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EdoiJo_f'\Ml,t,Ç,I,OCALo!.:m.GuuEJIo U'.l'l
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PREFÁCIO
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Com estes pnuores, I Natureza pa.uaa ser representada com fi~lidadc.
começando.. ser, mesmo~ o próprio sujeito do quadro (idt'1I'I.lbidtm). Também nos fin ais do séc. XIX. o ruS50 V.V, DokOUtchaev 'firia
A. von Humbo ldt fOI um dos pm,:urwre5 do estudo das paisagens, 3 es tabelecer os pnndp.los do "Complexo Natural Tenitorial". a peur
ao romper com os métoõcs vigentes nas ciéncias naturais, essencial- do q ua l se dese nvo lveria, mai s tarde. ~ c i~nci a da paiuge m 5Ovi~liC,li
menl.: inYentarisus c csútius. na sequéncia das propos ições de U ne u. (LJruischafto~tdudt). Nesle caso. a paisage m puu a ser o ob.iecto de
Deu particular importância ,10 que designou paisagens na turai s, que esl~. AbAs.O. Schllil~r. também na Alemanh.'i e no inicio do lkulo
Q
o qllCpressupõe lodo um.conJunlOde medll1.U de formas. de flu~os ou impoetame do Ct llrfr d 't.rlidt J Phyrow d olo giqlleJ t r ÉcologiqlleJ de:
tr.WformaçOese de van açOes lemporal,S, (N, BEIlOUTCHACH ~U & Montpellier. Aqueles estudos centram-Soe. ainda. na ~eBclaÇ30 e nas
G. BERTltAl-"O. 1918), cap&Usde pou lblhlar. além da caractenzaç âo, caraclerísticas do meio onde aquela planlru:açlo se treere. finalizando
a ~visJo da.evoluçSoda pai$.lgem, .~ que:fu panee. eventualmente, pelo eslabelccimenlO dum dialn 6!l ico croI6gico. P. Blandin e !lo!.
I eurapoli.1.a para conjunlos, 1m"l~'IS mai~s. EUa concentraç30 da Lamcue. TIO entanto e apesar de insc:rilOS na me~ma corrente de:
.an.iIiloe sobre os -upectos flslC'me bIológicos dJ parsagem 3C.aooll por investigação. irâo alargar o âmbilo dos seus estudos aos estabeleci,
levar os Seógra{ossoviéticos.1 escotferem u,? lermo lIlJlSobjectivo. o mentO$e equipamentos humanos. descritos em lermos de centros e de
de g~isttma qlle deslgn.tn&. enuo, 11m ~l)lema ,eogrifico natural redes (id,.m. ibUh nt. pp. 181-183). Consideram a paisagem. que
bcJmostt1eo , li g~ _'" 11m lc:nilório (jdt"l, ibidt lfl. p. 171). Qua~ denominam de ecocompiezo. como um conjunte de eccetsemas em
pe:rccbido e tnlenonudo pelo homem. aquele ~SiSlema constrtutrta interacção. O objectivo dos seus estudos t estabelecer uma lipologia
uma paisagem. desses ecossistemas e delerminat as suas funçOc:s. intenet;Oes. poctn-
Sa Cosu do ~fartim. Jean-François Richm1. geógrafo frands. cialidades. capacidades de adaptaç.loe valor pllnlTlOflial . reprnenudos
lançJ os alicerces dum modo de abordagem da paisagem que ficar.! através de uma canografia seerepcnrvet. de onde ressaltam os aspectos
c:onhc:cida por Escola Franro-marliniana. A proxima-se mune da escola a ler em co nta no ordenamento do respectivo terrilório.
5Ovittic.a no rnttodo de: recolha e an.iJise dos dados, ponaero, físico- No Canad.1são também ecóJogos a fazer o estudo da paisagem
.Jcogtifica. embon recorra mais .h amostragens (lranseclos). co m o intu ito de planificar terruõecs que são muitas veteS VISIOS e
distinguindo os "carsc teres endógenos" que explicam a estrutura dos frequentemente desconhecidos. ~ dada primordial importância aos
cc:ossiucmu. dos Mc~teres exógenos". reepeita rnes aos factores aspectos mesol6gicos. com eesuqee para os gcomorfológico. .
energt ticos. mais diffccis de avaliar. A novidade assenla essencialente pedol6pcos e filogeogn1f)OOS. e o mtlodo analítico faz CtlmWtle~ Io
no modo de: aprnc naç30 dos Je$ullados através de -mode los verbais" ~ Ioto-irnerpretação. Um dos expoentes máximos deste modo de:
loegundo uma linguagem que seria de aplicação universal (G. Ro U. analisar a paisagem t l ·P. Ducrucqce estabelece. como unidade: de
GU1E "" S . BEIlOl.'TOtACHv ru. 1991 ). es~ e represent.aç30canogrtfka. o .5U lt ntIJ u ol6gic o. M~ de
Outros anoees, também preocupados com o ordenamento do território carxtenzado px uma rombll~3Çlo ~a da popa..do
lenitório. IT\JS com uma formaç30 sobretudo ecológica. fazem recair o relevo. da natureza e da forma dos matenalSgeolõgicosde superücíe e
seu interesse sobre a vegetaÇãoou o uso do solo. e sobre o meio com o dos planos de água" (J.-P, Ol!CRUC, 1985. p. 26). Cadauma desus
qual aquc:lnse relacionam. Esl.1s an.1Jises de inspiraç30 nalUralisla combinações induz os solos e a cobc:rtur.lI vegeu1'.
vim na scqueociada Ecologia da Paisagem desenvolvida desde:o inicio :0;0 laplO. a paisagem. analisada sob a ~ti ...a do ÚJndS(~
do século na Europacentral. Vaiter grande:incremento na década de 60 p/<lIIning japon ês, t considerada como lima entidade compleu de dOIS
q llando. na Arntnca do Nane e na Europa. se difunde na sociedade eternemos. terra e uso da lerra; o pnl'lClpal prop6s110 é a conscrv:lÇ3o da
uma consc:ilnciaecológica. Daí a sentir-se a necessidade de tomar em paisagem de modt.'que MO objecti\'o pnitico do planeamenlod.1pai sa-
ConLa os aspectOS ecológicos no planeamento do Ierril6rio foi um gem deve ser clarificar o uso futuro ópumo da terra de KtKdo COlnu
passe, ~os Esraõos Unidos esla corrente inicia-se. em 1969, com um caracrensticas desta" (K. TAKEUCHI. 1983, p. 169), Também aqUI t
aJqUiICCIOpai!MIgis.ta. I. Me Harg, preocupado cm estabelecer o balanço
~ompatlblli~- mcompatlb l lidades. saido do c,:,nfronlo enU'e os
tn~reuc~ potüicos e ~0n6mll:os ,e as potenciahdades ecológicas.
plIU.~~S~cas e culturais (idtm. IbUhm. p. SO). Os seus princípios
pemunnam o de~nvol vimento da c:orre.nle de an.11isc:e aplicaç30 dos
estudos p3.lsaglsue:os conheçid,apor Planlfiaçlo Ecológlc:L, com segui-
dores em voirios países entrc os quais se salienlarn a Franç:a. o Canadá
eo Jap.lo.
Em F~a, os esludos orienUdos para uma planifICaçãoecol6-
gica, cspetUlmenle no ordenamento rural. recebem um impulso
.....
~
fell.a uma mHise cU morfologia. JCOkliia e seles, a que se j unta a 111 assim entendida, ~ o produt o , dUma quase ab10luta subjectividade
vegetaÇlo pcuncial. em utudade:s tspa:lalS denominadu um t1.xJes de
M por.'e'n~l'1I o soma loo o de Mlu bJ,ecu~ ~dadcIM ou I elpreuão de padrõe~
terra" (1atu:Juniu). as qu.ais sendo (OCIfrontadu com as Humdadc:s de cu hur~.IS que' onen tam essa SUbJectiVidade.
uso cU tem M (1atu:J&lU' !UlIU), penmlem eslabel«er Um.1 llpologia de
pa.lSarens. com as indlC8ÇOesprecisas ~ o se u plane.amenro. OuttlU co rrenes. porém . mais integradoral. "éem a paiSolgc:m
co mo ~m" realidade compl ~ ~a. produto dum jogo de compoeente s
~ So pólo opouo dnw abordagens e mtlutJus. o uueresse vai eco lógICas, mas também scct au e pauhd de ser percebida e :l"aliada..
eenO"lT-ioC .abre o sejeuo que obioCrva a paisagem. como a sen te. como de modo disu mo consoante o conjunto de "'a1ares culturais, ecooõ-
~
a percebe, que valor lhe atntllU - ~ I pajH"m percebida mit os. ele:.• que transpoeum os grupo$ sociais ou indivíduos que dela
~ Os primeiros esrudos elaborados sob esta perspectiva, foram tomam consc iência. Em regra. o ~Iudo e :I wlise. das paisagens
~ levados a efelfOna cid.ade.na d«ada de 50 e inicio da de 60. por Ke vín dec.om: ~ sfntese entre os dados ecológicos. mulun~ da distribuiç30
~ Lynch. nos ~ Unid03. da América. A paisagem urban a era ana- e dlOimlcJ. dos elememcs natura.ii. mais os introduudos pelo oomrm.
liS*1a pelos elemerncs consider.ldos co m maior peso na sua estrutu ra, (' os elementos percepruais e:uraí d05 duma a valiaçio subjectiva du
/II como os eu cs, cnuamenlos de eixcs, marcas as.:.inaláve is. ele .• a qu e unidade s de paisage m em cau~. é uma análir.e globaliza nte. onde: se
se jun ~vl a análi se do ce mpo rcmemo espac ial dos indi vídu os pretende:apreender tantOos daôos que respeuam ao meio como os que:
«i ROUGfJlJE & :-l. BEROlfTCHACH'i IU. 199 1), respe itam às maneiras de viver esse mc:ioe dc:o sentir.
Na G ri · Bretan ha vlo ser particularmente de senvo lvidos estudos Tal como nos outros casos. os objectivosprincipaisdestes estudos
deste upo. lendo corno objectivo a avaliação da pai sage m. têm sem pre subjacente a ideia de planeamento do espaço respectivo.
"• de ,aprecução. o autor consi dera uma difere nça de pontua ção entre os
doiS padmeUO\. sendo o relevo . que só rem valores pos iti vos. mais
det~inanle do que a ocupaçlo do 5010. co m valores ne gat ivos e
POSitivOS. parao valOf final de cada uma das un idade s de pai sa gem .
tam bém agrónomos o fizera m. Por exemp lo 1. p, ~ffonui~ s. em
França. li partir do início da década de 70. procu':3 salientar os sl~temas
que co ma ndam 3S ecrividades agricol~, a partir ,das marcas \'~slveLS
que eles imp rimem na paisagem. A llJ1:Ihsc: de palu,gem f~ salientar,
Pel.a mama época. outro inl':Iês. K. O. Fines analisa também u normalmente. unid3des de paisagem . ou unHudes fisionómlca.~. rendas
vlll~ das paisagens . nus e:sus 510 consi de rad.b apenas pel os seu s com base em elemen tos assi nalj,'eis vis~lmente e decorrentes da
LlItutel nalUTa1S. A e1aulfKaÇ1o E feita arra vél da atribu içlo de uma act ividade agric ola. Esta abordagem esu de ~ c~ ,a defilUÇão
::~":~~~ ::V::o(~~::~'7I~·I~.Dndo
que o autor apresenta de pa isagem: Mporçãode temtório " Isto por um
observ ador. onde se Inscreve uma com~ lnaçio de (ac tos e de
Na ~ de 80. o francê s A. Bailly con sic\er3 que cs indicad ore l interacções de que se percebe num detenmn3do momento ilptfW o
que I.mponam nUITUI análise paisagíUica 510 05 decorrentes da vi'V~nci3 resultado globa l- (J. P. OEFFOr-T AI:'o"ES. 198.5. p. 4] ). Os ,elementoS
dos Individues. mais do que ai compone ntes físicas do ambieme e. invish'eis. també m fundamenclls panl. 3 elphcaç30 do fu ~OI\o1men lO
~1O. a a".liaçlo g1ob31 do grau de sal isfaçlo proporcionado pela do sistema agncola, do recolh idos. ora no ca mpo. on a parur de docu-
paisagem . Pan isso. preconiu um mélOdode antlise da paisag em em me ntos. co m base nouIB umdade cspxial que ~ a ~Ia. ~
que E dada ,1olaI liberdade de movime nro ao obse rvador que irá. 00 fronto destes co njuntos de elementos conseg ue-se expliCMo o-
enlan~. , reJls~ndo o percurso e as sensações tidas dura nte es te, Com
uma VISita mais sislemátiea descobre m-se ~ facto res de organização
namei'~~;:S~O~~~:so;~=a:c~~au~::.a~e:t:;-a q~ MI...)
do espaço vivido que serão carto grafado!. e co nfrontad os C{)m docu - o resu ltado. numa cena porç!io de cspa,ço. d~ comblDação.diniml~\:
mentaçáo clássica. mai s objec liva (idt m. ibidt m. p. 194). A pllisagem . isso instável. de elemen tos tlsico s. bIológiCOS e antróplCOS. re g
II
"
dialeclicamentll:' uns com os OUll'OS, faze m da paisagem u,!, co nju nto global tridi mensional e. a partir desta. a percepção que se tem da pana ,
único II:' jrw:liuociável" (G. BERTRAND, 1968. p. 250). Incfuia o estudo gemocapt ada do seu interior.
da pais,agem de nee do 1m.bilo das Ci~ncia5 da N ature za. 00 seg ui- Outros autores aplicam 30 estude da paisagem os principios esta-
menlO, &lW.dJ 1ANJsclw.ftowtUlli~ soVlé uea. II:' de acordo com as suas belecidos pela teoria da infonnaç30 . êmre eles. deslaCa·se ~ticbel
preocupações cena-adas nos. esnado:s biogeopáficos. Phipps, de form açlo agronómica e que. saído da escola de Toulouse:,
Portm. cm 1978. retira- lhe esse cslatulO de cooceuc de base ve io filar a sua investigação no Canadá.
naluB1i~ta. cons iderando que M,:,. paisage m aparece cada vez me nos Para este Autor, a paisagem é definida como um canal de
como uma escurura ecolõgica II:' social II:' cada vez mais como um lnfcrmaçân entre duas ca tegorias de mensagens, lUdo sistema ebtõncc
proceuo de rnns fonnaçlo . por isso como um fenómeno inscrito na e as do sistema biótico. As mensagens do sistema biótico slo obtidas
hislória " (G. BElTRA...m, 1978 , p, 2-19 ). A paisagem passa a e ntender- através da classificação dos tipos de almunidad6 da irea. ou da
-se em funçlo dos siS1tlJW de produçio, ou seja. bens materi ai s II:' class ificação dos tipos de ulilização do solo, no caso de ser uma paisa.
culrurais que o grupo social , que ocupa o espaço respecti vo. lhe gem antr6p ica. O conjunto de mensagens abióticas é fundada sobre
imprime.-A paisagemé uma interpretação social da Natureza" tiâem; uma sé rie de combinaçõe s de estados dos descri tores do espaço ebiô-
ibidem, p. 249). rico . Atra vés de descruore s dum e doutro sistema, essencialmente
O autor man tém os conceitos de gcoss islcma II:' ecoss istema mas fisio nóm icos, estabelece o seu confronte, por meios informáticos. o
~f~:U~,c~n:~ ~~:ede~:~=~re=
como pur.unente narunlisus., quanlifid.veis. espaci ais : ii. paisagem é
um processo.é um produtOdo tempo (hislória social). é qua.lirativa. Ela
é 1.-1 uma produçlo interna r" §OCiedadeJ. nascida da sociedade II:' " trans acional", ou seja. da oq;ani zação espacial e ecológica da paisa-
conferindouma cxistl!ncia social ao q ue se eecomra no contacto da ge m (~t. PHIPPS, 1985. p. 67). Uma atenção especial vai ser dada:por
envoh'!ncia enerna desta, ou seja. 3 interface sociedad e-naturez a" este métod o de análise da paisagem. aos "processos macroscópicos"
(ide"!, ibitU". .p. 256). que . 30 afectare m a paisagem ao nível global. por exe.mplo. na
Cm mOOo curioso de definir e est udar :& paisagem foi teorizado d inâmi ca da sua organ ização, inlluem na sua aulo-orgarozaçào ou
pela Escola de Ik:sançoo . França. :\ paisagem. considerada também na de suui ção desu org aniz.ação e penni tem prever a sua evoluç1o
como um sistema. COJTe5pondc a um ccejumo de U!S subsistemas (M. PHIPPS& V. BEJU)()IJl.AY, 1985. p. 13).
e~ai udos e em cS,ueila relação entre si: dos prod utores. da paisage m
vis lvel e dos unlizadores (T. B ROSSARD & M . W IEBER, 1984). Depois de lodo este perpassar de modos de abordar e conceber a
O subsistema produtor, onde se interligam ele mentos 3biótico s. pa isage m. ressaltam algumas ideias-força que se mantêm, quase
bióticos e anlrÓpicos ~ construídos. é anaJi ~ segun~ uma abo r-
dagem de upo naturalista. x c wb:i islt ma utilizado r, inserem-se as 5Cmpr~;:,~~:~~I~ l visJo : a paisagem é sempre a1g~
que é viSfO,
modalidades de ulilizaç50 da paisagem que , por sua vez. deco rrem e que está exterior a nós, mas de que se torna COfI;<oClé~a. que ~usa
condicionam I perupçoo desta. Os objectos, produ zidos pelo primeiro sensações . Obviamente que a tornada de C{msclé~la da realidade
subsistema, vão chegar .10 subsistema utiliz.ador, por meio de imagens ,
~lTavé.s do.subs istema paisagem visf vel, a que es ta e scola dá particular ~:~~:~~tr':s~~:~~~o~O:::' ~~:Po~A: ~~"~~;t::f;~:~~~~:
ImportinC'l3 e que funciona prat.icame nle como o sistema operativo cie nte: têm a ver com a cultura, com a formação C1enuflc~ com ~
des te métodode análise paisagisuca. Foi elabo rado todo um complexo interesse s e preoc upações. etc, da pes.~ que em
a v~ I .pwagem.
esquema de anãlise e representaç lo das vistas tomadas no interior da mesmo conj unte de objectos seri VISto de modo distlnlo por um
paisagem, a tres dime n5Oes. que sedo canognfl!.veisa duas dimen sões.
Um dos fIOS~ste método é o de "de fi nir a paisagem nos il.sPCCIOS que
biÓlo~u~~rd~: ~g:c~~Ia;~i~;:::,I~s ~ject05 com.ponentes dói
ela oferece ~ ViSta ; ou seja. de chegar a uma expressão can ogrific a das paisage m têm sempre uma distribuição e.spaClale uma artIculaç~ que
relações objectc e-ima geru" (Idem. ibidem. p. I I ). não são casuais: decorrem de um conJ ~nto de acções. na~s ou
A m,aior nov idade deste méeocc de aborda gem da paisagem. anuõpíeas que respondem a um ccn~ seeuoc de evoluçlo. determinado
telvez resida no processo de representar cartcgrancamenre a visão pelas leis narunisou sóci~cas.
Ew 0IJ2lIi~ ~ nu.tuUliz.ad3 peta ~runl cU paisagem, que tomaremos na SUl anãlise. inscreve-se dentro da corrente
precisamente IÇUJlo que ui penniUl mdivtdu.1Jiú-ta 110 «p:w;o e. em naturalista de estudo da paisagem. Co m esta pos tura, perde mos I
gr.tndeJJM1e. defuti-la.Uma aJ~ neua orgamzaç30leva II p.n.sagem hipótese de fazer uma ani liw: global da paisagem. porque I S
a oultl p8isagem -""uma mudanç:ln.:I dJMbuiçlo~al dos elemen tos componentes humanas e sõcio-econômicas nlo serão abordadas. Essl
da paisagemvai modiflCá·la e pas sa·se assim de uma paisagem a outra " análise global exig iria um trabalho em equipa. com e specialistas nas
(l. P. CA."lCEl.A DA FoNSECA& A . ORAOl . 1985. p. 1(4) . abordagens sôcio-econõmices dos grupos humanos c nas suas respoves
Outra ideia.força ~ a de espaço. A paisagem algo que esrã
é às condições ambientais com que se deparam. A nossa atitude de é .
sempre inseridonum espaço. que é multidime:nsional e que se explica. cerro modo. inversa: na relação homem-meio. procuraremos analisar a
fundunenwmenfe. por uma disaibu ição espacial das suas compo- resposta que () meio dá. ou deu no passado. !t acção das sociedades
°
Ilenfei. é claro que ~ I'e$Ullado dunu dlnimicól,dum funcionamento. humanas. instaladas neste espaço. Será um estudo socre a "paisagem
de ekmeolO5 que inlef"ageTnentre si. 5egundo proceUOl em regra ecolôgica", no dizer de ~t PHIPPS(1985. p. 59).
~ mas que Dern sem~ é poufvel quantificar. ou pelo menos De qualquer modo . é fundamental perceber a eSU'Utur.t ~16tica e
abafar na su.a:unplirude: mas. o que de faclo vai lt'r impon!nci a na biõnca destas paisagens e as suas interacções,ou seja..a s.uadiMmica.
individualizaçlo de:ua paiSoJgem vai ser I nu nifeslaÇooespacial da °
pois que são a base para se poder entender seu fuOClonamento e.
acruaçlodeues proceuos.. Uma dasdlferenciaç6es e ntre ecossistema e portanto, o melhor modo como pode ser utilizado o seu espaço pela
paiugem. segundo alguns actores, paraalém da maior homogeneidade sociedade. nas suas múlttplas actividades.
rnauoKÓplca dos elemenlos nos ecossuremas do que:nas paisagens. As necessidades desta sociedade mudam constantemente c a uma
está no enfase que é dado 15 relações funcionais nos ecossis temas e às velocidade muito superior à das mudanças regist:tdas na natureza:
relações espaciais nas paisagens ( idem, ibidem , p. 104; M. P111PPS. àquelas mudanças correspondem n.ovas. ?Umais intensas. acções so~re
1985. p. 60). o meio. do qual vêm reacções de intensidade semelhante. na tentauva
Uma idt:ia Urnbém sempre presente é a de globa lidade: a de restabelecer o equiltbrio perdido. mas ~u~ são munas \'eu: s
pais:agem IÓ se emende quando ~ista numa perspectiva global. pois é o desconhecidas. Essas reacções serão ramo mais Intensas quanto mat
conJunro de todos os ekmen tos inscmos naquele espaço e organil.ldos sensíveis forem as componentes afectadas: ora. para além de se
segundodetenninadJmaneira. que. lhe di a u n i~ perceplível pelo procurar conhecer as componentes que. em interligação-.consumema
observador. Sou Kkla dr llobalidade está subjacente a noçõo de estrUtura da paisagem e coc tríbcem para o seu futlC1.on:a mcnto• ~
siSteml.no senudo de: que o todo não é a soma das suas panes. mas importante determinar quais 530CMIS com~ntcs serwvels e qual o
algo '."'I~ do que I~. porque ~nde ~ modo como as panes se papel que desempenham na dinãmica da pauagem. para se poder
cqan.lzam. se reiaclOft:un espacialmente e mteragem funcionalmente.
A paisagem é, de f~. um sistema complexo definido. fundamen, preveé au:'::~a~~;I~;;~~ componentes bíõucas da paisagem. quando esta
ral ~nre. pelas relações espaciais. mas também funcionais, entre as não natural. como é o caso que pretendemos lr.llar. podem ~udar com
é
v án~ componentes. que por vezes s30 muito dive rsas, mesmo na fisio- uma certa rapidez. fruto das variações da população'; das inovações
nomia. m~ s que geram um conjunto unudn o, individualiz úve! tecnológicas e científica.s e das modIficações econõmrcas e ~lalS -
mactOSCOplcamenle. quantos cobertos vegetais diferentes não teve a Serra da Boa lage~
desde que o homem aí se instalou e começou a usufrui-Ia ..• - ou at
Com base nesw ideiu- Iorça e em sfmese, podemos dizer que
estamos. perante uma patsagem quando um determirl4tdo trecho da
Supcrflcle terrestre é compollo por elementos cuja orr aniz.aç30
c~~ par.l que. ao te~ dele uma vis30 global. percebamos a
~~~~:;,~~uma unidade nttichmenle individualizada dos espaçoi
artifi.c!ais res~nderão melhor ou ~mesnus coodiçÕCS.
empl1~oc~~~~:~~:~ q: ~i~e~~UiÇãO espacial
==
bruscamente. como aconteceu nas dunas e na Serra da Boa Viage~
com os i nc ~ndj os de 1993. No enlanto. as alteraçõc, naturaiS
responderão às condições físicas que 1.'K'sãon~~~
das compone:;
Em boa medida I partir desta noç5o . individualizaremos as abíõucas da paisagem e dassuas interacções. ~ ~=~ç: das
paisagens que seria objecto de estudo neste trabalho. Porém, a postura ecol6gico desta. pois deste modo pode-se ente r
componenles bi6licu e. depois disto. pode-se actuar de modo ncio nal
sobre a pais.agem. se houver necessidade diS50. caso de OUtros tipos de paisagem. ela não possa ser essencial na
Apesar de poderem variar em função das Cat:lClerísticas próprias explicaç ão da sua composição e dinâmica. À componente climálica,
de cadanpo de paisagem. há com poee ntes abi6ticas que sã o básicas e apesar d~ ser um dos suportes ~sicos da paisagem. será dado um peso
fundamentais. em regra. na et plicaç.io da composição e dinfunica das secundário. pela fraca variabilidade espacial que apresenta. graças à
~ sagenJ: as de ImbilOreomorfol6gico. pedológico e topoclim.lhico• proximidade do oceano. de toda a área de estudo.
• hAs. ! semelhança do que tiz.er.un outrosestudiosos da paisagem ( por
exemplo, ligados à Ecologi.lld.1 PaISagem. como C_ KWAKERNAAK
(J982). J.·P. OUCROC(J 985), K.TAKEl'CHI(l 983). E. VAN WAVERE.>i 1.2 - O bj~thO'l e apresentação da ârea de estudo
(1986). W. G. WESTE.R VELDa aL (1984): ;li Planificação Ecol6gica.
como A. 8OvcHARo~r aL (1985). G. DoMos et aJ. (1987)' ou aos 1.2. 1 - ObjuriroJ
inveu igadOf!'s do CSIRO australiano e seguidores. co m~ G. S.
CHlusnAs &: G. A. STEW....RT (1968) e J..A. HOw....RD & C. w. o objectivo principal deste trabalho é o estudodas paisagens.
~ m:HELl. ( 1 9 80)).
numa área relati\'amente restrita ao nane do estuário do Mondego.
As componerlle~ geomorfoJógicas são, em regra, a~ llLlis eeuu-
entendidas não no seu aspecto global- componenlesfisicas.biol6gicas
runlllles: Anles de nws. pocque a1gull'l3S delas são as primeiras a serem e humanas . mas parcial, recaindosobre as duas primeirascomponentes
~~.pc~ pe!<> obse'tva.Jot:.
ajudando-o. desse medo. a ik finir e referidas que. apesar de darem uma vi~ incomplela de cad:rum dos
ItlliLviduallZMa palsagem: ikpo lS.porque delas dependem. em grande espaços individualizados. ~ fundamentais pan os entendere peevera
parte. OU~componen l e\ como u hidrológicas e as pedológicas. mas sua evolução. As primeiras componentes sic a base 50bre que assentam
também, lndirecwne nle, as florisucas.
todas as outras, quer simplesl11nlle como suslentAculo. quer como
~ilmO a paisagem ~ UIlLl realidade ~f'\'á\'el .l média dislând a. factor explicativo das características apresentadas pelas biolÓgica e
ou seJ" de 31gumaJ centenas ~ meLros a alguns quilóm.:tros (C. W. pelas humanas. As segundas componenles sio a pnmeiR m.uufe\tação
MfTCHEU.. 1991), OSelemenlOS Imediatamenle discerníveis são os das das condições oferecidas pelas primeiro e a1gurrw ~eus a ruJo de
formas do rem~ e os do . seu cobeno vegetal. ou das construções ser de muiras das acti\'idades sócio-económicas desempenhadas pelas
humanas, aso. SCJa uma palsagem ~m fon e ocupação pelo homem. populações consigo relacionadas. Analisaremos em especial a
Esta~mponâncl..ll relal!v3 da morfologia ~ enfatiUlda por M. DElPQuX vegetação, por ser a componeme biológica maISfaal menle.obscrvivd
0 97.1. ao definir pJ.isage~ como "(...) uma entidade espacia l e aquela que. além de possuir maior bjom~ es~ dl~nte
~spon&:nle à soma dum npo geomorfológico e duma cobertura no dependente das uís condições fisicase podedar ~ mledlalo IndicaçõeS
senn~ mau amplo de\le termo !" ')" (p. 159). Este ripo geomo-. quanto às componentes abióticas: a fauna. ellgmdo ~m proces.so
fo.lógl~ estJ. IJg~, ames de mau , às características geológicas e analítico muito especifico. não ser' abordada: quando muno. seri fella
cli.núucas (pelos sistemas de erm!o) e é ~ "suporte" físico que sust ém uma ou outra referincia esporádica. Alguns aspec.ros da acção humana
a cobenura. Esta é CC)flsUfuída por comunidades vegetais desde que sobre o rerrtt õric serão abordados. mas maIS como elementos
~mem não lenha:dado outro uso ao espaço em causa: de diferen: constituintes da paisagem que têmimplicações direc:w sobre os OUlI'OS
pecto e CO~poslç50, em, resposta ,a todo um conj umo de condições elementos. funcionando, portante. como um reeo para melhor a
~eomorloI6glcas. pedológicas, hídric as, climáticas e antrópicas Por entender e não como um fim no estudo em causa,
~~;;~~!;~~~~~~o:~e:~:;Sq~~d~zi~~::a~~: ~:~~~~~~
unprtrmram, desde os tempos mais remotos.
No estudo das paisagens procuraremos entender a sua ro mpo-
siçâ o e a sua fisionomia. que são a manifestaçl~ ~rcepúve l duma
determinada estrutura. Esta estrutura õeüne-se pnoopalmenle 'pelos
Deste modo. faremos uma abordagem da paisagem centrada, elementos morfológicos, fitológicos ~ de uso do solo que. no conjunto.
funda?,ental~ente. n~stes ~s as~(OS; geomorfológico, pedológico e podem ser consideradoscomo descrítores.
flOdrf~~c~. A hldrologJaSUrgirá subSidiária à análise geomorfol6gica e li Mas como a paisagem nlio se deve explicar só pelo seu aspecto
pe o gica. não sendo, ponantc. fulcral. o que não significa que, no estrutural. procuraremos perceber a sua dinâmica pela detecção das
,.
;II (c. KWAKER....""K. 1982. por exemplo).
DenDO de cadli pai ugem procu~ll'lOi determinar as principais
unidades - no sen tido de M Ui fisionomi camente homogéneas - c.
difef('ntescstruturas.dmlmM:aSeaplid1'lcs.
É e m grande pane por este s motivos que elColhemos a irea i.
Nane do estuário do Monde go. e m partic ular a compreendida enlrt a
,.,.
ti eventualmen te, subunidades, as quais serã o analisadas igua lme nte sob
as perspectivas eslJUlUtal e dinâmica, Do mesmo modo. tentaremos
ci dade de Fi gue ira da Fo z e a Lagoa da Vela (Fig. I l , Ne~te espaço.
rela tivament e pequ en o. co nflue m du as suo-regiões com as suas
,. Em str uese, um lr.1baJho deste tipo não tem como objectivo ser
exaustivo, nem an~i ür complel:Unente toda a área que lhe servi u de
•
~
suporte , Pre tend e-se que. apo iado num número rest rito. mas suficie n-
tement e sig nifica tivo . de pontos . se co nsiga detectar os prin cip ais
aspectos que caracterizam as paisagens. em particula r os seus
•• ele mentos e processos. e respecti vas lmerscções. determinantes no seu
funcionamento . IMopermite conhecer a estrutura base das paisagens
•••
não são descu radas as suas caractertsucas biofIsicas
Mas co mo um "bo m o rde na me nto do territ ório co nsiste em
redireccionar o u ~ ubsl i l uir as d inâm icas u iSlenl es po r ou tr as"
O, nU~RT ~ c. KlEWlETDE.JO!"GE. 1992. p. 18). co nvé m conhecer
I bem as din.inll C3.S actuais e pa.s.sadas. para se pre ver o e vo luir futuro do
es paço .e m ca usa. numa pe~ pccli va de rna n ute nç âo d um certo
I equilíbrio e dum a cena escbíhda de dos siste mas e ntre tanto afectados
I Prec isamente porque uma pai sagem co rre sponde a um si stem~
I c:o~plexo. só é ,pos slvel ~roceder-se a uma act uaç ão não de se -
•• q uilibra da, se se nve r uma Visão g loba l de la _ "o respo nsáve l por um
estu.do de o rdenamento de ve ancciar, adoptando uma atitude dia-
l~uca. a Vi são de con junto do problema. fundado sobre o coobe-
• clll'~ntodas m~ emre as suas di v~_eompoocnlCs. e c esrucc
rruus apro~. necessanamcnlC especializado. das componentes
que se concluir desempenharem um papel jmponante no conjunto do
pro blema" U. TRICART & 1. KJuAN, 1979 . p. 285) .
- _._- -
mid.1des de AlhalWi de Baixo. parece mesclar-se com o Baixo ~Ion co mplementada pela 0bu'rva çl 0 da fotografia aérea na escala
dego masque. panI :'olone. já oJo levanla duvidouquanto 1 sua origem aproximada de 1:30 ()()) e por uma obo.ervaçJoprospectiva no terreeo,
e característic.u tipicas. A Valadi Vela. dreno da Lagoa da Vela para pemu liram diferenciar aquelas unidadespaisagísticas.
o Mondego, foi a escolhaartificial parao seu limite setentrional que se Perante a e xtensão da área e de cada uma das paisagens. decidi.
prolonga alO! ju n to de Qui n ~ dos Vig1rios. Na mesma dire cç ão, mas mos e~o l her as áreas -amos tra onde incidirf:uTloo;o trabalho de campo
para odde nle e por_~ma u la perfeuamenteani lki aJ. Vala da Lavadra, de maior pormenor. A e'\Colha. como ji referimos acima. recaiu sobre
dfen.a.ll1C' da Lap ~ BDÇa'. estabelecemos o limite Noete d:a fracç50 o extremo ocidental. onde se encontram as dues \Ub- regiõc~ citadas ;
doi~a:~ pettenanlC' às Dun.u de Quiai?S {Fig. I I. para além de pe rmitire m carec te n zar cada uma das paisagens e
Nesle espaço relauvamenle eXlguopareceu-nos estar conce n trada respectivas subdivisões. têm a vantagem de cemer as zonas. ou fanas.
a maior pane da problemática respei tante a estas trê s unidades de de ccr uacto emre elas, o que t interessante por se poder ver como se faz
paisagem: Dunas de Quiaios~ànd.ua ..e.....Swa da..Baa.Y.lageln..Se a transiç ão entre espaços de características dis untas, pelo me nos
ampliáuemos a SU.1 ma eertameete que obleríamos alguns novos parcia lmente.
elementos a junw _ recolhidos ~ mas decerto que esse acrés-
cimo nio ~a proporcionaJ ao acUmulo de trabalho e de gasto de
tempo. Em especial na Gindara e nas dunas litorais parece veri fica r-se 1.3.2 - Rt colha dt rampo
uma cena repe nnv idade nos fenómenos biofisicos e mesmo humanos.
Como os atributos principais das paisagens parecem d istribuir -se
o que escusaa an.6lise de ene esas ãreas par:J a sua caracterizaçâe,
por manchas relauvamemeexlC'flSaS. decidimos utilizar um métodode
amostragem pontual estratificado aleatório para o lennl3mento dos
1.3- '\1t'lodoIOltia elemenlos de campo. Os estratos correspondem aos quadrados de um
quilómetro de lado das cartas .topogrMicas na esc. 1:15 (O) e em cada
um deles foi escolhido aleatoriamente um ponto.
1.3.1- Dtf lllif ão das du as_ ostra Em cada ponto de amostragem rt foram levantados elemeruos de
ordem gcomorfolÓgica. pedológica e florlstica. para all!~ de OUtm
o método seguido baseou-se fuedamentalmeme na recolha de características mais gerais como o uso do solo e casos particulares q.ue
campo. ~ elementos de análise imediata ou sujeitos a posterior análise merecessem referência. que iam sendo re gi sta~os em fichas p~ vla
laborar.onlll. complementados. sempre que ~~sf vel e necessário. pela mente elaboradas. Assim. na ficha geomorfolôgica (Anexo A ) foi dada
consulta de documentos c:trtográficos ou bibliográficos respeitantes à import1ncia 1 morfologia. atra vés de alguns itenscomo o npode relevo
área em causa,
onde se es~ a realizar o levantamento. alguns dados lopográfiCOS e
Su m primeiro momento procurámos identificar as unidades algumas earacterfsticas da vertente (flanco no ~ das dunas) q~
maiores, ou ~ja , as paiS.lgens propriamente ditas. A sua observação estiver em causa; à litclogia. quer do "bed rock • ~uer dos depósllos
i n~I~ta. fOI fena a uma escala pequena e leve como re ferê nc i ~ superficiais. quando existem. e neste caso. ref~rêncl as à sua nature~
principal as c~lC' ríslic~ morfológicas e em segundo lugar as da eslrUtunl e disposição dos maleriaiS consululllles;. à toalha freática
cobertura do solo e geologia. Pat2 isso consultámos canas topográficas sempre que o!detectãvel e mensurãvel a sua profundi~ ; fi~mcn!e.
na escala de ,1;15 000 e corogri flCaS nas escalas de 1:50 000 e 1:100 aos processos gcomorfológicos. dos erosivos em sentl~ restnt~
()()): respecuvameme dos Serviços Canográficos do Exércuo e do movimentos de massa e 1lp05 de acumulação. EsIC' ~J unlO de
lnsntuto~gráfico e Cadastral: as folhas n." 19-A (Cantanhede) e 19- permite ter uma ideia razoável da esuumra e dinâmica do substrato e
-C (Figueira da Foz) da Cana Geológica de Portugal na esc 1'50 000.
as folhas n.- 217. 218. 227B, 228. 229. 238A. 239 e 240 da C~
~siJllir.e»o unicamenlC' ~~IlO~~": ::
Agrícolae fl omtal de fVrtugal. na esc. 1:25 000; a CMta de Solos de
~~gal, na esc-. I:1 ~ 000. do Atlas de PortUgal. da Comissão ~":=~':ee==~ c ~ 1tjUCic
~l do ~blenlC'..:.....A mform eçâo fornecida por estes documentos. l~.l.
)O li
superffcic:onde asse~Il11Y1lodu as ou~ co mpo ne ntes ,da paisa ge m. de de estrutura. caractertsucas que aparentassem estar ligadas com a
modo a pod ennos aJuiz.u do se u evolu ir e das pote ncJ ~ l idade5 de uso ped o g énese . Em seguida eram medidas as suas espeMl11'a$.
que eslJo nWs dlteCUIDenle dependentes das ~~ndIÇoes 8~mor· A le:r..lura f~ determinada directamente 00 campo elou poI"
fol6gicu; agricullUl3. silvicultura. construçlo cIVIl, nploraç1o de ~lise granulométrica em labor.ltório. No campo. a detenninação era
rt'C11!W5Utic:os,cte.
