, meu Mestre.
[b] “E quem eu sou?” O mais miserável pecador, um
servo infiel, um filho desobediente, uma criatura
ingrata, um vil inseto, e um nada em comparação da
Sua Grandeza.
[c] “Porquê?” Afim de me curar, de me alumiar, de me
fortificar, de me enriquecer, de me encher de gozo, e de
me unir perfeitamente com ele.
[d] “Como?” Oculto nas espécies do pão, de uma
maneira cheia de graça e amor.

* Deve-se observar o jejum eucarístico. Ainda que este tenha sido


reduzido à uma hora por Paulo VI, recomenda-se observar a lei
anterior, de três horas no mínimo para os alimentos sólidos e
bebidas alcoólicas, e de no mínimo uma hora de bebidas não
alcoólicas, exceto água, que não rompe o jejum. (Motu próprio de
Pio XII, 19 de março de 1957)
- 89 -
[e] “Quando?” Tantas vezes quanto eu deseje; e se meu
confessor mo permite*, terei todos os dias em meu
peito Aquele, cuja glória não cabe na imensa extensão
dos Céus.
[f] “Com quê?” Com Sua Carne e Seu Sangue, com Seu
Corpo e sua Alma, com Sua Divindade e Humanidade,
com todas as Suas Perfeições, Merecimentos, Dons e
Graças.
Quando vos sentirdes comovido com estas meditações,
fazei então diferentes atos de virtude.
4º) “Quando comungardes, reuni todas as forças afim
de excitar em vós uma grande devoção.” Quando o
Sacerdote se virar para vós, e tendo na mão a Sagrada
hóstia, disser: “Senhor eu não sou digno, etc...”, repeti
em silêncio e com humildade profunda estas santas
palavras. Aproximai-vos da Santa Mesa, abaixando os
olhos, com maior recolhimento, e penetrado do mais
profundo respeito, pedi aos anjos que vos
acompanhem. Pegai a toalha,† dizendo com santo
transporte estas palavras: “Vinde, Deus meu, vinde a
mim! Eu creio em Vós, em vós espero, e todo meu

* Há obrigação de comungar todos os anos ao menos durante a


Páscoa, ou ainda, em perigo de morte. Porém o desejo da Igreja,
correspondente ao de N. Senhor, é que os fiéis comunguem mais
assiduamente, e inclusive, se possível, todos os dias, como
remédio cotidiano dos nossos males. A instrução do Príncipe de
Holenhole foi escrita anteriormente ao Motu Proprio, de São Pio
X, que permitiu a comunhão diária.
† O Príncipe faz referência ao uso de sua época, ainda em voga
entre os orientais, de se usar um sanguíneo, ou purificatório, para
aparar a possível queda de Particulas Consagradas. Já há muito
tempo se substituiu o sanguíneo de linho pela patena de ouro.
- 90 -
coração vos amo. Vinde, soberano bem da minha alma,
vinde, vinde, minha vida, e meu tudo!” Quando o
Sacerdote se aproximar com a Santa Hóstia, endireitai
a cabeça, abri medianamente a boca, apresentai a
língua colocando-a entre os lábios, e recolhei-a
pausadamente quando ouverdes recebido o Celestial
Alimento. Levantai-vos; fazei uma profunda
genuflexão, e retirai-vos com o mesmo reoclhimento
com que viestes.
5º) Depois da Comunhão, cuidai muito em
aproveitardes as graças que acabais de alcançar. Logo
que estiverdes em vosso lugar, recordai-vos com
assombro e com uma viva fé, quem é Aquele que veio a
vós, que está dentro [de] vós, porque, como, e com que.
Falai e tratai com Deus como um súdito com seu Rei,
um discípulo com seu Mestre, um indigente com o seu
Benfeitor, um filho com o seu Pai, um enfermo com o
seu Médico. Declarai-lhe todas as vossas fraquezas;
confiai-lhe vossas aflições e necessidades. Pedi-lhe
perdão de todos os vossos pecados; invocai o seu
auxílio e sua assitência em todos os vossos trabalhos.
Suplicai-lhe que vos conceda a graça de crescer todos
os dias em virtude; implorai-a pelos infinitos
merecimentos de Sua Paixão, Morte e misericórida
infinita. Recitai depois algumas orações que vossa
devoção vos inspirar, e voltai à vossa casa cheio de
uma celestial alegria pela graça que haveis recebido.
6º) Passai o resto do dia com o mesmo recolhimento
com que o haveis começado. Considerai pois este dia
como o mais glorioso de vossa vida e tende grande
cuidado em não o manchardes com algum pecado. Não
seria o cúmulo da ingratidão, abandonardes à noite um
Deus que pela manhã recebestes? Renovai vosso
- 91 -
horror aos discursos criminosos, velai cuidadoso apra
que não se manche com impuras palavras vossa língua
santificada pela Carne de Jesus Cristo. Fugi de
assembléias perigosas, casas de dança e diversão, em
que de ordinário naufraga a virtude, para que não
percais em um instante todo o fruto da Santa
Comunhão. Esforçai-vos ao contrário por celebrar e
santificar este dia pela oração, lição de livros
espirituais, visitas à igreja e outras ações meritórias
agradáveis a Deus.

ORAÇÕES PARA PREPARAÇÃO À COMUNHÃO

ORAÇÃO DO ANJO DE FÁTIMA


Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço Vos
perdão para os que não crêem, não adoram, não
esperam e não Vos amam.
Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-
Vos profundamente e ofereço Vos o preciosíssimo
Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo,
presente em todos os sacrários da terra, em reparação
dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele
mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu
Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria,
peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

O JESU VIVENS IN MARIA


300d. CD (Pio IX, 14 de outubro de 1859)
Jesu, vivens in Maria, veni Oh! Jesus vivendo em
et vive in famulis tuis, in Maria vinde viver em
Spiritus sanctitatis tuӕ, in vosso servo com o espírito
plenitudine virtutis tuӕ, in de vossa santidade com a
veritate virtutum tuarum, plenitude de vossas forças
- 92 -
in perfectione viarum na retidão de vossos
tuarum, in communione caminhos na verdade de
mysteriorum tuorum, do- vossas virtudes na comu-
minare omni adversӕ nhão de vossos mistérios
potestate in Spiritu tuo ad para dominar as forças
gloriam Patris. adversas com o vosso
Espírito, para a glória do
Amen. Pai. Amém.

ORAÇÃO DE SANTO ANSELMO


Oh! Meu Senhor e meu Deus, nos dê a graça de desejar
a Vós com todo nosso coração porque desejando-O,
iremos procura-Lo, procurando-O, iremos encontrá-
Lo, encontrando-O, iremos amá-Lo, Amando-O, iremos
odiar aqueles pecados dos quais Vós nos redimistes na
Cruz.

ORAÇÃO DE SANTO TOMÁS


Oh! Deus Eterno e Todo-Poderoso, eis que me
aproximo do sacramento do Vosso Filho único, Nosso
Senhor Jesus Cristo. Impuro, venho à fonte da
misericórdia; cego, à luz da eterna claridade; pobre e
indigente, ao Senhor do céu e da terra. Imploro, pois, a
abundância da Vossa liberalidade, para que Vos digneis
curar minha fraqueza, lavar minhas manchas, iluminar
minha cegueira, enriquecer minha pobreza, vestir
minha nudez.
Que eu receba o Pão dos anjos, o Rei dos reis e o
Senhor dos senhores, com o respeito e humildade, com
a contrição e devoção, com a pureza da fé, com o
propósito e intenção que convém à salvação de minha
alma. Dai-me que receba não só o Sacramento do Corpo
e do Sangue do Senhor Jesus Cristo, mas também seu

- 93 -
efeito e sua força. Oh! Deus de mansidão, fazei-me
acolher com tais disposições o Corpo que Vosso Filho
único, Nosso Senhor Jesus Cristo, recebeu da Virgem
Maria. Que eu seja incorporado ao Seu Corpo Místico e
contado entre Seus membros. Oh! Pai cheio de amor,
fazei que, recebendo agora Vosso Filho sob o véu do
sacramento, possa eternamente contemplá-lo face a
face. Amém.

ORAÇÃO DE SANTO AMBRÓSIO


Senhor Jesus Cristo, eu, pecador, não presumindo dos
meus próprios méritos, mas confiando na vossa
bondade e misericórdia, temo entretanto e hesito em
aproximar-me da mesa do vosso doce convívio. Pois
meu corpo e meu coração estão manchados por
muitas faltas, e não guardei com cuidado o meu
espírito e a minha língua. Por isso, Oh! bondade
divina e temível majestade, na minha miséria recorro
a Vós, fonte de misericórdia; corro para junto de Vós a
fim de ser curado, refugio-me na vossa proteção,
anseio ter como Salvador Aquele que não posso
suportar como Juiz. Senhor, eu Vos mostro as minhas
chagas e Vos revelo a minha vergonha. Sei que os
meus pecados são muitos e grandes, e temo por causa
deles, mas espero na vossa infinita misericórdia.
Olhai-me, pois, com os vossos olhos misericordiosos,
Senhor Jesus Cristo, Rei eterno, Deus e homem,
crucificado por causa do homem.
Escutai-me, pois espero em Vós; tende piedade de
mim, cheio de misérias e pecados, Vós que jamais
deixareis de ser para nós fonte de compaixão. Salve,
Vítima salvadora, oferecida no patíbulo da Cruz por
mim e por todos os homens. Salve, nobre e precioso
- 94 -
Sangue, que brotas das chagas do meu Senhor Jesus
Cristo crucificado e lavas os pecados do mundo
inteiro. Lembrai-Vos, Senhor, da vossa criatura
resgatada por vosso Sangue. Arrependo-me de ter
pecado, desejo reparar o que fiz.
Livrai-me, Oh! Pai clementíssimo, de todas as minhas
iniqüidades e pecados, para que, inteiramente
purificado, mereça participar dos Santos Mistérios. E
concedei que o vosso Corpo e o vosso Sangue, que eu,
embora indigno, me preparo para receber, sejam
perdão para os meus pecados e completa purificação
de minhas faltas. Que eles afastem de mim os maus
pensamentos e despertem os bons sentimentos;
tornem eficazes as obras que Vos agradam, e protejam
meu corpo e minha alma contra as ciladas dos meus
inimigos. Amém.

ORAÇÃO DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO


Creio, Senhor e confesso, que em verdade Tu És Cristo,
Filho de Deus vivo e que vieste ao mundo para salvar
os pecadores, dos quais eu sou o primeiro.
Creio ainda que este é o Teu Puríssimo Corpo e que
este é o Teu próprio precioso Sangue.
Suplico-Te, pois, tem misericórdia de mim e perdoa-
me as minhas faltas voluntárias e involuntárias, que
cometi por palavras ou ações, com conhecimento ou
por ignorância, e concede-me sem condenação receber
Teus puríssimos Mistérios para remissão dos pecados
e para a vida eterna.
Da Tua Ceia Mística, aceita-me hoje como participante,
Oh! Filho de Deus; pois não revelarei o Teu Mistério
aos Teus inimigos, nem Te darei o beijo como Judas,
mas como o ladrão me confesso: lembra-Te de mim,
- 95 -
Senhor, no Teu Reino, Que não seja para meu juízo ou
condenação, a recepção de Teus Santos Mistérios,
Senhor, mas para a cura do corpo e da alma. Amém.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA PARA ANTES DA


COMUNHÃO
Dulcíssima Medianeira e Advogada dos pecadores, e
Mãe Digníssima de Nosso Senhor Jesus Cristo; por
aquela virginal pureza e profundísisma humildade,
com que, por virtude do Espírito Santo, concebestes em
vossas puríssimas entranhas ao Verbo Eterno, Meu
Jesus, que eu agora uero e desejo receber,
humildademente vos suplico, me alcançeis de vosso
Benditíssimo Filho a graça para que eu o receba e o
acomode em minha alma dignamente e com aquela
intenção, reverência, amor e devoção, com que tão
grande Hóspede deve ser recebido; não perca eu por
minha culpa o fruto de Sua Paixão, e do Precioso
Sangue que, estando vós presente, por mim derramou
na Cruz.
Lembrai-vos, Senhora, do que ali presenciaste, e do
ministério que vos concedeu; e que, quando se vestiu
de vossa carne, e se fez Filho vosso, vos fez também
Mãe Nossa, e mãe de pecadores, para que por vós
alcancemos o que por nossas culpas desmerecemos.
Ajudai-me, pois, Mãe e Advogada minha, favorecei-me,
socorrei-me nesta hora, para que, limpo e purificado na
alma e no corpo, seja digna morada de Meu Senhor,
para glória sua, honra vossa, e salvação de minha alma.
Amém.

- 96 -
SÚPLICA CONFORME S. LUIZ MONTFORT
Prӕbe mihi cor tuum, emprestai-me vosso coração, Mãe
Santíssima, para que eu possa comungar com as
devidas disposições de alma.
Oh! Maria Mãe do amor, preparai meu coração para
receber Nosso Senhor.

AÇÃO DE GRAÇAS PARA DEPOIS DA COMUNHÃO E


DA MISSA

ALMA DE CRISTO
(Santo Inácio de Loyola)
300 d. CV. PM. 7a. depois da Comunhão.

Anima Christi, sanctifica Alma de Cristo, santificai-


me. me.
Corpus Christi, salva me. Corpo de Cristo salvai-me.
Sanguis Christi, inebria Sangue de Cristo inebriai-
me. me.
Aqua lateris Christi, lava Água do lado de Cristo,
me. lavai-me.
Passio Christi, conforta Paixão de Cristo confortai-
me. me.
O bone Iesu, exaudi me. Oh! bom Jesus, ouvi-me.
Intra tua vulnera abscon- Nas vossas chagas, escon-
de me. dei-me.
Ne permittas me, separari Não permitais, que me
a te. separe de Vós.
Ab hoste maligno defende Do inimigo maligno, de-
me. fendei-me.
In hora mortis meӕ voca Na hora da minha morte,
me. chamai-me e mandai-me
Et iube me venire ad te, Ut ir, para Vós. Para que com
- 97 -
vos cum Sanctis tuis vossos Santos Vos louve.
laudem te in sӕcula Por todos os séculos dos
sӕculorum. Amém. séculos. Amém.

ORAÇÃO A JESUS CRUCIFICADO

Indulgência plenária a quem rezar esta oração diante do


crucifixo, tendo-se confessado e comungado e orando
pelas intenções do Santo Padre.

EN ego, o bone Eis-me aqui, Oh!


et dulcissime bom e dulcís-
Iesu, ante con- simo Jesus, de
spectum tuum joelhos prostra-
genibus me do em vossa
provolvo, ac divina presença,
maximo animi vos peço e su-
ardore te oro plico com o mais
atque obtestor, ardente fervor,
ut meum in cor vividos que vos digneis de impri-
fidei, spei et caritatis mir em meu coração ar-
sensus, atque veram pec- dentes sentimentos de fé,
catorum meorum pӕni- esperança e caridade e um
tentiam, eaque emendandi verdadeiro arrependimen-
firmissimam voluntatem to de meus pecados com
velis imprimere; dum vontade firmíssima de os
magno animi affectu et emendar; enquanto eu,
dolore tua quinque vulne- com grande afeto e dor de
ra mecum ipse considero alma considero e medito
ac mente contemplor, illud as vossas cinco chagas,
prӕ oculis habens, quod tendo diante dos olhos o
iam in ore ponebat tuo que já o santo profeta
David propheta de te, o David dizia de vós, Oh!
- 98 -
bone Iesu: Foderunt ma- bom Jesus: “Transpassa-
nus meas et pedes meos: ram minhas mãos e meus
dinumeraverunt omnia os- pés, contaram todos os
sa mea. Amen. meus ossos”. Amém.

OFERTA DE SI MESMO
(Santo Inácio de Loyola)
300d CD. (Leão XIII, 26 de Maio de 1883)

Suscipe, Domine, univer- Tomai, Senhor, e recebei


sam meam libertatem. toda a minha liberdade, a
Accipe memoriam, Intel- minha memória, o meu
lectum atque voluntatem entendimento e toda a
omnem. Quidquid habeo minha vontade. Tudo
vel possideo mihi largitus quanto tenho e possuo, de
es; id tibi totum restituo,Vós o recebi: a Vós,
ac tuӕ prorsus voluntati Senhor, o entrego e resti-
trado gubernandum. tuo, para que disponhais
de tudo segundo a vossa
santíssima vontade.
Amorem tui solum cum Concedei-me só a vossa
gratia tua mihi dones, et graça e o vosso amor, que
dives sum satis, nec aliud isto me basta, nem outra
quidquam ultra posco. coisa desejo de vossa mi-
Amen. sericórdia infinita. Amém.

ORAÇÃO UNIVERSAL
(Papa Clemente XI)

Senhor, creio em Vós, fazei que creia com mais firmeza;


espero em Vós, fazei que espere com mais confiança;
amo-vos, aumentai o meu amor; arrependo-me, avivai
a minha dor. Adoro-Vos como primeiro princípio;
- 99 -
desejo-Vos como último fim; exalto-Vos como benfeitor
perpétuo; invoco-Vos como defensor propício. Dirigi-
me com a vossa sabedoria; atai-me com a vossa justiça;
consolai-me com a vossa clemência; protegei-me com o
vosso poder. Ofereço-vos os meus pensamentos, para
que se dirijam a Vós; as minhas palavras, para que
falem de Vós; as minhas obras, para que sejam vossas;
as minhas contrariedades, para que as aceite por Vós.
Quero o que quereis, quero porque o quereis, quero
como o quereis, quero enquanto o quiserdes. Senhor,
peço-Vos que ilumineis a minha mente, inflameis a
minha vontade, limpeis o meu coração,
santifiqueis a minha alma. Que me afaste das faltas
passadas; rejeite as tentações futuras; corrija as más
inclinações; pratique as virtudes necessárias.
Concedei-me, Deus de bondade, amor por Vós; zelo
pelo próximo; desprezo pelo mundano. Que saiba
obedecer aos superiores, ajudar os inferiores, acolher
os amigos, perdoar os inimigos. Que vença a
sensualidade com a mortificação, a avareza com a
generosidade, a ira com a bondade, a tibieza com a
piedade. Fazei-me prudente nos conselhos,
constante nos perigos, paciente nas contrariedades,
humilde na prosperidade. Que procure ter inocência
interior, modéstia exterior, conversa exemplar, vida
ordenada. Que lute para dominar a minha natureza,
fomentar a graça, servir a vossa lei e obter a salvação.
Que aprenda de Vós como é pouco o terreno, como é
grande o divino, como é breve o tempo, como é
duradouro o eterno. Fazei-me preparar a morte, temer
o juízo, evitar o inferno e alcançar o paraíso. Por Cristo
Nosso Senhor. Amen.

- 100 -
ORAÇÃO DE SANTO TOMÁS DE AQUINO

Dou-vos graças, Senhor santo, Pai omnipotente, Deus


eterno, a Vós que, sem merecimento nenhum da minha
parte, mas por efeito de vossa misericórdia, Vos
dignastes saciar-me, sendo eu pecador e vosso indigno
servo, com o Corpo adorável e com o Sangue precioso
do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Eu Vos peço
que esta comunhão não me seja imputada como uma
falta digna de castigo, mas interceda eficazmente para
alcançar o meu perdão; seja a armadura da minha fé e
o escudo da minha boa vontade; livre-me dos meus
vícios; apague os meus maus desejos; mortifique a
minha concupiscência; aumente em mim a caridade e a
paciência, a humildade, a obediência e todas as
virtudes; sirva-me de firme defesa contra os embustes
de todos os meus inimigos, tanto visíveis como
invisíveis; serene e regule perfeitamente todos os
movimentos, tanto da minha carne como do meu
espírito; una-me firmemente a Vós, que sois o único e
verdadeiro Deus; e seja, enfim, a feliz consumação do
meu destino. Dignai-vos, Senhor, eu Vos suplico,
conduzir-me, a mim pecador, a esse inefável festim,
onde, com o vosso Filho e o Espírito Santo, sois para os
vossos santos luz verdadeira, gozo pleno e alegria
eterna, cúmulo de delícias e felicidade perfeita. Pelo
mesmo Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amém.

ORAÇÃO DE SANTO AGOSTINHO

Diante de Vós, Senhor, apresentamos o fardo dos


nossos crimes e simultaneamente as feridas que por
causa deles recebemos. Se pensarmos no mal que
- 101 -
fizemos, é bem pouco o mal que sofremos e muito
maior o que merecemos. Foi grave o que ousamos
cometer e leve o que agora sofremos. Sentimos que é
dura a pena do pecado e no entanto não nos decidimos
deixar a ocasião dele. A nossa fraqueza geme esmagada
sob o peso dos castigos com que nos punis justamente,
e a nossa maldade não quer se desfazer dos seus
caprichos. O espírito anda atormentado, mas a cerviz
não se verga. A nossa vida suspira no meio das dores e
não nos corrigimos. Se contemporizardes conosco, não
nos emendamos, e se tirais de nós vingança, gritamos
que não podemos. Se nos castigais, sabemos declarar
que somos réus, mas se afastais por um pouco a Vossa
ira, esquecemos logo o que deploramos. Se levantardes
a mão, logo prometemos a emenda, se retirais a
espada, já nos esquecemos da promessa. Se nos feris,
gritamos que nos perdœis, se nos perdoais logo
entramos de Vos provocar. Tendes-nos aqui, Senhor,
diante de Vós, confessamos os nossos pecados; se Vos
não amerceais de nós, aniquilar-nos-á a Vossa justiça.
Concedei-nos Pai onipotente, o que sem merecimento
algum de nossa parte Vos pedimos, Vós que nos
tirastes do nada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

V. Senhor, não nos trateis segundo os nossos pecados.


R. Nem nos castigueis segundo as nossas iniqüida-
des.

Oremos: Oh! Deus, a quem o pecado ofende e a


penitência propicia, olhai favoravelmente para as
preces do Vosso povo e relegai para longe os vossos
castigos da Vossa ira, que merecemos com os nossos
pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
- 102 -
ORAÇÃO DE SÃO BOAVENTURA

Feri, Oh! Dulcíssimo Senhor Jesus, o mais íntimo e


profundo de meu ser com o dardo suavíssimo e salutar
do Vosso amor, com aquela verdadeira, inalterável,
santíssima e apostólica caridade, a fim de que a minha
alma se enlanguesça com o único desejo de sempre
crescer em vosso amor.
Que eu vos ame intensamente, que desfaleça nos
vossos átrios e deseje dissolver-me em vós e ser um
convosco.
Que minha alma tenha fome de Vós, Oh! Pão dos Anjos,
alimento das almas santas, Pão nosso de cada dia,
supersubstancial, que tem toda doçura e sabor, e todo
deleite de suavidade. Oh! Vós a Quem os Anjos
desejam contemplar!
Que o meu coração sempre tenha fome e se alimente de
Vós, e que as entranhas do meu ser sejam repletas com
a doçura de vosso sabor.
Que só de Vós tenha sede, Oh! fonte da vida e da
sabedoria e da ciência e da luz eterna, torrente de
delícias, riqueza da casa de Deus.
Só por Vós anseie, só a Vós procure, só a Vós encontre,
só para Vós tenda e vos alcance. Só medite em Vós, só
de Vós fale, e tudo o que fizer seja para louvor e glória
do vosso nome, com humildade e discrição, com amor e
deleite, com bondade e afeto, com perseverança até o
fim.
Sede, Senhor, minha única esperança, toda minha
confiança, minhas riquezas, meu deleite, meu encanto,
minha alegria, minha quietude e tranqüilidade, minha
paz, minha suavidade, meu perfume, minha doçura,
meu pão, meu alimento, meu refúgio, meu auxílio,
- 103 -
minha sabedoria, minha partilha, meus bens, meu
tesouro.
Somente em Vós minha alma e meu coração estejam
radicados de modo fixo, firme e inamovível. Amém.

ATO DE CONFORMIDADE
Ind. Plen. Art. mortis. (S.Pio X, 9, Mar. 1904)
Senhor, meu Deus de todo o meu coração e de plena
vontade, aceito desde já de vossa mão com todas as
suas angústias penas e dores, o género de morte que
vós fordes servido reservar-me.

ORAÇÃO DO PADRE PIO


Fica comigo, Senhor, pois preciso da tua presença para
não te esquecer. Sabes quão facilmente posso te
abandonar.
Fica comigo, Senhor, porque sou fraco e preciso da tua
força para não cair.
Fica comigo, Senhor, porque És minha vida, e sem ti
perco o fervor.
Fica comigo, Senhor, porque És minha luz, e sem ti
reina a escuridão.
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade.
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga.
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer
sempre em tua companhia.
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel.
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja
minha alma, quero que se transforme num lugar de
consolação para ti, um ninho de amor.
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao
fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a
eternidade se aproximam.
- 104 -
Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar
no caminho.
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da
escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das
tristezas.
Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de
exílio.
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida,
com todos os seus perigos, eu preciso de ti.
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram
teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a
Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão,
a força a me sustentar, a única alegria do meu coração.
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero
estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela
graça e pelo amor.
Fica comigo, Jesus. Não peço consolações divinas,
porque não as mereço, mas apenas o presente da tua
presença, ah, isso sim te suplico!
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu
amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito,
porque te amo, e a única recompensa que te peço é
poder amar-te sempre mais.
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o
coração enquanto estiver na terra, para continuar a te
amar perfeitamente por toda a eternidade. Amém.

A NOSSA SENHORA PARA DEPOIS DA COMUNHÃO

Santa Maria, Mãe digníssima de Meu Senhor Jesus


Cristo, Sereníssima Rainha do Céu e da Terra, que
mereceste trazer em vosso ventre virginal o Criador de
tudo criado, cujo Sacratísismo Corpo eu recebi; dignai-
- 105 -
vos, Senhora, pedir a este Vosso Benignissímo Filho,
que me perdœ tudo quanto contra este Sacramento hei
cometido de pecado, por ignorância, por malícia, ou
por outra qualquer maneira; e que por vossos rogos
Ele se abrace e junte à minha alma com sentimento de
amor tão estreito e que jamais se aparte dela até levá-
la à bem-aventurança, na qual Ele, com o Pai e o
Espírito Santo vive e reina por todos os séculos dos
séculos. Amém.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

A comunhão espiritual, conforme Santo Tomás, consiste


em um desejo ardente de receber a Jesus Sacramentado,
em abraço armoroso, como se já o houveramos recebido;
sentença que o Sagrado Concílio de Trento confirmou
dizendo: “A comunhão espiritual consiste em um ardente
desejo de receber a Jesus Cristo Sacramentado e a
alimentar-se do Pão Celestial, com uma fé viva que opera
pela caridade, e que nos faz participantes dos frutos e
graças do Sacramento Eucarístico.”
Quanto estas comunhões espirituais sejam agradáveis a
Deus, e quantas graças por este meio recebem as alams
fervorosas, assaz o declaram as palavras do Sagrado
Concílio, e assaz o provam os exemplos dos santos que
por este modo fizeram tão rápidos progressos no
caminho da perfeição. Este santo exercício é não só
autorizado pelo freqüente uso das almas devotas que o
praticam, senão que os doutores místicos o louvam e
inculcam muito, exortam os fiéis ao seu uso. Sendo esta
devoção tão útil, nenhum há que seja mais fácil, pois se
pode fazer a todas as Missas que se ouvem, e também a
qualquer hora do dia, pela manhã, à tarde, à noite, na
- 106 -
igreja, ou em nosso aposento, sem que ninguém nos veja
nem seja preciso estar em jejum. Oh! Quantas almas por
esta saudável prática se elevaram a uma eminente
santidade.

CREIO, JESUS MEU


(Santo Afonso Ma. de Ligório)

Creio, Jesus meu, que estais realmente presente no


Santíssimo Sacramento do Altar. Vos amo acima de
todas as coisas e desejo receber-Vos em minha alma.
Mas como agora não posso receber-Vos sacramentado,
vinde ao menos espiritualmente a meu coração. Como
se já Vos tivesse recebido, Vos abraço e me uno todo a
Vós. Não permitais Senhor, que jamais me separe de
Vós. Amém.
CREIO, JESUS MEU
(fórmula abreviada)

Creio, Jesus meu, que estais no Santíssimo Sacramento;


Vos amo e desejo receber-vos; vinde a meu coração.
Abraço-Vos e peço que não Vos aparteis de mim.
Amém.
A VOSSOS PÉS ME PROSTO
(Cardeal Merry del Val)

A Vossos pés me prosto, Oh! Jesus meu! E vos ofereço


o arrependimento do meu coração contrito, que se
afunda no nada ante Vossa presença. Adoro-Vos no
Sacramento de Vosso Amor, a inefável Eucaristia, e
desejo receber-Vos na pobre morada que Vos oferece
minha alma. Esperando a dita da Comunhão
Sacramental, quero possuir-Vos em espírito.
- 107 -
Vinde a mim, posto que eu venha a Vós, Oh! Meu Jesus;
e que Vosso amor inflame todo meu ser na vida e na
morte. Creio em Vós e espero em Vós. Amém.

DAI-ME SENHOR

1. Dai-me Senhor, aquela pureza de coração tão


necessária para me aproximar e me alimetar de vós,
que sois minha vida, meu sustento, minha fortaleza e
meu conforto.
2. Excitai em mim, Deus meu, sentimentos de uma
contrição tão perfeita, de uma humildade tão profunda,
que possa agradar-vos e atrair-vos a mim.
3. Supiro por aquele que amo, como o cervo sequioso
suspira pelas águas das fontes; sinto-me faminto do
Pão de Vida, e todo meu desejo é nutrir-me dele e
alojar em meu peito meu amado. Vinde, Oh! meu Jesus,
amor e vida de minha alma, vinde a meu pobre
coração; saciai meus desejos, santificai minha alma;
vinde, Oh! Dulcíssimo Jesus! Em Vós descansarei.

COMUNHÃO GERAL DOS CONGREGADOS

Uma vez ao mês, os congregados deverão comungar


em conjunto. Convém que o exércício se faça em Missa
destianda à essa finalidade. Pode-se fazer as orações
específicas para o ato antes e depois da Missa,
conforme o caso.

O Presidente começa e os demais congragados outros


continuam as seguintes orações:

- 108 -
ANTES DA COMUNHÃO

“Meu Jesus amantíssimo, creio firmemente que vou


receber o vosso Corpo, Sangue, Alma e Divindade, tão
perfeitamente como estais no Céu. Creio-o, porque Vós
o dissestes. Espero de vossa infinita bondade, todos os
bens e graças, que generosamente dais aos que vos
recebem com viva fé e inteira confiança. Adoro-vos,
Senhor, na sagrada Hóstia. Meus Jesus, eu não sou
digno de vos receber em meu coração; mas dizei uma
só palavra e minha alma será salva. Sei que os meus
pecados me fazem indigno de vos receber. Já os
aborreci, meu Jesus; mas detesto-os de novo agora,
com todo o pesar do meu coração. E proponho não vos
ofender mais. Sois o médico da minha alma: quero
procurar no vosso Corpo e Sangue o meu remédio, a
minha força, a minha vida. Sois o meu Pai
amorosíssimo: quero ir a vossos braços. Apertar-vos
contra o meu coração. Dar-me totalmente a Vós. Vinde
Senhor, tomar posse de mim.“

DEPOIS DA COMUNHÃO

Benvindo sejais, meu doce Jesus, a esta pobre morada


do meu coração! Como é possível, que um Deus viesse
visitar-me a mim, miserável pecador?! Tenho em meu
peito o Filho de Deus, o seu Corpo, Sangue, Alma e
Divindade. Assim é, Senhor, e daria mil vidas se as
tivesse, em confirmação desta verdade. Mas, donde me
veio a mim tão grande dita? Donde favor tão
assinalado? Potências de minha alma, adorai o vosso
Deus com a mais profunda humildade! Sentidos meus,
prostrai-vos ante o vosso Deus e Senhor!... Oh! meu
- 109 -
amantíssimo Jesus, já que me remis-tes com o vosso
Sangue precioso, conclui a vossa obra, coroai as vossas
misericórdias, concedendo-me a graça que tanto
espero e a vitória sobre minha paixão dominante.
Vós, Senhor, vedes as enfermidades tão perigosas da
minha alma; vedes o mal que me fazem a ira, a inveja, a
soberba, a gula e outras paixões desordenadas; sarai-
me, Médico soberano e todo poderoso, pois para este
fim me visitastes. Desde este momento quero ser
vosso, Oh! meu Deus, só a Vós quero pertencer, só de
Vós ser possuído. Vós destes-me tudo e eu tudo o que
tenho vos hei de dar. Vós me destes o vosso Corpo, o
vosso Sangue, a vossa Alma: pois isto mesmo vos dou
eu: dou-vos o meu corpo para vos servir, o meu sangue
para o derramar por Vós e a minha alma para vos amar
a minha vida inteira.

Oração a Nossa Senhora

Eu me encomendo a vós, Oh! gloriosa Virgem Maria,


Rainha do Céu e da Terra, que trouxestes em vosso seio
aquele Senhor e Criador que eu acabo de receber. Eu
vos suplico, Mãe Santíssima de Deus, que intercedais
por mim ante vosso divino Filho e me alcanceis dele
perdão de todas as faltas, que eu possa ter cometido
em receber tão grande Sacramento. Vós fostes sempre
pura e inocente, e a vossa pureza e inocência
cresceram ainda mais, depois da incarnação do Filho
de Deus. Possa eu também depois de receber este
augustíssimo Sacramento crescer na pureza de minha
alma e conservar o meu coração e o meu corpo
isentos de todo o pecado. Vós, depois da conceição de
vosso Filho, cantastes os louvores de Deus e vos
- 110 -
alegrastes em Deus vosso Salvador. Alcançai-me
também que eu possa render a Deus as graças devidas
por tão grande benefício e mostrar-me sempre fiel ao
seu amor.

Oração pelo Clero


100d CV. († Sebastião Leme, Rio, 27-X-1922.)

Deixai, Oh! Jesus, que em Vosso Coração Eucarístico,


depositemos nossas mais ardentes preces pelo nosso
Clero, e sede propicio aos nossos pedidos.
Multiplicai as vocações sacerdotais na nossa Pátria:
atraí ao Vosso altar os filhos do nosso Brasil; chamai-os
com instância ao Vosso Ministério.
Conservai, na perfeita fidelidade ao Vosso serviço,
aqueles a quem já chamastes; afervorai-os, purificai-
os, santificai-os, não permitindo que se afastem do
espírito da Vossa Igreja.
Não consintais, Oh! Jesus, nós Vos suplicamos que
debaixo do céu brasileiro, sejam, por mãos indignas,
profanados os vossos mistérios de amor.
Também vos pedimos com instância: deixai que a
misericórdia de vosso Coração vença a Vossa justiça
divina por aqueles que se recusaram a honra da
vocação sacerdotal ou desertaram das fileiras sagradas.
Atendei, Oh! Jesus, a esta nossa insistente oração, vo-lo
pedimos por vossa Mãe, Maria Santíssima, Rainha dos
Sacerdotes. Oh ! Maria, ao vosso Coração, confiamos
nosso Clero; guiai-o, protegei-o, salvai-o.

Termina-se com a Súplica pelo Diretor e Invoncação


Cantada (pág. 163).

- 111 -
CAPÍTULO V – CONFISSÃO
“Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os
pecados, ser-lhe-ão perdoados; e a quem os retiverdes,
ser-lhe-ão retidos."
(Jo XX, 21-23)
"Mesmo que os teus pecados sejam como escarlate,
ficarão brancos como neve."
(Prophetia Isaiӕ I, 18)

"Os homens receberam de Deus um poder que não foi


dado aos anjos nem aos arcanjos. Nunca foi dito aos
espíritos celestes, ‘O que ligardes e desligardes na terra
será ligado e desligado no céu’. Os príncipes deste mundo
só podem ligar e desligar o corpo. O poder do sacerdote
vai mais além; alcança a alma, e exerce-se não só em
batizar, mas ainda mais em perdoar os pecados. Não
coremos, pois, ao confessar as nossas faltas. Quem se
envergonhar de revelar os seus pecados a um homem, e
não os confessar, será envergonhado no Dia do Juízo na
presença de todo o Universo."
(S. João Crisóstomo)
- 112 -
INSTRUÇÃO DO PRÍNCIPE DE HOHENLOHE SOBRE A
CONFISSÃO

Purificai a miúdo vossa consciência pela confissão.

Motivos:

1º A Confissão repetida a miúdo preserva de grandes


pecados. O meio mais eficaz de melhorar a vida de um
pecador é uma confissão sincera e amiudada. Ela sara
prontamente antigas chagas, preserva de outras novas,
desperta o sentimento da vida espiritual, e livra a alma
da morte do pecado. Efeito é este prodigioso dos
merecimentos de Jesus Cristo, os quais, no tribunal da
penitência, largamente são dispensados ao pecador
contrito.
2º A confissão diminui o número os pecados veniais. Se
um aposento quanto mais se varre, mais asseado fica;
se uma tela quanto mais se lava, mais alva se faz; se um
vaso de ouro quanto mais se limpa, mais brilhante se
torna; como se não purificará cada vez mais a alma de
seus pecados, sendo a miúdo lavada nas saudáveis
águas, que o Redentor nos deixou no sacramento da
Penitência? Nenhuma dúvida cabe, que aqueles que a
miúdo se confessam mais raramente pecam, do que
aqueles que deixam acumular grande número de
pecados, e não aliviam sua consciência senão uma ou
duas vezes no ano.
3º A confissão fortifica no bem.Notavelmente vos
enganais se imaginais que a confissão, repetida com
frequência, só aos grandes pecadores é proveitosa.
Bem ao contrário às pessoas piedosas é a quem
cumpre amiudar suas confissões, a fim de que sua
- 113 -
devoção se não esfrie. Por experiência elas sabem que
a confissão as faz perseverar no caminho da virtude, e
lhes alcança novas graças. Se disto duvidais,
experimentai, e desenganar-vos-ei.

Exercícios:

1º Confessai-vos ao menos uma vez cada mês. Quanto


mais diferirdes vossa confissão, tanto mais difícil ela se
tornará. Multiplicam-se, entretanto, as tentações,
ensurdece o vosso coração aos conselhos salutares, vai
o pecado ganhando ousadia, até que se converte em
hábito, e vossa corrupção vai todos os dias em
aumento, até consumar-se. E não é isto verdade?
Confessai-vos pois quanto antes, e o mais a miúdo que
puderdes, a fim de que naquele Sacramento acheis o
pronto e eficaz remédio de que vossa alma carece.
2º buscai um confessor certo em quem tenhais
confiança. É cousa mui rara, converter-se um pecador
que anda sempre mudando de confessor. Nenhum
meio há tão conducente e eficaz para se operar uma
verdadeira conversão, como escolher um confessor,
que possa e queira ajudar-vos. Abri-lhe vosso coração,
e ouvi seus conselhos e exortações com humildade e
submissão. Tende sobretudo uma confiança filial e
ilimitada naquele, que à hora da morte vos assistirá.
Oh! e que penoso não será naquela hora tremenda não
ter um pai espiritual, a quem se franqueiem todos os
recônditos de uma consciência atribulada!
3º Nunca vos confesseis sem ter escrupulosamente
interrogado vossa consciência. Depois de terdes
rogado a Deus e Ele, vos dê a graça de bem conhecer
vossos pecados, e de ter deles um verdadeiro
- 114 -
arrependimento, examinai cuidadosamente vossa
consciência; acautelai-vos contudo de conceber uma
inquietação demasiado ativa. Discorrei pelos
“Mandamentos de Deus e da Igreja, pelos sete pecados
capitais, pecados veniais, etc.” Examinai em geral
quantas vezes, e até que ponto tendes pecado por
pensamentos, desejos, palavras, ações, omissões e
negligência. Recordai-vos primeiramente, quando e
como haveis feito vossa última confissão; pois, se com
pleno conhecimento, haveis omitido algum pecado
grave, ou não haveis tido um verdadeiro
arrependimento, e feito um propósito firme de nunca
mais cair nele, cumpre, que para bem fazerdes vosso
exame, vos remontei até a época em que tiverdes feito
vossa última confissão valiosa. E para este efeito deveis
não somente declarar os pecados que tiverdes omitido,
mas ainda, se tiverdes mudado de confessor, acusar-
vos de novo dos que já tiverdes confessado, desde
aquele desgraçado momento; e em todo caso, deveis
outrossim declarar o número das confissões nulas e
sacrílegas, e quantas vezes vos haveis aproximado da
mesa eucarística indignamente; esta observação é
essencial.
4º Orai a Deus com um sincero arrependimento e firme
propósito de emenda. Logo que tiverdes cuidado-
samente examinado vossa consciência, fazei toda a
diligência por despertar em vós um verdadeiro e
sincero arrependimento de vossas culpas, e um
propósito firme de não tornar a cair nelas. E na
verdade, se vosso arrependimento não é verdadeiro, se
vossa resolução não é firme e sincera, será nula ou
sacrílega vossa confissão; e será um roubo que fazeis a
Deus.Para que este arrependimento seja sincero, e
- 115 -
firme esta resolução, é necessário que nasçam de um
coração comovido por motivos sobrenaturais.Mas, vós
me perguntareis, como alcançá-lo? É o que passo a
explicar-vos.
Recolhei-vos dentro de vós mesmo, e com toda a
reflexão fazei-vos as seguintes perguntas:
1. “A quem ofendi eu?” A meu Deus, meu Senhor, meu
Criador, meu Redentor, o melhor dos Pais, àquele cuja
bondade é infinita, cuja justiça é reta e inexorável.
2. “Aonde?” Em sua presença, em seu serviço e
porventura em sua mesma casa!
3. “Como?” Voluntariamente, de propósito deliberado,
tão repetidas vezes; e tão gravemente, depois de lhe
haver prometido emendar-me.
4. “Por quê?” por um prazer fugitivo, por uma tênue
conveniência mundana.
5. “Quando?” Então mesmo que Ele me beneficiava, me
protegia, e me preservava de males sem conta.
6. “Com que?” Com os dons que Ele havia concedido, e
benefícios que havia liberalizado.
Se estas reflexões vos comoverem, animai-vos então de
um sincero arrependimento, e tomai a firme resolução
de antes morrer que outra vez pecar.
5º Confessai-vos com a maior sinceridade. Ide para o
confessionário quando chegar a vossa vez, sem nunca
vos apresardes. Não vos aproximeis muito da pessoa
que se confessa, para qe, com medo de por vós ser
ouvida, não oculte algum pecado. Aos pés do confessor
sede humilde como um criminoso perante seu juiz, e
atento como um discípulo em presença de seu mestre.
Logo que o sacerdote se virar para vós, fazei o sinal da
cruz, e dizei: “Daí-me, Padre, a ossa benção, porque eu
pequei;” depois dizei a Confissão até o “mea culpa,” e
- 116 -
começai logo a confessar os vossos pecados, pois sois o
réu suplicante, e o confessor vosso juiz. Se ele vos fizer
algumas perguntas, respondei a elas com toda a
sinceridade e franqueza, como se falásseis ao vosso
melhor amigo. Confessai-vos com método, para que
não vos enganeis, d eum modo circunstanciado, para
que possais indicar com precisão a espécie e o número;
mas acautelai-vos de nunca nomear “pessoa,” que fosse
cúmplice, mas tão somente o estado, e quanto baste
para fazer conhecer a gravidade. Confessai
primeiramente os pecados que mais vos pesam na
consciência, ou nos que tiverdes omitido nas confissões
precedentes. Sede nisto mui desvelado, pois do
contrário encontrareis a morte onde eperáveis achar a
vida. Depois de vos terdes confessado, dizei: “Pesa-me,
Senhor, de todo meu coração de todos os meus
pecados, porque eles ofenderam a Deus, que é o sumo
bem, a quem adoro e amo sobre todas as cousas.
Proponho firmemente de emendar minha vida e evitar
todas as ocasiões de pecar. A Deus peço, pois, o perdão
de minhas culpas, e a vós, Padre, que me imponhais a
penitência, e que me deis a absolvição, se a merecer.”
Ouvi depois com atenção a penitência que o Sacerdote
vos impuser, e cumpri com tudo que vos ordenar fazer.
Recebei a absolvição com uma plena confiança em
Deus, fazei o sinal da Cruz, e retirai-vos com grande
recolhimento a um lugar sossegado.
6º Depois da confissão dirigi a Deus as ações de graças
que lhe são devidas, e cumpri a penitência que o
confessor vos impôs. Regozijai-vos por ter obtido o
perdão o perdão de vossos pecados, e de ter entrado ou
ter sido confirmado na graça de Deus, e do íntimo de
vosso coração rendei-lhe graças por tamanho
- 117 -
benefício. Cumpri com fervor a penitência que vos foi
prescrita, e para dardes uma prova de que vossa
confissão é sincera, ponde em prática neste mesmo dia
as santas resoluções que haveis tomado. Se não
forjardes o ferro em quanto está em brasa, como
podereis fazê-lo esfriar?! Se vos não apressardes em
executar o que a Deus e ao padre haveis prometido, e
deixardes amortecer a impressão que seus conselhos
fizeram em vossa alma, longe de vos tornar melhor,
depois de centenas de confissões, ficareis ao contrário
ainda pior, e vossa conversão cada vez mais dificultosa.

COMO SE CONFESSAR

Antes de mais, examine bem a sua consciência. Em


seguida, diga ao sacerdote que pecados específicos
cometeu, e, com a maior exatidão possível, quantas
vezes os cometeu desde a sua última boa confissão. Só
é obrigado a confessar os pecados mortais, visto que
pode obter o perdão dos seus pecados veniais através
de sacrifícios e atos de caridade. Se estiver em dúvida
sobre se um pecado é mortal ou venial, mencione ao
confessor a sua dúvida. Recorde-se, também, que a
confissão dos pecados veniais ajuda muito a evitar o
pecado e a avançar na direção do Céu.

Condições necessárias para um pecado ser mortal

1. Matéria séria
2. Reflexão suficiente
3. Pleno consentimento da vontade

- 118 -
ORAÇÕES PARA ANTES DO EXAME DE CONSCIÊNCIA

Ato de Fé
Acredito num Salvador que me ama, que perdoa os
meus pecados e que me dá a graça de me tornar santo.
Jesus Cristo, através do ministério dos Seus sacerdotes,
faz ambas as coisas no Sacramento da Penitência.

Oração
Senhor, iluminai-me para me ver a mim próprio tal
como Vós me vedes, e dai-me a graça de me arrepender
verdadeira e efetivamente dos meus pecados. O Virgem
Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão.

EXAME DE CONSCIÊNCIA

Considerações preliminares
1. Alguma vez deixei de confessar um pecado grave,
ou conscientemente disfarcei ou escondi um tal
pecado?*
2. Alguma vez fui irreverente para com este
Sacramento, não examinando a minha consciência com
o devido cuidado?
3. Alguma vez deixei de cumprir a penitência que o
sacerdote me impôs?

*
Nota: Esconder deliberadamente um pecado mortal invalida a
confissão, e é igualmente pecado mortal. Lembre-se que a
confissão é sujeita ao Sigilo, o que quer dizer que é pecado mortal
um sacerdote revelar a quem quer que seja a matéria de uma
confissão.
- 119 -
4. Tenho quaisquer hábitos de pecado grave que
deva confessar logo no início (por exemplo, impureza,
alcoolismo, etc.)?

EXAME CONFORME OS DEZ MANDAMENTOS

Primeiro Mandamento: Eu sou o Senhor teu Deus,


não terás deuses estranhos perante Mim.
(incluindo pecados contra a Fé, Esperança e
Caridade)
1. Descuidei o conhecimento da minha fé, tal como o
Catecismo a ensina, tal como o Credo dos Apóstolos, os
Dez Mandamentos, os Sete Sacramentos, o Pai Nosso,
etc?
2. Alguma vez duvidei deliberadamente de algum
ensinamento da Igreja, ou o neguei?
3. Tomei parte num ato de culto não católico?
4. Sou membro de alguma organização religiosa não
católica, de alguma sociedade secreta ou de um grupo
anticatólico?
5. Alguma vez li, com consciência do que fazia,
alguma literatura herética, blasfema ou anticatólica?
6. Pratiquei alguma superstição (tal como
horóscopos, adivinhação, tábua Ouija, etc.)?
7. Omiti algum dever ou prática religiosa por
respeitos humanos?
8. Recomendo-me a Deus diàriamente?
9. Tenho rezado fielmente as minhas orações
diárias?
10. Abusei os Sacramentos de alguma maneira?
Recebi-os com irreverência?
11. Trocei de Deus, de Nossa Senhora, dos Santos, da
Igreja, dos Sacramentos, ou de quaisquer coisas santas?
- 120 -
12. Fui culpado de grande irreverência na igreja,
como, por exemplo, em conversas, comportamento ou
modo como estava vestido?
13. Fui indiferente quanto à minha Fé Católica —
acreditando que uma pessoa pode salvar-se em
qualquer religião, ou que todas as religiões são iguais?
14. Presumi em qualquer altura que tinha garantida a
misericórdia de Deus?
15. Desesperei da misericórdia de Deus?
16. Detestei a Deus?
17. Dei demasiada importância a alguma criatura,
atividade, objeto ou opinião?

Segundo Mandamento: Não tomarás o Nome do


Senhor teu Deus em vão
1. Jurei pelo nome de Deus falsamente,
impensadamente, ou em assuntos triviais e sem
importância?
2. Murmurei ou queixei-me contra Deus
(blasfêmia)?
3. Amaldiçœi-me a mim próprio, ou a outra pessoa
ou criatura?
4. Provoquei alguém à ira, para o fazer praguejar ou
blasfemar a Deus?
5. Quebrei uma promessa feita a Deus?

Terceiro Mandamento: Recorda-te de santificar o


Dia de Descanso
1. Faltei à Missa nos Domingos ou Festas de guarda?
2. Cheguei atrasado à Missa nos Domingos e Dias
Santos de guarda, ou saí mais cedo por minha culpa?

- 121 -
3. Fiz com que outras pessoas faltassem à Missa nos
Domingos e Dias Santos de guarda, ou saíssem mais
cedo, ou chegassem atrasados à Missa?
4. Estive distraído propositadamente durante a
Missa?
5. Fiz ou mandei fazer trabalho servil desnecessário
num Domingo ou Festa de guarda?
6. Comprei ou vendi coisas sem necessidade nos
Domingos e Dias Santos de guarda?

Quarto Mandamento: Honra o teu pai e a tua mãe


1. Desobedeci aos meus pais, faltei-lhes ao respeito,
descuidei-me em ajudá-los nas suas necessidades ou na
compilação do seu testamento, ou recusei-me a fazê-lo?
2. Mostrei irreverência em relação a pessoas em
posições de autoridade?
3. Insultei ou disse mal de sacerdotes ou de outras
pessoas consagradas a Deus?
4. Tive menos reverência para com pessoas de
idade?
5. Tratei mal a minha esposa ou os meus filhos?
6. Foi desobediente ao meu marido, ou faltei-lhe ao
respeito?
7. Sobre os meus filhos:
a) Descuidei as suas necessidades materiais?
b) Não tratei de os fazer batizar cedo? *

* Nota: As crianças devem ser baptizadas o mais cedo possível.


Além das prescrições diocesanas particulares, parece ser a opinião
geral que uma criança deve ser batizada cerca de uma semana ou
dez dias a seguir ao nascimento. Muitos católicos atrasam o
baptismo por quinze dias ou um pouco mais. A ideia de
administrar o Baptismo nos três dias que se seguem ao parto é
- 122 -
c) Descuidei a sua educação religiosa correta?
d) Permiti que eles descuidassem os seus deveres
religiosos?
e) Consenti que se encontrassem ou namorassem sem
haver hipótese de se celebrar o matrimonio num futuro
próximo?*
f) Deixei de vigiar as companhias com quem andam?
g) Deixei de os disciplinar quando necessitassem de
tal?
h) Dei-lhes mau exemplo?
i) Escandalizei-os, discutindo com o meu cônjuge em
frente deles?
j) Escandalizei-os ao dizer imprecações e obscenidades
à sua frente?
l) Guardei modéstia na minha casa?
m) Permiti-lhes que usassem roupa imodesta
(minissaias; calças justas, vestidos ou camisolas justos;
blusas transparentes; calções muito curtos; roupas de
banho reveladoras; etc.)?

demasiado estrita. Santo Afonso, seguindo a opinião geral,


pensava que um atraso não justificado de mais de dez ou onze
dias a seguir ao parto seria um pecado grave. Segundo o costume
moderno, que é conhecido e não corrigido pelos Ordinários locais,
um atraso de mais de um mês sem motivo seria um pecado grave.
Se não houve perigo aparente para a criança, os pais que atrasem
o baptismo por três semanas, pouco mais ou menos, não podem
ser acusadas de pecado grave, mas a prática de baptizar o recém-
nascido na semana ou dez dias que se seguem ao parto deve
recomendar-se firmemente; e, de facto, pode mesmo recomen-
dar-se um período ainda mais curto. (H. Davis S.J., Moral and
Pastoral Theology, Vol. III, pg. 65, 1935)
* Nota: Santo Afonso propõe um ano, no máximo
- 123 -
n) Neguei-lhes a liberdade de casar ou seguir uma
vocação religiosa?

Quinto Mandamento: Não matarás


1. Procurei, desejei ou apressei a morte ou o
ferimento de alguém?
2. Alimentei ódio para com alguém?
3. Oprimi alguém?
4. Desejei vingar-me?
5. Provoquei a inimizade entre outras pessoas?
6. Discuti ou lutei com alguém?
7. Desejei mal a alguém?
8. Quis ferir ou maltratar alguém, ou tentei fazê-lo?
9. Recuso-me a falar com alguém, ou ressentimento
de alguém?
10. Regozijei-me com a desgraça alheia?
11. Tive ciúmes ou inveja de alguém?
12. Fiz ou tentei fazer um aborto, ou aconselhei
alguém a que o fizesse?
13. Mutilei o meu corpo desnecessariamente de
alguma maneira?
14. Consenti em pensamentos de suicídio, desejei
suicidar-me ou tentar suicidar-me?
15. Embriaguei-me ou usei drogas ilícitas?
16. Comi demais, ou não como o suficiente por
descuido (isto é, alimentos nutritivos)?
17. Deixei de corrigir alguém dentro das normas da
caridade?
18. Causei dano à alma de alguém, especialmente
crianças, dando escândalo através de mau exemplo?
19. Fiz mal à minha alma, expondo-a
intencionalmente e sem necessidade a tentações, como
maus programas de TV, música reprovável, praias, etc.?
- 124 -
Sexto e Nono Mandamentos: Não cometerás
adultério. Não cobiçarás a mulher do próximo.
1. Neguei ao meu cônjuge os seus direitos
matrimoniais?
2. Pratiquei o controle de natalidade (com pílulas,
dispositivos, interrupção)?
3. Abusei dos meus direitos matrimoniais de algum
outro modo?
4. Cometi adultério ou fornicação (sexo pré-
marital)?
5. Cometi algum pecado impuro contra a natureza
(homossexualidade ou lesbianismo, etc.)?
6. Toquei ou abracei outra pessoa de forma impura?
7. Troquei beijos prolongados ou apaixonados?
8. Pratiquei a troca prolongada de carícias?
9. Pequei impuramente contra mim próprio
(masturbação)?
10. Consenti em pensamentos impuros, ou tive
prazer neles?
11. Consenti em desejos impuros para com alguém,
ou desejei conscientemente ver ou fazer alguma coisa
impura?
12. Entreguei-me conscientemente a prazeres
sexuais, completos ou incompletos?
13. Fui ocasião de pecado para os outros, por usar
roupa justa, reveladora ou imodesta?
14. Fiz alguma coisa, deliberadamente ou por
descuido, que provocasse pensamentos ou desejos
impuros noutra pessoa?
15. Li livros indecentes ou vi figuras obscenas?
16. Vi filmes ou programas de televisão sugestivos, ou
pornografia na Internet, ou permiti que os meus filhos
os vissem?
- 125 -
17. Usei linguagem indecente ou contei histórias
indecentes?
18. Ouvi tais histórias de boa vontade?
19. Gabei-me dos meus pecados, ou deleitei-me em
recordar pecados antigos?
20. Estive com companhias indecentes?
21. Consenti em olhares impuros?
22. Deixei de controlar a minha imaginação?
23. Rezei imediatamente, para afastar maus
pensamentos e tentações?
24. Evitei a preguiça, a gula, a ociosidade, e as
ocasiões de impureza?
25. Fui a bailes imodestos ou peças de teatro
indecentes?
26. Fiquei sozinho sem necessidade na companhia de
alguém do sexo oposto?*

Sétimo e Décimo Mandamentos: Não roubarás. Não


cobiçarás os bens do teu próximo.
1. Roubei alguma coisa? O quê, ou quanto?
2. Danifiquei a propriedade de outrem?
3. Deixei estragar, por negligência, a propriedade de
outrem?
4. Fui negligente na guarda do dinheiro ou bens de
outrem?
5. Fiz batota ou defraudei alguém?

* Note bem: Não tenha receio de confessar ao sacerdote qualquer


pecado impuro que tenha cometido. Não esconda ou tente
disfarçá-lo. O sacerdote está ali para o ajudar e perdoar. Nada do
que possa dizer o escandalizará; por isso, não tenha medo, por
mais envergonhado que esteja.

- 126 -
6. Joguei em excesso?
7. Recusei-me a pagar alguma dívida, ou descuidei-
me no seu pagamento?
8. Adquiri alguma coisa que sabia ter sido roubada?
9. Deixei de restituir alguma coisa emprestada?
10. Lesei o meu patrão, não trabalhando como se
esperava de mim?
11. Fui desonesto com o salário dos meus
empregados?
12. Recusei-me a ajudar alguém que precisasse
urgentemente de ajuda, ou descuidei-me a fazê-lo?
13. Deixei de restituir o que roubei, ou obtive por
embusted ou fraude?*
14. Tive inveja de alguém, por ter algo que eu não
tenho?
15. Invejei os bens de alguém?
16. Tenho sido avarento?
17. Tenho sido cúpido e invejoso, dando demasiada
importância aos bens e confortos materiais? O meu
coração inclina-se para as posses terrenas ou para os
verdadeiros tesouros do Céu?

Oitavo Mandamento: Não levantarás falsos


testemunhos contra o teu próximo.
1. Menti a respeito de alguém (calúnia)?
2. As minhas mentiras causaram a alguém danos
materiais ou espirituais?

* Nota: Pergunte ao sacerdote como poderá fazer a restituição,


ou seja, devolver ao legítimo dono o que lhe tirou.

- 127 -
3. Fiz julgamentos temerários a respeito de alguém
(isto é, acreditei firmemente, sem provas suficientes,
que eram culpados de algum defeito moral ou crime)?
4. Atingi o bom nome de alguém, revelando faltas
autênticas mas ocultas (maledicência)?
5. Revelei os pecados de outra pessoa?
6. Fui culpado de fazer intrigas (isto é, de contar
alguma coisa desfavorável que alguém disse de outra
pessoa, para criar inimizade entre eles)?
7. Dei crédito ou apoio à divulgação de escândalos
sobre o meu próximo?
8. Jurei falso ou assinei documentos falsos?
9. Sou crítico ou negativo sem necessidade ou falto à
caridade nas minhas conversas?
10. Lisonjeei outras pessoas?

EXAME CONFORME OS SEPTENÁRIOS DA IGREJA

As obras de Misericórdia espirituais e corporais*


Descuidei-me no cumprimento das obras seguintes,
quando as circunstâncias mo pediam?

As sete obras de Misericórdia espirituais:


1. Dar bom conselho aos que pecam.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Aconselhar os que duvidam.
4. Consolar os tristes.

* Nota: Lembre-se que a nossa Santa Fé Católica nos ensina que ...
assim como o corpo sem o espírito está morto, também a fé sem
obras está morta (Tiago 2: 26).

- 128 -
5. Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo.
6. Perdoar as injúrias por amor de Deus.
7. Rogar a Deus pelos vivos e pelos defuntos.

As sete obras de Misericórdia corporais:


1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nus.
4. Visitar e resgatar os cativos.
5. Dar pousada aos peregrinos.
6. Visitar os doentes.
7. Enterrar os mortos.

Os sete vícios capitais e as virtudes opostas:

1. Soberba .................................................................... Humildade


2. Avareza ................................................................. Liberalidade
3. Luxúria .......................................................................Castidade
4. Ira.................................................................................. Paciência
5. Gula ........................................................................ Temperança
6. Inveja ............................................................................ Caridade
7. Preguiça ..................................................................... Diligência

CINCO EFEITOS DO ORGULHO

1. Vanglória:
a) Jactância/Presunção
b) Dissimulação/Duplicidade
2. Ambição
3. Desprezo dos outros
4. Ira/ Vingança/ Ressentimento
5. Teimosia/ Obstinação.

- 129 -
AS NOVE MANEIRAS DE SER CÚMPLICE NO PECADO
DE OUTREM

Alguma vez fiz deliberadamente com que outros


pecassem?
Alguma vez cooperei nos pecados de outrem:

1. Aconselhando? 6. Ocultando?
2. Mandando? 7. Compartilhando?
3. Consentindo? 8. Silenciando?
4. Provocando? 9. Defendendo o mal feito?
5. Lisonjeando?

OS QUATRO PECADOS QUE BRADAM AO CÉU POR


VINGAÇA
1. Homicídio voluntário.
2. O pecado de sodomia ou lesbianismo.
3. Opressão dos pobres.
4. Não pagar o salário justo a quem trabalha.

EXAME CONFORME OS MANDAMENTOS DA IGREJA

1. Ouvi Missa nos Domingos e Festas de guarda?


2. Cumpri o jejum e a abstinência nos dias prescritos,
e guardei o jejum eucarístico?
3. Confessei-me pelo menos uma vez no ano?
4. Recebi a Sagrada Eucaristia pelo menos uma vez
por ano?
5. Contribui, na medida do possível, para as despesas
do culto?
6. Observei as leis da Igreja sobre o Matrimonio, ou
seja, quanto ao matrimonio sem a presença de um

- 130 -
sacerdote, ou no caso de matrimonio com um parente
próximo ou um não Católico?

BLASFÊMIAS CONTRA O CORAÇÃO IMACULADO DE


MARIA

1. Blasfemei contra a Imaculada Conceição?


2. Blasfemei contra a Virgindade Perpétua de Nossa
Senhora?
3. Blasfemei contra a Maternidade Divina de Nossa
Senhora? Deixei de reconhecer a Nossa Senhora como
Mãe de todos os homens?
4. Tentei pùblicamente semear nos corações das
crianças indiferença ou desprezo, ou mesmo ódio, em
relação à sua Mãe Imaculada?
5. Ultrajei-A diretamente nas Suas santas imagens?

COMUNHÃO SACRÍLEGA

Recebi a Sagrada Comunhão em estado de pecado


mortal? (Este é um sacrilégio GRAVÍSSIMO).

EXAME DOS PECADOS VENIAIS


(Santo António Maria Claret)

A alma deve evitar todos os pecados veniais,


especialmente os que abrem caminho ao pecado grave.
Oh! minha alma, não chega desejar firmemente antes
sofrer a morte do que cometer um pecado grave. É
necessário tem uma resolução semelhante em relação
ao pecado venial. Quem não encontrar em si esta
vontade, não pode sentir-se seguro. Não há nada que
nos possa dar uma tal certeza de salvação eterna do

- 131 -
que uma preocupação constante em evitar o pecado
venial, por insignificante que seja, e um zelo definido e
geral, que alcance todas as práticas da vida espiritual
— zelo na oração e nas relações com Deus; zelo na
mortificação e na negação dos apetites; zelo em
obedecer e em renunciar à vontade própria; zelo no
amor de Deus e do próximo. Para alcançar este zelo e
conservá-lo, devemos querer firmemente evitar
sempre os pecados veniais, especialmente os seguintes:
1. O pecado de dar entrada no coração de qualquer
suspeita não razoável ou de opinião injusta a respeito
do próximo.
2. O pecado de iniciar uma conversa sobre os
defeitos de outrem, ou de faltar à caridade de qualquer
outra maneira, mesmo levemente.
3. O pecado de omitir, por preguiça, as nossas
práticas espirituais, ou de as cumprir com negligência
voluntária.
4. O pecado de manter um afeto desregrado por
alguém.
5. O pecado de ter demasiada estima por si próprio,
ou de mostrar satisfação vã por coisas que nos dizem
respeito.
6. O pecado de receber os Santos Sacramentos de
forma descuidada, com distrações e outras
irreverências, e sem preparação séria.
7. Impaciência, ressentimento, recusa em aceitar
desapontamentos como vindo da Mão de Deus; porque
isto coloca obstáculos no caminho dos decretos e
disposições da Divina Providência quanto a nós.
8. O pecado de nos proporcionarmos uma ocasião
que possa, mesmo remotamente, manchar uma
situação imaculada de santa pureza.

- 132 -
9. O pecado de esconder propositadamente as
nossas más inclinações, fraquezas e mortificações de
quem devia saber delas, querendo seguir o caminho da
virtude de acordo com os caprichos individuais e não
segundo a direção da obediência*.

ORAÇÕES PARA ANTES DA CONFISSÃO

Oração para uma boa confissão

Meu Deus, por causa dos meus pecados crucifiquei de


novo o Vosso Divino Filho e escarneci Dele. Por isto sou
merecedor da Vossa cólera e expus-me ao fogo do
Inferno. E como fui ingrato para Convosco, meu Pai do
Céu, que me criastes do nada, me redimistes pelo
preciosíssimo sangue do Vosso Filho e me santificastes
pelos Vossos santos Sacramentos e pelo Espírito Santo!
Mas Vós poupastes-me pela Vossa misericórdia, para
que eu pudesse fazer esta confissão. Recebei-me, pois,
como Vosso filho pródigo e dai-me a graça de uma boa
confissão, para que possa recomeçar a amar-Vos de
todo o meu coração e de toda a minha alma, e para que
possa, a partir de agora, cumprir os Vossos
Mandamentos e sofrer com paciência os castigos
temporais que possam cair sobre mim. Espero, pela
Vossa bondade e poder, obter a vida eterna no Paraíso.
Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amen.

* Nota: Fala-se aqui de situações em que encontraremos


aconselhamento digno se o procurarmos, mas nós, apesar disso,
preferimos seguir as nossas próprias luzes, embora frouxas.

- 133 -
Acto de Contrição

Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de


todo o meu coração, pesa-me de Vos ter ofendido, e
com o auxílio da Vossa divina graça, proponho
firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a
ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas
pela Vossa infinita misericórdia. Amém.

ORAÇÃO PARA DEPOIS DA CONFISSÃO

Quão grande é, Senhor, vosso amor e bondade! Creio


que, pela boca do sacerdote, me perdoaste os meus
pecados. Qauntas graças vos devo por vossa grande
misericórdia! Não permitais Senhor, que me esqueça
desta graça. Proponho firmemente evitar o pecado.
Abençoai, Senhor, este propósito e fortalecei-me, para
que não torne a cair. Isto vos peço por Jesus Cristo,
Vosso Filho, Nosso Senhor, que com o Seu
Preciosíssimo Sangue me lavou de meus pecados.
Amém.
Oh! Maria Concebida sem pecado, rogai por nós que
recorremos a vós.
São José, meu Anjo da Guarda, anjos e santos de Deus,
rogai por mim. Amém.
Rezar agora a penitência ordenada pelo sacerdote.

- 134 -
CAPÍTULO VI – DEVOÇÕES AO SS.
SACRAMENTO
“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do
mundo.” (Mt XXVIII,20)

“Entre todas as devoções, esta, de Adorar a Jesus


Sacramentado é a primeira depois dos Sacramentos, a
mais apreciada por Deus e a mais útil para nós.”
(Santo Afonso Maria de Ligorio)

VISITA AO SANTÍSSIMO
(Sto. Antônio Ma. Claret)

Não é necessário, meu filho, saber muito para me


agradar muito; basta que me ames com fervor. Fala-me,
pois, aqui, com simplicidade e candura, como falarias

- 135 -
aos mais íntimos dos teus amigos, como falarias à tua
mãe, ao teu irmão.
Precisas fazer-me alguma súplica em favor de
alguém?... Dize-me o seu nome, quer seja o de teus
pais, quer o de teus irmãos e amigos; dize-me, em
seguida, o que quererias que eu fizesse atualmente em
favor, deles.
Pede muito, muito, não desanimes em pedir.
Deleitam-me os corações generosos, que chegam a
esquecer quase de si próprios, para atender às
necessidades alheias.
Fala-me assim, com sinceridade e lhaneza, dos
pobres que queres consolar, dos enfermos que vês
perto da morte, dos extraviados que desejas conduzir
ao bom caminho, dos amigos ausentes que estimarias
ver de novo a teu lado. Dirige-me por todos ao menos
uma palavra, mas uma palavra de amigo, afetuosa e
cheia de fervor.
Lembro-me que prometi ouvir toda a prece que sair do
coração. E não há de ser do coração, o pedido que me
fazes por aqueles que teu coração mais especialmente
ama?...
E para ti, não necessitas de alguma graça?... Se
queres, faze-me uma lista de tuas necessidades e vem
lê-lo ao pé de mim.
Dize-me francamente que sentes em ti, a soberba, o
amor à sensualidade e ao regalo; que és talvez egoísta,
inconstante, negligente e pede-me que vá sem detença
em auxílio dos esforços, poucos ou muitos, que fazes
para sacudir de ti essas misérias
Não te envergonhes, pobre alma! Há no Céu tantos e
tantos justos, tantos e tantos santos de primeira
ordem, que tiveram esses mesmos defeitos. Porém,

- 136 -
oraram com humildade, lutaram com energia e
constância e pouco a pouco se viram livres deles.
Menos ainda duvides pedir-me bens espirituais e
temporais: saúde, memória, bom entendimento, êxito
feliz nos trabalhos, negócios ou estudos. Tudo isso
posso dar-te e o dou e desejo que mo peças, contanto
que não seja contrário à tua santificação, antes, nela te
ajude e aproveite.
Agora mesmo, que necessitas?... Que posso fazer
para teu bem?... Se souberas os desejos que tenho de te
favorecer!
Trazes presentemente algum projeto entre mãos?...
Conta-me tudo minuciosamente. Que te preocupa?...
Que pensas?... Que desejas?...
Dize-me se vai mal a tua empresa, e eu te direi as
causas do mau êxito.
Não queres que tome algum interesse por, ti?... Meu
filho, eu sou Senhor dos corações e levo-os
suavemente, sem prejuízo da liberdade deles, para
onde me apraz.
Sentes acaso tristeza ou mau humor?... Pobre alma
desconsolada, conta-me com todos os pormenores as
tuas tristezas. Quem te amargou?... Quem ofendeu o
teu amor próprio?... Quem te desprezou?...
Aproxima-te do meu Coração, que tem bálsamo eficaz
para todas as feridas do teu. Dá-me conta de tudo e
acabarás em breve por dizer-me que, à minha imitação,
tudo perdoas, tudo esqueces e terás em prémio a
minha bênção consoladora.
Temes porventura?... Sentes na alma aquelas vagas
melancólicas que, ainda quando justas, não deixam de
lacerar teu coração?... Lança-te nos braços da minha
Providência. Estou contigo... Tens-me aqui, a teu lado:

- 137 -
tudo vejo, ouço tudo e nem um momento te
desamparo.
Sentes indiferença da parte de pessoas que pouco
antes te queriam bem e agora, esquecidas ou ingratas,
desviam-se de ti, sem lhes teres dado motivo algum?...
Roga por elas e eu as restituirei a teu lado, se não
forem de obstáculo à tua santificação.
E não tens alguma alegria, alguma consolação que
me comuniques?... Porque não me fazes participante
delas, como a bom amigo?... Conta-me o que desde
ontem, desde a tua última visita, te consolou e fez
dilatar o teu coração. Talvez tenhas tido agradáveis
surpresas... Talvez visses dissipados negros receios...
Talvez recebesses alegres notícias... Uma carta Um
sinal de carinho Uma dificuldade vencida Um perigo
desviado Tudo é obra minha: tudo isso, eu dispus em
teu favor. Porque não me hás de manifestar por tudo a
lua gratidão e dizer-me sinceramente, como um filho a
seu pai: - Graças, meu Pai, graças infinitas! O
agradecimento traz consigo novos benefícios, porque
dá gosto ao benfeitor ver-se correspondido.
E por mim?... Não sentes desejo da minha glória?... Não
quererias por amor de mim, fazer algum bem a teu
próximo... A teus amigos?... Àqueles que tu estimas e
talvez vivam esquecidos de mim?... Abre
generosamente o teu coração. Não tens alguma
promessa que fazer-me?... Leio, já o sabes, no fundo do
teu coração. Os homens podem enganar-se facilmente;
Deus não. Fala-me, pois, com toda a sinceridade. Tens
firme resolução de não te expores mais àquela ocasião
de pecado?... De privar-te daquele objeto que te exaltou
a imaginação?... De não tratar: mais com aquela pessoa
que te roubou a paz da alma?... E voltarás a ser manso

- 138 -
coto àquela outra, a quem, por não te servir uma vez,
tens olhado até hoje como inimigo?...
Pois bem, meu filho! Volta às tuas, ocupações
ordinárias À tua família Ao teu estudo Porém, não
esqueças os quinze minutos de grata conversação que
tivemos aqui os dois, na solidão do Santuário.
Guarda, em tudo que puderes: silêncio, modéstia,
recolhimento, resignação na minha vontade e caridade
com o próximo. Ama deveras minha Mãe, que também
o é tua, a Virgem Santíssima. E volta de novo amanhã,
com um coração mais amoroso ainda e mais dedicado
ao meu serviço; no meu, encontrarás cada dia novo
amor, novos benefícios, novas consolações.

ATO DE ADORAÇÃO
(São Francisco de Assis)

Nós vos adoramos, santíssimo Senhor Jesus Cristo, aqui


e em todas as igrejas do mundo, e vos bendizemos,
porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

EXERCÍCIO DO AMOR DE DEUS

Amar, diz Santo Thomaz, é querer bem; e como a Deus


lhe não podemos querer mais bens fora dos que já tem,
podemos dar-lhe nossos parabéns pela sua excelência, o
que se torna uma maneira altíssima de amá-lo. Faça-se
do modo seguinte:

I. Meu Deus sede Deus como o sois, agora e para


sempre folgo de que o sejais. Vós tendes poder infinito;
sede Todo-Poderoso como sois. Vós tendes sabedoria
infinita: seja muito embora, tende sabedoria infinita

- 139 -
como tendes. Vós tendes bondade infinita, caridade
infitinita e clemência infinita: tende, Senhor, bondade,
caridade, e clemência infinitas como as tendes. Vós,
Senhor, tendes misericórdia e providência, como as
tendes. Vós, Senhor, sois glorioso e bem-aventurado
sem fim; sede glorioso e bem-aventurado sem fim,
como sois.
II. Vós, Senhor, sois Trino e Uno, Pai, Filho e Espírito
Santo, três pessoas distintas e um só Deus veradeiro:
sede trino e uno, como sois. Sois Criador e conservador
de todas as coisas, sois Salvador e glorificador nosso e
dos anjos; sede-o embora, como o sois, que eu me
alegro muito com isso.
II. Vós, Senhor, vos conheceis com infinito
conhecimento a vós mesmo: conhecei-vos com infinito
conhecimento, como vos conheceis, que infinito
conhecimento sobre infinita essência fica muito bem.
Vós, Senhor, vos amais, com infinito amor: amai-vos,
Senhor, com infinito amor, como vos amais, que a
infinito amor a infinita bondade bem lhe quadra. Vós,
Senhor, vos gozais com infinito gozo; gozai-vos Senhor
com infinito gozo, que infinito gozo com infinita glória
diz bem. Conhecei-vos, meu Deus, como vos conheceis,
amai-vos, como vos amais, gozai-vos como vos gozais
agora e para sempre, e sede Deus como o sois.
IV. Vós, Senhor, sois Senhor universal a quem amam,
louvam e servem os anjos e os bem-aventurados no céu
e os homens na terra; sede Vós, Senhor de todos e
todos no céu e na terra vos amemos, louvemos e
sirvamos sem fim.
V. Oh! Senhor, quem pudera converter a quantos
infiéis e pecadores há, e fazer que ninguém vos
ofendera, e que todos vos louvassem, amassem,

- 140 -
abençoassem e servissem quanto desejais! Mil vezes
daria eu o meu sangue e vida, embora de mim nada
possa. Senhor, desejo que se empreguem em vosso
santo serviço agora e para sempre: quer e desejo,
Senhor, que todas as criaturas visíveis e invisíveis,
criadas e por criar, vos amem, louvem e abençoem cada
dia, infinitas vezes.
Oh! Coração de Jesus, amai por mim a Deus.
Oh! Coração de Maria, amai por mim a Deus.
Oh! Coração dos santos todos, amai por mim a Deus.
Oh! Coros dos anjos todos, amai por mim a Deus.
Oh! Criaturas todas, amai por mim a Deus.
Oh! Coração de Jesus, que sempre te incendeias e
nunca te entibias, faze que o meu coração se abraze e
arda sempre no fogo do amor divino.
Oh! meu Deus, quisera consumir-me em vosso amor,
quisera em vosso amor desfazer-me como se desfaz em
fumo o incenso sobre as brasas. Oh! amor meu! Oh!
meu amor!

HORA SANTA DA CONGREGAÇÃO

Convém que os Congregados, uma vez por mês, façam a


Hora Santa, com ou sem Exposição do Santíssimo, diante
do Tabernáculo. Na ausência do Padre Diretor, as
reflexões e versículos podem ser ditos por outro padre,
ou pelo Presidente, com o consentimento do padre
Diretor. Os responsórios e Orações são ditos por todos.

Reflexão: Esta é a hora três vezes santa, pela


venturosa presença de Jesus Cristo junto às nossas
almas miseráveis... A ferida de seu peito, sempre
aberta, lembra-lhe a terra e suavemente O obriga a

- 141 -
atender, ao mesmo tempo que aos cânticos do céu, às
súplicas e aos gemidos que sobem do desterro.
Estejamos atentos à sua voz!

Jesus: — Eis aqui o Coração que tanto amou os


homens! Contemplai-O, filhos meus, saturado de
opróbrios nesta Hóstia, onde só por vós palpita, entre
chamas de caridade... e que, não podendo conter por
mais tempo os ardores que o consomem, quis entregar-
se ao mundo, que o tem atravessado pela lança da
ingratidão e do desprezo!...
Este é o supremo e último recurso da minha Redenção.
Aqui tendes o meu Coração, “eu vo-Lo dou, eu vo-Lo
entrego sem reservas, em troca do vosso, embora
manchado de crimes e, ingratidões. . . “Sitio!...”Eu tenho
sede de ser amado neste Sacramento do Altar, onde
tenho sido até agora o Rei do silêncio, o Monarca do
olvido... Mas, chegou a hora , dos meus triunfos. Eu
venho reconquistar a terra; salvá-la-ei, a despeito do
inferno, pela onipotência do meu Coração. Aceitai-O, Eu
vo-lo rogo, estendei as mãos para receber este dom
supremo da minha Misericórdia.
Eu venho trazer-vos fogo de vida de amor sem limites,
fogo de santidade, fogo de sacrifício... E que hei de
querer senão que arda?...
Contemplai o meu Peito dilacerado... Aí tendes o
Coração que vos amou nos abatimentos de Belém, mais
ainda nas humilhações e obscuridade de Nazaré e
muito mais nas angústias de Gethsemani e nas torturas
ignominiosas do Calvário... E vós não sabeis amar-me!
A minha alma está triste até a morte, pois que a vinda
dos meus amores só produziu os espinhos que
circundam o meu Coração. Tirai-mos durante esta

- 142 -
“Hora Feliz”, em que o vosso Deus Prisioneiro dá amor
e pede amor... Vinde, filhos meus, tomai este Coração,
aceitai-O como penhor de ressurreição. Em troca,
trazei-me os vossos corações, as vossas almas, as
vossas vitórias, todas as vossas penas e alegrias! Vinde!
Eu perdoo todas as vossas ofensas, ingratidões e
desprezos..., mas dizei-me que me quereis para vosso
Rei e que aceitais, reconhecidos, o dom incomparável
do meu Sagrado Coração.

Reflexão: Não merecemos este dom; humilhemo-nos.


reconhecendo a nossa indignidade... mas, longe de o
repelir, reclamemos o favor imenso que o nosso Deus
nos oferece, para a nossa santificação.

Perdoai, Senhor, por piedade!


Perdoai a minha maldade Senhor!
Antes sofrer, antes morrer,
Que vos ofender! (x2)

Oração: Oh! Jesus! Vendo-vos tão bondoso e pródigo


de vossas graças, não diremos como o Apóstolo:
“Senhor! Afastai-vos de nós, porque somos miseráveis
pecadores”... pelo contrário, corremos ao encontro de
vossos desejos, ansiosos por estreitar contra nosso
peito o Coração Divino que tanto nos amou... Vinde.
Jesus! Vinde repousar à sombra do nosso amor.

Invocações:
V. Quando os soberbos governadores das nações
ultrajarem o vosso Nome e as vossas Leis.
Lembrai-vos que vos pertencemos e que estamos
consagrados à glória do vosso Divino Coração!

- 143 -
V. Quando as turbas agrupadas pelo averno e os
sectários, seus sequazes, assaltarem os vossos
santuários, sedentos de sangue.
Lembrai-vos que vos pertencemos e que estamos
consagrados à glória do vosso Divino Coração!
V. Quando gemer a vossa Igreja sob os grilhões e
cadeias com que os poderosos e os pretensos sábios
querem entravar os seus progressos e inutilizar os seus
esforços,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que estamos
consagrados à glória do vosso Divino Coração!
V. Quando tantos bons e virtuosos medirem com
avareza os sacrifícios e as boas obras, mostrando-se
mesquinhos para convosco, quando, tão pródigos para
o mundo,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que estamos
consagrados à glória do vosso Divino Coração!
V. Quando vos oprimir a deslealdade das almas
escolhidas, que deveriam esquecer as coisas da terra
para serem inteiramente vossas..., então, mais do que
nunca, nessa hora de suprema desolação,
Lembrai-vos que vos pertencemos e que estamos
consagrados à glória do vosso Divino Coração!

Jesus: — Todo o meu desejo, amados filhos, é dar a


minha vida! Dei-a, derramando o meu sangue até a
última gota... Dei-a, oferecendo o meu Coração, com
todos os seus tesouros... Dou-a todos os dias na minha
Eucaristia, em que me entrego todo inteiro, para vos
fazer participantes da minha própria vida. . . Assim o
quero porque precisais de mim nas vossas debilidades
de consciência, na fraqueza dos vossos propósitos, na

- 144 -
inconstância do vosso amor... Vinde! Eu sou a Luz e a
Fortaleza!

Reflexão: Se sentimos remorsos de alguma culpa


grave, infidelidade ou falta de generosidade no
cumprimento dos nossos deveres de cristãos, se temos
magoado a nosso adorável Salvador recusando-lhe
algum sacrifício que de nós exige, peçamos perdão a
Jesus, fazendo um protesto sincero e enérgico, para o
futuro.

Meu Deus, logo murchou,


Logo secou
A flor da inocência!
Meu Deus, logo chegou,
E me assaltou
Extrema indigência!
Perdoai, Senhor, por piedade!
Perdoai a minha maldade, Senhor!
Antes sofrer, antes morrer,
Que vos ofender!

Oração: Divino Mestre e Salvador nosso, cheios de


confusão nos prostramos em vossa presença e detendo
a vista sobre o Tabernáculo solitário, onde estais
prisioneiro por nosso amor, sentimos oprimido o
coração pelo abandono e desprezo em que vos deixam
os próprios cristãos, as almas vossas prediletas e
mesmo as que se consagram ao vosso serviço!...
Já que com tanta condescendência permitis que
durante esta “Hora” os que aqui se acham misturem
suas lágrimas com as vossas..., nós vos louvamos, Jesus,
por aqueles que vos maldizem, rezamos por aqueles

- 145 -
que vos esquecem, choramos por aqueles que vos
ofendem e vos adoramos por aqueles que vos
abandonaram... Aceitai, Oh! Senhor, o clamor da
expiação que um sincero pesar arranca de nossas
almas angustiadas.

Invocações:
V. Pelos nossos pecados, pelos pecados de nossos
parentes, amigos e inimigos,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pelas infidelidades e sacrilégios,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pelas blasfêmias e profanação dos dias santos,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pelos atentados cometidos contra o Sumo Pontífice,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pelas libertinagens e escândalos públicos.
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pela falta de modéstia no trajar,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pelos corruptores da infância e da juventude,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pela sistemática desobediência à Santa Igreja.
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pelos crimes do lar cristão, pelas faltas dos pais e dos
filhos,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pelos perturbadores da ordem pública, social e
cristã,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pela covardia dos que devem defender a nossa
religião,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.

- 146 -
V. Pelo abuso dos Santos Sacramentos,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. Pelos ataques da imprensa ímpia a maquinação das
seitas secretas,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.
V. E, sobretudo, pelos bons que vacilam, por aqueles
que resistem às inspirações da vossa divina e
sapientíssima graça,
Perdão! Perdão, Oh! Divino Coração.

Jesus: — Almas queridas... Olhai para a minha fronte


marcada com a sentença de morte, depois da ignomínia
de ser tratado como louco!... Considerai estes mistérios
de dor e caridade que se perpetuam no Santíssimo
Sacramento do Altar... O meu amor é infinito e o vosso
têm sido tão mesquinho! Vede as minhas mãos, atadas
por aqueles que pedem uma vergonhosa liberdade...
Outros, nas horas de licença e de pecado, forjam as
minhas cadeias, os pregos que me prenderam na cruz...
Olhai para este manto branco de insensato e pensai
nessa multidão que me abandona pelo respeito
humano, “porque o mundo condena como loucos
aqueles que me seguem de perto”... Ó! Os sábios sé
envergonham de mim, os gran-des me desprezam, os
que são felizes me esquecem, para os que governam
sou um réu, os que querem gozar a vida fazem de mim
um verdugo... Porém, para todos, desde que chorem
seus pecados, sou o Pai, o Amigo, o Redentor!...

Reflexão: Em reparação das ofensas que recebe Jesus


na Sagrada Eucaristia, ofereçamos em particular as
preces desta hora onipotente, para a glória do
Santíssimo Sacramento do Altar, para o triunfo da

- 147 -
Santa Madre Igreja e extinção das seitas anticlericais e
socialistas que espalham por toda a parte a impiedade,
a corrupção e a desordem.

Perdi com vosso amor


Da alma o candor:
Perdi mor riqueza!
Perdi com vosso amor
Certo penhor
Da eterna grandeza!
Perdoai. Senhor, por piedade! Etc.

Oração: Oh! amantíssimo Jesus, um titulo que nos


alenta em nossos desfalecimentos, é este de “Vitima”
que quisestes ser pelos pecadores... Sois a “Salvação”
dos que esperam em Vós! Sois a “Esperança” dos que
em Vós descansam!
Nessa “Hóstia Sacrossanta” permaneceis desconhecido
e olvidado há tantos séculos, renovando, a todas as
horas do dia e da noite, o Sacrifício do Calvário. .. e a
voz do vosso Sangue Precioso clama em favor de
nossas almas miseráveis... Entretanto, sois quase um
estranho no meio de vossos filhos... e os desprezes e
ultrajes dos ímpios não vos ferem tanto como a
desatenção, a frieza e a indiferença dos bons!... Nós nos
sentimos felizes, Senhor, de poder velar uma hora
convosco neste Gethsemani da terra e partilhar as
amarguras do cálice que vos oferece a ingratidão dos
homens...

Invocações:
V. Não olheis, Senhor, a nossa indignidade, mas
considerai somente a boa vontade que nos trouxe a

- 148 -
vossos pés... Concedei-nos a graça de muito vos amar e
de fazer-vos muito amado.
Reinai em todos os corações, Oh! Jesus
Sacramentado!
V. Por meio deste Pão Consagrado, Consolo para os
aflitos,
Reinai em todos os corações, Oh! Jesus
Sacramentado!
V. Por meio deste Pão Consagrado, Preservativo da
inocência e da virtude,
Reinai em todos os corações, Oh! Jesus
Sacramentado!
V. Por meio deste Pão Consagrado, Conforto e Auxílio
para todos os miseráveis e desamparados.
Reinai em todos os corações, Oh! Jesus
Sacramentado!
V. Por meio deste Pão Consagrado, Laço de União entre
pais e filhos,
Reinai em todos os corações, Oh! Jesus
Sacramentado!
V. Por meio deste Pão Consagrado, Fogo Abrasador de
Amor e Zelo para aqueles que consagram sua vida no
sacerdócio,
Reinai em todos os corações, Oh! Jesus
Sacramentado!
V. Por meio deste Pão Consagrado, Pentecostes de
caridade para o vosso Vigário na terra, para o
Episcopado, para o Clero e para a Vossa Igreja,
Reinai em todos os corações, Oh! Jesus
Sacramentado!

Oração: Oh! Sim, Mestre Adorado! Fazei baixar fogo


do céu, que purifique, perdoe e salve a milhares de

- 149 -
infelizes que vivem sem o vosso amor, preferindo
loucamente os bens terrestres e os gozos materiais!...
Oh! Jesus! O mundo vos despreza e procura rechaçar-
vos... E que faria o mundo sem Vós? Deixai-vos ficar.
Prisioneiro Divino, fechado nestes Sacrários, onde
prometestes permanecer até a consumação dos
séculos! São muitos os que maldizem o vosso Nome,
negam o vosso Santo Evangelho... mas são também
muitos os que vos amam, os que vos querem sempre a
seu lado, nas alegrias e nas horas tristes. Esses mesmos
que vos expulsam de seus corações, de seus lares, de
suas pátrias, dia virá em que hão de reconhecer que só
Vós dissestes a “Verdade”, só Vós ensinastes a “Justiça”,
só Vós prodigalizastes a verdadeira “Caridade”!

Invocação:
V. E por isso, em nome desses ingratos, nós vos
pedimos perdão:
“Misericórdia para eles, Oh! Sagrado Coração!”.
V. São tantos os quê despendem dinheiro e juventude
nas dissipações mundanas ou prazeres que vos
ofendem!...
Misericórdia para eles, Oh! Sagrado Coração!
V. São tantos os que lucram tolerando os pecados
públicos, que traficam na profanação das consciências
e dos sentidos!...
Misericórdia para eles, Oh! Sagrado Coração!
V. São tantos os pervertedores das almas, que pelos
jornais e pelos livros enriquecem pervertendo seus
irmãos!...
Misericórdia para eles, Oh! Sagrado Coração!

- 150 -
V. São tantos os que exercem a deplorável profissão de
excitar vícios e paixões por meio de espetáculos onde
tudo é permitido!...
Misericórdia para eles, Oh! Sagrado Coração!
V. São tantos os fracos que desatendendo os reclamos
da própria consciência, cooperam para o escândalo
social das modas, teatros e cinemas!. . .
Misericórdia para eles, Oh! Sagrado Coração!
V. São tantos os que, relaxando o seu critério de
cristãos, não querem ver mal nenhum do atropelo em
que são frustrados os vossos mandamentos!...
Misericórdia para eles, Oh! Sagrado Coração!
V. São tantos aqueles que pelos seus encargos de
posição deveriam evitar gravíssimas ofensas e não o
fazem por motivo de respeito humano ou por uma
condescendência culposa!...
Misericórdia para eles, Oh! Sagrado Coração!

Reflexão: Peçamos perdão a Deus pelos pecados


públicos e sociais, com que os homens O ofendem no
mundo inteiro e tomemos a resolução de apoiar todas
as iniciativas para a regeneração da família e da
sociedade.
Deixei de Deus a Lei
E me entreguei
A toda a maldade!
Deixei, de Deus a lei,
E me afastei Da felicidade!
Perdoai, Senhor, por piedade! etc.

Oração: Oh! Dulcíssimo Jesus, tende piedade dos que


padecem a mortal angústia do isolamento e do
abandono!... Quantas vezes, Mestre Adorado, depois de

- 151 -
pregardes as maravilhas do vosso Amor, depois de
fazerdes prodígios em favor da multidão assombrada,
vistes que os homens se afastavam receosos, ou
partiam indiferentes, deixando-vos, como neste
Sacrário, sozinho, abandonado, sem outras
testemunhas de vossas dores e de vosso Amor, senão
os anjos do céu!... O vosso Coração experimentava
então as mesmas penas e amarguras que esses
deserdados do amor, órfãos de afeição tão delicada,
errantes no deserto do mundo, sem uma estrela nas
trevas da noite, sem um lume que lhes aqueça o lar!... E
no fundo dessas almas, surgem os mesmos transes da
agonia que sofrestes na horrível noite da Quinta-Feira
Santa... Temores, repugnância, desfalecimentos
assaltam-nas, cada vez com mais furor. E por fim, se
não acudis. Vós, o Amigo das almas que sofrem, elas,
desesperadas, chamarão talvez a morte como
libertadora, ainda que as leve para a eterna desgraça!...

Invocação:
V. Apressai-vos Senhor!... Socorrei essas almas e dai-
nos, a todos, refúgio e companhia em vosso amável
Coração!...
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
V. Se algum dia nos mandardes triste provação,
permitindo que os nossos nos abandonem!...
Dai-nos refúgio e companhia, em vosso amável
Coração!
V. Se as moléstias e a morte nos trouxerem o
isolamento, quebrando “laços que pareciam
imperecíveis”!...

- 152 -
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
V. Se algum dia nos visitar a pobreza, afugentando os
amigos que não se sentem bem com ela!...
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração.
V. Se tivermos a desgraça de uma desinteligência com
os próprios irmãos!...
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
V. Se formos flagelados pela injustiça dos homens, não
vos aparteis do nosso lado!...
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
V. Se até aqueles a quem muito amamos nos deixarem,
Oh! Jesus... Nessa hora de cruel ingratidão!...
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
V. Se aqueles que nos pediram afeto, dedicação e
sacrifícios, hoje se riem de nós e nos odeiam, perdoai-
lhes e desculpai as nossas queixas!...
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
V. Se a calúnia e as humilhações salpicarem de lama a
nossa fronte, compadecei-vos de nossas almas
dilaceradas!...
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!
V. E se para nós chegarem aquelas horas de mortal
silêncio, em que a alma se ache só, inteiramente só,
submergida no vácuo do esquecimento e da cruel
indiferença!. . .

- 153 -
Dai-nos refúgio e companhia em vosso amável
Coração!

Reflexão:Consideremos a solidão da agonia de Jesus


no Horto, prolongada em todos os Sacrários da terra, e
tomemos a resolução de visitá-Lo muitas vezes em
reparação da ingratidão dos homens.

Meu Deus! Que há de ser


Quando vier
A tremenda Morte!
Meu Deus! Se já vier
Qual há de ser
Minha eterna sorte!
Perdoai, Senhor, por piedade! Etc.

Oração: Oh! Jesus! Vós sabeis quanto vos amamos!


Queremos amar-vos muito mais, atendendo às
solicitações do vosso Coração adorável, que pede o
nosso amor para fazer-nos venturosos. Sendo, porém,
tão grande a nossa pobreza, deixai-nos oferecer-vos os
nossos corações pelas mãos de Maria, vossa Mãe
Santíssima, que suprirá a nossa miséria com os seus
merecimentos.

Oração a Nossa Senhora da Piedade


Oh! Virgem dolorosíssima, gravai em nossos corações
as chagas do vosso Divino Filho; oferecei-os, contritos e
purificados, em troca do muito que Ele sofreu para nos
remir!
Lembrai-vos daquela palavra que Ele vos disse na Cruz
e mostrai que sois nossa Mãe, apresentando à Divina
Majestade as nossas necessidades e as nossas preces.

- 154 -
Defendei-nos contra o inimigo da salvação, amparai-
nos em todos os perigos, consolai-nos nas nossas
aflições, ensinai-nos a tirar proveito de todas às
contrariedades e privações... E à hora da nossa morte,
Oh! Virgem Maria, recebei-nos em vossos braços e
levai-nos a Jesus! Sereis sempre o objeto do nosso
amor e confiança; procuraremos regular pelos vossos,
os nossos sentimentos e afetos e o estudo continuo da
nossa vida, será a meditação das vossas dores e a
imitação das vossas virtudes.
Oh! Mãe amabilíssima! Jesus quis entregar-nos o vosso
Puríssimo Coração, a fim de aliviar as suas dores e
também as nossas... Dizei-lhe que aceitamos,
confundidos, a dádiva generosa de seu amor
incompreensível... E em desagravo pela ingratidão dos
homens, pelos sacrilégios, pelos ultrajes de uns e
indiferença de outros, pela tibieza dos bons e pouca
generosidade dos que se dizem cristãos, oferecei ao
vosso Divino Filho, as dores, as penas, as angústias, as
lágrimas, as preces fervorosas de todas as Mais que O
adoram na terra e vos aclamam como Rainha.
Sabeis, Virgem Piedosa, a corrente de amor e
sinceridade que se encontra em seus corações cheios
de fé, em suas almas de heroínas... Sabeis o que elas
valem, como amam, coma oram e quanto sofrem! Oh!
Mãe Imaculada! Pelas lágrimas que chorastes ao
encontrardes o vosso amado Jesus em caminho para o
Calvário; pelas lágrimas que derramastes durante os
transes terríveis da sua Paixão, pela dor que vos
oprimiu o Coração quando, em vossos braços,
recebestes o seu Corpo inanimado, atendei às preces
dessas mais, que sofrem tantos martírios para o
resgate de seus filhos! Vede, Senhora, como imploram

- 155 -
com fé ardente e confiança inquebrantável a redenção
de seus lares, a paz para suas famílias!...
São tantas as que temem pela vida de seus esposos, já
curvadas para o túmulo! São tantas as que temem pelo
futuro de seus filhos e padecem com eles as
consequências dos seus primeiros extravios! São tantas
as quê veem com os olhos lacrimosos que as diversões
mundanas, as más companhias e as leituras
dissolventes ameaçam as consciências e talvez até a
eterna salvação dos seus!
Lembrai-vos que essas almas são vossas e que Jesus
vos entregou, ao expirar na Cruz, a felicidade desses
esposos e desses filhos, que elas ora depositam, com
carinho, sobre o altar de vosso Santíssimo Coração!

Oração: E Vós, Senhor, lembrai-vos dessas pobres


mais, nesta “Hora Santa”, como vos lembrastes de
vossa Mãe Imaculada, nos transes do jardim dás
Oliveiras... Lembrai-vos, que muitas delas fizeram
entronizar a vossa imagem no lugar de tenra dos seus
lares, onde querem que sejais o único a reinar! Elas vos
pedem, Oh! Jesus, a vitória decisiva de vosso Sagrado
Coração e vos entregam, pelas mãos de Maria, todos os
tesouros de seu amor!

Invocação:
V. Pelo afeto de santa intimidade que tivestes para com
o humilde carpinteiro, a quem destes o nome de Pai,
Triunfai em todos os lares, Oh! Divino Coração!
V. Pelos carinhos de predileção com que tratastes a
João, o Apóstolo de vossas inefáveis confidências,
Triunfai em todos os lares, Oh! Divino Coração!

- 156 -
V. Pela simpatia que tivestes sempre pelos pequeninos
do rebanho, pelas crianças, vossos inocentes
amiguinhos,
Triunfai em todos os lares, Oh! Divino Coração!
V. Por aquela amizade preciosa que tivestes pelos três
irmãos de Betânia onde só a vossa ausência era um
sofrimento cruel.
Triunfai em todos os lares, Oh! Divino Coração!
V. Pelas finezas dispensadas aos esposos de Cana e
pelas vossas misericórdias para com a arrependida
Madalena.
Triunfai em todos os lares, Oh!Divino Coração!
V. Pela condescendência que tivestes para com Zaqueu,
para com Simão. o Fariseu e enfim para com a
Samaritana, em cuja alma feliz quisestes despertar a
sede do apostolado,
Triunfai em todos os lares, Oh! Divino Coração!
V. Pelas lágrimas que derramastes junto ao sepulcro de
Lázaro,
Triunfai em todos os lares, Oh! Divino Coração!

Reflexão: Nem no céu poderemos jamais agradecer ao


nosso amado Redentor tantas larguezas e tantos
favores que não merecemos. Tratemos de começar
desde já a nossa eterna ação de graças por todos os
benefícios passados, presentes e futuros.

Irei para o inferno,


Suplicio eterno,
Se não me arrependo!
Irei para o inferno,
P’ra o fogo eterno,
Se já me não emendo!

- 157 -
Perdoai, Senhor, por piedade! etc.

Oração: Oh! Jesus, que poderemos dar-vos em troca


de tanto amor e tanta misericórdia?!... Quem nos dera
um coração cheio de amor, como o de vossos apóstolos
João e Pedro, ardendo em chamas de zelo, como o de
São Paulo, capaz de heroísmo, como o de Margarida
Maria?!

Invocação:
V. Dai-nos o vosso Coração, Dulcíssimo Jesus, para que
possamos com ele agradecer devidamente as
misericórdias do vosso amor,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!
V. Vós, que sois a perseverança da Fé e da Pureza para
as crianças que comungam,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!
V. Vós, que sois o consolo dos pais no lar cristão,
Dai-nos o vosso Coração, o Dulcíssimo Jesus!
V. Vós, que sois o alívio da multidão que sofre e dos
pobres que trabalham,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!
V. Vós, que sois o bálsamo para todas as feridas,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!
V. Vós, que sois a fortaleza dos fracos e a vitória dos
que se acham em tentação,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!
V. Vós, que sois o fervor e a constância dos tíbios,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!
V. Vós, que sois a luz dos que vacilam e o zelo dos
Apóstolos,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!

- 158 -
V. Vós, que sois o Centro da vida militante da vossa
Igreja,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!
V. Vós, que sois a santidade e o Paraíso das almas, na
Eucaristia,
Dai-nos o vosso Coração, Oh! Dulcíssimo Jesus!

Todos: Senhor, quanto nos sentimos felizes por termos


podido velar uma hora convosco! Aqui viemos,
conduzidos por vossa divina Mãe e por ela inspirados,
a fim de pedirmos pelos bons e pelos maus..., por todos
os pecadores, por todos os cristãos, pelos Apóstolos do
vosso Sagrado Coração, por todas as almas que vos
estão consagradas e que vos fizeram promessa de vida
santa e mortificada. E como Vós mesmo o pedistes,
Senhor, nós queremos especialmente rogar pelos
sacerdotes, os ministros do vosso Altar, por esses que
são vossos representantes na terra, os continuadores
da vossa missão... Dai-lhes a luz de uma fé mui viva,
dai-lhes o tesouro de uma caridade sem limites, dai-
lhes a graça de uma humildade a toda prova. Dai-lhes,
Senhor, a fortaleza da alma de que necessitam nos
combates quotidianos, nas lutas com o mundo... Dai-
lhes uma resolução apaixonada para a santidade, um
zelo ardente pela vossa glória, um coração abrasado no
vosso amor... E visto que “a messe é grande e poucos
são os operários”, aumentai o número dos
trabalhadores, enviando novos Apóstolos segundo o
vosso Coração.

- 159 -
Oração de S. Pio X à Virgem Maria
(300d. CV., 9 de Maio de 1904, S. Pio X)

Oh! Maria, Mãe de Misericórdia, Mãe e Filha d’Aquele


que é o Pai das Misericórdias e o Deus de toda
consolação, Dispensadora dos tesouros de Deus,
Ministra de Deus, Mãe do Sumo Sacerdote Jesus Cristo,
Vós, que sois ao mesmo tempo Sacerdotisa e Altar,
Tabernáculo Imaculado do Verbo de Deus, Mestra de
todos os Apóstolos e Discípulos de Cristo, protegei o
Soberano Pontífice, intercedei por nós e pelos nossos
sacerdotes, afim de que o Sumo Sacerdote Jesus Cristo
purifique as nossas consciências e que nos
aproximemos digna e piedosamente do Banquete
Sagrado. Oh! Virgem Imaculada! Vós não somente nos
destes o Pão Celeste, o Cristo, para a remissão dos
nossos pecados, mas sois vós mesma uma “Hóstia
Agradabilíssima” oferecida a Deus, sois a Glória dos
Sacerdotes! Segundo o testemunho do vosso bem-
aventurado servo Santo António, ainda que não tendo
recebido o Sacramento da Ordem fostes cumulada de
toda a dignidade e graça que ele confere e, por
conseguinte, sois proclamada com justiça, a “Virgem
Sacerdote”. Lançai um olhar sobre nós e sobre os
sacerdotes de vosso Filho; salvai-nos, purificai-nos,
santificai-nos afim de que possamos receber
santamente os tesouros inefáveis dos Sacramentos e
alcançar a salvação eterna de nossas almas. Amem.
V. Mãe de Misericórdia,
Rogai por nós.
V. Mãe do Sumo Sacerdote Jesus.
Rogai por nós.
V. Rainha do Clero.

- 160 -
Rogai por nós.
V. Maria, Virgem-Sacerdote:
Rogai por nós.

Reflexão: Tomemos a resolução de rezar cada dia pelo


Sumo Pontífice. e pelas necessidades da Igreja,
oferecendo nas intenções do clero as intenções e boas
obras de todas as quintas-feiras.

Fazei, meu Bom Jesus,


Por Vossa Cruz,
do mal me desvie.
Fazei que Vossa luz,
Por Vossa Cruz,
no céu me alumie!
Perdoai, Senhor, por piedade! etc.

Oração: Não podendo permanecer prisioneiro


convosco neste Tabernáculo, nós nos despedimos,
Senhor, levando em nossas almas uma paz inefável e o
coração confortado para as lutas da vida.
E enquanto não chega o dia sem fim de cantar no céu as
vossas glórias, deixai-nos descansar sobre a chaga
sacrossanta de vosso Coração, repetindo sem cessar
estas palavras triunfantes:
V. “Venha a nós o vosso Reino!”
Venha a nós o vosso Reino!

Rezam-se 4 Pai-Nossos e 4 Ave-Marias, pelas intenções


dos presentes, pelos agonizantes do dia, pelas almas do
purgatório e pelo triunfo universal do Sagrado Coração.

- 161 -
Consagração do Gênero Humano ao SS. Coração de
Jesus
Aprovado por Leão XIII em 25 de maio 1899 e prescrito
por Pio XI para a festa de Cristo Rei.

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai


um olhar favorável sobre nós, humildemente
prostrados diante de vossos altares. Somos e queremos
ser vossos; mas para que possamos viver mais
estreitamente unidos a Vós, cada um de nós, neste dia,
se consagra espontaneamente ao Vosso Sacratíssimo
Coração.
Muitos homens nunca Vos conheceram; muitos
desprezaram os Vossos mandamentos e Vos
abandonaram; tende compaixão de uns e de outros, Oh!
Amabilíssimo Jesus, e chamai-os, todos para o Vosso
Santo Coração; Sede, Senhor, o Rei não só dos fiéis que
nunca se afastaram de Vós, mas também dos filhos
pródigos que Vos abandonaram. Fazei que estes voltem
quanto antes à casa paterna, para não morrerem de
miséria e de fome.
Sede o Rei daqueles que vivem dominados pelo erro,
ou vivem separados da Igreja pelo cisma; conduzi-os ao
porto da Verdade e à unidade da Fé, afim de que em
breve haja um só rebanho e um só Pastor.
Sede, finalmente, o Rei de todos os que estão
mergulhados nas antigas superstições dos gentios e do
islamismo e não recuseis arrancá-los às trevas, para
conduzi-los à luz e ao reino de Deus. Volvei, enfim, um
olhar de misericórdia aos filhos do que foi outrora o
Vosso povo escolhido; desça também sobre eles, num
batismo de redenção e de vida aquele Sangue que um
dia sobre si invocaram.

- 162 -
Dai, Senhor, à vossa Igreja, salvação, segurança e
liberdade. Concedei a todas as nações tranquilidade e
ordem e fazei que de uma à outra extremidade da terra,
ressoe uma só palavra: — “Louvor ao Coração Divino
que nos deu a salvação: a Ele se dê honra e glória, por
todos os séculos. Amem”.

Súplica pelo Diretor da Congregação

Todos: Senhor Jesus Cristo * que, * como Bom Pastor


das nossas almas, * Vos dignais habitar entre nós * no
Santíssimo Sacramento do altar, * Vosso sagrado
Tabernáculo * derramai graças copiosíssimas * sobre o
nosso bom pastor, * o Diretor desta Congregação
Mariana. Conceda-lhe * o Vosso Misericordioso
Coração * todas as graças * de que precisa * para nossa
* e sua própria * santificação e salvação * e para que
possa * velar * sempre, * com paternal dedicação, *
pelas ovelhas * que lhe foram confiadas * pelo Espírito
Santo. Abençoai-o. * quando, * na oração, * levanta a
mente * para Vós. Abençoai-o, * quando * nos prega * a
Vossa santa Lei. Abençoai-o também * quando, * no
desempenho * dos seus ministérios * do sacerdote, *
trabalha pela salvação das almas. Fazei * que seja
sempre * desvelado pastor, * segundo o Vosso Divino
Coração. * que consagre, * inteira e constantemente. * a
sua vida, * o melhor das suas energias * e dos seus
talentos, * ao fiel cumprimento * da sua nobre missão. *
e dos deveres inerentes * ao seu cargo, * afim de que, *
no dia * em que vierdes * a julgar rebanhos e pastores,
* nós sejamos * sua alegria e sua coroa * e ele receba *
de Vossas mãos Divinas * a coroa imarcescível * da vida
eterna. * Assim seja.

- 163 -
Termina-se com a invocação cantada:

- 164 -
BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

I. Origem e fim: A bênção do Santíssimo Sacramento


começou no séc. XV e sua finalidade principal é manter
sempre viva a piedade dos fiéis para com tão augusto
Sacramento, alcançar-lhes inúmeras graças.

II. Noção: Bênção do Santíssimo Sacramento é um


ofício de cantos e preces, que se faz geralmente, de
tarde, para honrar Jesus Cristo presente na Eucaristia.

III. Partes da Bênção: A bênção é precedida da


exposição do Santíssimo. Esta exposição consiste em se
colocar a custódia com a Hóstia Consagrada, no trono
preparado, quando a bênção é solene, ou em se colocar
a âmbula à porta do Sacrário, se a bênção for simples.

IV. Cantos da Bênção: Ao abrir-se o Sacrário canta-se


o “O Salutaris” (pág. 555) ou “Ave Verum” (pág. 555).
Em seguida, alguns motetos em honra de Nosso
Senhor, de Nossa Senhora, terminando-se por entoar o
“Tantum Ergo”, imediatamente antes da bênção.

V. Bênção propriamente dita: Terminando o


“Tantum Ergo” (pág. 167), o sacerdote, de pé canta a
Oração do Santíssimo. Em seguida, sobe os degraus do
altar, e com o Santíssimo nas mãos, volta-se para os
fiéis e traça no ar uma grande cruz.

VI. Modo de realizar a Bênção: Tendo chegado ao


altar, o sacerdote que vem ladeado de dois acólitos,
entoa:

- 165 -
V. Deus in adjutórium meum intende.
R. Domine, ad adjuvándum me festína.
V. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto.
R. Sicut erat in principio et nunc et semper et in
sӕcula sӕculórum. Amen.
(Da Septuagésima até o Sábado Santo, diz-se: “Laus
tibi Domine, Rex ӕternӕ Glóriӕ”. Nas demais épocas
diz-se: “Alleluia”).
Segue-se então o canto próprio para a exposição.
Depois, as orações ou ladainhas, conforme a festa.

Pelo Papa:
V. Oremus pro Pontífice V. Oremos pelo nosso
nostro N. Pontífice (Nome).
R. Dominus conservet R. O Senhor o conserve e
eum, et vivificet eum, et lhe dê vida, fazendo-o
beatum faciat eum in feliz na terra e não o
terra, et non tradat eum entregue à fúria de seus
in animam inimicórum inimigos.
ejus.
V. Tu es Petrus. V. Tu, és Pedro.
R. Et super hanc Petram R. E sobre esta pedra
ӕdificabo Ecclésiam edificarei a minha
meam. Igreja.

Oremus: Deus omnium Oremos: Oh ! Deus pastor


fidelium pastor et rector, e mestre de todos os fiéis,
famulum tuum N. quem olhai Benigno para o
Pastorem Ecclesiӕ tuӕ vosso servo (Nome) que
prӕesse voluistí, propi- quisestes constituir pas-
tius respice: da ei, quӕsu- tor de vossa Igreja: dai-
mus, verbo et exemplo lhe, nós vos rogamos, que
quibus prӕest proficere seja útil ao seu rebanho

- 166 -
ut ad vitam, una cum pela palavra e pelo
grege sibi credito, exemplo: afim de que ele
perveniat sempiternam. alcance a vida eterna
Per Christum Dominum juntamente com o
Nostrum. rebanho que lhe foi
confiado. Por Jesus Cristo
Nosso Senhor.
R. Amen. R. Amém

Tantum ergo
Tantum ergo Sacramentum.
Veneremur cernui;
Et antiquum documentum
Novo cedat ritui:
Prӕstet fides supplementum
Sensuum defectui.

Genitori, Genitoque
Laus et jubilatio,
Salus, honor, virtus quoque
Sit et benedictio:
Procedenti ab utroque
Compar sit laudatio. Amen.

V. Panem de cœlo prӕ- V. Vós, Senhor, lhes conce-


stitisti eis. (T.P. Alleluia). des-tes o pão do céu.
R. Omne delecta- R. Que em si encerra
mentum in se haben- toda a doçura. (T.P.
tem. (T. P. Alleluia). Aleluia).
Oremus: Oremos:
Deus, qui nobis sub Oh! Deus. que neste
Sacramento mirabili pás- admirável Sacramento,
sionis tuӕ memoriam nos conservastes a memó-

- 167 -
reliquisti, tribue quӕsu- ria de vossa Paixão, com-
mus nos ita nos corporis cedei-nos, vo-lo pedimos,
et sanguinis tui sacra que veneremos os sagra-
mystéria venerari, ut dos mistérios do vosso
redemptionis tuӕ fru- Corpo e Sangue, de modo
ctum in nobis jugiter que sintamos em nós o
sentiamus. Qui vivis et fruto de vossa Redenção:
regnas in sӕcula sӕculo- Vós que viveis e reinais
rum. por todos os séculos dos
séculos.
R. Amen. R. Amém.

Oração de Reparação pelas Blasfêmias

Bendito seja Deus.


Bendito seja seu santo Nome.
Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro
homem.
Bendito seja o nome de Jesus.
Bendito seja o seu sacratíssimo Coração.
Bendito seja Jesus no SS. Sacramento do Altar.
Bendita seja a grande Mãe de Deus Maria Santíssima.
Bendita seja sua santa e imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa Assunção.
Bendito seja o nome de Maria Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.
Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus Santos.

Oração pela Igreja e pela Pátria

Deus e Senhor nosso, protegei a vossa Igreja; dai-lhe


santos Pastores e dignos, ministros. Derramai as vossas
bênçãos sobre o nosso Santo Padre o Papa, sobre o

- 168 -
nosso (Arce)bispo e seus digníssimos Auxiliares sobre
o nosso Pároco, sobre todo o Clero: sobre os chefes da
Nação e do Estado e sobre todas as pessoas
constituídas em dignidade, para que governem com
justiça.
Dai ao povo brasileiro paz constante e prosperidade
completa. Favorecei com os efeitos contínuos da vossa
bondade o Brasil, este (Arce)bispado, a Paróquia em
que habitamos, a cada um de nós em particular e a
todas as pessoas por quem somos obrigados a orar ou
que se recomendaram às nossas orações.
Tende misericórdia das almas dos fiéis que padecem
no purgatório: dai-lhes. Senhor, o descanso e a luz
eterna. Amém.
Pai-Nosso. Ave-Maria e Glória.

- 169 -
CAPÍTULO VII – DEVOÇÕES À SS.
TRINDADE
“Três são os que dão testemunho no Céu: o Pai, o Verbo e
o Espírito Santo. E os Três são Um só.”
(I Jo V, 7)

“Deus é uno. Possui a unidade de maneira prœminente,


ou melhor dito, Ele é a unidade mesma, a simplicidade
absoluta. (...) Deus é Pai; Ele gera um filho na Unidade
da natureza, sem divisão nem mutação. E do Pai e do
Filho procede assim mesmo, o Espírito Santo. O Pai é
Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. E estas
três pessoas não são mais que um só e mesmo Deus. (...)
A eternidade divina é um presente imóvel no qual o Pai
engendra ao Filho, e um e outro espiram o Espírito
Santo.”
(Um Cartuxo)

- 170 -
ELEVAÇÃO DA ALMA À SS. TRINDADE
(Pe. Emmanuel André)

Oh! Trindade Santa, que habitais numa luz inacessível,


vos louvamos, vos bendizemos, vos adoramos, vos
glorificamos, vos damos graças por vossa glória, por
esta felicidade suprema que recebemos de Vós.
Vos adoramos, Oh! Pai, que não tendes princípio mas
que sois a fonte viva da divindade, o Princípio do Filho
e do Espírito Santo.
Vos adoramos, Oh! Filho, que sois o Verbo do Pai, o
esplendor da eterna Luz, a imagem consubstancial
d’Aquele que vos engendra, o Princípio, com Ele, do
Espírito de Amor.
Vos adoramos, Oh! Espírito Santo, que sois o Amor
consubstancial do Pai e do Filho, inefável união dos
dois, abraço que se dão mutuamente um ao outro.
Toda a criação, Oh! Santíssima Trindade, que está
diante de vós como se não estivesse, vibra em vossa
presença e eleva até vós um cântico sem fim.
Ela vos louva, vos bendiz e vos exalta no templo de
vossa glória que são as criaturas bem-aventuradas, às
quais vos manifestastes já sem véu.
Ela vos louva, vos bendiz e vos exalta no trono santo de
vosso império, que são as criaturas onde habitais e
reinais por vossa graça.
Ela vos louva, vos bendiz e vos exalta no cetro de vossa
divindade que se estende mesmo às criaturas
inanimadas e até ao fundo dos infernos.
Sim, sede bendita e glorificada por todas as criaturas,
Oh! Trindade adorável, que imprimis vosso vestígio
nos seres inferiores desse mundo, que marcais à vossa
imagem as almas e os anjos, que comunicais vossa

- 171 -
semelhança aos filhos da Santa Igreja de Jesus, e que
consumais esta semelhança atraindo-os para o céu dos
céus onde residis para todo sempre!
Fora de vós, Oh! Trindade Santa, iluminadora e
vivificadora, não há senão o nada, trevas, confusão,
morte e pecado.
Por puro amor nos tirastes do nada; por um amor
maior, mais misterioso, nos resgatastes da morte do
pecado. Não somos mais que um composto de vossas
bondades, só somos algo pelo olhar de eterno amor
com o qual nos amastes gratuitamente em Jesus. Vos
conjuramos, salvai-nos para honra do vosso nome.
Manifestai-vos às nossas pobres almas, tal como sois, ó
Trindade Santa, para que possamos, por toda a
eternidade, bendizer e glorificar, tanto a imensa
majestade do Pai, quanto a Sabedoria do Filho e a
Bondade do Espírito Santo. Amém.

CREDO DE SANTO ATANÁSIO

Quicumque vult salvus Quem quer salvar-se deve,


esse, ante omnia opus est, antes de tudo, professar a
ut teneat catholicam fé católica. Pois se alguém
fidem: Quam nisi quisque a não professar, integral e
integram inviolatamque inviolavelmente, é certo
servaverit, absque dubio que se perderá por toda a
in ӕternum peribit. eternidade.
Fides autem catholica hӕc A fé católica consiste,
est: ut unum Deum in porém, em venerar um só
Trinitate, et Trinitatem in Deus na Trindade, e a
unitate veneremur. Neque Trindade na unidade, sem
confundentes personas, confundir as pessoas nem
neque substantiam sepa- separar a substância.

- 172 -
rantes. Pois uma é a pessoa do
Alia est enim persona Pai, outra a do Filho, outra
Patris alia Filii, alia a do Espírito Santo; Mas
Spiritus Sancti: Sed Patris, uma é a divindade, igual a
et Fili, et Spiritus Sancti glória, coeterna a majes-
una est divinitas, ӕqualis tade do Pai e do Filho e do
gloria, coӕterna maiestas. Espírito Santo. Qual o Pai,
Qualis Pater, talis Filius, tal o Filho, tal o Espírito
talis Spiritus Sanctus. Santo; incriado é o Pai,
Increatus Pater, increatus incriado o Filho, incriado o
Filius, increatus Spiritus Espírito Santo; imenso é o
Sanctus. Immensus Pater, Pai, imenso o Filho,
immensus Filius, immen- imenso o Espírito Santo.
sus Spiritus Sanctus. Ӕter- Eterno é o Pai, eterno o
nus Pater, ӕternus Filius, Filho, eterno e Espírito
ӕternus Spiritus Sanctus. Santo; e, no entanto, não
Et tamen non tres ӕterni, há três eternos, mas um só
sed unus ӕternus. Sicut eterno; como não há três
non tres increati, nec tres incriados nem três imen-
immensi, sed unus increa- sos, mas um só incriado e
tus, et unus immensus. Si- um só imenso; assim tam-
militer omnipotens Pater, bém o Pai é onipotente, o
omnipotens Filius, omipo- Filho é onipotente, o
tens Spiritus Sanctus. Et Espírito Santo é onipoten-
tamen non tres omnipo- te; e no entanto não há
potentes, sed unus omni- três onipotentes, mas um
potens. Ita Deus Pater, só onipotente. Assim como
Deus Filius, Deus Spiritus o Pai é Deus, o Filho é
Sanctus. Et tamen non tres Deus, e o Espírito Santo é
dii, sed unus est Deus. Ita Deus; e no entanto não há
Dominus Pater, Dominus três deuses, mas um só
Filius, Dominus Spiritus Et Deus. Assim como o Pai é
tamen non tres Domini Senhor, o Filho é Senhor, e

- 173 -
Sanctus., sed unus est o Espírito Santo é Senhor;
Dominus. Quia, sicut sin- e no entanto não há três
gullatim unamquamque senhores, mas um só
personam Deum ac Senhor. Porquanto, assim
Dominum confiteri chri- como a verdade cristã nos
stiana veritate compelli- manda confessar que cada
mur: ita tres Deos aut pessoa, tomada separada-
Dominos dicere catholica mente é Deus e Senhor,
religione prohibemur. assim também nos proíbe
Pater a nullo est factus: a religião católica dizer
nec creatus, nec genitus. que são três deuses ou
Filius a Patre solo est: non três senhores.
factus, nec creatus, sed O Pai não foi feito por
genitus. ninguém, nem criado, nem
Spiritus Sanctus a Patre et gerado.
Filio: non factus, nec O Filho é só do Pai; não
creatus, nec genitus, sed feito, nem criado, mas
procedens. gerado.
Unus ergo Pater, non tres O Espírito Santo é do Pai e
Patres: unus Filius, non do Filho; não feito, nem
tres Filii: unus Spiritus criado, nem gerado, mas
Sanctus, non tres Spiritus procedente. Há, pois, um
Sancti. só Pai, não três pais; um só
Et in hac Trinitate nihil Filho, não três filhos; um
prius aut posterius, nihil só Espírito Santo, não três
maius aut minus: sed totӕ espíritos santos. E nesta
tres personӕ coӕternӕ Trindade nada existe de
sibi sunt et coӕquales. Ita anterior ou posterior,
ut per omnia, sicut iam nada de maior ou menor;
supra dictum est, et unitas mas todas as três pessoas
in Trinitate, et Trinitas in são coeternas e iguais
unitate veneranda sit. Qui umas às outras; de sorte
vult ergo salvus esse, ita que, em tudo, como acima

- 174 -
de Trinitate sentiat. Ita ficou dito, deve ser
Sed necessarium est ad ӕ- venerada a unidade na
ternam salutem, ut inçar- Trindade e a Trindade na
nationem quoque Domini unidade. Quem quer,
nostri Iesu Christi fideliter portanto, salvar-se, assim
credat. deve crer a respeito da
Est ergo fides recta ut Santíssima Trindade.
credamus et confiteamur, Mas ainda é necessário,
quia Dominus noster Iesus para a eterna salvação,
Christus, Dei Filius, Deus crer fielmente na
et homo est. Encarnação de Nosso
Deus est ex substantia Senhor Jesus Cristo.
Patris ante sӕcula genitus: A retidão da fé consiste,
et homo est ex substantia pois, em crermos e confes-
matris in sӕculo natus. sarmos que Nosso Senhor
Perfectus Deus, perfectus Jesus Cristo, Filho de Deus,
homo: ex anima rationali é Deus e homem. É Deus
et humana carne subsis- porquanto gerado da
tens. Æqualis Patri secun- substância do Pai antes
dum divinitatem: minor dos séculos; homem, por-
Patre secundum humani- quanto no tempo nasceu
tatem. Qui licet Deus sit et da substância de sua Mãe.
homo, non duo tamen, sed É Deus perfeito e perfeito
unus est Christus. homem, por subsistir de
Unus autem non conver- alma racional e de carne
sione divinitatis in car- humana; é igual ao Pai
nem, sed assumptione hu- segundo a divindade, e
manitatis in Deum. menor que o Pai segundo
Unus omnino, non confu- a humanidade.
sione substantiӕ, sed Ainda que seja Deus e
unitate personӕ. homem, todavia não há
Nam sicut anima rationalis dois, mas um só Cristo; é
et caro unus est homo: ita um não porque a Divinda-

- 175 -
Deus et homo unus est de se converta em carne,
Christus. mas porque a humanidade
Qui passus est pro salute foi recebida em Deus; é
nostra: descendit ad infe- totalmente um, não por se
ros: tertia die resurrexit a confundir a substância,
mortuis. mas pela unidade de pes-
Ascendit ad cӕlos, sedet soa. Assim como a alma
ad dexteram Dei Patris racio-nal e o corpo
omnipotentis: inde vem- formam um só homem,
turus est iudicare vivos et assim Deus e homem é um
mortuos. só em Cristo. O qual sofreu
Ad cuius adventum omnes pela nossa salvação,
homines resurgere habent desceu aos infer-nos, ao
cum corporibus suis: et terceiro dia ressus-citou
reddituri sunt de factis dos mortos, subiu aos
propriis rationem. céus, está sentado à mão
Et qui bona egerunt, ibunt direita de Deus Pai Todo-
in vitam ӕternam: qui Poderoso, donde há de vir
vero mala, in ignem ӕter- julgar os vivos e os mor-
num. tos; e à cuja chegada todos
Hӕc est fides catholica, os homens devem ressus-
quam nisi quisque fideliter citar com seus corpos,
firmi-terque crediderit, para dar contas de suas
salvus esse non poterit. próprias ações; e aqueles
que tiverem praticado o
bem irão para a vida éter-
na; mas os que tiverem
feito o mal, irão para o
fogo eterno. Esta é a fé
católica, e todo aquele que
a não professar, com
fidelidade e firmeza, não
Amen. poderá salvar-se. Amém.

