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À nwMÓri<lik _II Pfli,

um homem ,lfabal1udlx e InlChJCnlC


que me emUlOU I dar Ql, pnmell'lJl
pauos no Bosto pela l':llurtz.a,

r.n,
TIM o _ DL~AS OE Ql:14IOS . G" ~ O" KA E SERIlA O." BOA \ "IAGE.\I Ana Cm n na

"S _
EdoiJo_f'\Ml,t,Ç,I,OCALo!.:m.GuuEJIo U'.l'l
h;?<f... N.IlClQI<.o.LDfL.. VQ1'IGAÇ.IooC\u<T1RCAtTEo«:t.Oo:ilCA

Tifapn.: I «(J eu mpbm

CompouçIo,itrIpmI.k> eaabltDo OlO_Guf1cA,DtCOlJou..w.ur...o...

I
C ~CaloIwCill~nkilll
JIIIlIINlICiocIaI dclll_lipçAoCionliflCl. Tecnol6sKa

DepóJiIO Leplo ,·ll&40~ .

IS B ~ 972·3I.om-4

".
PREFÁCIO

lHsd~ hd .-<friOI <11101q~ lt mol l ido ~llCarnrradOI tk l«eiontlr


a dilcipli>UIdt Bior~orroflQ, incluido >UI CurJO dt G~orroji4, da
FllCUldlUit dt !..L/TaJ dt Coimbra . EHtOfTtlllt lUlU focto t do i/lt~rrut
qUt (I Itmdti to abordada por tSlt ramo lÚJ Ct ogrofia /lOS It m
swsciuufo, o Proft u or Doutor Fm uw Jo R~bdo propdS-IlOS. t m 1981,
II ITII/i:oçdo dt uni lrabolho COtll l"ÍS ra tIO doo<torlUVlllo, drfllro ou
próximo do dmbl/O daqutla disri pliNJ t ondt pudtl.mnos urr/i:tI r
alguma da tx puiinda t ntrr/(Jtl/I/ adouirida: Daf ter surgido um
troboího dedicada ao estudo da pailog~m. /la suo l't fl~nlt
~sunciO/mI/ltt t t oM,ita.
Pam li t laborlJfdo dt lU'! rrabalho sob tJfQ prnp«tiW1, ptltJ IIll2
lIorunr ;:a polifoetroda, f oi utl/ido o ntttJSidod~ tk fa:~r aptlo
frrq ut nlt a outras áreas do conhecimento titnlífito, para úf da
Geografia Flsica: Por tsU rIlOl il'Q . til't rllOl, ntetnariamtnlt, qUt
receber o apoio lU pessoas qUI militam dtfl1ro tÚllOS drrl1l. Tode"
quantos aborddnro" a fim dr ob,U qualqUlr iJlfof>rIQÇão 011 tirar
dlh ·idas, foram ItItxudú·~iI tIl2 prontidão t tspontiJflt idadt tOlll qUt
nos otolhuOt'" oUI·im m t procuraram resolver as angús tias qUt nlJS
afligiam.
Mas dtlltro da ~ogr0/i4 rrcrixmoJ, dr igual modo, morriftl-
taç&J dt camaradagt m qUt IIOS fl:.tff1ll1ter a stlUlJf40 dt I't n rtICtr
a uma tom U/ljdadt onde; apesar dt SIr composto por pessoas
diftrttlfts, com as suas p róprias jJjossi ntrasias. 01 problt mas dt UIU
sdo utl/idos, rambim. pt/os OUlroS.
EH Iodas as ptSSOaJ qUt, oe longo d~l/~s 41IOS dt laborlJfão do
trabalho, lias ajuda ram dt modo vário, dts uu:amOJ a/gu1lJ srm esqut-
ar. pa rl m. aqut /t s que, apesar dt nao nrf tndos, calam igua/mrtl/r
Mm fundo 110 nosso cOl'llfão,
Em primtiro /UJor qu~rrmOJ oJradtttr Itnlida",tnlt <lO
Pro/ruor Doutor Frmando Rr~lo, MIJO orirnzado r desdt O iJlicio,
acompa nhe nte prtOf:upaJo do alldamellto do Irabo1ho t que stmp rr
esteve pronto LI discuti-lo 1101 seus vJrios passos. A lua leitura cuidada;