N. ficha pedológica (Anexo AI conside rámos alguns elementos
feira a trav és de uma pequena porção de solo humedecidocom a qual se
te nta va fazer um filamento e curvá-lo. Desde a impossibilidade de fazer
«
respe:iL1nles ao solo. visto no conjunto. c elementos referemcs a cada o filamento. até ser posslvel fm·lo. curvá-lo em arJo1a e senti.1o
um do5 horizonres do mesmo. No primeiro caso, analisámos de modo pegajO!tO. vai toda uma séne de tell.lUm . das mais grosseiras. as
qualitati\'o o grau de erosão observável 1 sua superffcie: de modo arenosas. atl! às mais finas, as argilosas. pI5!>ando por lCU U(35 inter-
quantitativo deduzimos a drenagem c medimos a pedregosidade. a médias como as francas. as limosas (siltosas). ou compostas por mais
nxosid.1de c a profundidade da rocha-mãe (q uan d o poss íve l). do que uma das tell uras referidas (J. C. CARDOSO, 1972. pp. 8·9).
O grau de erosão que jJ. havia sido oeservado na ficha gecmor-
fológica. pode ter Uft\.1 nunifcsução mais pedológica como, por
exemplo, pelo desapuecimcnlo do horizonte superior. o que muitas
A esuurura foi analisada SÓ quanto ao seu grau. OU seja, se era
agregada. com a presença de grumosou outros agregadosmaiores, ou
se era pani cular (sem estrutura. segundo alguns autores") no caso de ••
veleS não detectado geomorfologicamentc.
é
•••
tendo. portanto, significativa acção sobre as suas outras propriedades.
Outra análise levada a efeito no campo. foi a da reacção do so lo
....
ao ác ido clorídri co. li fim de:de tecta rmos a maior ou menor riqueza do 1.3.3 - Anáfiu dos dados
solo em calcário acuv o. ou outros carbo natos. Para isso pusemos
algumas gotas de He I diluído sobre cada um dos horizo ntes e Pela análise deste conjunto de elemen tos. associa dos a obser.
.....
~ e f2Ik. correspo ndentes ,i, classes de conteúdo em ca lcário ubo rda õc s : ge omoetotõg tcos. pedológicos. üc rtsnc os e, nalguns casos.
do '010. de não ca lcário. leve me nte calc ário. calcd rio e fortemente microclim áuc os. Ela é. fundam entalment e, uma ca racterização estru-
ca lcári o (FAO. 1977 . p. ~7) . tural de cada urna das pa isagens. onde se sa lientam já os principais
.... O utras cara cte rrsucas mais específicas iam se ndo an otadas co ntras tes espaciais internos. propici adores da di visão em unidades
consoa nte eram obse rvadas. É o caso da presen ça de raíze s. de níveis inferi ores de paisag em. Ta mbém se deu um peso importante ao factor
endureci dos. da toalh a freãric a. de se ixos, etc. tem po q ua ndo procurámos abo rdar a evolução dll paisagem . de modo a
No final ces tas observ ações do pe rfil do solo tentámos a sua e ntende r muit as das suas características actuais. Esta abord agem
cl.u sificação. usando para isso a classificaç ão da FAOIU NESCO dia cró nic a apoio u-se em doc umentos históri cos que . de alg um modo,
•
••
( 1974) qu e. por ser gen erali sta. poi s é preten sa me nte aplicá vel a lod o o
G lobo. se tornava mais fácil de usar.
fazem re ferência exp licita à área em ca usa.
•• O levantame nto florísuc o foi fe ito. para cada po nto -am ostra ,
num a áre a envolve nte ao ponto onde se anal isara o solo. calc ulando-se,
portanto. na oco rrê ncia prefere nci al das variãveis pelos vários pontos
de amostrag em. o que perm itiu prec isar melh or a delimitação das
..
por estimativa, um raio de 10 rn. mas que pod ia vari ar par a men os ou unid ade s de pai sa gem e faz er a sua carac te rizaçã o geral, ensaiámos
• para mai s, co nscame a vegetação era. respectivam ente, mai s mon ótona
ou mai s vari ada. Os da do s recolhido s eram regista dos na ficha de
outro métod o de aborda gem . baseados na aplicaç ão de processos
estatístico s multi vari ados . nomeadam ent e a análi se facto rial. Este
vege tação (Anexo Al, onde se começa po r faze r ref erência a eleme ntos me io , para além de pe rm itir sintetizar a info rmaçã o recolhida
carac terizadore s do sitio. na sua globalidade . tais co mo a fonn ação (H. BEGUIN, 1979 . p. 15] ). dispersa po r um gran de número de
vegetal, ou o uso do solo. o microcl ima, a acção amrépica e a d inâmica vari áveis , possibilna "detec tar e identificar grupos de variáveis
de co njunto . interrel acionadas" (G. S HAW & D. WHEELER, 1985, p. 27] ) de modo a
... . No prim eiro caso , qual ificou- se o tipo de coberto vege tal pe la sua
fi slono~l a. ou pelo tipo de cultura aí prat icada . O microc lima foi
refere ncia do, em regra. qua nto 11.e xpo sição do local ao So l e aos ve ntos
do minan tes. A acção ar urôpica, sendo óbv ia nas culturas. era també m
faci litar a sua interpr etaç ão , salient3ndo-se aquel.as que de sem~~
o pa pe l prepo ndera nte na caracterização e. esse nc~ almeme. oa din âmica
de cada uma da s unidade s de paisagem. em particular. e de cada uma
anotada , de sde que tivés semos a sua perc epção, mesmo nas mala s, ou da s p~s~~~n;;s~~tr~ra~~ análi se estansnca exige ce n os c~i?ados
para
fonnações espo ntâne as. pois é ela m uitas ve zes a condicionante de qu e os se us resu ltados poSSllm ser utilizado s com fiabüidad e. Por
cert os tipos de e.volução da vege tação . Na dinâmica de conj unto
procu rám os manifestações da vege taçã o que no s indici assem a
evolução q.ue es ta esta va a ter, quer qualitati va que r qua ntitat ivament e.
S e~ul u •.se o levantam ento da s es péc ies florístlcas , segundo o
mét odo idealizado por G. BERTRAND ( 1966). co m ligeiras medicaç ões,
eilOemplo. ao nível dosdados. estes devem ser repre semad os de modo uso apre semar'! e das formas das vertentes (ou flancos) cm convexo-
scmeltw lle I fim de perrmnremo calculo de com: la.çoe~. expressas, no -cOncavu, rectiUnea s e irregulare s. por mera convenção pessoa l.
gem. em di)finci~ de v!rios tipos, entre as variãveis, ou ~nltt os As modali dades das variáveis quantitaú 'óu . em face da dispa-
individuos. Esre probltml levantou-se com os ~OS50S dados v~sto: que ridade dos valores e das mediçOCs - por exemplocenãmevos para u
slo de natureza bastante diferen te: uns úo perfellam~nte quantuanvos. espessur as. valores adimen sionais para o pH. graus para o declive _
como as espessuras. que r dcs solos. quer dos depésncs de vertente, o foram de igual modo ordenadas por classe s, 1lsquais foram atribuídOl
pH dos solos. a profundilbde da loalha frd ,tlca. ou da rocha-mãe: mas ....tores da mes ma orde m dos das variáveis qualilativas . havendo o
ccecs do de natureza qw.!ltólIlVil.. como por exempíc a exposição de cuidado de seg uir o mesmo crnénc de conferir o valor zero .. nJo
vertentes, posiç1o topogr.l.f1ca. texrura e estrut ura dos solos. tipo de e ilO ist~ nc ia de registo (AneilOo C) . Esta transformação dos dados permite,
solo. etc; OUtroS ~nda são ord inais. como pur exe mplo o gra u de erosão també m. ob star ao "efeito de tamanho" . mu itas vezes acarre tados pelos
e a presença de calcário active no so lo. valores bnn os que podem Mdeformar sensivelmente a signifICação do
Á fim de ultrapassar este óbice. proc urá mos pad ro niza r coeficiente de ccrrelaçâe" 1H. BEGUlN, 1979, p. 169). Do mesmo modo
sufici entemente os dados de modoa que os re feren ciados por valores °
e porq ue estamos perarue uso duma análise factorial, Ma experiência
brutos quantitativos pudessem ser co nfrontados co m aquel es de valor mostr a que as correlações entre determinadas variá veis geográficas não
brurc qualitativo. Assim, atribufmos os valores I. 2. 3•... n. às moda- so frem mais mod ificações logo que são calculadas sobre valCRS
lidades das variiveis qualitativas. de modo q ue esta ordenaç ão card inais e sobre valores ord inais" (idt '" ibUk",. p. 170).
valorariva crescente correspondesse. de fac to. a um crescendo da O pas so seg uinte foi a esco lha das variáveis a utilizar na anã âse
variável (Anexe C). Po r exemplo, pi1t3. a prime ira variá ve l. a mu ltivariada. Como intere ssa que as variáve is dêem uma informação
topografia. a sua ordc naçl0 viria a ser feita em função dum crescendo máx ima sobre as unidad es de amostragem. rejeuãnsos, t. panida. as
de energia potencial correspondente às respec tivas formas. vindo as respectivas modalidades com uma frequência demas iado . baixa 0tI
depressões ou superlTcies planas co m valo r ma is baixo e as vertentes demasiado alta ; neste caso era de menos de O.05N OCQmnCl35 (sendo (
com valor mais alto. Para todas as vari áve is. a atribuiç ão do valor zero N o n.· lota i de unidade s de amostragem ). ou seja até 5%. ou mais de
significa a sua não ocorrência no respectivo ponto de a mostragem. Fo i O.95N ocorrências, ou seja. acima de 95%, do máximo ~f.vel .. . I
por esta ru10 que. em variáveis como a reacç ão ao HCI por pane das Apesar de se aplicar com mais legillmid3dc a vanávels binárias. I
compon entes mine rais dos vários horizontes, sempre que aquela era onde a máxima quantidade de informação I! dada pela sua presença em I
nula. esta modaIid3dc recebe u O valor de I. de modo a não ser 50% das observações possíveis (C. KWA KER.'IIAA ~ -.'1982, PP: 61-62), I
co nfundida co m o seu não regislo. baixando progressivamente pan os extre~. dccidi~ aplicar esse
critério a estes dados. pois quando a oconfncl.! .é ~c:unente pon~.
I
Nas ,variáveis do solo seg uiu-se sem pre a ordem do ma is simples
para o IlU.\ S complexo. qu er no perfi l. quer na estrutura. que r no tipo de pod e estar eivad a de cas ualidade e n50 ter o slgm ficado que a ~non I
solo. pareceria ter: do mesmo mod o quand~ a ocorr!nci~ duma de~ennmada I
Na vegetação , cada especte recebe u, para cada unidade de moda lida de du ma variável I! quase universal (o umversoaqU I I! o total I
atnoSmgem. o número correspondente à c lass ificação Iuosscciol ôgíca de un idades de amestragem), em pouco. 0tI [IlK1a. poderá ajudar a
relacionar essas unidades . ou a poder companr·se com as OtIUU I
de abund.\nc:ia-dominância (G. BERTRAND, 1966 ). acrescentado de I;
I
ou 5Cj~ o valor 1 para a sigla +. 2 para a I. 3 para a 2 e ass im
sucess ivamente até 6 para a 5 (corres po nde nte à máxi ma cobertura do
Variá~::rt=~c~~~linhaspel3swtid1desde I
amostragem e nas colunas pebs variivcis retidas. foram calculados 05
solo). Mais uma vez o zero foi atribufdo à nào ocorrência da espécie I
naquele levantamento.
Por ém, há variá vei s c uja ! mod ali dades di fici lme nte s30 I
susce púvei s de uma ordenação óbvia. em face de qua lquer tipo de I
••
°
valorização retauva. Aqui seguimos mod o trad icio nal de as expor, ou
então Opiámos por uma livre esco lha. É o caso da exposição das
verten tes (flancos nas dunas ) que foi orden ada em N. E. S c W. com o I!
•
.....
..• roef"ienleS de correlaç~ linear cJõislr1lle5 mire as vlltiá vd s analisadas
par·a·p;u.
A part ir da m.uriz Jc cOlTdaç6eS ee tre v:uihe is. cons uu ida com
A aplicaç ão d o método da elimimu;w sucess iva é Sislemaüzada
por aquele Au tor segundo o esque ma seguinte:
~o:r) inven lari.lÇ1o dc4 pares implicados. alnvés de otMrv~
os ~ VO$ coeflClC'nleS, t IX5sh cl cvidellCi3r as 'i:má~'cls que têm directa da matnz de c~I~;
um comportltne'nto espac ial Ioernclhanlc. ou sej a. Mvan lç Oes
b) enu~k1 dos indic~ envolv iOOlI'lO'l p~ e eorlla~m.
conconu Wl ta M (RAa...."E &: RAVloIOSD. 1973. p. 135). po r con strução dum rol dr Irrq ui nt:itU. do numero de: correlações
A forte COfI'C:Iaç30 entre as \'ari.h eis. de .. t' s.er visra unicamente afec tando ca da ind icador,
c m ermos de uma cena co incllJê ncia de comportamento espacial, c) local ização do pólo de: relaçOeS mai ~ forte. isto é . localizaçào
lendo em conta os locais uliliz.ados na amo stragem: nada. ou mui to do indicador (variáve l) com maio r frequência de eooesões:
pouco, permitirâ estabelecer rclaçcks de causa-e feuc í GROUPE ti) remoção d o pólo mais forte constit uído segundoc);
C'HADlILE. 1987, p. 96). As cau sas õesse comportame nto 550. mUll1S t ) redução de uma unidade nas frequêoci as das cornl~s de
vezes, uógroa ao gru po correl~ e podem ou nlo ser comuns; ada indicador relac iOll.1docom o pólo reJTll)\·ido;
obví i.mcnle que a causa lidade. comum selõ1 tanlo ma~ s rara quant o /l repetiçao de c) a e) a tt! q ue todas as freq uf ncias de rorrela çôe's
maior for o grupo e mai s dIH~nlficad a for.1 s ua compouçso. Perante li dos indicadores re m anesce ntes apresentem o valor numérico I. IMO
co mplexidade dos sistemas naturais t muito dinei l es tabelece r slgmflc a que o procedi mento ellrninaôno !IC vai repetindo alé ao
verdadeiras re lações de causa-efeito : ludo o que se possa rema r ness e apu ra men to de rr/op'kl biull(vocas isoladas;
sentido nul1C:l ~ de urna mera lI.pro;l;imaç30. g) esco lha alea tóri a de um indicador em c3da par remaeesceme.
Tendo sempre subjace nte esse princípio. procurámos. n30 O OUIlO ind iudor elim ina·loe.-IE. V. FIGl!f..IREOO, 1988. p. I-aS).
obmnlC. uoliur um mttodo de w li\< que nos permiusse sintetizar. Apl» ems elim inações a matnz li. ser trat~ r~ ~uzida. mas
poe meio de: um pequeno número de novas variáve is. cons uuidas co m uma certa garanua d e que não dispõede variâveiscom Infonn aç30
à custa das onginais. o mbimo de inform aç ão dada po r estas
IH. BUiL' N. 19"19. p. 15-'). redung~nl~~alame n!o factori al d esta malfi z. .pelas Co mpo nente s
A análise faclOrial permite ating ir este o bjec tivo . quer através da Principai s refe ridas. resultaram matri zes factoriais compostas pela.~
determinaçllo d.u Componen te s Principais . q ue r dos Fac tor es ~ (" Ioali ings-) de cada uma das variáv eis com cada um dos
Pri ncipais. Se>;te caso uti liz.ámo s o cálculo das Co mpo nentes íactores. ou componentes prillcipais. calculados pelo progr:una",
PriOl.
'i pais. Umdos problema5que se põem ~g~ t! o da escolha do ~umero
Para e Vlw uma certa redund.5.ncia na infonnaçao forn ecida po r de componentes principais :II. reter. poiS Interessa que estes sejamem
algum as variá... eis, ap licámos o mbode da rUnrin"fiJo sucrssiva (E. V. pequeno número, para fac ilitar a síntese, mas .dev em ~senur .0
FlCiUEIREDO. 1988). a fim de:facilitar o tratame nto estatí st ico daquelas. máx imo de variâ ncia poss ível das variáveis. Há díversos cnrériose ~o~
verifi cando-se. ape sar d isso , uma pe rda mínima de informaç ão. dos mai s simplcs e obj ectivos são apresentado.s por G . SHA\\
Comiste este método na elim inaç ão. dentro de pare s d e variáv e is D WHEEllR (1985. p. 282). O primeiro COnSISle na escolh~ das
fonc:mente COIRlad onada.s. de uma de las, de modo que a inform ação C~mponentes que expliquem mai s da vm~~:~~~~u;::.~uc:;
lnlzida pelas duas seja represenlalh pela retida, havendo a pesar de tudo vari' \·e1: o segundo. na rtpreSC.ntaç50 em p ...., Na
pouca pcrdade mfonnação. visto q ue a maior parte dela era co iDCide:nte das respectivas vari ânc ias por SI e"p licadas , qu~~:~~~~ que
e ntre as duas . Nlo OOslaltlC. Estausu ca não es tabelecer. a inda. o lim iar no dec live da c urva. escolh~m'se os represen~~ nas suas saturações.
a partir do q ual uma co rre lação pode se r co nside rada forte , esco lhe mos As Component es ~30 tnlerp retad as ~ml p;uaa Componente. que
o valo r de r :: 10.61,por pare cer se r suficie nte me nte ali o para gara ntir Estas refl ect em o co ntrib uto de c~da van : . dos valore s e"tre rTlOS se
~~:~;;a~j~~~~~n~a;:,,~= de: +1 ou '. 1 eles tceem",
uma estre ita ligaç30 entre as variáveis I I.
•• d iferenl e5.
A est a cons tal3Ção já haviam cheg ado ou tros autore s q uólndo
pretendenrn (aur uma classificação do nosso clima . Por exemplo
duran te as manhãs de verão. !c~do só muita ~~1e_at!pjidas ~ Iu_
v.~a.~ do calor co ntinental esuval _e sIo localmente flag~l~ jiiir
ve ntes marltimos~ (idrm. ibidrm, p. 38): _. _. - -
I
•• H. LAUTE....SACH, em 1932. ao dividir o pa ís cm " Pro vinci as
c1imáltcas". con sidera va que a - Prov ínc ia All.inli ca d o Nort e", a mai s
húmida. :lbrangia a região litoral . "desde o rio Minho al~ peno do
Para orie nte, até b encostas ocideraais dos relevos do Maciço
Marginal. ,dom ina o subtipo da ~ com Mclima lénnico
ainda mUllo suave, mas com alguns dw de fone calor ou de frio
." fondeg~" (O. R IBEIR O. ~,aL, 1987, p. 365), seguindo-se pana Sul a r.ensivel"{idrm, ibide-m. p. 38),
I "ProV(rw;:IJ AtJ!llIicaMédia", ati' cerca de Torres Ved ras. No geral este tipo clim ático ~ chuvoso e com fone e persistente
,,
I De igual modo , O. RIBEIRO. em 1955. dando ênfase !I i n n u~ncia
do oc eano sobre o cl ima da fachada No rte Iitolõll do pais . co nside rou
que "o Noroeste de Portugal. at é aos areai s da Ria de Ave iro ou ao
nebulosidade.
Segui ndo o crit ério da mesma autora , na anfoli...e 00 regime
térmico do In verno e do v erão. para as seis eMações meteorol ôgicas
, baixe vale do Monde go, cons titui a ma onde a tonalidade allá nlica do que nos servira m de base para a car.Kterizaç30 c1ioúlica da irea :Jl,
...., ....
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Moderado
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com temperatura má:uma superior a 25"C é superior a 100 e menor do integrada numa região onde domina a OÇol'Tincia de ne ~ 1IO de
que 120".assemelharuJo.se ao que se passa na depressão perif érica advccç30~ul,=ª"...!t~inv~ 4CQ1ltineD~fl?! ar humJÍlõ Indo dõ
mar -eq ue é mais característico eh. meses ae-V~:-S:-O:A~'EA_C
de~nvol~lda para Sul desta cidade . De igual modo parece ser uma
oco~n:cla sem paralelo para Ocidente. na área de estudo, pela maior
proximidade do oceano. S. DA\lEAU. no mesmo trabalho e na carta !
I' (jbjJ~m, c'âr1:nIna lf~evoeiI'Cffm6ü1õ5idâdê ) consideraa CltlstellC18
duma faixa litoral. grossa modo a ocidente de Cantanhede. onde de
; n.ua referente aos cc mras tes térmicos, coruidua...bayet..ur:.na estreita \ serã muito frequenle; para oriente, a!~ ao rebordo monWlhoto. Krt
M_ ..... ,
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Mai 32.7
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tU I ~. l ".1 13.9 14••
Qumdo se faz uma análise mais aperta da, calc ulando- sc o fndice:
'Aso
"' ,.
2.2 as 2.2 U as
..ae,
men.uJ. podemos concluIr que tanto Julh o co mo Ago sto são meses
semlMidos em todu 1$ seis e:stações (Quadro n.o 3). Do mesmo modo
os mne:s de:Junho e Sc:le:mbroseria cons ide rados sub-htlmid(n pata
IOdas as ~. com u cc:pçio de: Sc:~mbro para a Sam do
S.
oe
14.1
)7.2
13.6
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1.'
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30.1
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1'.2
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~:::::: que:Jj ..unge:o gnru de: húmid o. Todos os cerres me ses do
". <l.'
No. 72.7 77.0 'U 67.1
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, , ~biocl,-*iotor.
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COlnllBenc. 14.9 14.4 ' 4.7
Coi.... "-' 4~.4 Sut>-mcdl~lnomftI"...,jneo."'nu.ldo
14.J !Q ~ ""
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M.oomedll."lneo.ul>-~amiOO."1'
C. . . . .. '1.7 ~~~
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Termicamente. ~ Coimb ra e Barra. do Mondego ;as nu.is
qUC'ntes. iIIingll1doo TmnoI.lpo de TennomediterTineo. no primçim
Ouuo modo de fuu uma clas.qflCaÇlo biodim.itica enlnndo com c»o, pelas elel'adas lemper;u:ur.tli mb1ias anuai. e rellluv;unente
;as~etomDpreciptaç6es.embonl~nle,fade elevadas minimM. decerto graças ~ ~ua pmiçJo topOgrifica.: no
RI\'.u-M.uTt:\EZ I Rlv.u- MAJm!iEZ~taL .I990). A fim de delermilUl" !ori undo caso . pelas elevadas temperaturas mínimas. reüesc da
.
.••.
m Andam b"'dimálkuHn~djlurin~. calcula os Term ulip os com
ba.\e .em patImwos táTnlC05., que ~z.a C'O m os O m hrollpos. esu-
be'leddos em funç30 de lJmlilfC5 plUl'lOml!lIic m fixos.
No Termonpo enlram os valOfl:~ da temper~ltur:I média anual (1 ).
a ~emperalura mb113lb.s rrW:1m.u (M) e da\ rnfnimas (m ) lJomê.~ mais
fno e um fn,;heç dr TrnmC!d.Nr 110. calc ulado pda upresdo lt '"
imed iau prol imidade do mato
Um método cuja preocupação Iundamental t. também. a
potencialidade climática duma região para O desenvolvimento da
vegetação. ou mais es peci fica mente. da açricuhura. o de
é
cli~~:nt:;m':~ ~=~m:~~U~;:.:~~I~:\~~~~~
anual. S o superavil de .1gu3 no .1tIO e EPm I! li ev:tpotmlsplração
sahe nlar a dIferença en~ as eslaÇÕC5 silladu junfo do re~ pote~a~I:~:~:/::;=:~ um conjunto de q~ ~ímbolos.
rnon~ a coeme, cons.)dendas búmidu e u OUIlU panoocidenle
~~~n~s:~":~~~d:~~tl==~c\;:~~
:::r:I::e=~~·~:::C::=S:h~=gO mtn e cujos valores são KpKscontados em tabelas.
No Quadro n,- 6 podem ver-se os va!ores .dos vários !ndic.es e a que é talvez o mais provável no nesse pais. difere consoante as e5taçôet
das sificaç30climática das estaç õe s até aquI analisadas, a que se Juntou estão mais ou menos afastadas da costa e consoante a sua posiÇllo
a de Buarcos. com dados disponíveis no período usado pelos autores IOlX'gráfl ca é mais bai xa ou mai s alta (Quadro 7) .
( 193 1-60) . . . .
An ad ia led um cl ima moderadame nle húmido, meso térrmeo,
co m di!lice de 'gw ~oderado no Vedo e pequena ~ fidci a t érmi ca no QuAlM;07 -Dat.udo ink:io efimdoperiodollllnllllOlivn:de&cadal
Verão. Coimbra. COlmbralBt:ncanla. Dunas de ~hr::a e Montemor-o-
•Velho têm um clima pouco húmido, mesotérmjco, com défice deágua
modema no Ve~o e pequena eficácia térmica no verão. Barra do
Mondego apresenta um clima sub-húmido hÚ":,ido. mesorermícc, com ~~ 6 ~. n Mu. 15 ~ n~ ~ ~
grandedéfice de água e pequena eficácia térmica no Verão. Suarem é 12 N"OY. 2 Da. 9 No-. 14 SoY 17 Nooo. 7 Da.
scmelhanle à Barra do Mondego, com a única diferença de ler um
Mfice moderado de água no Vemo.
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Como se v ê. há uma diminuição da humidade consoante se
caminha de NE para SW, facilmente observável quando se projectam
em cana os vários índices estabelecidos por este m étodo, como fizeram
os autores referidos (id~rtt. ibid~m ),
O Período nvre de geadas é oceo parâmetro importante para a
vegetação, em especial se se trata de culturas. PAPAOAK1S em 1966 (A.
MERINO, '9?0)considerou haver três tipos de períodos livres de geada
que denominou minimo, disponível e médio, correspondendo ao
período em que as temperaturas médias das mfmmas ultrapassam os
7~C. ~ 2~ C e O"C. respectivamente, Neste caso os períodos disponível
e médio correspondem a todo o ano. porem O período minimo, aquele
S a fi , . 5 ~ ~r.adm 01 ~ mínimos. Ih'res de do ano mais quetues c. geralmcnle . mais calmos em que a "frente de
I~ tmdo lido 41 d.:!1.u IlInlle calc uladas por Interpolaçlo ,dtiu d as bn 5.l" facllmenle ultrapassari a ~u limite onental :::' M. Cot.1Tl:'-"HQ &.
IempenlUlU mfnimu médias mo:nuil. Como en dr esperar é jun to ao C. BOfUlfOO. 1991) .
(jlonl que o periodo é rmior . atin,"ldo qlUle lodo o ano no caso d.1
Sam do ~l llnlXgo. Os períodosmenorn sJo 01 de An~a r Cotmbral
/Iknc.anU. prl:l ~ ~ rm drprndo lopográfw=r . O aumenlO 2.2 - Lil olOXia e trd6nica
rel.1uyo lloI direcção lU cidadr de COImbra pode r"", relacion ado com
o faeto da esuçJo metrof'OIóB:lCa 'II: SillW" wna 1.Il.i1ude já signiflCltivl Toda a área de e~udo es1i inclulda nil.Orla MeV>-CenolÓk.\
040 mI r esur no seio da cidadr . o qur arneniUl a inci~nci:l d.u Oci de ntal. Nela l fio ram quasr tod as as unid.ades geol6gic u
baiUSIrmp:ntur.rs. por XÇjo da Milha de calor'"urbana.ape:sar de ata penencenl~ b duas Eras em causa. facto que. SÓ por si. garante I
afocw .-:jurb. esuçJo fundamrnulmmle ao fim da Iatde r durante a oco rr ência de uma boa variedade de rochas . apesar da limilada
noitr I S . GANHO. 1995). &mphtudeespac ial.
Tel\do em atenç êo que o objectiv o principa l deste enquadramcn lo
Se polir ser arriscado afll'lJW que r sta ~ dr estud o se situa será ôl dc~rição da distribuiçllo das difell:nlCS unidades Iíric.as doo
numa lOU de tnnIiçJo entre dILU regiões climâncas distinta.... um estruturais " , capaze s dr induzire m. evemualrrente. diferen tes tiposde
~e mais húm ido ~ LlEl _sul ma i1 ~o. sem dúvida que a utilizaçllo r paisagens. faremos . no entanto. uma exposiç!o. apesar de abreviada,
análi'it dr algun s ~ ílldicrs ou parâmrum .b iod í máfi~, vulgarmen te das un idade s geológicas aü c rantes.
aplicados. podem aj udar a den rndar os mallze1 cnm éucos mais nÍlid01 No essenc ial. e eq uipara ndo ao que se passa na sub-zo na
nr Sle npaço poucoamp lo do Irmtório nacional. se tentr io nal da Baci a Lu sita nian a. pode di zer -sr qu e as roch as
O Que se sa lienla mais. r na sequência do que havia co ncl ufdo já sedtmenu res aflora ntes pc n encem a dois grandes tipos: ~
S. Daveau (1980). é o con tras te interior-litoral, mais do que o none-sut. (4 3 a 45%) e ~ (49 a 55% ) 10 (A. F. SOARES ti /lI., 19S6b). As
No mtenor sJo mai s vlnc:Kla.sali carcctertsucas rérrmc as sazonais, mas prime iras dom i n a~ gra ndeme nte no J ur~ ss ~c o e as sr ~undas.
que podem ~r compensadas, em pane . pela maior precipil3Ç30 méd ia. salvaguardado o Tri ásico. domin am no C rel4clco e Cenc zéico. As
qLlando 'I(' pensa em ICl1TJ05 de penados favoráve is para a vegereção. primei ras são mais estrutu rante s do ~ Ievo. surgindo .co m frequê ncia
O litoral seooc termicamente mais favorãvel, pode ser atraiçoado sa lien tes. enq uanto as seg undas cons tituem rele vos maIs subordinados,
pelas mais baixoU pretlp!laÇôes e pelo long o penado seco de Verão que ou então s10 colma rames do relevo salie nte.
dlrteJlrnrnlC serl. compensadopelos frequentes nevoeiros de edvecçâo,
nc5s:1 esuçJo .
2.2.1 - Os mau na iJ do J urá u ico
É possi.vel que a ~Ii.a pou.a interferir com algum signi .
Iicado.u indlvlduilil..1ÇlIode certas suhárcas. quanto à temperaturae à A unidade mais antiga corresponde 1Ls ~ I a~as d r Da~n1a
~ i p~UÇIo. Ser.t o caso da Sem da Boa Viagem que. com a sua arríbuldas ao Hetangia nc . C{)fII poss; bilidôldrs de se lerem deposll:ldo .
dl5~lçk> envolvente ii foz do Mandrgo. cri.a aqui condiçOCseesocti- ainda no Triis ico supe rior IR. ROCHA ee al., 1981). de que surge um
m.1fICali própriasdas áreas soalheins. mas suje ita. com ff('(juênci.a• .aser
pequ ~no aflorame nto as~inalado junt o a f.rclfL na Folha 19--C. dôlCarta
fU~l1gad.a por venlOS.desagradiveis do qu.1drante ~one. como se verã Geo lóg ica de Portugal. Estas marg». que con têm imporuTlres camadas
~lanle. Talvez por mo. a csuçlo de Sam do Monde go é carac te-
n~ quase sempre, pela maiOl" ICrmicidade e maior secura nos
índ iCes biochm áu cos ensai ados .
Se se excepeuar esta "serra", que me smo ass im mal ullrap aua 05
250 m dr a1tllu~. o res te da área de est udo pou co seni afectado pelos
3Cldt nlCS.topogra licos. atendc:ndo ao fraco de sen vol vime nlo do relevo .
IsIO pcnmle . ~r facl lmenlc aflngida ~13S ma.~sas de ar oceânicas. EsUl
abcnura 1Ls mfluências oceânicas terá maio r repcrcu 1são nos pe ríodo s
de gesso. esllo aqui as.sociadas .. estrulllf'l, anúdinal diapírica (1) de
Ereira. cabelU ptaúca.menle na lolalidade pelas aluviões do rio
Mondego. MaU • Sul. n.aesU\ltunl diapfrica de Soure, tem fone
e,;prns1O·
e..-o .. ""......
J ~l Ê_<:j~
Esta formaçl o parece ser o eq uivalent e marinho de depósilO!i
~~í
continenlaisque. ee ueunro. a Orie nte e na base dos relevosdo M ~ iço
Mug inJ.! de Coimbra. se dese nvolviam , por de rra mes torre nciais , 3
custa de cond ições relisúsica.~ (A. F. SOARES ('I ai.. 1992) - :L~ Al't'i a_~
~i\il ,!-~y i
\'e rm~Jh llS do I ngol~ (Fig. 81.
A.s Areia... de Arazed.. aflOf"llm em lomo de Oure mã. onde têm
larga expre ssão. assim como em alongada e oe scomrne a mancha em
direcç ão 3. Pcrr unhos e entre Pena c Andorinha. onde preen chem um
profundo carso. desenvolvido nos calcários de Ançâ Is. 1.). ~l ai s 3. ,i I' , i ) .
~I I .
Ocidente distribuem-se por virias manchas que suportam e envolvem
- ,
J " 1
Arazede, alongando-se em es treita faixa para Sul até Pano Lusio (Fig.
7J. Talvez se pudessem. ainda. incluir os pequenos afloramentos do ..
!
Farol Novo (DeplisilOde praia do Farol - A. C. ALMEIDA. 1991) e do
cimo da cos teira de Salmanha-Lares. caso não fosse problemáticaa sua
equivalência com aquelas areias (A. F. SOARES et ai.. 1992). A colas
ligeiramente mais baixas (51).70 m) e sobre a mesma plarafcrma.
surgem <ISA rtla.~ de Canlanhede (B. P. BARBOSA el a f.• 1988. pp. 2.$- ! l<
VI,
•1 !
' !
! I
j"l ·
dum pequeno golfo aberto pelo "Triângulo da BO\Jça" c,
I ! !
eventualmente, entre o anticlinal de Verridee a Sem da Boa Viagem _ j ,
Albada..s. sendoesta. nestecaso. uma simples ilha (idem., jbid~m) .
Após recuo marinho. dar-se-ta nova transgressão. pcssivelmeme
j i! ! a
f! ., !l! .. ' ,d •j
já tirreniana e correspondente ao tnrergtacíãrío Riss-Wünn. de que
re ~ta o Depósito de ~Iunlnhd ra. com raros afloramentos a mero
gulharem para Norte ( id~rn. íbidem í. Com estes depósitos praiais,
con~ tlIu fdos por calhaus rolados e areias grosseiras a muito grosseiras. ! 1
! ·
perecem relacionar-se os Depisi tO!i de Tent úgal - Gabrielos (Fig. 8).
cobe~o ve ~etal natural nas suas OOc:ias. de que um doscasosmais
"
os ~JTaÇos mais bailOS do Mondego e os Dep6<iitO'lde Ylla verd e (A . paradlgmi llcos é o do plaino aluvial do Mondego (A. F. MARTINS.
F. SOARES et al., 1992). també m l1uvi:ais, em bora testemunhos de 19.tO)'.A mesma acção humana leria contribuído para novas in...asões
maior proximidade da í in. O Iitor:tl contemporâneo não estaria muito
de areia transponada pelo vento e a criação dum extenso campo de
longe do actual, flectindo. tal vez, um pouco para o ime rior, a Na ne da
dunas (A. C . A LMEJOA, 1991) que caracteriza uma faixa litoral de
Sem. da Boa Viagem, com provável aproxtmaçêc cn das lagoas de alguns quil ómetros de largura (Fig. 7).
Quiaios - Tocha.
A "crise" dil'l'Útica que se seguiu. correspondente ao w ürm. pelas
condições rexisw icas cri.1d:L\, veio permitir um profundo entalhe dos 2.2.3 - Estrutura g~o lôgica
rios, uma ínrensa t .. oluçJo das vertentes e uma ecüeaç ão que
determinaram grande pane da fisionomia. actual desta regido. O A ãrea em estudo é afectada fundament3.l mentt por três grandes
Mondego encaixcu-se no seu vale, gt'3Ças ao afastamento do mar para alinhamentos estruturais: o NW-SE. o l'oiE-SW e o N-S (Carta Geoló-
ocídenre. deu ando os depósitos de 'Iennlgal e Gabrielos. e seus gica de Portugal. folha n.o 19-A).
equivalentes. pendurados nas suas margens. No extremo ocidental da O alinhamento NW-SE é. no essencial. Iracrurame e destacam-se
Serra da Boa Viagem. 05 Conglomerud cs do Cabo :\londego. as falhas que, estando">-no prolõngamento do graben de Annnede , se
seguidos por areias eólicas c pelos Depósitos verm elhos do Ca bo dirigem para Nane da POCariÇ3 e chegam II afectar II cobertura
~ I olldq:o (A. F. SOARES ri al.• 199 1 e 1992). iam colmatando a :lfItiga pliocénica a Sul da Cordmhã (B. P. BARBOSAet ai., op.cu., p. 29). São
arriba. deixada pelo mar na ~ua retirada para Ocidente. Os primeiros. elas que cortam os calcários de Allf ã (5. 1.). embora não decorram daí
compostos por onoconglomerados e peracongtcmerados calcários. manifestações morfológicas visíveis.
estariam mais con finados 3 imediata proximidade das vertentes Direcção semelhante apresenta a falha que limita a Nortea Serra
abruptas, enquanto os úlu mos , petít o-conglo meré tícos e areno-pelíticos. da Boa Viagem - Alha das . Pelo menos próximode Quiaios é um.l falha
teriam uma difusão mais alargada. para Ocldenre. à custa de menor inversa a mergulhar. --;m regra. para Sul. ou f. subverncal (I . M.
declive e de condiçõe s climáticas mais húmidas do que os primeiros. CABRAL. 1993. p. 224). permitindo que o Lias sobreponha parcial-
Processo semelhante se verificava para Oriente. onde as vertentes mente unidades mais recentes. mesmo quaternárias (Fig. 9·A). A
do baixo vale do Mondego iam sendo colmatadas por um depósito subida do bloco meridional através de sta falha. eventualmente em
colu...ial, por vezes grosseiro. que está bem representado na margem movimento basculante, terá. porventura. conrribufdc para alguma da
Nane e que foi denominado por Are ias ve rm eüias de Zoupar ria (A. inclinação das unidades líticas daquela Sem. em atitude monoclinal
F.SoARES ~t DL. 19863 e 1989 ) (Fi g. 8). para o quadrante Sul. O infcio dos movimentos tectóniC?' que
Entre tanto , pane das plataformas litorais previamente construídas afectaram os materiais componente!'> da Serra da Boa \ 13 ge~
eram invadidas por extensos mantos de areia transportada pelo vento , manifestaram-se desde o Jurássico superior. com "l...J adelUmescfl1C1a
- as Arti as da Gâ ndara de G. S. CARVALHO(1964 ; A. F. SOARfS~t \ térmica. devida à migração para Oeste do rift I...1.o qoe provocou a
".1.• 1992) - aproveitando a eventual fraca cobertura vegetal, pelas compressão das séries depositadas anteriormente (A. RIBEI RO et ai.•
n goros~ con.diçOes climáticas existentes ao tempo. Posteriormente, 1979, p. 9 1) e prolongaram-se até ao Quaternário. já que as areias do
estas areias VIrão a ser retomadas por processos hídricos. sendo então "nível de Quiaios' (Q2. na Folha 19-A. da Cana Geológica de
Portugal) são parcialmente sobrepostaS pelas "Camadas .dt ~ale de
~~~;~.i~~~~~i~a~~1e~:~~~~~e~:eR:~~gf:oa~; ~~~: I Fontes" (B. BARBOSA et al.; 1988). ~ possível ~ue ~ o mla o tenha
como por exem plo sobre os terraços de Tentúgal, onde constituem as I estado presente a acção do diapinsmo. aq U.I Mo . aflon:nte (A . C.
chamadas Areias de Tenlúgol (A. F. SOARES, 1966). AlMEIDA et ai.. 1990. p. 31) e que ajudaria a explicar a lO\ enio de
Com a chegada do Holocénico e da correspondente subida do polaridade estratigrãfica no Cretácico inferior de C~ do Grelo.
n ível do mar, os fundos dos vales. inicialmente transformados em rias. Pincho e Bica (8 . P. BARBOSA" a í., ap. CIl. • p: 30). Aliás.,segundo
Rogério ROCHA~' ai. ( 1 9~1 ) ~~ ao longo desta dlf'eCç~.IN\\ -SEI que
~oram sendo progressivamente colmatados por sedimentos. em especial .