- 176 -
TRISÁGIO ANGÉLICO
100 d. CD; CV aos Domingos e na Festa SS. Trindade e
sua 8ª. PM. (Clemente XIV)

“O Triságio, diz Santo Antônio Maria Claret, não é


invenção do engenho humano, senão obra do mesmo
Deus, que ele inspirou ao profeta Isaías, quando este
ouviu que o cantavam os Serafins, para exaltarem a
glória do Criador.” São Proclo mediante uma revelação
particular, para fazer cessar um terremoto que abalava
Constantinopla, cantou este hino com o imperador
Teodósio, todo clero e o povo e tão logo o entoaram ficou
quieta a terra. Desta oração, Santo Antônio Maria Claret
também dizia o seguinte: "O Senhor me fez conhecer os
três grandes males que ameaçavam a Espanha, e são: o
protestantismo, ou melhor, a descatolização, a república
e o comunismo. Para atalhar estes males, me deu a
conhecer que se haviam de aplicar três devoções: o
Triságio, o Santíssimo Sacramento e o Rosário!”

Em nome † do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Oferecimento para ganhar as indulgências


Rogamos-te, Senhor, pelo estado da Santa Igreja e
Prelados dela; pela exaltação da fé católica, extirpação
das heresias, paz e concórdia entre os príncipes
cristãos, conversão de todos os infiéis, hereges e
pecadores; pelos agonizantes e caminhantes, pelas
benditas almas do purgatório e mais piedosos fins de
nossa Santa Madre Igreja. Amém.
V. Bendita seja a santa e indivisa Trindade, agora e
sempre por todos os séculos dos séculos.
R. Amém.
V. Abri, Senhor, meus lábios.
R. E a minha boca anunciará vossos louvores.
V. Meu Deus, em meu favor benigno atende.
R. Senhor, apressai-vos a socorrer-me.
V. Glória seja ao Eterno Pai. Glória seja ao Eterno Filho.
Glória ao Espírito Santo.
R. Amém. Aleluia. Durante a Quaresma se diz: Louvor
seja a ti, Senhor, Rei da eterna glória.

Ato de Contrição
Amorosíssimo Deus, trino e uno, Pai, Filho e Espírito
Santo, em quem creio, em quem espero, a quem amo
com todo o meu coração, corpo, alma, sentidos e
potências; por serdes Vós meu Pai, meu Senhor e meu
Deus, infinitamente bom e digno de ser amado sobre
todas as coisas; pesa-me, Trindade Santíssima, pesa-
me, Trindade misericordiosíssima, pesa-me, Trindade
amabilíssima, de vos ter ofendido só por serdes Vós
quem sois; proponho, e vos dou palavra, de nunca mais
vos ofender e de morrer antes do que pecar; espero de
vossa suma bondade e misericórdia infinita, que me
perdoareis todos os meus pecados, e me dareis graças
para perseverar num verdadeiro amor e cordialíssima
devoção a vossa sempre amabilíssima Trindade.Amém.

Hino
Já se afasta o sol radioso,
Oh! luz perene, Oh! Trindade,
Infunde em nós ardoroso
O fogo da caridade.

Na alvorada te louvamos
E na hora vespertina;

- 178 -
Concede-nos que o façamos
Também na glória divina.

Ao Pai, ao Filho e a Ti,


Espírito consolador,
Sem cessar como até aqui
Se dê eterno louvor. Amém.

Oração ao Pai
Oh! Pai Eterno, fora o prazer de vos possuir, eu não
vejo mais do que tristeza e tormento, embora digam
outra coisa os amadores da vaidade. Que me importa
que diga o sensual que sua felicidade está em gozar de
seus prazeres? Que me importa que diga também o
ambicioso que seu maior contentamento é gozar de sua
glória vã? Eu pela minha parte nunca cessarei de
repetir com vossos Profetas e Apóstolos, que a minha
suma felicidade, meu tesouro e minha glória é unir-me
a meu Deus, e manter-me inviolavelmente unido a Ele.

Recita-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria, e nove vezes:


Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos,
cheios estão os céus e a terra de vossa glória.
Glória ao Pai, glória ao Filho, glória ao Espírito
Santo.

Oração ao Filho
Oh! Verdade eterna, fora da qual eu não vejo outra
coisa senão enganos e mentiras. Oh! E como tudo me
aborrece à vista de vossos suaves atrativos! Oh! Como
me parecem mentirosos e asquerosos os discursos dos
homens, em comparação das palavras da vida, com as
quais Vós falais ao coração daqueles que vos escutam.

- 179 -
Ah! Quando será a hora em que Vós me tratareis sem
enigma e me falareis claramente no seio de vossa
glória? Oh! Que trato! Que beleza! Que luz!

Recita-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e nove vezes:


Santo, Santo, Santo, Senhor Deus, etc.

Oração ao Espírito Santo


Oh! Amor, Oh! Dom do Altíssimo, centro das doçuras e
da felicidade do mesmo Deus; que atrativo para uma
alma ver-se no abismo de vossa bondade e toda cheia
de vossas inefáveis consolações! Ah! Prazeres
enganadores! Como haveis de poder comparar-vos
com a menor das doçuras que um Deus, quando quer,
sabe derramar sobre uma alma fiel? Oh! Se uma só
partícula delas é tão deliciosa, quanto mais será
quando Vós as derramardes como uma torrente sem
medida e sem reserva? Quando será isto, meu Deus,
quando será?
Recita-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e nove vezes:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus, etc.

Antífona: A ti, Deus Pai, a ti, Filho Unigênito, a ti,


Espírito Santo, Paráclito, santa e indivídua Trindade, de
todo coração te confessamos, louvamos e bendizemos.
A ti seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém.
V. Bendigamos ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Louvemo-lo e exaltemo-lo em todos os séculos.

Oração: Senhor Deus uno e trino, dai-me


continuamente vossa graça, vossa caridade e a vossa
comunicação para que no tempo e na eternidade vos
amemos e glorifiquemos. Deus Pai, Deus Filho, Deus

- 180 -
Espírito Santo numa deidade por todos os séculos dos
séculos. Amém.

Deprecação devota à Ssma. Trindade


V: Pai Eterno, Onipotente Deus!
R: Que toda criatura vos ame e glorifique.
V: Verbo Divino, Imenso Deus!
V: Espírito Santo, Infinito Deus!
V: Santíssima Trindade e um só Deus Verdadeiro!
V: Rei dos Céus, Imortal e Invisível!
V: Criador, conservador e governador de todo o criado!
V: Vida nossa, em Quem, por Quem, de Quem e por
Quem vivemos!
V: Vida Divina e uma em três pessoas!
V: Céu divino de excelcitude majestosa!
V: Céu Supremo do céu, oculto aos homens!
V: Sol Divino e incriado!
V: Círculo perfeitíssimo de capacidade infinita!
V: Alimento Divino dos anjos!
V: Belo íris, arco de clemência!
V: Astro primeiro e Trino, que iluminais o mundo!
R: Que toda criatura vos ame e glorifique.
V: De todo o mal de alma e Corpo!
R: Livrai-nos, Trino Senhor!
V: De todo pecado e ocasião de culpa!
V: De Vossa ira e indignação!
V: Da morte repentina e improvisa!
V: Das insídias e assaltos do demônio!
V: Do espírito de desonestidade e das suas sugestões!
V: Da concupiscência da carne!
V: De toda ira, ódio e má vontade!
V: Das pragas da peste, fome, guerra e terremoto!
V: Dos inimigos do fé católica!

- 181 -
V: De nossos inimigos e suas maquinações!
V: Da morte eterna!
V: Por Vossa Unidade em Trindade e Trindade em
Unidade!
V: Pela igualdade essencial de vossas pessoas!
V: Pela sublimidade do mistério de vossa Trindade!
V: Pelo inefável nome da Vossa Trindade!
V: Pelo portentoso de Vosso nome, Uno e Trino!
V: Pelo muito que vos agradam as almas que são
devotas de Vossa Santíssima Trindade!
V: Pelo grande amor com que livrais dos males aos
povos onde há algum devoto de Vossa Trindade
Amável!
V: Pela virtude divina, que nos devotos de vossa
Trindade santíssima, reconhecem os demônios contra
si mesmos!
R: Livrai-nos, Trino Senhor!
V: Nós pecadores!
R: Rogamo-Vos, ouvi-nos!
V: Que saibamos resistir ao demônio com as armas da
devoção à Vossa Trindade!
V: Que embelezeis cada dia mais, com as cores da Vossa
graça, Vossa imagem que está em nossas almas!
V: Que todos os fiéis se esmerem em ser muito devotos
de Vossa Santíssima Trindade !
V: Que todos alcancemos as muitas felicidades que
estão vinculadas para os devotos dessa Vossa
Trindade adorável!
V: Que ao confessarmos os mistérios de Vossa
Trindade, se desfaçam os erros dos infiéis!
V: Que todas as almas do purgatório gozem muito
refrigério em virtude do Mistério de Vossa Trindade!
V: Que Vos digneis ouvir-nos pela Vossa piedade!

- 182 -
V: Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal, livrai-nos,
Senhor, de todo mal!

Obséquios à Santíssima Trindade:


1. Oh! Beatíssima Trindade, eu vos prometo que com
todo esforço e empenho hei de procurar salvar minha
alma, visto como Vós a criastes à vossa imagem e
semelhança e para o céu. E também por amor Vosso
procurarei salvar as almas de meu próximo.
2. Para salvar minha alma e dar-vos glória e louvor, sei
que hei de guardar a divina lei; eu empenho minha
palavra de a guardar como a menina de meus olhos e
procurar, outrossim, que os outros a guardem.
3. Aqui na terra hei de exercitar-me em louvar-Vos e
espero fazê-lo depois com maior perfeição no céu; e
por isso com frequência rezarei o triságio e o verso:
“Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”. E
procurarei, além disso, que os outros Vos louvem.
Amém.

- 183 -
CAPÍTULO VIII – DEVOÇÕES A NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim. A quem tem
sede, eu darei gratuitamente de beber da fonte da água
viva.”
(Apocalypsis Ioannis, XXI, 6)

“Jesus Cristo é nosso único mestre que deve ensinar-nos,


nosso único médico que nos há de curar, nosso único
pastor que nos há de alimentar, nosso único caminho
que devemos trilhar, nossa única verdade que devemos
crer, nossa única vida que nos há de vivificar, e nosso
tudo em todas as coisas, que deve bastar-nos.”
(São Luiz Maria Grignion de Montfort)

- 184 -
DEVOÇÃO DA VIA SACRA

“Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e


carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos
como um castigado, ferido por Deus e humilhado.”
(Isaiӕ LIII, 4)

I. NOÇÃO
A Via Sacra é importante e muito proveitosa devoção
cristã, cujo fita é meditar com espírito de compunção e
compaixão a última parte da Paixão de N. S. Jesus
Cristo, a saber, desde que foi cruelmente açoitado em
casa de Pilatos. ate seu sepultamento no túmulo de José
de Arimatéia. Das práticas piedosas, é ela uma das mais
bem fundamentadas na antiguidade cristã, porquanto,

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segundo tradição do séc. V, a Virgem já percorria estes
sagrados lugares, recordando os tormentos de seu
adorável Filho. A Igreja, por sua vez, através dos
tempos, procurou cumular tal devoção de abundantes e
valiosos privilégios.

II. NATUREZA
Consiste esta devoção, portanto, em evocar com a
memória catorze cenas da Paixão de N. S. Jesus Cristo,
para despertar piedosos afetos e tomar algumas
resoluções práticas, no sentido de melhorar nossa .vida
de cristãos e seguidores do Divino Crucificado.

III. HISTÓRIA
A origem deste exercício, enquanto se considera o
desejo de seguir e venerar as pegadas ensangüentadas
de N. S. Jesus Cristo, remonta aos primórdios do
cristianismo. Se atendermos, porém, ao número de
estações, devemos dizer que ele sofreu variações
através dos tempos, até se fixar de modo definitivo em
1563, por ocasião da obra “Peregrinação Espiritual” de
Jan van Pӕsschen. As catorze estações comemoradas
em nossas igrejas, santuários, capelas e até em casas
particulares e vias públicas são as mesmas que foram
mencionadas pelo autor há pouco citado.
A Via Sacra, iniciando-se na própria Jerusalém, ao
depois emigrou para todas as regiões cristãs, onde
foram edificados templos, em que se pudessem
percorrer em espírito os lugares da Paixão do Senhor.
Assim, para dar apenas um exemplo, a Basílica de
“Santa Cruz de Jerusalém”, edificada por Santa Helena
em Roma, com terra trazida do Monte Calvário, possui
insignes relíquias da Paixão.

- 186 -
IV. VANTAGENS
Ereção: Muitas são as determinações dos Romanos
Pontífices e os decretos da santa Sé regulando a ereção
de Vias Sacras e o modo dê efetuar tal devoção. Quanto
à ereção das Vias Sacras pertence este ofício aos
superiores da ordem franciscana e aos bispos; os
vigários e sacerdotes só quando obtêm faculdade
direta do Padre Geral dos franciscanos. As Vias Sacras
podem colocar-se, somente, nas igrejas, casas
religiosas, estabelecimentos piedosos, excluindo-se as
habitações particulares, salvo caso de licença especial
da Santa Sé.
Exercício: No exercício da Via Sacra, três requisitos são
exigidos para obterem-se as indulgências anexas a tal
devoção: a) Meditar na Paixão de Cristo, b) Mover-se
de uma estação à outra, c) Não interromper o exercício.
A Via Sacra pode ser feita em público e em particular,
na igreja e em casa.
Quando feita em público, se a afluência de pessoas ou a
disposição do lugar não permitirem aos fiéis moverem-
se comodamente ou com recolhimento, basta que um
sacerdote com dois acólitos percorram as estações,
permanecendo os fiéis em seus respectivos lugares,
sem necessidade de levantar-se, ajœlhar-se ou mover-
se. A Via Sacra poderá interromper-se se a interrupção
não for tempo muito longo ou a motivar causa
razoável, como ouvir missa, comungar, confessar-se. É
suficiente, nestes casos, que se retome o exercício na
estação em que foi interrompido.
É conveniente, tanto quanto as ocupações o
permitirem, que se realizem tais exercícios na igreja.
No caso, porém, de impedimento, como enfermidade,
encarceramento, ou outro qualquer, os padres

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franciscanos ou outros sacerdotes delegados têm
faculdade de comunicar as indulgências a crucifixos.
Com estes crucifixos nas mãos, e rezando
piedosamente catorze Padre Nossos, Ave-Marias e
Glórias pelas catorze estações; mais cinco P. N.. A, M. e
G. P. em memória das 5 chagas, e um, nas intenções do
Santo Padre o Papa, são obtidas iguais graças como se
fora realizada a Via Sacra na igreja. (Clemente XIV, 20
de Janeiro de 1773).

V. MÉTODO PARA FAZER A VIA SACRA:

Oração preparatória
Meu Senhor Jesus Cristo, que seguistes, com amor
infinito, o caminho doloroso do Calvário, e aí morrestes
num patíbulo de infâmia, dai-me a graça de Vos
acompanhar, e de unir as minhas lágrimas ao Vosso
Sangue precioso Tenho ardente desejo de consolar o
Vosso Coração tão bom e tão amargurado pelos nosso
pecados e de me associar à Vossa dolorosa paixão e
morte Quem me dera sofrer e morrer por Vós, que
sofrestes e morrestes por mim! Oh! Jesus, eu vos amo
de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de
vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca
mais Vos tornar a ofender. Dignai-vos, meu querido
Senhor, conceder-me as indulgências com que vossos
Vigários enriqueceram este santo exercício, e recebei-
as em satisfação dos meus pecados, e em sufrágio das
almas do Purgatório. Oh! Maria, Rainha dos Mártires,
dai-me o amor e a dor, com que acompanhastes ao
Calvário, o vosso inocentíssimo filho Jesus. Amém

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I. Estação
N. Senhor Jesus é condenado à morte.

V. Adoramus te, Christe, et V. Nós vos adoramos,


benedicimus tibi. Senhor e vos bendizemos.
R. Quia per sanctam R. Porque pela Vossa
crucem tuam redemisti Santa Cruz remistes o
mundum. mundo.

Jesus está diante de Pilatos; a que estado o reduziram!


A cabeça coroada de espinhos; as faces banhadas em
sangue; todo o corpo lacerado; os ombros cobertos
com um pedaço de púrpura; as
mãos atadas Inspira compaixão o
amabilíssimo Jesus; todavia
Pilatos, para agradar aos ingratos
judeus, condena à morte o
inocente Filho de Deus. Jesus ouve
com serenidade a sentença e
aceita resignado a morte pela
salvação dos pecadores.

Oh! Jesus, eu merecia a morte eterna do inferno; e Vós,


o Deus da vida, quiseste morrer para me salvar! Seja
bendita a Vossa bondade infinita! Dai-me a graça de
viver e morrer no Vosso Santo amor

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração;


arrependo-me sinceramente de vos ter ofendido e
prometo, com a vossa graça, nunca mais vos tornar
a ofender.
Pai-Nosso e Ave-Maria

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V. Miserere nostri Domine V. Senhor, tende piedade
de nós.
R. Miserere nostri. R. Tende piedade de
nós.

A Morrer crucificado
Teu Jesus é condenado,
Por teus crimes pecador. (2X)

II. Estação
N. Senhor Jesus leva a Cruz.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Jesus é despido do manto púrpura


e coberto dos seus vestidos para
que todos o reconheçam e
insultem. Apresentam-lhe a Cruz. O
Salvador estende os braços, e, num
transporte de ternura, aperta-a ao
Coração e banha-a de lágrimas. E,
pondo-a aos ombros chagados,
encaminha-se para o Calvário.
“Aonde ides, meu bom Jesus?”. “Vou morrer por ti;
depois da minha morte lembra-te de mim, e ama-me!”

Oh! Jesus, essa cruz era-me devida, que sou pecador e


não a Vós, que sois inocente Mas o inocente quis pagar
pelo pecador Sede sempre bendito, Oh! Senhor.
Abraço, por Vosso amor, todos os desprezos e
contrariedades da vida.
Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,
como na primeira estação.
Com a cruz é carregado
E do peso acabrunhado
Vai Morrer por seu amor. (2X)

III. Estação
N. Senhor Jesus cai pela primeira vez.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

O Filho de Deus sai do Pretório,


oprimido pelo peso da Cruz. Está
cheio de amor, mas exausto de
forças! Tem derramado tanto
sangue! Depois de alguns passos,
os olhos se lhe obscurecem, verga
sob a Cruz, e cai por terra,
penetrando mais e mais os
espinhos na delicada cabeça!
Avalia seu martírio! Os algozes se
enfurecem, e, com blasfêmias e golpes, ultrajam e
ferem o Cordeiro divino.

Oh! Jesus, Vós caístes sob o peso da Cruz, porque eu


me precipitei num abismo de iniquidade Estendei a
Vossa mão, para que me levante, e, auxiliado pela vossa
graça, percorra confiadamente o caminho da virtude e
santidade.

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Pela Cruz tão oprimido


Cai Jesus desfalecido

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Pela tua salvação. (2X)

IV. Estação
N. Senhor Jesus encontra a sua Santíssima Mãe.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Que encontro doloroso! Que


olhares de desolação! Maria vê seu
filho desfalecido e desfigurado, e
não lhe pode valer Jesus vê sua
Mãe aflita e desolada e não a pode
consolar. Não falam os lábios,
falam os Corações. “Minha Mãe,
minha pobre Mãe!”. “Meu Filho,
meu querido Jesus!”. E estas
palavras traduzem um oceano de afetos e de dores.
Duas vítimas inocentes unidas pelo mesmo sacrifício.

Oh! Jesus, Oh! Maria! Com meus pecados fui a causa


dos vossos tormentos E vós amastes tanto a minha
pobre alma! Oh! Maria, consagro-vos a minha alma e
meu corpo. Amparai-me, defendei-me sempre, mas
sobretudo, na hora da minha morte.

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

De Maria Lacrimosa
Sua Mãe tão dolorosa
Vê a Imensa compaixão. (2X)

- 192 -
V. Estação
N. Senhor Jesus é ajudado pelo Cirineu.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Jesus está fraco e tão abatido, que,


a todo o momento, parece morrer!
E é o Senhor do Paraíso, que rege e
governa todas as criaturas! Os
judeus, temendo que a vítima lhes
faleça no caminho, e não possa
chegar ao lugar da infâmia,
obrigam Simão Cirineu a levar a
Cruz junto ao Redentor

Oh! Jesus, Vós sustentais, com um ato de Vossa


onipotência, o céu e a terra, e precisais de amparo?! Oh!
meu bom Deus, a que estado vos reduziu o Vosso amor
pela minha alma. Nunca esquecerei tamanha
misericórdia Pelos merecimentos desta vossa fraqueza,
ajudai-me a levar a cruz que mereço e desejo na
qualidade de cristão e pecador.

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Em extremo desmaiado,
Deve auxílio, tão cansado,
Receber do Cirineu. (2X)

- 193 -
VI. Estação
N. Senhor Jesus tem a face enxugada por Verônica.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Jesus perdeu toda a sua beleza –


Jesus, o mais belo entre todos os
filhos dos homens! Já não se
conhece A sua face está toda ferida
e banhada em lágrimas e sangue!
Uma piedosa mulher, vencendo os
respeitos humanos, aproxima-se
de Jesus, e limpa-lhe com um véu, a
face adorável! O Salvador, sempre
bom e grato, deixa impressa
naquele véu a sua imagem.

Oh! Jesus! Quão feliz foi a Verônica, que vos limpou a


Face desfigurada! Também eu posso receber esse
prêmio Hoje que os ímpios e os ingratos vos insultam e
blasfemam, dai-me a graça de reparar esses ultrajes; e,
depois, gravai na minha alma a vossa Face divina

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

O seu rosto ensanguentado


Por Verônica enxugado
Eis o pano apareceu.(2X)

- 194 -
VII. Estação
N. Senhor Jesus cai pela segunda vez

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

O Coração de Jesus está pronto a


sofrer e a morrer, mas a sua
Santíssima Humanidade desfalece
Caminha com passo trêmulo,
incerto, vacilante. O sangue, que
lhe desfigura a Face, turva-lhe o
olhar e afinal o divino Mestre cai
por terra pela segunda vez! A
violência da queda reabre todas as
feridas de seu Corpo; os espinhos rasgam ainda mais
aquela delicada cabeça. Os algozes levantam o manso
Cordeiro, arrastando-o e ferindo-o!

Oh! Jesus! As minhas repetidas culpas causaram a


vossa nova queda Se eu não tivesse cometido tantos e
tão graves pecados, seria menos intenso o Vosso
sofrimento Perdoai-me tamanha ingratidão, pela Vossa
infinita misericórdia.

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Outra vez desfalecido,


Pela dores abatido,
Cai em terra o Salvador. (2X)

- 195 -
VIII. Estação
N. Senhor Jesus consola as filhas de Jerusalém

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Umas piedosas mulheres, vendo-o


ensanguentado e vacilante sob o
peso da Cruz, choram e se
compadecem d'Ele! Jesus,
esquecido dos seus sofrimentos, as
consola e instrui, dizendo-lhes que
chorem, sobretudo os próprios
pecados e os pecados dos homens,
que são as causas dos martírios de
um Deus e da perdição de tantas
almas.

Oh! Jesus, dai-me lágrimas, lágrimas de amor e de


arrependimento, para que chore sempre os meus
pecados e o Vosso martírio e assim desagrave o Vosso
Coração aflitíssimo! E depois, quando eu agonizar no
leito da morte, ah! Vinde consolar e receber a minha
pobre alma

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Das matronas piedosas,


De Sião, filhas chorosas,
É Jesus consolador. (2X)

- 196 -
IX. Estação
N. Senhor Jesus cai pela terceira vez

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Jesus, desfalecido e exausto, cai de


novo por terra e novamente fere
nas pedras a fronte coroada de
espinhos. Um Deus por terra! Mas
à vista do Calvário, reanima-se e
levanta-se. O amor dá-lhe novas
forças! É tão ardente o seu desejo
de morrer pelos homens ainda que
pecadores e ingratos! Oh! Só um
Deus pode amar tanto assim!

Oh! Jesus! São tantos e tão graves os meus pecados


que, para os expiar, dir-se-ia que não basta uma só
queda de um Deus! É necessário que muitas vezes
humilheis à terra a Vossa divina face Oh! Dai-me a
Vossa graça, para que deteste os meus pecados e vos
siga no caminho das humilhações e dos sofrimentos

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Cai pela terceira vez prostrado


Pelo peso redobrado
Dos pecados e da Cruz. (2X)

- 197 -
X. Estação
N. Senhor Jesus é despido e amargurado com fel.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Eis o Calvário! Os algozes


arrancaram a Jesus a túnica presa
ao seu Corpo lacerado. Abrem-se
de novo as feridas. Rebenta mais
sangue. Não satisfeitos,
amarguram com fel a boca do
dulcíssimo Redentor. Jesus tudo
sofre com paciência e amor e
oferece todos os seus tormentos
ao divino Pai, para a salvação dos
pobres pecadores

Oh! Jesus, eu me compadeço dos tormentos que sofreis


por mim! Como hei de agradecer-vos tamanha
bondade? Completai, Senhor, a Vossa misericórdia.
Despi-me dos meus vícios e paixões; vesti-me de
humildade, de pureza e de caridade; tornai-me
amargos os prazeres da vida e doces as mortificações e
os sofrimentos.

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Dos vestidos despojado


Por verdugos maltratado
Eu vos vejo, meu Jesus. (2X)

- 198 -
XI. Estação
N. Senhor Jesus é pregado à Cruz.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

A uma ordem dos algozes, o


Salvador estende sobre a Cruz, o
seu corpo lacerado, e, levantando
os olhos ao Céu apresenta as mãos
e os pés, para serem transpassados
pelos cravos. Aos golpes repetidos
do martelo, rasga-se a pele,
dilacera-se a carne, rompem-se as
veias. O doce Jesus sofre um
martírio imenso; mas não se queixa
pede, adora e ama!

Oh! Jesus, dissestes um dia que, pregado no madeiro,


haveríeis de atrair a Vós todos os corações Atraí o meu
coração com a força suave e irresistível de Vosso amor;
pregai-o na vossa Cruz bendita, para que nunca mais se
afaste de Vós Está-se tão bem aos Vosso pés!

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Sois por mim à Cruz pregado,


Insultado, blasfemado,
Com cegueira e com furor. (2X)

- 199 -
XII. Estação
N. Senhor Jesus morre na Cruz.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Pobre Jesus! Quanto sofre! Está


pendente de três cravos! Não
encontra o menor alívio Todos
concorrem para o atormentar E
Ele pensa em todos. Pensa nos
algozes, e pede para eles perdão.
Pensa no bom ladrão, e promete-
lhe o Céu. Pensa na sua Mãe, e dá-
lhe João por amparo Pensa em nós
e dá-nos Maria por Mãe. Como
Jesus é bom! Mas Ele morre. Inclina a cabeça solta o
último suspiro! Morreu! Um Deus morreu por mim!
Deixai-me, Oh! Jesus, abraçar-me aos vossos pés
ensanguentados; e deixai-me viver e morrer aqui! Ah!
É justo que a criatura viva e morra pelo seu bom Deus,
que viveu e morreu pela sua miserável criatura!

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Por meus crimes padecestes


Meu Jesus, por mim morrestes,
Como é grande a minha dor! (2X)

- 200 -
XIII. Estação
N. Senhor Jesus é entregue aos braços de Maria.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Que desolação para Maria, receber


em seus braços a Jesus já não belo e
cândido como em Belém, mas todo
ferido e desfigurado! Inclina-se
sobre o seu Filho morto e chora
inconsolávelmente! Depois
reanima-se e considera os estragos
que fizeram naquele santíssimo
Corpo os flagelos, os espinhos, os
cravos e as lanças! Pobre mãe! Ter
um filho como Jesus, e perdê-lo e de um modo tão
cruel, que desolação!

Oh! Maria! Fui eu que, pelos meus pecados, dei a morte


a Jesus e causei tão acerbas dores ao Vosso Coração Oh!
Senhora, não me desamparais Não vedes que a minha
alma está banhada no sangue de Jesus, que é também
sangue de vossas veias?! Rogai para que me sejam
perdoadas minhas ingratidões e para que eu obtenha a
graça de viver unicamente por Jesus Amo-vos, minha
boa Mãe, e espero amar-vos por toda a eternidade!

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

Do madeiro Vos tiraram,


E nos braços vos deixaram
De Maria. Que aflição! (2X)

- 201 -
XIV. Estação
N. Senhor Jesus é levado ao Santo Sepulcro.

V. Adoramus te, Christe,... V. Nós vos adoramos,...

Jesus está encerrado no sepulcro A


sua aniquilação não podia ser mais
completa. É o Deus da vida, mas
aqui não vive Contempla-o pela
última vez! A sua fronte está
rasgada pelos espinhos; os olhos,
fechados; os lábios, mudos; as
mãos e os pés, transpassados; o
Coração Oh! Aquele Coração que
tanto amou e sofreu, já não bate!
Jesus, o bom Jesus, está morto e sepultado!

Oh! Jesus, adoro-vos no Santo Sepulcro! Eis o que


ganhastes com o Vosso amor excessivo a mim,
ingratíssimo pecador! Seja sempre bendita a Vossa
Misericórdia! Dai-me a graça de me esconder do
mundo e de viver no Vosso Coração dulcíssimo. Ali,
encontrarei a paz, a felicidade, o Paraíso.

Oh! Jesus, eu vos amo de todo o meu coração... Etc.,


como na primeira estação.

No sepulcro Vos deixaram


Enterrado Vos choraram,
Magoado o coração. (2X)

- 202 -
Oração Final
Oh! Jesus! Seja sempre bendito o Vosso Coração
amabilíssimo! Oh! meu Deus, quem teria sido capaz de
dar uma só gota de sangue por mim! E Vós destes todo
até a última gota para salvar a minha alma! Todavia,
quantas vezes para agradar as criaturas, vos tenho
desprezado, meu sumo Bem! Oh! Perdoai-me pelo
Vosso sangue precioso! Quero para o futuro amar-vos
de todo o meu coração e cumprir fielmente a Vossa
santíssima vontade Amparai-me sempre com a Vossa
graça Concedei-me que o meu último alimento seja o
Vosso Corpo adorável, que a minha última palavra seja
o Vosso Nome Bendito, que o meu último suspiro seja
um suspiro de amor e de arrependimento! Oh! Jesus,
pela desolação imensa que sofrestes no Calvário,
especialmente quando a Vossa Alma se separou do
Vosso Corpo divino, tende piedade da minha alma,
quando sair do meu corpo miserável Assim, depois de
vos ter seguido nas breves tribulações da vida, eu vos
seguirei na felicidade eterna do Paraíso Amém.

Meu Jesus, por Vosso passos


Recebei em Vossos braços
A mim, pobre pecador. (2X)

Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai pelas intenções do


Santo Padre.

- 203 -
DEVOÇÃO DAS SETE ÚLTIMAS PALAVRAS DE NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO NA SANTA CRUZ

Oração ao Coração Agonizante de Jesus


Oh! Clementíssimo Jesus, amante das almas, rogo-vos
pela agonia do Vosso Sacratíssimo Coração e pelas
dores de Vossa Mãe Imaculada, purifiqueis em vosso
sangue todos os pecadores da terra que estão em
agonia e que hoje dão de morrer. Amém.
V: Coração agonizante de Jesus
R: Tende misericórdia dos moribundos.

Primeira Palavra: “Pai, perdoai-los, porque não


sabem o que fazem.”
(Luccam, XXIII, 34)

Jesus amado, que por amor meu agonizastes na cruz, a


fim de pagar com vossas penas a dívida de meus
pecados, e abristes vossa divina boca para obter-me o
perdão da justiça eterna: tende piedade de todos os
fiéis agonizantes e de mim naquela hora derradeira; e
pelos méritos de vosso Preciosíssimo Sangue
derramado por nossa salvação, concedei-nos uma dor
tão viva de nossas culpas que nos faça morrer no seio
de vossa infinita misericórdia. Amém.
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Segunda Palavra: “Em verdade, em verdade te digo:


hoje estarás comigo no Paraíso.”
(Luccam, XXIII, 43)

Jesus amado, que por amor meu agonizastes na cruz e


que com tanta prontidão e liberalidade correspondes-

- 204 -
tes a fé do bom ladrão que Vos reconheceu por Filho de
Deus em meio de vossas humilhações, e lhe
assegurastes o Paraíso: “Tende piedade de todos os
fiéis agonizantes e de mim naquela hora derradeira.”
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Terceira Palavra: “Mulher, eis aí o teu filho; filho eis


aí a tua Mãe.“
(Joannem, XIX, 26-27)

Jesus amado, que por amor meu agonizastes na cruz e


ignorando vossos sofrimentos nos deixastes em prenda
de vosso amor vossa mesma Mãe Santíssima para que
por seu intermédio possamos recorrer confiantemente
a Vós em nossas maiores necessidades: tende piedade
de todos os fiéis agonizantes e de mim naquela hora
derradeira; e pelo interior martírio de uma tão amada
Mãe, reavivai em nosso coração a firme esperança em
os infinitos méritos de vosso Preciosíssimo Sangue, a
fim de que possamos evitar a eterna condenação que
temos merecido por nossos pecados.
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Quarta Palavra: “Eli, Eli, lama sabachthani” que


quer dizer: “Deus meu, Deus meu! Por que me
abandonastes?”
(Mathӕum, XXVII, 46; Marcum, XV, 34)

Jesus amado, que por amor meu agonizastes na cruz e


que, acumulando sofrimento a sofrimento, além de
tantas dores no corpo, sofrestes com infinita paciência
a mais penosa aflição de Espírito por causa do

- 205 -
abandono de vosso Eterno Pai: tende piedade de todos
os fiéis agonizantes e de mim naquela hora derradeira;
E pelos méritos de vosso Preciosíssimo Sangue,
Concedei-nos a graça de sofrer com verdadeira
paciência todos as dores de nossa agonia, a fim de que,
unidas as vossas as nossas penas, possamos depois
participar de vossa Glória no Paraíso.
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Quinta palavra: “Tenho sede.”


(Joannem, XIX, 28)

Jesus amado, que por amor meu agonizastes na cruz e


que, não saciado ainda com tantos sofrimentos,
quisestes sofrer todavia maiores dores, para a salvação
de todos os homens, demonstrando assim que todo a
torrente de vossa Paixão não é bastante para apagar a
sede de vosso amoroso coração: tende piedade de
todos os fiéis agonizantes e de mim naquela hora
derradeira; e pelos méritos de vosso Preciosíssimo
Sangue, acendeste tão vivo fogo de caridade em nosso
coração que o faça desfalecer com o desejo de unir-se a
Vós por toda a eternidade.
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Sexta Palavra: “Tudo está consumado.”


(Joannem, XIX, 30)

Jesus amado, que por amor meu agonizastes na cruz e


desde esta cátedra de verdade anunciastes o
cumprimento da obra de nossa Redenção, porque de
filhos de ira e perdição, fomos feitos filhos de Deus e
herdeiros do céu; tende piedade de todos os fiéis

- 206 -
agonizantes e de mim naquela hora derradeira; e pelos
méritos de vosso Preciosíssimo Sangue, desprendei-
nos por completo do mundo como de nós mesmos; e no
momento de nossa agonia, dai-nos a graça para
oferecer-Vos de coração o sacrifício da vida em
expiação de nossos pecados.
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Sétima Palavra: “Pai, em tuas mãos encomendo meu


Espírito,”
(Luccam, XXIII, 46)

Jesus amado, que por amor meu agonizastes na cruz, e


que em cumprimento de tão grande sacrifício
aceitastes a vontade do Eterno Pai ao encomendar em
suas mãos vosso Espírito para em seguida inclinar a
cabeça e morrer: tende piedade de todos os fiéis
agonizantes e de mim naquela hora derradeira; e pelos
méritos de vosso Precisíssimo Sangue, outorgado-nos
em nossa agonia uma perfeita conformidade a vossa
divina vontade, a fim de que estejamos dispostos a
viver e a morrer segundo seja a Vós mais agradável; e
que não suspiremos para nada mais que pelo perfeito
cumprimento em nós de vossa adorável vontade.
Três Glórias.
Pai Nosso, Ave-Maria, Glória.

Oração à Virgem Dolorosa:


Oh! Mãe Santíssima das Dores, pelo intenso martírio
que sofrestes ao pé da Cruz durante as três horas de
agonia de Jesus, dignai-vos em nossa agonia assistir-
nos a todos nós que somos filhos de vossas dores, a fim
de que com vossa intercessão, possamos passar do

- 207 -
leito de morte a sermos vossos servos no santo Paraíso.
Amém.

V. De morte súbita e imprevista.


R. Livrai-nos, Senhor.
V. Das insidias do diabo.
R. Livrai-nos, Senhor.
V. Da morte eterna.
R. Livrai-nos, Senhor.

Oração Final
Oh! Deus que na morte dolorosíssima de vosso filho
haveis constituído um exemplo e um auxílio para a
salvação da linhagem humana: Concedei-nos, Vos
rogamos, que no perigo último de nossa morte
mereçamos alcançar o afeto de tão grande caridade e
entrar na Glória do Redentor. Pelo mesmo Jesus Cristo
Senhor Nosso. Amém.

DEVOÇÃO ÀS SANTAS CHAGAS

ADORAÇÃO ÀS SANTAS CHAGAS

Adoro, meu Jesus, a chaga de vossa mão direita


juntamente com o Coro dos Serafins e Vos peço que me
concedais o divino amor, a fim de Vos poder amar com
todo o fervor como Vos amam os Serafins. Amém.
Pai Nosso e Ave Maria.
Adoro, meu Jesus, a chaga de vossa mão esquerda
juntamente com o Coro dos Querubins e Vos peço que
me concedais a sabedoria, a fim de poder conhecer-Vos
como Vos conhecem os Querubins. Amém.
Pai Nosso e Ave Maria.

- 208 -
Adoro, meu Jesus, a chaga de vosso pé direito
juntamente com o Coro dos Tronos e Vos suplico que
me concedais a paz e tranqüilidade interior, a fim de
que meu coração seja um verdadeiro trono, em que
descanseis Vós, que sois Rei de Paz, como descansais
no Coro dos Tronos. Amém.
Pai Nosso e Ave Maria.
Adoro, meu Jesus, a chaga de Vosso pé esquerdo
juntamente com o Coro das Dominações e Vos peço que
me concedais a graça de poder dominar todas as
minhas paixões, e que me faça superior a todas elas e
Vos ame e sirva como Vos amam e servem as
Dominações. Amém.
Pai Nosso e Ave Maria.
Adoro, meu Jesus, a chaga de Vosso coração
juntamente com o Coro das Virtudes e Vos peço que me
concedais a graça de que necessito, para exercitar com
generosidade em todas as virtudes teologais e morais.
Amém.
Pai Nosso e Ave Maria.
Adoro, meu Jesus, Vossa coroa de espinhos juntamente
com o Coro das Potestades e Vos suplico me concedais
poder, graças, fortaleza para lutar legitimamente
contra os inimigos da alma e assim conseguir a coroa
da glória. Amém.
Pai Nosso e Ave Maria.

DEVOÇÃO À CHAGA DO OMBRO

Perguntou São Bernardo ao Divino Redentor qual era a


dor desconhecida dos homens que sofrera mais e Jesus
lhe respondeu: "Eu tinha uma chaga profundíssima no
ombro sobre o qual carreguei minha pesada cruz. Essa

- 209 -
chaga era mais dolorosa que as outras. Os homens não
fazem dela menção, porque não a conhecem. Honra,
pois, essa chaga e farei tudo o que por ela me pedires".

Oração:
Oh! Amantíssimo Jesus, manso Cordeiro de Deus,
apesar de eu ser uma criatura miserável e pecadora,
Vos adoro e venero a Chaga causada pelo peso da
Vossa Cruz que, dilacerando Vossas carnes, desnudou
os ossos do Vosso Ombro sagrado e da qual a Vossa
Mãe Dolorosa tanto se compadeceu.
Também eu Oh! Aflitíssimo Jesus me compadeço de
Vós e do fundo do coração Vos louvo, Vos glorifico, Vos
agradeço por propor esta chaga dolorosa de Vosso
ombro em que quiseste carregar a Vossa Cruz, pela
minha salvação e pelo sofrimento que padecestes, Vos
rogo com muita humildade, tende piedade de mim,
pobre criatura pecadora, perdoai os meus pecados,
conduzindo-me ao céu, pelo caminho da Vossa Santa
Cruz. Amém.
Rezam-se 7 Ave Marias.

- 210 -
DEVOÇÕES AO CORAÇÃO DE JESUS

“Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina,


porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o
repouso para as vossas almas.”
(Mt XI, 29)

“Inumeráveis são as riquezas celestiais que nas almas


dos fiéis infunde o culto tributado ao sagrado coração,
purificando-os, enchendo-os de consolações sobrena-
turais, e excitando-os a alcançar toda sorte de virtudes.”
(Pio XII, Haurietis Aquas, 2)

Promessas de Jesus a Santa Margarida Maria

I. Reinarei apesar dos meus inimigos e dos que a isso se


oponham.
II. Eu darei aos meus devotos todas as graças
necessárias a seu estado.

- 211 -
III. Porei a paz em suas famílias.
IV. Os aliviarei em seus trabalhos.
V. Abençoarei todos os seus empreendimentos.
VI. Os consolarei em suas penas.
VII. Serei seu refúgio seguro durante a vida e,
sobretudo, na hora da morte.
VIII. Os pecadores encontrarão em meu Coração a
fonte, o oceano infinito de misericórdias.
IX. As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas.
X. As almas fervorosas elevar-se-ão a uma grande
perfeição.
XI. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que
a imagem de meu Sagrado Coração se achar exposta e
honrada.
XII. Não deixarei morrer eternamente a nenhum
devoto que tenha se consagrado ao meu divino
Coração.
XIII. Derramarei a unção da minha caridade sobre as
Comunidades religiosas que se ponha baixo minha
especial proteção, e serei sua salvaguarda em suas
quedas.
XIV. Os que trabalham para a salvação das almas, o
farão com êxito e saberão a arte de comover os
corações mais endurecidos, se tiverem uma terna
devoção a meu Coração divino e trabalham por inspirá-
la e estabelecer-la em toda parte.
XV. As pessoas que propagarem esta devoção
receberão grandes recompensas e terão os seus nomes
escritos no meu Coração, de onde jamais serão
apagados.
XVI. Prometo, no excesso de misericórdia de meu
Coração, que meu amor todo-poderoso concederá a
todos os que comunguem nas primeiras sextas-feiras

- 212 -
de nove meses consecutivos a graça da perseverança
final; não morrerão em minha desgraça nem sem
receber os Sacramentos, e meu Coração será seu
seguro refúgio naquela hora.

Coroa em Honra do Sagrado Coração


(Padre Pio)

Pode ser usada como novena. O melhor período para


fazê-la é da véspera de “Corpus Christi” à Quinta-Feira
imediata, que é Véspera da Festa do Sagrado Coração.

1. Oh! Jesus meu! Vós que dissestes "Em verdade vos


digo: pedi e obterás, buscai e encotrareis, batei e se
abrirá", eis aqui que eu que bato, eu busco, eu peço a
graça de...
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
Sagrado Coração de Jesus, em Vos confio e espero.
2. Oh! Jesus meu! Vós que dissestes "Em verdade vos
digo: qualquer coisa que peçais a Meu Pai, em Meu
Nome, Ele vos concederá", eis aqui que a vosso Pai, em
vosso Nome, eu peço a graça de...
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
Sagrado Coração de Jesus, em Vos confio e espero.
3. Oh! Jesus meu! Vós que dissestes "Em verdade vos
digo: passarão o céu e a terra, mas minhas palavras não
passarão", eis aqui que apoiado na infabilidade de
vossas santas palavras, eu peço a graça de...
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
Sagrado Coração de Jesus, em Vos confio e espero.

Oração: Oh! Sagrado Coração de Jesus, a quem é


impossível não ter compaixão dos infelizes, tende

- 213 -
piedade de nós miseráveis pecadores e concedei-nos as
graças que vos pedimos por meio do Imaculado
Coração de Maria, vossa e nossa terna Mãe.
São José, pai adotivo do Sagrado Coração de Jesus,
rogai por nós.
Ao final rezar uma Salve Rainha.

Ladainha do Ss. Coração de Jesus


Composta pelo Pe. Croiset, e aprovada para uso público
por Leão XIII em 1899. 7a CD. PM.

Kyrie eleison. Senhor, tende piedade de


nós.
Christe, eleison. Jesus Cristo, tende
piedade de nós.
Kyrie eleison. Senhor, tende piedade de
nós.
Christe, audi nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.
Christe, exaudi nos. Jesus Cristo, atendei-nos.
Pater de cœlis Deus, Deus Pai do céu, tende
miserere nobis. piedade de nós.
Fili, Redemptor mundi, Deus Filho, Redentor do
Deus, mundo,
Spiritus Sancte, Deus, Deus, Espírito Santo,
Sancta Trinitas, unus Santíssima Trindade, um
Deus, só Deus,
Cor Jesu, Fili Patris ӕterni, Coração de Jesus Filho do
Padre Eterno,
Cor Jesu, in sinu Virginis Coração de Jesus, formado
Matrís a Spíritú Sancto no seio da Virgem Mãe
formatum, pelo Espírito Santo,
Cor Jesu, Verbo Dei Coração de Jesus, ao Verbo
substantialiter unitum, unido substancialmente.

- 214 -
Cor Jesu, Majestatis Coração de Jesus, de
infinita; Majestade infinita,
Cor Jesu, templum Dei Coração de Jesus, Templo
Sanctum, Santo de Deus,
Cor Jesu, Tabernaculum Coração de Jesus, Taber-
Altissimi, náculo do Altíssimo,
Cor Jesu, domus Dei et Coração de Jesus, casa de
porta cœli, Deus e porta do céu,
Cor Jesu, fornax ardens Coração de Jesus, fornalha
caritatis, ardente de caridade,
Cor Jesu, justitia et amoris Coração de Jesus, receptá-
receptaculum, culo de justiça e de amor,
Cor Jesu, bonitate et Coração de Jesus cheio de
amore plenum, bondade e de amor.
Cor Jesu, virtutum Coração de Jesus, abismo
omnium abyssus, de todas as virtudes,
Cor Jesu, omni laude Coração de Jesus, dignís-
dignissimum, simo de todo o louvor,
Cor Jesu, rex et centrum Coração de Jesus, Rei e
omnium cordium, centro de todos os
corações.
Cor Jesu, in quo sunt Coração de Jesus, no qual
omnes thesauri sapientiӕ estão todos os tesouros de
et scientiӕ, sabedoria e de ciência,
Cor Jesu, in quo habitat Coração de Jesus, no qual
omnis plenitude divinita- habita toda a plenitude da
tis, divindade,
Cor Jesu, in quo Pater sibi Coração de Jesus, no qual
bene complacuit, o Pai celeste põs as suas
complacências,
Cor Jesu, de cujus plenitu- Coração de Jesus, de cuja
dine omnes nos accepi- plenitude nós todos parti-
mus, cipamos,

- 215 -
Cor Jesu, desiderium col- Coração de Jesus, desejo
collium ӕternorum, das colinas eternas,
Cor Jesu, patiens et multa Coração de Jesus, paciente
misericórdia: e misericordioso,
Cor Jesu, dives in omnes Coração de Jesus, rico para
qui invocant Te, todos os que vos invocam,
Cor Jesu, fons vitӕ et Coração de Jesus, fonte de
sanctitatis, vida e santidade,
Cor Jesu, propitiatio pro Coração de Jesus, propicia-
peccatis nostris, ção pelos nossos pecados,
Cor Jesu, saturatum, Coração de Jesus, satura-
opprobriis, do de opróbrios,
Cor Jesu, attritum propter Coração de Jesus, atribula-
scelera nostra, do por causa dos nossos
crimes,
Cor Jesu, usque ad mortem Coração de Jesus, feito
obediens factum, obediente até a morte,
Cor Jesu, lancea perfora- Coração de Jesus, atraves-
tum, sado pela lança.
Cor Jesu, fons totius Coração de Jesus, fonte de
consolationis. toda a consolação.
Cor Jesu, vita et resurre- Coração de Jesus, nossa
ctio nostra, vida e ressurreição.
Cor Jesu, pax et recon- Coração de Jesus, nossa
ciliatio nostra, paz e reconciliação,
Cor Jesu, victima peccato- Coração de Jesus, vítima
rum, dos pecadores.
Cor Jesu, salus in te Coração de Jesus, salvação
sperantium, dos que esperam em vós.
Cor Jesu, spes in te Coração de Jesus, esperan-
morientium, ça dos que morrem em
vós,

- 216 -
Cor Jesu, delicia Sancto- Coração de Jesus, delícias
rum omnium, de todos os Santos,

Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus que


peccata mundi, parce tirais os pecados do
nobis, Domine. mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, exaudi tirais os pecados do mun-
nos, Domine. do, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que
Agnus Dei, qui tollis tirais os pecados do
peccata mundi, miserere mundo, tende piedade de
nobis. nós.
V. Jesu, mitis et humilis V. Jesus, manso e humilde
Corde. de Coração.
R. Fac cor nostrum R. Fazei nosso coração
secundum Cor tuum. semelhante ao vosso.

Oremus: Oremos: Deus onipotente


Omnipotens sempiterne e eterno, olhai para o
Deus, réspice in Cor Coração do vosso Filho di-
dilectissimi Filii tui, et in letíssimo e para os louvo-
laudes et satisfactiones, res e as satisfações que ele
quas in nomine peccato- em nome dos pecadores
rum tibi persolvit, iisque vos tributa: e aos que im-
misericordiam tuam pe- ploram a vossa misericór-
tentibus, ut veniam conce- dia concedei benigno o
de placatus, in nomine perdão, em nome do mes-
ejusdem Filii tui Jesu mo vosso Filho Jesus
Christi, qui tecum vivit et Cristo que convosco vive e
regnat in sӕcula sӕculó- reina por todos os séculos
rum. Amen. dos séculos. Amen.

- 217 -
Ato de Consagração ao Ss. Coração de Jesus.
(Santa Margarida Maria Alacoque)

Eu N., Vos dou e consagro, Oh! Sagrado Coração de


Jesus Cristo, a minha vida, as minhas ações, penas e
sofrimentos, para não querer mais servir-me de
nenhuma parte do meu ser, senão para Vos honrar,
amar e glorificar. É esta a minha vontade irrevogável:
ser todo Vosso e tudo fazer por Vosso amor,
renunciando de todo o meu coração a tudo quanto Vos
possa desagradar.
Tomo-Vos, pois, Oh! Sagrado Coração, por único bem
do meu amor, protetor da minha vida, segurança da
minha salvação, remédio da minha fragilidade e da
minha inconstância, reparador de todas as
imperfeições da minha vida e meu asilo seguro na hora
da morte.
Sê, Oh! Coração de bondade, a minha justificação
diante de Deus, Vosso Pai, para que desvie de mim a
Sua justa cólera.
Oh! Coração de amor, deposito toda a minha confiança
em Vós, pois tudo temo de minha malícia e de minha
fraqueza, mas tudo espero de Vossa bondade! Extingui
em mim tudo o que possa desagradar-Vos ou que se
oponha à Vossa vontade.
Seja o Vosso puro amor tão profundamente impresso
em meu coração, que jamais possa eu esquecer-Vos
nem separar-me de Vós. Suplico-Vos que o meu nome
seja escrito no Vosso Coração, pois quero fazer
consistir toda a minha felicidade e toda a minha glória
em viver e morrer como Vosso escravo. Amém.
ENTRONIZAÇÂO DO SS CORAÇÂO DE JESUS

O Sacerdote, revestido de sobrepeliz e estola benze


conforme o ritual, a imagem do Sagrado Coração. Esta
deve ser colocada em lugar de honra da sala, em
desagravo do desprezo que em toda parte sofre Jesus
Cristo. Feito isso se procede à entronização do Sagrado
Coração de Jesus, como soberano do dito lar, com prévia
recitação das orações seguintes.

Ato de consagração da família ao SS. Coração


Todos os membros da família, prostrados diante da
imagem do Sagrado Coração, pronunciarão a seguinte
fórmula aprovada por S. Pio X em 19 de Maio de 1908:

Oh! Sagrado Coração de Jesus, Que fizestes saber a


Santa Margarida Maria o Vosso ardente desejo de
reinar sobre as famílias cristãs, olhai para nós, aqui
reunidos neste dia para proclamar o Vosso absoluto
domínio sobre o nosso lar.
De agora em diante nos propomos, pois, levar uma vida
semelhante à Vossa, de modo que entre nós floresçam
as virtudes pelas quais Vós prometestes a Paz na terra
e, para isso, nós queremos afastar do meio de nós o
espírito mundano que Vós tanto aborreceis.
Reinai sobre o nosso entendimento pela simplicidade
da nossa Fé. Reinai sobre os nossos corações, por um
ardente amor por Vós; e que a chama deste amor se
conserve sempre viva nos nossos corações, pela
freqüente recepção da Divina Eucaristia.
Dignai-Vos, Oh! Divino Coração, presidir aos nossos
encontros familiares, abençoar os nossos
empreendimentos, tanto espirituais como temporais,

- 219 -
afastar todas as preocupações e cuidados, santificar as
nossas alegrias e suavizar as nossas penas. E se algum
de nós tiver, alguma vez, a desgraça de ofender o Vosso
Sacratíssimo Coração, lembrai-lhe a grandeza da Vossa
Bondade e Misericórdia para com o pecador
arrependido.
E, por fim, quando soar a hora da separação e a morte
mergulhar em luto o nosso lar, que, nessa hora, todos e
cada um de nós se encontre resignado com os Vossos
eternos desígnios, e procure a consolação no
pensamento de que um dia voltaremos a encontrar-nos
no Céu, onde cantaremos os louvores e as bênçãos do
Vosso Sagrado Coração por toda a Eternidade.
Que o Imaculado Coração de Maria e o glorioso
Patriarca S. José Vos apresentem esta nossa
Consagração, e dela nos recordem todos os dias da
nossa vida.
Glória e Louvor ao Divino Coração de Jesus, nosso Rei e
nosso Pai.

O Sacerdote abençoa os presentes segundo a fórmula


usual e pode com a família assinar um certificado que
sirva de lembrança à consagração.

Renovação da Consagração
É aconselhável que nas festas principais do ano seja
renovado o ato de consagração. Pode-se usar a fórmula
de S. Pio X, ou a seguinte:

Doce Salvador, prostrados humildemente a Vossos pés,


renovamos a consagração da nossa família ao Vosso
Divino Coração. Sede para sempre o nosso Rei; temos
plena e total confiança em Vós. Que o Vosso espírito

- 220 -
preencha os nossos pensamentos, os nossos desejos, as
nossas palavras e as nossas obras. Abençoai os nossos
empreendimentos. Tomai parte nas nossas alegrias,
penas e trabalhos. Concedei-nos que Vos conheçamos
melhor, que Vos amemos mais, e que Vos sirvamos sem
falha. Que de um canto ao outro da Terra ressœ um só
brado: “Bendito, adorado e glorificado seja, pelos
séculos dos séculos, o Coração Triunfante de Jesus!”
Amém.

ATO DE REPARAÇÃO AO SS. CORAÇÃO


Prescrito por Pio XI para a Festa do SS. Coração e as
primeiras Sextas-Feiras. Ind. 5 anos CD. PM.

Oh! Dulcíssimo Jesus, cujo imenso amor aos homens


não tem recebido pagamento, dos ingratos, mais que
esquecido, negligenciado e menosprezado!
Vede-nos prostrados ante vosso altar, para reparar,
com especiais homenagens de honra, a frieza indigna
dos homens e as injúrias com que, em todas partes,
ferem vosso amantíssimo Coração.
Mas recordando que também nós algumas vez nos
manchamos com tal indignidade da qual nos dœmos
agora vivamente, desejamos, acima de tudo, obter para
nossas almas vossa divina misericórdia, dispostos a
reparar, com voluntária expiação, não apenas nossos
próprios pecados, mas sim também os daqueles que,
separados do caminho da salvação e obstinados em sua
infidelidade, ou não querem seguir-vos como um
Pastor e Guia, ou, pisando as promessas do Batismo,
tem desprezado o suavíssimo jugo de vossa lei.
Nós queremos expiar tão abomináveis pecados,
especialmente a imodéstia e a desonestidade da vida e

- 221 -
dos vestidos, os inumeráveis ataques estendidas contra
as almas inocentes, a profanação dos dias festivos, as
imensas injúrias proferidas contra Vós e contra vossos
Santos, os insultos dirigidos a vosso Vigário e a Ordem
Sacerdotal, as negligências e horríveis sacrilégios com
que é profanado o mesmo Sacramento do amor e, em
fim, os públicos pecados das nações que opõem
resistência aos direitos e ao magistério da Igreja única
por Vós fundada.
Oxalá que nos fosse dado lavar tantos crimes com
nosso próprio sangue!
Mas, entretanto, como reparação do honra divina
ofendida, unindo com a expiação da Virgem vossa Mãe,
dos Santos e das almas boas, Vos oferecemos a
satisfação que Vós mesmo oferecestes um dia sobre a
cruz ao Eterno Pai e que diariamente se renova em
nossos altares, prometendo de todo coração que, em
quanto nos seja possível e mediante o auxilio de vossa
graça, repararemos os pecados próprios e alheios e a
indiferença das almas ante vosso amor, opondo a
firmeza na fé, a inocência da vida e a observância
perfeita da lei, sobre tudo da caridade, enquanto nos
esforçamos por impedir que sejais injuriado e por
atrair a quantos possamos para que Vos sigam.
Oh! Benigníssimo Jesus! Por intercessão da Santíssima
Virgem Maria Reparadora, vos suplicamos que recebais
este voluntario ato de reparação; concedei-nos que
sejamos fiéis a vossos mandatos e a vosso serviço até a
morte e dai-nos o dom da perseverança, com o qual
cheguemos felizmente a glória, onde em união com Pai
e com o Espírito Santo, viveis e reinais, pois sois Deus
por todos os séculos dos séculos. Amém.

- 222 -
LADAINHA DO PRECIOSÍSSIMO SANGUE
Atribuída a S. Gaspar Del Búfalo. Uso público permitido
por João XXIII (24 fev. 1960). Festa: 2 de Julho.

Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de


nós.
Christe, eleison. Cristo, tende piedade de
nós.
Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de
nós.
Christe, audi nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.

Christe, exaudi nos. Jesus Cristo, atendei-nos.


Pater de cӕlis, Deus, Deus Pai dos céus, tende
miserere nobis. piedade de nós.
Fili, Redemptor mundi, Deus Filho, redentor do
Deus, mundo,
Spiritus Sancte, Deus, Deus Espírito Santo,
Sancta Trinitas, unus Santíssima Trindade, que
Deus, sois um só Deus,
Sanguis Christi, Unigeniti Sangue de Cristo, Sangue
Patris ӕterni, salva nos. do Filho Unigênito do
Eterno Pai, salvai-nos.
Sanguis Christi, Verbi Dei Sangue de Cristo, Sangue
incarnati, do Verbo de Deus
encarnado,
Sanguis Christi, Novi et Sangue de Cristo, Sangue
ӕterni Testamenti, do Novo e Eterno
Testamento,
Sanguis Christi, in agonia Sangue de Cristo, na ago-
decurrens in terram, nia escorrendo até a terra,
Sanguis Christi, in flagel- Sangue de Cristo, manan-
latione profluens, do na flagelação,

- 223 -
Sanguis Christi, in corona- Sangue de Cristo, gotejan-
tione spinarum emanans, do na coroação de espi-
nhos,
Sanguis Christi, in Cruce Sangue de Cristo,
effusus, derramado na cruz,
Sanguis Christi, pretium Sangue de Cristo, preço da
nostrӕ salutis, nossa salvação,
Sanguis Christi, sine quo Sangue de Cristo, sem o
non fit remissio, qual não pode haver
redenção,
Sanguis Christi, in Sangue de Cristo, que
Eucharistia potus et apagais a sede das almas e
lavacrum animarum, as purificais na Eucaristia,
Sanguis Christi, flumen Sangue de Cristo, torrente
misericordiӕ, de misericórdia,
Sanguis Christi, victor Sangue de Cristo, vence-
dӕmonum, dor dos demônios,
Sanguis Christi, fortitudo Sangue de Cristo, fortale-
martyrum, za dos mártires,
Sanguis Christi, virtus Sangue de Cristo, virtude
confessorum, dos confessores,
Sanguis Christi, germi- Sangue de Cristo, que
nans virgines, suscitais almas virgens,
Sanguis Christi, robur Sangue de Cristo, força
periclitantium, dos tentados,
Sanguis Christi, levamen Sangue de Cristo, alívio
laborantium, dos que trabalham,
Sanguis Christi, in fletu Sangue de Cristo, conso-
solatium, lação dos que choram,
Sanguis Christi, spes Sangue de Cristo, espe-
pӕnitentium, rança dos penitentes,
Sanguis Christi, solamen Sangue de Cristo, conforto
morientium, dos moribundos,

- 224 -
Sanguis Christi, pax et Sangue de Cristo, paz e
dulcedo cordium, doçura dos corações,
Sanguis Christi, pignus Sangue de Cristo, penhor
vitӕ ӕternӕ, de eterna vida,
Sanguis Christi, animas li- Sangue de Cristo, que
berans de lacu Purgatorii, libertais as almas do
Purgatório,
Sanguis Christi, omni Sangue de Cristo, digno de
gloria et honore dignis- toda a honra e glória,
simus,

Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que


peccata mundi, parce tirais os pecados do
nobis, Domine. mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, exaudi tirais os pecados do
nos, Domine. mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccata mundi, miserere tirais os pecados do
nobis, Domine. mundo, tende piedade
de nós, Senhor.
V. Redemisti nos, Domine, V. Remistes-nos, Senhor
in sanguine tuo. com o Vosso Sangue.
R. Et fecisti nos Deo R. E fizestes de nós um
nostro regnum. reino para o nosso Deus.

Oremus: Oremos:
Omnipotens sempiterne Deus Eterno e Todo-
Deus, qui unigenitum Poderoso, que constituí-
Filium tuum mundi stes o Vosso Unigênito
Redemptorem constitui- Filho, Redentor do mun-

- 225 -
sti, ac eius sanguine pla - do, e quisestes ser aplaca-
cari voluisti: concede, do com o seu Sangue,
quӕsumus, salutis nos- concedei-nos a graça de
trӕ pretium ita venerari, venerar o preço da nossa
atque a prӕsentis vitӕ salvação e de encontrar,
malis eius virtute defendi na virtude que Ele con-
in terris, ut fructu perpe- tém, defesa contra os ma-
tuo lӕtemur in cӕlis. Per les da vida presente, de
eundem Christum Domi- tal modo que eternamen-
num nostrum. te gozemos dos seus fru-
tos no Céu. Pelo mesmo
Cristo, Senhor Nosso.
R. Amen. R. Amém.

HINO DAS VÉSPERAS DE CRISTO REI


Festa: último domingo de Outubro (Pio XI, 11 dez. 1925)

Te Sӕculorum Príncipem A Vós, Cristo, como


Te, Christe, Regem gen- Príncipe Temporal,
[tium, Rei dos Povos e
Te mentium, te córdium Único Juiz das mentes e
Unum fatémur árbritrum. corações. Reconhecemos.

Scelesta turba clámitat: A multidão criminosa cla-


“Regnare Christum nolu- ma:
[mus”. “Não queremos que Cristo
Te nos ovantes ómnium reine”.
Regem suprémum díci- Nós, porém, Rei supremo
[mus. Vos chamamos.

O Christe, Princeps Oh! Cristo, Príncipe da


Pácifer! Paz! Subjugai as mentes
Mentes rebélles súbjice: rebeldes: e com Teu amor

- 226 -
Tuoque amoré devios, no único redil congrega
Ovile in unum congrega. aos desviados.

Ad hoc cruenta ab arbore Por isso na árvore pendi-


Pendes apértis bráchiis, do, sangrando, com os
Diráque fossum cúspide, braços abertos e cruel-
Cor igne flagrans éxhibes. mente transpassado pela
lança, o Coração ardendo
Ad hoc in aris abderis em chamas mostras.
Vini dapisque imagine, Para isso nos altares Vos
Fundens salute filiis ocultais, sob a aparência
Transverberato pectore. de vinho e pão, vertendo
salvação aos seus filhos do
Te nationum Prӕsides vosso peito transpassado.
Honore tollante publico, Vos honrem publicamen-
Colant magistri, judices, te os chefes das nações; os
Leges et artes exprimant. magistrados e juízes te
adorem, e que as leis e as
Submissa regum fulgeant artes te enalteçam.
Tibi dicata insígnia: Dos reis brilhem submis-
Mitique sceptro patriam sas, as insígnias a ti dedi-
Domosque subde civium. cadas: e a teu suave cetro
se submetam a pátria e as
Iesu tibi sit glória, casas dos cidadãos.
Que scéptra mundi tém- Jesus, seja dada glória a
[peras, Vós, que os cetros do
Cum Pater, et almo mundo governais, com o
[Spíritus, Pai e o Espírito invisível
In sempiterna sӕcula. pelos séculos sem fim.
Amen. Amém.
V. Multiplicabitur eius V. Seu império se
imperium. multiplicará.
R. Et pacis non erit finis. R. E a paz não terá fim.

- 227 -
Oremus: Omnipotens Oremos: Onipotente e
sempiterne Deus, qui in sempiterno Deus, que
dilécto Fílio tuo, univer- quisestes por Vosso
sórum Rege, ómnia instau- Amado Filho, Rei do uni-
ráre voluísti: concede verso, restabelecer todas
propítius; ut cunctӕ as coisas; concedei propí-
familiӕ gentium, peccati cio que todos os povos
vulnere disgregatӕ, eius gentios, separados pela
suavíssimo subdantur ferida do pecado, se
imperio: Qui vivis et submetam ao suavíssimo
regnat per ómnia sӕcula império d’Ele, que com-
sӕculorum. Vosco vive e reina por
todos os séculos dos
Amen. séculos. Amém.

ORAÇÃO A CRISTO REI


Indulgência plenária uma vez ao dia.

Oh! Cristo Jesus! Reconheço-Vos como Rei universal.


Tudo o que foi feito, por Vós foi criado. Exercei sobre
mim todos os vossos direitos. Renovo as minhas
promessas do Batismo, renunciando a Satanás, às suas
pompas e às suas obras; e muito particularmente me
comprometo a fazer triunfar, por todos os meios ao
meu alcance, os direitos de Deus e da vossa Igreja.
Divino Coração de Jesus! Ofereço-Vos minhas pobres
ações, para alcançar que todos, os corações
reconheçam vossa Realeza sagrada e assim se
estabeleça no universo inteiro o reinado da vossa paz.
Amém.

- 228 -
LADAINHA DO SS. NOME DE JESUS
Composta por S. João Capistrano e S. Bernardino Siena.
Uso público aprovado por Leão XIII em 1866. Festa
domingo entre a circuncisão e a epifania ou 2 de janeiro.

Kýrie, eléison. Senhor, tende piedade


de nós.
Christe, eléison. Jesus Cristo, tende
piedade de nós.
Kýrie, eléison. Senhor, tende piedade
de nós.
Iésu, audi nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.
Iésu, exáudi nos. Jesus Cristo, atendei-nos.
Pater de cáelis, Deus, Pai Celeste, que sois Deus,
miserére nobis. tende piedade de nós.
Fili, redémptor mundi, Filho, Redentor do mun-
Deus, do, que sois Deus,
Spíritus Sancte, Deus, Espírito Santo, que sois
Deus,
Sancta Trínitas, unus Santíssima Trindade, que
Deus, sois um só Deus,
Iésu, fili Dei vivi, Jesus, Filho do Deus vivo,
Iésu, splendor Patris, Jesus, esplendor do Pai,
Iésu, candor lucis ӕtérnӕ, Jesus, candor de eterna
luz,
Iésu, rex glóriӕ, Jesus, Rei da glória,
Iésu, sol iustítiӕ, Jesus, sol de justiça,
Iésu, fili Maríӕ Vírginis, Jesus, Filho da Virgem
Maria,
Iésu amábilis, Jesus amável,
Iésu admirábilis, Jesus admirável,
Iésu, Deus fortis, Jesus, Deus forte,
Iésu, pater futúri sáeculi, Jesus Pai do século futuro,
- 229 -
Iésu, magni consílii Jesus, Anjo do Grande
ángele, Conselho.
Iésu potentíssime, Jesus poderosíssimo,
Iésu patientíssime, Jesus pacientíssimo,
Iésu obœdientíssime, Jesus obedientíssimo,
Iésu, mitis et húmilis cor- Jesus, manso e humilde de
de, coração,
Iésu, amátor castitátis, Jesus, amante da castida-
de,
Iésu, amátor noster, Jesus, nosso amante,
Iésu, Deus pacis, Jesus, Deus da paz,
Iésu, áuctor vítӕ, Jesus, autor da vida,
Iésu, exémplar virtútum, Jesus, exemplo das virtu-
des.
Iésu, zelátor animárum, Jesus, zelador das almas,
Iésu, Deus noster, Jesus, Deus nosso,
Iésu, refúgium nostrum, Jesus, refúgio nosso,
Iésu, pater páuperum, Jesus pai dos pobres,
Iésu, thesáure fidélium, Jesus, tesouro dos fiéis,
Iésu, bone pastor, Jesus, bom pastor,
Iésu, lux vera, Jesus, luz verdadeira,
Iésu, sapiéntia ӕtérna, Jesus, sabedoria eterna,
Iésu, bónitas infiníta, Jesus, bondade infinita,
Iésu, via et vita nostra, Jesus, nossa vida e via,
Iésu, gáudium angelórum, Jesus, alegria dos anjos,
Iésu, rex patriarchárum, Jesus, Rei dos patriarcas,
Iésu, magíster apostoló- Jesus, Mestre dos aposto-
rum, los,
Iésu, doctor evangelis- Jesus, Doutor dos evange-
tárum, listas,
Iésu, fortitúdo mártyrum, Jesus, fortaleza dos márti-
res,
Iésu, lumen confessórum Jesus, luz dos confessores,
- 230 -
Iésu, púritas vírginum, Jesus, pureza das virgens,
Iésu, coróna sanctórum Jesus, coroa de todos os
ómnium, santos,
Propítius esto, Sêde-nos propício,
parce nobis, Iésu. perdoai-nos, Jesus.
Propítius esto, Sêde-nos propício,
exáudi nos, Iésu. ouvi-nos, Jesus.
Ab omni malo, De todo mal, livrai-nos,
líbera nos, Iésu. Jesus.
Ab omni peccáto, De todo o pecado,
Ab ira tua, De Vossa ira,
Ab insídiis diáboli, Das ciladas do demônio,
A spíritu fornicátionis, Do espírito da impureza,
A morte perpétua, Da morte eterna,
A negléctu inspiratiónum Do desprezo das Vossas
tuárum, inspirações,
Per mystérium sánctӕ Pelo mistério da Vossa
incarnátionis túӕ, Santa Encarnação,
Per nativitátem tuam, Pela Vossa natividade,
Per infántiam tuam, Pela Vossa infância,
Per diviníssimam vitam Pela Vossa Santíssima vi-
tuam, da,
Per labóres tuos, Pelos Vossos trabalhos,
Per agóniam et passiónem Pela Vossa agonia e pai-
tuam, xão,
Per crucem et derelicti- Pela Vossa cruz e desam-
ónem tuam, paro,
Per languóres tuos, Pelas Vossas angústias,
Per mortem et sepul- Pela Vossa morte e sepul-
túram tuam, tura,
Per resurrectiónem tuam, Pela Vossa ressurreição,
Per ascensiónem tuam, Pela Vossa ascensão,

- 231 -
Per sanctissimӕ Euchari- Pela instituição da Vossa
stiӕ institutionem tuam, Santíssima Eucaristia,
Per gaudia tua, Pelas Vossas alegrias,
Per gloriam tuam, Pela Vossa glória,

Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que


peccáta mundi, parce tirais os pecados do mun-
nobis, Iésu. do, perdoai-nos, Jesus.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccáta mundi, exáudi tirais os pecados do
nos, Iésu. mundo, ouvi-nos, Jesus.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que
peccáta mundi, miserére tirais os pecados do
nobis, Iésu. mundo, tende piedade
de nós, Jesus.
V: Iésu, audi nos. V: Jesus, ouvi-nos.
R: Iésu, exáudi nos. R: Jesus, atendei-nos.

Orémus: Oremos:
Dómine Iésu Christe, qui Senhor Jesus Cristo, que
dixísti: "Pétite, et acci- dissestes: “Pedi e recebe-
piétis; quáerite, et inveni- reis; buscai e achareis;
étis; pulsáte, et aperiétur batei e abrir-se-vos-á”,
vobis", quáesumus, da nós Vos suplicamos que
nobis peténtibus divinís- concedais a nós, que Vo-lo
simi tui amóris afféctum, pedimos, os sentimentos
ut te toto corde, ore et afetivos do Vosso divino
ópere diligámus, et a tua amor, a fim de que nós
nunquam láude cessémus. Vos amemos de todo o
Sancti nóminis tui, coração e que esse amor
Dómine, timórem páriter transcenda por nossas
et amórem fac nos habére ações. Permiti que tenha-
perpétuum: quia nun- mos sempre, Senhor, um
- 232 -
quam tua gubernatióne igual temor e amor pelo
destítuis quos in soliditáte Vosso Santo Nome, pois
túӕ dilectiónis instítuis. não deixais de governar
Qui vivis et regnas in aqueles que estabeleceis
sáecula sӕculórum. na firmeza do Vosso
amor. Vós que viveis e
reinais para todo o
Amen. sempre. Amém.

AO MENINO JESUS

NOVENA
De 16 a 24 de Dezembro.

V. Deus, in adjutórium meum intende


R. Domine, ad adjuvandum me festina
V. Gloria Patri, et Filio et Spíritui Sancto.
R. Sicut erat in principio, et nunc, et semper et in
sӕcula sӕculórum. Amen. Alleluia.

1. Eterno Pai, eu vos ofereço para vossa honra e gloria


e para minha salvação, o mistério do nascimento do
nosso divino Redentor. Gloria Patri.
2. Eterno Padre, eu vos ofereço para vossa honra e
glória e para minha salvação, os sofrimentos da
Santíssima Virgem e de S. José na longa e penosa
jornada de Nazaré a Belém, e a angústia de seus
corações por não acharem onde hospedar-se, quando
se aproximara o nascimento do Redentor do mundo.
Gloria Patri.
3. Eterno Padre, eu vos ofereço para vossa honra e
glória e para minha salvação, o presépio em que Jesus
Cristo nasceu, as palhinhas que lhe serviram de berço,
- 233 -
o frio que sofreu, as mantilhas em que foi envolvido, as
lágrimas que derramou e os seus ternos gemidos.
Gloria Patri.
4. “Eterno Padre, eu vos ofereço para vossa honra e
glória e para minha salvação, a dor que padeceu o
divino Infante Jesus em seu delicado corpinho, quando
se submeteu ao duro golpe da circuncisão e o precioso
sangue que ele pela primeira vez derramou para
salvação do gênero humano. Gloria Patri.
5. Eterno Padre, eu vos ofereço para vossa honra e
glória e para minha salvação, a humildade,
mortificação, paciência, caridade e todas as virtudes de
Jesus Menino, e vos agradeço, amo e bendigo
constantemente por este inefável mistério da
Encarnação do Verbo divino. Gloria Patri.

V. Chorai, Oh! céus, do alto, e chovam as nuvens o


Justo:
R. Abra-se a terra, e germine o Salvador.

Oremos:
Excitai, Senhor, os nossos corações a prepararem os
caminhos do vosso Unigénito; para que, pelo advento
deste, mereça-mos servir-vos com puro coração. O qual
convosco vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen.

CONSAGRAÇÃO NO NATAL

Senhor Jesus, Filho eterno de Deus, que vos dignastes


conhecer e santificar nossa condição humana, nós vos
adoramos em Vossa Infância e Vos damos graças de

- 234 -
nos ter aberto, por ela, o caminho ao Vosso Sagrado
Coração.
Nesta festa de Natal de 20XX, nós nos consagramos a
Vós e vos tomamos por modelo, para que Vosso Pai
veja resplandecer em nossas almas a semelhança de
Seu Filho amado.
Nós vos suplicamos de nos comunicar as virtudes que
praticastes nos trinta anos de Vossa vida escondida,
onde queremos buscar o alimento da nossa vida cristã.
Oh! Menino Jesus, Rei dos corações, nós vos
escolhemos como verdadeiro sacerdote de nossa
pequena capela, como Mestre de vida interior, como
modelo de obediência e guia no caminho da perfeição.
Preservai-nos do espírito do mundo e derramai em
nossas almas as graças que transbordam de Vosso
Sacratíssimo Coração: a mansidão e a verdadeira
humildade; a fé e o amor por Vossa Santa Igreja,
perseguida até a morte; o desprezo pelas honras do
mundo; a castidade, o espírito de sacrifício e uma
caridade fraterna tão sólida que afaste para sempre as
divisões, os falatórios e a discórdia.
Para tanto, queremos imitar a docilidade do Vosso
Coração às inspirações do Divino Espírito Santo e
Vossa admiração contemplativa da Vontade do Pai.
Dai-nos uma piedade filial, terna e profunda para com
Vossa Santa Mãe, que recebeu poder sobre Vós nos dias
de Vossa vida mortal. Senhor Jesus, fazei que tudo em
nossas vidas seja feito segundo a vontade de Deus, que
saibamos adorar na fé os desígnios de Sua atenção
paternal e que nossa vida interior, toda marcada por
Vossa presença, mergulhe cada dia mais no mistério de
amor das Três Pessoas Divinas, onde reinais eterna-
mente com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém.

- 235 -
DEVOÇÃO À SAGRADA FACE DE JESUS
Festa: sexta-feira após o II Domingo da Quaresma.

NOVENA

Oração Inicial para todos os dias


Senhor, eu procuro a Vossa Face! Não me repilais para
longe dela por causa dos meus pecados; não desvieis
de mim o Vosso Santo Espírito. Fazei brilhar sobre mim
a luz da Vossa Face, instrui-me no caminho dos Vossos
mandamentos. Eterno Pai, contemplai a Face do Vosso
Filho e por seus infinitos merecimentos concedei-me
um ardente desejo de reparar as injúrias feitas à Vossa
Divina Majestade e a graça que desejo alcançar nesta
novena. Amém.

PRIMEIRO DIA

Oh! Amorosíssimo Jesus! Não somente Vossa Palavra,


mas também a expressão de Vossa Face abrasada em
amor, nos revelam, no Cenáculo, a veemência com que
Vosso Coração desejava a hora de dar-nos a Eucaristia!
Inflamai meu coração de amor por este sacramento
adorável, visitando-o e recebendo-o freqüentemente
com a pureza dos anjos.
Consideração: Se Jesus me ama, se a Sua Face me
procura, o que me detêm?... Que me pede Jesus, senão
amor e confiança?... Negar-lhe-ei?...
Virtude a praticar: Desprendei-vos, pelo menos de
coração, de todas as coisas da terra. Seja Jesus o vosso
tesouro.

- 236 -
SEGUNDO DIA

Oh! Vítima Divina, meu doce Jesus! Vossa Face


adorável, banhada em suor de sangue em Getsêmani,
me descobre a grandeza de Vossas dores e a gravidade
dos meus pecados; Dai-me a mim e a todos os
pecadores um sincero arrependimento com firmíssimo
propósito de nunca mais pecar.
Consideração: Por toda a parte onde se mostrou sobre
a terra, a Sagrada Face abençoou, perdoou, curou e fez
o bem... Jesus dirige o mundo com Seu olhar! Eu O
invoco; porque não serei atendido?...
Virtude a praticar: Sede dócil às inspirações da graça.
O olhar de Jesus que vos solicita é uma graça; entregai-
vos à sua celeste influência.

TERCEIRO DIA

Oh! Meu amabilíssimo Jesus! Vossa Face augusta e


serena teve uma expressão de dor imensa ao receber o
beijo do traidor. Dai-me a graça, eu vos suplico, de
participar da Vossa íntima aflição pelos sacrilégios que
cometem os que Vos recebem em pecado mortal no
Sacramento de amor, desagravando assim a traição de
Judas.
Consideração: Sim, eu sei, meu Redentor está vivo.
Esta mesma Face que eu contemplo, hoje tão
amargurada pela traição de um apóstolo infiel, hei de
contemplar um dia radiante de graça e de esplendores.
E, se eu for fiel, assim a contemplarei por toda a
eternidade. Meu Bom Jesus, mostrai-me a Vossa Face.

- 237 -
Virtude a praticar: Fidelidade em observar os
mandamentos divinos. "Falai, Senhor, Vosso servo Vos
escuta."

QUARTO DIA

Oh! Meu dulcíssimo Jesus! Vossa Face de infinita


bondade é objeto do mais vil insulto inferido pela cruel
mão de um servo em casa de Anaz. Assim Vos tratam,
meu doce Salvador, porque aborrecem Vossas palavras
de justiça e de caridade sem limites. Não permitais que
eu jamais tome vingança dos meus inimigos, mas que
os perdœ sempre e de todo o coração.
Consideração: Devo oferecer-me inteiramente a Deus,
para fazer só a sua adorável vontade; farei esse
oferecimento em união com Jesus orando, a Face
contra a terra, no Jardim das Oliveiras.
Virtude a praticar: Fazei penitência; excitai-vos à
contrição dos vossos pecados e dos pecados alheios;
Aceitai, em espírito de expiação, as penas e as
amarguras que Deus aprouver enviar-nos.

QUINTO DIA

Oh! Meu pacientíssimo Jesus! Na noite tenebrosa de


Vossa Paixão, Vossa Face sacrossanta tornou-se
semelhante à de um leproso! Desprezos, escarros,
bofetadas e injúrias sem número, desfiguraram Vosso
formoso semblante! Perdoai, Senhor, Vosso povo
ingrato que com suas blasfêmias, sensualidade e
crimes de toda a espécie, renovam tão horríveis
afrontas à Vossa Face augusta e veneranda! Perdoai,
Senhor!

- 238 -
Consideração: Jesus tem os olhos cerrados para não
ver os meus pecados... Continuarei nas minhas
iniqüidades?... Até quando afrontarei essa Face que
pacientemente sofre e me espera?... Até quando?... Até
quando?... Não a consolarei com a minha entrega
total?...
Virtude a praticar: Tende a coragem da fé, não temais
o olhar e a palavra dos homens, quando se tratar de um
dever a cumprir ou de uma falta a evitar.

SEXTO DIA

Soberano Rei e Salvador! A majestosa dignidade de


Vossa Face, vilipendiada e coroada de espinhos,
proclamou solenemente Vossa realeza sobre as nações,
confirmadas pela profética voz de Pilatos diante do
povo judaico ao dizer: "Eis aqui o Vosso Rei". Concedei-
me, Oh! Rei da Glória, um ardoroso zelo para propagar
Vosso Reino, ainda que seja à custa da minha vida.
Consideração: Acabrunhado sob o peso de minhas
iniqüidades, que farei diante do meu divino Rei?
Porque hesitas, minha alma... Não é Ele o teu
Salvador?... Por acaso a Sua Face não te contempla com
doçura e amor? Cheia de confiança, prostra-te aos pés
do teu Jesus, dizendo-lhe de todo o coração: "Meu
Senhor e meu Rei! Eis aqui minha alma e meu corpo: eu
me ponho, inteiramente, sob o império de Vossa Face
ultrajada". Reinai sobre mim para sempre!
Virtude a praticar: Fazer morrer em nós, pela
mortificação, todos os desejos e movimentos aviltantes
que poderiam ofender a Sagrada Face e renovar as suas
dores.

- 239 -
SÉTIMO DIA

Oh! Meu querido e generosíssimo Jesus! Vossa Face de


Deus-Homem se iluminou, subitamente, com os
resplendores de um Santo gozo, ao estreitar em Vossos
braços a suspirada cruz. Dai-me coragem para tomar
minha cruz e seguir-vos com ânimo constante e
generoso até o fim de minha vida.
Consideração: Se eu amo e me compadeço,
verdadeiramente dos ultrajes sofridos pela Face
adorável do meu Salvador, devo amar meus irmãos
desgarrados e pedir a Deus que os converta.
Virtude a praticar: Que o zelo de reparação vos
inflame! Exercei-o por meio de comunhões, orações,
palavras e exemplos, enfim, por todos os meios que à
vista do mal cometido deve inspirar-vos.

OITAVO DIA

Oh! Meu terníssimo Jesus! Qual não deve ter sido a


expressão de doçura da Vossa Face, quando Verônica
se aproximou de vós para enxugá-la! Com que amorosa
gratidão a contemplastes e qual não foi o seu assombro
ao achar impressa em seu véu a Vossa Face
desfigurada, mas cheia de amor!... Fazei que eu
contemple, meu amado Redentor, Vossa Paixão com
tanto amor e ternura que os traços da Vossa Face
fiquem gravados em meu coração.
Consideração: Meditando no amor de Deus por mim,
que vejo estampado em Sua Face retalhada e
amortecida, ainda terei dificuldade em esquecer os
males que me causaram, de perdoar os que me
ofenderam, de qualquer maneira, de amar

- 240 -
sinceramente o meu próximo e pedir a salvação para
todos os homens?...
Virtude a praticar:Suportai pacientemente as injúrias
e as friezas do vosso próximo, aceitai o que elas têm de
penoso para o coração, em espírito de reparação, por
tudo o que Jesus sofreu em Sua Face adorável.

NONO DIA

Oh! Meu Santíssimo e amado Jesus! Vossa Face de


reparador divino, coberta pelas sombras da morte,
aplacou a justiça do Eterno Pai, e Vossas últimas
palavras foram penhor seguro de eterna felicidade. Que
minha vida e minha morte sejam uma contínua
reparação unida à Vossa e à de Vossa Mãe Santíssima, a
quem invocarei sempre com o nome de MÃE.
Consideração: Quando irei e aparecerei diante da Face
de meu Deus? Quando O verei face a face?...
Virtude a praticar: "Quem Me contempla Me consola!
Se alguém contemplar a minha Face Eu derramarei o
meu amor nos corações e por meio da minha Face se
obterá a salvação de muitos pecadores!" Almas
generosas, procurai e contemplai sempre a adorável
Face de Jesus!

Oração Final para todos os dias


Deus todo-poderoso e misericordioso, nós Vos
suplicamos que, venerando a Face Santíssima de Vosso
Filho, desfigurada na Paixão por causa dos nossos
pecados, mereçamos contemplá-la eternamente no
resplendor da glória celeste. Pelo mesmo Jesus Cristo
Nosso Senhor. Amém.

- 241 -
ORAÇÕES À SAGRADA FACE

Oração do Papa Pio IX


Oh, meu Jesus, lançai sobre nós um olhar de
misericórdia! Volvei Vossa Face para cada um de nós,
como fizeste à Verônica, não para que A vejamos com
os olhos corporais, pois não o merecemos. Mas volvei-A
para os nossos corações, a fim de que, amparados
sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte
inesgotável as forças necessárias para nos entregarmos
ao combate que temos que sustentar. Amém

Oração de Santa Teresinha


Oh! Jesus, que na Vossa crudelíssima Paixão Vos
tornastes "o opróbio dos homens e o homem das
dores", eu adoro a Vossa Divina Face sobre a qual
resplandecem a beleza e ternura da Divindade e que
agora se tornou para mim como a face de um "leproso"
(Is. 53,4).
Mas sob estes traços desfigurados reconheço o Vosso
infinito amor e ardentemente desejo amar-Vos e fazer-
Vos amar por todos os homens. As lágrimas que com
tanta abundância correram dos Vossos olhos, se me
afiguram quais pérolas preciosas, que eu quisera
recolher para, com seu valor infinito, resgatar as almas
dos pobres pecadores.
Ó Jesus, Vossa Face é a única beleza que encanta o meu
coração, de boa mente quero renunciar na terra à
doçura do Vosso olhar e ao inefável ósculo de Vossa
boca divina, mas suplico-Vos, imprimi em meu coração
Vossa Divina Imagem, e inflamai-me com Vosso amor, a
fim de que possa um dia contemplar a Vossa Face
gloriosa no Céu. Amém.

- 242 -
Oferecimento da Sagrada Face
Pai Nosso que estais nos Céus, Deus de amor infinito,
cheio de bondade e misericórdia, pelo Coração
Imaculado de Maria, Mãe das dores, em união com São
José, todos os Santos Anjos, Santos, Bem-Aventurados e
em nome de toda a humanidade, assim como de todas
as almas do purgatório, ofereço-vos a Face cheia de
lágrimas e sangue do Vosso amantíssimo Filho.
Ofereço-vo-la com inefável amor, juntamente com cada
respiração, pulsação, pensamentos, palavras e ações de
todos os seres humanos.
Eu vos ofereço esta Santíssima e adorável Face com
todo amor em expiação de todos os pecados do mundo,
em reparação de todas as blasfêmias, para apaziguar a
Vossa divina Cólera, para iluminar os sacerdotes e
religiosos, pela conversão dos pecadores,
especialmente os mais obstinados, para alívio das
almas do purgatório e de um modo especial pelas
almas dos sacerdotes defuntos. Amém.

DEVOÇÃO À SANTA CRUZ


Festa em 3 de maio (descoberta das relíquias) e 14 de
setembro (exaltação).

Hino

Da bendita Cruz
Ao lenho sagrado
Em que o bom Jesus
Foi por nós pregado.

Todos tributemos
Respeito profundo,

- 243 -
Porque nele temos,
Redenção do mundo.

E se no Brasil
Algum cego peito
E mesmo juvenil
Te nega respeito.

Serve de terceira
Oh! Cruz adorada
Para tal cegueira
Ser alumiada.

Padre, Filho e Amor


A vós seja dado
Rendido louvor
Por todo criado.

E pois que na Cruz


Nos destes vitória;
Daí-nos ver Jesus
Na celeste Glória. Amém.

V. Este nobre sinal que encera encantos mil.


R. É o único fanal do glorioso Brasil.

Oremos: Prostrados deante da vossa Cruz, humil-


demente vos rogamos, divino Redentor, que mediante
a vossa graça ponhamos sempre neste bendito sinal a
nossa maior honra; e por sua virtude logremos os
frutos eternos de osso sacrifício. Que viveis e reinais
por todos os séculos dos séculos. Amém.
- 244 -
CAPÍTULO IX – DEVOÇÕES AO DIVINO
ESPÍRITO SANTO
“Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá!
Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se
eu for, vo-lo enviarei.”
(Joannis XVI,7)

"O conhecimento do Pai é o Filho, mas o conhecimento


do Filho de Deus somente pode ser obtido através do
Espírito Santo".
(Santo Irineu de Leão)

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO


Excelente para antes de qualquer obra intelectual, em
especial as que dizem repseito ao estudo das coisas
divinas e espirituais.
- 245 -
VENI, Sancte Spiritus, Vinde Espírito Santo,
reple tuorum cordaenchei os corações dos
fidelium, et tui amoris in
vossos fiéis e acendei
eis ignem accende. neles o fogo do Vosso
amor.
V: Emítte Spíritum tuum, V: Enviai o Vosso Espírito
et creabúntur. e tudo será criado.
R: Et renovábis fáciem R: E renovareis a face da
terrӕ. terra.

Oremus: Oremos:
Deus qui corda fidélium Deus, que instruístes os
Sancti Spíritus illustra- corações dos vossos fiéis
tióne docuísti: da nobis in com a luz do Espírito
eódem Spíritu recta Santo, concedei-nos que
sápere; et de ejus semper no mesmo Espírito conhe-
consolatióne gaudére. Per çamos o que é reto, e
Christum Dominum gozemos sempre de suas
Nostrum. consolações. Por Cristo,
Amen. Nosso Senhor. Amém.

NOVENA DA FESTA
Começa no dia imediato à Ascensão de N. Senhor e
termina na véspera da festa do Espírito Santo.

Veni Creator

Veni Creator Spíritus, Vinde, Espírito Criador,


mentes tuórum visita, visitai-nos e enchei os
imple supérna grátia, corações que criastes,
quӕ tu creásti péctora. com a vossa divina graça.

Sois o Divino Consolador, Qui díceris Paráclitus,


altíssimi donum Dei, o dom do Deus Altíssimo,
fons vivus, ignis, caritas fonte viva, o fogo, a
et spiritális únctio. caridade, a unção dos
espirituais.
Tu septifórmis múnere, Com os Vossos sete dons:
dígitus paternӕ déxterӕ, sois o dedo da direita de
tu rite promíssum Patris, Deus, Solene promessa do
sermóne ditans gúttura. Pai, inspirando nossas
palavras.
Accénde lumen sénsibus; Acendei a luz nos
infunde amórem córdi- sentidos; insuflai o amor
bus; nos corações; amparai na
infírma nostri córporis, constante virtude a nossa
virtúte firmans pérpeti. carne enfraquecida.

Hostem repéllas lóngius, Afastai o inimigo; trazei-


pacémque dones próti- nos prontamente a paz,
nus; assim guiados por Vós,
ductóre sic te prӕvio evitaremos todo o mal.
vitemus omne noxium.
Por Vós teremos ciência
Per te sciámus da Patrem, do Pai, conhecimento do
noscamus atque Filium; Filho e de Vós mesmo,
teque utriúsque Spíritum Espírito de ambos, no
credamus omni témpore. qual creremos por todos
os tempos.
Deo Patri sit glória, A Deus Pai seja dada
et Fillio, qui a mórtuis glória, e ao Filho que res-
surréxit, ac Paráclito, suscitou, e ao Consolador,
in sӕculórum sӕcula. pelos séculos dos séculos.
Amen Amém.
Versículo e responso como na Oração (pág. 246).

- 247 -
SEQUÊNCIA DA MISSA DE PENTECOSTES
Atríbuida ao Rei Roberto II de França, o Piedoso (s. XI).

VENI, Sancte Spiritus, Vinde Espírito Santo,


et emitte caelitus E enviai do Céu,
lucis tuae radium. Um raio da vossa luz.

Veni, pater pauperum, Vinde, Pai dos pobres,


veni, dator munerum vinde, doador de dons,
veni, lumen cordium. vinde luz dos corações.

Consolator optime, Consolador ótimo,


dulcis hospes animae, doce hóspede das almas,
dulce refrigerium. suave refrigério.

In labore requies, Descanso no trabalho,


in aestu temperies Frescor no calor,
in fletu solatium. Calor no frio.

O lux beatissima, Oh! Luz beatíssima,


reple cordis intima inflamai o íntimo
tuorum fidelium. dos corações dos fiéis.

Sine tuo numine, Sem vosso auxílio,


nihil est in homine, Nada bom há no homem
nihil est innoxium. Nada há de inocente.

Lava quod est sordidum, Lavai o que é sórdido,


riga quod est aridum, regai o que é seco,
sana quod est saucium. sarai as feridas.

Flecte quod est rigidum, Dobrai o que é duro,


fove quod est frigidum, abrasai o que é frio,

- 248 -
rege quod est devium. reconduzi o desviado.

Da tuis fidelibus, Dá a teus fiéis,


in te confidentibus, Que em ti confiam,
sacrum septenarium. Os sete dons sagrados.

Da virtutis meritum, Dai mérito às virtudes,


da salutis exitum, êxito da salvação,
da perenne gaudium. alegria perene.
Amen, Alleluia. Amém. Aleluia.

ORAÇÃO PARA PEDIR OS SETE DONS DO ESPÍRITO


SANTO

Oh! Jesus, que antes de subirdes aos céus, prometestes


aos Vossos Apóstolos e discípulos enviar-lhes o
Espírito Santo para os consolar e fortalecer, dignai-Vos
fazer descer também sobre nós este Espírito
consolador.
Vinde Espírito de sabedoria, e fazei-nos conhecer a
verdadeira felicidade dando-nos os meios para
consegui-la.
Vinde, Espírito de inteligência, que, por Vossa divina
luz, nos fazeis penetrar as verdades e os mistérios de
nossa santa Religião.
Vinde, Espírito de conselho, e ajudai-nos a discernir em
todas as ocasiões o que devemos fazer para cumprir
com a Vossa divina vontade.
Vinde, Espírito de fortaleza, e prendei-nos a Deus e aos
nossos deveres de maneira que nada jamais nos possa
abalar.
Vinde, Espírito de ciência que, único, nos podeis dar o
perfeito conhecimento de Deus e de nós mesmos.

- 249 -
Pedimo-Vos esta ciência divina e única necessária com
todo o ardor de nossa alma.
Vinde, Espírito de piedade, para que saibamos executar
com alegria e prontidão o que Deus nos manda e para
que, pela unção de Vosso divino amor, achemos
verdadeiramente leve e suave o jugo do Senhor.
Vinde, Espírito de temor de Deus, e fazei-nos evitar
com o maior cuidado tudo o que possa desagradar ao
nosso Pai celestial.
Glória a Vós, Pai Eterno, que com o Vosso Filho único e
o Espírito consolador, viveis e reinais por todos os
séculos dos séculos. Amém.

- 250 -
CAPÍTULO X – DEVOÇÕES A NOSSA
SENHORA
“Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que
amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois
disse ao discípulo: Eis aí tua mãe.”
(Ioannem XIX, 26-27)

“Seguindo-A: .............................................. não te extravias;


Invocando-A: ............................................... não desesperas;
Contemplando-A:.................................................. não erras;
Com o Seu amparo: .................................................não cais;
Com a Sua proteção: ........................................... não temes;
Às Suas ordens: ................................................... não cansas;
Com o Seu favor: ........................................ atinges o porto.”
(São Bernardo)

- 251 -
O SANTO ROSÁRIO

“Bem-Aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que


te amamentaram! Mas Jesus replicou: Antes bem-
aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a
observam!”
(Lucam, XI, 27-28)

“Tal é o colóquio da oração perfeita, tal a prática do


Rosário, e tal, com toda a propriedade, o diálogo do
nosso Evangelho. A mulher falou com Cristo, e Cristo
respondeu à mulher; a mulher disse da sua parte: dixit
illi — e Cristo também disse da sua: at ille dixit —: ela
disse bem, porque disse beatus venter —: o Senhor disse
melhor porque disse quinimmo beati. E porque na parte
mental ouve Deus, e na vocal ouve o homem, ela
levantou a voz, para que o Senhor ouvisse as suas
palavras: extolens vocem — e o Senhor louvou os
ouvidos com que ela tinha ouvido as palavras de Deus:
Qui audiunt verbum Dei.”
(Pe. Antonio Vieira)

INDULGÊNCIAS

Aqui elencamos algumas das indulgências concedidas


pela Santa Madre Igreja aos fiéis que recitarem o
Santíismo Rosário, ou parte dele.

A) Os fiéis quando recitarem a terça parte do Rosário


com devoção podem lucrar:
 5a., CV (Sixto IV, 12 mai 1479; S. C. Ind., 29
ago 1899; S.C. Pen. Ap., 18 mar 1932);

- 252 -
 PM, nas condições habituais (Pio XII, 22 jan
1952);
 Ind. Plen. CV, rezando diante do SS.
Sacramento exposto ou mesmo reservado no
tabernáculo (Pio XI, 4 de set 1927);
B) Se rezarem a terça parte do Rosário em um grupo:
 10a., CD, (S. C. Ind., 12 mai 1851; 29 ago
1899; S. P. Ap., 18 mar 1932; 26 jul 1946);
 Uma indulgência plenária no ultimo
Domingo do mês, com as condições de costume,
mais visita a igreja ou oratório, se ao menos três
vezes durante o mesmo mês recitaram, pública
ou privadamente, o terço em comum. (S. C. Ind.,
12 mai 1851; 29 ago 1899; S. P. Ap., 18 mar
1932; 26 jul 1946);
C) Se, de qualquer forma, rezarem juntos em família,
além das indulgências acima, lhes é concedido:
 Duas Indulgências Plenárias Mensais, nas
condições habituais, mais visita à igreja ou
oratório, em dias à escolha. (S. C. Ind., 12 mai
1851; 29 ago 1899; S. P. Ap., 18 mar 1932; 26 jul
1946);
 Ind. Plen. todo Sábado;
 Ind. Plen. dois outros dias da semana;
 Ind. Plen. em cada uma das seguintes Festas
de Nossa Senhora: Imaculada Conceição [8 dez],
Purificação [2 fev], Aparição em Lourdes [11
fev], Anunciação [25 mar], Sete Dores [sexta-
feira II semana da paixão], Visitação [2 jul],
Nossa Senhora do Carmo [16 jul]; Nossa Senhora
das Neves [5 ago], a Assunção [15 ago], o
Imaculado Coração de Maria [22 ago], a
Natividade da Santíssima Virgem [8 set], as Sete

- 253 -
Dores [15 de set], Nossa Senhora do
Sacratíssimo Rosário [7 out], a Maternidade [11
out], a Apresentação da Virgem Maria [21 nov].
(S.P. Ap. 11 out 1959).
D) Os fiéis que durante o mês de Outubro recitarem no
mínimo a terça parte do Rosário, publica ou
privadamente, podem lucrar:
 7a CD;
 Ind. Plen. na Festa do Rosário e em sua
Oitava, e se recitarem-no durante os dez dias
após a Oitava, nas condições de costume, mais
visita à igreja ou oratório (S. C. Ind., 23 jul 1898,
29 Ago 1899; S.C. Pen. Ap., 18 Mar 1932,
Raccolta, 398);
 500d., CD, beijando o Santo Rosário que
carregam consigo, ao mesmo tempo recitarem a
primeira parte da Ave Maria até “Jesus”,
inclusive. (S.C. Pen. Ap., 30 mar 1953).

CONFRARIA

A Confraria do Santísismo Rosário, é uma Associação


de fiéis que se comprometem a rezar os 15 mistérios
do Rosário ao menos uma vez por semana.
Possui membros ordinários, que rezam o rosário
completo uma vez por semana; os perpétuos, que o
rezam e meditam uma vez por ano além da uma vez
semanal; e os cotidianos, que se comprometem a rezá-
lo uma vez por dia, ou seja, quinze dezenas somando
150 Ave-Marias.
Para fazer parte dela basta inscrever o nome completo
no registro de uma igreja onde a Confraria esteja

- 254 -
estabelecida. Não há na Igreja Confraria mais
ricamente indulgenciada. Eis algumas das indulgências:

Plenária:
 No dia da sua inscrição;
 Na hora da morte;
 Nas festas de Nossa Senhora;

Parciais:
 Ao recitarem os santos nomes de Jesus e
Maria: 7a. CV;
 Por carregar o rosário ao pescoço, ou à
cintura: 100d. CD;
 Ao recitar a terça parte do Rosário: 10a. e
10q. CV.

MÉTODO CLÁSSICO PARA RECITAÇÃO

Sinal da Cruz
Per signum † Sanctӕ Pelo Sinal da Santa Cruz,
Crucis de † inimicis nostris livrai-nos Deus Nosso
libera nos, Domine † Deus Senhor, dos nossos inimi-
noster. In nomine Patris, † gos. Em nome do Pai, do
et Filii, et Spiritus Sancti. Filho e do Espírito Santo.
Amen. Amém.
V: Domine, labia mea V: Senhor, abri os meus
Aperies. lábios.
R: Et os meum annun- R: E minha boca anun-
tiabit laudem tuam. ciará o vosso louvor.
V: Deus in † adiutorium V: Deus, vinde em meu
meum intende. auxílio.
R: Domine ad adju- R: Senhor, apressai-vos
vandum me festina em me ajudar.

- 255 -
Oferecimento
Divino Jesus, nós Vos oferecemos este terço/rosário
que vamos rezar. Concedei-nos por intercessão da
Virgem Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos
dirigimos, as virtudes que nos são necessárias para
bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências
desta santa devoção. Oferecemos em desagravo dos
pecados cometidos contra o Sagrado Coração de Jesus e
o Imaculado Coração de Maria, pelas intenções do
Santo Padre, o Papa, isto é, a Exaltação da Santa Igreja,
Extirpação das heresias no mundo, a conversão dos
pecadores e a Rrstauração do Reinado Social de Nosso
Senhor Jesus Cristo e pedimos também pelas almas do
purgatório, pelo fim das seitas e de sua influência em
todo Brasil, pelas vocações sacerdotais e religiosas,
pela santificação do Clero e das famílias, pelos doentes
e agonizantes, e pelas mesmas intenções com que
Nossa Senhora está continuamente a interceder junto a
Jesus, além das nossas intenções particulares.

Credo (na cruz), um Pai-Nosso (na conta maior), Três


Ave-Marias (nas contas menores), e um Glória ao Pai (na
conta maior).

Oração de Fátima
O mi Iesu, dimitte nobis Oh! Meu Jesus, perdoai-
debita nostra, libera nos nos, livrai-nos do fogo do
ab igne inferni, conduc in infer-no, levai as almas
cӕlum omnes animas, todas para o céu e socorrei
prӕsertim illas quӕ maxi- principalmente as que
me indigent. mais precisarem.
I. Mistérios Gozosos
(Segunda e Quinta-Feira)

PRIMO, Beátæ Maríæ PRIMEIRO, contemplamos


Vírginis anuntiatiónem a anunciação à Bem-
con-templámur, et hu- Aventurada Virgem Maria,
mílitas pétitur. e pedimos a humildade.
Pater, 10 Ave, e Glória.
SECUNDO, Beátæ Maríæ SEGUNDO, contemplamos
Vírginis visitatiónem com- a Visitação, e pedimos a
templámur, et charitas ad caridade com o próximo.
fratres pétitur.
Pater, 10 Ave, e Glória.
TERTIO, Dómini Nóstri TERCEIRO, contemplamos
Iésu Chrísti nativitátem o nascimento de Nosso
contem- plámur, et Senhor Jesus Cristo, e
pauper-tátis spíritus pedi-mos a pobreza de
pétitur. espírito.
Pater, 10 Ave, e Glória.
QUARTO, Dómini Nóstri QUARTO, contemplamos a
Iésu Chrísti presenta- Apresentação de Nosso
tiónem in templo contem- Senhor Jesus Cristo, e
plámur, et obediéntia pedimos a obediência.
pétitur.
Pater, 10 Ave, e Glória.
QUINTO, Dómini Nóstri QUINTO, contemplamos o
Iésu Chrísti inventiónem encontro de Nosso Senhor
in templo contemplámur, Jesus Cristo no templo, e
et Déum inquæréndi vo- pedimos a vontade de
lúntas pétitur. procurar a Deus.
Pater, 10 Ave, e Glória

- 257 -
II. Mistérios Dolorosos
(Terça e Sexta-Feira)

PRIMO, Dómini Nóstri PRIMEIRO, contemplamos


Iésu Chrísti oratiónem in a oração de Nosso Senhor
horto contemplamur, et Jesus cristo no horto, e
dólor pro peccatis nostris pedimos a dor pelos nossos
pétitur. pecados.
Pater, 10 Ave, e Glória.
SECUNDO, Dómini Nóstri SEGUNDO, contemplamos
Iésu Chrísti flagellatiónem a flagelação, e pedimos a
contemplamur, et corpo- mortificação de nossos
rum nostrórum mortif- corpos.
icátio pétitur.
Pater, 10 Ave, e Glória.
TERTIO, Dómini Nóstri TERCEIRO, contemplamos
Iésu Chrísti spinis coro- a coroação de espinhos de
nationem contemplamur, Nosso Senhor Jesus Cristo, e
et supérbiæ mortificatio pedimos a mortificação da
pétitur. soberba.
Pater, 10 Ave, e Glória.
QUARTO, Dómini Nóstri QUARTO, contemplamos o
Iésu Chrísti crucis bajula- carregamento da cruz de
tiónem contemplamur, et Nosso Senhor Jesus Cristo, e
patiéntia in tribulatió- pedimos a paciência nas
nibus pétitur. tribulações.
Pater, 10 Ave, e Glória.
QUINTO, Dómini Nóstri QUINTO, contemplamos a
Iésu Chrísti crucifixiónem crucifixão e morte de Nosso
et mortem contemplamur, Senhor Jesus Cristo, e
et súi ipsíus donum ad pedimos o dom de Si
animárum redemptiónem mesmo para a redenção
pétitur. das almas.
- 258 -
Pater, 10 Ave, e Glória.

III. Mistérios Gloriosos


(Quarta-Feira, Sábado e Domingo)

PRIMO, Dómini Nóstri PRIMEIRO, contem-plamos


Iésu Chrísti resurrecti- a Ressurreição de Nosso
ónem contemplamur, et Senhor Jesus Cristo, e
fídes pétitur. pedimos a Fé.
Pater, 10 Ave, e Glória.
SECUNDO, Dómini Nóstri SEGUNDO, contemplamos
Iésu Chrísti in cælum a ascensão de Nosso
ascensiónem contempla- Senhor Jesus Cristo e
mur, et spes pétitur. pedimos a Esperança.
Pater, 10 Ave, e Glória.
TERTIO, Spíritus Sáncti TERCEIRO, contem-plamos
descensiónem contem- a descida do Espírito Santo,
plamur, et cháritas ad e pedimos o Amor a Deus.
Deum pétitur.
Pater, 10 Ave, e Glória.
QUARTO, Beátæ Maríæ QUARTO, contemplamos a
Vírginis in cælum assum- assunção da Bem-Aventu-
ptiónem contemplamur, et rada Virgem Maria aos
bene moriéndi gratia Céus, e pedimos a graça da
pétitur. boa morte.
Pater, 10 Ave, e Glória.
QUINTO, Beátæ Maríæ rada Virgem Maria, e pe-.
Vírginis coronatiónem in María Regína Nostra
comtemplamur, et fidúcia pétitur.
QUINTO, contemplamos a dimos confiança em Maria
coroação da Bem Aventu- Nossa Rainha
Pater, 10 Ave, e Glória.
Ação de Graças
Gratias innumeras agimus Infinitas graças Vos damos
Tibi, Augusta Principissa, Soberana Princesa por
propter omnia beneficia a todos os benefícios que
munificentissima manu recebemos de Vossas
Tua accepimus: dignare, mãos liberais. Dignai-Vos
Domina nostra, nos sub agora e para sempre
Tua protectione et refugio tomar-nos debaixo de vos-
semper conservare, ad so poderoso amparo, e
quem dicimus Tibi: para mais Vos agradecer,
Vos saudamos com uma
Salve Rainha:

Reza-se Salve Rainha (pág. 11)

Oração Final
V. Ora pro nobis, Regina V. Rogai por nós, Rainha
sacratissimi Rosárii. do Sacratíssimo Rosário.
R. Ut digni efficiámur R. Para que sejamos
promissiónibus Christi. dignos das promessas de
Cristo.
Oremus: Deus, cujus Oremos: Oh! Deus, cujo
Unigénitus per vítam, filho Unigênito, por sua
mortem et resurrectiónem vida morte e ressurreição
suam, nobis salútis ætér- nos obteve o rpêmio da
næ præmia comparávit: salvação eterna, concedei-
concéde quæsumus; ut nos a nós que meditamos
hæc Mystéria Sanctíssimo estes mistérios do Sacra-
Beátæ Mariæ Vírginis tíssimo Rosário da Bem-
Rosário recoléntes, et Aventurada Virgem Maria,
imitémur quod cóntinent, que imitemos o que com-
et quod promíttunt asse- tém e consigamos o que
quámur. Per eúmdem prometem. Pelo mesmo
- 260 -
Christum Dóminum nos- Cristo Senhor Nosso.
trum. Amen. Amém.

Cruzada pelas vocações


(R.P. Franz Schmidberger, FSSPX, Superior Geral, 1992)

Domine, dona nobis Senhor, dai-nos sacerdotes.


sacerdotes.
Domine, dona nobis Senhor, dai-nos santos
sanctos sacerdotes. sacerdotes.
Domine, dona nobis Senhor, dai-nos muitos e
multos et sanctos santos sacerdotes.
sacerdotes.
Domine, dona nobis Senhor, dai-nos muitas e
multos et sanctos vocatus santas vocações religiosas.
religiosos.
Sancte Pie X, ora pro São Pio X, rogai por nós!
nobis!

Oração da Milícia da Imaculada


Oh! MARIA CONCEBIDA SEM PECADO rogai por nós
que recorremos a Vós e por todos quantos não
recorrem a vós, especialmente pelos maçons [e outros
inimigos da santa Igreja] e por todos quantos são a vós
recomendados.

LITANIA LAURETANA
Aprovada pelo Papa Sixto V, 11 de jul. 1587. 300d CD.

Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de


nós.
Christe, eleison. Jesus Cristo, tende pieda-
de de nós.
- 261 -
Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de
nós.
Christe, audi nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.
Christe, exaudi nos. Jesus Cristo, atendei-nos.

Pater de cӕlis Deus, Pai Celeste que sois Deus,


miserere nobis. tende piedade de nós.
Fili Redemptor mundi Filho Redentor do mundo
Deus, que sois Deus,
Spiritus sancte Deus, Espírito Santo que sois
Deus,
Sancta Trinitas, unus Santíssima Trindade que
Deus, sois um só Deus,
Sancta Maria, Santa Maria,
ora pro nobis. rogai por nós.
Sancta Dei Genetrix, Santa Mãe de Deus,
Sancta Virgo virginum, Santa Virgem das virgens,
Mater Christi, Mãe de Jesus Cristo,
Mater Divinӕ gratiӕ, Mãe da divina graça,
Mater purissima, Mãe puríssima,
Mater castissima, Mãe castíssima,
Mater inviolata, Mãe Imaculada,
Mater intemerata, Mãe intemerata,
Mater amabilis, Mãe amável,
Mater admirabilis, Mãe admirável,
Mater Boni Consilii, Mãe do bom conselho,
Mater Creatoris, Mãe do Criador,
Mater Salvatoris, Mãe do Salvador,
Virgo prudentissima,. Virgem prudentíssima,
Virgo veneranda, Virgem venerável,
Virgo prӕdicanda, Virgem louvável,
Virgo potens, Virgem poderosa,
Virgo clemens, Virgem clemente,

- 262 -
Virgo fidelis, Virgem fiel,
Speculum iustitiӕ, Espelho de justiça,
Sedes sapientiӕ, Sede da sabedoria,
Causa nostrӕ lӕtitiӕ, Causa da nossa alegria,
Vas spirituale, Vaso espiritual,
Vas honorabile, Vaso digno de honra,
Vas insigne devotionis, Vaso insigne de devoção,
Rosa mystica, Rosa mística,
Turris Davidica, Torre de David,
Turris eburnea, Torre de marfim,
Domus aurea, Casa de ouro,
Fœderis arca, Arca da aliança,
Ianua cӕli, Porta do Céu,
Stella matutina, Estrela da manhã,
Salus infirmorum Saúde dos enfermos,
Refugium peccatorum, Refúgio dos pecadores,
Consolatrix afflictorum, Consoladora dos aflitos,
Auxilium Christianorum, Auxílio dos cristãos,
Regina Angelorum, Rainha dos Anjos,
Regina Patriarcharum, Rainha dos Patriarcas,
Regina Prophetarum, Rainha dos Profetas,
Regina Apostolorum, Rainha dos Apóstolos,
Regina Martyrum, Rainha dos Mártires,
Regina Confessorum, Rainha dos Confessores,
Regina Virginum, Rainha das Virgens,
Regina Sanctorum omni- Rainha de todos os santos,
um,
Regina sine labe originali Rainha concebida sem pe-
concepta, cado original,
Regina in cӕlum assump- Rainha assunta ao Céu,
ta,
Regina Sanctissimi Rosa- Rainha do sacratíssimo
rii, Rosário,

- 263 -
Regina pacis, Rainha da Paz,
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus que
peccata mundi, parce tirais os pecados do mun-
nobis, Domine. do, perdoai-nos Senhor.
Agnus Dei, qui tollis pec- Cordeiro de Deus que
cata mundi, exaudi nobis, tirais os pecados do
Domine. mundo, ouvi-nos Senhor.
Agnus Dei, qui tollis pecca- Cordeiro de Deus que ti-
ta mundi, miserere nobis. rais os pecados do mundo,
tende piedade de nós.
V. Ora pro nobis, sancta V. Rogai por nós Santa
Dei Génitrix. Mãe de Deus.
R. Ut digni effíciámur R. Para que sejamos
promissiónibus Christi. dignos das promessas e
Cristo.
Orémus: Concede nos Oremus: Concedei a vos-
famulos tuos, quӕsumus, sos servos, nós Vos pedi-
Domine Deus, perpetua mos, Senhor Deus, que
mentis et corporis sanitate gozemos perpétua saúde
gaudere: et, gloriosa de alma e de corpo; e que,
Beatae Mariae semper pela gloriosa intercessão
Vírginis intercessione, a da Bem-aventurada sem-
prӕsenti liberari tristitia pre Virgem Maria, sejamos
et aeterna perfrui laetitia. livres da presente tristeza
e alcancemos a eterna
alegria. Por Cristo nosso
Amen. Senhor. Amém.

MÉTODO DE SÃO LUIZ DE MONTFORT

Oferecimento
Uno-me a todos os santos que estão no Céu, a todos os
justos que estão sobre a Terra, a todas as almas fiéis

- 264 -
que estão neste lugar. Uno-me a Vós, meu Jesus, para
louvar dignamente Vossa Santa Mãe, e louvar-Vos a
Vós, nela e por Ela. Renuncio a todas as distrações que
me vierem durante este Rosário, que quero recitar com
modéstia, atenção e devoção, como se fosse o último da
minha vida.
Nós Vos oferecemos, Trindade Santíssima, este Credo,
para honrar os mistérios todos de nossa Fé; este Pater
e estas três Ave-Marias, para honrar a unidade de
vossa essência e a trindade de vossas pessoas.
Pedimos-Vos uma fé viva, uma esperança firme e uma
caridade ardente. Amém.
Pater, 3 Ave, e Glória.

Mistérios Gozosos
I. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira
dezena, em honra a vossa Encarnação no seio de Maria;
e vos pedimos, por esse mistério, e por sua intercessão
uma profunda humildade. Amém
Pater, 10 Ave-Maria, Glória.
Que as graças do mistério da Encarnação desçam sobre
nós. Amém

II. Nos vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda


dezena, em honra da visitação de vossa santa Mãe à sua
prima santa Isabel e da santificação de São João
Batista; e vos pedimos, por esse mistério e pela
intercessão de vossa Mãe Santíssima, a caridade para
com o nosso próximo. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória.
Que as graças do mistério da Visitação desçam sobre
nós. Amém

- 265 -
III. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira
dezena, em honra ao vosso nascimento no estábulo de
Belém; e vos pedimos, por este mistério e pela
intercessão de vossa Mãe Santíssima, o desapego dos
bens terrenos e ao amor à pobreza. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória.
Que as graças do mistério do Nascimento desçam sobre
nós. Amém.

IV. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta


dezena, em honra a vossa apresentação ao templo, e da
purificação de Maria; e vos pedimos, por este mistério
e por sua intercessão, uma grande pureza de corpo de
alma. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória.
Que as graças do mistério da Purificação
desçam,desçam sobre nós. Amém.

V. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta


dezena, em honra ao vosso reencontro por Maria; e vos
pedimos, por este mistério; e por sua intercessão, a
verdadeira sabedoria. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória.
Que as graças do mistério do Reencontro de Jesus,
desçam sobre nós. Amém.

Mistérios Dolorosos
VI. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta sexta
dezena, em honra a vossa agonia mortal no Jardim das
Oliveiras; e vos pedimos, por este mistério e pela
intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição de
nossos pecados. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória.

- 266 -
Que as graças do mistério da Agonia de Jesus, desçam
sobre nós. Amém.

VII. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta sétima


dezena, em honra a vossa sangrenta flagelação; e vos
pedimos, por este mistério e pela intercessão vossa
Mãe santíssima, a mortificação de nossos sentidos.
Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério da Flagelação de Jesus,
desçam sobre nós. Amém.

VIII. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta oitava


dezena, em honra de vossa coroação de espinhos; e vos
pedimos por este mistério e pela intercessão de vossa
Mãe Santíssima, o desprezo do mundo. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério da Coroação de Espinhos,
desçam sobre nós. Amém.

IX. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta nona


dezena, em honra do carregamento da Cruz; e vos
pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa
Mãe Santíssima, a paciência em todas as nossas cruzes.
Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério do Carregamento da cruz,
desçam sobre nós. Amém.

X. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima


dezena, em honra a vossa crucificação e morte
ignominiosa sobre o calvário; e vos pedimos por este
mistério e pela intercessão de vossa Mãe Santíssima, a

- 267 -
conversão dos pecadores, a perseverança dos justos e o
alívio das almas do purgatório. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério da crucificação de Jesus
desçam sobre nós. Amém.

Mistérios Gloriosos
XI. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta undécima
dezena, em honra a vossa ressurreição gloriosa; e vos
pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa
Mãe Santíssima, o amor a Deus e o fervor ao vosso
serviço. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério da ressurreição, desçam
sobre nós. Amém.

XII. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta duodécima


dezena, em honra a vossa triunfante ascensão; e vos
pedimos, por este mistério e pela intercessão de vossa
Mãe Santíssima, um ardente desejo do céu, nossa cara
pátria. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério da ascensão desçam, em
nossas almas. Amém.

XIII. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima


terceira dezena, em honra do mistério de Pentecostes;
e vos pedimos, por este mistério e pela intercessão de
vossa Mãe Santíssima, a descida do Espírito Santo em
nossas almas. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério de Pentecostes, desçam
sobre nós. Amém.

- 268 -
XIV. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta décima
quarta dezena, em honra da ressurreição e triunfal
assunção de vossa Mãe ao céu; e vos pedimos, por este
mistério e por sua intercessão, uma terna devoção a
tão boa mãe. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério da Assunção desçam sobre
nós. Amém.

XV. Nós vos oferecemos, Senhor Jesus esta décima


quinta dezena, em honra da coroação gloriosa de vossa
Mãe Santíssima no céu; e vos pedimos, por este
mistério e por sua intercessão, a perseverança na graça
e a coroa da glória. Amém.
Pater, 10 Ave-Maria, Glória
Que as graças do mistério da coroação de Nossa
Senhora desçam sobre nós. Amém

Agradecimento
Eu vos saúdo, Maria, Filha bem-amada do eterno Pai,
Mãe admirável do Filho, Esposa mui fiel do Espírito
Santo, templo augusto da santíssima trindade; eu vos
saúdo soberana Princesa, a quem tudo está submisso
no céu e na terra; eu vos saúdo, seguro refúgio dos
pecadores, nossa Senhora da Misericórdia, que jamais
repeliste pessoa alguma. Pecador que sou, me prostro
aos vossos pés, e vos peço de me obter de Jesus, vosso
amado filho, a contrição e o perdão de todos os meus
pecados, e a divina sabedoria. Eu me consagro todo a
vós, com tudo o que possuo. Eu vos tomo, hoje, por
minha Mãe e Senhora. Tratai-me, pois, como o ultimo
de vossos filhos e o mais obediente de vossos escravos.

- 269 -
Atendei, minha Princesa, atendei aos suspiros de um
coração que seja amar-vos e servi-vos fielmente. Que
ninguém diga que, entre todos que a vós recorreram,
seja eu o primeiro desamparado. Oh! minha esperança,
Oh! minha vida, minha fiel e imaculada Virgem Maria
defendei-me, nutri-me, escutai- me, instruí-me, salvai-
me. Amém.

NOVENAS E ORAÇÕES DAS PRINCIPAIS FESTAS

A NOSSA SENHORA DO CARMO


Padroeira dos Estados de Pernambuco e Roraima.

O Escapulário
S. Simão Stock, prior geral da Ordem dos Carmelitas,
suplicava à Gloriosa Mãe de Deus, que concedesse à
Ordem algum privilégio singular. Dizia diariamente
com voz devotíssima:
“Flor do Carmelo, vide florífera, Esplendor do Céu,
Virgem incomparável, Singular! Oh! Mãe amável e
sempre virgem, dai aos Carmelitas os privilégios de
vossa proteção, Estrela do Mar!”
E Nossa Senhora não se fez esperar. Um dia ao
terminar a invocação, Nossa Senhora apareceu a São
- 270 -
Simão Stock, no Covento Carmelita de Cambridge,
Inglaterra, em 16 de Julho de 1251, segurando o hábito
da Ordem. Entregando-lhe, pronunciou estas palavras:
“Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem
como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu
obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um
sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos,
aliança de paz e de uma proteção sempiterna.
Quem morrer revestido com ele será preservado
do fogo eterno.”
Além dessa graça específica da salvação eterna, ligada
ao Escapulário, Nossa Senhora concedeu outra, que
ficou conhecida como privilégio sabatino. No século
seguinte, apareceu Ela ao Papa João XXII, a 3 de março
de 1322, comunicando àqueles que usarem seu
Escapulário: “Eu, sua Mãe, baixarei graciosamente ao
purgatório no sábado seguinte à sua morte, e os
lavarei daquelas penas e os levarei ao monte santo da
vida eterna.”
O SS. Padre, João XXII, elencou, no entanto algumas
condições para gozar dos privilégios:
I - Para obter a proteção de Nossa Senhora na vida e na
morte, é preciso:
a) receber o escapulário, na forma prescrita, de um
sacerdote que tenha autorização.
b) trazer sempre o escapulário de dia e de noite sobre
o corpo, com sentimento de piedade cristã.
II - Para ganhar o privilégio sabatino, além das
condições acima:
a) guardar a castidade segundo o próprio estado;
b) rezar todos os dias o Ofício pequeno de Nossa
Senhora;
c) abster-se de carne nas quartas e sábados;

- 271 -
d) guardar os jejuns e abstinências prescritas pela
Santa Igreja.
O sacerdote que impõe o escapulário pode trocar a reza
do Ofício ou a abstinência em outras orações ou
práticas.
Bento XV concedeu indulgância de 500 dias, para cada
vez que se beija o Escapulário.
São Pio X autorizou o uso da Medalha Escapulário,
contudo foi desejo do Santo Padre, que fosse usado, de
preferência o Escapulário de tecido marrom, e que a
Medalha-Escapulário o substitua apenas havendo um
motivo suficiente. Maria não pode ficar contente com
aquele que substitue o Escapulário pela Medalha só por
vaidade, ou por receio de fazer profissão pública de Fé.
Tais pessoas correm o risco de não receber a Promessa.
Enquanto o Escapulário Castanho de tecido tem
atribuições milagrosas devido à sua história, a
Medalha-Escapulário não as tem.

Quero saber se, realmente, Maria se interessa por mim. E


no Escapulário Ela tem-me dado a segurança mais
tangível. Só tenho de abrir os olhos. Ela uniu a Sua
proteção a este Escapulário:’Qualquer pessoa que morra
com ele posto não sofrerá o fogo eterno.’
(S. Cláudio de La Colombière)

Tal como os homens ficam orgulhosos quando outros


usam sua insígnia, assim a Santíssima Virgem fica
contente quando os Seus servos usam o Escapulário
como um sinal de que se dedicaram ao Seu serviço e são
membros da Família da Mãe de Deus.
(Santo Afonso Maria de Ligório)

- 272 -
Novena a Nossa Senhora do Carmo
Começa no dia 6 de Julho e termina no dia 15.