as emendas t/tctwuJas. as lugrlt6rJ dt tIOl"OJ pistas, mas 10MbJm. O
illctnrivf! ptrmalltll U e. tm tlpttia/. IIOS "'Oml nrOI dt #JIO jor
dtstimmo. nwilO corrtribuiram pa ra /rwJrmos a bom
empresa:
termo esta
;:~~J:~::am:~::~;~:;~i~;r Maria AnlÓnia Rti Va: Sampoio. a
.10 Pro/tlSor Dou tor A ntónio Ferreiro Soares, profundo . No It."ant~mmto de campo das t spi cinfloristicas COfl!dmos Com
conhtctdor da dlro nfIIÚ asJtlllOjl ~Slt ~snuJo. qu~rrmos uprtJJor a a aj uda Inesnrnd vtf d~ Sr. Afu an drillo Matos. u < olt clor do
nossa gratidão, ~la .dispottibilidodt qut. U"'Pn numifmou tm "OS D.tparramtnto dt Botdruca dt Coimb ra t qllt nos acompanhou tm
°
rrctbtr, po r ~ra ~. t por /lOS abnr tspínto poro probltmaJ dive rsas cam Inhadas. pela árra IÚ t studo . Para ele o nosso ob rigado
q~, Jad4 a /wuo /ormiJf40 tspt'dfica. fIO S tram menos /amiliarrs. .Ao Conselho D'fl' ctj"VO da FacuJdadt de utras. 110 ptlJOOdo St~
TanaiNm a Ititura qut / t : t as sUl('lttNS qu~ af'O'llOu ajudaram a PreSld m/ll". Prof e.ssor Doutor l od o ÚJUftfl f O Roqu t. qUtrtmos
mt/horar subsUJncialmtlllt tSft tTUbalho. ;'~~;:~;a:,{~~~/llÚuitS t conlribu tos COflctdidos para a fIl"prodUfoo
Ão Pro/ u sora Doutora Maria EUl t nla No reira: stmp rr disponível
pa ra nos rrct~r, ~ qUt lambim teve a amab ilidadt dt ter t discutir DIl" igual modo fi camos "-'conhtcido s ti Difll"c fJo do llUtÍluto dr
algumas pants do Irabalhu. doJlldo sugts t6ts impo rtantts para o Est ud os Gtogrdfi~os. na pt.lJOO do Jeu PfIl"sidtf/lt. Profts sor Doutor
prosuguiWW'JtlO da SIllJ/tllUtU. dáwmos aq ui fHJttlllt o nolJO sinctro 10st Manu t/ Pereira dt Olllltira . /H fo apoio qllt st mp rr sentimosao
.J8rlkltrimtrlJO. 10f/~0 dos anos tm que aqu i psrstamos u rviço t ullimarntfllt. fIIlj
Ao Proft JJOr [)o,.ror úkio CuMa.colega e amigo CtrfO de há /actlidades concedidas fia tloboração fiflO1 dts tt frabalho.
/aflOS arwJ, ,wlo OI:tH1If1OIIharrJ,f/to qlJt /r.. do trabalho, po r algumas Um agmâecimeme nptcia l vai pora aq ut lt s cole gas do
leituras t sugtSltNs. ~lo inCll"ntil'O /Hrmatlt fllt. t pela co mpanhia ~n.ttilu~o. dr ouem: em sã canum uJagtrtl, recebemos paln llros dt
t discussoo t m algumas saldas de cumpo, u noSlO obrig 04a Il" Bem- InCtnflYO t com quem amiúde trocdmoJ ideias, stmprt essimularues,
-Haja. Sem desprimor petas nu /ros. destacamos a Professora Doutora
Tambi m qlLtnmos aJradectr ao Pro/usar Doutor Casild o Fernanda Del gad n Cra viddo com qutm tívemos proftc uas conversas
Ftrrrras Chasco, pro/eJ,Jor da UfllI'trsiJadll" Comp luttrtlll" dll" Jl lkl rld, sob re a Gãndara qull"Ido bt m conh rce.