Já no período histórico pela acção humana de desbravamento do \ se inserem as estruturas dlllplricas que afectama região (p. lOS).
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Tocha. a emergirem das areias eõncss, e de que §( deMxam o<>doi
Olhos da .Fcr'icnça.por ai conterem uma tfts.urg~ncia importante .
A direcç ão N-S está re presen tada nesla Me3 fundamcnla\Tne'Dle
pela .f;ilba dQ bordooe jdC'O!a\ da Sçrrn de M ODlemm , co rrespondente
ao t u a Anmca - Montemor-o-velho (A. F. SOARES t / lll.• 19811).
que faz. levanur esta SeTTi1:1. de modu que ela. um pouco como i1
da Boa Viagem, corresponde a M{...l um antic!ina! com núcleo jurâs-
sicc falhado a Oc ídeme e repu aade " (A. F. SOARES. 1966. p. 313).
Também aqui parece estar implic3da a acção do diapirismo (idt m
ibidt m, p. 314).
Esta falha e a de Quiaios convergem para Sul. no ~
EI.tiüI, definindo um grabeu aberto para Norte. comummente
designado por '1'03,0&\110 da Bouça" (A. E SOARES er aLo 1986a).
Uma OUIn. direcção estrutural provhel é a de W-E, ou mail
precisamente de w SW.E.....E. representada pela possível falha do vale
do Mondego (B. P. BARBOSA ti ai.• op. ci/.• p. 30). Com ela estaria
associada uma Ilexuração para Sul da margem Norte. acentuada entre
a co nstru ção dos dois níveis de terraço do Baixe Mondego (A. E
SOARES et ai., 1986a) e que elp lic:uia as diferenças de cota. entre as
duas margens, dos níveis do terraço fluvial mais antigo.o facto da rede
hidrográfica ser es.sc:ncialmcnle esquerda e. com alguma probab-
ilidade. a inclinaç30 para SE da linha de cumcad3 da Sem! de Boa
Viagem -Alhadas.
Também a falha provável da oh"de Varziela. que pareceafectar
por desligameOlo direito o eíxc do anticlinal de Tocha -: Mogofores
(B. P. BARBOSA I!t aI.. 1988), se diSpõe segundo aqueladirecção.
•• inferior. a r.opogr.úia t mais apL1nada.. ape sar do s ubs trato rochoso ser
rom~(O, no c:ss.enc i.al. por amas eó licas e bidro-eõlicas , imercaladas
por algumas mancha s, igualmcnlc aplanadas, de Arenitos
Contlo fflu dricos de Qldndas e por Artnitos t Argilas de \1so (B_ P.
da Serra da Boa Viage m. que escoa d ifecUrnente para o mar. que
apresentam uma dre nagem co m ICndê ncia pan. o tipo paralt/o (W. D.
TH OR....SURY. 1%9). O b clO de serem flancos grosso modo rectilí neos.
de fraca e xte ndo e de es tarem de acordo com a estru tura geológica.
BARBOSA. et al., 1988). Ainda s..iovisfveis esboços de a ruigas dunas e fa vorec em a instalaç ão de CUrMlS de 3gua co m a mesma direcção.
j:l h:l o erxai xe de algumas linha s de água . a dese nhare m vales de ponanro. pceatelos emre st.
vertente s cce mucdas , mas a IIOIadommante é a pl anu ra - es ta mos na Sobr e as unidades calcárias a drenag em rarefaz -se e adqu ire um
Gândar3. As are ias. de pou ca espe ss ura. ape nas co brira m anl iga.~ pad rão ii te nde r pa ra o o rlogOllUlo u rt clGtlgu lur (utrm: ibidtm ). Isso é
plat afor mas que o mar rasgo u nas s uas s ubidas ao lo ngo d o mclhor vis lvd no ci mo da Serra da Boa Viagem - Alhadas (Fig. I I.
Quaternário. em especial a P1il.!aform a de G ma n hr de - Mira (G. S. caix a 3). o nde a d isposiç ão monocli nal das formaçoo jur3ssicas. com
CAR"AUlO.I9(4 ). alternância de term os mais resistente s e menos reSlslCntcs. onenlou os
Este ~ um traç o geral do co nj unto oe formas q ue e nvo lve m e cursos de água. 0\1 pe lo me DO!'i os seu s vales. já que em muitos casos.se
enq uadr.lm a área de estudo. Como já fo i re feri d o. elas tradu ze m uma traia de vales sec os o nde h.i muit o não corre .igua li. superfk: ie (vUh
e voltJÇio recente. a partir du ma supe rfíci e geral marinha plioc énica que C ap . 3 ). Também sobre as unidades liásicas deMa Serra o ~ ~ do
vin a a se r d isse cada pe la inserçio da red e hid ro gr áfic a ou me smo tipo. O escoamento pnnclpal faz-se para N.ooe. mas a estrutur:'
simples menlC des trul d.t por tran sgre ssõe s marinhas ma is rece ntes. a geol ôgjca de see ...c tve-se E- W, com altem.i.ncla ~ tennas ,mau
cria,rem nov as superffc ies. a alliludçs inferiores. A Sua colm naçâ o por ca lcários e de termos mais margosos com reslsl~nclas di ferenciadas.
sedimentos derríucos, veio permmr q ue a rede hidrográfica. lo go de obri ga li. co rresponde nte adaptaçãc da d renage m e. portan to. à sua
segu ida instalada, não respondesse de imed iato 3 es trutura geo lóg ica disposiç ão frequ ente e m âng ulos rectos.
marc ada nas formaçõe s s ubjace ntes. no meadam en te 0 5 alinhame ntos
tecrémcos . que pouco viri a a interfe rir no seu dese nho. No e nta nto. esse
su~st~lo é rapidamente alcançado e a parur daf a s ua co mpos ição m ica
val ditar ~ suas le ís no padrão de drenagem futuro .
i
I·,
i ..
Sobre o Planalto d~ Ou1l/ não ~ nüido esse padrão. sal.. . o
"
ponlualmenle. 1..1I.... ez pel.o fraco pendo r ~as ca madas. ou pela
importanle coeertura del1Íuca dos cakános. No entanto, o arco largo.
CÓllC.lVO pan Sul. dos princip.1i C\If50S drenames d~s le plana llo - a
Rilr' de Anç:l e o seu aJ1uenle Rlb~ do Ol ho da Gu>ta - eSlão em
simpatia com o sinchnal de Andorinha. O mesm,? afasl.:lrnenlo ao
padr50 ortogonal apn:senlA a ~m de ~I on lemor. Já que. apesar de
consliluídJ. por rochas euenci31menle calco-margosas e co m
disposiçJo monoclin.1J.a sua {oml.1esueua e alo ngada apenas perrmnu
o de5cn\'oIvimcnIOde uma drenagem Iendencia lmenl,e paralela .
A rede tofNI·S(' p.utlcularmenle rala sobre as unidad es geológicas
mais recentes, ou seja na Gind.lr.l e nas dunas lilorai~. ......
~
..-
caso. a uplicar e» tipos de solos el i i(en~es. A g~ dlfu~o do
pinhal. ","mo em áTell5 onde ocrrora dominavam esptcle;; folhcsas,
vem al~r3r a constHuiç30 pnmãna do solo. qualquer que SoeJa o npo de
rocha; sob ele e» sole» tendem 3 ser mais evoluídos. A pri.lica da ~'. ,=-
agriculrul'lll rem.por sua vez, um papel perturbador da c~ mad.a s u~ rior d .......... podmI lDI!al
" , . SoIoo"""" -"'''1 1<.._
do solo, ou de todo o solo se ele for pouco espesso e erra 35 condições
~"::""-6<0""""
par3 a sua mais fácil er0s50:
Pelo peso que as sociedades humanas têm tido, ao longo dos :=:'--ón__
W ·s.- .... 'r . -l
tempos pré-lúslóricos e bisréncos, nesta região (R. VIl....ÇA, 1988),
podemos afinnar que só muito pontualmente será possrvet encontrar
sole» quecccespcodamao pedoclímax, Iodos sofreram uma maior ou
--..-
cr•. ioklOcaI<.kIoo<lo(tllpna.d<
cr.. ·w........ .. _ .....
menor pertllrbaç Jo .
Na CillJ3-Edx rq dcnSo!m de PonuGjl!, ada ptada da "Carta dos
Solos de Portugal (representação preliminar). 1949", do Departamento
de SokJs da E.sução AgronómicaNxional. J. T. Teles GRILO. em 1953.
constrói um esboço canogr.1fico dos principais solos do nosso país.
~gundo umad a»ifi caç30que v iria mais tarde a ser seguida.cm grande
V••
- ioklO _l _ llo'<4>o.~.
Jc . Fl·"IO<>Ioo*"","",_,ados~
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lt: . SoIo-:Itw ~
AuviU<»os caIdríos. Têm capac id.ule de uso agrícola, como era d e A restan te área , corres pondent e b formações recente s, arenosas ,
esperar, de v:irias origens, o u gTeSOSU, no eM.e ocial cenc aôicas, tanto a Norte
A Semi da Boa Vi3.geme o seu pro long:amento ~ 3.margern Su l como a Su l do plaino aluvial do Mo ndego, cor aém solos ~,
do !o.fonde go, o antidinal de vemoe. wim como as m:anch:as calco- associados a C. mbi$wl9'I dbt riçº, a Norte e a Camhj$'\Q'm êlJlrign. a
mUJosa.ti I Sul d e Clnl.1nhede e (k~le d:a M e.1lh:ad.1 co ntem Sul. Quando as areias sAnmais perme ávei s, arei a., eó licas por exempl o,
Om"'i,.nlm dJcjgn. solos e\oluidos mas 1 custa, fund:amentalmente. esses podzéis ap rese ntam sunai pa ao ervet do hori zont e B. O pH ~
d.1 meteeriLaç50 da rocha-mSe (f AQ. UN ESC O, 191.&) que nesle caso mu ito ácido e a ca pacidade de uso ~ agríco la nas 1reu mai s bai:U1.$ e
~ caJco.m:argos.t e lTWJOS3. O seu pH ~ moderadameme :alcalino (1A- t10resLaI n» topograficamente salientes.
·8,5 ). A c:apa";d:ade de uso é , no eMeociaJ, agrícola (vi nha. em
patticul:ar). embota IlOpOgrafil mais ac idenL1d:alhe baixe a capacid:ade
panllgricoI'l condicionada. m:ais nornul, ou mesmo só noresl:a l (SerT:a 2 .~.2 - H-gt tar ão
di. BoiI Vi:lgem. por exemplo).
Num3- manctu cmnpondente aos calcirios de Ançl _ Ouul. Desce hj m uito q ue a cobert ura \'ege tal natur.l1 desapareceu desta
usim como I Su l de Condeixa - Soure, onde os calcários tam bé m s30 região. A amenidade cl im3tica. a rique za de al guns dos seus solos e a
mais puros, ocomm Lu ri SOjo !ns "?"nçr6mj ç Q 5 dlcjco<;. o u seja. so los ex istê ncia de sftics de fácil def esa e re sguar do, tomou-a uma área
evolufdos com horizonte 8 argl1lco 1'0 e de cor rósea. everme jhada apet ecida pe lo home m desde sempre IR. VILAÇA, 1988 ), em especial a
(f AQ. UNESCO , 19 74 ); esta cor averm elha da é, po r no rma, herd ada , parur do momento em que se sede nlari~ e se:ocu ~ do amanho da
porexemplo d.u arg ilas de descarbc nateçâc (J. PoUQUET, 1966, p. 2 18; te rra. O aum en to da popu lação e a inevitável necessidade de cada ve z
D. SOLT:\"EJl.. 1987, p. 1.&5). O pH é, no g era l, neut ro (6.6 -7,3) , embora maio r á rea agrícola paro alim entar esse c rescente nú~ero de bocas ,
tam bém possa ser moderada me n te alcalino (7 ,4-8,5). A capaci dad e de tra duzi u-se na redução da vegetaçêo "b ravia", na maio ria dos casos
uso depend e bastante d a topografia e pode ser agríc o la nas á rea s mai s uma üoresra.
aplanadas e üorestat nas mais ac ide nta das. Praticame nte toda a vegetação acrualmeme existente foi e está
As manc has crenüícas correspondentes li fachada Sul da Serra da co nd ici o nad a pela ac tiv idade an tropogénica. Mas, há sempre alguns
8 0 1 Viagem e 1 que se:est end e para o rie nte de M ontemor-o- Velho , 3- po nto s qu e, por inacessib ilidad e ou por resgu~ intencio nal, vão
Norte dos "Campos do !o.fon d e go" , co mpreendem ~ mantendo o u permi lin~o a regen eração d as espéci es melhor adaptadas
~, com .pH moderadamente áci do (5,6-6 .5) e com ca pacid ade de 1Ls condiçõe s am bie n tais regi o nais . A ~náh~ desus peque nas manchas ,
uso meoruanamente agrícola, podendo alternar com florestal, se a ass im co mo de lodo o co rtejo üorístico que ac~mpanha espontane~
lopo gr.úi a se mov imenta um pouco mai s. mente as plantações feitas pe lo homem, em conjunto com o. conoect -
Uma faixa a None da Sem .da Boa vbgem e qu e corresponde memo da s o utr as componen tes ambien lai s, . têm pcrm~lIdo ao s
grossontOtÚJ ao campo de dunas htoral, co nté m Reg os <.glps díHri co $, bctâmcos, fítossoci ôlogos e biogeógrafos dedUZir a vegtUÇaO natural
ou KJa. 5OIos não e vo luídos sobre materiais nlio con solidados e com das vãn as regiões e áreas mais reslriw. . II
co mple xo adsorvente bastante dessaruradc (FA Q- UN ES C O, 197.&). O Te m h3.vido quase um consenso na Conslderaç3? do !o. londcg~
seu p~ é apresenlado como muito " ido· e a capacidade de uso é co mo limite fitogeográfico. entre um None maJ,s. oco em cspéc~es
e xclusivamente Iloressal. própriasda Europa Ocidental e C entral e um Sul maJ,Snco em espécies
A Sul do .II.londe go também s urge uma estreita faiu litoral onde
os podzó is K associam com RcgQ5W1ps t Ulrioos , nas duna s mai s medit;~:e~5posiÇão do séc . XIX parao XX. Jules D~VEAU ( 1891.
rece ntes e onde:a capacidade de uso E ex clusivamen te Ilorestal. 1902. 1904 -05) en te nd i:l que o vale do Mo nde So fUOC10ll:1V ' como
lim ile entre "sectores" ou "secções" da \egetólç1o portUguesa. tamc
••,
C'5pécies du CO$U$ oone-&IÜlllKU .IoObre oU IbtnC.u" eroqlHltl lO no IoCria. com u cluslo dos allorllrne:nlos cakáriO\. fllndamenulrne:nle
sector a Sul. no untltl htoeal, se venficane um acréscimo das espécies ocupada por matos de dua~ alial"lÇas de frulicosas atlfmticas _ Ulicioll
JtlJnljro-mNj~tr4l"1l'.n. meduerdnc.u. ibéricas c end émicas. nanac e Eríc ían um~llatat .
S oU plankin c colmas, e.te AIII()fCQfbióeI1lVR li Norte do vale do ~tes ma tos e rne:$ffiO algUM doi c:In'a\hJ.is ainda eJ;islentn.
M
.\ fondego o domínio de dü&~ -auoc~ 110resui s - a do pinheiro viriam 3 !IotT sutKtltllidos por matai de pinheiro bn ...o ( Pimu pillOJltr
t IJWÍllmo c ii do aoalno roblc - que §d'iam óICOmpanhadu por AitOfl). em e$peçi31 scere 1em:1lOS $i lic~ que peerereu. nu~ irei
t ~p6:íeI do centro Ja Europa. a1gum.u ibériça~ c endémicas . Para Sul que. ultra pa)sa parti Sul. a corres pc nõeme li da QlU'lTioll rxc:idtll lalt_
I e alé ao Tejo, donllll3ri3m eés h.1 'I....c ciações l1oreslai s" - ainda a do o pinhe iro i menos engeme em humidade do que o carvalho alvarinbo.
I pinheiro m.mulDO.a do car'o'.tJbo porIlIgu6 e a da oliveira. O canalho Para Sul do Mondego e ali (K) Tejo. acrescentado . pela nWoria
ponllJllh w:ria ,) espkic arbón:a upsca das mas cakârias, entre '" dos ac tores, da faiu calcâria a Norte deste rio. dominaria a mata de
I lIornw de plIIheirw do lilUr.lJc as monWlhaJ do inferior (jd,,". 1904- carv31hos ponu gueses IQl.tt1T1oLS fagirtta Lam.I, em especialloObte 05
I -05). AWn.1I.... também. a u ir.teDC"ia de -g arrigucs" dominadas pelo calcários, C;:lf3CleriUlda pcl3 sua folhagem marcesceme e pela gnnde
I Qu..rrw coccifera L e pelo QlIn "Cw IUJilOniCll Lam., t\te sobre riq ueza do suo-bosque. onde i fr«j uenle . a mi ~tu ~ de es~cln
le~ sil iciosos (id..rn. J90 21. mediterr âneas, em ma ior grau. com médie-europeias, lbéncas e
Os i1UlOfeS quc se 5ot'glliram pooc.u modificações introduziram endémicas. Corresponde II :woc iôIÇ30 ~riJ(l"lo-Ql.ttrc:tlllm fag~~ .
n;L<i gnndc:s linhas uaça.n,.por ate cnUDenlC boó.nico france,,; as SU;b da aliança Qutrc:ioll f Clgint ot d omin ante no Ponuga\ mb110 e
ideiõlt·twe vinlatam atI! hoje. meridional (J. BRAt,lN-8 u NQUE! t I aI.• 1956). A InnhelT3.
Emregra. foi-se cons iderando q ue a Norte do M ondego. no andar eve ntualme nte mais frequente "nas cumeadas do Jurãssico" (A.
basal e em especia l sobre rocha não calcãria .~. er3 o domín io da.\ Taborda de: MORAIS. 1940. p. 132) e o sobreiro. este sobre ~n:1lOS
ároon:s de follu Cilduc:l. predominanrememe QUt' ITUJ rob ur L . de spro vidos de carbo natos. esscctam-se llquela .espécie pnnclpal.
constItUindo aquilo que H. LAun:."' SACH (I987) de nominna por Ali.h . este Autor põe: mesmo a hip61ese de -na falu htonl. entre..~
Q~lTrTunl i!obum e que: por de~radaçâo human a teria dado lugar. em paralelos de Ovar e de: Peniche. entre as.dun.:l§e as serrascaldrias •
mun os locaís• .ii matos I'tmaragais" segundo o auron de UQCS. tojo e o sobreiro. pela sua frequência nos pinh ais ~ pelos .cJ.r.lc~e~s que
feto comum . aprese nta. pode r ter sido a espécie arbórea dominant e (Idt"! IbIJtm'/~~
Filossociolo! K:amente seria o domínio da aliança QUUci Ofl 120). Uma espécie frequen~ no sub-~ue. o ~mbu)t~:ial! e.
occ idemat e, Ca.rx len zadJ por árvo res de folha cad uc a m écio- turopatCiL. var,n-IvtJtris ( ~hller) Le hr ), vm3 3 ser dome<d-
°
europeias. onde pootlficaria QUt'ITU-I rob ll r L (l. BRAON-B u NQUET ocupai". pel a m~ humana. grande rane do . ~paço daquelama:
nalUral, co nstituindo actualmc:n le ulensos oh...als, ~ d~radaç ~ .
t I (lI.• 1956). mas onde surgiam co m frcq ué ncia csptties sem pre
verde s. med uemineilS ou óltlântic o-m edi lerrân eas. no sub-bosq ue. ou
atl! no e~trato arbóreo - C:lSO do sobreiro O. O OVIG:-lEAlIO. 196 2) -
=:s:;~i~~O:;C:~~~~~a~re~h~:=~:~;~rrl;~~~~
atestando que as características medi terrâneas do clima aind:r se Ql.tttt"1oLS cocei/tra L.. se a regressão i maior ou o melO i m:ns ~
\·erific:am llC$U pane húmida do pais. Na!. áreas mais degradadas. o~
matos da c:la~sc COflUflO·Uliult'o. nomead:rm enle uma das suas
(J. B"':I~t~-:e~~i~~ :;~ih;~~:~~~ 1/2J: ~l. A~Bt,lQVERQI;E. n3 s~
associ ações Ulicio-Eriulum UlIl1Hlwlat O. 8RAUN-B LANQUET t I ai.•
C:rrtaEco lógica de pon ugal (1954). quando co nsidera que a separaç
196-1). n50 deitam esquecer a ocidez geral dos so los aqui dominantes.
~ u.ma cena agress ividade do cli ma. em especi al no seu penodo
maIs cnllco. o Veoo . co m pe lo menos do is meses de eslio. F. BEllOT
.. ..~
enee os domí nios a[J!ntiCO e mcdi \eminco se fu JI:Or uma faixa de cunha mais para No rte, atI! !loreferi da laguna. quando no interior ela \l:
trVIsiçio (de "litipO M). onde hIo um cel10 ~ull lbrio .e nlre as d uas fica pela vertente Sul da Cordi lheira Centra l. A eSla grande divi'Slo
npkjes que .aqu1.sJo idcnllficadas com os dois domíniOS: o pinhe iro baseada fulllhmenulmc: nle em partmc~ clim~licos. sobrepõe-s.c
bravo e o umbuJt1ro. ~~UJnen\e . O seu limIte Norte lnlUria urm !Wblhvi~ em wnu. pondo a iónica sobre a topOgrarta e a
]UnlO do ~ondcJO, ma.~ inc l uiria a -Sem doe Buarcos" e a Bai rDda altitude. A noUI irelo de C\ludo está. entlo . incluída denlro da zona
(es lend ida até MOIIte mo r-o- \' elho !) e o lim ite Sul préximo de Cc:ntroocidc:n lal que. por sua vet.. ~ dividida. em função do substrato
Alcobaça . sendo elcluídos 0$ maciços calcários a Sul de Coi mbra. q ue roc hoso . em ce ntro ccíõe nta t areno'lOe centro ccidema l calcário . Mais
fariam pane do domJnio mcdil~neo. No essenci al esta tta nsiçAo seria uma vez li d icoto mia roc has quanz osas - ru has calcárias a vir
dcfiNda pe la Zona Firoebmática MA · A ~t. ou seja ~fcdllc:rrtneo dete rmi nar a diSlribuiçio da. ve~laÇio nesta pane do pais. Cada uma
_ad ln tica - A[Jante-medilCtT!nea.. onde podem coabilar elp6:ies desta áreas fitogeogrificas ccetém um ~rminado numero de espêcj es
.arbdteas comoo C3n'.1lho I h-arinho. o cat\'llho ponuguês. o sobreiro. q ue lhe s~ caracte ristic;u e que: pode m ser ~mic;u 011 não. Assim.
o caWlnhciro e o pinheiro manso . para 311!mdas du as jil. referida s. po r exe mplo , par i o Centro ocidental are noso. o autor apresenta co mo
~ 01 C:ilC3riOl da Serra da Boa Viagem . inc luída já na ZOn3 típicas Eqai setum palustre L . Saiu n'JN1U L.. Hydrocorylc bonariclIJu
FiloclimátiCllA.\ t (A tlan le· mcd itenineal. o A utor retira-lhe o COlO alho Com m. u um.• al ém de OIItr.1S ; para o Centro ocidenu l calcário as
;sJv";nho JS• espécie) r~"1U spil10sa L » p. ins irizioidt J (Fic. & COI111nno l Franco.
OutrOS autotn. ba'ioeaOOs de igu31 modo e m dados el~ncialmente Geníua roumc! ort ij Spac:h. Sparriwn j UJ1UUIfI L . Uln dCIIJU$ Wc:bb.
floríuicos e biochmáticos. para além douuos elementos e m q ue se Euphorbia nk acc nsi s Ali. e muitas outraS.
puder.un apoiar. como os fisiogrâficos. ed âficc s. e tc.• c hegaram, no
entamc, a uma divi~o fito gco gr.l.fica algo dis tir na dos an teri ore s Fitogeo gra.fica mente pode mos concluir q ue a área de e SI~ está
.:lUtofn. no respeitan te a esta ãrea lilOf:l.ldo país . ins.erida numa reg ião o nde se co nfron tam dOI' dc m ínic s de
S . RIVAS-M ARn" EZ (1973). na s ua d ivi~o corológica da caracterisllcas flori slica.-> bas u nte difere mes, mas onde um nIo exdui o
Península lbénca. estefldca re giJo mediterrânea atf à "Ria" de Aveiro, ou tro. antes pe lo co ntrário. há con stantes in1Cl'pCnetr.lÇÕeS de espécies
com a Or;IaocidentaJ a Norte de Leiria a co nstituir o Sec to r co ro lól!ico oro típicas de um . o ra. do o utro, sinal de que as mudanç as eco,lógl cas
Beiren se litora l. d ivisào ma is sele ntrio nal da Provfncia "Luso- não são bru scas . como I! h:lbitu:ll. alias , na Natureza. Os calcãncs e as
Extre mad urense". Estar-se· ia j á sob a influ ência dOI aliança Quu d on are ias dun ares lucrais, pela sua maior secura. perm item O avanço pari!
!agwM. None das espécies mais xerôf ilas, mediterrâneas 011 meditc:rr.1nco-
A MRia" de Aveiro vai serv ir. também, de lirt ute entre as regiões -ati!JlliC3S. Sobre as ou tm roc has gresosas ou argtlosas da Orla. a
S OI'1e e Cen tro do país. na dlVi~o filogeo gr.ifi a en saiada po r J. do ma nutenção de m aior humidade permite ~ proliferaç ão .e domímo das
Am.lfll FRANCO(1973-74). No litoral. a região Centro pro longa -se em es péci es atlân tica s o u mediten"1nco -:ltI5ntlcilS. em espec ial nos eSIf3~os
in feriore s. já que o superior esu, c m regra. ocupad o pelo pinheiro
brav o. espécie disc lfmax M.
- foWat:aboudesupubtQcil..csu Carta&ol6sic:a viria.l.etobjecto de mliC. O bo sq ue de Cilf\'alho porruguês, q.ue cobri ria os terre nos
IQ" pInt' de A.rnonm GtaJ.o U 9s.t ). ~ AUIOfkt um repuo. porucmplo. aollJoO calemos desta região. pode atnda ser visto, em bora um pouco
c~ de índlCelo c c:oe(lÇlC nlet cltmKiool paB I dehmll ';lo n:, iorIaJ óo paíl c degradado. na Mala do perrestelo.j unto de Mon temor -o- V~lho. Ele I!
plI<II:OUJOÓO n:VCIIIIllC1lIOVC,ruI.qllCdeven alC r.de fll: lo.abtie d umac:IIlaq ucloC do minado pelo ca rvatho. tendo alguns exe mplares um porte Imponente
propunli.l ser ccolóJica. Tun bl!m d iOCOl'd.1 de I I,um~ da llOmCoc lAtura wnal c. e po r um o u OUlTO pinheiro bra vo. O sub-bosque. bastante cerrado .
pnncipalmo:~ sub-ft gion&t a~nllda. para altmd.o "'" delimi taçlo . Pnr u cmplo.
c ~ a_"," dew"tC.a Bairrwla t dctJoo:aJa c m de muia 1*1 Sul IM!junlO
deM-.VcIho. QUIIldo a Nont' Jbc t mu:ldo o COllO:lho de Oli~ra doB.m-o
(lIl1in COIlttI lIquc havia lido~ ao;nto por " u ;te de V4JCONCE1.OS ( 1 ~ 2) quc
C(ln1idcn."• • B' I1T1da conwlllfda pe:los CtlrKCIhoI de Olivcira do B.iITO. Anadil c
Mealluda.l1IIi'cun.u6n lldool c:onc:clhosde Agucdlc Canllnhcdcj. T. JvCI OSIinul Cl
,col6g lCOl. um doi c:riIÚÕlllIC'uidoa pelo AUlOf e I.Imbt m erili C:adopor A. Girlo. o
II:nhalc"ado.clcIJo.gr .... lm aquclalub-n:pIo.
L ••
contém os vários estratos preenchidos por grande variedade de
espéc ies, onde se salientam as mediterrâneas~ mednerrâneo-aüânncas,
como. por exemplo. Rhl.lm nus alaternus L , Philf.vrra íanfo lia L ,
Pistac ía lentiscus L, Rosa st",~n'irrns L.. Vinea d if!rJn n ü POUIT.,
Smilax DS{Wra L , Ru.1~ Deultat us L . Ruhia ,wrrgnna L. e tonice ra
etrusca Sanu, a que se juntam Crauu gu.1 monogyn a Jacq. e Laur ljJ
rwbjlis L , por vezes com umanbos consideráveis. o que atesta uma
certa antiguidade da mala. Nas restantes áreas cak anas só raras
manchas de arvoredos de cervalbos ponug ue~s vão aparecendo e
situadas ora cm locas de diffcil acesso ora prõximc de povoaçõe s.
muitas das vezes cm terrenos privados e circunscritos. No primeiro
caso, são em regra formcções em renovação, já que os fogosfrequentes
lhes Impedem 3 e\'oluçlo normal para um esrãdio serial avançado: no
segundocaso, a inle("\'enç30 do homemao moldar a seu gesto o aspecto
das ãrvores e da própria formaçâo no seu conjunto, a descaracteriza e
a hera a sua composição natural.
O coberto vegetal mais frequente sobre estas rochas carbonatadas
~ a de Iormaçôes secundárias, como brenhas. charnecas e por vezes
mares. onde as espécies dominantes são algumas das típicas do sub-
bosque da mala de carvalhos. ou de azinheiras. como o medronheiro, o
carrasco. o pilrueiro e Olennscc. no aso das brenhas. ou ainda alguns
carrascos, subarbustos n odoríferos, como Cistãceas e Labiadas,
juntamente com algumas Ericéceas e bolbosas, nas charnecas e matos.
A acção quase constante do pastoreie e periódica dos fogos faz com
que Osolo suporte. cada vez mais, uma cobertura aberta e baixa e vá
aumentando a sua superfície nua.
Largas extensões são ocupadas pelas culturas (Fig. 16), com
destaque para a da oliveira. mesmo quando o solo é esquelético e a
rocha dura aflora significativamente; se a rocha facilmente alterável
é
" S<iU1n rnos • clusj fj~~ dos cstnlto& de: ~c,cllÇ~ ptDfIOU;I por G.
GaTw..vlo 0%61, cm que o AulDf cons iócn Y1 CnlCO cstr.ItOS: hcrb«co. infm or •
OoSm: ....barbuSli~oOcOOS .I 1m; arbusll ~o, de I a Jm: subart>6rcoou llrborncc: nte. de
3.1 7m; IIbórro, ....pcnor .7rn
a que se ju nta por "'CUS o p inheiro manso. Para Su l daque le rio e muit o co r nemporâneu da formaç!io das duna! que seria sempre facilitada pela
raro aparece r o carvalho alvarinho. ma! as outras uh espécies ga nham suadestruiç!io.
mais importinc:ia rd 3tiva do q~ a Norte . Se a N~e o sub-bosq ue é Para OU~ autores. a fonnac;!o vegetal nollural da.\ du~ litofili\
dominado pelas utze3 e pelo IOjo . ~ Su l ;algumas CIStáct'as . o QULfC'lU seria uma brenha . Pelo menos emre Figue ira da f oz e N~. ~gundo
iusitQll;ca Lam. e arbustos medllcrrineos v êm-se juntar àquelas . J. D U V IGN EA~D (1962). as duna s estanam eobena, por um " muquis"
enriquecendo o cortejo Ilcrtstico. e levad o. uomtnado ~ Io medronheiro. pelo folhado e por uma forma de
Nu utnmas décadas, em muitos destes terre nos têm sido plan- carrasco ( Q UUCIl.f alCei/na L. [ver. (1) lati/alia TrabUlll que podia
lados C'LICal ipf 05 (Euca/yptus g/onu/w labill.). de mais rápido cresci- anngr r 7 m de altura , de ramos alongados e folha!>grande s. 1. BR...UN.
mento do que o pinheiro e que . graças à sua forte procura po r parte dou · BLANQUET rt cll.• 19561 também detectaram a ui'tência ~te
f3bricas de celulose. a labornre m na imed iata proximidade. levou a uma agrupamento Ilcrísncc que incluem na associaçilo Mt li r:t tn·Cocr:i!t .
aul! ntica C'Jtplos1o na proliferaçãodesta espécie . Quer pelas práticas Tt'tllln.I) -carrascet" e m sen tido popular. mas considera m ser uma etap a
cu lturais utilizadas no seu plantio quer pe jo se u pode r co mpe titivo , em evo lutiva da mata de ca rva lhos portugueses. de ta! modo que, se aquela
relaçãoà água ". por exemplo. e pela emissão de substâncias aromãncas vegetação fosse abandonada a si própria. evoluiria p:Lr.l:l mata dima\
vOlálCis perturbadoras do crescimento de mu itas espécies autóctone s e o pinhal desapareceria.
{l . 5. CARVALHO. J993}. o seu sub-bosq ue surge basta nte empobrecido. O s plainos aluviais. pela sua riqueza em á:;u:I. perrnnem um
tanto DO número de espécies como nu grau de cobertura. avanç o de agrupamemos tlore!">tais atlânt icos. caducifólios, para Sul.
A~ du nas literai s, sa lvo a duna prim ária, estão co be rtas po r um através da formaçã o ripfcola da orde m POPUitlf l litl albelt (iii"",.
pin hal. ma is ou menos contínuo, de pinhe iro bravo . co m um sub- ibie/"IfII . Como silo áreas Imens ame nte ocupadas pela agric ultura. esu
bosque de espécies psamófilas mediterrâneas, da al ian ça Coremi on ulbi üoresraencontra-se.em regra. restrita a renques de mores que llM1eiam
(J. BRAL"S· BlA....OCET et ol.• 19(4). onde prepondera m 3. ca mari nheira, o.. cursos de ás ua, embora ulümameme '>C tenham venficado eJ;ten-.a.,
o tojo manso (StaaracanthuJ ge nissoides ( B rot. ) Sa mp. subs p. plantações de "cbo cpos . uma das espécies penc~nt~ a .e\ta mata
$~ctabi/iJ (Webb) ROIhm. ), o loja am a i (U/ex ru ropueus L. ssp. orig ina l '" . Para Norte do Mo ndego parecem .dommar os ammrcs e os
fatt'bra""~a tus (M ariz) ROIh m .) e duas espécies de Halimium. Es ta salgueiros. nos seus campos e pura Sul. dominam o choupo negroe 0'1
dominância de espécies mediterrâneas, mes mo a Norte já em dom ínio freixos . As outras espécies que aco mpanham est,a., árvores são
atlântico. deve-se ao cerãcte r x érico das areias das dunas . fundame nta lmen te seten trionais. havendo poucas mcdile rr.IDeas.
" Tem sido objecto de llCesu pol~m icas. o papel do eucalipto nos CCO$siSlemas
medilCrrtncos,em particular em Portulal . espeC'i rlC~ n le quanto' SWlfone e~ illllC i.
cm 'rua- HJ 1UU:IR1. em fl:gB l ilvicullOfU. a considcfvem que o eucalipto nJo l,uiliu ~pW\gd.u nlo sJo .oriJUW'.x-~mas ~ "
mail ~que as OIluuesslnciu fiofestai~ sóquc a lltiliudc modo maiscrlCU. com
maiorproduuvidallc de biomassa(W. P. lMA. 1992). ~Kimcnlorápido.
••
••
Omardadu~lemhrlIwmlarto_
alwoew- .....sa. ~ Oftdear
CIII
onda.dr"'''_lIIardr~ ....
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FIG. 17 - Dutnbuip) eI~aI cl.u dulWI de QuuiOl.. lU áre;I.allXl!llQ =Ih.,u
(I parur da fOlQlRfil abea..Esc. aproa. 100 OCO, voo de 197'91
elox:llu~60s perf... FICl.1 8 _ Perfis uan....cru. ndl.du... pnrnXla-
(Ver kaliuçklll& lil _ 11).
,I
No extremo mais meridio nal. em frente à Murti nheira, a duna
inicia-se po r um cordão simp les. baixo - 10 m de alt ura _ e esueuc -, Se a elevaçã o do lado do .mar .é sensivel.menle =í::~=
máximo de SO m de largura ( Fig. 18, perfil PI ). O COntac to pond endo 11. crista da duna primaria, a tnteno~. qu . fdl
duna-praia. de forma cô ncava. atinge decli ves máxim os em (orno de enor revela ser mais irregular e de5Con~nu3._ Esta é ~:'::11f
! 34". Para o interior a descida é gradual não havend o, usualmente.
abrupto nítido.
~ma ~uência de lfnguas de areia com dlS~Çlio:~lO ~
ou oblíqua. à praia. arrastadas quando dde l:~:~ a~~. u a
A panir da Praia de Qu iaios. inclusiv e. o perfil transversal da romperem
de fone s vemos mareuo s. C3p~S e.. ";", m a areia
duna passa a ser. quase sempre. compósito, apresentando duas ele va. pro tecção do cobe rto vegeta l na cu sta principal e transportare
ções paralelas com uma ligeira depre ssão interm édia (Fig . 18. perfis
P4 e PS) e aumenta em largura (com frequência 100 m) e em altura
02-1Sm) . ~reil.'l30$ÇOf\uaponladole .ouc:: =":.';,~,~
sobm::ll"1[3 humana junto d.1s po'~s cosle'r.u. ~"omo
(Perf ,I r2)
lO' 10]
<I Se nào fone c consl:mlepiroteio humano. a duna ir-'>t· ill reconsmuíndc pouco
II pouco Inças eo deK'n volvimenlo de pequen u neblul.•. l:onSlruíd;u. pela Am"",phi/D
DI'I"wrUt.011 pelo El.y".us !orr fUJ. e que. por avolum:unenlO. iriam preenchendo o
espaçoem falta .
••
••
• As dunas, pcb orienução ger.lJ das suas cris~ e em relaçlo com ~ernl. pod e conc luir-se haver uma dominância doi ventos de N\\' N
,
I os vemos dominantes nesta região..podem ser classificadas de~. j
aliás. como as denomilÚmos; j;j em trabalho anterior (~ . C . A L\l E1DA,
junta ndo-se, toda via, em termos de eficácia. 05 de S e S~ e.e e~
segundo lugar. um contras te en tre m me5CS de Verão e os de Inverno
1990 ). Esu orientaç~ pR'nde.~ com a 3Cluaçào conjugada, mas não 510 . portanto. ventos eficazes bimcdais (S. FRYBERGER. 1919 P 1"9)'
si mul~ de ventos eücazes que dominam de dois quadrantes quase com a característica adicional de actuarem sazonalmente. .. •
apos lOS(W. S. COOf'ER. 1958. p_ 49 ). Tom ;lllJo como re ferência as Este compo name mo dos ventos (! uma das condições pan a
ROUi AnerJ1l»CÓpicl-' e13borad.u com base nos registos do Posto formação de dunas ob liquas. que apresen tam uma direcção equivalente
Mereorológico da Barr.úAvciro lFig . :!O), talvez o que: melhor se à ~sul~ nte das ~irecções dos dois ventes, aqui de \\1'o"W-ESE graças à
ide núfKjue com 3.S condições existen tes no tem po da <k~v J. danar. po r maior impo rtância dos do quadrant e N. Aliás. uma situação semelhante
esw rnllis exposto :tOS venlos", verifica-se que há dOISrumos bem foi ass ina lada nas dU1Us de 5 . Pedro de Moei (F. REBfl.O & J. ANORt.
nílidos de preferencial actuaç30 do vento nu transporte da areia. 0\ do 1986 . p. 893), tendo estas sofrido um ligeiro avanço para S e pm SE.
qucdrante jew sali~num.sc. pela sua t~ uen~ia e velocidade , no li custa da actu ação pref erente dos ventos do qu~te ':>."W.mantendo.