Oh! Virgem bendita, cheia de graça, Rainha dos santos,


Oh! quanto me é grato de vos venerar sob o título de
Nossa Senhora do Carmo. Ele me reconduz aos tempos
proféticos de Elias, quando vós fostes, sobre o Carmelo,
figurada nessa nuvenzinha que depois, dilatando-se, se
derramou numa chuva benéfica, símbolo das graças
santificadoras que de vós procedem. Desde os tempos
apostólicos fostes vós honrada com este título. E agora
me alegra o pensamento que nós nos unimos a esses
vossos primeiros devotos e com eles vos saudamos,
dizendo-vos: Oh! decoro do Carmelo, glória do Libano,
lírio puríssimo, rosa mística no jardim florescente da
Igreja!
Mas, Oh! Virgem das virgens, lembrai-vos de mim
miserável, e mostrai que sois minha Mãe. Derramai em
mim sempre mais viva essa luz da fé que vos fez bem-
aventurada; inflamai-me naquele amor celestial com
que amastes vosso Filho Jesus Cristo. Obtende-me o ser
forte nas tentações e nas tribulações que tantas vezes
me assaltam. E quando, conforme a vontade de Deus,
terminar a jornada de minha peregrinação terrena,
fazei que à minha se outorgue, pelos méritos de Cristo
e pela vossa intercessão, a glória do paraíso. Amen.

Oração a Nossa Senhora do Carmo


200d. CD. (Leão XIII, 16 de janeiro de 1886)

Oh! Santíssima e Imaculada Virgem Maria, ornamento


e glória do Carmelo, vós que velais tão particularmente
sobre os que vestem vosso sagrado escapulário, velai

- 273 -
também sobre mim e cobri-me com o manto da vossa
maternal proteção.
Fortalecei minha fraqueza com o vosso poder e dissipai
com a vossa luz as trevas do meu coração, aumentai em
nós a fé, a esperança e a caridade. Ornai minh’alma
com todas as virtudes, afim de que ela se torne sempre
mais amada pelo vosso divino filho.
Assiti-me durante a vida, consolai-me com a vossa
amavél presença na hora da morte, e apresentai-me à
Santíssima Trindade como vossos filhos e servos fiéis,
para que nós possamos louvar-vos eternamente no céu.
Amém.
Três Ave-Marias e um Glória.

A NOSSA SENHORA DE GUADALUPE


Padroeira das Américas
Novena de 3 a 11 de dezembro. Festa dia 12.

Oração da Missa: Oh! Deus, que quisestetes cumular


com a abundância das Vossas graças os que estão sob o
especial patrocínido da Santísisma Virgem Maria,
concedei-nos, suplicantes, a graça da visão celeste
aquela cuja festa celebramos hoje na terra com alegria.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que
convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo,
Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA


Padroeira Principal do Brasil. Festa 12 de Outubro.

CONSAGRAÇÃO INDIVIDUAL
Oh! Virgem Santíssima, Nossa Senhora da Conceição
Aparecida, padroeira do Brasil, eis-nos prostrados

- 274 -
suplicantes, aos pés do Vosso trono, na certeza de
obter de Vossa misericórdia as graças e a ajuda
oportuna nas calamidades presentes, não em virtude
de nossos méritos, que são poucos, mas unicamente
pela imensa bondade do Vosso Coração maternal.
Os abomináveis pecados do mundo, as perseguições
dirigidas contra a Igreja de Jesus Cristo, mais ainda, a
apostasia das nações e de tantas almas cristãs, em
suma, os esquecimentos por parte da maioria dos
homens de que sois a Mãe da Divina Graça, tudo isso é
agonia para Vosso Coração Doloroso e Imaculado, tão
unido, em sua compaixão, aos sofrimentos do Sagrado
Coração de Vosso Filho.
Nesses tempos calamitosos em que tantas almas se
perdem viemos ao vosso Santuário suplicar a vossa
proteção sobre nossas famílias, dilaceradas pela
discórdia e pelo flagelo do divórcio.
Pedimos pelos nossos filhos, atraídos covardemente
por um mundo apóstata da fé, que lhes acena com
falsos prazeres, as drogas e uma
impressionante revolta contra a autoridade de Deus e
de seus pais.
Pedimos também pela nossa Pátria, esquecida de vós e
do Coração de vosso Filho, ela que nasceu sob o manto
da Santa Cruz e que tantas glórias já trouxe para a
Santa Igreja Católica, em tempos de maior devoção e
vida católica.
Não permitais que os próximos anos se transformem
em perseguições sorrateiras e silenciosas contra os
direitos de Deus e de sua Igreja.
Dai-nos as graças que nos são tão necessárias para
resistir a tantas mentiras e enganações, e fazei que
sejamos fiéis às promessas do nosso Santo Batismo.

- 275 -
Queremos viver sob o vosso manto e sob vossa
maternal proteção e para tanto, consagramos nossas
almas como filhos amorosos e confiantes, prometendo
o esforço de nunca abandonar a oração do Terço e a
devoção ao vosso Imaculado Coração, última tábua de
salvação. Amém.

CONSAGRAÇÃO DO BRASIL
O Brasil foi consagrado a Nossa Senhora Aparecida por
Dom Pedro I em 1822, logo após o Grito do Ipiranga, sem
uso, no entanto, de fórmula específica.
Em nome de São Pio X, no dia 8 de setembro de 1904, a
imagem de Nossa Senhora foi coroada solenemente com
a coroa oferecida pela Princesa Isabel.
O Papa Pio XI transferiu sua festa, originalmente 7 de
setembro, para 12 de outubro e proclamou-a Padroeira
e Rainha do Brasil, ocasião em que a consagração da
pátria foi renovada pelo cardeal Dom Sebastião Leme
em 1930 com a seguinte fórmula:

Oh! Maria imaculada, Senhora da Conceição Aparecida,


aqui tendes prostrado diante de vós o Brasil, que vem
de novo consagrar-se à vossa maternal proteção.
Escolhendo-vos por especial padroeira e advogada da
nossa pátria, nós queremos que ela seja inteiramente
vossa.
Vossa a sua natureza sem par, vossas as suas riquezas,
vossos os campos e as montanhas, os vales e os rios,
vossa a sociedade, vossos os lares e seus habitantes,
com os seus corações e tudo que eles tem e possuem;
vosso, enfim, é todo o Brasil.
Sim, Oh! Senhora Aparecida, o Brasil é vosso!

- 276 -
Por vossa intercessão, temos recebido todos os bens
das mãos de Deus, e todos os bens esperamos receber,
ainda e sempre, por vossa intercessão.
Abençoai, pois, o Brasil que vos ama, abençoai o Brasil
que vos agradece, abençoai o Brasil que é vosso.
Abençoai, Oh! Rainha de amor e misericórdia,
abençoai, defendei, salvai o vosso Brasil!
Protegei a santa Igreja, preservai a nossa fé, defendei o
Santo Padre, assisti os nossos bispos, santificai o nosso
clero, socorrei as nossas famílias, amparai o nosso
povo, esclarecei o nosso governo, guiai a nossa gente
no caminho para o céu e para a eterna felicidade.
Oh! Senhora da Conceição Aparecida! Lembrai-vos de
que somos e queremos ser vossos vassalos e súditos
fiéis. Mas, lembrai-vos também de que somos e
queremos ser vossos filhos. Mostrai, pois, que sois a
padroeira poderosa do Brasil e a Mãe querida de todo o
povo brasileiro.
Sim, Oh! Rainha do Brasil, Oh! Mãe de todos os
brasileiros, venha sempre mais a nós o vosso reino de
amor, e por vossa mediação venha à nossa pátria o
reino de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor Nosso!
Amém.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA

Oh! Incomparável Senhora da Conceição Aparecida,


Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos
Pecadores, Refúgio e Consolação dos Aflitos, livrai-nos
de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Santíssimo
Filho, meu Redentor e Querido Jesus Cristo. Virgem
bendita dê proteção a mim e a minha família das
dœnças, da fome, assalto, raios e outros perigos que

- 277 -
possam nos atingir. Soberana Senhora dirige-nos em
todos os negócios Espirituais e Temporais. Livrai-nos
das tentações do demônio para que trilhando o
caminho da virtude, pelos merecimentos de vossa
puríssima Virgindade e o preciosismo sangue de vosso
Filho, vos possamos ver, amar, e gozar da eterna glória,
por todos os séculos. Amém.

NOVENA A NSA. SRA. APARECIDA


De 3 a 11 de Outubro.

Antífona: Oh! Virgem Maria, abençoada sois Vós pelo


Senhor Deus Altíssimo entre todas as mulheres da
terra. Vós sois a gloria de Jerusalém, Vós a alegria de
Israel, Vós a honra do nosso povo.
Salve Oh! Virgem, honra de nossa terra, a quem
rendemos um culto de piedade e veneração, a quem
chamamos com o belo nome de Aparecida. Quem
poderá contar, Oh! doce Mãe, quantas graças, durante
tantos anos Vós dispensastes em favor do povo
brasileiro, compadecida de nossos males? Quizemos
cingir Vossa cabeça sagrada com uma coroa de ouro,
que vos é devida por tantos títulos: continuai a dobrar-
vos benignamente às nossas preces. Quando erguemos
ao céu nossas mãos suplicantes, ouvi clemente os
nossos rogos, Oh! Virgem: conservai nossas almas
afastadas da culpa e por fim conduzi-nos ao céu.
Salvação, honra e poder Àquele que, uno e trino, nos
fulgores de seu trono celeste, governa e rege todo o
universo. Amém.
Repete-se a Antífona

- 278 -
V. A Vossa Imaculada Conceição, Oh! Virgem Mãe de
Deus.
R. Anunciou a alegria ao mundo todo.
Oremos: Oh! Deus, que por intermédio da Mãe
Imaculada de Vosso Filho multiplicastes os dons de
Vossa graça em favor de nós, vossos servos; concedei-
nos propício que celebrando na terra os louvores da
mesma Virgem, pelas suas maternas preces mereçamos
alcançar o prémio eterno do céu. Pelo mesmo Nosso
Senhor Jesus Cristo. Amem.

DEVOÇÃO À IMACULADA CONCEIÇÃO


Padrœira dos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas,
Bahia e Sergipe.

ORAÇÃO DE SÃO PIO X


(300d. CV. S. Pio X, 8 set., 1908)

Virgem santa que agradastes ao Senhor a ponto de


tornar-se sua Mãe, Virgem Imaculada em vosso corpo,
em vossa alma, em vossa fé, em vosso amor, olhai com
bondade os infelizes que imploram vossa poderosa
proteção. A serpente infernal contra a qual foi lançada
a primeira maldição continua a combater e a tentar
os pobres filhos de Eva.
Vós, nossa Mãe abençoada, nossa rainha, nossa
advogada, vós que esmagastes a cabeça do inimigo
desde o primeiro instante de vossa Conceição, recebei
nossas orações e, nós vos suplicamos, unidos num
único coração, apresentai-as diante do trono de Deus,
para que nunca nos deixemos cair nas armadilhas que
nos são preparadas, mas que cheguemos todos ao
porto da Salvação e que, no meio de tantos perigos, a

- 279 -
Igreja e a sociedade cristã cantem mais uma vez o hino
da liberdade, da vitória e da paz. Amém.

PROFISSÃO DE FÉ E CONFIANÇA
Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e
Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Oh!
Puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição
Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus,
alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a santa
pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança
na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte e a
graça que peço com toda confiança. Amém.

NOVENA DA IMACULADA
De 30 de Novembro a 7 de Dezembro. 300d CV.

Ave-Maria Puríssima, sem pecado concebida!


Em nome do Pai †...
Louvemos e demos graças à Trindade Augusta de Deus
que nos mostrou a Virgem vestida de sol, calçada de lua
e coroada de doze estrelas. Pai-Nosso
Louvemos e demos graças ao Pai Eterno que
escolheu Maria para Filha. Glória.
1. Louvado seja o Pai Eterno que predestinou Maria
para Mãe do seu Filho. Ave Maria.
2. Louvado seja o Pai Eterno que preservou Maria de
toda a culpa. Ave-Maria.
3. Louvado seja o Pai Eterno que adornou Maria com
todas as virtudes. Ave Maria.
4. Louvado seja o Pai Eterno que deu a Maria por
esposo o puríssimo São José. Ave Maria.
Louvemos e demos graças ao Filho de Deus, que
escolheu Maria Para sua Mãe. Glória.

- 280 -
5. Louvado seja o Filho de Deus que se encarnou e
habitou em Maria Santíssima. Ave-Maria.
6. Louvado seja o Filho de Deus que nasceu de Maria
sempre Virgem. Ave-Maria.
7. Louvado seja o Filho de Deus que deu a Maria todo
poder. Ave Maria.
8. Louvado seja o Filho de Deus que nos deu Maria por
Mãe. Ave Maria.
Louvemos e demos graças ao Espírito Santo que
escolheu Maria por sua esposa. Glória.
9. Louvado seja o Espírito Santo por quem Maria foi
Virgem e Mãe. Ave Maria.
10. Louvado seja o Espírito Santo por quem Maria foi
templo da SS. Trindade. Ave Maria.
11. Louvado seja o Espírito Santo por quem Maria foi
assunta ao Céu. Ave Maria.
12. Louvado seja o Espírito Santo por quem Maria foi
medianeira de todas as graças. Ave Maria.
V. Bendita seja a Santa e Imaculada Conceição.
R. Da Bem-aventurada Virgem Maria.
V. Oh! Maria concebida sem pecado.
R. Rogai por nós que recorremos a Vós.

Oração da Festa (8 de dezembro): Oh! Deus, que


pela Imaculada Conceição da Virgem preparastes para
Vosso Filho digna morada, nós Vos suplicamos
humildemente que, assim como, em atenção aos
merecimentos desse mesmo Filho, Vos dignastes
preservá-la de toda mácula, nos concedais igualmente,
por sua intercessão, a graça de chegarmos a Vós limpos
do pecado. Pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.
Amém.

- 281 -
A NOSSA SENHORA DA PIEDADE
Padroeira do Estado de Minas Gerais
Novena de 5 a 14 de Setembro. Festa dia 15.

Capítulo das Ias Vésperas da Festa das Sete Dores de


Nossa Senhora:
A que hei-de comparar, a quem te hei-de assemelhar,
oh! filha de Jerusalém? A quem poderei igualar para
consolar-te, oh! Virgem filha de Sião? A tua dor é
grande como o Oceano.

Oração da Missa de Nossa Senhora das Dores:


Que a bem-aventurada Virgem Maria, Vossa mãe,
Senhor Jesus Cristo, no tempo de Vossa Paixão
trespassada na alma por uma espada de dor, Vos mova
à clemência para conosco, agora e na hora de nossa
morte. Vós que viveis e reinais com Deus Pai, em união
com o Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos
séculos. Amém.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA


Novena de 3 a 12 de Maio. Festa dia 13.

Oh! Santíssima Virgem, que na Cova da Iria vos


dignastes aparecer a três humildes pastorinhos e lhes
revelastes os tesouros de graças contidos na oração do
Terço, incuti profundamente em nossa alma o devido
apreço em que devemos ter por esta devoção, para Vós
tão querida, a fim de que, meditando os mistérios da
nossa Redenção, aproveitemos de seus preciosos frutos
e alcancemos as graças que vos pedimos nesta
devoção, se forem para maior glória de Deus, honra
vossa e salvação de nossas almas. Amém.

- 282 -
NOVENA DA MEDALHA MILAGROSA
De 18 a 26 de novembro. Festa dia 27.

Ato de contrição
Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro,
Criador e Redentor meu. Por serdes Vós quem sois,
sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as
coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor,
por Vos ter ofendido, e pesa-me também por ter
perdido o Céu e merecido o Inferno. Mas proponho
firmemente, com o auxílio de Vossa divina graça e pela
poderosa intercessão de Vossa Mãe Santíssima,
emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender.
Espero alcançar o perdão de minhas culpas, por Vossa
infinita misericórdia. Amém.
Rezar três vezes: “Oh! Maria, concebida sem pecado,
rogai por nós que recorremos a vós!”

1º dia - Primeira aparição


Contemplemos a Virgem Imaculada em sua primeira
aparição a Santa Catarina Labouré.
A piedosa noviça, guiada por seu Anjo da Guarda, é
apresentada à Imaculada Senhora. Consideremos sua
inefável alegria.
Seremos também felizes como Santa Catarina se
trabalharmos com ardor na nossa santificação.
Gozaremos as delicias do Paraíso se nos privarmos dos
gozos terrenos.
Rezar três Ave-Marias, acrescendo-lhes a invocação:
“Oh! Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que
recorremos a vós!”

- 283 -
Oração final para todos os dias
Santíssima Virgem, eu reconheço e confesso vossa
Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Oh!
Puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição
Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus,
alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a
caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de
coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática
do bem, uma santa vida, uma boa morte e a graça de
(pede-se uma graça), que peço com toda a confiança.
Amém.

2º dia – Lágrimas de Maria


Contemplemos Maria chorando sobre as calamidades
que viriam sobre o mundo, pensando que o Coração de
seu filho seria ultrajado na cruz, escarnecido e seus
filhos prediletos perseguidos. Confiemos na Virgem
compassiva e também participaremos do fruto de suas
lágrimas.
Rezar três Ave-Marias com a invocação e a oração final.

3º dia – Proteção de Maria


Contemplemos Nossa Imaculada Mãe dizendo em suas
aparições a Santa Catarina: “Eu mesma estarei
convosco: não vos perco de vista e vos concederei
abundantes graças”.
Sede para mim, Virgem Imaculada, o escudo e a defesa
em todas as necessidades.
Rezar três Ave-Marias com a invocação e a oração final

4º dia – Segunda aparição


Estando Santa Catarina Labouré em oração, a 27 de
novembro de 1830, apareceu-lhe a Virgem Maria,

- 284 -
formosíssima, esmagando a cabeça da serpente
infernal.
Nessa aparição vemos seu desejo imenso de nos
proteger sempre contra o inimigo de nossa salvação.
Invoquemos a Imaculada Mãe com confiança e amor!
Rezar três Ave-Marias com a invocação e a oração final

5º dia – As mãos de Maria


Contemplemos hoje Maria desprendendo de suas mãos
raios luminosos.
Esses raios, disse Ela, são a figura das graças “que
derramo sobre todos aqueles que mas pedem e aos que
trazem com fé a minha medalha”.
Não desperdicemos tantas graças! Peçamos com fervor,
humildade e perseverança e Maria Imaculada no-las
alcançará.
Rezar três Ave-Marias com a invocação e a oração final

6º dia – Terceira aparição


Contemplemos Maria aparecendo a Santa Catarina,
radiante de luz, cheia de bondade, rodeada de estrelas,
mandando cunhar uma medalha e prometendo muitas
graças a todos que a trouxerem com devoção e amor.
Guardemos fervorosamente a Santa Medalha, e como
um escudo nos protegerá dos perigos.
Rezar três Ave-Marias com a invocação e a oração final

7º dia da Novena e 1º do Tríduo


Oh! Virgem Milagrosa, Rainha Excelsa Imaculada
Senhora, sede minha advogada, meu refúgio e asilo
nesta Terra, minha fortaleza e defesa na vida e na
morte, meu consolo e minha glória no Céu.
Rezar três Ave-Marias com a invocação e a oração final

- 285 -
8º dia da novena e 2º do Tríduo
Oh! Virgem Imaculada da Medalha Milagrosa, fazei
com que esses raios luminosos que irradiam de vossas
mãos virginais iluminem minha inteligência para
melhor conhecer o bem e abram em meu coração vivos
sentimentos de fé, esperança e caridade.
Rezar três Ave-Marias com a invocação e a oração final

9º dia da novena e 3º do Tríduo


Oh! Mãe Imaculada, fazei com que a cruz de vossa
medalha brilhe sempre diante de meus olhos, suavize
as penas da vida presente e me conduza à vida eterna.
Rezar três Ave-Marias com a invocação e a oração final

A NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO

NOVENA A NSA. SRA. DA PURIFICAÇÃO


Começa a 24 de Janeiro e termina a 1° de Fevereiro.

1° Dia: Oh! Maria Santíssima, puríssimo espelho de


todas as virtudes, vós que sendo a mais pura de todas
as virgens, quisestes, apenas terminados os quarenta
dias depois do vosso parto, apresentar-vos, segundo a
lei. no templo, para serdes purificada; fazei, Senhora,
que à vossa imitação, também nós conservemos nosso
coração puro de toda a culpa, e mereçamos assim ser
apresentados no templo da glória. Ave Maria.
2° Dia: Oh! Virgem obedientíssima, que apre-
sentando-vos no templo, quisestes oferecer o
costumado sacrifício, segundo o uso de todas as outras
mulheres; fazei. Senhora, que também nós, a vosso
exemplo, saibamos oferecer a Deus, o sacrifício de nós
mesmos, pela continua prática das virtudes. Ave Maria.

- 286 -
3° Dia: Oh! puríssima Virgem, que obser-vando o
preceito da lei, não atendestes a que os homens vos
reputassem imunda; alcançai-nos a graça de conservar
o nosso coração sempre puro, ainda que por isso
houvéssemos de parecer culpados aos olhos do mundo.
Ave Maria.
4° Dia: Oh! Santíssima Virgem, que ofere-cendo vosso
divino Filho ao Eterno Pai agradastes a todo o Céu:
apresentai a Deus o •nosso pobre coração para que Ele,
com sua graça, no-lo preserve sempre do pecado
mortal. Ave Maria.
5° Dia: Oh! humilíssima Virgem, que entre-gando Jesus
nas mãos do santo Velho Simeão lhe enchestes o
espírito de celeste suavidade: entregai nosso coração a
Deus, para que o encha todo de seu santo espírito. Ave
Maria.
6° Dia: Oh! diligentíssima Virgem, que res-gatando,
segundo a lei, vosso Filho Jesus Cristo, cooperastes
para a salvação do mundo: resga-tai nosso pobre
coração da escravidão do pecado, para que seja sempre
puro diante de Deus. Ave Maria.
7° Dia: Oh! clementíssima Virgem, que ou-vindo de
Simeão a profecia das vossas dores, vos resignastes
prontamente às disposições de Deus: fazei que também
nós, sempre resignados à divina vontade, suportemos
com paciência todas as tribulações. Ave Maria.
8° Dia: Oh! piedosíssima Virgem, que en-chendo por
meio do vosso divino Filho a profetiza Ana de luz
celestial, fizestes que ela exal-tasse as misericórdias de
Deus, reconhecendo a Jesus como Redentor do mundo:
enchei da graça do Céu o nosso espírito, para que
possa-mos gozar o fruto copioso da divina Redenção.
Ave Maria.

- 287 -
9° Dia: Oh! Resignadíssima Virgem, que pre-vendo a
dolorosa paixão sde vosso Filho, sen-tistes vossa alma
transpassada de dor, e co-nhecendo a aflição de vosso
Esposo José por vossas angústias, com santas palavras
o conso-lastes transpassai nossa alma com uma ver-
dadeira dor de tantos pecados pela qual possamos ter a
consolação de participar da vossa glória no paraíso.
Ave Maria.

ORAÇÃO A NSA. SRA. DA PURIFICAÇÃO


300d CD. Plen. na Festa (2 de fev) ou na Oitava.

V. Revelou o Espírito Santo a Simeão:


R. Que não veria a morte, sem ter visto o Cristo do
Senhor.
Oremos: Onipotente e eterno Deus, imploramos da
vossa majestade que assim como o vosso unigênito
Filho foi apresen-tado no templo, depois de ter tomado
a substância da nossa carne, do mesmo modo sejamos
levados à vossa presença com as almas puras de todo o
pecado. Pelo mesmo Cristo Senhor nosso.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO LORETO


Novena de 1 a 9 de Dezembro. Festa dia 10.

Oh! Maria, Virgem Imaculada e Mãe nossa Santíssima,


prostados em espírito junto de vossa Santa Casa,
transportaram sobre a ditosa colina de Loreto, cheios
de confiança em vós Mãe Santíssima, humildemente
elevamos a nossa prece: Entre aqueles santos muros
vós fostes concebida sem pecado e mais bela que a
Aurora viestes à luz; na oração e no amor o mais
sublime, passastes os dias de vossa infância e

- 288 -
juventude; aí fostes saudada pelo Anjo, Bendita entre as
mulheres e vos tornastes Mãe de Deus; por tudo isso,
Oh! Maria, vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
humildes filhos vossos, peregrinos neste vale de
lágrimas e concedei-nos todas as graças que vos
pedimos; abençoai nossas famílias, consolai nossos
dœntes, dirigi os nossos passos para a bem-
aventurança eterna onde possamos vos saudar com o
Anjo: Ave Maria... Amém.
Nossa Senhora de Loreto, rogai por nós.

A NOSSA SENHORA DE NAZARÉ


Padroeira do Acre, Rondônia e Pará.
Novena de 23 a 31 de agosto. Festa 1 de setembro.

Coleta da Missa: Deus, que os dignastes nascer em


Belém, por nós, do ventre intacto da bem-aventurada
Virgem Maria, concedei-nos a graça de aprticiparmos
dos frutos da nossa redenção, coadjuvvados peos
méritos e preces da vossa Mãe. Vós que viveis e reinais
por todos os séculos dos séculos. Amém.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA PENHA


Padroeira do Estado do Espírito Santo.
Novena de 23 a 31 de agosto. Festa 1 de setembro.

Do ofertório da Missa: Recordai, oh! Virgem Mãe, na


presença de Deus, de falar bem a nosso respeito,
afastando assim de nós a Sua justa inignação.

Antífona da Comunhão: Digníssima Rainha do


mundo, Maria, sempre Virgem, intercedei pela nossa

- 289 -
paz e salvação; Vós que gerastes a Cristo Senhor e
Salvador de todos.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA ABADIA


Padroeira do Estado de Mato Grosso do Sul.
Novena de 5 a 14 de Agosto. Festa dia 15.

Oh! Senhora da Abadia, filha dileta de Deus Pai, Mãe de


Jesus, nosso Salvador, Esposa do Espírito Santo, eis-me
aqui diante de vossa imagem, para consagrar-me
inteiramente a Vós. Trago-vos, Senhora, minha vida,
meu trabalho, meus sofrimentos e alegrias, tudo o que
tenho e sou, para oferecer a vosso Filho por vossas
mãos de Mãe. Sou todo vosso, Oh! Maria.
Peço vossa proteção para nunca abandonar a fé
Católica, traindo a Jesus. Dai-me força para cumprir os
Mandamentos e os conselhos do Vosso Filho e assumir
minha responsabilidade de cristão. Oh! Senhora da
Abadia, aceitai-me como coisa e propriedade Vossa e
guardai-me sob o vosso manto protetor. Amém.

NOVENA A NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE


Padroeira do Estado do Tocantins
De 30 de agosto a 7 de Setembro. Festa no dia 8.

Nós vos saudamos, celeste Menina, pomba candíssima


de pureza que para vergonha do infernal dragão, fostes
concebida sem pecado original.
Ave Maria.
V. A Santa Mãe de Deus foi exaltada.
R. Sobre os coros dos Anjos aos celestes reinos.
Oremos: Dignai-vos, Senhor, dar o perdão aos delitos
de vossos servos; e, pois que por nossas ações não

- 290 -
podemos agradar-vos, disponde que sejamos salvos
pela mediação da Mãe de vosso Filho, Nosso Senhor. O
qual convosco vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amém.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA AUXILIADORA


Novena de 16 a 23 de Maio. Festa dia 24.

ORAÇÕES DAS IIAS VÉSPERAS

Hino
1. Todas as vezes que o povo de Deus se encontra
opresso pelas cruéis armas do inimigo maligno, logo a
Virgem piedosa e Auxiliadora se apressa em socorrê-lo.
2. Disto são eloquente testemunho os monumentos dos
nossos maiores e os tmeplos carregados de magníficos
despojos e as festas anualmente celebradas, com
renovado fervor.
3. Seja-nos lícito exprimir com melodias novas a nossa
gratidão a Maria pelos novos benefícios e por toda a
parte se espalhe o nosso aplauso.
4. Oh dia feliz, digno de memória, no qual a sede de
Pedro, depois de tanto tempo, recebeu felizmente, o
Mestre da Fé.
5. Virgens puras, crianças inocentes, clero e povo,
exultai; e cantai agradecidos os benefícios da Rainha do
Céu.
6. Virgem das virgens, Mãe bendita de Jesus, aumentai
estes benefícios. Concedei, vos pedimos, que o Papa Pio
conduza o rebanho às pastagens celestes.
Eternamente vos louvamos, oh! Trindade, digna de
sumo louvor: Os nossos espíritos vos prestam a

- 291 -
homenagem de fé e as nossas línguas a honra do
louvor. Amém.

Antífona: Santa Maria, socorrei os pobres, ajudai os


fracos, consolai os que choram, rogai pelo povo,
protegei o clero, intercedei pelas muheres consagradas
a Deus: sintam a vossa proteção todo aquele que
implora o vosos santo auxílio, aleluia.

Oração: Deus onipotente e misericordioso que, para


defesa do povo cristão, concedestes perpétuo e
admirável auxílio na pessoa da virgem Maria,, daí
propício, a graça de vencer na última hora o infernal
inimigo àqueles que presentemente lutam sob tão
grande patrocínio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso
Filho que convosco vive e reina, na unidade do Espírito
santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

A NOSSA SENHORA DO DESTERRO


Padroeira do Estado de Santa Catarina
Novena de 8 a 16 de fevereiro. Festa no dia 17.

Coleta da Missa: Oh! Deus, socorro dos que em Vós


esperam, que Vos dignastes subtrair o vosso Unigênito e
Redentor nosso do furor de Herodes levando-o para o
Egito: concedei aos Vossos servos a graça de serem
preservados de todos os perigos do corpo e da alma, por
intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria, e de
chegarem à pátria celeste. Pelo mesmo Cristo, Senhor
Nosso. Amém.

PEQUENA SÚPLICA A NOSSA SENHORA DO ROCIO


Padroeira do Estado do Paraná.

- 292 -
Novena de 5 a 14 de Novembro. Festa dia 15.

Querida Mãe Nossa Senhora do Rosário do Rocio, Vós


que nos amais e nos guiais todos os dias, vós que sois a
mais bela das Mães, a quem eu amo de todo o meu
coração. Eu vos peço mais uma vez que me ajudeis a
alcançar a graça que Vos peço. Amém.

A NOSSA SENHORA DAS NEVES


Padrœira do Estado da Paraíba
Novena de 26 de Julho a 4 de Agosto. Festa dia 5
(Dedicação da Basílica).

Intróito próprio da Dedicação duma Igreja: É


terrível este lugar; é a casa de Deus e a porta do Céu; e
será chamada a habitação do Senhor. Sl LXXXIII, 2-3.
Como são amáveis os vossos tabernáculos, oh! Deus
dos exército! A minha alma desfalece de alegria nos
átrios do Senhor. Gloria ao Pai.
Intróito de Nossa Senhora das Neves: Salve, Mãe
Santa, Mãe que destes à luz o Rei que governa o Céu e a
Terra por todos os séculos dos séculos.

NOVENA A NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO


De 23 de Junho a l° de Julho. Festa dia 2

1. Oh! Virgem Maria, que movida do Espí-rito Santo,


vos pusestes a caminho para visitar vossa prima Sta.
Isabel, afim de que a pre-sença do Verbo incarnado
livrasse o Batista do pecado original: alcançai-me do
mesmo vosso Filho perdão de todos os meus pecados, e
um tal horror a eles que nunca torne a cometê-los para
o futuro. Ave-Maria.

- 293 -
2. Oh! Virgem Maria, que ouvindo a inspi-ração de
Deus, não duvidastes fazer uma jornada de tantas
léguas e por ásperos caminhos: alcançai-me pronta
obediência a todas as inspirações do vosso divino
Filho. Ave-Maria.
3. Oh! Virgem Maria, que na vossa jornada nos
ensinastes o recolhimento, a modéstia e a paciência,
guiai-nos pelo caminho da virtude até ã glória do
paraíso. Ave-Maria.
4. Oh! Virgem Maria, que enchestes de tantas graças a
casa de vossa prima: enchei o meu coração de todas as
graças necessárias para receber vosso Filho sacra-
mentado com menos indignidade. Ave-Maria.

V. Bendita sois vós entre as mulheres.


R. E bendito é o fruto do vosso ventre.

Oremos: Suplicamo-vos, Senhor, que concedais a


vossos servos o dom da vossa divina graça, para que,
como no parto da Virgem bem-aventurada rece-beram
o princípio da sua salvação, assim a fes-ta da sua
Visitação lhes confira o aumen-o da paz. Por Cristo
Nosso Senhor. Amém.

NOVENA A NOSSA SENHORA DA ANUNCIAÇÃO


De 16 a 24 de março. Festa dia 25.

1. Oh! Maria, que fostes escolhida por Deus entre todas


as mulheres para serdes a Mãe do Redentor: alcançai-
me a graça de pertencer ao número dos escolhidos que
hão de gozar no Céu os frutos da Redenção. Ave Maria.
2. Oh! Maria, que sendo escolhida para Mãe de Deus,
preferistes a esta excelsa dignidade a vossa virgindade,

- 294 -
e só quando o Anjo vos assegurou que com ser Mãe não
deixaríeis de ser Virgem, anuístes à sua proposta:
concedei-me um amor tão grande â pureza, que por
nenhum bem deste mundo eu consinta em vir a perdê-
la. Ave Maria.
3. Oh! Maria, que sendo escolhida para Mãe de Deus,
vos oferecestes para ser a sua escrava, fazei que eu me
tenha sempre na conta de um servo de Deus.
cumprindo com exatidão a sua santa lei. Ave Maria.
V. O Verbo divino incarnou.
R. E habitou entre nós.
Oremos: Infundi, Senhor, como vos pedimos, a vossa
graça em nossas almas; para que nós, que pela
anunciação do Anjo conhe-cemos a Incarnação de
Cristo vosso Filho, pela sua Paixão e morte de Cruz
sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo
mesmo Cristo, Senhor Nosso.
R. Amen.

A NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO


Padroeira do Estado de São Paulo.

PRECE DE PIO XII

Oh! Virgem Imaculada, Mãe de Deus e Mãe dos


homens: Cremos, com todo o fervor de nossa fé, em
vossa assunção triunfal em corpo e alma ao céu, onde
sois aclamada Rainha por todos os coros dos Anjos e
todas as legiões de Santos, e a eles nos unimos para
louvar e bendizer o Senhor, que vos exaltou sobre
todas as demais criaturas, e para vos oferecer as
expansões da nossa devoção e do nosso amor.

- 295 -
Sabemos que o vosso olhar, que maternalmente
acariciava a humilde e sofredora humanidade de Jesus
na terra, sacia-se no céu na contemplação da gloriosa
humanidade da Sabedoria incriada, e que o gozo da
vossa alma, ao contemplar face a face a Trindade
adorável, vos faz palpitar o coração de beatífica
ternura. E nós, pobres pecadores, a quem o corpo
dificulta o voo da alma, vos suplicamos que purifiqueis
os nossos sentidos, a fim de que aprendamos, já nesta
terra, a deleitar-nos em Deus, somente em, Deus, no
encanto das criaturas.
Temos a certeza de que os vossos olhos
misericordiosos se volverão sobre as nossas misérias e
angústias, sobre as nossas lutas e fra-quezas; que os
vossos lábios sorrirão às nossas alegrias e às nossas
vitórias; que ouvireis Jesus dizer-vos de cada um de
nós, como já o disse de seu discípulo amado: Eis aí teu
filho. E nós que vos chamamos nossa Mãe, vos
tomamos, como João, por nosso guia, força e consolo
em nossa vida mortal.
Temos a vivificante certeza de que os vossos olhos, que
derramaram lágrimas sobre a terra irrigada pelo
sangue de Jesus, se vol-verão ainda sobre este mundo,
presa das guer-ras, perseguições e opressão dos justos
e fra-cos. E nós, em meio às trevas deste vale de
lágrimas, esperamos da vossa luz celestial e da vossa
doce piedade consolo para as aflições dos nossos
corações, para as provações da Igreja e da nossa Pátria.
Cremos, finalmente, que na glória, onde reinais,
revestida do sol e coroada de estrelas, sois. depois de
Jesus, a alegria e o júbilo de todos os Anjos e de todos
os Santos. E nós, desta terra onde somos peregrinos,
confortados pela fé numa futura ressurreição,

- 296 -
volvemos nossos olhos para vós, nossa vida, nossa do-
çura e nossa esperança. Atrai-nos com a sua-vidade da
vossa voz, para mostrar-nos um dia. depois do nosso
exílio, Jesus, bendito fruto do vosso ventre, Oh!
Clemente, Oh! Piedosa, Oh! Doce Virgem Maria.
Rainha assunta ao céu, rogai por nós.

NOVENA A NSA. SRA. DA ASSUNÇÃO


De 5 a 14 de Agosto. Festa dia 15.

1. Oh! SS. Virgem que, para vos preparardes para uma


santa morte, vivestes em contínuos desejos da visão
beatífica: fazei que se apar-tem de nós os vãos desejos
das coisas caducas da terra. Ave Maria.
2. Oh! Ssma. Virgem, que, para vos preparardes para
uma santa morte, suspirastes na vida por vos unirdes
para sempre com vosso Filho; alcançai-nos que
vivamos sempre fiéis ao mesmo Senhor até a morte.
Ave Maria.
3. Oh! SSma. Virgem, que, para morrer santamente,
ajuntastes um imenso cúmulo de méritos e virtudes:
alcançai-nos a graça de co-nhecermos que só a virtude
com a graça de Deus é a estrada que pode conduzir-nos
à salvação. Ave Maria.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA CONSOLAÇÃO


Festa no domingo após 28 de agosto (Sto Agostinho).

Lembrai-vos, Oh! Puríssima Virgem Maria da


Consolação, do poder ilimitado que vos deu nosso
divino Filho, Jesus, sobre o seu Coração adorável. Cheio
de confiança na onipotência de vossa intercessão,
venho implorar o vosso auxílio. Tendes em vossas

- 297 -
mãos a fonte de todas as graças que brotam do Coração
amabilíssimo de Jesus Cristo; abrí-a em meu favor;
concedendo-me a graça que ardentemente vos peço.
Não quero ser o único por vós rejeitado; sois minha
Mãe; sois a soberana do Coração de vosso divino Filho.
Atendei, pois, benignamente a minha súplica; volvei
sobre mim vossos olhos misericordiosos e alcançai-me
a graça... que agora fervorosamente vos imploro.
Amém.

NOVENA A NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO


Padrœirado Estado do Rio Grande do Norte
De 12 a 20 de Novembro. Festa dia 21.

1. Seja bendita, Oh! Maria, a prontidão de ânimo com


que tão infantinha vos apresentastes no templo.
Suplico-vos, Virgem Santíssima, me alcanceis de vosso
Filho a graça de servi-lo sempre até à morte.
Ave Maria.
2. Seja bendito, Oh! Maria, o fervor de espírito com que
soubestes servir e dar gosto a Deus. Suplico-vos.
Virgem Santíssima, me alcanceis de vosso Filho a graça
de me dar com toda a alma ao seu serviço. Ave Maria.
3. Seja bendita, Oh! Maria, a plenitude da perfeição
com que tão cedo vos fizestes modelo completo de
santidade. Suplico-vos, Virgem Santíssima, me
alcanceis de vosso Filho a graça de aborrecer sempre a
culpa e amar de todo o coração a virtude.
Ave Maria.

V. Concedei-me que vos louve, Virgem Sagrada.


R. Dai-me valor contra os vossos inimigos.

- 298 -
Oremos: Oh! Deus, que quisestes se apresentar neste
dia no templo a bem-aventurada sempre Virgem Maria,
hábitáculo do Espírito Santo: concedei-nos que por sua
intercessão mereçamos ser apresentados no templo da
vossa glória. Por Cristo, Nosso Senhor.
R. Amen.

NOVENA A NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO


De 17 a 25 de Abril. Festa dia 26.
100d. CD. (Leão XII, 23, Nov., 1880)

Oh! Virgem gloriosíssima, escolhida pelo Conselho


eterno para serdes Mãe do Verbo divino incarnado,
tesoureira das graças divinas e advogada dos
pecadores: eu. o mais indigno dos vossos servos, a vós
recorro, para que vos digneis ser minha guia e meu
conselho neste vale de lágrimas. Alcançai-me pelo
preciosíssi-mo sangue de vosso divino Filho o perdão
dos meus pecados, a salvação da minha alma, e os
meios necessários para a conseguir. Alcançai para a
Santa Igreja o triunfo sobre os seus inimigos e a
dilatação do reino de Jesus Cristo em todo o mundo.
Amém.
Três vezes a Ave Maria.

NOVENA A NOSSA SENHORA DE LOURDES


De 2 a 10 de fevereiro. Festa dia 11.

Primeiro dia: Recolhimento


Oh! Virgem puríssima, que vos dignastes aparecer a
Bernadete em lugar solitário para nos lembrar que no
retiro é que vosso Filho se comunica às nossas almas:
alcançai-nos o espírito de recolhimento necessário

- 299 -
para viver-mos uma vida de fervor e merecer-mos a
graça da bem-aventurança eterna.

Segundo dia: Inocência.


Oh! Virgem puríssima, que vos dignastes parecer toda
resplandecente de luz, doçura e bondade, a uma
inocente menina que vos con-templava em êxtase:
alcançai-nos do inocentíssimo Jesus, vosso Filho, que
conservemos até à morte a inocência batismal, ou a
repare-mos pela penitência se tivermos a desdita de
perdê-la pela culpa.

Terceiro dia: Pobreza.


Oh! Virgem puríssima, que escolhendo para as vossas
aparições uma menina pobre, nos quizestes significar o
amor à pobreza temporal, cujos efeitos partilhastes
com vosso divino Filho: alcançai-nos de Jesus um
verdadeiro espírito de pobreza, que nos faça dignos
das recompensas a ele prometidas.

Quarto dia: Humildade.


Oh! Virgem puríssima, que aparecendo à ignorada
Bernadete, nos ensinastes quanto prezais a humildade:
alcançai-nos de vosso Filho a graça de conhecermos
bem o que somos, para que, desprezando-nos como
merecemos, nos façamos mais semelhantes a Jesus
Cristo, humilhado até à morte de cruz.

Quinto dia: Desprezo do mundo.


Oh! Virgem puríssima, que proibindo a Ber-nadete
beber no Gave e mandando-a procurar a vossa fonte
nos destes, a nós também, dupla lição: alcançai-nos de
Jesus desprezo eficaz do mundo e de seus falsos bens e

- 300 -
desejo cada vez mais ardente de beber da fonte de água
viva que brota para a vida eterna.

Sexto dia: Penitência.


Oh! Virgem puríssima, que por três vezes inculcastes à
inocente Bernadete a penitência, ensinando-nos
quanto devemos amá-la e prati-cá-la: alcançai-nos de
Jesus crucificado uma grande e íntima dor de nossas
culpas e o santo ódio de nós mesmos, .para que, na via
estreita e em frutos dignos de penitência, mereçamos a
vida eterna.

Sétimo Dia: Constância nas provas.


Oh! Virgem puríssima, que provando tanto a inocente
Bernadete nos mostrastes que mes-mo os santos e
fervorosos não são isentos de tribulação: alcançai-nos
de vosso Filho que le-vemos com resignação e alegria
as cruzes des-ta vida, para que semelhantes a Ele na
Paixão o sejamos também na glória.

Oitavo dia: Esperança.


Oh! Virgem puríssima, esperança nossa, que com um
sorriso de inefável doçura enlevastes a Bernadete e lhe
destes uma prelibação da bemaventurança do Céu;
volvei-nos do vosso trono de misericórdia um olhar de
Mãe, para alcançarmos a misericórdia prometida a
quem deposita em vós toda a sua confiança.

Nono dia: o Céu.


Oh! Virgem puríssima, que prometendo a Bernadete
fazê-la bem-aventurada na vida fu-tura, a assegurastes
da sua predestinação; al-cançai-nos de vosso divino
Filho graça abun-dante para lhe sermos fiéis na vida,

- 301 -
não desmerecermos o dom da perseverança final e can-
tarmos assim um dia as suas e vossas glórias na bem-
aventurança eterna.

Oração Final para todos os dias:


Três Ave-Marias com a jaculatória:
V. Nossa Senhora de Lourdes.
R. Rogai por nós.
V. Deus omnípotens prӕcínxit me virtude:
R. Et pósuit immacula-tam viam meam.

Oremos: Deus, qui per ímmaculátam Virginis


Conceptiónem dignam Filio tuo habitáculum
prӕeparásti: súpplices a te quaӕsumus; ut ejusdem
Virginis apparitiónem celebrantes, salutem mentis et
córporis consequámur. Per eumdem Chrístum
Dominum nostrum.
R. Amen.
V. Deus onipotente revestiu-me de valor.
R. E fez imaculado o meu caminho.

Oremos: Oh! Deus, que pela Conceição Imaculada da


Virgem Maria prepa-rastes a vosso Filho digna
habitação: humildemente vos suplicamos que cele-
brando a aparição da mesma Virgem, alcance-mos a
saúde da alma e do corpo. Pelo mesmo Cristo, Senhor
nosso. R. Amen.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA VITÓRIA


Padroeira Principal dos Estados de Piauí e Maranhão

Oh! Minha Mãe amorosíssima, Senhora das Vitórias,


eis-me aqui aos vossos pés para implorar o vosso

- 302 -
patrocínio. Não ignoreis a graça que com tanta
confiança vos imploro. Atendei as minhas súplicas. Se
qualquer mãe aqui na terra acode solícita ao filho, não
o fareis também Vós Oh! Maria? Deixareis que triste e
desatendido de vós se aparte o vosso Filho? Nem me
objeteis, Oh! Senhora minha que com as lágrimas que
eu derramaria, melhormente eu seria recompensado
na vida futura. Tão Poderosa como sois, pela graça bem
podeis dispensar as angústias momentâneas do vosso
filho. Relevai-as, pois, sem prejuízo de minha salvação
excitando ao mesmo tempo em meu coração os
sentimentos da mais piedosa gratidão e as chamas da
mais ardente caridade para que assim possa atingir a
mais alta perfeição. Concedei-me, portanto, Oh! Mãe
amorosissíma a graça que vos Suplico. Amém.

A NOSSA SENHORA DAS DORES

NOVENA DE NSA. SRA. DAS DORES


De 5 a 14 de Setembro. Festa dia 15.

1. Rainha dos mártires, dolorosa Maria, pela acerba dor


que vos trespassou o Coração, quando Simeão vos
predisse a ignominiosa paixão e morte de vosso amado
Filho, suplico-vos me alcanceis um perfeito
conhecimento de meus pecados e a firme resolução de
nunca mais os cometer.
Ave Maria.
2. Rainha dos mártires, dolorosa Maria, pela intensa
dor que tivestes ao saber a cruel perseguição de
Herodes, e na fuga súbita, com vosso Filho, para o
Egito, suplico-vos me alcanceis auxilio eficaz para

- 303 -
superar os assaltos do inimigo infernal, e generosa
fortaleza para evitar as ocasiões de pecado.
Ave Maria.
3. Rainha dos mártires, dolorosa Maria, pela
penetrante dor que vos feriu quando perdestes no
templo o vosso querido Filho, que andastes
procurando três amargos dias, suplico-vos me
alcanceis força e constância para nunca perder a graça
de Deus e perseverar até ao fim em seu divino serviço.
Ave Maria.
4. Rainha dos mártires, dolorosa Maria, pela ansiosa
dor que sentistes quando vos deram a nova da prisão
no Horto e dos bárbaros tratamentos infligidos a vosso
dulcíssimo Filho, Suplico-vos me alcanceis perdão das
minhas culpas e pronta correspondência ao chama-
mento de Deus.
Ave Maria.
5. Rainha dos mártires, dolorosa Maria, pela veemente
dor que vos amargurou quando encontrastes vosso
Filho exausto de forças no caminho do Calvário,
suplico-vos me alcanceis força bastante para sofrer
com paciência as adversidades, e resignar-me em tudo
às divinas disposições.
Ave Maria.
6. Rainha dos mártires, dolorosa Maria, pela imensa
dor que sofrestes quando assististes à penosa
crucifixão de vosso inocen-tíssimo Filho, suplico-vos
me alcanceis a graça de não morrer sem os santos
sacramentos e expirar em vossos amorosíssimos
braços.
Ave Maria.
7. Rainha dos mártires, dolorosa Maria, pela extrema
dor que vos oprimiu quando vistes morto e sepultado o

- 304 -
vosso amabilíssimo Filho, suplico-vos me alcanceis um
total desa-pego de todos os afetos terrenos e um
ardentíssimo desejo de ir louvar-vos para sempre no
Céu.
Ave Maria.

V. Rogai por nós, Virgem dolorosíssima:


R. Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.

Oremos: Interceda por nós ante a vossa clemência,


Senhor Jesus Cristo, agora e na hora da nossa morte a
bem-aventurada Virgem Maria, vossa Mãe, cuja
sacratíssima alma trespassou uma espada de dor na
hora da vossa Paixão. Por vós mesmo Jesus Cristo
Salvador do mundo, que viveis e reinais por todos os
séculos dos séculos. Amém.

SEPTENÁRIO
Começa na sexta-feira antes do domingo da Paixão e
termina na Quinta-Feira seguinte.
300d. CV. (Pio VII, 14 de Jan. 1815)

1. Eu me compadeço de Vós, Oh! Virgem dolorosa, por


aquela aflição que o vosso terno Coração sofreu na
profecia do santo velho Simeão. Minha querida Mãe,
por vosso Coração tão magoado alcançai-me a virtude
da humil-dade e o dom do santo temor de Deus.
Ave Maria.
2. Eu me compadeço de vós; Oh! Virgem dolorosa, por
aquelas angústias que o vosso sensibilissímo Coração
sofreu na fuga e permanência no Egito. Minha querida
Mãe, por vosso angustiado Coração alcançai-me a

- 305 -
virtude da liberalidade, especialmente para com os
pobres, e o dom da piedade.
Ave Maria.
3. Eu me compadeço de vós, Oh! Virgem dolorosa, por
aquela agonia que o vosso solicito Coração sentiu na
perda do vosso Jesus. Minha querida Mãe, por vosso
Coração tão vivamente comovido, alcançai-me a
virtude da castidade e o dom da ciência.
Ave Maria.
4. Eu me compadeço de vós, Oh! Virgem dolorosa, por
aquela consternação que o vosso materno Coração
sentiu ao encontrardes o vosso Filho com a cruz às
costas. Minha querida Mãe, pelo vosso amoroso
Coração por tal modo atormentado, alcançai-me a
virtude da paciência e o dom da fortaleza.
Ave Maria.
5. Eu me compadeço de vós, Oh! Virgem dolorosa, por
aquele martírio que o vosso generoso Coração padeceu
ao assistirdes a Jesus agonizante. Minha querida Mãe,
pelo vosso Coração a tal extremo martirizado alcançai-
me a virtude da temperança e o dom do conselho.
Ave Maria.
6. Eu me compadeço de vós, Oh! Virgem dolorosa, por
aquela ferida que o vosso piedoso Coração sofreu na
lançada que rasgou o lado do vosso Filho e abriu o seu
amabilíssimo Co-ração. Minha querida Mãe, pelo vosso
Coração de tal maneira transpassado, alcançai-me a
virtude da caridade fraterna e o dom do entendimento.
Ave Maria.
7. Eu me compadeço de vós, Oh! Virgem dolorosa, por
aquela amargura que o vosso Coração amantíssimo
sofreu na sepultura do vosso Jesus. Minha querida Mãe,
pelo vosso santo Coração excessivamente aflito,

- 306 -
alcançai-me a virtude da diligência e o dom da
sapiência.
Ave Maria.
Oração como na Novena.

LADAINHA DE NSA. SRA. DAS DORES


Composta para uso privado por SS. Pio VII no cativeiro.
Ind. Plen. nas sextas-feiras rezando-se ao final um Credo,
Salve Rainha e Três Ave-Marias.

Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de


nós.
Christe, eleison. Jesus Cristo, tende pieda-
de de nós.
Kyrie, eleison. Senhor, tende piedade de
nós.
Christe, audi nos. Jesus Cristo , ouvi-nos.
Christe, exaudi nos. Jesus Cristo , escutai-nos.
Pater de cӕlis, Deus, Pai Celestial que sois Deus,
miserere nobis. tende piedade de nós.
Fili, Redemptor mundi, Filho Redentor do mundo
Deus, que sois Deus,
Spiritus Sancte Deus, Espírito Santo que sois
Deus,
Sancta Trinitas, unus Santísisma Trindade, que
Deus, sois um só Deus,
Sancta Maria, Santa Maria,
ora pro nobis. rogai por nós.
Sancta Dei Genetrix, Santa Mãe de Deus,
Sancta Virgo virginum, Santa Virgem das Virgens,
Mater crucifixa, Mãe Crucificada,
Mater dolorosa, Mãe Dolorosa,
Mater lacrimosa, Mãe Chorosa,

- 307 -
Mater afflicta, Mãe Aflita,
Mater derelicta, Mãe Desamparada,
Mater desolata, Mãe abandonada,
Mater filio orbata, Mãe orfã de Filho,
Mater gladio transverbe- Mãe trespassada pela es-
rata, pada,
Mater ӕrumnis confecta, Mãe feita de amarguras,
Mater angustiis repleta, Mãe repleta de angústias,
Mater cruci corde affixa, Mãe com coração à cruz
pregado,
Mater mӕstissima, Mãe Tristíssima,
Fons lacrimarum, Fonte de lágrimas,
Cumulus passionum, Cúmulo de tormentos,
Speculum patientiӕ, Espelho de paciência,
Rupes constantiӕ, Rocha de constância,
Ancora confidentiӕ, Âncora de confiança,
Refugium derelictorum, Refúgio dos desgraçados,
Clipeus oppressorum, Escudo dos oprimidos,
Debellatrix incredulorum, Vencedora dos incrédulos,
Solatium miserorum, Lenitivo dos miseráveis,
Medicina languentium, Remédio dos desfalecidos,
Fortitudo debilium, Fortaleza dos fracos,
Portus naufragantium, Porto dos que naufragam,
Sedatio procellarum, Bonança das tempestades,
Recursus mӕrentum, Recurso dos tristes,
Terror insidiantium, Terror dos insidiosos,
Thesaurus fidelium, Tesouro dos fiéis,
Oculus Prophetarum, Olho dos profetas,
Baculus Apostolorum, Báculo dos apóstolos,
Corona Martyrum, Coroa dos mártires,
Lumen Confessorum, Luz dos confessores,
Margarita Virginum, Pérola das virgens,
Consolatio Viduarum, Consolação das viúvas,

- 308 -
Lӕtitia Sanctorum omni- Alegria de todos os santos,
um,
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus que apa-
peccata mundi, parce gais os pecados do mundo,
nobis Iesu.- perdoai-nos Jesus.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus que apa-
peccata mundi, exaudi gais os pecados do mundo,
nobis, Iesu. ouvi-nos Jesus.
nobis, Iesu. Agnus Dei, Cordeiro de Deus que apa-
qui tollis peccata mundi, gais os pecados do mundo,
miserere nobis, Iesu. tende misericórdia de
nós Jesus.
Respice super nos, libera Dignai-vos volver sobre
nos, salva nos ab omnibus nós vossos olhos: Livrai-
angustiis in virtute Iesu nos, salvai-nos de todos os
Christi. trabalhos e misérias desta
Amen. vida em virtude de Jesus.
Oremus: Scribe, Domine, Amém.
vulnera tua in corde meo, Oremos: Escrevei, Senhor,
ut in eis legam dolorem et Vossas Chagas no meu
amorem: dolorem, ad sus- coração, para que nelas eu
tinendum per te omnem leia a dor e o amor. A dor
dolorem: amorem, ad para suster por vós toda
contemnendum per te dor, e o amor para deixar
omnem amorem. por vós qualquer amor.
Amen. Amém.

AO CORAÇÃO IMACULADO

“[Deus] quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu


Imaculado Coração. A quem a abraçar prometo a
salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como
flores postas por Mim a adornar o Seu Trono.”

- 309 -
(Nossa Senhora à Ir. Lúcia, Fátima, 13 de junho de 1917)

ATO DE CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE MARIA


3a. CD. PM.

Maria, Virgem poderosa e Mãe de misericórdia, Rainha


do Céu e refúgio dos pecadores, nós nos consagramos
ao Vosso Coração Imaculado.
Nós vos consagramos o nosso ser e nossa vida inteira,
tudo o que temos, tudo o que amamos, tudo o que
somos. A Vós nossos corpos, nossos corações, nossas
almas. A Vós nossos lares, nossas famílias, nossa Pátria.
Queremos que tudo em nós, tudo o que nos rodeia vos
pertença e participe dos benefícios de vossas bênçãos
maternais. E para que esta consagração seja realmente
eficaz e duradoura, nós renovamos hoje a vossos pés,
Maria, as promessas do nosso batismo e da nossa pri-
meira Comunhão.
Nós nos comprometemos a professar cora-josamente e
sempre as verdades da Fé, a viver como católicos
inteiramente submissos a todas as ordens do Papa e
dos Bispos que estão em comunhão com Ele. Nós
prometemos observar os Mandamentos de Deus e da
Igreja, e parti-cularmente, a santificação do Domingo.
Nós prometemos arraigar na nossa vida, quanto nos for
possível, as consoladoras práticas da religião cristã e
principalmente a sagrada comu-nhão. Nós vos
prometemos finalmente, gloriosa Mãi de Deus e Mãe
carinhosa dos homens, pôr todo o nosso coração ao
serviço do vosso culto bendito afim de apressar, de
assegurar, pelo Reino do Vosso Imaculado Coração, o
Rei-no do Coração de vosso Filho adorado, nas nossas

- 310 -
almas e em todas as almas, na nossa Pátria querida e
no mundo inteiro, assim na Terra como no Céu. Amém.

CONSAGRAÇÃO DA FAMÍLIA

A sociedade e a Igreja serão o que forem as famílias. Pio


XII afirmava: “O nosso pensamento se dirige igualmente
às famílias católicas, para exortá-las insistentemente
para que se mantenham fiéis à sua insubstituível missão
na sociedade. Que se consagrem ao Imaculado Coração
de Maria. Este ato de piedade será para os esposos uma
ajuda espiritual preciosa na prática dos deveres de
castidade e de fidelidade conjugais; conservará na sua
pureza a atmosfera do lar no qual crescem os filhos; e
mais ainda, fará da família, vivificada pela sua devoção
mariana, uma célula viva da regeneração social e da
penetração apostólica”.

Preparação:
Rezar em família a novena que terminará no mesmo dia
da consagração. Procurar confessar-se nesse dia. Assistir
à Missa e comungar no mesmo dia da consagração.
Cerimônia:
Colocada no lugar principal da casa uma imagem ou
quadro do Imaculado Coração de Maria, se rezará
diante dela o Santo Terço, depois do qual o pai de
família pronunciará o ato de consagração em nome de
todos. Uma vez terminado, o sacerdote dará a sua
benção.
Cada mês, no dia do aniversário da consagração:
Colocar-se-á nesse dia a imagem ou quadro da Virgem
Maria num lugar privilegiado, com flores e uma vela.

- 311 -
Quando for possível, toda a família reunida reze as
Saudações a Nossa Senhora.
Cada ano, no dia do aniversário da consagração:
Renovar-se-á o ato de consagração, depois das
Saudações a Nossa Senhora.

Ato de consagração
Oh! Maria, Virgem poderosa e Mãe de misericórdia,
Rainha do Céu e Refúgio dos pecadores! Esta família se
põe de jœlhos hoje diante de Vós para consagrar-se ao
vosso Imaculado Coração. Nós Vos consagramos o
nosso ser e toda a nossa vida, tudo o que temos, o que
amamos, o que somos. Vossos são os nossos corpos, os
nossos corações, as nossas almas; vosso seja o nosso
lar, a nossa família, a nossa pátria...; escolhemos-Vos
hoje por nossa Soberana e por Rainha dos nossos
corações, nossa queridíssima Mãe, Guia da nossa vida,
nossa Protetora e Advogada, e o Refúgio em todas as
nossas necessidades, tanto espirituais como corporais.
Depositamos nas vossas mãos todos os nossos
desígnios, projetos e interesses, e não queremos ter
outros que não sejam os do vosso Filho e os vossos.
Queremos colocar o vosso Imaculado Coração no
centro deste lar, de maneira que tudo o que há em nós
e a nossa volta vos pertença e participe das vossas
bênçãos maternais. E para que esta consagração seja
verdadeiramente eficaz e duradoura, renovamos hoje
aos vossos pés, Oh! Maria, as promessas do batismo. E,
em meio desta aflição que padece a nossa Mãe a Igreja
e a sacode como a barca na pior das tempestades, nos
obrigamos a professar sempre com valor as verdades
da fé e a viver como verdadeiros católicos, defendendo
a Tradição no seu secular Magistério e trabalhando em

- 312 -
particular pela restauração do Santo Sacrifício da
Missa. Nós vos prometemos finalmente, Oh! gloriosa
Mãe de Deus e terna Mãe dos homens, consagrar todo o
nossa coração ao serviço do vosso culto bendito, para
pedir e assegurar, mediante o reinado do vosso
Imaculado Coração, o reinado do Coração adorável do
vosso Filho nas nossas almas e na de todos os homens,
na nossa querida Pátria e em todo o mundo, assim na
terra como no Céu. Amém.

NOVENA AO IMACULADO CORAÇÃO

Oração preparatória
Meu Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro,
meu Criador e Redentor, que por amor aos homens
tomastes a natureza humana, escolhendo por Mãe a
Puríssima, Imaculada e sempre Virgem Maria, e
dispondo o seu Coração com todo gênero de perfeições,
para que do seu sangue precioso se formasse essa
Humanidade santíssima em que padecestes a mais
afrontosa das mortes para fazer-nos viver da vossa
graça e assim livrar-nos da servidão do demônio e do
pecado: eu vos amo, meu Deus, com todas as minhas
forças, sobre todas as coisas, por esta bondade que a
nós mostrastes, e me pesa por ter-vos ofendido. Espero
que, pelos méritos do vosso preciosíssimo Sangue e do
Coração sacratíssimo da vossa Mãe, me concedereis a
graça que necessito para bem fazer esta novena, a fim
de amar-vos e vos ser fiel até o fim. Amem.

Primeiro dia: A Grandeza do Coração de Maria


Oh! , Coração de Maria, cuja grandeza o universo
admira! Fazei-nos igualmente grandes de coração e

- 313 -
alcançai-nos virtude, Mãe querida, para esquecer todo
tipo de injúrias, e ser tudo para todos, a fim de ganhá-
los para Jesus Cristo. (Reza-se uma dezena do Terço).

Segundo dia: A Amabilidade do Coração de Maria


Oh! Maria, Oh! nossa Mãe! Vós tendes um Coração
digno de amor, porque dominastes com toda perfeição
as paixões: alcançai-nos fortaleza para sobrepor-nos a
elas, e para lembrar e guardar sempre a lei da caridade,
com a qual seremos também imagem da vossa doçura.
(Reza-se uma dezena do Terço).

Terceiro dia: A Compaixão do Coração de Maria


Mãe cheia de compaixão, fazei-nos compassivos! O
vosso Coração não pode ver a dor e a miséria sem
comover-se; acendei o nosso coração na mais ardente
caridade, que nos mova a remediar as necessidades
espirituais e temporais, tanto próprias e como as do
nosso próximo. (Reza-se uma dezena do Terço).

Quarto dia: O Fervor do Coração de Maria


Amabilíssima Mãe! Vós obrastes sempre com o maior
fervor; e vós conheceis a minha frouxidão, preguiça e
apatia, com as quais não posso agradar a Deus, a quem
a tibieza produz náuseas. Eu acudo, minha Mãe, a Vós,
para que me tireis da tão miserável estado. Assim como
comunicastes o vosso fervor a Santa Isabel e a São João
Batista, concedei-me a mesma graça. (Reza-se uma
dezena do Terço).

Quinto dia: A Pureza do Coração de Maria


Minha Santíssima Mãe! Vós, incomparavelmente mais
que nenhuma outra criatura, fostes limpa de coração;

- 314 -
Vós resplandeceis mais em pureza que todos os justos
e anjos; Vós, pela beleza do vosso Coração, agradastes o
Altíssimo e o atraístes ao vosso seio. Alcançai-nos,
Senhora, essa pureza de coração; rogai por nós para
que saibamos vencer as nossas más inclinações e viver
no candor com que fostes adornada a fim de que
possamos ver a Deus e morar com Ele eternamente.
(Reza-se uma dezena do Terço).

Sexto dia: A Mansidão do Coração de Maria


Virgem soberana, Rainha e Mãe cheia de mansidão! O
vosso Coração mansíssimo repreende o nosso tão
imortificado: queremos vos imitar; desde hoje nos
propomos reprimir os movimentos da ira e praticar a
mansidão. Alcançai-nos, Senhora, a graça que para isso
necessitamos. (Reza-se uma dezena do Terço).

Sétimo dia: A Humildade do Coração de Maria


OH! Virgem humilíssima! Vós sois Senhora, e vos
chamais escrava; Vós sois eleita para o lugar mais
distinguido, e buscais o último; Vós conheceis o mérito
da humildade, e por isso a enraizais profundamente:
alcançai-me esses sentimentos de humildade dos que
Vós estais animada; fazei que vos imite nesta
humildade de coração de que me dais tão brilhante
exemplo. (Reza-se uma dezena do Terço).

Oitavo dia: A Fortaleza do Coração de Maria


Minha Mãe! Vós conheceis a minha covardia e
debilidade, que por desgraça me acompanharam quase
sempre: pela admirável fortaleza que tanto vos
distinguiu, rogo-vos que infundais no meu coração a
fortaleza necessária para confessar a fé, para guardar a

- 315 -
santa Lei de Deus e para prescindir de todo respeito
humano na prática das virtudes. (Reza-se uma dezena
do Terço).

Nono dia: A Paciência do Coração de Maria


Mãe sempre paciente! Pela multidão e veemência das
vossas dores, vos suplicamos que nos alcanceis a
paciência e a resignação que necessitamos para sofrer
com mérito as amarguras e penalidades que nos
afligem. Senhora, a paciência nos é necessária. Vós nos
destes o exemplo mais admirável dela: intercedei por
nós para que saibamos vos imitar. (Reza-se uma dezena
do Terço).

Oração final
Oh! , Coração dulcíssimo de Maria, de quem recebi
continuamente tantas graças, tantos benefícios e
favores! Eu vos venero e vos dou graças, e com ternura
de filho vos estreito contra o meu pobre coração.
Permiti-me, minha Mãe, que com toda a confiança o
entregue a vós; santificai-o com a vossa benção e
trocai-o em um belo jardim onde possa recrear-se o
vosso Santíssimo Filho. Amém.

SAUDAÇÕES AO CORAÇÃO DE MARIA

1. Saúdo-vos, Coração santíssimo de Maria, com o coro


dos Serafins, e vos suplico que me alcanceis um
coração verdadeiramente grande para amar e servir a
Deus e para fazer o bem a todos os homens. Ave Maria.
2. Saúdo-vos, puríssimo Coração de Maria, com os
Querubins e vos rogo que me alcanceis uma caridade
cheia de amabilidade. Ave Maria.

- 316 -
3. Saúdo-vos, perfeitíssimo Coração de Maria, com o
coro dos Tronos, confiando que me obtereis a graça de
ser compassivo de coração. Ave Maria.
4. Saúdo-vos, Coração amantíssimo de Maria, com o
coro das Dominações, suplicando que me concedais o
verdadeiro fervor. Ave Maria.
5. Saúdo-vos, Coração retíssimo de Maria, com o coro
das Virtudes, esperando que me concedereis a pureza
de coração. Ave Maria.
6. Saúdo-vos, Coração fidelíssimo de Maria, com o coro
das Potestades, e vos rogo que me alcanceis a
mansidão. Ave Maria.
7. Saúdo-vos, Coração clementíssimo de Maria, com o
coro dos Principados, esperando que me ajudareis a
ser humilde de coração. Ave Maria.
8. Saúdo-vos, Coração piedosíssimo de Maria, com o
coro dos Arcanjos, confiando que me alcançareis
fortaleza para cumprir sempre a santa Lei de Deus. Ave
Maria.
9. Saúdo-vos, Coração prudentíssimo de Maria, com o
coro dos Anjos, suplicando que me alcanceis a
paciência e a resignação nos trabalhos e sofrimentos.
Ave Maria.

OS CINCO SÁBADOS

“Olha minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos


que os Homens ingratos a todos os momentos Me
cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê
de Me consolar e diz que, todos aqueles que durante
cinco meses seguidos no Primeiro Sábado, se
confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem
um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia,

- 317 -
meditando nos 15 Mistérios do Rosário com o fim de Me
desagravar, eu prometo assitir-lhes à hora da morte com
todas as graças necessárias para a salvação dessas
almas.”
(Nossa Senhora à Ir. Lúcia, Pontevedra, 10/12/1925)

Para facilitar a meditação aos sábados eis aqui um


método escrito por São Luiz Maria Grignon de Montfort
(1673-1716). Podem ser meditados todos os mistérios,
ou um só em particular:

O ROSÁRIO MEDITADO
(São Luiz Maria Grignion de Montfort)

CREDO: 1º) Fé na presença de Deus; 2º) Fé no


Evangelho; 3º) Fé e obediência ao Papa como Vigário
de Jesus Cristo.
Padre Nosso: Unidade de um só Deus, vivo e
verdadeiro.
1ª Ave Maria: Em honra do Pai Eterno, que gera seu
Filho contemplando-se.
2ª Ave Maria: Em honra do Verbo eterno, igual ao Pai,
que com Ele produz o Espírito Santo.
3ª Ave Maria: Em honra do Espírito Santo, que procede
do Pai e do Filho por via de amor.

Mistérios Gozosos

I. Anunciação do Anjo e Encarnação do Verbo.


Padre Nosso: Caridade de Deus, imensa.
1ª Ave Maria, para lamentar o desgraçado estado de
Adão desobediente, sua justa condenação e a de todos
os seus filhos.

- 318 -
Ave Maria, para honrar:
2ª os desejos dos patriarcas e profetas, que pediam a
vinda do Messias;
3ª os desejos e as preces da Santíssima Virgem, que
apressaram a vinda do Messias;
4ª a caridade do Pai Eterno, que nos deu Seu divino
Filho;
5ª o amor do Filho, que se entregou por nós;
6ª a embaixada e a saudação do arcanjo Gabriel;
7ª o temor virginal de Maria;
8ª a fé e o consentimento da Santíssima Virgem;
9ª a criação da alma e a formação do Corpo de Jesus
Cristo no seio de Maria, pelo Espírito Santo;
10ª a adoração do Verbo Encarnado, pelos anjos, no
seio de Maria.

II. Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel


Padre Nosso: Majestade de Deus, adorável.
Ave Maria, para honrar:
1ª o gozo do Coração de Maria e a morada durante 9
meses, do Verbo em seu seio;
2ª o sacrifício que Jesus Cristo fez de si mesmo ao Pai,
ao entrar neste Mundo;
3ª as complacências de Jesus no seio humilde e
virginal de Maria, e de Nossa Senhora, no gozo do seu
Deus;
4ª a dúvida de São José acerca da maternidade de
Maria;
5ª a eleição dos escolhidos, combinada entre Jesus e
Maria, em seu seio;
6ª o fervor de Maria na sua visita a Santa Isabel;
7ª a santificação de João Batista no ventre de sua mãe;
8ª a gratidão da Santíssima virgem com Deus, no

- 319 -
Magnificat;
9ª a sua caridade e humildade em servir sua prima;
10ª a mútua dependência de Jesus e de Maria, e a
devoção que devemos ter para com um e outra.

III. Nascimento de Jesus


Padre Nosso: Riquezas de Deus, infinitas.
Ave Maria, para honrar:
1ª os desprezos e injúrias feitas a Maria e a São José
em Belém;
2ª a pobreza do estábulo onde Deus veio ao mundo;
3ª a alta contemplação e o excessivo amor de Maria no
momento de dar à luz;
4ª a saída do Verbo Eterno do seio de Maria sem
romper o selo de sua virgindade;
5ª as adorações e cânticos dos anjos no nascimento de
Jesus;
6ª a formosura arrebatadora de Sua divina infância;
7ª a vinda dos pastores ao estábulo, com seus
presentes;
8ª a circuncisão de Jesus Cristo e Suas dores amorosas;
9ª a imposição do nome de Jesus Cristo e suas
grandezas;
10ª a adoração dos reis magos e seus presentes.

IV. Purificação De Nossa Senhora, Apresentação No


Templo.
Padre Nosso: Sabedoria de Deus, eterna.
Ave Maria, para honrar:
1ª a obediência de Jesus e de Maria à Lei;
2ª o sacrifício que ali fez Jesus de sua Humanidade;
3ª o sacrifício que ali fez Maria de sua honra;
4ª o gozo e os cânticos de Simeão e Ana, a profetisa;

- 320 -
5ª o resgate de Jesus pela oferenda de duas rolas;
6ª a matança dos santos inocente;
7ª a fuga de Jesus para o Egito, pela obediência de São
José à voz do anjo;
8ª a estadia misteriosa no Egito;
9ª a Sua volta para Nazaré;
10ª o seu crescimento em idade, sabedoria e graça.

V. Encontro de Jesus no Templo.


Padre Nosso: Santidade de Deus, incompreensível.
Ave Maria, para honrar:
1ª a Sua vida oculta, laboriosa e obediente na casa de
Nazaré;
2ª sua pregação e encontro no Templo entre os
doutores;
3ª seu jejum e tentações no deserto;
4ª seu Batismo por São João Batista;
5ª sua pregação admirável;
6ª seus milagres portentosos;
7ª a eleição de seus 12 Apóstolos e os poderes que lhes
dá;
8ª sua transfiguração maravilhosa;
9ª o lava-pés dos Apóstolos;
10ª a instituição da Sagrada Eucaristia.

Mistérios Dolorosos

I. Agonia de Jesus no Horto


Padre-Nosso: Felicidade de Deus, essencial.
Ave Maria, para honrar:
1ª os divinos retiros que fez Jesus em Sua vida,
principalmente no horto;
2ª suas orações humildes e fervorosas durante Sua

- 321 -
vida e na véspera da Paixão;
3ª a paciência e doçura com que suportou Seus
Apóstolos, particularmente no Horto;
4ª o tédio de sua Alma durante toda a Sua vida,
principalmente no Horto;
5ª os rios de sangue que a dor fez brotar de seu Ser
adorável;
6ª o consolo que teve por bem aceitar de um anjo na
agonia;
7ª sua conformidade com a Vontade do Pai, apesar da
repugnância de Sua natureza;
8ª Sua traição por Judas e prisão pelos judeus;
9ª o valor com que saiu ao encontro dos algozes e a
força da palavra com que os lançou por terra e os
levantou;
10ª o abandono que sofreu de Seus Apóstolos.

II. A Flagelação
Padre-Nosso: Paciência de Deus, admirável.
1ª as cordas com que Jesus foi atado;
2ª a bofetada que recebeu em casa de Caifás;
3ª as negações de São Pedro;
4ª as ignomínias que sofreu em casa de Herodes,
quando lhe puseram a veste branca;
5ª o despojamento de Suas vestes;
6ª os desprezos e insultos que sofreu de Seus verdugos
pela Sua nudez;
7ª as varas espinhosas e os açoites cruéis com que foi
golpeado;
8ª a coluna em que foi atado;
9ª o sangue que derramou e as chagas que recebeu;
10ª a Sua queda pela fraqueza no sangue que
derramou.

- 322 -
III. Coroação de Espinhos
Padre-Nosso: Formosura de Deus, inefável.
Ave-Maria, para honrar:
1ª o despojamento de Suas vestes pela terceira vez;
2ª a Sua coroa de espinhos;
3ª o véu com que Lhe vendaram os olhos;
4ª as bofetadas e os escarros com que Lhe cobriram o
rosto;
5ª o andrajo que Lhe puseram sobre os ombros;
6ª a cana que Lhe puseram nas mãos;
7ª a pedra pontiaguda sobre a qual O sentaram;
8ª os ultrajes e os insultos que Lhe fizeram;
9ª o sangue e os suores que saíam de Sua cabeça
adorável;
10ª os cabelos e a barba que Lhe arrancaram.

IV. Jesus Carrega A Cruz


Padre-Nosso: Onipotência de Deus, sem limites.
Ave-Maria, para honrar:
1ª apresentação de Nosso Senhor diante do povo com
o “Ecce Homo”;
2ª o haver sido preferido a Barrabás;
3ª os falsos testemunhos que contra Ele deram;
4ª Sua condenação à morte;
5ª o amor com que abraçou e beijou a Cruz;
6ª o trabalho espantoso que teve em carregá-la;
7ª as quedas de pura debilidade sobre Seu peso;
8ª o encontro doloroso com Sua Santa Mãe;
9ª o véu de Verônica, no qual Seu rosto se estampou;
10ª suas lágrimas, as de Sua Santa Mãe e das piedosas
mulheres que O seguiram até o Calvário.

- 323 -
V. A Crucificação
Padre-Nosso: Justiça de Deus, espantosa.
Ave Maria, para honrar:
1ª as cinco chagas de Jesus e o sangue que derramou
na cruz;
2ª seu coração traspassado e a Cruz em que foi
crucificado;
3ª os cravos e a lança que O atravessaram;
4ª a vergonha e a infâmia que sofreu, sendo
crucificado entre dois ladrões;
5ª a compaixão de Sua Mãe Santíssima;
6ª as 7 últimas palavras;
7ª Seu desamparo e Seu silêncio;
8ª a aflição de todo o Universo;
9ª Sua morte cruel e ignominiosa.
10ª a descida da Cruz e sepultamento.

Mistérios Gloriosos

I. A Ressurreição de Jesus
Padre-Nosso: Eternidade de Deus, sem princípio.
Ave Maria, para honrar:
1ª a descida da Alma de Nosso Senhor aos Infernos;
2ª o gozo e a saída das almas dos Santos Padres que
estavam no Limbo;
3ª a reunião de Sua Alma e de Seu Corpo no sepulcro;
4ª sua milagrosa saída do Sepulcro;
5ª suas vitórias sobre a morte, o pecado, o mundo e o
demônio;
6ª os quatro dons gloriosos de Seu Corpo;
7ª O poder que Lhe deu Seu pai no céu e na terra;
8ª as aparições com que honrou Sua Santa Mãe;
9ª as conversações sobre o Céu e a Ceia que fez com

- 324 -
Seus Apóstolos;
10ª a autoridade e missão que lhes deu, para que
fossem pregar por toda a Terra.

II. Ascensão de Jesus


Padre-Nosso: Imensidade de Deus, sem limites.
Ave Maria, para honrar:
1ª a promessa que fez Jesus aos Apóstolos de lhes
enviar o Espírito Santo, e a ordem que lhes deu de se
prepararem para O receber;
2ª a reunião no Monte das Oliveiras;
3ª a benção que lhes deu ao se elevar da Terra aos
Céus;
4ª Sua gloriosa e admirável Ascensão por Sua própria
virtude até o Céu Empíreo;
5ª O recebimento e o triunfo que lhe fez Deus, Seu Pai,
e toda a corte celestial;
6ª o poder triunfante com que abriu as portas do Céu,
onde nenhum mortal havia entrado;
7ª seu assento à direita do Pai, como Seu Filho
querido, igual a Ele mesmo;
8ª o poder que Lhe deu de julgar os vivos e os mortos;
9ª Sua última vinda sobre a Terra, na qual Seu poder e
majestade aparecerão em todo o seu esplendor;
10ª a justiça que fará no último Juízo, recompensando
os bons e castigando os maus por toda a eternidade.

III. Vinda do Espírito Santo sobre a SS. Virgem


Maria e os Apóstolos
Padre-Nosso: Providência de Deus, universal.
Ave Maria, para honrar:
1ª a Verdade do Espírito Santo, Deus que procede do
Pai e do Filho, e que é o Coração da Divindade;

- 325 -
2ª o dom do Espírito Santo pelo Pai e pelo Filho sobre
os Apóstolos;
3ª o grande estrondo com que desceu, sinal de Sua
força e Seu poder;
4ª as línguas de fogo que enviou sobre os Apóstolos,
para lhes dar a inteligência das Escrituras, o amor de
Deus e do próximo;
5ª a plenitude de graças com que distinguiu Maria, Sua
fiel esposa;
6ª Sua conduta maravilhosa, com os santos e com o
próprio Jesus Cristo, a quem guiou durante toda a vida;
7ª os 12 frutos do Espírito Santo;
8ª os 7 dons do Espírito Santo;
9ª para pedir em particular o dom da Sabedoria e a
vinda de Seu reino aos corações;
10ª para obter a vitória sobre os três espíritos que Lhe
são opostos, a saber: o espírito da carne, do mundo e
do demônio.

IV. Assunção de Nossa Senhora


Padre-Nosso: Liberalidade de Deus, inenarrável.
Ave Maria, para honrar:
1ª a predestinação eterna de Maria, como obra-prima
das mãos de Deus;
2ª Sua Conceição Imaculada, a plenitude de graças e o
uso da razão no seio de sua mãe;
3ª Sua Natividade que regozijou todo o Universo;
4ª Sua apresentação e sua vida no Templo;
5ª Sua vida admirável e isenta de todo pecado;
6ª a plenitude de suas virtudes singulares;
7ª Sua virgindade fecunda e seu parto sem dor;
8ª Sua maternidade divina e sua aliança com a
Santíssima Trindade;

- 326 -
9ª Sua morte preciosa e cheia de amor;
10ª Sua Ressurreição e Assunção triunfante.
V. Coroação de Nossa Senhora como Rainha dos
Céus.
Padre-Nosso: Glória de Deus, inacessível.
Ave Maria, para honrar:
1ª a tríplice coroa com que a Santíssima Trindade
coroou Maria;
2ª o gozo e a glória nova que recebeu o Céu por seu
triunfo;
3ª para reconhecê-la como Rainha do Céu e da Terra,
dos anjos e dos homens;
4ª a tesoureira e dispensadora de todas as graças de
Deus, dos méritos de Jesus Cristo e dos dons do
Espírito Santo;
5ª a Medianeira e Advogada dos homens;
6ª a distribuidora e dispensadora de todas as graças
de Deus, dos méritos de Jesus Cristo e dos dons do
Espírito Santo;
7ª o refúgio seguro dos pecadores;
8ª a mãe e nutriz dos cristãos;
9ª a que é gozo e doçura dos justos;
10ª a que é asilo universal dos vivos, consolo todo-
poderoso dos aflitos, dos moribundos e das almas do
purgatório.

ORAÇÕES DIVERSAS A NOSSA SENHORA

DEVOÇÃO DAS TRÊS AVE-MARIAS

Recomendada pelos santos congregados marianos


Leonardo de Porto-Maurício e Afonso Maria de Ligório.

- 327 -
1ª – Maria minha Mãe, livrai-me de morrer em pecado
mortal! Pelo poder que vos concedeu o Pai.
Ave Maria...
2ª – Maria minha Mãe, livrai-me de morrer em pecado
mortal! Pela sabedoria que vos concedeu o Filho.
Ave Maria...
3ª – Maria minha Mãe, livrai-me de morrer em pecado
mortal! Pelo amor que vos concedeu o Espírito Santo.
Ave Maria...

DEZ MINUTOS DIANTE DE NOSSA SENHORA

Meu filho, se tu soubesses o bem que te quer a


Providência, conduzindo-te à minha presença!... Eu sou
a tua Mãe e possuo imen-sos, tesouros, com o
ardentíssimo desejo de reparti-los contigo... Alegra-te,
pois, e anima-te.
Que tens?...Não me pareces cheio da-quela alegria, que
tanto me apraz... Que fronte não se serena ante mim?
Ah! Acorda o teu fervor acende o teu zelo... Porque me
queres mortificar, não te mostrando radiante de alegria
a meus pés?
Um enfermo, por mais graves que sejam suas
angústias, enche-se de alegria apenas vê a seu lado um
médico, que pode curá-lo... Meu filho, eu sou o remédio
de todos os males.
No meio duma borrasca os passageiros nada temem,
quando têm um afoito piloto, que os tranquiliza... Por
maiores que sejam os teus perigos, que temes tu se eu
navego na tua barquinha?
Mas quero que me fales das tuas enfermi-dades, se
queres que eu seja a tua saúde: quero que me mostres
os teus perigos, se desejas que dele te livre.

- 328 -
Tem confiança em mim, meu filho; meu coração abre-
se para aqueles que se lançam nos meus braços, como
tu em criancinha fazias com tua mãe.
Eu sou toda suavidade e doçura: chamo-me a Mãe da
piedade e da misericórdia... Nunca ninguém se
arrependeu de ter-me comunicado os seus segredos,
contado as suas desventuras, descoberto as suas
chagas e revelado a sua nobreza.
Lembra-te de que nas bodas de Cana o meu Coração
não pôde resistir àquela nuvem de confusão, que pela
falta de vinho esteve a cair sobre os dois esposos... e
queres que eu não me enterneça na presença de
negócios de maior importância e com a vista de
verdadeiras desgraças? Abre-me o coração, e deixa-te
cobrir de benefícios por quem te ama.
Bem sei que vives no mundo, covil de feras cruéis,
que noite e dia armam-te ciladas... Bem sei que as tuas
paixões são vivas e arden-tes: que muitas vezes deixas-
te iludir, e cometes faltas de fidelidade a meu Filho...
Mas eis-me aqui: estou pronta a ajudar-te, contanto
que sejas pronto em receber as minhas graças.
Mostra-me a tua mente... Ó! Para que tantos
pensamentos de orgulho, de inveja, de ciúme, de
vaidade, de carne! Dá-me a tua inteligência, e eu a
purificarei como o ouro...
Abre-me o teu coração... Que temes? Para que é tanta
indocilidade? Coragem! Ah! Pobre coração! Quantos
afetos o dilaceram! Quanto pó o avilta!... Quantas
sombras o obscurecem!... Quantas chagas o cobrem!...
Dá-mo... O meu Jesus deposita em minhas mãos o seu
Coração, e tu hás de duvidar fazê-lo?. .. Elege-me,
querido filho, rainha do teu coração, e vê-lo-ás mudado
numa fonte de felicidade para ti.

- 329 -
Dize-me agora: como regulas o teu exterior... como
velas sobre a tua vista?... Como és parco e justo nas
tuas palavras?... Como guardas os teus ouvidos?...como
te regulas em toda a tua pessoa? Essa vergonha, que te
aparece no rosto, é uma resposta eloquentíssima.
Não desanimes meu filho; se o teu interior estiver em
minhas mãos, o teu exterior se tornará santo e perfeito.
Promete-me pôr mãos à obra? Que respondes?... Ah!
Não me dês uma negativa, que para mim seria muito
amarga!... Não queiras aviltar-te... Eu estarei sempre
contigo... Farei planos todos os teus caminhos...
Tornarei fácil o que te é difícil... Coragem, meu filho;
levanta-te e caminha comigo pelas nobres sendas da
virtude cristã.
Filho, volta muitas vezes a meus pés... Enamora-te
das minhas lições... Deixa-te guiar por mim, e nunca
mais acontecerá que ponhas o pé em falso e percas o
reino dos Céus.

PER TE O MARIA
(São Bernardo de Claraval)

Por Vós, Oh! Maria, temos acesso ao Filho, Oh! Bendita


descobridora de graça, genitora da vida, Mãe da
salvação. Por Vós nos aceite, Aquele que por Vós foi
dado a nós. Que tua integridade faça-O excusar as
culpas de nossa corrupção. Que vossa humildade
impetre a Deus, o que não pode nossa vaidade. Que
vossa caridade abundante cubra a multidão dos nossos
pecados e que vossa gloriosa fecundidade nos conceda
fecundidade de méritos. Senhora Nossa, Medianeira
Nossa, Advocada Nossa: treconcilia-nos com Vosso
Filho. Nos encomende ao Vosso Filho. Nos apresente ao

- 330 -
Vosso Filho. Fazei, Oh! Bendita, pela graça que
encontrastes, pela prerrogativa que merecestes, pela
misericórida que recebestes, que pela vossa mediação
Vos digneis participar de nossa miséria e fragilidade, e
também por Vossa interceção nos façais participar da
gloria da vossa bem-aventurança: Jesus Cristo, Vosso
Filho e Senhor Nosso, que é sobre tudo, Deus, bendito
eternamente. Amém.

INVOCAÇÃO A MARIA
(Santo Antônio Maria Claret)

Deus vos salve, Imaculada Maria, Filha de Deus Pai.


Deus vos salve, Imaculada Maria, Mãe de Deus Filho.
Deus vos salve, Imaculada Maria, Templo de Deus
Espírito Santo. Deus vos salve, Maria, Mãe e Advogada
dos pecadores. Bendita sois entre todas as mulheres.
Vós sois a glória de Jerusalém, a alegria de Isrӕl e a
honra do nosso povo. Vós sois o amparo dos excluídos,
o consolo dos aflitos, a luz dos navegantes. Vós sois a
saúde dos enfermos, o alento dos moribundos e a porta
do céu. Depois de Jesus Cristo, fruto bendito do vosso
ventre, Vós sois toda a nossa esperança. Oh! clemente,
Oh! piedosa, Oh! doce e Imaculada Maria!

SALVE SENHORA SANTA


(São Francisco de Assis)

Salve Oh! Senhora Santa, Rainha Santíssima, Mãe de


Deus, Oh! Maria, que sois Virgem perpétua, eleita pelo
santíssimo Pai celestial, que vos consagrou por seu
santíssimo e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito!
Em vós residiu e reside toda a plenitude da graça e

- 331 -
todo bem. Salve, Oh! palácio do Senhor! Salve, Oh!
tabernáculo do Senhor! Salve, Oh! morada do Senhor!
Salve, Oh! manto do Senhor! Salve, Oh! serva do
Senhor! Salve, Oh! Mãe do Senhor, e salve vós todas,
Oh! santas virtudes derramadas, pela graça e
iluminação do Espírito Santo nos corações dos fiéis
transformando-os de infiéis em servos fiéis de Deus!

ORAÇÃO DOS PHILANGELI


(Abade Cestac)
(300d. CD, S. Pio X, 8 jul 1908)

Augusta Rainha do Céu e Senhora dos Anjos, Vós que


desde o princípio recebestes de Deus o poder e a
missão de esmagar a cabeça de satanás, humildemente
vos rogamos que envieis as legiões celestes para que às
vossas ordens persigam os infernais espíritos,
combatendo-os por toda a parte, confundam a sua
audácia e os precipitem no abismo. Quem como Deus?
Oh! Boa e terna mãe enviai os santos anjos e arcanjos
para nos defender. Santos anjos e arcanjos defendei-
nos e protegei-nos agora e sempre. Amém!

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA


(S. Luís Gonzaga)

Santíssima Virgem Maria, minha Mãe e minha


Soberana e desde este momento ponho para sempre a
minha alma e meu corpo debaixo da vossa especial
proteção. Eu vos confio e entrego em vossas mãos
todas as minhas espe-ranças e consolações, minhas
penas e misérias em todo o decurso da minha vida e na
hora dá minha morte, afim de que, pela vossa inter-

- 332 -
cessão, todas as minhas obras sejam feitas segundo o
vosso agrado e o do vosso divino Filho; e uni-me ao seu
Santíssimo Coração. Amen.

LEMBRAI-VOS
(São Bernardo de Claraval)

Lembrai-vos, Oh! piíssima Virgem Maria, que nunca se


ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à
vossa proteção, implorado a vossa assistência e
reclamado o vosso socorro, fosse por vós
desamparado. Animado eu, pois, com igual confiança, a
vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro,
de vós me valho; e gemendo com o peso de meus
pecados, me prostro a vossos pés. Não desprezeis
minhas súplicas, Oh! Mãe do Filho de Deus encarnado,
mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que vos rogo. Amem.

SÚPLICA DE SANTO ANSELMO

Suplico-vos, Oh! Maria, pela graça com que o Senhor


quis estar tão estreitamente unido a vós e vós com Ele,
que eu esteja, pela vossa misericórdia, com ele e
convosco, que o vosso amor esteja comigo e o cuidado
de mim sempre convosco; que o sentimento das
minhas necessidades esteja convosco e a vossa
bondade sempre comigo; que a alegria de vossa
felicidade esteja sempre comigo e a compaixão da
minha miséria sempre convosco!

ORAÇÃO DE SANTO EFRÉM

- 333 -
Oh! Imaculada, toda pura e bendita Virgem Maria, Mãe
sem culpa, íntegra e sacrossantíssima do Senhor do
universo, esperanças dos desesperados e pecadores,
nós vos louvamos.
Nós Vos bendizemos como repleta de Graça, Vós que
geraste o Cristo, Deus e Homem.
Prostramos-nos diante de Vós, Vos invocamo e
imploramos vosso auxílio em tudo.
Resgatai-nos, oh! Virgem Santa e intemerata, das
necessidades que nos sobrevêm e de todas as tentações
do diabo.
Sêde nossa Conciliadora e Advogata na hora da morte e
do juízo, livrai-nos do fogo inextinguível da vida futura
e fazei-nos dignos da Glória de Vosso Filho, oh! Virgem
e Mãe dulcíssima e clementísisma.
Vós sois realmente nossa única esperança securíssima
e santíssima junto de Deus, cuja Glória, Honra,
Majestade e Domínio permanecem por todos os séculos
dos séculos.

PEQUENA COROA DA SS. VIRGEM


(São Luiz Maria Grignion de Montfort)

V: Dignáre me laudáre te, V: Concedei-me que vos


Virgo sacráta. louve, Virgem sagrada.
R: Da mihi virtutem contra R: Dai-me valor contra os
hostes tuos. vossos inimigos.

Credo

I. PATER NOSTER.
Ave Maria...

- 334 -
Beata es, Virgo Maria quӕ Sois bem-aventurada,
Dominum portasti, Creato- Virgem Maria, que levastes
rem mundi: genuisti qui te em vosso seio o Senhor,
fecit, et in ӕternum Criador do mundo; destes à
permanes virgo. luz a quem vos formou, e
sois Virgem perpétua.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Ave Maria...
Sancta et immaculata vir- Oh! Santa e imaculada
ginitas, quibus te laudibus virgindade, não sei com
efferam nescio capere non que louvores vos possa
poterant, tuo gremio exaltar; pois quem os
contulisti. céus não podem conter, vós
o levastes em vosso seio.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Ave, Maria...
Tota pulcra es, Maria, et Sois toda formosa, Virgem
macula originalis non est in Maria, e não há mancha
te. em vós.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Ave, Maria.
Tota tibi sunt dotes, Virgo, Possuís, Oh! Virgem, tantos
quot sidera cӕlo. privilégios, quantas são as
estrelas no céu.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.
Gloria Patri.

II. PATER NOSTER


Ave, Maria...
Gloria tibi sit, Imperatrix Glória a vós, imperatriz do
poli: tecum nos perducas céu; conduzi-nos convosco
ad gaudia cӕli. aos gozos do paraíso.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. V: Alegrai-vos mil vezes.

Ave, Maria...
Gloria tibi sit, thesauraria Glória a vós, tesoureira
gratiarum Domini: fac nos das graças do Senhor; dai-
participes thesauri tui. nos parte em vosso
tesouro.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Ave, Maria...
Gloria tibi sit, Mediatriz Glória a vós, medianeira
inter Deum et hominem: entre Deus e os , homens,
fac nobis propitum Omni- tornai-nos propício o
potentem. Todopoderoso.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Ave, Maria...
- 336 -
Gloria tibi sit, hӕresum et Glória a vós, que esmagais
dӕmonum interemptria: as heresias e o demônio:
sis pia nostra gubernatrix. sede nossa bondosa guia.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Gloria Patri.

III. PATER NOSTER


Ave, Maria...
Gloria tibi sit refugium Glória a vós, refúgio dos
peccatorumm: intercede pecadores; intercedei por
pro nobis ad Dominum. nós junto ao Senhor.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Ave, Maria.
Gloria tibi sit, orphanorum Glória a vós, Mãe dos
Mater: fac nobis propitius órfãos; fazei que nos seja
sit omnipotens Pater. propício o Pai todopode-
roso.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Ave, Maria...
Gloria tibi sit, lӕtitia Glória a vós, alegria dos
iustorum: tecum nos per- justos; conduzi-nos con-
ducas ad gaudia cӕlorum. vosco às alegrias do céu.
V: Alegrai-vos, Virgem
V: Gaude, Maria Virgo. Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Ave, Maria...

Gloria tibi sit, in vita et Glória a vós, nossa. Auxi-


morte adiutrix prӕsentis- liadora mui prestimosa na
sima: tecum nos perducas vida e na morte; conduzi-
ad cӕlorum regna. nos convosco ao reino do
céu.
V: Gaude, Maria Virgo. V: Alegrai-vos, Virgem
Maria.
R: Gaude millies. R: Alegrai-vos mil vezes.

Gloria Patri.

Oremus:
Ave, Maria, filia Dei Patris. Ave, Maria, Filha de Deus
Ave, Maria, Mater Dei Filii. Pai. Ave, Maria, Mãe de
Ave, Maria, Sponsa Deus Filho. Ave, Maria,
Spiritus Sancti. Ave, Maria, Esposa do Espírito Santo.
templum totius Trinitatis. Ave, Maria, templo da
Ave, Maria, Domina mea, Santíssima Trindade. Ave,
Bona mea, Rosa mea, Maria, Senhora minha,
Regina cordis mei, Mater, meu bem, meu amor,
Vita, Dulcedo et Spes Rainha do meu coração,
nostra carissima, imo cor Mãe, vida, doçura e espe-
meum et anima mea. Tuus rança minha mui querida,
ego sum, et omnia meu coração e minha
benedicta. Sit ergo in me alma. Sou todo vosso, e
anima tua, ut magnificent tudo que possuo é vosso,
Dominum; sit in me Oh! Virgem sobre todos
spiritus tuus, ut exsultet in bendita. Esteja, pois, em
Deo. Pone te, Virgo fidelis, mim vossa alma, para en-
- 338 -
ut sinaculum super cor grandecer o Senhor, esteja
meum, ut in te et per te em mim vosso espírito,
Deo fidelis inveniar. para rejubilar em Deus.
Largire, o benigna, ut illis Colocai-Vos, Oh! Virgem
annumerer quos tamquam fiel, como selo sobre meu
filios amas, doces, dirigis, coração, para que, em vós
foves, protegis. Fac ut, e por vós, seja eu achado
amore tui, terrenas omnes fiel a Deus. Concedei, Oh!
spernens consolationes, Mãe de misericórdia, que
cӕlestibus semper inhӕ- me encontre no número
ream; donec in me, per dos que amais, ensinais,
Spiritum Sanctum Spon- guiais, sustentais e prote-
sum tuum fidelissimum, et geis como filhos. Fazei
te fidelissimam eius spon- que, por vosso amor, des-
sam, formetum Iesus preze todas as consola-
Christus Filius tuus, ad ções da terra e aspire só às
gloriam Patris. celestes; até que, para a
glória do Pai, Jesus Cristo,
vosso Filho, seja formado
em mim, pelo Espírito
Santo, vosso Esposo fide-
líssimo, e por vós, sua Es-
Amen. posa mui fiel. Amém.

OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO

MATINAS E LAUDES

V. Entoai agora, + lábios meus,


R. Glórias e dons da Virgem Mãe de Deus.
V. Em meu socorro † vinde já, Senhora.
R. Do inimigo livrai-me, vencedora.

- 339 -
Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto. Sicut erat in
principio et nunc et semper, et in sӕcula sӕculorum.
Amé. Alleluia! (ou Laus tibi Christe, Rex ӕternӕ
gloriӕ!)

Hino
Salve, Oh! Virgem Mãe, Senhora minha,
Estrela da Manhã, do Céu Rainha.
Cheia de graça sois; salve, luz pura,
Valei ao mundo e a toda criatura.

Para Mãe o Senhor Vos destinou


Do que os mares, a Terra e Céus criou.
Preservou Ele a vossa Conceição
Da mancha que nós temos em Adão.
Amém.

V. Deus A escolheu e predestinou.


R. No seu tabernáculo A fez habitar.
V. Protegei, Senhora, a minha oração.
R. E chegue até Vós o meu clamor.

Oração:
Santa Maria, Rainha dos Céus, Mãe de Nosso Senhor
Jesus Cristo e Senhora do mundo, que a ninguém
desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim,
os olhos de vossa piedade e alcançai-me de vosso
amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para
que, venerando agora afetuosamente a vossa
Imaculada Conceição, consiga depois a coroa da eterna
bem-aventurança: por mercê do mesmo vosso Filho
Jesus Cristo, Senhor nosso, que com o Pai e o Espírito

- 340 -
Santo vive e reina em unidade perfeita, Deus, pelos
séculos dos séculos. Amém.

V. Protegei, Senhora, a minha oração.


R. E chegue até Vós o meu clamor.
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Demos graças a Deus.
V. As almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de
Deus, descansem em paz.
R. Amém.

PRIMA

V. Em meu socorro † vinde já, Senhora.


R. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Gloria Patri.
Hino
Salve, prudente Virgem, destinada
Para dar ao Senhor digna morada.
Com as sete colunas da Escritura,
Do templo a mesa ornou-Vos em figura.
Fostes livre do mal que o mundo espanta,
E no seio materno sempre santa.

Porta dos Santos: Eva, Mãe da vida,


Estrela de Jacob aparecida.
Sois armado esquadrão contra Luzbel;
Sede amparo e refúgio à grei fiel.
Amém.

V. Ele próprio A criou no Espírito Santo.


R .E A representou maravilhosamente em todas as
suas obras.
- 341 -
V. Protegei, Senhora, etc.
Repetem-se as mesmas orações do final de Matinas.

TERTIA

V. Em meu socorro † vinde já, Senhora.


R. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Gloria Patri.

Hino
Salve áureo trono, iris de bonança,
Sarça de Horeb e Arca da Aliança.
De Jessé vara, véu de Gedeão,
Porta fechada, favo de Sansão.

Por decoro do Filho não podia


O labéu de Eva macular Maria;
Nem devia tal mãe assim eleita,
Por um momento à culpa estar sujeita.
Amém.

V. Eu moro no mais alto dos Céus.


R. E o meu trono está sobre a coluna de nuvens.
V. Protegei, Senhora, etc.
Repetem-se as mesmas orações do final de Matinas.

SEXTA

V. Em meu socorro † vinde já, Senhora.


R. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Gloria Patri.

- 342 -
Hino
Salve, Mãe pura, templo da Trindade,
Prazer dos céus, mansão de castidade.
Edem celeste, alívio da tristeza,
Palma constante, cedro de pureza.

Terra bendita sois, sacerdotal,


Sempre isenta da culpa original.
Cidade santa, porta do oriente,
De graças para nós fonte corrente.
Amém.

V. Como a açucena entre os espinhos,


R. Assim é a minha predileta entre os filhos de
Adão.
V. Protegei, Senhora, etc.
Repetem-se as mesmas orações do final de Matinas.

NOA

V. Em meu socorro † vinde já, Senhora.


R. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Gloria Patri.

Hino
Salve, grã torre de Davi, armada,
De refúgio cidade reservada.
Ardendo em zelo desde a Conceição,
Prostrais a fúria do infernal dragão.

Tendes, mais que Judith, o braço ousado,


E do sumo David o puro agrado.

- 343 -
Deu Raquel ao Egito um provedor,
Maria deu ao mundo o Salvador.
Amém.
V. Toda sois formosa, Oh! Mãe querida.
R. E a mancha original nunca tocou em Vós.
V. Protegei, Senhora, etc.
Repetem-se as mesmas orações do final de Matinas.

VÉSPERAS

V. Em meu socorro † vinde já, Senhora.


R. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Gloria Patri.

Hino
Relógio de Ezequias, que atrasado
Foi para o sol divino nos ser nato.
Em Vós o Imenso quis ser abatido,
Para que ao Céu fosse o mortal subido.

Brilhando com os raios de tal sol,


É vossa conceição claro arrebol.
Guiai-nos, pois, calcada a serpe crua,
Ó entre os espinhos flor, piedosa lua.
Amém.

V. Eu fiz nascer no Céu a luz que não se apaga.


R. E cobri como névoa a Terra toda.
V. Protegei, Senhora, etc.
Repetem-se as mesmas orações do final de Matinas.

- 344 -
COMPLETAS

V. Converta-nos + Jesus, por vosso amor.


R. E retire de nós o seu furor.
V. Em meu socorro † vinde já, Senhora.
R. Do inimigo livrai-me, vencedora.
Gloria Patri.

Hino
Salve, florente Virgem ilibada,
Meiga Rainha de astros coroada.
Mais pura que os Anjos, tendes trono
À direita do Rei, em nosso abono.

Ó Mãe da graça, nossa doce esperança,


Do mar Estrela e porto de bonança,
Porta do Céu, saúde na dœnça,
De Deus guiai-nos à feliz presença.
Amém.

V. Vosso nome, Oh! Maria, é como um bálsamo.


R. Muito Vos amam vossos fiéis servos.
V. Protegei, Senhora, etc.
Repetem-se as mesmas orações do final de Matinas.

DEPOIS DO OFÍCIO

Antífona. Esta é a Virgem admirável, na qual não


houve a nódoa original, nem sombra de pecado.
Aceitai, Oh! Virgem, esta devoção
Em louvor da vossa pura Conceição.
Sede-nos na vida defensora e guia;
- 345 -
Sede-nos alento em nossa agonia.
Oh! Mãe de bondade, Oh! Doce Maria.

Antífona. Esta é a Virgem admirável, na qual não


houve a nódoa original, nem sombra de pecado.

V .Na vossa Conceição, Oh! Virgem, fostes imaculada.


R. Rogai por nós ao eterno Pai, cujo Filho destes ao
mundo.

Oremos. Oh! Deus que, pela Imaculada Conceição da


Virgem, preparastes ao vosso Filho uma digna morada:
nós Vos rogamos que, pois em virtude da previsão da
morte do mesmo vosso Filho A preservastes de toda
mancha, também nos concedais que, purificados por
sua intercessão, cheguemos à vossa divina presença.
Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.

- 346 -
CAPÍTULO XI – DEVOÇÕES AOS ANJOS
“Vou enviar um anjo adiante de ti para te proteger no
caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei.”
(Liber Exodus, XXIII, 20)

"Um anjo pode iluminar o pensamento e a mente do


homem através do reforço do poder da visão, e trazer ao
seu alcance alguma verdade que o próprio anjo
contempla."
(Santo Tomás de Aquino)

“Cada alma tem um anjo delegado para sua guarda”.


(São Jerônimo de Stridon)

- 347 -
A SÃO MIGUEL
Festas: dia 8 de Maio (Aparição) e 29 de Setembro
(Dedicação da Basílica).

ORAÇÃO A SÃO MIGUEL

Sancte Michӕl Archan- São Miguel Arcanjo,


gele, defende nos in prœ- protegei-nos no combate.
lio, contra nequitiam et Cobri-nos com o vosso
insidias diaboli esto prӕ- escudo contra os embus-
sidium. Imperet illi Deus, tes e ciladas do demônio.
supplices depreca-mur: Subjugue-o Deus instante-
tuque, Princeps militiӕ mente o pedimos e vós
cӕlestis, Satanam aliosque príncipe da milícia celeste,
spiritus malignos, qui ad pelo divino poder, precipi-
perditionem animarum tai no inferno a satanás e
pervagantur in mundo, aos outros espíritos malig-
divina virtute, in infernum nos que andam pelo mun-
detrude. do para perder as almas.
Amen. Amém.

- 348 -
NOVENA
De 29 de abril a 7 de maio ou de 19 a 28 de setembro.

Primeiro dia:
Nós vos pedimos, Oh! São Miguel, em união com os
santos Serafins, de acender em nossos corações o Santo
Amor de Deus, e de nos dar o desprezo e o desgosto
pelos falsos prazeres do mundo.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Segundo dia:
Nós vos pedimos humildemente, Oh! Príncipe da
Jerusalém Celeste, e Chefe dos Querubins, de vos
lembrar de nós, sobretudo quando formos assaltados
pelas sugestões do inimigo infernal.
Vitoriosos de satanás, pelo nosso socorro, fazei de nós
um sacrifício oferecido ao Senhor.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Terceiro dia:
Nós vos suplicamos devotamente, Oh! Glorioso
Campeão do Paraíso e Chefe dos Tronos, de jamais
permitir que nós, vossos fiéis, sejamos oprimidos pelos
espíritos maus do inferno e pelas enfermidades.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Quarto dia:
Prostrados humildemente diante de vós, nós vos
rogamos, Oh! Grande Ministro de Deus, em união com
as Dominações, de defender a Cristandade, em todas as
ocasiões, e em particular o Soberano Pontífice,
aumentando sua felicidade, assim como as graças que
lhe são concedidas nesta vida e a glória na outra.

- 349 -
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Quinto dia:
Nós vos rogamos, Oh! Santo Arcanjo, em união com as
Virtudes, de livrar vossos servos das mãos de seus
inimigos, conhecidos e desconhecidos, dos falsos
testemunhos, das discórdias, de libertar a nossa Pátria
e, em particular, nossa cidade da fome, das epidemias,
da guerra, dos tumultos, terremotos e tempestades,
que o dragão infernal tem o costume de suscitar para
nos prejudicar.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Sexto dia:
Nós vos conjuramos, Oh! Chefe das Milícias Angélicas,
e vos rogamos juntamente com as Potestades, de
prover às nossas necessidade, às de nossa cidade,
dando fecundidade à terra, concórdia e paz aos chefes
cristãos.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Sétimo dia:
Nós vos pedimos, Oh! Primaz dos Arcanjos, em união
com os Principados, de vos dignar nos livrar, a nós
vossos servos, assim como o nosso país e a nossa
cidade das enfermidades corporais e sobretudo
espirituais.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Oitavo dia:
Nós vos pedimos, Oh! São Miguel, em união com o Coro
dos Anjos, de cuidar de nós nesta vida, e, no momento
da morte, de nos assistir na hora da nossa agonia,

- 350 -
sobretudo, no instante de entregar a alma, a fim de que,
vencedores de satanás, possamos usufruir convosco, da
bondade Divina, no santo Paraíso.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Nono dia:
Enfim, nós vos rogamos, Oh! glorioso Chefe, defensor
da Igreja militante e triunfante, de vos dignar,
juntamente com os Coros dos Anjos, de nos guardar e
defender vossos fiéis, as nossas famílias e aqueles que
se recomendaram às nossas orações, a fim de que,
levando com o vosso socorro uma vida pura, possamos
eternamente usufruir da contemplação de Deus,
convosco e com todos os Santos Anjos.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

Oração Final
Oh! Deus todo poderoso e eterno, que para a salvação
do gênero humano enviastes, milagrosamente, a Vossa
Igreja o Vosso Gloriosíssimo Príncipe, o Arcanjo São
Miguel, concedei-nos o seu socorro salutar e a sua
ajuda eficaz contra todos os nossos inimigos, a fim de
que, nossa partida deste mundo, obtenhamos de
comparecer à presença de Vossa Divina e Santa
Majestade. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
Oração a S. Miguel e Pai-Nosso.

- 351 -
EXORCISMO CONTRA SATANÁS E OS ANJOS
REBELDES PUBLICADO POR ORDEM DE S.S. O PAPA
LEÃO XIII
500d CD. (25 de set. de 1.888).

SALMO LXVII

Levanta-se Deus e sejam dispersos seus inimigos e


fujam de sua presença os que lhe odeiam.
Como se dissipa o fumo se dissipem eles, como se
derrete a cera ante o fogo, assim perecerão os ímpios
ante Deus.

SALMO XXXIV

Senhor, peleja contra os que me atacam; combate aos


que lutam contra mim.
Sofram uma derrota e caiam envergonhados os que me
perseguem à morte.
Retornem a espada cheios de vergonha os que
maquinam minha perdição.
Sejam como a palha levada pelo vento, quando o anjo
do Senhor vier acossá-los.
Torne-se tenebroso e escorregadio o seu caminho,
quando o anjo do Senhor vier persegui-los.
Porque sem motivo me armaram laços; para me
perder, cavaram um fosso sem motivo.
Que lhes surpreenda um desastre imprevisto; apanhe-
os a rede por eles mesmos preparada, caiam eles
próprios na cova que abriram. Minha alma se alegra
com o Senhor e gozará de sua salvação.Glória ao Padre,
ao Filho, e ao Espírito Santo.Como era no princípio,
agora e sempre, pelos séculos dos séculos. Amém.

- 352 -
SÚPLICA A SÃO MIGUEL ARCANJO

Gloriosíssimo Príncipe da Milícia Celestial, São Miguel


Arcanjo, defendei-nos na luta que temos combatido
“contra os principados e potestades, contra os chefes
deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos
espalhados pelos ares”. Vinde em auxílio dos homens
que Deus criou incorruptíveis à sua imagem e
semelhança, e a tão “grande preço resgatados” da
tirania do demônio. Com os exércitos dos anjos bons
peleja hoje os combates do Senhor, como outrora
lutaste contra Lúcifer, chefe da soberba e contra seus
anjos apóstatas. Eles não puderam vencer, e perderam
seu lugar no céu. “Foi precipitado o grande dragão, a
antiga serpente e denominado diabo e satanás, o
sedutor do universo: foi precipitado na terra e com ele
foram lançados seus anjos” (Apoc. XII,8-9)
Eis que o antigo inimigo e homicida tem se erguido
com impetuosidade. Transfigurado em “anjo de luz” (II
Cor. XI, 14), com a escolta de todos os espíritos
malignos, cercou e invadiu a terra inteira, e se instala
em todo lugar, com o desígnio de manchar ali o Nome
de Deus e de Seu Cristo, de roubar as almas destinadas
à coroa da Glória Eterna, de destruí-las e perdê-las
para sempre.
O dragão maldito transvasou, como rio imundíssimo, o
veneno de sua iniqüidade em homens depravados de
mente e corruptos de coração: incutiu-lhes o espírito
de mentira, impiedade, blasfêmia, e seu hálito
mortífero de luxúria, de todos os vícios e iniqüidades.
Os mais maliciosos inimigos tem enchido de amargura
a Igreja, esposa do Cordeiro Imaculado, tem-lhe dado a
beber absinto, tem posto suas mãos ímpias sobre tudo

- 353 -
o que para Ela é mais sagrado. Onde foram
estabelecidas a Sé do Beatíssimo Pedro e a Cátedra
da Verdade como Luz para as Nações, eles têm
erguido o Trono da Abominação e da Impiedade, de
sorte que, ferido o Pastor, possa dispersar-se o
rebanho.
Oh! Invencível Príncipe, ajuda o povo de Deus contra a
perversidade dos espíritos que lhes atacam e dai-lhes a
vitória. Amém.
A Igreja te venera como seu guardião e patrono, se
gloria que és seu defensor contra os poderes nocivos
terrenos e infernais; Deus te confiou as almas dos
redimidos para colocá-los no estado de suprema
felicidade. Roga ao Deus da Paz que esmague Satanás
sob os nossos pés, para que já não possa reter cativos
os homens e prejudicar a Tua Igreja. Oferece nossas
orações ao Altíssimo, para que o quanto antes desçam
sobre nós as misericórdias do Senhor (Salmo 78,8), e
sujeita o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e
satanás, para o precipitar encadeado nos abismos, de
modo que não possa nunca mais, seduzir as nações.
(Apoc. XX,3). Segue…
Depois disto, confiados em tua proteção e patrocínio,
com a sagrada autoridade da Santa Mãe Igreja, nos
dispomos a rechaçar a peste das fraudes diabólicas,
confiados e seguros em nome de Jesus Cristo, Nosso
Deus e Senhor.

V. Eis aqui a Cruz do Senhor, † fugi potências inimigas!


R. Venceu o Leão da tribo de Judá, o descendente de
Davi.
V. Que a tua misericórdia, Senhor, seja sobre nós.
R. Como nós esperamos em Ti.

- 354 -
V. Senhor, escuta nossa oração.
R. E chegue a Ti nosso clamor.
Se quem o reza é Sacerdote:
V. O Senhor esteja convosco.
R. E com teu espírito.

Oremos: Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,


invocamos Teu Santo Nome e suplicantes imploramos
Tua clemência, para que, por intercessão da Imaculada
Sempre Virgen Maria Mãe de Deus, de São Miguel
Arcanjo, de São José esposo da Santíssima Virgen, dos
Santos Apóstolos Pedro e Paulo e de todos os Santos,
dignai-Vos prestar-nos Vosso auxílio contra Satanás e
todos os demais espíritos imundos que vagam pelo
mundo para dar a perder o gênero humano e para a
perdição das almas. Amém.

Exorcismo: Te exorcizamos, espírito imundo, potência


satânica, invasão do inimigo infernal, legião ou seita
diabólica, em nome e virtude de Nosso Senhor Jesus
Cristo † sejas desarreigado e expulso da Igreja de Deus,
das almas criadas à imagem de Deus e resgatadas pelo
Precioso Sangue do Divino Cordeiro +. Desde esse
momento, não te atrevas mais, pérfida serpente , a
enganar o gênero humano, perseguir † a Igreja de Deus
e sacudir e jœirar como trigo os eleitos de Deus †. No-lo
manda Deus Altíssimo, a quem em tua insolente
soberba ainda pretendes assemelhar-te, “o qual quer
que todos os homens se salvem e cheguem ao
conhecimento da verdade” (II Tim. II).
Manda-to † Deus Pai.
Manda-to † Deus Filho.
Manda-to Deus † Espírito Santo.

- 355 -
Manda-to a Majestade de Cristo, o Verbo Eterno de
Deus feito homem, que para salvação de nossa
progênie perdida pôr tua inveja-se humilhou e “tornou
obediente até à morte”. (Fil. 2,8). Ele que edificou a Sua
Igreja sobre pedra firme e prometeu que as portas do
inferno não prevaleceriam jamais contra Ela, querendo
permanecer com Ela “todos os dias até ao fim do
mundo”(Mat 28,20). Manda-to o sinal sagrado da Cruz,
e a virtude de todos os Mistérios de nossa Fé Cristã+.
Manda-to a poderosa Mãe de Deus, a Virgem Maria, que
desde o primeiro instante da sua Imaculada Conceição,
pela sua humildade esmagou a tua cabeça orgulhosa †.
Manda-to a Fé dos Apóstolos Pedro e Paulo e todos os
outros Santos Apóstolos†.
Manda-to o sangue dos mártires e a piedosa
intercessão de todos os Santos e Santas †.
Então, dragão amaldiçoado e toda legião diabólica, nós
te esconjuramos:
Pelo Deus† Vivo, Pelo Deus† Verdadeiro, Pelo Deus†
Santo, Pelo Deus que tanto amou o mundo que lhe deu
Seu Único Filho, para quem crer n’Ele, não pereça mas
tenha a vida eterna ( Jo, XIV - XV)
Cessa de enganar as criaturas humanas e de derramar
sobre elas o veneno da condenação eterna. Cessa de
danificar a Igreja e de armar laços à sua liberdade. Vai-
te embora satanás, inventor e mestre de enganos,
inimigo da salvação dos homens. Cede lugar a Cristo,
em Quem não encontraste nada em tuas obras.
Cede o lugar à Igreja, Única, Santa, Católica, Apostólica,
que o próprio Cristo adquiriu com o Seu Sangue.
Humilha-te sob a poderosa Mão de Deus, treme e foge à
invocação, feita por nós, do Santo e terrível Nome de
Jesus que faz tremer o inferno: a Quem as Virtude dos

- 356 -
Céus, as Potestades e as Dominações estão submissas;
e que os Querubins e os Serafins louvam sem cessar,
dizendo: “Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus dos
Exércitos.”

V. Senhor, ouvi a minha oração.


R. E chegue até Vós o meu clamor.
Se quem reza é Sacerdote:
V. O Senhor esteja convosco.
R. E com teu espírito.

ORAÇÃO FINAL
(de joelhos)

Oremos: Deus do Céu, Deus da Terra, Deus dos Anjos,


Deus dos Arcanjos. Deus dos Patriarcas, Deus dos
Profetas, Deus dos Apóstolos. Deus dos Mártires, Deus
dos confessores, Deus das Virgens. Deus que tendes o
poder de dar a vida depois da morte, o repouso depois
do trabalho. Porque não há outro Deus senão vós; e,
que não pode haver outro a não ser Vós: Criador de
todas as coisas visíveis e invisíveis, cujo Reino não terá
fim.Com humildade, suplicamos que a Vossa Gloriosa
Majestade se digne livrar-nos poderosamente, e sãos e
salvos de todo o poder, laço e mentira e malvadez dos
espíritos infernais.

V. Das emboscadas do demônio,


R. Livrai-nos Senhor.
V. Dignai-vos conceder à nossa Igreja a segurança e a
liberdade para Vos servir.
R. Nós Vos suplicamos, ouvi-nos Senhor.
V. Dignai-vos humilhar os inimigos da Santa Igreja.

- 357 -
R. Nós Vos suplicamos, escutai-nos Senhor.
(Aspergir com água benta as pessoas e o lugar)

Senhor, não recordes nossos delitos nem os de nossos


pais, nem tomes vingança de nossos pecados (Tobias,
III,3).
Pai Nosso.

AO ANJO DA GUARDA
Novena de 23 de setembro a 1 de Outubro. Festa dia 2.

SÚPLICAS AO ANJO CUSTÓDIO

1. Oh! Meu Anjo custódio, príncipe celestial e meu


ardoroso tutor, alcançai-me perdão dos desgostos que
a Deus e a Vós tenho dado e imprimi na minha alma tão
profundo respeito para convosco, que nunca me atreva
a fazer coisa que vos desagrade.
Pai Nosso. Ave Maria. Gloria Patri.

2. Oh! Meu piedoso guia, médico e poderoso


intercessor, alcançai-me graça para curar-me das
misérias que me oprimem, superar os obs-táculos à
salvação, e obedecer prontamente às vossas
inspirações.
Pai Nosso. Ave Maria. Gloria Patri.

3. Oh! Espírito puríssimo, fiel ministro do Todo-


poderoso, impetrai-me a graça de propagar o vosso
culto, de esmerar-me na devoção à vossa augusta
Rainha, e de viver enfim convosco no Céu.
Pai Nosso. Ave Maria. Gloria Patri.

- 358 -
Jaculatória: Santo Anjo do Senhor, meu zeloso
guardador, já que a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, guarda, go-verna e ilumina. Amen.

V. Louvar-vos-ei, Deus meu, em presença de Vossos


Anjos.
R. Adorar-vos-ei em Vosso Templo e confessarei o
Vosso Nome.

Oremos: Deus, que por inefável providência vos


dignastes enviar os vossos Anjos para nossa guarda;
concedei aos vossos fiéis que sejam sempre defen-
didos pelo seu patrocínio e gozem eternamente de sua
companhia. Por Cristo Senhor Nosso.
R. Amém.

ORAÇÃO AO ANJO DA GUARDA


(São João Berchmans)

Anjo Santo, de Deus querido, que por divina disposição


me tomastes debaixo de vossa santa guarda desde o
primeiro instante do meu ser e nunca cessastes de me
defender, iluminar e reger: eu vos venero como
padrœiro, amo-vos como guarda, submeto-me à vossa
direção e me dou todo a vós para ser por vós
governado. Pelo amor de Jesus Cristo vos rogo e
suplico que, ainda quando eu vos for ingrato ou rebelde
às vossas inspirações, não me abandoneis, antes
benignamente me reponhais em caminho direito,
quando dele me desviar. Iluminai-me nas minhas
dúvidas, nas quedas levantai-me, fortalecei-me nos
perigos, até me introduzirdes no céu, a gozar convosco
da eterna felicidade. Amém.

- 359 -
A SÃO RAFAEL
Novena de 14 a 23 de Outubro. Festa dia 24.

Antífona das IIas Vésperas: Oh! Gloriossíssimo


Príncipe, Rafael Arcanjo, lembra-te de nós diante do
Filho de Deus, aqui e em toda a parte.

V. O Anjo parou junto ao altar do Templo.


R. Tendo na mão um turíbulo de Ouro.

Colecta da Missa: Oh! Deus, que destes por guia ao


vosso servo Tobias o bem-aventurado Arcanjo Rafael,
fazei que sejamos sempre defendidos e auxiliados com
a sua proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso
Filho que convosco vive e reina na unidade do Espírito
Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

A SÃO GABRIEL
Novena de 14 a 23 de Março. Festa dia 24.

Lição de S. Bernardo: “Só Gabriel, dentre todos os


anjos foi digno de ser enviado a Maria para Lhe
anunciar os desígnios de Deus.”

V. O Anjo parou junto ao altar do Templo.


R. Tendo na mão um turíbulo de Ouro.

Colecta da Missa: Oh! Deus, que dentre todos os anjos


Vos dignastes escolher o arcanjo Gabriel para anunciar
o mistério da Vossa Encarnação, fazei com que,
celebrando a sua festa na Terra, mereçamos no Cé a
sua proteção. Vós que viveis e reinais por todos os
séculos dos séculos. Amém.

- 360 -
CAPÍTULO XII – DEVOÇÕES AOS SANTOS

“A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as


orações dos santos, diante de Deus.”
(Apocalypsis, VIII, 4)

“Aos que fizeram tudo o que tiveram ao seu alcance para


permanecer fiéis, não lhes faltará, nem a guarda dos
anjos nem a proteção dos santos”.
(Santo Hilário de Poitiers)

“Comemoramos os que adormeceram no Senhor antes de


nós: patriarcas, profetas, Apóstolos e mártires, para que
Deus, por suas intercessões e orações, se digne receber as
nossas.”
(São Cirilo de Jerusalém)
- 361 -
ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA
Festa no Domingo após a Epifania.

Jesus, Maria e José, modelos perfeitíssimos de


recolhimento, caridade e humildade, alcançai-nos a
graça de imitarmos as sublimes virtudes que
praticastes na terra e dignai-vos proteger a todos nós,
que agora prostrados na vossa presença imploramos o
vosso patrocínio. Lembrai-vos, Oh! Jesus, Maria e José,
de que somos inteiramente vossos; defendei-nos, pois,
de todo e qualquer perigo, socorrei-nos em nossas
necessidades e dai-nos graças para nos mantermos
constantemente na imitação da vossa santa Família, a
fim de que, servindo-vos fielmente na terra, possamos
depois bendizer-vos por toda a eternidade no Céu.
Amém.

DEVOÇÕES A SÃO JOSÉ


Padroeiro dos Estados do Amapá, Ceará e Maranhão
Novena de 9 a 18 de Março. Festa dia 19.

CONSAGRAÇÃO
Oh! Glorioso Patriarca S. José, que por Deus fostes
estabelecido para cabeça e guarda da mais santa entre
as famílias, dignai-vos lá do Céu ser também cabeça e
guarda desta, que aqui está prostrada diante de vós e
pede a recebais sob o manto do vosso patrocínio. Nós
desde este momento vos escolhemos para Pai protetor,
conselheiro, guia e padroeiro e pomos debaixo da
vossa guarda especial a nossa alma, corpo e bens.
quanto temos e somos, a vida e a morte.
Olhai-nos como vossos filhos e coisa vossa. Defendei-
nos de todos os perigos, de todos os . ardis e de todos
- 362 -
os enganos de nossos inimigos visíveis e invisíveis.
Assisti-nos em todos os tempos, em todas as
necessidades, consolai-nos em todas as amarguras dá
vida, mas em especial na agonia da morte. Dizei em
nosso favor uma palavra àquele amável Redentor que
em Menino trouxestes em vossos braços, àquela
Virgem gloriosa de quem fostes amantíssimo Esposo.
Oh! alcançai-nos deles aquelas bênçãos que conheceis
serem proveitosas ao nosso verdadei-ro bem e eterna
salvação. Numa palavra, ponde esta (Família ou
Congregação) no número das que amais e ela
procurará por meio de uma vida verdadeiramente
cristã não se tornar indigna de vosso especial
patrocínio. Assim seja.

NOVENA DO PATROCÍNIO
De 22 a 30 de Abril. Festa em 1º de Maio.