o apoio t tM/l4lflt1ltOS qull"rws facultou no miri" do lrabalho. em Na SUfdo dt Textos da Foculdad t de Lares tivemos, para o
Il"sptciolfIO qUt rrs/Hlt(J d análif" " " rHtiro da M J\<I:,'f"17l. rt p rodução do tuto fi nal. (I !1j!!:!:: !.~pftsciflÓí\'tL pnsua t t.ifo rrtJda
A.~ !' i.-fll"lJo r Dou tor 1n ;ge Patvo ; .tprtlJamns o nO J!(I aos .....ü ju ncio/lilrios. dt qull"dtstacomns (IS StrrJwfll"S 10rrt Queirós t
rt coflhtc imtnlo /Hl a It itura t sugll"SlÕIl"S /Il"itas IIOS capítu/us Domill gos Gi rão t a Smhora Palmira So mos.
rrsptilllnt t s à IIll"gtl aç tlo t pt/a co rrteftlo Il"/tt:luada a alguns nom f"S ,'I/(To podtmos dtua r dt salit ntar o paptl qUt t1lgurr.J dos nOSSOJ
citfllifu:os. t fltrt tan /o modifi cados. j amiliarrs dtumptnharam. ~m /Hn"odo partjculo~ntt dificil da
A fim dt tirarmo s algwnas du vidas sobrt os .m /IlS. rtonJeaCÜJmtlllt nossa lIida. ao apoiarrm·nos stm qutstionar, t01l/aJ IIt:tS com
qlllJJllO Ó suacJassificaçdo . t. 110 iflicio. qlllJJlto am mitado s dll" rrcolJw sacriflcio própri o. nomtodamentt màt t irmif qut tanto nnpmho
eh tJmosrras. fIl"COrrtmos . po r rrIl:Iis dll" uma \.Il":' à t xptril nda t sabtr num i/tstaram fIO chegada a bom termo do trabalho . Para tias WIl
da Strrlloro flt g· Maria do Canno Ma gallults. pro/tlSora rIO EsCOÚl carinh o muito esptcial.
Su~rior. Agrária de COImbra. a qlU'm dtixamos tantbim aqui o fIOU O Mas as mais sacrificadm. pt/o It mpo roubado t ptlo apoio rrão
agradtclnltfllo. prestado tm rnommtos dtcisi\lOs./o ram as nossas filhas e mulher t a
Em atg,umlls andlutS geoqu~micas r/ectJUJdastillt mos. para albn qu tm . ptlo St U t xtmplo. st dt ve gmndt partt do qut aqui fic a
da dj~J!On.lbllidadt do wooraldrw dt Gtoquim ica. do Dtpartamento cons truIdo.
dt .C!tru:las da .Ter ru. da Faculdluh dr G/ncial e Ttcnologia dt A tod os os que. rntsrno do modo aparrfl lt mtfltt maiJ singt lo, fIOS
Coimbra, o apoIO do Dr. Fernando GorntJ da Sil\'Q t do Sr. Mdrio ajudaram a elaborar ts tt trabalho ou a etla1fltror alJU1fIsentido lIlI
Cortr... A. ambos .o non o obrigado. vida. o nosso B EM -H.~AM .
MulUJ da blbliograflQ gtoM gica foi -nos /acultalÚJ ptlo Dr, 1úlio O tt-fto qUt ago ra sai imp fll"J.JO wfrr~ algl.mt1S modificaf6ts.
Forutea ~'arquts Q quem txpfl'Jsamos a nosso gratiddo . rtlalivamtntt ao qut fo i objecto dt disclLJsdo nas p rol'aJ dt
Dt Igual modo. partt da bib liog rafia dt Man lU'l A lbmo Rei , o do uto ra mtnto. rt1u lla nlt S dt sugtllÕtS t cn"/lcas 110 ~".tIUO
st mtado r da St rra t das dunas. /Oi" IOS gt 11lil e t ntus iaJliCIlmr!11It aprr stntadas ptlos mrmbros do j úri. t llcarfll"gados da a rru1f40. no