'lerão. onde esta anege valores médios superiores a 20 km/h. Na n30 obstante. uma ori entaç ão domínarue de WNW·ES E
Primaverae Outono, esses \'c nIOS são aindaos mais frequentes, embora Outr as condiç ões co nsidera das necessárias para se desenvolver
se equ ilibrem em velocidade com OSdo quadrante S W. Já no Inverno. este padr ão de dun as 530 "3 expo sição à plena força dos vcnlOSde
do os deste quadrante que. apesar de se verificar um a ma io r Ver ão e Inverno. um co nveniente fornec imento de nova areia pela praia
equivajência nas freq uências dos vemos dos vários rumos. domin am e es paço parn se estender para o interior. nivelado ou sem declive
cm termos de eficáci a de transporte. pelas sigmflcntivas veloc idades abrupt o" (W . S. COOPERo 0 ['. cit.. p. 57 ). Toda s elas estariam contem-
m(!di a~ regisl:ldas. c hegando a ultrapassar os 25 km/h , No c ômputo pladas. A praia. em situação de evemuet equíub r to". oferece ria. com
boa probab ilidade . uma mai or superf ície arenosa exposta aos ventos:a
inexist ê nci a de vegetação arbó rea e arbustiva, ou pelo menos com
m uito fraco grau de cobertura". da vam azo ao vento a actuar livre-
me nte: e a topografia . se n30 era plan a. apresentaria. qu:mdo muito.
algumas peq uenas rugosidades advíndas d~ dunas mais anti glU que. a
deduzir pel as sobre viventes. n30 ullra~arn 05 10 metros de altura.
sendo para o interior. a actual Gândara, muno nui s_plana.
Outra carac terística destas dunas é de progredirem para o interior
pel a sua e xtremid ade continental. pouc o se mo" e~ lateralmente.
Quan do há suficiente alimen taÇão a p-arur da pr1Ia. pode ~ter
praticamente está vel a sua e :dremi~e !lt.0ra." a1onga.ndo-se S~ll'I
men te parao interior. Oque lhe perrruteaungu eompnmemosslgnlf1Ctl-
uvos. Al gumas das dunas mai s ocide ntais deste ~ de dunas
apresentam cristas ininterruptas com eompnmenro de .~Lde_ ~ tn1
- - Caso não surjambarreiras. avançMão sempre. masse peranteelas
Fil , 20 - Rosu ~ ~1 60 po&to melrofOlót:ico deB arnfA vere se apresentar uma mau. ou flore sta. ob vianxnte que o avanço ~
Fome: Nomw Ct~lóGlt31 de 1931-60.1M.
~e.uios Â"IGEI.0 1I 99 l. JI. lln. de IB1Oa I 9S4' -""" 'aruç&i dl
linha de cosia (enlre o Flll1ldoUro e ,o CabQ MonckJDI nJo fonm Sl .... flQll~u.
.. Si!> ncoI hemos o,pose das Dunas de Mira. ~pesar de ma is próli mo. por se
ac;!w"Dun\l SlD,lôlÇlo maIS mlmor e relallvamc:nleabrigada por "egelll<;to. o que no\o cones~r::~~~:;~::.~I~::Il
·~:S ( I94Q. P.46l&fuma:~
::~;:;:':~r:lt~~~::~~:a:;~~~:R~
refleele.ccn arnenle.ucondiÇ'ÕeS"igenletnOSlempotd ade riva.
Do mesmo modo. o pene d. Fil' da FIlI.tem um enquadramc:rllD IDPDg" fieo
bailiUlledlferenle.al!coouiriD. aodu dllnasde Quiaill5. pour .
t l ils n l.trenl loules lesbroulSAllles pouTl'unhser eornmclm
:lfrouxado de modo sensrvet. Enl.}o "desenvolve-se uma ~
~ (~preci piLalion ridge") (ESl.a~pa l-C ). paralela à pr.:1I1 que se
1TlO\-e mais devagóll par.] lema de~lnllndo a ryoresl:l e aumentando
gr.adu3hllenleem aJUIt',1" ( W.~. COOPER. op. CI/ .. p. 56). FOI precisa-
menleo que se \'eriflCOO a ccícenre do "Iriângulo de: Quiaios" (,A . C.
AlMEIDA.Op. cu.. p_ 160) provando que es.-.a área estava arborizada.
em conlr.lSle: com rod:la ;ireJ. ontJc se desenvolviam .u dunas ", Em
COflveB:! com guardas deste perirnerro Ibestal eles acabariam por
:lfirmar lerem ach3do rreecos de pinheiros emerrados direitos naquelas
uei.ls . ~rnndo sinai~ de resinagem. port3JII0já árvores adultas.
O nomc: de Pinhal do Povo. d3do à nuior parte desra ;ireJ.
lrÍangulJ.f. é ~inlom.ilj co. pois leva :r.pensar numa mata pertença ua
comunidade.oese case da. Junla de freguesia. onde as pessoas podiam
ir buscarlenh:re malkira. em contraste com a OUtr.l. ma que seria do
ól:lOO.estando abandonada sem qualquer exptoracão. Também pode
ser confirmado por um mapa de cerca de 1890. na escala 1/ 100 000.
onde a unicarepresenraçâcde área arborizada é a correspondente a este:
triíngulolFig. :!I).
A fim de pormenorizar melhor a morfologia das dunas. fizemos
perfis transversais nalgumas. seguindo uma amostra gem linear
siMem.i,i'::1 para aproveitar dois caminhos que atravessam lodo o
campo dunar, desde a Lagoa das Braças até ao mar. Destes perfis
apresentamos os m;1is representativos dos dois padrões encontrados
(FIg. 22).
A maior parte dasdunas exibe um perfil transversal relativamente
simétrico, o que é típico da!' dunas oblíquas. Quer dum lado. quer do
FI(;.2 1 _E.o.lI'Kto da C~ Corop;lficôl ,Je Pon uJ;I\ . <k tcfC:I <k1 890. n.a
outro. os flancos são multifacelados. com sucessivas rupturas de Esc. 1/ 100 000 . Ptxk ver-se ôI m..mc:lIiIde pll\h;ll. cm !Qn1lade lri;ingulo.
declive. sinal da variabilidade <k ucrueçso oos vemos eficazes. Não logo ~ :-ionr de Qui~jlX. como na G.lnd=. pôIr" &te
~tante. os declives do flanco meridional são, regra geral. maiores As dunas WIIcm ~ 1.11 ~-on-l ~ Snr.l d;a BOlIVl;licm
pon que a componente Noroeste e Norte dos ventos eficazes ~ mais
duradoira e a construção dos abru pl~ a sotavento e a destruição dos E. ~t OREl RA. 1934 . p. 15; Fig. ::!::!. perfis n.- 5 e 16). A manule:nçào
mesmos li bõubvento. é mais importante do que a componente desses declives é de salientar. tendo em coma 0 5 trabalhos de sémen-
Sud oeste e Sul. A~sar disso. quer uma ve rtente quer a outra ter ra do pinhal. le vada a cabo na década de vinte deste século que 31e-
:l.p~sent.3.m frequentementeIramos com declives bastante próximos do nuaram. certamente. muiros desses abruptos. .
limiar de equilíbrio. ou àngulo de repouso. da areia seca (32°·3..J°) (M. Aparentemente, as dunas da metade ocidental mostr:rmum maior
desenvolvimento em altura (ultr.lpas5:ll1do :r.lgumas vezes os 20 m) ,e
em largura. maior regularidade: na dislribuição especsal e ~ m.:us
longas que as da metade oriental. As raz~s deste f~to d~\~m estar
.:r.ssociadas com a menor penurbaçõc sofrida pcl~ \~ntos junto ao
litoral. resultando da í maior eficécia do que:para o mte."?" ~
lrnediatamente para oriente do "Triângulo de QUI:l.IOS . as dunas
ostentam flancos bem disnmos, quando virados a Sul ou quando
L
" /
lO
lO
lO A nl.pida di m inuição da diclcia dos VetllOl de S-SW ~ 1fea
,"irados '" x cete . Os pnmeiros. bastante ingre~s. regi'>1am decli ves
•••
com cerca de g. enqu.mlo os segundos . mais SUA'ti II:' longos. i do cam po de: d u nas , pode txphcar-!\C pela atç!o de barreira cxercda
aptesenurn valeres domln3nl(:s de cechve e m torno dos 5 8_68 (Fig. 22, pela ~(3. do -rn! ngulo de Quiaios~ e. talvez, secundariamente. ~Ia
perfis 9 II:' e) . SIo vatoee s upicos de du nas tra nsversais q ue se d ese n- turbulên cia pro v oc~~ peja Sem da Boa Via~em n~ ventos que
l~..
Algumas das pon;{)es m3.is OCi de n ta iS destas dunas onenlam-sc mesmo
na direcção WSW.E1"'E. ou seja. quase perpendicular tod irecç~ dos.
ventos dominantes de ~.;W e N que coeuclavam a w a progres\k).
!J~
No rmalmeme exibe m fonna arredondada. ou enu c complexa. com
3parenle sobreposiçã o de dunas de direcções diferentes.
A secção côncava destas dunas de fonna arredoodada.. com declive
mai s fraco (cm gem i uré 12°). e!olá virada pmiominantementepara o qua-
I • • !li drameOeste. abrindo-se umas para,?>W e ~tes. ~ W ou NW. As faces
abruptas dos flancos.qu.:mdo existem e com 3:":é\Ivt$3. uluapas.'-'lmtt amili-
de os 20'". situam-se de prd ctinc ia do Iadocriental (fi g. 23. pafu. F e A).
~I'~'
. . ..
:·I - ~~\ ~'
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I I II . I II
I • • •
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I~ :I I
f I II • •
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Com uma fisionomi a ~le npo. o padrão dunar do minante nc ~l a grau de de~~v ol vime nlo . Entâo, pelo menos prÓximoda actual povoa.
área parece ser o par abólil: o. co m aJg:uma\ duna ) PW lbó!iÇ'l$. as mai s ção de QUlaIO\. esta superfície POUCll ondulada. seria a ba.r,e sobre a
alongada5, c ~ C bluw cur dunes"], de co ncavidade qual se viriam a instalar rodas as cerras geraçôcs de dunas. ~ as a(~
cin:ul3I 1E. ~ld';: EE. 1979. p. II ). o nde se proloo@:aria'! Só com uma série de .-.ondagen~ de vários mettcs,
Tudo leva a supor q ue, pelo men os a última acção exercid a pelos a levar a d eito numa vasta área do campo de dunas. »c poderia concluir
ventos sob re estas dunas. se P1Ol.
'CS\ OUcom mal s incid ênci u do lad o do da sua amplitude . Para já não se sabe.
oceano. o que csú de scorco. ali;i\, com a dominância dos venm..
actua rs. A gtne!>c e evoluç ão destas dun as pre~su põe a existênc ia dum a - Proc essos morf(lgenbir:ru
coce rtura \legelal . ou de humidad e, co m di strib uição n50 co ntínua Os processos geornortctõgtcos implicados na e voluç5.oactual do
so bre as form as aren osas pré vias ( E. McKEE. op. cít.• p. 11) de mod o a
modelad o da.~ duna s são pouco variados e. simultaneamente, pouco
permilirem a acção po ntual da detla..ao. que faz progredir. em arco intensos. Por estranho que possa parecer. viste tratar-se de uma m3
convexo. a areia levant ada par.l sotave nto. con lolituída por du nas. lo go constru ídas pelo vente. O'\. processos domi-
Quand o virias dunas parabólic as avunçam . veritlc a-se. geral- nantes estão assoc iados com a água. Em lermos energéticos.a compo-
mente. :I coal e~ênc i a. ou sobreposição. de algumas dela-... resultando nent e verticat . de cima para baix e. determinada pela força da gravi-
daf uma morfo log ia ba.'olanlt:com ple xa . É o qut: se pode ve rifica r n~ ~ta dad e. é mai s impon ente do que a componente horizontal cólica. COII'\{)
m a. parucularmente nos sectores ce ntral ~ merid io nal do triângul o os processos mnrfogenéticos assoc iados 1tforça da gra...idade concor-
(Fig. 17). rem para a atenuaç ão das eleveções da superffcie terrewe. enquanlO OS
~a metade se te ntrio nal des te triân gulo parece co nfigurar-se um proce ssos eó licos podem ajudar 11 COO-~tru ç5o dessa... ele vações. res.ulta
coaj unrode alinha me ntos dunares. co m oriemcç âo gera l NN W·SSE. de que a e voluç ãc geral des te modelado ~~ p.ar.1 uma desuuiçâo
altura relativament e baixa -1:1 a 10 m - e cu m perfíl tran sve rsa t mais o u progressiva. com tendência para uma supertfcie fracamente ondulada.
menos simétri co. com O!o declives a ultrapassare m os :20° na lg uns Nessa e...oluç ãc lecl um pape l importante a cobertura veçetal. em
sectore s (Fig . 23. perfi s O e Gj qu e pode riam ser as dun as pr évias so bre I particular dos estratos inferiores ' .capazes de se oporem maIs eficaz-
as quais viria. entretanto. 3 instalar-se um coberto vegetal. men te 11 acção da água q uer a cnr, quer em deslocaçã.o à supe rfi~le.
Aceitando e\13 hip6te~ . esta árt:a teria sido. pelo menosem pane. Dos processos morfogené ticos detectados nas v~~ recolha, de
coberta por duna.~ longitudinais. para lelas aos ventes domi nantes de N campo. o mais frequente o -~" . Como as areias esl30 quase
é
e N\\". num tempoem que a acção de s tes seri a particularmente intensa invariav ei menle soltas. é fácil às gotas da ág ua da c hu\~ Iazerern-nas
(5. CRuz. 1985. p. 63). De certo u aümemação e m arei a não seria. saltar. quando sobre elas caem". Para tanto basta que es~eJ a m expostas.
também. muito abu ndante, podendo co rresponde r. por exe mplo. a um
\ ou seja. se m uma cobertura co ntínua do estrato muscmec. ~=::
eSlád io inc ipiente na e vo lução da li nha de cmola act ua l. e...e nlualme ntt: subarbuslivo o u arbus tIVOda vegetac;ào.. Apes:1f de parece . f
co m form as lagun ares e Olte eslas dun as e o cu rdão lilor a!. d itório é so b os pinhei rolo. quand o bem desen\ olvidos. qu~ maIs: ::t.z
O q ue não parece susc itar du vid as ~ q ue o afe içoa menlo últim o se ntir ; acção deste proce sso (Estampa II · A ). [)e ~·e.se :.lo :l~1O • n:lS
das du nas do ''Triftngulo de Q uiaios" foi para bó lic o. suaS folhas.e .ramos. se acumular a água da ~h~:l~;I;~~~~i: :
Mesmo ju mo à povoação de Qu ia io lo. onde eslão instalados um \ segu ida ca lra !>Ob a fo~a de gros.sas ~~: ~elocidade tennina1. Corno
ja rdim de infância e o ca mpo de fUle bo l. par a al~ m de ...á rias hab ita·
çÕC's.o model:ido das arei:ls ~ mu ito po uco o nd ulado. co m decli ves i vezes sUfiClc me para atingir a respo: u .. é a sua força ci nêliC:l. ~
~~:~:i~:r~~~.t~~:h:o~~~t;ei:J;~i~.O'"
muil o baÍ:\os. de 2° :I 4 " nos fla ncos das du nas: a Su.1 superfície é sus·
tentada. in"'3ria\'e!me me. por um !H)lo espcs!H). c ujo hori zunle B. fe rru·
g inoso . espes!>O e endur ec ido. a ajuda a pre serv ar. E.<;tapeq uena porção \ " T;tmlll!m c~lá pro\'311o quc :fi~~= ~~~': s:::
~:I=:,=~~~ '~llfici l ~t~~P~;~t:-~~I~~"
do Triâng ulo de Qui aio'i. no seu e xtre mo merid iona l. par et C'se r. por
l
es lM caracteristicas. o se<:lo r ma is am igo de ste siste ma dt: dunas.
podendo comspo nde r. morfoló gica. ped ológica e cro no logica men te à
Gândara q ue se dese n...o l...e para o rie nte e o nde os so los têm o mesmo
;t ~ ;.~:~'~;t~'~n~~~~:;::i~~C~R31 C. ~fORGAI<.
l:. P. t 979. p- 6). RalI llI
ÕlIqulque~"""forlaua.mIiorfIMQll\aIII.cwnbm>nWorfl"t:kJcidadc
de~pllIsque'-deIlLlmCftWOllntOdo.eomOlLllJ'C1llOdelunanhcl
lU aua. _ all'no lLImO'fUI em ~1açJo com o quadndo do ~ cnq\lUllO I It\I.IN
IUmcllllcm ~lIÇio com o tubo do DiG. PorC'IlC moti~o I ala'Ji.a tinélic:a <lumaIOQ
lU dJuVI aace upoocllCialmcnle com I su.adlmcnskl U. TllICA.tT. 19n. p. 102)
ComoI "t:1ocicbOl:IcnnllW. ~ rowde Il'ando: dunemJo pode 5ef llinJll:b g)fll ~
q.ucdade umlahUfllde9aIOm(M:lllndoSIoUT1l4 WlSCHM ElE1, 1962.~fmdolpor
It u. Coou. &: J. C. Doott....KA,N'. 197". p. 28. 95~ da ~clociohdc IetTIllllll ieI'la
~l1nlJda wm I qllCda de 9 m de l1run, para p u de 5-6 mm). 1)1 pinhc,fW mail ali",
pcrmllcmaunllfeslcni~dcnerltticodllllOllS
Na ~ U3 distribuição espacial. estes processos mortogenencos
apesar de actuarem um pouco por todo o lado, em particurar IIO!I acelro:.
e arnfu,libe~05de 'lel!euc;30.ll\O';tr:lm.f1Oentanto .maiOtfrequência
na fachada on ental e mendional do "campo de dunas". Isto tem a 'ler,
certa mente, com a acção d~ populaç30 que vive na periferia da mata e
que. com frequência. ai vaI, bescar lenha. caruma ou "mato", p3r:l !oCu
U'lO0lJ do gado; pelo ptsotetc, seu e do gado de tracção e pela e:uracçkl
do coberto vegeul , cria as coodiçOes para a actuaçkl daquele\ prece...
so s. F-u as ueambulaçêes. ~. naturalmente . nui s frequenl~ na proxi-
mld:llk d~ povoações. portanto para o interior
Nas dcpres'iÕe,. interdunares, onde temponriarnente M I:!>ugna·
ção de :1gu3 l Estampa l-D I. pela subld3 da toalha freàuca. verifIC3-'\C
um fenóme,lIOde rubefacç30 da c:unad.asuperficial de afCla que parece
estar asscciada com a precipitação de 6xidoo\de f~rro. Em ger.ll n\a
PfUlpl l.1Ção não erecta mais que 10 cm de profUndld3de.
......
quim icament e o solo c de o enquadrarem no seu eoeteuc ~iental .
Para efectuar es sa recolha abrimm uma pequen.:tsanja. sempre que o
solo era pouco espesso, ou utilizámos uma sonda pedológica quando a
maior ~pessur:t assim o ju~tifica va. De cad.1 um lkK honzoote\
recolhemos uma amostra para posterior .n.1lise bbor.1tori;l!.
Dcs elementos levantados, apre'ioCnudos na ficha em ;mexo
(Anex o r\ _ Ficha Pedológica), alguns, por exibirem \::II~ com-
.......
rames. não têm importância cm reemos de inforTn;}Ção c, apesarde
sempre registados nas respectivas fichas, ~ serãoobjecto de an.1li!oC
parucula t. o caso da drenagem ....que fOIconsllJer3da scm~ muno
É
••
volume c. também, em (unç3.o da rraca ou imen sa intervenç ão
huma na. A n im , mala '~. vege tação arbusli ..... e vegeta ç ão herb ácea
são lipos de- coeertura co m fraca . ou rara . inlcrferlncia humana. ...
•
1·· l " , 1
enquanl o lU cu llu r.a~ sio ocupações do so lo com inlens.:J inte rve nç ão
~
do homem. f7\ ~~
A maU. res te CtiO fundamen talmen te de pinheir o bravo , '.~./ --
~ aprese nta-se co mo o tipo de cobe rtura domi nante. surg indo em ma is
de 80% dos pontos-amostra. Distribu i-se por lod a ~ as posiç6cs
., 1-,:/; \.,'\.
' 1 . 1.
1
" 1
·>.·..'í WUia
~
,,
~
topográficas. sendo mesmo a cobertura excl usiva do s flancos e
cimos da s dunas. Excep tua -se , o bvia mente. o caso da duna prim ári a
onde: por razões m ícroclim ãticas. só co m mult a dific ulda de pod erá
exlsur .
1• •,
O """
I . A-<:
1. A·-.c
1. ...... t-C
,,
I As cccerturas berbáL'CoU e art>mli";L\aparecem unic:lmente nos
fundos de depreu30 e 3-\ CUIt Ur3S numa supe rfície plana.
s u p.: rHcie~ plan as: no cimo e nos l1ancos das dunas hã. uma grande
d ispersão de valo res. A maior freqtllncia de água junto ao solu da.~
depre ssõe s e das ' uperf icie, planas, por conter uma boa quantidade de
ác ido s org ânicos di ssoh id~, originados ~ custa da decomposiç ão da
mat éria orgâ nica. es se ncialm ente resinosa . de ve ter urn gr.:r.nde papel no
abaix ame mo do pH do respecuvc solo, assim como TUdiuoluç30 d3li
partíc ulas carboncrcdas que aqu i ~ raras. Nas ~unas, a variação do pH
parece respon der a outro s fact~s ligados maIs ~ idade da.~ areias . lã
pal'3 os hori lont~ inferiore s, unicamente 3-, superflcies planas parecem
....socia r-se co m os pH ácidos: nas outras subunidade, os valores são
muito d ispersos. Ne'>te cuso. há alguma.s depressôes que, pela sua
prox imi lbde ao mar, onde a toa.lh.:1.fre:iti,ca pode conter ~l gum cloreto
de sód io, ou po r um cena ennq uecrmento do horuorue B em
carbo natos, como acon tece logo a ocidente de Quialos, apresenta m um
pH b ãstco. o que vem alterar a regra do horizonte A.
Mais uma vez são os cimos e Ilancos das dunas. pela disperslo
dos val ore s apre sentados que permi tem examinar a vlUiaç!o espacial
d os so los quanto a esta carectertsuca
., Jumc 11 duna primária hã uma reacção Iene : ai esuno as areias
ji.,:- infe riore s. co m menor grau nos pnme uus e maior nos segundos .
Deve -se . dece rto. 11 maior agre ssividade das. ãguu pluviais junto li
..,.;
.
"'F4 ~'
: ~
.. ..
. ~:u'
, IOYFv.!
(al- IOYP 6I4)
'Ul YF~
...
NoR.
,
, F«1.J2-~dcfDlldodc~IlO TriM",lodcQu~/IIOloo;alde
•••
-.rnll--~(Lf.--.lhafsdliGI ~
I
• freque nrn 00 horizoole superior. em con tras te co m a cor cinzenta
e.\CUra do imedialatnente inferior. A realha freá rica acha va-se. em
Junho de 199 1. DeSlC local de il.mOSU3gem. a 50 cm de pro fundidade , o
I
que permite uma ecenssc, por difusão ca pilar. até peõximc da
I superflcie (O , SoLTh"ER. 1988. p. 75) e uma possí vel prttipit.aç3.o dos
I ó.idos . É de salienur. também, a acidez já ele vada do perfil.
Nas dunas. 05 solos s1io mais e ~' ol u ídlx, de tal modo que já
manifestam veslíg ios de pcdzctizaçâe que não foi. todavia, su ficien te
para difere nciar, com nitidez. Iodos os horizome s ( n .~ 33, Fig. 33 ).
Abaixo du m delgado bori zonre A, áci do, desen vo lve. se o
hor izonte B amare lado. mas com frequentes manc has cananbo-
-amareladas. O pH rond a. em todo o perfil , o valor 5.
Nu superl lcies planas, a diferenciação dos horizo ntes passa :J ser
mais nltida e a podz olização tam bém ma is avançada (n .o 29, Fig. 34).
Enlre o delgado horizont e A e o horizo nte B. cas tanho-amare lado e
~o m manch as cas tanho-esc uras . de estru tura já co ncrectcna ca.
Interpõe-se um horizonte EIB o nde, num fundo esb ranquiçado, surgem
manchas caslanho-amarela das .
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~;~~n~~:~u/:dw~ ,1-~~fJE.4~~k.~~l::~·,,:t:
M ;vu pm'IUfJ Ir nu'/a /i lUfJG. Fontere 7<unariJ:~alli("u L 1M TA.VA.RES·
1989. pp. 12....125). Se ese ("arácler;(JllrOp('lgtnicoda \'~~50pro.;
renrar. ~parentemenle. ~ parte ~ seu signifICadoceológico. ou
corolng ~co. o fllt"IO de lerem decomdo J~ 6 I 7 décad.u WJbreU evento •
de pemUlrem algum.u ~ ~ a UIÓt"I<lnn. e!>pO'l~ e de Ioda.,
•
•
re spcoõerem perante cs condiçõcs do mtlO em funçAo <bs ~
potenciahdade<l de adaptaçãoe poderde compençãe. a sua dislnbll~ •
neste momento. pode sef uma indicaç50 importante pan I
("arxlrn Z3Çó1o rroológica de cada uma d;u 5ubu n idad~ de paisagem.
mesmas amo ras assinalaram . para além das outras duas . Calysugia Alltitrlti"um /illban ..... CÚ'/II.J.\'abiifo/,.u
soldanelía (L) R. Dr.. Silene t ínorea Bror.. Ery'''8ium fMritimum L e Crrpú bolboso I V.. ~ /ili,itn"",
El.lphorbio paralias L . Filossoci ologieamente está -se perante a classe MtJkll.lO ln4n.....
Cakilaea marítímae(J.-M . Grnu & R. TüxEN . 197 1), Erytf fi..... "",,,,,,,,.....
Alguns qouõmecos a N. prõdmo da Cos tínha , onde a praia e a !À,.. "", oJbu,!,
duna eSl30 mais preservadas, verifica-se na praia alta uma grande
abundância de Elymus /arc tus em povoa mentos agrupad os, embora de
modo bastante aberto . passando. com o inicio da subida da duna . a f:ig, 36 _ Vege~ na duna prinWia e depressio l-'OIlf igUi. na COStln/la.
:,
Com esl~i dunas rem iníCio ° desen volvimento da d ane cicnada pela, também, maior riqueza em mat éria orgâni a .
AlftMOPhi/m a arrTUJ rUJ~ (J••!-t. GEHU & R. TCXE... . 197 1, p. 6) que li superfjcie do solo. Se jun to li Murtinheira domina: :s~~:sn,:
prmscguc ~ ~it d3 escarpa da l1u~ pnm.ina ~om o ~pam:-lIn('nl~ de emat~ herbáceo como. por exemplo, I'l. rtt'misia camPt'stris L C 1:'/
Al'Mfophi lo armaria (L) Unk . e lt~ a 5U<1 m.i'UmiI ~JI;pre ~ no Cimo mantlma Scop .. O~ru:hl' purpu1"l!a Jacq ., Hypoc hauu radi~al: ~
do"" duna. A dj VCOId.1dc f1orí~ICI ~ maior, POI S aqUI co~a a Carpobrotlu 'du/t.s e Patlcralium ma n limum L.. para além ~
concorrincia entre as gramf tlC.'.t.'. I.ng amenle predo m man tes no, "'mmop~da "~TUJna (H . O . FRFlT AS &; M. T. Lerrao. 1989 . p. I.n).
~~rupamtnlos da praia e as kn haus subarbu~ivas. predomm:lllles p.1n. na ~osllllha j untam-se, alé m de OUIra..'. C01l'ma a/bum Don. St'dum
o mlerior e que 1.:'Ofres pondcm Ji a um estãdío de vegel~.ão mais st'Ji/o"".l' (Jacq/ Pau, Hdic~ rysu," italicum {ROlh.) G. Don e
avançado (C. S. O UlZ. 19&5. p. 561; também há maior dcnsld.alk da PafICratl~m manllmum 1:-. MaiS ~ o limne imertoe da duna jun-
cobertura ve~ul que chtg .ll~ ser q~ uma formaç~o fechada nalguns tem-se ClsUceas como Cistus ~/Vlifoliw L., HailmilUflcalveillum (L)
locais. São espécies que n30 wponam o COfl!.XIOd irecto com a água K. Kccn . Halt"!ium halim i/ o flum IL.) \\'illk., espécies· tipicas da
do ffi.U" . ioelllio. apesar disso. ;u;ptt!ida- , com frequenci~ por gOlkul.u ~e c~rtura arbusflva e sub~slJv, das dunas secundárias interiores,
.ilw \algada (~) que parecem tolerar: ahis. Am mophlla assim co mo PltllJ..J tnnaster Auon e P/1IUJ pmea L., em regra baslante
arenari a sub$lilUi E1W'lllS / <ltrtIJ..Jquando a cOI\Centr,)çãodos !>:IIS n11.\ defo~ados._ N~ flanco abrupto. com que termina a duna, surge já
areias bai:u para menos de 1% (GL'II\EA. 1951. referido J:lO:f <;. S. AcaCla lotlgi/u/la (A ndrews) willd . que chega a cobrir mais de mel3de
CRuz. 1985. p. 55). Algumas dassuas componentes são as principais da respectiva área.
fixadOlõlS da ateia em mcvímemo . depo is de arrancada à praia. Obviamente que os pinheiros se apresentam com uma forma
Ammophila arenaria destaca-se neste papel. podendo ser coadjuvada arbustiva. em tufos cerrad os e cuja altura máxima raras vezes ultra-
pela Eepho rb ía pa raUas . Esse papel fixa dor havia sido j á passa os do is metros. O aparecimento de CON'ma a/bum não é de
desempe nhado. aliás. pelo Elymus farr tus, mais próximo da praia. a admirar. visto as suas exigê ncias pedológicas se verificarem _ solos
barlavento. apesar da sua baixa sociabilidade (J. BRAUr-;· BLANQUETel pouco ácidos, ou mesmo básicos. arenosos e bem arejados (J. BRAUN.
ai.• 1972. P. 222) e. portanto. a laxa barreira oferecida ao vento. . BLANQUET l't aI.. 1%2, p. 235); surgem na sequência normal. dentro
As autoras referidas e ncontraram no c imo da duna da das lenhosas subarbusnvas. do agrupamento de Cruciaaella marilim a.
Murt inheira, para al ém de Am mo phila e de Otonthus, Crucíaneíla do flanco continental da du na (C. S. CRuz. 1985. p. 56). A ocorrência
ma "tima L, Cidandia marítima (lo) W. Burbey, M~djcag o marina L.. do C ísms sal viifoliu.s parece um pouco mais estranha, por preferir solos
u otltodotl taraxacoiaes (ViII.) Mér:lII. Si/ l'nl' tlicau flSis Ali. e ácidos tJ. BRAUN.B LANQUET et ai., 19M ). Porém. não é deles
Ar rhrorIJi:Jj bufboUJ ( L ) Ca_'~. exclu sivo, pois que, como veremos , é uma das espécie s quase
:0;05 1IO'>!I05 !evanumtncos. na Ces tinha. surge já Carpob rotw co nstantes nas dunas desta área-am ostra. onde o pH pode variar entre 9
~dulis (L ) N. E..Br.• espécie com fone poder compentivc que chega a e 5 (cfr. Fig. 27).
eliminar as espécin esponllneas ts. CASTllOVIFJO et aLo 1990, p. 84 ). Fisionomícarnenreesta faiu da duna primária caracteriza-se pela
mas que, apesar de estar bem adaptada a estas condições mesológi~ coexistência de espécies de aspecto e cempcrtarnento diferentes. Umas
ao morrer. podedeixar de sprote gidos vários metros quadrados de areia. dispersam -se, embora em elevado numero. pelo terreno. como. por
Se o local está CX pOSlO aos venlO\ pode origmar-se um corredor de exemplo . Sl'du m udiforTM (Jacq.) Pau.• que não chega a cobrir IOdoo
dcnaçAo:comcs COfT'eSJl'OO'kntts ~ju fzes em termos de preserv aç&l da solo; outras , de porte em tomo de I m, dispõem-se em ptq uenos tufos
d~nil pnrnária.. :-000 obstanle e ne5IC ca.so concreto . quando alinge o afaslados entre si de alguns melrOS.como CON'ma albllt1l. ou mesmo
omo da duna. ocupa ponlOSger.llmenle pro!egiOOs. o que <evila os riscos rasteiros, como Carpobrotus ~dulis. Os tufos mais altos de pinheiros
alXlntados. Tam~m no cimo da duna surgem as espécies normalmeme ajudam a fazer a transição para a mata do imerior. com pinheiros de
~iadas com o estomo: é o ~ de Crucin~lIa. de Otafllhw e do: porte ven ical. quando à duna primária n30 sc !'ot'gue. coma ~ usual. Um.:l
~I'J~jj tOnlWSIUfl L . Em situação abrigada já aparece Hd ichr; sum depressão inlerdunar.
Ita/icum (Rolh.) G. Don fiI .• mais ftfiJueme nas dunas secundárias. A principal diferença entre a duna primária, que sofre Um.:l
. Imedi illamen~e pa.ra o inferior e numa situação de maior abrigo sobrecarga humana. e a mesma duna mais raramellle frequenlada. eslá
eóhco, a duna pnm ária apresenl.'l maior riqueza noristica, ptopor. não só na di versidade es~dfica. mas sobretudo no grau de evolução da
III
vc,cl3Ç50. :>lo segundocaso. já há uma nuerpenetraç âe de a.s~iaçõcs . Dando cspe~al atenção 30 ~uh-.bosquc. verif.camos haver um
úpicas da duna primári a com asJOCiaçõcs tfpicu da mata de pinheiros . conjunto de ~p6;; ICS que surge indlscnminac:bmcnte em quaUquctdas
a que ccerespoede. simultane ame nte. um aumenm de blOman a vegetal. subunIdades de paisagem cc nslderedas: tk acja Iongijolía (Andf.)
Umcaso p31'ticulat f o das valas de csc:~mo das lagoas. na pane \Vill,d. , e Cor.~ma a/bum (L. ) D. Don.. previamente semea das e
terminal do seu l:r.tjceto, qu.mdo se aproumam do mar. Nalural ou Hal lfFflUnt hall1l1ifoliurn(L) Willk..• Halimium calycinum (L.) K. Koch .
artifJcialmcnte a duna pri m3ri:l cm cortada. o q ue apesar de ludo n30 CisruJ salvíifolius L..lA'IIaruJula J1~cluu L SUMp. JampoiaM Rozein.
chega a ser sufICiente para a ág~ da vala dewguar directamente no mar. e C'y tiJUJ grandij10ruJ OC. que. apar entemente. tiveram uma
pois fá-lo por in filtmÇ~ n.;u areias. ~ nOO ser ~ ue o seu. caudal seja 130 implarnaçâc e prollferaçâo espontânea.
forte que consiga uhrapassar a barre ira de areias ~S ltadas pelo ~. Nas dun as oblíqua.~ dominam as espécies que: são comuns a
Com frequlnci.a. porém. cm marés VI"llS c mar agttado. as águas man - todas as sub-unidadcs (Quadro 8). com excepção da duna primária.
nhas galgam as 3tCias J.1 praia c misturam - ~ com as águas próximas. da Algumas espécies comuns com esta duna primária. porém. foram
vala. r~llS. pelo menos temporanameme. salo bras. Aqui a levantadas nalguns locais da sua proximidade o que denota uma cena
\'egecaçlo varia desde a típica da duna. nas areias raramente invadidas interpenetração entre os agrupamentos tipicos de cada uma das
JlC'1ol áglUo :ué1 higrofila. no tundo da deprcuão. Entrea pr.tia e a oepees- subunidades, É o caso de H~lichryJurn iudie um que. lendoaparecido no
w húmid:l interior. surge E1)77UlS !afl:tus (Viv.) Runc. ex ~t elderis . flanco contínenral de duna primaria, se propaga para.o interior pelas
OtanJhUJman timus (L) Hotfm. et Link. e C(Jlyst~8ia sokianetta (L.) R.
Br.. Na depressão inundada foi feito o seguinte invemãrío :
dunas obliquas e sempre no seu cimo ou flanco. não descendo para as
depressões imerdunares. nem invadindo as dunas mais antigas do
Tri!n gulo de Quiaios. Certamente só aí encontrará as condiçõcs não
••
J_~ Scl"..ultol<ut-'-"'uu ácidas e de relativa secura que parecem ser as suas preferidas. Outra
EJ-wfarnus 1 I1.N.-IU"'<lnWIlUS espécie que parece evitar as depressões é S~au raca"'hus g~ nüroidtS
Sc,."wJ.a.ntJo"'"11l Pt1/l~rv.lill."'lflnrilim"m (Bror.) Samp. e tanlO surge sobre as dunas mais recentes como sobre as
H.wirTKetykbool<uwlUif Poln """"'ftIl1.;Jrfij""... mais antigas do "Triângulo de Quiaics",
1
.,
4 l
"
1
se percorre o conjunto das dunas. não se notando particular variação c,.n..... ,..-JifI""..
[ wcaJypl....IDóttI....
numa deslocação litoral-interior. ou numa deslocação Norte-Sul.
o lojo. Viu I UroptJlI4J L . foi regisbdo com maior ~requenc ia nas S(~"UJ. ";llrlcalU L e Scirpus ho'osc~"UJ L s.oo C3faCte:r{Slieo\
depressões. tal vez por aí o solo ~ um pouco menos bblco do que nu dos ~cxa ls em que ~ . loaIha freítl Cll. se mantém, ao longo do eno,
dunas ob líqu.u. por exem plo. não obf.tanle ter sujo ~ meado por todas prôxjma da superffcie. que pode mesmo ultrapassa.r. originando
as dunas . pe~uenos charcos durante: pene do Inverno Icfr. Estampa I-O). Ao
O samouco. Ji yrica faya Aiton. outra espécie semeada. tem. por prime ira espéc ie. mais ulgente:. parece nece uitar da maior
isso. uma distri bu içJo espacial coincidente com a mata do ~tado; no proximidade e permanên ci a da água . Vl5l0 que foi detecUda
- pj nhaI do Povo", que faz. parte do Triãngulo de Qui aios. n30 foi unicament e onde hã indiciO$ evid entes de. no Inverno, o local ser
detectada nos levanu menros lli efect uados . É uma espécie típica da inundad o e aprese ntar. no verão. aquela toalha a poucas dezenas de
~. própria do sue-bosq ue de pinha l e talvez "c., cc ntimetms da supe rftcie. Por u emplo . nos rm~s de Junho de 1991.
subespo ntinca. ou duvidosamente espont ânea, na região litora l do decorrido s mai s de dois meses sem prec:ipitaçll.o. no local de
Centro e SW de Porruga l- (S. CASTROv IElO Ir aI., 1990 . p. 91; no amos trag e m 2. onde ~urge e..ta espécie. a toath a freática esta va a 50 cm
entamc , é uma pena constatar a sua quase inexistê ncia nas iÍreas dc de profu ndidade .
mata privada e até mesmo na estatal. ()<; espéc imes existentes s1l0
sistema lÍcame nle corudos pela base. vindo pcsrenormeme a rebentar
de toiÇL o que não lhes pcnn ite um crescimento para além de poucos
metros. Talvez o seu fraco interesse em termos silvícolas. co mo
produ tor.l de madeira. seja a causa para es te despre zo.
Exceplua nJo Macia 1000gifolia. uma espéci e exótica originária da
Ausuilia . e Utes ruropaeus, norm almente fazendo pane de
associações flortsucas do d omíni o atlântico. as outras espéci es
frequentes nes lól área integram assoc iações psam õfllas da Cíuo-
Lavanduietea (S . RIV .-.s -~I ARn\;fZ a a/.• 1990 . p. 75). Esta vegeteç ãc.
fundame ntalmente suba!buSl iva e arbu stiva. "constitui uma eLapa
avançada na regressão de bosq ues e pré-bosq ues me.so-oligotróficos
pouco exigentes em precipit açõe s (o mbroc limas seco ou sub-hú mido
inferiOlJ mas co m valores do ind ice de tennicidade superiores a 100" "
(idem. ibidem.. p. 75) .
