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1º Ano 2º Semestre
Discentes
nº 190200220 – Sandra Silva
nº 190200100 – Cristina Raposo
PATRIMÓNIO CULTURAL
IGREJA DA GRAÇA
SANTARÉM
Índice
Introdução___________________________________________________ 3
História _____________________________________________________ 4
Características Arquitetónicas____________________________________5
Estilo Gótico e Caraterísticas _________________________________________6
Elementos Arquitetónicos_______________________________________7
Ordens Mendicantes __________________________________________9
Reflexões Pessoais___________________________________________10
Bibliografia _________________________________________________11
Introdução
Este trabalho é elaborado no âmbito da Unidade Curricular de Património Cultural em
Portugal, e tem como título Igreja de Nossa Senhora da Graça – Património Cultural
Imaterial.
A escolha do tema surgiu para dar a conhecer, na cidade de Santarém um dos
patrimónios aí existentes, e a sua história. Ao trabalharmos sobre este tema, podemos
ter o contato direto com vestígios patrimoniais, sejam eles materiais ou imateriais,
podendo contribuir para que se conheça e salvaguarde a herança cultural local.
História
Santarém situa-se em pleno Ribatejo, no centro do País, e é das
cidades mais antigas e históricas de Portugal, sede de concelho
e de distrito.
A igreja da Graça, é o último grande monumento Gótico
(movimento artístico que se centrou no desenvolvimento da
arquitetura e artes plásticas, focada principalmente nas
construções religiosas) monacal que a cidade atualmente
conserva. A sua foi um pedido da ordem de cónegos Agostinhos,
da Igreja Católica Romana, de Lisboa. Instalou-se na cidade a
partir de 1376 com o apoio de vários membros importantes da
nobreza escalabitana, entre os quais os primeiros Condes de
Ourém, D. João Afonso Teles, e D.ª Guiomar de Vilalobos, sua
Túmulo de Pedro Álvares Cabral esposa, ofereceram abrigo até à inauguração do templo.
Por influência de sua mulher, mandou construir o templo em
1380, so foi construído durante a primeira metade do século XV, devido às dificuldades
económicas, e à própria história conturbada da família fundadora.
Com a consolidação do Liberalismo em 1834 foi emitido um decreto foi extinta a ordem
de Sto á semelhança de outras ordens religiosas no nosso país
Durante os séculos XVII e XVIII, foram executadas várias decorações nos altares e nas
capelas, nomeadamente pinturas, painéis cerâmicos e retábulos, que são estruturas de
madeira, mármore ou de outro material, com lavores, que fica por trás ou acima
do altar e que, normalmente, encerra um ou mais painéis pintados ou em relevo.
No exterior da igreja, os trabalhos não foram de menor relevância. O claustro, que é
uma parte da arquitetura religiosa de mosteiros, conventos, catedrais e abadias, e
consiste tipicamente em quatro corredores a formar um quadrilátero e por norma com
um jardim no meio, e é datado de 1597.Esta igreja possui ainda os túmulos do filho do
fundador - Pedro de Meneses, conde de Viana e primeiro governador de Ceuta - e de
sua mulher, D. Beatriz Coutinho. Sob o pavimento sul jazem, em campa rasa, Pedro
Álvares Cabral e sua mulher, D. Isabel de Castro - quarta neta do fundador deste templo
escalabitano
Caracteristicas Arquitetónicas
Esta igreja revela, em Santarém, o esplendor do estilo gótico-flamejante, seguindo o
estilo arquitetónico e decorativo do Mosteiro da Batalha.
O pórtico , é formado por cinco arquivoltas de arcos quebrados, de cairéis, sobre colunas
capitelizadas de motivos vegetalistas, e é envolvido por um painel de pedraria bordada,
onde entre linhas de arcadura trilobadas se releva o escudo do fundador. O conjunto é
rematado, ao alto, por um friso de motivos florais, interrompido ao centro pelo gomo
terminal do arco de querena. A enorme rosácea, que domina toda a frontaria, foi
esculpida numa só pedra.