1. Nas angústias deste vale de lágrimas a quem


havemos de recorrer, nós, miseráveis, senão a vós,
glorioso S. José, a quem a Rainha dos Anjos, vossa
amantíssima Esposa, consignou todos os seus tesouros,
para que em nosso proveito os guardásseis?
— Ide a meu Esposo José! Parece dizer-nos Maria
Santíssima; ele vos consolará e, aliviando-vos do mal
que vos aflige, vos dará a alegria e felicidade.
Ó glorioso S. José, pelo ardentíssimo amor que tivestes
a uma Esposa tão digna e amável, tende compaixão de
nós.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
2. Ofendemos certamente a divina justiça com os
nossos pecados e merecemos os mais severos castigos.

- 363 -
Qual será o nosso refúgio? Qual o porto em que
estaremos seguros?
— Ide a José! Parece dizer-nos Jesus; ide a José, a quem
eu sempre, como a um Pai, obedeci. Todo o meu poder
lhe comuniquei, para que dele se sirva em vosso bem.
Oh! Glorioso S. José, pelo ardentíssimo amor que
tivestes a um Filho tão adorável e querido, tende
compaixão de nós.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
3. Confessamos que os nossos pecados cha-mam sobre
nós os mais pesados flagelos. Qual será para nós a arca
de salvação? Qual o íris propício que em tal angústia
nos sirva de con-forto?
— Ide a José, parece dizer-nos o Eterno Pai: ide a José
que fez na terra as minhas vezes para com meu Filho
humanado. Si lhe confiei o meu Filho, fonte de todas as
graças, todas as graças em suas mãos depositei.
Oh! Glorioso S. José, pelo ardentíssimo amor que
tivestes ao Eterno Deus, tão liberal para convosco,
tende compaixão de nós.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

AS SETE DORES E SETE ALEGRIAS DE SÃO JOSÉ

I. Oh! Esposo puríssimo de Maria Santíssima, glorioso


São José, assim, como foi grande a amargura de vosso
coração na perplexidade de abandonardes a vossa
castíssima Esposa, assim foi indizível a vossa alegria
quando pelo Anjo vos foi revelado o soberano mistério
da Encarnação.
Por esta tristeza e por esta alegria, vos pedimos a graça
de consolardes agora e nas extremas dores, a nossa
alma, com a alegria de uma vida justa e de uma santa
- 364 -
morte, semelhante à vossa, assistidos por Jesus e por
Maria.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
II. Oh! felicíssimo Patriarca, glorioso São José, que
fostes escolhido para ser o Pai adotivo do Verbo
emanado, a tristeza que sentistes ao ver nascer em
tanta pobreza o Deus menino, se vos mudou em júbilo
celeste ao ouvirdes a Angélica harmonia e ao
contemplardes a glória daquela brilhantíssima noite.
Por esta tristeza e por esta alegria, vos suplicamos a
graça de nos alcançardes que, depois da jornada desta
vida, passemos a ouvir os angélicos louvores e a gozar
os resplendores de glória celeste.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
III. Oh! Obedientíssimo executor das divinas Leis,
glorioso São José, o sangue preciosíssimo que na
Circuncisão derramou o Redentor-Menino vos
transpassou o coração, mas o nome de Jesus vo-lo
reanimou, enchendo-o de contentamento.
Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos viver
sem pecado, a fim de expirar cheios de júbilo com o
nome de Jesus no coração e na boca.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
IV. Oh! Fidelíssimo Santo, que tivestes parte nos
mistérios de nossa Redenção, glorioso São José, se a
profecia de Simeão a respeito do que Jesus e Maria
teriam de padecer, vos causou mortal angústia,
também vos encheu de suma alegria pela salvação e
gloriosa ressurreição que, igualmente, predisse teria de
resultar para inumeráveis almas.
Por esta tristeza e por esta alegria, obtende-nos que
sejamos do número daqueles que, pelos méritos de

- 365 -
Jesus e pela intercessão da SS. Virgem, sua Mãe, têm de
ressuscitar gloriosamente.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
V. Oh! Vigilantíssimo custódio, íntimo familiar do
Filho de Deus encarnado, glorioso São José, quanto
sofrestes para alimentar e servir o Filho do Altíssimo,
particularmente na fuga com Ele para o Egito. Mas,
qual não foi também vossa alegria o por terdes sempre
convosco o mesmo Deus e por verdes cair por terra os
ídolos egípcios.
Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos que,
afastando para longe de nós o infernal tirano,
especialmente, com a fuga das ocasiões perigosas,
sejam extirpados do nosso coração todos os idílios de
afetos terrenos e que, inteiramente dedicados ao
serviço de Jesus e de Maria, para eles somente vivamos
e, na alegria do seu amor, expiremos.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
VI. Oh! Anjo da terra, glorioso São José, que cheio de
pasmo vistes o Rei do Céu submisso a vossos
mandados, se a vossa consolação, ao reconduzi-lo do
Egito, foi turbada pelo temor de Arquelau, contudo,
sossegado pelo Anjo, permanecestes alegre em Nazaré
com Jesus e Maria.
Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos a graça
de desterrar do nosso coração todo temor nocivo, de
gozar a paz da consciência, de viver seguros com Jesus
e Maria e também de morrer assistidos por eles.
Pai Nosso, Ave Maria, Glória.
VII. Oh! Exemplar de toda santidade, glorioso São
José, que perdeste, sem culpa vossa, o Menino Jesus, e
com grande angústia houvestes de procurá-lo por três

- 366 -
dias até que, com sumo júbilo, gozastes do que era
vossa vida, achando-o no Templo entre os doutores.
Por esta tristeza e por esta alegria, vos suplicamos, com
o coração nos lábios, que interponhais o vosso
valimento para que nunca se suceda perder a Jesus por
culpa grave; mas, se por desgraça o perdermos, com
tão grande dor o procuremos que o achemos favorável,
especialmente em nossa morte, para passarmos a gozá-
la no céu e lá cantarmos convosco suas divinas
misericórdias.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

V: Rogai por nós, Santíssimo José.


R: Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.
Oremos: Oh! Deus, que por Vossa inefável
Providência Vos dignastes escolher o bem-aventurado
São José para Esposo de Nossa Mãe Santíssima,
concedei-nos que aquele mesmo que na terra
veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por
nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os
séculos dos séculos. Amém.

ORAÇÃO PELOS AGONIZANTES


300d. CD.

Eterno Pai, pelo amor que tendes a S. José escolhido


por Vós para ser o vosso represen-tante na terra: tende
misericórdia de nós e dos pobres moribundos.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Eterno Filho, pelo amor que tendes a São José, vosso
guarda fidelíssimo, tende misericór-dia de nós e dos
pobres moribundos.
- 367 -
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Eterno Espírito Santo, pelo amor que ten-des a S. José,
zelosíssimo guarda da SSma. Virgem Maria, vossa
amada Esposa, tende mi-sericórdia de nós e dos
pobres.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

VIRGINUM CUSTOS
3a. CD. durante o ano. 7a. CD. às quartas-feiras e
durante o mês de março. PM.

VIRGINUM custos et pater, Guardião e pai das


sancte Ioseph, cuius fideli virgens, São José, a cuja
custodiӕ ipsa Innocentia fiel proteção foram
Christus Iesus et Virgo confiados Jesus Cristo, a
virginum Maria commissa própria inocência, e Maria,
fuit; te per hoc utrumque virgem das Virgens; em
carissimum pignus Iesum nome desse duplo depó-
et Mariam obsecro et sito que tão caro vos foi,
obtestor, ut me, ab omni Jesus e Maria, vos suplico
immunditia prӕservatum, que me conserveis isento
mente incontaminata, pu- de toda impureza, para
ro corde et casto corpore que com espírito puro e
Iesu et Mariӕ semper corpo casto, sempre sirva
facias castissime famulari. fielmente a Jesus e Maria.
Amen. Amém.

ORAÇÃO A SÃO JOSÉ PELA FAMÍLIA

Grande Santo, a quem Deus confiou o cuidado da mais


Santa Família que jamais houve, sede vós, vo-lo
pedimos, o pai e protetor da nossa, e impetrai-nos a

- 368 -
graça de vivermos e morremos no amor de Jesus, de
Maria e do vosso. Amém.
Pai Nosso. Ave Maria. Gloria

AVE SÃO JOSÉ


(São Luiz Maria de Montfort)

Ave São José, homem justo, a Sabedoria está convosco,


bendito é JESUS, o fruto de Maria, vossa fiel esposa. São
José, digno pai e protetor de JESUS CRISTO, rogai por
nós pecadores, e obtende-nos de DEUS a Divina
Sabedoria, agora e na hora da nossa morte. Amém.

ORAÇÃO PARA DEPOIS DO ROSÁRIO


300d. CV. após o Rosário; 7a e 7q CV quando rezada
publicamente depois do Rosário durante o mês de
Outubro. (Leão XIII, 15 Ago. 189).

A vós recorremos, bem-Aventurado São José, em


nossas tribulações e depois de ter implorado o socorro
de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança
solicitamos tam-bém o Vosso patrocínio. Por este laço
sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada
Mãe de Deus, e pelo paternal amor que tivestes ao
Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que
lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus
Cristo conquistou-nos com o Seu Sangue, e nos
socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio
e poder. Protegei, Oh! Guarda Providente da Divina
Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe
de nós, Oh! Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.
Assisti-nos do alto do Céu, Oh! nosso fortísismo
sustentáculo na luta contra o poder das trevas; e assim

- 369 -
como outrora salvastes da morte a Vida ameaçada do
Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa
Igreja de Deus contra as ciladas dos seus inimigos e
contra toda adversidade. Amparai a cada um de nós
com o Vosso constante patrocínio, afim de que a Vosso
exemplo e sustentados por vosso auxílio possamos
viver virtuosamente, morrer piedosamente e alcançar
no Céu a eterna bem-aventurança. Amém.

LADAINHA DE SÃO JOSÉ


Aprovada por São Pio X em 1909. 5a. PM (Sagr. Congreg.
dos Ritos, 21 mar. 1935).

Kyrie eleison. Senhor tende piedade de


nós.
Christe eleison. Jesus Cristo tende piedade
de nós.
Kyrie eleison. Senhor tende piedade de
nós.
Christe, audi nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.
Christe, exaudi nos. Jesus Cristo, atendei-nos.
Pater de cӕlis, Deus, Pai Celeste que sois Deus,
miserere nobis. tende piedade de nós.
Fili, Redemptor mundi, Filho Redentor do mundo,
Deus, que sois Deus,
Spiritus Sancte Deus, Espírito Santo, que sois
Deus,
Sancta Trinitas, unus Santíssima Trindade, que
Deus, sois um só Deus,
Sancta Maria, Santa Maria,
ora pro nobis. rogai por nós.
Sancte Ioseph, São José,
Proles David inclyta, Ilustre herdeiro de Davi,
- 370 -
Lumen Patriarcharum, Luz dos Patriarcas,
Dei Genitricis Sponse, Esposo da Mãe de Deus,
Custos pudice Virginis, Guarda da Virgem pura
Filii Dei nutricie, Nutridor do Filho de Deus,
Christi defensor sedule, Insigne defensor de Cristo,
Almӕ Familiӕ prӕses, Chefe da Santa Família,
Ioseph iustissime, José justíssimo,
Ioseph castissime, José castíssimo,
Ioseph prudentissime, José prudentíssimo,
Ioseph fortissime, José fortíssimo,
Ioseph oboedientissime, José obedientíssimo,
Ioseph fidelissime, José fidelíssimo,
Speculum patientiӕ, Espelho de paciência,
Amator paupertatis, Amador da pobreza,
Exemplar opificum, Modelo dos operários,
Domesticӕ vitӕ decus, Honra da vida doméstica,
Custos virginum, Guarda das virgens,
Familiarum columen, Amparo das famílias,
Solatium miserorum, Alívio dos infelizes,
Spes ӕgrotantium, Esperança dos enfermos,
Patrone morientium, Patrono dos moribundos,
Terror dӕmonum, Terror dos demônios,
Protector sanctӕ Ecclesiӕ, Protetor da Santa Igreja

Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus, que


peccata mundi, parce tirais o pecado do mundo,
nobis, Domine. perdoai-nos Senhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus que
peccata mundi, exaudi tirais o pecado do mundo,
nobis, Domine. ouvi-nos Senhor.
Agnus Dei, qui tollis Cordeiro de Deus que
peccata mundi, miserere tirais o pecado do mundo,
nobis. tende piedade de nós.
- 371 -
V. Constituit eum domi- V. Deus o constituiu se-
num domus suӕ. nhor de sua casa.
R. Et principem omnis R. E príncipe de toda a
possessionis suӕ. posteridade.

Oremus: Deus, qui in inef- Oremos: Oh! Deus, que,


fabili providentia beatum por uma infalível provi-
Ioseph sanctissimӕ Geni- dência, vos dignastes esco-
tricis tuӕ Sponsum eligere lher o bem-aventurado
dignatus es, prӕsta, quӕ- São José para Esposo de
sumus, ut quem prote- Vossa Mãe Santíssima,
ctorem veneramur in ter- concedei-nos que aquele
ris, intercessorem habere mesmo que na Terra vene-
mereamur in cӕlis: Qui ramos como protetor, me-
vivis et regnas in sӕcula reçamos ter no Céu, como
sӕculorum. intercessor. Vós que viveis
e reinais por todos os sé-
Amen. culos dos séculos. Amém.

A SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA


Proclamado padroeiro do Brasil pelo Papa Leão XII em
31 de maio de 1826. E confirmado por Pio IX em 1862.
Novena de 9 a 18 de Outubro. Festa dia 19.

Colecta da Missa: Oh! Deus que Vos dignastes ilustrar


o bem-aventurado Pedro, Vosso Confessor, com o dom
admirável da penitência e da mais elevada
comtemplação, concedei-nos, por seus merecimentos e
sufrágios, a graça da mortificação da carne para mais
facilmente apreendermos as coisas do Céu. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo Vosso Filho, que Convosco vive e
reina, na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os
séculos dos séculos. Amém.
- 372 -
ORAÇÃO A SÃO PEDRO APÓSTOLO
Patrono do Rio Grande do Sul.
Festas: 18 de Janeiro (cátedra de Roma); 22 de Fevereiro
(cátedra de Antioquia); 29 de Junho (martírio);
1 de Agosto (Libertação do cárcere - Ad Vincula).
Pode ser usada como novena de 19 a 28 de Junho.

Gloriosíssimo Apóstolo, São Pedro, creio que vós sois o


fundamento da Igreja, o Pastor Universal de todos os
fiéis, o Depositário das Chaves do Céu, o verdadeiro
Vigário de Jesus Cristo; e eu me glorio de ser vossa
ovelha, vosso súdito e filho.
Uma graça vos peço com toda a minha alma: guardai-
me sempre unido a vós e fazei que antes me seja
arrancado do peito o coração do que o amor e plena
submissão que vos devo nos vossos sucessores, os
Pontífices Romanos.
Viva eu e morra como vosso filho e filho da Santa Igreja
Católica, Apostólica, Romana. Amém.

DEVOÇÃO A SÃO PAULO APÓSTOLO


Patrono do Estado de São Paulo.
Festas: 25 de Janeiro (conversão); 29 de Junho
(martírio); 30 de Junho (memória).
Novena principal: 20 a 29 de Junho.

ORAÇÃO CONTRA OS MALES DA IMPRENSA LIVRE


300d. C.D.

Oh! Gloriosissimo apóstolo, que com o vosso grande


zelo trabalhastes para destruir em Éfeso os escritos,
que sabíeis serem a causa da corrupção dos fiéis,
dignai-vos, também agora, volver sobre nós um olhar

- 373 -
benigno. Vede como uma imprensa ímpia e livre tenta
arrancar dos corações o tesouro precioso da fé e da
pureza dos costumes. Iluminai, Oh! Santo Apóstolo, a
mente de tantos escritores perversos, para que
desistam de vez do propósito de corromper as almas
com sua doutrina e pérfidas insinuações; fazei que seus
corações detestem o mal que produzem no rebanho
eleito de Jesus Cristo. Obtende-nos também a graça de,
dóceis à voz do Chefe da Igreja, nunca admitirmos a
leitura de livros perversos e só procurarmos ler e
difundir, quanto em nós estiver, os livros que, com seu
ensino salutar, cooperaram para maior glória de Deus,
exaltação da Santa Igreja e salvação das almas. Amém.

A SANTA ROSA DE LIMA


Padroeira das Américas.
Novena de 21 a 29. Festa dia 30 de Agosto.

Antífona das Ias Vésperas: Fostes abençoada por


Deus, Rosa, em todo o tabernáculo de Jacó; porque
todos os que ouviram o vosso nome, magnificaram em
vós o Deus de Israel.
Antífona das IIas Vésperas Rosa, nossa irmã, sê para
nós um bem e por teu intermédio viva a nossa alma.

Coleta da Missa: Deus onipotente, dispenseiro de


todos os bens, que, derramando o orvalho da Vossa
divina graça sobre Santa Rosa a fizestes surgir entre os
índios com o duplo esplendor da virgindade e da
paciência, concedei aos que procuram imitar as suas
virtudes, a graça de se tornarem o bom odor de cristo.
Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos
séculos. Amém.

- 374 -
ORAÇÃO A SÃO JUDAS TADEU
Novena de 19 a 27 de Outubro. Festa dia 28.

S. Judas Tadeu, glorioso Apóstolo, fiel servo e amigo de


Jesus Cristo, o nome do traidor é causa de serdes
esquecido por muitos, mas a Santa Igreja honra-vos e
invoca-vos universalmente como padroeiro dos casos
desesperados e sem remédio. Intercedei por mim, que
sou tão miserável; ponde em prática, eu vo-lo rogo, o
privilégio particular que vos é concedido, a fim de
trazer ajuda pronta e visível onde isso é quase
impossível. Vinde valer-me nesta grande aflição para
que eu possa receber as consolações e socorros do Céu
em todas as minhas necessidades e sofrimentos, e que
eu possa bendizer a Deus convosco e com todos os
eleitos por toda a eternidade. Eu vos prometo, bem-
aventurado S. Judas Tadeu, ter sempre presente esta
grande graça e não cessar de honrar-vos, como meu
especial e poderoso padroeiro e farei quanto possa
para espalhar a devoção para convosco. Amém.

A SÃO JOÃO BOSCO


Patrono do Distrito Federal.
Novena de 22 a 30 de janeiro. Festa dia 31.

Coleta da Missa: Oh! Deus, que esoclhestes o bem-


aventurado João Bosco, vosso confessor, para pai e
mestre da juventude e Vos dignastes constituir na
Vossa Igreja, por intermédio dele, uma nova família
religiosa, sob o aptrocínio da Virgem Maria auxiliadora,
faei com que, inflamados no fogo do memso amor, nos
votemos tamvém a salvação das almas e ao Vosso santo
serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho que

- 375 -
convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

ORAÇÃO A SANTA ANA, MÃE DE NSA. SRA.


Padroeira do Estado de Goiás.
Novena de 17 a 25 de Julho. Festa dia 26.

Coelta da Missa: Oh! Deus que Vos dignastes copnferir


a Santa Ana a graça de dar à luz a Mãe do vosso Filho
unigênito, fazei por vossa misericórdia que, celebrando
a sua solenidade, sintamos os efeitos da sua proteção.
Pelo mesmo Cristo Senhor Nosso. Amém.

A SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO


Padroeiro do Estado de Tocantins.
Novena de 26 de Julho a 3 de agosto. Festa dia 4.

Coleta da Missa: Oh! Deus, que Vos dignastes iluminar


a Igreja com os merecimentos e a palavra do bem-
aventurado Domingos, vosso Confessor, fazei com sua
intercessão que nunca lhe faltem os auxílios temporais
e caminhe sempre em novos progressos nas obras do
espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosos Filho,
que convosco vive e reina, na unidade do Espírito
Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

A SÃO FRANCISCO DE ASSIS


De 25 de setembro a 3 de outubro. Festas a 4 de outubro
e 17 de setembro (Impressão dos Estigmas).

Colecta da Missa: Oh! Deus, que pelos merecimentos


do bem-aventurado Francisco Vos dignastes
enriquecer a Vossa Igreja com uma nova família

- 376 -
religiosa, concedei-nos a graça de a seu exemplo
desprezar as coisas da terra e sentir a alegria de
participar das do céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosos Filho, que convosco vive e reina, na unidade do
Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
Amém.
A SÃO LUIS IX, REI DA FRANÇA
Patrono do Estado do Maranhão.
Novena de 17 a 24 de Agosto. Festa dia 25.

Para Pedir Pureza


(Condestável Bertrand du Guesclin)
Guardai-me puro como o lírio de vosso brasão, vós que
mantínheis vossa palavra mesmo dada a um infiel, fazei
que jamais a mentira passe por minha boca, ainda que
a franqueza devesse me custar a vida. Homem de
proezas, incapaz de recuos, cortai as pontes para os
meus fingimentos e que eu caminhe sempre para o
ponto mais duro do combate. Amém.

ORAÇÃO A SÃO THOMAS MORE


Novena de 30 de Junho a 8 de Julho. Festa dia 9.

Oh! Thomas More, advogado e estadista íntegro, bem-


aventurado mártir e mais humano dos santos. Rogai
para que para maior glória de Deus, e busca de Sua
justiça, eu possa ser um confidente confiável, afiado
nos estudos, acurado nas análises, correto nas
conclusões, hábil na argumentação, leal para com os
clientes, honesto com todos, cortês para com o meu
opositor, e sempre atento à consciência. Sente-se
comigo no meu escritório e ouça comigo os casos dos
meus clientes. Leia comigo meus livros e esteja comigo,

- 377 -
afim de que, hoje, ganhando uma causa eu não venha a
perder minha alma.
Rogai por minha família, para que ela encontre em mim
o que a vossa encontrou em vó: amizade, coragem,
alegria, caridade, diligência nos trabalhos, conselho na
adversidade e paciência nas penas. Rogai também para
que eu seja bom servidor do governo, mas de Deus
primeiro. Amém.

A SANTO ANTONIO DE LISBOA


Trezena de 31 de Maio a 12 de Junho.
Novena de 3 a 12. Festa dia 13.

Responso de Santo Antônio


(300d. CV)

Se milagres tu procuras,
Pede-os logo a Santo Antônio:
Fogem dele as desventuras,
O erro, os males e o demônio.

Torna manso o iroso mar,


Da prisão quebra as correntes,
Bens perdidos faz achar
E dá saúde aos doentes.

Aflições, perigos cedem,


Pela sua intercessão:
Dons recebem se lhos pedem
O mancebo e o ancião.

Em qualquer necessidade,
Presta auxílios soberanos.

- 378 -
De sua alta caridade
Fale a voz dos paduanos.

Glória seja dada ao Pai,


Glória ao Filho, nosso Bem.
E glória ao Espírito Santo,
Nos séculos sem fim, amém.

V: Rogai por nós, bem-aventurado Santo António.


R: Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.

Oremos: Oh! Deus, nós vos suplicamos, que alegre à


Vossa Igreja a solenidade votiva do bem-aventurado
Santo António, vosso Confessor e Doutor, para que,
fortalecida sempre com os espirituais auxílios, mereça
gozar os prazeres eternos. Por Jesus Cristo, Nosso
Senhor. Amen.

NOVENA DA GRAÇA A S. FRANCISCO XAVIER


Começa a 4 de Março e termina a 12 do mesmo mês.

Oh! Glorioso e amantíssimo S. Francisco Xavier,


convosco humildemente adoro a divina majestade e lhe
dou infinitos louvores pelos singularíssimos dons de
graças que vos conce-deu durante a vida, e de glória
depois da morte; e com todo o coração vos peço me
alcanceis, preciosíssima graça de viver e morrer santa-
mente. Peco-vos também... (pede-se a graça desejada) e
se isto não é da maior glória de Deus e maior bem da
minha alma. Alcançai-me o que a uma e a outro for
mais conforme. Assim seja.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

- 379 -
DEVOÇÃO A SÃO BENTO E SANTO AMARO
Festa em 15 de janeiro

BENÇÃO DE S. BENTO E STO. AMARO

Pela Invocação do SSmo. Nome do Senhor, conceda-te a


desejada saúde aquela fé pela qual Santo Amaro curou
os doentes, com as palavras: “Em nome da SSma.
Trindade, e, auxiliado pelos méritos do glorioso Pai São
Bento, N... sê são e, incólume, levanta-te! Em nome do
Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém.”
Oh! Deus, Criador do céu e da terra, que vos dignastes
constituir vosso Único Filho encarnado pelo Espírito
Santo na Virgem Maria, como restaurador do gênero
humano, e curastes as nossas almas das suas chagas e
misérias pelo sacrossanto e glorioso lenho da Cruz
vivificadora, dignai-vos, pela virtude deste sinal
vivificante, restabelecer a saúde a este vosso servo. Por
Cristo Nosso Senhor.
Senhor Jesus Cristo, que destes a meu mestre, São
Bento, o poder de alcançar o que ele pedisse em vosso
nome, dignai-vos por sua intercessão afastar deste
vosso servo todos os males do corpo, para que,
recebendo a saúde, dê graças a vosso santo nome. Vós
que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
Pela invocação da Imaculada Mãe de Deus e sempre
Virgem Maria, e pela intercessão de São Bento e de
Santo Amaro, livre-te desta enfermidade o Poder de
Deus Pai, a Sabedoria de Deus Filho, a Virtude do
Espírito Santo. Amém.
Como for de seu beneplácito, assim seja, assim se faça
em ti, conforme pedes e desejas, para honra e glória da
Cruz de Nossos Senhor Jesus cristo. A benção de Deus

- 380 -
onipotente, Pai, Filho, e Espírito Santo, desça sobre ti e
permaneça para sempre. Amém.

NOVENA A SANTO AMARO


De 6 a 14 de janeiro.

Antífona:
Hoje Santo Amaro, estendido sobre o cilício, diante do
altar, morreu feliz. Hoje o primeiro discípulo de são
Bento, subindo com segurança sob a direção da Santa
Regra e, acompanhado pelos coros angélicos, chegou a
cristo Hoje, o homem obediente, cantando vitórias,
mereceu ser coroado pelo Senhor.

Oração:
Oh! Deus, que fizestes Santo Amaro andar a pé enxuto
sobre as águas, para nos dar um exemplo de sua
obediência, concedei-nos, pois, imitemos o que as suas
virtudes ensinam e mereçamos compartilhar de sua
recompensa. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

NOVENA A SÃO BENTO


De 12 a 20 de março. Festa dia 21.

Oração: Oh! Glorioso patriarca São Bento, que vos


mostrastes sempre compassivo com os necessitados,
fazei que também nós, recorrendo à vossa poderosa
intercessão, obtenhamos auxilio em todas as nossas
aflições. Que nas famílias reine a paz e a tranqüilidade;
se afastem todas as desgraças, tanto corporais como
espirituais, especialmente o pecado. Alcançai do
Senhor a graça que vos suplicamos; obtendo-nos
finalmente que, ao terminar nossa vida neste vale de

- 381 -
lágrimas, possamos ir louvar a Deus convosco no
Paraíso.
V. Rogai por nós, glorioso patriarca São Bento,
R. Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.

NOVENA A SANTO INÁCIO DE LOYOLA


De 22 a 30 de julho. Festa dia 31.

1º Dia: Oh! Glorioso Patriarca Sto. Inácio, que pela


generosa, pronta e constante oblação que de vós
fizestes a Deus, vos tornastes perfeito exemplar de uma
verdadeira conversão: fazei que também eu, seguindo a
inspiração divina resolva eficazmente a mudar de vida.
Gloria.

2º Dia: Oh! Glorioso Patriarca, Sto. Inácio, que pela


mortificação de vosso corpo, abnegação de vosso
espírito e rigorosa guarda do vosso coração fostes o
vivo exemplo da mais sincera penitência: fazei que eu
aprenda de vós a mortificar as minhas paixões e a fazer
verdadeira penitência dos meus pecados.
Gloria.
3º Dia: Oh! Glorioso Patriarca Santo Inácio, que pelas
vossas longas peregrinações, pelas excelentes obras de
zelo apostólico e pelas injustas perseguições que
sofrestes com generosa fortaleza, vos revelastes
perfeito exemplar de heróica paciência: fazei que
também eu, sofrendo corajosamente as cruzes que
Deus me manda aprenda de vós a verdadeira paciência
cristã.
Gloria.

- 382 -
4º Dia: Oh! Glorioso Patriarca Sto. Inácio, que pelo
empenho que tínheis em meditar, pelo singular dom da
comtemplação e pelo megistério celeste que tivestes,
de orar, vos tornastes modelo e mestre de oração: fazei
que também eu aplicando-me com atenção ao exercício
da meditação e oração, tire delas verdadeiros frutos de
vida eterna.
Gloria.
5º Oh! Glorioso Patriarca Sto. Inácio, que pelo íntimo
conhecimento de vós mesmo, pelo amor que tivestes a
toda sorte de humilhações e por ocultardes as graças e
dons que recebestes do Céu, vos fizestes exemplar de
perfeita humildade: alcançai-me com vossa poderosa
intercessão esta preciosa virtude, que é o princípio e
fundamento da salvação eterna.
Gloria.
6º Dia: Oh! Glorioso Patriarca Sto. Inácio, que pela
vossa grande e frutuosa confiança em Deus fostes
exemplar de resignação inteira nas disposições da
Providência: fazei que do vosso exemplo aprenda
também eu, nas adversidades desta vida, a pôr toda a
confiança em Deus e a conformar-me com a sua divina
vontade.
Gloria.
7º Dia: Oh! Oh! Glorioso Patriarca Sto. Inácio, que pela
celestial luz que alumiou vossa mente, pelo divino
amor que vos abrasou o coração pela continua união de
vossa alma com Deus vos tornastes um claríssimo
exemplar de caridade para com o mesmo Deus: fazei
que, participando do vosso ardor, ame também o meu
Deus spbre todas as coisas.
Gloria.

- 383 -
8º Dia: Oh! Glorioso Patriarca Sto. Inácio, que pelo
grande zelo da salvação das almas, pelos trabalhos que
por elas sofrestes e pelas obras que empreendestes em
seu favor, vos fizestes glorioso emxemplar de zelo:
alcançai-me que procurando intensamente o bem dos
outros, zele também da minha eterna salvação.
Gloria.
9º dia: Oh! Glorioso Patriarca Sto. Inácio, que pelo
vosso coração sempre desejoso da maior glória de
Deus, da vossa própria santificação e da salvação de
todo o mundo, merecestes ser chamado o santo que
tinha um coração maior que o mundo: impetrai-me
auxílio e forças para amar e servir a Deus, santificando-
me a mim mesmo e fazendo ao meu próximo todo o
bem que puder.
Gloria.
V: Rogai por nós, Santo Inácio.
R: Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.

Oremos: Oh! Deus que para propagar a maior glória


do vosso nome fortalecestes a vossa Igreja militante
com um novo subsídio por meio do bem-aventurado
Inácio: concedei-nos que pelejando na terra com seu
auxílio e à sua imitação, mereçamos ser coroados com
ele no Céu. Por Cristo Senhor nosso. Amém

SÚPLICAS A SÃO JOÃO BERCHMANS


Novena de 17 a 25 de Novembro. Festa dia 26.

1. Inocentíssimo S. João, pela singular pureza do vosso


coração vos suplico me alcanceis a graça de imitar-vos
nesta tão bela virtude, guardando-me para que jamais

- 384 -
a perca e inspirando-me sumo horror aquelas culpas
que d’algum modo a podem manchar.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Gloria.
2. Modestíssimo S. João, pelo diligentíssimo recato dos
vossos sentidos, que no mundo vos tornou tão
admirável, vos suplico me alcanceis a graça de
mortificar os meus, de sorte que nunca deixe entrar
por eles o veneno do maldito pecado.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Gloria.
3. Religiosíssimo s. João, pela exatísisma observância
com que praticastes as regras do vosso instituto, vos
suplico me impetreis do Senhor a graça de guardar
perfeitamente a sua santa lei e de ter ao menos uma
alta estima dos conselhos evangélicos e da vida
religiosa.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Gloria.
4. Devotíssimo S. João, por aquele terno afeto com que
amastes a S. Luiz Gonzaga como irmão e a Maria
Santíssima como Mãe, vos suplico a graça de ter eu
também a S. Luiz como especial protetor e exemplar, e
tão ardente devoção para com Maria Santíssima, que
convosco continuamente exclame: Não descansarei até
alcançar um amor terno à Santíssima Virgem, minha
Mãe amorosíssima.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Gloria.
5. Fervorossísimo S. João, pela vossa admirável
devoção ao Santíssimo Sacramento do Altar e a Jesus
Crucificado, vos suplico me alcanceis tal reverência a
Jesus que nunca em lugar algum e principalmente na
Igreja, falta ao respeito devido ao Sacramento do seu
amor e me glorie sempre em toda a parte da sua Cruz,
de maneira que, depois de havê-lo seguido como fiel

- 385 -
discípulo na terra, mereça gozá-lo convosco
eternamente no Céu.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Gloria.

V. Rogai por nós, S. João Berchmas.


R. Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.

Oremos: Concedei-nos Senhor Deus, como vos


pedimos, aos vosso servos que imitem em vosso
serviço os exemplos de inocência e fidelidade com que
o angélico jovem João consagrou a flor de sua vida. Por
Cristo Senhor Nosso. Amém.

DEVOÇÃO A SÃO LUIS GONZAGA


Novena de 12 a 20 de Junho. Festa dia 21.

ORAÇÃO A SÃO LUIS


100d. CD.

Oh! Luís, Santo adornado de angélicos costumes, eu,


vosso indigníssimo devoto, vos recomendo
singularmente a castidade da minha alma e do meu
corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que
intercedais por mim ante o Cordeiro Imaculado. Cristo
Jesus, e sua santíssima Mãe, a Virgem das virgens, e me
preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja
manchado com a mínima nódoa de impureza; mas,
quando me virdes em tentação ou perigo de pecar,
afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos
impuros e despertando em mim a lembrança da
eternidade e de Jesus Crucificado, imprimi
profundamente no meu coração o sentimento do santo

- 386 -
temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que,
imitando-vos cá na terra, mereça gozar de Deus
convosco lá no Céu. Amem.

V. Rogai por nós São Luis.


R. Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.
Oremos: Oh! Deus, distribuidor dos dons celestes, que
no angélico jovem Luiz reunistes admirável inocência
de vida com igual penitência, pelos seus merecimentos
e orações concedei-nos que, se na inocência o não
seguimos, o imitemos na penitência. Por Cristo, Senhor
nosso.
R. Amen.

CONSAGRAÇÃO A SÃO LUIS


300 d. CD. PM durante junho, na festa ou oitava (Leão
XIII, 12 de Junho de 1894).

Oh! glorioso S. Luís, adornado pela Igreja com o belo


titulo de jovem angélico, pela vida puríssima que no
mundo vivestes, a vós recorro neste dia com o mais
ardente afeto d’alma e coração e a vós inteiramente me
consagro. Oh! perfeito modelo, Oh! benigno e
poderoso Protetor, quanto preciso do vosso auxilio!
Preparam-me insídias o mundo e o demônio, sinto a
veemência das paixões, conheço a fraqueza e
inconstância da minha idade. Quem poderá defender-
me, senão vós, Oh! angélico santo, glória, honra e
amparo dos jovens? A vós, pois, recorro com toda a
minha alma, a vós com todo o meu coração me entrego
e consagro.

- 387 -
Intento assim, prometo e quero ser vosso especial
devoto e glorificar-vos por vossas sublimes virtudes e
especialmente pela vossa angé-lica pureza: imitar os
vossos exemplos e pro-mover a vossa devoção entre os
meus compa-nheiros; invocar e bendizer o vosso santo
e amável nome até o último suspiro da minha vida.
Sim: consagro-vos toda a minha, alma. todos os meus
sentidos, todo o meu coração e todo o meu ser.
Eis-me, pois, todo vosso, Oh! meu amável S. Luís, e
vosso quero ser para sempre. Ah! Guardai-me.
Defendei-me e conservai-me como coisa vossa, assim
de que. servindo-vos e honrando-vos, possa melhor
servir e honrar a Jesus e Maria, e por último ver e
louvar a Deus convosco, no paraíso, por séculos sem
fim. Amen.

SÚPLICAS A SÃO LUIS

1. Suplico-vos, Oh! ilibadíssimo S. Luís, pela vossa


admirável pureza, que me deis desejo de vos imitar
nesta angélica virtude, vencendo todas as ocasiões de
manchá-la, dê modo que a conserve inviolada até unir-
me convosco na celeste bem-aventurança, prometida
aos inocen-tes e limpos de coração.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
2. Suplico-vos, Oh! amabilíssimo S. Luís, pela vossa
austera penitência e pela guarda dos vossos sentidos,
que me obtenhais um ódio santo contra mim mesmo e
contra o meu corpo, para que, mortificando os meus
sentidos, os faça servir de instrumentos para honrar e
nunca para ultrajar a Majestade divina.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

- 388 -
3. Suplico-vos, Oh! gloriosíssimo S. Luís, pela vitória
que alcançastes sobre vossas paixões, que me alcanceis
coragem para domar as minhas e especialmente aquela
que em mim predomina, de modo que, mortificada e
vencida esta, mereça ter convosco coroa de glória
imortal.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
4. Suplico-vos, religiosíssimo S. Luís, pela vossa
obediência tão exata às regras do vosso instituto e às
ordens dos vossos superiores, que me impetreis a
graça de observar a lei de Deus e as obrigações do meu
estado, para que, fazendo a vontade de Deus na terra,
mereça fazê-la eternamente em vossa companhia no
céu.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
5. Suplico-vos, Oh! humilíssimo S. Luís, pelo
aborrecimento que tivestes às vaidades mundanas,
pondo debaixo dos pés todos os respeitos humanos, me
alcanceis o desapego dos bens da terra e o desprezo
das máximas do mundo, para que possa caminhar com
fervor e perseverança pela senda da divina vontade e
gozar da perfeita liberdade dos filhos de Deus.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
6. Suplico-vos por último, querido S. Luís. coroeis todas
as vossas graças com a maior que vos peço, e é que me
impetreis do Senhor um ato perfeito de amor de Deus,
particularmente no último dia da minha vida, para que
assegure a graça da perseverança final, e antecipe na
terra o que desejo fazer bem-aventuradamente no Céu.
Isto é, amar o meu Deus com toda a perfeição por toda
a eternidade.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.

- 389 -
ORAÇÕES AOS CATORZE SANTOS AUXILIARES
Novena de 30 de Julho a 7 de Agosto. Festa dia 8.
Devoção recomendada pelo papa Nicolau V.

São Jorge (23 de abril): Oh! Deus, que nos alegrais com
a intercessão e méritos do bem-aventurado
Megalomártir Jorge, fazei com que alcancemos da vossa
bondade os benefícios que por meio dele Vos pedimos.
Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
São Brás (2 de fevereiro): Oh! Deus que nos concedeis
todos os anos a alegria de festejarmo o Vosso Santo
Mártir e Pontífice Brás, fazei que sintamos a proteção
daquele cujo aniversário celebramos. Por Cristo,
Senhor Nosso. Amém.
Santo Erasmo (2 de junho): Oh! Deus que anualmente
nos dais a alegria de festejar o nem-aventurado mártir
Erasmo, fazei com os seus merecementos, nos
enflamemos na emulação do seu emplo. Por Cristo
Senhor Nosso. Amém.
São Pantaleão (27 de julho): Fazei, oh! Deus
oonipotente, que, pela intercessão do vosso bem-
aventurado Mártir, Pantaleão, sejamos livres de todas
as contrariedades no corpo, e purificados na alma dos
maus pensamentos. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
São Vito (15 de junho): Fazei, Senhor, por intercessão
do bem-aventurado mártir Vito, com que os Vossos
fiéis, isentos de todo o sentimento de orgulho,
resplandeçam em obras de humildade que tanto Vos
aprazem, e desprezando o que é mal, pratiquem o bem
com liberdade e amor. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
São Cristóvão (25 de junho): Concedei-nos, Deus
onipotente, pela intercessão do Vosso bem-aventurado
Mártir Cristóvão, cuja festa celebramos, a graça de

- 390 -
sermos fortificados no amor do Vosso nome. Por Cristo
Senhor Nosso. Amém.
São Dionísio (9 de outubro): Oh! Deus, que destes
neste dia ao bem-aventurado Dionísio vosso Mártir e
Pontífice, a coragem e a constância para afrontar o
martírio, daí-nos a graça de desprezar, a seu exemplo e
por vosso amor, os favores do mundo e não temer os
seus revezes. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
São Ciríaco (8 de agosto): Oh! Deus, que nos alegrais
com a solenidade anual do bem-aventurado Mártir,
Ciríaco, concedei-nos, por vossa miresicórdia, que,
celebrando o seu nascimento, imitemos a coragem do
seu martírio. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Santo Acácio (8 de maio): Concedei-nos, Deus
onipotente, pela intercessão do Vosso bem-aventurado
Mártir Acácio, cuja festa celebramos, a graça de sermos
fortificados no amor do Vosso nome. Por Cristo Senhor
Nosso. Amém.
Santo Eustáquio (20 de setembro): Oh! Deus, que nos
concedeis a graça de honrarmos o nascimento para o
Céu do vosos Santo Mártir eustáquio, fazei com que
gozemos da sua companhia na eterna bem-
aventurança. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Santo Egídio (1 de setembro): Que a intercessão do
bem-aventuado Abade Egídio, nos seja uma
recomendação, Senhor, para podermos obter, por sua
proteção, o que não ousamos esperar de nosos méritos.
Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Santa Margarida (20 de julho): Nós vos pedimos,
Senhor, que a bem-aventurada virgem e Mártir
Margarida, nos alcance o vosso perdão, ela que sempre
vos agradou com o mérito da sua castidade e com o

- 391 -
testemunho da sua virtude. Por Cristo Senhor Nosso.
Amém.
Santa Bárbara (4 de dezembro): Oh! Deus, que entre as
maravilhas do Vosso poder concedestes a palma do
martírio até ao sexo frágil, fazei que, celebrando o
triunfo da vossa bem-aventurada Virgem e Mártir
Bárbara, aproveitemos os seus exemplos para subir até
Vós. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Santa Catarina: Como se segue, em separado, por ser
patrona de estado brasileiro.

ORAÇÃO A SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA


Padroeira do Estado de Santa Catarina. Novena de 15 a
24 de Novembro. Festa dia 25.

Coleta da Missa: Oh! Deus, que destes a lei a Moisés no


alto do monte Sinai, e que milagrosamente colocastes
nesse mesmo lugar, por intermédio dos anjos, o corpo
da bem-aventurada Catarina, fazei que, pelos seus
merecimentos e intercessão, possamos subir também
àquele monte que é Jesus Cristo, que convosco vive e
reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os
séculos dos séculos. Amém.

ORAÇÃO A SÃO PIO X PELA IGREJA


Novena de 25 de agosto a 2 de setembro. Festa dia 3.

Oh! Santo Pontífice, fiel servo do Senhor, fiel e humilde


discípulo do divino Mestre. Na dor e na alegria, nos
trabalhos e nas solicitudes, experimentado pastor do
rebanho de Cristo, volvei o vosso olhar sobre nós.
Árduos são os tempos em que vivemos. Duras as
fadigas que de nós exigem. A Esposa de Cristo, confiada

- 392 -
aos vossos cuidados, está de novo em angústias
terríveis. Os vossos filhos se vêem ameaçados por
inúmeros perigos na alma e no corpo.
O espírito do mundo, qual leão enfurecido, rodeia-nos
buscando a quem devorar. Não poucos caem nas suas
garras. Têm olhos e não veem. Têm ouvidos e não
ouvem. Fecham os olhos à luz da eterna verdade,
preferindo dar ouvidos às vozes que insinuam
mensagens enganadoras.
Vós que fostes na terra grande animador e guia do
povo de Deus, sede auxílio e intercessor nosso e de
todos os que se professam seguidores de Cristo.
Vós, cujo coração se rompeu quando o mundo se
precipitou em sanguinolenta luta, socorrei a
humanidade, a cristandade, exposta presentemente a
semelhantes abalos.
Obtende-nos da misericórdia divina o dom da paz
duradoura e, como aproximação, o retorno dos
espíritos àquele sentido de fraternidade, que somente
pode dar aos homens e as nações a justiça e a
concórdia desejadas por Deus. Assim seja.

ORAÇÃO A SÃO SEBASTIÃO


Patrono do Rio de Janeiro.
Novena de 11 a 19. Festa 20 de Janeiro.

Colecta da Missa: Fazei, oh! Deus onipotente, que, pela


intercessão do vosso bem-aventurado Mártir
Sebastião, sejamos livres de todas as contrariedades no
corpo, e purificados na alma dos maus pensamentos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que
convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

- 393 -
NOVENA A SANTO ESTANISLAU KOTSKA
De 4 a 12 de novembro. Festa dia 13.

1. Oh! Meu puríssimo protetor S. Estanislau, anjo de


pureza, eu me congratulo convosco pelo singularíssimo
dom de pureza virginal que adornou o vosos ilibado
coração e vos peço humildemente me alcanceis a graça
de resitir com valor às tentações impuras e me
inspireis uma constante vigilância para conversar a
santa virtude da pureza.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Gloria.
2. Oh! Meu amabilíssimo protetor S. Estanislau,
serafim de caridade, eu me congratulo convosco por
aquela ardente chama de amor que conservou sempre
elevado e unido a Deus o vosso puro e inocente
coração, e vos peçohumildemente me alcanceis tão
abrasadas chamas de amor divino, que consumido
todas as minhas afeições desornadas, me inflamem
somente no amor celeste.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Gloria.
3. Oh! meu piedossísimo e poderossímo protetor S.
Estasnislau, anjo de pureza e serafim de caridade, eu
me congratulo convosco pela vossa preciosa morte,
causada pelo desejo de comtemplar a Maria na sua
Ascensão ao Céu e por um extraodinário
arrebatamento de maor para com ela. Dou-lhe infinitas
graças por ter satisfeito os vossos desejos e vos peço
por vossa ditosa morte vos digneis ser advogado e
protetor d aminha. Oh! alcançai-me de Maria uma
morte, senão tão ditosa como a vossa, ao menos
tranqüila, sob a vossa proteção meu amantíssimo
Irmão do Céu.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Gloria.

- 394 -
V. Rogai por nós, Sto. Estanislau.
R. Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.

Oremos: Oh! Deus que entre os demais milagres da


vossa sabedoria também infundistes na idade tenra a
graça de madura santidade, concedei-nos que a
exemplo do bem-aventurado Estanislau, resgatando o
tempo com a prática constante das boas obras,
mereçamos lograr em breve o eterno descanso. Por
Cristo, nosso senhor. Amém

Oração
Oh! Bem-afortunado s. Estanislau, filho predileto de
Maria Santíssima, dou-os louvor pela nobilíssima
filiação com que ela vos adotou, pondo em vossos
braços o seu divino Jesus! Oh! que ventura não seria a
minha se lograsse ser tão digno filho de tão extremosa
Mãe! Dignai-vos, meu angélico protetor, ensinar-me os
meios de me tornar cada vez menos indigno de tão
sublime filiação e alcançai-me particularmente um
inc~endio e constante amor àquela ilibadíssima pureza
de corpo e alma que tanto vos assimilou aos anjos, uma
terníssima devoção a Nossa Senhora e um
ardentíssimo desejo de receber em meu peito, na
comunhão, o divino Jesus que vós tendes nos braços,
afim de que, imitando na terra as vossas virtudes,
mereça lograr convosco o mesmo prémio no Céu.
Amém.

- 395 -
CAPÍTULO XIII – ÀS ALMAS DO
PURGATÓRIO
“Belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na
ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos
ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles.”
(Liber II Maccabӕorum, XII, 43-44)

“A maioria dos que temem o purgatório é muito mais e


amor de si mesma que pelo interesse de Deus. Por isso só
falam das penas daquele lugar e nunca da felicidade e da
paz que desfrutam as almas que lá estão. É verdade que
os sofrimentos são extremos e as mais terríveis dores
desta vida não se podem comparar a eles, mas também
as satisfações interiores são tais e tantas que nenhuma
prosperidade nem alegria da terra a elas podem se
igualar. Se é uma espécie de inferno quanto a dor, é um
paraiso quanto à doçura que a caridade difunde no
coração... Feliz estado mais desejado que temível."
(São Francisco de Sales)

- 396 -
NOVENA PELAS ALMAS
Pelo Padre Victor Jouet

Um pequeno passeio pelo Purgatório em companhia do


Sagrado Coração, rezando a Novena das Almas.

Vós fazeis tantas vezes passeios, daqui para ali, pela


imaginação e pelo coração, inúteis freqüentemente,
prejudiciais às vezes. Este que vos é agora indicado
figurará entre os úteis passeios e vos ajudará a reparar
os que não o foram. Será o tempo de um pensamento
sério, de um ato de fé, de zelo, de caridade, duma
oração jaculatória. Por modesto e pequeno que seja,
não deixa de ser uma volta completa em sua largura e
em sua profundidade. O relâmpago mais rápido
ilumina, um instante ao menos, a sombria prisão. A
brisa mais leve é sempre dum grande alívio na
atmosfera abrasadora... É portanto muito fácil algum
sufrágio a qualquer pessoa, por toda parte, a toda hora,
em qualquer circunstância

Excelência desta prática

Ela corresponde ao desejo do Sagrado Coração: Santa


Margarida Maria nela resume as diversas práticas
sugeridas por ela às suas noviças, às quais dizia: "Eis,
minhas amadas Irmãs, o modo que me parece ser mais
conforme ao desejo do Sagrado Coração de Jesus.
Assim executareis mais fielmente a promessa que
fizestes a Ele em favor das almas sofredoras do
Purgatório".

- 397 -
Orações Inicias para todos os dias da novena:

ATOS PREPATÓRIOS

Oração: Oh! santa Margarida Maria, a que Nosso


Senhor escolheu para estabelecer e propagar por toda
parte como uma fonte inesgotável de graças, a devoção
a seu divino Coração, vós que tendes ouvido as almas
do Purgatório pedir-vos este remédio novo tão salutar
em seus sofrimentos, e que tendes libertado por este
meio uma multidão dessas pobres prisioneiras,
obtende-nos a graça de executar santamente essa
piedosa prática dum passeio pelo Purgatório, em
companhia do Sagrado Coração de Jesus rezando a
novena pelas almas.

União de Intenções: com os fiéis que realizam,


diariamente, este santo exercício, na Igreja titular da
Obra, situada em Lungotévere Prati. - Roma.

Consagração do dia: Oh! divino Coração de Jesus, ao


fazer em vossa companhia este passeio pelo
Purgatório, nós vos consagramos tudo o que fizermos e
esperamos fazer de bem, com o socorro de vossa graça,
durante este dia, e vos pedimos que apliqueis os vossos
méritos em favor dessas almas sofredoras. E vós,
santas almas do Purgatório, empregai ao mesmo tempo
todo o vosso poder no sentido de nos obterdes a graça
de viver e de morrer no amor e na fidelidade ao
Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo,
correspondendo, sem resistência, a seus desejos sobre
nós. Amém.

- 398 -
Oferecimento: Pai Eterno, nós vos oferecemos o
sangue, a paixão e a morte de Jesus Cristo, as dores da
Santíssima Virgem e as de São José, pela remissão de
nossos pecados, pela libertação das almas do
Purgatório e pela conversão dos pecadores.

Invocação: Amado seja por toda parte o Sagrado


Coração de Jesus! Eternamente.
Nossa Senhora do Sagrado Coração, rogai por nós e
pelos falecidos.
São José, exemplo e padroeiro dos amigos do Coração
de Jesus, rogai por nós e pelos falecidos.

Prelúdio: Desçamos um instante pelo pensamento,


com o amor do Coração de Jesus e a abundância de
suas graças ao Purgatório!

1. Quantas almas vêm nesse momento iniciar aí o seu


doloroso cativeiro!
Como elas são felizes! Livraram-se do inferno para
sempre... Estão certas de que chegarão à suprema
felicidade... são as amigas de Deus... estão salvas!...
Como elas estão tristes! Acham-se cobertas de mil
imperfeições... de muitas penas temporais devidas aos
restos dos pecados perdoados... exiladas por um certo
tempo de sua pátria celeste...obrigadas à purificação.
2. Que santa legião quase inteiramente purificada se
prepara hoje mesmo para entrar no céu! Felicitemo-las,
demos a elas o derradeiro sufrágio que apressará em
alguns instantes a sua festiva partida, digamos a elas
que se lembrem de nós no reino eterno.
3. Que multidão se encontra aí encarcerada já há
tempo, e que aí permanecerá ainda por longo prazo!

- 399 -
São almas desconhecidas, almas abandonadas, almas
de seculares, de religiosos, de sacerdotes, almas que
nos são caras. Contemplemo-las, ouçamos seus
gemidos, dirijamos a elas uma palavra de amizade e de
compaixão, prestemos-lhes assistência!

Orações Finais para todos os dias da novena:

PS. CXXIX
DE PROFUNDIS

De profundis clamavi ad te, Domine* Domine, exaudi


vocem meam.
Fiant aures tuӕ intendentes* in vocem deprecationis
meӕ.
Si iniquitates observaveris, Domine:* Domine, quis
sustinebit?
Quia apud te propitiatio est:* et propter legem tuam
sustinui te, Domine.
Sustinuit anima mea in verbo eius:* speravit anima
mea in Domino.
A custodia matutina usque ad noctem:* speret Isrӕl in
Domino.
Quia apud Dominum misericordia:* et copiosa apud
eum redemptio.
Et ipse redimet Isrӕl,* ex omnibus iniquitatibus ejus.
Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto,* sicut erat in
principio et nun et semper.
V. Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno.
R. E brilhe para eles a vossa luz.
Descansem em paz. Amém.

- 400 -
PRIMEIRO DIA - DOMINGO
(rezar as orações iniciais)

Colóquio – De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
- Arrependo-me do tempo perdido.
“Não o julgava nem tão precioso, nem tão rápido, nem
tão irreparável... Se eu o soubesse!... Se eu pudesse
ainda repará-lo!...
Tempo precioso!... Aprecio-te agora como o mereces.
Tu fostes dado para empregar-te no amor de Jesus, em
minha santificação, no consolo e na edificação do
próximo; empreguei-te porém no pecado, no prazer,
em obras que agora me causam amargos pesares.
Tempo tão rápido na terra e tão lento nesta
purificação! Passava outrora como o relâmpago; minha
vida fugia como um sonho; e agora as horas me
parecem anos, e os dias são como séculos! Tempo
irreparável! Na terra parecia jamais acabar; e a morte
cortou o fio de meus dias, no momento em que menos
o pensava.
Ó tempo perdido, eis que passaste sem esperança de
voltar!
Ó vós que viveis ainda na terra, consagrai por nós ao
Coração de Jesus algumas dessas horas em que a graça
vos é oferecida em tão grande abundância e com tanta
felicidade”.

Práticas Piedosas

Resolução: Socorrer hoje no Purgatório por todos os


meios em nosso poder, as almas daqueles que, durante
sua vida, praticaram este santo exercício e

- 401 -
recomendar-nos àquelas que neste instante sobem ao
céu.

Ramalhete espiritual: “Os sofrimentos das almas do


Purgatório são tão grandes que os dias lhes parecem
mil anos”. (S. Vicente Ferrer).

Sufrágio: Consagrar um instante honrando o Sagrado


Coração em favor das Almas do Purgatório.
Intenção particular: Rogareis ao Sagrado Coração em
favor da Alma mais abandonada.
Motivo: Quanto maior for a sua penúria, maior será o
seu reconhecimento. Ela pedirá a Deus que não vos
abandone, e não permita que jamais vos afasteis dele
pelo pecado.

Oração para o domingo: Oh! Senhor, Deus


onipotente, suplico-vos, pelo Sangue preciosíssimo que
Jesus vosso divino Filho, derramou no Jardim das
Oliveiras que liberteis as almas do Purgatório;
recomendo-vos de modo muito particular a alma mais
abandonada. Conduzi-a à morada da glória, a fim de
que ela vos louve e bendiga durante toda a eternidade.
Amém. Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129.

Oração jaculatória: Divino Coração de Jesus, fazei que


eu vos ame sempre e cada vez mais.

SEGUNDO DIA SEGUNDA-FEIRA


(rezar as orações iniciais)

Colóquio – De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?

- 402 -
– Arrependo-me dos bens dissipados.
“Minha fortuna, minha saúde, meus talentos, minha
posição no mundo: tudo isto poderia ter sido para mim
um poderoso meio de salvação, se eu o tivesse aplicado
à glória de Deus.
Quantas graças eu atrairia então sobre mim! Mas eu
não quis. E todos os meus bens desvaneceram-se a
meus olhos, no momento da morte. Ah! se eu
dispusesse hoje desses bens perecíveis, como eu me
aplicaria em adiantar um momento que fosse a minha
libertação, para aumentar um degrau na glória que
Deus me reserva no céu, e para fazer conhecida na
terra, a mais uma alma, a devoção ao Sagrado Coração.
Vós que, na terra, dispondes ainda de alguma fortuna,
lembrai-vos de que dela haveis de dar contas... Pensai
nisto... Usai dela segundo a justiça, a piedade e a
caridade. Pagai vossas dívidas para com os vivos e para
com os mortos; dai generosas esmolas aos pobres;
trabalhar pela glória do Sagrado Coração esforçando-
vos, por uma piedosa liberalidade, pela difusão do seu
culto até as extremidades do mundo que lhe foi
inteiramente consagrado.”

Práticas Piedosas

Resolução: Socorrer hoje no Purgatório por todos os


meios em nosso poder, as almas dos fiéis chegados de
todos os pontos da Europa, especialmente as de Roma,
e recomendar-nos àquelas que neste momento sobem
ao céu.

Ramalhete espiritual: “À esmola estão abertas as


portas do Paraíso”. (S. João Crisóstomo).

- 403 -
Sufrágio: Dar alguma esmola para o culto do Sagrado
Coração.

Intenção particular: Rezar pela alma mais


aproximada da sua libertação.
Motivo: Quanto mais próximo está o termo de seu
sofrimento, mais a alma deseja unir-se ao Sagrado
Coração. Removei o obstáculo. Em troca, ela pedirá
para vós a graça de romper os últimos laços que vos
impedem de entregar-vos inteiramente a Deus.

Oração para a segunda-feira: Oh! Senhor Deus


onipotente, suplico-vos, pelo Sangue preciosíssimo que
Jesus, vosso divino Filho derramou em sua flagelação,
que liberteis as almas do Purgatório, e sobretudo
aquela que se acha prestes a entrar na glória, fim de
que ela comece desde já a bendizer-vos por toda a
eternidade. Amém.
Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129.

Oração jaculatória: Doce Coração de Maria, sede a


minha salvação.

TERCEIRO DIA – TERÇA-FEIRA


(rezar as orações iniciais)

Colóquio – De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
– Arrependo-me das graças desprezadas.
“Elas me foram oferecidas em tão grande abundância, a
cada instante de minha vida, com tão insistentes
solicitação... Regeneração cristã pelo batismo, vocação,
sacramentos, palavras de Deus, inspirações santas,

- 404 -
bons exemplos, favores insignes de preservação do
perigo, de socorro na tentação, de perdão depois da
queda. Que soma incalculável de escolhidas graças! A
umas eu recusei; aceitei friamente outras; abusei da
maior parte delas.
Ah! Se eu tivesse hoje, num só momento, a liberdade de
estancar minha sede nas fontes de misericórdia que
jorram do Coração Sagrado de Jesus, e que os
pecadores e os indiferentes desprezam!
Escutai o que santa Margarida Maria vos diz do alto do
Céu, como nós vô-lo dizemos: Não há ninguém no
mundo que não experimente toda espécie de socorros,
uma vez que não falte para com Jesus Cristo um amor
reconhecido tal como é aquele que lhe é testemunhado
pela devoção a seu Sagrado Coração (Obras de Santa
Margarida Maria, tom. II, 86)”.

Práticas Piedosas

Resolução: Socorrer hoje, no Purgatório, por todos os


meios ao vosso alcance, as almas dos fiéis vindas de
todas as regiões da Ásia, e especialmente a da
Palestina, e recomendar-nos àquelas que neste instante
sobem ao céu.

Ramalhete espiritual: “O valor duma só graça é


superior ao valor natural do universo inteiro”. (S.
Tomaz).

Sufrágio: Algumas orações em honra do Sagrado


Coração.

- 405 -
Intenção particular: Orar pela alma do Purgatório
mais distanciada de sua libertação.
Motivo: Deixai-vos tocar por sua desolação e por sua
humildade em suportar seus longos sofrimentos, pois
elas vos serão reconhecidas! Felizes se-reis se elas vos
obtiverem a humildade neste mundo, para serdes
glorificados no outro.

Oração para terça-feira: Oh! Senhor, Deus


onipotente, suplico-vos, pelo sangue preciosíssimo, que
Jesus vosso divino filho, derramou em sua dolorosa
coroação de espinhos, que liberteis as almas do
Purgatório, sobretudo aquela que deveria ser a última
a sair desse lugar de tormentos, a fim de que ela não
demore tanto a louvar-vos em vossa glória e a
bendizer-vos para sempre. Amém.
Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129.

Oração jaculatória: Pai Eterno, ofereço-vos o sangue


preciosíssimo de Jesus Cristo, em expiação de meus
pecados, em sufrágio das santas almas do Purgatório,
pelas necessidades da Santa Igreja.

QUARTO DIA – QUARTA-FEIRA


(rezar as orações iniciais)

Colóquio – De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
– Arrependo-me do mal cometido
“Outrora parecia-me ele tão sem importância e tão
agradável! E por isso eu sufocava os remorsos em meio
dos prazeres... Hoje seu peso me esmaga, sua amargura
faz o meu tormento, sua lembrança me persegue e me

- 406 -
dilacera. Pecados graves perdoados, mas não expiados;
faltas leves, só muito tarde eu compreendo agora a
vossa malícia!
Ah! se eu pudesse voltar à vida... nenhuma promessa,
por fascinante que fosse, nenhuma honra, nenhum
prazer, nenhuma palavra sedutora seria capaz de me
incitar a cometer o pecado.
Vós que ainda tendes a liberdade de escolher entre
Deus e o mundo, contemplai os flagelos, os espinhos, a
cruz, que torturaram Jesus; eles vos dirão o que nossos
pecados lhe custaram.
Pensai nos arrependimentos tardios e dolorosos que
haveis de ter de vossas faltas no Purgatório, e nada vos
custará confessar, no Sacramento da Penitência, todas
as do passado, para sofrer no presente a pena que
ainda lhes é devida, e para evitá-las no futuro.”

Práticas Piedosas

Resolução: Socorrer hoje, no Purgatório, por todos os


meios ao nosso alcance, as almas dos fiéis chegadas de
todas as regiões da África, especialmente dos países
outrora católicos, e recomendar-nos àquelas que neste
momento sobem ao céu.

Ramalhete espiritual: Que vale ao homem ganhar o


mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?

Sufrágio: Um ato de contrição diante de uma imagem


do Sagrado Coração.
Intenção particular: Rogar pela alma mais rica em
merecimentos.

- 407 -
Motivo: Quanto mais ela for elevada em glória no Céu,
mais eficazmente poderá obter-nos um verdadeiro
amor de Deus, sem o qual não existe verdadeiro
mérito.

Oração para a quarta-feira: Oh! Senhor, Deus


onipotente, suplico-vos pelo Sangue preciosíssimo que
Jesus vosso divino Filho, derramou nas ruas de
Jerusalém, ao carregar uma cruz tão pesada em seus
ombros sagrados, que liberteis as almas do Purgatório,
e mui especialmente aquela que for mais rica em
merecimentos diante de vós, a fim de que, elevada ao
lugar sublime que espera, ela vos louve e bendiga para
sempre. Amém.
Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129

Oração jaculatória: Jesus, Maria, José, eu vos dou meu


coração, minha alma e minha vida. Jesus, Maria, José,
assisti-me na última agonia. Jesus, Maria, José, morra
eu tranqüilamente na vossa santa companhia.

QUINTO DIA – QUINTA-FEIRA


(Rezar as orações iniciais)

Colóquio – De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
– Arrependo-me dos escândalos dados.
“Se, ao morrer, eu tivesse podido eliminar as tristes
conseqüências de meus escândalos!... Se eu pudesse
deter daqui, no declive do abismo, tantas pobres almas
que seguem meus tristes exemplos e meus maus
ensinamentos!... Mas não é possível, e por minha culpa
ainda se comete o mal e isto se dará durante anos,

- 408 -
séculos, e me são exigidas contas da parte que me cabe
sobre todos os pecados de que me fiz a causa. Se me
fosse permitido fazer chegar minha palavra insistente
até as extremidades da terra, e percorrer como
missionário o mundo inteiro, como esforçar-me-ia para
desviar as almas do vício e conduzi-las à virtude.
Vós que vindes visitar-me em minha prisão tenebrosa,
e que fazeis brilhar a meus olhos um raio de luz,
possuis no Sagrado Coração o meio mais seguro e mais
fácil, cooperando com a sua graça, reproduzindo suas
virtudes, animando-vos de seu zelo de converter
muitas almas, em número maior ainda do que o
número daquelas às quais escandalizei.”

Práticas Piedosas

Resolução: Socorrer hoje, no Purgatório, por todos os


meios ao nosso alcance, as almas dos fiéis chegadas de
todas as regiões da América, especialmente aquelas das
regiões missionárias e que começam a receber as luzes
da fé, e recomendar-nos àquelas que neste momento
sobem ao céu.

Ramalhete espiritual: A cada um segundo as suas


obras.

Sufrágio: Fazer hoje algum gesto de caridade em


louvor ao Sagrado Coração.
Intenção particular: Orar pela alma mais devota do
Santíssimo Sacramento.
Motivo: Ela pedirá por vós a graça de recebê-lo
dignamente na hora da morte, como penhor de vossa
salvação eterna.

- 409 -
Oração para a quinta-feira: Oh! Senhor, Deus
onipotente, suplico-vos pelo Corpo adorável e pelo
Sangue preciosíssimo de vosso divino Filho Jesus, que,
na véspera de sua Paixão, se deu a si mesmo como
comida e como bebida a seus apóstolos, e deixou ainda
à toda sua Igreja um sacrifício perpétuo, e a seus fiéis
um alimento vivificante, que liberteis as almas do
Purgatório e mui especialmente a mais devota deste
mistério de amor infinito, a fim de que ela vos louve
por vosso divino Filho, em união com o Espírito Santo,
na mansão de vossa glória, durante toda a eternidade.
Amém.
Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129

Oração jaculatória: Oh! meu Jesus, misericórdia.

SEXTO DIA – SEXTA-FEIRA


(rezar as orações iniciais)

Colóquio – De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
– Arrependo-me da penitência omitida.
“Como ela teria sido fácil, ontem, no mundo!... Como ela
é penosa, hoje, no Purgatório!... Aqui o menor dos meus
sofrimentos está acima das maiores dores da terra. Lá
eu não teria então outra coisa a fazer senão aceitar com
resignação o trabalho, a dor, a contradição; privar-me
de alguns bens supérfluos, para com eles ajudar os
pobres; praticar obras satisfatórias; fazer uso das
práticas de piedade. Que poderia haver de mais fácil?!...
Ah! se Deus me permitisse voltar à terra, nenhum
regulamento me pareceria exigente demais, nenhum
martírio me causaria terror. Não haveria para mim

- 410 -
senão suavidade nas mais rigorosas penitências, ante a
idéia deste grande sofrimento, que eu evitaria por meio
delas.
Vós que sofreis nesse vale de lágrimas, alegrai-vos: a
mais leve pena cristãmente suportada em vista de
vossos pecados, para satisfazer à justiça de Deus, e
oferecida ao Sagrado Coração em espírito de
reparação, pode poupar-vos um longo e penoso
Purgatório.”

Práticas Piedosas

Resolução: Socorrer hoje no Purgatório por todos os


meios ao nosso alcance, as almas dos fiéis vindas dos
confins longínquos da Oceania, principalmente as das
missões católicas mais provadas, e recomendar-nos
àquelas que neste momento sobem ao céu.

Ramalhete espiritual: Fazei dignos frutos de


penitência.

Sufrágio: Uma pequena penitência para alívio das


almas do Purgatório.
Intenção particular: Orar pelas almas pelas quais
tendes mais obrigação de rezar.
Motivo: É um dever vosso. E se, a respeito dessas
almas, tiverdes alguma obrigação de justiça, não adieis
mais; do contrário atraireis sobre vós a justiça divina.

Oração para a sexta-feira: Oh! Senhor, Deus


onipotente, suplico-vos pelo preciosíssimo Sangue que
Jesus, vosso divino Filho, derramou num dia idêntico a
este na árvore da Cruz, sobretudo pelas chagas de suas

- 411 -
mãos e de seus pés sagrados, que liberteis as almas do
Purgatório, e de modo particular aquela pela qual estou
mais obrigado a orar, a fim de que não seja por minha
culpa que Vós não a introduzireis imediatamente no
seio de vossa glória, e para que ela vos louve e vos
bendiga para sempre. Amém.
Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129

Oração jaculatória: Jesus, manso e humilde de


Coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso.

SÉTIMO DIA - SÁBADO


(rezar as orações iniciais)

Colóquio - De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
- Arrependo-me da pouca caridade que tive na
terra para com as almas do Purgatório...
Poderia ter-lhes sido tão útil durante minha vida.
Orações, penitências, esmolas, boas obras, Comunhões,
santas Missas, devoção ao Sagrado Coração; de quantos
meios eu dispunha para consolar estas pobres almas,
retidas como prisioneiras nesta morada de trevas e
sofrimentos! Se eu tivesse utilizado bem desses meios,
teria alcançado para mim graças poderosas para evitar
o pecado e para ir diretamente ao céu; teria ao menos
merecido um Purgatório mais ameno, mais rápido, e
também teria uma maior participação no fruto das
orações que de toda parte se oferecem por nós.
Ah! se eu pudesse voltar à terra, ninguém seria mais
devotado do que eu às almas sofredoras! De quantas
Missas participaria e quantas faria celebrar por elas!
Quantas orações encaminharia aos céus em favor

- 412 -
delas!... que esforços não faria para suscitar em seu
favor a compaixão de todos!
O que eu não fiz, quando podia, vós, almas cristãs, não
deixeis de fazê-lo enquanto ainda tiverdes tempo.”

Práticas Piedosas

Resolução: Socorrer hoje no Purgatório por todos os


meios ao nosso alcance, as almas dos fiéis vindas da
Austrália, particularmente da Papuásia, e recomendar-
nos àquelas que neste momento sobem ao céu.

Ramalhete espiritual: É justo que nós soframos neste


mundo.

Sufrágio: Propagai esta novena e as almas ser-vos-ão


reconhecidas.

Intenção particular: Orar pela alma mais devota da


Santíssima Virgem.
Motivo: Dar a maior alegria a Maria Santíssima que,
inclinando-se às orações por esta alma, obter-vos-á a
graça de uma verdadeira devoção ao Sagrado Coração
de Jesus.

Oração para o sábado: Oh! Senhor, Deus onipotente,


suplico-vos pelo Preciosíssimo Sangue que jorrou do
lado de Jesus, vosso divino Filho, à vista de sua Mãe
Santíssima, mergulhada numa extrema dor, que
liberteis as almas do Purgatório, e em particular aquela
que foi mais devota dessa grande Rainha, a fim de que
ela seja admitida o quanto antes em vossa glória e
possa louvar-vos por todos os séculos. Amém.

- 413 -
Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129

Oração jaculatória: Oh! Maria, que entrastes no


mundo sem mancha, alcançai-me de Deus, eu vo-lo
peço, que eu possa sair do mundo sem pecado.

OITAVO DIA - DOMINGO


(rezar as orações iniciais)

Colóquio – De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
– Arrependo-me dos pecados de omissão,
especialmente de não ter participado bem da santa
Missa.
“Não apreciava bem o valor da santa Missa, renovação
do santo sacrifício de Jesus no Calvário.
Como é importante participar bem e freqüentemente
da santa Missa. Morreu Jesus para salvar as almas, e
cotidianamente renova esta morte de modo incruento
no santo sacrifício da Missa. E eu não a estimava
bastante. Não ia buscar aos pés do altar remissão dos
meus pecados pelo preciosíssimo Sangue de Jesus. Não
ia buscar as forças necessárias para resistir às
tentações; não vivia em constante união com o Deus
dos nossos altares. Por isso, estou agora aqui e sofro
com paciência e merecidamente; mas podia ter sido de
outra maneira. O santo sacrifício da Missa é de um
valor infinito, e eu poderia ter aproveitado. Se o tivesse
feito, agora já estaria no céu, perto de Jesus.
Se na terra eu tivesse recorrido mais às graças que
emanam do Sagrado Coração de Jesus na hora da santa
Missa, quão grande seria agora a minha santidade. Que
tesouro de graças teria tido em minha alma fia hora da

- 414 -
morte! Como estaria agora perto do trono de Deus! Se
eu pudesse voltar!... Mas, pelo menos, tu podes
participar freqüentemente da santa Missa, enriquecer-
te com as graças divinas, aplicá-las também a nós,
pobres almas do Purgatório.”

Práticas Piedosas

Resolução: Participar mais freqüente e intensamente


da santa missa, recebendo a santa Comunhão, também
pelas almas do Purgatório e recomendar-nos àquelas
que neste momento sobem ao céu.

Ramalhete espiritual: Quem comer a minha Carne e


beber o meu Sangue, terá a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia. (Jo. 6,54)

Sufrágio: Participar também da santa Missa em dias de


semana, quando puder.

Intenção particular: Rezar pelas almas mais


abandonadas.
Motivo: As almas do Purgatório nada podem fazer para
si mesmas. O tempo de merecimentos próprios passou
para elas. Devemos ajudar principalmente aquelas
almas, das quais ninguém se lembra.

Oração para o domingo: Oh! divino Salvador que


todos os dias no santo sacrifício da Missa vos ofereceis
ao Pai celestial para expiação dos nossos pecados,
lançai um olhar benigno sobre as almas do Purgatório,
especialmente as mais abandonadas, e dizei-lhes a

- 415 -
mesma palavra que dissesses ao bom ladrão: “Hoje
estarei comigo no paraíso”
Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129

Oração jaculatória: Pela repetição incruenta de vosso


sacrifício da Cruz, livrai as almas mais abandonadas,
meu Jesus!

NONO DIA – SEGUNDA-FEIRA


(rezar as orações iniciais)

Colóquio - De que te arrependes, santa alma do


Purgatório? Que fizeste na terra que deixaste?
- Arrependo-me da vida materialista que levei.
“Quando ainda estava na terra, vivia esquecido do meu
último fim. Criado para servir a Deus, e assim ganhar a
felicidade do céu, procurava demasiadamente o bem-
estar do corpo, os divertimentos, as comodidades.
Ouvia os avisos e os ensinamentos dos sacerdotes, mas
não lhes dava importância. Sufocava a voz de minha
consciência, e continuava numa vida de tédio
espiritual. E ainda que evitasse o pecado grave, não
procurava Deus, meu sumo bem; não me enriquecia
com as graças divinas pela freqüência dos sacramentos,
não me alimentava constantemente com o Corpo e
Sangue de Cristo na santa Comunhão. A minha vida foi
uma vida mundana, em que a vida da graça definhava
cada vez mais. Hoje vejo, como foi vã esta vida.
Tu, que ainda estás na terra, aprende de mim! Dirige
tua vida conscientemente ao fim para a qual foi criada!
Procura a glória de Deus, também quando custa
sacrifícios. Domina os desejos do corpo, para que tua
alma não venha a sofrer no Purgatório.”

- 416 -
Práticas Piedosas

Resolução: Socorrer hoje, por todos os meios ao nosso


alcance, as almas do Purgatório, especialmente as que
viveram em nossa própria Pátria, pois temos
obrigações especiais Para com elas e recomendar-nos
àquelas que neste momento sobem ao céu.

Ramalhete espiritual: Lembrai-vos, Senhor, dos


servos e das servas que foram à nossa frente com o
sinal da fé e dormem o sono da paz.

Sufrágio: Uma visita ao Santíssimo Sacramento pelas


almas.
Intenção particular: Rogar pelas almas dos nossos
compatriotas.
Motivo: Viveram na mesma terra, trabalharam para
seu progresso material e espiritual. Somos por isso
seus devedores.

Oração para a segunda-feira: Oh! Deus, que amais a


salvação das almas, invocamos a vossa clemência, para
que façais chegar à participação da eterna felicidade as
almas de nossos irmãos, parentes, amigos e
benfeitores, pela intercessão de Maria sempre Virgem e
de todos os Santos. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Pai Nosso, Ave-Maria, Salmo 129

Oração jaculatória: Dai-lhes, Senhor, o descanso


eterno.

- 417 -
CAPÍTULO XIV – ORAÇÕES DIVERSAS

NAS TENTAÇÕES

EXORCIMO DE SANTO ANTÔNIO


Ecce † Crucem Domini! Eis a † cruz do Senhor!
Fugite partes adversӕ! Fugi forças inimigas!
Vincit Leo de, tribu Juda Venceu o Leão de Judá,
Radix David! Alleluia! A raiz de David! Aleluia!
- 418 -
ORAÇÃO DE SÃO BENTO
Crux Sacra Sit Mihi Lux. A Cruz sagrada seja minha
Non Draco Sit Mihi Dux. Luz. Não seja o Dragão
Vade Retro Sátana. meu guia. Retira-te
Nunquam Suade Mihi Satanás. Nunca me acon-
Vana. selhes coisas vãs. É mal o
Sunt Mala Quӕ Libas. que tu me ofereces. Bebe
Ipse Venena Bibas. tu mesmo do teu veneno.

RESGUARDAI-ME DA ESCRAVIDÃO
(Fenelon)
Meu Deus, resguarde-me da escravidão fatal que os
homens insanamente chamam de liberdade. Apenas no
Senhor está a liberdade. É a Sua verdade que nos
liberta. Servir ao Senhor é a verdadeira conquista.

NO DESÂNIMO OU DESESPERO

ORAÇÃO DO BOM HUMOR


(São Tomas More)
Senhor, dá-me uma boa digestão e também alguma
coisa para digerir. Dá-me a saúde do corpo e o juízo
necessário para mantê-la. Dá-me, Senhor, uma alma
simples que saiba valorizar tudo o que é bom e não se
espante à vista do mal, pelo contrário, encontre sempre
o modo de repor as coisas em seu lugar. Dá-me uma
alma que não conheça o aborrecimento, os resmungos,
os suspiros, os lamentos, e não permitas que me magoe
excessivamente por aquela coisa que tanto atrapalha e
que se chama "eu". Dá-me, Senhor, o senso do bom
humor. Concede-me a graça de compreender uma
brincadeira para descobrir na vida um pouco de alegria
e compartilhá-la com os outros. Amém.

SUSTENTA A MINHA CORAGEM


(Pierre Lyonnet)
Senhor Jesus, como eu poderia rezar bem quando o mal
me esmaga e eu não agüento mais?
Tu que conhecestes o fundo do sofrimento, tu que
passastes por ele, sejas hoje bem forte comigo. Tu que
tudo suportastes até o fim, ajuda-me a resistir.
Tu que estás vivo, ressuscitado, vem tomar sobre Ti
minha fraqueza, vem orar em mim com Teu Espírito. E
enquanto eu continuo a Tua Paixão, faz passar em mim
o sopro da Tua Ressurreição.

PARA PEDIR AS VIRTUDES


(Santo Antônio Maria Claret)
Creio, Senhor, mas fazei que eu creia com mais firmeza.
Espero, Senhor, mas fazei que eu espere com mais
segurança. Amo, Senhor, mas fazei que eu ame com
mais ardor.
Arrependo-me, Senhor, mas fazei que me arrependa
com mais força. Eu vos suplico, Senhor: que quereis
que eu faça? Ensinai-me a cumprir vossa vontade,
porque vós sois o meu Deus. Concedei-me um coração
atento, para entender o vosso povo e discernir entre o
bem e o mal. Pai, dai-me humildade, mansidão,
castidade, paciência e caridade.
- 420 -
Ensinai-me a bondade, a ciência e a disciplina e dai-me
a imensa riqueza do vosso amor e da vossa graça. Meu
Deus, meu Jesus: com todo o meu ser, quero viver na
Cruz, na Cruz morrer, da Cruz não descer por minhas
mãos, mas pelas mãos dos outros e somente depois de
ter consumado meu sacrifício. Quanto a mim, jamais
me aconteça gloriar-me em outra coisa que não seja a
Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo
está crucificado para mim e eu para o mundo. Amém.

PARA PEDIR A GRAÇA


(São Thomas More)
Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo Deus
onipotente em três Pessoas iguais e co-eternas – tem
misericórdia de mim, que do fundo de minha miséria e
insignificância pecadora reconheço humildemente,
perante tua Majestade, ter levado minha vida no
pecado, desde a infância até hoje. Na infância, neste e
naquele ponto. Depois da infância, neste e naquele
ponto. E assim por diante, em todas as idades
posteriores. Agora, Senhor bom e misericordioso, que
me deste a graça de conhecer meus pecados, concede-
me também a graça de arrepender-me, não só de
palavra, mas de coração, através da dor de uma amarga
contrição, e afastar-me deles para sempre. E perdoa-
me também as culpas que minha mente, ofuscada pelos
interesses terrenos, por más inclinações e maus
hábitos, por minha insuficiência, é incapaz de
reconhecer como pecados. Ilumina meu coração,
Senhor misericordioso, e dá-me a graça da cognição e
da sabedoria. Perdoa-me aqueles pecados que esqueci
por negligência, e traze-os à minha mente a fim de que
possa claramente reconhecê-los. Deus glorioso fazei
- 421 -
que por tua graça, de ora em diante não mais dê valor
às coisas terrenas e ponha e fixe em Ti meu coração, de
modo a poder dizer com o Apóstolo São Paulo: Mundus
mihi crucifixus est et ego mundo. Mihi vivere Christus est,
et mori lucrum. Cupio dissolvi et esse cum Christo.

PELOS SACERDOTES

OH! PONTÍFICE ETERNO


(Indulgenciada por S. Pio X em 03 de Março de 1905)

Oh! Jesus, Pontífice Eterno, Divino Sacrificador, Vós


que, no Vosso incomparável amor, deixastes sair do
Vosso Sagrado Coração o sacerdócio cristão, dignai-Vos
derramar, nos Vossos sacerdotes, as ondas vivificantes
do Amor infinito. Vivei neles, transformai-os em Vós,
tornai-os, pela Vossa graça, instrumentos de Vossas
Misericórdias. Atuai neles e por eles, e fazei que,
revestidos inteiramente de Vós pela fiel imitação de
Vossas adoráveis virtudes, operem, em Vosso nome e
pela força de Vosso espírito, as obras que Vós mesmo
realizastes para a salvação do mundo. Divino Redentor
das almas, vede como é grande a multidão dos que
dormem ainda nas trevas do erro; contai o número
dessas ovelhas infiéis que ladeiam os precipícios;
considerai a multidão dos pobres, dos famintos, dos
ignorantes e dos fracos que gemem ao abandono.
Voltai para nós por intermédio dos Vossos sacerdotes.
Revivei neles; atuai por eles, e passai de novo através
do mundo, ensinando, perdoando, consolando,
sacrificando, e reatando os laços sagrados do amor
entre o Coração de Deus e o coração humano. Amém.

- 422 -
ORAÇÃO DE PIO XII
"Oh! Jesus, Pontífice Eterno, Bom Pastor, Fonte de vida,
que por singular generosidade de Vosso dulcíssimo
Coração nos destes nossos sacerdotes para que
possamos cumprir plenamente os desígnios de
santificação que vossa graça inspira em nossas almas;
vos suplicamos: Vinde e ajudai-lhes com vossa
asistência misericordiosa.
Esteja neles, Oh! Jesus, fé viva em suas obras,
esperança inquebrantável nas provas, caridade ardente
em seus propósitos. Que vossa palabra, raio da eterna
Sabedoria, seja, pela constante meditação, alimento
diário de suas vidas interiores. Que o exemplo de Vossa
vida e Paixão se renove em sua conduta e em seus
sofrimientos para nossa ensinança, e alívio e sustento
em nossas penas.
Concedei-lhes, oh Senhor, desprendi-mento de todo
interesse terreno e que só busquem vossa maior glória.
Concedei-lhes ser fiéis a suas obrigações com pura
consciência até o último suspiro. E quando com a
morte do cuerpo entregarem em vossas mãos a tarefa
bem cumprida, daí-lhes, Jesus, Vós que fostes seu
Mestre na terra, a recompensa eterna: a coroa de
justiça no esplendor dos santos. Amém.

- 423 -
ORAÇÃO DE SANTA TEREZINHA DE LISIEUX

Oh! Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os


vossos sacerdotes sob proteção do Vosso Coração
Amabilíssimo onde nada de mal lhes possa suceder.
Conservai puros e desapegados dos bens da Terra os
seus corações, que foram selados com o caráter
sublime do Vosso Glorioso Sacerdócio.
Fazei-nos crer no amor e fidelidade para convosco e
preservai-os do contágio do mundo. Dai-lhes também,
juntamente com o poder que tem de transubstanciar o
pão e o vinho em Vosso Corpo e sangue, o poder de
transformar os corações dos homens. Abençoai os seus
trabalhos com copiosos frutos e concedei-lhes um dia a
coroa da vida eterna. Amém.

PELA EXPANSÃO DA IGREJA

ORAÇÃO PELAS MISSÕES


(Papa Pio XI)

Amabilíssimo Jesus e Senhor Nosso, que remistes o


mundo com o preço do Vosso Sangue preciosíssimo,
lançai um olhar de misericórdia sobre a pobre
humanidade, que em tão grande parte jaz ainda imersa
nas trevas do erro e na sombra da morte e fazei
resplandecer sobre ela a plenitude da luz da verdade.
Multiplicai, Oh! Senhor, os Apóstolos do Vosso
Evangelho, afervorai, fecundai, abençoai com a Vossa
graça o seu zelo e as suas fadigas, afim de que todos os
infiéis, por seu intermédio, Vos conheçam e se
convertam a Vós, seu Criador e Redentor. Chamai de
novo os errantes ao Vosso aprisco e os rebeldes ao seio
- 424 -
da Vossa única verdadeira Igreja. Apressai, Oh!
amabilíssimo Salvador, o suspirado advento do Vosso
reino sobre a terra, atrai ao Vosso dulcíssimo Coração
todos os homens, para que todos pos-sam participar
dos incomparáveis benefícios da Vossa Redenção na
eterna felicidade do Paraíso. Amen.

PELA CONVERSÃO DOS HEREGES


100d. CV

OH! Virgem poderosa, única que destes o golpe mortal


a todas as heresias em todo o mundo, dignai-Vos de
libertar o universo Cristão dos laços do demônio.
Volvei os vossos olhos misericordiosos às almas
seduzidas pela astúcia de Satanás, para que, rejeitando
o veneno das heresias, os corações transviados se
arrependam e voltem a unidade da verdade católica,
mediante a vossa poderosa intercessão junto a Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que vive e reina com
Deus Pai em união do Espírito Santo por todos os
séculos dos séculos. Amém.

PELA CONVERSÃO DOS INFIÉIS


(São Francisco Xavier)
300d. CD

Deus eterno, Criador de todas as coisas, lembrai-Vos


que as almas dos infiéis são obras de vossas mãos, e
que são feitas à vossa imagem e semelhança. Vede,
porém, Senhor, como em desdouro do vosso Nome o
inferno se enche destas almas. Lembrai-Vos que Jesus
Cristo, vosso Filho, derramou todo o seu Sangue e
padeceu morte atrocíssima por elas. Não permitais,
- 425 -
pois, Senhor, que o vosso Filho seja por mais tempo
desprezado pelos infiéis. Deixai-Vos antes aplacar e
mover à piedade pelas orações de vossos Santos e da
Igreja, esposa de vosso Santíssimo Filho. Lembrai-Vos
da vossa misericórdia e, esquecendo a sua idolatria e
infelicidade, fazei que também eles enfim conheçam a
Jesus Cristo, Nosso Senhor, que é nossa Salvação, Vida
e Ressurreição nossa, e por quem fomo s livres e
salvos, a quem seja dado honra, glória e louvor para
sempre. Amém.

PROFESSIO FIDEI TRIDENTINA

1. Eu, N.N., com fé firme, creio e professo todas e cada


uma das coisas que se contém no Símbolo de Fé usado
pela Santa Igreja Romana, a saber:
Creio em um só Deus Pai Todo-poderoso, criador do
céu e da terra, de tudo que é visível e invisível.
Em um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos; Deus de Deus,
luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,
gerado, não criado, consubstancial ao àil, por quem
foram feitas todas as coisas; que por nós homens e por
nossa salvação, desceu dos céus, se encarnou pelo
poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se
fez homem, também por nós foi crucificado sob Pôncio
Pilatos, padeceu e foi sepultado; ressuscitou ao terceiro
dia segundo as Escrituras; subiu ao céu, está sentado a
direita do Pai, donde há de vir com glória para julgar os
vivos e os mortos, e seu reino não terá fim.
No Espírito Santo, Senhor que dá a vida, que do Pai e
do Filho procede e com o Pai e o Filho é adora e
conglorificado, ele que falou pelos profetas.
- 426 -
Na Igreja Uma, Santa, Católica e Apostólica.
Confesso um só batismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos e a vida no futuro
século. Amém
2. Admito e abraço firmissimamente as Tradições dos
Apóstolos e da Igreja e as restantes observâncias e
constituições da mesma Igreja.
3. Admito igualmente a Sagrada Escritura conforme o
sentido que sustentou e sustém a Santa Madre Igreja, a
quem compete julgar o verdadeiro sentido e
interpretação das Sagradas Escrituras, nem jamais a
tomarei e interpretarei senão conforme o sentir
unanime dos Padres.
4. Professo também que há sete verdadeiros e próprios
Sacramentos da Noba Lei, instituídos por Jesus Cristo
Senhor Nosso e necessários, ainda que não todos para
cada um, para a salvação do gênero humano: a saber:
Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-
Unção, Ordem e Matrimônio; que conferem a graça, e
que deles, o Batismo, Confirmação e Ordem não podem
ser recebidos novamente sem sacrilégio. Recebo e
admito também os ritos da Igreja Católica recebidos e
aprovados na administração solene de todos os
supramencionados sacramentos.
5. Abraço e recebo todas e cada uma das coisas que hão
sido definidas e declaradas no sacrossanto Concílio de
Trento acerca do pecado original e da justificação.
6. Professo igualmente que na Missa se oferece a Deus
um sacrifício verdadeiro, próprio e propiciatório pelos
vivos e pelos defuntos, e que no Santíssimo
Sacramento da Eucaristia está verdadeira, real e
substancialmente o Corpo e o Sangue, juntamente com
a Alma e a Divindade, de Nosso Senhor Jesus Cristo, e
- 427 -
que se realiza a conversão de toda a substância do pão
em seu Corpo, e de toda a substância do vinho em seu
Sangue; conversão que a Igreja Católica chama
transubstanciação, confesso também que baixo uma só
das espécies se recebe a Cristo, todo e integralmente, e
um verdadeiro sacramento.
7. Sustenho constantemente que existe o Purgatório e
que as almas aí detidas são ajudadas pelos sufrágios
dos fiéis.
8. Igualmente, que os Santos que reinam com Cristo
devem ser venerados e invocados, e que eles
ofecerecem suas oraçõe a Deus por nós, e que suas
relíquias devem ser veneradas.
9. Firmemente afirmo que as imagens de Cristo e da
sempre Virgem Mãe de Deus, assim como as dos outros
Santos, devem ter-se e conservar-se e tributar-se a
devida honra e veneração.
10. Afirmo que a potestade das indulgências foi
deixada por Cristo na Igreja, e que o uso delas é
sobremaneira salutar ao povo cristão.
11. Reconheço a Santa, Católica e Apostólica Igreja
romana como mãe e mestra de todas as Igrejas, e
prometo e juro verdadeira obediência ao Romano
Pontífice, sucessor do bem-aventurado Pedro, príncipe
dos Apostólos e vigário de Jesus Cristo.
12. Igualmente recebo e professo indubitalmente todas
as coisas que foram ensinadas, definidas e declaradas
pelos Sagrados Cânones e Concílios ecumênicos,
principalmente por este sacrossanto Concilio de Trento
(e pelo Concílio ecumênico do Vaticano,
assinaladamente acerca do primado e infalibilidade do
romano Pontífice); e, ao mesmo tempo, todas as coisas
contrárias e quaisquer heresias condenadas,
- 428 -
rechaçadas e anatematizadas pela Igreja, eu as
condeno, rechaço e anatematizo igualmente.

Ajoelhado e estendendo sua mão direita sobre os Santo


Evangelhos, continua:

Esta verdadeira Fé Católica, fora da qual ninguém pode


salvar-se, e que no presente espontaneamente professo
e verazmente mantenho, eu mesmo N.N. prometo, faço
voto e juro que igualmente a hei de conservar e
confessar íntegra e imaculada com a ajuda de Deus até
o último suspiro de minha vida, com a maior
constância, e que cuidarei, enquanto de mim dependa,
que seja mantida, ensinada e pregada por meus
subordinados ou por aqueles cujo cuidado por meu
cargo me incumbir.
Assim Deus me ajude e estes Santos Evangelhos.

JURAMENTO ANTIMODERNISTA

Contra os erros do modernismo, extraído do Motu


Proprio Sacrorum Antistitum, de 1º de setembro de 1910

Eu, N.N., abraço e aceito firmemente todas e cada uma


das coisas que foram definidas, afirmadas e declaradas
pelo magistério inerrante da Igreja:
I. Principalmente aqueles pontos de doutrina que
diretamente se opõe aos erros da época presente.
Primeiro: creio que Deus, princípio e fim de todas as
coisas, pode ser conhecido com certeza e pode também
ser demonstrado, com as luzes da razão natural, nas
obras por Ele realizadas (Cf. Rm I 20), isto é, nas
criaturas visíveis, como [se conhece] a causa pelos seus
- 429 -
efeitos.
Segundo: admito e reconheço as provas exteriores da
revelação, isto é, as intervenções divinas, e sobretudo
os milagres e as profecias, como sinais certíssimos da
origem sobrenatural da razão cristã, e as considero
perfeitamente adequadas a todos os homens de todos
os tempos, inclusive aquele no qual vivemos.
Terceiro: com a mesma firme fé creio que a Igreja,
guardiã e mestra da palavra revelada, foi instituída
imediatamente e diretamente pelo próprio Cristo
verdadeiro e histórico, enquanto vivia entre nós, e que
foi edificada sobre Pedro, chefe da hierarquia
eclesiástica, e sobre os seus sucessores através dos
séculos.
Quarto: acolho sinceramente a doutrina da fé
transmitida a nós pelos apóstolos através dos padres
ortodoxos, sempre com o mesmo sentido e igual
conteúdo, e rejeito totalmente a fantasiosa heresia da
evolução dos dogmas de um significado a outro,
diferente daquele que a Igreja professava primeiro;
condeno semelhantemente todo erro que pretenda
substituir o depósito divino confiado por Cristo à
Igreja, para que o guardasse fielmente, por uma
hipótese filosófica ou uma criação da consciência que
se tivesse ido formando lentamente mediante esforços
humanos e contínuo aperfeiçoamento, com um
progresso indefinido.
Quinto: estou absolutamente convencido e
sinceramente declaro que a fé não é um cego
sentimento religioso que emerge da obscuridade do
subconsciente por impulso do coração e inclinação da
vontade moralmente educada, mas um verdadeiro
assentimento do intelecto a uma verdade recebida de
- 430 -
fora pela pregação, pelo qual, confiantes na sua
autoridade supremamente veraz, nós cremos tudo
aquilo que, pessoalmente, Deus, criador e senhor
nosso, disse, atestou e revelou.
II. Submeto-me também com o devido respeito, e de
todo o coração adiro a todas as condenações,
declarações e prescrições da encíclica Pascendi e do
decreto Lamentabili, particularmente acerca da dita
história dos dogmas.
Reprovo outrossim o erro de quem sustenta que a fé
proposta pela Igreja pode ser contrária à história, e que
os dogmas católicos, no sentido que hoje lhes é
atribuído, são inconciliáveis com as reais origens da
razão cristã.
Desaprovo também e rejeito a opinião de quem pensa
que o homem cristão mais instruído se reveste da
dupla personalidade do crente e do histórico, como se
ao histórico fosse lícito defender teses que
contradizem a fé o crente ou fixar premissas das quais
se conclui que os dogmas são falsos ou dúbios, desde
que não sejam positivamente negados.
Condeno igualmente aquele sistema de julgar e de
interpretar a sagrada Escritura que, desdenhando a
tradição da Igreja, a analogia da fé e as normas da Sé
apostólica, recorre ao método dos racionalistas e com
desenvoltura não menos que audácia, aplica a crítica
textual como regra única e suprema.
Refuto ainda a sentença de quem sustenta que o
ensinamento de disciplinas histórico-teológicas ou
quem delas trata por escrito deve inicialmente
prescindir de qualquer ideia pré-concebida, seja
quanto à origem sobrenatural da tradição católica, seja
quanto à ajuda prometida por Deus para a perene
- 431 -
salvaguarda de cada uma das verdades reveladas, e
então interpretar os textos patrísticos somente sobre
as bases científicas, expulsando toda autoridade
religiosa, e com a mesma autonomia crítica admitida
para o exame de qualquer outro documento profano.
Declaro-me enfim totalmente alheio a todos os erros
dos modernistas, segundo os quais na sagrada tradição
não há nada de divino ou, pior ainda, admitem-no, mas
em sentido panteísta, reduzindo-o a um evento pura e
simplesmente análogo àqueles ocorridos na história,
pelos quais os homens com o próprio empenho,
habilidade e engenho prolongam nas eras posteriores a
escola inaugurada por Cristo e pelos apóstolos.
Mantenho, portanto, e até o último suspiro manterei a
fé dos pais no carisma certo da verdade, que esteve,
está e sempre estará na sucessão do episcopado aos
apóstolos, não para que se assuma aquilo que pareça
melhor e mais consoante à cultura própria e particular
de cada época, mas para que a verdade absoluta e
imutável, pregada no princípio pelos apóstolos, não
seja jamais crida de modo diferente nem entendida de
outro modo.
Ajoelhado e estendendo sua mão direita sobre os Santo
Evangelhos, continua:
Empenho-me em observar tudo isso fielmente,
integralmente e sinceramente, e em guardá-lo
inviolavelmente, sem jamais disso me separar nem no
ensinamento nem em gênero algum de discursos ou de
escritos. Assim prometo, assim juro, assim me ajudem
Deus e esses santos Evangelhos de Deus.

- 432 -
LIVRO II
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS

SEGUNDO O MÉTODO DE SANTO


INÁCIO DE LOYOLA
Com o texto que se utiliza nos retiros dados
segundo o espírito e as normas do Rev. Pe.
Francisco de Paulo Vallet
- 433 -
- 434 -
PADRE LUDOVICO MARIA BARRIELLE

Pe. Ludovico Maria Barrielle (ordenado em 24 de junho


de 1924), durante a II Guerra Mundial, decidiu integrar
um curso, ministrado pelo Pe. Francisco de Paulo
Vallet, sobre como pregar os exercícios inacianos em
cinco dias. Pe Barrielle se deu conta de que estava
diante de um sacerdote excepcional, e de uma obra
extraordinária. Vendo os resultados quando usou deste
método, uniu-se ao Instituto dos Coperadores de Cristo
Rei, fundado pelo Pe. Vallet, fazendo sua profissão em
16 de junho de 1944.
Nascido em 1897, já havia visto duas guerras, e quando
o Pe. Vallet morre em 13 de agosto de 1947, estava
longe de imaginar que veria uma terceira ainda mais
desatrosa, pois causaria danos espirituais, o Vaticano
II. Frente ao neomodernismo que colocava os tesouros
da Igreja em perigo, o que incluía os Exercícios
Espirituais, dirigiu-se, em 1971, ao Cantão de Vallese,
na Suiça, para encontrar um bispo católico que se
recusara a ser cúmplice da auto-demolição da Igreja e
para tanto fundara um seminário em Êcone, Dom
- 435 -
Marcel Lefebvre, que o convidou a permanecer no
seminário de Êcone e transmitir aos jovens
seminaristas o seu ardente espírito apostólico e o
precioso tesouro dos Exercícios Espirituais. Após
meditar profundamente, não só aceitou o encargo,
como também entrou para a FSSPX, tornando-se
Diretor Espiritual do seminário.
Transmitiu os Exercícios Espirituais autenticamente
inacianos aos seminaristas e passou a pregar os
exercícios não só a eles como também a fiéis leigos de
vários países.
Morreu em Êcone, em 1º de março de 1983, nos braços
de dois smeinaristas que o acompanhavam ao hospital.
No seu testamento deixara escrito aquilo que
caracterizara sua vida sacerdotal: “Peço a todos que
amem Nossa Senhora e São José e que sejam fiéis em
utilizar e propagar o Santo Rosário e os Exercícios
confiados por Maria a Santo Inácio.”

- 436 -
PRÓLOGO
“Para perpétua memória das coisas, pelo cuidado com o
cargo pastoral que nos foi confiado sobre todo o rebanho
de Cristo e pelo amor da divina glória e louvor (...) pelo
teor das presentes letras e de nossa ciência certa
aprovamos, louvamos e corroboramos com patrocínio do
presente escrito, os ditos documentos e Exercícios, e
todas e cada uma das coisas neles contidos, e exortamos
no Senhor, a todos e a cada um dos fiéis cristãos de
ambos os sexos, em qualquer lugar do mundo em que se
achem a que se use de tão piedosos documentos e
Exercícios, e a que se instruam devotamente neles.”
(SS. Paulo III, Pastoralis Officii, 31 jul. 1548)

“No retiro de Manresa, Santo Inácio aprendeu da mesma


Mãe de Deus como deveria combater os combates do
Senhor. Recebeu como de suas mãos este código tão
perfeito – é o nome que com toda verdade podemos dar-
lhe – que deve usar todo soldado de Cristo.”
“Queremos falar dos Exercício Espirituais, que, segundo
a tradição, foram dados pelo Céu a Santo Inácio. Não
que não haja o que estimar os outros exercícios deste
gênero, usados em outra parte, senão que naqueles que
são organizados segundo o método inaciano, tudo está
disposto com tanta sabedoria, tudo está em tão estreita
coordenação, que se não se opõe resistência à graça
divina, renovam ao homem até o fundo, e o fazem
plenamente submisso à divina autoridade.”
(SS. Pio XI, Meditantibus nobis, 1922)

“Nos referimos ao método introduzido por Santo Inácio


de Loyola, ao que cumpre chamar especial e principal
- 437 -
Mestre dos Exercícios Espirituais; cujo admirável livro de
Exercícios, pequeno certamente em volume, mas repleto
de celestial sabedoria, desde que foi solenemente
aprovado, louvado e recomendado por Nosso
predecessor Paulo III, de feliz memória, já desde então
(...) sobressaiu e resplandeceu como código
sapientíssimo e completamente universal de normas
para dirigir as almas pelo caminho da salvação e da
perfeição; como fonte enexausta de piedade à sua vez
muito exímia e sólida; e como fortíssimo estímulo e
peritíssimo mestre para procurar a reforma dos
costumes e alcançar o cume da vida espiritual.”
(SS. Pio XI, Mens Nostra, 20 dez. 1929)

“Vosso exemplo nos serve também para exaltar a


eficácia dos exercícios de Santo Inácio, quando se
guarda fidelidade ao espírito e ao método, como graças
a Deus ocorreu entre vós.”
“ O método não perdeu de nenhuma maneira sua
eficácia, nem deixa de corresponder às exigências do
homem moderno. Ao contrário, é uma triste realidade
que o licor perca sua força, e a máquina sua potência,
quando se dilui nas águas incolores da super-adaptação,
ou quando se desarma alguma das peças fundamentais
da engrenagem inaciana.”
“Os Exercício de Santo Inácio serão sempre um dos meios
mais eficazes para a regeneração espiritual do mundo e
para seu corretao ordenamento, mas sob a condição de
que continuem sendo autenticamente inacianos.”
(Pio XII, Discurso aos A.E.P. de Barcelona, 24 out. 1948)

- 438 -
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
1. ANOTAÇÕES
para tomar alguma inteligência dos Exercícios
Espirituais que se seguem, e para ajudar,
assim, o que os há-de dar como o que os há-de receber:
1. Primeira Anotação. Por este nome, Exercícios
Espirituais, entende-se todo o modo de examinar a
consciência, de meditar, de contemplar, de orar vocal e
mentalmente, e de outras operações espirituais,
conforme adiante se dirá. Porque, assim como passear,
caminhar e correr são exercícios corporais, da mesma
maneira todo o modo de preparar e dispor a alma, para
tirar de si todas as afeições desordenadas e, depois de
tiradas, buscar e achar a vontade divina na disposição
da sua vida para a salvação da alma, se chamam
Exercícios Espirituais.
2. Segunda anotação. A pessoa que explica a outrem o
modo e ordem para meditar ou contemplar, deve
narrar fielmente a história dessa contemplação ou
meditação, discorrendo somente pelos pontos, com
breve ou sumária explicação. Porque, quando a pessoa
que contempla toma o fundamento verdadeiro da
história, discorre e raciocina por si mesma, e acha
alguma coisa que faça declarar um pouco mais ou
sentir a história, quer pelo próprio raciocínio quer
porque o entendimento é iluminado pela força divina,
é-lhe de mais gosto e fruto espiritual do que se quem
dá os exercícios explicasse e desenvolvesse muito o
sentido da história; porque não é o muito saber que
sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e gostar as coisas
internamente.

- 439 -
3. Terceira anotação. Como em todos os Exercícios
Espirituais seguintes usamos dos atos do
entendimento, quando discorremos, e dos da vontade,
quando excitamos os afetos, advirtamos que, nos atos
da vontade, quando falamos vocal ou mentalmente
com Deus nosso Senhor, ou com os seus santos, se
requer, da nossa parte, maior reverência do que
quando usamos do entendimento para entender.
4. Quarta anotação. Dado que para os exercícios
seguintes se tomam quatro semanas, para
corresponder às quatro partes em que se dividem os
Exercícios, a saber: a primeira, que é a consideração e
contemplação dos pecados; a segunda, a vida de Cristo
nosso Senhor até ao dia de Ramos, inclusive; a terceira,
a Paixão de Cristo nosso Senhor; a quarta, a
Ressurreição e Ascensão, a que se juntam três modos
de orar; contudo não se entenda que cada semana
tenha, necessariamente, sete ou oito dias. Porque,
como acontece que, na primeira semana, alguns são
mais lentos para achar o que buscam, a saber,
contrição, dor, lágrimas por seus pecados; assim
também, como uns são mais diligentes que outros, e
mais agitados e provados de diversos espíritos,
requere-se, algumas vezes, encurtar a semana e, outras
vezes, prolongá-la, e assim em todas as outras semanas
seguintes, buscando as coisas segundo a matéria
proposta. Mas [os Exercícios] concluir-se-ão, pouco
mais ou menos, em trinta dias.
5. Quinta anotação. Muito aproveita, ao que recebe os
exercícios, entrar neles com grande ânimo e
liberalidade para com o seu Criador e Senhor,
oferecendo-lhe todo o seu querer e liberdade, para que
sua divina majestade, assim de sua pessoa
- 440 -
como de tudo o que tem, se sirva conforme a sua
santíssima vontade.
6. Sexta anotação. Quando, o que dá os exercícios,
advertir que não vêm à alma do exercitante algumas
moções espirituais, tais como consolações ou
desolações, nem é agitado de vários espíritos, muito o
deve interrogar acerca dos exercícios, se os faz nos
seus devidos tempos e como; e também acerca das
adições, se as faz com diligência, pedindo conta de cada
uma destas coisas em particular. Fala-se de consolação
e desolação em 316 e seguintes, e de adições em 73 e
seguintes.
7. Sétima anotação. Se o que dá os exercícios vê que o
que os recebe está desolado e tentado, não se mostre
com ele duro nem desabrido, mas brando e suave.
dando-lhe ânimo e forças para ir adiante, descobrindo-
lhe as astúcias do inimigo da natureza humana, e
fazendo-o preparar e dispor para a consolação que há-
de vir.
8. Oitava anotação. O que dá os exercícios, segundo a
necessidade que notar naquele que os recebe acerca
das desolações e astúcias do inimigo e também das
consolações, poderá expor-lhe as regras da primeira e
segunda semana que são para conhecer os vários
espíritos: números de 313 a 336.
9. Nona anotação. É de advertir que, quando o
exercitante anda nos exercícios da primeira semana, se
é pessoa que não tenha sido versada em coisas
espirituais, e se é tentada grosseira e abertamente,
mostrando, por exemplo, impedimentos em prosseguir
no serviço de Deus nosso Senhor, tais como trabalhos,
vergonha e temor pela honra do mundo, etc.; o que dá
os Exercícios não lhe deve explicar as regras dos vários
- 441 -
espíritos da segunda semana, porque, sendo-lhe
proveitosas as da primeira semana, o prejudicariam as
da segunda, por serem matéria mais subtil e
demasiado elevada para que a possa compreender.
10. Décima anotação. Quando o que dá os exercícios
pressente que aquele que os recebe é combatido e
tentado sob aparência de bem, então é o momento
próprio para lhe falar das regras da segunda semana já
referidas. Porque, comumente, o inimigo da natureza
humana tenta mais sob aparência de bem, quando a
pessoa se exercita na vida iluminativa que corresponde
aos exercícios da segunda semana, e não tanto na vida
purgativa que corresponde aos exercícios da primeira
semana.
11. Undécima anotação. Ao que toma os exercícios na
primeira semana, é-lhe proveitoso não saber coisa
alguma do que há-de fazer na segunda semana; mas
que trabalhe de tal modo na primeira, para alcançar
aquilo que busca, como se, na segunda, nenhuma coisa
boa esperasse achar.
12. Duodécima anotação. O que dá os Exercícios há-de
advertir muito ao que os recebe que, uma vez que em
cada um dos cinco exercícios ou contemplações, que se
farão cada dia, há-de estar durante uma hora, procure,
por isso, sempre que o espírito fique satisfeito em
pensar que esteve uma hora inteira no exercício, e
antes mais que menos. Porque o inimigo costuma, não
pouco, tentar fazer que se encurte a hora da
contemplação, meditação ou oração.
13. Décima terceira anotação. É também de advertir
que, como no tempo da consolação é fácil e leve estar
na contemplação a hora inteira, assim no tempo da
desolação é muito difícil completá-la. Portanto, a
- 442 -
pessoa que se exercita, para agir contra a desolação e
vencer as tentações, deve sempre estar alguma coisa
mais além da hora completa, para que não só se
habitue a resistir ao adversário, mas ainda a derrotá-lo.
14. Décima quarta anotação. Se o que dá os [Exercícios]
vê que quem os recebe anda consolado e com muito
fervor, deve-o prevenir que não faça promessa nem
voto algum inconsiderado e precipitado; e quanto mais
o conhecer de caráter ligeiro, tanto mais o deve
prevenir e admoestar. Porque, ainda que justamente
alguém possa mover a outrem a entrar na vida
religiosa, na qual se supõe fazer voto de obediência,
pobreza e castidade; e embora uma boa obra que se faz
com voto, seja mais meritória que a que se faz sem ele,
deve-se atender muito ao caráter e à capacidade da
pessoa, e a quanta ajuda ou estorvo poderá encontrar
no cumprimento daquilo que quisesse prometer.
15. Décima quinta anotação. O que dá os Exercícios não
deve mover ao que os recebe mais a pobreza nem a
promessa dela do que a seus contrários, nem a um
estado ou modo de viver mais que a outro. Porque,
embora fora dos Exercícios, lícita e meritoriamente
possamos mover todas as pessoas, que provavelmente
tenham capacidade, a escolher continência, virgindade,
vida religiosa ou qualquer outro modo de perfeição
evangélica; contudo, nos Exercícios Espirituais, é mais
conveniente e muito melhor, enquanto busca a divina
vontade, que o mesmo Criador e Senhor se comunique
à alma a Ele devotada, abraçando-a no seu amor e
louvor, e dispondo-a a seguir pelo caminho em que
melhor o pode servir no futuro. De maneira que, quem
dá os [Exercícios] não propenda nem se incline a uma
parte nem a outra; mas, estando no meio, como o fiel
- 443 -
da balança, deixe agir o Criador imediatamente com a
criatura, e a criatura com o seu Criador e Senhor.
16. Décima sexta anotação. Para isso, a saber, para que
o Criador e Senhor opere mais seguramente na sua
criatura, se por ventura essa alma está afeiçoada e
inclinada desordenadamente a uma coisa, é muito
conveniente que, empregando todas as suas forças, se
motive ao contrário daquilo a que se sente mal
afeiçoada; e assim, se está inclinada a buscar e
a ter um ofício ou benefício, não pela honra e glória de
Deus nosso Senhor, nem pela salvação espiritual das
almas, mas por seus proveitos próprios e interesses
temporais, deve inclinar-se ao contrário, instando em
orações e outros Exercícios Espirituais e pedindo a
Deus nosso Senhor o contrário, a saber, que não quere
esse ofício ou benefício nem outra coisa qualquer, se
sua divina majestade, ordenando seus desejos, não lhe
mudar a sua afeição anterior; de maneira que o motivo
de desejar ou ter uma coisa ou outra seja só o serviço, a
honra e a glória de sua divina majestade.
17. Décima sétima anotação. É muito proveitoso que o
que dá os Exercícios, sem querer perguntar nem saber
os pensamentos pessoais ou pecados de quem os
recebe, seja informado fielmente das várias agitações e
pensamentos que os vários espíritos lhe trazem;
porque, segundo o maior ou menor aproveitamento,
lhe pode dar alguns Exercícios Espirituais
convenientes e conformes à necessidade da tal alma
assim agitada.
18. Décima oitava anotação. Segundo a disposição das
pessoas que querem fazer Exercícios Espirituais, a
saber, conforme a idade, letras ou engenho que têm, se
hão de aplicar tais exercícios; para que não se dêem a
- 444 -
quem é rude ou de compleição delicada, coisas que não
possa descansadamente levar e com elas aproveitar.
Do mesmo modo, conforme quiserem dispor-se, assim
se devem dar a cada um, para que mais se possa ajudar
e aproveitar. Portanto àquele que se quer ajudar para
se instruir e chegar a certo grau de contentar a sua
alma, pode dar-se-lhe o exame particular (número 24)
e, depois, o exame geral (número 32) e, juntamente,
durante meia hora, pela manhã, o modo de orar sobre
os mandamentos, pecados mortais, etc. (número 238),
recomendando-lhe também a confissão de seus
pecados, de oito em oito dias, e, se puder, tomar o
sacramento [da eucaristia] de quinze em quinze dias, e,
se o deseja, melhor de oito em oito dias. Esta maneira é
mais própria para pessoas mais rudes ou sem letras.
Declare-se-lhes cada mandamento e também os
pecados mortais, os preceitos da Igreja, os cinco
sentidos, e as obras de misericórdia. Assim mesmo, se
o que dá os exercícios vir que quem os recebe é de
débil compleição ou de pouca capacidade natural, de
quem não se espera muito fruto, é mais conveniente
dar-lhe alguns destes exercícios leves, até que se
confesse de seus pecados; e, depois, dar-lhe alguns
exames de consciência e maneira de se confessar mais
amiúde do que costumava, para se conservar no que
conseguiu. Não avance com matérias de eleição nem
quaisquer outros exercícios dos que estão fora da
primeira semana; sobretudo quando com outras
pessoas se pode obter maior proveito, e falta tempo
para fazer tudo.
19. Décima nona anotação. Quem estiver ocupado em
cargos públicos ou negócios de que convém ocupar-se,
se é instruído ou inteligente, tome uma hora e meia
- 445 -
para se exercitar, exponha-se-lhe para que é criado o
homem. Pode dar-se-lhe também, por espaço de meia
hora, o exame particular e depois o exame geral e o
modo de se confessar e de receber o sacramento [da
eucaristia]. Faça, durante três dias, em cada manhã, por
espaço de uma hora, a meditação do primeiro, segundo
e terceiro pecado (número 45); depois, durante outros
três dias, à mesma hora, a meditação do processo dos
pecados (número 55); depois, outros três dias, à
mesma hora, faça a das penas que correspondem aos
pecados (número 65). Dêem-se-lhe, em todas as três
meditações, as dez adições (número 73); para os
mistérios de Cristo nosso Senhor, siga-se o mesmo
processo que mais adiante e amplamente nos próprios
exercícios se declara.
20. Vigésima anotação. A quem está mais
desembaraçado e deseja aproveitar em tudo o possível,
dêem-se-lhe todos os Exercícios Espirituais, pela
mesma ordem que seguem; neles, por via de regra,
tanto mais se aproveitará quanto mais se apartar de
todos os amigos e conhecidos, e de qualquer
preocupação terrena, mudando-se, por exemplo, da
casa onde morava e tomando outra casa ou quarto,
para aí habitar o mais secretamente que puder; de
maneira que esteja em sua mão ir cada dia à missa e a
vésperas, sem temor de que os seus conhecidos lhe
sejam causa de impedimento. Desta separação seguem-
se, além de outros muitos, três proveitos principais: O
primeiro é que, ao apartar-se uma pessoa de muitos
amigos e conhecidos assim como de muitos negócios
não bem ordenados, para servir e louvar a Deus nosso
Senhor, não pouco merece diante de sua divina
majestade; o segundo é que, estando assim apartado, e
- 446 -
não tendo o espírito repartido por muitas coisas, mas
pondo todo o cuidado numa só coisa, a saber, em servir
a seu Criador e aproveitar à sua própria alma, usa das
suas potências naturais mais livremente, para buscar
com diligência o que tanto deseja; o terceiro é que,
quanto mais a nossa alma se acha só e apartada, tanto
mais apta se torna para se aproximar e unir a seu
Criador e Senhor. E quanto mais assim se une, mais se
dispõe para receber graças e dons da sua divina e suma
bondade.

21. EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS PARA SE VENCER A SI


MESMO E ORDENAR A SUA VIDA SEM SE
DETERMINAR POR AFEIÇÃO ALGUMA QUE SEJA
DESORDENADA

22. PRESSUPOSTO
para que tanto o que dá os Exercícios Espirituais, como
o que os recebe, mais se ajudem e aproveitem, se há de
pressupor que todo o bom cristão deve estar mais
pronto a salvar a proposição do próximo que a
condená-la; se a não pode salvar, inquira como a
entende, e, se a entende mal, corrija-o com amor; e se
não basta, busque todos os meios convenientes, para
que, entendendo-a bem, se salve.

PRIMEIRA SEMANA

23. PRINCÍPIO E FUNDAMENTO

O homem é criado para louvar, prestar reverência e


servir a Deus nosso Senhor e, mediante isto, salvar a
sua alma; e as outras coisas sobre a face da terra são
- 447 -
criadas para o homem, para que o ajudem a conseguir
o fim para que é criado. Donde se segue que o homem
tanto há-de usar delas quanto o ajudam para o seu fim,
e tanto deve deixar-se delas, quanto disso o impedem.
Pelo que, é necessário fazer-nos indiferentes a todas as
coisas criadas, em tudo o que é concedido à liberdade
do nosso livre arbítrio, e não lhe está proibido; de tal
maneira que, da nossa parte, não queiramos mais
saúde que doença, riqueza que pobreza, honra que
desonra, vida longa que vida curta, e
conseqüentemente em tudo o mais; mas somente
desejemos e escolhamos o que mais nos conduz para o
fim para que somos criados.

24. EXAME PARTICULAR


Contém em si três tempos e
dois exames de consciência cada dia

Primeiro tempo. Pela manhã, logo ao levantar, deve


propor guardar-se, com diligência, daquele pecado
particular ou defeito que se quer corrigir e emendar.
25. Segundo tempo. Depois da refeição do meio-dia,
pedir a Deus nosso Senhor o que se quer, a saber, graça
para se recordar de quantas vezes caiu naquele pecado
particular ou defeito e para se emendar no futuro. Em
seguida, faça o primeiro exame, pedindo conta à sua
alma daquele ponto particular proposto de que se quer
corrigir e emendar, percorrendo hora por hora ou
tempo por tempo, começando desde a hora em que se
levantou até à hora e momento do presente exame; e
faça, na primeira linha do g = tantos pontos quantas
forem as vezes que tenha incorrido naquele pecado

- 448 -
particular ou defeito; e depois, proponha, de novo,
emendar-se até ao segundo exame que fará.
26. Terceiro tempo. Depois da refeição da noite, fará o
segundo exame, também de hora em hora, começando
desde o primeiro exame até ao segundo, e fará, na
segunda linha do mesmo g= tantos pontos quantas as
vezes que tenha incorrido naquele pecado particular
ou defeito.

27. QUATRO ADIÇÕES


que se seguem para mais depressa tirar
aquele pecado ou defeito particular

Primeira adição. Cada vez que a pessoa cair naquele


pecado ou defeito particular, ponha a mão no peito,
doendo-se de ter caído; o que se pode fazer mesmo
diante de muitas pessoas, sem que notem o que faz.
28. Segunda adição. Como a primeira linha do g=
significa o primeiro exame e a segunda linha o
segundo, veja, à noite, se há emenda, da primeira linha
para a segunda, a saber: do primeiro exame para o
segundo.
29. Terceira adição. Conferir o segundo dia com o
primeiro, a saber: os dois exames do dia presente com
os outros dois exames do dia passado, e verificar se, de
um dia para o outro, se emendou.
30. Quarta adição. Conferir uma semana com a outra, e
verificar se se emendou, na semana presente, em
comparação com a semana passada.
31. Nota. Note-se que o primeiro g= grande que se
segue significa o domingo; o segundo mais pequeno, a
segunda- feira; o terceiro, a terça-feira; e assim
sucessivamente.
- 449 -
G _______________________________
g ____________________________
g ________________________
g ____________________
g ________________
g ____________
g _______

32. EXAME GERAL


de Consciência para se purificar e
para melhor se confessar

Suponho haver em mim três pensamentos, a saber: um


que é propriamente meu, que sai da minha pura
liberdade e querer; e outros dois que vêm de fora: um
que vem do bom espírito e o outro do mau.

33. I. Dos Pensamentos

Há duas maneiras de merecer no mau pensamento que


vem de fora.
A primeira é quando, por exemplo, me vem um
pensamento de cometer um pecado mortal. Resisto-lhe
prontamente, e fica vencido.
34. A Segunda maneira de merecer é quando me vem
aquele mesmo mau pensamento e eu lhe resisto, e
torna-me a vir, uma e outra vez, e eu resisto sempre,
até que o pensamento se vai vencido. Esta segunda
maneira é de mais merecimento que a primeira.
35. Peca-se venialmente, quando vem o mesmo
pensamento de pecar mortalmente, e a pessoa lhe dá
atenção demorando-se um pouco nele, ou recebendo

- 450 -
alguma deleitação sensual, ou havendo alguma
negligência em rejeitar o tal pensamento.
36. Há duas maneiras de pecar mortalmente:
A primeira é quando se dá consentimento ao mau
pensamento, para o pôr logo em prática conforme
consentiu, ou para o executar se pudesse.
37. A segunda maneira de pecar mortalmente é quando
se põe em ato aquele pecado; e é maior por três razões:
a primeira, pelo maior espaço de tempo; a segunda,
pela maior intensidade; a terceira, pelo maior dano das
duas pessoas.

38. II. Das Palavras.

Não jurar, nem pelo Criador nem pela criatura, a não


ser com verdade, necessidade e reverência.
Necessidade entendo, não quando se afirma com
juramento qualquer verdade, mas quando é de alguma
importância para o proveito da alma ou do corpo ou de
bens temporais. Reverência entendo, quando ao
pronunciar o nome do seu Criador e Senhor, com
consideração, se lhe tributa a honra e reverência
devidas.
39. É de advertir que, ainda que no juramento em vão,
pecamos mais jurando pelo Criador que pela criatura, é
mais difícil jurar devidamente, com verdade,
necessidade e reverência, pela criatura que pelo
Criador, pelas razões seguintes:
Primeira. Quando queremos jurar por alguma criatura,
o fato de querer nomear a criatura não nos faz estar
tão atentos nem advertidos para dizer a verdade ou
para afirmá-la com necessidade, como ao querermos
nomear o Senhor e Criador de todas as coisas.
- 451 -
Segunda. É que, ao jurar pela criatura, não é tão fácil
prestar reverência e acatamento ao Criador, como
quando se jura pelo mesmo Criador e Senhor e se
profere o seu nome; porque o fato de querer nomear a
Deus nosso Senhor, traz consigo mais acatamento e
reverência que o querer nomear uma coisa criada.
Portanto, concede-se mais aos perfeitos que aos
imperfeitos jurar pela criatura; porque os perfeitos,
pela assídua contemplação e iluminação do
entendimento, consideram, meditam e contemplam
mais estar Deus nosso Senhor em cada criatura,
segundo a sua própria essência, presença e potência; e,
assim, ao jurarem pela criatura, estão mais aptos e
dispostos para prestar acatamento e reverência a seu
Criador e Senhor do que os imperfeitos.
Terceira. É que na frequência do jurar pela criatura, se
há-de temer mais a idolatria nos imperfeitos que nos
perfeitos.
40. Não dizer palavra ociosa. Por palavra ociosa
entendo a que não me aproveita a mim nem a outrem,
nem se ordena a tal intenção. De sorte que falar de
tudo o que é proveitoso ou com intenção de aproveitar
à alma própria ou alheia, ao corpo ou a bens temporais,
nunca é ocioso; nem o falar alguém de coisas que estão
fora do seu estado, como se um religioso falasse de
guerras e comércio. Mas, em tudo o que se disse, há
mérito quando as palavras se ordenam a bom
fim, e pecado quando se dirigem a mau fim ou se fala
inutilmente.
41. Não dizer palavras para difamar ou murmurar,
porque se descubro um pecado mortal que não seja
público, peco mortalmente; e, se um pecado venial,
venialmente; e, se um defeito, mostro o meu próprio
- 452 -
defeito. Mas sendo recta a intenção, de duas maneiras
se pode falar do pecado ou falta de outrem.
Primeira, quando o pecado é público, como, por
exemplo, de uma meretriz pública, de uma sentença
dada em juízo, ou de um erro público que infecciona as
almas com quem conversa.
Segunda. Quando o pecado oculto se descobre a alguma
pessoa para que ajude a levantar a que está em pecado;
tendo, contudo, algumas conjecturas ou razões
prováveis de que a poderá ajudar.

42. III. Das Obras.

Tomando por objeto [de exame] os dez mandamentos e


os preceitos da Igreja e as disposições dos Superiores,
tudo o que se põe em prática contra alguma destas três
partes, conforme a sua maior ou menor importância,
será maior ou menor pecado. Entendo por disposições
dos Superiores, por exemplo, bulas de cruzadas e
outras indulgências, como as que se concedem em
ordem a obter a paz, confessando-se e tomando o
Santíssimo Sacramento; porque não pouco se peca
então, ao ser causa de outros agirem, ou ao agir nós
contra tão piedosas exortações e disposições de nossos
superiores.