~~o(ô)?og(ô)(ô)® ~~: ~®.


C~ dos Proft UO"'1 DouJo",s Maria Eu, blill Morriro t Fernando
RtM /o. a q",,,, /flQU U"Id .., : "IllmftllO./'IW1 o 110$10 obrigada.
FitUlÚ'ltlllt. jiCtuIIOS ""d/O , ratos à lunta Naciono/ di
lt...ts ti'Of40 Cit lllifia t Trcrwid, icQ ~ à FuNiaçd o G.,/b<'flki<lllo
oportullidaJl q", 1101 tOllCtdt", dt publltor tllt IroballrO.
I - I,'IriTRODUÇÃO

I.I - Enquadra mt nlo tt'Órlco

A~ da rua utilizaç30130corrente em Geograr.....nem ~mpre


o termo ~lsagem surge 1mbuido dum coeceuc clamnc:nle defirUdo.
A sellCrahzaçllo do seu lISO e por vezes abu'O . em referencia a
COlllu tos tio disparei como a arte. as ciências nalUnis, as c)lnciu
sociais e alI!I própriapolftica.retirou-lhea Iigaç30. j' lOmalh clbsica.
" Geognfia como ~ndo o objecto central dos seuseslUdos'.
De la.! modo esta conuataçào se apoderou de alguns geógnfos
que, por exemplo. Roger Brune!. ao abordar a de:fUliçlode paisagem,
começa ~ d~ur que " COMnlt' k mot ri,ion. lt mot pt1yUl't finil pa r
IIt ritll sI8"ifitl· (R. BRUNE!, 1974). De igual modo. Geor!es
Bertrand chega a pór em questão a paisagem enquanto ececenc
científico.dadooseucaricter geDer.llisu.P:u1esle Aulor,overdadriro
coece írc cientifico seria o de geos.sistema (N. BEROIJI'CHACH\1U &:
G. BERTRAND. 1979).
No ernanto, um esforço tem sido feito por inúmeros autores, de
Iormaçâe tão diversa como geógrafos, biólogos. agrónomos.
arquitectos, etc.• no sentido de: considerar a paisasem como wna
entidade porudora dum conceito científico e, portanto, p&UÍ\'e1 de ser
eSludadasegundo métodos bem delCrnlinados.
O lermo paisagem parece ler aparecido. no Ocidenle, na Idade
~16j i:L atrav és do vocábulo germânico LmrdscN1.ft, ilCndo referido a um

~~~~~~~ ~ ~.se::~~~~~~ ~~~~:7:


, I'« cumplo PlIiJiPf'CP1N01nlEl (l 96ll) afinllllYll que 1 _.1 11G&lp'apbie.
~iftIu dct JI")'Upt.. ~ de 1'<lrJaniWion" de la dlfftmotiaboa dr I'upcc I- -r
Cp. H').
l Eatn"'IOIT'flW'rll umaabordagnn opmfundadadl Cll'iacm e eYOl~do
CllllCtUO dr paiSlecrn. w, lm como do csWlclccimcnlo e eYOl~ di &ncia di
paiuec m c dat d,fC1'C"~ COITCnlCl, dcscll' 01 pnm6l'l1iol, li? 1« . XIX. III! ,
aetualid.lc. lllNboo panc lksu: nboço de cnquadruncn'o leórico ~bucado_
obn.
.........
......
..... própria ooç1o 10'10 drfuedrr-se com a. pintura renasce ntista. cm
pa11lcular rom os pmtores tbmcnilOl. Iniciam-se com 115 gravuras de
A. Oürn e são llesenvolndas por Rubens c Rembran dt. alé m de ccuos.
19 72 ). Sc hmnhüsen se rá um do s expoen tes mniTnOl. desta corrent e de:
pen sam ent o. co m as suas obr~ sob re II ~ ege taç50 a nível mundial . o nde:
:t~~ ;~5~~=~~~)~e analise de paisagem (O. ROOGERtE

.......
Com estes pnuores, I Natureza pa.uaa ser representada com fi~lidadc.
começando.. ser, mesmo~ o próprio sujeito do quadro (idt'1I'I.lbidtm). Também nos fin ais do séc. XIX. o ruS50 V.V, DokOUtchaev 'firia
A. von Humbo ldt fOI um dos pm,:urwre5 do estudo das paisagens, 3 es tabelecer os pnndp.los do "Complexo Natural Tenitorial". a peur
ao romper com os métoõcs vigentes nas ciéncias naturais, essencial- do q ua l se dese nvo lveria, mai s tarde. ~ c i~nci a da paiuge m 5Ovi~liC,li
menl.: inYentarisus c csútius. na sequéncia das propos ições de U ne u. (LJruischafto~tdudt). Nesle caso. a paisage m puu a ser o ob.iecto de
Deu particular importância ,10 que designou paisagens na turai s, que esl~. AbAs.O. Schllil~r. também na Alemanh.'i e no inicio do lkulo

. senam !te» homogéne.u. com fisionomia própria que era c:.;pttssa


pela morfologia do rene no c peta cobenura vegetal . Faz frequentes