O interior da igreja tem naves amplas, de cinco tramos cada, separadas por doze
colunas capitelizadas de onde irrompem arcos ogivais. A capela-mor e as absiolas são
cobertas por uma abóbada de nervuras firmada, num dos fechos, pelo escudo do
fundador.
Fruto do longo período de construção, o templo engloba elementos de duas correntes
distintas do Gótico Português: o chamado gótico mendicante, de forte tradição na vila
de Santarém, nomeadamente nos conventos dos Dominicanos e dos Franciscanos do
século XIII, e o gótico flamejante, bem presente no Mosteiro da Batalha.
Estilo gótico
A arquitetura Gótica nasceu na Europa na Idade Média (entre os séculos XII e XIV), o
estilo gótico é um movimento cultural e artístico criado pelos renascentistas para
dominarem um tipo de arquitetura compreendida por eles como bárbara, rivalizando
com a arte clássica. As primeiras construções apareceram em França nos meados do
século XII.
Na arquitetura o Gótico possibilita uma ampliação na altura das construções através de
inovações técnicas, como o uso sistemático do arco quebrado (ogival), do contraforte e
do arcobotante, que aliviaram o peso das paredes e coberturas, e permitiram ao mesmo
tempo ampliar as aberturas e dar mais visibilidade nos interiores.
Caracteristicas
As principais caracteristicas deste estilo são:
• Temas Religiosos
• Arte Monumental e suntuosa
Elementos Arquitetónicos
Arcada: São formadas por uma sequência de arcos (arcos de volta quebrada ou de
ogiva), onde assentam as colunas. Frequentemente eram decorados com algumas
esculturas
Nave: A nave é a ala central no interior de uma igreja, onde se realizam os cultos
religiosos com os fiéis.
Gárgulas: Estrutura situada nas calhas dos telhados com o intuito de fazer escoar as
águas. Normalmente eram adornadas com figuras animalescas e monstruosas. Várias
lendas dizem que essas criaturas eram os guardiões das igrejas em que durante a noite
estas ganhavam vida.
As Ordens Mendicantes
As Ordens Mendicantes, desempenharam um papel importantíssimo no desenvolvimento e
propagação da arquitetura gótica no território português. Esta relevante importância deve-se
não só ao número e ao volume das igrejas conventuais que nos deixaram, como também e
sobretudo, ao modo espacial e às soluções construtivas que elas nos mostram, padronizando de
certa forma quase toda a nossa arquitetura.
É esta permanência de características arquitetónicas dos mendicantes, expressa nas suas igrejas,
que conduziu à utilização da expressão “modelo mendicante” para exprimir a importância que
essa arquitetura teve na difusão do gótico em Portugal. Franciscanos e Dominicanos chegam a
Portugal ainda antes de 1220, sob o reinado de D. Sancho II, que os protegeu.
Instalaram-se em pequenos núcleos, nas cidades e principais vilas portuguesas. Nos primeiros
tempos, estes núcleos de mendicantes, não tinham edifícios próprios e começaram por ocupar
edifícios pré-existentes, instalações pobres pequenas, exprimindo deste modo, a importância
que concediam à pobreza e humildade. Será, sob a proteção de D. Afonso III e D. Dinis, no
decurso da segunda metade do século XIII e início do século XIV, que se verifica de uma forma
geral uma verdadeira influência destas ordens em toda a vida religiosa, cultural e social de então.
Tanto Franciscanos como os Dominicanos sofreram a hostilidade do clero paroquial que lhes foi
vedando o acesso às suas igrejas, dificuldades entretanto superadas pelas licenças que o Papa
lhes concedeu para abrirem as suas igrejas, tudo isto causou uma notável atividade construtiva
de encomenda mendicante.
O mais importante núcleo de edifícios do nosso gótico encontra-se em Santarém, uma região
em franco desenvolvimento e bastante nova em arquitetura cristã. A igreja de São Francisco de
Santarém, fundada por Sancho II, no ano de 1242, e que é, sem dúvida alguma, das construções
que tem mais importância para o estudo na nossa arquitetura gótica.
Referencias Bibliograficas:
História das artes, História das Artes > no Mundo > Arte Medieval > Arte Gótica
( autor desconhecido) Data de Consulta 21/04/2020
https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-medieval/arte-gotica/