43. MODO DE FAZER O EXAME GERAL.


Consta de cinco pontos

O Primeiro ponto é dar graças a Deus nosso Senhor


pelos benefícios recebidos.
O Segundo, em pedir graça para conhecer os pecados, e
libertar-se deles.
- 453 -
O Terceiro, em pedir conta à alma, desde a hora em que
se levantou até ao exame presente, hora por hora ou
período por período, primeiro, dos pensamentos,
depois das palavras, e depois das obras, pela mesma
ordem que se disse no exame particular.
O Quarto é pedir perdão, a Deus nosso Senhor, das
faltas.
O Quinto, em propor emenda, com sua graça. Terminar
com um Pai-Nosso.

44. CONFISSÃO GERAL E COMUNHÃO

Na confissão geral, para quem voluntariamente a


quiser fazer, entre outros muitos proveitos, se acharão
três, fazendo-a durante os Exercícios:
1º) Embora quem se confessa cada ano não esteja
obrigado a fazer confissão geral, fazendo-a, terá maior
proveito e mérito, pela maior dor atual de todos os
pecados e faltas deliberadas de toda a sua vida.
2º) Como nos Exercícios Espirituais se conhecem mais
interiormente os pecados e a malícia deles que no
tempo em que se não dava assim às coisas interiores;
alcançando agora mais conhecimento e dor deles, terá
maior proveito e mérito do que antes teria.
3º) É que, conseqüentemente, estando mais bem
confessado e disposto, se acha mais apto e mais
preparado para receber o Santíssimo Sacramento; cuja
recepção ajuda não somente a não cair em pecado, mas
ainda a conservar-se em aumento de graça. Esta
confissão geral se fará melhor imediatamente depois
dos exercícios da primeira semana.

- 454 -
45. O PRIMEIRO EXERCÍCIO
É a meditação, por meio das três potências da alma,
sobre o primeiro, segundo e terceiro pecado. Contém
em si, depois de uma oração preparatória e dois
preâmbulos, três pontos principais e um colóquio.

46. A Oração preparatória é pedir graça a Deus nosso


Senhor para que todas as minhas intenções, ações e
operações sejam puramente ordenadas para serviço e
louvor de sua divina majestade.
47. O Primeiro preâmbulo é composição, vendo o
lugar. Aqui é de notar que, na contemplação ou
meditação visível, assim como contemplar a Cristo
nosso Senhor, o qual é visível, a composição será ver,
com a vista da imaginação, o lugar material onde se
acha aquilo que quero contemplar. Digo o lugar
material, assim como um templo ou monte onde se
acha Jesus Cristo ou Nossa Senhora, conforme o que
quero contemplar. Na invisível, como é aqui a dos
pecados, a composição será ver, com a vista
imaginativa e considerar estar a minha alma
encarcerada neste corpo corruptível e todo o composto
neste vale, como desterrado, entre brutos animais.
Digo todo o composto de alma e corpo.
48. O Segundo preâmbulo é pedir a Deus nosso Senhor
o que quero e desejo. O pedido deve ser conforme a
matéria proposta, a saber, se a contemplação é de
ressurreição, pedir gozo com Cristo gozoso; se é de
Paixão, pedir pena, lágrimas e tormento com Cristo
atormentado. Aqui será pedir vergonha e confusão de
mim mesmo, vendo quantos foram condenados por um
só pecado mortal, e quantas vezes eu mereceria ser
condenado para sempre por tantos pecados meus.
- 455 -
49. Nota. Antes de todas as contemplações ou
meditações, devem-se fazer sempre a oração
preparatória, sem se mudar, e os dois preâmbulos já
ditos, mudando-os, algumas vezes, segundo a matéria
proposta.
50. O primeiro ponto será exercitar a memória sobre o
primeiro pecado, que foi o dos anjos, e logo, sobre o
mesmo, o entendimento discorrendo, depois, a
vontade, querendo recordar e entender tudo isto para
mais me envergonhar e confundir; trazendo em
comparação de um pecado dos anjos, tantos pecados
meus; e como eles, por um pecado, foram para o
inferno, sendo tantas as vezes que eu o mereci por
tantos mais. Digo trazer à memória o pecado dos
anjos: como sendo eles criados em graça, não
querendo servir-se da sua liberdade para prestar
reverência e obediência a seu Criador e Senhor, caindo
em soberba, passaram da graça à perversidade e foram
lançados do céu ao inferno; e assim, depois, discorrer
mais em particular com o entendimento e, depois,
mover mais os afetos com a vontade.
51. O segundo ponto consiste em fazer outro tanto, a
saber, exercitar as três potências sobre o pecado de
Adão e Eva; trazendo à memória como, pelo tal pecado,
fizeram tanto tempo penitência, e quanta corrupção
veio ao gênero humano, indo tanta gente para o
inferno. Digo trazer à memória o segundo pecado, o de
nossos primeiros pais: como, depois que Adão foi
criado no campo damasceno e posto no paraíso terreal,
e que Eva foi criada da sua costela, sendo-lhes proibido
que comessem da árvore da ciência, eles comeram e
por isso pecaram; e como, depois, vestidos de túnicas
de peles e expulsos do paraíso, viveram, sem a justiça
- 456 -
original que tinham perdido, toda a sua vida em muitos
trabalhos e muita penitência; e, depois, discorrer com
o entendimento mais em particular, usando
também da vontade como está dito.
52. O terceiro ponto consiste em do mesmo modo, fazer
outro tanto sobre o terceiro pecado, o pecado
particular de cada um que por um pecado mortal tenha
ido para o inferno, e o de muitos outros, sem conta, que
para lá foram por menos pecados do que eu. Digo fazer
outro tanto sobre o terceiro pecado particular,
trazendo à memória a gravidade e malícia do pecado
contra o seu Criador e Senhor, discorrer com o
entendimento como, em pecar e agir contra a
bondade infinita, tal pessoa foi justamente condenada
para sempre; e acabar com atos da vontade, como
está dito.
53. Colóquio. – Imaginando a Cristo nosso Senhor
diante de mim e pregado na cruz, fazer um colóquio:
como de Criador veio a fazer-se homem, e de vida
eterna a morte temporal, e assim a morrer por meus
pecados. E, assim em colóquio, interrogar-me a mim
mesmo: o que tenho feito por Cristo, o que faço por
Cristo, o que devo fazer por Cristo; e vendo-o a Ele em
tal estado e assim pendente na cruz, discorrer pelo que
se me oferecer.
54. O colóquio faz-se, propriamente, falando, assim
como um amigo fala a outro, ou um servo a seu senhor:
ora pedindo alguma graça, ora confessando-se culpado
por algum mal feito, ora comunicando as suas coisas e
querendo conselho nelas. E termina-se com um Pai-
Nosso.

- 457 -
55. SEGUNDO EXERCÍCIO
É a meditação dos pecados próprios e compreende
depois da oração preparatória e dois preâmbulos, cinco
pontos e um colóquio.

A Oração preparatória é a mesma.


O Primeiro preâmbulo será a mesma composição.
O Segundo preâmbulo é pedir o que quero: será aqui
pedir acrescida e intensa dor e lágrimas por meus
pecados.
56. O Primeiro ponto é o processo dos pecados, a saber,
trazer à memória todos os pecados da vida,
considerando ano por ano, ou período por período;
para o que aproveitam três coisas: a primeira,
considerar o lugar e a casa onde habitei; a segunda, a
convivência que tive com outros; a terceira, o ofício em
que vivi.
57. O Segundo ponto, ponderar os pecados,
considerando a fealdade e a malícia que cada pecado
mortal cometido tem em si, mesmo que não fosse
proibido.
58. O Terceiro ponto, considerar quem sou eu,
[esforçando-me] por [meio de] exemplos, em fazer-me
pequeno [ante meus olhos]: 1º Quão pouca coisa sou
eu em comparação com todos os homens; 2º Que são
os homens, em comparação com todos os anjos e
santos do paraíso; 3º Considerar o que é toda a criação,
em comparação com Deus: pois eu só, que posso ser?
4º Considerar toda a minha corrupção e fealdade
corporal; 5º, considerar-me como uma chaga e um
abscesso de onde saíram tantos pecados, tantas
maldades e peçonha tão repugnante.

- 458 -
59. O Quarto ponto, considerar quem é Deus, contra
quem pequei, segundo os seus atributos, comparando-
os aos seus contrários em mim: a sua sapiência à minha
ignorância, a sua onipotência à minha fraqueza, a sua
justiça à minha iniqüidade, a sua bondade à minha
malícia.
60. Quinto ponto, exclamação admirativa, com
acrescido afeto, discorrendo por todas as criaturas,
como me têm deixado com vida e conservado nela; os
anjos, que sendo a espada da justiça divina, como me
têm suportado, guardado e rogado por mim; os santos,
como têm estado a interceder e rogar por mim; e os
céus, sol, lua, estrelas e elementos, frutos, aves, peixes e
animais; e a terra, como não se abriu para me tragar,
criando novos infernos para sempre penar neles.
61. Acabar com um colóquio sobre a misericórdia,
buscando razões e dando graças a Deus nosso Senhor
porque me deu vida até agora, propondo emenda, com
a sua graça, para o futuro. Pai Nosso

62. TERCEIRO EXERCÍCIO


É a repetição do primeiro e do segundo
terminando com três colóquios.

Depois da oração preparatória e dos dois preâmbulos,


será repetir o primeiro e segundo exercício, notando e
fazendo pausa nos pontos em que tenha sentido maior
consolação ou desolação, ou maior sentimento
espiritual. Depois do que, farei três colóquios, da
maneira que se segue:
63. Um primeiro colóquio com Nossa Senhora, para que
me alcance graça de seu Filho e Senhor para três
coisas: a primeira, para que eu sinta interno
- 459 -
conhecimento dos meus pecados e aborrecimento
deles; a segunda, para que sinta a desordem das
minhas operações, para que, aborrecendo-a, me
emende e me ordene; a terceira, pedir conhecimento
do mundo, para que, aborrecendo-o, aparte de mim as
coisas mundanas e vãs. Depois disto, uma Ave-Maria.
O Segundo colóquio, com o Filho, para que me alcance
do Pai esta tríplice graça e terminar com a oração:
Alma de Cristo.
O Terceiro colóquio, outro tanto ao Pai, para que o
mesmo Senhor eterno me conceda-a, e terminar com
um Pai Nosso.

64. QUARTO EXERCÍCIO


É um resumo do terceiro.

Disse resumo, para que o entendimento, sem divagar,


discorra assiduamente pela reminiscência das coisas
contempladas nos exercícios passados; e fazendo os
mesmos três colóquios.

65. QUINTO EXERCÍCIO


É a meditação do inferno. Compreende em si, depois da
oração preparatória e dois preâmbulos, cinco pontos e
um colóquio.

A oração preparatória seja a de costume.


No Primeiro preâmbulo, a composição, é aqui ver, com a
vista da imaginação, o comprimento, largura e
profundidade do inferno.
No Segundo preâmbulo, pedir o que quero: será aqui
pedir interno sentimento da pena que padecem os
condenados, para que, se do amor do Senhor eterno me
- 460 -
esquecer, por minhas faltas, ao menos o temor das
penas me ajude a não cair em pecado.
66. O Primeiro ponto será ver, com os olhos da
imaginação, os grandes fogos e, as almas, como que em
corpos incandescentes.
67. O Segundo ponto, ouvir, com os ouvidos, prantos,
alaridos, gritos, blasfémias contra Cristo nosso Senhor
e contra todos os seus Santos.
68. O Terceiro ponto, cheirar, com o olfato, fumo,
enxofre, sentina e coisas em putrefacção.
69. O Quarto ponto, degustar, com o paladar, coisas
amargas, assim como lágrimas, tristeza e o verme da
consciência.
70. O Quinto ponto, tocar, com o tato, a saber: como os
fogos tocam e abrasam as almas.
71. Fazendo um colóquio com Cristo nosso Senhor,
trazer à memória as almas que estão no inferno; umas
porque não acreditaram na sua vinda; outras, porque
acreditando, não agiram segundo os seus
mandamentos. Fazer três grupos: o primeiro, antes da
vinda [de Cristo]; o segundo, durante a sua vida; o
terceiro, depois da sua vida neste mundo. Depois disto,
dar-lhe graças, porque não me deixou cair em nenhum
destes grupos, pondo fim a minha vida. E, assim,
como até agora tem tido sempre de mim tanta piedade
e misericórdia. Terminar com um Pai Nosso.

72. Nota. O primeiro exercício se fará, à meia-noite; o


segundo, logo ao levantar-se, pela manhã; o terceiro,
antes ou depois da missa, em suma, que seja antes do
almoço; o quarto, à hora de Vésperas; o quinto, uma
hora antes do jantar. Esta distribuição de horas, pouco
mais ou menos, sempre a entendo em todas as quatro
- 461 -
semanas, conforme a idade, disposição e
temperamento ajudem a pessoa que se exercita para
fazer os cinco exercícios ou menos.

73. ADIÇÕES
para melhor fazer os exercícios
e para melhor achar o que deseja.

A Primeira adição é: depois de deitado, antes de


adormecer, pensar, por espaço de uma Ave-Maria, a
que hora tenho de me levantar e para quê, resumindo o
exercício que tenho de fazer.
74. Segunda adição. Quando despertar, não dando lugar
a outros pensamentos, advertir logo no que vou
contemplar no primeiro exercício da meia noite,
excitando-me a confusão de tantos pecados meus,
propondo exemplos: como se um cavaleiro se achasse
diante de seu rei e de toda a sua corte, envergonhado e
confundido de muito ter ofendido aquele de quem
antes recebeu muitos dons e muitas mercês. E assim
mesmo, no segundo exercício, reconhecer-me um
grande pecador e que vou, algemado, isto é, preso com
cadeias, comparecer diante do sumo e eterno Juiz,
lembrando por exemplo, como os encarcerados e
algemados, e já merecedores de morte, comparecem
ante seu juiz temporal. E, com estes pensamentos,
vestir-me; ou com outros, conforme a matéria
proposta.
75. Terceira adição. A um passo ou dois do lugar onde
tenho de meditar ou contemplar, pôr-me de pé, por
espaço de um Pai-Nosso, levantado o espírito ao alto,
considerando como Deus nosso Senhor me olha, etc; e
fazer uma reverência ou uma humilhação.
- 462 -
76. Quarta adição. Entrar na contemplação, ora de
joelhos, ora prostrado em terra, ora deitado de rosto
para cima, ora sentado, ora de pé, andando sempre a
buscar o que quero. Advertiremos duas coisas: a
primeira é que se acho o que quero, de joelhos, não
passarei adiante, e se prostrado, do mesmo modo, etc;
a segunda, que no ponto em que achar o que quero, aí
repousarei, sem ter ânsia de passar adiante, até que me
satisfaça.
77. Quinta adição. Depois de acabado o exercício, por
espaço de um quarto de hora, ou sentado ou
passeando, observarei como me correram as coisas na
contemplação ou meditação. E, se mal, examinarei a
causa donde procede, e uma vez descoberta,
arrepender-me-ei, para me emendar daí em diante. E,
se bem, darei graças a Deus nosso Senhor e farei, outra
vez, da mesma maneira.
78. Sexta adição. Não querer pensar em coisas de
prazer ou alegria, como de glória, ressurreição, etc;
porque, para sentir pena, dor e lágrimas pelos nossos
pecados, o impede qualquer consideração de gozo e
alegria; mas Ter antes em mente o querer sentir dor e
pena, trazendo mais na memória a morte e o juízo.
79. Sétima adição, privar-me de toda a claridade, para o
mesmo fim, fechando janelas e portas, o tempo que
estiver no quarto, a não ser para rezar, ler e comer.
80. Oitava adição. Não rir nem dizer coisa que
provoque o riso.
81. Nona adição. Refrear a vista, exceto ao receber ou
despedir-se da pessoa com quem se falar.
82. A Décima adição é sobre a penitência, a qual se
divide em interna e externa. A interna é doer-se de
seus pecados, com firme propósito de não cometer
- 463 -
esses nem quaisquer outros. A externa, ou fruto da
primeira, é castigo dos pecados cometidos. E, pratica-
se, principalmente, de três maneiras.
83. A primeira maneira é sobre o comer, a saber:
quando tiramos o supérfluo, não é penitência, mas
temperança; penitência é quando tiramos do
conveniente. E, quanto mais e mais, maior e melhor,
contando que não se arruine a pessoa, nem se siga
enfermidade notável.
84. A segunda maneira é sobre o modo de dormir. E
também não é penitência tirar o supérfluo de coisas
delicadas ou moles. Mas é penitência quando no modo
[de dormir] se tira do conveniente; e quanto mais e
mais, melhor, contanto que não se arruine a pessoa,
nem se siga enfermidade notável, nem muito menos se
tire do sono conveniente, a não ser que, por ventura,
tenha hábito vicioso de dormir demasiado, para chegar
à justa medida.
85. A terceira maneira é castigar a carne, a saber,
dando-lhe dor sensível, a qual se dá, trazendo cilícios
ou cordas ou barras de ferro sobre a carne, flagelando-
se ou ferindo-se e outras formas de aspereza.
86. Nota. O que parece mais prático e mais seguro na
penitência é que a dor seja sensível na carne, mas que
não penetre nos ossos; de maneira que cause dor e não
enfermidade. Pelo que, parece que é mais conveniente
flagelar-se com cordas delgadas que dão dor por fora, e
não doutra maneira que cause enfermidade notável
por dentro.
87. A primeira nota é que as penitências exteriores se
fazem principalmente para três efeitos: primeiro, para
satisfação dos pecados passados; segundo, para
vencer-se a si mesmo, a saber, para que a sensualidade
- 464 -
obedeça à razão e todas as partes inferiores estejam
mais sujeitas às superiores; terceiro, para buscar e
achar alguma graça ou dom que a pessoa quer e deseja,
como, por exemplo, se deseja ter interna contrição de
seus pecados, ou chorar muito sobre eles ou sobre as
penas e dores que Cristo nosso Senhor passava na sua
Paixão, ou para solução de alguma dúvida em que a
pessoa se acha.
88. A segunda nota é para advertir que a primeira e
segunda adição se hão de fazer para os exercícios da
meia noite e da manhã, e não para os que se farão
noutros tempos; e a quarta adição nunca se fará na
igreja, diante doutras pessoas, mas em particular, como
por exemplo em casa, etc.
89. A terceira nota é que, quando a pessoa que se
exercita ainda não acha o que deseja, como lágrimas,
consolações, etc. Muitas vezes é proveitoso fazer
mudança no comer, no dormir, e noutros modos de
fazer penitência; de maneira que nos mudemos,
fazendo, dois ou três dias, penitência, e outros dois ou
três, não; porque a alguns convém fazer mais
penitência e a outros menos; e também porque, muitas
vezes, deixamos de fazer penitência, por amor dos
sentidos e por juízo errôneo de que a pessoa não a
poderá tolerar sem notável enfermidade; e, outras
vezes, pelo contrário, fazemos demasiada, pensando
que o corpo a possa suportar; e, como Deus nosso
Senhor conhece infinitamente melhor a nossa
natureza, muitas vezes, nas tais mudanças, dá a sentir a
cada um o que lhe convém.
90. A quarta nota é que o exame particular se faça para
tirar defeitos e negligências nos exercícios e adições; e
o mesmo se diga na segunda, terceira e quarta semana.
- 465 -
[O INFERNO, PENAS MORAIS*

Oração preparatória: a acostumada.


Composição de lugar: (por exemplo), ver o inferno,
“estanque de fogo e enxofre.” (São João)
A graça que pedimos: o horror de pecado, posto que o
pecado é o começo deste estado de condenação.
Primeiro ponto: a pena de dano. “Apartai-vos de mim
malditos..” Ser maldito de Deus! Separado do Bem
Infinito por sempre jamais. A pena de fogo, por mais
terrível que seja, não é nada em comparação com a
privação com a privação do Bem Infinito. (Quanto
maior é o bem que pedimos, tanto maior é a pena de
haver perdido. Usar comparação: perder uma pequena
soma de dinheiro, uma fortuna grande, uma esposa
querida, etc... Cada vez a pena é mais dolorosa). Que
sucederá então com quem perdeu o Bem Infinito?

* Estas meditações são do Padre Vallet. Ainda que não


constem no original inaciano, não são mais que uma
repetição do primeiro e segundo exercício. O mesmo Santo
Inácio permitiu que se fizessem tais acréscimos,
recomendando-os até: “Podem acrescentar-se outros
exercícios além dos cinco indicados sobre as penas dos
pecados, a morte, o juízo, ou os demais tormentos do
inferno; e mais, parece que raramente deverão omitir-se,
porque tem grande importância para retrair o espírito do
amor desordenado às coisas visíveis, e para que a alma
conceba nestas meditações um santo temor de Deus, que a
leve a salvar-se.” (Diretório dos Exercícios, cap. 15 n.4)
- 466 -
Agora bem, o pecado é o começo deste estado (com a
diferença de que aqui abaixo, ninguém conhece sua
desgraça, e tem tempo ainda para converter-se. Mas
quando o pecador já não tiver tempo?)
Segundo ponto: o remorso. “O verme que rói e não
morre.” A recordação das suas próprias faltas... desse
fumo e desse nada pelo qual o pecador renunciou ao
Soberano Bem. Era tão fácil salvar-se! Os chamados
que o Coração de Jesus fazia. E ele não quis atender.
Terceiro ponto: a eternidade. “O inferno do inferno,”
dizem os santos. Por que os condenados não se
converterão? Porque já não têm tempo. “Oh! Momento
a partir do qual já não haverá tempo! ... a eternidade...”
(Santo Agostinho). Será o eterno presente. O sempre,
jamais... Eis aqui o que esmagará o condenado. É um
castigo tal que nem podemos imaginá-lo.
Não esqueçam o colóquio de misericórdia. Aqui
embaixo ainda temos tempo. Jesus crucificado nos
estende os braços...

A MORTE

Existem numerosos motivos para meditar sobre a


morte: ver o nada das coisas da terra, preparar sua
própria morte, compreender a importância do
Apostolado da Boa Morte, etc... Aqui se trata de
compreender a gravidade do pecado: por um só
pecado, a humanidade ficou condenada à morte por
Deus. Justiça infinita mas também bondade infinita. Se
trata também de chorar nossos pecados enquanto
temos tempo, e ordenar nossa vida.
Oração preparatória: a de costume.

- 467 -
Composição de lugar: o próprio fato da morte por
exemplo.
Graça que pedimos: compreender a gravidade do
pecado enquanto temos tempo.
Primeiro tempo: O pecado é “afastar-se de Deus para
preferir a criatura.” A morte nos vai separar de todas
as criaturas.
Segundo ponto: O pecado é abusar do tempo. A morte
nos privará do tempo. “Virei como o ladrão... ninguém
sabe o dia nem a hora.”
Terminar com um ou vários colóquios.

O JUÍZO PARTICULAR

Oração preparatória: a de costume.


Composição de lugar: sua alma diante de Deus, tendo
que render contas de tudo.
Graça que pedimos: chorar os próprios pecado e
ordenar as contas próprias com Deus.
Assista a seu juízo. Faça desfilar em seu espírito todos
seus pecados... Veja sua malícia... o ultraje feito a Deus...
e por quem? Hoje, ainda podeis obter o perdão. Aquele
dia será demasiado tarde.
Colóquio com Jesus, que aceitou ser arrastado por nós
ante os tribunais dos homens...

O JUÍZO GERAL
Depois da oração preparatória e dos preâmbulos,
assistir com o pensamento a este juízo final.

Todos estaremos ali. Cristo Rei sobre as nuvens do Céu.


A ressurreição dos corpos. De que lado estaremos?
Hoje ainda podemos decidir. Ver nossas faltas como as
- 468 -
veremos naquele dia. O Juízo Universal: se fará justiça a
todos. A Cristo. Aos perseguidos. Todos os pecados
serão manifestados. A sentença...

O AMOR MISERICORDIOSO INFINITO

Repetição de todos os colóquios da primeira semana.


Primeiro ponto: Deus nos ama com um amor
misericordioso infinito (pensar bem cada uma destas
palavras).
a) Nossas faltas são por isso mesmo mais culpáveis.
b) O amor exige a confiança. Não aumentemos nossas
faltas duvidando do amor que Deus nos tem.
Segundo ponto:O Sagrado coração de Jesus, iamgem do
amor infinito de Deus por nós (o Bom Pastor – o filho
pródigo).
Colóquio afetuoso. Choremos nossos pecados que
ofenderam tanto a um Deus infinitamente bom.
Prometamos ao Coração de Jesus não pecar mais, com
sua graça... tomar os meios para isso no futurro... Fugir
das ocasiões perigosas... Rezar... Receber com
freqüência os Sacramentos.
Como o padre do filho pródigo, Jesus o espera para
perdoá-lo. Vá, pois, lançar-se com contrição e confiança
aos pés de seu ministro: o sacerdote. O que Deus lhe
perdoar hoje por meio do sacerdote, já não se imputará
no dia do juízo. Se o demônio o perturba, invoque a
Maria. Com sua ajuda, estais seguro de fazer sempre
uma boa confissão.]

- 469 -
SEGUNDA SEMANA

91. A CONVOCAÇÃO DO REI TEMPORAL AJUDA A


CONTEMPLAR A VIDA DO REI ETERNO.

A oração preparatória seja a de costume.


O Primeiro preâmbulo é a composição de lugar. Será
aqui ver, com a vista imaginativa, sinagogas, vilas e
aldeias por onde Cristo nosso Senhor pregava.
O Segundo preâmbulo é pedir a graça que quero. Será
aqui pedir graça a nosso Senhor para que não seja
surdo ao seu chamamento, mas pronto e diligente em
cumprir sua santíssima vontade.
92. Primeiro ponto. Pôr diante de mim um rei humano,
eleito pela mão de Deus nosso Senhor, a quem prestam
reverência e obedecem todos os príncipes e todos os
homens cristãos.
93. Segundo ponto. Reparar como este rei fala a todos
os seus, dizendo: Minha vontade é conquistar toda a
terra de infiéis; portanto, quem quiser vir comigo, há-
de contentar-se com comer como eu, e assim com
beber e vestir, etc.; do mesmo modo há-de trabalhar
comigo, durante o dia, e vigiar, durante a noite, etc.,
para que, assim, depois tenha parte comigo na vitória,
como a teve nos trabalhos.
94. Terceiro ponto. Considerar o que devem responder
os bons súbditos a rei tão liberal e tão humano; e, por
conseguinte, se algum não aceitasse a petição de tal rei,
quão digno seria de ser vituperado por todo o mundo e
tido por perverso cavaleiro.
95. A segunda parte deste exercício consiste em aplicar
o exemplo precedente do rei temporal a Cristo nosso
Senhor, conforme aos três pontos expostos.
- 470 -
E quanto ao primeiro ponto, se consideramos tal apelo
do rei temporal a seus súbditos, quanto é coisa mais
digna de consideração ver a Cristo nosso Senhor, rei
eterno, e diante dele todo o mundo universal, ao qual e
a cada homem, em particular, chama e diz: Minha
vontade é conquistar todo o mundo e todos os
inimigos, e assim entrar na glória de meu Pai; portanto,
quem quiser vir comigo, há-de trabalhar comigo, para
que seguindo-me na pena, me siga também na glória.
96. Segundo ponto: Considerar que todos os que
tiverem juízo e razão oferecerão todas as suas pessoas
ao trabalho.
97. Terceiro ponto: Os que mais se quiserem afeiçoar e
assinalar em todo o serviço de seu rei eterno e senhor
universal, não somente oferecerão suas pessoas ao
trabalho, mas ainda, agindo contra a sua própria
sensualidade e contra o seu amor carnal e mundano,
farão oblações de maior estima e valor, dizendo:
98. “Eterno Senhor de todas as coisas, eu faço a
minha oblação, com vosso favor e ajuda, diante da
vossa infinita bondade, e diante da vossa Mãe
gloriosa e de todos os santos e santas da corte
celestial, que eu quero e desejo e é minha
determinação deliberada, contanto que seja vosso
maior serviço e louvor, imitar-vos em passar todas
as injúrias e todo o desprezo e toda a pobreza,
assim atual como espiritual, se Vossa Santíssima
Majestade me quiser escolher e receber em tal vida
e estado.”
99. Primeira nota. Este exercício se fará duas vezes ao
dia, a saber, pela manhã ao levantar e uma hora antes
de almoçar ou jantar.

- 471 -
100. Segunda nota. Para a segunda semana, e também
daqui por diante, muito aproveita ler, por breves
momentos, os livros da Imitação de Cristo ou dos
Evangelhos e de vidas de santos.
101. Primeiro Dia

A PRIMEIRA CONTEMPLAÇÃO
A Encarnação. Contém em si a oração preparatória, três
preâmbulos, três pontos e um colóquio.

Oração preparatória, a de costume.

102. Primeiro preâmbulo é recordar a história do


assunto que tenho de contemplar, que é aqui como as
três pessoas divinas observavam toda a planície ou
redondeza de todo o mundo, cheia de homens, e como,
vendo que todos desciam ao inferno, se determina, na
sua eternidade, que a segunda pessoa se faça homem,
para salvar o gênero humano. E, assim, chegada a
plenitude dos tempos, é enviado o anjo S. Gabriel a
nossa Senhora (número 262).
103. Segundo preâmbulo. Composição, vendo o lugar.
Aqui será ver a grande extensão e redondeza do
mundo, no qual estão tantas e tão diversas gentes.
Assim mesmo, depois, particularmente, a casa e
aposentos de nossa Senhora, na cidade de Nazaré, na
província de Galileia.
104. Terceiro preâmbulo. Pedir o que quero; será aqui
pedir conhecimento interno do Senhor que, por
mim, se fez homem, para que mais o ame e o siga.
105. Nota. Convém aqui notar que esta mesma oração
preparatória, sem a mudar, como está dito no
princípio, assim como os mesmos três preâmbulos se
- 472 -
hão-de fazer nesta semana e nas outras seguintes,
mudando a forma segundo a matéria proposta.
106. Primeiro ponto é ver as pessoas, umas e outras. E,
primeiro, as da face da terra, em tanta diversidade,
assim em trajes como em gestos: uns brancos e outros
negros, uns em paz e outros em guerra, uns chorando e
outros rindo, uns sãos e outros enfermos, uns
nascendo e outros morrendo, etc; segundo, ver e
considerar as três pessoas divinas, como no seu
assento real ou trono da sua divina majestade, como
observam toda a face e redondeza da terra, e todas as
gentes em tanta cegueira, e como morrem e descem ao
inferno; terceiro, ver nossa Senhora e o anjo que a
saúda. E refletir para tirar proveito de tal vista.
107. Segundo ponto: ouvir o que dizem as pessoas
sobre a face da terra, a saber, como falam umas com as
outras, como juram e blasfemam, etc. Assim mesmo, o
que dizem as pessoas divinas, a saber: “Façamos a
redenção do gênero humano, etc.” E depois, as palavras
do anjo e de Nossa Senhora. E refletir, depois, para
tirar proveito de suas palavras.
108. Terceiro ponto: depois, observar o que fazem as
pessoas sobre a face da terra, como ferir, matar, ir para
o inferno, etc. Assim mesmo, o que fazem as pessoas
divinas, a saber, realizar a santíssima Encarnação; e,
igualmente, o que fazem o Anjo e Nossa Senhora, a
saber, o Anjo cumprindo o seu ofício de legado, e Nossa
Senhora humilhando-se e dando graças à divina
Majestade. E, refletir, depois, para tirar algum proveito
de cada uma destas coisas.
109. Ao fim, se há-de fazer um colóquio, pensando o
que devo dizer às três Pessoas divinas ou ao Verbo
eterno encarnado, ou à Mãe e Senhora nossa, pedindo,
- 473 -
conforme em si sentir, para mais seguir e imitar a
Nosso Senhor, assim recém-encarnado, dizendo um Pai
Nosso.

110. A SEGUNDA CONTEMPLAÇÃO


O nascimento.

Oração preparatória é a habitual.


111. O Primeiro preâmbulo é a história; e será aqui
como desde Nazaré saíram nossa Senhora, grávida
quase de nove meses, como se pode piamente meditar,
assentada numa jumenta, e José e uma serva, levando
um boi, para ir a Belém pagar o tributo que César
impôs em todas aquelas terras (número 264).
112. O Segundo preâmbulo, composição vendo o lugar;
será aqui ver, com a vista imaginativa, o caminho desde
Nazaré a Belém, considerando o comprimento, a
largura, e se tal caminho era plano ou se por vales ou
encostas. Assim mesmo, observar o lugar ou gruta do
nascimento, se era grande, pequeno, baixo, alto, e como
estava preparado.
113. O Terceiro preâmbulo será o mesmo e da mesma
forma que na contemplação precedente.
114. Primeiro ponto é ver as pessoas, a saber, ver Nossa
Senhora, José e a serva, e o Menino Jesus depois de já
ter nascido, fazendo-me eu um pobrezinho e
escravozinho indigno que os observa, os contempla e
os serve em suas necessidades, como se presente me
achasse, com todo o acatamento e reverência possível;
e, depois, refletir em mim mesmo para tirar algum
proveito.

- 474 -
115. Segundo ponto: observar, advertir e contemplar o
que falam; e, refletindo em mim mesmo, tirar algum
proveito.
116. Terceiro ponto: observar e considerar o que fazem,
como é caminhar e trabalhar, para que o Senhor venha
a nascer em suma pobreza e, ao cabo de tantos
trabalhos de fome, de sede, de calor e de frio, de
injúrias e afrontas, para morrer na cruz; e tudo isto por
mim; depois, refletindo, tirar algum proveito espiritual.
117. Acabar com um colóquio, como na contemplação
precedente, e com um Pai Nosso.

118. A TERCEIRA CONTEMPLAÇÃO


É a repetição do primeiro e segundo exercício.

Depois da oração preparatória e dos três preâmbulos,


se fará a repetição do primeiro e segundo exercício,
notando sempre algumas passagens mais importantes,
onde a pessoa tenha sentido algum conhecimento,
consolação ou desolação; fazendo também um
colóquio, e terminar com um Pai nosso.
119. Nesta repetição e em todas as seguintes, se
observará a mesma ordem de proceder que nas
repetições da primeira semana, mudando a matéria e
conservando-se a forma.

120. A QUARTA CONTEMPLAÇÃO


será a repetição da primeira e da segunda, da mesma
maneira que se fez na repetição anterior.

121. A QUINTA CONTEMPLAÇÃO


Aplicação dos sentidos sobre a primeira e segunda
contemplação.
- 475 -
Depois da oração preparatória e dos três preâmbulos,
aproveita passar os cinco sentidos da imaginação pela
primeira e segunda contemplação, da maneira
seguinte:
122. Primeiro ponto é ver as pessoas, com a vista
imaginativa, meditando e contemplando em particular
as suas circunstâncias, e tirando algum proveito desta
vista.
123. Segundo ponto: ouvir, com o ouvido, o que falam
ou podem falar; e, refletindo em si mesmo, tirar disso
algum proveito.
124. Terceiro ponto: aspirar e saborear, com o olfato e
com o gosto, a infinita suavidade e doçura da
divindade, da alma e das suas virtudes e de tudo,
conforme a pessoa que se contempla. Refletir em si
mesmo e tirar proveito disso.
125. Quarto ponto: tocar, com o tacto, por exemplo,
abraçar e beijar os lugares que essas pessoas pisam e
onde se sentam; sempre procurando tirar proveito
disso.
126. Acabar-se-á com um colóquio, como na primeira e
segunda contemplação, e com um Pai-Nosso.

127. Primeira nota. É de advertir, para toda esta


semana e as outras seguintes, que só tenho de ler o
mistério da contemplação que imediatamente tenho de
fazer, de maneira que, por então, não leia nenhum
mistério que naquele dia ou naquela hora não haja de
fazer, para que a consideração de um mistério não
estorve à consideração do outro.
128. Segunda nota. O primeiro exercício da
Encarnação se fará à meia noite; o segundo, ao
- 476 -
amanhecer; o terceiro, à hora da missa; o quarto, à
hora de vésperas, e o quinto, antes da hora de jantar,
estando, por espaço de uma hora, em cada um dos
cinco exercícios; e a mesma ordem se terá em tudo o
que vai seguir.
129. Terceira nota. É de advertir que, se a pessoa que
faz os Exercícios é idosa ou débil, ou se, ainda que forte,
ficou de alguma maneira debilitada da primeira
semana, é melhor que, nesta Segunda semana, ao
menos algumas vezes, não se levantando à meia-noite,
faça, pela manhã, uma contemplação, e outra à hora da
missa, e outra antes de almoçar, e, sobre elas, uma
repetição à hora de vésperas, e depois a aplicação de
sentidos antes de jantar.
130. Quarta nota. Nesta segunda semana, em todas as
dez adições que se expuseram na primeira semana, se
hão de mudar a segunda, a sexta, a sétima e a décima:
Na segunda será: logo ao despertar, pôr diante de mim
a contemplação que tenho de fazer, desejando
conhecer mais o Verbo eterno encarnado para mais o
servir e seguir.
E a sexta será: trazer à memória, freqüentemente, a
vida e mistérios de Cristo nosso Senhor, começando da
sua Encarnação até ao lugar ou mistério que vou
contemplando.
E a sétima será que a pessoa que se exercita tanto se
deve guardar de ter obscuridade ou claridade, usar de
boas temperaturas ou diversas, quanto sentir que lhe
pode aproveitar e ajudar para achar o que deseja.
E na décima adição, o que se exercita deve haver-se
conforme os mistérios que contempla; porque alguns
pedem penitência e outros não. De maneira que se
façam todas as dez adições, com muito cuidado.
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131. Quinta nota. Em todos os exercícios, excepto no
da meia noite e no da manhã, se tomará o equivalente
da segunda adição, da maneira que se segue: logo que
me recorde que é hora do exercício que tenho de fazer,
antes de ir a ele, porei diante mim aonde vou e diante
de quem, resumindo um pouco o exercício que tenho
de fazer e, depois, fazendo a terceira adição, entrarei
no exercício.
132. Segundo Dia. Tomar por primeira e segunda
contemplação a apresentação no, e a fuga como em
desterro para o egipto templo (número 268 e 269); e
sobre estas duas contemplações se farão duas
repetições e a aplicação dos cinco sentidos, da mesma
maneira que se fez no dia precedente.
133. Nota. Algumas vezes aproveita, ainda que o que se
exercita esteja robusto e disposto, mudar, desde este
segundo dia até ao quarto inclusive, para melhor achar
o que deseja, tomando só uma contemplação, ao
amanhecer, e outra, à hora da missa, e repetir sobre
elas, à hora da vésperas, e aplicar os sentidos, antes de
jantar.
134. Terceiro Dia. Como o menino Jesus era obediente
a seus pais em Nazaré, e depois como o acharam no
templo (número 271 e 273); e assim, em seguida, fazer
as duas repetições e a aplicação dos cinco sentidos.

ATRIBULAÇÕES DA SAGRADA FAMÍLIA, OU SEJA:


CONTEMPLAÇÃO DOS MISTÉRIOS GOZOSOS*

* Meditação “Síntese do Espírito Cristão” do Padre Vallet.


- 478 -
Aquele que faz os Exercícios deve excitar em seu coração
grandes desejos de imitar a Nosso Senhor. Para imitá-lo
tem que estudá-lo. ”Tende em vós mesmos sentimentos
que estão no Coração de Cristo Jesus” (Fil. II, 5).
É o fim desta segunda semana.

O Filho de Deus elegeu o melhor para Si, para sua Mãe,


e para seu Pai virginal. Estamos de acordo?
A oração preparatória de costume.
Três Preâmbulos:
O primeiro preâmbulo é o resumo da história: Belém-
Nazaré-Jerusalém.
O segundo preâmbulo é a composição de lugar.
O terceiro preâmbulo é a petição: graça de luz para
conhecê-lo, e graça de fortaleza para segui-lo.
Primeiro ponto. Provações da Sagrada Família ao redor
do Nascimento. Belém. Dúvidas de São José enquanto
ignora o segredo da Encarnação... Chegada a Belém... O
estábulo para receber o Menino Jesus... Fuga ao Egito...
(ver os Mistérios 264 a 269). Deus não poupa
sofrimentos aos seus amigos. Não esqueçam estas
lições que o Verbo Encarnado pagou a tão alto preço.
Pensamos como Ele acerca dos bens deste mundo?
Segundo ponto. Nazaré (ver o mistério número 271). 30
anos para fazer o quê? O quê é mais importante aqui
embaixo? Pouco importa a ocupação do momento. O
que importa é fazer a vontade de Deus. A conhecemos
pela obediência. E para reformar nossas idéias a
respeito, Jesus se condenou, durante 30 anos, a
trabalhar no mais humilde dever de estado, por
obediência: “E lhes era submisso.”
Terceiro ponto: Jesus aos dois anos. Jerusalém (ver o
Mistério 272). Somos de Deus antes de nossos pais ou
- 479 -
da pátria. Se Deus nos chama à vocação de servi-lo
exclusivamente, ninguém pode proibir-nos. “Não
sabíeis que devo cuidar das coisas de meu Pai?”
Terminar com um ou vários colóquios fervorosos: a São
José, à Nossa Senhora, ao Menino Jesus. Peçamos a
graça de compreender e compenetrar com o espírito
cristão, e de chegar a pensar e querer como nosso
Divino Modelo.

135. PREÂMBULO PARA CONSIDERAR ESTADOS

Considerado já o exemplo que Cristo nosso Senhor nos


deu para o primeiro estado, que consiste na guarda dos
mandamentos, vivendo ele em obediência a seus pais;
assim como também para o segundo, que é de
perfeição evangélica, quando ficou no templo, deixando
a seu pai adotivo e a sua mãe natural, para se entregar
a puro serviço de seu Pai eternal, juntamente com a
contemplação da sua vida, começaremos agora a
investigar e a pedir em que vida ou estado de nós se
quer servir Sua Divina Majestade.
E assim, para alguma introdução a isso, no primeiro
exercício seguinte, veremos a intenção de Cristo nosso
Senhor e em contrário, a do inimigo da natureza
humana; e como nos devemos dispor, para chegar à
perfeição em qualquer estado ou vida que Deus nosso
Senhor nos der a escolher.
136. Quarto dia.

MEDITAÇÃO DAS DUAS BANDEIRAS


uma, a de Cristo, sumo capitão e Senhor nosso,
outra, a de Lúcifer, mortal inimigo
- 480 -
da nossa natureza humana.

A habitual oração preparatória.


137. Primeiro preâmbulo é a história. Será aqui como
Cristo chama e quer a todos debaixo de sua bandeira, e
Lúcifer, ao contrário, debaixo da sua.
138. Segundo preâmbulo, composição, vendo o lugar.
Será aqui ver um grande campo de toda aquela região
de Jerusalém, onde o sumo capitão general dos bons é
Cristo nosso Senhor; outro campo na região de
Babilônia, onde o caudilho dos inimigos é Lúcifer.
139. Terceiro preâmbulo. Pedir o que quero; e será aqui
pedir conhecimento dos enganos do mau caudilho, e
ajuda para deles me guardar; e conhecimento da vida
verdadeira que mostra o sumo e verdadeiro capitão, e
graça para imitá-lo.
140. Primeiro ponto. Imaginar assim como se se
assentasse o caudilho de todos os inimigos naquele
grande campo de
Babilônia, como que numa grande cátedra de fogo e
fumo, em figura horrível e espantosa.
141. Segundo ponto. Considerar como faz chamamento
de inumeráveis demônios e como os espalha, a uns
numa cidade e a outros noutra, e assim por todo o
mundo, não deixando províncias, lugares, estados nem
pessoas algumas em particular.
142 – Terceiro ponto. Considerar o sermão que lhes faz
e como os admoesta a lançar redes e cadeias; que
primeiro hão-de tentar com cobiça de riquezas, como
costuma, a maior parte das vezes, para que mais
facilmente venham a vã honra do mundo e, depois, a
grande soberba. De maneira que o primeiro escalão
seja de riquezas, o segundo de honra, o terceiro de
- 481 -
soberba, e destes três escalões induz a todos os outros
vícios.
143. Assim, pelo contrário, se há de imaginar do sumo
e verdadeiro capitão, que é Cristo nosso Senhor.
144. Primeiro ponto, considerar como Cristo nosso
Senhor se apresenta num grande campo daquela região
de Jerusalém, em lugar humilde, formoso e gracioso.
145. Segundo ponto, considerar como o Senhor de todo
o mundo escolhe tantas pessoas, apóstolos, discípulos,
etc., e os envia por todo o mundo a espalhar a sua
sagrada doutrina por todos os estados e condições de
pessoas.
146. Terceiro ponto, considerar o sermão que Cristo
nosso Senhor faz a todos os seus servos e amigos, que
envia a esta expedição, encomendando-lhes que
queiram ajudar e trazer a todos, primeiro a suma
pobreza espiritual, e, se sua divina majestade for
servida e os quiser escolher, não menos à pobreza
atual; segundo, ao desejo de opróbrios e desprezos,
porque destas duas coisas se segue a humildade; de
maneira que sejam três os escalões: o primeiro,
pobreza contra riqueza; o segundo, opróbrio ou
desprezo contra a honra mundana; o terceiro,
humildade contra a soberba; e destes três escalões
induzam a todas as outras virtudes.
147. Um primeiro colóquio a nossa Senhora para que
me alcance graça de seu Filho e Senhor, para que eu
seja recebido debaixo de sua bandeira, e primeiro em
suma pobreza espiritual, e, se sua divina majestade for
servido e me quiser escolher e receber, não menos na
pobreza atual; segundo, em passar opróbrios e injúrias,
para mais nelas o imitar, contanto que as possa passar

- 482 -
sem pecado de nenhuma pessoa nem desprazer de sua
divina majestade; e, depois disto, uma Ave-Maria.
Segundo colóquio. Pedir o mesmo ao Filho, para que mo
alcance do Pai; e, depois disto, dizer: Alma de Cristo.
Terceiro colóquio. Pedir o mesmo ao Pai, para que ele
mo conceda; e dizer um Pai-Nosso.
148. Nota. Este exercício se fará à meia noite, e depois,
outra vez, pela manhã; e, deste mesmo, se farão duas
repetições do mesmo, à hora da missa e à hora de
vésperas; acabando sempre com os três colóquios, a
Nossa Senhora, ao Filho e ao Pai. E o dos binários, que
se segue, à hora antes de jantar.
149. No mesmo Quarto Dia, faça-se a

MEDITAÇÃO DOS
TRÊS BINÁRIOS DE HOMENS,
para abraçar o melhor.

A habitual oração preparatória.


150. O primeiro preâmbulo é a história de três binários
de homens: cada um deles adquiriu dez mil ducados,
não pura ou devidamente por amor de Deus, e querem
todos salvar-se e achar em paz a Deus nosso Senhor,
tirando de si o peso e impedimento que têm, para isso,
na afeição à coisa adquirida.
151. O segundo preâmbulo, composição, vendo o lugar:
será aqui ver-me a mim mesmo, como estou diante de
Deus nosso Senhor e de todos os seus santos, para
desejar e conhecer o que seja mais grato à sua divina
bondade.
152. O terceiro preâmbulo, pedir o que quero. Aqui será
pedir graça para escolher o que for mais para glória de
sua divina majestade e salvação de minha alma.
- 483 -
153. O primeiro binário quereria tirar o afeto que tem à
coisa adquirida, para achar em paz a Deus nosso
Senhor e saber-se salvar, e não põe os meios até à hora
da morte.
154. O segundo binário quer tirar o afeto, mas de tal
modo o quer tirar que fique com a coisa adquirida, de
maneira que venha Deus ali aonde ele quer, e não se
determina a deixá-la para ir a Deus, ainda que este
fosse o melhor estado para ele.
155 – O Terceiro binário quer tirar o afeto, mas de tal
modo o quer tirar que também não tem afeição a ter a
coisa adquirida ou não a ter, mas somente deseja
querê-la ou não a querer, conforme Deus nosso Senhor
lhe puser na vontade, e a si lhe parecer melhor para
serviço e louvor de sua divina majestade; e, entretanto,
quer fazer de conta que tudo deixa afetivamente,
esforçando-se por não querer aquilo nem nenhuma
outra coisa, se não o mover somente o serviço de Deus
nosso Senhor; de maneira que o desejo de melhor
poder servir a Deus nosso Senhor o mova a tomar a
coisa ou a deixá-la.
156. Fazer os mesmos três colóquios que se fizeram na
contemplação precedente das Duas Bandeiras.
157. Nota. É de notar que, quando nós sentimos afeto
ou repugnância contra a pobreza atual, quando não
somos indiferentes a pobreza ou riqueza, muito
aproveita, para extinguir o tal afeto desordenado, pedir
nos colóquios (apesar da repugnância natural) que o
Senhor o escolha para a pobreza atual; e que ele assim
o quer, pede e suplica, contanto que seja para serviço e
louvor da sua divina bondade.
158. Quinto Dia.

- 484 -
CONTEMPLAÇÃO SOBRE A PARTIDA DE CRISTO
NOSSO SENHOR DESDE NAZARÉ AO RIO JORDÃO, E
COMO FOI BATIZADO
(número 273).

159. Primeira nota. Esta contemplação se fará uma vez


à meia-noite, e outra vez pela manhã; e sobre ela
duas repetições, à hora de Missa e de Vésperas; e, antes
de jantar, aplicar sobre ela OS CINCO SENTIDOS;
antes de cada um destes cinco exercícios, antepor a
habitual oração preparatória e os três preâmbulos,
conforme sobre tudo isto está declarado na
contemplação da Encarnação e do Nascimento, e
acabar com os três colóquios dos Três Binários, ou
segundo a nota que vem depois dos Binários.
160. Segunda nota. O exame particular, depois do
almoço e depois do jantar, se fará sobre as faltas e
negligências tidas nos exercícios e adições deste dia; e
assim também nos dias que se seguem.
161. Sexto Dia.

CONTEMPLAÇÃO SOBRE COMO CRISTO NOSSO


SENHOR FOI DESDE O RIO JORDÃO AO DESERTO,
INCLUSIVE (número 274),
seguindo em tudo a mesma forma do quinto dia.

Sétimo Dia.
COMO SANTO ANDRÉ E OUTROS SEGUIRAM A CRISTO
NOSSO SENHOR (número 275).

Oitavo Dia.
O SERMÃO DA MONTANHA, QUE É SOBRE AS OITO
BEM-AVENTURANÇAS (número 278).
- 485 -
Nono Dia.
COMO CRISTO NOSSO SENHOR APARECEU AOS SEUS
DISCÍPULOS SOBRE AS ONDAS DO MAR (número 280).

Décimo Dia.
COMO O SENHOR PREGAVA NO TEMPLO
(número 288).

Undécimo Dia.
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO (número 285).

Duodécimo Dia.
O DIA DE RAMOS (número 287).

162. Primeira nota. Nas contemplações desta segunda


semana, conforme cada um quiser dispor do tempo ou
conforme lhe aproveitar, pode prolongar ou abreviar.
Se prolongar, tome os mistérios da Visitação de nossa
Senhora a santa Isabel, os Pastores, a circuncisão do
Menino Jesus, e os três Reis, e também outros. E, se
abreviar, tirar mesmo dos que estão propostos. Porque
isto é só dar uma introdução e modo para, depois,
melhor e mais completamente contemplar.
163. Segunda nota. A matéria das eleições começará,
desde a contemplação de Nazaré ao Jordão, inclusive,
que é o quinto dia, conforme se declara adiante.
164. Terceira nota. Antes de entrar nas eleições, para a
pessoa se afeiçoar à verdadeira doutrina de Cristo
nosso Senhor, aproveita muito considerar e advertir
nos seguintes

- 486 -
TRÊS DEGRAUS DE HUMILDADE,
considerando sobre eles, aos poucos,
durante todo o dia,e também fazendo os colóquios,
como adiante se dirá.

165. O primeiro grau de humildade é necessário para a


salvação eterna, a saber: que assim me abata e assim
me humilhe, quanto em mim seja possível, para que em
tudo obedeça à lei de Deus nosso Senhor, de tal sorte
que, nem que me fizessem senhor de todas as coisas
criadas neste mundo, nem pela própria vida temporal,
eu nem esteja a deliberar se hei-de infringir um
mandamento, quer divino quer humano, que me
obrigue a pecado mortal.
166. O segundo grau de humildade é mais perfeito que
o primeiro, a saber: se eu me acho em tal ponto que
não quero nem me apego mais a ter riqueza que
pobreza, a querer honra que desonra, a desejar vida
longa que curta, sendo igual serviço de Deus nosso
Senhor e salvação da minha alma; e, a tal ponto que,
nem por tudo o criado, nem que me tirassem a vida, eu
não esteja a deliberar se hei-de cometer um pecado
venial.
167. O terceiro grau de humildade é perfeitíssimo.
Inclui o primeiro e o segundo, sendo igual louvor e
glória da divina majestade, para imitar e parecer-me
mais atualmente com Cristo nosso Senhor, eu quero e
escolho antes pobreza com Cristo pobre que riqueza;
desprezos com Cristo cheio deles que honras; e desejo
mais ser tido por insensato e louco por Cristo que
primeiro foi tido por tal, que por sábio ou prudente
neste mundo.

- 487 -
168. Nota. Assim, para quem deseja alcançar esta
terceira humildade, muito aproveita fazer os três
colóquios dos Binários, já mencionados, pedindo que
Nosso Senhor o queira escolher para esta terceira
maior e melhor humildade, para mais o imitar e servir,
se for igual ou maior serviço e louvor para sua divina
majestade.

169. PREÂMBULO PARA FAZER ELEIÇÃO

Em toda a boa eleição, quanto é da nossa parte, o olhar


da nossa intenção deve ser simples, tendo somente em
vista o fim para que sou criado, a saber, para louvor de
Deus nosso Senhor e salvação da minha alma; e assim,
qualquer coisa que eu eleger deve ser para que me
ajude para o fim para que sou criado, não
subordinando nem fazendo vir o fim ao meio, mas o
meio ao fim. Assim, acontece que muitos elegem
primeiro casar-se, o que é meio, e em segundo lugar,
servir a Deus nosso Senhor no casamento, quando
servir a Deus é fim. Assim também, há outros que,
primeiro querem ter benefícios e, depois, servir a Deus
neles. De maneira que estes não vão direitos a Deus,
mas querem que Deus venha direito às suas afeições
desordenadas e, por conseguinte, fazem do fim meio e
do meio fim; de sorte que o que haviam de pôr
primeiro, põem por último. Porque, primeiro, havemos
de propor como objetivo querer servir a Deus, que é o
fim e, em segundo lugar, tomar um benefício ou casar-
me, se mais me convém, que é o meio para o fim. Assim,
nenhuma coisa me deve mover a tomar os tais meios
ou a privar-me deles, senão somente o serviço e louvor

- 488 -
de Deus nosso Senhor e a salvação eterna de minha
alma.

170. ESCLARECECIMENTO SOBRE AS COISAS EM QUE


SE DEVE FAZER ELEIÇÃO
contém em si quatro pontos e uma nota.

Primeiro ponto. É necessário que todas as coisas das


quais queremos fazer eleição sejam indiferentes ou
boas em si mesmas e que militem dentro da Santa Mãe
Igreja hierárquica, e não sejam más nem contrárias a
ela.
171. Segundo ponto. Há umas coisas que caem sob o
âmbito de eleição imutável, como são o sacerdócio, o
matrimônio, etc; há outras que caem sob o âmbito de
eleição mudável, como o tomar benefícios ou deixá-los,
o tomar bens temporais ou renunciar-lhes.
172. Terceiro ponto. Na eleição imutável, uma vez feita
a eleição, não há mais que eleger, porque não se pode
desatar, como é o matrimônio, o sacerdócio, etc. Só é de
atender a que, se não se fez a eleição devida e
ordenadamente, sem afeições desordenadas,
arrependendo-se, procure fazer boa vida na sua
eleição; essa eleição não parece que seja vocação
divina, por ser eleição desordenada e oblíqua. Com
efeito, muitos nisto erram, fazendo de oblíqua ou de
má eleição vocação divina; porque toda a vocação
divina é sempre pura e límpida, sem mistura vinda da
carne nem de outra afeição alguma desordenada.
173. Quarto ponto. Se alguém fez, devida e
ordenadamente, eleição de coisas que estão no âmbito
de eleição mudável, e não condescendeu com a carne
nem com o mundo, não há motivo para, de novo, fazer
- 489 -
eleição, mas sim aperfeiçoar-se naquela que fez, quanto
puder.
174. Nota. É de advertir que, se essa eleição mudável
não se fez sincera e bem ordenada, então, quem tiver
desejo que de si saiam frutos notáveis e muito
agradáveis a Deus nosso Senhor, aproveita em fazer a
eleição devidamente.

175. TRÊS TEMPOS PARA FAZER SÃ E BOA ELEIÇÃO


EM CADA UM DELES

O primeiro tempo é quando Deus nosso Senhor move e


atrai a vontade de tal modo que, sem duvidar nem
poder duvidar, a alma devota segue o que lhe é
mostrado. Assim fizeram, por exemplo, S. Paulo e S.
Mateus, ao seguirem a Cristo nosso Senhor.
176. O segundo tempo é quando se recebe suficiente
clareza e conhecimento por experiência de consolações
e desolações e por experiência de discernimento de
vários espíritos.
177. O terceiro tempo é tranqüilo, considerando,
primeiro, para que nasceu o homem, a saber, para
louvar a Deus nosso Senhor e salvar a sua alma; e,
desejando isto, escolhe, como meio, uma vida ou estado
dos que a Igreja aprova, a fim de ser ajudado no serviço
de seu Senhor e salvação de sua alma. Disse tempo
tranqüilo, quando a alma não é agitada por vários
espíritos e usa de suas potências naturais, livre e
tranquilamente.
178. Se no primeiro ou segundo tempo não se faz
eleição, seguem-se dois modos para a fazer neste
terceiro tempo.

- 490 -
O PRIMEIRO MODO PARA FAZER SÃ E BOA ELEIÇÃO
contém em si seis pontos:

O primeiro ponto é propor diante de mim a coisa sobre


a qual quero fazer eleição, como, por exemplo, um
ofício ou benefício a tomar ou deixar, ou qualquer
outra coisa compreendida no âmbito de eleição
mudável.
179. Segundo ponto. É preciso ter como objetivo o fim
para que sou criado, que é para louvar a Deus nosso
Senhor e salvar a minha alma; e, além disso, achar-me
indiferente, sem afeição alguma desordenada, de
maneira que não esteja mais inclinado nem afeiçoado a
tomar a coisa proposta do que a deixá-la, nem mais a
deixá-la que a tomá-la ; mas que esteja no meio, como o
fiel da balança, afim de seguir aquilo que julgar ser
para mais glória e louvor de Deus nosso Senhor e
salvação de minha alma.
180. Terceiro ponto. Pedir a Deus nosso Senhor queira
mover a minha vontade e pôr em minha alma o que
devo fazer, quanto à coisa proposta, que mais seja para
seu louvor e glória; discorrendo bem e fielmente, com o
meu entendimento, e escolhendo conforme a sua
santíssima e beneplácita vontade.
181. Quarto ponto. Considerar, raciocinando, quantas
vantagens ou proveitos para mim se seguem, com ter o
cargo ou benefício proposto, só para louvor de Deus
nosso Senhor e salvação de minha alma; e, pelo
contrário, considerar também os inconvenientes e
perigos que há em tê-lo. Fazer o mesmo na segunda
parte, a saber, ver as vantagens e proveitos em o não
ter; e também, os inconvenientes e perigos em o não
ter.
- 491 -
182. Quinto ponto. Depois de assim ter discorrido e
refletido, sobre todos os aspectos do assunto proposto,
ver para onde a razão mais se inclina; e, assim,
conforme a maior moção racional, e não conforme
moção alguma da sensibilidade, se deve fazer a
deliberação sobre o assunto proposto.
183. Sexto ponto. Feita a eleição ou deliberação, deve a
pessoa que a fez, ir, com muita diligência, à oração
diante de Deus nosso Senhor, e oferecer-lhe essa
eleição, para que sua divina majestade a queira receber
e confirmar, se for para seu maior serviço e louvor.

184. O SEGUNDO MODO PARA FAZER SÃ E BOA


ELEIÇÃO
contém em si quatro regras e uma nota.

Primeira regra. O amor que me move e me faz eleger tal


coisa desça do alto, do amor de Deus; de forma que
quem elege, sinta primeiro em si, que o amor maior ou
menor que tem à coisa que elege é unicamente por seu
Criador e Senhor.
185. Segunda regra. Imaginar um homem a quem
nunca tenha visto nem conhecido, e desejando-lhe eu
toda a sua perfeição, considerar o que eu lhe diria que
fizesse e elegesse para maior glória de Deus nosso
Senhor e maior perfeição de sua alma; e, fazendo eu da
mesma maneira, guardarei a regra que para o outro
proponho.
186. Terceira regra. Considerar, como se estivesse em
artigo de morte, a forma e a norma de proceder que
então quereria ter tido, no modo de fazer a presente
eleição; e, regulando-me por ela, em tudo, faça a minha
determinação.
- 492 -
187. Quarta regra. Atendendo e considerando como me
acharei no dia do juízo, pensar como então quereria ter
deliberado sobre o assunto presente; e, a regra que
então quereria ter tido, tomá-la agora, para que então
me ache com inteiro prazer e gozo.
188. Nota. Tomadas as regras sobreditas para minha
salvação e quietude eterna, farei a minha eleição e
oblação a Deus nosso Senhor, conforme ao sexto ponto
do primeiro modo de fazer eleição.
189. É de advertir que, para os que estão constituídos
em dignidade [na igreja] ou casados, quer disponham
ou não de abundância de bens temporais, se não há
lugar ou se não têm a vontade muito disposta para
fazer eleição das coisas que caem sob eleição
mutável, aproveita muito, em lugar de fazer eleição,
dar forma e modo para emendar e reformar a própria
vida e estado de cada um; a saber: ordenando o seu
mundo, vida e estado, para glória e louvor de Deus
nosso Senhor e salvação de sua alma. Para vir e chegar
a este fim, deve considerar e ruminar muito, por meio
dos exercícios e modos de eleger, conforme está
declarado, quanta casa e família deve ter, como a deve
reger e governar, como a deve ensinar, com a palavra e
com o exemplo; do mesmo modo, de seus bens, quanto
deve tomar para sua família e casa, e quanto para
despender com os pobres e com outras obras pias, não
querendo nem buscando nenhuma outra coisa senão,
em tudo e por tudo, maior louvor e glória de Deus
nosso Senhor. Porque pense cada um que tanto
aproveitará em todas as coisas espirituais, quanto sair
de seu próprio amor, querer e interesse.

- 493 -
[Quais devem ser os frutos deste retiro?

Antes de tudo: Anotar os propósitos principais; as


machadadas que se tem a dar, relações más que se tem
que cortar. Antes morrer do que pecar! Não deve-se
brincar com o demônio.
Anotar tal vício que se deve corrigir, e os meios
precisos que vão ser tomados (Resumo das regras –
pág. 572).
Virtude que deve-se praticar: ver o exame de
consciência (págs. 19 e 119).
Decisão tomada para o estado de vida... (Parar de
consultar a todo mundo e de vacilar, uma vez que a
coisa foi considerada diante de Deus).

REGULAMENTO DE VIDA

Cada Dia
Exercícios de piedade. Orações da manhã e da noite,
meditação, rosário em família, leitura espiritual, exame
de consciência, etc. (ser bem preciso: em que
momento? Qual leitura?, etc.) Muitos exercitantes não
perseveram porque não fazem meditação.

Cada Semana
Como santificar o domingo? só, ou em família?
Confissão e comunhão freqüentes: Quando? Retiro
mensal. Estudo: todo cristão deve reservar-se um
tempo semanal para o estudo do catecismo (o de são
Pio X ou o de Trento), os ensinamentos pontifícios,

- 494 -
questões familiares, sociais, vidas de santos, etc... Ação
Católica, recrutamento para os retiros, etc.

Pense atentamente diante de Deus, anote seus


propósitos com a ajuda do sacerdote, e ofereça-os a
Jesus Sacramentado para que os confirme e te
ajude a perseverar neles.]

TERCEIRA SEMANA

190. Primeiro Dia.

A PRIMEIRA CONTEMPLAÇÃO,
realiza-se à meia noite, e é como cristo nosso senhor foi
desde Betânia a Jerusalém até a Última Ceia, incluindo
também os mistério da Ceia (número 289).
Contém em si a oração preparatória, três preâmbulos,
seis pontos e um colóquio.

A habitual oração preparatória.


191. Primeiro preâmbulo é recordar a história; que é
aqui como Cristo nosso Senhor, desde Betânia, enviou
dois discípulos a Jerusalém, a preparar a ceia e, depois,
ele mesmo foi a ela com os outros discípulos; e como,
depois de ter comido o cordeiro pascal e ter ceado, lhes
lavou os pés e deu seu Sacratíssimo Corpo e Precioso
Sangue a seus discípulos, e lhes fez um sermão, depois
que Judas foi vender o seu Senhor.
192. Segundo preâmbulo: composição, vendo o lugar;
será aqui considerar o caminho desde Betânia a
Jerusalém, se era largo, se estreito, se plano, etc. Assim

- 495 -
mesmo o lugar da ceia, se era grande, se pequeno, se
duma maneira ou se doutra.
193. Terceiro preâmbulo: pedir o que quero; será aqui
dor, sentimento e confusão, porque por meus pecados
vai o Senhor à Paixão.
194. Primeiro ponto é ver as pessoas da ceia; e,
refletindo em mim mesmo, procurar tirar algum
proveito delas.
Segundo ponto: ouvir o que falam; e, de igual modo,
tirar algum proveito.
Terceiro ponto: observar o que fazem; e tirar também
algum proveito.
195. Quarto ponto: considerar o que Cristo nosso
Senhor padece na humanidade ou quer padecer,
segundo o passo que se contempla; e, aqui, começar
com muita força e esforçar-me por me condoer,
entristecer e chorar; e trabalhar assim nos outros
pontos que se seguem.
196. Quinto ponto: considerar como a divindade se
esconde, a saber, como poderia destruir os seus
inimigos e não o faz, e como deixa padecer a
sacratíssima humanidade tão crudelissimamente.
197. Sexto ponto: considerar como tudo isto padece
por meus pecados, etc.; e que devo eu fazer e
padecer por ele.
198. Terminar com um colóquio a Cristo nosso Senhor
e, ao fim, com um Pai-Nosso.
199. Nota. É de advertir, como antes, e em parte, está
declarado, que nos colóquios devemos argumentar e
pedir, segundo a matéria proposta, a saber, conforme
me acho tentado ou consolado, e conforme desejo ter
uma virtude ou outra, conforme quero dispor de mim a
uma ou a outra parte, conforme quero sentir dor ou
- 496 -
gozo da coisa que contemplo, finalmente pedindo
aquilo que mais eficazmente desejo acerca de algumas
coisas particulares; e, desta maneira, pode fazer um só
colóquio a Cristo, nosso Senhor, ou, se a matéria ou a
devoção o move, pode fazer três colóquios, um à Mãe,
outro ao Filho, outro ao Pai, pela mesma forma que
está dito na segunda semana, na meditação das Duas
Bandeiras com a nota que se segue aos Binários.

200. SEGUNDA CONTEMPLAÇÃO


Pela manhã. Será desde a Ceia até o Horto, inclusive
[número 290].

A habitual oração preparatória.


201. O Primeiro preâmbulo é a história; e será aqui
como Cristo nosso Senhor desceu com os seus onze
discípulos, desde o monte Sião, onde celebrou a ceia,
para o vale de Josafat, deixando oito deles numa parte
do vale, e os outros três noutra parte do horto; e,
pondo-se em oração, sua um suor como gotas de
sangue; e depois que, três vezes, fez oração ao Pai, e
despertou os seus três discípulos, e depois que, à sua
voz, caíram os inimigos, e Judas lhe deu a paz, e S.
Pedro cortou a orelha a Malco, e Cristo a pôs em seu
lugar, sendo preso como malfeitor, o levam pelo vale a
baixo, e depois pela encosta acima para a casa de Anás.
202. O Segundo preâmbulo é ver o lugar; aqui será
considerar o caminho, desde o monte Sião ao vale de
Josafat, e assim mesmo o horto, se era largo, se
comprido, se de uma maneira, se de outra.
203. O Terceiro preâmbulo é pedir o que quero; o que é
próprio pedir na Paixão: dor com Cristo doloroso,

- 497 -
quebranto com Cristo quebrantado, lágrimas, pena
interna de tanta pena que Cristo passou por mim.

204. Primeira nota. Nesta segunda contemplação,


depois de feita a oração preparatória com os três
preâmbulos já mencionados, ter-se-á a mesma forma
de proceder, nos pontos e no colóquio, que se teve na
primeira contemplação da ceia; e à hora da missa e à
das vésperas, se farão duas repetições sobre a primeira
e segunda contemplação, e, depois, antes de jantar, se
aplicarão os sentidos sobre as duas sobreditas
contemplações; antepondo sempre a oração
preparatória e os três preâmbulos, conforme a matéria
exposta, da mesma forma que está dito e declarado na
segunda semana.
205. Segunda nota. Segundo a idade, disposição e
temperamento ajudem à pessoa que se exercita, fará,
cada dia, os cinco exercícios ou menos.
206. Terceira nota. Nesta terceira semana, se
mudarão, em parte, a segunda e a sexta adição.
A segunda adição será: logo ao despertar, pôr diante de
mim aonde vou e a quê, resumindo, um pouco, a
contemplação que quero fazer, conforme for o
mistério; esforçando-me, enquanto me levanto e visto,
por me entristecer e me condoer de tanta dor e de
tanto padecer de Cristo nosso Senhor.
A sexta adição se mudará, procurando não fomentar
pensamentos alegres, ainda que bons e santos, como os
de ressurreição e de glória, mas antes, induzir-me a
mim mesmo a dor e a pena e abatimento, trazendo
freqüentemente à memória os trabalhos, fadigas e
dores que Cristo nosso Senhor passou, desde o

- 498 -
momento em que nasceu até ao mistério da Paixão em
que, ao presente, me encontro.
207. Quarta nota. O exame particular sobre os
exercícios e adições presentes se fará como na semana
passada.
208. Segundo Dia, à meia-noite, a contemplação será
desde o horto à casa de Anás inclusive [número 291]; e,
de manhã, da casa de Anás à casa de Caifás inclusive
[número 292]; e, depois, as duas repetições e a
aplicação de sentidos, conforme está já dito.
Terceiro Dia, à meia noite, de casa de Caifás a Pilatos
inclusive [número 293], e, de manhã, de Pilatos a
Herodes inclusive [número 294]; e depois, as repetições
e os sentidos, pela mesma forma que já está dito.
Quarto dia, à meia-noite, de Herodes a Pilatos [número
295], fazendo a contemplação dos mistérios até metade
dos da mesma casa de pilatos; e, depois, no exercício da
manhã, os outros mistérios que ficaram da mesma
casa, e as repetições e os sentidos, como está dito.
Quinto Dia, à meia-noite, da casa de Pilatos até ser
pregado na Cruz [número 296], e, de manhã, desde que
foi levantado na Cruz até que expirou [número 297];
depois, as duas repetições e os sentidos.
Sexto Dia, à meia-noite, desde a descida da Cruz até ao
Sepulcro inclusive [número 298]; e, de manhã, desde o
Sepulcro inclusive até a casa para onde Nossa Senhora
foi, depois de Sepultado seu Filho.
Sétimo Dia, contemplação de toda a Paixão junta, no
exercício da meia noite e da manhã; e, em lugar das
duas repetições e dos sentidos, considerar, todo aquele
dia, o mais freqüentemente que puder, como o corpo
sacratíssimo de Cristo Nosso Senhor ficou desatado e
apartado da alma, e onde e como ficou sepultado.
- 499 -
Considere-se assim mesmo, a solidão de Nossa
Senhora, com tanta dor e aflição; depois, por outra
parte, a dos discípulos.
209. Nota. É de notar que, quem se quiser alongar mais
na Paixão, há-de tomar, em cada contemplação, menos
mistérios, a saber, na primeira contemplação, somente
a Ceia; na segunda, o lava-pés; na terceira, o dom do
Sacramento [da Eucaristia]; na quarta, o sermão que
Cristo fez [aos discípulos]; e assim nas outras
contemplações e mistérios. Assim mesmo, depois de
acabada a Paixão, tome, um dia inteiro, metade de toda
a Paixão; e, no segundo dia, a outra metade; e no
terceiro dia, toda a Paixão.
Pelo contrário, quem quiser abreviar mais a Paixão,
tome, à meia-noite, a Ceia; de manhã, o horto; à hora da
missa, a casa de Anás; à hora de vésperas, a casa de
Caifás; na hora antes do jantar, a casa de Pilatos; de
maneira que, não fazendo repetições nem a aplicação
de sentidos, faça, cada dia, cinco exercícios distintos, e,
em cada um dos exercícios, distinto mistério de Cristo
nosso Senhor; e depois de acabada assim toda a Paixão,
pode fazer, outro dia, toda a Paixão junta, num
exercício ou em diversos, como mais lhe parecer que
poderá aproveitar-se.

210. REGRAS PARA SE ORDENAR


DORAVANTE NO COMER

Primeira regra é que do pão convém menos abster-se,


porque não é alimento sobre o qual o apetite se
costuma tanto desordenar, ou em que a tentação
insista como a outros manjares.

- 500 -
211. Segunda regra. No beber parece mais conveniente
a abstinência do que no comer pão; portanto deve
reparar-se muito no que traz proveito para o admitir, e
no que traz dano, para o rejeitar.
212. Terceira regra. Nos alimentos deve ter-se a maior
e mais inteira abstinência, porque assim o apetite em
desordenar-se como a tentação em instigar são mais
prontos nesta parte; e assim a abstinência nos
alimentos, para evitar desordem, pode ter-se de duas
maneiras: uma, habituando-se a comer alimentos
ordinários, a outra, tratando-se de delicados, em
pequena quantidade.
213. Quarta regra. Guardando-se de não cair em
enfermidade, quanto mais uma pessoa tirar do
conveniente, mais depressa alcançará a justa medida
que deve ter em seu comer e beber, por duas razões: a
primeira, porque, tomando estes meios e dispondo-se
assim, muitas vezes sentirá mais as luzes interiores,
consolações e divinas inspirações, a mostrar-lhe a justa
medida que lhe convém; a segunda, se a pessoa, na tal
abstinência, se vê sem tanta força corporal nem [tanta]
disposição para os Exercícios Espirituais, facilmente
virá a julgar o que mais convém ao seu sustento
corporal.
214. Quinta regra. Enquanto a pessoa come, considere
que vê a Cristo nosso Senhor comer com seus
apóstolos, e como bebe, e como olha, e como fala; e
procure imitá-lo. De maneira que a parte principal do
entendimento se ocupe na consideração de nosso
Senhor, e a menor na sustento corporal, para que assim
alcance maior equilíbrio e ordem sobre a maneira de se
haver e governar [à mesa].

- 501 -
215. Sexta regra. Outras vezes, enquanto come, pode
tomar outra consideração, ou da vida de santos, ou de
alguma piedosa consideração, ou de algum assunto
espiritual que tenha de tratar. Porque, estando a
atenção fixa em tais coisas, tomará menos deleitação e
menos sentido no alimento corporal.
216. Sétima regra. Guarde-se, sobretudo, de que não
esteja todo o seu espírito posto no que come, nem ao
comer vá apressado pelo apetite, mas seja senhor de si,
assim na maneira de comer como na quantidade que
come.
217. Oitava regra. Para tirar desordem, muito
aproveita que, depois do almoço ou depois do jantar,
ou noutra hora em que não sinta apetite de comer,
determine consigo, para o almoço ou para o jantar
seguintes, e, assim sucessivamente, cada dia, a
quantidade que convém que coma; e não ultrapasse
esta, por nenhum apetite nem tentação, mas antes,
para mais vencer qualquer apetite desordenado e
tentação do inimigo, se é tentado a comer mais, coma
menos.

QUARTA SEMANA

218. PRIMEIRA CONTEMPLAÇÃO

Aparição de Cristo Nosso Senhor a Nossa Senhora

A habitual oração preparatória.


219. O primeiro preâmbulo é a história, que é aqui
como, depois que Cristo expirou na cruz, e o corpo
ficou separado da alma e com ele sempre unida a
divindade, a alma bem-aventurada desceu aos infernos,
- 502 -
também unida com a divindade; de onde tirou as almas
justas, e veio ao sepulcro, e, ressuscitado, apareceu a
Sua bendita Mãe, em corpo e alma.
220. O segundo preâmbulo: composição, vendo o lugar,
que será aqui, ver a disposição do santo sepulcro e o
lugar ou casa de nossa Senhora, observando as suas
diversas partes, em particular; assim como o quarto,
oratório, etc.
221. O terceiro preâmbulo: pedir o que quero; e será
aqui pedir graça para me alegrar e gozar intensamente
de tanta glória e gozo de Cristo nosso Senhor.
222. O primeiro, segundo e terceiro pontos sejam os
habituais, os mesmos que tivemos na Ceia de Cristo
Nosso Senhor (número 194).
223. Quarto ponto, considerar como a Divindade, que
parecia esconder-se na Paixão, aparece e se mostra
agora, tão miraculosamente, na santíssima
Ressurreição, pelos verdadeiros e santíssimos efeitos
dela.
224. Quinto ponto, reparar no ofício de consolar que
Cristo Nosso Senhor exerce e compará-lo com o
modo como os amigos se costumam consolar uns aos
outros.
225. Terminar com um colóquio ou colóquios, segundo
a matéria proposta, e um Pai-Nosso.

226. Primeira nota. Nas contemplações seguintes


proceda-se em todos os mistérios da Ressurreição até à
Ascensão inclusive, da maneira que abaixo se segue; no
restante, siga-se e tenha-se, em toda a semana da
Ressurreição, a mesma forma e maneira de proceder
que se observou em toda a semana da Paixão. De sorte
que, por esta primeira contemplação da Ressurreição,
- 503 -
se regule quanto aos preâmbulos, conforme a matéria
proposta; e quanto aos cinco pontos, sejam os mesmos;
e as adições, que estão abaixo, sejam as mesmas. E
assim, em tudo o que resta [227], pode regular-se pela
maneira de fazer da semana da Paixão, por exemplo
nas repetições, [aplicações dos] cinco sentidos,
encurtar ou alargar os mistérios, etc. ..
227. Segunda nota. Geralmente, nesta quarta semana,
é mais conveniente que nas outras três passadas, fazer
quatro exercícios e não cinco. O primeiro, logo ao
levantar, pela manhã; o segundo, à hora da Missa ou
antes do almoço, em lugar da primeira repetição; o
terceiro, à hora de Vésperas, em lugar da segunda
repetição; o quarto antes do jantar, aplicando os cinco
sentidos sobre os três exercícios do mesmo dia,
notando e fazendo pausa nas partes mais importantes
e onde haja sentido maiores moções e gostos
espirituais.
228. Terceira nota. Ainda que em todas as
contemplações se deram pontos em número
determinado, por exemplo três ou cinco, etc., a pessoa
que contempla pode tomar mais ou menos pontos,
como melhor achar. Para o que muito aproveita que,
antes de entrar na contemplação, preveja e determine,
em número certo, os pontos que há-de tomar.
229. Quarta nota. Nesta quarta semana, em todas as
dez adições, se mudarão a segunda, a sexta, a sétima e a
décima.
A segunda será, logo ao despertar, pôr diante de mim a
contemplação que tenho de fazer, querendo-me
sensibilizar e alegrar por tanto gozo e alegria de Cristo
Nosso Senhor.

- 504 -
A sexta, trazer à memória e pensar em coisas que
causem prazer, alegria e gozo espiritual, como, por
exemplo, a glória.
A sétima, usar de claridade e de temperaturas
agradáveis, como, no verão, de frescura, e no inverno,
de sol ou de calor, na medida em que a alma pensa ou
conjectura que isso a pode ajudar, para se alegrar em
seu Criador e Redentor.
A décima, em vez da penitência, observe a temperança
e a justa medida em tudo, a não ser em preceitos de
jejuns ou abstinências que a Igreja mande; porque
estes sempre se hão-de cumprir, se não houver justo
impedimento.

230. CONTEMPLAÇÃO PARA ALCANÇAR O AMOR


DIVINO*

Nota: primeiro, convém atender a duas coisas: a


primeira é que o amor se deve pôr mais nas obras que
nas palavras.

231. A segunda é que o amor consiste na comunicação


recíproca, a saber, em dar e comunicar a pessoa que
ama à pessoa amada o que tem ou do que tem ou pode;
e, vice-versa, a pessoa que é amada à pessoa que ama;
de maneira que, se um tem ciência, a dê ao que a não
tem, e do mesmo modo quanto a honras ou riquezas; e
assim em tudo reciprocamente, um ao outro.
A habitual oração preparatória.

* Dita “Broche de Ouro dos Exercícios”


- 505 -
232. O primeiro preâmbulo é a composição, que é aqui
ver como estou diante de Deus nosso Senhor, dos
anjos, e dos santos a intercederem por mim.
233. Segundo preâmbulo: pedir o que quero; será aqui
pedir conhecimento interno de tanto bem recebido,
para que eu, reconhecendo-o inteiramente, possa, em
tudo, amar e servir a sua divina majestade.
234. O primeiro ponto é trazer à memória os benefícios
recebidos de criação, redenção e os dons particulares,
ponderando, com muito afeto, quanto tem feito Deus
nosso Senhor por mim e quanto me tem dado do que
tem e, conseqüentemente, o mesmo Senhor deseja dar-
se-me, em quanto pode, segundo seu desígnio divino. E,
depois disto, refletir em mim mesmo, considerando,
com muita razão e justiça, o que eu devo, de minha
parte, oferecer e dar a sua divina majestade, a saber,
todas as minhas coisas e a mim mesmo com elas, como
quem oferece, com muito afeto: Tomai, Senhor, e
recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o
meu entendimento e toda a minha vontade, tudo
o que tenho e possuo; Vós mo destes; a Vós, Senhor, o
restituo. Tudo é vosso, disponde de tudo, à vossa inteira
vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me
basta.
235. O segundo ponto, considerar como Deus habita
nas criaturas: nos elementos dando-lhes o ser, nas
plantas o vegetar, nos animais o sentir, nos homens o
entender; e, assim, em mim dando-me ser, vida,
sentidos e fazendo-me entender. E também como faz
de mim seu templo, sendo eu criado à semelhança e
imagem de sua divina majestade. Refletir igualmente
em mim mesmo, pelo modo que está dito no primeiro

- 506 -
ponto, ou por outro que julgar melhor. Da mesma
maneira se fará sobre cada ponto que segue.
236. O terceiro ponto, considerar como Deus trabalha e
opera por mim em todas as coisas criadas sobre a face
da terra, isto é, procede à semelhança de quem
trabalhasse. Por exemplo, nos céus, nos elementos, nas
plantas, nos frutos, nos animais, etc., dando-lhes ser,
conservação, vegetação e sensação, etc. Depois, refletir
em mim mesmo.
237. O quarto ponto, atender como todos os bens e
dons descem do alto, por exemplo, como o meu
limitado poder vem do sumo e infinito poder do alto, e
bem assim, a justiça, a bondade, a piedade, a
misericórdia, etc., tal como do sol descem os raios, da
fonte as águas, etc. Depois, acabar, refletindo em mim
mesmo, como está dito.
Terminar com um colóquio e um Pai-Nosso

238. TRÊS MODOS DE ORAR

Primeiro modo de orar


É sobre os dez mandamentos e os sete pecados capitais,
as três potências da alma, e os cinco sentidos corporais.
Este modo de orar, mais que dar forma ou maneira de
orar, é uma maneira de dispor a alma à este gênero de
exercício para que se aproveite dele e assim a oração
seja aceita por Deus.

I. Sobre os mandamentos

239. Primeiramente, faça-se o equivalente à segunda


adição da segunda semana (número 131), a saber, antes
de entrar na oração, repouse, um pouco, o espírito,
- 507 -
assentando-se ou passeando, como melhor lhe parecer,
considerando aonde vou e a quê. E esta mesma adição
se fará ao princípio de todos os modos de orar.
240. Uma oração preparatória: como por exemplo,
pedir graça a Deus nosso Senhor, para que possa
conhecer no que faltei aos dez mandamentos; e,
também pedir graça e ajuda para doravante me
emendar, pedindo perfeita inteligência deles, para
melhor os guardar e para maior glória e louvor de sua
divina Majestade.
241. Para o primeiro modo de orar, convém considerar
e pensar, no primeiro mandamento, como o tenho
guardado e em que tenho faltado; tendo como norma
demorar nesta consideração o tempo de quem reza
três Pai-Nossos e três Avé-Marias. E se, neste tempo,
acho faltas minhas, pedir vénia e perdão delas, e dizer
um Pai-Nosso. E, desta mesma maneira se faça em cada
um de todos os dez Mandamentos.
242. Primeira nota. É de notar que, quando uma
pessoa vier a pensar num mandamento no qual acha
que não tem hábito nenhum de pecar, não é necessário
que se detenha tanto tempo. Mas, conforme a pessoa
acha que tropeça mais ou menos num mandamento,
assim deve deter-se mais ou menos na consideração e
exame dele. E o mesmo se observe nos pecados
mortais.
243. Segunda nota. Depois de terminar a reflexão,
como já se disse, sobre todos os Mandamentos,
acusando-se neles e pedindo graça e ajuda para se
emendar no futuro, há-de acabar-se com um colóquio a
Deus nosso Senhor, conforme a matéria proposta.

- 508 -
244. II. Sobre os pecados capitais

Sobre os sete pecados mortais, depois da adição, faça-


se a oração preparatória, pela maneira já indicada,
mudando só a matéria que aqui é de pecados que se
hão-de evitar, e antes era de mandamentos que se hão-
de observar. Guarde-se igualmente a ordem e a regra já
indicadas e o colóquio.
245. Para melhor conhecer as faltas cometidas nos
pecados mortais, considerem-se os seus contrários. E,
assim, para melhor evitá-los, proponha e procure a
pessoa, com santos exercícios, adquirir e ter as sete
virtudes a eles contrárias.

246. III. Sobre as potências da alma

Nas três potências da alma, observe-se a mesma ordem


e regra que nos mandamentos, fazendo a adição, a
oração preparatória e o colóquio.

247. IV. Sobre os cinco sentidos corporais

Nos cinco sentidos corporais ter-se-á sempre a mesma


ordem, mudando-se somente a matéria.
248. Nota: Quem quer imitar, no uso de seus sentidos,
a Cristo nosso Senhor, encomende-se na oração
preparatória a sua divina majestade e, depois de ter
considerado em cada sentido, diga uma Ave-Maria ou
um Pai-Nosso; e quem quiser imitar, no uso dos
sentidos, a nossa Senhora, na oração preparatória
encomende-se a ela, para que lhe alcance graça de seu
Filho e Senhor para isso e, depois de ter considerado
em cada sentido, diga uma Ave Maria.
- 509 -
249. Segundo modo de orar
É contemplar a significação de cada palavra da oração.

250. A mesma adição que se fez no primeiro modo


(número 239), se fará neste segundo.
251. A oração preparatória far-se-á conforme a pessoa
a quem se dirige a oração.
252. O segundo modo de orar é que a pessoa, estando
de joelhos ou sentada, conforme ache melhor
disposição e encontre mais devoção, tendo os olhos
fechados ou fixos num lugar, sem andar vagueando
com eles, diga: Pai. E esteja na consideração desta
palavra, tanto tempo quanto ache significações,
comparações, gostos e consolação em considerações
pertinentes a essa palavra. E faça da mesma maneira
em cada palavra do Pai nosso ou de qualquer outra
oração que desta maneira quiser orar.
253. A primeira regra é que estará, da maneira já dita,
uma hora em todo o Pai Nosso. Acabado este, dirá uma
Ave- Maria, um Credo, uma Alma de Cristo e uma Salve
Rainha, vocal ou mentalmente, segundo a maneira
habitual.
254. A segunda regra é que, se a pessoa que contempla
o Pai-Nosso achar, numa palavra ou em duas, boa
matéria para pensar e gosto e consolação, não se
preocupe com passar adiante, ainda que se acabe a
hora naquilo que acha. Terminada esta, dirá o resto do
Pai-Nosso da maneira habitual.
255. A terceira regra é que, se numa palavra ou duas do
Pai-Nosso se detiver durante uma hora inteira, noutro
dia, quando quiser voltar à oração, diga a palavra ou
palavras já oradas, conforme costuma, e, comece a

- 510 -
contemplar na palavra que se lhe segue
imediatamente, como se disse na segunda regra.
256. Primeira nota. É de advertir que acabado o Pai
Nosso, num ou em muitos dias, se há-de fazer o mesmo
com a Ave-Maria e, depois, com as outras orações, de
forma que, por um certo tempo, sempre se exercite
numa delas.
257. Segunda nota. É que, acabada a oração, dirigindo-
se, em poucas palavras, à pessoa a quem orou, lhe peça
as virtudes ou graças de que julga ter mais
necessidade.

258. Terceiro modo de orar


Será por compasso

A adição será a mesma que no primeiro e segundo


modo de orar (número 239).
A oração preparatória será como no segundo modo de
orar (número 251).
O terceiro modo de orar é que, a cada alento ou
respiração, se há de orar mentalmente, dizendo uma
palavra do Pai-Nosso ou doutra oração que se reze, de
maneira que se diga uma só palavra entre uma
respiração e outra; e, durante o tempo duma
respiração à outra, se atenda principalmente à
significação dessa palavra, ou à pessoa a quem reza, ou
à baixeza de si mesmo, ou à diferença entre tanta alteza
e tanta baixeza própria; com a mesma forma e regra
procederá nas outras palavras do Pai Nosso; e as
outras orações, a saber, Ave-Maria, Alma de Cristo,
Credo e Salve Rainha, as rezará como costuma.
259. A primeira regra é que no dia seguinte, ou noutra
hora que deseje orar, diga a Avé Maria por compasso, e
- 511 -
as outras orações, como costuma; e assim
sucessivamente proceda nas outras orações.
260. A segunda regra é que, quem quiser deter-se mais
na oração por compasso, pode dizer todas as orações
sobreditas ou parte delas, seguindo a mesma maneira
da respiração por compasso, como está explicado.

261. MISTÉRIOS DA VIDA DE CRISTO NOSSO SENHOR

Nota. É de advertir, em todos os mistérios seguintes,


que todas as palavras que estão inclusas em parêntesis,
são do próprio Evangelho, e não as que estão fora; e,
em cada mistério, a maior parte das vezes, se acharão
três pontos, para neles se meditar e contemplar com
maior facilidade.

262. ANUNCIAÇÃO A NOSSA SENHORA.


(São Lucas I, 26-38)

Primeiro ponto. O anjo S. Gabriel, saudando a nossa


Senhora, lhe anunciou a concepção de Cristo nosso
Senhor. (“Entrando o anjo onde estava Maria, saudou-a
dizendo-lhe: Ave, cheia de graça; conceberás em teu
ventre e darás à luz um filho.”)
Segundo ponto. Confirma o anjo o que disse a Nossa
Senhora, dando como sinal a concepção de S. João
Baptista, dizendo-lhe: (“E olha que Isabel, tua parenta,
concebeu um filho em sua velhice.”)
Terceiro ponto: Respondeu ao anjo nossa Senhora:
(“Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se tudo em mim
segundo a tua palavra.”)

- 512 -
263. VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA A ISABEL
(São Lucas I, 39-56)

Primeiro ponto: quando Nossa Senhora visitou Isabel, S.


João Batista, estando no ventre de sua mãe, sentiu a
visita que fez Nossa Senhora, (“Ao ouvir Isabel a
saudação de Nossa Senhora alegrou-se o menino no
seu seio; e, cheia do Espírito Santo, Isabel exclamou
com um grande brado e disse: Bendita sejas tu entre as
mulheres, e bendito seja o fruto do teu ventre.”)
Segundo ponto. Nossa Senhora canta o cântico, dizendo:
(“A minha alma engrandece o Senhor.”)
Terceiro ponto: “Maria ficou com Isabel quase três
meses e, depois, regressou a sua casa.”

264. NASCIMENTO DE CRISTO NOSSO SENHOR


(São Lucas II, 1-14)

Primeiro ponto. Nossa Senhora e seu esposo José vão de


Nazaré a Belém: (“Subiu José, de Galiléia a Belém, para
reconhecer sujeição a César, com Maria, sua esposa que
estava grávida.”)
Segundo ponto. (“Deu à luz seu Filho primogênito e
envolveu-o com panos e pô-lo no presépio.“)
Terceiro ponto. (“Apareceu uma multidão do exército
celestial que dizia: Glória a Deus nas alturas.”)

265. OS PASTORES
(São Lucas II,15-20)

Primeiro ponto. O nascimento de Cristo nosso Senhor


manifesta-se aos pastores pelo anjo: (“Anuncio-vos

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uma grande alegria, porque hoje nasceu o Salvador do
mundo.”)
Segundo ponto. Os pastores vão a Belém: (“Vieram com
pressa e acharam Maria, José e o Menino posto no
presépio.”)
Terceiro ponto. (“Regressaram os pastores, glorificando
e louvando ao Senhor.”)

266. A CIRCUNCISÃO
(São Lucas II, 21)

Primeiro ponto. Circuncidaram o Menino Jesus.


Segundo ponto. (“Foi-lhe posto o nome de Jesus, como
lhe tinha chamado o Anjo, antes que fosse concebido
no ventre materno.”)
Terceiro ponto. Restituem o Menino a sua Mãe que
sentia compaixão pelo sangue que de seu filho saía.

267. OS TRÊS REIS MAGOS


(São Mateus II, 1-12)

Primeiro ponto. Os três reis magos, guiando-se pela


estrela, vieram adorar a Jesus, dizendo: (“Vimos a sua
estrela no Oriente viemos adorá-lo.”)
Segundo ponto. Adoraram-no e ofereceram-lhe
presentes: (“Prostrando-se por terra, adoraram-no e
ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.”)
Terceiro ponto. (“Enquanto dormiam, receberam aviso
que não voltassem a Herodes; e, por outro caminho,
regressaram à sua região.”)

- 514 -
268. PURIFICAÇÃO DE NOSSA SENHORA
E APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS
(São Lucas II, 22-39)

Primeiro ponto. Trazem o Menino Jesus ao templo, para


ser apresentado ao Senhor como primogênito, e
oferecem por ele (“Um par de rolas ou dois
pombinhos”).
Segundo ponto. Simeão, vindo ao Templo, (“tomou-o
em seus braços”), dizendo: (“Agora, Senhor, deixa
partir o teu servo em paz.”)
Terceiro ponto. Ana, (“Vindo depois, aclamava o Senhor
e falava dele à todos os que esperavam a redenção de
Israel.”)

269 A FUGA PARA O EGITO


(São Mateus II, 13-18)

Primeiro ponto. Herodes queria matar ao Menino Jesus,


e assim matou os inocentes; e antes da morte deles,
avisou o anjo a José que fugisse para o Egito: (“Levanta-
te e toma o Menino e a sua Mãe, e foge para o Egito.”)
Segundo ponto. Partiu para o Egito: (“E, ele,
levantando-se, de noite, partiu para o Egito.)
Terceiro ponto. Esteve lá até a morte de Herodes.

270. COMO CRISTO NOSSO SENHOR


VOLTOU DO EGITO
(São Mateus II, 19-23)

Primeiro ponto. O anjo avisa José para que volte a


Israel: (“Levanta-te e toma o Menino e sua Mãe e vai
para a terra de Israel.”)
- 515 -
Segundo ponto. (“Levantando-se, tomou o Menino e sua
Mãe, e veio para a terra de Israel.”)
Terceiro ponto. Como reinava Arquelau, filho de
Herodes, na Judéia, permaneceu em Nazaré.

271. A VIDA DE CRISTO NOSSO SENHOR DESDE OS


DOZE ANOS ATÉ AOS TRINTA
(São Lucas II, 40. 51-52)

Primeiro ponto. Era obediente a seus pais.


Segundo ponto. (“Progredia em sabedoria, idade e
graça.”)
Terceiro ponto. Parece que exercia a arte de
carpinteiro, como parece indicar S. Marcos no capítulo
sexto: (“Porventura não é este o carpinteiro?”)

272. A VINDA DE CRISTO AO TEMPLO, QUANDO


TINHA 12 ANOS
(São Lucas II, 41-50)

Primeiro ponto. Cristo nosso Senhor, de doze anos de


idade, subiu de Nazaré a Jerusalém.
Segundo ponto. Cristo nosso Senhor ficou em Jerusalém
e não o souberam seus pais.
Terceiro ponto. Passados três dias, acharam-no,
disputando no templo, e sentado no meio dos doutores;
e, perguntando-lhe seus pais onde tinha estado,
respondeu: (“Não sabeis que me convém estar nas
coisas que são de meu Pai?”)

273. COMO CRISTO FOI BATIZADO


(São Mateus III, 13-17)

- 516 -
Primeiro ponto. Cristo, nosso Senhor, depois de haver-
se despedido de sua bendita Mãe, veio desde Nazaré ao
rio Jordão, onde estava S. João Batista.
Segundo ponto. S. João batizou a Cristo nosso Senhor, e
querendo-se escusar, reputando-se indigno de o
batizar, disse-lhe Cristo: (“Faz isto, por agora, porque
assim é necessário que cumpramos toda a justiça.”)
Terceiro ponto. (“Veio o Espírito Santo e a voz do Pai
desde o céu, afirmando: ‘Este é meu Filho amado, no
qual pus o meu agrado. ’”)

274. COMO CRISTO FOI TENTADO


(São Lucas IV,1-13; São Mateus IV, 1-11)

Primeiro ponto. Depois de ter sido batizado, foi ao


deserto, onde jejuou, quarenta dias e quarenta noites.
Segundo ponto. Foi tentado pelo inimigo, três vezes:
(“Chegando-se a ele o tentador disse-lhe: Se tu és o
Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em
pão; deita-te daqui abaixo; tudo isto que vês te darei,
se, prostrado em terra, me adorares.”)
Terceiro ponto. (“Vieram os anjos e serviram-no.”)

275. O CHAMAMENTO DOS APÓSTOLOS

Primeiro ponto. Três vezes parece que foram chamados


S. Pedro e S. André. A primeira a um certo
conhecimento de Jesus, como consta por S. João no
capítulo primeiro. A segunda a seguirem de alguma
forma a Cristo, com intenção de voltarem a possuir o
que tinham deixado, como diz S. Lucas no capítulo
quinto. A terceira, a seguirem para sempre a Cristo

- 517 -
nosso Senhor, como consta no capítulo quarto de S.
Mateus e no primeiro de S. Marcos.
Segundo ponto. Chamou a Filipe, como está no primeiro
capítulo de S. João e a Mateus, como o próprio diz no
capítulo nono.
Terceiro ponto. Chamou aos outros apóstolos, de cuja
vocação especial não faz menção o evangelho. E
também três outras coisas se hão de considerar:
A primeira, como os apóstolos eram de rude e baixa
condição; a segunda, a dignidade à qual foram tão
suavemente chamados; a terceira, os dons e graças
pelos quais foram elevados acima de todos os
Patriarcas do Novo e Antigo Testamento.

276. O PRIMEIRO MILAGRE REALIZADO NAS BODAS


DE CANÁ DA GALILEIA
(São João II, 1-11)

Primeiro ponto. Foi convidado Cristo nosso Senhor com


seus discípulos para as bodas.
Segundo ponto. A Mãe declara ao Filho a falta de vinho,
dizendo: (“não têm vinho”); e mandou aos serventes:
(“Fazei tudo o que ele vos disser.”)
Terceiro ponto. (“Converteu a água em vinho, e
manifestou a sua glória, e creram nele seus
discípulos.”)

277. COMO CRISTO LANÇOU FORA DO TEMPLO OS


QUE VENDIAM
(São João II, 13-23)

Primeiro ponto. Lançou fora do templo todos os que


vendiam, com um açoite feito de cordas.
- 518 -
Segundo ponto. Derrubou as mesas e dinheiros dos
banqueiros ricos que estavam no templo.
Terceiro ponto. Aos pobres que vendiam pombas,
mansamente disse: (“Tirai estas coisas daqui e não
queirais fazer da minha casa, casa de comércio.”)

278. O SERMÃO QUE FEZ CRISTO NO MONTE


(São Mateus V)

Primeiro ponto. A seus amados discípulos fala, à parte,


das oito bem-aventuranças: 1. (“Bem-Aventurados os
pobres de espírito”), 2. (“os mansos”), 3. (“os
misericordiosos”) 4. (“os que choram”), 5. (“os que
passam fome e sede de justiça”), 6. (“os limpos de
coração”), 7. (“os pacíficos”) e 8. “os que padecem
perseguições.”)
Segundo ponto. Exorta-os a que usem bem de seus
talentos: (“Assim brilhe a vossa luz diante dos homens,
para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso
Pai que está nos céus.”)
Terceiro ponto. Mostra-se não transgressor da lei, mas
cumpridor, declarando o preceito de não matar, não
fornicar, não perjurar e de amar os inimigos: (“Eu vos
digo que ameis a vossos inimigos e façais bem aos que
vos odeiam.”)

279. COMO CRISTO NOSSO SENHOR ACALMOU A


TEMPESTADE DO MAR
(São Mateus VIII, 23-27)

Primeiro ponto. Estando Cristo nosso Senhor dormindo


no mar, levantou-se uma grande tempestade.

- 519 -
Segundo ponto. Atemorizados, despertaram-no os seus
discípulos, aos quais repreende, pela pouca fé que
tinham, dizendo- lhes: (“Porque temeis, homens de
pouca fé?”)
Terceiro ponto. Mandou aos ventos e ao mar que
acalmassem e, assim, acalmando, se fez o mar
tranqüilo, do que se maravilharam os homens, dizendo:
(“Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem?”)

280. COMO CRISTO ANDAVA SOBRE O MAR


(São Mateus XIV, 24-33)

Primeiro ponto. Estando Cristo nosso Senhor no monte,


mandou que seus discípulos fossem para a barca e,
despedida a turba, começou a fazer oração sozinho.
Segundo ponto. A barca era batida pelas ondas; Jesus
dirigiu- e para ela, andando sobre a água, e os
discípulos pensavam que fosse um fantasma.
Terceiro ponto. Dizendo-lhes Cristo: (“Sou eu, não
temais”), S. Pedro, por sua ordem, foi ter com ele,
andando sobre as águas; e, duvidando, começou a
afundar-se; mas Cristo nosso Senhor salvou-o e
repreendeu-o pela sua pouca fé e, depois, entrando na
barca, cessou o vento.

281. COMO OS APÓSTOLOS FORAM ENVIADOS A


PREGAR
(São Mateus X, 1-16)

Primeiro ponto. Chama Cristo a seus amados discípulos


e dá-lhes poder de expulsar os demônios dos corpos
humanos e curar todas as enfermidades.

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Segundo ponto. Ensina-lhes a prudência e a paciência:
(“Olhai que vos envio como ovelhas para o meio de
lobos; portanto, sede prudentes como serpentes e
simples como pombas.”)
Terceiro ponto. Ensina-lhes o modo como hão de ir:
(“Não queirais possuir ouro nem prata; o que
recebestes gratuitamente, dai-o gratuitamente.”) E
deu-lhes a matéria da pregação: (“Quando fordes,
pregareis, dizendo: Já está próximo o reino dos céus.”)

282. A CONVERSÃO DA MADALENA


(São Lucas VII, 36-50)

Primeiro ponto. Entra a Madalena, trazendo um vaso de


alabastro cheio de ungüento, em casa do fariseu onde
está Cristo nosso Senhor, sentado à mesa.
Segundo ponto. Estando detrás do Senhor, mesmo a
seus pés, com lágrimas os começou a banhar e, com os
cabelos de sua cabeça, os enxugava, e os beijava, e com
perfume os ungia.
Terceiro ponto. Como o fariseu acusasse Madalena, fala
Cristo em sua defesa, dizendo: (“Muitos pecados lhe
são perdoados, porque amou muito.”) E disse à mulher:
(“a tua fé te salvou, vai-te em paz.”)

283. COMO CRISTO NOSSO SENHOR DEU DE COMER A


CINCO MIL HOMENS
(São Mateus XIV, 13-21)

Primeiro ponto. Os discípulos, como já se fizesse tarde,


rogam a Cristo que despeça a multidão de homens que
com ele estavam.

- 521 -
Segundo ponto. Cristo, nosso Senhor, mandou que lhe
trouxessem pães, e ordenou que se sentassem à mesa,
e abençoou e partiu e deu a seus discípulos os pães, e
os discípulos à multidão.
Terceiro ponto (“Comeram e fartaram-se e sobraram
doze cestos.”)

284. A TRANSFIGURAÇÃO DE CRISTO


(São Mateus XVII, 1-9)
Primeiro ponto. Tomando em sua companhia Cristo
nosso Senhor a seus amados discípulos Pedro, Tiago e
João, transfigurou-se, e a sua face resplandecia como o
sol, e os seus vestidos como a neve.
Segundo ponto. Falava com Moisés e Elias.
Terceiro ponto. Dizendo S. Pedro que fizessem três
tendas, soou uma voz do céu que dizia: (“Este é o meu
filho muito amado, ouvi-o.”) Ao ouvirem esta voz, os
discípulos, com medo, caíram, com as faces em terra, e
Cristo nosso Senhor tocou-os e disse-lhes: (“Levantai-
vos e não temais; a ninguém digais esta visão, até que o
Filho do Homem ressuscite.”)

285. A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO


(São João, XI, 1-44)

Primeiro ponto. Marta e Maria fazem saber, a Cristo


nosso Senhor, a enfermidade de Lázaro. Depois de o ter
sabido, deteve-se ainda dois dias, para que o milagre
fosse mais evidente.
Segundo ponto. Antes de o ressuscitar, pede a uma e a
outra que creiam, dizendo: (“Eu sou a ressurreição e a
vida. O que crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá.”)
- 522 -
Terceiro ponto. Ressuscita-o, depois de ter chorado e
feito oração; e a maneira de ressuscitá-lo foi
ordenando: (“Lázaro, vem para fora.”)

286. A CEIA EM BETÂNIA


(São Mateus, XXVI, 6-10)

Primeiro ponto. O Senhor ceia em casa de Simão, o


leproso, juntamente com Lázaro.
Segundo ponto. Maria derrama o perfume sobre a
cabeça de Cristo.
Terceiro ponto. Judas murmura, dizendo: (“Para quê
este desperdício de perfume?"), mas Jesus defende,
outra vez, Madalena, dizendo: (“Porque molestais esta
mulher por ela Ter feito uma boa obra para comigo?”)

287. DOMINGO DE RAMOS


(São Mateus XXI, 1-17)

Primeiro ponto. O Senhor manda buscar a jumenta e o


jumentinho, dizendo: (“Desatai-os e trazei-mos; e, se
alguém vos disser alguma coisa, respondei que o
Senhor precisa deles, e logo os deixará.”)
Segundo ponto. Montou sobre a jumenta, coberta com
os vestidos dos apóstolos.
Terceiro ponto. Saem a recebê-lo, estendendo sobre o
caminho os seus vestidos e ramos de árvores, dizendo:
(“Hosana, Filho de Davi! Bendito o que vem em nome
do Senhor. Hosana nas alturas!”)

288. A PREGAÇÃO NO TEMPLO


(São Lucas, XIX, 47-48)

- 523 -
Primeiro ponto. Estava, cada dia, ensinando no templo.
Segundo ponto. Acabada a pregação, porque não havia
quem o recebesse em Jerusalém, voltava a Betânia.

289. A CEIA
(São Mateus XXVI, 20-29; São João XIII, 1-30)

Primeiro ponto. Comeu o cordeiro pascal com os seus


doze apóstolos, aos quais predisse a sua morte: (“Em
verdade vos digo que um de vós me há-de trair.”)
Segundo ponto. Lavou os pés aos discípulos, até os de
Judas, começando por S. Pedro. Este, considerando a
majestade do Senhor e a sua própria baixeza, não
querendo consentir, dizia: (“Senhor, tu lavas-me a mim
os pés?”); mas S. Pedro não sabia que naquilo dava
exemplo de humildade, e por isso disse: (“Eu dei-vos o
exemplo, para que façais como eu fiz.”)
Terceiro ponto. Instituiu o sacratíssimo Sacrifício da
Eucaristia, como grandíssimo sinal do seu amor,
dizendo: (“Tomai e comei, pois isto é o meu corpo”).
Acabada a ceia, Judas sai para vender a Cristo nosso
Senhor.

290. MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CEIA ATÉ AO


HORTO INCLUSIVE
(São Mateus, XXV, 30-46; São Mateus XIV, 26-42; São
Lucas XXII, 39-46)

Primeiro ponto. O Senhor, acabada a ceia e cantando o


hino, foi para o monte das Oliveiras com os seus
discípulos, cheios de medo e, deixando os oito em
Getsemâni, disse: (“Sentai-vos aqui, enquanto eu vou
ali orar.”)
- 524 -
Segundo ponto. Acompanhado de S. Pedro, S. Tiago e S.
João, orou três vezes, ao Senhor, dizendo: (“Pai, se é
possível, passe de mim este cálice; contudo não se faça
a minha vontade, mas a tua. E, estando em agonia,
orava mais longamente.”)
Terceiro ponto. Chegou a tanto temor que dizia:
(“Triste está a minha alma até à morte.”) E suou sangue
tão copiosamente que diz S. Lucas: (“Seu suor era como
gotas de sangue que corriam em terra”) o que já supõe
seus vestidos estarem cheios de sangue.

291. MISTÉRIOS PASSADOS DESDE O HORTO ATÉ A


CASA DE ANÁS, INCLUSIVE
(São Mateus XXVI, 47-58; São Lucas XXII, 47-54 e são
Marcos XIV, 43-54)

Primeiro ponto. O Senhor deixa-se beijar por Judas, e


prender como um ladrão. Aos que o prendiam, disse:
(“Saístes para prender-me como a um ladrão, com paus
e armas, quando, cada dia, eu estava convosco no
templo, ensinando, e não me prendestes.”) E, dizendo:
(“A quem buscais?”), caíram em terra os inimigos.
Segundo ponto. S. Pedro feriu um servo do Pontífice;
mas o manso Senhor disse-lhe: (“Mete a tua espada no
seu lugar;” e sarou a ferida do servo.
Terceiro ponto. Desamparado dos seus discípulos, foi
levado a Anás, onde S. Pedro, que o tinha seguido de
longe, o negou uma vez, e a Cristo deram uma bofetada,
dizendo-lhe: (“É assim que respondes ao Pontífice?”)

- 525 -
292. MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE ANÁS
ATÉ A CASA DE CAIFÁS INCLUSIVE
(São Mateus XXVI, 58-75; São Mateus XIV, 55-72; São
Lucas XXII, 55-65 e São João XVIII, 17-27)

Primeiro ponto. Levam-no atado desde a casa de Anás à


casa de Caifás, onde S. Pedro o negou duas vezes e,
olhado pelo Senhor, saiu para fora e chorou
amargamente.
Segundo ponto. Esteve Jesus, toda aquela noite, atado.
Terceiro ponto. Além disso, os que o tinham preso
burlavam dele, e batiam-lhe, e cobriam-lhe a cara, e
davam-lhe bofetadas, e perguntavam-lhe: (“Profetiza-
nos quem é o que te bateu.”) E blasfemavam contra ele,
dizendo coisas semelhantes.

293. MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE CAIFÁS


ATÉ A DE PILATOS INCLUSIVE
(São Mateus XXVII, 1-12; São Lucas XXIII, 1-5. 17-25 e
São Marcos XVI, 1-15)

Primeiro ponto. Toda a multidão dos Judeus o leva a


Pilatos e diante dele o acusa, dizendo: (“Encontramos a
este que deitava a perder o nosso povo e proibia pagar
tributo a César.”)
Segundo ponto. Depois de Pilatos o ter, uma e outra vez,
examinado, Pilatos disse: (“Eu não acho culpa
nenhuma.”)
Terceiro ponto. Foi-lhe preferido Barrabás, um ladrão:
(“Gritaram todos dizendo: ‘Não soltes a este, mas a
Barrabás.’”)

- 526 -
294. MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE
PILATOS ATÉ A DE HERODES.
(São Lucas XXIII,6-11)

Primeiro ponto. Pilatos enviou Jesus, Galileu, a Herodes,


tetrarca da Galiléia.
Segundo ponto. Herodes, curioso, interrogou-o
longamente; e ele nenhuma coisa lhe respondia, ainda
que os escribas e os sacerdotes o acusassem
constantemente.
Terceiro ponto. Herodes, com a sua guarda, desprezou-
o, vestindo-o com uma veste branca.

295. MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE


HERODES À DE PILATOS
(São Mateus XXVII, 24-30; São Lucas XXIII, 12-16; São
Marcos XXV, 16-20 e São João XIX, 1-12)

Primeiro ponto. Herodes torna-o a enviar a Pilatos, pelo


que se fizeram amigos, pois antes eram inimigos.
Segundo ponto. Tomou Pilatos a Jesus e açoitou-o; e os
soldados fizeram uma coroa de espinhos e puseram-lha
sobre a cabeça e vestiram-no de púrpura e
aproximavam-se dele e diziam: (“‘Salve rei dos Judeus’;
e davam-lhe bofetadas.”)
Terceiro ponto. Trouxe-o para fora à presença de todos:
(“Saiu, pois, Jesus, fora, coroado de espinhos e vestido
de púrpura. E disse-lhes Pilatos: "Eis aqui o homem!”).
Logo que o viram, os Pontífices deram gritos, dizendo:
(“Crucifica-O, crucifica-O.”)

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296. MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CASA DE
PILATOS ATÉ A CRUZ INCLUSIVE
(São João XIX, 13-22)

Primeiro ponto. Pilatos, sentado como juiz, entregou-


lhes Jesus, para que o crucificassem, depois de os
Judeus o haverem negado por seu rei, dizendo (“Não
temos outro rei senão César.”)
Segundo ponto. Levava a cruz às costas, e não a
podendo levar foi constrangido Simão Cirineu para que
a levasse atrás de Jesus.
Terceiro ponto. Crucificaram-no entre dois ladrões e
puseram esta inscrição: (“Jesus Nazareno, rei dos
Judeus.”)

297. MISTÉRIOS PASSADOS NA CRUZ


(João XIX, 23-27)

Primeiro ponto. Disse sete palavras na cruz: Rogou


pelos que o crucificavam; perdoou ao ladrão;
encomendou a S. João a sua Mãe, e à Mãe a S. João;
disse com voz alta: (“Tenho sede,”) e deram-lhe fel e
vinagre; disse que estava desamparado; disse: (“Tudo
está consumado”); disse: (“Pai em tuas encomendo o
meu espírito.”)
Segundo ponto. O sol ficou escurecido, as pedras
quebradas, as sepulturas abertas, o véu do templo
rasgado em duas partes de cima abaixo.
Terceiro ponto. Blasfemavam contra ele, dizendo: (“Tu
que destróis o templo de Deus, baixa da cruz”); foram
divididos os seus vestidos; ferido com a lança o seu
lado, manou água e sangue.

- 528 -
298. MISTÉRIOS PASSADOS DESDE A CRUZ ATÉ AO
SEPULCRO INCLUSIVE
(São João XIX, 23-37)

Primeiro ponto. Foi tirado da cruz por José e


Nicodemos, em presença de sua Mãe dolorosa.
Segundo ponto. Foi levado o corpo ao sepulcro e ungido
e sepultado.
Terceiro ponto. Foram postos guardas.

299. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO NOSSO SENHOR.


E SUA PRIMEIRA APARIÇÃO

Primeiro ponto. Apareceu à Virgem Maria; o que, ainda


que se não diga na Escritura, se tem como dito, ao dizer
que apareceu a tantos outros; porque a Escritura supõe
que temos entendimento, como está escrito: (“Também
vós estais sem entendimento?”)

300. SEGUNDA APARIÇÃO.


(São Marcos, XVI, 1-11)

Primeiro ponto. Vão, muito de manhã, Maria Madalena,


Maria, mãe de Tiago e Salomé ao sepulcro, dizendo:
(“Quem nos levantará a pedra da porta do sepulcro?”)
Segundo ponto. Vêem a pedra levantada e o anjo que
diz: (“Buscais Jesus de Nazaré; já ressuscitou, não está
aqui.”)
Terceiro ponto. Apareceu a Maria que ficou perto do
sepulcro, depois de idas as outras.

- 529 -
301. TERCEIRA APARIÇÃO
(São Mateus XXVIII, 8-10)

Primeiro ponto. Saem as Marias do sepulcro, com temor


e grande gozo, querendo anunciar aos discípulos a
ressurreição do Senhor.
Segundo ponto. Cristo nosso Senhor apareceu-lhes, no
caminho, dizendo-lhes: (“Deus vos salve”); e elas
aproximaram-se, prostraram-se a seus pés e adoraram-
no.
Terceiro ponto. Jesus disse-lhes: (“Não temais, ide e
dizei a meus irmãos que vão para a Galileia, porque ali
me verão.”)

302. QUARTA APARIÇÃO


(São Lucas XXIV, 9-12 e 33-34)

Primeiro ponto. Tendo ouvido das mulheres que Cristo


estava ressuscitado, foi S. Pedro depressa ao sepulcro.
Segundo ponto. Entrando no sepulcro, viu só os panos
com que fora coberto o corpo de Cristo nosso Senhor, e
mais nada.
Terceiro ponto. Pensando S. Pedro nestas coisas,
apareceu-lhe Cristo e por isso os apóstolos diziam:
(“Verdadeiramente o Senhor ressuscitou, e apareceu a
Simão.”)

303. QUINTA APARIÇÃO


(São Lucas XXIV, 9-12 e 33-34)

Primeiro ponto. Aparece aos discípulos que iam para


Emaús, falando de Cristo.

- 530 -
Segundo ponto. Repreende-os, mostrando pelas
Escrituras que Cristo tinha de morrer e ressuscitar:
(“Oh! ignorantes e tardos de coração para crer tudo o
que disseram os profetas! Não era necessário que
Cristo padecesse e assim entrasse na sua glória?”)
Terceiro ponto. A pedido deles, detém-se ali, e esteve
com eles, até que, ao dar-lhes a comunhão,
desapareceu. E eles, regressando, disseram aos
discípulos como o tinham conhecido na comunhão.

304. SEXTA APARIÇÃO


(São João XX, 19-23)

Primeiro ponto. Os discípulos estavam reunidos (“por


medo dos Judeus”), exceto Tomé.
Segundo ponto. Apareceu-lhes Jesus, estando as portas
fechadas; e, estando no meio deles, disse: (“A paz esteja
convosco.”)
Terceiro ponto. Dá-lhes o Espírito Santo, dizendo-lhes:
(“Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes
os pecados, ser-lhes-ão perdoados.”)

305. SÉTIMA APARIÇÃO


(São João XX,24-29)

Primeiro ponto. São Tomé, incrédulo, porque estava


ausente na aparição precedente, disse: (“Se não o vir
não acreditarei.”)
Segundo ponto. Aparece-lhes Jesus, daí a oito dias,
estando as portas fechadas, e diz a S. Tomé: (“Mete
aqui o teu dedo e vê a verdade, e não queiras ser
incrédulo, mas fiel.”)

- 531 -
Terceiro ponto. S. Tomé acreditou, dizendo: (“Meu
Senhor e meu Deus.”) Disse-lhe Cristo: (“Bem-
Aventurados os que não viram e creram.”)

306. OITAVA APARIÇÃO


(São João XXI, 1-17)

Primeiro ponto. Jesus aparece a sete dos seus discípulos


que estavam pescando, os quais, por toda a noite, não
tinham apanhado nada, e lançando a rede, por ordem
de Jesus, (“não podiam tirá-la, pela grande quantidade
de peixes.”)
Segundo ponto. Por este milagre, S. João reconheceu
Jesus, e disse a S. Pedro: (“É o Senhor.”) Pedro deitou-
se ao mar, e veio ter com Cristo.
Terceiro ponto. Deu-lhes a comer parte de um peixe
assado, e um favo de mel; e encomendou as ovelhas a S.
Pedro, examinando-o, primeiro, três vezes, sobre a
caridade, e disse-lhe: (“Apascenta as minhas ovelhas.”)

307. NONA APARIÇÃO


(São Mateus XXVIII, 16-20)

Primeiro ponto. Os discípulos, por ordem do Senhor,


vão ao monte Tabor.
Segundo ponto. Cristo aparece-lhes e diz: (“Foi-me
dado todo o poder na céu e na terra.”)
Terceiro ponto. Enviou-os por todo o mundo a pregar,
dizendo: (“Ide e ensinai todas as gentes, batizando-as
em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”)

- 532 -
308. DÉCIMA APARIÇÃO
(I Coríntios XV, 6)

(“Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos


juntos.”)

309. UNDÉCIMA APARIÇÃO


(I Coríntios XV, 7)

(“Apareceu depois a Tiago.”)

310. DUODÉCIMA APARIÇÃO

Apareceu a José de Arimatéia, como piamente se


medita e se lê na vida dos Santos.

311. DÉCIMA TERCEIRA APARIÇÃO


(I Coríntios XV, 7)

Apareceu a S. Paulo, depois da Ascensão: (“Finalmente


apareceu-me a mim como a um aborto.”) Apareceu
também em alma aos Santos Padres do Limbo; e,
depois de tê-los de lá tirado, e tornado a tomar o seu
Corpo, apareceu, muitas vezes, aos discípulos e
conversava com eles.

312. ASCENSÃO DE CRISTO NOSSO SENHOR


(Atos dos Apóstolos, I,1-12)

Primeiro ponto. Depois de ter aparecido aos seus


Apóstolos, durante quarenta dias, dando-lhes muitas
provas e sinais e falando-lhes do Reino de Deus,

- 533 -
mandou-lhes que em Jerusalém esperassem o Espírito
Santo prometido.
Segundo ponto. Levou-os ao monte das Oliveiras e, em
presença deles, elevou-se, e uma nuvem fê-lo
desaparecer aos seus olhos.
Terceiro ponto. Estando eles a olhar para o céu, dizem-
lhes os anjos: (“Homens da Galileia, porque estais a
olhar para o céu? Este Jesus que, de vossos olhos é
levado para o céu, virá do mesmo modo que o vistes ir
ao céu.”)

PENTECOSTES. O ESPÍRITO SANTO PROMETIDO POR


NOSSO SENHOR PARA COMPLETAR SUA MISSÂO E O
NASCIMENTO DA IGREJA
(Atos dos Apóstolos, I e II)

Primeiro ponto. O retiro de dez dias que fizéramos


Apóstolos, os discípulos e às santas mulheres (com
Maria, Mãe de Jesus) para preparar-se para a vinda do
Espírito Santo.
Segundo ponto. A descida do Espírito Santo enviado do
Pai por Jesus para confirmar sua obra.
Terceiro ponto. A transformação dos Apóstolos e Dos
discípulos: (“Vós sereis minhas testemunhas por toda a
terra).

- 534 -
[REGRAS]

313. REGRAS DE DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS

Primeiras Regras
para de alguma maneira sentir e conhecer as várias
moções que se causam na alma, a fim de admitir as boas
e rejeitar as más, e são mais próprias para a Primeira
Semana.

314. Primeira Regra. Nas pessoas que vão de pecado


mortal em pecado mortal, costuma ordinariamente o
inimigo propor-lhes prazeres aparentes, fazendo-lhes
imaginar deleitações e prazeres sensuais, para mais as
conservar e fazer crescer em seus vícios e pecados.
Com estas pessoas o bom espírito usa um modo
contrário: punge-lhes e remorde- lhes a consciência
pelo instinto da razão.
315. Segunda Regra. Nas pessoas que se vão
intensamente purificando de seus pecados, e subindo
de bem em melhor no serviço de Deus nosso Senhor, o
modo de agir é contrário ao da primeira regra. Porque
então é próprio do mau espírito excitar [aos
escrúpulos] e à tristeza e pôr impedimentos,
inquietando com falsas razões, para que não se vá
para frente. E é próprio do bom [espírito] dar ânimo e
forças, consolações, lágrimas, inspirações e quietude,
facilitando e tirando todos os impedimentos, para que
ande para diante na prática do bem.
316. Terceira Regra. Consolação espiritual. Chamo
consolação, quando na alma se produz alguma moção
interior, com a qual vem a alma a inflamar-se no amor
de seu Criador e Senhor; e quando, conseqüentemente,
- 535 -
nenhuma coisa criada sobre a face da terra pode amar
em si mesma, a não ser no Criador de todas elas. E
também, quando derrama lágrimas que a movem ao
amor do seu Senhor, quer seja pela dor se seus pecados
ou da Paixão de Cristo nosso Senhor, quer por outras
coisas diretamente ordenadas a seu serviço e louvor.
Finalmente, chamo consolação todo o aumento de
esperança, fé e caridade e toda a alegria interior que
chama e atrai às coisas celestiais e à salvação de sua
própria alma, aquietando-a e pacificando-a em seu
Criador e Senhor.
317. Quarta Regra. Desolação espiritual. Chamo
desolação a todo o contrário da terceira regra, como
obscuridade da alma, perturbação, inclinação a coisas
baixas e terrenas, inquietação proveniente de várias
agitações e tentações que levam a falta de fé, de
esperança e de amor; achando-se [a alma] toda
preguiçosa, tíbia, triste, e como que separada de
seu Criador e Senhor. Porque assim como a consolação
é contrária à desolação, da mesma maneira os
pensamentos que provêm da consolação são contrários
aos pensamentos que provêm da desolação.
318. Quinta regra. Em tempo de desolação, nunca
fazer mudança, mas estar firme e constante nos
propósitos e determinação em que estava, no dia
anterior a essa desolação, ou na determinação em que
estava na consolação antecedente. Porque, assim como,
na consolação, nos guia e aconselha mais o bom
espírito, assim, na desolação, [nos guia e aconselha] o
mau, com cujos conselhos não podemos tomar
caminho para acertar.
319. Sexta Regra. Uma vez que no tempo de desolação
não devemos mudar as resoluções anteriores,
- 536 -
aproveita muito reagir intensamente contra a mesma
desolação, por exemplo, insistindo mais na oração,
na meditação, em examinar-se muito e em
estender-nos em algum modo conveniente de fazer
penitência.
320. Sétima regra. Considere como o Senhor o deixou
em prova, nas suas potências naturais, para que resista
às várias agitações e tentações do inimigo; pois pode
[resistir] com o auxílio divino, que sempre lhe fica,
ainda que o não sinta claramente; porque o Senhor lhe
subtraiu o seu muito fervor, o grande amor e a
graça intensa, ficando-lhe, contudo, graça suficiente
para a salvação eterna.
321. Oitava Regra. O que está em desolação trabalhe
por manter-se na paciência que é [virtude] contrária
às vexações que lhe advêm, e pense que será depressa
consolado, se puser as [devidas] diligências contra essa
desolação, como se disse na Sexta Regra.
322. Nona Regra. Três são as causas principais por
que nos achamos desolados: A primeira é por sermos
tíbios, preguiçosos ou negligentes em nossos
Exercícios Espirituais. E assim, por nossas faltas, se
afasta de nós a consolação espiritual. A segunda, para
nos mostrar de quanto somos capazes e até onde nos
alargamos no seu serviço e louvor, sem tanto dispêndio
de consolações e grandes graças. A terceira, para nos
dar verdadeira informação e conhecimento, com que
sintamos internamente que não depende de nós fazer
vir ou conservar devoção grande, amor intenso,
lágrimas nem nenhuma outra consolação espiritual,
mas que tudo é dom e graça de Deus nosso Senhor. E
para que não façamos ninho em propriedade alheia,
elevando o nosso entendimento a alguma soberba ou
- 537 -
vanglória, atribuindo a nós a devoção ou as outras
formas de consolação espiritual.
323. Décima Regra. O que está em consolação pense
como se haverá na desolação que depois virá, e tome
novas forças para então.
324. Undécima Regra. O que está consolado procure
humilhar-se e abater-se quanto puder, pensando para
quão pouco é, no tempo da desolação, sem essa graça
ou consolação. Pelo contrário, o que está em desolação
pense que pode muito com a graça suficiente para
resistir a todos os seus inimigos, e tome forças no seu
Criador e Senhor.
325. Duodécima Regra. O inimigo porta-se como uma
mulher: fraco ante a resistência, e forte, ante a
condescendência. Porque assim como é próprio da
mulher, quando briga com um homem, perder ânimo e
pôr-se em fuga, quando o homem lhe mostra rosto
firme; e, pelo contrário, se o homem começa a fugir e
perde a coragem, a ira, a vingança e a ferocidade da
mulher é muito grande e se torna desmedida. Da
mesma maneira, é próprio do inimigo enfraquecer e
perder ânimo, dando em fuga com suas tentações,
quando a pessoa que se exercita nas coisas
espirituais enfrenta, sem medo, as tentações do
inimigo, fazendo o diametralmente oposto. E, pelo
contrário, se a pessoa que se exercita começa a ter
temor e a perder ânimo em sofrer as tentações, não há
besta tão feroz sobre a face da terra, como o inimigo da
natureza humana, na persecução de sua perversa
intenção, nem com uma tão grande malícia.
326. Décima Terceira Regra. Porta-se também como um
namorado frívolo, querendo ficar no segredo e não ser
descoberto. Porque, assim como um homem frívolo,
- 538 -
que, falando com má intenção, solicita a filha dum bom
pai ou a mulher dum bom marido, quer que as suas
palavras e insinuações fiquem secretas; e, muito lhe
desagrada, pelo contrário, quando a filha descobre ao
pai, ou a mulher ao marido, suas palavras frívolas e sua
intenção depravada, porque facilmente deduz que não
poderá realizar a empresa começada. Da mesma
maneira, quando o inimigo da natureza humana
propõe as suas astúcias e seduções à alma justa,
quer e deseja que sejam recebidas e mantidas em
segredo; mas desagrada-lhe muito, quando a alma
as descobre ao seu bom confessor ou a outra
pessoa espiritual que conheça seus enganos e
maldades, porque conclui que não poderá levar a
cabo a maldade começada, ao serem descobertos
seus evidentes enganos.
327. Décima Quarta Regra. Comporta-se também como
um chefe militar para vencer e roubar o que deseja.
Porque, assim como um capitão e chefe dum exército,
em campanha, depois de assentar arraiais e examinar
as forças ou a disposição dum castelo, o combate pela
parte mais fraca, da mesma maneira o inimigo da
natureza humana, fazendo a sua ronda, examina
todas as nossas virtudes teologais, cardiais e
morais, e por onde nos acha mais fracos e mais
necessitados para a nossa salvação eterna, por aí
nos ataca e procura vencer-nos.