referências ao "peazer" que .. OOfllcmplação das paisagens pode pro-
porcionar. eque ~ perfeuarneme de:lalf'do com a com:~te rom ântica
da época, NI qual se mserern, de cena modo. ali ioe ías do Autor
t H. CAPEL. 1981). Portm . Humboldt. viajante incansâ..,el que foi.
lns lslia na noção de pa ssagem como ~jecto de estudo da Gcografl~
(H' .~APEL. 198 1) :fazeodo.porém.rec~ro en.foque ~OIUpectos
SOCIaIS e cu llu nus que o levou a dlSlingu lr a Paisa~m cultural
(K.ul" ..rlandscha/ r). da P aisagem natural (/'úuwrftJNbcha/l) (idtrll.
ibiMm). A paisagem se n a. e ntão. um a cornblnaç.w dos elemc:n1OS
naturai s co m os elementos cu ltu rais. descritíveis fisionomicamente.
procura entender e uplicar .to composição diferenciada das várias através d uma percepção imedi ata das formas sensív e is (O. RClUGElIIE
paJUlgens que se lhe deparavam. ulilizando principalmente o mé roõc & N . BEROUTCllAOiVIU. 199 1).
companti\'o. proporóonado pelo coohecimenw que de tinha de grande Na mesma lin ha de pe nsa mento. Carl O. Sauer. JI1 Cahf6mia e em
parte do Globo terewe. por de percorndc . meados da década de vinte. utiliza o lermo paisagem como sendo o
Para o final do 56:. XIX e inicio do séc. XX. e com a expanWo ún ico capaz de suste ntar um conc ei to unilário de Geografia. pois era
du ideias DcionõIIi!>l.U e positivistas. a paisagem passa a ser obser\.':lda defi n ido "corno um organismocom pb.o. fei to duma ô15Soc iaçJo espe-
e ~Ulbda sob o ponto de Yis!J, ewutural. ou seja, das suas compo- cifica de form as e apreendido por análise monológica" . Alé m d isso .
nenles abióticas. bióticas e humanas. agrupadase in terde pendentes e era " natural e cu ltural ao mesmo iempc " {id~M. ibidt m. pp. 30-311.
comeJ,~territorial hier.uquiz.hel. ~ nesta perspecti va que surge Co m o avançardo séc ulo os conce itos e os mftodos de anãüse da
a Gentia da ~J.lgc:m (lmrdschoftblnJ~). dc:nominaç<!o preccmzada paisage m vão-se diven>ificôlndo. Algun s invesl i, adorn consi de ram a
por Siegfried Panarge. em 1919. na Alemanha. Na Europa de Leste e paisagem como o escopo pri ncipal dos ~us esludos e a paisagem é o
na AIeITWlha.. au\da. ~ maneira de ~er õesen voíve-se segunéc objeclo e o fim do estudo; o utros d!o primord ial pe50 tIO modocomo a
d iVersas nuanc:es. sendo uma da-~ pnnclpa1S . e na ~utClCJa dos pnn- paisagem é percebida. co mo ~ vivida. se ndo os estu do\ tt.ntrados sobre
cipios esubelC:C1dos por Hum boldt. a q ue dá pan icular im po rtâ ncia 11 o s uj eno qu e obse rva essa pai sagem ; ou tros. finalment e. lnleressarn -se
vegelaÇlo como CMaCteriudon da pai sagem . sendo ess a c iencia pela pa isagem sob uma perspectiva integrada. em que o meIo e o
de no minalh -Ecologia da Pa ISa gem " ) ou. alguns anos depoi s. "Geo- homem não 5:10 elementos separados, mas sim compooenres dum
-ecologia",por C . 'rrcn. respecuvamente em 1939 e 1966 (C . 'raou; me s mo s istema que se influenciam de modo múlUO.
Dentre da primei ra co rrente. da.p3is:',e~-obJecto. enconta·~ a
e sco la soviética, segui dora dos estudos Iniciados por Doko~llchaeY.
J A &o!opadf. faj u F" i pwl C. TroII 1 _.J uno obKr<~lion lynoptiqlM:. une
Esta esc o la segu e. sob um a o nemaçãc term odinâmica ", um metodo de
iCienef lk la Tm'f ... IIIn'lI \e plu, Iar' f. qui eomp=d ln phi~ .aih de
l'aulI..ophm. lk l·Il~. <k 1.0lilhoophtre-, di: 11 biosphe re- fi """_ de aná lise flsico-geQgráfi co da pai sagem. assen te sobre: o Com pluo