São. portanto . espéci es bem adaptadas à secura relativa destes
ecos sistemas arenosos. pobres cm nutrientes. A liás. a esco lha pré via
das espécie s a semear por pane dos Serviç os Flore stais baseou-se. sem
dúvida. no conhecimento que os seu s téc nicos tinham destas suas
capacidades particulares.
Nas depressêes (Fig. 31) e supernctes p la nas bai xas . pe la sua
situação topográfica. as co ndições hidrológ icas podem ser dete r-
mioantcs no tipo de vegetação ai exis tente (Qu adro 9). A ocorrência de
espécies h igrofil as é uma das consequências esper adas. Ass im•
--,
Penín sula Ibérica e correspondendo . nonnal rnente. a etapas regnu ivas
, IQ 16 :!6 n JO J2 36 I) 14 .::l I~ 161 doe bosq ues c3.ducif6li01. A acide z gera l dos IOlos nesta un;~ de
, ,, , paisagem e a sua maio r evo lução. devem ser os factore s <!etenmna ntes
,,
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na ocorrência das espéci es deste grupo.
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rnaiores p inheiros. na imed iata proximi da de da maio ria. dos locais de
amos tragem . Como . em pn ncrp eo, em cada talhão os pinhei ros têm li
me sma idade. de lenn inámo s .1 méd ia daque les valores para cada
jevantame mc , de modo a ler uma idei a do tipo de dese nvo lvi mento e
ti formare das úvores em cada Jocal.
I Agrupados estes valeres médios pelas cinco pos ições topo.
I grifi cas conside~ (!>.ue de duna. cimo de duna. fundo de oepres-
w. w perficie p1an:le flanco de duna), foram projeclados em gráfico.
I tendo sido também represemedas as ~pectivas rectas de regres-
I são, ,üSim como a recta de rc:gre~ para n 100al dos valore s (Fig. 38)
I Companndo as vári;u. rectas de regressão que d30 uma idei3
I sobre 3 tendênci3 de cresctmenrc das respeenvas arvores e
COfi{rooWldo-U com 3 m:"t.a dos valores totais, pode COft("luir.se haver
I
lteSsiluaçôesdi {~nci3d.U. A base de duna parece COI'Tesponder a uma
siluaçlo interm6:lia enee o fundo de cepressso e o flanco. por um taoc
e o cimo de dunill por outro. De faclO.a r.ua recta aproxima-se muito da
reeta dos \'alores tocais. De qu.llquer modo. 05 pi nhei~ tendem par:l
uma cena Iongilinid3dee possuem valores de alturas médias dos mais
altos registados (3 superiores a 15 m).
No fundo de dc:prn slo e na Vertentedas dunas a lendência é para
os pinhellOS cresceremproporcionalmente menos em altura do que em Fil · 38 - Vari~ d.:IfonJll, dos pmhcilw da5 Ounu de Qw-. ~ I
diãmelro. resulWldol dai arvores com formato mais aUIr.lcado. poI.içioOl:U~lWdulLOJ.~~"doCOllfmato Cnll'rl alIln C llpcri_
Pelo conuirio. na superffcie plana e cimo de duna. as mores l aluo do pc,lO.
(bd- bue fk duna; c:d -<;ilOO dc duna; d _ dt-pm.tJo inln'dunar:, _ ",perfkw ~
tomam-se m:lis esguias pelo pcedomiRante crescimemo em altura, f- fbnco de 4una;M - motdiaJlobal l
proporcionalmenteao engrossamento do tronco. dando formas mais
elegantes c prereríveis para a silvicultura.
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I
.i- CA RA CT ERI ZAÇ ÃO BIOF fs IC,\
I DA GÁS DA R,\
/ 4,I - A pa i~gt m
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agrícola dela tão necessitada.
A criação da vaca le iteira é um outro aspect o constante na
Gândara. Ela é. ao mesmo tem po. produto e facto r de produ ção dos
cam pos desta sub-região. Por e la se alargaram os campos de cultura.
com ela se fixaram e regre ssaram pessoas (M. F. CRAVlDÃO. 1988), 11
custa dela se tem enriquecido os solos, tradicionalmente pobres. Mas.
como a amb ição do homem , apesa r de legítima, é grand e e as ate ias
eólic as, outra omn iprese nça na Gãndara. são extremamente permeá-
"to,
veis. a sua sobeep roduç ãe tem acarre tado uma concentraçã o demasiado o
elevada de mat éria orgânica nas águ as freáticas e nas águ as das lagoas. fi' I' 'Z' l' .' 5'
de qu e resultam co ntamina ções por vezes perigosas para a sa úde do -..
próprio homem.
Esta é uma paisagem com c heiro ; cbeiro nada agradãve l diga -se. Fi. ,J9 _ Dttli\Umodido&_ponIOl-arPlJIW'I,da G1albn.
mas é ainda a vaca a confe rir-lho. Esse cheiro a bosta de vaca
acompanhaquem lá for. esteja onde esu ver; Nisro, como na morfologia. Tal como foi acima referido no enqU3dr.tmtnto geológico tSec\"io
faz lembrar a Holanda. 2.2). esta ãrea é constimida fundamenwmcnle por areias eólicas.
Se nas dunas litorai s a prese nça do ho mem é já uma nota depos itadas sobre uma plataforma marinha. mas ~ue nas.depress&:s.
importante , na Glndan. ela é de terminan te. A natureza ape nas lhe em espec ial. devem ser consider.1das como h ld~hC3.S (8. P.
estabe lece u os traços maiores e lhe co nced eu os parcos recursos que BARBOSA n a/.• 1988). já que sofrerama actuaçJo. numa segurwa fase.
poss ui: todo O resto foi fruto do labor humano, da sua tenacidade . da de processos morfoge ~ticos protagon izados pela água.
sua teim osia em lutar co ntra a advers ida de. Do seu solo. "constru fdo"
ano após ano. at é há pouco. ante s da invasão dos produt os co mu-
nitários. brota va o leite que alimentava um a boa parte da popul ação
portuguesa e a carne de vaca, po r vezes arredia da mesa de tantos
portugue ses.
As dunas estão pCõuicaIT1enle irreccnhecfvers no campo; no
enta nto. através da fOlografia aerea é POSSíl'e1 reconsunnr grande pane
daq uilo que leria sido um exte nso campo de dunas "'., Dece rto que
muila~ já se esbateram de 1.11 modo que mUlIO dificürnente ,se rão
reconhecidas. mas as que se visionam são suficientes para deduzi r que
os ventes dominantes da época seriam dos quadrantes Oeste e Noroes te
(Fig. 40). As cristas mai s longas desenvolvem-se preferentemente
segundo uma direcção NW-SE e em geral ~ flancos convexos das
dun as estão virados para Este ou para Sues te.
Com es ta mo rfo logia . pod em os co ncl uir q ue este c ampo de d unas
seria esse ncialmen te co mposto por d unas paraból ic as. imbri cadas um as
nas outras . de tal modo que construiam e ntre si dep ressões fechadas .
neste momento eSl'entrokias pela insulação e dese nvo lvime nto da re de
de drenagem que pouco a pouco foi capturando cada uma dessas
de pressões".
Imediatame nte a Su l da Lagoa das Braças desen volv em -se d uas
o u três vagas de du nas que quast' atingem a Estr ada Nacional 109 . e m
Casal Novo. igualm ente parabólicas. mas q ue. para alé m da forma.
pouco parecem ler a ver com as suas congéneres a Les te (Fig . 40). Pela
sua afmra, frescura dos flancos e vegetação q ue comportam. são ruais
semel hantes às do campo de dunas si tua do a Oeste. Ê posswel qu e
lenha sido areia, po r qualque r mouvo desp rotegid a q uando da ultim a
fase eólica. q ue o vento teria tom ado e redi stribuído seg undo dunas
daquele tipo : ou e ntão. o que parece mai s provável. se rão dunas
comemporãneas das da segund a gera çã o tv ide supra " Dunas _
Componentes geo morfológicas"). frequ entes no "T riângulo de
Quiai os'' . o nde domi nam , ta mbé m. as parabólicas . Ne ste . como
naquele caso , as dunas ainda apresentam uma ce na frescu ra do s
flanco s. o que denota um a idad e hist órica rec ente .
Q uando as dunas s30 drenadas para Este. para a Rib' de Foja.
afluente do Mondego. atra vés de pequenos ribei ros. ou valas. este s
u Esse cam po e.u;tIder-te · ~ IYlI.is pia Ocide nte. por baixo do actual ca mpo de
dunas qllt fCJml' IS ctwn adu Ourw de:Qlllaios e Dunu de: C1ll1wm ClJe.Al guITI&~
SClIIdagens efectuadas, por exemplopelos Serviços Florestais, tem revetado a surn ipa
60s l.O!otpodzol. fouil i7J1do! a cercade dois meum de profundidade (ccmualceçãc oral
da Eni" Sil\licuhorll. Aida Femlllldn . Oim:torada Circullscrição AOl'Clllllda Figueira
<.ia foz). Alih. Junto a Quiaj~. surge CIte mesmo 10010 com uma SUtr.llpa bastante
dc:scnvohilb. ~ dunas basunte esbo.lidalque de:l .lp=em IOJoa t' orte. cobertaS
por outras mail recemes (" jM sup ro CompooentCl leomorfolÓIW du durw).
.. N.Ioobstante. t frequcllle \lcnflCaT·se UITI& cena IC\Imulação de:' gWl11010010
que pode rnesmoaflorar 1 l uperilcic. lIOII periodOli mail chuvcsce, nOl rundosde:s.s.as
deprulÕel. knndo ao eesenvotvsmemc duma hidromorfia 1101 1010s.
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.. fraco dec live do terre no e a exhlência dum nível impermeá vel próximo
da superfície. Neste caso. o decl ive geral. da área das lagoas até ac mar,
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Curiosamt'nle. para a espe ssura acim a do hori zo nte B, o
ccmportamenrc dos solos nas duas situações tom comparaçào é muito
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semelhante (Fi!. -IS). o que pode indici ar que a princi pa l evofuçâc do , • < <lO\,; .. ... E
soroSe"rert.. \-erificado .ulles da acçào humana e que após o início dc ~la,
ela n10 iDduziu, ou facilil ou. a monogénese e a pedog énesecapazes de
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o p I{ tem um compon ame nro também se me lhante, em bora neste
caso as difere nçlU mais nüida s se registem ao nrve t do horizont e B. No
" ~ .u .. · - ~
geral, o pH é ácido , ou muito ácido , result ado da fone pcnn e3bilidade
e ~a pobreza em con Sliluimes bdsico s, da are ia e da cobe n ura vege tal
aCldlfican~e. mas, no pormenor. podem surgir medidas dtopH neutro
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< • < ;I.I "' U ... ~
quando a Intervenção humana é intensa. ;, ~ !:l...: '" 3:...= ~
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0. ~
r'" i u:Ol J
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Para alo!m da difere~ciaçl\o e ntre os 501o~ agricultad~ e não-
.agricu lta~os. há uma pan lçl\o espacial entre o, locai, junt o da Serra
da ~oa Vlage'!l e os ouu:os mais a Norte, no que respeita ao pH do
ho rizonte A ~ Flg. 47 ). MaiS pe~o da S~rra. o pH e menos ácido quando
os solos se situam sobre as an: 1as marinh as, o u mesmo básico quando
eeuo no fu ndo do vale da Rlbo de Quiaios. Neste fundo de ...ale. a
razão de t âo gra nde discrepânc ia de v e-se . decen o, b inundações que
o sole sofre de águas vindas da Serra e carregada s de bases
d issolvidas.
.. LEOEllDA
o ), S - 4.4
O .,s. s..
O ""s . ó,.
e ó,5·1.•
• " S· 9,.
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L. ..
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D...ude Q~ \ o o
I~ - - """'_) o o
FiI-.l6 - F~ia., ~Uladt pH nos nonlOnlesA e B lb!oO!o§ dolG51ld;an, ,,~ __ - I o
~ndu" ~ IIWQ ob <:W.>C J.j ~,J . .5doi. ...j.5 .J; 6 W. 5.5-6.4 e 7 doi. 6.5-i.4;
1:U1&- ~ aJTlÇllJlÜ)s e tl1b- ~ nJo-"J:rlcullõltJln. : :~:~=?;'QaU» o o 'b o o
No caso do horizonte A apesar das med ianas das frequências dos
valores de pH. nos so los agricultados e n ão-agricultado s. ca írem a mbas ::r~~J1l
'\
--.:. . .-__
0 0
0
0
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~ b> - - -- - -- - ,~~
na classe dos 4 .5-5.4 , nora-se que nos segundos há maior tendência
para a acidez. pois há quatro registos na elas-e 3.5 -4. 4 e nenhum 03 6.5- -
-7.4. CnqU 3n10 nos agricultados há mesmo um registo nesta última
classe c nenhum na de J .5-4,.t M as é no horiz ont e B o nde a dic otom ia
é mai s marcante porque o pH nos so los ag riculta dos so fre uma
fi g. 47 _ Distri buiç30 do pH do hMLOlIIe A.doIlOloI da~
destcceçãc IÚtida para o pouco ãcidc c neutro (Fig. 46). Os não-
-agricultados ainda continuam a apresentar solos com horizonte B
muito ácido. enquanto 30% dos agrículradcs já são neutros.
-Solos-tipo
A diminuição da acidez no horizonte iluvial dos solos agricu l-
tados decerto, a co nsequ ~nci a do arrastamento cm profundidade . po r
é ,
.'mi'. . n M .,
,. B \DYl:lll
' ... l lDYlY.l
acumulação relativa de algu ns fin~ . o que torn a li estrutura ag~gada. O Lu vtssolo ocorre num pinha l que frequentemente é sujeito
em regra anisoforme. Uma cert a dificuldade de drena gem pode induzi r
o infcio do desenvolvimenlo de hidro morfia. tom ando o sole
fX"ko/i:Pdohidromórjico. . .
l roça do mato e l apanha da caruma. o que lhe deixa disponível
pouca ma téria orgânica para a decompo sição e incorporaçlloo no
hori zon te A . Dai. talvez, a difícil disti nção entre os horizontes A e
••
Mais próximo da Sem da B~a Viagem . onde a litologia é
mais divers ificada. apesa r de mais uma vez serem roc has no
fundamt'm.al quartzosas , OS solos dominan tes são os Cambiuolos
E. co m uma co r cinzenta cl ara e a estrut ura particular. O horizonte
B, casta nho amare lado escuro. manifesta bem a acumulação de
ar gila . de que resulta a textura argilo-a renosa e, em simultâneo. a
•
(Fig. 49). Esfes podem ser represenlados pelo solo do ponto-a mostra 65 es tru tura agregada. Este solo evoluíd o. cuja espessura não atinge o c
(Fig. 50). meio met ro, apresenta em lodo o pe rfil um pH ácido . um pouco C
abaixo de 5. I
...... I
I
'f!
4.2.3 - Componm les jl orÍ5tictu
. " - - A I
Nos pinhais. cujos es tratos arbóreo e subatbóreo são dominados
" -. _ . •- _- B pelo pinhei ro bravo (Pinu.spinasser Aiton). mas onde já s.e começa a
I
I
:ti ,' . - - " notar a presença do eucalipto (Eucalyptw globulw Labill.), o subo
1(1) .: .. . . . ~... C bosque . concentrado oos. estra tos s~b~uv~ e herbáceo. c.omposto
é
I
_ '. :.;...•;:; : RM esse ncial me nte por Irutic os as eu ãnuco-meonerrâneas. Pontificam o I
tojo t U/ex europaeus L.) e a queiré (CaI/una VII/garis (lo) Hulí.),
acom panhados. nalguns casos. por urzes como f rica umbellat~ L e
Erica auuralis L pertencentes ii mesma classe fitosso:iológl~a da
Calluno-Uliutea Br.·B I. & R. Tx. 1943 que parece 3qUI dor~\I~ar à
cus ta dos terre nos silic ioso s ácidos, os quais ajudam, ahãs. a acidificar
A textura do horizonte B é já um pouco mais fina do que na (Qua~t~;\ondições são também favorá, ·eis l presença do
generalidade dos OUIrOS so los desta unida de de paisage m. à custa da fClo-o rdinário (Pteridium aquilinum (L .) Kuhn), o qual. aprO\el(an~,
acumulação de alguma fracção argilosa. ou siltosa. O pH. nos vários talvez . os frequentes cones daquelas plantas e a l~~~ fortel~;ra~~
horizontes. é men os ácido do que nos pod zói s da s areia s eólicas. A co r. dade co mpetidora (J . BRAU!'l-BlAI"iQlJET .er aLo .. p'. .
em tornodo castanho. nunca atinge os 10 0 S anegradcs do horizonte B medida em que pode dissem inar·se \legetau'·ame~te. fOI. probfer::r.ndo.
dos podz6is. nem a tonalidade acinzentada da s respectivas ma nchas . de modo que nalgumas amostras é mesmo a espécie dominante do sub-
Também. como era de esperar. não há qualq uer reacção co m o ácido
clorídrico . ao longo do perfil. bosqu~pécies mais medite rrâneas. em regra pertencentes à alclasse
Apenas foram registados um fluvissolo e um luvíssolo. respecu-
vamente no fundo do vale da Rilt de Quiaios e sobre os arenitos do
~isto.Lav~nduleua Br"Bt~~:~~~~~~~~:::~;~:::ii:
Creu cíco inferior, prõxlmo de Casa l do G relo . f~~:s:cl~oa ~~~~:~a~vifofjw. l ... domi nante n~~;u (~~~ ~:,:
O Fl u víssolo. assinalado no ponto-amostra 37. é relativamente .amostra. assim co mo a caman nhelra ~C~~al 'Cinum (L) 1(. Koch
pouco espesso. para um solo de aluv ião (25 cm) e de textura areno sa. Halimium halimifolium (L) wnn., Hal~mlW; ) ampaiana Rozeira)
co m alguns seixos misturados. se ndo alguns de calcário. O pH é básico. e o ros~anin~o (LAvandu~a st:~::::te~ :~ ~~~ de dunas lilor.lls
~Ivez motivado pela riqueza em cati ões básic os das águas da ribei ra.
vindes da Serra da Boa Viagem e, com excepção dos se ixos ca lcários . ~~~~~:sm~~; t:;'~:~ : omo já foi ~ferido (vide supra Sccçio
não há efervescência com o He I. 3.2.3).
QuAllllO 12 _l n..m Unol rnllUdol cm pinUi,~ GinduL
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POIim. há pinhais desenvolvidos sobre terre nos outrora cuhi-
vades. onde se mamêm, ainda. com grande fidelidade. espectes
ruderais, associada! a outras típicas já de fases mais adiamadas doi
evofuçâc para uma formaçoo natural secundária (Quadro 13).
Qu ...cao 13 -ln~cnUnol cm pinhail OUlfonculli y~. na G!nchra.
-,..,.,
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......
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No primeiro caso. salie ntam-se a tá...eda (Dirrichia viJcoJa
Greute r) e a ~i h ll ( RjlbUJ Jp.). A táveda parece w:r o primeiro subar-
bust o a domm~ ii formaç ão vege tal que sucede ao abandono dum
terre no pela ag ricultura. A acáci a (M acia lo"s ifolia (A ndrews) Wllld.l.
també m frequente. ~ uma in vasolllopor excelência, bblando que ocorra
nas proximidades. para facilmente proliferar nos leITCI\O!I ernretanto
libertad os das práticas agric olas.
No seg undo caso. 530, em regra . subarb ustos adaptado!. a solos
ácidos, como o tojo (Uk t ~uropalUJ L.), o yganho-mouro (CiJ IUJ
""'"
sa íviifolius L. ) e a que iró (CaI/una \·wgurlJ (L .) Hui!). Em ronj ugaç30
há espécies que parece m funci onar como autenticas rehquias daquilo
que seria. pro vavelmenre. a ...egetaÇ30 natu ral da área . Rderi mo- nos !l
'"
c arvalmça (Qu~rrus lw it/l1lica Larn.) e ao car..albo-cerq uinhe (Q~r
cusfag jn"a Lam.j as sociados. em regra. com os bosquesme<lilerr.\ncot
da classe Quuulra iliciJ 8 r.·8 1.1947. O seu aparecime nto ~ ponrual e
nzc uhrapassa. ainda. o pane arbustivo.
Nos terre nos cultivados . a ocuparem quase u.c1usiv ame nte as
depressões interdu nare s. ou o que resta delas . a ..·egetaç30 espo nt1nea
que surge ~ cons mu ída por nilfÓfilas herbéceas. Em regra. s30
dominantes espécies como a erva-lanar (Hoícus lanatus L ). o san-
mago (Rap1lJJ.nus raphaniu rum L. ). o olbo-de-mocso ao/plS b,ubaw
(L.) Gaertner). a gorga (Spl''BlIla an ·"n.siJ L. ), H)'pochat rU radicata
L. . COfl)'.Ja bonaritn.siJ (L.) Cronq .• C1u:Jnuumtl um mwwn (L.) AlI. e
nalguns síúos pisoteados Poa annua L .
Nas peq uenas valas ou regos . que muitas v.ezes limitam as parce~
cunív cdas e as ajudam a dren ar. é frequente uma .\·e geuç30 mas
permane nte do que a dos cam pos. ..is to não estar sujeita aos amanhos
anua is. pod endo sofre r de tem pos a tempos um co rte a fim de f3Ciliur o
esc oarn emo da ãeua, Aqui e além surge m alguns chou pos (Pop.JUJ
njgra L.. em partic ular ). nonnal mcn te nas valas ~or:s . e algu ns
••
vimeiros (Saiu sp.). mas tão dispersos que estas .es pécles np~colas não
•
••
chegam a formar renq ues, como é usual em condições natu rais.
Mai s co ntinua é a ve getaç ão herbácea. com Brachipodiu,"
EsT.IV .c - 1'4lt tk AIIU, s....... B.... trl4l''''' ISO UCI{>ri lll l ,.". M iD, '''ln corn ij4s . A c:omijli inferiOf no phor nlcoides (L. ) Roem . & Sc h~ll a salie ntar- se das outras. tanto por
8a joc:iano m6dio e a I UpetI(lr no 8 1lOniano inferior. Nos Ialudo:laNilo das com iju u il ttnl
ser mais alta. co mo po r preferir o cimo das margens das pequen as
dep6li"" de 'intenl e parxon,1olno:ritieoI heterofTltlri eoL
valas apro vettando talvez. a maior drena gem do solo nesw sltuaçõcs.
visto · nlio ser prop riamen te uma espé cie higrófiJa. Com poruune nlo
se me lhante te m a tan cba gem-m enor (Planrago íanceoíata L·r
Higrófil as são as ocuas espéc ies que. e m geral, as 3companh.1mm ~ s
para dentro das valas : Callitriche stagnaliJ.Scop .. M~ntha rorUfldif~I.Q
(L.) Hudson (hortelã ), e Rorippa na.nurtl um-aquaII Cwn (L. ) Ha) ek..
•
(ag rilio).
5 - CARACTER IZAÇ ÃO BIO FíS ICA
DA S ER RA DA ROA \ 'IAG H t
S.1 - A paísagem
a dive rsificar li sua e xplora ção. e o resu ltada foi a pro gre ssiva abertura O recen te inc êndio da Serra da Boa Viagem (Julho de 1993)
de "feridas" profundas. a... ped reiras . co m a co nco mi tante descarac- deixou-a em desolad ora, mas temporária. calvk je, a pedir. mais UTn.:'l
terização deste es paço Ião singular. vez. a interven ção do homem para obviar eua. triste figura. Ternos
Também foi e le q ue. po uco a pouco . reta lho li reta lho. foi des - espe rança que a no va "cabe leira" impos.la esteja de acordo com .0
pindo a Sem da sua roupage m nat ural. para a ir ves tindo co nsoa nte o "couro cabe ludo" e seja do agrado dos "piolh os" , mas nunca que seja
se u Interesse o u gosto. Mas algumas vezes o de spimento foi pratica-
mente tool e a posterior cobertura, feita de mod o c oncertado e de uma ':%~~~~~~e ..:e::;;icia. neste In\'emo de 1~95.nurnJ
acordo com valo res dom inan tes na época. re vestia li nude z da Se rra . parcel a de cerca de 66 ha do seu perímetro florestal ardido. p~e
Era o que se via até há um ano. Uma mata d iversificada de espécies ind icar o modelo que se rá se~ uido para o resto da Serra Em linhas
ex õtícas e aurõcrenes, de composição discutí vel . mas sem duvida gerais parece correcto. pelo pn~ípio que ~gue e que ~ u~ prroç1Jpa-
e xuberante e aprazível. Mesmo na vertente ocide ntal . a mais batida ç30 em co mpanim e ntar as espécies floresws. de modo.a evnar grandes
pelos ventes , a cobert ura arbórea. com co níferas. se verificava até ao extensões contí nuas d uma mesma espécie. tentando mte~lar COl'Te-
limite o nde o saio perm itia . Para alé m disso. !iÓ arb ustos mais permis -
s ivos~ como a tam argueir a e o miôporc, e os suba rbustos autóc tones
dores ~;::hâ~~::Ie;~~~c~~~ed~;'dO projeclo. ele não deuou ~ nos
resis tiam à agress ividade vinda do mar. suscitar alguma s dúvidas e :lngústi.u . Por que ru10 3.S {olhosu tem um
peso uo pequeno nesta rdloreslaç~o [cerca de 14% em co berto
estreme . mais 6lilt em misto). ou seja. menos de 115 da área? E por que
se connnea li pretende r oc upar li maior pane da área com pinheirm
,. ,I
(cerca de 53lilt)? Os so los e o clima sac assim uc resum vos que não
suporte m outras espécies. mnmo conüeras, mais ex igentes . mas mai\
-nob~'"? j
Não obs tante o rrâgicc e.. . emplo do Va\u de 199 3 e da compart i-
mentaçio referida para esLl floresuç30. pensa mos qu e continua a
ven flcar-se UlTl.1 percentagem dema.\ iado elevada de .irea .cobe ru por
,i-
espécies altamente inflamáveis. como são 0 \ pinheiros, E ób vio que
eles devem (u er parte do cortejo üon snco da Serra. até por serem
espéc ies. prieci pal me nte o pinheiro bravo e o pi nheiro man so. cons-
i,
lan les nas paisagens deSla região . mas podiam ser mis turados co m 1-
folhosas . adqui rindo Iodas as vantagens das formações mistas IA . A
M. ALVES. 1982). E o carvalho cerquinho. a espécie dominante da
floresta origi nal da Se IT:l. por que n30 es l.í prevista a sua plan taç ão?
!
!!
Apesar do esforç o e ccmperéncla dos técnicos e ncarregad os da
el a boraç~o dos projectos de renoreaaç âo da Serra da Boa Viagem.
L
,I
,
achamos que era possrvet. ainda. melh orá-los de mod o :I que este
es paço privile giado fosse de vidame nte a lindado. como de sejam lodos
os que têm um carinho mui to espec ial po r es ta Serra. entre os quais no s
ii •,
!
incluímos.
:l~.=sr:~:~~~i:~~~;2~1~~::~n~:\~m~~:;~~~
uvas. dum anti go de pósit o, esse sim carrc l:ltivo: Talvez os sedimentos
de tríticas averme lhados . arenoso s. de: grão médio a fino e com alguns
pobre .em arg ilas (máx imo 5% ), do minante me nte ilit e e caulinite. e rico se ixos de quartzo e quartzito, bem rolados e que preenchem fendas
em, m~ cas. Morf oscoplc amente . os grãos de quartzo apre sentem- se na c érslcas(? ). em est ruturas que indiciam fenómenos de sucç.ão. nal~uns
rnerona angulosos e, com meno r frequ ên cia. subang ulosos a subro- po ntos desta superfície. possam ser o que resta desse depõsíto ongmal .
lados. Tudo lSt.o apont a para um ambiente de sed imentação se lectivo e O terceiro compartimento desenvolve-se entre. as povOOÇ'ÕCs de
de fraca energ ia (A. C. AL\1EIDA, 1992 . p. 5 I). Nos mveís infe riore s Serra das Alhadas e de Serra de S. Bento e a sua ahitude média~
de ste c~ é vulgar surgirem finas carap:l ças; ferru gin osas. apare nte. os 125 rn. Nele surge . junto ao vérucegcodé.si:o S. ~en(o. um dePÓSIto
mente partidas e com dis pos içJo anárq uic a. Podem ser uma mani- ca scalhento, imaturo, permeado por uma areia .argll~ ~bé~ mal
Iestaç ãc de desen volvimento pedológic o. com alg o de hid romorfi smo. calibrada, e que parece ser herdado douuo depósito flUVial att'lbl.udoao
o último compernmentc, com altitudes em terno dos 100 m, apre-
~n13 um pequeno cabeço que ul[r.lpas!03 aqueles valeres (116 rn},
EST.V . A_ EMfU'1H2 d4 B4..Jnra . Ut.:ldG.U,"'' ' Rtd4I.... ~o pnmnro plMoo ~ ''''''' ~ de
prólimo de Sem de C~ros e que é constituído. em gr,mde pane. por lk scolamc:"IO de um prov;l.vd dol~ No CImod.I nAIpI t lIilodaa.pm--oao. AlprrD"d.>
um depósllOem tudo semelhame ao do vértice geodésico S. Bento. o 5<=
que leva a supor serem retalhos dum mesmo depósito. Como a
diferença ~umétric:a entre os dois é de cerca de 10 m. é possivel que
ela multe de :algumrejogo da falha tran sversal de ~t:aiore3 (cfr. Fig . 7).
ou então é unicamente ~a do basculamenro geral da Sem
para SE. p;w3ndo este último compartimento por ser o produto dum
rebaixamenm por erosão mais mtensa. graçól5 à maior proximidade do
nível de base lexal. o rio ~ Iondego.
Se ii. superfície do compartimento oci dental se apresenta
nitidamente inclinada parJ oriente e Sul. já a dos dois cempartimemos
centraispareceestar quase horizontal embora escalonada em autênuccs
patamaressepar3dos por um degrau de cerca de 30 m de altura. Estes
ressaltos entre os compartimentos maiores poderão corresponder ao
reflexo da actuação de eventuais falhas transversais. mas. pelo menos até
ao momento. n30 vimos tais falhas assinaladas em trabalhos publicados
por geólogos ou por geógrafos que tenham estudado esta área.
A inexistlncia destes acideme s poderá levar à mterpretaç âo de
que estes patamares correspondem a diferentes plataformas de erosão,
porém. ~ escassez dos depósitos existentes e a falta do seu estudo
nstem ãtico, não permuern, ainda, justificar afirmações deste tipo.
Para além das plataformas scmitais da Serra. desenham-se nas
~uas vertentes alg~ ns patamares que acentuam a irregularidade já
impostapelas condlçOC:s litoléglcas
Ptwitl do FtuO~ ."lúJ iflc tuio, p;6~u..o .
FtuOl ...·" ... I'*Io. /OOmJ'4hit.. J•.
•••
micacec e na base embala grande numero de seixos do mesmo tipo dos
do Faro l: o tecto é constituído por uma carapaça ferruginosa. mais ou
menos co ntínua. co m cerca de 20 cm de espessura (Estampa V-O).
Se o primeiro depó sito corresponde a um ambiente praial. por.
tanto. de elevada energia. este segundo parece testemunhar um reme-
xímenrc em ambie nte contine ntal, de fraca energia . atendendo ao
carácter relativamente fino do depósito, pelo menos no seu corpo
supe rior. A carapaça ferruginosa superio r. para al~m das suas ~aDCte.
rtsuca s, leva a pensar que este depós ito se tena desenvolvido em
período rela tivame nte quente e com estações conlIasudas, cm termos
de hum idade.
Em vários dos retalhos é possí vel ver ou deduzir a unha fóssil
contempo rânea do primeiro depósito. A sua dis ~siç~o n30 anda~a
mu ito longe da actual. o que sig nifica que quer mais acuna. quer nul)
II
•
abaixo, o rilmo de abrasão marinh3 sobre o substrato rochoso da Serra por vere s, sobrepo r novament e areiõl.\ eólicas. Este corpo parece ~tar
se tem processadodo mesmo modo. depe ndente do eaçado da antiga amba. da qual. inclusivamente tece-
Apesar de se situare m 3 .1.Ilirud.:s semelhantes às da platatcrma tJ" beria parte do material. •
Farol. os depósilOS que OCOCTrm junto dos vértices g~siros de O corpo superior é ~ompo!>lO por allemâncias de leitos conglome.
Salm:anha e Vila Verde. nada parecem ler a ver com algum eventu al rauc os (de senos caldnos angulosos e poueo achatados) com leilO5
anuarnenlo marinho . Tra b -.e de dep. t<; ilos arenosos gros.'Ioeiros a areno- pejüicos ou pelíucos . Esle COIl'O. que parece ter-se derramado
c:1SC:llhe ntos. imarures , com sin3is de desgaste fluvial ( 0_ S. CAIl. por un:aavertente em "ias de regularizaçêc , teve alimenuç30 numa m a
VAUfO. 1955. p. 17) e que prttncbem . principalmenle. fenda s c.1nicas. para ci ma da arriba que havia CondiCionado o corpo inferior.
É posd vel qUC' t~ sido remelti dos a partir de ou tros suJx'r1lx"e1o. Abs~i~ a base marinha. quando da de'posiç~ da maior pane
e\se s sim coeetauvo, do atr.l'\a~10 do c imo da elevaç ão e 1.1lvez do cOfPOinferior , pela estrutura dos leitos conglomerállcos. com seixos
equi ...ajemes dos de prai a do Farol f A. F. SOARESet a/.• 1992 ). e calhaus echaiaéos e angulosos e. de certe modo. pelas areias eólicas.
Ainda noextremo oc idental da Serra . ê norõnc um pat amar boli_o. pode deduzir -se que se esta ...a em ambiente rexísustcc. muito prova...et-
cuJa ~JX'rficic aplan.1da ou ligeiramen te cô nca va. de sce desd e os 50- ment e frio e seco .
·60 m de alntude até aos R-lO m. junt o ao mar. Por vere s. e<,u ~upe r. Do me smo modo . os dCJKl'Ílo\ cong lomeráticos superiores suge-
ficle esu bastante alterada na sua con figuraç30 pela actuação humana rem um am biente re xistãsico, co m presença do frio mas. pela dispo-
~ construi r socalcos para ar prati car agricultura. ou para a conuruçõo siçllo do s materiais. tem que se adm itir um transporte hídrico. portante.
CIVil. e noutros locai s eMá bastante recorta da pe la inci são de barran - co rrespo nde nte ii. um período frio e mais húmido do que o inferior.
co e que facilmente se encaixaram num ma teria l po uco resistente ao Entre os dois conjuntos de materiais mais grosseiros ocorrem
desgaste mecânico . S30 es tes barra ncos q ue pe rm item te r uma visão sequências de materiais mais finos. algumas vele s com a presença de
quase com pleta dos deptX.ito~ que preench eram a pla taform a marinha. pa leos 50 10~. que indiciam um amb iente hiost ãsico, possivelmente num
asum co mo da paleo-arriba. aliás. bem marcada na pa isagem . I ~ \n pe ríodo mais quente e húm ido (idem. Ibicfl'm ).
aco ntece ju nto ~ Casa dos Cogu melos (Mun inheira l e e m frente 30 No fundo da vert ente Sul. entre o Teimoso (Vais) e Buarccs. é
Farol Novo. possível observar alguns retalhos dum patamar. cuja altitude pode
Eua plata forma. testem unho prová ...e l do nível de Prata da Muni . variar enve os ê- tü me os 25 m. lnc hnapar:lSW. com valores entre os
nbeira (A. F.SoARESet ai.• 19 89 ). é colmatada por depó~ iloS [Estamp a S- quando ma is 3110e 05 2- quando mais baixo . Suportam-no um
VI· A I t,j1Je podem ser separados em ~oi s corpos Iundame mau: um depósito de ...e nente (ou 1~I vez melhor. de fundo de. \ e~nte) e que é
inferior. potinpiec (are ias e sei~os man nhos e areias eó licas : pehtos: co nstituído por um conjunt o de pequenas sequencias, e~ regra
paracong lomerados e onoconglomel1ldos). co m espessura de 6 a 10 m. positivas 1::. A espess ura máxima vis ível é ~ cerca de 5 . m~ JUOIO ao
reparti dos pai " mas sequêOClas pri nci pais e um superior . mo nonpíc o . Tei moso . numa barreira. cujo corte dá uma IdeIa da COl\Sututç30 ger:l!
e~seocialmente parxonglomer1 tlco. frequenlemente con solidad o por do depós ito (E..sumpa VI·B ). . .
A base começa por um nível petínecq~ em~a algumas areias
c~ me nto. ~arbooalado e de sen" ol vendo- se, também, seg undo seq uên-
cias poeinvas". e co ntém nódul os de manganês dou malÚÍa orgamca e 3. sua cor é
O corpoinferior é com post o, no esse ncia l, por areias marinhas. ou cinzenl o-anegrada . geg ue-se uma sequência v ermelho-ac3S~ de
areias grosse ir3s e m lenúcu!as co nfigul'3ndo ~uenos canJJS. sobre-
mesmo seixos bem rolados . na ba se Ieq uiv alerues da Praia da Murri .
I:1S termos are nosos finos e areno- pelíllcos. Esta é cabem por
:::a S:éncia am arelada de areias gro5sei~ alé areias f1l\3.5 e =
nhára ) a que se seguem areias eólic as. depoi s parxonglomerados e
on oconglomefõldos calcãri os, com matriz are nc-petruca. em que os
espessura a rondar o metro. A encimar. um nível arenoso. acaslaO .
ca lhaus mostram poucodesga sle, e , fina lmente. petíros a que se podem.
de 50 a 70 cm. por vezes com cascalhos.
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lJV_ . """"',....
__,,""'.d..............
~
i I
. ,I 5.2.1.2 - Formas Iluv iais ,
Os vales e veleiros que e ntal ha m li. Serra da Boa Viage m. apesar
de ap resentarem carac teres co mun s c: responderem muitas VCU! à sua
••
po siç ão rela tivame nte: ao nrvet de base locaI o u geral. aprese ntam, 00 C
cotamo. aspec tos particulare s co nsoante ou unidades 1llicas onde se C
desenvotvem .
I Sobre as formações calc o-mar gosas do Lias a sua. form a tra ns-
C
versa.1dominante ~ em berço e apertam quando se encaiJ.a m na escarpa C
que limi ta li. Norte li. Sem. C
No r.ecto~ mai s ocidental, pelo maior ape lo do níve l de base geral. t
li. inci s.1o ~ mai s acentuada e os vales toma m a forma em V. Tna$ nunc a
t
mu ito ape rta do . Apesar de não serem e m gr.mde quantidade e de con te-
rem . co m frequ ência, uma gr.mde percentagem de argil.u que lhes I
poten ci a a insta bilidade, os depósitos herdados dJ. evolução de ver- I
rente s. prin cip31menlC. e m penodo. frio . ainda mantem algu m I
:lOOçamento do seu decnve. A tcndCncla ~ para unu dispo!.iç30ortogo- I
nal da rede hidrográfiCõl.