328. Outras Regras


para discernimento de espíritos mais sutis, mais próprias
da Segunda Semana.

- 539 -
329. Primeira Regra. É próprio de Deus e dos seus
anjos, em suas moções, dar verdadeira alegria e gozo
espiritual, tirando toda a tristeza e perturbação que o
inimigo suscita. Deste é próprio lutar contra a alegria e
consolação espiritual, apresentando razões aparentes,
subtilezas e contínuas falácias.
330. Segunda Regra. Só a Deus nosso Senhor pertence
dar consolação à alma sem causa precedente, PORQUE
É PRÓPRIO DO CRIADOR entrar e sair nela e movê-la a
que [se inflame] por inteiro em amor de sua Divina
Majestade. Sem causa, quero dizer, sem nenhum prévio
sentimento ou conhecimento de algum objeto que,
mediante os atos de entendimento e da vontade haja
produzido tal consolação.
331. Terceira Regra. Quando há uma casa [precedente],
tanto o anjo bom como o mau podem consolar à alma,
[mas] para fins contrários: o bom anjo para proveito da
alma, afim de que cresça e suba de bem em melhor; e o
mau anjo para o contrário, e para ulteriormente trazê-
la à sua perversa intenção e maldade.
332. Quarta Regra. É próprio do anjo mau, que se
disfarça em anjo de luz, entrar [nos sentimentos] da
alma devota e sair com o que lhe convém a si, isto é,
trazer pensamentos bons e santos, acomodados a essa
alma justa, e, depois, pouco a pouco, procurar sair-se,
trazendo a alma aos seus enganos encobertos e
perversas intenções.
333. Quinta Regra. Devemos estar muito atentos ao
decurso dos pensamentos. Se o princípio, meio e fim
[do pensamento] são inteiramente bons, inclinando a
todo bem, é sinal [de que procede] do bom anjo. Mas se
no decurso dos pensamentos sugeridos [desconfiamos
que um pensamento] acaba nalguma coisa má, ou
- 540 -
distrativa, ou menos boa que aquela que a alma antes
propusera fazer, ou que enfraquece, inquieta, perturba
a alma tirando-lhe a sua paz, tranqüilidade e quietude
que antes tinha, é claro sinal que procede do mau
espírito, inimigo do nosso proveito e salvação eterna.
334. Sexta Regra. Quando o inimigo da natureza
humana for sentido e conhecido pela sua cauda
serpentina e pelo mau fim a que induz, aproveita à
pessoa que por ele foi tentada, verificar logo o decurso
dos pensamentos que ele lhe trouxe, e o princípio
deles, e como, pouco a pouco, procurou fazê-la descer
da suavidade e gozo espiritual em que estava até trazê-
la à sua intenção depravada; para que, com tal
experiência, conhecida e notada, se guarde daí por
diante, de seus habituais enganos.
335. Sétima Regra. Naqueles que progridem de bem a
melhor, o bom anjo toca-lhes a alma doce, leve e
suavemente, como gota de água que penetra numa
esponja; e o mau toca agudamente, com ruído e
agitação, como quando a gota de água cai sobre a
pedra. Aos que vão de mal a pior, os mesmos espíritos
tocam-nos de modo oposto. A causa desta diversidade
está na disposição da alma ser contrária ou semelhante
à dos ditos anjos. Porque, quando é contrária, entram
com ruído e comoção, de maneira perceptível; e
quando é semelhante, entram silenciosamente, como
em casa própria, de porta aberta.
336. Oitava Regra. Quando a consolação é sem causa,
embora nela não haja engano, por provir só de Deus
nosso Senhor, como dissemos [330]; contudo a pessoa
espiritual, a quem Deus dá essa consolação, deve
observar distinguir, com muita vigilância e atenção, o
tempo próprio dessa consolação do tempo que se lhe
- 541 -
segue, em que a alma fica quente e favorecida com o
favor e os restos da consolação passada. Porque,
muitas vezes, neste segundo tempo, por seu próprio
raciocínio [feito] de relações e deduções de conceitos e
juízos, ou pelo bom espírito ou pelo mau, forma
diversas resoluções e opiniões que não são dadas
imediatamente por Deus nosso Senhor. E, portanto, é
necessário examiná-las muito bem, antes de se lhes dar
pleno crédito e de se porem em prática.

337. REGRAS PARA A DISTRIBUIÇÃO DE ESMOLAS

338. Primeira Regra. Se eu faço a distribuição a


parentes ou amigos ou a pessoas a quem tenho afeição,
deverei atender a quatro coisas das quais se falou, em
parte, ao tratar da eleição. A primeira é que o amor que
me move e me faz dar a esmola, desça do alto, do amor
de Deus Nosso Senhor, de forma que eu sinta primeiro
em mim que o amor maior ou menor que tenho a essas
pessoas é por Deus, e que na causa por que as amo,
transpareça Deus.
339. Segunda Regra. Quero imaginar um homem a
quem nunca tenha visto nem conhecido; e, desejando-
lhe eu toda a perfeição, no cargo e estado que tem, que
procedimento desejaria eu que ele seguisse, na sua
maneira de distribuir esmolas, para a maior glória de
Deus nosso Senhor e maior perfeição de sua alma, e,
procedendo eu assim, nem mais nem menos, guardarei
a mesma regra e a medida que desejaria que ele
seguisse e que julgo ser a melhor.
340. Terceira Regra. Quero considerar, como se
estivesse em artigo de morte, a forma e medida que
quereria então ter seguido, no cargo da minha
- 542 -
administração; e regulando-me por ela, segui-la-ei nos
atos da minha distribuição.
341. Quarta Regra. Considerando como me acharei no
dia de Juízo, pensar bem como então quereria ter
usado deste ofício e cargo de distribuir esmolas. A
regra que então desejaria ter tido, tê-la agora.
342. Quinta Regra. Quando alguém se sente inclinado
ou afeiçoado a algumas pessoas às quais quer
distribuir esmolas, detenha-se e reflita bem sobre as
quatro regras precedentes, examinando e verificando,
à luz delas, a sua afeição. E, não dê a esmola, até que,
conforme a essas regras, tenha totalmente tirado e
afastado a sua afeição desordenada.
343. Sexta Regra. Ainda que não há culpa em tomar os
bens de Deus nosso Senhor, para os distribuir, quando
a pessoa é chamada por nosso Deus e Senhor, para este
ministério; contudo no cálculo e quantidade do que há-
de tomar e aplicar a si mesmo do que tem para dar a
outros, há lugar para dúvida de culpa e excesso. Por
isso pode reformar-se no que se refere à sua vida e
estado, pelas regras acima mencionadas.
344. Sétima Regra. Pelas razões já expostas e por
muitas outras, é sempre melhor e mais seguro, no que
se refere às despesas pessoais e domésticas, restringir
e reduzir, o mais possível, e conformar-se quanto
puder com o nosso Sumo Pontífice, modelo e regra
nossa, que é Cristo nosso Senhor. Conforme a isto, o
terceiro Concílio Cartaginês (no qual esteve S.
Agostinho) determina e manda que a mobília do bispo
seja comum e pobre. A mesma consideração se deve
fazer, em todos os estados de vida, guardando as
proporções e tendo em conta a condição, nível social e
estado das pessoas. Assim, no estado matrimonial,
- 543 -
temos o exemplo de S. Joaquim e S. Ana que dividiam
os seus bens em três partes, a primeira davam aos
pobres, a segunda ao ministério e serviço do templo, e
tomavam a terceira para sustento de si mesmos e de
sua família.

345. REGRAS SOBRE OS ESCRÚPULOS


As notas seguintes ajudam a compreender e discernir os
escrúpulos e as insinuações [que sugere]do nosso
inimigo.

346. Primeira nota. Chama-se vulgarmente escrúpulo o


que provem do nosso próprio juízo e liberdade, a
saber: quando eu livremente imagino que é pecado
aquilo que não é pecado. Assim, por exemplo, acontece
que alguém, depois de ter pisado casualmente uma
cruz de palha, imagina, por seu próprio juízo, que
pecou; isto é propriamente um juízo errôneo e não
propriamente um escrúpulo.
347. Segunda nota. Depois de ter pisado aquela cruz, ou
depois de ter pensado ou dito ou feito qualquer outra
coisa, vem-me de fora um pensamento de que pequei e,
por outro lado, parece-me a mim que não pequei.
Contudo sinto nisto perturbação, a saber, enquanto por
um lado duvido e por outro não duvido. Isto é que é
propriamente um escrúpulo e uma tentação que o
inimigo me sugere.
348. Terceira nota. O primeiro escrúpulo, o da primeira
nota, deve muito aborrecer-se, porque é um verdadeiro
erro; mas o segundo, o da segunda nota, durante algum
tempo, não é de pouco proveito para a alma que se dá a
Exercícios Espirituais. Pelo contrário, em grande
maneira, purifica e limpa essa alma, separando-a muito
- 544 -
de toda a aparência de pecado, conforme a palavra de
S. Gregório: “É próprio das almas boas ver falta onde
não há nenhuma.”
349. Quarta nota. O inimigo observa muito se a alma é
grosseira ou delicada. Se é delicada, procura torná-la
ainda mais delicada, até ao extremo, para mais a
perturbar e arruinar; por exemplo, se vê que uma alma
não consente em pecado mortal nem venial nem
sequer em aparência de pecado deliberado, então o
inimigo, quando vê que não a pode fazer cair em coisa
que pareça pecado, procura fazê-la imaginar pecado
onde não há pecado, como, por exemplo, numa palavra
ou pensamento sem importância. Se a alma é grosseira,
o inimigo procura engrossá-la mais, por exemplo: se
antes não fazia caso dos pecados veniais, procurará
que faça pouco dos mortais, e se algum caso fazia antes,
procurará que muito menos ou nenhum faça agora.
350. Quinta nota. A alma que deseja progredir na vida
espiritual, deve sempre proceder de maneira contrária
à do inimigo [319, 351], a saber: se o inimigo quer
embotá-la, a alma deve procurar tornar-se mais
delicada; e também se o inimigo procura afiná-la, para
a levar ao excesso, a alma procure consolidar-se no
meio termo, para totalmente se tranqüilizar.
351. Sexta nota. Quando essa boa alma quer dizer ou
fazer alguma coisa, em conformidade com a Igreja, e
com as tradições dos nossos maiores, que seja para
Glória de Deus nosso Senhor, e lhe vem de fora um
pensamento ou tentação para não dizer nem fazer essa
coisa, trazendo-lhe razões aparentes de vanglória ou
de outra coisa, etc., então deve elevar o pensamento
para o seu Criador e Senhor; e se vê que [essa palavra
ou ação] é para seu devido serviço, ou ao menos não
- 545 -
lhe é contrária, deve agir de maneira diametralmente
oposta a essa tentação, e como S. Bernardo responder
ao inimigo: “nem o comecei por ti, nem por ti o
acabarei.”

[REGRAS PARA SENTIR COM A IGREJA]

352. Devem-se guardar as regras seguintes para sentir


exatamente o que devemos na Igreja militante.

353. Primeira Regra. Deposto todo o juízo próprio,


devemos ter o espírito preparado e pronto para
obedecer em tudo à verdadeira Esposa de Cristo, nosso
Senhor, que é a nossa Santa Madre a Igreja
Hierárquica*.

*
A “Santa Igreja Hierárquica” é o Papa e os Bispos, quando
transmitem a Fé Revelada por Jesus cristo. Essa é a Esposa
fiel de Nosso Senhor, que tem um só coração com seu
Esposo, ama o que Ele ama, e aborrece os erros e heresias
que Ele aborrece. Não há outra Igreja, e fora Dela é
impossível salvar-se. Nosso Senhor prometeu que estaria
com Ela, assistindo-lhe até o fim dos séculos. Mas isso não
significa que devamos aceitar as novas doutrinas
ensinadas hoje em dia por bispos e Papas imbuídos de
idéias liberais. A doutrina da Igreja não pode mudar
porque é divina e imutável, como Deus. Convém
recordar aqui a grave advertência do concílio Vaticano I:
“O Espírito Santo não foi prometido aos Sucessores de
Pedro para que, com sua revelação, promulgassem uma
nova doutrina, senão para que, com sua assistência,
conservassem santamente e expusessem fielmente a
Revelação transmitida pelos Apóstolos, quer dizer, o
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354. Segunda Regra. Louvar o confessar-se com
sacerdote e a recepção do Santíssimo Sacramento [ao
menos] uma vez ao ano, e muito mais a cada mês, e
muito melhor, de oito em oito dias, com as condições
requeridas e devidas.
355. Terceira Regra. Louvar o ouvir Missa freqüente-
mente, e igualmente cantos, salmos e longas orações,
na Igreja e fora dela; e também a determinação de
horas destinadas para todo Ofício Divino e para toda a
oração e todas as horas canônicas.
356. Quarta Regra. Louvar muito [as Ordens e
Congregações] religiosas, a virgindade e a continência,
e não [louvar] tanto o matrimônio como estas [coisas].
357. Quinta Regra. Louvar os votos religiosos, de
obediência, pobreza e castidade e de outras perfeições
de super-rogação. É de notar que, como os votos se
fazem sobre coisas que se aproximam mais da
perfeição evangélica, não se devem fazer de coisas que

Depósito da Fé.” Agora bem, o golpe mestre de Satanás em


nossos dias é, precisamente, lograr difudir os princípios
revolucionários dentro da Igreja por parte da mesma
autoridade da Igreja, e lograr fazer condenar aos que
conservam a fé católica por aqueles mesmos que deveriam
defendê-la e propagá-la (cf. Dom Marcel Lefebvre, “O golpe
mestre de Satanás”). Ai! dos que se deixam enganar!
“Ainda que nós mesmos, ou um Anjo do Céu, vos pregue
um Evangelho diferente do que nós vos anunciamos, seja
anátema.” (Gl I, 9). As regras dadas aqui por Santo Inácio
serão uma ajuda preciosa para discernir entre a
“verdadeira Esposa de Cristo”, e aqueles lobos vorazes
contra os quais nos previne Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt,
VII, 15).
- 547 -
nos apartam dessa perfeição, como de ser comerciante
ou de casar-se, etc.
358. Sexta Regra. Louvar as relíquias dos Santos,
venerando-as a elas e rezando-lhes a eles. Louvar
estações, peregrinações, indulgências, jubileus, bulas
da cruzada e velas acesas nas igrejas.
359. Sétima Regra. Louvar constituições sobre jejuns e
abstinências, como as da quaresma, das quatro
têmporas, vigílias, sexta e sábado; e também as
penitências, não somente internas, mas também
externas.
360. Oitava Regra. Louvar os ornamentos e os edifícios
das igrejas e também as imagens e venerá-las pelo que
representam.
361. Nona Regra. Louvar finalmente todos os preceitos
da Igreja, tendo prontidão de espírito para buscar
razões para os defender, e, de modo nenhum para os
criticar.
362. Décima Regra. Devemos ser mais prontos para
aprovar e louvar tanto as diretrizes e recomendações
como o comportamento dos nossos Superiores [do que
para os criticar]. Porque, mesmo que a conduta de
alguns não fosse tal [como deveria ser], falar contra ela,
ou em pregações públicas ou em conversas, na
presença de simples fiéis, originaria mais críticas e
escândalo do que proveito. E assim, o povo viria a
irritar-se contra os seus superiores, quer temporais
quer espirituais. De maneira que assim como é
prejudicial falar mal dos Superiores, na sua ausência,
diante do povo humilde, assim pode ser proveitoso
falar da sua má conduta às pessoas que lhes podem dar
remédio.

- 548 -
363. Undécima regra. Louvar a doutrina positiva e
escolástica, porque assim como é mais próprio dos
doutores positivos, tais como São Jerônimo, Santo
Agostinho e São Gregório, etc. mover os afetos, para em
tudo amar e servir a Deus, Nosso Senhor, assim é mais
próprio dos escolásticos, tais como Santo Tomás, São
Boaventura e o Mestre das Sentenças, etc., definir ou
explicar para os nossos tempos as coisas necessárias à
salvação eterna, e refutar e explicar mais todos os
erros e todos os sofismas. Porque os doutores
escolásticos, como são mais modernos, não só se
aproveitam da exata inteligência da Sagrada Escritura
e dos Santos Doutores positivos, mas ainda iluminados
e esclarecidos pela graça divina, ajudam-se também
dos concílios, cânones e constituições da nossa Santa
Mãe Igreja.
364. Duodécima Regra. Devemos evitar fazer
comparações entre os que estamos vivos e os bem
aventurados de outrora. Porque não pouco nos
enganamos neste ponto, quando dizemos, por
exemplo: “Este sabe mais que Santo Agostinho, é outro
ou mais que São Francisco, é outro São Paulo, em
bondade, em santidade, etc.”
365. Décima Terceira Regra. Para em tudo acertar,
devemos estar sempre dispostos a que o branco, que
eu vejo, acreditar que é negro, se a Igreja hierárquica
assim o determina. Porque creio que entre Cristo,
nosso Senhor, esposo, e a Igreja, sua esposa, não há
senão um mesmo Espírito que nos governa e dirige
para a salvação das nossas almas. Porque é pelo
mesmo Espírito e Senhor Nosso, que nos deu os dez
mandamentos que é dirigida e governada a nossa
Santa Mãe Igreja.
- 549 -
366. Décima Quarta Regra. Embora seja muito verdade
que ninguém se pode salvar sem ser predestinado, e
sem ter a Fé e a Graça, contudo deve-se ter muito
cuidado no modo de falar e de se expressar sobre todas
estas coisas.
367. Décima Quinta Regra. Habitualmente não devemos
falar muito de predestinação; mas se, de alguma
maneira e algumas vezes, se falar, faça-se de maneira
que o povo simples não venha a cair nalgum erro, como
acontece, algumas vezes, ao dizer: «se tenho de me
salvar ou condenar, já está determinado, e não é por eu
fazer bem ou mal que pode acontecer outra coisa. E
assim relaxam-se e descuidam as obras que conduzem
à salvação e ao proveito espiritual de suas almas.
368. Décima Sexta Regra. Da mesma forma, devemos
acautelar-nos de que, ao falar muito da fé, e com muita
insistência, sem alguma distinção e explicação, não
demos ao povo ocasião de ser desleixado e preguiçoso
nas obras, quer antes da fé ser informada pela caridade
quer depois.
369. Décima Sétima Regra. Também não devemos falar
tão abundantemente nem com tanta insistência, da
graça que se gere o veneno de suprimir a liberdade. De
maneira que da fé e da graça pode falar-se, quanto seja
possível, com ajuda da graça divina, para maior louvor
de sua divina majestade, mas não de tal forma e com
tais modos, sobretudo nos nossos tempos tão
perigosos, que as obras e o livre arbítrio sofram algum
prejuízo ou sejam tidos por coisa de nenhuma
importância.
370. Décima Oitava Regra. Embora devamos estimar
sobretudo o serviço intenso de Deus, nosso Senhor, por
puro amor, devemos contudo louvar muito o temor de
- 550 -
sua divina Majestade. Porque não somente o temor
filial é coisa piedosa e santíssima, mas mesmo o temor
servil, quando outra coisa melhor e mais útil não se
pode conseguir, ajuda muito a sair do pecado mortal. E,
uma vez que se sai dele, facilmente se chega ao temor
filial que é totalmente aceite e agradável a Deus, nosso
Senhor, por ser inseparável do amor divino.

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LIVRO III

CÂNTICOS E HINOS

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1. O SALUTARIS HOSTIA
(Santo Tomás de Aquino)

1.O salutaris Hostia, 2.Uni trinoque Domino


Quae caeli pandis ostium: Sit sempiterna gloria,
Bella premunt hostilia, Qui vitam sine termino
Da robur, fer auxilium. Nobis donet in patria.
Amen.

2. AVE VERUM
(S.S. Inocêncio VI)

Ave verum corpus, natum fluxit aqua et sanguine:


de Maria Virgine, esto nobis praegustatum
vere passum, immolatum in mortis examine.
in cruce pro homine, O Iesu dulcis, O Iesu pie, O
cuius latus perforatum Iesu, fili Mariae.

3. PANGE, LINGUA, GLORIOSI


(Santo Tomás de Aquino)

1. Pange, lingua, gloriosi sui moras incolatus


Corporis mysterium, miro clausit ordine.
Sanguinisque pretiosi,
quem in mundi pretium 3. In supremӕ nocte
fructus ventris generosi cœnӕ
Rex effudit Gentium. recumbens cum fratribus
observata lege plene
2. Nobis datus, nobis natus cibis in legalibus,
ex intacta Virgine, cibum turbae duodenӕ
et in mundo conversatus, se dat suis manibus.
sparso verbi semine,
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4. Verbum caro, panem novo cedat ritui:
verum praestet fides
verbo carnem efficit: supplementum
fitque sanguis Christi sensuum defectui.
merum,
et si sensus deficit, 6. Genitori, Genitoque
ad firmandum cor laus et jubilatio,
sincerum salus, honor, virtus
sola fides sufficit. quoque
sit et benedictio:
5. Tantum ergo Procedenti ab utroque
Sacramentum compar sit laudatio.
veneremur cernui: Amen. AlleluIa.
et antiquum documentum

4. ADORO TE DEVOTE
(Santo Tomás de Aquino)

1. Adóro te devóte, latens Nil hoc verbo Veritátis


Déitas, vérius.
Quae sub his figúris vere
látitas: 3. In cruce latébat sola
Tibi se cor meum totum Déitas,
súbiicit, At hic latet simul et
Quia te contémplans humánitas;
totum déficit. Ambo tamen credens
atque cónfitens,
2. Visus, tactus, gustus in Peto quod petívit latro
te fállitur, paénitens.
Sed audítu solo tuto
créditur. 4. Plagas, sicut Thomas,
Credo, quidquid dixit Dei non intúeor;
Fílus: Deum tamen meum te
- 556 -
confíteor. Me immúndum munda tuo
Fac me tibi semper magis sánguine.
crédere, Cuius una stilla salvum
In te spem habére, te fácere
dilígere. Totum mundum quit ab
omni scélere.
5. O memoriále mortis
Dómini! 7. Iesu, quem velátum
Panis vivus, vitam nunc aspício,
praestan hómini! Oro fiat illud quod tam
Praesta meae menti de te sítio;
vívere. Ut te reveláta cernens
Et te illi semper dulce fácie,
sápere. Visu sim beátus tuae
glóriae. Amen
6. Pie pellicáne, Iesu
Dómine,

5. AVE MARIS STELLA


(Venântius de Poitiers)

1. Ave, Maris stella, Bona cuncta posce.


Déi mater alma, 4. Monstra te esse
Atque semper Virgo matrem,
Félix caeli porta. Sumat per te preces
Qui pro nobis natus,
2. Sumens illud Ave tulit esse tuus.
Gabriélis ore,
Funda nos in pace, 5. Virgo singulāris
Mutans Evae nomen. Inter omnes mitis,
3. Solve vincla reis, Nos culpis solutos
Profer lumen caecis, Mites fac et castos.
Mala nostra pelle,
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6. Vitam praesta puram, 7. Sit laus Deo Patri,
iter para tutum: summo Christo decus,
ut vidéntes lesum Spiritui Sancto,
semper collaetémur. tribus honor unus. Amen.

6. SALVE MATER MISERICORDIÆ

1. Salve Mater 4. Te creávit, Páter


misericordiæ, ingénitus,
Mater Dei et Mater veniæ, Adamávit te Unigénitus,
Mater spei et Mater Fecundávit te Sánctus
gratiae, Spíritus,
Mater plena Sanctæ Tu és fácta tota divínitus,
Letitiæ, O Maria! O María.

2. Salve decus humani 5. Te creávit Déus


generis. mirábilem,
Salve Virgo dignior Te respéxit ancíllam
cœteris, húmilem,
quæ virgines omnes Te quæsívit spónsam
transgrederis amábilem,
et altius sedes in superis. Tíbi núnquam fécit
O Maria! consímilem, O María!

3. Salve félix Vírgo 6. Te beátam laudáre


puérpera, cúpiunt
Nam qui sédet in Pátris Ómnes jústi, sed non
déxtera, suffíciunt;
Cælum régens, térram et Multas láudes de te
æthera, concípiunt.
Intra tua se cláusit víscera, Sed in íllis prórsus
O María! defíciunt, O María.

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7. Esto, Máter, nóstrum Et nos tándem post hoc
solátium; exsílium,
Nóstrum ésto, tu Vírgo, Lætos júnge chóris
gáudium; cæléstium, O María.

7. MITTE DOMINE
(50d. CV, na Arquidiocese de São Paulo, Dom Duarte
Leopoldo e Silva)

1.Mitte Domine operários 2. Enviai Senhor,


in messem tuam, messis operários para vossa
quidem multa, operarii messe, que a messe é
autem pauci.(3X) grande e poucos
operários.(3X)

8. GLÓRIA A JESUS NA HÓSTIA SANTA

1. Glória a Jesus na Hóstia 2. Glória a Jesus,


Santa, prisioneiro
Que se consagra sobre o Do nosso amor, a esperar,
altar, Lá no Sacrário o dia
E aos nossos olhos se inteiro,
levanta Que o vamos todos
Para o Brasil abençoar. procurar!
Refrão.
Refrão: Que o Santo 3. Glória a Jesus, Deus
Sacramento, escondido,
Que é o próprio Cristo Que vindo a nós na
Jesus, comunhão,
Seja adorado e seja amado, Purificado, enriquecido
Nesta terra de Santa Cruz! Deixa-nos sempre o
(bis) coração.
Refrão.
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4. Glória Jesus que ao rico E deixa-o sempre
e ao pobre, confortado,
Se dá no hóstia em No seu amor a confiar!
alimento, Refrão.
E faz do humilde, faz do Glória a Jesus na
nobre, Eucaristia,
Um outro Cristo em tal Cantemos todos sem
momento. cessar!
Refrão. Certos também que de
5.Glória a Jesus Maria,
Sacramentado, Bençãos a Pátria há de
Que vai ao enfêrmo visitar, ganhar!

9. CANTEMOS A JESUS SACRAMENTADO

1.Cantemos a Jesus 2. Unamos nossa voz à dos


Sacramentado, cantores,
Cantemos ao Senhor. Do Coro Celestial!
Deus está aqui Deus está aqui!
Dos Anjos adorado, Ao brilho dos altares,
Adoremos a Cristo Exaltemos com gozo
Redentor. celestial!
Refrão.
Refrão: Glória a Cristo 3. Jesus ascende em nós a
Jesus. viva chama,
Céus e terra, bendizei ao Do mais fervente amor.
Senhor. Deus está aqui!
Louvor e glória a TI, Oh! Está porque nos ama
Rei da glória. Como Pai, amigo e
Amor pra sempre a TI, Oh! benfeitor!
Deus de Amor. Refrão.

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10. CORAÇÃO SANTO

Refrão: Coração Santo,Tu Que andam errantes, Teus


reinarás, olhos volve!
Tu nosso encanto, sempre Refrão.
serás.(bis) 4. Estende às almas, Teu
suave fogo,
1. Divino Peito, que amor E tudo logo, se inflamará!
inflama Mais tempo a terra, no mal
Em viva chama, de Eterna sumida,
Luz! Empedernida, não ficará!
Porque até em sempre, Refrão.
reconcentrada 5. Por estas chamas, de
Não adorada, Doce Jesus! Amor benditas,
Refrão. Nunca permitas, ao mal
2. Correi, cristãos, vinde reinar!
adorar, Ao Brasil chegue, Tua
Vinde louvar, O Bom Jesus! caridade,
Com grande ardor, Que ele em verdade, Te
Rendei-lhes preitos saiba amar!
Com os eleitos, na Eterna Refrão.
Luz! 6. Divino Peito, onde se
Refrão. inflama,
3. Divino Sol, espanca a A doce chama, da
treva, caridade;
Que já longeva, o mundo Não a conserves,
envolve; reconcentrada,
Aos pecadores, aos Mas dilatada, na
ignorantes, Cristandade!

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11. O MEU CORAÇÃO É SÓ DE JESUS

O meu coração é só de Em penas e dores, em


Jesus dura aflição
A minha alegria, é a Santa Que viva Jesus, no meu
Cruz. coração.

Nada mais desejo, não Nas ruas e praças, todos


quero sinão ouvirão:
Que viva Jesus, no meu Que viva Jesus, no meu
coração. coração.

Eu só peço a Deus, na Os ecos dos montes, me


minha oração responderão:
Que viva Jesus, no meu Que viva Jesus, no meu
coração. coração.

12. BENDITA E LOUVADA SEJA

1.Bendita e louvada seja, Brilhar uma clara luz;


no céu a divina luz! É que estão do céu caindo,
E nós também, cá na terra, Reflexo da Santa Cruz.
Louvemos a santa cruz.
4.Já na santa doutrina
2.Os anjos no céu temos,
contentes, Para nossa guia e luz:
Louvando estão a Jesus, Co'o sangue divino
Cantemos também na escrito,
terra, No livro da Santa Cruz.
Louvores à Santa Cruz.
5.No mais alto do Calvário,
3. Aqui bem estamos Morreu nosso bom Jesus;
vendo, Dando o último suspiro,
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Nos braços da Santa Cruz. O santo sinal da cruz.
7.Louvores cantemos
6.É arma em qualquer sempre,
perigo, Em honra da Santa Cruz;
E raio da eterna Luz; Para que do negro inferno,
Bandeira vitoriosa, Nos livre. Amém. Jesus.

13. QUEREMOS DEUS


(F. X. Moreau)

Queremos Deus!...homens Que aos pés de Deus fareis


ingratos, subir.
Ao Pai supremo ao Refrão.
Redentor! Queremos a Deus! e a sã
Zombam da fé os doutrina,
insensatos, Que nos legou na sua cruz!
Erguem-se em vão contra Leve à escola e à oficina
o Senhor. A lei de Cristo__amor e luz.
Refrão.
Refrão. Da nossa fé Oh! Queremos Deus! na pátria
Virgem, o brado abençoai: amada
Queremos Deus que é Amar-nos todos como
nosso Rei, irmãos,
Queremos Deus que é E ver a Igreja respeitada:
nosso Pai! São nossos votos de
cristãos.
Queremos Deus! um povo Refrão.
aflito, Queremos Deus! não
OH! doce Mãe vem contradigam
repetir A' lei divina as nossas leis;
Ao vossos pés d'alma êste Todos adorem, todos
grito, sigam

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A Jesus Cristo, Reis dos Sempre servi-lo, aqui
reis. juramos
Refrão. Queremos Deus até
Queremos Deus! a morrer.
liberdade Refrão.
É êle só quem no-la dá; Queremos Deus! aos céus
Faz-nos escravos a assome
impiedade: O nosso grito, Oh! Deus de
Descremntes não, não nos amor!
fará. Queremos Deus, e por seu
Refrão. nome
Queremos Deus! Sempre Sofrer, se necassário for.
sem míngua, Refrão.
Em cada templo, em cada Queremos Deus! já que a
lar, procela
De cada peito, e cada Encobre o céu e agita o
língua mar.
Culto e louvor lh'emos de Lembrai-vos, Mãe, vóis
dar. sois estrela
Refrão. Que pode o pôrto nos
Queremos Deus! E pronto levar.
vamos Refrão.
Sua lei santa defender;

14. HINO CATÓLICO BRASILEIRO


Melodia de Viva Mãe de Deus e Nossa
(Fr. Pedro Sinzig)

1.Nossa terra batizada 2.Brasileiros, bons e


Terra foi de Vera Cruz, puros,
Sendo, assim predestinada Para os céus erguei as
Para o culto de Jesus. mãos

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Mais e mais, em Deus Celebrando a Redenção.
seguros,
Tende fé, sede cristãos. 4.O Brasil, se às leis da
Igreja,
3.No horizonte brasileiros Leis de amor, obedecer,
Quando reina a escuridão Vencerá qualquer peleja,
Há de estrelas um cruzeiro Glória eterna há de colher.

15. HINO DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS


(Mons. Licínio Rífice)

Refrão: Do Prata ao Tu nos proteges Oh! Mãe


Amazonas, potente,
Do mar às Cordilheiras, contra a inimiga cruel
Cerremos as Fileiras, serpente;
Soldados do Senhor! De mil soldados não teme
O nome teu Maria, a espada,
OH! Virgem soberana, quem pugna à sombra da
Nos une nos irmana, Imaculada!
Nos dá força e valor. Refrão.
Nos dá força e valor.
2.Dum ideal celeste
1.O averno ruge seguimos os encantos,
enfurecido, vendo em amargos
Altar e trono quer prantos a terra esmorecer,
destruido; Seguirmos a Maria será
Da vida entramos na luta nossa ventura;
árdida, Teus filhos Virgem pura,
Por Deus pugnamos, por sempre queremos ser!
nossa vida. (bis)

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16. VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA
(Conde José Vicente de Azevedo)

Refrão: Viva Mãe de Deus Pelo sangue de Jesus,


e nossa, Nós, a raça redimida,
Sem pecado concebida! Em vós tudo confiamos,
Viva a Virgem Imaculada, OH! Senhora Aparecida!
A Senhora Aparecida! Refrão.
Virgem Santa, Virgem
Nêste novo Aniversário, bela,
Da coroação merecida, Mãe amável, Mãe querida,
Aos vossos pés nos Amparai-nos, socorrei-
achamos, nos,
OH! Senhora Aparecida! Oh! Senhora Aparecida!
Refrão.
Aqui estão vossos devotos, Refrão.
Cheios de fé incendida, Protegei a Santa Igreja,
De confôrto e de Mãe terna e compadecida,
esperança, Protegei a nossa Pátria,
Oh! Senhora Aparecida! OH! Senhora Aparecida!
Refrão. Refrão.
Nossos rogos escutai, Velai por nossas famílias,
Nossa voz seja atendida, Pela infância desvalida,
Do imo d'alma pedimos. Pelo povo brasileiro,
OH! Senhora Aparecida! OH! Senhora Aparecida!
Refrão. Refrão.
No calvário junto à Cruz, Muito felizes seremos,
Com a alma de dor ferida, Nesta e na outra vida,
Jesus vos fez nossa mãe, Se formos sempre
OH! Senhora Aparecida! devotos,
Refrão. Da Senhora Aparecida!

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17. OH! MARIA, CONCEBIDA, SEM PECADO
ORIGINAL,

1. OH! Maria, concebida, Entre as trevas a brilhar;


sem pecado original, Sois farol d'amor e
Quero amar-vos tôda esperança,
vida com ternura filial. A quem sulca o negro mar.
Vosso olhar a nós volvei, Vosso olhar a nós volvei,
Vossos filhos protegei ! Vossos filhos protegei !
OH! Maria, Oh! Maria, OH! Maria, Oh! Maria,
Vossos filhos protegei ! Vossos filhos protegei.

2. Sois estrêla de bonança,

18. COM MINHA MÃE ESTAREI

1.Com minha mãe estarei, Refrão.


na santa glória um dia; 4.Com minha mãe estarei,
Junto à Virgem Maria, Longe falsas carícias:
no céu triunfarei. Prazer, torpes delícias,
Sempre vos fugirei.
Refrão: No céu, no céu, Refrão.
com minha Mãe estarei 5.Com minha mãe estarei,
(bis) Palavra deliciosa;
2. Com minha mãe estarei, Que em honra trabalhosa,
Mas já qu'hei ofendido; Sempre recordarei
A meu Jesus querido, Refrão.
As culpas chorarei. 6. Com minha mãe estarei,
Refrão. E lá muito chegado,
3.Com minha mãe estarei, A seu trono adornado,
É a fé viva, ardente; Meu amor lhe darei.
Com que firme, valente, Refrão.
O mal evitarei. 7.Com minha mãe estarei,
E que bela coroa; Em seu coração terno,
De mãe tão terna e boa, Em seu colo materno,
Feliz receberei Sem fim descansarei.
Refrão. Refrão.
8. Com minha mãe estarei,

19. VIRGEM MÃE APARECIDA

Virgem Mãe Aparecida, Estendei os vossos braços,


Estendei o vosso olhar, Que trazeis no peito em
Sôbre o chão da nossa cruz,
vida, Para nos guiar os passos,
Sôbre nós e nosso lar. Para o reino de Jesus!
Refrão.
Refrão: Virgem-Mãe Desta vida nos extremos,
Aparecida, Trazei paz, trazei perdão,
Nossa vida e nossa luz! A nós, Mãe, que vos
Dai-nos sempre nesta trazemos,
vida, Com amor no coração.
Paz e amor ao bom Jesus! Refrão.

20. AVE MARIA DE FÁTIMA

A treze de Maio, na cova visita Maria, a Mãe de


da Iria, Jesus.
No céu aparece, a virgem Refrão.
Maria. Das mãos lhe pendiam
continhas de luz;
Refrão: Ave, Ave, Ave assim era o terço da Mãe
maria! (bis) de Jesus.
Refrão.
A três pastorinhos cercada A Virgem nos manda o
de luz, terço rezar.
- 568 -
Assim, diz, meus filhos, vos hei de salvar.

21. AVE MARIA DE LOURDES

Louvando a Maria, o povo brilhante de amor,


fiel Que cerca uma nuvem, de
A voz repetia de São belo esplendor.
Gabriel: Refrão.
Vestida de branco, Ela
Refrão: Ave, Ave, Ave apareceu,
Maria! Trazendo na cinta, as
Ave, Ave, Ave Maria! cores do céu.
O Anjo descendo, num raio Refrão
de luz, Mostrando um rosário, na
Feliz Bernadete, à fonte cândida mão,
conduz. Ensina o caminho, da
Refrão. santa oração.
A brisa que passa, aviso Refrão.
lhe deu, Estrêla brilhante, Celeste
Que uma hora de graça, visão,
soara no céu. Guiai-nos um dia, à eterna
Refrão. mansão.
É um rosto suave, Refrão.

22. A SÃO JOSÉ

Refrão: Oh Excelso E na hora da nossa morte


Patriarca, No momento da agonia
Santo Esposo de Maria Protegei-nos, socorrei-
Neste destero em que nos,
estamos Com Jesus e Maria.
Sede nosso amparo e guia Refrão.
Para que por nosso auxílio
- 569 -
Possamos nós alcançar Que jamais há de acabar.
Essa glória tão querida

23. HINO A SÃO LUIZ GONZAGA

Refrão: Louvor a Luiz que Ninguém fora mais perfito,


infenso Na virtude mais constante,
Ao culto da glória humana Da linha de Santidade
Da culpa isento detesta Não se afastou um
Toda volúpia instante.
mundana.(bis) Refrão.

24. OUTRO HINO A SÃO LUIZ

Refrão:Oh! Luiz Anjo da Ide em busca dessa flor


Terra Ide em busca dessa flor.
Exemplar da juventude Refrão.
No caminho da virtude
Sede guia e protetor. No jardim da Santa Igreja
No canteiro de Jesus
Caros jovens eu conheço Na árvore da Santa Cruz
uma flor mimosa e pura Bel jacinto sempre alveja
É de neve sua candura, Inda que ruja a peleja
é celeste seu apreço, Não desbota o seu alvor
Branca nasce branca Ide em busca dessa flor
morre Ide em busca dessa flor.
Alva é sempre sua cor Refrão.

- 570 -
- 571 -
- 572 -
LIVRO IV

MANUAL DA CONGREGAÇÃO
MARIANA

- 573 -
- 574 -
PRÓLOGO
ALGUNS DEVERES DO CONGREGADO

No dia
1°) Oração da manhã com atos de fé, esperança e
caridade e ação de graças aos benefícios de Deus, além
de intenção de lucrar as indulgências do dia. (Regras
Comuns, 34)
2°) Invocar Nossa Senhora com 3 Ave-Marias ou o
Angelus. (Regras Comuns, 34)
3º) Um quarto de hora de Meditação. (Regras Comuns,
34)
4º) Se puder, vai à Missa e comunga, conforme desejo
do Santo Padre S. Pio X. (Regras Comuns, 34. 37. 39)
5°) Entregar-se ao seus deveres de estado
diligentemente. (Reg. Com., 33).
6°) Saindo à rua, não esquecer o distintivo na lapela e
tirar o chapéu a seus irmãos congregados ainda que
não os conheça, usando a saudação “Salve Maria”. (Reg.
Com., 33. 45).
7°) Tirar o chapéu a todos os sacerdotes e pedir-lhes
benção. (Reg. Com., 33).
8°) Fazer uma breve oração antes das refeições. (Reg.
Com., 33. 47).
9°) Passando diante das Igrejas, descobrir a cabeça e
fazer o sinal da Cruz. (Reg. Com., 33. 47).
10°) Rezar o Terço piedosamente, ou um Ofício de
Nossa Senhora. (Reg. Com., 34)
11°) Rezar as orações da novena, se houver alguma
marcada para esse dia.
12°) Fazer a oração da noite com exame de consciência
e ato de contrição. (Reg. Com., 34)
- 575 -
13º) 3 Pai-Nossos, 3 Ave-Marias e 3 Glórias em honra
do Santo Protetor do mês. (Sum. Ind. S. Pio X, 11)

Na semana
1°) Fazer a sua confissão, tendo confessor fixo se
possível (Reg. Com., 36).
2°) Assistir, no domingo, à Missa e comungar. (Reg.
Com., 39).
3°) Assistir à reunião semanal da Congregação. (Reg.
Com., 41).
4°) Aproveitar o dia do Domingo para exercitar-se na
AÇAO CATÓLICA, tão recomendada pelo Santo Padre
Pio XI, pondo-se à disposição do Vigário para ensinar
catecismo às crianças, visitar os pobres, tomar parte
ativa nas procissões, festas, quermesses, etc. (Reg.
Com., 42).
5°) Rezar o ofício da Imaculada Conceição, só ou
juntamente com a Congregação. (Reg. Com., 6)
7°) Fazer uma leitura piedosa: Sagrada Escritura,
Imitação de Cristo, Vida dos Santos, etc. (Reg. Com., 6)

No mês
1°) Tomar parte, com grande fervor, na Comunhão
mensal, fazendo os atos de preparação e ação de
graças, não esquecendo de rezar, junto com os outros, a
oração pelo clero, e a oração pelo P. Diretor. (Reg.
Com., 8)
2°) Ver no calendário do mês, as novenas aí indicadas e
tomar nota para não esquecer de começar a rezá-las no
dia marcado. (Reg. Com., 10)
3°) Fazer a Hora Santa só ou juntamente com a
Congregação. (Reg. Com., 41).

- 576 -
4º) Comungar em honra do Santo protetor do mês.
(Sum. Ind. S. Pio X, 11)

No ano
1°) Fazer o retiro espiritual fechado. (Reg. Com., 9)
2°) Fazer confissão geral do ano. (Reg. Com., 38).

A todo tempo
1º) Guardar os Mandamentos de Deus e da Igreja. (Reg.
Com., 35)
2º) Respeitar e obedecer ao Padre Diretor (Reg. Com.,
41; Sum. Ind. S. Pio X, 23; Sum. Pio XII, III, 5).

ESTRUTURA DA REUNIÂO

1° invocação do Espírito Santo com o hino Veni


Creátor;
2º Leitura da Ata;
3º Chamada;
4° leitura espiritual, por dez ou quinze minutos,
enquanto os Congregados se reúnem:
5° leitura do Calendário Mariano,
6° canto de Matinas ou Vésperas do Ofício pequeno de
Nossa Senhora, conforme a reunião for de manhã ou de
tarde;
7° breve prática pelo Diretor;
8° ladainha de N. Senhora, preces ao Padrœiro
secundário, ou outras orações.
Ao Diretor pertence regular tudo e fazê-lo observar
com uniformidade.

- 577 -
CAPÍTULO I - HISTÓRIA DAS
CONGREGAÇÕES

DA FUNDAÇÃO À ATUALIDADE

Roma e o Colégio Romano foram o berço da primeira


Congregação Mariana, cuja fundação Deus reservara ao
jesuíta Belga, Pe. Jean Leunis, no ano do Senhor de
1563. Este padre reunia-se semanalmente com os seus
discípulos e paroquianos, orando à Santíssima Virgem
e ouvindo a seguir uma leitura espiritual. Um ano
depois já eram setenta os congregados, e o padre
Leunis escreveu as primeiras regras, que foram
aprovados pelo então Superior Geral da Companhia de
Jesus, Pe. Cláudio Aquaviva, em 1578. Resumidamente
essas regras prescreviam:
Um fim- progresso da piedade e no cumprimento dos
deveres de estado, sob a proteção e com o auxílio da
Ssma. Virgem.
- 578 -
Um meio- Confissão semanal, ouvir a Missa cada dia,
rezar o Rosário e algumas outras orações. Depois das
aulas no Colégio Romano, quinze minutos de
meditação e exame de consciência sobre os próprios
deveres. Nos domingos e festas, canto das Vésperas do
Ofício Divino do Breviário Romano, instrução do
Diretor Espiritual, visita aos hospitais e outras obras de
misericórdia. A congregação possuía alguns oficiais,
subalternos ao diretor Espiritual, necessariamente um
jesuíta.
A semente era abençoada e tão logo germinou, cresceu
largamente com as bênçãos de Jesus por meio de seu
Vigário na terra.
De fato em 1584, somente 21 anos após sua fundação,
o Papa Gregório XIII, chamando a Congregação
Mariana de “escola de virtudes”, dá-lhe existência
canônica pela Bula Omnipotens (5 de dezembro),
concedendo-lhe muitas indulgências e intitulando a
congregação do Colégio Romano de Prima Primária,
com direito de agregar a si todas as congregações
marianas que no futuro se erigissem onde os jesuítas
tivessem casas e colégios. Deu também ao Preposto
Geral da Companhia de Jesus o poder de promulgar
decretos relativos à boa administração delas e de
mudar, corrigir e reformar os já feitos, como e quando
julgasse oportuno, e isto PARA SEMPRE. O SS. Padre,
também mostrou vivo desejo de vê-las multiplicarem-
se indefinidamente.
Em 1587, o Sumo Pontífice, Sixto V, com a Bula Superna
Dispositionis, confirmando o poder do Superior Geral
dos jesuítas, outorgou ainda à Prima Primária o poder
de agregar para si as Congregações Marianas fundadas
e erigidas em localidades onde não houvesse colégios e
- 579 -
casas da Companhia de Jesus. Outros papas, como
Clemente VIII e Gregório XV, confirmaram estes
mesmos privilégios tecendo às CC.MM. os mais
variados elogios. A todos, porém, sobrepôs-se o Vigário
de Cristo, Bento XIV, que não só confirmou os
privilégios citados (Breve Apostólico Prӕclaris
Romanorum, 24 de abril, 1748), como também, em 27
de setembro de 1748, promulgou a sua famosa Bula
Áurea: “Gloriosӕ Dominӕ”, concedendo novos
privilégios e indulgências a esta instituição. “É incrível,
diz ele, a grande utilidade, que, para os homens de
todas as condições, resulta desta louvável e piedosa
instituição. Uns, seguindo desde a mais tenra idade, sob
a proteção da Bem-Aventurada virgem Maria, o
caminho da inocência e da piedade, conservaram até o
fim um proceder irrepreensível, digno de um discípulo
de Jesus Cristo e de um servo de Maria, merecendo com
tão santa vida a coroa da perseverança final. Outros,
afastando-se da vida pecaminosa que miseravelmente
os dominava e desviando-se da estrada da iniquidade e
da perdição, que tinha encetado , alcançaram por
intercessão da Mãe de misericórdia, uma sincera
conversão; e levando vida verdadeiramente cristã,
ajudada pela constante assiduidade às piedosas
reuniões, perseveraram desta maneira, por toda a vida.
Outros, finalmente, abrigando em seu coração, desde a
infância, uma devoção afetuosa para com a mãe de
Deus, subiram aos mais altos graus da caridade divina
e, abandonando generosamente os fementidos
prazeres e os bens transitórios do mundo, foram
buscar na vida religiosa um estado mais santo e mais
seguro, onde, pregados na Cruz de Jesus Cristo pelos
votos de religião, dedicaram-se unicamente à
- 580 -
santificação das suas almas e à salvação do próximo.
Por tudo isto, facilmente se compreende quão sábia e
divinamente inspirado foi o proceder dos Sumos
Pontífices, nossos predecessores, que, desde o
princípio, tomaram sob especial proteção da Sé
Apostólica as Congregações de Nossa Senhora,
empenhando-se no seu desenvolvimento e progresso, e
cumulando de um grande número de graças e de
privilégios insignes os Congregados e os que erigem
Congregações... E, Nós, finalmente, que antes de sermos
elevados a esta suprema dignidade, pertencíamos à
Congregação da Bem-Aventurada Virgem Maria sob o
título da Assumpção, na Casa professa da Companhia
de Jesus em Roma; Nós que recordamos, com terna
saudade, as sábias e piedosas instruções que aí se
davam, com grande consolação de nosso espírito; Nós,
pois, julgando ser dever do nosso supremo e apostólico
magistério, favorecer e promover com a nossa
autoridade estas sólidas e piedosas instituições, que
fazem progredir na virtude e poderosamente
contribuem para a salvação das almas, aprovamos,
confirmamos, estendemos e amplificamos pelas nossas
Letras Apostólicas, em forma de breve, de 24 de Abril
último, todos os privilégios e graças que nossos
Predecessores concederam à Primária e principal de
Roma, e nela, às de todo mundo...”
Em 8 de Setembro de 1751, o mesmo Sumo Pontífice,
concedeu à Prima Primária a faculdade de agregar a si
todas e quaisquer Congregações, de homens, de
mulheres, ou mistas, eretas nas casas da Companhia de
Jesus, em todo mundo.
Em 1773, com a supressão da Companhia de Jesus pelo
Papa Clemente XIV, ainda que as Congregações
- 581 -
permanecem em atividade normal, seu fervor
diminuiu, provavelmente por falta de sacerdotes
habilitados a pregar os Exercícios Espirituais de Santo
Inácio. Contavam-se, então, cerca de 2.500
Congregações agregadas à Prima Primária de Roma,
com pouco mais de 80.000 congregados.
Leão XII, em Rescrito especial (7 de Março de 1825),
permitiu a agregação de todas as Congregações à
Prima-Primária, ainda que não fossem dirigidas por
padres jesuítas.
Pio IX, Leão XIII, e São Pio X confirmaram as graças e
privilégios anteriores, ampliaram-nos, e, mais de uma
vez mostraram seu apreço e o seu amor para com esta
Instituição.
Finalmente, em 1948, o SS. Padre, o papa Pio XII, por
ocasião do bicentenário da Bula de Bento XIV “Gloriosӕ
Dominӕ”, publica a Constituição Apostólica: “Bis
Sӕculare Die”, confirmando as graças, privilégios e
indulgências, e renovando o fervor das Congregações.
Ademais, dando às congregações 12 estatutos a serem
acrescidos nas Regras Comuns de 1910, canonizou as
mesmas, ordenando que elas jamais fossem alteradas e
substituídas, por quem quer fosse, para TODO O
SEMPRE.
Apesar das exortações do Santo Padre, pequenas
alterações foram se introduzindo na vida das
Congregações já no fim de seu pontificado.
Com o advento do Concílio Vaticano II, e o
“aggiornamento” desejado por João XXIII, foram feitas
alterações ainda mais drásticas, sobretudo no papado
de Paulo VI. Com efeito, este pontífice, alterou o nome
das Congregações para Comunidades de Vida Cristã,
tirando o seu caráter mariano, que era obstáculo ao
- 582 -
ecumenismo com os protestantes. Ordenou ainda que a
Federação Mundial escrevesse novas regras,
desrespeitando assim as decisões de Bento XIV e de Pio
XII.
No Brasil, país com o maior número de Congregados,
resistiu-se às mudanças, mantendo-se o nome
tradicional. Com autorização de Paulo VI, a Federação
Mariana do Brasil se manteve seguindo a regra antiga,
em paralelo com a Federação Brasileira das
Comunidades de Vida Cristã, que seguia as regras
novas. Já, em 1993, a CNBB aprovou e ordenou que a
Federação Mariana do Brasil seguisse uma regra nova,
diferente da que Pio XII mandou guardar.
Visto que quando não se seguem as regras perde-se o
caráter que identifica-nos, e gera-se uma frouxidão que
dá margem a abusos e inovações de toda espécie; e
também, que a ordem de Pio XII foi suficientemente
clara e precisa, tornando as alterações posteriores
totalmente ilegítimas. Surgiu desde então a
necessidade de se restabelecer Congregações Marianas
fiéis ao verdadeiro espírito do fundador e às regras que
o Santo Padre tanto queria preservar.
Esta é justamente a intenção desde Manual: o resgate
da tradição original das Congregações Marianas.

As CC. MM. no Brasil


Em 1583, o Bem-Aventurado Padre José de Anchieta,
funda no Colégio Jesuíta da Bahia, a primeira
Congregação Mariana do Brasil.
Infelizmente, a expulsão dos jesuítas por Pombal foi
óbice à continuidade das Congregações Marianas no
Brasil, e a supressão da Companhia de Jesus por
Clemente XIV, lesou-as de modo que só em 1870, 56
- 583 -
anos da restauração do jesuítas e 28 anos após o seu
retorno ao Brasil, é que foi novamente restabelecida
uma Congregação Mariana em nossa pátria (desta vez
em Itu, SP).

SANTOS CONGREGADOS

Muitos fiéis iniciaram-se no caminho da virtude graças


às CC.MM. Segue abaixo um breve resumo da vida de
alguns Congregados que foram reconhecidos como
santos pela Igreja:

São Josafat Kuncewycz


Nascido em 1580, foi batizado com o nome de João e
criado na religião dos cismáticos na Ucrânia. Pouco
depois da união de Bretz, que vinha em 1595 fazer eco
ao Concílio de Florença, converteu-se à Fé católica, fez-
se membro de uma Congregação Mariana e tornou-se
monge em 1604 com o nome de Josafat. Foi ordenado
padre, sendo um dos pregadores mais eloqüentes da
união com Roma. Suas virtudes lhe valeram a honra de
ser nomeado arquimandrita (título oriental
equivalente a monsenhor) e mais tarde, sagrado bispo
de Polotz. Reunia os bispos em sínodos anualmente, e
visitava as dioceses para zelar pela união com a Sé
Apostólica. Foi morto em Vitebsky, numa de suas
visitas apostólicas, a golpes de machado, por um grupo
de padres e fiéis cismáticos.

Os mártires de Inglaterra e País de Gales


Roberto Southwell (†1595), Edmundo Campion
(†1581), Felipe Evans e Roberto Johnson, (†1579),
eram Congregados Marianos e foram martirizados na
- 584 -
Inglaterra e no País de Gales por se recusarem a aderir
ao protestantismo e celebrar a missa no rito escrito
pelos anglicanos, numa perseguição movida pelos reis
da Inglaterra entre 1580 até 1628, juntamente com
vários outros santos e beatos.

São Francisco de Sales


O santo bispo de Genebra foi da Congregação Mariana
do colégio Jesuíta de Clermont. Doutorou-se em Direito
Canônico na universidade de Pádua, Itália, aos 24 anos.
Deixou o mundo para se tornar sacerdote, sendo
ordenado em 1593. Chegou a ser reitor em Genebra,
mas encontrou sua vocação como pároco em Chablais,
na Suiça, e sua atividade apostólica trouxe de volta à
Verdadeira Fé cerca de 8.000 calvinistas. Sucedeu ao
bispo de Genebra em 1602, dedicando-se à formação
dos sacerdotes de sua diocese, bem como à formação
dos leigos e à conversão dos protestantes, com o que se
empenhava na edição de jornais de apologética. Foi
diretor espiritual de outros santos congregados, como
São Vicente de Paulo, e Santa Joana Francisca de
Chantal. Morreu santamente em 1622 e foi proclamado
Doutor da Igreja por Pio IX em 1871.

São Roberto Bellarmino


Arcebispo de Cápua, mais tarde cardeal. Entrou na
Congregação de Praga com o arcebispo Karel Graf von
Lamberk no ano de 1607, e ambos escreveram pelo
próprio punho seu nome no catálogo. São Roberto
Belarmino foi elevado à dignidade de cardeal e
inquisidor-mor. No conclave de 1621, recusou
humildemente a própria eleição para papa.

- 585 -
São Vicente de Paulo
Congregado Mariano e filho espiritual de são Francisco
de Sales. Depois de ordenado foi feito escravo pelos
turcos quando viajava de barco para Marselha.
Cantando o Breviário converteu uma das mulheres do
seu senhor, que havia sido católico. Este por sua vez,
repreendido pela mulher por deixar uma religião tão
bonita, fugiu com são Vicente à França e abjurando o
islamismo se tornou monge. Este santo Congregado
também é conhecido por trocar de lugar com um
homem que estava preso por dívidas. Foi também
confessor da Rainha Margarida de Valois, e de vários
outros reis, após a morte de Henrique IV, marido desta.
O Rei Luis XIII recebeu os últimos sacramentos e
morreu em seus braços. Fundou muitos institutos
religiosos e propagava por onde passava a devoção do
Santo Rosário. O santo, chamado por São Francisco de
Sales, “o padre mais santo do século” descansou dos
seus trabalhos em 1660.

Santa Joana Francisca Fremyot de Chantal


Acrescentou o nome de Francisca na sua Confirmação,
e recusou-se firmemente a desposar um nobre que era
calvinista, casando-se com um senhor católico de
segunda nobreza, o barão de Chantal. Vez voto de
castidade após ficar viúva aos 28 anos e ligou-se em
profunda amizade com são Francisco de Sales, com
quem fundou a Ordem de Nossa Senhora da Visitação e
ingressou nela como monja, deixando seus filhos aos
cuidados do avô.

Santo Afonso Maria de Ligório


Recebeu o doutorado em Direito Civil com apenas 16
- 586 -
anos de idade em 1712. Com excelentes talentos
musicais e poéticos, entrou por fim na vida religiosa,
tornando-se sacerdote aos 30 anos de idade. Seis anos
depois fundou a Congregação do Santíssimo Redentor.
Sagrado bispo em 1762, com 66 anos de idade, morreu
entre os seus em 1787, dando Glórias a Maria após
ouvir a leitura de um livro de espiritualidade mariana.
Curioso em seu leito de morte, perguntou ao padre que
lia, quem escrevera aquelas maravilhas sobra Nossa
Senhora. O padre recitou o título da obra: “Glórias de
Maria, composto pelo Rev. Pe. Afonso Maria de
Ligório.” Envergonhado por elogiar a si mesmo,
exclamou: “Algo bom eu fiz então.” Seu legado para a
Teologia Moral é um tesouro precioso da Igreja.

São Fidelis de Sigmaringa


Frade Capuchinho assassinado pelos calvinistas em
1622, devido às inúmeras conversões que operava
através da pregação e da Confissão. Era Congregado
Mariano.

São Leonardo de Porto-Maurício


Religioso franciscano conhecido por sua oratória e pela
devoção ao exercício da Via-Sacra, cuja pregação quis o
próprio papa Bento XIV ouvir.
Chamado de “o grande missionário do século XVIII” por
Santo Afonso de Ligório, é mais um exemplo de
Congregado Mariano.

Venerável Jean-Jacques Olier


Se tornou padre por conselho de São Francisco de
Sales, e era também Congregado Mariano. Foi fundador
da Congregação de São Sulpício, cujo seminário se
- 587 -
tornou refúgio de formação tradicional na França
assolada pelo galicanismo e pelo jansenismo.

São Luiz Maria de Montfort


Padre Sulpiciano, ou seja, formado no seminário
fundado pelo Venerável Padre. Olier. Escritor do
“Tratado da Verdadeira Devoção a Maria Santíssima.”
Graças ao zelo apostólico deste santo, que peregrinou a
Roma para receber a benção de Clemente XI, sendo por
este nomeado Missionário Apostólico, foi afastado todo
ranço de jansenismo das regiões de Bretanha, Poitu e
Vendéia, dentre outras. Devido ao excesso de viagens
cansativas e estudos, que o levaram a escrever
inúmeros livros e fundar duas Congregações, além de
uma tentativa de envenenamento, morreu jovem, aos
43 anos, em 1716. As regiões onde ele pregou,
haurindo ainda da pregação do santo, foram o principal
foco da resistência católica durante a Revolução de
1789. Ainda hoje o santo é conhecido nessas regiões
como “Bon père de Montfort”, Bom padre de Montfort.

Os bem-aventurados mártires e padres jesuítas


Guilherme Harcourt, Carlos Francisco Le Gui, Francisco
Jacinto Le Livec de Tressurin, Vicente José Le
Rousseau, Cláudio Antonio La Parte, Renato Maria
Andrieux, Cláudio Cayx-Dumas e Teófanes Venard,
fizeram parte desta piedosa instituição. Foram
guilhotinados, afogados, entre outras formas de tortura
durante a revolução de 1789.

Os mártires jesuítas do Canadá


Em meados de 1649 foram martirizados no Canadá, os
jesuítas e congregados marianos Natal Chabanel,
- 588 -
Gabriel Lalement, João Carlos Garnier, João de Brébeuf,
Antonio Daniel, Renato Goupil, Isaac Jogues, João de la
Lande.

PAPAS E PRELADOS CÉLEBRES QUE FORAM


CONGREGADOS.

Não só houve muitos santos, como Santo Estanislau


Kotska, São João Berchmans, São João Eudes, São João
de Brito, São Camilo de Lellis, Santo André Bobola,
Santa Teresinha de Lisieux, Luiz Orione, Santo Antônio
Maria Claret, entre um cento de outros, que foram
membros desta piedosa instituição, como também
vários Soberanos Pontífices o foram, quando ainda
eram ovelhas do rebanho de Cristo, além de muitos
bispos, arcebispos, e cardeais que quiseram para si o
nome de Congregados Marianos, nivelando-se às mais
humildes de suas ovelhas. Dentre eles destacamos os
seguintes:

Urbano VIII
Papa de 1623 a 1644. Foi Congregado Mariano e o
último Vigário de Cristo a estender o domínio dos
Estados Pontifícios, anexando o grão-ducado de
Urbino, na península Itálica. Foi o mesmo papa que
sagrou a Basílica de São Pedro.

Alexandre VII
Bispo de Roma de 1655 a 1667, que como o papa
anteriormente citado foi congregado Mariano da
Prima-Primária de Roma. Foi sob o seu pontificado que
se iniciou a construção da colunata de Bernini, que
forma, com a Basílica de São Pedro, o desenho de uma
- 589 -
Chave vista do alto.

Clemente IX
Sucessor de Pedro de 1667 a 1669, foi da mesma
Congregação Mariana dos anteriores. Este papa foi um
dos mais piedosos de seu tempo. Costumava convidar
os mendigos das ruas de Roma a dar-lhes de comer,
servindo-os pessoalmente no Palácio Pontifício. Graças
à intervenção deste papa que Portugal se viu
independente completamente do domínio Espanhol,
que iniciara com a morte do Cardeal Dom Henrique I
em 1598. Foi também este papa que canonizou São
Pedro de Alcântara. Quis ser sepultado na Basílica de
Santa Maria Maior, demonstrando assim seu amor à
Mãe de Deus.

Clemente X
Papa de 1670 até 1676 e também Congregado Mariano.
Não foi menos dotado de virtudes e tinha fama de ser
incorruptível.

Beato Inocêncio XI
Vigário de Cristo de 1676 a 1689, era também
Congregado Mariano da Prima-Primária de Roma. Foi
quem recebeu São Luiz de Montfort e o fez Missionário
Apostólico na França, tão assolada pelos jansenistas e
pelas ameaças do cisma galicano de Luiz XIV, que havia
usurpado os territórios da Igreja em Avinhão.

Dom Jean Richardot


Arcebispo de Cambrai. Escreveu seu nome na
Congregação Mariana de sua arquidiocese, e foi
imitado por muitos nobres.
- 590 -
Dom Carlos de Lorena
Bispo de Verdun e conde de Vaudemont. Elevado pelo
papa Gregório XIII à dignidade de cardeal em 1615, era
um dos Congregados mais fervorosos e elevou-se a tão
alto grau de perfeição que alcançou do papa a licença
para deixar o governo de sua diocese e entrar na
Companhia de Jesus, onde morreu em odor de
santidade. Costumava dizer que não sabia o que tinha
feito para merecer tamanha graça do Céu, e que só
explicava por ter o Senhor inscrito seu nome entre os
servos de sua divina Mãe.

Dom Max Heinrich von Bayern


Arcebispo de Colônia. Foi presidente da Congregação
Mariana de sua arquidiocese em 1666.

Venerável Dom François de La Rochefoucald


Cardeal bispo de Clermont. Recebido na Congregação
Mariana de Paris, cujo exemplo foi depois seguido por
mais de trinta bispos e arcebispos. Todos os dias o
santo prelado repetia com particular devoção a
fórmula grande de consagração e, pouco antes de
expirar, repetiu-a pela última vez com grande
confiança na Santa Mãe de Deus, morrendo em odor de
santidade em 1645.

Cardeal Alexandre Ursini


Por muitos anos foi presidente da Congregação de
Bracianno, e teve a felicidade de entregar seu espírito
para a Mãe de Deus, que lhe assistia visivelmente, na
Oitava da Assunção.

- 591 -
Cardeal Sebastião Leme
Primeiramente Arcebispo de Olinda e Recife e depois
Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro de 1930 a 1942.
Foi Congregado Mariano, e antes de morrer suplicou:
“Quero minha fita azul e meu terço” – mostrando o
amor à Virgem Santíssima e o santo orgulho de fazer
parte desta piedosa instituição.

Dom Duarte Leopoldo e Silva


Bispo de São Paulo de 1907 até 1938 e seu primeiro
arcebispo de 1938 até 1941. Colaborou com Dom
Sebastião Leme nos esforços da Liga Eleitoral Católica,
associação que visava mobilizar os fiéis a atuarem na
política e obteve êxito em obter uma nova Constituição
para o país bem como leis consoantes ao reinado Social
de Nosso Senhor Jesus Cristo, das quais se destaca a lei
proposta por um deputado membro desta liga, e
também congregado mariano, que restabeleceu o uso
de crucifixos em locais da administração pública.

Dom Antônio de Castro Mayer


Bispo de Campos de 1949 a 1981. Foi recebido em uma
Congregação Mariana na sua juventude e aconselhava
suas ovelhas a fazer parte desta piedosa instituição. Foi
o único bispo no mundo inteiro a auxiliar Dom Marcel
Lefebvre no seu combate pela Tradição Católica.

Dom Marcel Lefebvre


Sagrado bispo em 1947 e posteriormente nomeado
Delegado Apostólico por S.S. Pio XII, cargo que exerceu
de 1948 a 1959. Nomeado Arcebispo de Dakar,
Senegal, de 59 a 62, e Bispo de Tulle de 62 à sua morte.
Entrou para a Congregação Mariana durante sua
- 592 -
juventude no seminário francês de Roma. Fundou a
FSSPX em 1970 para combater o modernismo.

PRÍNCIPES E HOMENS CÉLEBRES

Não bastassem os exemplos dos papas e bispos, muitos


príncipes, reis, imperadores e homens de diversos
estados pediam para ser admitidos nas Congregações e
gloriavam-se do nome de Congregados Marianos, o que
não raro estimulava os seus súditos a lhes imitarem.
Citamos seus exemplos adiante:

Maria da Espanha
Imperatriz do Sacro Império Romano Germânico e
Regente de Espanha. De todos diz-nos a história, que o
primeiro soberano a ser Congregado Mariano, foi esta
Imperatriz da Áustria, esposa de Maximiliano II,
Imperador Romano Germânico e neta do Rei Manuel I
de Portugal. Nunca concordou com as políticas de seu
marido, que dera tanta liberdade aos protestantes. Ao
ficar viúva, em 1582, retorna à Espanha e morre
devotamente no Convento das Descalças Reais no ano
de 1603.

Isabel da Áustria
Rainha da França. Em 1581, seguindo o exemplo de sua
tia, Maria de Espanha, entrou para a Congregação
Mariana. Viveu santamente e quando da morte de
Carlos IX, seu esposo, Rei da França, recusou a
proposta de casar-se com o rei de Espanha, Felipe II,
dizendo: “As rainhas da França, não se casam
novamente.” Foi no dizer do escritor Pierre de
Brantôme: “uma das melhores, mais doces, mais sábias
- 593 -
e mais virtuosas Rainhas que reinará após o reinado de
todos os Reis." Volta para a Áustria, e em Viena funda
um convento de clarissas, perto do qual se instala.
Expirou em odor de santidade aos seus 38 anos, muito
amada e lamentada pelos franceses, dentre os quais o
mesmo escritor que lamentou: “A melhor de nós
morreu”.
Sigismundo III
Rei da Polônia e da Suécia. Quando príncipe da Suécia
pedia instantemente, por cartas, que os Congregados
de Braunsberg na Polônia, o admitissem. Quando rei
nunca esqueceu da Congregação Mariana, ao contrário,
até lhe acabar a vida mostrou em mil circunstâncias o
afeto para com a Rainha do Céu.

Sigismundo Bathóry
Príncipe da Transilvânia. Em 1587 pediu que o
admitissem na Congregação de Clauzenburg na
Romênia. Pouco depois foi eleito presidente e o seu
exemplo atraiu a nobreza. Seu zelo fez dela uma das
Congregações mais fervorosas.

Filipe e Fernando
Príncipes da Baviera. Dirigiram também, em 1592, suas
Congregações na dignidade de presidentes.

Carlos Emanuel I
Duque de Sabóia, Itália. Em 1602 entrou na
Congregação de Turim, assim como os seus três filhos
mais velhos, e tal exemplo fez que toda a nobreza
suplicasse a mesma graça.

- 594 -
Carlos II de Vaudemont
Conde de Lorena. Em 1607 foi eleito presidente da
Congregação de Nancy.

Carlos I
Príncipe de Joinville, Duque de Guise e Conde d’Eu,
filho de Henrique de Guise. Foi recebido por Carlos II
na Congregação de Nancy junto com outros nobres.

Príncipe Nicolau de Eszterbasi


Vice Rei palatino da Hungria. Foi Assistente da recém
fundada Congregação de Tirnau, que começou em
1592. Era um grande propagador do culto da Mãe de
Deus.

Vladislau IV
Rei da Polônia e da Suécia. Muito ilustre por sua
devoção para com a Santíssima Virgem, quis ser
recebido na Congregação de Louvain e fundou depois a
de Varsóvia, sob o título da Imaculada Conceição.

João Casimiro
Irmão de Vladislau IV e depois rei da Polônia e da
Suécia. Foi recebido na Congregação de Varsóvia por
seu irmão no dia 8 de dezembro.

Fernando II da Germânia
Sacro Imperador Romano-Germânico. Elogiado como o
Constantino do século XVII, foi recebido na
Congregação de Viena, quando era ainda Rei da
Hungria e da Boêmia. Nesse dia escreveu com o seu
próprio punho no Livro da Congregação o seguinte em
latim, que por conveniência aqui mostramos somente a
- 595 -
tradução: ”Ano do Senhor de 1618, dia 7 de Novembro,
Fernando, rei da Hungria e da Boêmia, Arquiduque da
Áustria, se escreveu na Congregação da Bem
Aventuradíssima Maria Mãe de Deus, sob cuja proteção
sempre se encomenda.” Foi um dos congregados mais
piedosos e de mais valor. Quando chegou a ser
imperador, quis assinar novamente com o novo título,
mostrando assim que, a todos os títulos do mundo
preferia o de Congregado Mariano.

João Carlos da Germânia


Filho mais velho do Imperador Fernando II. Quis logo
na mocidade ser Congregado Mariano e cumpria
conforme o exemplo do pai as regras comuns com a
maior exatidão e piedade, especialmente o exame de
Consciência. Morreu aos 14 anos de idade, dizendo ver
a Virgem Maria dar-lhe a benção.

Fernando III de Habsburgo


Sacro Imperador Romano-Germânico, filho de
Fernando II. Seguindo o exemplo do pai e do irmão,
desejou ser recebido solenemente na Congregação de
Louvain, na Festa da Purificação, três anos depois de
sua eleição como Imperador. Quis escrever, não o seu
nome, mas uma fórmula de consagração:
“Augustíssima Rainha do Céu, eu, de todo, coração e
por justos títulos, me declaro membro desta
Congregação reunida sob o vosso nome. Entrego
completamente nas vossas mãos a minha pessoa, a
imperatriz, os meus filhos, o império romano, que Deus
me confiou e os reinos que recebi dos meus
antepassados. Ponho sob vossa proteção todos os meus
povos e os meus exércitos que combatem pela vossa
- 596 -
glória e pela de vosso Filho. Serei, portanto,
unicamente vosso, Oh! Maria. Vós sereis a Senhora dos
meus estados, do meu reino e do meu império; sê-lo-
eis dos meus povos e dos meus exércitos; protegei-os,
fazei-os vitoriosos, reinai, imperai sobre eles; é isto o
que ardentemente desejo, eu, que sou vosso por dever
de piedade e de justiça. Fernando”.

Gabriel García Moreno


Gabriel Gregório Fernando José María García y Moreno
y Morán de Buitrón, prefeito de Quito (1853-1856) e
Reitor da Universidade local à mesma data, senador
(1856-1859), eleito duas vezes presidente do Equador
(De 1859 a 1865 e de 1869 a 1875), embaixador de sua
pátria, durante o mandato de Jeronimo Carrion (1865-
1867), chefe civil da província de Ibarra (1868) foi
recebido na Congregação para Operários de Quito. Em
todos os cargos públicos que exerceu transluziu a
Doutrina da Igreja contra o liberalismo dos
governantes maçons e revolucionários, o que lhe valeu
o martírio quando eleito pela terceira vez como
presidente do país em 1875.
Foi assassinado quando saía da Catedral de Quito, com
golpes de facão e tiros. Arrastado para dentro da Igreja,
pelo padre que lhe deu a Extrema-Unção, perdoou o
assassino e exclamou antes de expirar: “Eu morro, mas
Deus não morre!”.

Wilhelm Miklas
Presidente da República da Áustria de 1928 a 1938. Foi
Congregado Mariano e se comprometeu com a
canonização do imperador Carlos I, da Áustria.
Esforçou-se para impedir que Hitler anexasse seu país
- 597 -
à Alemanha. Foi por fim colocado em prisão domiciliar
pelos generais neopagãos da SS. Teve entre seus
principais colaboradores, os também Congregados
Marianos, General Carl Vaugoin, chanceler da Áustria
em 1930, e o Sr. Engelbert Dollfuss.

Engelbert Dollfuss
Chanceler da Áustria de 1932 até sua morte.
Congregado Mariano e grande auxiliar do Dr. Miklas.
Ilegalizou os partidos comunistas e nazistas e foi por
fim assassinado pelos inimigos da Religião e da Áustria,
numa tentativa de golpe destes em 1934.

Kurt von Schuschnigg


Ministro de Justiça em 1932 e Chanceler da Áustria
após o assassinato do Sr. Dollfuss. Congregado Mariano
e principal colaborador do Dr. Miklas contra as
campanhas de anexação nazista. Foi feito prisioneiro
nos campos de concentração logo após a anexação de
seu país pela Alemanha em 1938. Emigrou para os
Estados Unidos em 1948 e morreu em 1977 em sua
pátria, para a qual voltara em 1968.

Cristeros
Dentre muitos mártires da Guerra Cristera, durante a
perseguição promovida pela maçonaria e o comunismo
no México por volta de 1917, podemos destacar vários
congregados Marianos. Entre eles José Valencia
Gallardo, Presidente da Congregação Mariana de Leon,
Salvador Vargas, o secretário da mesma Congregação,
Ezequiel Gomes e Nicolas Navarro que antes de ser
fuzilado pelos inimigos da Igreja gritou: “Sim, morro
por Jesus Cristo, que não morre! Viva Cristo Rei!” Junto
- 598 -
com ele morreram muitos outros congregados como o
Padre Pro, e Anacleto Gonzáles Flores.

Coronel José Moscardó


Congregado Mariano que heroicamente resistiu às
tropas comunistas que sitiavam o Alcazar de Toledo,
com um pequeno exército de 1200 homens,
salvaguardando a vida de 600 civis, entre estes, muitas
crianças, mulheres e idosos, aos quais defendeu
bravamente em meio à batalha, provendo-lhes água e a
comida racionada.
Os comunistas chegaram ao ponto de sequestrar seu
filho Luís Moscardo. Por telefonema os sequestradores
propuseram a troca: a rendição de Alcazar de Toledo
ou a morte do pequeno Luís de 16 anos. Neste
telefonema ele falou uma última vez com seu filho,
dizendo-lhe: “Encomende sua alma a Deus, grite Viva a
Espanha e morra como um herói. Adeus meu filho, um
beijo!”, ao que o filho respondeu: “É o que farei! Adeus
papai!”.
A resistência durou 70 dias, até que as tropas
anticomunistas vieram dar reforço ao Coronel
Moscardó, ainda que tarde, pois seu filho já havia sido
fuzilado pelos comunistas. Em recompensa por tão
heróica resistência foi nomeado Capitão-General por
Franco, que ainda lhe outorgou o título de Conde de
Alcazar de Toledo.

Enfim, há muitos outros exemplos de prelados, nobres,


soberanos, soldados e políticos de suma virtude que
pertenceram à congregação Mariana, que por ser muito
avultado, não denominamos aqui.

- 599 -
CAPITULO II – CATECISMO DAS
CONGREGAÇÕES MARIANAS
INTRODUÇÃO

A vida espiritual do Congregado Mariano, centrada e


toda ela impregnada da devoção à Santíssima Virgem
Maria, é “uma constante ascensão aos mesmos cumes
da santidade” (Pio XII, Bis Sӕculari, 4), para o qual
deve se esforçar e não descuidar “nada de quanto
possa promover seu aperfeiçoamento” e formação.
Deve ele enraizar solidamente sua espiritualidade na
devoção à Maria Santíssima e na prática e vivência dos
Exercícios de Santo Inácio. Estas são a fonte da vida do
Congregado, e a elas deve-se voltar constantemente
para se renovar em sua vida espiritual e apostólica.
Este catecismo foi redigido para facilitar esta
renovação, oferecendo de forma condensada, clara,
esquemática e atualizada o fundamento das
Congregações Marianas. Dividimo-lo em três partes:
1. Natureza, Fins e meios das CCMM: define o que é
uma C.M., seus fins e meios que se hão de utilizar para
alcançar estes fins.
2. Espiritualidade das CCMM: Espiritualidade Mariana
e Exercícios Espirituais de Santo Inácio.
3. Vida orgânica das CCMM: forma concreta de
organização (governo, atos, ereção canônica,
costumes,...)
Estes estudo está baseado nas regras de 1910 e nos
documentos e discursos dos papas, especialmente na
Bis Sӕculari (Pio XII, 27/9/1948), documento chave na
vida das Congregações Marianas.

- 600 -
Em virtude da solene exortação de Pio XII: “As
Congregações Marianas devem, por vontade dos Sumos
Pontífices, conservar intactas suas leis, seu espírito e
suas formas próprias” (Pio XII, Bis Sӕculari, 19)
“As Regras Comuns , cuja observância , ao menos nas
coisas substanciais, é necessária para obter a
agregação, recomenda-se encarecidamente a todas as
Congregações , por ser como um memorial e código da
disciplina observada desde o princípio pelos
congregados e confirmada por um uso constante” (Pio
XII, Bis sӕculari, 20) e por fidelidade a nossa própria
essência como Congregação Mariana, inspiramo-nos
nas Regras Comuns para redigir o catecismo.
Ao longo se sua história, as CCMM serviram a Igreja
lutando em primeira fila e, por seus numerosos e
relevantes serviços, têm sido abençoadas e louvadas
pelos papas. A Igreja continua esperando hoje estes
frutos que sempre deram as CCMM, pois continuam
sendo de plena atualidade: “as CCMM respondem
plenamente às necessidades atuais da Igreja” (Pio XII,
Bis Sӕculare, 19) e são sempre jovens e sempre atuais.
Sim, elas são aptas para atrair os corações generosos,
porque elas pedem muito, porque são inspiradas no
mais puro e mais profundo espírito evangélico, porque
têm organização e REGRAS EXCELENTES, PRECISAS E
FLEXÍVEIS por sua vez, baseadas em um conhecimento
exato da natureza humana e da vida espiritual”.
Oferecemos este trabalho à santíssima Virgem,
rogando-Lhe que nos ajude a servi-La melhor a partir
de nossa vocação congregacional, amando a nossa
Congregação e estimando “porque é o capital, as
normas e as leis das Congregações, que levam ao
Congregado, como pela mão, a tal excelência de vida
- 601 -
espiritual, que lhe permite chegar aos mesmos cumes
da santidade” (Pio XII, Bis Sӕculari, 4).

NATUREZA FINS E MEIOS

1)O que são as CCMM?


As Congregações Marianas são associações religiosas
destinadas a fomentar em seus membros uma ardente
devoção, reverência e maior filial à santíssima Virgem
Maria; e por meio desta devoção e seu patrocínio, fazer
dos fiéis congregados sob seu nome cristãos de
verdade.
2)Por que se dizem associações religiosas?
Dizem-se associações religiosas porque são
verdadeiras sociedades, com fins e meios próprios,
canonicamente erigidas e sujeitas à Autoridade
eclesiástica.
3)Por que estas associações se chamam Marianas?
Estas associações se chamam Marianas porque tomam
seu título da Santíssima Virgem e, sobretudo, porque
cada congregado deve professar uma especial devoção
a Mãe de Deus, entregando-se a Ela mediante uma
consagração total e se comprometendo perpetuamen-
te, embora não sob pecado, a lutar com todo empenho
pela salvação e perfeição própria e dos demais.
4)Quem foi o fundador das CCMM?
O fundador das CCMM foi o jesuíta de origem belga
Jean Leunis , quando no ano 1563, funda no Colégio
Romano da Companhia de Jesus a Congregação “La
Anunciata”, que seria a “Prima Primaria”.
5)Com que idéia Pe. Jean Leunis fundou as CCMM?
Pe. Jean Leunis, grande conhecedor da juventude e
excelente pedagogo, funda as CCMM com a idéia de
- 602 -
formar nos Colégios da Companhia grupos de leigos
seletos que serviriam de fermento em meio a massa,
alentados por um espírito de iniciativa e superação e
com a ajuda da Mãe do Céu, a quem deviam honrar e
venerar de um modo especial.
6)Quais são as “notas exteriores” do verdadeiro
congregado?
As notas exteriores do verdadeiro congregado são três:
A adesão inquebrantável à Igreja, da qual há de ser um
defensor acérrimo, o exemplo como católico e a
decisão no testemunho, vencendo o respeito humano.
7)Que lugar devem ocupar as CCMM dentro do
Apostolado Secular?
As CCMM, fiéis a sua gloriosa tradição e à suas regras,
devem lutar em primeira fila, sob a direção da
hierarquia eclesiástica, iniciando e realizando com
constância trabalhos pela maior glória de Deus e bem
das amas, com tanto zelo e ardor que lhas possa
considerar tropas vigorosas para a defesa e
propagação do catolicismo.
8)Qual é o fim das CCMM?
O fim das CCMM é a formação de perfeitos católicos,
íntegros, firmes e intrépidos, que lutem pela glória de
Deus e se sua Santíssima Mãe e pela salvação das
almas.
9)Como se concretiza este único fim?
Este único fim se concretiza em três fins: santificação
pessoal, apostolado e defesa da Igreja.
10)Como se inter-relacionam estes três fins?
Os três são fins especiais porque se faltasse algum
deles não existiria Congregação Mariana; porém se diz
que a santificação pessoal é um fim essencial primário
e os outros dois são fins essenciais secundários para
- 603 -
sublinhar a primazia do espiritual sobre a vida
apostólica puramente externa, já que o apostolado
deve brotar espontaneamente de uma intensa vida
interior.
11)Em que consiste a santidade do Congregado?
A santidade do Congregado consiste, fundamen-
talmente, em Três coisas: a conservação valorosa e
constante da vida da Graça em nossas almas, a
aquisição das virtudes cristãs e a imitação da
Santíssima Virgem e de seu Filho Jesus Cristo até o
heroísmo.
12)Que defesas propõe as regras para a vida
interior?
As defesas que propõem as regras para a vida interior
são: a fuga das ocasiões de pecado, o vencimento do
respeito humano para que nos mostremos sempre em
público como católicos e a direção espiritual como
busca apaixonada da vontade de Deus.
13)Que condições deve reunir nosso apostolado ?
Nosso apostolado deve reunir as seguintes condições
para cumprir o fim apostólico da Congregação:
trabalhar com grande empenho, fazê-lo conforme às
exigências de nossa situação social, procurar fazer o
maior bem possível em lugar de nos conformar com
um bem qualquer e exercitar o apostolado tanto
corporativa como individualmente.
14)Que obras de apostolado têm exercido com
preferência as CCMM?
As obras de apostolado exercidas com preferência
pelas CCMM têm sido: ensinar a Doutrina Cristã
mediante a catequese, visitar aos enfermos dos
hospitais e aos presos , imbuir a todas as classes sociais
no desejo de uma vida mais cristã mediante os
- 604 -
Exercícios Espirituais , socorrer aos pobres em suas
necessidades espirituais e corporais , fazer prevalecer
a nível estatal leis conforme aos princípios evangélicos
e à justiça social , criar organizações para combater a
imoralidade e proteger os bons costumes e criar
escolas técnicas para a formação e aperfeiçoamento de
trabalhadores e profissionais.
15)É hierárquico o apostolado das CCMM?
O apostolado das CCMM é hierárquico por expressa
vontade da Santa Sé: desde sua origem mesma, as
CCMM se propuseram como um dever próprio e muito
conforme a suas leis se encarregar de todos os
trabalhos apostólicos que a Santa Mãe Igreja lhes
encomendasse. Por ele, a hierarquia eclesiástica as
inclui no exército do apostolado militante e dela
dependem inteiramente no tocante a empreender e
levar a cabo suas obras.
16)Como cumpre o Congregado o seu compromisso
de defender a Igreja?
O Congregado cumpre o seu compromisso de defender
a igreja sendo , em primeiro lugar, exemplar cristão re
ajustando perfeitamente suas crenças e sua conduta à
fé e moral que a Santa Igreja Católica ensina, louvando
o que ela louva, reprovando o que ela reprova,
sentindo em tudo com ela e não se envergonhando
jamais de proceder em sua vida privada e pública como
filho fiel e obediente de tão Santa Mãe.
17) Como têm combatido tradicionalmente as
CCMM; em defesa da Igreja?
As CCMM, tradicionalmente, têm combatido em defesa
da Igreja em primeira fila :
1. Com a palavra: com a pena e a imprensa, na
controvérsia, na polêmica , na apologia.
- 605 -
2. Com a ação: sustentando o valor dos fiéis,
socorrendo aos confessores da fé, ajudando aos
sacerdotes em seu ministério e perseguindo a
imoralidade pública.
3. Em alguma ocasião, com a espada: para a defesa da
cristandade.
4. Com o testemunho definitivo do martírio,
derramando seu sangue pela fé.
18)Quais são os meios próprios das CCMM para
alcançar seus fins?
Os meios próprios que têm as CCMM para alcançar
seus fins são três: a Regra de Vida (Regulӕ Vitӕ), a
formação e a vida de Congregação.
19)O que é Regra de Vida?
A Regra de Vida é um conjunto de práticas de piedade
às que se compromete o Congregado, embora não sob
pecado , o dia de seu ingresso , a saber:
1. Realizar Exercícios Espirituais todos os anos.
2. Oração mental diária, de ao menos 15 minutos.
3. Exame de consciência diário.
4. Freqüência de Sacramentos (Comunhão e Confissão).
5. O trato habitual com um diretor espiritual fixo.
20)Que outras práticas de piedade se têm
exercitado tradicionalmente nas CCMM?
Tradicionalmente se têm exercitado nas CCMM muitas
outras práticas de piedade , especialmente :
1. A reza do Santo Rosário.
2. O oferecimento de obras diárias ao se levantar.
3. A reza do Angelus.
4. A Sabatina.
5.A confissão geral , em tempo de exercícios e antes de
ser admitido na CCMM.

- 606 -
21)Que campos abarcam a formação do
Congregado Mariano?
A formação do Congregado, como modelo de vida
íntegra, caráter vigoroso e claridade de critérios , deve
compreender:
1. Formação Espiritual: alimentando e fortificando a
vida interior .
2. Formação doutrinal: com o estudo da religião, de seu
dogma, de sua moral, de sua liturgia, de sua história...
3. Formação humana: buscando , com todos os meios
possíveis, favorecer sua cultura, tanto geral como
profissional .
4. Formação prática: no exercício do apostolado e por
exemplo de seus companheiros, adquirindo
maturidade de juízo e experiência de vida .
5. Formação política: fazendo-o capaz de atuar ao
serviço do bem social e influir no que a cultura seja
mais humana e mais cristã.
22)Como deve participar o Congregado na vida da
Congregação?
O congregado deve participar ativamente na vida da
Congregação:
1. Assistindo com pontualidade aos atos geris da
Congregação, tanto ordinários como extraordinários.
2. Participando ativamente em alguma das atividades
da Congregação e se integrando em uma das equipes.
3. Atraindo à Congregação aos que vir aptos para ela.
4. Obedecendo com prontidão as diretrizes e conselhos
do Conselheiro e guardando o devido respeito e
obediência aos membros da Junta.
5. Tratando a todos com amor, rezando pelas
necessidades da Congregação e estimulando-se
mutuamente à perfeição.
- 607 -
6. Contribuindo a custear os gastos da Congregação,
segundo suas possibilidades.
23)Porque é necessário que o Congregado esteja
inscrito e participe ativamente em uma
Congregação Mariana?
É absolutamente necessário que o Congregado esteja
inscrito e participe ativamente na vida da Congregação:
1. Porque nisso consiste a essência do Congregado.
2. Porque assim o prometeu explicitamente à
Santíssima Virgem em sua Consagração.
3. Porque desejaria participar dos privilégios
concedidos à Congregação.
4. Porque é precisamente na vida de Congregação
donde recebe estímulo e apoio para sua santificação
pessoal e a formação apropriada a suas circunstâncias.
5. Porque assim ser mais eficaz em seu apostolado e na
defesa da Igreja.

ESPIRITUALIDADE

24)Quais são as fontes essenciais da


espiritualidade das CCMM?
As fontes essenciais da espiritualidade das CCMM são
duas: a devoção à Santíssima Virgem e os Exercícios
Espirituais de Santo Inácio.
25)O que significa a palavra devoção?
A palavra “devoção” significa uma doação de si mesmo,
intelectual, volitiva e afetiva, em uma entrega total e
incondicionada.
26)Por que a devoção à Santíssima Virgem é fonte
essencial da espiritualidade das CCMM?
A devoção à Santíssima Virgem é fonte essencial da
espiritualidade das CCMM porque a Ela há de atribuir a
- 608 -
glória de ter dado à Igreja as CCMM, porque esta
devoção é o fim e o meio característico para a formação
do congregado e porque assim o manda e estabelece o
Papa na Constituição Apostólica “Bis Sӕculari”.
27)Por que os Exercícios Espirituais de Santo
Inácio são fonte essencial da espiritualidade das
CCMM?
Os Exercícios Espirituais de Santo Inácio são fonte
essencial da espiritualidade das CCMM porque, já
desde o seu princípio e em seu desenvolvimento
através dos séculos, têm bebido da Companhia de Jesus
esse espírito de contemplação na ação e porque, por
desejo explícito dos papas, devem volver
continuamente aos Exercícios Espirituais e tirar deles
inspiração para empapar a vida de espírito evangélico
e proceder como o exigem as circunstâncias atuais.
28)O que é a Consagração à Virgem em uma
Congregação Mariana?
A Consagração À Virgem em uma Congregação Mariana
é um dom completo de si mesmo, para toda a vida e
para a eternidade, pelo qual o congregado se obriga
ante a Igreja, não sob pecado, porém sim sob palavra
de honra, a lutar com todo empenho sob a bandeira da
Santíssima Virgem pela salvação e perfeição própria e
dos demais.
29)Por que o congregado se consagra à Virgem?
O congregado se consagra à Virgem porque é a forma
de devoção Mariana mais plena e perfeita, pela qual lhe
pertence de uma maneira especial e, assim, Ela:
1. Faz-se caminho fácil, curto, perfeito e seguro para ir
a Cristo.
2. Dá-se toda inteira a quem lhe faz entrega de tudo ,
protegendo-lhe com seus méritos e sua intercessão.
- 609 -
3. Faz-se de medianeira para com Jesus Cristo ,
purificando e embelezando nossas boas obras para que
sejam gratas a seu Filho.
30)Que duas obrigações comporta a Consagração?
A Consagração comporta as duas obrigações seguintes:
1. Doação de todo o ser e toda a atividade à Virgem
segundo o espírito das CCMM;
2. Militar em uma Congregação Mariana determinada,
de modo que se tivesse de se afastar, por qualquer
razão, da origem, deve se inserir em outra.
31)Como deve viver o congregado sua
Consagração?
O Congregado, como verdadeiro filho de Maria e
cavaleiro da Virgem, não pode se contentar com um
simples serviço de honra: deve estar a seu serviço em
tudo, fazer-se guardião e defensor, levar a seus irmãos
ao encontro com Ela e combater sem trégua sob seu
comando, porque se tem enrolado sob sua bandeira
com um compromisso perpétuo e não tem já direito a
abandonar seu posto de combate por medo aos
ataques e perseguições.
32) É necessário que a Consagração seja perpétua
para entrar na Congregação?
Não é necessário que a Consagração seja perpétua para
entrar na Congregação: está recomendado fazê-la de
forma temporal até merecer e fazer a Consagração
perpétua, a qual só deve se admitir a quem queiram e
possam, guardando as regras comuns, viver uma vida
católica mais fervorosa, mais apostólica e mais
militante. Sem embargo, desde o primeiro momento o
congregado deve aspirar à Consagração perpétua,
como realização plena de seu ideal.
33)Em que consiste a essência da devoção a Maria?
- 610 -
A essência da devoção à Maria consiste em ter com Ela
o respeito e a veneração que correspondem a sua
dignidade de Mãe de Deus, uma confiança absoluta em
seu poder e em sua bondade e, finalmente, um amor
filial que trata de corresponder de algum modo a seu
amor de Mãe.
34)Que notas devem ter a devoção do Congregado
à Virgem?
A devoção do congregado à Santíssima Virgem deve ter
as seis notas seguintes:
1. Interior: pois lhe professa um afeto muito particular
que há de brotar do íntimo do coração.
2. Terna: pois põe n’Ela toda a sua confiança.
3. Santa: pois leva ao congregado a se apartar do
pecado e a se aplicar na imitação de suas virtudes.
4. Constante: pois os congregados se estimulam
mutuamente a amá-la e servi-la com fidelidade.
5. Desinteressada: pois conduz a alma a não buscar a si
mesma, senão só a Deus em sua Mãe Santíssima.
6. Apostólica: pois intenta aos demais.
35)Como pode viver o Congregado sua devoção
Mariana?
O Congregado deve viver sua devoção Mariana fazendo
todas as ações por Maria, com Maria, em Maria e para
Maria:
1. POR Maria: Ela inspira seu apostolado, ajuda-lhe a
combater o pecado e lhe dá o valor para empreender
coisas grandes.
2. COM Maria: Ela põe em seus lábios as palavras,
anima-lhe com um zelo engenhoso e com um afeto
humilde e redobra seu ardor sobrenatural na oração, a
mortificação e a audácia conquistadora.

- 611 -
3. EM Maria: A imagem de Maria lhe faz conceber amor
à pureza, à humildade e à caridade e conceber ódio ao
pecado.
4. PARA Maria: O congregado, descuidando de suas
vantagens pessoais, não tem em conta mais que uma
fidelidade sempre maior no cumprimento de suas
obrigações para com Maria.
36)Que formas enganosas de devoção devem evitar
o congregado?
O congregado deve evitar as seguintes formas
enganosas de devoção:
1. Uma piedade mesquinhamente interessada, que só
vê na Mãe de Deus uma distribuidora de benefícios ,
sobretudo de ordem temporal .
2. Uma devoção de seguro descanso, que não pensa
mais do que apartar de sua vida a Cruz.
3. Uma devoção sensível, de doces consolos e
entusiastas manifestações.
4. Nem sequer, por muito santa que pareça, uma
devoção excessivamente solícita do próprio proveito
espiritual.
37)É aconselhável esta intensa devoção Mariana?
Não só é muito aconselhável esta intensa devoção
Mariana, senão que é necessária, pois a verdadeira
devoção à Santíssima Virgem é o selo de um coração
autenticamente católico: desta devoção brota a
doutrina mais ortodoxa e fecunda da espiritualidade
católica e é fonte inesgotável e magnífica de valores
morais.
38)Donde buscam as CCMM as fontes de sua
devoção a Maria?
As CCMM , fugindo de quanto singulariza, buscam sua
devoção a Maria nas fontes mais garantidas pela
- 612 -
tradição da Igreja: na História da Salvação, no
Evangelho, na Liturgia, que transmite o grande
patrimônio do pensamento e a oração da Igreja, e nas
tradições familiares cristãs, particularmente o Rosário.
39)É a Virgem a única patrona da Congregação?
A Virgem Santíssima é a patrona principal das CCMM e
devem todas elas reconhecê-la como tal, adotando por
titular algum de seus ministérios ou invocações; porém
está recomendado e é muito conveniente acrescentar
algum santo patrono secundário.
40)Em que se funda a conveniência de ter um
patrono secundário?
A conveniência de ter um patrono secundário se funda
em que, deste modo, propõe-se ao congregado o
exemplo de um homem como ele, que realizou de um
modo heróico o ideal de santidade e apostolado por
meio da devoção à Santíssima Virgem.
41)Como se reflete nas CCMM a espiritualidade dos
Exercícios Espirituais?
A espiritualidade dos Exercícios se reflete nas CCMM
como:
1. Espiritualidade Teocêntrica: buscar em tudo a maior
glória, serviço e louvor de Deus, a imitação de Nossa
Senhora.
2. Espiritualidade Cristológica: conhecer internamente
a Cristo para, tendo em tudo seus mesmos
sentimentos, imitar mais perfeitamente seus exemplos.
3. Espiritualidade eclesial: empenhar-se na defesa da
Igreja, amando-a, obedecendo-a e sentindo em tudo
com Ela.
42)Qual é a finalidade dos Exercícios Espirituais?

- 613 -
Formar perfeitos e absolutos seguidores de Cristo,
mediante a identificação afetiva, intelectual e volitiva
com Cristo:
1. Em um plano ontológico: vida da Graça (1ª semana).
2. Em um plano psicológico: aceitação da dinâmica do
Reino (2ª semana).
3. Em um plano mistagógico: Mistério Pascal da Morte
e Ressurreição (3ª e 4ª semanas).
4. Em um plano ministerial: projetando na própria vida
a tríplice missão de Cristo (sacerdotal , profética e
real).
43)O que é o “Princípio e Fundamento”?
É a atitude e mentalidade que deve ter o exercitante,
como ponto de arranque dos Exercícios: O homem é
criado para louvar, fazer reverência e servir a Deus
nosso Senhor e, mediante isto, salvar sua alma, e as
outras coisas da terra são criadas para o homem e para
que lhe ajudem a conseguir seu fim. Por isso, devemos
nos fazer indiferentes a todas as criaturas, somente
desejando e elegendo o que mais nos conduz ao fim
para o que temos sido criados: usar delas tanto quanto
nos ajudem a ele.
44)O que são os “Três Graus de Humildade”?
São três maneiras de humildade, de perfeição
crescente, que se propõe ao exercitante para conduzir-
lhe à verdadeira Doutrina de Cristo:
1ª humildade: abaixar-se até obedecer em tudo à Lei de
Deus e, assim, por nada do mundo deliberar sobre
cometer um pecado mortal.
2ª humildade: não querer nem sentir mais inclinação
por riquezas ou pobreza, honra ou desonra, vida longa
ou curta, e, assim, por nada do mundo deliberar sobre
cometer um pecado venial.
- 614 -
3ª humildade: Sendo igual louvor e glória da Divina
majestade, querer eleger pobreza, opróbrios e ser
estimado por vão e louco neste mundo, por imitar mais
a Cristo.
45)Que exercícios compreendem a 1ª semana?
A 1ª semana compreende a consideração e
contemplação dos pecados, buscando contrição, dor e
lágrimas por eles. Começa do Princípio e Fundamento e
culmina no exame de consciência geral com confissão
geral (voluntária) e comunhão.
46)Que exercícios compreendem a 2ª semana?
A 2ª semana compreende a consideração e
contemplação da vida de Cristo, até o Domingo de
ramos inclusive, buscando conhecer melhor, para mais
servir-lhe e seguir-lhe. Começa na meditação do
Chamamento do Rei temporal e culmina na eleição de
vida ou estado, podendo se resumir na Oblação ao Rei
eterno: “Eu quero e desejo e é minha determinação
deliberada, com tal de que seja vosso maior serviço e
louvor, imitar-,vos em passar toda classe de injúrias e
todo menosprezo e toda a pobreza , tanto atual como
espiritual , se vossa Santíssima Majestade me quer
eleger e receber em tal vida e estado”.
47)Que meditações propõem os Exercícios
Espirituais para dispor a alma a fazer sã e boa
eleição?
Além da contemplação dos mistérios da vida de Cristo,
propõem duas meditações:
1. Meditação das duas Bandeiras: uma de Lúcifer,
mortal inimigo de nossa natureza humana, que
dispersa inumeráveis demônios pelo mundo, com a
ordem de tentar 1º de riquezas, 2º de honra e 3º de
soberba, e destes degraus, induzir a todos os vícios;
- 615 -
outra de Cristo, sumo Capitão e Senhor nosso que envia
aos seus por todo o mundo com uma estratégia
contrária: 1º pobreza frente à riqueza, 2º opróbrios
frente à honra mundana e 3º humildade frente à
soberba, e destes três degraus, induzir a todas as
outras virtudes.
2. Meditação de três Binários de homens: trata-se de
três homens que querem se salvar e encontrar a paz,
porém têm o impedimento do apego a uma coisa
adquirida: o 1º desejaria tirar o afeto desordenado,
porém não põe nenhum meio; o 2º quer tirá-lo, porém
de tal maneira, que se permaneça com a coisa
adquirida; o 3º o quer tirar sem estar apegado a ter a
coisa e, enquanto chega o momento da eleição, quer
renunciar a ela em seu afeto, pondo nele toda a força
de sua vontade.
48)Que exercícios compreendem a 3ª e 4ª
semanas?
A 3ª semana compreende a consideração e
contemplação da Paixão de Cristo, buscando se
entristecer e se dœr de tanta dor e de tanto padecer de
Cristo Nosso Senhor, e a 4ª semana compreende a
consideração e contemplação desde a Ressurreição e a
Ascensão, buscando se alegrar com muito afeto de
tanto gozo e alegria de Cristo Nosso Senhor. Culminam
na Contemplação para alcançar amor, que conduz ao
Oferecimento de Santo Inácio:
“Tomai, Senhor, toda a minha liberdade, minha
memória, meu entendimento e toda a minha vontade,
todo o meu ter e possuir; Vós mo destes, a Vós, Senhor,
torno-a; tudo é vosso, disponde a toda a vossa vontade.
Dai-me vosso Amor e Graça, que esta me basta”.

- 616 -
49)O que nos ensinam as “Regras para discernir
espíritos”?
Ensinam-nos a sentir e conhecer de alguma maneira, as
diversas moções que se produzem na alma:
3. Como se comporta o inimigo: como MULHER que é
fraca ante a força e forte ante a condescendência; como
VÃO ENAMORADO que quer se manter em segredo e
não ser descoberto; e como CORONEL que, para
conquistar e roubar, combate por onde nos descubra
mais fracos e necessitados.
4. Como atuar em desolação espiritual: nunca fazer
mudança; reagir intensamente contra ela, insistindo
mais na oração, exame e penitência; exercitar a
paciência, pensando que o Senhor nos deixa a prova
com graça suficiente para resistir e que logo seremos
consolados.
5. Como atuar em consolação espiritual: tomar forças e
considerar como atuar em desolação; humilhar-nos e
abaixar-nos quanto possamos, pensando que pouco
valemos sem ela; advertir o curso do pensamento e se
enfraquece, inquieta ou conturba, pois o demônio pode
se disfarçar de ANJO DE LUZ; não fazer promessas nem
votos inconsiderados e precipitados.
50)Que atitude propõem as Regras para sentir com
a Igreja?
A atitude de, deposto todo o juízo, ter ânimo preparado
e pronto para obedecer em tudo à verdadeira esposa
de Cristo, nossa Santa Mãe Igreja hierárquica, e ter
sempre este princípio para acertar em tudo: “o que eu
vejo branco, crer que é negro se a Igreja hierárquica
assim o determina”, já que Ela é regida e governada
pelo Espírito Santo.

- 617 -
51)Que outros elementos dos Exercícios
Espirituais devemos conhecer?
Devemos conhecer e aplicar à nossa vida:
6. O modo inaciano de fazer o exame particular e
quotidiano, assim como também o exame geral de
consciência.
7. Os três modos de orar:
1-Examinar a consciência
2-Contemplar a significação de cada palavra
3-Orar por compasso.
8. As quatro maneiras de fazer exercícios e
contemplações:
1-Exercitar as três potências
2-Aplicar os cinco sentidos
3-Contemplação inaciana
4-Selecionar alguns versículos do Evangelho
9. Os dois modos de fazer eleição quando a alma não
está agitada por diversos espíritos:
1º Considerar, discorrendo, vantagens e desvantagens
de eleger essa coisa ou não Elegê-la.
2º Considerar o que elegeria para um homem que
nunca conheceu e o que quereria ter elegido na hora de
minha morte e quando esteja no dia do juízo.

VIDA ORGÂNICA

52)O que é a ereção canônica de uma C.M.?


A ereção canônica de uma C.M. é um ato legítimo do
Superior competente, pelo qual aquela se constitui em
um ser jurídico como pessoa moral.
53)Quem é o Superior competente na ereção
canônica de uma C.M.?

- 618 -
O Superior competente é a pessoa com poder para
realizar a ereção canônica de uma C.M. e para nomear a
seu Conselheiro:
1. Nos recintos próprios da Companhia de Jesus ou
encomendados a seu cuidado é o Prepósito Geral da
Companhia.
2. Em todos os demais , o Bispo do lugar ou , com
consentimento formal deste , o mesmo Prepósito Geral
da Companhia.
54)O que é a agregação de uma C.M. à Prima
Primaria de Roma?
A agregação de uma C.M. à Prima Primaria de Roma é o
ato pelo qual se faz participe à Congregação e a todos
seus membros de todos os privilégios e bens
espirituais concedidos pela Igreja à Congregação
Prima-Primária do Colégio Romano.
55)Quem tem poder para fazer esta agregação?
Somente tem poder para fazer esta agregação o
Prepósito Geral da Companhia de Jesus , por expressa
vontade da Santa Sé.
56)O que entendemos por diversificação das
CCMM?
Embora as CCMM sejam para toda a classe de fiéis, é
conveniente e ajuda à obtenção de seus fins, que se
instituam em separado para pessoas de diferentes
idades, estado ou condições, formando Congregações
de crianças, de jovens, de estudantes, de
trabalhadores,...
57)Quem tem a faculdade de admitir novos
membros na Congregação?
A faculdade de admitir novos membros na
Congregação reside, no Conselheiro da mesma, ouvido
o parecer da Junta de Governo.
- 619 -
58) O que se entende por ser admitido na
Congregação?
Entende-se por ser admitido na Congregação:
1. Ser constituído no estado de Congregado.
2. Adquirir o direito de participar na vida interna e
governo da Congregação.
3. Ganhar as indulgências e Privilégios concedidos
pelos Sumos Pontífices à “Prima Primaria”.
4. Contrair o compromisso de cumprir as Regras da
Congregação.
59)Como se celebra a admissão solene de
congregados?
A admissão solene dos congregados se celebra em
plena Congregação e sua cerimônia consta de quatro
partes:
1. O Ato de Consagração dos novos Congregados à
Santíssima Virgem.
2. A Fórmula de admissão pela qual a Santa Igreja, por
meio do Sacerdote , faz partícipe ao congregado das
graças e privilégios das CCMM
3.A imposição de medalhas e a entrega de insígnias.
4. A inscrição dos nomes dos novos congregados no
livro da Congregação.
60)Como se deixa de pertencer à Congregação?
Só se deixa de pertencer à Congregação abandonando-
a por vontade própria ou sendo expulso dela pelo
Conselheiro a juízo da Junta, o qual se impõe por
infringir grave ou reiteradamente as Regras da
Congregação.
61) Fora destes casos, permanece o congregado
sempre inserido na C.M.?
Sim; e perdura na obrigação, como conseqüência de
sua Consagração, de militar em uma Congregação
- 620 -
Mariana, se por mudar de residência ou de estado não
puder fazê-lo naquela em que se consagrou.
62)Quais são os principais elementos ou órgãos de
uma C.M.?
Os principais elementos ou órgãos de uma C.M. são
quatro: A Junta de Governo, os Atos da Congregação, as
Atividades e Equipes e a Instrução dos próprios
candidatos.
63)Em quem reside o poder de governar uma C.M.?
O poder de governar uma C.M. reside em um Conselho,
o qual comparte este poder com a Junta de Governo,
valendo-se também dos outros Encarregados não
pertencentes à Junta para a execução das necessidades
da vida da Consagração.
64) Como e com que freqüência se elegem os
membros da Junta de Governo?
Cada C.M. decide a freqüência e o modo de renovação
da Junta de Governo.
65) Para que se reúne a Junta de Governo?
A Junta de Governo se reúne, ao menos uma vez ao
mês, para tratar da Congregação e das disposições que
hão de se tomar em ordem a conseguir a bom
andamento e os fins próprios da Congregação. Seus
membros assistem com voz e voto.
66)Que tipos de Atos ordinários tem a
Congregação?
A Congregação tem três tipos de Atos ordinários:
1. Os de tipo espiritual, a cargo, principalmente, do
Conselho.
2. Os de tipo funcional ou ativo, para fazer participar a
todos os Congregados no andamento da Congregação.
3. Os de tipo social ou comunitário , para fomentar a
união e conhecimento entre os Congregados.
- 621 -
67)É obrigatória a assistência aos atos ordinários
da Congregação?
A assistência aos Atos ordinários da Congregação,
como são as Reuniões Gerais, os Atos de Congregação
ou as Reuniões de Equipe, é rigorosamente obrigatória,
pois são considerados como o meio mais importante e
eficaz para a vida da Congregação e para a formação
geral dos Congregados.
68) A que chamamos Atos extraordinários da
Congregação?
Chamamos atos extraordinários da Congregação a
outros exercícios e reuniões que devem ter as CCMM
como são as Convivências, a celebração das Festas
titulares e os Exercícios Espirituais de Santo Inácio.
69)O que são as atividades da Congregação?
As Atividades da Congregação são grupos com
organização e vida próprias embora sempre
subordinados à autoridade da Junta , que se formam
para fomentar a piedade entre os Congregados e
encaminhar as obras de caridade e apostolado , sendo
desejável e até mesmo obrigatório que todos os
Congregados tomem parte ativa em uma destas
Atividades.
70)Que diferença existe entre as Atividades
Internas e as Externas?
A diferença consiste em que as Atividades Internas são
próprias e exclusivas da Congregação, enquanto que as
Atividades Externas se levam a cabo em colaboração
com outros grupos apostólicos
71)O que são as Equipes da Congregação?
As Equipes são secções em que se divide a Congregação
com uma finalidade formativa e de vinculação humana
e espiritual entre seus membros, que se reúnem
- 622 -
periodicamente para estudar um tema de formação,
intercambiar conclusões e fixar compromissos de ação
apostólica e vida interior.
72)Quem importância tem a Instrução dos
candidatos que desejam ingressar em uma C. M.?
A preparação metódica dos candidatos há de ser a Obra
Predileta da C.M., já que dela depende a vida e
florescimento da mesma.
73)Para que se estabelecem o Postulantado e o
Aspirantado?
O Postulantado se estabelece para que o candidato
possa conhecer teórica e praticamente o que é a
Congregação e se determine ou renuncie a ingressar
nela. O Aspirantado, para que o candidato dê provas de
fidelidade e constância no cumprimento de todas as
Regras das CCMM antes de entrar definitivamente na
Congregação.
74) O que são os padrinhos?
Os padrinhos são congregados veteranos, auxiliares do
instrutor de aspirantes, que se ocupam de um ou mais
aspirantes, com a missão de acolher, estimular, ajudar
e preparar ao futuro congregado através de sua
amizade humana.
75)Quem, em geral , podem se dizer aptos para
ingressar em uma C.M.?
Em geral, podem se dizer aptos para ingressar em uma
C.M. aqueles que, não contentes com um gênero de vida
vulgar e corriqueiro, com ânsia preparam em seu
coração ascensões, até mesmo mais árduas, segundo as
normas ascéticas e os exercícios de piedade que as
Regras lhes propõem. Daí a necessidade de seleção e
exigência, pois a C.M. não é obra de massas senão de
seletos.
- 623 -
SINAIS EXTERNOS DAS CCMM E UNIÃO ENTRE ELAS.

76) Que significa a medalha da Congregação?


A medalha da Congregação é a prenda que a Santíssima
Virgem outorga ao congregado, como signo de
predileção para com seu cavaleiro.
77) Que uso deve fazer o congregado da Medalha?
Convém que o congregado leve sempre a medalha
pendente sobre o peito e, ao menos sempre que
comungue ou assista a um ato público da Congregação,
deve levá-la pendurada de um modo visível.
78) Por que usar a fita?
O seu uso em público além de identificar o membro de
uma Congregação Mariana também indica alguém a
quem o Sacerdote possa recorrer para seu auxílio
pastoral e a quem o fiel cristão possa se espelhar na
prática das virtudes cristãs.
Faz parte da tradição das CC.MM. ibéricas o uso de fita
para segurar a medalha da Consagração ao pescoço na
altura do coração. Somente as CCMM oriundas de
Portugal e Espanha usavam fitas azuis. O gesto foi
imitado pelas suas colônias, se bem que países latino-
americanos, como o México, usavam cordões
entrelaçados no lugar da fita. Congregações italianas
usavam uma fita azul e branca.
Inicialmente o uso era bem simples: uma fita inteiriça,
com um laço unindo as pontas junto com a medalha
pela frente. A largura era mediana, como a atual em uso
no Brasil.
Há alguns que dizem que o uso da fita remete-se a uma
influência maçônica na Igreja. Não é verdade.
Comendas e colares eram usados em profusão na Idade

- 624 -
Média por pessoas que obtinham alguma dignidade
especial.
79) O que a fita significa?
Representa o manto da Rainha dos Anjos e Santos
sobre um filho dileto. É um sinal externo e sensível de
uma promessa pública feita pela pessoa à Santíssima
Virgem.
80) Por que o Congregado usa um distintivo?
Para ser, de uma maneira discreta, identificado como
tal em qualquer ambiente. Desde a década de 1920
existe um distintivo para uso dos congregados no
Brasil. Surgiu do desejo de usar algum símbolo diário
nos paletós, dado o orgulho que o congregado mariano
sentia em pertencer a uma Congregação. Como não
tinha cabimento o uso de uma fita diária, criou-se o
distintivo, algo mais discreto.
81) O que significam as letras do anagrama?
As letras do anagrama da Congregação são as iniciais
da Saudação Angélica: Ave Maria!
82) Existe alguma forma de saudação tradicional
entre os congregados?
A saudação tradicional dos Congregados,
principalmente nos anos de luta contra a heresia na
Alemanha e Inglaterra, tem sido: Nos cum prole pia
benedicat Virgo Maria e Ave Maria puríssima, ambas
jaculatórias indulgenciadas.
83) Que união deve existir entre os membros de
uma Congregação?
A união que deve existir entre eles há de ser
verdadeiramente fraternal, de modo que a C.M. se
pareça o mais possível a um verdadeiro lugar.
84) Deve haver alguma união entre as CCMM?

- 625 -
Embora as CCMM sejam realmente autônomas, deve
reinar entre elas uma verdadeira fraternidade, para o
qual ajudar nas Federações e as Assembléias ou
Congressos regionais, nacionais e internacionais.
85) O que é a Confederação Nacional das CCMM?
Em cada Nação, as CCMM costumam estar unidas em
Federações diocesanas ou regionais e todas em uma
Confederação Nacional, cujo fim é estimular a vida
daquelas, propor objetivos comuns, seguir as ordens
dadas em cada país e poder representá-las dentro do
âmbito regional ou nacional.
86) O que é o Secretariado Central das CCMM?
O Secretariado Central das CCMM é um organismo
dependente do Preposto Geral da Companhia de Jesus
e com sede em Roma, cujo fim é ajudar às CCMM em
sua vida e desenvolvimento, sendo por sua vez laço de
união e informação entre todas as CCMM do mundo.
87) A que chamamos Dia Mundial das CCMM?
Chamamos Dia Mundial das CCMM a uma jornada de
afirmação e exaltação dos ideais das CCMM em
comunhão com todos os congregados e Congregações
do mundo. Sói se celebrar no segundo domingo de
Maio e, por especial privilégio, pode-se celebrar para
os congregados uma Missa da Imaculada Conceição.

- 626 -
CAPÍTULO III – INDULGÊNCIAS E
PRIVILÉGIOS

SUMÁRIO DE PIO XII

Resumo das principais indulgências e privilégios


concedidos pela Igreja aos Congregados Marianos,
segundo o Rescrito de Pio XII.

I. Indulgências Plenárias*:

* Para lucrar-se indulgência plenária é necessário: estar


em estado de graça, cumprir a obra prescrita, comungar e
confessar-se no dia. A confissão pode fazer-se no mesmo
dia, ou em qualquer dos oito dias precedentes ou seguintes
(S. C. Indalg, 11 de março de 1908; Cod. jus. can. Can. 93i, §
l). A quem costuma confessar-se ao menos uma vez por
semana, basta-lhe a confissão ordinária para lucrar todas
as indulgências (9 de dez. de 1763). Os fiéis que, não
estando legitimamente impedidos, costumam confessar-se
ao menos duas vezes no mês ou comungar em estado de
- 627 -
1. No dia da Admissão na C.M. (Gregório XIII, 5
dez 1584; Sisto V, 5 jan e 29 set 1584;
Gregório XV, 15 abr 1621; Bento XV, 8 set
1751; Leão XII, 7 mar 1825; São Pio X, 21 jul
1910)

graça e com reta intenção todos os dias, ainda que omitam


uma ou duas vezes na semana a comunhão, podem lucrar
todas as indulgências que exijam confissão, sem terem de
confessar-se de novo. Excetuam-se para este caso, as
indulgências de jubileu ordinário e extraordinário e as
concedidas ad instar jubilœi (14 de fev. de 1916; Cod. jur.
Can., Can. 931, §3). A sagrada comunhão prescrita para
uma indulgência pode ser recebida no dia próprio, na
véspera (S. C. Indulg., 6 de out. De 1870) ou em qualquer
dos oito dias seguintes ao fixado para a indulgência (Cod.
jur. can.. Can. 931, § 1). Assim entra em direito comum, o
privilégio abaixo referido sob o nº 19. Se, porém, à
comunhão for expressamente marcado dia, neste deve ser
feita. Não é preciso formular explicitamente de cada vez
estas intenções (S. C. Indnlg. 12 de jal. de 1847); basta orar
em geral pelos fins recomendados. Quando na concessão
da indulgência não se determinam orações especiais, fica
livre a cada um de rezar as que lhe parecerem bem (29 de
Maio. 1841), contanto que sejam vocais (13 de Set. de
1888). O costume geral dos fiéis é rezar pelo menos três
Pater, Ave e Glória em cada visita. — Ainda que a oração
deva ser vocal, e não só mental, é permitido rezar
alternando com outrem, ou seguindo mentalmente a
oração que outrem estiver rezando (Cod. jur. can.t Can.
934, § § l e 3).