Sobre as formações calcarias do Dogger c do ~lalm tem alguma I
import ância a posição topogrãfica. So cimo tb Serra os valeir05e I
vales são qU:bC sempre de fundo em berço ou plano. além de que C
alguns dele s e!>lâo corroidos po r depre ssõe s c.iniicu que lhes t
imerrompem. a cada passo. a connnuíésoe dos talvegees. EM.u fornu.s
do mantidas graças à falta de circulação subatrea da água e. nalguns C
casos. quando há maior acumulação de areias. à xç30 do homem pelas C
suas práticas agrícolas. de que resulta sempreuma tentativa de aplana- I
me nte dos fundos que o não sejam já. C
Abaixo do secto r superior da SeIT:I. apl.:ltlildo. os vales ~ncam
em direcção a N orte ou a Ocidente atrav és de ressaltos, mais ou me~ C
importantes que lhes temam o perfil ~ais apertado. mas 'l.ue não
chegam a alcançar uma fonna mui to encai xada porque as CorntJ3S.que
•
C
frequentemente os flanqueiam. forneceram. em períodos frio:s.
grande C
quantidade de fragrnerncs cnc ãríos que. juntamente com areias escoe-
ridas ou sopradas, entulharam as bases das venen tes~ ;urerlondando o
fundo do s respectivos vale s. Por veze s. esses depósitOSde fundo ~
•
vertente toramentalhados pela linh:!de água. em fase já recentee f?t
criado um apertado canal po r onde esporadicamente. nos InvernosmaIS
chUvO~:;eco=t~g~:~;;~~t~F~'i ;~~al da Serra. a dissimeui.1 dos
vales é urna constante,por se orientaremprincipalmente E·W.~[o
•
mais ou menos paralelos à estrutura. rc:SU IUUldo ve~entes vindAs.-
Norte abruptas e com ruptura de declive e vertentes Viradas a Sul mais
bA I
Fi, . SS-
suaves. O Vale de
morfologia.
SI 1M 1 ~1
An~
•
os LAP IÁS
E\tõU formõü dnic.u superfic iais, decerto frequenles sobre :I~
unidade's c3kária~ da Serra da Boa Vi:lge m. eram visíveis em muito
poucos locais. _antes do jnc~ndio. por elolarem. cobe rtos ora por
vel~Jo ~~elr:t. or.I ptla ffioInu mona. ora ,Pri nclpal menle por sedi-
mnIlos decnucm que ~ mascaravamna perfe ição. Só nas barre iras das
ewad.l, ou ~ pedreIra' alguns oeles flcara m expostos . Com o
andrxbo. de que resultou a hmpeza da ~uperffcie do terreno. furam
des~eDlbdos alpins gruj)O\ de lapiá s. em vertentes com frxa. ou nula.
cobcnur.l por dql6s110!. de vertente.
Em repa. s.io bpi;b emerrsoos (L. Ct,;NIIA. 1988) fi . ou quanto
muuo serm-emerradcs e de l.lmOlnho~'óUllldo. Os mais pequ eno s. co m
profundidade!> que ~ \'Cle~ deve rão exceder os SO c m. são
~ e demmam nas venemee de decl ive rraco 3 moder ado do
cimo da Serra (blampa VI-C). As creias finas que os colmnrarn quase
nóltoUlldad.::. pro\eniellles. dece rto, do depós ito de cobertu ra superior
rIhpóJl{u do 8anJt'ir<J). teriam conlnbul do. e dev emo co ntinuar a
contribuir. par.1 o arredond.1menro das arestas dos lapiá~. E.stas areias,
30 perrmurem a relenç30 d.J água. possi bilita m o prolongament o da
.xçJo COfI'O!,iV3 dest:l e Um.1 e~oluçlo mais râpida da form a. co m a
aquisiçlo duma gcomem. arredondada. Estando a e voluir ainda na
actualidade. 2 wa orige m tJe~ e ser anterior ao ültimo período frio.
durante o qwl. e em p2tllcul:lr. leriam sido co lmatados pelos depósit os
de ~enenle .
Com mais freq~ncia no patamar do Farol. surgem lapiás muito
mais desenvo lvidos. em regra co m mais de um metro de profundi dad e.
e que e~l.1o preenchidos por areias e seixos arredo ndados. de ori gem
marinha . contemporâneos ou provenientes do Deposito de Praia do
Farol. A ~ suas paredes tam bém est ão adoçadas pe la corrosão da água.
decerm já cm fase poslerior à sua colmalaç50. Essa água. pela
compos ição das lIICias. quanzOS.1.e pela JibertaÇlio de ácidos orgân icos .
por parte das rnzes das plan tas e da decomposi ção da man ta-mona. e
AS DOLlNAS
- Tipologia
As cerca de 130 dolin a.s , .h vezes grupos de õc linas, de1ect.Was no
ci mo da Se rra da Boa Viagem. apre se ntam dime nsões que podem Ir
desde 2.a 3 m de co mprimen to. a tI! cerc a de 80 m e :to5U:l profundidade
de «TC a de 0,3 m a té 12 m . São . porta nto. dol ina\ de peqUC'1lU
dim e nsõe s e o nde dominam as de muit o pequena dimens1o: qu ase dois
terçost êm um comprimenlOati! 15 m e. ii mesma fracção. uma prcfun-
d ida de at é 2.m (Qu ad ro l~ ).
m
Compnme1l10
"
. m
Prof_
"
.
~7J
O·, :0 .6 O·, 56
" ,., n,4
' ·1' 59 4' .0
19.1 c, J "lO ~1.9
t' · )O
lO ·80
"
2Q 1'.3 4 · 12
"
u.a
II '"
....
.....
l! muito variadJ. mas , mesmo ,.b5im, ~m ser
...
A wa f(ll"lTlA •
ment a dum al ~arocho no extremo da .dolina; o mais rápido apro funda;
difrreociados U'k tipos : tm...flmi1,~ e ~( Flg . 57).
Uma carxterúl ica comum, a lodos e les l! aprese ntarem . rom , Ire-
men~o da dohna naquele ponto origina o maior abruplo da Vertente
pró xima e, umbé~, um embut lmen lo (Fig. 57 , C) .
qulncia. ~ embulldu 00 seu mtenor; um pouco mai s de
meude das. doIin.u ostentam embufllne ntM que nal, uns CllSOJ apa-
ge~I~n:~O~~:=~e~~:. ~ :~~~~~~~la.~
mlUlTl um.a CCfU trescun.. mmifestad;l pela manutençJo de uamos
vertic2is. OU SUb l ertic.1IS. das SU3S'o'ertentes. precisamenle DOS flUIO:'
riais de cobenun. facilmente motllliz.hcis por ~gua de esccrrêecia.
dohnu em cooch.õa 5.lmples e aJ, umas ~m funil. em especi al as peque-
nas e .qwndo estão IO ~~ 00 de PÓSIto de cobertura. podendo estar
•
II
llUOCI~S !II a:ção pri mordial dum único p~esso; .. dissoluçll.o do
cetcãrio, no pnrnerro ca so, e serão do!Jna3 dç dmQ! ll ç ~Q (J. JENN1NGS, II
1985, ~. 107), ou 11 e vac uação do s materiai s de cobert ura em
pro~undldade, qu er só dos Iincs, por lavagem e em solUC;10, e scrw II
~~r~.di~;~6~:~J~~~":~:~~:.~~?n: ; :~~:;
IJ. JE....~l SGS. 1985, p. III ). no segundo .
••
As maiore s do linas em funil (Esta mpa VIl·A) e as coünas que
C
apre~ nlam embuurnentos, sofrera m a actuação de processos múltiplos. C
em Simultâneo ou em fases diferentes . O perti l frequentemente con. C
vexo das \ .ert ent es das dolinas em funil , faz pensar que pm além da
acç ão de ctssolução dos calc ários. realizacb. hipodennicamenle, houve
e tú . ai nda. a sucção. por co lapso -'. da ccbenura an: DOS.1que aqui
sempre existe , altavés dos algarochm. 00 fundo dessas dohou. 5 30
•••
usuais os fragmentos de camadas ca jcárias, ou creníticas nalguns
casos. tombados pelos rtancos de stas dolinas, sinal de perda do
supo rte (J. NICOD, 1972 , p. 36) , o que se ria mais difícil acontecer se a
Fi, . 57 _ Prllocipu, IIpo1 do: doIl11a 1101 XmII d.1 Boa V if,~lII
hotI"ftdoJ .NICnO. I972)
d isso lução fosse o ún ico proce sso envolvido. Nas dolinas com
embcnmentos é ma is evidente esta cooj ugaç30 de processos. até
porque muius das depressões embutidas mosm.m :ainda fresc.:as as
••
A- Dclliunaeonehoo;B- Doluu rm fur"I,C-l:loIiJud.u,mttrio:a;
D - OoIi... cmfr,ani l cmbut!dallU,,,," clIlconcba
supe rfí cies de escorregamento dos ma teriais . O contraste é mais nítido
nas do linas em concha, com peque nas do linas em funil embu tidas. ••
Quase sempre 115 formas embutidas s30 de parede s mais abruptas
e em fonna de funil , ou de pequenas co vas geradas por aba timentos
pontuais. inscriw em depressões maiores , em forma de co ncha. ou
Aq ui pod e pe nsa r· se em duas fases de actua ção primordial de
proc essos: uma dc dissolução , co m desen volvimento da dolina .em
co ncha e outra de co lapso. com o increment o de do linas em furul " .
Ob viament e que as águas de escorrência têm se mpre um papel
•
mesmo cm funil (Fi g. ~7). Quando se verificam vários embuumemcs im po rtante no afeiçoamento das vertentes destas do lilUS. pan mais
numamesmadolina., com frequcncia«S.il5 pequenasdepressões desen- qua ndo elas apresentam, invaria velme nte, llffil cobeftw"a an: nos.t fina,
vol vem-se diferen te me nte em fonn a c tamanho, rc:su ltando daf um
fundo de dali na bastante irregular.
Em praticamente todas as dolinas se nora. ou se deduz , a " J E.NNINOS (op. ('1/,) prefere c~ar I este pl1x en o. t por U ltll lJo ~ dolin;a
exiSIl:nda de pe lo menos um algarocho ("algarve" no d izer da po pula- ondc c~~~~'=~~ gJQl prmpi tIÇÕCS ck vl&s e. prmtipU-
ção loc al) que faz a ligação da supe rffcie com as ga lerias , ou vazios, _nte, inlem&l. IC deverio ori(UW" abatllDnllD' ~11OlI do maRrialde eobcmn.
inr.eriores e em fUnç30 do qual :aquelas parecem ler evo lufdo . A ocor- atnI..udu abntwU ~ o inKrior...,. lIUcrot.. a trmsf...-tn.;ia lIert lcau c afccar.I
rência de do linas d issimé tricas parece estar associada ao desenvolvi- mailOlalmponerttc:l filKJl
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ ---J'íL@
~
cuj.. rnobiJiI.JÇão é fíci l ;"õestes C.bOS.eSUtttnO$enuc perante WI..in.i5
de djuo!ydq ( ool.1pW.
-Dismbl-lif<Jo
Ai dchnas foram inventariadas, no esseocial. entre a Vela e a ewadc
de Sem da Boa Viagem - Quidim l Fig. S8). A sua distnbuiçâo parece
oeenw-se lCgundoduas direcções preferenciais: uma p arclelaà estrutura,
ou lCJ.1.. g rosso ~. E· W, e oulr.l quase ortogonal. de direcção ~ -S .
A primeIra. hIOSIr.lllgráfica. corre sponde :10$ termos IJlológlcº"
mais (xilmente allerál 'eis e penetr.h eis pelas águas de: infillraç30,
condiçôn favor.Ílei s ao desenvo lvimenlo destas fomw cãrslc as. A
dispos;çJo f(lftemenle inclinada das bancadas. ao orerece r à superficie
as j unw de estrarificaçJo, ena condiçOn para uma mais fécil pene-
Ir.IÇ'ão lUs âruas e o eventual auque em profundidade , ou ,en130 o
escoamenlO das águas salwad.:ls.deixando o lugar 3 águas mais agres-
sivas. Se eSUI disposição da.~ bancadas é comum a todas as unidades
geológicas que compõe m o esqueleto do, Sem da Boa Viagem. já a
lirologia vnna subsranciatmente quando se percorre aquelas unidades
distribuídas desde o Liésfcc inferior ao Malm superior. As colina s vão
ocorrer apen:L!> sobre unidades do Dogger e do Malm. a saber, do
Batoniano à base dos "' m l itos do Boa VUlgtm (Kimeridgia no). Uma
única dolin.2 foi detectada no Bajociano, ju nro à Bandeira .
A segunda direcção parece estar associada com fracturas que
cortam transvenalmenle :a Serra. o que é sugerido pelo abnhamento
mais ou menos rigido de algulTl3S sequências de dolinas (Fig. S8 e
Estampa VII-B). ~w frxturas, mesmo que não seja notório o des lo-
camento relativo das c~, originam mulliplos planos de desconti-
nuidade na rocha e I conseq uente maior Iecilidad e de penetraç âe da
água em profundidade.
Uma outra característica que se pode salientar da distribuição das
dolinas t a sua densidade que é maior nas superffcies superiores c:mais
atapetadas,d~ sedimentos quanzosos e nos veleirosde direcção E·W ou
N-S, ccndicionadcs pela lilologia ou pela fracturaç!lo.
Nas superffciei colmatadas por sedimentos arenosos , o escoo-
~IO das águas pluviais t relativamente lenro c:a infiltraç30 pode ser
uuensa , logo a disponibilidade para o ataque da rocha subjacente é
grande. Se a este facto se juruar a maior probabilidade de existência
duma cobcnunt vegetal, mesmo em condições climáticas agrestes e
dum .solo mais ou menos desenvolvido que vlo acidificar aquela água
(J. 1'Ii1COD, 1972, p. 19), compreende-se que possa surgir um maior
número de dolinas nessa área.
~c:~:~::~~8- ~9~. r~u~~ .~~i~~n:i~~I~nO: s:u~~~ ~; a finas que alternem co m leitos ou bancadas margosu (C. RUGET-
· PERROT. 196 1). não favoráv eis li.carsificaçlo .
talvegue, ou na sua imediata proximidade, de: vlI.I:lroS agora dcs acl~
vedes . portant o WJ/I S secos. segundo um a rede hidrog ráfica g~Sse l '
rameoreortogonal. usual nos calcários. quando sobre etes te ria exi stido
um depósilO are nc sc marinho (A. C. AL\ IEIDA" 1992). Sobre materi al
deste tipo t usual desenvolve r-se uma rede hidrográfica dendrüic a.
•
mas. talvez, por ser pouco espesso c ocupar um espaço restrito e alcan-
dorado . em contraste com um substrato muirc mais J uro e sofrendo já
Um.1 corrosão hipod érmica orientada. se possa compreender a msra-
••
laçâc duma rede daquelas. determinada por co ndicionalismos c ãmcos.
Sendo verdade. as doli~ não aparecem em função dos veleiro s. mas
estes é que aparecem em função daquelas.
•
.
• "----+-----+------'------l
~:ae~~~;~n~:~~~~~~~~,;:. :g~:inrDm1JÇão
aplanado . assi m como o perfi l Iengirudinal. Com frac o declive. mas
sempre inclinado para jusante. indiciam que ante s das dchnas con- men,2
trolarem a eirculação da água. esta teria corri do aquele s vale s.
afeiçoando-lhes o fundo e as vertentes. 1510não obsta a que as dolínas ~~md~~d~~~u:re~~liu~d~~~ ~~~~%~~~~d~f=~~~
não estivessem já em ev olu ção ; decert o, não Conteriam ainda
a1garoc~. nem cw.riam ligada!; ii galerias interiores. ~II-.q. com e~pos~1~:osdam~~cd;ma~~s~~::d~:~ment: As
Entretanto. o eoerguimento da Serra irá permiti r que. pouco a ~~d~~~~::Sc;lnC~ais darão lugar. no futuro . ~ \'et~{:~~C~~:adas c
POUCO. a carsificaçlio comece a peneirar no seu in teri or, facilitada. aliás. a uma dolina cm funil. com enmthemento. prov ver. .
" A nAoler que.o dep6silO IUPCnor rdrndo fone conslHUfdo. pelo menos nil
IUlbasc.peloan:no-pelltico '.ora Uislente 1'10cimo dõlSerra. Esse.sem ddvidõl.sUf.e
cm pnIUClllltnle loo...u dolillll. embora de fOlll\l pelicular. Tilmbo! m ~ poulvcl que..
/llIUmI)quc OOltO lipode depmilO f1cuse .precncherudolinólJ iniciilil.eSlólJ:IO
cvoluirempoueriormcnlcsobocond iCion.lmcnlOdc:i1lgillllChos.lcnh.Sido.m.orvido.
n.lOl4liob.le•• ITllvtl.del.ICI.
.5.2.1.0$ - Processos morfogenéncos
Tal como para as outras ãreas-amosca. esta anãhse t baseada nas
oeserveções fcif~ junto 3~ po~ fos·amos tra e, também, sobre as
manifc) l~cks deixadas perceprfveis pelos processos. o que nem sem-
pre t derectãvel. Estã, portanto, longe de ser com ple ta. Nalguns caso~,
mesmo manifcstando-sc afasladO!> dos pontos-amostra e dada a evr-
dência ou curiosidade dos processos, estes 0530 igu31menfei1bordados,
mas, tal como os outros, de modo sucinto.
Junto 30Spontos onde fizcmos os levanl:lmenlos de campo, foram
de tectadas 3CÇ'Oe~ de escorrência. "splas h", "creeping", deslizamentos,
desabamen tos e colapso I:lleral
A rscorrêncía, difuSól ou já organizada com início de co nstrução
de regos ("rill \loash"), foi observada tanto sobre os are nitos como sobre
os calcãnos. Quando sobre estes. eles estão cobertos por areias que
tantosurgem em depósi lO superficial, como a preencherem fendas mais
OIJ menos profundas e largas, ou por depósitos de vertente C3."Ca-
Ibernos. mas de matriz arenosa, Há apenas 3 ocorrências em calcários
sere estes tipos de cobertu ra e, curiosamente, tod as coincidem com o
Toarciano, andar particularmeme margoso tvide supra secção :!.:!l.
O ~crupi"g"" verifica-se em situações semelhantes às da
escorrência. em regra. sobre os arenitos e sobre os calcá rios que
contenham areias superiores ou cascalheiras.
O "spíash", mais vulgar sobre as areias (R. P. C. M ORG A~,
1979). tem lugar sobre os arenuos e sobre as areias superficiais que
cobrem alguns calcários.
Em relação com o tipo de vertente (Quadro 1.5), verifica-se que a
escorrência não está dependente da forma que aquela apresente , pois
distribui-se um pouco por todas elas. O mesmo se passa com o
"splash".
O "creeping" parece preferir as vertentes que estejam ainda longe
da regularização, ou seja, as convexas e convexo-recrífrneas.
Os outros processos mais rápidos, deslizament os e desabamentos.
foram observados em vertentes irregulares. Mesmo que inicialmente as
vertentes estivessem regulares. a própria acção de movimentação
rápida dos materiais. ao subtrair em cima e acumular em baixo. em
posições por vezes aleatór ias, ajudou a criar essa irregularidade.
" EsI C processe morfOSCntt lCO foi dc4 l1lido ~1I"II ~ts do dc..cn\ ol~i mcn lO
11""0, con~u o para ~~ O. do ll'DnCO de al, uma, m orct no IIX &!.
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Oeuos processos morfogenéticos f~am observados, embora n30
tenham coincidido com 05 pontos seleccionados para o leva numentc ~~~au~ :;;li~:adeS~~~ ~ ;~~:~t:~:I~~:~i~e:ou~~1t c
de campo. Um dos mais importantes e. de xç30 bem nolooa ~ , o de composiç3 0 cm ludo semejhante ao substrato rochoso. CUja~('
rOl';'wmt'f11o. produlO duma escorrência organIZada em mate ria l lembrar barrancos ondulantes (EsUlmpa VIII-A) . II.
facilmente mobiliz..be l. é o que acontece. por exemplo. co m os corpos
m.li~ margosos do Toarc iano WperiOf que.lltl,:u a Sul da estrada Brenh a m~i;' ~~~~~~~~ ~a~~::~~~~~~st~a~;i~m~~manoo
_ Alhadas de BaiXO. OY a NW da Cornecira se acham fortemente
dissecados por um conjunto de ravinas (Es tampa VII.O, . quand o a
~~~Z~~~~I~:i::rl~n::n~.~Pea~~~os ao fundo do depósito, A sua ~~~
vertente alinge valores mode rados de decliv e ( 10° a :WO)e a vegetação
foi destrulda pelo fogo ou por sob repas toreio.
Uma silUJÇ10 semelhante aco ntece nos Arenitos do Carrascal.
espes~~:: ~~m:~~~~. d~S~:~Ç3:é:(~~ f~~~::nt~:~al~~~~~
expos ~ção . na base da vertente. de porções da face das fina.
: f::
, bancadas .-
logo a ocide nte de Casal da A~ i3., onde a roc ha. Iriéve l. foi exposta por ca lc:l:"as. por ~m traba lho de sapa originado pela linha de ãgua ao ..
remoção mecânica da sua cobertura. em vene mes co m declives c m e ncaixar-se m3ls fortemente. decerto e m período com caraclerístlcu
IOrTIOdos Y . A relanva riqueza em peütos da rocha e a sua desagrega. ma is rexis.lásicas do q ue o actual . Esra.s bancadas calcárias. exposus
bilid:lde faciliWõlm o encaixe dos fi os de ág ua e o aprofunda mento cas segundo diferentes supe rfície s. viriam a entrar em desequilíbrio. ~
tõlvmu. do seu pendor ser co ndizente com o decl ive da Vertente. porque \JS
A evolução natural das vertentes escarpadas do Cabo Mond ego. mve ís marg osos ahemante~. pela sua c:lpacidade de relenç30 de 3gi1ae
també m ~ ajudaJa pela acç30 dos ravi narne ntos , se o material e m cau sa de incharem por via dISSO. empurrariam lale ralmente aquelas.
for sulicienlememe friável. Isto passa-se nos "Depósitos de vertent e do sujeitando-as . co m o continuar da acção. a um colapso lau ral (Fig. 61).
Cabo Mondego", acim a refe ridos. em parti cular ju nte ao Faro l Novo e Entretanto, a Ira grnemu ç âo d os calcá rios e m pequenos c:ll hau~
entre a pedrei ra antiga e a Fábrica de Cime nto. À riqueza da fracção ac hatados fac ilitaria esse mecani smo de entrada em desequilíbrio e
pelíticl1, ou arenosa, dos vários corpo s destes depósitos , j unta m-se os q ue da pos terio r (Esta mpa VIII·B) ,
fortes declives (s uperiores a :WO) e a frac a cobert ura vegetal pela
proximidade do mar.
~f u muites outros C3S0S de ravínamenros. ou pelo menos de "ril l
...-ash", tem lugar nes ta área de es tudo . bastand o para tanto que haja
materi al mobilizá vel d isponíve l. com fracç ão pelíuca significativa. o
declive seja moderad o a fone e tenha desaparecido ou rareie a vege-
taçâo . Parece estar fora desla acç ão morf ogenética o sect or mai s
calcári o da Sem . já que , mesmo depoi s do incêndio regi stado no Verão
de 1993. segu ido dum Inverno muit o chuvoso . não se verifico u o
aparecimen to de q ualquer rav ina. Decerto. a forte perme abilida de deste
conju nto calcário. com a perda em pro fund idade da maio r part e da água
sobre si caída. é o argum ento ex plicativo dess a ine ficáci a morfoge-
nética superficial.
,,~
ocorrência que continu a, ainda , a processa r-se. não obstante a sua fraca
isso apen as uma lendetlcia " .
amplitude. No fundo do vale da Rib· de Quiai os. em espec ial logo a
jU'WIte da escarpa que Iimiu a Sane a Serra. est ã-se a precipitar Há variáveis, porém. que nào scr30 objecto de análise espacial.
co mo é o caso das referente s aos horiUlrl~ inlermtd iQ\ tE e Bl e
,,
I preciPitados e forma r o tufo nas suas margen s e fundo. A precipnaç ão
que est.1. em regra, relacion ada com a perda de CO 2 da .1gU3. ~
urna referencia especial . A textura do ha rizonlt 8 é um de» casos e o
seu co mponamemo. relativamente ~ lellura do honzonte A, é o
esperado . ou seja, uma maior f~uêncl:ldaste~turas finas (Quadro 17).
frequente na proximidade de quedas de água ou da exis tência de
pe lo (acto de ser o horizon te receptor da la'"agem. Uma boa percen-
planw aquálicas (O . FORD &: P. Wn..u AMS. 1992). S~ le C3.50, existe
tagem de solos com textu ra arenosa no horizonle A lem uma Ie"(tura
uma queda de ;igua logo a mo ntante .
argilc-arenosa ne B.
N3j cabeceiras do mesmo va le, pelos 1-«) m de altirude e logo a
Já o pU do hori zont e B nào sofre grande ~ariaç1io em rcl:açjo
XW da Cumee ira, obse rvámos um peq ueno reta lho de rufo calcário na
co m o do horizonte A. podend o desv iar-se cerca de Um.3 umdade I.1IIto
base duma vertente e dum vale im abrupto. mas que parece herdad o de
para baixo como pata cima e cerca de um lerço dos solos evoluídos
outro períodoem que ai decerto corria. ou até emergi a. água com mais 11l
(Quadro 18). Talvez sej a o efeito duma fracaevolução do perfil desses
frequ ência do que agon.. O depó 5ilO não é bem vis íve l mas parece ter so los, trad uzida pelo prroomínio de Cambíssolos e even.{ualmcnte da
pouco mais de um metro de espe ssura. por poucos metros de compri- forte ligaçào das propri edades dos solos com a rocha subJ3CCnte.
mento.
.........
TU lUr:II00 H. B
Reae~:lo oom o Ha
•
.
fi
,
A", n.rfranca
, ,
Arl '\o._~
A"'..... n..".......... fi
"""""'
Atrno-trana
, A~ml'" 10
do HA
......... )
c.-..
"
As variáveis seguirues, pela sua variabilidadee por respeitarema
lodos os locais le vanlados . ~o pusívei s duma amiliiC espacial. com as
'-'01:01 1- ~l.açkl~ opHdoIhonrontelAc 8.
preccoçõe s ja referida s.
_ ..... dl. S<orno <b 8 .... V.... em
A d renagem. sendo uma variável que cst:i directamente
dependenteda tea tu ra do solo e CS13 da composiçãomineraldu rochas.
pHdo H 8
vai apresentar valores e uma distribuiçãoque tem a ...er com a dístri-
)".....4 I 4" ·5..& 5>-6.4 6.5.7.4 7j·8.4 8j·9.4 buiç30 dos difere n res tipos de rochas. Assim. foram consideradas
drenagens fracas e médias; não parece haver condições IUlurais nos
) j....,4 I I
pH H ..5.4 I , solos analisados para se verificar uma drenagem fone como acontece.
por exemplo, na G·andara ou nas Dunas de Quiaios. Quer as unidades
4
4
carbonatadas. quer as unidades arenüí ccs contêm. já 11 partida. uma
I
.,
5j-6.4 I )
certa percentagem de elementos finos. ou então. por decomposição , 4
H. A 6.S-7.4 ) I propiciam a sua form açãc que. misturados no solo. dificultam. em I
7,.j..4 I maior ou menor grau. a transferência rápida em profundidade. da água 4
',.j.Q.4
I , caída sobre ele. Nesta perspectiva. funciona como um factor positivo
em lermos de polencíat supo rte biológico. por parte des tes solos.
I
A drenagem fraca vai dominar nos solos desenvolvidos sobre as I
rochas carbonatadas do Lias e do Dogger, a Norte. e do c reucícc 4
A n ôlcçã o do he rt ac e te C com o uel refl ecte directamente a médio. a Sul. mas também em parte dos Arenitos da Boa Viagem.
namreza do su~tra.to rochoso do solo. pois quando ele é calcário sempre que a fracç30 fina tem importância (Fig. 62).
Iaz efervescêocia viva. quando é arenüíco ou arenoso n30 faz. em Sobre os depô sues superiores da Serrada B ~ Viagem e sobre os
regra. qualquer efervescência. com excepção de poucos casos. decerto Arenitos do Carra sca l domina uma drenagem m édia (Fig. 62 ).
graças li matriz carbonatada de alguns lermos dos arenitos. ou a uma A pedreg es!dad e, que pode variar entre zero e dez. recorde-
fracção também carbcnarada nas areias (Quadro 19). Dois exemplos mo-Io.tem aqui uma distribuição que. com excepção da parte calco-
situados sobre'calcários n30 mostr am efervescência com o âcid o, mas margosa Norte, onde. em regra. é elevada. pouco parece ter a ver com
isto deve-se ao facto da rocha-m ãe, neslas circ u n ~láncias. não ser o as unidades geclégicasoNo terço SE da ãrea, ondeocorrem Arenrtos~
calcário ma! as areias que. apesar de pouco espessas. cobrem Boa Viagem. arenitOS do Carrascal e calcários do Cretácico médio,
aquele. dominam as pedregostdades elevadas (Fig. 63). ~o interv~ lo entre as
duas subunidades referidas dominam as pedregosidades baixa ou nula
Corresponde ao ci mo da Serra da Boa Viagem e li vertente Sul. lII31S
IJ
As rocha s carbonatadas, pela sua estrutura lítica, em que se veri-
fica, co m frequ ência , a alternância calcário- marga. em banclldas pouco
espess as. fornecem. por de sinlegraçllo lO.dllStos para o solo. iomen.
00-0 facilmente pedrego so. Algumas veze s esses cla~105 do herdado\
'1 PR~ -.:- -:-i" de co ndições c1imáliCil5mais frias e sobreos quai s. Otlcom os quais. se
'1 /.- . ~;,._, de sen volvem so los .
0 5 arenit os ou afoni ori as areias.por alteraçlo. d300rigem a um
/ 2 "2
material aren o so ou areno-argilO5O. com raros clastos, dai a w a mais
baixa pedre gosidad e.
- - - -" - ~ ...~
O • O .. : _ ~ __ _ ~ ...
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C P
a, 5-9. ':' P.M.P.:-1
P. P.C.:-t,P Fig_70 - VariôIÇloda reacçlo com o kJóo ckn1nroOo hor\loaII: A.
nos solos da SelTll da BO;l Viagem
Am - A~ ,,~ P - Pmhal ou euc:l.lip4.a\ Quanto à cla ss ificação dos solos. estes surgem maioriwi~nte
como ~ e distrib uídos um pouco por lOdo o lado. em
Are - M Ias ou alll~iõn M - M óll ll
AIl: - Arenitos com cilllCnto
""""""""
CaI-Dlúrios
C - Cullur,.. ou pousio
especial sobre are ias e arenitoS (Fig, 7 1), Na faixa Nane. com
calc ário s margoso s. são raros os C;unbissolos mas são frequenles as
••
~. solos hab iluais sobre aquele tipo de rocha (O. SOl.ThER..
Fi, . 69 - Re1lUiJo entre o pH. a roçha· mlc c o II~ do solo
1987. p. 10 1).
na Sem lU Boa Viagem ' Nos fun dos dos vales e veleiros. desen...olvides sobre aluv iões.
ou na base das verte ntes onde se acumularam m3.leriaisvindos desw.
. Um comportamentoespacial semelh
horizont e A com o ácido elorfdri co o ante ao P~ (em ~ reacção do ge nerica me nte desi gnados por co!u\'iões. surgem os ~.
classe que agrega os Aluviosso los e Co luviossolos doutras clas-
carbo nato de cálcio que indi . que não ad mira POISé o mesmo
o ácido. A área ond'ese con~:::a:ente fez elevar o.pH. que reage com sificações (FAQ-UNESCO. 1974. p. 14). 530. em regra. profundoS e
as reacçõe s mau fon es (moderada ricos. a n30 ser que. pel a presença demor:td3 de água no seu perfil
sofram hidrom orfi smo. levando então ao aparecimento de ~,
nlor II ~m ~i .. no ampl), • mcdidl, do H
blf;~~O :;:_0 do q~ no labonl6nO ~s :' z: i=~. ~~s:':.~'O
dIclO man1J!m uma ccna lensio de co, ( lu ".,
ta lc.1riO$ e ii.
que o
um
Este fenómeno ven fica-se nos iramos finais dos \'ales mais impor'
lanteS da sem.
aquela linha em dois ramos, nas suas pt'Oltimidades: apes.ar dino. estes
Nas vertentes areniticas mais declivosas surgem solos pouco locais surgem mais "CUS do lado dos WI05 calcirios e com eles
espesses. ãcidos e de textura mais ou menos grosseira que sac os parecem estar mais identificados,
R>nlm Secundariamente podem delinear-semais dois limites que deter.
Nem ou noutro loc..1 mais arenoso e com fraco declive podem minam duas manchas. uma correspondente ao enremc ocidental da
desenvolver-se solos de perfil mais evcluúl .. tipo ~. ou ali vertente Sul da serra e a outra correspondente ao extremoSul da ãrea.
mes m o sol os ~ , constituído pelos calcários do Cretácico médio. No primeiro caso. a
actual ou pretérita utilização agrícola da maior pane doslocais. ouo facto
de alguns deles coincidirem com depósitos de verte nte. confere-
-lhes uma coincidência nalgumas das propriedades analisadas, A
segunda mancha decorre do aparecimentoda failta cak3ri,a cenomaoo-
turoniana, junto ao Mondego e praticamente rodeadade mias e aremtos.
oH
- •
A
8
A...o- In ru
AltlQoUfI
4,'
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(A' I' Ia Jo dnoou lo:-..., I.o)
~I
Z v:
A ... ~
5.2.3 - Componmusf1orísti€as
pH e- ~ HCl
o~
...~~ .
Na Serra da Boa Viagem 530 encontradas fundamenulrnen le
form ações vegetais arbó reas q ue. no caso da área estatal. são o resul-
: ~. AA~fAA' v~
lado das plantações do início do séc ulo. como já foi acima referido
(Cap. 2). Não obstant e. aq ui e além . por causa de co ndições mesolõ-
: . _ A .. n py. gicas muit o específicas e limitativ as para o normal desenvolvimentOda
vege tação . o u à c usta da acção do homem. por meio das prálicas
agrícola s, o u pas toris. o u atf de queimad as. as formações vegetais são
cc - : ,o" . mais bai xas. arbusti vas ou subarbusli vas. Em qualquer dos casos
nenhuma delas corresponde à vegetação clím.u.. a qual pode ser
ded uzida, em parle, pela ocorrência de determinadas espécies no sub-
bosqu e das matas plantadas. Está-se. portamo , perante estãdios de
degradação mais o u me nos acentuados daquela que sena . na maior
AI · 76 - Fluvissolo sobre IIlllviOes. no local de amostragem 80 parte da área, uma floresta natural da aliança Q/Juci on brotero i Br.·BL
11)
P. Silva & Rozeira. 1956 " (1. BRAUN-Bu I"QL'ET ti al., 1956).
dominada pelo carvalho português (ou carv alho cerq uinho - Q II U CUS
fa.r(ill~a Lam.). murro provavelment e seme lhante à actual "~fala do
muna (Myn us commUlIÍJ L.I. f orm ação baha s barb
~cn~ para a ~ane superior da vertente e mais de.:co~tínuaUst;;aa~ n::
l nfe ~or. em direcção 00 mar. parece estar de acorde Com ~ Cond; ões
Ferrestejo". préxirnode vtomemcr-o-vethc. particularmente agrestes do meiO onde está inserida _ muito ~ido
D3.sãreas OUtr0r3 ocupad.u pelo homem. eeconeam.se pn:Jut'OO'I. pele . vente que: ~anega. com frequêec ía, p3rticula~ de sal. Est.u
rebl hos que td muito não senua m a ~U.1 acl;:ltI. o que' veio pcrm mr o c~dlçÕC's lIetermmam. a fi~ ionomia em rufo ccrr.ldo dos indi"'ldU(X
,I desenvolvimento de aurêmicos IIlõILa~ais.. onde a pene1r:w?o de qualquer
peMOO era bastan te dirw:ile onde a luz era fraca ju nto ao solo", Dois dos :~:~~:~t~e~~;:n~=~. e umacena 3ridez. para a qual
levantament os coincid iram com esta fOC1T13Ção vegeta l e reles 'ii: podia . O conjuoto de espécies presente s <Quadro 20) indici:un~slanno5..
reccebecer o dom ínio dos atbu.~10!0 npicos da orde m Putocío tenusci. mars u~a . ...ez, perante a ordem Ptno cto ltllrisd _ Rlronuttlal i.l
· Rhontnr toliD a/Ol~mj Ri \·3S-~ lartll-ez 1975 ( RJvAS· MARTI~'EZ ~I ai., a/atum RI"':lS Martinez 1975. pertencente à classe medilerclnea de
1990), como t o ca.-.o do lennscc (Pútacio f~f/fÜCIU L ). do ademo Qll~,ut~a /IiCi.f Sr .-SI . 1947 ( R1VAS - MARn~EZ tt ai.. 1990. p. 541.
IRNlmIIUS aiaiemus L ). do carrasco IQut'IrW cocei/ua L I e de OUtr.l.~ mas aqui. talvez. sem estar em sucessão para qualquer OUtra formaç30.
plantas meditm'ine:l.. como o rnetJronheiro (Arbutw uneao L ). a roselha
(Cima crispw L ) e a giesla (C}'tiru.r .f1rialU.~ (Hill) Rothm.). Noutras
regiões mais secas da Pmín_~ula Ibéricachega a formar vegeteção clímax,
porém. nestaregião a humidadejá é suficiente para esta ordem não passar
dum eséd io regressivo da floresta de carvalhos portugueses (illnll.
p/~'llrilllt"';KW
ibidnn. pp. 54-55): reste C:bO. alé deve ser consideradacomo um esrãdio
Ulu t ",opat'w (?1
intermédio duma evolução progre ssiva em direcção à floresta dos Daphn~gni<liw/
carvalhos . pois sucedeu a uma oc upação cgrfccla e passou , certa mente. Mynw<"Olt""unls
por outros estádios de vegetação herbáceae subarbustiva, eis/u-• • a/viifalia.
Phill~rta angu~rifol;1l
Uma das formações vegetais que mais se aproximam das carac te- Q"tn:w,occift'm
risticas chm ãctcas é o mat o baix o aerohallnu '" das vertentes do Cabo SmilllrllJptrn
U,.,illtaltWriri ltll1
~l onde go IEsumpa IX-O).
P"'lUltiJlt'ptllSis
É representado pelos levantamentos 66 ~ lO) (para local izaç ão 8rndllpoJi<anphorIo.roiJt'J
ver Anexo 8 . ) . cede se nOla o domlnio do lcnuscc (PiSllJcia lenti scus Rl4bóIlpt""nltQ
L ) e do loja ( Ul~.x turofKUw L). salientando- se amda no primeiro a Alparo,,,,,np/tyll...
RhntvuuaúJ't'muJ
.. Anla ~ por Qw rc...... fiJ,.- por B~n-BYnqun ri aLo 1956,
n'Ial.ahcndo pano llDJnC anua l por Rrv ~· M ..ere-sz, I97S.
PI1l1llll1"",rrari4
PIQII'".fl'l&=tt>lll/l
• "'IIIIlW das dncliçôeI ou ~fni",iu dof, lR~eT\Uno$ f1oril4K'OJ nlo 1JIapJi4 vilJoSD
~ 10 upc de cohnnIn ~~1 que Ij ' '' il«' _c IIlOlllenro pol' Im:'m ~ido enlMo_lI'IaIl'nno-
afeeuoo.pelo rndndio doVerio de 199] Colno~ 1e~-anWncntOsde Cõlmpo fonm C/l~/""i'"",,-w
cfcawdM m1C\ daquele ,nctIlcho e IlCm lodos 00 lo,:;a..sde ilmOO.Iralcm foram CaltnJ..l4mi,mp/,.tÚl
at;nllllolporcle.dcc'id'lIlOIr.uer.lhcs~fertnrilK'mpreno{lR'WftlC.p;Ll'llCYll.lrUm.l Cyntra""""liJ
ecruCOllfl.llolo n.a.leltunc . porque nIo. proIonpr um pouco Il1a.lI I l""lcm da ~ & U"n'iWJlrts
da 801 Viagem -..eutáa I prtte'IO~. ~t:ue morncnlO. ul~o ;I,um.u di' eopk.e . Dtx",,;',lomt'rtlUl
que t:U5o I reocupar o npIÇO. pane dela. dc ... pareceu. ou pelo mcnoo I
p1rofillS P4II;.wJf"ItOSD
lmponlnciol o.\c~ UmI no eubeno \Cr cu! &l1CroU-wprofund;uneme e,váaNflo mari,ima
Jf Dn;g~ ~nlld .. ror nemplo. por Rrv,u.M ..mNU ti ai.• 1990. ~"Jo<r, ..btrru<an
q UlndoH n: fc n:mbf<ll'Tllaçôe.quc. pela $uac.poiiç:iuaom.ll.loIobatidi.pelo< D'IJJiKwfwIlOl'l""'
~Cllloo m.lICl101. eatregadolde plnkul~ o.\cw.