- 628 -
2. Na hora da morte, beijando ou tocando a
medalha ou a insígnia abençoada pelo
próprio Diretor. Requer-se confissão e
comunhão ou, ao menos, um ato de contrição
invocando os nomes de Jesus e Maria, e
aceitar resignadamente a morte. (Ibidem,
Leão XIII, 23 Jun 1885; S. Pio X, 21 Jul 1910)
3. Nas festas de Nosso Senhor Jesus Cristo
(Natal, Circuncisão, Nome de Jesus, Epifania,
Ressurreição, Ascensão, Corpus Christi,
Sagrado Coração, Exaltação da Santa Cruz,
Precioso Sangue, Transfiguração e Cristo
Rei) e da Santíssima Virgem (Imaculada
Conceição, Natividade, Purificação, Aparição
de Lourdes, Anunciação, Sexta-Feira das
Dores, Visitação, Nossa Senhora das Neves,
Nome de Maria, Sete Dores (de setembro),
Maternidade Divina, Virgem do Carmo e
Virgem da Mercê). (Ibidem, Leão XIII, 23 Jun,
1885; São Pio X, 21 Jul 1910)
4. No Dia Mundial das CC.MM., com assistência
à solenidade externa e renovação da
Consagração à Virgem.
5. Em um dia da semana à escolha, tendo
assistido nesta mesma semana à Reunião da
Congregação. (Bento XIV, 24 Abril, 1748, e 8
Set. 1751; Leão XII, 7 Mar, 1825; Leão XIII, 27
Abri, 1887; Pio X, 21 Jul, 1910)
6. Sempre que comunguem com a medalha ou
insígnia, abençoada pelo próprio Diretor, de
forma que se possa vê-la.
7. Se cada dia, devotamente e com o coração ao
menos contrito, rezarem ao Santo Protetor
- 629 -
do Mês, tirado à sorte, três Pai Nossos, Ave-
marias, e Glórias, e num dia do mês à
escolha, confessados, comungarem em honra
do mesmo Santo e orarem segundo as
intenções do Sumo Pontífice, podem lucrar
indulgência plenária. (Rescrito da S. C. do
Santo Ofício, de 24 nov. 1921)

II. Indulgências Parciais:

A) De Sete Anos e Sete Quarentenas:


1. Por ouvir Missa.
2. Por fazer o exame de consciência ao se
deitar.
3. Por assistir aos atos da Congregação ou
outras reuniões da mesma.
4. Por visitar pobres, enfermos ou presos.
5. Por rezar três Ave-Marias ao se deitar diante
da medalha ou insígnia abençoadas pelo
Diretor, postas na cabeceira da cama.
6. Por ensinar o catecismo às crianças e ou à
gente rude.
7. Tomarem parte nos Ofícios divinos em
sufrágio pelas Almas dos Congregados ou
outros fiéis defuntos, quando estes atos
forem ordenados pela Congregação e
aprovados pelo Diretor;
8. Reconciliarem inimigos;
9. Rezarem pelos doentes ou defuntos;
10. Acompanharem à sepultura eclesiástica
membros da Congregação ou outro fiel.
(Bento XIV, 24 Abr, 1748, e 8 Set, 1751; Leão
XII, 7 mar, 1825; Pio X., 21 Jul, 1910.)
- 630 -
B) De Trezentos Dias:
1. Por rezar o ato de Consagração de São João
Berchmans ou o de São Francisco de Sales.
2. Por beijar a medalha ou insígnia da
Congregação, abençoadas pelo próprio
Diretor, dizendo: Nos cum prole pia
benedicat Virgo Maria. (Pio X, 17 Nov, 1905 e
21 Jul, 1910.)
3. Se rezarem a Salve Rainha.
4. Sempre que se ponha a insígnia da
Congregação dizendo Salve Maria ou sempre
que, levando-a posta, os congregados se
saúdem com as mesmas palavras. (Pio X, 21
Jul, 1910)

III. Privilégios:
1. Todo o Diretor pode delegar a qualquer
Sacerdote o direito de abençoar as medalhas
e admitir na Congregação. (Leão XIII, 23 Jun,
1885)
2. Os Aspirantes podem ganhar as mesmas
Indulgências e gozar dos mesmos privilégios
que os Congregados.
3. Todas as Indulgências, à exceção da
concedida na hora da morte, são aplicáveis
às almas do Purgatório.
4. Todas as pessoas que estão ao serviço da
Congregação ganham as Indulgências aos
congregados.
5. O Diretor da Congregação é real e
verdadeiramente congregado, e ganha as
mesmas Indulgências que os congregados.
(Pius X, 10 Mai, 1910)
- 631 -
6. Os reis, príncipes, duques ou condes
investidos de suprema autoridade e os seus
parentes, por sangue ou por casamento, nos
limites do primeiro e segundo grau, desde
que tenham pedido para se juntar à
Congregação, embora ausentes da comarca
de sua Congregação, lhes são garantidas as
mesmas indulgências acima, desde que
façam as mesmas obras de piedade e visitem
uma Igreja. (Bento XIV, 15 Jul, 1749, e 8 Set,
1751; Leão XII, 7 Mar, 1825)
7. Exceto na Comunhão Geral, a comunhão
necessária para ganhar uma Indulgência da
Congregação pode ser transferida pelo
Congregado para qualquer dia dentro da
oitava do dia determinado. (Leão XIII, 27
Abr, 1887; Pius X, 21 Jul, 1910)
8. As orações recitadas pelos Congregados
juntos nas reuniões semanais, oferecidas
segundo as intenções do Soberano Pontífice
são suficientes para garantir as indulgências
concedidas a estas reuniões.
9. As indulgências relativas às reuniões
semanais valem mesmo se as reuniões se
façam só duas vezes por mês. (Leão XIII, 26
Ago, 1893.)
10. Todas as indulgências que foram e serão
concedidas aos Congregados de Nossa
Senhora – exceto, entretanto, a indulgência
plenária aplicada à hora da morte – pode ser
também aplicada às almas dos fieis defuntos.
(Bento XIV, 15 Jul, 1749, e 8 Set, 1751; Leão

- 632 -
XII, 7 Mar, 1825; Leão XIII, 23 Jun, 1885; Pius
X, 21 Jul, 1910)
11. A Missa rezada por um Congregado defunto,
por qualquer padre, seja onde for, tem
indulgência de altar privilegiado. (Bento XIV,
15 Jul, 1749, e 8 Set; Pius X, 21 Jul, 1910)
12. Quem presta serviços à Congregação,
enquanto estiver em seu serviço pode
ganhar todas as indulgências concedidas a
um Congregado e do mesmo modo que ele.
(Bento XIV, 15 Jul, 1749 e 8 Set, 1751; Leão
XII, 7 Mar, 1825)
13. O Diretor de uma Congregação fundada para
a juventude pode admitir nela adultos e pais
de família. O mesmo se aplica para casos
similares de outras Congregações, até de
mulheres. Uma boa razão, entretanto, é
necessária. Será mais fácil haver esses casos
- se por uma mudança no estado de vida -
pelo casamento por exemplo - alguém
desejar continuar na mesma Congregação e
não houver nenhuma outra Congregação de
Nossa Senhora disponível para ele neste
local. (Pius X, 10 Mai, 1910)
14. Um Congregado regularmente admitido
numa Congregação permanece para sempre
um membro desta, a menos que tenha
abandonado por sua própria vontade ou
tenha sido despedido como indigno.
Portanto cumprindo as condições
necessárias, ele sempre participa dos
favores também e das indulgências. (Pius X,
10 Mai, 1910)
- 633 -
15. Um Congregado que se ausenta por um ano
ou mais do local da sua Congregação e vai
morar num local onde não pode assistir as
reuniões é - para ganhar as indulgências -
obrigado a entrar num sodalício adequado
às suas circunstâncias, no local de sua nova
residência a menos que o Diretor da
Congregação recuse, ou tenha outro
impedimento legítimo, o qual, o Diretor da
sua Congregação de origem deverá julgar.
(Pius X, 10 Mai, 1910)

IV. Indulgências plenárias que todos os fiéis podem


lucrar em locais onde uma Congregação for
fundada:

1. Se depois da Confissão e da Comunhão,


devotamente visitarem o lugar onde está ereta
qualquer Congregação, no dia da Festa do
Padroeiro Primário ou do Secundário desta, e
rezarem nas intenções do Santo Padre. (Gregorius
XIII, 5 Dez, 1584; Sixtus V, 5 Jan. e 8 Set., 1587;
Gregorio XV, 15 Abr, 1621; Bento XIV, 27 Set, 1748,
e 8 Set, 1751; Leão XII, 7 Mar, 1825)*
2. Se a Congregação não tiver um título secundário,
outro dia do ano pode ser escolhido para esse

* Para lucrar quaisquer indulgências plenárias ou parciais,


que dependam de visita de Igreja ou oratório, o tempo
determinado para esta visita conta-se desde o meio dia da
véspera à meia noite do dia determinado (Decr. da S. C. do
S. Oficio, de 26 de Jan. de 1911; Cod. jur. can. (Can. 923)

- 634 -
propósito pelo Diretor, com o consentimento do
Ordinário, ou se o Diretor for um padre regular,
do seu Superior. (Bento XIV, 27 Set, 1748, e 8 Set,
1751; Leão XII, 7 Mar, 1825)
3. Se o local de reuniões da Congregação varia, ou
foi permanente ou temporariamente mudado, ou
até, com a permissão do Diretor, a festa do título
primário ou secundário acontecer de ser
celebrada em outra Igreja por ser mais
conveniente às pessoas ou para maior solenidade
da festa, vale, para lucrar a indulgência, a visita a
esta Igreja. (Bento XIV, 27 Set, 1748, e 8 Set, 1751;
Leo XII, 7 Mar, 1825)
4. Do mesmo modo, se qualquer festa titular, ou
mesmo as duas, não puderem ser celebradas com
a conveniente solenidade no seu próprio dia, o
diretor da Congregação - com o consentimento do
Ordinário, ou do Superior se for um padre regular
- pode designar outro dia dentro do ano para a
festa e indulgência. Se o dia escolhido for de rito
duplex, pode celebrar-se uma Missa solene da
festa transferida. (Sixtus V, 29 Set, 1587; Gregorio
XV, 15 Abr, 1621; Bento XIV, 27 Set, 1748, e 8 Set,
1751; Leão XII, 7 Mar, 1825)
5. Se assistirem à Exposição do SS. Sacramento, feita
em três dias contínuos, por algum tempo, na sede
da Congregação, rezando aí, e fazendo as demais
obras prescritas podem lucrar a indulgência
concedida à devoção das Quarenta Horas. (Bento

- 635 -
XIV, 15 Jul, 1749, e 8 Set, 1751; Leão XII, 7 Mar,
1825)*
6.
A Sagrada Penitenciária Apostólica, por expresso
mandamento de Sua Santidade, o Papa Pio XII,
recebido pelo abaixo assinado Cardeal Penitenciário
Mor, em audiência concedida no dia 7 de Agosto deste
ano. aprovou o presente Sumario, colhido dos
documentos autênticos revisto e reconhecido e
declarou, que ele deve ser reconhecido como a única
coleção de indulgências e mais favores espirituais que
se referem a indulgências até aqui concedidas à
Congregação Prima Primária do titulo da Anunciação
da Bem-aventurada Virgem Maria e S. Pedro e S. Paulo
e permitiu a impressão e publicação.

9 DE AGOSTO DE 1948

† NICOLA CANALI,
Penitenciário Mór.

* Estas indulgências são, conforme a Raccolta:


1) Indulgência plenária, confessando-se, comungando,
visitando durante o tempo que puder a Igreja onde se faz a
adoração e orando nela pelas intenções ordinárias ou
segundo a devoção própria:
2) 10 anos e 10 quarentenas por visita. São privilegiados
todos os altares em que se faz a adoração das Quarenta
Horas, durante esta cerimônia.
- 636 -
SUMÁRIO DA RACCOLTA ROMANA

INDULGÊNCIAS DAS ESTAÇÕES DE ROMA

I. Indulgências Plenárias:
1. Quinta-Feira Santa.
2. Domingo de Páscoa.
3. Ascensão de Nosso Senhor.

II. 30 anos e 30 quarentenas:


1. Terceira Missa do Natal e no resto do dia.
2. Dia de Santo Estevão, proto-mártir.
3. Dia de São João Evangelista.
4. Dia dos Santos Inocentes.
5. Circuncisão de N. Senhor.
6. Epifania.
7. Domingos da Septuagésima, Sexagésima e
Qüinquagésima.
8. Sexta-Feira Santa.
9. Sábado Santo.
10. Todos os dias, desde a segunda-feira da Páscoa
até o Domingo in albis.
11. Os três dias das rogações.
12. Dia de São Marcos.
13. Domingo de Pentecostes.
14. Toda a semana de Pentecostes até o sábado
anterior ao Domingo da Ssma. Trindade.

III. 25 anos e 25 quarentenas:


1. Domingo de Ramos.

IV. 15 anos e 15 quarentenas:


1. Terceiro Domingo do Advento.
- 637 -
2. Vigília do Natal.
3. Primeira e segunda Missa do Natal.
4. Quarta-Feira de Cinzas.
5. Quarto Domingo da Quaresma.

V. 10 anos e 10 quarentenas:
1. 1º, 2º e 4º Domingo do Advento.
2. Todos os dias e domingos (exceto o quarto) da
Quaresma, até o Sábado da véspera de Ramos.
3. Segunda, Terça e Quarta-Feira da Semana Santa.
4. Vigília de Pentecostes.
5. Três dias das Têmporas de Setembro, e das
Têmporas do Advento.

- 638 -
CAPÍTULO IV - BIS SÆCULARI DIE

CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA PIO XII


SOBRE AS CONGREGAÇÕES MARIANAS

PIO B ISPO, SERVO DOS SERVOS DE DEUS , PARA PERPÉTUA


MEMÓRIA .

1. Ocorrendo o auspicioso bicentenário do dia em que


Bento XIV confirmou com novos benefícios, por meio
da bula áurea "Gloriosӕ Dominӕ", as congregações
marianas, perpetuamente erigidas e instituídas por
Gregório XIII, entendemos ser do nosso múnus
apostólico não só congratular-nos paternalmente com
os diretores e membros das mesmas congregações,
mas declarar que confirmamos e ratificamos os
privilégios e as amplíssimas graças com que, no
decurso de quase quatro séculos, muitos predecessores
nossos e nós próprios enriquecemos as ditas

- 639 -
congregações por tantos e tão grandes méritos para
com a Igreja.

Eficácia e atualidade das Congregações Marianas

2. É que sabemos muito bem não só quão grande


"utilidade - para usarmos as palavras de Bento XIV na
citada bula áurea - derivou desta piedosa e louvável
instituição para os homens de todas as classes sociais",
nos tempos passados, mas também o grande empenho
e esforço de ânimo, com que, em nossos dias, estas
falanges marianas, seguindo as gloriosas pegadas dos
antepassados e obedecendo religiosamente às suas
leis, se colocam nas primeiras filas, sob os auspícios e a
direção da hierarquia eclesiástica, apoiando e
suportando com constância trabalhos para a maior
glória de Deus e para o bem das almas; de tal maneira
que devem ser consideradas como aguerridas coortes e
forças espirituais, prontas a defender, assegurar e
propagar o catolicismo. E isso por muitas razões.
3. De fato, quem recorda a história das congregações
marianas, terá de confessar que, embora elas apareçam
sempre florescentes em fileiras bem compactas,
contudo não podem comparar-se com as mais recentes
em número de membros, ainda que sim no fervor das
obras; pois, quando nos séculos anteriores o número
das agregações à Prima-Primária, por ano, não ia nunca
além da dezena, desde o princípio do século XX essas
agregações anuais facilmente se contam pelo milhar.
4. Mas - e é o principal, - muito mais que o número de
membros se hão de ter em conta as regras e leis pelas
quais os congregados são como que levados pela mão
àquela excelência de vida espiritual que os torna
- 640 -
capazes de subir aos cumes da santidades
principalmente com o auxílio daqueles meios com os
quais é utilíssimo que estejam apetrechados os
perfeitos e íntegros seguidores de Cristo: o uso dos
Exercícios Espirituais, a meditação diária das coisas
divinas e o exame de consciência; a freqüência aos
sacramentos; a dócil e filial dependência de um diretor
espiritual certo; pleníssima e perpétua consagração da
própria pessoa à bem-aventurada Virgem Mãe de Deus;
e, finalmente, o firme propósito de procurar a perfeição
cristã para si e para os outros.
5. Tudo isso destina-se a acender nos congregados de
Maria aquelas chamas da divina caridade e a alimentar
e fortalecer aquela vida interior, necessária
sobremaneira nesta nossa idade, em que, como noutra
ocasião com dor advertimos, tantas multidões de
homens padecem "vazio de alma e profunda indigência
espiritual".
6. E que essas coisas não só são prescritas em
sapientíssimas leis, mas levadas felizmente à prática da
vida de cada dia nas congregações marianas, conclui-se
abundantemente do fato de que, onde quer que elas
prosperem, e uma vez que observem santamente o seu
espírito e as suas leis, se vê logo florescer e vigorar a
inocência dos costumes e uma inabalável fidelidade à
religião. Mais ainda: sob o impulso do Espírito Santo,
muitas vezes falanges de congregados que, ou no
estado eclesiástico ou no religioso, aspiram à perfeição
cristã para si e para a comunicar aos outros. E não são
tão raros os que atingem, com seguro vôo, os próprios
árduos cimos da santidade. "Desse fervoroso anseio da
vida interior brota, como que espontaneamente, aquela
completa formação apostólica dos congregados,
- 641 -
acomodada sempre às novas e variadas necessidades e
circunstâncias da sociedade humana, de tal maneira
que não hesitamos um momento em asseverar que o
modelo do homem católico, qual a congregação
mariana, já desde os princípios, costumou formá-lo
com não menor adequação que às necessidades dos
passados tempos, corresponde às dos nossos, dado que
hoje, talvez, mais que outrora, são precisos homens
solidamente formados na vida cristã.

A Santa Sé louva e define a posição das


Congregações Marianas

7. Pelo que, contemplando do alto desta sede de Pedro,


como de elevada atalaia donde se descortina o mundo,
o admirável esforço de tantos féis cristãos em toda
parte, na conservação, defesa e aumento da religião,
julgamos dignas de particular louvor as hostes das
congregações marianas, as quais, logo desde a sua
origem, se propuseram tomar a cargo, como coisa
própria sua e muito em consonância com as suas leis,
todas as obras apostólicas recomendadas pela santa
madre Igreja, tendo como guias os pastores sagrados, e
isso não só individual mas coletivamente. Quão bem
tenham satisfeito a esse encargo e dever, e com que
felicíssimos incrementos para a religião, declararam-
no eloqüentissimamente os reiterados encômios dos
romanos pontífices. E na época atual, agitada por
tantas calamidades, é para nós suavíssima consolação
contemplar em espírito como os congregados de Maria,
em todas as partes do mundo, empenham forças
valorosa e eficazmente, em todo gênero de apostolado,
seja em levar à virtude e incitar ao desejo de uma vida
- 642 -
cristã mais pujante, por meio dos Exercícios
Espirituais, os homens de todas as classes,
principalmente os adolescentes e os operários, seja em
aliviar as misérias espirituais e materiais dos pobres. E
isso fazem-no, não só por iniciativa particular e
movidos por sentimentos de bondade inata, mas
também promovendo leis conformes com os princípios
do evangelho e da justiça social, nas assembleias
públicas dos Estados e até mesmo desde os mais altos
cargos do Estado.
8. Também se não devem passar em silêncio as
associações que as congregações marianas fundaram
ou consolidaram com o seu esforço, para reprimir as
representações teatrais e os espetáculos
cinematográficos obscenos, e preservar os bons
costumes da aluvião de livros e periódicos perversos.
Nem se hão de esquecer as inúmeras escolas gratuitas
abertas pelas congregações para os meninos e adultos
mais desprotegidos da fortuna; os institutos técnicos
para melhor formação dos operários na arte de cada
qual, e sobretudo os que visam a uma maior
especialização nas várias classes e gêneros de
profissões e disciplinas. Essa forma de apostolado, tão
necessária em nossos dias, é praticada por numerosas
congregações, sobretudo pelas chamadas inter-
paroquiais, em proveito de grupos de pessoas unidas
entre si pela maior semelhança dos respectivos
misteres e ofícios.
9. Na verdade, essas obras são numerosas e utilíssimas
à causa católica. Ainda na mesma ordem de ideias, se
deve tributar o louvor às congregações marianas de
terem sempre, e mais ainda nos últimos tempos,
desejado do fundo da alma colaborar íntima e
- 643 -
fraternalmente com outras associações católicas; para
que, pela união de forças e sob a autoridade e direção
dos bispos, se colham, dos trabalhos suportados pelo
reino de Cristo, frutos mais abundantes. Mais ainda,
como noutro lugar fazíamos ver acerca da Ação católica
italiana, os primeiros núcleos destas associações em
algumas nações foram fundados por congregações de
Maria, os quais, sucedendo-lhes depois outros e outros
que fervorosamente lhes foram juntando o seu esforço,
mostraram dever ser tidos, com verdade e justiça entre
os principais fautores da Ação católica.
10. Além disso, assentando toda a força dos católicos
na união de todos como num só esquadrão em ordem
de batalha sob a autoridade e obediência dos pastores
da Igreja, quem não vê quão oportunos instrumentos
de apostolado sejam as congregações marianas, não só
em virtude da sua fervorosa e incondicional sujeição a
esta Sé Apostólica, cabeça e fundamento de toda a
hierarquia eclesiástica, mas também pela humilde e
dócil submissão às ordens e conselhos dos ordinários,
segundo a sua índole e capacidade.
11. E quem examina a íntima constituição das
congregações, facilmente verificará que umas
dependem dos bispos e párocos; outras, por especial
privilégio, de nós mesmo, e, por delegação de nós
recebida, do Prepósito Geral da Companhia de Jesus.
Todas, porém, quanto aos trabalhos apostólicos a
organizar e a executar, estão sujeitas à autoridade do
próprio bispo ou ainda, por vezes, a do pároco. Por
isso, visto serem recebidas entre os esquadrões da
milícia apostólica pela hierarquia eclesiástica, e dela
inteiramente dependerem na iniciativa e realização das
suas atividades, com razão, como noutra ocasião
- 644 -
advertimos, se devem denominar cooperadoras do
apostolado hierárquico. E, na verdade, nos
congregados de Maria, esta como que ingênita
"reverência e humilde submissão aos pastores
sagrados" brota necessariamente das suas próprias
regras. Segundo elas, o congregado há de professar
incondicionalmente, na vida e nos costumes, tudo o
que ensina a Igreja católica, "louvando o que ela louva,
e reprovando o que ela reprova, sentindo como ela
sente em todas as coisas, não se envergonhando nunca,
seja na vida particular, seja na pública, de proceder
como filho obediente e fiel de tão santa mãe".
12. A essa estreita e quase militar união dos católicos,
de modo nenhum se opõe o fato de que as
congregações, fundadas pela Companhia de Jesus,
pareçam como renovos e derivações da mesma, dado
sobretudo o serem parte delas, embora pequena,
dirigidas por sacerdotes da mesma Companhia, por
delegação nossa, como dissemos. Pelo contrário, uma
vez que as congregações marianas tomaram como
lema, logo desde a fundação, as regras "para sentir com
a Igreja", parece terem adquirido certa como que
inclinação natural de obedecer aos ditames daqueles
que "o Espírito Santo pôs como bispos a regerem a
Igreja de Deus" (At 20, 28); donde resulta que
prestaram e prestarão valiosíssimo auxílio aos mesmos
bispos na dilatação do reino de Cristo. O mais
irrefragável testemunho de que elas não buscaram
nunca o interesse de qualquer causa particular, mas
sempre o bem comum da Igreja, está naquele
brilhantíssimo esquadrão de congregados marianos, a
quem a mesma santa madre Igreja decretou as
supremas honras dos altares, com cuja glória se ilustra
- 645 -
não apenas a Companhia de Jesus, mas o próprio clero
secular e não poucas famílias religiosas, pois que das
congregações marianas saíram dez fundadores e
patriarcas de novas ordens ou congregações
Religiosas.
13. De tudo isso, portanto, claramente se conclui que as
congregações marianas, como as suas regras
aprovadas pela Igreja altamente proclamam, são
associações imbuídas de espírito apostólico, que, ao
incitar os seus membros, por vezes arrebatados até aos
cumes da santidade, a procurar também a perfeição da
vida cristã e a salvação eterna dos outros, sob a direção
dos pastores sagrados, e a defender os direitos da
Igreja, conseguem também preparar incansáveis
arautos da Virgem Mãe de Deus e adestradíssimos
propagadores do reino de Cristo.
14. Sendo isso assim, às congregações marianas, quer
se considerem as suas Regras, quer a sua natureza,
objetivos, empreendimentos e história, não se lhes
pode negar nenhuma das características de que a Ação
católica está adornada, já que esta, como tantas vezes
declarou o nosso predecessor de feliz memória, Pio XI,
exatamente se define: "O apostolado dos fiéis, que
prestam a sua cooperação à Igreja e em certo modo a
auxiliam no desempenho do seu múnus pastoral”.
15. Nem a natureza e características peculiares das
congregações marianas obstam a que se possa chamar
de pleno direito "Ação católica executada sob os
auspícios e proteção da bem-aventurada Virgem
Maria”; antes, como o foram no passado, assim "são no
presente e serão no futuro, defesa e garantia de uma
mais esclarecida formação católica das almas". De fato,
como muitas vezes declarou esta Sé Apostólica, "a Ação
- 646 -
católica não se exerce num círculo fechado", como que
circunscrita rigidamente dentro de determinados
limites invioláveis, nem pelo fato de "ter um objetivo,
faz por alcançá-lo por um caminho e processo
exclusivo", a ponto de suprimir e absorver as outras
associações ativas dos católicos; pelo contrário, deve
ter como dever seu "unir e amistosamente coordenar
estas associações de tal forma que umas beneficiem o
progresso das outras, com inteira concórdia de ânimos,
união e caridade". Pois, como recentemente
advertimos, "neste exímio fervor de apostolado, que
nos é tão grato, deve haver precaução contra o erro de
alguns que desejam reduzir a uma única forma de
apostolado tudo o que se faz para bem das almas". Este
procedimento é inteiramente contrário ao pensamento
e sentir da Igreja, a qual de modo nenhum aprova esta
espécie de "redução da vida que espontaneamente
brota e floresce", redução que leva a confiar todas as
obras de apostolado apenas a uma determinada
associação ou a paróquia. A Igreja, pelo contrário,
favorece a multiforme unidade, na direção dessas
obras, por meio da colaboração fraterna, sob a
orientação dos prelados, na união e conjugação de
todas as forças para um único fim. E esta "concorde
harmonia de sentimentos, ordenada colaboração e
entendimento mútuo, que inúmeras vezes
recomendamos", tanto mais facilmente a conseguirão
essas associações, quanto mais profundamente se
persuadirem de que então se avantajarão às demais,
quando aprenderem a dar-lhes o primeiro lugar,
desterrando qualquer contenda acerca de primazias,
"amando-se uns aos outros com fraterna caridade e

- 647 -
dando-se mutuamente a preferência", procurando só a
glória de Deus.

Notas essenciais a todas as Congregações Marianas

16. Ponderadas, pois, cuidadosamente todas essas


razões e com o desejo veementíssimo de que essas
escolas vivas de piedade e vida cristã operante se
desenvolvam e robusteçam, cada dia, mais e mais,
indicamos sumariamente aos congregados marianos,
com a nossa autoridade apostólica, alguns pontos
aplicáveis em todo o mundo, que deverão ser
religiosamente observados por todos aqueles a quem
disser respeito:
17. I. As congregações marianas, devidamente
agregadas à Prima-Primária do Colégio Romano, são
associações religiosas erigidas e instituídas pela
própria Igreja, e cumuladas por ela de abundantes
privilégios, para mais facilmente realizarem a missão
que lhes foi confiada.
18. II. Só deve ser considerada congregação mariana a
que seja erigida pelo ordinário competente, a saber:
nos locais próprios da Companhia de Jesus ou a ela
confiados, pelo Preposto geral dela, e nos outros pelo
bispo da diocese, ou, com o consentimento formal
deste, pelo sobredito Preposto geral. Porém, para que a
congregação assim erigida goze dos privilégios
concedidos à Prima-Primária, é necessário ser-lhe
devidamente agregada. Contudo, esta agregação, que
deve ser pedida com o consentimento do ordinário do
lugar, e que é concedida única e exclusivamente pelo
Preposto geral da Companhia de Jesus, nenhum direito

- 648 -
confere à Prima-Primária nem à Companhia de Jesus
sobre a congregação.
19. III. As congregações marianas, que plenamente
correspondem às atuais necessidades da Igreja, devem,
por vontade dos sumos pontífices, conservar intactas
as suas regras, métodos, índole própria .
20. IV. As regras comuns - cuja observância, ao menos
no essencial, é requerida para impetrar a agregação
são calorosamente recomendadas a todas as
congregações, como sumário e documento da
disciplina observada pelos antigos congregados e
consagrada pelo uso constante .
21. V. Todas as congregações marianas dependem da
hierarquia eclesiástica, por modos acidentalmente
diversos, mas substancialmente idênticos, exatamente
como as outras agremiações dedicadas a obras de
apostolado.
22. VI. Para não dar-se o caso de as fileiras e as forças
da milícia cristã se dispersarem e enfraquecerem na
propagação do reino de Deus e na defesa dos direitos
da religião, os congregados de Maria, seguindo
fielmente as pegadas dos antepassados e amoldando-se
à praxe hodierna, ao empreender e prosseguir obras
apostólicas, tenham presente:

a) Que o ordinário do lugar:


- segundo a norma dos sagrados cânones e salvas
sempre as prescrições e documentos da Sé Apostólica,
tem poder sobre absolutamente todas as congregações
que estão no território da sua jurisdição, quanto ao
exercício do apostolado externo;
- tem poder sobre as congregações constituídas fora
dos recintos da Companhia de Jesus, e pode dar-lhes
- 649 -
normas próprias, contanto que não se altere a
substância das regras comuns.

b) que o pároco:
- é o diretor nato das congregações paroquiais, as
quais, portanto, governa como as demais associações
da freguesia;
- goza, em todas as congregações que exercem obras de
apostolado no seu território, do poder que lhe é
concedido pelos sagrados cânones e pelos estatutos
diocesanos, para a boa organização do apostolado
externo.
23. VII. O diretor de qualquer congregação mariana,
legitimamente nomeado, e que há de ser sempre
sacerdote, ainda que esteja sob a completa
dependência dos legítimos superiores eclesiásticos,
contudo na vida interna da congregação goza, segundo
a norma das regras comuns, de pleno poder, que
ordinariamente convém que exerça por meio de
congregados que tomará como auxiliares do seu cargo.
24. VIII. Essas congregações devem chamar-se
marianas, não só porque da bem-aventurada Virgem
Maria assumem o título, mas muito principalmente
porque todos os seus membros professam uma
singular devoção para com a Mãe de Deus, e a ela se
ligam com total consagração, em virtude da qual se
comprometem, ainda que não sob pecado, a combater
com todo o esforço, sob a bandeira da santíssima
Virgem, pela perfeição cristã e salvação eterna própria
e dos outros. Por essa consagração, o congregado fica
para sempre obrigado para com a santíssima Virgem, a
não ser que seja despedido por indigno, ou que, por

- 650 -
ligeireza de ânimo, ele mesmo abandone a
congregação.
25. IX. No recrutamento dos Congregados, escolham-se
cuidadosamente os que, não contentes com um gênero
de vida vulgar e trivial , se empenhem em "dispor no
seu coração ascensões" (Cf. Sl 83, para o mais alto,
segundo as normas ascéticas e os exercícios de piedade
propostos nas regras.
26. X. É, por conseguinte, dever das congregações
marianas formar de tal modo os congregados, segundo
a condição de cada um, que possam ser propostos aos
seus iguais como exemplo, na vida cristã e na atividade
apostólica .
27. XI. Entre os fins primários das congregações, há de
contar-se o apostolado de todo o gênero (omnímodo),
principalmente o social - apostolado que, para
propagar o reino de Cristo e defender os direitos da
Igreja, lhes é confiado por mandato (demandatus) pela
própria hierarquia eclesiástica. "Para prestar essa
verdadeira e completa cooperação com o apostolado
hierárquico, de modo nenhum é preciso variar ou
inovar as normas próprias das congregações referentes
aos métodos dessa cooperação.
28. XII. Por último, as congregações marianas devem
ser consideradas na mesma categoria das outras
associações de caráter apostólico, quer estejam
federadas com elas, quer adiram coletivamente ao
órgão central da Ação católica. Além disso, como as
congregações devem, sob a orientação e autoridade
dos prelados, empenhar todo o seu esforço e zelo em
ajudar qualquer outra associação, não é necessário que
cada congregado dê individualmente o nome a mais
outro agrupamento.
- 651 -
Conclusão
29. Isto mandamos e promulgamos, decretando que as
presentes letras sejam firmes e válidas e permaneçam
sempre eficazes, produzindo e obtendo seus efeitos
plenos e inteiros, e que plenissimamente as acatem
todos aqueles a quem couber. Determinamos, que
assim se deve julgar e definimos que, daqui em diante,
há de ser nulo e irrito, tudo o que contra elas
consciente ou inconscientemente, for atentado, por
quem quer que seja e seja qual for a sua autoridade.
Não obstando qualquer disposição em contrário.

DADO EM C ASTEL G ANDOLFO , JUNTO A R OMA , AOS 27 DE


SETEMBRO DE 1948, ANIVERSÁRIO BISSECULAR DA B ULA
Á UREA “G LORIOSAE DOMINAE”, NO ANO DÉCIMO DE N OSSO
PONTIFICADO .

PIUS PP . XII

- 652 -
CAPÍTULO V – REGRAS

Pela autoridade que Nos deu o Sumo Pontífice Gregório


XIII, na Constituição Omnipotentis Dei, de 5 de
Dezembro de 1584, ampliada e confirmada por Xisto V,
Clemente VIII, Gregório XV, Bento XIV, Clemente XIII,
Leão XII e Leão XIII, em virtude da qual podemos fazer
Regras para as Congregações Mariana, e, em harmonia
com as necessidades dos tempos, mudar, corrigir e
reformar as já feitas, aprovamos e promulgamos as
regras seguintes, tiradas das Regras Comuns feitas
pelos Nossos Predecessores, Pe. Aquaviva, em 1587 e
Pe. Beckx, em 1855, estabelecidas pelo Nosso
Predecessor Pe. Martin, em 1905, acomodadas
ultimamente aos novos decretos da Santa Sé e às
necessidades dos tempos presentes e revistas por Nós:
declaramos e decretamos que as mesmas Regras (salvo
aprovação, concedida ou para conceder no futuro, pelo
Prepósito Geral, de Regras para certa classe de pessoas
ou para uma região particular), sejam as Regras

- 653 -
comuns para uso de todas as Congregações Marianas
eretas, nas igrejas e casas da Companhia de Jesus.

TÍTULO PRIMEIRO

Do fim e natureza das Congregações Marianas.


1. As Congregações Marianas, instituídas pela
Companhia de Jesus e aprovadas pela Santa Sé, são
associações religiosas que têm em vista fomentar nos
seus membros uma ardentíssima devoção, reverência e
amor filial para com a B. Virgem Maria, e, por esta
devoção e pelo patrocínio de tão boa Mãe, tornar os
fiéis, reunidas em nome dela, bons cristãos, que
sinceramente se esforcem por santificar-se no seu
estado e se dêem deveras, quando a posição social lhes
permitir, a salvar e santificar os outros e a defender a
Igreja de Jesus Cristo dos ataques da impiedade.
2. O poder de erigir Congregações Marianas nas Casas e
igrejas da Companhia de Jesus, de agregá-las à Prima-
Primária Romana e de comunicar-lhes as indulgências
e privilégios a esta concedidos, pelos Romanos
Pontífices, pertence exclusivamente, conforme as
Constituições apostólicas, ao M. Revmo. Pe. Prepósito
Geral ou Vigário Geral da mesma Companhia.
3. Visto ser a B. Virgem Maria, a Padrœira principal
destas Congregações, como do próprio nome delas se
depreende, todas a devem ter por Padrœira primária,
tomando por título algum mistério ou invocação sua.
Isto não impede que ao título principal se possa,
querendo, acrescentar outro de qualquer padrœiro
secundário.
4. Ainda que as Congregações Marianas sejam
instituídas para toda a classe de fiéis, convém, sem
- 654 -
embargo à sua constituição orgânica e ajuda a obter
mais eficazmente os seus fins, instituir Congregações
diferentes para as pessoas que, pela idade, estado ou
condição, também são diversas, de maneira que haja
Congregações para crianças, jovens, adultos,
estudantes, operários, etc.

TÍTULO SEGUNDO

Dos exercícios comuns das Congregações Marianas


5. As Congregações Marianas devem ter as suas
reuniões ao menos uma vez por semana, no dia e hora
que as suas Regras ou costume particular
determinarem. Se não houver impedimento especial,
convém que a reunião geral da Congregação se faça
todos os domingos e dias santos de guarda. Estas
reuniões não devem omitisse nos dias determinados
senão por motivos muito fortes e mesmo nos meses de
verão não se devem interromper, a não ser no caso de
estarem ausentes os Congregados, ou de haver
qualquer outro grave impedimento.
6. Os exercícios ordinários destas reuniões, costumam
ser; Invocação do Espírito Santo, pelo hino Veni Creator
(pág. 246); Leitura de um livro piedoso durante dez ou
quinze minutos, enquanto se reúnem os Congregados;
Anunciar, onde for costume, as festas dos Santos e o
calendário de cada semana, quer seja o comum, quer o
próprio e aprovado para estas Congregações; Cantar as
Matinas ou Vésperas do Ofício pequeno de N. Senhora,
conforme a reunião se fizer de manhã ou de tarde. Este
Ofício pode ser substituído por outro qualquer de N.
Senhora; Breve exortação feita pelo Pe. Diretor sobre
coisas atinentes ao proveito espiritual dos
- 655 -
Congregados; Finalmente, recitação das Ladainhas de
N. Senhora, de algumas orações ao Padrœiro
secundário da Congregação, ou as que o costume tiver
introduzido.
7. Além destas reuniões ordinárias, devem as
Congregações Marianas ter outros pios religiosos
extraordinários, como são as Comunhões Gerais, os
Exercícios Espirituais de S. Inácio e as festas solenes
dos Padrœiros próprios de cada Congregação.
8. A Comunhão Geral dos Congregados deve fazer-se
uma vez cada mês, em dia fixo que, não havendo razões
especiais para outro dia, seja de alguma festa solene de
N. S. Jesus Cristo ou de N. Senhora.
Este exercício pode reduzir-se à Missa com preparação
para a Comunhão, ação de graças, e, se for costume,
leitura do calendário eclesiástico para a semana
seguinte, canto da antífona Salve Regina, ou quaisquer
breves orações em honra de N. Senhora.
9. Os Exercícios Espirituais far-se-ão cada ano durante
alguns dias, terminando pela Comunhão Geral. O
Diretor de cada Congregação, vistas as circunstâncias,
marcará a data em que se hão de fazer os Exercidos, a
duração deles e o horário. Convém, todavia, ter
presente que a Quaresma é ordinariamente a melhor
época. A maneira mais eficaz de fazer estes Santos
Exercícios é fora do mundo e dos amigos, nos
chamados Exercícios fechados. Se isto não for possível,
e nem o dia inteiro se puder empregar neles, convém
prolongá-los por seis dias, com ao menos duas
reuniões durante o dia, uma de manhã, outra de tarde
ou à noite, em que possam fazer-se os principais
exercícios: leitura espiritual, meditações, práticas,
Missa e Rosário.
- 656 -
10. As festas titulares das Congregações devem
celebrar-se todos os anos com solenidade religiosa.
Seria bom, para maior louvor e glória da B. Virgem
Maria, Padrœira principal, preceder a sua festa de uma
novena ou tríduo devoto. Nas Congregações cujo
Padrœiro secundário é S. Luís Gonzaga, e ainda em
outras, é costume honrar-se o santo jovem com a
piedosa prática dos seis domingos.
11. Celebram-se estas festas com solenidades. Em
geral, todos os atos públicos se devem fazer com a
pompa que permitirem as posses da Congregação e Í8r
mais conforme à condição social dos Congregados,
evitando sempre a vã ostentação, que, longe de
aproveitar ao fim próprio da Congregação, prejudica o
seu bom espírito.

TÍTULO TERCEIRO

Das Seções e Academias


12. Como as Congregações Marianas têm por fim levar
à maior perfeição os seus membros e fazer que a
muitos outros se estenda o seu salutar influxo em bem
das almas, é mister que procurem, intensamente,
fomentar de vários modos a piedade nos Congregados
e movê-los à prática de obras de caridade com o
próximo. Estas obras serão, principalmente, o ensino
da doutrina cristã, visitas aos enfermos nos hospitais e
aos presos nos cárceres — obras a que se voltaram
com grande zelo as antigas Congregações, — e outras
semelhantes, que as necessidades do tempo moderno
requerem nos vários lugares.
13. Para a boa realização destas obras, convirá, se o
número dos Congregados o permitir, organizar secções
- 657 -
particulares com forma e vida própria, sempre
subordinadas à autoridade que governa a Congregação.
14. É também muito conforme aos estatutos primitivos
das Congregações Marianas que haja nestas, mormente
se são de estudantes, uma ou mais Academias,, em que
os jovens se exercitem em trabalhos científicos,
literários, artísticos ou econômicos, para se
aperfeiçoarem nos seus estudos ou profissão e
adquirirem, sob a direção de pessoas competentes, um
são critério nas questões que têm relação com a fé e
com a moral católica.

TÍTULO QUARTO

Do governo das Congregações Marianas


15. O governo supremo das Congregações Marianas
eretas nas Casas e igrejas da Companhia de Jesus,
pertence ao Revmo; Pe. Prepósito Geral ou Vigário
Geral da mesma Companhia, conforme as Constituições
Apostólicas. Em virtude deste poder, o M. Revmo. Pe.
Geral pode fazer e promulgar estatutos, constituições e
decretos para direção das Congregações, examinar e
aprovar os que outros por sua ordem fizerem, alterar,
corrigir e fazer outros de novo, todas as vezes que
julgar conveniente.
16. Segundo a Constituição de Bento XIV, Laudabite
Romanorum Pontificum os Diretores particulares
nomeados pelo Prepósito Geral nas Casas, e igrejas da
companhia de Jesus, têm plena autoridade em todas as
coisas que pertencerem ao regime, governo e
administração espiritual e temporal das suas
Congregações, de modo que podem — contanto que
não toquem nas presentes Regras comuns —
- 658 -
estabelecer as regras, estatutos e decretos particulares
que prudentemente julgarem oportunos, assim como
modificá-los e mudá-los por completo, sem que seja
necessário, em caso algum, obter ou pedir o parecer ou
consentimento dos membros da Congregação.
17. A faculdade de nomear os Diretores das
Congregações foi, por expressa disposição do M.
Revmo. Pe. Prepósito Geral, conferida aos Provinciais
Superiores das Missões. Os Superiores locais da
Companhia têm, nas Congregações eretas em suas
Casas e igrejas, os mesmos poderes que os Diretores,
em cujo lugar podem, além disso, subdelegar
temporariamente outros, havendo justas razões.*
18. Para ajudar o Padre Diretor no governo e
administração da Congregação, há nela um corpo de
Congregados, constando ordinariamente do
Presidente, dois Assistentes, Secretário, seis ou mais
Consultores, Instrutor dos Candidatos e Tesoureiro.
São estes os Oficiais Maiores e os únicos que
constituem o Conselho de governo. Se as circunstâncias
o exigirem, o Diretor nomeará Vice-Secretário, Vice-
Instrutor, Vice-Tesoureiro, ou outros cargos novos,
podendo dar a categoria de Oficiais Maiores aos
Congregados que exercerem estes cargos.
19. Os Oficiais Menores, como Sacristães, Apontadores,
Bibliotecários, e Leitores, exercem ofícios meramente
executivos, ainda que alguns sejam de grande utilidade
prática. Estes oficiais serão em maior ou menor
número, conforme a necessidade de cada Congregação.
20. A nomeação dos Oficiais Menores dependerá da
livre escolha do Padre Diretor. Quanto aos membros do
Conselho ou Oficiais Maiores, nas Congregações em
que não for costume serem também eles escolhidos
- 659 -
pelo Diretor e não parecer conveniente, por graves
razões, introduzir tal costume, serão eleitos pelos
Congregados, por maioria de votos, de termos que para
cada ofício o Diretor tiver formado. Nas Congregações
que de novo se instituírem siga-se uma ou outra praxe,
consoante a prudência aconselhar, tendo em vista as
circunstâncias e o maior bem da Congregação, Se
alguma vez, por causa das circunstâncias e do fim da
Congregação Mariana, parecer melhor outro modo de
eleger os Oficiais Maiores ou Menores, é livre o
empregá-lo.
21. Os Ofícios costumam renovarem-se cada ano, no
tempo determinado pelas Regras ou pelo costume
particular. Os Ofícios que vagarem fora desse tempo,
serão providos pelo modo acima indicado.
22. Os Oficiais do Conselho, como os Oficiais Menores,
usarão das soas atribuições na medida e nas condições
que lhes forem comunicadas pelo Diretor. E à sua
autoridade ficam sujeitos, individual e coletivamente,
no exercício das suas funções.

TÍTULO QUINTO

Da admissão e exclusão dos Congregados


23. Todo aquele que desejar entrar na Congregação,
faça o seu pedido ao Diretor. Só este tem autoridade
para admitir. Se for possível, apresente o pedido de
admissão por meio de um Congregado que o proponha.
O candidato deve sobretudo ser de costumes
irrepreensíveis, ter as condições de idade, estado,
profissão, etc., requeridas na Congregação que
pretende e propor firmemente cumprir com fidelidade
as regras.
- 660 -
24. A admissão definitiva deve ser precedida de um
tempo de prova nunca inferior a dois meses. Neste
tempo o candidato estará obrigado a cumprir todos os
deveres que a Congregação impõe aos seus membros.
O que vier de outra Congregação pode ser logo
admitido, se apresentar guia de transferência assinada
pelo Diretor da Congregação de onde vem, da qual
conste o seu bom comportamento e assiduidade aos
atos da Congregação. Quem não vier diretamente de
outra Congregação, ainda que antes tenha sido
Congregado, será sujeito a prova mais ou menos longa,
a juízo do Diretor.
25. A admissão solene dos novos Congregados far-se-á
duas ou mais vezes no ano, nas festas titulares da
Congregação ou outras principais de N. Senhora.
26. Estando próxima a data da admissão solene dos
candidatos, proponha o Diretor ao Conselho os nomes
daqueles que, a seu juízo, podem ser admitidos, e
mande aos Oficiais do Conselho que dêem com
simplicidade o seu parecer e exponham o que acaso
haja contra a admissão proposta. O Diretor, em vista
das observações do Conselho, determinará o que a
respeito de cada um julgar melhor: se deve ser
admitido no número dos Congregados, se se lhe deve
prorrogar o tempo da prova, ou se deve ser excluído da
Congregação.
27. A recepção solene dos Congregados deve ser feita
em reunião plena da Congregação, assistindo à
cerimônia junto do Diretor, que faz a recepção, o
Presidente, o Secretário e o Instrutor. Os novos
Congregados, quando forem chamados pelo Secretário,
acercar-se-ão do altar e recitarão, de jœlhos, um dos
seguintes atos de Consagração a N. Senhora:
- 661 -
Ato de Consagração de S. João Berchmans:

“Santa Maria, Virgem e Mãe de Deus, eu, N.N., vos


escolho hoje por Senhora, Padrœira e Advogada minha
e tomo a resolução inabalável de nunca vos abandonar,
nem proferir, fazer, ou permitir que outros façam, seja
o que for em desdouro vosso. Rogo-vos, pois, me
assistais em todas as minhas ações e não me
abandoneis na hora da minha morte Amém.”

Ato de Consagração de S. Francisco de Sales:


“Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, eu, N.N., ainda
que indigníssimo de ser vosso servo, movido, contudo,
pela vossa admirável piedade e pelo desejo de vos
servir, vos elejo hoje, em presença do meu Anjo da
Guarda e de toda a Corte celeste, por minha especial
Senhora, Advogada e Mãe, e firmemente proponho
servir-vos sempre e fazer quanto puder, para que dos
mais sejais também fielmente servida e amada.
Suplico-vos e rogo-vos Oh! Mãe piedosíssima, pelo
Sangue de vosso Filho por mim derramado, me
recebais por servo perpétuo no número dos vossos
devotos. Assisti-me em todas as minhas ações e
alcançai-me graças para que sejam tais daqui para o
futuro, os meus pensamentos, palavras e obras, que
nunca mais ofenda os vossos olhos e os de vosso Divino
Filho. Lembrai-vos de mim, e não me abandoneis na
hora da minha morte. Amém.”

Depois o Padre Diretor, ou outro Sacerdote por ele


delegado, colocará no pescoço dos candidatos a
medalha da Congregação com a fórmula costumada, e
declará-los-á admitidos, dizendo:
- 662 -
Fórmula de Admissão:

Ego, ex auctoritate mihi legitime collata, vos in


Sodalitatem Beatíssimӕ Vírginis (títuli primáríi) et
(títuli secundárii) recipio atque omnium
Indulgentiarum Primӕ–Primariӕ Romanӕ et nostrӕ
concessarum participes efficio. Et nunc quidem nomina
vestra referentur in Album Congregationis in ӕternum
vero scripta sint in cœlis.

E esta será a Fórmula do diploma de admissão:

Hoc nostrarum litterarum testimonio constare


vólumus dilectum in Christo fratrem. . . die. . . anno. . .
in Sodalem Congregationis (genus personarum) sub
título (primário) et (secundário) fuisse cooptatum, ut
propterea omnes Indulgentias, favores, grafias ac
privilegia, quibus Sodales alii jam confirmati fruuntur,
obtinere possit et valeat, et, cum ex hac vita migraverit,
omnibus quӕ defunctis Sodálibus adhiberi solent
suffrágiis ab hac nostra juvarí debeat.
Datum ex eadem Deíparӕ Vírginis Congregatione die et
anno quibus supra.

Firma Directoris
Firma Prӕfecti Firma a Secretis

A inscrição dos nomes dos novos Congregados, no livro


da Congregação, nunca se deve omitir.
28. O Diretor pode em casos particulares, das
formalidades prescritas para a admissão. Para validade
desta em rigor, basta que tanto quem tem poder de
admitir como quem há de ser admitido, manifestem a
- 663 -
sua vontade formal por algum sinal exterior.
29. Na Congregação de uma classe ou condição de
pessoas, não se pode admitir pessoa de outra classe ou
condição, a não ser que o Diretor, por justas razões,
julgue de outro modo.
30. Os Congregados, uma vez admitidos na
Congregação, ficam sempre membros dela se
espontaneamente não a deixarem, ou não forem
demitidos por indignos.
31. Da Congregação será excluído todo o Congregado
ou candidato que faltar notavelmente aos deveres
comuns de bom cristão, ou aos particulares que lhe
impõe a regra. A exclusão será sempre decretada pelo
Diretor, que ouvirá previamente o Conselho, nos casos
mais difíceis.

TÍTULO SEXTO

Dos deveres comuns a todos os Congregados.


32. Ainda que as regras da Congregação por si não
obrigam sob pecado, nem mortal, nem venial, deixando
em cada matéria o grau de obrigação que tem, por lei
divina ou eclesiástica, devem contudo, os Congregados,
tê-las em grande estima e esforçar-se por cumpri-las
com exatíssima fidelidade, porque voluntariamente as
aceitaram no dia da entrada na Congregação e porque
nelas se encontram os meios necessários e eficazes
para alcançar o fim da Congregação
33. O bom Congregado deve, acima de tudo, ser um
cristão exemplar, conformando perfeitamente a sua fé
e os seus costumes com o que ensina a Santa Igreja
Católica, louvando o que ela louva e reprovando o que
ela reprova, sentindo como ela sente em todas as
- 664 -
coisas, não se envergonhando nunca, seja na vida
particular, seja na vida pública, de procedes: como filho
obediente e fiel de tão santa Mãe.
34. Procurem os Congregados fazer com toda diligência
os exercícios de piedade, que são sobretudo
necessários para a vida de fervor. Todos os dias pela
manhã, ao se levantarem, façam breves atos de fé,
esperança e caridade, dêem graças à Divina Majestade
pelos benefícios recebidos, ofereçam a Deus as suas
obras com intenção de lucrar todas as indulgências que
puderem naquele dia evoquem N. Senhora, rezando
pelo menos três vezes a Saudação Angélica. Dêem-se ao
menos um quarto de hora à oração mental. Assistam,
se puderem, ao santo Sacrifício da Missa. Rezem o
santíssimo Rosário ou qualquer Ofício de N. Senhora. À
noite, antes de deitar, examinem diligentemente a
consciência e façam um fervoroso ato de contrição dos
pecados de toda a vida e especialmente dos cometidos
no dia.
35. Evitem diligentemente qualquer amizade ou
conversação desnecessária, com pessoas más ou
suspeitas. Guardem-se de leituras e espetáculos
inconvenientes. E, de uma maneira geral, fujam de
todas as ocasiões que possam ser de perigo às suas
almas, ou de escândalo e desedificação ao próximo.
36. Quando for possível tenha cada Congregado o seu
confessor certo, homem pio, douto e prudente. A ele
manifeste com toda a sinceridade o estado da sua
consciência por ele se deixe guiar e dirigir em tudo o
que respeita à vida espiritual.
37. Antes de receber a medalha de Congregado, deve o
candidato fazer uma confissão geral dos seus pecados,
se o confessor não julgar o contrário. E depois, não se
- 665 -
contente só com as comunhões gerais prescritas na
regra, mas receba os Sacramentos com a freqüência
que lhe aconselhar o confessor.
38. É muito bom conselho para todos, o que deu o
Sumo Pontífice Bento XIV, de que, uma ou duas vezes
no ano, se faça confissão geral, começando da última
que se fez. Ora, isto cada um pode cumprir facilmente,
no tempo dos Exercícios Espirituais, no retiro do mês
ou no fim do ano.
39. Tenha como feita a si de modo especial, a exortação
à comunhão freqüente e quotidiana, dirigida aos fiéis
pela Santa Sé: portanto, muito se recomenda a todos e
a cada um dos Congregados, que não se contentem com
receber o Pão Eucarístico só nos dias em que podem
lucrar indulgência plenária, mas procurem pôr-se no
piedoso e salutar costume de se acercarem muitas
vezes e até todos os dias da Sagrada Mesa.
40. A Ssma. Virgem Maria é Padrœira principal das
Congregações Marianas; os Congregados devem, pois,
ter-lhe uma devoção muito particular, esforçasse par
imitar suas exímias virtudes, colocar nela toda a sua
confiança e animar-se mutuamente a amá-la e servi-la
com piedade filial.
41. Procurem com o máximo empenho assistir às
reuniões gerais da Congregação, tanto ordinárias como
extraordinárias. A presença pode ser anotada de vários
modos, segundo o costume de cada Congregação. O
mais recomendado é o uso de cédulas, que cada um
entregará com o seu nome escrito a quem está
encarregado de recebê-las. O Congregado que não
puder assistir a alguma reunião, deve, o mais depressa
possível, participar por palavra ou por escrito a causa
de sua ausência ao Padre Diretor, que verá se ela é
- 666 -
aceitável ou não.
42. Sendo muito conforme ao espírito da Congregação,
como se disse no Título terceiro, a instituição de Seções
particulares, destinadas a fomentar a piedade nos
mesmos Congregados e o exercício do zelo e caridade
cristã, é muito para desejar que todos tomem parte em
algumas destas Seções, e até convirá tornar isto
obrigatório as circunstâncias o permitirem. A
obrigação que a cada um incumbe de assistir, em
harmonia com os seus estudos e profissão, às
Academias, se as houver na Congregação, dependerá
das regras particulares de cada Congregação.
43. Procurem todos, quanto lhes for possível, exercitar
o seu zelo, ainda particularmente, nas obras de
misericórdia, espirituais e corporais e de modo
particular em atrair à Congregação os que virem ser
aptos para ela. Assim, cada Congregado se tornará um
verdadeiro após-tolo da glória de Deus e de Sua Mãe
Santíssima.
44. Em tudo o que diz respeito à vida da Congregação,
obedeçam com vontade pronta e submissa às ordens e
conselhos do Padre Diretor. Prestem a devida honra e
obediência ao Presidente e mais Oficiais do Conselho e
também aos Oficiais Menores, nas coisas que
pertencem aos seus cargos.
45. Tratem-se uns aos outros com amor fraterno e
caridade cristã e peçam muitas vezes a Deus N. Senhor
pelas necessidades da Congregação e dos Congregados
especialmente pelos enfermos. Quando algum morrer,
acompanhem, os que puderem, o seu corpo ã sepultura
e façam todos em particular, sufrágios pelo descanso
eterno de sua alma. Além disso, recitarão em comum o
Ofício de defuntos ou outras orações e farão que se
- 667 -
celebre a Missa, pára que ao falecido seja aplicada a
indulgência do altar privilegiado.
46. Contribua cada um para as despesas da
Congregação, ou com uma esmola espontânea,
conforme as suas posses, ou com uma quota fixa,
sempre módica, que o costume determinar.
47. Quem, por algum tempo ou para sempre, se retirar
do lugar em que tem sua sede a Congregação, faça disto
ciente o Padre Diretor, que, sendo necessário, lhe dará
letras patentes assinadas por si ou pelo Presidente, das
quais conste que ele é Congregado e digno de ser
admitido como tal em qualquer outra Congregação.
Os Congregados que por um ano ou mais se
ausentarem da sua Congregação e fixarem residência
em lugar onde não possam assistir às reuniões dela,
estão obrigados, para ganhar as indulgências, a entrar
na Congregação do lugar do novo domicílio, se a
houver e for composta de pessoas da sua condição, a
não ser que o Diretor dela se oponha ou haja outro
impedimento, de que julgará o Diretor da primeira
Congregação. Enquanto estiverem ausentes, escrevam
de tempos a tempos ao Diretor ou ao Presidente;
observem, quanto for possível, as práticas de piedade
da Congregação; estejam onde estiverem, levem com
pontual fidelidade uma vida cristã e fervorosa, como
convém a bons Congregados de N. Senhora.

TÍTULO SÉTIMO

Dos Oficiais maiores ou do Conselho


48. Os Oficiais Maiores do Conselho, assim como
precedem os outros na dignidade, também devem
excedê-los na prática das virtudes e na exata
- 668 -
observância das regras, quanto mais elevado for o
cargo que tiverem.
49. Procurem cumprir com suma diligência os deveres
do seu cargo c recorram ao Padre Diretor todas as
vezes que for necessário, para darem conta do
desempenho do seu Ofício, para o consultarem nas
dúvidas e dificuldades que ocorrerem, para receberem
dele novas instruções e se tornarem deste modo fiéis
auxiliares, como devem ser, da autoridade dele no
governo da Congregação.
50. Assistam, com seu parecer e voto, às reuniões que o
Diretor ou o Presidente, por ordem dele, convocar.
Nestas reuniões serão tidas por decisões do Conselho,
e como tais promulgadas, as que tiverem maioria
absoluta de votos e forem aprovadas e devidamente
publica das pelo Diretor. Sem consentimento dele
nenhuma resolução, mesmo unanimemente votada,
deve ser tida como válida.
51. Manifestem com clareza e simplicidade o seu
parecer, nas questões de que se tratar no Conselho.
Nunca espiritual da Congregação.
52. Quando tiverem a intenção de propor ao Conse-lho
alguma coisa que traga consigo dificuldades graves,
exponham-na previamente ao Padre Diretor, que em
sua prudência decidirá se convém ou não ser proposta
e discutida.
53. O Presidente é o primeiro dos Oficiais, em
dignidade, e como que o braço direito do Padre Diretor.
Presidirá com este às reuniões e intervirá,
devidamente a ele subordinado, em tudo o que
pertence ao governo da Congregação, principalmente
na admissão e exclusão dos Congregados.
54. Os Assistentes ajudam o Presidente no desem-
- 669 -
penho do seu Ofício, por meio dos seus conselhos e
imediata cooperação. Na ausência do Presidente fará as
suas vezes o Primeiro Assistente, e se este faltar o
Segundo Assistente.
55. Ao Secretário incumbe exarar as atas das sessões
do Conselho, escrever o diário geral da Congregação,
preencher os diplomas e assiná-los, bem como as
Letras patentes, cartas, notícias e outros documentos
oficiais. Em tudo isto seguirá as ordens do Diretor e do
Presidente. As cartas das Consultas, o diário geral da
Congregação e o catálogo dos Congregados devem
estar em três livros separados, que nunca hão de faltar
em nenhuma Congregação.
56. Os membros do Conselho, como o próprio nome
indica, exercem ofício de consultores, não só nas
reuniões do Conselho em que tomam parte com voto
deliberativo, mas também quando em particular são
chamados pelo Diretor ou Presidente. Para maior
segurança do seu conselho, procurem conhecer bem os
Congregados as coisas da Congregação e tenham
sempre presente o que acima fica dito, em geral, de
todos os oficiais, pois de modo particular a eles se
refere aquilo de evitarem o espírito de partido e o de
dar cada um o seu parecer com pureza de intenção.
57. Instrutor dos Candidatos tem por ofício guiá-los e
instruí-los acerca dos usos e espírito da Congre-gação,
durante o tempo de prova que precede a admissão
deles como Congregados. Comunique ao Padre Diretor
o que observar sobre o modo de proceder dos
Candidatos na Congregação e fora dela, para que ele
possa, com maior conhecimento de causa, conceder a
admissão, deferi-la ou negá-la.
58. O Tesoureiro recolhe as esmolas ou quotas fixas
- 670 -
dos Congregados e benfeitores, guarda o dinheiro da
Congregação e paga as despesas dela, quando lhe
ordenarem o Diretor ou o Presidente. Nos livros e
documentos do seu cargo, observará a maior clareza e
diligência e em toda a sua administração há de proce-
der como fiel procurador do pequeno tesouro da
Virgem Santíssima, a ele confiado.

TÍTULO OITAVO

Dos Oficiais Menores


59. Os Oficiais Menores, como os Maiores, devem ser
insignes na piedade e no amor da Congregação,
desempenhar o seu cargo com grande zelo e visitar o
Diretor com maior ou menor frequência, consoante o
exigir a natureza do Ofício de cada um.
60. A Congregação terá peio menos dois Sacristães, que
têm a seu cargo preparar convenientemente a capela
para as reuniões dos Congregados e procurar as coisas
necessárias ao serviço da Congregação nos exercícios
ou festas religiosas dela.
61. Também é absolutamente necessário que haja dois
ou mais Apontadores. Estes terão um livro
convenientemente disposto, com os nomes de todos os
Congregados e Candidatos, para nele apontarem, todas
as vezes, a presença de cada um e as cansas de
ausência aceitas pelo Director
62. O Leitor tem a seu cargo a leitura espiritual que se
costuma fazer nas reuniões da Congregação, bem como
a leitura do calendário eclesiástico da semana. O
cuidado da Biblioteca será confiado a um ou mais
Bibliotecários que nos dias e horas determinados
mostrarão aos Congregados o catálogo dos livros que
- 671 -
possui a Congregação, entregarão as obras que lhes
forem pedidas e reporão em seus lugares as que forem
restituídas.
63. Quando o Diretor e o Presidente não puderem
visitar frequentemente os enfermos, será mister
nomear Visitadores, escolhidos entre os mais zelosos e
prudentes, para cooperarem em tão piedoso dever.
Esforcem-se os Visitadores por tornar amenas aos
dœntes as suas visitas e dar-lhes alívio e consolação
com a sua conversação espiritual. Roguem a Deus pelos
dœntes e procurem que o mesmo se faça na
Congregação, quando a dœnça se agravar, e, neste caso,
avisem logo o Diretor, para que o enfermo possa
receber a tempo os Sacramentos.
65. Os Ofícios maiores e menores consignados nestas
regras são comuns a todas as Congregações. Outros
que por necessidade se estabeleçam serão regulados,
quanto à sua natureza, privilégios e encargos, pelo
Diretor de cada Congregação, única pessoa que tem
direito de os instituir.

TÍTULO NONO

Da mútua comunicação entre as Congregações


Marianas
66. Para mais fácil e seguramente se conseguir os fins
próprios ou de cada Congregação Mariana, ou de
muitas da mesma classe, ou ainda de todas elas, são
muito de louvar os Congressos das Congregações
Marianas, em que tomam parte ou os Direi ores ou os
Congregados, sobretudo de uma região especial. Estes
Congressos devem dirigir as suas deliberações e todo o
seu aparato ao proveito das almas e à sólida piedade de
- 672 -
modo que as despesas não se façam só para esplendor
da festa, mas tudo se encaminhe a alcançar resultados
práticos e permanentes.
67, Também é digno de louvor o uso de publicar e ler
as revistas que são órgãos de Congregações e tratam
das suas coisas, fomentando nos que as têm o seu bom
espírito.
68. Concorre igualmente para maior glória de Deus e
honra da. Virgem SSma., nossa Mãe, que, onde for
possível, as Congregações da mesma classe e da mesma
região formem entre si uma confederação permanente,
organizando uma espécie de Conselho comum.

TÍTULO DÉCIMO

Das Regras Locais


69. Por disposição do M. Revdmo. Pe. Anderledy, outras
regras que seja necessário estabelecer e de algum
modo alterem estas, só ao M. Revdmo. Pe. Geral devem
ser propostas. As regras locais, porém, que porventura
a estas se acrescentarem, sem lhes serem contrárias,
devem submeter-se à aprovação do Provincial ou
Superior da Missão, se houverem de ter caráter
permanente.

E M FÉ DO QUE DAMOS ESTAS L ETRAS , ASSINADAS DE N OSSA


MÃO E SELADAS COM O SELO DA N OSSA C OMPANHIA .

R OMA , NA FESTA DA I MACULADA C ONCEIÇÃO DA B. VIRGEM


M ARIA , 8 DE DEZEMBRO DE 1910.

P E. F RANCISCO XAVIER W ERNZ


P REP . G ER . DA C OMP . DE J ESUS .
- 673 -
CAPÍTULO VI - FUNDAÇÃO, EREÇÃO,
AGREGAÇÃO E OFÍCIOS
I – FUNDAÇÃO

Membros
Uma coisa se requer nos futuros Congregados:
“escolham-se com diligência os que, longe de se
contentarem com teor de vida comum, se esforçam por
“dispor no coração árduas ascensões” (Ps. LXXXIII, 6),
de acordo com as normas ascéticas e os exercícios de
piedade propostos nas regras.” (Bis Sӕculari, Parte III,
IX)
Há muitas Congregações mistas, cujos membros se
recrutam de todas as idades e em qualquer classe da
sociedade. Melhor, porém, se conseguem o fim
principal e o secundário das Congregações, fundando
estas para membros de uma determinada classe. A
comunhão de idéias, a orientação comum, a união dos
esforços e a cultura espiritual podem, deste modo,
assegurar-se mais fácil e eficazmente.

Local
Não é necessária Casa ou igreja da Companhia de Jesus
para instituir uma Congregação Mariana, tampouco o
permite o estado de necessidade da Igreja. Pode
fundar-se esta em qualquer priorado, capela ou
oratório, seminário, colégio, asilo, casa de educação da
FSSPX ou de comunidades amigas.
Podem no mesmo local instituir-se muitas
Congregações Marianas simultaneamente, para

- 674 -
quaisquer pessoas, de qualquer idade ou condição,
segundo o número e qualidade das mesmas pessoas.

Títulos
A Congregação deve ter N. Senhora sob qualquer
invocação, por Padroeira principal.
Como protetor secundário pode ter um ou mais Santos.
Isto, porém, não impede que a designação ordinária da
Congregação se tome do protetor secundário,
chamando-a por ex. de S. José, de S. Luiz, de S.
Frutuoso.

Conselho
Cada Congregação há de ter por Diretor um Sacerdote,
nomeado pela autoridade competente, que deveria ser
o Preposto Geral dos jesuítas, ou o ordinário (bispo ou
abade) da diocese, mas diante da necessidade que seja
nomeado pelo Superior do Distrito da FSSPX ou pelo
Prior responsável pela missão.
A nomeação do Diretor é necessária para a validade da
admissão dos Congregados. Ao lado do Diretor e
subordinado a ele, há algumas vezes um Vice-Diretor,
para ajudá-lo.

Regras
A Congregação há de reger-se pelas Regras Comuns,
promulgadas pelo M. Rev. Pe. Geral da Companhia de
Jesus em 1910, e pela Constituição Apostólica Bis
Sӕculari, do SS. Padre Pio XII. Podem ser acrescentadas
outras, locais, que a prudência aconselhar. Mas estas
não devem ser contrárias às Regras Comuns.
Importante notar-se que por ordem expressa de Pio
XII, nem o Preposto da Companhia de Jesus, nem o
- 675 -
próprio papa, pode promulgar novas regras que se
confrontem com a Constituição Bis Sӕculari.

II – EREÇÃO

Ereção é o ato pelo qual a autoridade eclesiástica


competente, ordinária ou delegada, constitui em seu
ser, no foro eclesiástico ou canônico, a Congregação.
Nas Casas e igrejas da Companhia de Jesus, a ereção é
ato da exclusiva jurisdição do M. Rev. Pe. Geral. Fora da
Companhia pode decretá-la, por direito próprio, o
Bispo diocesano, ou o Vigário Geral, com especial
delegação do Bispo. Devido ao estado de necessidade
criado pela crise da Igreja, a ereção incumbirá ao
Superior do Distrito, ou mesmo ao Superior Geral da
FSSPX, ou a quem eles delegarem esta faculdade.

III – AGREGAÇÃO

Para gozar das indulgências concedidas à Prima


Primária, a Congregação, desde que foi ereta, ainda que
com vida própria, deveria agregar-se àquela pelo
Superior Geral do Jesuítas. No entanto, já que a Prima-
Primária de Roma foi extinta por Paulo VI,
contrariando as disposições de Pio XII, pode-se devido
à crise na Igreja e à esta necessidade fremente, usar-se
do privilégio concedido providencialmente por São Pio
X: “Não se agregam, contudo, as Congregações que já
houverem obtido indulgências da Santa Sé, ou tiverem
sido agregadas a outra arquiconfraria.” (Instr. de 2 de
Fev. de 1907). Far-se-á então a agregação da nova
Congregação à Congregação de Nossa Senhora
Aparecida e São José, no priorado Beato Padre
- 676 -
Anchieta de São Paulo/SP, que suprirá agregação à
Prima-Primária, como uma arquiconfraria, prevista no
privilégio concedido por São Pio X.

IV – OFÍCIOS

Presidente
1. Assim como por seu cargo fica superior a todos os
Congregados e imediato ao Diretor, assim deve
procurar exceder a todos na prática da virtude e na
devoção a N. Senhora, guardando pontualmente todas
as Regras, especialmente a que diz respeito à
freqüência aos Sacramentos.
2. Amará a todos, sem exceção alguma, como a Irmãos
queridos e filhos prediletos da Virgem Ssma. E
procurará, como para si próprio, o bem espiritual
deles, pois foi para isto que N. Senhora lhos confiou.
Enfim, procederá de tal maneira que os Congregados
cresçam e floresçam nas virtudes cristãs, movidos pela
eficácia de suas palavras e, muito mais, pela força dos
seus exemplos.
3. Será o primeiro a concorrer à Congregação e proverá
com antecedência aos atos de piedade nela
costumados, em harmonia com as disposições do
Diretor. Estando alguma vez legitimamente impedido
de assistir aos atos comuns, avise com tempo o Diretor,
para os devidos fins.
4. Ainda que o Presidente esteja obrigado a cuidar de
toda a Congregação, depende, contudo, do Diretor, por
cujo parecer deve guiar-se sempre, no que pertence à
direção da mesma. Por isso, não abolirá nem mudará
coisa alguma, nem estabelecerá nada de novo, sem o
conhecimento e aprovação do Diretor, para que tudo
- 677 -
na Congregação se faça com prudência e ordem, para a
maior glória de Deus e de Sua Mãe Santíssima.
5. Terá cuidado de que, na eleição do novo Presidente e
dos outros Oficiais, se leiam na reunião os n°s. 20, 21,
50, 51 e 56 das Regras Comuns e a Praxe das eleições,
insistindo em sua observação por todos. Procurará
também que os Oficiais desempenhem com zelo e
perfeição os próprios cargos, especialmente os
Assistentes, Secretário, Consultores e Tesoureiro.
6. Fará que na capela estejam escritos os nomes de
todos os Congregados e que todos os livros do
Secretário e do Tesoureiro estejam em dia.
7. Quando adœcer ou morrer algum Congregado,
procurará que se cumpra o preceituado nos ns. 45 e 64
das Regras Comuns.
8. Procure que as Seções, Academias e outras obras de
caridade e zelo instituídas na Congregação, tenham
vida ativa e floresçam o mais possível.
9. Assinará os diplomas, cartas, decretos e quaisquer
outros papeis de importância, juntamente com o
Diretor e o Secretário. Se algum Congregado houver de
ser des-pedido da Congregação, encarregar-se-á, a
juízo do Diretor, de noticiá-lo a toda a Congregação.

Assistentes
1. Como o cargo dos Assistentes consiste em ajuda-rem
com seus conselhos o Diretor e Presidente no governo
da Congregação, devem ter com eles uma perfeita
união, para que, em inteiro acordo, a direção proceda
réta e eficazmente.
2. Devem tomar parte em todas as reuniões e con-
sultas, tanto gerais como particulares.
3. Na falta do Presidente, fará as vezes dele o primeiro
- 678 -
Assistente; se também este faltar, o segundo. Tratem
frequentes vezes com o Diretor e o Pre-sidente, dos
meios que se poderiam empregar para o progresso
espiritual da Congregação, o qual, com pa-lavras e
exemplos, procurarão promover quanto pude-rem,
ajudados pela divina graça.

Secretário
1. O Secretário deve assistir a todas as reuniões e
consultas e lançar, respetivamente no Diário da Con-
gregação e no Livro das Consultas, uma nota do que
nelas se fez ou tratou. Antes, porém, de escrevê-la no
livro, mostrará uma cópia ao Diretor e ao Presidente,
para ser aprovada.
2. Terá cuidado de encher os diplomas, escrever as
circulares, avisos e tudo o mais que for costume e
também de assinar e selar os documentos com o selo
da Congregação, quando o Diretor e o Presidente
entenderem que assim deve ser.
3. Terá em dia os diferentes livros, registros e catálogos
da Congregação, a saber: Diário da Congregação, livro
das Consultas, livros dos Decretos, catálogo dos Oficiais
da Congregação, catálogo geral dos Congregados
(nome, sobrenome, datas de admissão a Congregado,
de óbito ou de exclusão), e catálogo dos Candidatos.
Em algumas Congregações há ainda dois livros mais;
registro em que cada Congregado escreve e assina a
fórmula da consagração e livro dos usos e costumes da
Congregação.

Consultores
1. Devem assistir a todas as reuniões e consultas e
ajudar, nestas e fora delas, o Diretor e o Presidente no
- 679 -
governo da Congregação.
2. Tenham sempre em vista, ao dar o seu parecer, a
maior glória de Deus e de sua Mãe Santíssima e o
proveito espiritual da Congregação.
3. Guardem-se diligentemente de todo o espírito de
paixão e procurem, assim como excedem os mais na
dignidade, excedê-los também no bom exemplo.

Instrutor
1. O Instrutor, conforme as indicações do Diretor e do
Presidente, informará e instruirá os candidatos,
explicando-lhes as Regras Comuns e os usos próprios
da Congregação, inculcando-lhes, sobretudo, a devoção
a N. Senhora. Deve cuidar igualmente de todos os que
lhes forem confiados, tratando-os com grande
caridade, inspirando-lhes amor à Congregação e zelo
pelo cumprimento das suas regras.
2. Trate amiudadas vezes com o Diretor e o Presidente,
consultando-os sobre os meios de encaminhar os
candidatos na prática de verdadeiras e sólidas
virtudes.
3. A ele pertence ordinariamente conduzir ao altar os
que são admitidos à Congregação e apresentá-los ao
Diretor, Presidente e Assistentes para os abraçarem,
onde ouver este costume.

Tesoureiro
1. Cumpre ao Tesoureiro guardar o dinheiro da
Congregação e os objetos preciosos dela, se alguns
houver e não estiverem ao cuidado de outrem.
2. Terá o dinheiro num cofre de duas chaves diferentes,
uma para si e outra para o Diretor.
3. Sem licença do Diretor não fará despesa alguma,
- 680 -
nem pedirá nada a ninguém, em nome da Congregação.
Contente-se com o que cada um quiser dar por ocasião
das reuniões, e para isto tenha o cuidado de lhes
apresentar a caixa dos donativos.
4. Terá em dia a escrituração para apresentá-la ao
Diretor, quando este Lha pedir.
5. Ao deixar o cargo, entregará ao seu sucessor as
contas correntes e o inventário dos objetos preciosos
que lhe tenham sido confiados.

Bibliotecários
1. Fica-lhes entregue a biblioteca da Congregação e
devem conservá-la com toda a vigilância e cuidado,
para que nada se estrague e nem perca.
2. Haja catálogo de todos os livros e estejam todos
marcados com o selo da Congregação.
3. Para saberem que livros, quando e por quanto tempo
devam entregar-se, hão de entender-se com o Padre
Diretor.
4. Não entregarão nenhum livro sem registarem o
nome de quem recebeu e a data em que o levou.
Quando for restituído, cancelarão o registo anterior.
5. Geralmente não devem entregar a ninguém dois
livros ao mesmo tempo.

Apontadores
1. Tenham um livro convenientemente disposto com os
nomes de todos os Congregados e Candidatos.
2. Sejam pontuais e diligentes em notar nele as
presenças e ausências, juntamente a estas últimas o
motivo, se houver, que, a juízo do Diretor, as justificou.
3. Avisem oportunamente o Diretor das ausências que
houver, mormente, se forem contínuas e prolongadas.
- 681 -
Visitadores dos enfermos
1. Cabe ao Diretor e ao Presidente designarem os
Congregadas que houverem de desempenhar obra tão
piedosa e santa.
2. Visitarão, as vezes que puderem, os Congregados
dœntes, informarão o Diretor e o Presidente do estado
deles e, por si e por outros, os encomendarão a Deus.
Se a dœnça se tornar mortal, avisarão logo o Diretor e o
Presidente, para que, por todos os meios possíveis, se
evite que um filho de Maria morra sem os últimos
Sacramentos.

Encarregados da Capela
1. Persuadam-se os Encarregados da Capela e os que os
ajudarem no seu Ofício, que são camareiros-mores da
Celeste rainha, em cuja honra se enobrecem os mais
humildes serviços.
2. Tenham um inventário exato dos paramentos, alfaias
e quaisquer outros objetos pertencentes à Capela, o
qual, findo o exercício do seu cargo, entregarão aos
seus sucessores.
3. Cuidem que em toda a capela haja a maior limpeza e
que os paramentos e mais objetos de culto se
conservem com muito asseio.
4. Terão tudo em muita ordem e a bom recato e
entregarão as chaves ao Diretor ou ao Presidente.
5. Não farão despesa nenhuma sem consultar os
Superiores. E no arranjo da Capela proponham-se
edificar o espírito e não distraí-lo.

Leitores
1. Penetrados da importância que tem a leitura
espiritual, para mover à virtude, serão pontuais na
- 682 -
Capela, à hora determinada.
2. No começo das reuniões, um deles fará a leitura de
um livro designado pelo Diretor, até que chegue a
maior parte dos Congregados.
3. Aos leitores incumbe também rezar as orações
comuns e cantar o que lhes estiver marcado nos Ofícios
de N. Senhora e dos defuntos.

CAPÍTULO VII – RITUAL

Reúne-se neste capítulo o que geralmente se observa


nas Congregações Marianas, por ocasião das
admissões, reuniões, consultas, eleição e posse dos
Oficiais do Conselho. Não houve, nem podia haver,
intenção de preceituar coisa alguma, mas só o desejo
de promover a uniformidade.
O que vai escrito, ou está disposto nas Regras Comuns,
ou consagrado pelo uso da Congregação Romana e
quase universal das outras Congregações.
Para evitar repetições, supõe-se o caso mais freqüente
de os atos se referirem a muitas pessoas e
acrescentam-se, entre parênteses e em itálico, as
palavras que devem mudar- se no texto, quando o caso
for diferente.

I – ADMISSÃO

Para ser admitido à Congregação Mariana, de acordo


com as Regras Comuns e a Encíclica “Bis Sӕculari Die”,
basta que se faça o pedido ao Padre Diretor. Este por
sua vez, reunirá a Consulta, e averiguando a piedade,
bons costumes e outras qualidades do candidato,

- 683 -
aprova ou não sua admissão. Sendo esta aprovada, o
candidato será admitido como Aspirante, num período
de prova de cerca de dois meses, findos os quais,
depois de recebido o pedido de admissão à Noviço,
reunirá novamente a Consulta, com os mesmos fins.
Admitindo-o como Noviço, por um período de prova
semelhante, após recebido o pedido de admissão,
reunirá a Consulta, e o admitirá definitivamente.
É muito recomendável que a admissão dos novos
Congregados seja precedida de uma preparação
próxima. Seja um triduo ou uma novena. As Regras
aconselham que eles não omitam a confissão geral, a
juízo do Diretor espiritual de cada um.
Para admissão válida na Congregação basta, a
manifestação de vontade formal, por algum sinal
exterior, tanto do Diretor, como do candidato.
Um Aspirante, Noviço ou Congregado não deve ser
admitido sem que o bom proceder o faça digno dessa
graça. Erro seria, portanto, fazer entrar na
Congregação, por ex, todos os alunos de um colégio, só
por serem colegiais, sem que um bom procedimento os
abonasse. Nunca poderá ser grato à Virgem Ssma
receberem-se em seu nome filhos que, em vez de
honrarem sua Santa, Mãe, roubem, com maus
exemplos, a glória que lhe é devida. A Congregação,
depreciada por esse caminho, viria a arruinar-se por
completo, como, aliás, a experiência tem mostrado.
Os dias consagrados às festividades da Ssma Virgem
são os mais próprios para a recepção dos novos
Congregados, especialmente os da Imaculada
Conceição, Purificação, Anunciação, encerramento do
mês de Maio e Assunção. O dia do protetor secundário
de cada Congregação é igualmente muito próprio.
- 684 -
O Secretário avisa o candidato do dia e hora da
recepção, para que compareça.

Recepção. Pode fazer-se com alguma formalidade, ou


sem ela. É preferível, contudo, dar-lhe certa solenidade,
mormente quando, como se costuma em quase todas
as Congregações, a recepção dos noviços se faz antes
da admissão solene dos Congregados. O ritual para
estas admissões poderá ser como se segue:

RITUAL DE ADMISSÃO PARA ASPIRANTES

O Diretor toma o seu lugar no altar da Congregação,


sentado do lado do Evangelho e voltado para o corpo da
Capela.
O Secretário lê o decreto da consulta em que foram
admitidos os Aspirantes e estes vão ajœlha-se ao pé do
altar. Lido o decreto, acrescenta:

Secretário: Rev. Padre! Movidos (movido) do desejo de


servir a Ssma. Virgem Maria, nossa Mãe do Céu, N. N., N.
N., conhecendo as nossas Regras e Estatutos, pedem
(pede) que os (o) admitais à costumada provação, na
esperança de que hão (há) de mostrar-se dignos
(digno) de ser definitivamente recebidos (recebido) na
Congregação.
Diretor: Meus filhos (meu filho): Deus N. Senhor, que
vos despertou no coração esse desejo, vos ajude a
tornar-vos dignos (digno) da graça que pedis. Aos pés
da vossa Mãe do Céu, prometei-lhe imitar suas virtudes
e observar as Regras da Congregação, para merecerdes
a graça de que Ela vos conte entre os seus filhos de
predileção.
- 685 -
Os aspirantes recitam juntos o Ato de Consagração de
São João Berchmans:

“Santa Maria, Virgem e Mãe de Deus, eu, N.N., vos


escolho hoje por Senhora, Padrœira e Advogada minha
e tomo a resolução inabalável de nunca vos abandonar,
nem proferir, fazer, ou permitir que outros façam, seja
o que for em desdouro vosso. Rogo-vos, pois, me
assistais em todas as minhas ações e não me
abandoneis na hora da minha morte Amém.”

Os aspirantes inscrevem seus nomes no livro de


aspirantes, e o diretor lhes abençoa:

Diretor: Benedíctio Dei omnipoténtis, Patris et Filíi et


† Spíritus Sancti, descéndat super vos et máneat
semper.

RITUAL DE ADMISSÃO PARA NOVIÇOS

O Diretor toma o seu lugar no altar da Congregação,


sentado do lado do Evangelho e voltado para o corpo da
Capela.
O Secretário lê o decreto da consulta em que foram
admitidos os Noviços e estes vão ajœlhar-se ao pé do
altar. Lido o decreto, acrescenta:

Secretário: Rev. Padre! Movidos (movido) do desejo de


servir a Ssma. Virgem Maria, nossa Mãe do Céu, N. N., N.
N., conhecendo as nossas Regras e Estatutos, pedem
(pede) que os (o) admitais à costumada provação, na
esperança de que hão (há) de mostrar-se dignos
- 686 -
(digno) de ser definitivamente recebidos (recebido) na
Congregação.

Diretor: Meus filhos (meu filho): Deus Nosso Senhor,


que vos despertou no coração esse desejo, vos ajude a
tornar-vos dignos (digno) da graça que pedis. Aos pés
da vossa Mãe do Céu, prometei-lhe imitar suas virtudes
e observar as Regras da Congregação, para merecerdes
a graça de que Ela vos conte entre os seus filhos de
predileção.

Os noviços, todos juntos, recitam o:

Ato de Consagração de noviços

Santíssima Virgem Maria,* Mãe de Deus,* nós,*


movidos pelo desejo* de sermos recebidos* entre os
vossos filhos prediletos, prometemos,* com a ajuda de
Deus* e com a vossa proteção,* imitar,* desde agora,
vossas virtudes * e observar as Regras* que nos foram
propostas,* para merecermos, assim,* a graça* de
sermos admitidos* como filhos vossos,* nesta santa
Congregação* e nela* e por ela,* procurar sempre,* em
nós e nos outros * a maior glória de Deus.* Assisti-nos,*
Mãe amorosíssima,* com a vossa proteção,* para
sermos fiéis* à nossa promessa* e alcançai-nos* do
Coração Sacratíssimo de Jesus,* vosso Filho * a graça*
de vivermos,* de hoje em diante,* só para Jesus* e para
vós.* Assim seja.*

Ato de Consagração de um noviço só

Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, eu N. N.,


- 687 -
movido do desejo de ser recebido entre os vossos
filhos prediletos, prometo, com a ajuda de Deus e com a
vossa proteção, imitar desde agora vossas virtudes e
observar as Regras que me foram propostas, para
merecer, assim, a graça de ser admitido como filho
vosso, nesta santa Congregação e, nela e por ela,
procurar sempre, em mim e nos outros, a maior glória
de Deus. Assisti-me, Mãe amorosíssima, com a vossa
proteção, para ser fiel à minha promessa e alcançai-me
do Coração Sacratíssimo de Jesus, vosso Filho, a graça
de viver, de hoje em diante, só para Jesus e para vós.
Assim seja.

O Diretor impõe a cada um a fita estreita azul dos


Noviços e, de pé, diz em seguida:

Diretor: Em virtude da autoridade que me foi


conferida, admito-vos, como Noviços (noviço), às
reuniões e piedosos exercícios da Congregação.
Conforme a promessa que, aos pés de Maria, acabais de
fazer, procedei sempre de modo tal, que mereçais, com
justiça, ser contados (contado) entre os membros desta
Congregação. Dignem-se os nossos Santos Padrœiros, e
todos os Santos que nos precederam na Congregação,
interceder por vós. A Ssma. Virgem Maria, nossa
querida Protetora e Mãe, com Jesus, seu Filho, abençœ-
nos, a vós e a nós todos, para sempre.

V. Nos, cum Prole pia.


Respondem todos:
R. Benedicat Virgo Maria.

Depois da recepção o Diretor e o Presidente entregam


- 688 -
os Noviços ao Instrutor, para que explique as Regras
Comuns e os costumes particulares que a Congregação
possa ter e lhes dê todos os esclarecimentos necessários,
inculcando-lhes, acima de tudo, uma devoção sólida à N.
Senhora, como meio único de virem, a ser verdadeiros
filhos da Ssma. Virgem.
Durante o tempo de Noviciado, que costuma durar de
dois meses a um ano, os Noviços devem assistir aos atos
comuns da Congregação, excetuando as consultas e
eleições. Terão lugar separado na Capela, se a
capacidade desta o permitir.

RITUAL DE ADMISSÃO PARA CONGREGADOS

Os Oficiais ocupam os seus lugares na Capela.


Os novos Congregados entram em procissão, com velas
acesas ou sem elas, acompanhados do Presidente,
Instrutor e Diretor.
O Presidente vai tomar o seu lugar entre os oficiais.
O Instrutor fica junto dos novos Congregados.
O Diretor sobe ao altar, ajœlha-se e entoa o hino, que é
continuado pelos Congregados ou pelo coro:

Diretor:

Veni Creátor Spíritus,(pág. 246)

V. Emítte Spírítum tuum, et creabúntur.


R. Et renovábis faciem terrӕ.

Oremus:
Deus, qui corda fidélium sancti Spíritus illustratióne
docuistí: da nobis in eódem Spíritu recta sápere, et de
- 689 -
ejus semper consolatióne gaudére. Per Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.

O Diretor vai sentar-se ao altar, do lado do Evangelho.


O Secretário lê o decreto da consulta, que admite os
novos Congregados. A leitura é ouvida de pé, por todos,
exceto pelo Diretor, que se conserva sentado.
Se não a fez antes, o Diretor faz então a

Benção das Medalhas

V. Adjutórium nostrum in nómine Dómini;


R. Qui fecit cœlum et terram.
V. Domine, exáudi oratiónem meam;
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Dóminus vobíscum;
R. Et cum spíritu tuo.

Oremus:
Omnípotens, sempitérne Deus, qui sanctórum tuórum
imagines sculpi non réprobas, ut quóties illas óculis
córporis intuémur, tóties eórum actus et sanctitátem
ad imitándum memória; óculis meditémur: hӕc,
quӕsumus, numismata in honórem Beatíssimӕ
Virginis Mariӕ, Matris Dómini nostri Iesu Christi,
adaptátas bene†dicere et sancti†ficáre dignéris; et
prӕsta, ut quicúmque coram illis Beatíssimam
Vírginem supplíciter cólere et honoráre studúerit, illíus
méritis et obténtu a te grátiam in prӕsénti et ӕternam
gloriam obtineat in futúrum. Per eúndem Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.

- 690 -
Asperge as medalhas com água benta e o Secretário diz
em seguida:

Secretário: Em louvor e para maior glória da


Santíssima Trindade e em honra da Bem-Aventurada
Virgem Maria, concebida sem pecado, Mãe e Padrœira
nossa, aproximem-se os senhores N. N., N. N., que
desejam ser Congregados de Nossa Senhora e
respondam claramente ao que lhes for perguntado.

Os Noviços aproximam-se do altar, à medida que são


nomeados pelo Secretário.
Terminada a chamada, o Presidente diz ao Diretor:

Presidente: Reverendíssimo Padre. Os que estão


presentes, movidos de um ardente desejo de aumentar
em si e nos outros a devoção à Bem-aventurada Virgem
Maria, Senhora nossa, humildemente vos suplicam que
os mandeis inscrever na nossa Congregação.
Diretor: Ouço com sumo prazer a exposição desse
ardente desejo. Para que ele mais perfeitamente seja
manifesto, respondei, com voz clara e distinta, ao que o
Presidente da Congregação vos perguntar.
Presidente: Desejais, deveras, ser admitidos nesta
Congregação de Maria Santíssima, para nela, com a
proteção da gloriosíssima Virgem e Mãe nossa, vos
dedicardes a Cristo, nosso Salvador?
Noviços: Desejamo-lo de todo o coração.
Presidente: Quereis empenhar todas as vossas forças
para aumentar a caridade fraterna desta Congregação,
edificar vossos próximos com os bons exemplos da
vossa devoção e práticas de piedade e com a santidade

- 691 -
de vossa vida e costumes?
Noviços: Assim o queremos.
Presidente: Prometeis observar rigorosamente as
Regras da Congregação e amar com filial amor os
vossos Superiores, conformando-vos com os seus
conselhos nas coisas tendentes ao bem comum da
Congregação?
Noviços: Assim o prometemos.
Presidente: E por quanto tempo quereis observar o
que prometeis?
Noviços: Observá-lo-emos sempre.
Presidente: Caríssimos Irmãos, desejais, na verdade,
uma coisa muito agradável à Santíssima Virgem Maria
e de muitíssima utilidade para vós. Votados ao serviço
de Deus e sob a proteção da Santíssima Virgem, bem
podeis confiar que a valiosa intercessão desta boa Mãe
vos tornará sempre merecedores dos favores do Céu,
por isso que ela nunca desampara os que deveras a
amam. Antes, esta Mãe piedosíssima está velando
sempre pelos que a invocam: assiste-lhes com o seu
patrocínio, nos perigos, nas misérias e trabalhos da
vida e na hora da morte nunca desampara os seus
verdadeiros devotos.

Cada um dos Noviços sucessivamente, ou todos juntos


com as devidas pausas, dizem a

Fórmula de Consagração de São Francisco de Sales

Santíssima Virgem Maria,* Mãe de Deus,* eu, N. N. *


ainda que indigníssimo* de ser vosso servo,* movido
contudo* pela vossa admirável piedade* e pelo desejo
de vos servir,* vos elejo hoje,* em presença do meu

- 692 -
Anjo da Guarda * e de toda a corte celeste,* por minha
especial Senhora,* Advogada e Mãe* e firmemente
proponho* servir-vos sempre* e fazer quanto
puder,*para que dos mais* sejais também* fielmente
servida e amada.* Suplico-vos e rogo-vos,* Oh! Mãe
piedosíssima,* pelo Sangue de vosso Filho,* por mim
derramado, me recebais por servo perpétuo* no
número dos vossos devotos.* Assisti-me em todas as
minhas ações* e alcançai-me de vosso Filho graça*
para que sejam tais,* daqui para o futuro,* os meus
pensamentos, palavras e obras,* que nunca mais
ofenda os vossos olhos * e os de vosso divino Filho.
*Lembrai-vos de mim* e não me abandoneis* na hora
da minha morte.* Amem.

Compromisso

E como os Sumos Pontífices* têm repetidas vezes*


condenado a Franco-Maçonaria* e quaisquer outras
sociedades secretas,* eu,* obedecendo com amor filial*
à autoridade dos Vigários de Cristo* e nomeadamente
aos desejos* de Sua Santidade Leão XIII,* expressos na
Encíclica “Humanum genus” *, tomo a resolução e
compromisso* de nunca me afiliar* em alguma das
sobreditas seitas* sob qualquer denominação que seja*
e de, pelo contrário, combater animosamente* em todo
o tempo e lugar* as suas tramas,* doutrina e
influência.* Assim Deus me ajude.

O Diretor diz de pé a:

Fórmula de admissão
Ego, ex auctoritáte míhi Em virtude da autoridade

- 693 -
legitime colláta vos in que me foi legitimamente
sodalitátem Beatissimӕ conferida, recebo-vos na
Virginis, (tit. Prim.) et (tit. Congregação da Bem-
Sec.) recípio átque aventurada Virgem Maria
ómnium Indulgentiárum (titulo primário) e (titulo
Primӕ Primariӕ Romanӕ secundário) e faço-vos
et nóstrӕ concessárum participantes de todas as
partícipes efficio. Et nunc Indulgências concedidas à
quidem nómina vestra Prima-Primária e à nossa.
referéntur in album Que os vossos nomes
Congregatiónis; in ӕter- agora inscritos no livro da
num vero scripta sint in Congregação, sejam tam-
cœlis. In nómine Pátris † bém escritos eternamen-
et Filii, et Spíritus Sáncti. te no Céu. Em nome do Pai
Amen. † e do Filho e do Espírito
Santo. Amen.
E acrescenta:
Bene†dicat vos Cónditor Digne-se o Criador do Céu
cœli et terrӕ, qui vos e da Terra aben†çoar-vos,
elígere dignátus est ad já que se dignou escolher-
Beatíssimӕ Virginis Mariӕ vos para a Congregação da
Societátem: quam precá- Bem-Aventurada Virgem
mur ut in hora óbitus ves- Maria, à qual rogamos na
tri conterat cáput serpén- hora da vossa morte,
tis, qui vobis est adversá- esmague a cabeça da
rius, et tandem tánquam serpente inimiga, para que
victores palmam et coró- alcanceis vitoriosos a
nam sempitérnӕ hӕredi- palma e a coroa da eterna
tátis consequámini. Per herança. Por Jesus Cristo
Christum Dóminum nos- Nosso Senhor.
trum.
R. Amen. R. Amém.

- 694 -
O Diretor senta-se. Cada um dos novos congregados
vem ajoelhar-se junto dele e oferece-lhe a vela acesa, que
ele passa ao Tesoureiro, ou pessoa encarregada de
recebê-la. O Diretor dá a beijar a medalha de
congregado e a impõe, dizendo:

Diretor:
Accipe signum Congrega- Recebe a insígnia da
tiónis beátӕ Mariӕ Congregação da Bem-
Virginis ad córporis et Aventurada Virgem Maria
ánimӕ defensiónem, ut como defesa do corpo e da
divínӕ bonitátis grátia, et alma, para que, pela
ope Mariӕ, Mátris túӕ, bondade de Deus e de
ӕtérnam beatitúdinem Maria, tua Mãe, mereças
cónsequi mereáris. In alcançar a eterna felici-
nómine Pátris †, et Filii †et dade. Em nome do Pai † e
Spiritus † Sáncti. do Filho † e do Espírito†
Amen. Santo. Amém.

O Padre Diretor lhe entrega o distintivo dizendo:


Diretor: Recebe o distintivo de Congregado Mariano.
Traze-o sempre contigo sem nenhum respeito humano,
e seja o teu escudo de armas que te recorde
continuamente que foste armado cavaleiro da Virgem
para defender suas prerrogativas e sua causa, para
lutar por Cristo Rei, pela Santa Igreja, pelo Papa, pela
própria santificação e pela salvação das almas.

Entrega-lhe o Diploma e o Manual dizendo:

Diretor:
Áccipe hás regulas átque Recebe estas regras e este
diploma, assértus quo et diploma que testemunham
- 695 -
Beátӕ Mariӕ Vírginis seres filho da Bem-
fílius sed tu melius, aventurada Virgem Maria;
móribus ac pietáte te tu porém mostra-te filho
ejúsdem fílium éxhibe seu, sobretudo nos
ínterim. costumes e piedade.
Te † cum Prole pia A Virgem Maria te abençœ
benedicat Virgo Maria. a ti † com o povo piedoso.

O Instrutor apresenta os novos Congregados ao


Diretor para abençoá-los, e o Presidente e Assistente
para serem por eles abraçados, enquanto no coro se
canta o Hino da Congregação (pág. 564)ou outro canto
apropriado.
Em seguida ajoelham-se todos, e o Diretor levanta-se e
diz:

Diretor:
Suscípiat vos Christus in Receba-vos Cristo no nu-
númerum confratrum no- mero dos nossos associa-
strórum et suórum famu- dos e servos seus. Conce-
lorum. Concédat vóbis da-vos tempo para bem
témpus bene vivéndi loc- viver, lugar para bem agir,
um bene agéndi constán- constância para bem per-
tiam bene perseverándi, et severar e chegar felizmen-
ad ӕternӕ vitӕ hӕredita- te à herança da vida eter-
tem felíciter perveniéndi: na; e, assim como a carida-
et, sicut nos hódie fraterna de fraterna hoje nos une
caritas spirituáliter júngit espiritualmente na terra,
in térris, ita divina pietas, assim a divina piedade,
quӕ dilectiónis est áuctrix que tanto estima e fomen-
et amátrix, nos cum fidé- ta o amor, se digne juntar-
libus conjúngere dignetur nos com os justos no Céu.
in cœlis. Per eúmdem Pelo mesmo Jesus Cristo
- 696 -
Christum Dóminum nosso Senhor.
nóstrum. R. Amen. R. Amém.

Depois volta para o altar:

V. Confirma hoc, Deus, V. Confirmai, Senhor, o


quod operátus es in nóbis: que em nós operastes
R. A templo sancto tuo, R. Pelo vosso santo
quod est Jerusalém. templo que está em
Jerusalém.
V. Salva fac servos Tuos. V. Salvai os vossos servos.
R. Deus meus, sperántes R. Que em vós esperam,
in te. meu Deus.
V. Mitte eis, Domine, V. Do vosso santuário,
auxílium de sancto: Senhor, enviai-lhes o
auxilio.
R. Et de Síon tuére eos. R. E protegei-os desde
Sião.
V. Domine Exaudi oratio- V. Senhor, ouvi a minha
nem meam: oração:
R. Et clamor meus ad te R. E chegue até vós o
véniat. meu clamor.
V. Dominus vobiscum. V. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com o vosso espírito.

OREMUS:

Adésto, Domine, supplica- Senhor, sede propício à


tiónibus nóstris, et hos nossas súplicas, dignando-
fámulos tuos, quos vos abençoar estes vossos
Congregatióni Beátӕ servos que admitimos na
Vírginis aggregávimus, Congregação da Bem-
bene†dicere dignáre; et Aventurada Virgem Maria;
- 697 -
prӕsta, ut statúta nostra e concedei que consigam,
per auxilium grátiӕ tuӕ com o auxilio da vossa
sáncte, pie et religióse graça observar os nossos
vivendo váleant obser- estatutos, vivendo pia,
váre, et observándo vítam religiosa e santamente, e
prómereri sempitérnam. assim merecerem a vida
Per Christum Dóminum eterna. Por Cristo Senhor
nóstrum. nosso.
R.Amen.. R. Amém.

Sentam-se todos, e o Diretor faz uma breve exortação. O


ato conclui, sendo possível, com Te Deum (pág. 738), e
Bênção do SS. Sacramento (pág. 165).

II - PROCLAMAÇÃO E POSSE DAS DIGNIDADES

Eleitos os dignitários, proclamam-se e se lhes dá posse


na primeira reunião seguinte, ordinária ou
extraordinária.
Sendo possível, escolhe-se um dia consagrado a N.
Senhora e convocam-se sempre todos os Congregados.
A cerimônia faz-se no principio da reunião.
O Diretor, de sobrepeliz e estola, entoa o Veni Creátor
que é cantado pelos Congregados ou pelo coro.
Depois de concluído o Oremus, vai sentar-se ao altar, do
lado do Evangelho.
O Presidente cessante, acompanhado do Secretário,
coloca-se ao lado do Diretor e diz:

Presidente: Rev. Padre. Tendo sido feita no dia.... a


eleição dos Oficiais, segundo as Regras e Estatutos da
Congregação e tendo corrido tudo em regra, foram
eleitos os Congregados cujos nomes o Secretário passa

- 698 -
a ler.
Secretário: proclama, por ordem dos ofícios, os nomes
dos eleitos:
Presidente, o senhor. . .
Assistente, o senhor...
Secretário, o senhor. . .
Tesoureiro, o senhor. . .

Acabada a leitura, o Presidente acrescenta:

Presidente: Agora, Rev. Padre, pedimos que


confirmeis a eleição feita e deis aos efeitos a posse dos
respectivos ofícios.

O Diretor diz algumas palavras aos novos dignitários,


confirmando a eleição feita.
Acabada a exortação, os novos oficiais vão todos ao altar
e, um por um na ordem dos cargos, ajœlham-se ante o
Diretor, que lhes vai impondo as respectiva insígnias,
com a fórmula:

Diretor: Accipe signum múneris tui; et in eo exercéndo


ita te geras, ut mereáris recípere vitam ӕternam
ínterim, te cum † Prole pia benedícat Virgo Maria.

Os oficiais ficam junto ao altar e se dispõem em duas


filas, tendo ao centro o novo Presidente.
Acabada a recepção das insígnias, ajœlham-se todos de
novo e o Presidente recita a seguinte:

Oração

Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa Mãe, nós,

- 699 -
Presidente e mais dignatários da vossa Congregação,
prometemos solenemente cumprir com fidelidade
todas as Regras da Congregação e, em especial, as de
nossos cargos, zelar os interesses espirituais da
Congregação e de cada um dos seus membros e
empenhar-nos em propagar o vosso culto e aumentar,
com os nossos bons exemplos, o número dos vossos
Filhos.
Conhecendo, porém, a nossa miséria e fraqueza,
prostrados a vossos pés, Mãe piedosíssima, vos
suplicamos, humilde e confiadamente, que vos digneis
abençoar as nossas promessas e alcançar-nos de Jesus,
vosso divino Filho, a graça de as cumprirmos com
fidelidade e constância. Amém.

O Diretor levanta-se e diz, voltado para o altar:

V. Confirma hoc, Deus, quod operátus es in nobis;


R. A templo sancto tuo, quod est in Jerusalém.
V. Salvos fac, servos íuos;
R. Deus meus, sperántes in te.
V. Mitte eis, Domine, auxílium de sancto;
R. Et de Sion tuére eos.
V. Domine, exáudi oratiónem meam;
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Dóminus vobíscum:
R. Et cum spíritu tuo.

OREMUS:
Omnium, Domine, fons bonórum justorúmque
provéctuum munerátor: tríbue, quӕsumus, his fámulis
tuis, commíssas bene gérere dignitátes, et a te sibi
preestitas bonis opéribus comprobáre. Per Christum

- 700 -
Dóminum nostrum.
R. Amen.

Depois, voltado para os Oficiais:

Benedíctio Dei omnipoténtis, Patris † et Filíi et Spíritus


Sancti, descéndat super vos et máneat semper.
R. Amen.
Os Oficiais vão para os seus lugares e continuam os atos
da reunião, se esta for ordinária; se for extraordinária,
conclui-se com a Bênção do Ssmo. Sacramento.

Nota: De acordo com Dom Duarte Leopoldo e Silva e


Dom Sebastião Leme, nas fitas dos membros do Conselho
deve haver estrelas, postas verticalmente, que indiquem
sua dignidade: Pe. Diretor: 5 à direita, e 5 à esquerda.
Presidente e Assistente: 4 à direita e 5 à esquerda.
Secretário: 5 estrelas do lado esquerdo. Tesoureiro: 4
estrelas do lado esquerdo. Demais provimentos: 3
estrelas.

III – RENOVAÇÃO DA CONSAGRAÇÃO

Abre-se o ato com a Ave Maris Stella (pág. 557)ou com


outro cântico a N. Senhora.
O Diretor exorta brevemente os Congregados à
renovação ardente e fervorosa da consagração à SSma.
Virgem, como no dia em que tiveram a ventura de ser
recebidos na Congregação, por filhos queridos de Maria.
Em seguida, o Presidente e mais oficiais, com velas
acesas, aproximam-se do altar da Congregação,
ajœlham-se em duas filas, com o Presidente ao centro e
este, em voz alta e pausada, lê o Ato de Consagração

- 701 -
(pág. 690), acompanhado ao mesmo tempo por todos os
Oficiais. Acabada a leitura, o Presidente e os Oficiais
voltam aos seus lugares.
Vão então ao altar, com velas acesas, todos os
Congregados, ajœlhando-se em duas filas. O Instrutor
ou Secretário, recita com os outros o Ato de
Consagração, voltando todos depois aos seus lugares.
Concluído o ato, se a festa é de manhã celebra-se a
Missa (pág. 28) e há Comunhão Geral (pág. 108), com
Benção do Ssmo. Sacramento (pág. 165). Se é de
tarde, dá-se somente a Bênção do Ssmo. Sacramento.

IV - REUNIÕES

As reuniões podem ser ordinárias (semanais ou


quinzenais; e extraordinárias (para fins especiais).
Os exercícios de piedade e a distribuição e duração deles
podem variar de uma Congregação para outra e até na
mesma Congregação, em diversos tempos e
circunstâncias.
Os mencionados nas Regras Comuns são:

1° invocação do Espírito Santo com o hino Veni Creátor


(pág. 246);
2º Leitura da Ata;
3º Chamada;
4°Leitura espiritual, por dez ou quinze minutos,
enquanto os Congregados se reúnem:
5° Leitura do Calendário Mariano,
6° Canto de Matinas ou Vésperas do Ofício Parvo de
Nossa Senhora, ou outro da Virgem Santíssima
conforme a reunião for de manhã ou de tarde;
7° Breve exortação do Diretor;

- 702 -
8° Ladainha de N. Senhora, preces ao Padrœiro
secundário, ou outras orações.

Ao Diretor pertence regular tudo e fazê-lo observar com


uniformidade.

V – RITO DAS CONSULTAS.

Além dos casos de necessidade, muito importa à


conservação e progresso da Congregação que
freqüentemente se reúna a Consulta, para ponderar o
estado da Congregação, discutir e escolher os meios mais
oportunos para O desenvolvimento dela.
A consulta é formada pelo Diretor, Presidente,
Assistentes, Secretário, Consultores, Instrutor e
Tesoureiro. É convocada pelo Diretor ou pelo
Presidente, por ordem dele e não precisa estar plena
para deliberar, principalmente em coisas de expediente
ordinário.
Ao Diretor incumbe especialmente propor os pontos
para consultar e sobre estes darão, todos por sua ordem,
os seus pareceres. Os outros membros do Conselho
podem também fazer as suas propostas, tendo sempre
em vista a glória de Deus, a honra de Maria SSma. e o
verdadeiro bem da Congregação.
As deliberações são tomadas por maioria de votos em
escrutínio secreto.
O Diretor e o Presidente têm, cada um dois votos.
As resoluções da Consulta se decretam e se promulgam,
uma vez que, tendo sido tomadas, por absoluta maioria
de votos, forem aprovadas pelo Diretor, sem cujo
consenso nenhuma deliberação, mesmo tomada por
unanimidade, pode ser válida (Regras Comuns, n° 50).

- 703 -
Deve guardar-se o necessário segredo do que se passa
nas consultas e as resoluções tomadas e aprovadas hão
de observar-se fielmente, enquanto justas razões não
aconselharem o contrário.
Antes da Consulta ajœlha-se e o Diretor diz:

Diretor:
Actiónes nostras, quӕsumus, Domine, aspirando
preveni et adjuvando proséquere, ut cuncta nostra
orátio et operátio a te sempre incípiat, et per te cœpta
finiátur. Per Christum Dominam nostrum.
R. Amen.
Ave Maria, etc.
V. Sedes sapiéntíӕ.
R. Ora pró nobis.

Sentam-se por sua ordem.


O Secretário lê o resumo da ata da última consulta,
para ser aprovado antes de se escrever no livro
respectivo.
A Consulta ocupa-se em seguida das matérias que devem
tratar.
Depois da Consulta todos se ajœlham e o Diretor diz:

Diretor:
Agimus tibi gratias, omnípotens Deus, pró univérsis
benefíciis tuis, qui vivis et réguas in sӕcula sӕculórum.
R. Amen.
V. Nos, cum Prole pia;
R. Benedícat Virgo Maria.

- 704 -
CAPÍTULO VIII – CALENDÁRIO MARIANO

Para ser lido nas reuniões semanais, de acordo com o


nº6, Tít. II, das Regras Comuns.

JANEIRO
MÊS DO STO. NOME DE JESUS

1. Circuncisão de N. Senhor: 30a. e 30q. (Raccolta, II, 5).


6. Epifania: 30 a. e 30 q. (Raccolta, II, 6).
- Esponsais de Nossa Senhora.
24. Começa a novena da Purificação de N. Sra. (pág.
286).
29. S. Francisco de Sales, bispo, confessor, doutor,
congregado e presidente de Congregação Mariana.

Festas Móveis
- Domingo entre a Circuncisão e a Epifania, ou, não o
havendo, 2 de janeiro: Festa do Ssmo. Nome de Jesus.
- 705 -
- Domingo dentro da Oitava da Epifania: Festa da
Sagrada Família, Jesus, Maria e José.

FEVEREIRO
MÊS DA SANTÍSSIMA TRINDADE E DA SAGRADA
FAMÍLIA

2. Purificação de Nossa Senhora (pág. 288): Ind. plen.


(Summ Pio XII, 3)
- Começa a novena de Nossa Senhora de Lourdes (pág.
299).
- B. João Teófano Vénard, mártir.
4. S. João de Brito, SJ, mártir e Congregado.
5. Ss. Paulo, João e Diogo, SJ, mártires do Japão.
11. Aparição de N. Senhora de Lourdes (pág. 299): Ind.
Plen. (Summ. Pio XII, I, 3)
15. S. Cláudio de la Colombière, SJ, Conf., Dir. de Congr.
21. Martírio de São Roberto Southwell, SJ, e dos beatos
Thomaz Holland e João Cornélio, SJ, mártires de
Inglaterra e País de Gales (s. XVII a XVII).
- Martírio do Beato Guilherme Harcourt, SJ, durante o
Regime do Terror iniciado em 1789.
25. B. Diogo de Carvalho, SJ, mártir, Congreg.
27. S. Gabriel da Virgem Dolorosa, Conf. Congreg.

Festas Móveis
Fevereiro e Março
- Domingo da Setuagésima: 30a. e 30q. (Raccolta II, 7).
- Domingo da Sexagésima: 30a. e 30q. (Raccolta II, 7).
- Domingo da Quinquagésima: Ind. 30 a. e 30 q.
(Raccolta II, 7)
- Quarta-feira de Cinzas: 15a. e 15q. (Raccolta, IV, 4).

- 706 -
- Dias seguintes da Quaresma, incluindo os domingos
1°, 2° e 3°: 10 a. e 10 q. (Raccolta, V, 2).
- Domingo 4° da Quaresma: 15a. e 15 q. (Raccolta, IV,
5).
- Dias seguintes, até sábado de Ramos: 10a. e 10 q.
(Raccolta V, 2).
- Domingo de Ramos: 25 a. e 25 q. (Raccolta, VII,1).
- Segunda, Terça e Quarta-Feira da semana Santa: 10a.
e 10.q. (Raccolta V, 3).
- Quinta-feira Santa: Ind. plen. (Raccolta I,1).
- Sexta-feira Santa e Sábado Santo: Ind. de 30 a. e 30 q.
(RaccoltaII, 8 e 9)
- Domingo de Páscoa: Ind. plen. (Raccolta I, 2)
- Toda a oitava da Páscoa até o domingo “in albis”,
inclusive: 30a. e 30q. (Raccolta II,10)

MARÇO
MÊS DE S. JOSÉ

4. Começa a novena da graça, em honra de S. Francisco


Xavier (pág. 379).
7. S. Tomás de Aquino, Confessor, doutor, protetor dos
estudantes.
10. S. João Ogilvie, S. J., Mártir e Congregado.
- Começa a Novena de S. José (pág. 363).
12. Aniversário da canonização de S. Inácio e de S.
Francisco Xavier.
16. Começa a Novena da Anunciação (pág. 294).
- Santos Gabriel Lalement, João Carlos Garnier, João de
Brébeuf, Antonio Daniel Goupil e Isaac Jogues. Jesuítas
e congregados martirizados no Canadá em 1649.
17. S. João Sarcander, Mártir, Congreg.
19. S. José, Esposo da SSma. Virgem. (pág. 362)

- 707 -
25. Anunciação de N. Senhora (pág. 294). Ind. plen.
(Summ. Pio XII, I, 3).
- Fundação da primeira Congregação, em 1563.

ABRIL
MÊS DO SSMO. SACRAMENTO E DO ESPÍRITO SANTO

8. Sta. Júlia Billiart. Fundadora de Congregação.


16. Sta. Bernardette Soubirous, Virgem.
17. Começa a novena de N. Senhora do Bom Conselho
(pág. 299).
21. Começa a novena do Patrocínio de S. José (pág.
363).
24. S. Fiel de Sigmaringa, Mártir, Congregado.
25. S. Marcos, Evangelista: 30a. e 30 q. (Raccolta II, 12).
26. N. Senhora do Bom Conselho. (pág. 299).
27. S. Pedro Canísio, S.J., Conf., doutor, diret. e fund. de
Congregação Mariana.
28. S. Luiz Maria Grignon de Montfort, Conf.

Festas Móveis
Março e Abril
- Sexta-feira antes do domingo da Paixão: começa o
Septenário das Dores de N. Senhora. (pág. 305)
- Sexta-feira depois do domingo da Paixão: N. Senhora
das Dores.
Três dias das Rogações: 30 a. e 30 q. (Raccolta, II,11)

MAIO
MÊS DE MARIA

1. Patrocínio de S. José. (pág. 362)

- 708 -
11. S. Francisco de Jerónimo, SJ, Conf., Congr. e Diret. de
Congregação.
13. N. Sra. De Fátima (pág. 282).
- N. Sra. Rainha dos Mártires.
- N. Sra. do SSmo. Sacramento.
- S. Roberto Bellarmino, SJ, Cardeal, Conf, Doutor e
Congreg.
15. S. João Batista de la Salle, Conf. e Congr.
19. S. Crispim de Viterbo, Congreg.
21. S. André Bobola, SJ, Mártir, Congreg. e Diret. de
Congregação.
22. B. João Batista Machado, SJ, Mártir e Congr.
23. S. João Batista Rossi, Conf. e Congreg.
24. N. Senhora Auxiliadora (pág. 291).
25. S. Madalena Sofia Barat, Virgem, fund. de Congreg.
28. S. Robert Johnson, SJ, Mártir e Congr. Um dos
mártires da Inglaterra e país de Gales (s. XVII a XVII).
31. Maria, Medianeira de todas as graças.
- Maria, Rainha de todos os Santos.

Festas Móveis
Maio e Junho
- Quinta Feira antes da Novena de Pentecostes:
Ascensão de N. Senhor: Ind. plen. (Summ. Pio XII, I, 3)
- Sexta-feira depois da Ascensão de N. S.: Começa a
novena do Divino Espírito Santo
- Vigília de Pentecostes: 10a. e 10 q. (Raccolta, V, 4).
- Domingo de Pentecostes: 30a. e 30q. (Raccolta, II, 13).
- Cada dia da oitava até domingo, exclusive: Ind. de 30
a. e 30 q. (Raccolta, II, 14).
- Véspera do Corpo de Deus: Começa a novena do
Sagrado Coração de Jesus.

- 709 -
- Quinta-Feira depois da Santíssima Trindade: Corpus
Christi.
- Sexta-feira depois da oitava do Corpo de Deus: Festa
do SS. Coração de Jesus (pág. 211).
- Sábado depois da Ascensão de N. Senhor: Maria
Rainha dos Apóstolos.

JUNHO
MÊS DO SSMO. CORAÇÃO DE JESUS

12. Começa a novena de S. Luís Gonzaga (pág. 386).


16. S. João Francisco de Regis, SJ, Conf. e Congr.
20. B. Baltazar Torres, SJ, Mártir e Congreg.
- B. João Zola, SJ, Mártir e Congreg.
21. S. Luiz Gonzaga, SJ, Conf, protetor da juventude
(pág. 386).
23. Começa a novena da Visitação de Nossa Senhora
(pág. 293).
24. Festa de S. João Batista.
27. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
29. S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos (pág. 373).

JULHO
MÊS DO PRECIOSO SANGUE

1. Preciosíssimo Sangue (pág. 223).


2. Visitação de Nossa Senhora (pág. 293).
3. B. Bernardino Realino, SJ, Conf. Congreg., fund. e
Diretor de Congreg.
9. Nossa Senhora Mãe da divina graça
- Nossa Senhora Rainha da Paz.
- São Thomas More. Mártir (pág. 377).
16. Festa de N. Senhora do Carmo (pág. 270).

- 710 -
18. S. Camilo de Lellis, Conf. e Congreg.
22. Começa a novena de S. Inácio de Loiola (pág. 382).
24. S. Francisco Solano, Conf. e Congreg.
26. Santa Ana, mãe de Nossa Senhora. (pág. 376)
27. B. Pedro Berni, Mártir, Diretor de Congregação.
- B. Rodolfo Acquaviva, SJ, Mártir, fund. e Diretor de
Congregação.
31. S. Inácio de Loiola, SJ, Conf., fundador da
Companhia de Jesus (pág. 382). Ind. plen. a quem visitar
igreja da Comp. de Jesus, rezando 5 Pai-Nossos., 5 Ave-
Marias, 5 Glórias. e 1 Pai-Nosso, 1 Ave-Mari. e 1 Glória
pelo Papa.

AGOSTO
MÊS DO IMACULADO CORAÇÃO

2. S. Afonso Maria de Ligório, Bispo, Conf., doutor e


Congreg. (Ind. da Porciuncula)
5. Nossa Senhora das Neves (pág. 293).
6. Transfigurarão de N. Senhor.
- Começa a novena da Assunção de Nossa Senhora.
(pág. 295)
13. Nossa Senhora, Refugio dos pecadores.
15. Assunção de N. Senhora (pág. 295). Ind, plen.
(Summ. Pio XII, I, 3)
16. Festa de S. Joaquim, pai de Nossa Senhora.
19. S. João Eudes, Conf. e Congreg.
25. S. José Calazans, Congr. e fund. de Congregação.
- B. Miguel Carvalho, SJ, Mártir e Congreg.
30. S. Rosa de Lima, Virgem, Padroeira principal da
America Latina. (pág. 374)
- Começa a novena da Natividade de N. Sra. (pág. 290)
31. B. João Juvenal Ancina, Bispo, Conf. e Cong.

- 711 -
Festas Móveis
- Último domingo de Agosto: Festa de N. Senhora das
Vitórias. (pág. 302)
- Domingo depois da festa de S. Agostinho: N. Senhora
da Consolação (pág. 297).

SETEMBRO
MÊS DA SANTA CRUZ E DAS DORES DE NSA. SRA.

1. Festa de Nossa Senhora da Penha (pág. 289).


- Nossa Senhora de Nazaré (pág. 289).
3. B. António Ixida, SJ, Mártir e Congreg.
4. BB. Mártires de Paris, alguns dos quais Congregados.
Guilherme Harcourt, Carlos Francisco Le Gui, Francisco
Jacinto Le Livec de Tressurin, Vicente José Le
Rousseau, Cláudio Antonio La Parte, Renato Maria
Andrieux, Cláudio Cayx-Dumas, Teófanes Venard, SJ,
guilhotinados na revolução de 1789.
6. Começa a novena de Nossa Senhora das Dores.
7. B. Marcos Crisino, SJ, Mártir e Congreg.
8. Natividade da Ssma. Virgem (pág. 290): Ind. plen.
(Summ. Pio XII, I, 3).
9. S. Pedro Claver, SJ, Conf., e Congreg.
10. B. Carlos Spinola, SJ, Mártir, Congreg. e Dir, de
Congreg.
12. Festa do Santíssimo Nome de Maria.
15. Nossa Senhora das Dores. (pág. 303)
24. Nossa Senhora das Mercês.
25. B. Camilo Constando, SJ, Mártir e Congreg.
27. Publicação da Bula “Gloriosӕ Dominӕ”, do Papa
Bento XIV.

- 712 -
Festas Móveis
Têmporas de Setembro: Ind. de 10 a. e 10 q. cada um
dos três dias. (Raccolta, V, 5).

OUTUBRO
MÊS DO ROSÁRIO E DOS SANTOS ANJOS

2. Santos Anjos da Guarda (pág. 358).


3. S. Teresa do Menino Jesus, Virgem e Congreg.
- Início da Novena a Nsa. Sra. Aparecida (pág. 278).
7. Festa do Rosário de Nossa Senhora.
9. Começa a Novena de S. Pedro de Alcântara (pág.
372).
10. S. Francisco de Borja, SJ, Conf.
11. Festa da Maternidade de N. Senhora.
12. Festa de Nossa Aparecida, Padroeira do Brasil. (pág.
278).
19. S. Pedro de Alcântara, Padroeiro do Brasil, Conf.
(pág. 372).
25. Santos Mártires da Inglaterra e País de Gales,
dentre os quais muitos congreg. e dir. de Congregação:
John Lloyd, John Boste, John Almond, Eustace White,
Edmund Gennings, John Kemble, Luke Kirby, Cuthbert
Mayne, John Payne, Polydore Plasden, John William
Plessington, John Thomas Rigby, John Southworth,
John Wall, padres seculares; Padres Alexander Briant,
Philip Evans, Edmund Arrowsmith, Edmund Campion,
Thomas Garnet, David Lewis, Robert Southwell, Henry
Morse, Henry Walpole, e Ir. Nicholas Owen, jesuítas;
Ambrose Barlow, John Roberts, Alban Roe, padres
beneditinos; Robert Lawrence, Augustine Webster,
John Houghton, padres cartuxos; John Jones, padre
franciscano; Ir. Richard Reynolds, Pe. John Stone,

- 713 -
agostinianos; Sir Philip Howard, 20º Conde de Arundel;
Richard Gwyn, Ralph Sherwin, Swithun Wells,
professores universitários; Margaret Clitherow, Anne
Line, Margaret Ward, santas mulheres que albergaram
padres fugitivos.
30. S. Afonso Rodrigues, SJ, Conf. e Congreg.

Festas Móveis
Último domingo de Outubro: Festa de Cristo Rei (pág.
226).
NOVEMBRO
MÊS DAS ALMAS

1. Festa de Todos os Santos.


2. Dia de finados. - Ind. plen. (Summ. Pio XII, I, nota).
4. S. Carlos Borromeu, Bispo, Conf. e fund. de muitas
Congregações.
- Começa a novena de S. Estanislau Kotska. (pág. 394)
7. B. António Baldinucci, SJ, Conf., e Congr.
12. Começa a novena da Apresentação de Nossa
Senhora. (pág. 298)
13. Santo Estanisláu Kostka, SJ, Conf. e Congreg. (pág.
394)
15. B. José Maria Pignatelli, S. J., Conf. e Congreg.
17. Começa a novena de S. João Berchmans. (pág. 384)
18. Começa a Novena da Medalha Milagrosa. (pág. 283)
21. Apresentação de Nossa Senhora. (pág. 298)
- B. Pedro Dumoulin, Mártir e Congreg.
26. S. João Berchmans, S. J., Conf. e Congreg. (pág. 384)
- S. Leonardo de Porto Maurício, Conf. e Congreg.
27. Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (pág. 283)
29. Começa a novena da Imaculada Conceição (pág.
280).

- 714 -
DEZEMBRO
MÊS DA NATIVIDADE DO SENHOR

1. Santo Edmundo Campion SJ, fund. e dir. de Congreg,


um dos 40 mártires da Inglaterra e país de Gales.
3. S. Francisco Xavier, SJ, Conf.
- Começa a novena de Nsa. Sra. de Guadalupe (pág.
274)
5. Confirmação da primeira Congregação, pela Bula,
“Omnipotens Dei”, do Papa Gregorio XIII (1584).
8. Imaculada Conceição da SSma. Virgem (pág. 279).
(Summ. Pio XII, I, 3).
9. S. Pedro Fourier, Conf. e Congreg.
10. N. Senhora de Loreto.
12. Festa de N. Senhora de Guadalupe, Padroeira
principal da América Latina (pág. 274).
16. Começa a novena do Natal (pág. 233).
24. Vigília do Natal. 15a. e 15q. (Raccolta IV, 2)
25. Natal de N. S. Jesus Cristo (pág. 234).
- Ind. plen. (Summ. Pio XII, I, 3)
- 15a. e 15q. na l° e 2° Missa. (Raccolta, IV, 3)
- 30a. e 30q. na 3° Missa e no resto do dia. (Raccolta, II,
1)
26. S. Estevão, proto-mártír. 30a. e 30q. (Raccolta II, 2)
27. S. João Evangelista. 30a. e 30q. (Raccolta II, 3).
28. Os Ss. Inocentes. 30a. e 30q. (Raccolta II, 4).
29. S. Gaspar de Búfalo, Conf. e fund. de Congregação.

Festas Móveis
1º, 2º e 4º Domingo do Advento: 10a e 10q. (Raccolta
V,1)
3º Domingo do Advento: 15a. e 15q. (Raccolta IV,1)
Têmporas do Advento: 10a. e 10 q. (Raccolta V, 5)

- 715 -
- 716 -
ANEXO -
OFÍCIO PARVO DA BEM-AVENTURADA
SEMPRE VIRGEM MARIA

Atribuído ao papa São Zacarias e a São Pedro Damião.


Forma final fixada pelo Sumo Pontífice São Pio V.

Ante Officium Parvum


(Antes do Ofício)

Aperi, Dómine, os meum ad benedicéndum nomem


sanctum tuum: munda quoque cor meum ab ómnibus
vanis, pervérsis et aliénis cogitatiónibus; intelléctum
illúmina, afféctum inflámma, ut digne, atténte ac devóte
hoc Officium recitáre váleam, et exaudíri divinæ
Majestátis tuæ. Per Christum, Dóminum nostrum.
R. Amen.

Dómine, in unióne illíus divínæ intentiónis, qua ipse in


terris laudes Deo persolvísti, has tibi Horas (vel hanc
tibi Horam) persólvo.
- 717 -
Pater noster, Ave, Maria, Credo.

Post Officium Parvum


(Depois do Ofício)
À recitação devota do Sacrosánctæ com Versículo e
Responsório, bem como Pater, Ave e Credo no fim do
Ofício, o Papa Leão X anexou a remissão das culpas e dos
defeitos cometidos por fragilidade humana ao rezar o
Ofício Parvo.

Sacrosánctæ et indivíduæ Trinitáti crucifíxi Dómini


nostri Iesu Christi humanitáti, beatíssimæ et
gloriosíssimæ sempérque Vírginis Maríæ fecúndæ
integritáti, et ómnium Sanctórum universitáti sit
sempitérna laus, honor, virtus et glória ab omni
creatúra, nobísque remíssio ómnium peccatórum, per
infínita sæcula sæculórum.
R. Amen.
V. Beáta víscera Maríæ Vírginis quæ portavérunt
ætérni Patris Fílium.
R. Et beáta úbera, quæ lactavérunt Christum
Dóminum.
Pater noster. Ave Maria. Credo

O Clementissime
300d. CD, rezada após a Sacrossanctӕ, PM (S. Pio X, 2
dez., 1905)
O clementíssime Iesu, grátias ago tibi ex toto corde
meo. Propítius esto mihi vilíssimo peccatóri. Ego hanc
actiónem óffero divíno Codi tuo emendándam atque
perficiéndam, ad laudem et glóriam sanctíssimi
nóminis tui et beatíssimæ Matris tuæ, ad salútem
ánimæ meæ totiúsque Ecclésiæ tuæ. Amen.

- 718 -
AD MATUTINUM
(De joelhos)

Aperi, Dómine, os meum ad benedicéndum nomem


sanctum tuum: munda quoque cor meum ab ómnibus
vanis, pervérsis et aliénis cogitatiónibus; intelléctum
illúmina, afféctum inflámma, ut digne, atténte ac devóte
hoc Officium recitáre váleam, et exaudíri divinæ
Majestátis tuæ. Per Christum, Dóminum nostrum.
R. Amen.

Dómine, in unióne illíus divínæ intentiónis, qua ipse in


terris laudes Deo persolvísti, has tibi Horas persólvo.

De pé:
Ave, María, (em voz baixa) grátia plena; Dóminus
tecum: benedícta tu in muliéribus, et benedíctus frutus
ventris tui Iesus. Sancta María, Mater Dei, ora pro nobis
peccatóribus, nunc et in hora mortis nostræ. Amen.