No revan t~menlo IOJ. mais pró lt.i mo do . mar, m j slU ~m . se '"
espteies mais típicas dos escarpad os costeiros. a~ u l rep~sentadas pelo
Cri/hJ1lu11l mari timum L. e PllJllrago macro rrhim ( POIr.). que fazem
pane da classe rupicola Crithmo - ümoníe tea 8 r.-81. 1947 t idem,
ibidem. p. 95). A densidade da vegetação não é tão elevad a como no
local 66. dispondo-~ em tufo~ ce rrados compostos pela Pistacia
PUI"'pi"a~l"
lemucus L . Ulu eufV/)(Uu.f L. e Rham nu.f alatemus L . separados por
U/t'I.t'''mp<leuJ
espaços abertos com algumas berbãceas. A presença do Uíes: euro-
PUllJâ u lt'lIliJCIU
~w.J L. ". apesar de não fazer parte dos agrupame~[os vegetais
Duplrftllgnidl"'"
referidos, ceve-se. porventura. ;\ proxim idade dos pinhais onde e le ~
CUllUuU.úfo/ilU
frequente no sue-bosque e à riqueza em ateias quartzosas do depôsun
ErictlJCopuria
de vertente em que eMa vegetação eSlj instalada.
A rb." u l unt'Jo
Mais par.l a parte inferior e com a maior proximidade do mar. a
PinUS"'"t'a
vegel3Ç30 r.ln'i:l e pa.\S3 a se r domina da pe l3.S espécies da classe
AJpGTUglUap/l;rtlllU
Cri/hmo - Limonieteu , ou de outras classes de vegetaç ão ainda ma is
Gt'1IU'lJtriacUlllhw
mblenles à ~linid.Jde _
Phi/lyi,toan~lUri/oIUJ
Rl_.... uJ.u" ..1U
Para o interior Iksta fonnação surgem outras formações vegetais
Rl.tblUJP
que. ou estão IiVte\ da acção directa do mar ou. se o não estão. ela é
Crol4t'If... _ n ....
suücientemcme rraca ou pouco frequente. para permiti r o desenvol-
Qw'("fuJub",
vime nrc norma.! de espécies evenrualmeme afectadas por o utros co nd i.
Curl"lllca.....bu«l
ciooaJislnO'i físicos ou humanos.
Q....rn.J/ogirtt'iJ
Uma das formações mais frequen tes é o pinhal . em regra domi-
Hnkro ht'lu
nado pelo pinheiro bravo. mas o nde por veles o utras espécies arbó reas
1{jbu""""rm...
tem algum peso. como ~ o caso do e uc alipt o ou do pin heiro manso . Por
este (:acIO. denominámo-l.3 pi nha l bra vo e misto e separãmcs os M " n UI (OtII IIl WIl J
levaruarremos efectuados sobre substrutc crenmco. dos efectuados CaJlu.... ·,JlfJril
sobre substrato calcário (Quadro 2 1); nes te caso . co nsiderámos calcário ThupJUJ ,·jl/n«l
o substrato cuj.3 rocha. pela sua riqueza em carbo nato de cálcio . Iaz UIN>doro prost ral/J
fone e fervesc ência co m o ácido clorí drico . entrando neste co nj unto os E/lCalyplusgWhwlU
calcários mai s o u men os marg osos. o u então com fracção quanzosa na QUf'rrlU /lUiltJl/ko
sua composição. e 05 crenucs com cim ento carbonarado. Ericaumbt/ÚJIl1
. Verifica ·se que o sue- bosq ue do pinhal apre senta alguma dífe ren- P't'n d jum aq"i/jn "",
cla.çào co nsoante aq uele subs trato . Assim . há espéc ies que pref erem SIIliltulJJpt'ro
nitidament e o substrato arenüíco. co mo o caso das Eric âceas , ond e
é CiJt...'crúpuJ
uma é mesmo excl usiva. da muna. do eucalipto e da ca rvalhiç a e hj QUt'TCIU n'J«1/t'. 'O
/..oIti~ra"""t'd
C.vIUIIJ{1t'nduJinlU
.. ~ pon lvel que Soe U1lle doulta es~de de U1t';(. o Viu dennu wejw, que (Xn iJ'a,,,,,rnt'jomi
RlV"'S-MARllNEZ 1'1 al .(l990) 3dmitem ui!lir nA Serr:l d.1. B= Via~m . Ai O\ltr~i
Rn!<DJtmpt'n.J't'nJ
e ~ptt'e5 queo ~comp~nh.llm n30 ?30 nenhUma! d.1s caractertsucas da associaç30a que
~ue le 1010 pertence (TIl)'...., SY/W Jlm -Uliet l"'". dtl u l1. O ~SpeCI~ almofad.3do den .., O"richj/JvÍJcoJn
..
das phln!ll5 pode oer umcameruedevido b condlçlles microclim311caJ ventosa •. E') ·ngium cl1.mpt'llJ't'
" CI'icaH'OP<lria
-,.......
E«~,w.u.. C"' ....., ... __"....
_
Uk a~..,."......
c.u-"''''''
Ü'ic .. ~
w_ _
......
<dJlUI<Im«""~
CÜlW Cropw
Qw,roo. . . .,
1" lI«lI.1krulJOlS
VeriliC:H e sob O pinhal de Alepo uma ma ior di\ 'ersidade em
arb ustos e subarb us tos. alguM deles c:LraCterisl iem de associ~ ou
alian ças. esse nc ialme nte arb ustivas. se ndo. no ge ral. hel i6 filas.
parricul andade que lhe é permi tida pelos pi~il'Q) de Alepo. gDl;3S to
sua fraca e pouco densa copa. Pelo contnirl o, os pin heiros mansos,
qu ando co ntigues. pode m criar um escudo superior bastante .denso ,
suficienle para criar uma somb ra que não pemute o desenvo l...mX'nlo
de gra nde núme ro de espéc ies heliófi tas no seu sub-bosq ue. S alguns
trecho s de pinhal manso . co mo po r exe mplo no Vale do Resptr<tdo iro,
Cu,... JaJ fllb.... pod ia ver-se um chão pr:lIic:une nte limpo de vegetaÇ~ e apenas
Qwmu l ~"
cobe rto pel a caru ma dos pinheiros IEsumpa IX·C).
AJplHHkl llO"JI......
Nos loca is onde não há árvore s ou arbuslos e n30 se miU1i festa a
At6<ulUiIIU"
dD
inter venç ão do hom em . po r meio da agricu ltura , domin a uma
Chovoo.:Irsp" rT'"", " uk"""1UFI vegetaçâe suba rb usuv e. denominada usualmeme por mai o (Qu 3dro
$c' /kl l/allC" 24). É o reflu o duma regressão bastante acentuada da l10reslôl
R~ i>14 Jp
primitiva, orig inada. eventualmente. ~r. fogos sucessivos. mantida
0"....""' ...... <'0 ... pe lo mesmo factor e ::aindapel o pastore io mrcnstvo.
211
_ _ _ _ _cliio- ~ I. (Q)_/F.l\ ~
~I
l Z2
mas das medições do vemo, salvo algumas vezes em que só elas foram
registad,u .
O numero de levantamentos é muito pequeno para que os valores
obtidos tenham importância como lermo de comparação com os regís- Ú.':A;'
lados em p<>$10!> me',eorológicos. ou para que possam ser exrrepotados: N E S W
no ernamo. apesa r dlS\o . aj udam a ler uma idda da vari abilidade e spa -
cial que se veri üca e que era prevís rvet \lerilicar-se. num a áre a de t30
I. BuarcOl
: . Tl' imuoo "" 17
""
d3da ii pro:umidatJe do ocean o. Il
CouinJu._ lnll'noI"
" 90
É voz coerente que as praias da Figuei ra da f oz e de Buarcos são
ventosas no verão. enquanto 3. de Qu iaios é mais ca lma. Esta é uma das
face tas do quadro .c1il}'l oitico local. onde a Serra da Boa Viagem _
10. " _Cimo
- - Pni a
11. Cun.>rçio ss
90
""aa .. .
90 rco
Em termos , médios." (Quad ro 27). verifica-se. de facto, um Do quadrante Este faz-se sentir mais forte nas praias ii Norte -
compor tamento diferen te co nsoa nte 3. expos ição do local. em função do Cestinha e Praia de Qu iaios - e nos pontos elevados e desabrigados do
rumo de que .sopr.1.o Vento. Assim. qU3JIdo o vento sopra de Norte, vai Ca bo Mondego. De salientar 3. vertente Sul da Serra. e",1 que hoium
fazer-se sentir mars fone no c imo desabrigado da Serra e no Cabo contraste grande entre a praia de Buarcos onde sopra multo fIXO. e ii
Mondego. ou seja. nos pomos correspondentes à povoação de Serra da S r" da Encarnaçã o. a meia encosta e junto ao Teimoso, onde joi~ ~.
Boa Viagem. Casa dos Cogu mel os e Miradou ro do Farol Velho e um rede. É possível que estes locais sof~m mais in le nsa ~nte ~ efe.11O de
po uco menos fone . mas ainda int enso . na base da vertente Su l da SelT3. descida a que este vento aqui é sujeito, dai" a sua maior velocidade.
neste caso Buarcos e Teimoso. Sente -se moderadamen te nas praias a Se sopra do quadran te Sul. mais uma vez ~ fon e naquelespontos
Nan e e na Gândare (Fig . 78). elevado s. nas praias a Norte. em Camarção. em Cabanas e eslradado
Saltado uro. Na base da vertente Sul é fraco ou moderado.
Qua ndo sopra de Oeste mais violente no. Cabo !-_I~ndeg?
é
. .
... o(>CI, ...
,
1M "'_
fi o ftgJsto dolll It;mpn-alur1.l IX) periodo mail frio do dia llIm bo!lI:)'ioC'naim-
poIU/IlC. IlIU neue QJO. COftl a prollinlldade do 0CUl'l0. sIo u lC'mpentUl'U mais
C'kvadu. leIlldl1 ....,..Uec:o!ogieamenle mai.dC' lenni IWllC'S
03Obvi&lDC'lllt; q\lC' ute:s vaJoru fonm medidos anles de $C' vC'n ficar o indndio;
!leIte mo.mento a lCmpconlUn no cimo dC'loCimpadoda Serra. àquel as horas , aprollimu-
-1oC'· 4 maiS dos vllll:JttSdos outros ponlm<;onaiderWm .
tempera turas do que no Vale de Anta, com vertentes mais suaves e
baixas .
As dunas oblíquas, Ca marçâo, na Gândara, e S ~ da Encarnação.
na vertente Sul da Se rra. 53.0os loca is mais que ntes dos medidos. As
dun as, pe lo pinhal ralo que Contê m. capaz de SUster efiC:lZrnente o
vento. co mo vimos, mas sufic ientemente aberto para receber os raios
solares e pela reflevâc fon e das areias, aquece m de modo mais
acen tuado do que as áreas mais ventosas ou mais arbori13das . A S ~ da
Enca rnaçã o deve o maior aqueci mento relativo ?t sua exposição Sul.
Camarção é provável que deva o mesm o efeito ao maior afaslame nto
relativo do mar que lhe possib ilita aquece r mai s du rante o dia, desde
que o vento não seja mare iro e forte .
Nos üanc cs das du nas oblíquas. por esta rem virados um a Ncne
e o outro a Su l, regista-se uma di ferença já significat iva nas respectiva!
temperaturas . No flanco soalheiro a tempera tura é. em média, 1,3"C
ma is elevada do que no outro".
-c
'""""
~radada Bande,1õI ,.,,.
eu.a dM Cogymelo5 (Sull
Mun inhcilõl l.>
Pr:Iiade Quuros ~o
c,,,,,,,,,, ...
IJ
Ew . S. B. ViaI:em - QuiaiOl (velt- p. S )
(.ert.p,Nl ~.
Sr'da~ IJ
Valede Anl.l( w-n..p. 51
(ven. p.:>l)
"
'.7
Dunas (flanço 51 1.1
ttlancoNI
'"
Ainda 'Serraml.IIU!Iel'l1..1llD1OnO
,Ipe$~. ~CO'O c nu de velWÇlo uma
.. lhucQnclJ1cqu.ui irucnai'o"t:I.B$~
o ctu C pufutando ou1oldlmcnlC O AtUn-
tieo. c j.lda 5eIl alio, viUl. poditespniar.
-se por borizontc:I, tem rlfll numa di\"llll.
rnqltdc pait.aJma.
.~-
~
" ' E.-
~A
e-e
G,et Ano'
Ao ap ~icar a análise mu ltivaria~a de Componentes Principais e
~~~a~~~ ::~~e~s~:p~~~m:d:~;I:~~: :~~~~~s~:~~~~!:
supra. secção 1.3.3) a fim ~ facilitar o lliltamento estatístico daque,
~s~:~~;~:nf:~:e~li~n~!I.~I~. vU~:v~;d~i:;~~::':;~:
~~~~~:ag;;ria:?:!':I~:%~;~wratQ ~::::::
in.ltmlts1i.2. P lf/ W
p,1IQJrr r e Anmdo d01ltU.
e---e 8------8
A espécie Carpob.roru.s t'duliJ tambêm foi e1iminad.. porque.
sUIJi ~ somente em dois pontos. numdelesa.sua presençaé devid.1. l
e:ust~ nC l a dum entulhorecente de areias a partirdo quallena ..lastrado
a planta. muito provavelmente por aí se acharem propágulos seus.
Fi.. .2- GráfICO.s. toI'I"tbçón eeee oU ",,"~~ll .us Ounu de: Qui~ Como resta uma unidade de amostragemcom Ol:On'!ncia norma! da
plBr 2:0 .6Q. espécie. não é cumpridoo requisilo mínimode SI{.de prnençu ( \'idt'
I-CClfn:~JoP'l"'b~a; ·- --. eorrc ~ neSltiu.l. supra). logo não entra nesta analise enausríca.
INol.1-WI" 110AnelO C o .i Jll'1lc.do da lÍJwl. Em função destas e1iminaçOes a matriz a ser 1I1It:wb ficou
reduzida a 34 variá veis por 38 unidades.corresponden~s a cada uma
i n l~nnidio .A fone relaç10 emre estas vari ãveis decorre . em grande das unidades de amostragemlevantadas.
parte . da cuinci denc ia de lodos os solos que têm perfil evoluí do 1'0 cálculo dos factores. ou componentesprincipais. escolhemos
registarem valores nas vartãveis respeitantes ao bcnzor ue intermédio. apenas 4. por parecerem representaras principaisproblem.ilicas em
O mesmo raciocínio aplica-se ao grupo constituído petas abordagem nas dunas. Esta escolru resultou duma séne de tentativas
veri ãveis relacionadas co m a aopografia (pos içã o m po graflea . d cd h 'e. com 2. 3 e mais factores. veriflcaodo-se que. com menosde 4. alémda
cxpo!'iição e forma do flanco da duna). As posições lopográficas variância ex.plic~da ser bastantepeque~. também h.1via certas relações
potencialmentemais eoergécces, como as suuadas na veneme. apenas entre 3$ vari ãveis que escapa\am à análise. Com mas factores. mUItos
ocorrem nas dunas cujo flanco tem um declive, uma exposição e uma deles eram definidos só por uma ou duas variáveis.de modo que se
forma; nas superfícies planas e fundos de depressão aquelas variáveis tomavam desnecessários. em face do objectivo desta anJ,lise que ~
não registam qualquer valor, dar ser óbvia a correlação entre si. procurar o agrupamento de varidveiscom semelhanre com~ru.men(Q
Passa-se o mesmo, ainda. com o grupo polarizado pelo tipo de espacial. Estes 4 factoresexplicam cerca de 42'11 da. van1ncl3: o que.
ercsãn Quando se verifica um qualquer processo erosivo ele n:gisl3 apesar de poder parecer pouco. lU uma ideia da principal dmâlTllca
um maior ou menor Kr3 U. afectandouma cena área. Associado com os
processos de desg.me e transporte vem a acumulação. a jusante ou a deste ~s:~~~ das saturações de cada uma das variávei.s com cada.u.m
sotavemo.consoante o ageme transportador. dos faclares. resulta já da rcraçãc ortogonal dos eixos (i1Clonm.
A correlação positiva entre a cana (A nmdo Jona.t) e o eucalipto segundo o processo VARL\ lA.X (Anexo O - Quadro I).
(Eucol)p tus gfobulus) o resultadodeste último ser plantado. em regra.
é Nenhum dos factores se destaca particularmente. em ltfID()$
em .terre no~ outroracultivadose onde ~ frequente a exist ência de canas. Já
de importância na explicação das variáveis que ~ percen13ge~:
muno utilizadas em sebes defensoras dos ventos mareiros, quase variância total explicada por cada um. ~ muito próxima, pouco.u -
constantes e prejudiciais paro as culturas. passando os 141{. .no factor I. Como a percentagem de ~ xphca:'iJo
A correlação negativa fone entre o coberto vegetal e Pinus do factor menos Imponante .é superior a 5'l1. (7.5" :::~ ::~:
p;1IQJ1t'r ~ óbvia porque. na primeira variável. as modalidades de maior
valor ,correspondem às formações vegetais mais baixas. enquanto o ~~~i:>~ (:o~~~esv~~~es~rs:~~~~;: ~~i:l~uJ~MONO. 1973.
pinheiro bravo está sempre associado com matas. p.169).
zn
14 " ~
o primeiroIactor, com uma percen tage m d:
variânci a, tota l de
é dd inido pe lo contraste e ntre a rt'.:U:Ç30 d o hori zont e C o segundo factor. cuja percentagem de variância l! de IQ'l,.
••
00; o' UCI e o processe de ü("u m u laç~o. no ~Io pos,ili.vo. e o perfl l
r
todas as d unas . Não são usuais em cenas depres~s inten:lunicas. na
FI
" " " duna pri mária e em mas mais baixas das superfícies.
.II
. . .
"-
O quarto factor, com 7..5% da vari!ncia.idrmiflCMe com as condi-
n"
'I 11.>0
... '
ções bidrolôgicas. Define-se pelo contraste. entre a profu ndidad e da
:t
~
,," malh a freática e o pH do horizo nte A. no pólo pcsmvo, e as higrófiw
.
lU -,
4' ;:-..._
'~-
4 '
-. ."
·1 1 1 4' , )11
-4.s ~ ., ,~~:
gem sirucdas sobre as dunas oblíquas., em que ii lO&1ha freática esá
bastante profunda e onde OpH do solo é.ainda. re!ati\õUneflle de ...ado.por ••
-, -, ~
-.. ~,r
-, ,"
causa da permanência de panículas de conchas. Com o pólo oposto.
ligam- se áreas õepressioeedas , sujeitas :I. inundaçOO ~ ou. pd o
menos. à proximid3de da superâcie do solo da ~ freática. o que
•
••
- lo j ustifiC:l. a existência das higrófiw e. pelopH maisbaixo. do tojo (Fig. 83).
••
-, -, -, -. Sintetizando , podem ver-se os factores que mais fRquc:nlemenle se
associam com as unidades de amostr.l~em. consi~r3t1do agora ~LU
••
solos evoluídos com horizonte A mais espesso. e 3. pe.lo lTt3Jor grau de
" plI'J.definir ClKU factor cOllsidedmos como limiar mínimo de significõIÇAoJ "
cober tura atingidopelasCistãceas. rosmamnho e camarinheua
h lUraç6u du 'lan heis nos faclOUS de :t;0.30 . apehl \le algu ns autores escolherem o
valor 0.40 (RAClIo"E<\ RAV"lONO. 1913. p. 171). por garantir maior afini<1adc entre III ~Ktiunipolarquandot6efinidoporVariJ>1:il eom ~ dullI
varih ci1 cm C3U.... linico linal.ou posilivooull(gali\'O,
ia
Com as depressões interdúnicas e com pane das supcriki.es As unidades II . 2 1. 22. 23. 27 e 32. quase todas situadas jumo do
planas. associem-se os (aclore,s 2 e 4, nos ~los ncg a~\Ios . E .3 exrs- IilOr~l . têm de com~m processos morf ogenl!licos as\OCiBdoscom a
tência dum coberto vegetal baixe, protagomzado ~r higréfitas, neste rnov imer uaçâc de are ias e respecuva acu mulaçllo. que r pelo vento. quer
caso Clperâceas, ou por frutieou-'i amantes de ambientes âcidos. como,
por exemplo, o tojo e urzes.
J4 as dun as ob liquas se associam. em gran de medida, aos factore s
::~a ~~~:c:~:I::m~:~e~~~:a~~~~rt:~a~~~ ~n~~~'e~s~s~~t~nto
mod ificaçõe s morf ol ôgicas . J as a
2 e 4, pelo pólo positivo. São os solos com pH : ':" ado e a toalha ligadas aos ~Ios evolu ídos e com o horizonte A relativamente
frdtia profunda. para além da adeia como especte usua l no sub- es~s~. esti o as umd~~es ~ . 7. 13. 25. 28. 34 e 36. que fazem pane ora
bosq ue de pinhe iros . , . do . "Tn~ gulo de .Qu laJOS • ora das superf ícies planas. São as amas
A dum pn mâri a (umd3des 21 e 22) está associada co m ~ factor 1, mai s anll.gas qu~ u veram .tempo de evoluir pedo logicamente para solos
quer pelo proceuo ~ogenéticode ecurnulaçâc , quer pela nqceza em co m h0':l~le mterrnédíc". algun s com uma podzolizaçlo jã nitidJ.
c.arbonalOSdai suasareJ ai . O ulumo grupo é cons litufdo pelas unicbdcs 2. 10. 3S e 156. t~
SOl projecç30em plano dc:finido pelos factores I e 2. ou seja. em áreas depre~ionadas . que r interdúnicas quer superfícies planas. e
tendo em conta o. solos e o coberto vegetal. ven âc am-se '" grandes onde o 1~lt nwtlV é a cobertura vegetal bai:ta, motivada, em especial.
apupamenlos das unidades de amos trag em. em funç ão das variáveis pela prox imidade da toalha freática da superfície do solo. ou mesmo
que: definem 05 respectivos factoceS(Fig. 8-' ). pel a sua inundação temporária.
Assim. o maior grupoé cOMuNido pelas unidades 9. 12. 15. 16. A s unidad es que ficaram fora des les grupos estio independen tes
17. IS. 20. 30. 3 1 e 62. todas situ3das nas dunas obliqtW. onde são destes dois factores e serão. Certame nte. aftcUdas por OUIrOS factores.
(mt ucnteS as adeias. o solo apresenla um .pH e1e ~~ e. de cerro incluídos ou não. nos " defi nidos .
modo . há a.Igüma reacçSo das areias com o ác ido d ondrico.
Do que ficou dilo podemos co ncluir que. das 43 varlheis
estudadas no sistema de dunas de Quiaios . nem Iodas tem o mesmo
pape l na ex plicação da compos ição e dinâmica deste sistema ; algumas
I há que são mais d iscri minatórias e. apesar de se m.sa.lvar sempre a
possibdidade de haver outras quaisquer ~·a.ri:heis mais importante s n30
g r:'i
ÇfJ
..:.;\::'€j-
O,
'"'I':.
o
0 0'
co nside radas . deve m ser estas as eteius qua ndo se pretender
com preende r esta paisagem sui generís.
Nas variáveis geomortolõgícas são particularmente importantes
a profundidad e da toalh a rrTáll ca que explica parte da distribuiç30
das espéc ies vegetais e o proce sso de acu m ulaçiiQ que ajuda a
di:<.lingu ir as áreas mais instáveis das m,,:is estáveis. J.1a u: posl~iio e o
declive apen as têm algum papel nas diferenças de deseOlo lvune nlo
-~ " aprese ntadas pe lo pinheiro m~l1mo. .
-,.
es pess u ra e perfil do solo que ajudam a dlslmgulI as áreas. 1J1.3ls
J ant igas das mais recentes. Tam bém a reacç ão com o ácido cio.ndnco
do hori zon te C pode ter um papel sem elhante. ao separar as atei as com
cartonares das q ue 05 não tem. O pH do ho rizo nte A ~ do horizont e
C permite m sepa rar as dunas ob líquas das outro subUnidades.
Anal isadas tam bém sob este ponto de vista. ou seja. dos factores
Fil . &4_ Projeg; 1o du ulli~ de:'11'I05lJ28em d.u dUllas de Ql!iaios. pri ncipa is consi derados, as variávei s no~s ticas. que nesl~ cU;
lIo espaço faclOfi. ldefillidopeI Ol facI0feIl e2. co incidem com cada espécie levantada. não tem Iodas a mesma rmpo
, . ,,,
l!ncia como indicadoru meso l égtcas . Algumas espéc ies. n30 obstante
ocorreremum JXl'Ko por IOdoo lado. n10 deixam de ler uma presença
mais s.igniflC&liv~ nalgumas unidades de amoslrag crn de tal. modo que
s.Io uns dos deflDJdoresdaqudes faclares principais. devendo. por esse
facta. ser tidas em conta cm qualquer análise integrada das dunas . É o
caso do Ewcal.'~ptUJ ,tooU/lU e da Acacia tangifolia em q ue o pri meiro
anda mais associado com as áreas mais antigas e a seg unda com as
dunas mais recentes. oblíquas.
Ammophjla arenaría , representante das halopsamófilas, depois da
eliminaç30 sucessiva., o ind icador por excelê ncia do meio ide nti.
é
ficado com a duna primária; com d e associa -se frequ en temen te Sesdi
lOnuDSUM que. em conjunto com Hd ichrysu.m ítalícum. proliferam
sobre as areias com carbonatos.
SclrMnus nign ávu e Scirpus holoscluHnus são as duas espécies
que melhor indicaçlo dlo dos meios higrofilos. o nde :I toalha frdtic3
estAsemprepnil.ima da superã cie. Parecem ser acompanhadas de peno
por Viu europtUw que prefere solos ácidos. condição a lcançada nas
depre ssões inrerdünicas ou superfícies aplanadas.
6.1.2 - Gâ nda nl
..
com freq uência. os subarbustos (o "mato"). mas também I própria
manta-m on a. para a "cama" do gado. a infiltração da âgua da chuva
torna -se mais rápida e os proce ssos pedo lógicos de migrações verticais ~e li m i nação sueessiva
M
• acima descri to Foram eli
'"
~;ª~~~~~~€?k~
mai s intensos . O que leva ao adelgaçamen to daqu ele horizonte,
Ao agrupamento composto por vanãvets lopográfi cas ( ~ i çào
to~r:incn_ co m pri men to d e verte nte e forma de vert ent e) não se
pode atribu ir grande significado. porqu e de riva do fac to de todas as
unidades de amostrage m situadas sobre vertentes registarem. por isso. cal!c lflum. ~/oJcus tanatus, QU,ur::us fa gínea e Viu ~llropa~us. Mesmo
a modalidade mais 31t:!da posl çâc tc pogrã fica , precisamente "v ertente" assim . o numero de vaná vels ficou superior ao das id d
e. como é óbvio . um vaIor superio r a zero nas outras dua s: em amostragem ' .o que inviabihza, por razões de cálculo m~~:~lie:a.~
contrapartida, as modaIid3de s inferiores da pos ição topográ fica têm tratamento simultâneo de todas elas ( RACL"''E ol R.\VMO:-;D 197)
zero na fonna e comprimento de vert ente . A correlaç.5.osurge mais em ~,. 1 69). Para ul~passar es te óbice. tralámos ~nle ~ variA:
função da n50 cc oerêeci a das variáveis do que doutra qualq uer razão . veis geomorfclõgicas e pedológicas. d.u florislicas, No fim em tu Jo
J ustificação sernelham e se aplica fi fon e corre lação existen te das ~laçõcS das uni~es de 3mOSU'agem com as c~mpon:les
entre as vari áveis relac ionad as co m a erosão (tipo d e erosão. gra u d e p~n7lpals da geomorfc logia e pedologia e com as componenles prin-
erosão e área afectada pe la t'rosão ). Logo que uma se regista. as CIpais da vegetação. procuramos salientar as eventuais relações entre
o utras tam bém se registam . independentemente d a moda lid ade. estes três co njuntos de variáv eis.
portanto. a tendência é para aparec er corre lação e ntre as três. Escolhemos dois factores na análise factorial das variáveis
O grupo polarizado pela textura d o hori zont e A mo stra a ligação geomo rfológic as e pedo lógicas por parecerem sintetizar :I informação
espaci al desta co m a est ru tura do mesm o horizome e com a Poa dada por estas ( Anexo D - Quadro 3).
annua. Se :I textura é fina. a tendê ncia é para formar agre gad os. em vez O primeiro factor. co m 20% da variância. refere-se ao grau de
da estrutura partic ular em norma apresentada pelas areias eó licas. Já a evolução dos so los e define -se pele cootrasre entre as variáveis
ligação co m aquela graminea pode não significar muito, porque ctessírlceção d os soros, pe rfil d o solo. ca ma d a du ra e est ru tura do
corre sponde a uma única coincidência com II textura mais fina. horiz onl e interméd io. no pólo positivo. e as variáveis -bed rock" e
Ot outros agrupamentos são só entre plantas e salie ntam as pH do hori zon te A. no pólo ne gativo.
associações frequen tes entre alguns subarbustos e ent re algu mas Há uma certa associação entre os solos de classificação mais
herbáceas (Fig, 85). No primeiro caso corre spon de ntes a áreas de ele vada. co m perfi l bastante diferenciado e a existência duma esmnura
pinhal e no segundo a áreas cultivadas. conc rec io nada no horizonte interm édio , a que correspo nde uma
Sob o pinhal destacam-se as associ ações entre as urres (Erica ca mada du ra, a "su rraípa", es tando ludo isto ligado aos solos tipo
um1H1Iala e Erice australis). a ca rq ueija (CJIlJJ7l1usptlrrium trideraa- podzo l aqui freque ntes.
tum) e a Cistáce a (Halunium halimifolium). Em regra s10 espécies que No o utro pólo. as variáve is referidas. a que se associa a espessura
preferem solos ácidos . O mesmo se pode dizer para o agrupamento de do horizonle A (Fig. 86)". mostram. também pelas coorden.1d.u de
HaliJ71iuJ7I calycinum com o rosman inh o (wvafldula Sl lHC has) e co m maior valor dos pomosde amostragem nas proximidades da Sem da
a giesta (Span iuJ71junuum). Boa Viage m. o papel das areias de origem n30 eólica. com mais finos.
O carva lho cerquinho (Quucus fagin~a) e a tâved a (Dilrichia na aquisição destas propriedad es por pan e do so lo,
\'iscosa) co rrelac ionam-se por oc upa rem áreas fu nc iona lmente O seg undo facto r. com 17.2% da variância. tem a ver c? m a
semelhan tes. ou seja. terren os Ilorestadcs há pouco te mpo. após topografia. é unipo lar e define-se pelas variáveis posição to~~alica .
abando no pela agricultura. declive , fo nnn da verten te e exposição. todas no pólo JXlSIUVO_ A
O agrupame nto das herbãceas Coevza bonariensis. Hoícus associaç ão entre estas variáveis é óbvia já que todas t êm a ver com I
lanat~ e HJpochauu radicasa; surge da frequência co m que estas
espécies ocu pam os terrenos agricultados da Gândara .
Para a u~li~ão da anãlíse por com pone ntes princi pais. esco-
lhemos as variãveis remanescentes após a aplicação do processo de
- - - - - - - - - - - - - ........:::.....- - _ _ j] @.-.W
o primeiro factor. a que equivalem 14,8% da vaMAneia lota I.
'" ••
••
f
parece testemu nhar a forma d~ coberto vegetal, pelo contraste que
aprese nta entre es pécies ap arecJdu nas maes de pinheiros e C-3 pécies
dos ca mpos abertos . muitos del es cu ltivados. No pólo positivo surge o
•
•••
pin ht'l ro b ravo (Pifllu p inas ltr) e II q uelrô (Ca/l 1UlQ vllfga,j,sl.
enquan to no pó lo negarí ...o Chamo~mdum mUtum. co mo representan te
das herbáceas. Ou seja. du m lado . espéc ies fruticosas que acompanham
i a espéci e arbóre a típica desta paisa gem. o pinheiro bn.vo. do OUtra. as
espéc ies herbáceas mai s vu lgarn nos campos de cuínv c da Gãndara. t
O segu ndo factor. co m 12.7'l1 da variância. salienta a diferença. t
entre os terren os ou trora culti v ados e 1Il1oranoresl3dos. ou em vias
disse e os terre nos nAo in tel"iencionados pelo homem . Do lado t
positivo. estão as espécies "cada w"gi/alia. Eucal)pIUSglobulus.
Ptu idium aquifi"um e Saiu sp.• que fonm planlM1as.caso do euea - ,,
t
lip tn , ou cost umam invadi r os temoos abandonados do ClIltivo. como
a aci d a e o (eto \'uljl:a r: no pólo negativo. o tro 'i~ l/Japhnt
6"idjwn ). represen tante das csptcics espo olâncas nas rn.:IlaS dcsu
,,
região do país. As unidades de anl<H.lragem que 1IprCSCnwn mai(RS
,
,,
cccrdenadas no pó lo posiu...o deste factor (Fil. 88). estio Iodas em
tefTCOO5onde há. ainda. manifcstaç õcs duma utiliz3çio agrico l3 não
ewuc remoe .
-e.s o
,,
,,
0.5
"''''''
FiI.I6-Ptv,ccçIot'mplanodalvard~ilpopcdolózic:u&nalis.ada$.Pd.u
~doIdoOsf~prilll:if*il.I\lI~ ,,,
Outras variáveis se associam II estas, embora com satura-
ções inferiores ~ 0•.5: a te xtura do horiz ont e interrn t<iio, a
,
profund idade da toa lha Ire ãtlca e o gra u de erosã o (Fig. 86). Como
algumasdas vertentes se apelam num substrato arenoso com alguma ••
percenlagem de finos. estes. ao serem arrastados por processos
pedológicos. acumulam·se no horizon te B do solo, toma ndo a sua
textura nui s fina. •
Na análise factorial da vegetação tam~m esco lhe mos dois
factores. já quecom mais factores verificava-se umacena redundância
••
na infonnaç30 que surge sintetizada nestes.
'íl(ô\ rm71
Proja;:~se os dois facl~$ num plano . melhor se observ~ a
.uwciaçlo das vari.h eis (Fi,. 87 ). À acácia. eucalipto, ~gueiro e feto
vulgar. j untam-se • silva e as herWceas Brru;hipodiwrl p1!«n icoid,s e
O.w/is p's <oprw . SJo espécies que parecem sucede r locupaçllo
hultWla do espaço .griool• .
Do lado opos to. apllpAm ''\e oU espécies frulicos.as espont1neu
Deil.l área e que compõem . em reva. o scb-bosque das mal.ls de
penbeiro: d.ú • sua posjç~ no gr.l.fico. símu ll.lneamen le para o lado
ponuve do primellO fxlOl' e neg ativo do segu ndo fac lar . P:ITlI a1~m da
queiró e IlOvisco referidos . umbtm I carnari nheira (CO" m.I albwrl l.
Ha1iJrtiUM halilfli/ oIiunt.. I carq ueij l I Cha_ u spcu ti JlJ1l tTUknratum)• •
giesta (SpcJnJl<II'Ij ww:, _l. o ~nho (ú n 'Wld",la J10C'cha.r) e o
Ul!anho-mouro (Cu t/l.J UJ/vii/oli/l.J).
~ lOdu as berb'ct',u dos campos abertos formam um
. gru pame nto bem dt'fiDJdo 00 1.00 negali\"() do primeiro f X lOf . Do """""",,,,--
lado ~o. aparece o pinheiro bnvo isol3do. pois é o dt'finidor por FO- FO· ra- ".
elC't'llncia du nuw aqui eaísrentes, Car.K:teriz.ad.u pdo boJoposiuvo FO_ .0,.&5,51,51.55 ,,-"
do primeiro factor. As varüveis DifriâriIJ vÍJC'Ow e Q/.Iel"CllS tss ítaníce v .......
"... "
.. ..
FO-
parecem ser independc:ntes dest es doi s factores. li
'''''J1
,,-
..
J9 ~
sa- <1.,
: ~
j . ~-'";-
t de ~en':M ii relação entre o pólo posi tivo do primeiro fxwr
para os dois eonjun tos e de onde pode mos conc luir que as lI1I1aS de
!'lIlhem » com o seu sub-bcsque de fruticous acidófllas se distribuem
prin cipa lmente pel as topo gra fias mais devadas e dec livosu da
Gândara. ou seja. no que resta das antigas dunas e nalgumas verten tes
ccnsmrfdas nos are nitos cretscícos e terciários.Embora de modo menos
~ ~P· ·N
saliente, també m esus ma us de pinheiros se associam com o segundo
factor positi vo geopedclõgicc que significa seles bem c:voIuidos c:com
surraf pa, ou seja, solos podzol. os solos mai s tlpieos desta paisagem.
Outra fo rte relaçlo estabel ece-se entre os pólos negati\'os do
pri me iro factor tlorfstioo e do segundo factor geopedo lógjco . o que nos
mos tra a pre fe rê nci a qu e as herb áceas tê m pelos solos menos
evoluído s. mas de hori zonte A es pesso e de eStnllUTI . gregada. A
•• e
,-, ligllçl o. em bora menos nítida. entre es tas espécies e o pólo eeganvc do
I
Mais UlNI vez reu.alu a dicotomi a entre as terras lige irame nte
rrWs e/cvad.u c com algum dec live. oc upadas c m geral pelas maias de
pinhal c as terras mais aplanadas e baix as onde é, ou foi, praticada a
agricullura (Fig.89).
e-e
Fil , 90 - Grafo das correlaç&s pan r1: 1t'I.6O(, N Sma dl. Boa v~l8rcm.
6.1.3 - Serra d a Boa Via gem UilllI.: o.ipti r>eadow 1;l lu pode ICfvil.!OIlOÁtlelOC).
Tal como para as outras paisagens. aqui procurámos e stabe lecer " o mesmo raciocínio se aplica aos agrupamentos compostos pela!
grau de assoc iaçJo entre as variáve is analisadas, através do cá lculo da variá veis ligadas aos depósitos de vertente [espessu ra, petrog rafia e
correlação linear entre si. Foram utilizadas as 83 variá veis que est ru tu ra dos depósitos d e vert ent e), 1 erosão (ti po. gra u e área
respondiam aos requisitos de surgirem em pelo menos 5% das unidades a fecta d a pela erosão) e aos movimentcs ée vertente (llpo. gra u e á rea
de atnOSuagcm. ou não mais de 95% desses mesmas unidades e que a fectada pelos movtm em cs de verte nte). Em todos eles basta
foram 19 geomorfol ógicas . 18 pedo lógicas e 46 Ilorfsncas . registar-se o processo. paraas variáveis li si ligadas apresentarem um
Ao anali sar a matriz de correlações e pondo em destaque, valor diferenle de zero, daí a fone correleç ãc.
~W m, os valores com r ~ 10.601, verifica-se:li co nstrução de 8 grupos A correlação entre a rea cção do horizonte A com o Hei e O P~
Independentes, de variáveis correlacionadas entre si (Fig. 90 ). do mesmo horizonte evidencia o papel que tem o carbonato de cãlcio
. O maior grupoé composto pelas variáveis ligadas ao solo, em na elevação do pH dos solos (O. SoLTh'ER. 1988, p. 292). Sempre que
particular aos solos evoluídos. OU seja. com horizonte intermédio. ele aparece e !lá efervescência, o pH ~ elevado; se noloeparece.o pH é
Assim, correlacionam-se fortemente enee si as variáveis do horizo nte mais baixo.