Às palavras seguintes persignam-se os lábios:

V. Dómine, lábia mea apéries.


R. Et os meum annuntiábit laudem tuam.
Faz-se sempre o sinal da Cruz, ao dizer:
V. Deus, in adiutórium meum intende.
R. Domine, ad adiuvándum me festína.
Sempre faz-se inclinação da cabeça ao dizer:

- 719 -
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in
princípio, et nunc, et semper, et in sæcula sæculórum.
Amen. Allelúia. (Desde o Domingo da Septuagesima ao
Sábado Santo, em vez de Alleluia diz-se: Laus tibi,
Dómine, Rex aetérnae glóriae. No Tempo Pascal não
se acrescenta nenhum Allelúia nem no Invitatorio, nem
às Antifonas, nem aos Versículos, nem aos
Responsórios; muda-se somente a Antífona do
Benedictus, do Magnificat e do Nunc dimittis, como
está indicado mais a frente)

INVITATÓRIO

Ave María, grátia plena; Dóminus tecum.


Repete-se: Ave María, grátia plena; Dóminus tecum.

PSALMUS 94
Veníte, exsultémus Dómino

Veníte, exsultémus Dómi- quóniam non repéllet


no, jubilémus Deo, salutári
Dóminus plebem suam:
nostro: quia in manu ejus sunt
præoccupémus fáciem
omnes fines terræ,
ejus in confessióne, et in
et altitúdines móntium
psalmis jubilémus ei. ipse cónspicit.
Dóminus tecum.
Ave, María, grátia Quóniam ipsíus est mare,
plena*; et ipse fecit illud,
Dóminus tecum. et áridam fundavérunt
Quóniam Deus magnus manus ejus:
Dóminus, et Rex magnus (ajoelhar) veníte, adore-
super omnes deos: mus, et procidámus ante
Deum:

- 720 -
plorémus coram Dómino, Quadragínta annis próxi-
qui fecit nos, quia ipse est mus fui generatióni huic,
Dóminus Deus noster; et dixi:
nos autem pópulus ejus, et Semper hi errant corde;
oves páscuæ ejus. ipsi vero non cognovérunt
Ave, María, grátia vias meas :
plena*; quibus jurávi in ira mea: Si
Dóminus tecum. introíbunt in réquiem
Hódie, si vocem ejus meam.
audiéritis, Ave, María, grátia plena;
nolíte obduráre corda * Dóminus tecum.
vestra, sicut in exacer- Glória Patri, et Fílio, et
batióne, Spirítui Sancto.
secúndum diem tenta- Sicut erat in princípio, et
tiónis in desérto: nunc, et semper, et in
ubi tentavérunt me patres sæcula sæculórum.
vestri, probavérunt et Amen.
vidérunt ópera mea. Dóminus tecum.
Dóminus tecum. Ave, María, grátia plena;
* Dóminus tecum.

HYMNUS
Os hinos se cantam ou se rezam sempre de pé

Quem terra, pontus, sídera


Colunt, adórant, prædicant,
Trinam regéntem máchinam,
Claustrum Maríæ bájulat.

Cui luna, sol et ómnia


Desérviunt per témpora,
Perfúsa cæli grátia,
Gestant puéllæ víscera.

- 721 -
Beáta Mater múnere,
Cujus, supérnus Artifex
Mundum pugíllo cóntinens,
Ventris sub arca clausus est.

Beáta cæli núntio,


Fœcúnda Sancto Spíritu,
Desiderátus géntibus
Cujus per alvum fusus est.

Jesu tibi sit glória,


Qui natus es de Vírgine,
Cum Patre, et almo Spíritu,
In sempitérna sæcula. Amen

PRIMEIRO NOTURNO
Domingo, Segunda e Quinta-feira.

Ant. Benedicta tu in mulieribus, et benedictus


fructus ventris tui.

PSALMUS 8
Dómine, Dóminus noster

Dómine, Dóminus noster, * Ex ore infántium et


Quam admirábile est lacténtium perfecísti lau-
nomen tuum in univérsa dem propter inimícos
terra! tuos,* Ut déstruas
Quóniam eleváta est inimícum et ultórem.
magnificéntia tua,* Super Quóniam vidébo cælos
cælos. tuos, ópera digitórum

- 722 -
tuórum:* Lunam et stellas, Omnia subjecísti sub
quæ tu fundásti. pédibus ejus,* Oves et
Quid est homo quod boves univérsas: ínsuper
memor es ejus?* Aut fílius et pécora campi.
hóminis, quóniam vísitas Vólucres cæli, et pisces
eum? maris,* Qui perámbulant
Minuísti eum paulo minus sémitas maris.
ab Angelis, glória et honó- Dómine, Dóminus noster, *
re coronásti eum:* Et Quam admirábile est
constituísti eum super nomen tuum in univérsa
ópera mánuum tuárum. terra!
Glória Patri.

Ant. Benedicta tu in mulieribus, et benedictus


fructus ventris tui.

Ant. Sicut myrrha elécta odórem dedisti suavitatis,


sancta Dei Génetrix.

PSALMUS 18
Cæli enárrant

Cæli enárrant glóriam In omnem terram exívit


Dei:* Et ópera mánuum sonus eórum:* Et in fines
ejus annúntiat firmamén- orbis terræ verba eórum.
tum. In sole pósuit tabernácu-
Dies diéi erúctat verbum,* lum suum:* Et ipse
Et nox nocti índicat tamquam sponsus procé-
sciéntiam. dens de thálamo suo.
Non sunt loquélæ, neque Exsultávit ut gigas ad
sermónes,* Quorum non curréndam viam,* A sum-
audiántur voces eórum. mo cæli egréssio ejus.

- 723 -
Et occúrsus ejus usque ad multum:* Et dulcióra
summum ejus:* Nec est super mel et favum.
qui se abscóndat a calóre Etenim servus tuus
ejus. custódit ea,* In custo-
Lex Dómini immaculáta, diéndis illis retribútio
convértens ánimas:* Testi- multa.
mónium Dómini fidéle, Delícta quis intélligit? ab
sapiéntiam præstans par- occúltis meis munda me:*
vulis. Et ab aliénis parce servo
Justítiæ Dómini rectæ, tuo.
lætificántes corda:* Præ- Si mei non fúerint domi-
céptum Dómini lúcidum náti, tunc immaculátus
illúminans óculos. ero:* Et emundábor a
Timor Dómini sanctus, delícto máximo.
permanens in sæculum Et erunt ut compláceant
sæculi* Judícia Dómini elóquia oris mei:* Et
vera, justificáta in seme- meditátio cordis mei in
típsa. conspéctu tuo semper.
Desiderabília super aurum Dómine, adjútor meus,* Et
et lápidem pretiósum redémptor meus.
Gloria Patri

Ant. Sicut myrrha elécta odórem dedisti suavitatis,


sancta Dei Génetrix.

Ant. Ante tuorum hujus Vírginis frequentáte nobis


dúlcia cántica drámatis.

PSALMUS 23
Dómini est terra

Dómini est terra, et ple- rárum, et univérsi qui


nitúdo ejus:* Orbis ter- hábitant in eo.

- 724 -
Quia ipse super mária réntium eum,* Quærén-
fundávit eum:* Et super tium fáciem Dei Jacob.
flúmina præparávit eum. Attóllite portas príncipes
Quis ascéndit in montem vestras, et elevámini por-
Dómini?* Aut quis stabit in tæ æternáles:* Et introíbit
loco sancto ejus? Rex glóriæ.
Innocens mánibus et Quis est iste Rex glóriæ?*
mundo corde,* Qui non Dóminus fortis et potens:
accépit in vano ánimam Dóminus potens in prælio.
suam, nec jurávit in dolo Attóllite portas príncipes
próximo suo. vestras, et elevámini por-
Hic accípiet benedictió- tæ æternáles:* Et introíbit
nem a Dómino:* Et mise- Rex glóriæ.
ricórdiam a Deo, salutári Quis est iste Rex glóriæ?*
suo. Dóminus virtútum ipse est
Hæc est generátio quæ- Rex glóriæ.
Glória Patri.

Ant. Ante torum hujus Vírginis frequentáte nobis


dúlcia cántica drámatis.

V. Diffusa est grátia in lábiis tuis.


R. Proptérea benedixit te Deus in aetérnum.
Pater Noster (em silêncio)
V. Et ne nos indúcas in tentatiónem.
R. Sed libera nos a malo.

Absolvição
Précibus et méritis béatae Mariae semper Virginis, et
ómnium Sanctórum, perdúcat nos Dóminus ad regna
caelórum.
R. Amen.

- 725 -
SEGUNDO NOTURNO
Para a Terça e Sexta-feira.
Ant. Spécie tua, et pulchritúdine tua inténde,
próspere procéde, et regna.

PSALMUS 44
Eructávit cor meum

Eructávit cor meum Sedes tua, Deus, in sæcu-


verbum bonum:* Dico ego lum sæculi:* Virga dire-
ópera mea Regi. ctiónis virga regni tui.
Lingua mea cálamus scri- Dilexísti justítiam, et odísti
bæ:* Velóciter scribéntis. iniquitátem:* Proptérea
Speciósus forma præ fíliis unxit te, Deus, Deus tuus,
hóminum, diffúsa est grã- óleo lætítiæ præ consór-
tia in lábiis tuis:* propté- tibus tuis.
rea benedíxit te Deus in Myrrha, et gutta, et cásia a
ætérnum. vestiméntis tuis, a dómi-
Accíngere gládio tuo super bus ebúrneis:* Ex quibus
femur tuum,* Poten- delectavérunt te fíliæ
tíssime. regum in honóre tuo.
Spécie tua et pulchritúdine Astitit regína a dextris tuis
tua:* Inténde, próspere in vestítu deauráto:* Cir-
procéde, et regna. cúmdata varietáte.
Propter veritátem, et man- Audi, fília, et vide, et inclí-
suetúdinem, et justítiam:* na aurem tuam:* Et obli-
Et dedúcet te mirabíliter víscere pópulum tuum, et
déxtera tua. domum patris tui.
Sagíttæ tuæ acútæ, pópuli Et concupíscet Rex decó-
sub te cadent:* In corde rem tuum:* Quóniam ipse
inimicórum Regis. est Dóminus Deus tuus, et
adorábunt eum.

- 726 -
Et fíliæ Tyri in munéribus Pro pátribus tuis nati sunt
* Vultum tuum depreca- tibi fílii:* Constítues eos
búntur: omnes dívites príncipes super omnem
plebis. terram.
Omnis glória ejus fíliæ Re- Mémores erunt nóminis
gis ab intus,* In fímbriis tui: * In omni generatióne
áureis circumamícta varie- et generatiónem.
tátibus. Proptérea pópuli confi-
Adducéntur Regi vírgines tebúntur tibi in ætérnum:*
post eam:* Próximæ ejus Et in sæculum sæculi.
afferéntur tibi. Glória Patri.
Afferéntur in lætítia et
exsultatióne:* Adducén-
tur in templum Regis.

Ant. Spécie tua, et pulchritúdine tua inténde,


próspere procéde, et regna.

Ant. Adjuvábit eam Deus vultu suo: Deus in médio


ejus, non commovébitur.

PSALMUS 45
Deus noster refúgium

Deus noster refúgium, et Sonuérunt, et turbátæ


virtus: * Adjútor in tribu- sunt aquæ eórum:* Con-
latiónibus, quæ invené- turbáti sunt montes in
runt nos nimis. fortitúdine ejus.
Proptérea non timébimus Flúminis ímpetus lætíficat
dum turbábitur terra:* Et civitátem Dei:* Sanctifi-
transferéntur montes in cávit tabernáculum suum
cor maris. Altíssimus.
Deus in médio ejus, non

- 727 -
commovébitur:* Adjuvábit rens bella usque ad finem
eam Deus mane dilúculo. terræ.
Conturbátæ sunt Gentes, Arcum cónteret, et com-
et inclináta sunt regna:* frínget arma:* Et scuta
Dedit vocem suam, mota combúret igni.
est terra. Vacáte, et vidéte quóniam
Dóminus virtútum nobís- ego sum Deus:* Exaltábor
cum: * Suscéptor noster in Géntibus, et exaltábor in
Deus Jacob. terra.
Veníte, et vidéte ópera Dóminus virtútum nobís-
Dómini, quæ pósuit pro- cum: * Suscéptor noster
dígia super terram:* Áufe- Deus Jacob. Glória Patri.

Ant. Adjuvábit eam Deus vultu suo: Deus in médio


ejus, non commovébitur.

Ant. Sicut laetántium ómnium nostrum habitátio


est in te, Sancta Dei Génetrix.

PSALMUS 86
Fundaménta ejus

Fundaménta ejus in món- Ecce alienígenæ, et Tyrus,


tibus sanctis:* Díligit et pópulus Æthíopum,* Hi
Dóminus portas Sion fuérunt illic.
super ómnia tabernácula Numquid Sion dicet:
Jacob. Homo, et homo natus est
Gloriósa dicta sunt de te, * in ea:* Et ipse fundávit
Cívitas Dei. eam Altíssimus?
Memor ero Rahab, et Dóminus narrábit in
Babylónis* Sciéntium me. scriptúris populórum, et
príncipum:* Horum, qui
fuérunt in ea.

- 728 -
Sicut lætántium ómnium: * Glória Patri.
Habitátio est in te.

Ant. Sicut laetántium ómnium nostrum habitátio


est in te, Sancta Dei Génetrix.

V. Diffusa est grátia in lábiis tuis.


R .Proptérea benedixit te Deus in aetérnum.
Pater Noster (em silêncio)
V. Et ne nos indúcas in tentatiónem.
R. Sed libera nos a malo.

Absolvição
Précibus et méritis béatae Mariae semper Virginis, et
ómnium Sanctórum, perdúcat nos Dóminus ad regna
caelórum.
R. Amen.
TERCEIRO NOTURNO
Para a Quarta e Sábado

Ant. Gáude, Maria Virgo, cunctas haéreses sola


interemisti in univérso mundo.

PSALMUS 95
Cantate Domino canticum novum

Cantáte Dómino canticum Annuntiáte inter Gentes


novum: * Cantáte Dómino glóriam ejus,* In ómnibus
omnis terra. pópulis mirabilia ejus.
Cantate Domino, et bene- Quoniam Magnus Domi-
dicite Nómini ejus:* An- nus, et laudábilis nimis:*
nuntiáte de die in diem Terribilis est super omnes
salutáre ejus. deos.

- 729 -
Quóniam omnes dii Gén- Géntibus quia Dóminus
tium daemónia:* Dominus regnávit.
autem caelos fecit. Etenim corréxit orbem
Conféssio et pulchritúdo terrae, qui non commo-
in conspéctu ejus:* Sancti- vébitur:* Judicábit pópu-
mónia et magnificéntia in los in aequitáte.
sanctificatióne ejus. Laeténtur caeli, et exúltet
Afférte Dómino pátriae terra, commoveátur mare,
Géntium, afférte Dómino et plenitúdo ejus.* Gau-
glóriam et honórem:* débunt campi, et ómnia
Afférte Dómino glóriam quae in eis sunt.
Nómini ejus. Tunc exultábunt ómnia
Tóllite hóstias, et introite ligna silvárum a fácie
in átria ejus:* Adoráte Dómini, quia venit: *
Dóminum in átrio sancto Quóniam venit judicáre
ejus. terram.
Commoveátur a fácie ejus Judicábit orbem terrae in
universa terra.* Dicite in aequitáte, * Et pópulos in
veritáte sua. Glória Patri.

Ant. Gáude, Maria Virgo, cunctas haéreses sola


interemisti in univérso mundo.

Ant. Dignáre me laudáre te, Virgo sacráta: da mihi


virtútem contra hostes tuos.

PSALMUS 96
Dóminus regnávit

Dóminus regnávit exsúltet ejus:* Justítia, et judícium


terra: * Læténtur ínsulæ corréctio sedis ejus.
multæ.
Nubes, et calígo in circúitu

- 730 -
Ignis ante ipsum præ- Et exsultavérunt fíliæ
cedet:* Et inflammábit in Judæ:* Propter judícia tua,
circúitu inimícos ejus. Dómine:
Illuxérunt fúlgura ejus Quóniam tu Dóminus
orbi terræ: * Vidit et Altíssimus super omnem
commóta est terra. terram:* Nimis exaltátus
Montes, sicut cera fluxé- es super omnes deos.
runt a fácie Dómini:* A Qui dilígitis Dóminum,
fácie Dómini omnis terra. odíte malum:* Custódit
Annuntiavérunt cæli justí- Dóminus ánimas sanctó-
tiam ejus:* Et vidérunt rum suórum, de manu
omnes pópuli glóriam peccatóris liberábit eos.
ejus. Lux orta est justo,* Et
Confundántur omnes, qui rectis corde lætítia.
adórant sculptília:* Et qui Lætámini, justi in Dómi-
gloriántur in simulácris no:* Et confitémini memó-
suis. riæ sanctificatiónis ejus.
Adoráte eum, omnes Na-
geli ejus:* Audívit, et
lætáta est Sion. Glória Patri.

Ant. Dignáre me laudáre te, Virgo sacráta: da mihi


virtútem contra hostes tuos.

Ant. durante o ano: Post Partum, Virgo, invioláta


permansisti; Dei Génetrix intercéde pro nobis.
Ant. durante o Advento e na Festa da Anunciação:
Angelus Dómini nuntiávit mariae, et concépit de
Spíritu Sancto.

PSALMUS 97
Cantáte Dómino

- 731 -
Cantáte Dómino cánticum Psállite Dómino in cíthara,
novum: * Quia mirabília in cíthara et voce psalmi:*
fecit. In tubis ductílibus, et voce
Salvávit sibi déxtera ejus:* tubæ córneæ.
Et bráchium sanctum ejus. Jubiláte in conspéctu regis
Notum fecit Dóminus salu- Dómini:* Moveátur mare,
táre suum:* In conspéctu et plenitúdo ejus: orbis
Géntium revelávit justí- terrárum, et qui hábitant
tiam suam. in eo.
Recordátus est miseri- Flúmina plaudent manu,
córdiæ suæ,* Et veritátis simul montes exsultábunt
suæ dómui Israël. a conspéctu Dómini:*
Vidérunt omnes términi Quóniam venit judicáre
terræ* Salutáre Dei nostri. terram.
Jubiláte Deo, omnis terra:* Judicábit orbem terrárum
Cantáte, et exsultáte, et in justítia,* Et pópulos in
psállite. æquitáte. Glória Patri.

Ant. durante o ano: Post Partum, Virgo, invioláta


permansisti; Dei Génetrix intercéde pro nobis.
Ant. durante o Advento e na Festa da Anunciação:
Angelus Dómini nuntiávit mariae, et concépit de
Spíritu Sancto.

V.Diffusa est grátia in lábiis tuis.


R. Proptérea benedixit te Deus in aetérnum.
Pater Noster (em silêncio)
V. Et ne nos indúcas in tentatiónem.
R. Sed libera nos a malo.

Absolvição
Précibus et méritis béatae Mariae semper Virginis, et
ómnium Sanctórum, perdúcat nos Dóminus ad regna
caelórum.
R. Amen.
O leitor inclina sempre a cabeça ao dizer:
V. Jube, domne, benedicere.
Benção: Nos cum prole pia benedicat Virgo Maria.
R. Amen.

LIÇÕES
Durante o ano dizem-se as seguintes lições:

PRIMEIRA LIÇÃO
(Eccli. XXIV, 11-13)
In ómnibus réquiem quaesivi, et in hereditáte Dómini
morábor.Tunc praecépit, et dixit mihi Creátor ómnibus:
et qui creávit me, requiévit in tabernáculo meo, et dixit
mihi: In Jacob inhábita, et in Isrãel hereditáre, et in
eléctis meis mitte radices. Tu autem, Dómine,
miserere nobis.*
R. Deo grátias.
T. Sancta et immaculáta Virginitas, quibus te
láudibus éfferam, néscio: * Quia quem caeli cápere
non póterant, tuo grémio contulisti.
V. Benedicta tu in muliéribus, et benedictus fructus
ventris tui.
R. Quia quem caeli cápere non póterant, tuo grémio
contulisti.
V. Jube, domne, benedicere.

* O leitor ou cantor está de pé durante a lição, mas


ajoelha às palavras Tu autem, Dómine, miserere
nobis.
- 733 -
Benção: Ipsa Virgo virginum intercédat pro nobis ad
Dóminum.
R. Amen.

SEGUNDA LIÇÃO
(Eccli XXIV, 15-16)
Et sic in Sion firmáta sum , et in civitáte sanctificáta
similiter requiévi, et in Jerúsalem potéstas mea.Et
radicávi in pópulo honorificátio, et in parte Dei mei
heréditas illius, et in plenitúdine Sanctórum deténtio
mea.Tu autem, Dómine, miserére nobis.
R. Deo grátias.
T. Beáta es, Virgo Maria, quae Dóminum portasti,
creatórem mundi:* Genuisti qui te fecit, et in
aetérnum pérmanes Virgo.
V. Ave, Maria, grátia plena, Dominus tecum.
R. Genuisti qui te fecit, et in aetérnum pérmanes
Virgo.
Quando se diz o Te Deum, acrescenta-se:
V. Glória Patri, et Filio, et Spíritui Sancto.
R. Genuisti qui te fecit, et in aetérnum pérmanes
Virgo.
V. Jube, domne, benedicere.
Benção: Per Virginem matrem concédat nobis Dóminus
salútem et pacem.
R. Amen.

TERCEIRA LIÇÃO
(Eccli XXIV, 17-20)
Quasi cedrus exaltáta sum in libano, et quasi cypréssus
in monte Sion: quasi palma exaltáta sum in Cades, et
quasi plantátio rosae in Jéricho.Quasi oliva speciósa in
campis, et quasi plátanus exaltáda sum juxta aquam in

- 734 -
platéis.Sicut cinnamómum, et bálsamum aromatizans
odórem dediquasi myrrha elécta dedisuavitátem
odóris.Tu autem, Dómine, miserére nobis.
R. Deo grátias.
Este responsório se omite quando se diz o Te Deum:
T. Felix namque es, sacra Virgo Maria, et omni
laude dignissima:* Quia ex te ortus est sol justitiae,
* Christus Deus noster.
V. Ora pro pópulo, intérveni pro clero, intercéde pro
devóto femineo sexu: séntiant omnes tuum juvámen,
quicúmque célebrant tuam sanctam commemora-
tiónem.
R. Quia ex te ortus est sol justitiae.
V. Glória Patri, et Filio, et Spíritui Sancto.
R. Christus Deus noster.

No advento e na festa da anunciação dizem-se as


seguintes lições:

V. Jube, domine, benedicere.


Benção: Nos cum prole pia benedicat Virgo Maria.
R. Amen

PRIMEIRA LIÇÃO
(Lc I, 26-28)
Missus est Angelus Gábriel a Deo in civitátem Galilaéae,
cui nomeu Názareth, ad virginem desponsatam viro,
cui nomen erat Joseph, de domo David, et nomen
Virginis Maria.Et, ingréssus angelus ad eam, dixit: Ave,
grátia plena: Dóminus tecum: benedicta tu in
muliéribus. Tu autem, Dómine, miserére nobis.
R. Deo grátias.

- 735 -
T. Missus est Gábriel Angelus ad Mariam Virginem
desponsátam Joseph, núntians ei Verbum: et
expavéscit virgo de lúmine.Ne timeas, Marira:
invenisti gratiam apud Dominum: * Ecce concipies,
et paries, et vocábitur Altissimi filius.
V. Dabit ei Dóminus Deus sedem David, patris ejus: et
regnábit in domo Jacob in aetérnum.
R. Ecce concipies, et pátries, et vocábitur Altissimi
Filius.
V. Jube, domne, benedicere.
Benção. Ipsa Virgo virginum intercédat pro nobis ad
Dóminum.
R. Amen.
SEGUNDA LIÇÃO
(Lc I, 29-33)
Quae cum audisset, tu báta est in sermóne ejus, et
cogitabat qualis esset ista salutátio.Et ait Angelus ei: Ne
imeas, Maria, invenisti enim grátiam apud Deum: Ecce,
concipies in útero, et páries Filium, et vocábis nomen
ejus Jesum. Hic erit magnus, et Filius Altissimi
vocábirur: et dabit illi Dóminus Deus sedem David
patris ejus: et regnábit in domo Jacob in aetérnum, et
regni eius non erit finis. Tu autem, Dómine, miserére
nobis.
R. Deo grátias.
T. Ave, Maria, grátia plena, Dóminus tecum: *
Spíritus Sanctus supervéniet in te, et virtus
Altissimi obumbrábit tibi: quod enim ex te
nascétur Sanctum, vocábitur Sanctum, vocábitur
Filius Dei.
V. Quómodo fiet istud, quóniam virum non cognósco?
Et respóndens Angelus, dixit ei:

- 736 -
R. Spiritus Sanctus supervéniet in te, et virtus
Altissimi obumbrábit tibi: quod enim ex te
nascetur Sanctum, vocábitur Filius Dei.
Quando se diz o Te Deum, acrescenta-se:
V. Glória Patri, et Filio, et Spíritui Sancto.
R. Spiritus Sanctus supervéniet in te, et virtus
Altissimi obumbrábit tibi: quod enim ex te
nascetur Sanctum, vocábitur Filius Dei.
V. Jube, domne, benedicere.
Benção: Per Virginem matrem concédat nobis Dóminus
salútem et pacem.
R. Amen.
TERCEIRA LIÇÃO
(Lc I, 34-38)
Dixit autem Maria ad Angelum: Quómodo fiet istud,
quóniam virum non cognósco? Et respóndens Angelus,
dixit ei: Spiritus Sanctus supervéniet in te, et virtus
Altissimi obumbrávit tibi.Ideóque et quod nascétur ex
te Sanctum, vocábitur Filius Dei.Et ecce, Elisabeth,
cognáta tua, et ipsa concépit filium in senectúte sua: et
hic mensis sextus est illi quae vocátur stérilis: quia non
erit impossibile apud Deum omne verbum.Dixit autem
Maria: Ecce ancilla Dómini, fiat mihi secúndum verbum
tuum.Tu autem, Dómine, miserére nobis.
R. Deo grátias.
Este responsório se omite quando se diz o Te Deum:
T. Súscipe verbum Virgo Maria, quod tibi a Dómino
per Angelum transmissum est; concipies, et páries
Deum párter et hóminem: * Ut benedicta dicáris
inter omnes mulieres.
V. Páries quidem Filium, et virginitáti non patiéris
detriméntum: efficiéris grávida, et eris mater semper
intácta.

- 737 -
R. Ut Benedicta dicáris inter omnes mulieres.
V. Glória Patri, et Filio, et Spíritui Sancto.
R. Ut Benedicta dicáris inter omnes mulieres.

O Te Deum não se diz no ADVENTO, nem DESDE A


SEPTUAGESIMA ATÉ A PASCOA, exceto nas FESTAS DE
N. SENHORA e nas FESTAS DE S.JOSÉ.

TE DEUM
Hymno Ambrosiano
Canta-se ou reza-se de pé mesmo diante do SS. exposto

Te Deum laudámus: * te Dóminum confitémur.


Te ætérnum Patrem * Omnis terra venerátur.
Tibi omnes Angeli, * Tibi Cæli, et univérsæ Potestátes:
Tibi Chérubim et Séraphim * Incessábili voce
proclámant:
(Faz-se uma profunda reverência)
Sanctus, Sanctus, Sanctus * Dóminus Deus Sábaoth.
Pleni sunt cæli et terra * majestátis glóriæ tuæ.
Te gloriósus * Apostolórum chorus,
Te Prophetárum * laudábilis númerus,
Te Mártyrum candidátus * laudat exércitus.
Te per orbem terrárum * sancta confitétur Ecclésia,
Patrem * imménsæ majestátis;
Venerándum tuum verum * et únicum Fílium;
Sanctum quoque * Paráclitum Spíritum.
Tu Rex glóriæ, * Christe.
Tu Patris * sempitérnus es Fílius.
Tu, ad liberándum susceptúrus hóminem: * non
horruísti Vírginis uterum.
Tu, devícto mortis acúleo, * aperuísti credéntibus regna
cælórum.

- 738 -
Tu ad déxteram Dei sedes, * in glória Patris.
Judex créderis * esse ventúrus.
(O versículo seguinte diz-se de joelhos).
Te ergo quæsumus, tuis fámulis súbveni, * quos
pretióso sánguine redemísti.
(Aqui todos se levantam)
Ætérna fac cum Sanctis tuis * in glória numerári.
Salvum fac pópulum tuum, Dómine, * et bénedic
hereditáti tuæ.
Et rege eos, * et extólle illos usque in ætérnum.
Per síngulos dies * benedícimus te.
Et laudámus nomen tuum in sæculum, * et in sæculum
sæculi.
Dignáre, Dómine, die isto * sine peccáto nos custodíre.
Miserére nostri, Dómine, * miserére nostri.
Fiat misericórdia tua, Dómine, super nos, *
quemádmodum sperávimus in te.
In te, Dómine, sperávi: * non confúndar in ætérnum.

AD LAUDES

V. Deus, in adiutórium meum intende.


R. Domine, ad adiuvándum me festína.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in
princípio, et nunc, et semper, et in sæcula
sæculórum. Amen. Allelúia ou Laus tibi, Domine,
Rex aetérnae glóriae.

PRIMEIRA ANTÍFONA

- 739 -
Durante o Ano. Assúmpta est María in cælum:
gaudent Angeli, láudantes benedícunt Dóminum.
No Advento. Missus est Gabriel angelus ad Mariam
Virginem deponsátam Joseph.
Do Natal à Purificação. O admirábile commércium!
Creátor géneris humáni, animátum corpus sumens,
de Virgine nasci dignátus est: et procédens homo
sine sémine, largitus est nobis suam Deitatem.

PSALMUS 92
Dóminus regnávit

DÓMINUS regnávit, decó- Elevavérunt flúmina flu-


rem indútus est:* indútus ctos suos,* a vócibus aquá-
est Dóminus fortitúdinem, rum multárum.
et præcínxit se. Mirábiles elatiónes ma-
Etenim firmávit orbem ris:* mirábilis in altis
terræ,* qui non com- Dóminus.
movébitur. Testimónia tua credíbilia
Paráta sedes tua ex tunc: * facta sunt nimis:* domum
a sæculo tu es. tuam decet sanctitúdo,
Elevavérunt flúmina, Dó- Dómine, in longitúdinem
mine:* Elevavérunt flú- diérum.
mina vocem suam. Glória Patri.

Repete-se a PRIMEIRA ANTÍFONA

SEGUNDA ANTÍFONA
Durante o Ano. María Virgo assúmpta est ad
æthéreum thálamum, in quo Rex regum stelláto
sedet sólio.
No Advento. Ave, Maria, grátia plena, Dóminus
tecum: benedicta tu in muliéribus, allelúia.

- 740 -
Do Natal à Purificação. Quando natus es ineffabiliter
ex Virgine, tunc implétae sunt Scripturae: sicut
plúvia in vellus descendisti, ut mánum: te
laudámus, Deus noster.

PSALMUS 99
Jubiláte

IUBILÁTE Deo, omnis sióne,* átria eius in


terra: * servíte Dómino in hymnis: confitémini illi.
lætítia. Laudáte nomen eius:*
Introíte in conspéctu eius, quóniam suávis est
* in exsultatióne. Dóminus,
Scitóte quóniam Dóminus in ætérnum misericórdia
ipse est Deus:* ipse fecit eius, * et usque in gene-
nos, et non ipsi nos. ratiónem et generatiónem
Pópulos eius, et oves véritas eius.
páscuæ eius: † Introíte
portas eius in confes- Glória Patri.

Repete-se a SEGUNDA ANTÍFONA

TERCEIRA ANTÍFONA
Durante o Ano. In odórem unguentórum tuórum
cúrrimus: adulescentulæ dilexérunt te nimis.
No Advento. Ne timeas, Maria: invenisti grátiam
apud Dominum: ecce concipies, et páries filium,
allelúia.
Do Natal à Purificação. Rubum quem viderat Móyses
incombústum, conservátam agnóvimus tuam
laudábilem virginitátem: Dei génitrix, intercéde
pro nobis.

- 741 -
PSALMUS 62
Deus, Deus meus

DEUS, Deus meus,* Si memor fui tui super


ad te de luce vígilo. stratum meum,† in matu-
Sitívit in te ánima mea,* tínis meditábor in te:*
quam multiplíciter tibi quia fuísti adiútor meus.
caro mea. Et in velámento alárum
In terra desérta, et ínvia, tuárum exsultábo,adhæsit
et ináquosa:† sic in sancto ánima mea pos te:* me
appárui tibi* ut vidérem suscépit déxtera tua.
virtútem tuam, et glóriam Ipsi vero in vanum
tuam. quæsiérunt* ánimam
Quóniam mélior est meam.
misericórdia tua super Introíbunt in inferióra
vitas:* lábia mea lau- terræ:* tradéntur in
dábunt te. manus gládii, partes
Sic benedícam te in vita vúlpium erunt.
mea:* et in nómine tuo Rex vero lætábitur in Deo,
levábo manus meas. laudabúnter omnes qui
Sicut ádipe et pinguédine iurant in eo:* quia
repleátur ánima mea:* et obstrúctum est os
lábiis exsultatiónis lauda- loquéntium iníqua.
bit os meum. Glória Patri.

Repete-se a TERCEIRA ANTÍFONA

QUARTA ANTÍFONA
Durante o Ano. Benedícta * fília tua Dómino: quia
per te fructum vitæ communicávimus.
No Advento. Dabit ei Dóminus sedem David patris
ejus, et regnábit in aetérnum.

- 742 -
Do Natal à Purificação. Germinávit radix Jesse, orta
est stella ex Jacob: Virgo péperit Salvatórem: te
laudámus, Deus noster.

Canticum trium Puerorum


Cântico dos três meninos
(Dn 3, 57-88 et 56)

BENEDÍCITE, ómnia ópera Dómino.


Dómini, Dómino:* Laudáte Benedícite, glácies et
et superexaltáte eum in nives, Dómino:* bene-
sæcula. dícite, noctes et dies,
Benedícite, Angeli Dómini, Dómino.
Dómino:* benedícite, cæli, Benedícite, lux et ténebræ,
Dómino. Dómino:* benedícite, fúl-
Benedícite, aquæ omnes, gura et nubes, Dómino.
quæ super cælos sunt, Benedícat terra Dóminum:
Dómino:* benedícite, om- * laudet et superexáltet
nes virtútes Dómini, eum in sæcula.
Dómino: Benedícite, montes et
Benedícite, sol et luna, colles, Dómino:* bene-
Dómino:* benedícite, ste- dícite, univérsa germinán-
llæ cæli, Dómino. tia in terra, Dómino.
Benedícite, omnes imber Benedícite, fontes, Dómi-
et ros, Dómino:* bene- no:* benedícite, mária et
dícite, omnes spíritus Dei, flúmina, Dómino.
Dómino. Benedícite, cete, et ómnia,
Benedícite, ignis et æstus, quæ movéntur in aquis,
Dómino:* Benedícite, fri- Dómino:* benedícite, om-
gus et æstus, Dómino. nes volúcres cæli, Dómino.
Benedícite, rores et Benedícite, omnes béstiæ
pruína, Dómino:* benedí- et pécora, Dómino:*
cite, gelu et frigus,
- 743 -
benedícite, fílii hóminum, et superexaltáte eum in
Dómino. sæcula.
Benedícat Israël Dómi- (Faz-se uma reverência)
num:* laudet et supere- Benedicámus Patrem et
sáltet eum in sæcula. Fílium cum Sancto Spíritu:
Benedícite, sacerdotes * laudémus et super-
Dómini, Dómino:* benedí- exaltémus eum in sæcula.
cite, servi Dómini, Dómi- Benedíctus es, Dómine, in
no. firmaménto cæli:* et
Benedícite, spíritus, et laudábilis, et gloriósus, et
ánimæ iustórum, Dómino: superexaltátus in sæcula.
* benedícite, sancti, et (Não se diz o Glória,
húmiles corde, Dómino. porque o penúltimo verso
Benedícite, Ananía, Azaría, tem o mesmo sentido e nem
Misaël, Dómino:* laudáte Amém).

Repete-se a QUARTA ANTÍFONA

QUINTA ANTÍFONA
Durante o Ano. Pulchra es * et décora, fília
Ierúsalem, terríbilis ut castrórum ácies ordináta.
No Advento. Ecce ancilla Dómini: fiat mihi secundum
verbum tuum.
Do Natal à Purificação. Ecce Maria génuit nobis
Salvatórem, quem Joánnes videns exclamavit,
dicens: Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccáta
mundi, allelúia.

PSALMUS 148
Laudáte Dóminum

LAUDÁTE Dóminum de excélsis.


cælis: * laudáte eum in Laudáte eum, omnes
- 744 -
Angeli eius:* laudáte eum, Montes, et omnes colles:*
omnes virtútes eius. ligna fructífera, et omnes
Laudáte eum, sol et luna: * cedri.
laudáte eum, omnes stellæ Béstiæ, et univérsa péco-
et lumen. ra:* sérpentes, et vólucres
Laudáte eum, cæli pennátæ:
cælórum:* et aquæ omnes, Reges terræ, et omnes
quæ super cælos sunt, pópuli: * príncipes, et
laudent nomen Dómini. omnes iúdices terræ.
Quia ipse dixit, et facta Iúvenes, et vírgines: senes
sunt:* ipse mandávit, et cum junióribus laudent
creáta sunt. nomen Dómini:* quia
Státuit ea in ætérnum, et exaltátum est nomen eius
in sæculum sæculi:* præ- sólius.
céptum pósuit, et non Conféssio ejus super
præteríbit. cælum et terram:* et
Laudáte Dóminum de exaltávit cornu pópuli sui.
terra,* dracónes, et omnes Hymnus ómnibus sanctis
abýssi. ejus:* Fíliis Israël, pópulo
Ignis, grando, nix, glácies, appropinquánti sibi.
spíritus procellárum:*
quæ fáciunt verbum eius: Glória Patri.

Repete-se a QUINTA ANTÍFONA

CAPITULUM

Durante o Ano. [Cant VI,8]


L. VIDÉRUNT eam fíliæ Sion, et beatíssimam
prædicavérunt, et reginæ laudavérunt eam.
R. Deo grátias.
No Advento. [Is XI,1-2]

- 745 -
L. Egrediétur virga de radice Jesse, et flos de radice
ejus ascéndet. Et requiéscet super eum Spiritus
Dómini.
R. Deo Grátias.
HYMNUS

O GLORIÓSA vírginum,
Sublímis inter sídera,
Qui te creávit, párvulum
Lacténte nutris úbere.

Quod Heva tristis ábstulit,


Tu reddis almo gérmine:
Intrent ut astra flébiles,
Cæli reclúdis cárdines.

Tu regis alti iánua


Et aula lucis fúlgida:
Vítam datam per Vírginem,
Gentes redemptæ, pláudite.

Iesu, tibi sit Glória,


Qui natus es de Vírgine,
Cum Patre, et almo Spíritu,
In sempitérna sæcula.
Amen.

V. Benedícta tu in muliéribus.
R. Et benedíctus fructus ventris tui.

ANTÍFONA DO BENEDICTUS
Durante o ano. Beáta Dei Génitrix, María, * Virgo
perpétua, templum Dómini, sacrárium Spíritus

- 746 -
Sancti, sola sine exémplo placuísti Dómini nostro
Iesu Christo: ora pro pópulo, intérveni pro clero,
intercéde pro devóto femíneo sexu.
No Tempo Pascal. Regina Caeli, laetáre, allelúia: quia
quem meruisti portáre, allelúia: resurréxit, sicut
dixit, allelúia: ora pro nobis Deum, allelúia.
No Advento. Spiritus Sanctus in te descéndet, Maria:
ne timeas: habébis in útero Filium Dei, allelúia.)
Do Natal à Purificação. Mirábile mystérium
declarátur hódie: innovántur natúrae, Deus homo
factus est: id quod fuit permánsit, et quod non erat
assúmpsit: non commixtiónem passus, neque
divisiónem.

CANTICUM ZACHARIÆ
Cântico de Zacarias
(Luc. 1, 68-79)
Canta-se ou reza-se de pé. Faz-se ao princípio o sinal da
cruz.

BENEDÍCTUS † Dóminus, Ad faciéndam misericór-


Deus Israël,* quia visitávit diam cum pátribus
et fecit redemptiónem nostris:* et memorári
plebis suæ: testaménti sui sancti.
Et eréxit cornu salútis Iusiurándam, quod iurávit
nobis:* in domo David, ad Abraham, patrem
púeri sui. nostrum, * datúrem se
Sicut locútus est per os nobis:
sanctórum,* qui a sæculo Ut sine timore, de manu
sunt, prophetárum eius: inimicórum nostrórum
Salútem ex inimícis liberáti,* serviámus illi.
nostris,* et de manu
ómnium, qui odérunt nos:

- 747 -
In sanctitáte, et iustítia Per víscera misericordiæ
coram ipso,* ómnibus Dei nostri:* in quibus
diébus nostris. visitávit nos, óriens ex
Et tu, puer, Prophéta alto:
Altíssimi vocáberis:* Præí- Illumináre his, qui in
bis enim ante fáciem ténebris, et in umbra
Dómini paráre vias eius: mortis sedent:* ad diri-
Ad dandam sciéntiam géndos pedes nostros in
salútis plebi eius:* in viam pacis.
remissiónem peccatórum
eórum: Glória Patri.

Repete-se a ANTÍFONA DO BENEDICTUS

PRECES
Kýrie eléison.
Christe eléison
Kýrie eléison

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.

Durante o Ano e no Advento:


Orémus
DEUS, qui de beátæ Maríæ Vírginis útero Verbum
tuum, Angelo nuntiánte, carnem suscípere voluísti; ut,
qui vere eam Genetrícem Dei crédimus, eius apud te
intercessióni adiuvémur. Per eúndem Dóminum
Nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit

- 748 -
et regnat in unitáte Spítitu Sancti, Deus, per ómnia
sæcula sæculórum.
R. Amen.
Do Natal à Purificação:
Orémus
Deus, qui salútis aetérnae, beátae Mariae virginitáte
foecúnda, humáno géneri praémia praestitisti: tribue,
quaésumnus, ut ipsam pro nobis intercédere
sentiámus, per quam merúimus auctórem vitae
suscipere, Dóminum nostrum Jesum Christum Filium
tuum: Qui tecum vivit et regnate in unitáte Spiritus
Sancti Deus, per ómnia saecula saeculórum.
R. Amen.

COMEMORAÇÃO DOS SANTOS

Durante o Ano
Ant. Sancti Dei omnes, intercédere dignémini pro
nostra omniúmque salúte.

V. Laetámini in Dómino et exsultáre, justi.


R. Et gloriámini, omnes recti corde.
Orémus.
Prótege, Dómine, pópulum tuum, et Apostolórum
tuórum Petri et Pauli, et aliórum Apostolórum
patrocinio confidéntem, perpétua defendéntem,
perpétua defensióne consérva. Omnes Sancti tui,
quaésumus, Dómine, nos ubique ádjuvent: ut, dum
éorum mérita recólimus, patrocinia sentiámus: et
pacem tuam nostris concede tempóribus, et ab Ecclésia
tua cunctam repélle nequitiam: iter, actus, et
voluutátes nostras, et ómnium famulórum tuórum, in
salútis tuae prosperitáte dispóne: benefactóribus

- 749 -
nostris sempitérna bona retribue, et ómnibus fidélibus
defúnctis réquiem aetérnam concéde.Per Dóminum
nostrum Jesum Christum Filium tuum: Qui tecum vivit
et regnat in unitáte Spiritas Sancti Deus, per ómnia
saecula saeculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

No Advento.
Ant. Ecce Dóminus véniet, et omnes Sancti ejus cum
eo: et erit in die illa lux magna, allelúia.
V. Ecce, apparébit Dóminus super nubem cándidam.
R. Et cum eo Sanctórum milia.

Orémus.
Consciéntias nostras, quaésumus, Dómine, visitándo
purifica: ut, véniens Jesus Christus filius tuus Dóminus
noster cum ómnibus Sanctis, parátam sibi in nobis
invéniat mansiónem: Qui tecum vivit et regnat in
unitáte Spiritus Sancti Deus, per ómnia saécula
saeculórum.
R. Amen.
V. Dóminus vobíscum,

- 750 -
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.
Pater Noster (em voz baixa).
V. Dóminus det nobis suam pacem.
R. Et vitam aetérnam. Amen.

ANTÍFONAS DE NOSSA SENHORA


As antífonas finais de N. Senhora com os respectivos
versos e Orémus rezam-se sempre de joelhos, exceto nos
Domingos desde as Vésperas do Sábado e em todo o
Tempo Pascal, no qual se diz a Ant. Regina Caeli, etc. de
pé. O hebdomadario, porém, sempre se levanta para
rezar o Orémus.

Desde as Vésperas do SÁBADO QUE PRECEDE O


PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO até às VÉSPERAS DA
PURIFICAÇÃO de N. Senhora, diz-se:
Ant. Alma Redemptóris Mater, quæ pérvia cæli
Porta manes, et stella maris, succúrre cadénti,
Súrgere qui curat, pópulo : tu quæ genuísti,
Natúra miránte, tuum sanctum Genitórem,
Virgo prius ac postérius, Gabriélis ab ore
Sumens illud Ave, peccatórum miserére.

V. Angelus Dómini nuntiávit Mariae.


R. Et concépit de Spiritu Sancto.

- 751 -
Orémus.
Grátiam tuam, quæsumus Dómine, méntibus nostris
infúnde ; ut, qui, Angelo nuntiánte, Christi Fílii tui
incarnatiónem cognóvimus ; per passiónem ejus et
crucem, ad resurrectiónis glóriam perducámur. Per
eúmdem Christum Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen

Das primeiras VÉSPERAS DO NATAL até a


PURIFICAÇÃO:
Ant. Alma Redemptoris Mater, etc.
V. Post partum, virgo, inviolata permansisti.
R. Dei génetrix, intercéde pro nobis.

Orémus.
Deus, qui salútis ætérnæ, beátæ Maríæ virginitáte
fœcúnda, humáno géneri præmia præstitísti : tríbue,
quæsumus ; ut ipsam pro nobis intercédere sentiámus,
per quam merúimus auctórem vitæ suscípere,
Dóminum nostrum Jesum Christum Fílium tuum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen.

Da PURIFICAÇÃO ao SÁBADO SANTO:


Ant. Ave, Regina Cælorum, Ave, Dómina Angelórum:
Salve, radix, salve, porta, Ex qua mundo lux est
orta: Gaude Virgo gloriósa, Super omnes speciósa,

- 752 -
Vale, o valde decóra, Et pro nobis Christum exóra.

V. Dignáre me laudáre te, Virgo sacráta.


R. Da mihi virtútem contra hostes tuos.

Orémus.
Concéde, miséricors Deus, fragilitáti nostræ
præsídium; ut, qui sanctæ Dei Genitrícis memóriam
ágimus; intercessiónis ejus auxílio, a nostris
iniquitátibus resurgámus. Per eúmdem Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.
V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.
R. Amen.

Do SÁBADO SANTO ao PRIMEIRO SÁBADO DEPOIS DE


PENTECOSTES:
Ant. Regína cæli, lætáre, allelúia; Quia quem
meruísti portáre, allelúia, Resurréxit, sicut dixit,
allelúia: Ora pro nobis Deum, allelúia.

V. Gaude et lætáre, Virgo María, allelúia.


R. Quia surréxit Dóminus vere, allelúia

Orémus.
Deus, qui per resurrectiónem Fílii tui, Dómini nostri
Jesu Christi, mundum lætificáre dignátus es ; præsta,
quæsumus ; ut, per ejus Genitrícem Vírginem Maríam,
perpétuæ capiámus gáudia vitæ. Per eúmdem
Christum Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.

- 753 -
R. Amen.

Do PRIMEIRO SÁBADO DEPOIS DE PENTECOSTES até ao


ADVENTO:
Ant. Salve, Regína, mater misericórdiæ; vita,
dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamámus
éxsules fílii Hevæ. Ad te suspirámus geméntes et
flentes in hac lacrimárum valle. Eja ergo, advocáta
nostra, illos tuos misericórdes óculos ad nos
convérte. Et Jesum, benedíctum fructum ventris tui
nobis post hoc exsílium osténde. O clemens, o pia, o
dulcis Virgo María.

V. Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix.


R. Ut digni effíciámur promissiónibus Christi.
Orémus.
Omnípotens sempitérne Deus, qui gloriósæ Vírginis
Matris Maríæ corpus et ánimam, ut dignum Fílii tui
habitáculum éffici mererétur, Spíritu Sancto
cooperánte præparásti : da, ut cujus commemoratióne
lætámur ; ejus pia intercessióne, ab instántibus malis,
et a morte perpétua líberémur. Per eúmdem Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen

- 754 -
AD PRIMAM

Ave Maria, etc.


V. Deus, in adiutórium meum intende.
R. Domine, ad adiuvándum me festína.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in
princípio, et nunc, et semper, et in sæcula
sæculórum. Amen. Allelúia ou Laus tibi, Domine,
Rex aetérnae glóriae.

HYMNUS

MEMÉNTO, rerum Cónditor,


Nostri quod olim córporis,
Sacráta ab alvo Vírginis
Nascéndo, formam súmpseris.
María, Mater grátiæ,
Dulcis Parens clementiæ,
Tu nos ab hoste prótege,
Et mortis hora súsipe.

Iesu, tibi sit glória,


Qui natus es de Vírgine,
Cum Patre, et almo Spíritu,
In sempitérna sæcula.
Amen.

ANTÍFONA
Durante o Ano: Assúmpta est María in cælum:
gaudent Angeli, laudántes benedícunt Dóminum.
No Advento. Missus est Gabriel angelus ad Mariam
Virginem deponsátam Joseph.

- 755 -
Do Natal à Purificação. O admirábile commércium!
Creátor géneris humáni, animátum corpus sumens,
de Virgine nasci dignátus est: et procédens homo
sine sémine, largitus est nobis suam Deitatem.

PSALMUS 53
Deus, in Nómine

DEUS, in nómine tuo Avérte mala inimícis meis:


salvum me fac: * et in * et in veritáte tua dispér-
virtute tua iúdica me. de illos.
Deus, exaudi oratiónem Voluntárie sacrificábo tibi,
meam:* áuribus pércipe * et confitébor nómini tuo,
verba oris mei. Dómine: quóniam bonum
Quóniam aliéni insurre- est:
xérunt advérsum me, Quóniam ex omni tribu-
et fortes quæsiérunt áni- latióne eripuísti me:* et
mam meam:* et non super inimícos meos dês-
proposuérunt Deum ante péxit óculos meus.
conspéctum suum.
Ecce enim Deus ádiuvat
me:* et Dóminus suscé-
ptor est ánimæ meæ. Glória Patri.

PSALMUS 84
Benedíxisti

BENEDIXÍSTI, † Dómine, Mitigásti omnem iram


terram tuam:* avertísti tuam: * avertísti ab ira
captivitátem Iacob. indignatiónis tuæ.
Remisísti iniquitátem ple- Convérte nos, Deus,
bis tuæ:* operuísti ómnia salútaris noster:* et avérte
peccáta eórum. iram tuam a nobis.

- 756 -
Numquid in ætérnum ira- Verúntamen prope timén-
scéris nobis?* aut extén- tes eum salutáre ipsíus: *
des iram tuam a gene- ut inhábitet glória in terra
ratióne in generatiónem? nostra.
Deus, tu convérsus vivifi- Misericórdia et véritas
cábis nos:* et plebs tua obviavérunt sibi: * iustítia
lætábitur in te. et pax osculátæ sunt.
Osténde nobis, Dómine, Véritas de terra orta est: *
misericórdiam tuam:* et et iustítia de cælo pros-
salutáre tuum da nobis. péxit.
Audiam quid loquátur in Etenim Dóminus dabit
me Dóminus Deus:* benignitátem:* et terra
quóniam loquétur pacem nostra dabit fructum
in plebem suam. suum.
Et super sanctos suos:* et Iustítia ante eum ambu-
in eos qui convertúntur ad lábit: * Et ponet in via
cor. gressus suos. Glória Patri.

PSALMUS 116
Laudáte Dóminum

Laudáte † Dóminum, ejus:* et véritas Dómini


omnes Gentes:* laudáte manet in ætérnum.
eum, omnes pópuli:
Quóniam confirmáta est
super nos misericórdia Glória Patri.

Repete-se a ANTÍFONA

CAPITULUM

Durante o Ano. [Cant VI,9]

- 757 -
L. QUÆ est ista, quæ progréditur quasi auróra
consúrgens, pulchra ut luna, elécta ut sol, terríbilis
ut castrórum ácies ordináta?.
R. Deo grátias.

V. Dignáre me laudáre te, Vírgo sacráta.


R. Da mihi virtútem contra hóstes tuos.
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
Orémus.
DEUS, qui virginálem aulam beátæ Maríæ, in qua
habitáres, elígere dignátus es: da, quæsumus; ut, sua
nos defensíone munítos, iucúndos fácias suæ interésse
commemoratióni: Qui vivis et regnas in unitáte Spíritus
Santi, Deus, per ómnia sæcula sæcculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium animæ per misericórdia Dei, réquiesccant
in pace.
R. Amen.

Do Natal à Purificação. [Cant VI,9]

- 758 -
L. QUÆ est ista, quæ progréditur quasi auróra
consúrgens, pulchra ut luna, elécta ut sol, terríbilis
ut castrórum ácies ordináta?.
R. Deo grátias.

V. Dignáre me laudáre te, Vírgo sacráta.


R. Da mihi virtútem contra hóstes tuos.
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.

Orémus.
Deus, qui salútis aetérnae, beátae Mariae virginitáte
foecúnda, humáno géneri praémia praestitisti: tribue,
quaésumnus, ut ipsam pro nobis intercédere
sentiámus, per quam merúimus auctórem vitae
suscipere, Dóminum nostrum Jesum Christum Filium
tuum: Qui tecum vivit et regnate in unitáte Spiritus
Sancti Deus, per ómnia saecula saeculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium animæ per misericórdia Dei, réquiesccant
in pace.
R. Amen.

- 759 -
No Advento. [Is VII,14-15]
L. Ecce Virgo concipiet, et páriet filium, et cocábitur
nomen eius Emmánuel.Butyrum et mel cómedet, ut
sciat reprobare malum, et eligere bonum.
R. Deo Grátias.
V. Dignare me laudáre te, Virgo sacráta.
R. Da mihi virtútem contra hosres tuos.
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
Orémus.
DEUS, qui de beátæ Maríæ Vírginis útero Verbum
tuum, Angelo nuntiánte, carnem suscípere voluísti; ut,
qui vere eam Genetrícem Dei crédimus, eius apud te
intercessióni adiuvémur. Per eúndem Dóminum
Nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit
et regnat in unitáte Spítitu Sancti, Deus, per ómnia
sæcula sæculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium animæ per misericórdia Dei, réquiesccant
in pace.
R. Amen.

- 760 -
AD TERTIAM

Ave Maria, etc.


V. Deus, in adiutórium meum intende.
R. Domine, ad adiuvándum me festína.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in
princípio, et nunc, et semper, et in sæcula
sæculórum. Amen. Allelúia ou Laus tibi, Domine,
Rex aetérnae glóriae.

HYMNUS

MEMÉNTO, rerum Cónditor,


Nostri quod olim córporis,
Sacráta ab alvo Vírginis
Nascéndo, formam súmpseris.

María, Mater grátiæ,


Dulcis Parens clementiæ,
Tu nos ab hoste prótege,
Et mortis hora súsipe.

Iesu, tibi sit glória,


Qui natus es de Vírgine,
Cum Patre, et almo Spíritu,
In sempitérna sæcula.
Amen.

- 761 -
ANTÍFONA
Durante o Ano. Maria Virgo assúmpta est ad
aethéreum thálamum, in quo Rex regum stelláto
sedet sólio.
No Advento. Ave, Maria, grátia plena, Dóminus
tecum: benedicta tu in muliéribus, allelúia.
Do Natal à Purificação. Quando natus es ineffabiliter
ex Virgine, tunc implétae sunt Scriptúrae: sicut
plúvia in vellus descendisti, ut salvum fáceres
genus humánum: te laudámus, Deus noster.

PSALMUS 119
Ad Dóminum

AD Dóminum cum Heu mihi, quia incolátus


tribulárer clamávi:* et meus prolungátus est:
exaudívit me. habitávi cum habitántibus
Dómine, líbera ánimam Cedar:* multum íncola fuit
meam a lábiis iníquis,* et a ánima mea.
língua dolósa. Cum his, qui odérunt
Quid detur tibi, aut quid pacem, eram pacíficus:*
apponátur tibi* ad cum loquébar illis, impu-
línguam dolósam? gnábant me gratis.
Sagíttæ poténtis acútæ,*
cum carbónibus desola-
tóriis. Glória Patri.

PSALMUS 120
Levávi óculos

LEVÁVI óculos meus in Auxílium meum a Dómino,


montes, * unde véniet * qui fecit cælum et
auxílium mihi. terram.

- 762 -
Non det in commotiónem Per diem sol non uret te:*
pedem tuum:* neque neque luna per noctem.
dormítet qui custódit te. Dóminus custódit te ab
Ecce non dormitábit omni malo:* custódiat
neque dórmiet,* qui ánimam tuam Dóminus.
custódit Israël. Dóminus custódiat intró-
Dóminus custódit te, itum tuum, et éxitum
Dóminus protéctio tua,* tuum:* ex hoc nunc, et
super manum déxteram usque in sæculum.
tuam. Glória Patri.

PSALMUS 121
Lætátus sum

LÆTÁTUS sum in his, quæ Rogáte quæ ad pacem sunt


dicta sunt mihi:* In Ierúsalem:*et abundántia
domum Dómini íbimus. diligéntibus te:
Stantes erant pedes nostri, Fiat pax in virtúte tua:* et
* in átriis tuis, Ierúsalem. abundántia in túrribus
Ierúsalem, quæ ædificátur tuis.
ut cívitas:* cuius partici- Propter fratres meos, et
pátio eius in idípsum. próximos meos,* loque-
Illuc enim ascendérunt tri- bar pacem de te:
bus, tribus Dómini:* tes- Propter domum Dómini
timónium Israël ad confi- Dei nostri,* quæsívi bona
téndum nómini Dómini. tibi.
Quia illic sedérunt sedes in
iudício,* sedes super do-
mum David. Glória Patri.

Repete-se a ANTÍFONA

CAPITULUM

- 763 -
Durante o Ano e no Tempo do Natal. [Eccli. 24,15]
L. ET SIC in Sion firmáta sum, et in civitáte
sanctificáta simíliter requiévi, et in Ierúsalem
potéstas mea.
R. Deo grátias.

V. Diffúsa est grátia in lábiis tuis.


R. Proptérea benedíxit te Deus in ætérnum.
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.

Orémus.
DEUS, qui salútis ætérnæ, beátæ Maríæ virginitáte
fecúnda, humáno géneri præmia præestitísti: tríbue,
quæsumus; ut ipsam pro nobis intercédere sentiámus,
per quam merúimus auctórem vitæ suscípere,
Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum: Qui
tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus,
per ómnia sæcula sæculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

- 764 -
No Advento. [Is XI, 1-2]
Egrediétur virga de radice Jesse, et flos de radice
ejus ascéndet.Et requiéscet super eum Spiritus
Dómini.
R. Deo Grátias.
V. Diffúsa est grátia in lábiis tuis.
R. Proptérea benedíxit te Deus in ætérnum.

Kýrie, eléison.
Christe, eléison.
Kýrie, eléison.

V. Dómine, exáudi oratiónem meam.


R. Et clamor meus ad te véniat.

Orémus.
Deus, qui salútis aetérnae, beátae Mariae virginitáte
foecúnda, humáno géneri praémia praestitisti: tribue,
quaésumnus, ut ipsam pro nobis intercédere
sentiámus, per quam merúimus auctórem vitae
suscipere, Dóminum nostrum Jesum Christum Filium
tuum: Qui tecum vivit et regnate in unitáte Spiritus
Sancti Deus, per ómnia saecula saeculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.

- 765 -
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

AD SEXTAM

Ave Maria, etc.


V. Deus, in adiutórium meum intende.
R. Domine, ad adiuvándum me festína.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in
princípio, et nunc, et semper, et in sæcula
sæculórum.
Amen. Allelúia ou Laus tibi, Domine, Rex aetérnae
glóriae.
HYMNUS

MEMÉNTO, rerum Cónditor,


Nostri quod olim córporis,
Sacráta ab alvo Vírginis
Nascéndo, formam súmpseris.

María, Mater grátiæ,


Dulcis Parens clementiæ,
Tu nos ab hoste prótege,
Et mortis hora súsipe.

Iesu, tibi sit glória,


Qui natus es de Vírgine,
Cum Patre, et almo Spíritu,

- 766 -
In sempitérna sæcula.
Amen.

ANTÍFONA
Durante o Ano. In odórem* unguentórum tuórum
cúrrimus: adulescentulæ dilexérunt te nimis.
No Advento. Ne timeas, Maria: invenisti grátiam
apud Dominum: ecce concipies, et páries filium,
allelúia.
Do Natal à Purificação. Rubum quem viderat Móyses
incombústum, conservátam agnóvimus tuam
laudábilem virginitátem: Dei génitrix, intercéde
pro nobis.
PSALMUS 122
Ad te levavi

AD te levávi óculos meos,* Miserére nostri, Dómine,


qui hábitas in cælis. miserére nostri:* quia
Ecce, sicut óculi servó- multum repléti sumus
rum* in mánibus dominó- despectióne:
rum suórum, Quia multum repléta est
Sicut óculi ancíllæ in ánima nostra:* oppró-
mánibus dóminæ suæ:* ita brium abundántibus, et
óculi nostri ad Dóminum despéctio supérbis.
Deus nostrum, donec mi-
sereátur nostri. Glória Patri.

PSALMUS 123
Nisi quia Dóminus

NISI quia Dóminus erat in nisi quia Dóminus erat in


nobis, dicat nunc Israël:* nobis,

- 767 -
Cum exsúrgent hómines in Benedíctus Dóminus* qui
nos,* forte vívos deglutis- non dedit nos in capti-
sent nos: ónem déntibus eórum.
Cum irascétur furor eó- Anima nostra sicut passer
rum in nos:* fórsitan aqua erépta est* de láqueo
absorbuísset nos. venántium.
Torréntem pertransívit Láqueus contrítus est,* et
ánima nostra:* fórsitan nos liberáti sumus.
pertransísset ánima nos- Adiutórium nostrum in
tra aquam intolerábilem. nómine Dómini,* qui fecit
cælum et terram.
Glória Patri.

PSALMUS 124
Qui confídunt

QUI confídunt in Dómino, rum super sortem iustó-


sicut mons Sion:* non rum:* ut non exténdant
commovébitur in ætér- iusti ad iniquitátem manus
num, qui hábitat in suas.
Ierúsalem. Bénefac, Dómine, bonis, *
Montes in circúitu eius:* et et rectis corde.
Dóminus in circúitu pópuli Declinántes autem in obli-
sui, ex hoc nunc et usque gatiónes addúcet Dóminus
in sæcúlum. cum operántibus iniquitá-
Quia non relínquet tem:* pax super Israël.
Dóminus virgam peccató- Glória Patri.

Repete-se a ANTÍFONA

CAPITULUM

Durante o Ano: [Eccli XXIV, 16]

- 768 -
L. Et radicávi in pópulo honorificátio, et in parte
Dei mei heréditas illius, et in plenitúdine
Sanctórum deténtio mea.
R. Deo Grátias
V. Benedícta tu in muliéribus.
R. Et benedíctus fructus ventris tui.
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.

Orémus.
CONCEDE, miséricors Deus, fragilitáti nostræ
præsídium, ut, qui sanctæ Dei Genetrícis memóriam
ágimus; intercessiónis eius auxílio, a nostris
iniquitátibus resurgámus. Per eúndem Dóminum
Nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivt
et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia
sæcula sæculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.
Do Natal à Purificação. [Eccli XXIV, 16]

- 769 -
L. Et radicávi in pópulo honorificátio, et in parte
Dei mei heréditas illius, et in plenitúdine
Sanctórum deténtio mea.
R. Deo Grátias
V. Benedícta tu in muliéribus.
R. Et benedíctus fructus ventris tui.
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.

Orémus.
Deus, qui salútis aetérnae, beátae Mariae virginitáte
foecúnda, humáno géneri praémia praestitisti: tribue,
quaésumnus, ut ipsam pro nobis intercédere
sentiámus, per quam merúimus auctórem vitae
suscipere, Dóminum nostrum Jesum Christum Filium
tuum: Qui tecum vivit et regnate in unitáte Spiritus
Sancti Deus, per ómnia saecula saeculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.
No Advento. [Lc I, 32-33]

- 770 -
Dabit illi Dóminus Deus sedem David patris ejus, et
regnábit in domo Jacob in aetérnum, et regni eius
non erit finis.
R. Deo Grátias.
V. Benedícta tu in muliéribus.
R. Et benedíctus fructus ventris tui.

Kýrie, eléison.
Christe, eléison.
Kýrie, eléison.

V. Dómine, exáudi oratiónem meam.


R. Et clamor meus ad te véniat.

Orémus.
DEUS, qui de beátæ Maríæ Vírginis útero Verbum
tuum, Angelo nuntiánte, carnem suscípere voluísti; ut,
qui vere eam Genetrícem Dei crédimus, eius apud te
intercessióni adiuvémur. Per eúndem Dóminum
Nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit
et regnat in unitáte Spítitu Sancti, Deus, per ómnia
sæcula sæculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.

- 771 -
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

AD NONAM

Ave Maria, etc.


V. Deus, in adiutórium meum intende.
R. Domine, ad adiuvándum me festína.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in
princípio, et nunc, et semper, et in sæcula
sæculórum. Amen. Allelúia ou Laus tibi, Domine,
Rex aetérnae glóriae.

HYMNUS

MEMÉNTO, rerum Cónditor,


Nostri quod olim córporis,
Sacráta ab alvo Vírginis
Nascéndo, formam súmpseris.

María, Mater grátiæ,


Dulcis Parens clementiæ,
Tu nos ab hoste prótege,
Et mortis hora súsipe.

Iesu, tibi sit glória,


Qui natus es de Vírgine,
Cum Patre, et almo Spíritu,

- 772 -
In sempitérna sæcula.
Amen.

ANTÍFONA
Durante o Ano. Pulchra es * et decóra, fília
Ierúsalem, terríbilis ut castrórum ácies ordináta.
No Advento. Ecce ancilla Dómini, fiat mihi
secúndum verbum tuum.
Do Natal à Purificação. Ecce Maria génuit nobis
Salvatórem, quem Joánnes videns exclamavit,
dicens: Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccáta
mundi, allelúia.

PSALMUS 125
In convertendo

IN convértendo Dóminus Convérte, Dómine, captivi-


captivitátem Sion:* facti tátem nostram,* sicut
sumus sicut consoláti: torrens in Austro.
Tunc replétum est gáudio Qui séminat in lácrimis,*
os nostrum:* et língua in exsultatióne metent.
nostra exsultátione. Eúntes ibant et flebant,*
Tunc dicent inter gentes:* mitténtes sémina sua.
Magnificávit Dóminus fa- Veniéntes autem vénient
cere cum eis. cum exsultatióne,* Portán-
Magnificávit Dóminus fa- tes manípulos suos.
cere nobíscum:* facti
sumus lætántes. Glória Patri.

PSALMUS 126
Nisi Dóminus

- 773 -
NISI Dóminus ædificáverit Dómini fílii: merces, fru-
domum,* in vanum labora- ctus ventris.
vérunt qui ædíficant eam. Sicut sagíttæ in manu pó-
Nisi Dóminus custodíerit téntis:* ita fílii excussó-
civitátem, * frustra vígilat rum.
qui ccustódit eam. Beátus vir qui implévit
Vanum est vobis ante lu- desidérium suum ex ip-
cem súrgere:* súrgite sis:* non confundétur
postquam sedéritis, qui cum lóquetur inimícis suis
manducátis panem dolo- in porta.
ris.
Cum déderit diléctis suis
somnum:* ecce heréditas Glória Patri.

PSALMUS 127
Beáti omnes

BEÁTI omnes, quo timent Ecce sic benedicétur


Dóminum,* qui ámbulant homo,* qui timet
in viis eius. Dóminum.
Labóres mánuum tuárum Benedícat tibi Dóminus ex
quia manducábis:* beátus Sion:* et vídeas bona
es et bene tibi erit. Ierúsalem ómnibus diébus
Uxor tua sicut vitis vitæ tuæ.
abúdans,* in latéribus Et vídeas fílios filiórum
domus tuæ. tuórum:* pacem super
Fílii tui sicut novéllæ Israël.
olivárum,* in circúiti
mensæ tuæ. Glória Patri.

Repete-se a ANTÍFONA
CAPITULUM
Durante o Ano. [Eccli. 24, 19-20]
L. In platéis.Sicut cinnamómum, et bálsamum
aromatizans odórem dediquasi myrrha elécta
dedisuavitátem odóris.
R. Deo Grátias.
V. Post partum, virgo, inviolata permansisti.
R. Dei génetrix, intercéde pro nobis.

Orémus.
FAMULORUM tuórum, quæsumus, Dómine, delíctis
ignósce: ut, qui tibi placére de áctibus nostris non
valémus; Genetrícis Fílii tui Dómini nostri
intercessióne salvémur: Qui tecum vivit et regnat in
unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sæcula
sæculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

Do Natal à Purificação: [Eccli. 24, 19-20]


L. In platéis. Sicut cinnamómum, et bálsamum
aromatizans odórem dediquasi myrrha elécta
dedisuavitátem odóris.
R. Deo Grátias.

- 775 -
V. Post partum, virgo, inviolata permansisti.
R. Dei génetrix, intercéde pro nobis.

Orémus.
Deus, qui salútis aetérnae, beátae Mariae virginitáte
foecúnda, humáno géneri praémia praestitisti: tribue,
quaésumnus, ut ipsam pro nobis intercédere
sentiámus, per quam merúimus auctórem vitae
suscipere, Dóminum nostrum Jesum Christum Filium
tuum: Qui tecum vivit et regnate in unitáte Spiritus
Sancti Deus, per ómnia saecula saeculórum.
R.Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.
No Advento. [Is VII, 14-15]
L. Ecce Virgo concipiet, et páriet filium, et cocábitur
nomen eius Emmánuel.Butyrum et mel cómedet, ut
sciat reprobare malum, et eligere bonum.
R. Deo Grátias.
V. Angelus Dómini nuntiávit Mariae.
R. Et concépit de Spíritu Sancto.

Kýrie, eléison.
Christe, eléison.

- 776 -
Kýrie, eléison.

V. Dómine, exáudi oratiónem meam.


R. Et clamor meus ad te véniat.

Orémus.
DEUS, qui de beátæ Maríæ Vírginis útero Verbum
tuum, Angelo nuntiánte, carnem suscípere voluísti; ut,
qui vere eam Genetrícem Dei crédimus, eius apud te
intercessióni adiuvémur. Per eúndem Dóminum
Nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit
et regnat in unitáte Spítitu Sancti, Deus, per ómnia
sæcula sæculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

AD VESPERAS

Ave Maria, etc.


V. Deus, in adiutórium meum intende.

- 777 -
R. Domine, ad adiuvándum me festína.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in
princípio, et nunc, et semper, et in sæcula
sæculórum. Amen. Allelúia ou Laus tibi, Domine,
Rex aetérnae glóriae.

PRIMEIRA ANTÍFONA
Durante o Ano. Dum esset Rex * in accúbito suo,
nardus mea dedit odórem suavitátis.
No Advento. Missus est Gabriel angelus ad Mariam
Virginem deponsátam Joseph.
Do Natal à Purificação. O admirábile commércium!
Creátor géneris humáni, animátum corpus sumens,
de Virgine nasci dignátus est: et procédens homo
sine sémine, largitus est nobis suam Deitatem.

PSALMUS 109
Dixit Dominus

DIXIT Dóminus, Dómino Iurávit Dóminus, et non


meo:* Sede a dextris meis: poenitébit eum:* Tu es sa-
Donec ponam inimícos cérdos in ætérnum secún-
tuos,* scabéllum pedum dum órdinem Melchíse-
tuórum. dech.
Vírgam virtútis tuæ Dóminus a dextris tuis,*
emíttet Dóminus ex Síon: * confrégit in die iræ suæ
domináre in médio inimi- reges.
córum tuórum. Iudicábit in natiónibus,
Tecum princípium in die implébit ruínas:* conquas-
virtútis tuæ in splendóri- sábit cápita in terra
bus sanctórum:* ex útero multórum.
ante lucíferum génui te. De torrénte in via bibet:*
proptérea exaltábit caput.

- 778 -
Glória Patri.

Repete-se a PRIMEIRA ANTÍFONA

SEGUNDA ANTÍFONA
Durante o Ano. Læva eius * sub cápite meo, et
déxtera illíus amplexábitur me.
No Advento. Ave, Maria, grátia plena, Dóminus
tecum: benedicta tu in muliéribus, allelúia.
Do Natal à Purificação. Quando natus es ineffabiliter
ex Virgine, tunc implétae sunt Scripturae: sicut
plúvia in vellus descendisti, ut mánum: te
laudámus, Deus noster.

PSALMUS 112
Laudate Pueri

LAUDÁTE, púeri, Dómi- et humília réspicit in cælo


num:* laudáte nomen et in terra?
Dómini. Súscitans a terra ínopem,*
Sit nomen Dómini benedí- et de stércore érigens
ctum,* ex hoc nunc, et páuperem:
usque in sæculum. Ut cóllocet eum cum
A solis orto usque ad princípibus,* cum princí-
occásum,* laudábile no- pibus pópuli sui.
men Dómini. Qui habitáre facit stérilem
Excélsus super omnes im domo,* matrem filio-
gentes Dóminus,* et super rum lætántem.
cælos glória eius.
Quis sicut Dóminus, Deus
noster, qui in altis hábitat* Glória Patri.

Repete-se a SEGUNDA ANTÍFONA


- 779 -
TERCEIRA ANTÍFONA
Durante o Ano. Nígra sum,* sed formósa, fíliæ
Ierúsalem; ídeo diléxit me Rex, et introdúxit e in
cubículumm suum (T. P. Allelúia).
No Advento. Ne timeas, Maria: invenisti grátiam
apud Dominum: ecce concipies, et páries filium,
allelúia.
Do Natal à Purificação. Rubum quem viderat Móyses
incombústum, conservátam agnóvimus tuam
laudábilem virginitátem: Dei génitrix, intercéde
pro nobis.

PSALMUS 121
Lætatus sum

LÆTÁTUS sum in his, quæ Quia illic sedérunt sedes in


dicta sunt mihi:* In iudício,* sedes super do-
domum Dómini íbimus. mum David.
Stantes erant pedes nos- Rogáte quæ ad pacem sunt
tri,* in átriis tuis, Ierúsa- Ierúsalem:* et abundántia
lem. diligéntibus te:
Ierúsalem, quæ ædificátur Fiat pax in virtúte tua:* et
ut cívitas:* Cuius partici- abundántia in túrribus
pátio eius in idípsum. tuis.
Illuc enim ascendérunt Propter fratres meos, et
tribus, tribus Dómini:* próximos meos,* loquébar
testimónium Israël ad con- pacem de te:
fiténdum nómini Dómini. Propter domum Dómini
Dei nostri,* quæsívi bona
tibi. Glória Patri.

Repete-se a TERCEIRA ANTÍFONA


- 780 -
QUARTA ANTÍFONA
Durante o Ano. Jam hiems tránsiit, * imber ábiit et
recéssit: surge, amíca mea, et veni.
No Advento. Dabit ei Dóminus sedem David patris
ejus, et regnábit in aetérnum.
Do Natal à Purificação. Germinávit radix Jesse, orta
est stella ex Jacob: Virgo péperit Salvatórem: te
laudámus, Deus noster.

PSALMUS 126
Nisi Dominus

NISI Dóminus ædificáverit Dómini fílii: merces, fru-


domum,* in vanum labora- ctus ventris.
vérunt qui ædíficant eam. Sicut sagíttæ in manu
Nisi Dóminus custodíerit poténtis:* ita fílii excus-
civitátem,* frustra vígilat sórum.
qui custódit eam. Beátus vir qui implévit de-
Vanum est vobis ante sidérium suum ex ipsis:*
lucem súrgere:* súrgite non confundétur cum ló-
postquam sedéritis, qui quetur inimícis suis in
manducátis panem dolo- porta.
ris.
Cum déderit diléctis suis
somnum:* ecce heréditas Glória Patri.

Repete-se a QUARTA ANTÍFONA

QUINTA ANTÍFONA
Durante o Ano. Speciósa * facta es te suávis in
delíciis tuis, sancta Dei Génetrix.

- 781 -
No Advento. Ecce ancilla Dómini: fiat mihi secundum
verbum tuum.
Do Natal à Purificação. Ecce Maria génuit nobis
Salvatórem, quem Joánnes videns exclamavit,
dicens: Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccáta
mundi, allelúia.

PSALMUS 147
Lauda Jerusalem
LAUDA, Ierúsalem, Dómi- Mittit crystállum suam si-
num:* lauda Deum tuum, cut buccéllas:* ante fáciem
Sion. frígoris eius quis sustiné-
Quóniam confortávit seras bit?
portárum tuárum:* bene- Emíttet verbum suum et
díxit fíliis tuis in te. liquefáciet ea:* flabit spíri-
Qui pósuit fines tuos tus eius et fluent aquæ.
pacem:* et ádipe fruménti Qui annúntiat verbum
sátiat te. suum Iacob:* iustítias et
Qui emíttit elóquium su- iudícia sua Israël.
um terræ:* velóciter currit Non fecit táliter omni
sermo eius. natióni:* et iudícia sua non
Qui dat nivem sicut La- manifestávit eis.
nam:* nébulam sicut
cínerem spargit. Glória Patri.

Repete-se a QUINTA ANTÍFONA

CAPITULUM

Durante o Ano. Eccli. 24, 14]


L. AB INÍTIO et ante sæcula creáta sum, et usque ad
futúrum sæculum non désinam, et in habitatióne
sancta coram ipso ministrávi. Amen.
- 782 -
R. Deo Grátias

No Advento. [Is XI,1-2]


L. Egrediétur virga de radice Jesse, et flos de radice
ejus ascéndet.Et requiéscet super eum Spiritus
Dómini.
R. Deo Grátias.

HYMNUS
A primeira estrofe canta-se ou reza-se de joelhos

AVE, maris stella,


Dei ater alma,
Ateque semper Virgo,
Felix cæli porta.

Sumens illud Ave


Gabriélis ore,
Funda nos in pace,
Mutans Hevæ nomen.

Solve vincla reis,


Profer lumen cæcis,
Mala nostra pelle,
Bona cuncta posce.
Monstra te esse matrem,
Sumat per te preces,
Qui pro nobis natus
Tullit esse tuus.

Virgo singuláris,
Inter omnes mítis,

- 783 -
Nos, culpis solútos,
Mites fac et castos.

Vitam præsta puram,


Iter para tutum,
Ut, vidéntes Iesum,
Semper collætémur.

Sit laus Deo Patri,


Summo Christo decus,
Spíritui Sancto,
Tribus honor unus.
Amen.

V. Dignáre me laudáre te, Vírgo sacráta (T. P. Allelúia).


R. Da mihi virtútem contra hóstes tuos (T. P.
Allelúia).

ANTÍFONA DO MAGNIFICAT
Durante o Ano. Beáta Mater * et intácta Virgo,
gloriósa Regína mundi, intercéde pro nobis ad
Dóminum.
No Tempo Pascal. Regina Caeli, laetáre, allelúia: quia
quem meruisti portáre, allelúia: resurréxit, sicut
dixit, allelúia: ora pro nobis Deum, allelúia.
No Advento. Spiritus Sanctus in te descéndet, Maria:
ne timeas: habébis in útero Filium Dei, allelúia.
Do Natal à Purificação. Magnus hereditátis
mystérium! templum Dei factus est úterus
nesciéntis virum: non est pollútus ex ea carnem
assúmens: omnes Gentes vénient, dicéntes: Glória
tibi Dómine.

- 784 -
CANTICUM BEATÆ MARIÆ VÍRGINIS
Cântico da SS.Virgem - Magnificat
(Luc. 1, 46-55)

MAGNÍFICAT †* ánima Fecit poténtiam in brác-


mea Dóminum: chio suo:* dispérsit super-
Et exultávit spíritus meus* bos mentes cordis sui.
in Deo, salutári meo. Depósuit poténtes de
Quia respéxit humilitátem sede,* et exaltávit húmiles.
ancíllæ suæ:* ecce enim ex Esuriéntes implévit
hoc beátam me dicent bonis:* et dívites dimisit
omnes generatiónes. inánes.
Quia fecit mihi magnas qui Suscépit Israël, púerum
potens est:* (Faz-se uma suum,* recordátus
reverência) et sanctum misericódiæ suæ.
nomen eius. Sicut locútus est ad patres
Et misericórdia eius a nostros,* Abraham et
progénie in progénies * sémini eius in sæcula.
timéntibus eum. Glória Patri.

Repete-se a ANTÍFONA DO MAGNIFICAT

PRECES

Kýrie eléison.
Christe eléison
Kýrie eléison

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.

- 785 -
Durante o Ano.
Orémus
Concéde, miséricors Deus, fragilitáti nostræ
præsídium; ut, qui sanctæ Dei Genitrícis memóriam
ágimus; intercessiónis ejus auxílio, a nostris
iniquitátibus resurgámus. Per eúmdem Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

No Advento.
Orémus
DEUS, qui de beátæ Maríæ Vírginis útero Verbum
tuum, Angelo nuntiánte, carnem suscípere voluísti; ut,
qui vere eam Genetrícem Dei crédimus, eius apud te
intercessióni adiuvémur. Per eúndem Dóminum
Nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit
et regnat in unitáte Spítitu Sancti, Deus, per ómnia
sæcula sæculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.

- 786 -
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

Do Natal à Purificação.
Orémus
Deus, qui salútis aetérnae, beátae Mariae virginitáte
foecúnda, humáno géneri praémia praestitisti: tribue,
quaésumnus, ut ipsam pro nobis intercédere
sentiámus, per quam merúimus auctórem vitae
suscipere, Dóminum nostrum Jesum Christum Filium
tuum: Qui tecum vivit et regnate in unitáte Spiritus
Sancti Deus, per ómnia saecula saeculórum.
R. Amen.
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

- 787 -
COMEMORAÇÃO DOS SANTOS

Durante o Ano.
Ant. Sancti Dei omnes, intercédere dignémini pro
nostra omniúmque salúte.

V. Laetámini in Dómino et exsultáre, justi.


R. Et gloriámini, omnes recti corde.
Orémus.
Prótege, Dómine, pópulum tuum, et Apostolórum
tuórum Petri et Pauli, et aliórum Apostolórum
patrocinio confidéntem, perpétua defendéntem,
perpétua defensióne consérva. Omnes Sancti tui,
quaésumus, Dómine, nos ubique ádjuvent: ut, dum
éorum mérita recólimus, patrocinia sentiámus: et
pacem tuam nostris concede tempóribus, et ab Ecclésia
tua cunctam repélle nequitiam: iter, actus, et
voluutátes nostras, et ómnium famulórum tuórum, in
salútis tuae prosperitáte dispóne: benefactóribus
nostris sempitérna bona retribue, et ómnibus fidélibus
defúnctis réquiem aetérnam concéde.Per Dóminum
nostrum Jesum Christum Filium tuum: Qui tecum vivit
et regnat in unitáte Spiritas Sancti Deus, per ómnia
saecula saeculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.

- 788 -
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.

No Advento.
Ant. Ecce Dóminus véniet, et omnes Sancti ejus cum
eo: et erit in die illa lux magna, allelúia.
V. Ecce, apparébit Dóminus super nubem cándidam.
R. Et cum eo Sanctórum milia.

Orémus.
Consciéntias nostras, quaésumus, Dómine, visitándo
purifica: ut, véniens Jesus Christus filius tuus Dóminus
noster cum ómnibus Sanctis, parátam sibi in nobis
invéniat mansiónem: Qui tecum vivit et regnat in
unitáte Spiritus Sancti Deus, per ómnia saécula
saeculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
R. Deo grátias.
V. Fidélium ánimæ per misericórdia Dei, réquiescant in
pace.
R. Amen.
Pater Noster (em voz baixa).
V. Dóminus det nobis suam pacem.
R. Et vitam aetérnam. Amen.

- 789 -
ANTÍFONAS DE NOSSA SENHORA

As antífonas finais de N. Senhora com os respectivos


versos e Orémus rezam-se sempre de joelhos, exceto nos
Domingos desde as Vésperas do Sábado e em todo o
Tempo Pascal, no qual se diz a Ant. Regina Caeli, etc. de
pé. O hebdomadario, porém, sempre se levanta para
rezar o Orémus.

Desde as Vésperas do SÁBADO QUE PRECEDE O


PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO até às VÉSPERAS DA
PURIFICAÇÃO de N. Senhora, diz-se:
Ant. Alma Redemptóris Mater, quæ pérvia cæli
Porta manes, et stella maris, succúrre cadénti,
Súrgere qui curat, pópulo : tu quæ genuísti,
Natúra miránte, tuum sanctum Genitórem,
Virgo prius ac postérius, Gabriélis ab ore
Sumens illud Ave, peccatórum miserére.

V. Angelus Dómini nuntiávit Mariae.


R. Et concépit de Spiritu Sancto.

Orémus.
Grátiam tuam, quæsumus Dómine, méntibus nostris
infúnde ; ut, qui, Angelo nuntiánte, Christi Fílii tui
incarnatiónem cognóvimus ; per passiónem ejus et
crucem, ad resurrectiónis glóriam perducámur. Per
eúmdem Christum Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen

- 790 -
Das primeiras VÉSPERAS DO NATAL até a
PURIFICAÇÃO:
Ant. Alma Redemptoris Mater, etc.
V. Post partum, virgo, inviolata permansisti.
R. Dei génetrix, intercéde pro nobis.

Orémus.
Deus, qui salútis ætérnæ, beátæ Maríæ virginitáte
fœcúnda, humáno géneri præmia præstitísti : tríbue,
quæsumus ; ut ipsam pro nobis intercédere sentiámus,
per quam merúimus auctórem vitæ suscípere,
Dóminum nostrum Jesum Christum Fílium tuum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen.

Da PURIFICAÇÃO ao SÁBADO SANTO:


Ant. Ave, Regina Cælorum, Ave, Dómina Angelórum:
Salve, radix, salve, porta, Ex qua mundo lux est
orta: Gaude Virgo gloriósa, Super omnes speciósa,
Vale, o valde decóra, Et pro nobis Christum exóra.

V. Dignáre me laudáre te, Virgo sacráta.


R. Da mihi virtútem contra hostes tuos.

Orémus.
Concéde, miséricors Deus, fragilitáti nostræ
præsídium; ut, qui sanctæ Dei Genitrícis memóriam
ágimus; intercessiónis ejus auxílio, a nostris
iniquitátibus resurgámus. Per eúmdem Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.

- 791 -
V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.
R. Amen.

Do SÁBADO SANTO ao PRIMEIRO SÁBADO DEPOIS DE


PENTECOSTES:
Ant. Regína cæli, lætáre, allelúia; Quia quem
meruísti portáre, allelúia, Resurréxit, sicut dixit,
allelúia: Ora pro nobis Deum, allelúia.

V. Gaude et lætáre, Virgo María, allelúia.


R. Quia surréxit Dóminus vere, allelúia

Orémus.
Deus, qui per resurrectiónem Fílii tui, Dómini nostri
Jesu Christi, mundum lætificáre dignátus es ; præsta,
quæsumus ; ut, per ejus Genitrícem Vírginem Maríam,
perpétuæ capiámus gáudia vitæ. Per eúmdem
Christum Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen.

Do PRIMEIRO SÁBADO DEPOIS DE PENTECOSTES até ao


ADVENTO:
Ant. Salve, Regína, mater misericórdiæ; vita,
dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamámus
éxsules fílii Hevæ. Ad te suspirámus geméntes et
flentes in hac lacrimárum valle. Eja ergo, advocáta
nostra, illos tuos misericórdes óculos ad nos
convérte. Et Jesum, benedíctum fructum ventris tui
nobis post hoc exsílium osténde. O clemens, o pia, o
dulcis Virgo María.

- 792 -
V. Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix.
R. Ut digni effíciámur promissiónibus Christi.
Orémus.
Omnípotens sempitérne Deus, qui gloriósæ Vírginis
Matris Maríæ corpus et ánimam, ut dignum Fílii tui
habitáculum éffici mererétur, Spíritu Sancto
cooperánte præparásti : da, ut cujus commemoratióne
lætámur ; ejus pia intercessióne, ab instántibus malis,
et a morte perpétua líberémur. Per eúmdem Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen

AD COMPLETORIUM

Ave Maria, etc.


(Fazer o sinal da Cruz no peito dizendo:)
V. Convérte nos, Deus, salutáris noster.
R. Et avérte iram tuam a nobis.
V. Deus, in adiutórium meum intende.
R. Domine, ad adiuvándum me festína.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in
princípio, et nunc, et semper, et in sæcula
sæculórum. Amen. Allelúia ou Laus tibi, Domine,
Rex aetérnae glóriae.

- 793 -
Antífona. Confundántur omnes, * qui odérunt Sion.

PSALMUS 128
Sæpe expugnavérunt me

Sæpe expugnavérunt me a tántur retrórsum omnes,


juventúte mea,* dicat nunc qui odérunt Sion.
Israël: Fiant sicut fœnum tectó-
Sæpe expugnavérunt me a rum:* quod priúsquam
juventúte mea:* étenim evellátur exáruit:
non potuérunt mihi. De quo non implévit ma-
Supra dorsum meum fa- num suam qui metit:* et
bricavérunt peccatóres:* sinum suum qui maní-
prolongavérunt iniqui- pulos cólligit.
tátem suam. Et non dixérunt qui præte-
Dóminus justus concídit ríbant: Benedíctio Dómini
cervíces peccatórum:* super vos:* benedíximus
confundántur et conver- vobis in nómine Dómini.
Glória Patri.

Antífona. Confundántur omnes, * qui odérunt Sion.

Ant. De profúndis * clamávi ad te, Dómine.

PSALMUS 129
De profúndis

DE profúndis clamávi ad Si iniquitátes observá-


te, Dómine:* Dómine, veris, Dómine:* Dómine,
exáudi vocem meam: quis sustinébit?
Fiant aures tu intendén- Quia apud te propitiátio
tes,* in vocem depreca- est:* et propter legem
tiónis meæ. tuam sustínui te, Dómine.

- 794 -
Sustínuit ánima mea in Quia apud Dóminum
verbo eius:* sperávit misericórdia:* et copiósa
ánima mea in Dómino. apud eum redémptio.
A custódia matutína usque Et ipse rédimet Israël,*
ad noctem:* speret Israël ex ómnibus iniquitátibus
in Dómino. eius.Glória Patri.

Ant. De profúndis * clamávi ad te, Dómine.

Ant. Dómine, * non est exaltátum cor meum.

PSALMUS 130
Dómine non est exaltátum

DÓMINE, non est exaltá- Sicut ablactátus est super


tum cor meum:* neque matre sua,* ita retribútio
eláti sunt óculi mei. in ánima mea.
Neque ambulávi in ma- Speret Israël in Dómino,*
gnis:* neque in mirabíl- ex hoc nunc et usque in
ibus super me. sæculum.
Si non humíliter sentié-
bam:* sed exaltávi áni-
mam meam: Glória Patri.

Ant. Dómine, * non est exaltátum cor meum.

HYMNUS

MEMÉNTO, rerum Cónditor,


Nostri quod olim córporis,
Sacráta ab alvo Vírginis
Nascéndo, formam súmpseris.

- 795 -
María, Mater grátiæ,
Dulcis Parens clementiæ,
Tu nos ab hoste prótege,
Et mortis hora súscipe.

Iesu, tibi sit glória,


Qui natus es de Vírgine,
Cum Patre, et almo Spíritu,
In sempitérna sæcula.
Amen.

CAPITULUM

Durante o Ano e do Natal à Purificação [Eccli. 24, 24]


Ego mater pulchrae dilectiónis, et timóris, et
agnitiónis, et sanctae spei.

R. Deo Grátias.

V. Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix.


R. Ut digni effíciámur promissiónibus Christi.
No Advento. [Is 7,14-15]
L. Ecce Virgo concipiet, et páriet filium, et cocábitur
nomen eius Emmánuel.Butyrum et mel cómedet, ut
sciat reprobare malum, et eligere bonum.
R. Deo Grátias.
V. Angelus Dómini nuntiávit Mariae.
R. Et concépit de Spíritu Sancto.

ANTÍFONA DO NUNC DIMITTIS

Durante o Ano. Sub tuum praesidium confúgimus,


- 796 -
sancta Dei génitrix: nostras deprecatiónes ne
despícias in necessitátibus: sed a periculis cunctis
libera nos semper, Virgo gloriósa et benedicta.
No Tempo Pascal. Regina Caeli, laetáre, allelúia: quia
quem meruisti portáre, allelúia: resurréxit, sicut
dixit, allelúia: ora pro nobis Deum, allelúia.
No Advento. Ant. Spiritus Sanctus in te descéndet,
Maria: ne timeas: habébis in útero Filium Dei,
allelúia.
Do Natal à Purificação. Magnus hereditátis
mystérium! templum Dei factus est úterus
nesciéntis virum: non est pollútus ex ea carnem
assúmens: omnes Gentes vénient, dicéntes: Glória
tibi Dómine.

CANTICUM SIMEONIS
Cântico de Simeão – Nunc dimittis
(Luc. 1, 46-55)

NUNC † dimíttis servum Quod parásti* ante fáciem


tuum, Dómine,* secúndum ómnium populórum,
verbum tuum in pace, Lumen ad revelatiónem
Quia vidérunt óculi mei* géntium* et glóriam plebis
salutáre tuum, tuæ Israël.
Gloria Patri.

Repete-se a ANTÍFONA DO NUNC DIMITTIS

PRECES

Kýrie eléison.
Christe eléison
Kýrie eléison
- 797 -
V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.

Durante o Ano
Orémus
BEATÆ et gloriósæ semper Vírginis Maríæ, quæsumus,
Dómine, intercéssio gloriósa nos prótegat: et ad vitam
perdúcat ætérnam. Per Dóminum Nostrum Iesum
Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in
unitáte Spíritui Sancti Deus, per ómnia sæcula
sæculórum.
R. Amen.

No Advento
Orémus
DEUS, qui de beátæ Maríæ Vírginis útero Verbum
tuum, Angelo nuntiánte, carnem suscípere voluísti; ut,
qui vere eam Genetrícem Dei crédimus, eius apud te
intercessióni adiuvémur. Per eúndem Dóminum
Nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit
et regnat in unitáte Spítitu Sancti, Deus, per ómnia
sæcula sæculórum.
R. Amen.

Do Natal à Purificação
Orémus
Deus, qui salútis aetérnae, beátae Mariae virginitáte
foecúnda, humáno géneri praémia praestitisti: tribue,
quaésumnus, ut ipsam pro nobis intercédere

- 798 -
sentiámus, per quam merúimus auctórem vitae
suscipere, Dóminum nostrum Jesum Christum Filium
tuum: Qui tecum vivit et regnate in unitáte Spiritus
Sancti Deus, per ómnia saecula saeculórum.
R. Amen.

V. Dóminus vobíscum,
R. Et cum spíritu tuo.
Ou
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
R. Et clamor meus ad te véniat.
V. Benedicámus Dómino.
Benção:
Benedícat et custódiat nos omnípotens et miséricors
Dóminus, Pater, et Fílius, et Spíritus Sanctus.
R. Amen.

ANTÍFONAS DE NOSSA SENHORA

As antífonas finais de N. Senhora com os respectivos


versos e Orémus rezam-se sempre de joelhos, exceto nos
Domingos desde as Vésperas do Sábado e em todo o
Tempo Pascal, no qual se diz a Ant. Regina Caeli, etc. de
pé. O hebdomadario, porém, sempre se levanta para
rezar o Orémus.

Desde as Vésperas do SÁBADO QUE PRECEDE O


PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO até às VÉSPERAS DA
PURIFICAÇÃO de N. Senhora, diz-se:
Ant. Alma Redemptóris Mater, quæ pérvia cæli
Porta manes, et stella maris, succúrre cadénti,
Súrgere qui curat, pópulo : tu quæ genuísti,
Natúra miránte, tuum sanctum Genitórem,

- 799 -
Virgo prius ac postérius, Gabriélis ab ore
Sumens illud Ave, peccatórum miserére.

V. Angelus Dómini nuntiávit Mariae.


R. Et concépit de Spiritu Sancto.

Orémus.
Grátiam tuam, quæsumus Dómine, méntibus nostris
infúnde ; ut, qui, Angelo nuntiánte, Christi Fílii tui
incarnatiónem cognóvimus ; per passiónem ejus et
crucem, ad resurrectiónis glóriam perducámur. Per
eúmdem Christum Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen

Das primeiras VÉSPERAS DO NATAL até a


PURIFICAÇÃO:
Ant. Alma Redemptoris Mater, etc.
V. Post partum, virgo, inviolata permansisti.
R. Dei génetrix, intercéde pro nobis.

Orémus.
Deus, qui salútis ætérnæ, beátæ Maríæ virginitáte
fœcúnda, humáno géneri præmia præstitísti : tríbue,
quæsumus ; ut ipsam pro nobis intercédere sentiámus,
per quam merúimus auctórem vitæ suscípere,
Dóminum nostrum Jesum Christum Fílium tuum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen.

- 800 -
Da PURIFICAÇÃO ao SÁBADO SANTO:
Ant. Ave, Regina Cælorum, Ave, Dómina Angelórum:
Salve, radix, salve, porta, Ex qua mundo lux est
orta: Gaude Virgo gloriósa, Super omnes speciósa,
Vale, o valde decóra, Et pro nobis Christum exóra.

V. Dignáre me laudáre te, Virgo sacráta.


R. Da mihi virtútem contra hostes tuos.

Orémus.
Concéde, miséricors Deus, fragilitáti nostræ
præsídium; ut, qui sanctæ Dei Genitrícis memóriam
ágimus; intercessiónis ejus auxílio, a nostris
iniquitátibus resurgámus. Per eúmdem Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.
V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.
R. Amen.

Do SÁBADO SANTO ao PRIMEIRO SÁBADO DEPOIS DE


PENTECOSTES:
Ant. Regína cæli, lætáre, allelúia; Quia quem
meruísti portáre, allelúia, Resurréxit, sicut dixit,
allelúia: Ora pro nobis Deum, allelúia.

V. Gaude et lætáre, Virgo María, allelúia.


R. Quia surréxit Dóminus vere, allelúia

Orémus.
Deus, qui per resurrectiónem Fílii tui, Dómini nostri
Jesu Christi, mundum lætificáre dignátus es ; præsta,
quæsumus ; ut, per ejus Genitrícem Vírginem Maríam,

- 801 -
perpétuæ capiámus gáudia vitæ. Per eúmdem
Christum Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen.

Do PRIMEIRO SÁBADO DEPOIS DE PENTECOSTES até ao


ADVENTO:
Ant. Salve, Regína, mater misericórdiæ; vita,
dulcédo et spes nostra, salve. Ad te clamámus
éxsules fílii Hevæ. Ad te suspirámus geméntes et
flentes in hac lacrimárum valle. Eja ergo, advocáta
nostra, illos tuos misericórdes óculos ad nos
convérte. Et Jesum, benedíctum fructum ventris tui
nobis post hoc exsílium osténde. O clemens, o pia, o
dulcis Virgo María.

V. Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix.


R. Ut digni effíciámur promissiónibus Christi.
Orémus.
Omnípotens sempitérne Deus, qui gloriósæ Vírginis
Matris Maríæ corpus et ánimam, ut dignum Fílii tui
habitáculum éffici mererétur, Spíritu Sancto
cooperánte præparásti : da, ut cujus commemoratióne
lætámur ; ejus pia intercessióne, ab instántibus malis,
et a morte perpétua líberémur. Per eúmdem Christum
Dóminum nostrum.
R. Amen.

V. Divínum auxílium † máneat semper nobíscum.


R. Amen.

- 802 -
ÍNDICE
LIVRO I - DEVOCIONÁRIO ............................ 5
PRÓLOGO ............................................................................ 7
CAPÍTULO I - ORAÇÕES QUOTIDIANAS ....................... 8
ORAÇÕES BASILARES ...................................................... 8
SINAL DA CRUZ .................................................................... 8
SÍMBOLO DOS APÓSTOLOS .............................................. 8
PAI-NOSSO.............................................................................. 9
AVE MARIA .......................................................................... 10
GLÓRIA ................................................................................. 10
SALVE RAINHA .................................................................. 11
SUB TUUM PRAESIDIUM ............................................... 11
ORAÇÕES DA MANHÃ .................................................... 12
AO VESTIR-SE .................................................................... 12
AÇÃO DE GRAÇAS ............................................................. 12
OFERECIMENTO DO DIA (STA. GERTRUDES) ........ 12
ATO DE FÉ ........................................................................... 13
ATO DE ESPERANÇA ....................................................... 13
ATO DE CARIDADE .......................................................... 13
CONSAGRAÇÃO A NSA. SRA. (PE. ZUCCHI) .............. 13
AO ANJO CUSTÓDIO ........................................................ 14
AO SANTO ONOMÁSTICO .............................................. 14
ORAÇÕES AO LONGO DO DIA ....................................... 14
PARA AS REFEIÇÕES ....................................................... 14
PARA O TRABALHO ......................................................... 15
PARA OS ESTUDOS .......................................................... 16
ANGELUS ............................................................................. 17
REGINA COELI ................................................................... 18
ORAÇÕES DA NOITE ...................................................... 19
EXAME DE CONSCIÊNCIA .............................................. 20
ATO DE CONTRIÇÃO ....................................................... 20

- 803 -
CONFITEOR ........................................................................ 21
ENCOMENDAÇÃO ............................................................ 21
AO ASPERGIR O LEITO .................................................. 21
CAPÍTULO II-MEDITAÇÃO E OUTROS EXERCÍCIOS 22
MEDITAÇÃO .................................................................... 22
I- MÉTODO PARA A MEDITAÇÃO ................................ 23
II - CORPO DA MEDITAÇÃO ........................................... 24
III -EXAME DA METITAÇÃO .......................................... 25
LEITURA DAS ESCRITURAS .......................................... 26
ORAÇÃO ANTES DA LEITURA ....................................... 26
ORAÇÃO APÓS A LEITURA ........................................... 27
LEITURA ESPIRITUAL................................................... 27
CAPÍTULO III –O SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA ..... 28
A SANTA MISSA................................................................ 29
POSTURA DENTRO DA IGREJA ...................................... 31
TIPOS DE MISSA E SUA DIVISÃO.................................... 32
MISSAL ROMANO.......................................................... 32
ORAÇÕES PARA ANTES DA MISSA .............................. 34
ORDINÁRIO DA MISSA ................................................... 36
ASPERGES/VIDI AQUAM ............................................... 38
PARTE I - MISSA DOS CATECUMENOS ..................... 40
A - ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR .................................... 41
SALMO 42...................................................................... 41
CONFITEOR .................................................................... 42
B - CANTOS, ORAÇÕES E LEITURAS .......................... 45
INTRÓITO ....................................................................... 45
KYRIE ............................................................................. 46
GLORIA ........................................................................... 46
COLECTA ........................................................................ 47
EPÍSTOLA ....................................................................... 48
GRADUAL ....................................................................... 50
ALELUIA ......................................................................... 50
EVANGELHO .................................................................. 50

- 804 -
CREDO ............................................................................ 52
PARTE II - MISSA DOS FIÉIS ........................................ 54
OFERTÓRIO .................................................................... 54
REALIZAÇÃO DO SACRIFÍCIO ....................................... 62
PREFÁCIO ....................................................................... 62
SANCTUS ........................................................................ 64
CÂNON ............................................................................ 64
CONSAGRAÇÃO .............................................................. 67
C - CONSUMAÇÃO DO SACRIFÍCIO ............................ 72
PATER NOSTER ............................................................. 72
FRAÇÃO DA HÓSTIA ..................................................... 73
AGNUS DEI ..................................................................... 74
PREPARAÇÃO PARA COMUNHÃO................................. 75
COMUNHÃO DOS FIÉIS.................................................. 77
AÇÃO DE GRAÇAS .......................................................... 79
POST-COMUNHÃO ......................................................... 80
D - PARTE FINAL DA MISSA ......................................... 80
ITE MISSA EST E BENÇÃO FINAL................................ 80
ÚLTIMO EVANGELHO .................................................... 81
ORAÇÕES DEPOIS DA MISSA ........................................ 83
CAPÍTULO IV – COMUNHÃO ......................................... 86
INSTRUÇÃO DO PRÍNCIPE DE HOHENLOHE .............. 87
ORAÇÕES PARA PREPARAÇÃO À COMUNHÃO ......... 92
ORAÇÃO DO ANJO DE FÁTIMA .................................... 92
O JESU VIVENS IN MARIA .............................................. 92
ORAÇÃO DE SANTO ANSELMO ................................... 93
ORAÇÃO DE SANTO TOMÁS ......................................... 93
ORAÇÃO DE SANTO AMBRÓSIO ................................. 94
ORAÇÃO DE SÃO JOÃO CRISÓSTOMO ....................... 95
A NSA SRA PARA ANTES DA COMUNHÃO .............. 96
SÚPLICA CONFORME S. LUIZ MONTFORT .............. 97
AÇÃO DE GRAÇAS PARA DEPOIS DA COMUNHÃO .. 97
ALMA DE CRISTO ...................................................... 97

- 805 -
ORAÇÃO A JESUS CRUCIFICADO ............................. 98
OFERTA DE SI MESMO ............................................. 99
ORAÇÃO UNIVERSAL (PAPA CLEMENTE XI) ....... 99
ORAÇÃO DE SANTO TOMÁS DE AQUINO ............ 101
ORAÇÃO DE SANTO AGOSTINHO ......................... 101
ORAÇÃO DE SÃO BOAVENTURA........................... 103
ATO DE CONFORMIDADE ...................................... 104
ORAÇÃO DO PADRE PIO ........................................ 104
A NSA SRA PARA DEPOIS DA COMUNHÃO ......... 105
COMUNHÃO ESPIRITUAL........................................... 106
CREIO JESUS MEU (STO AFONSO MA. DE LIGÓRIO)...107
A VOSSOS PÉS ME PROSTO (C. MERRY DEL VAL)....107
DAI-ME SENHOR .............................................................108
COMUNHÃO GERAL DOS CONGREGADOS .............. 108
ANTES DA COMUNHÃO ................................................109
DEPOIS DA COMUNHÃO ...............................................109
Oração a Nossa Senhora ............................. 110
Oração pelo Clero ......................................... 111
CAPÍTULO V – CONFISSÃO ......................................... 113
INSTRUÇÃO DO PRÍNCIPE DE HOHELOHE ............ 113
COMO SE CONFESSAR ................................................. 118
ORAÇÕES PARA ANTES DO EXAME DE CONSCIÊNCIA
.......................................................................................... 118
EXAME DE CONSCIÊNCIA ........................................... 119
CAPÍTULO VI - DEVOÇÕES AO SS. SACRAMENTO 135
VISITA AO SS (STO. ANTÔNIO MA. CLARET) ............... 135
ATO DE ADORAÇÃO (SÃO FRANCISCO DE ASSIS) ....... 139
EXERCÍCIO DO AMOR DE DEUS................................. 139
BENÇÃO DO SANTÍSSIMO
ORAÇÃO PELO PAPA .....................................................166
TANTUM ERGO ................................................................167
ORAÇÃO DE REPARAÇÃO PELAS BLASFÊMIAS..168
ORAÇÃO PELA IGREJA E PELA PÁTRIA .................168

- 806 -
CAPÍTULO VII - DEVOÇÕES À SS. TRINDADE ........ 170
ELEVAÇÃO DA ALMA Á SS. TRINDADE ................... 171
CREDO DE SANTO ATANÁSIO ................................... 172
TRISÁGIO ANGÉLICO .................................................. 177
CAPÍTULO VIII - DEVOÇÕES A N.S.J.C. ..................... 184
DEVOÇÃO DA VIA SACRA ........................................... 185
DEVOÇÃO DAS SETE PALAVRAS .............................. 204
DEVOÇÃO ÀS SANTA CHAGAS................................... 208
ADORAÇÃO DAS CHAGAS ............................................208
DEVOÇÃO À CHAGA DO OMBRO ...............................209
DEVOÇÕES AO CORAÇÃO DE JESUS ......................... 211
AS PROMESSAS DO CORAÇÃO DE JESUS ...............211
COROA EM HONRA DO SAGRADO CORAÇÃO ......213
LADAINHA DO SS. CORAÇÃO DE JESUS .................214
ATO DE CONSAGRAÇÃO AO SS. CORAÇÃO DE
JESUS (STA MARGARIDA MA. DE ALACOQUE) .......................218
ENTRONIZAÇÃO DO SS CORAÇÃO DE JESUS .......219
ATO DE REPARAÇÃO AO SS. CORAÇÃO .................221
LADAINHA DO PRECIOSÍSSIMO SANGUE ............... 223
HINO DAS VÉSPERAS DE CRISTO REI ..................... 226
ORAÇÃO A CRISTO REI ............................................... 227
LADAINHA DO SS. NOME DE JESUS.......................... 229
AO MENINO JESUS ....................................................... 233
NOVENA..............................................................................233
CONSAGRAÇÃO NO NATAL .........................................234
DEVOÇÃO À SAGRADA FACE .................................... 236
NOVENA..............................................................................236
ORAÇÕES À SAGRADA FACE ......................................241
DEVOÇÃO À SANTA CRUZ .......................................... 243
CAPÍTULO IX- DEVOÇÕES AO ESPÍRITO SANTO .. 245
ORAÇÃO AO EPÍRITO SANTO.................................... 245
NOVENA DA FESTA ...................................................... 246
SEQUÊNCIA DA MISSA ................................................ 248

- 807 -
ORAÇÃO PARA PEDIR OS SETE DONS .................... 249
CAPÍTULO IX- DEVOÇÕES A NOSSA SENHORA ..... 251
O SANTO ROSÁRIO ...................................................... 252
INDULGÊNCIAS ....................................................... 252
CONFRARIA.............................................................. 254
MÉTODO CLÁSSICO PARA RECITAÇÃO ............... 255
OFERECIMENTO ...........................................................236
ORAÇÃO DE FÁTIMA ...................................................256
MISTÉRIO GOZOSOS ....................................................257
MISTÉRIOS DOLOROSOS .............................................258
MISTÉRIOS GLORIOSOS...............................................259
AÇÃO DE GRAÇAS ........................................................260
ORAÇÃO FINAL ............................................................260
CRUZADA PELAS VOCAÇÕES .......................................261
ORAÇÃO DA MILÍCIA DA IMACULADA .......................261
LITANIA LAURETANA ..................................................261
MÉTODO DE SÃO LUIZ DE MONTFORT ............... 264
NOVENAS E ORAÇÕES DAS PRINCIPAIS FESTAS .. 270
A NOSSA SENHORA DO CARMO ................................271
O ESCAPULÁRIO...........................................................271
NOVENA ........................................................................273
ORAÇÃO ........................................................................273
A NOSSA SENHORA DE GUADALUPE.......................274
DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA .........274
CONSAGRAÇÃO INDIVIDUAL .......................................274
CONSAGRAÇÃO DO BRASIL ........................................276
ORAÇÃO ........................................................................277
NOVENA ........................................................................278
DEVOÇÃO À IMACULADA CONCEIÇÃO ...................279
ORAÇÃO DE S. PIO X ...................................................279
PROFISSÃO DE FÉ E CONFIANÇA ..............................280
NOVENA ........................................................................280
A NOSSA SENHORA DA PIEDADE .............................282

- 808 -
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA .............282
NOVENA DA MEDALHA MILAGROSA ......................283
A NOSSA SENHORA DA PURIFICAÇÃO ......................286
NOVENA ........................................................................286
ORAÇÃO .......................................................................288
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO LORETO ............288
A NOSSA SENHORA DE NAZARÉ ...............................289
A NOSSA SENHORA DA PENHA..................................289
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA ABADIA .............290
NOVENA A NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE ..290
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA AUXILIADORA .......291
A NOSSA SENHORA DO DESTERRO..........................292
PEQUENA SÚPLICA A NSA SRA DO ROCIO.............292
A NOSSA SENHORA DAS NEVES ................................293
NOVENA A NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO.......293
NOVENA A NSA SRA DA ANUNCIAÇÃO ...................294
A NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO ..........................295
PRECE DE PIO XII ........................................................295
NOVENA ........................................................................297
ORAÇÃO A NSA SRA DA CONSOLAÇÃO ...................297
NOVENA A NSA SRA DA APRESENTAÇÃO .............298
NOVENA A NSA SRA DO BOM CONSELHO .............290
NOVENA A NOSSA SENHORA DE LOURDES ..........290
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA VITÓRIA ............302
A NOSSA SENHORA DAS DORES ................................303
NOVENA ........................................................................303
SEPTENARIO .................................................................305
LADAINHA ....................................................................307
AO CORAÇÃO IMACULADO .........................................309
ATO DE CONSAGRAÇAO...............................................310
CONSAGRAÇÃO ............................................................ 311
NOVENA AO IMACULADO CORAÇÃO ..........................313
SAUDAÇÕES AO CORAÇÃO DE MARIA .......................316

- 809 -
OS CINCO SÁBADOS .....................................................317
O Rosário Meditado (S. Luiz Montfort) ..........318
ORAÇÕES DIVERSAS A NOSSA SENHORA ............... 327
DEVOÇÃO DAS TRÊS AVE-MARIAS ..........................327
DEZ MINUTOS DIANTE DE NOSSA SENHORA ......328
PER TE O MARIA (S. BERNARDO DE CLARAVAL) ......330
INVOCAÇÃO A MARIA(STO ANTÔNIO M. CLARET) ..331
SALVE SENHORA SANTA (S. FRANCISCO) ................331
ORAÇÃO DOS PHILANGELI (ABADE CESTAC) ..........332
CONSAGRAÇÃO A NSA SRA (S. LUIS GONZAGA) ......332
LEMBRAI-VOS (S. BERNARDO DE CLARAVAL) ...........333
SÚPLICA DE SANTO ANSELMO ..................................333
ORAÇÃO DE SANTO EFRÉM ........................................334
PEQUENA COROA DA SS. VIRGEM ............................334
OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO ......................339
CAPÍTULO XI- DEVOÇÕES AOS ANJOS .................... 347
A SÃO MIGUEL............................................................... 348
ORAÇÃO ..............................................................................348
NOVENA..............................................................................349
EXORCISMO DE LEÃO XIII ...........................................352
AO ANJO DA GUARDA .................................................. 358
SÚPLICAS ...........................................................................358
ORAÇÃO (S. JOÃO BERCHMANS) ..............................359
A SÃO RAFAEL............................................................... 360
A SÃO GABRIEL ............................................................. 360
CAPÍTULO XII - DEVOÇÕES AOS SANTOS............... 361
ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA ................................. 362
DEVOÇÕES A SÃO JOSÉ ............................................... 362
CONSAGRAÇÃO ................................................................362
NOVENA DO PATROCÍNIO ..........................................363
AS SETE DORES E AS SETE ALEGRIAS ...................364
ORAÇÃO PELOS AGONIZANTES ................................367
VIRGINUM CUSTOS ........................................................368

- 810 -
ORAÇÃO A SÃO JOSÉ PELA FAMÍLIA.......................368
AVE SÃO JOSÉ (SÃO LUIZ MARIA DE MONTFORT) .....369
ORAÇÃO PARA DEPOIS DO ROSÁRIO .....................369
LADAINHA DE SÃO JOSÉ ..............................................370
A SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA ................................. 372
ORAÇÃO A SÃO PEDRO APÓSTOLO ......................... 373
DEVOÇÃO A SÃO PAULO APÓSTOLO ...................... 373
A SANTA ROSA DE LIMA ............................................ 374
ORAÇÃO A SÃO JUDAS TADEU .................................. 375
A SÃO JOÃO BOSCO...................................................... 375
ORAÇÃO A SANTA ANA, MÃE DE NSA. SRA. .......... 376
A SÃO DOMINGOS DE GUSMÃO ................................ 376
A SÃO FRANCISCO DE ASSIS ...................................... 376
A SÃO LUIS IX, REI DA FRANÇA ................................ 377
ORAÇÃO A SÃO THOMAS MORE ............................... 377
A SANTO ANTÔNIO DE LISBOA ................................ 378
NOVENA DA GRAÇA A S. FRANCISCO XAVIER ....... 379
DEVOÇÃO A SÃO BENTO E SANTO AMARO ........... 380
BENÇÃO DE SÃO BENTO E SANTO AMARO .........380
NOVENA A SANTO AMARO .........................................381
NOVENA A SÃO BENTO ................................................381
NOVENA A SANTO INÁCIO DE LOYOLA .................. 382
SÚPLICAS A SÃO JOÃO BERCHMANS ....................... 384
DEVOÇÃO A SÃO LUIZ GONZAGA ............................. 384
ORAÇÃO ..............................................................................386
CONSAGRAÇÃO ................................................................387
SÚPLICAS ...........................................................................388
ORAÇÕES AOS CATORZE SANTOS AUXILIARES ... 390
ORAÇÃO A SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA .. 392
ORAÇÃO A SÃO PIO X PELA IGREJA......................... 392
ORAÇÃO A SÃO SEBASTIÃO ...................................... 393
NOVENA A SANTO ESTANISLAU KOTSKA ............. 394
CAPÍTULO XIII - ÀS ALMAS DO PURGATÓRIO ...... 396

- 811 -
NOVENA PELAS ALMAS .............................................. 397
CAPÍTULO XIV - ORAÇÕES DIVERSAS ..................... 418
NAS TENTAÇÕES .......................................................... 418
EXORCISMO DE SANTO ANTÔNIO............................418
ORAÇÃO DE SÃO BENTO ..............................................419
RESGUARDAI-ME DA ESCRAVIDÃO (FENELON) ...419
NO DESÂNIMO OU DESESPERO ................................ 419
ORAÇÃO DO BOM HUMOR (S. THOMAS MORE) .......419
SUSTENTA MINHA CORAGEM (PIERRE LYONET) ..420
PARA PEDIR VIRTUDES (STO ANTÕNIO CLARET) ...420
PARA PEDIR A GRAÇA (SÃO THOMAS MORE) ...........421
PELOS SACERDOTES ................................................... 422
OH! PONTÍFICE ETERNO..............................................422
ORAÇÃO DE PIO XII ........................................................423
ORAÇÃO DE SANTA TEREZINHA ..............................424
PELA EXPANSÃO DA IGREJA...................................... 424
ORAÇÃO PELAS MISSÕES (PARA PIO XI)..................424
PELA CONVERSÃO DOS HEREGES ............................425
PELA CONVERSÃO DOS INFIÉIS ................................425
PROFESSIO FIDEI TRIDENTINA ............................... 426
JURAMENTO ANTIMODERNISTA ............................. 429

LIVRO II - EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS ... 433


PADRE LUDOVICO MARIA BARRIELLE .................. 435
PRÓLOGO ....................................................................... 437
TEXTO DE SANTO INÁCIO ......................................... 439
ANOTAÇÕES .................................................................. 439
PRIMEIRA SEMANA ..................................................... 447
PRINCÍPIO E FUNDAMENTO .....................................447
EXAME PARTICULAR ...................................................448
EXAME GERAL ................................................................450
CONFISSÃO GERAL E COMUNHÃO .........................454
PRIMEIRO EXERCÍCIO ..................................................455
- 812 -
SEGUNDO EXERCÍCIO ..................................................458
TERCEIRO EXERCÍCIO .................................................459
QUARTO EXERCÍCIO .....................................................460
QUINTO EXERCÍICO .......................................................460
ADIÇÕES .............................................................................462
[O INFERNO - PENAS MORAIS] .................................466
[A MORTE] .........................................................................467
[O JUÍZO PARTICULAR] ................................................468
[O JUÍZO GERAL] .............................................................468
[O AMOR MISERCIORDIOSO INFINITO] ...............469
SEGUNDA SEMANA ...................................................... 470
A REALEZA DE CRISTO E SEU CHAMADO.............470
PRIMEIRA CONTEMPLAÇÃO ......................................472
SEGUNDA CONTEMPLAÇÃO .......................................474
TERCEIRA CONTEMPLAÇÃO ......................................475
QUARTA CONTEPLAÇÃO .............................................475
QUINTA CONTEMPLAÇÃO ..........................................475
[ATRIBULAÇÕES DA SAGRADA FAMÍLIA] ............478
PREÂMBULO PARA CONSIDERAR ESTADOS .......480
MEDITAÇÃO DAS DUAS BANDEIRAS ......................480
MEDITAÇÃO DOS TRÊS BINÁRIOS...........................483
TRÊS DEGRAUS DE HUMILDADE .............................487
ELEIÇÃO .............................................................................488
REGULAMENTO DE VIDA ............................................494
TERCEIRA SEMANA ..................................................... 495
PRIMEIRA CONTEMPLAÇÃO ......................................495
SEGUNDA CONTEMPLAÇÃO .......................................497
REGRAS DE TEMPERANÇA .........................................500
QUARTA SEMANA ........................................................ 502
PRIMEIRA CONTEMPLAÇÃO ......................................502
SEGUNDA CONTEMPLAÇÃO.......................................505
TRÊS MODOS DE ORAR ................................................507
MISTÉRIOS DA VIDA DE NOSSO SENHOR .............512

- 813 -
MISTÉRIOS GOZOSOS ....................................................512
MISTÉRIOS DOLOROSOS .............................................524
MISTÉRIOS GLORIOSOS .............................................. 529
REGRAS .......................................................................... 535
PARA DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS ..............535
Primeiras Regras .......................................... 535
Outras Regras ................................................ 539
REGRAS PARA DISTRIBUIÇÃO DE ESMOLAS ......542
REGRAS SOBRE OS ESCRÚPULOS ............................544
REGRAS PARA SENTIR COM A IGREJA ...................546

LIVRO III - CÂNTICOS E HINOS .............. 553


1. O SALUTARIS HOSTIA ............................................ 555
2. AVE VERUM............................................................... 555
3. PANGE LINGUA GLORIOSI ..................................... 555
4. ADORO TE DEVOTE ................................................ 556
5. AVE MARIS STELLA ................................................. 557
6. SALVE MATER MISERICORDIAE .......................... 558
7. MITTE DOMINE ........................................................ 559
8. GLÓRIA A JESUS NA HÓSTIA SANTA ................... 559
9. CANTEMOS A JESUS SACRAMENTADO ............... 560
10. CORAÇÃO SANTO .................................................. 561
11. O MEU CORAÇÃ É SÓ DE JESUS .......................... 562
12. BENDITA E LOUVADA SEJA ................................ 562
13. QUEREMOS DEUS .................................................. 563
14. HINO CATÓLICO BRASILEIRO ............................ 564
15. HINO DAS CONGREGAÇÕES MARIANAS .......... 565
16. VIVA A MÃE DE DEUS E NOSSA .......................... 566
17. OH! MARIA, CONCEBIDA, SEM PECADO
ORIGINAL....................................................................... 567
18. COM MINHA MÃE ESTAREI................................. 567
19. VIRGEM MÃE APARECIDA .................................. 568
20. AVE MARIA DE FÁTIMA....................................... 568
- 814 -
21. AVE MARIA DE LOURDES .................................... 569
22. A SÃO JOSÉ .............................................................. 570
23. HINO A SÃO LUIZ GONZAGA ............................... 570
24. OUTRO HINO A SÃO LUIZ ................................... 670

FICHA DE CONGREGADO............................................ 571


LIVRO IV- MANUAL DA CONGREGAÇÃO
MARIANA ...................................................... 573
PRÓLOGO ....................................................................... 575
ALGUNS DEVERES DO CONGREGADO ..................... 575
ESTRUTURA DA REUNIÃO......................................... 577
CAPÍTULO I - HISTÓRIA DAS CONGREGAÇÕES .... 578
DA FUNDAÇÃO À ATUALIDADE ............................... 578
SANTOS CONGREGADOS ............................................ 584
PAPAS E PRELADOS CÉLEBRES QUE FORAM
CONGREGADOS ............................................................ 589
PRÍNCIPES E HOMENS CÉLEBRES ............................ 593
CAPÍTULO II - CATECISMO DAS CONGREGAÇÕES
MARIANAS ..................................................................... 600
NATUREZA, FINS E MEIOS ......................................... 602
ESPIRITUALIDADE ...................................................... 608
VIDA ORGÂNICA........................................................... 618
SINAIS EXTERNOS DAS CCMM E UNIÃO ENTRE ELAS
.......................................................................................... 624
CAPÍTULO III - INDULGÊNCIA E PRIVILÉGIOS ...... 627
SUMÁRIO DE PIO XII ................................................... 627
I. INDULGÊNCIAS PLENÁRIAS ...................................627
II. INDULGÊNCIAS PARCIAIS ......................................630
III. PRIVILÉGIOS ..............................................................631
IV. INDULGÊNCIAS PLENÁRIAS QUE TODOS OS
FIÉIS PODEM FIÉIS PODEM LUCRAR EM LOCAIS ONDE
UMA CONGREGAÇÃO FOR FUNDADA .............................634
SUMÁRIO DA RACCOLTA ROMANA ......................... 637
- 815 -
CAPÍTULO IV - BIS SAECULARI DIE ......................... 639
EFICÁCIA E ATUALIDADE DAS CONGREGAÇÕES
MARIANAS ..................................................................... 640
A SANTA SÉ LOUVA E DEFINE A POSIÇÃO DAS
CONGREGAÇÕES MARIANAS ..................................... 642
NOTAS ESSENCIAIS A TODAS AS CONGREGAÇÕES
MARIANAS ..................................................................... 648
CONCLUSÃO .................................................................. 652
CAPÍTULO V - REGRAS................................................ 653
CAPÍTULO VI - FUNDAÇÃO, EREÇÃO, AGREGAÇÃO E
OFÍCIOS .......................................................................... 674
I. FUNDAÇÃO ................................................................. 674
II. EREÇÃO ..................................................................... 676
III. AGREGAÇÃO............................................................ 676
IV. OFÍCIOS .................................................................... 677
CAPÍTULO VII - RITUAL.............................................. 683
I. ADMISSÃO .................................................................. 683
RITUAL DE ADMISSÃO PARA ASPIRANTES .........685
RITUAL DE AMISSÃO APRA NOVIÇOS ....................686
RITUAL DE ADMISSÃO APRA CONGREGADOS....689
II.PROCLAMAÇÃO E POSSE DAS DIGNIDADES...... 698
III. RENOVAÇÃO DA CONSAGRAÇÃO ....................... 701
IV. REUNIÕES ................................................................ 702
V. RITO DAS CONSULTAS ........................................... 703
CAPÍTULO VIII - CALENDÁRIO MARIANO.............. 705

ANEXO – OFÍCIO PARVO DA BEM-


AVENTURADA VIRGEM MARIA ............. 717

ÍNDICE............................................................ 803

- 816 -
Rogai por todos aqueles que traduziram, redigiram,
compilaram, financiaram ou de qualquer outra forma
ofereceram seu auxílio para a confecção e edição deste
Devocionário.

- 817 -
- 818 -

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