•
t
o conju nto constllufdo pela pt' lTlra (P'ynos ctJ",,,,UJlis). pelo
mannd elro (CydorIiD obloIfga) e pela !oih ll ( Rllb us sp. ) mosU'll uma
crrta coinc idenc:ia na ()C(:Ifdnçia deitaS espkies. em p.u1icul.v IlOl
!em1lOl abandonados pela ag-rinlltun. ou mesmo ainJJ. agriculllldo6.
As duas prime im são espécies planudu (o marmeleiro desune-se, por
vezes, II ~cavaloM de enxertia da perelD ). A lCKein. e espontánea.. mas
basWllC ligada coma activid.lde huffi3JUI sobre o solo que permue iii sua
prohfençlo.
O grupo fonnado pelas e)ptties Llunos rrobilis e CuprtUId
lus.UUlica ulienu a sua Iipç30. em especi al na mau esuul da Serra
da Boa Viagem. em que a primeira espécie, hetd3da das sombras doi
Cóln'alhais originais.. faz pane frequente do s ub-bosq ue, onde algumas
vezes pontiflC.J. o Cipresle do Buçacoe OUU'aS ondesimplesmente está
.,
presente .
A auociaçJo entre a ClI" 'lIlhiça (QWtt"IU fusizatlica) e a u n e
( Erica wlrlbdlata ) vem co nfirmar um certo par aleli smo nas
prefntnclu das duM espécies quanlo aos tipos de solos. ou seja. solos
.k idos e ~U'Ufdos sobremalerial quanzoso.
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cu " I
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de$ito de vertem,; . ~ 40"i1. é1fr rnda pe la e rodo, mu !li
dm m9 yjmt:nl º' de yeO!;nf( área afer tad a pelos moyjmcOlos de
~ ~. pH cig boózoOle A. cs QtSSUIjI do horj zonlt:
~. " um cig borj m"" jme nn Nio . est rutyra d o ho rj12 OlC
~. pH do borizoOlC inlmntdjº Cup rt SSIU lusitanica: En ca
wmMlltlUJe Pynos communÍJ não entraram na análise de co mpone ntes
nl·91 -~ eeoordo:naoW.mpec:tiyamelllt.daI~pnllQpais
pn ncipais .
~ (F I . F2 e F3 l. daSerndaBo.ViaJmt.
Segu indo o ~mo aiterio usado nas outras paisagen s. quanto à flílllI: o silll ifiado dai sipa nd 110ADI;~o C).
escoltla do númerode factores representauvcs da panemais importan te
da informação dadJ peJas yw ve is. esco lhemos 3 facto~s pata a As unidades de amostrage m que se acham a.ssociad.1s com cada
geomorfologia e Ml k)s e ouuos 3 factores pant I vege tação " (Anello O um dos pólos dã o essa mesm a ideia (Fig. 91). ro:o pólo posi tivo. as
- Qu>dro 5). unidade s encontram -se, no cs.-.encial. sobreos calcários;com o pólo
510 variá ~eis ~Iaciunadas principal ment e com o solo as que negauvo associam-se unidadessituadas sobreos arenitos jurissicos ou
Ij udam a de~rnr o primeiro factor geopedol6g:ico . o qual repre senta ceãcíccs. ou sobre as are ias mais recentes .
19.8'11 da vanância ootaI. No pólo posi tivo. eoco ntram -se as variáve is O seg undo factor que abarcl IO.~ da vari~~ d1 conla .do
respei tantes ao ho rizo n te " - rea~o co m o na e textura _ su bsrratc roch oso. nas suas manifestações superfiCiaiS. É defioldo
juntamente com a JWdrqosidad e do so lo. No pólo negativo. as mais unicamente pe lo pólo positi vo. pelas vari ãve is MMd rock - o ti~ de
erosão, espess ura d a alrerite e f"Ol"'OSlda de . Podemos concluir q ~e
quanto mais espes,~a for a alterne e o substrato for carbonalado. m31S
prováve l ~ a ocorrência de eros ão (em regra sob li forma de escoe-
'53
rencia ). A associação da rocosidade - percrn[ag~m de rocha aflorante
1 superfície - com a \'ariávd espessura da alterite, parece ser contra -
dü6 ria, mas esú, ligada. em especial. com as roc has calcárias e. alé m
disso. pode ser já uma cc nseq uêncía da 3cl uaç~o d.a erosão hídri ca.
tendo fortes saturações j untamente com estas variáveis. 1
As unidadesde amostragem com coordenadaselevadas no pólo posi-
tivo estão situadas. quase iodas.sobreos calcários. quer jurássicos quer o.. ~::J
~ 0 ~~:';-0-
creúcicos.comoera de esperar; aliás.No pók> negati\ '0. surgemunidades.
em regra, sobre fmnaçõe$ ~ógicas recentes eloo com fraco declive.
O reeeírc factor tem a ver directament e com a topog rafia e
representa 8.6% da variância 10tal. É definido pelo contraste entre I"~ ... - ),..
posição lopogrália e declive, no pólo positivo. e coberto vege ta l,
aro mulação e árn armada pela acumulação, no pólo negativo. A -~
IigaçJo entre o dec live e a posição topográfica é evidente. já que as
modalidades de mais eteveoo valor nesta variável correspondem a
vertentes. logo com declive. A associação entre o cobe rto vegetal c o
processo de acumulação também é de esperar visto que as modalidades
de maior valer do coberto correspondem à vegetação mais baixa ou a
.. j \
\
\
culrur:u, com prtferincia pelas depressões, como os fundos dos vales ou I
vateíros. onde se acumulam sedimentos. IsIO é co nfirmado pelas Fig. 92·Projecç30cm plVlOfaclorial dos fõl(:1ortSgeopedológlCOS I e~. I
unidades de amostragem com eles relacionadas e que estão quase todas llI Sern daBoa V iól~m.
posicionadas naquelas sinações topo gráficas . Com o pólo positivo de ste I
fac[Qr associam-se unidades de amostragem locali zadas principalmente qu e estão. ou foram . agricultadas. E o que nos indica o primeirofactor I
na vertente Sul da Serra. sobreos Arrni tos do. Boa Viagem. que represen ta 12.7% da variânc ia total e é definido por Calluna «
Pela projecção no plano factorial (Fig. 92), pode-se ver qu e a
~, apesarde ajudar a de finir o factor I , aproxima-se mais
~·ulgaris. Via europaeus e Ericascoparia: no pólo positivo. e Anuufo «
donax , Oxalis pes- caprae e Rubus sp.. no pólo negativo. Há um
«
do agrupamento do pó lo positivo do factor 2. À s vari áveis já descritas
deste pólo. juntam-se ainda a ~, a form a da yen em e, a
oos jdo lOoogótjca e a rcac çao do horiz onte ç co m ° He i. Estas
contraste entre os subarb ustos acidófilos e frequentes sob o pinhal bravo
e as espécie s ruderais co mo a cana. a silva e Oxalispes-caprat (Fig. 93).
As unidade s de amostrage m associadas com cada um dos pólos
••
••
variáv eis confirmam o ac identado da topografia associado aos indic am prec isam en te isso. No pólo positi vo as unidades situam-se. em
calcários. particular. sobre as formaçõesarenüícasou arenosas da fachada Sul da
A eSPCssura do bonzoOle A situa- se entre textura e reacção co m Serra e com pinhal ; no pólo negativo. unidades também na fachada Sul.
o HCI do horizon te A , e text ura e pH do hori zon te C , o que significa mas onde há, ou hou ve. prática agríco la. . .
que nos solo s de textura ma is fina e mais alca linos , a espe ssura do O seg undo factor. unipolar e equivalente a 9.8'lo da variância
horizo nte superior será maior. total. de fine-s e po r espéc ies medírerr ãneas ~o sub-bcsque dos
A exposiç ão . o cobe no vegetal. a acumulação e a área de carval hais ou azi nhais da aliança Qut rriOllfaglJle~t. SAo arbustos
acumulação. a estrutu ra dos de põsitos de verte nte. os movimentos de co mo o medronh eiro (ArbuIUSun~do). o Ieeusco (Pístocía lertriscw),
mas sa e o declive parecem eSI3f inde pe ndente s destes factores, tendo, o ademo (Rhamnus alatemus) e o carrasq uelro (QueITus coccifera).
port ante , um me nor peso na inf orm ação dad a so bre es ta áre a. e trepa de iras como a mad ressil va (Lonicera etrusca) e a salsa pa rri lha
(Smilar IlSpera) . A sua associação é obvia atendendo a quesão um dos
Quan to aos (act ores floristicos. eles dão conte. antes de mais. do resquícios daq uilo que seria o bosque nalUl'l..l de ~alhos ~gueses
co ntraste entre a vegetação espo ntânea das áreas arborizadas e as áreas na Serra da Boa viagem. É por isso que a nw ona das unidades de
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d"Ulbuldos pelu pralU e. ~ m tnalUCr·K o equlHbno tia Iinlla de costa: só que esse
ac&tmO wnbbn ~III dlmmuuldo (1. B. ~1. OUmlU.. 1990) e. portanto. a trIlnsgreulo
toUIoCVI~""1. SeJUndo,Clle Autor, U qlWltidades de K<limenlos .fomeç idos ao mar para
di,mbulç$o pelu pratu a Sul 00 Doutoe CIIJafome teria prillClpalmcnte nle n o. Ienl
baiudo ~cerea.de ln, depoisda eonuruçJo f)C:le de IOdo o ,i'lema de banqense
de~aulDCJlladGa~dearei.u,pa.rlcontU\lliIo.doKu lellO.
'62
i
Estes solos induzem o aparecimento de espécies acidôfilas e. neste
caso. de eucaliptos que por sua vez também contribuem par:!o acentua r
das suas curacterfstícns.
A e$lru{u!jI "rn lógjcjl, através do pendor. determina a dissimet na
dos "ales e. através das frxturas e direcção das camadas, o tipo de
distribuiçlo das dolinas do cimo d:l.Serra, Tambéminfluencia o declive
das vereares. de modo que as viradas :I. Norte, a contrapendor. têm um
declive maior do que as viradas a Sul. a (avor do pendor.
Um fone declive é condição necessária para o desencadeamenm
de movimentosde vertente , como os deslizamentose os desabamentos.
~ pri ~cipa l mcnte no (u nd~ das vertentes que se vão acumular os
depé sitcs de vertente. conmbumdc munas vezes para a aquisição da
forma em berço por pane dos valeíros (1. TRICART, 1977. p. 197). ou
quando afeiçoados pelo homem. da fonna em fundo plano. ambos
favor1iveis 1 prática da agricultura. Esla actuação leva ao aumente do
pH dos solos e à proliferaç50 de espécies ruderais, mesmo que os
terrenos sejam abandonados. Muitos desses depósitos de vertente são
compostos por uma fracç ão grnsselra, cascalhema ou calhoema. o que
Fig. 100- RelaçOei dinâmica.! (puciai 5) nl pliu~m di Sem <!aBOlI Vilgml.
lhe confere um elevado grau de pedregosidade. Em qualquer caso, o (StIO a clu-io - efeito po!1lIVO; $lIO II IrOCt jGdo _ eteuo llCglllvO)
solo que comporta é. por definição. um fluvissolo.
O YmW. não obstante ser inl1uenciado. localmente e na sua favoráveis à agricultura ou à silvicultura. salvaguardada sempre a
velocidade. pela topografia. caso da Sem da Boa Viagem. pode ser erençãc que deve ser prestada à sua composiçãofisico-química.
considerado. na SU3 acç30 sobre a '·egelação. uma variã vel inde- Por isso mesmo é que os solos desenvolvidos directamente a
pendente. Pela SU:l. dominância do quadrante de Norte contribui para a partir dos calcários ou margas. se são Iavorãveis, 011 tQlemdos. em
inclinação das árvores e arbustos mais expostos. para o quadrante determinadas culturas, como por exemplo a. vin~a. 011 em cenas
oposto. Junto ao mar. por carregar partículas de sal. vai originar a espécies florestais. como por exemplo o Pi~lro ~ Alepo. os
exis t ência duma vegetação baixa. resistente a este factor limitante e por Ciprestes. o Ulmeiro e o Freixo, são desfavoráveis à m3lor. parte das
isso denominado de mato aero-halino. outras. O excesso de calcário activo. a freque~!e rocesidade n~s
Em sfntese. podemos concluir que a luologia tem influência calcáriose a can ificaçào que origina ~ absorçãorápida da.áS.ua..do
e até. esporadicamente. d3S prõprias plantas. üo !ImitaÇões
50;
essencialmente sobre as solos e a vegetação; a estrutura geológica. em
conjunto com a lilOlogia. influi sobre a morfologi.a e a maioria dos
processos morfogenéticos associados; o vento ecma sobre a vegetação. incre':~t:i=f~as;c:;~:;:\ cornijas nos calcários. forte ~Io
Tendo em atenção apenas três aspectos de possrvet usufruto desta declive que comportam. não pe"" i t~ m o desenvoivunenro e
paisagem. que são. no entanto, dos potencialmente mais viáveis e rmanência de solos espessos, nas comijas nem sequer de ~~
tradicionais. verifica-se que são a litologia e o vemo as componentes de : 10 e são portanto. adversos a um razoávelcresclme.nto das d '
partida de todo o conjunto de relações existentes (Fig. 100). Não' obst~te . pela beleza paisegfsuca que proporcionam. são os
Os arenitos. pelo material de alteração que fornecem. e as areias, elementos lúdicos mais imporUn~ da 5,e~~_ desde há mais de um
lapartida permeáveis. dãoorigem a solos espessos. após algum tempo Os calcários daSerra têm Sido exp OlilUU.S. . a coes-
de acruaç10pedogee énca. As mesmas razõespresidem aos depósitos século. paraa indústria do cimemc e da.ca1 h~dráu hc.a e ~ indúsuias
de vertente. quer desenvolvidos a partir dos arenitos ou mais frequen- uuç50 civil. Quer as pedreiras. pel~ polUiçãon sual. quer.onWs. sic
temente dos depósitos arenosos superiores, quer a partir dos calcários. referidas, pela polUição aunosfénca e soocra ~U\IÇ.Io civil
em especial no fundo de vertentes escarpadas. Estes solos são bastante desfavoráveis à prática do lazer nestaárea da Serra.
:o,
apesar de rudo. pe la me lhoria das vias de ci rculação. pela tentativa de q u e i~ fazer uso. Não significa que OS valores. limiares ou classes.
~~~~~I~ ~~ ~:~~a:ia
pari um aumento de fruição do lazer.
=: ~~j=~l~~dl~:~~=: escolhidos por nós. se apliquem de imedíaro a todos os casos. ~
porque esses val.ores ~~m do tipo de actividadea quese destinam.
e, ~esmo para Igual acuv~dade. esses valores nlo têm uma aplicação
a vemo ~ um faclor fks(avor.hel a al gum as actividades. co mo Universal, dependendomUlla s vezes dos objectivos pretendidos (fAD .
por uemplo 1 silvicu ltura. por rranspcrtar. por vc.zes. u i e po r soprar 1977. p. 8).
domi nan teme nte dum rumo, afecWKJo o crescimento das árvore s Na Agricultura e .Silvicullura tá variã veis fundamentais que
exposw . do lado de barlavento;como ao lazer, quando sopra a uma devem ser sempre analisadas. Por exemplo. o declive I! um faclOr
velocidaõeque o fOtn.1 desagradJvel.em especial a sotavento da Serra.
por normae na esll{lo balnear,na Figueira da f oz e em Buarcos.
controlador, especialmente quando há mecanização; mas também são
importantes a espessura do solo, a água, os nutrientes, o pH. a textura,
etc. (C. M ITCHEU., 199 1, p. 286). O uabalhoque apresentamOS dá uma
••
6.3 - Apli cabilidade
primeira ideia da distribuiçlo da maior pane destes factores e, se não
surge cartografada essa distribuição. pelo menos 510 indicadas as ••
Apesar da importincia das co mponentes variar consoante a
problemáticaparticular que. se estiver a analisar e 05 objectivos espe-
situações em que ocorremdeterminadasdas suas modalidades. sempre
que se verificam certas condições. Basta reconheceressas condições,
para se pode r prev er a ocorrência e caracte risticas daqueles factores .
••
cíficos que se pretendam aUnglr, em determinadas actuações na palsa·
gemo im porta conhecer aquelas que são mais determinantes no
Apesar de não ter sido feita. I! importante construir uma carta de
aptidões. ficando, no entanto. sempre subjacente ii esta decisão que ••
•••
equilíbrio do conjunto. pois a sua afectaçân pode levar ao desenca- aquelas não são permanentes. pois variam em função dos objectivos
oeamemc de processos de difkil controle. Por exemplo. nas dunas pretendidos. em especial quando se trata de espéciescultivadas. pan
nunca pode ser esquecida a cobertura vegetal que t a componente além de estarem dependentes de outros factores exógenos, como o
fundamenw da estabilidade daquele sistema; assim como na Serra da desenvolvimento tecnológico, alteraçãodos padrões de consumo,etc.
Boa Viagem se deve dar sempre importância à litclogia, com a qual se
relacionam e da qual dependem. muitas das outras componentes. quer
estruturais. quer funcionais.
No caso concreto desta área de estudo e pelo factO de ter sido
atingida pelo incéndio de 1993 que desuuiu grande paM da mala de
pinheiros das dunas e da mata da Serra da ,Boa Viagem. nela vão
••
•
Pelo método aplicado. este modo de abordagem da paisagem intervir técnicos de Silvicultura a quem poderiam ser prestáveis algu-
permitefornecer dados utilizáveis num ordenamento do território a mas das conclusões a que chegámos.
escalas médias de análise e de representação. ou seja. principalmente É conhecido o tipo de plantação le..-ada a cabo nas d.unas de
entre 1125 000 e 11100 000, eventualmente a escalas ainda inferiores. Quiaios. há mais de cinquenta anos, pelo,s Se~ iços Florestais e.que
Para escalas superiores. já serão exigidas análises mais pormenorizadas desempenhou bem o papel para o qual foi desu~ porém. a.diver-
e sistemãncas e. porventura. sobre áreas-amostra mais restritas. A sidade arbórea é muito baixa. ati porque .a andez do meio e a
própria escolha desw mM-amostra mais restritas, pode partir do uso inexistência de solo a mais não permitia: plOh.eiro. bravo na quase
do primeiro método. ao detectar mas-problema ou áreas com uma totalidade. alguns pinheiros mansos próxi?10 do litoral e a~~,:
grande diversidade e variabilidade de situações. a requererem estudos de
mais específicos. , té em
De qualquer modo, as variáveis analisadas e as suas modalid3des,
silo mdícações preciosas para muitos outros profísaionais que delas ~~~~' da mesma gcraçllo se podem verificar var1açOCs,. por e.w.emplo
entre o litoral e o interior, nalgumas das suas car.a~terist'casi c:-o na
riqueza em carbonatos e ~ pH do sol~: masemqU3.Isquer de Msiru::
... }" ~deesporOn perpendiculam. 1 Pf1iaedeenroeamenlOl
lIde.renl.el kx!liU>dinail. ~ l! 1Il n=lOlviôo o problema lb dimi nlliçlo de an=iu nu nítida Variaçlloi:rd~=sa;c:~~c;:c~:e~t~rto~
pn .... e do consequo:nll: recuo desw. por con lrarillf a dinl miCll nalun l delle l il l.ema
alwnente ener l t tico e inll!v el. de int.erflke. COIIltilllldo pelo mar.praia-duna prinWi a.
~;~~~~~i~~1I!5 em termosde espkies florestais. Noentanto.quesno-
namos se os técnicos encarregados da SUJ; rearboli z.açi o levarão isso
Se mpre:que possfvel deve-.SI: actuar com a Natureza e nllocontra
em conta ou mante rão a polftica duma plan taç30 prancameme monos -
a. Narureaa , Neste caso , a SOCiedade . a. rtIl!dio ou longo prazo. sai
pecífica. com lodos 0$ riscos daí decorrentes. onde. se incluem os sempre a perder. A Natureza n30 perdoa.
ioctndios noresws1 Ou vai-se &pro.. euar essa diy enidade geo-
Geralme~t e. as com ponerlles da paisagem que mais interessam to
ecológica pata se w 'f'Cnlficu o cobeno vegeul. introd uzindo fol~
Engenharia Civil sSo as de l.mbito geomorioló gico: tanto estruturais,
e outras resiOOSMnos me10S apropnados1 P MeCC'- OOS que esta med ida
co mo. por exemp lo a IItologla (substrato e depósitos superficiais), li.
seria mais racional e a paisagem dunar gan haria muito em todo s os
estratig rafia e as fonna s relevantes, como dinâmicas. onde se destacam
aspec~IO 1 Serra da Boa. Viagem ji foi tecido um comentário no
os proc essos mcrfogenéucos. São elas que muitas vezes põem em nsco
certas obras . ou encarecem-nas sobremaneira. PoreJ.emplo, no caso do
Ca p. J. ac:crea do tipo de. arbonzaçlo para ai projectado. Reforçare~. cimo da Serra da Boa. Viagem, ~á eco nómica e tecnicamente
no entan to, que as aJOl:hções pedoIógJcas e geom orfo lógicas õesc rua s recomendável propor , para uma das suas dolinas, a constru ção dum
parecem pmnitir a introdu ção de maior percen tage m de fo lhosas do
lago artificia l. para o qual bastaria que o seu fundo fosse "]-»] revestido
que aquela que lhe esu desn nada. As resinosas podenam do minar nas co m uma manga plástica ou compactado com um compactador
zonas mais baodaspelo vento. nomeadamente na parle barlavent o de
algu ns valeir05 que do aultnticos corredores eó licos e nas áreas de:
r
pneum álico (... (A. C.}.t. NORA, 1993. p. 72).e,
As componentes de ámbito pedo lógico e floristico wnbém 510,
solo mais ~Iético. nw. sempre que passiv ei em mistura co m por veze s. determinantes na localização de certos empreendimentos .
folhous. A aptidão lúdica d.1 $ernr. sai ria benefi ciada . porque, pela sua riqueza ou raridad e. pode m ser impediti vos à
Porém . como afmn1vamos acima. rudo depende dos objectiv e s instalação ou passagem dessas obras de Engenharia , assim estejam as
pretendi dos . Intere s.sa uma mata para prod.ução ou par a protecção ou autoridades respectivas sensibilizadu parat$!es problemas . Manchas
para lazer ou para todas esw funções conJugadas 1 Aqu i. pensam os e co nsti tuídas por vegetação natural , reminiscências daqu ilo que seria o
certame nte wnbém o pensanmos técni cos encarre g3dos do projecto. cobeno vegetal inalterado pelo homem. ou possuidoras de exemplares
que se pode m conjugar Iodasestas metas . E por que n ão um trech o d a de espéc ies raras em vias de extinção, deve riam ser preservadas de
Serra desunad c a um cccenc vege tal co m fins científko s1 Por exem- qualquer outro tipo de ocupaçll? De igua~ modo. os SOI.05 de elevada
plo, uma área de: mais diflcil acesso. ainda não ocupada por espéci es aptidão agrícola també m deveriam ser deixados eulustvamente para
invasoras. co mo as acácias e os eucalipt os e que seria dei xada a uma uso agrícola e só em situaç Ao de exlrema necessidade, e caso não
evoluç io natural . espontinca. poderi a ser de limitada co m esse fim, o hou vesse OU(f3alternativa. poderiam ser ocupados paraouuos usos,
que pmnitiria aco mpanhar a evo lução serial duma vegetação à partida
.
pirófila . Para o Turismo e Lazer. este tipo de estudos permite localizar ou
Esta maneira de anal isar a paisagem pode: serv ir a Engenh aria ,-, detectar aspectos morf olôgicos. florfsticos e chm ãticos passCveis de
serem apreci ados ou "gozados" pelas pessoas . Neste caso. mais do que
Civil. numa prime ira fase. por exempl o. li "{.•. }identificar ãreas-cxeve, nos cerres. essa apreciação é bastante subjec~va e dependen te da
as quais. por causa da sua import!ncia ou problemas. requerem estudos formação, do tipo de cu lrun. e dos valores estéticos que cada ~
específicos" (e. M ~ J 99I , p. 320 ). Numa seg unda fase , esta possui. Um trec ho escarp ado, rochoso. sem vegeuç30, pode ser depri-
pode mes mo servir-se daquelas análise s a fim de co nhece r o mod o me nte para umas pessoas e espec tacular .para. OIlU1l S; tal .como um
como func iona o meio, o que permne actu ar sobre este de aco rdo co m bosque denso pralicamente .impenetrável. dIversificado . atra1l1l1enç!O
a sua dinãm ica. Isto pos~ibiliu maior segurança e menores cus tos nos e a cu riosidade de quem u ver preocu pações ecologistas. mas ta Ll5a
~us empree ndimenrcs , po rque podem ser evnados muitos dos
problemas que surge m quando meios em estabilidade precária vão ser
alterad os, precisament e nas compo nentes-c have que mantêm aquel a
estabilidade. Em regra. li capacid.1de técnica actua l resolve estes
problemas. mas 1 custa de esforços e despesas supleme ntares que.
muiw vezes. não estav em previstO$.
m 113
Quiaios relativamenteàs de Bl1:lJ'COSe Figueira da Foz. no que respeita (A. RAMOS & S. G. ALOl'o'ZO, 1985, p. 180).
ao veruo. É claro que não temos a pretensão de que um trabalho deste tipo
dê resposta cabal às necessidades de um planeador, em vias de agir
Este tipo de anâlise também pode ser usada nos estudos aro- sobre uma determinada paisagem. quanto às características bioflsicas
biente is.cm particular nos de impacte ambiental. desta. mas. se com este trabalho tivermos contribuído para uma
Permite, numa primeira fase. :1 definição das subunidades de transformação equilibrada desse trecho da Natureza. consideramos ter
paisagem. onde as características estruturais c. porventura. dinâmicas alcançado o nosso principa l objectivo: colaborar para um "diálogo" e
são uniformes. ou seja, a definiç ão das áreas onde a acçã o da mudan ça não para um "confront o" , entre a Natureza e o Homem.
dessas características será sentida do mesmo mod o. Assim. pode m se r
estabelecidas e cartografadas as áreas operacio nais de intervenção.
Numa segunda fase. pelo conhecimento não SÓ das variáveis
estruturais. mas. em especial, das variáveis influentes na mod ificação
das formas e processo s. é possív el conhecer a di nâmica da paisa gem .
As variáveis com maior peso nessa din âmica pode m variar em função
da acção a empreender na área e para a qual se pretend e det erm inar o
impacte ambie ntal. Só o conhecimento daquela dinâmica ..... permite
produzir documentos suscep uveu de responderem de modo prec iso às
questões postas pelos decísores face aos problemas do ambiente e do
ordenamento " (M. G UlGO et al., 199 1. p. 25).
Assim. este ripo de estudes. para além de ser capaz de prever .
parcialmente. a evolução das paisagens pela compree nsão da actuação
da sua dinâmica sobre as variá veis estruturais. pode fornecer as base s
canográ ficas e as linhas mestras. co m base nas quai s outros es pecia-
listas partirão para estudos de outro âmbi to, necessários à determinação
mais completa dos impactes ambie ntais em causa .
=:
DAVEAl/.Julel (1902) - "Glo~aptlle booniquc du Ponugal. D. La nore des plaines
el collines O'oi, ines dlll inonr. &l. 5«. Bl'Ottrnvta. COlmbt&. XJX. pp. ). 140. FRAN~~~_~I~~=~~~~:':.~~t~;lI,al (Coruwlt/e, .4çDreJ).
DAVEAu.Ju les (19()4...Oj) _ "GéoJnpbic boUniquc du Pon ua:a1.Ill. Les 'Ultioos de
zone des plaines cl eolliees". ~ 5«. Bl'Ote~. CoimbB. XXI. pp. 16-85.
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u
F~~~:aal~C;~:~lt.t t
Lisboa,Esc:olarEd llora.18i p.
~i.~ ::U~~A~~::;,:~ s: ~ flU
U. Ac. CieoJ. Fbia. Rei. n.· 8.5 1 p. +::1 mapas í . t, FRmAS. HeLena Oli'Vcin.t UrrÁO. Maria Terua ( I9S9)- - Asdllnas daM umllbellL
I>EfJ'Ol";TAlNES. rese -Psere ( 19115) - ~trude de 1' 1lCtI 'Il.~ la:ncole er anal )'1e du
paysa&'t" . L 'Espllct Gh1,roplciqur. XIV. I. pp. 37-47. ~::~~~l k B~:~~.c;r~2.~~~~;~~CO 00s tcoIsiUenw
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ANEXO A - Ficha s dOll!evllntamentos de ca mpo
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EQL'ISETACEAE
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Fi, _U - ~l l tram~ l Ól' dunll atl llqu.uctramRnllI __._._ _ 108 Fi, ,,, - tadooa enlo ll&llCllltaob.u. GIndara.
FrequrntialblolutalUocapmundohori.lllrloeAIIOI IOIoa'lJ'ClIl.
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Fi, _I' - Fr-equêrll;...bsoIuu dl$npCl1l1tudoahonzonlClK..... 40B .
Fi,. 2>l _ TlpOIdepctfil do solo _ o..nu deQl Wc. I I' pon. "' aoIoIalf'tllll:ldll'c "'l>kI.plClIllldaa.lII~ ._~_ I~
Fi,.:.s _ Úf'nlllnl do lOlo lW Ducw de Qllw,x 116 Fil ·.l6 - Frcqubciaa abaol_oopHlIOIhonzonlC.A eBdoaoololda
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Fil Z6 - VlInIÇIo do 1° Qurul di MNlInI r do:r Qv.IroI di frcqutl'C II
oopH. rm rdlÇlot~k:JpoJrU"lC.ocu paoU prIolKllol.I\II ",_.17 - DiOlrib<Dçlo40p H doboriZOllll:AdoIaoIoIdaOlnd.ara.- m
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Fi, ,3' _ SoIop:01zoldudunudeQllWOlinw1Illli,4l. IIOloeaIdea- Fil . 6 1 - EW>luçJodoproçeaoo dc~blenlpr6WDf1du"'''-daI dc
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FiJ.36 - VeItUÇloNldwlllpnmtri.lledeprculocontlfUl.I\lCoIt,w .__ 127 Fil 62 _ Adrcnlgcmdoaoololoda ScmdaBoaVylClh - - - - '"~
Fil . 31 - Oiombuiçlo <iii dcpm.1On i~lIrwa com Ycie1aÇlo hclb'cea. Fi, 63 _ ApedR-JO'ÍdIdCdoIlOa da Scm da&.V...,rrn. ._ - - 191
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Fil . 64 _ A ~ doa ..-.lolodaScmdaB<.ViaJcm ---- L9'9
Fil. 38 - VanlÇlo di fonTll doi pinhcll'Ol <iii Dunu de QlIWos, consoan le
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o pe-rímeuo il .l lura OOprilO.-. ... 137 Fil .66 _ AeapcuunodollOloa da.Sm:a da 8oll V iqem-- - - - '"
~~:...~.~.~~~~~~~-~~~.~•.::~~~::.~~
Fil . 39 - DechYCImedidol llOlponI Ol amosn dl Glndata .._.... 1.1
Fi" 40 _ Elboço aeomono l6p:o da m . -amosn da Olodl:;L . 143 Fil ·67 -
112
[. 1IJ
Fi, . 68 _ VariaçiodopHdobarilOllfCA_lOk»daSrnada8olVi.l~m 203 Fi, . 90 - Gntfo du c:om:laçllclna SeITId.:l&.V i1i crn 249
Fi, .69 _ Rr IaçJo enue o pH. • rochll-mkc:ousooolOlo.n.aScrnd.o.8OlI Fil. 9 1 - Satu.rI.ÇOes c alOfdc~ du componc nlelptlncipai llcopedol6-
Vialnn _ .._ - - - - - - _ . _ ._ _._ _...•._.....- ~ "CU da SeIT1.da Boa V l&~m _••.__ ~ _._._. __ 2S1
Fi. , 70 _ VaraçJo da reacç&o ~ o kido c1aridnco do horizonte A ROI
soloIda Serrada 801 vsqem ._.__..__.._ ~ I. R,.92 - Projecçlo em planof"'tonaldos flCtom leopedo ló'lCOIl e2na
Sem. da Boa V cm _ _ _ .._ _.._ _ _._. 2S3
Fi• . 71 _ Qu.I.l(~doI soloI llI San da Do. Via'c rn _ _ _ __ _ 206 Fi, 93 - ~e~dalcomponcnlClpnncipll l da ve gclaÇlo
da SeIT1.da Boa VI&'em ._ . ._.•• .._ _••••_ ••_ _._. ~
FiI_12 -~dItIlldo;-. OIolimllesd.u "an.f.""lSan~UItO-
cntACW . ._._ 207 Fi, . 94 - ~;ecç1o cm pl. lIOfac,ulllal du Utllraçllet das vm h clt florfl-
tlc:asdaSern.da8ol.VIlIfm,panlOlfaetorts l e l ._ .._.•_.__ 1S.5
F,, _73 _ Solo llpo Rend.UM, tobfe cakánOl. ~ado no local 108. ~
SftnI da a..VIaJCftl--_ _. ._. .__._ 208 Fi,.9.5 - ProjeeçlononJ*ioflC1orialdefinidopclol faetorel~ 1
c 2. du ~ _ llIIida<Dde l.lllOlUlJC1ll daSernodab
Fi, . 14 _ ~ c.""uído.JObretü;ánosrobertospwan: iafina.no Viag em _. .• .• . ".
Io;aIde~m 1" 9, da Sunda eo.. VuJeftl .._ ZOO
Fi." _ ~pouoc:or"ol."ldo~ de~llOde
lIOJoal de ~I IO .•
"rnrnfCakário.
.•__ ._ 210
Fi, .96 - Gnfo .w lilaçOes entre Ol flelOfa ~olóIW:l> pcdoI6siall
e floril~na Sarada BoI. Vi.lgcm _ _._ _. 1S8
Fi. , 79 - DIro:çIo <b venIOf 60nuMnIes na Sem da Boa Vl.1g'ell1 com base
IlIdrfomaçjodol bjo. .~ .. ....__ 228
NISO - VrnlOldomuwll« noValcdt:Anl.l..SundaBoaV"Y~m . __ _ 229
Fi, . 82 - Grafo dai eond.çÕC:Sm im as vwveu dai Dunas de QuiaKK .•••~ 2J4
Fi, . S) .. S&l~ eeoordetlld.uduqlWl'OeolTlJ'OlXntes prilK"ipai.du
I:>unüde QuIl>Ol. . ..__..._ ._ ._.__ .•._ 236
Fi, . se - f'ro:IK'çlo du wUdadeIde &lIlOWõI gcm du Dun.u de Qu iaiOl. !IO
cl~ faaoml definJdo pdOl flCtCll'n Iez 238
Fi, . 8.5 - Grafo du COI'nIlçõe:s clllm as Vard VC11da G1ncbn. _ .............. 24\
Fi, . 86 - Pro~1o cm pllno du nn.t~is ,eopedológicu &llI1 isadas. pd all
~lurlÇOel dof; doU fle lorCl principais . 11.I G!ndIrI .._.... 244
R,. 87 - Projccç io cm plano factOrial_ IannçOrl dai v.,-dveil florl UICall
da G1nd1n. lII)5 doil fletort.~ .._ ~.. .................. 24.5
Fig. 88 - Projccçl o dll lInidldc , de . mom agcrn d. Ol ndar• • no elp.ço
fat lOlÍal de finido pt lOl flttOfel1 e2 daveaebçkl ..... 246
Fig. 89 - ReJllli'6elen tre Ol faelor« princip. il nIl GAndlll'l.... 248
l" Dl CE OOS QUADROS
QuadroS _ ClaniflCflljkldJiln~pclo.~Biocli~ _ 49
~6 _ CWsifiçaçlodunuçfladlife&'WJllndtiommoodeThom-
th"' .J1e·M alhcr ~.~ .....•._. . ~.___ se
QlJadrol _ DaLUdoinícioefimdopetfodomlnilllO liv~de~._._. SI
QlJadro8 _ Invent.1rioscfCO;:luadolrwdun",oblfqlWduDunas6eQuili", 131
QUldro 9 _ I n ~n l:lriOl ~aliudo& nU <kpm.IoÕe. imcrdur=es c l uperfleics
pl. nu das Duna> de Quiai"" .~.~_ .•.•. .•_~_.~ ......•~~.~ _.... 1).4
QuI&\'II6 _o.Wlt:uiçJodolCllOtde~~"""""'"
em~doIdccli_ DaSanldl8oloV~
QuIdroll-~:~.~~~ 196
RC~ rc
Quadro 18 _ BoaV.. cnl~__....._
OPH doI horiwnlCS
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Quadro Z7 -
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Vclocidair méd.a<lo" CDCO, cm pen:mtllICm, rdall"~nlC ~
• 221
Eil . I·A - Dun. primúia dewu lda. cm fretlt.r .l.Praiade Qui.aiol_ _
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112.113
mUuao R'&isWo 1M! ca.:b dia de rnc:c1iç6n.. pan a1pnt poIlwt E.s1_I·B - DunaprimMia na GeKmboad un da VIh da u "adla, . Nonc
di ire. lk atudo ._ _..._ _.... :!1J dlCoWnb.a .--..- .- 112. 1\3
Quadro~ - Mtcb.a_ ...uo.n<X~~~:lodomú.imort,i~ Esl.1-e-Crisu de~duclunu~ nnalll&aaocom as tblal
cm cada oWde medjç6u cm a1ru ns pontal da.tn:. de es rudo ... 231 m..... antips do Triin gulo deQu LJ.iot,. . esqumia _ 112·113
~ 29 - MI ln I de l;1)t1 làdhriu 4;, uni<bOc, de arnoslr:r.,cm d. Gi n. Esl. 1· 0 - ~ intaduRM. li&' dunas obUq..... ~I&!menu: eobma
dlrLpe. . tlnOra ~ c t1orlR)cos._ .._._ _... 247 dei,lIa __ ._..._. _
~ lO - M~ de COlllt"ldhll: iu du IlnidWe, de &mOUr.Igcm d.:ISnno EsL lI-A - Acç30do M~ W nlllll.l dIIn'I obllqua _
dl8oaVytelllpdo.faetorn~icOI ctJorúucol __. 157
Eu. I I · B-~daesconénc .. no fbneodclll1lll dlllll.obllqu.a._ _
Est. 11-C - Rep $Olo nu l1unu obllquu _
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Est. 1I·0 - Soloem deprnüo Inu:rd\uw . tolII pmnantnciaaporidlc:a de
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ER. Vl· 0 _Lapiú no amo da S&l~ pR'Cndlidol por dep6&iIQqll.ll'- i:"oiDICE GERAL
~lJOIoKtro .__. _
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EK.lX·B- M~KfO-h&Iino.uncdí.awDenleabai10do FarolN<no ~»13 1
2.2J- ÚlnllUnlplI6giQ
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3 2 2 - Comporx nlQ pedolós:KU _••••_ _ II } ANEXOS...
- \lari'~e'J anaIJUdu _ 114
_SoIoI.t,po . _ _ _..__ ••••..._ 120
3 2..3- Componm tU nariJlj,;.. ._.._....•_ _ __...._ _ 124 lNDICE DAS flG URAS.._
.......................................-_._ 309
-Ve~JodldunaP"l Il\Úl. _.:-._ _.•••_•...._ 126
ISOlCE OOS QUADROS
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4 _ CARACTEJUZAÇAO BIOF1s lCA DA GÁ.'iOARA _•...._ ••.•__ _.... 139
41 -A PAlSAGE.\l .._.._ ••.... _ _ •... 139
4 ~ - CARACTUlZAÇAO E DISTlI:IBUIÇAO DAS CO.\lPOr; E,.'iTES
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CARTOGRAFIA E FOTOGRAFIADE APOIO
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