l'anllltopooplltn:,-( O, RtnlkO. I97I). natura l territoria l. a uni dad e de base de in~'estig3Çilo, Preocupa-seem
C. Troll i' pl'f'C oniu u qtM: ,fi lei nludol podi~m inlereuar'ie iÓ !'fIa estudar os ele mentos consnrunvos lia espaço re fere nte ~uele com-
rc'lon.all~doIec.o&Il~mu.O\I iCJ& !'fIa dUlnbu ;ç40 upru: i4J doJ mll<>poJ"""'" ple xo . so b um a perspectiva morfolõgjca, funcion al e componamental.
",ida 'trJ'rdfiCII (modelOl de pou..'fllJ) 0Il !'fl~ . /\i li.., dOI fCoui ,temu l imple.
õltelldendo ~Wn4I.q"""tll<ll;_I\I.. alodaJ"''''''''.f''''JenL«: OJflfmenIOS
blóltcos. e 01 Il1o bióljçoo I lI\8I;ruchm~. htolof1., animail e mieroor.aniulIOI . ~li .. dadetenninac;joequanllr'''IÇ106olflu'lIIde.....mo.
mM;mç lll nl . cll mo do tolo. el<:.} (C . T1l.ou., 1m) ."" 'I",Olnlvl!sdoJU'"iilCm.a

Q
o qllCpressupõe lodo um.conJunlOde medll1.U de formas. de flu~os ou impoetame do Ct llrfr d 't.rlidt J Phyrow d olo giqlleJ t r ÉcologiqlleJ de:
tr.WformaçOese de van açOes lemporal,S, (N, BEIlOUTCHACH ~U & Montpellier. Aqueles estudos centram-Soe. ainda. na ~eBclaÇ30 e nas
G. BERTltAl-"O. 1918), cap&Usde pou lblhlar. além da caractenzaç âo, caraclerísticas do meio onde aquela planlru:açlo se treere. finalizando
a ~visJo da.evoluçSoda pai$.lgem, .~ que:fu panee. eventualmente, pelo eslabelccimenlO dum dialn 6!l ico croI6gico. P. Blandin e !lo!.
I eurapoli.1.a para conjunlos, 1m"l~'IS mai~s. EUa concentraç30 da Lamcue. TIO entanto e apesar de insc:rilOS na me~ma corrente de:
.an.iIiloe sobre os -upectos flslC'me bIológicos dJ parsagem 3C.aooll por investigação. irâo alargar o âmbilo dos seus estudos aos estabeleci,
levar os Seógra{ossoviéticos.1 escotferem u,? lermo lIlJlSobjectivo. o mentO$e equipamentos humanos. descritos em lermos de centros e de
de g~isttma qlle deslgn.tn&. enuo, 11m ~l)lema ,eogrifico natural redes (id,.m. ibUh nt. pp. 181-183). Consideram a paisagem. que
bcJmostt1eo , li g~ _'" 11m lc:nilório (jdt"l, ibidt lfl. p. 171). Qua~ denominam de ecocompiezo. como um conjunte de eccetsemas em
pe:rccbido e tnlenonudo pelo homem. aquele ~SiSlema constrtutrta interacção. O objectivo dos seus estudos t estabelecer uma lipologia
uma paisagem. desses ecossistemas e delerminat as suas funçOc:s. intenet;Oes. poctn-
Sa Cosu do ~fartim. Jean-François Richm1. geógrafo frands. cialidades. capacidades de adaptaç.loe valor pllnlTlOflial . reprnenudos
lançJ os alicerces dum modo de abordagem da paisagem que ficar.! através de uma canografia seerepcnrvet. de onde ressaltam os aspectos
c:onhc:cida por Escola Franro-marliniana. A proxima-se mune da escola a ler em co nta no ordenamento do respectivo terrilório.
5Ovittic.a no rnttodo de: recolha e an.iJise dos dados, ponaero, físico- No Canad.1são também ecóJogos a fazer o estudo da paisagem
.Jcogtifica. embon recorra mais .h amostragens (lranseclos). co m o intu ito de planificar terruõecs que são muitas veteS VISIOS e
distinguindo os "carsc teres endógenos" que explicam a estrutura dos frequentemente desconhecidos. ~ dada primordial importância aos
cc:ossiucmu. dos Mc~teres exógenos". reepeita rnes aos factores aspectos mesol6gicos. com eesuqee para os gcomorfológico. .
energt ticos. mais diffccis de avaliar. A novidade assenla essencialente pedol6pcos e filogeogn1f)OOS. e o mtlodo analítico faz CtlmWtle~ Io
no modo de: aprnc naç30 dos Je$ullados através de -mode los verbais" ~ Ioto-irnerpretação. Um dos expoentes máximos deste modo de:
loegundo uma linguagem que seria de aplicação universal (G. Ro U. analisar a paisagem t l ·P. Ducrucqce estabelece. como unidade: de
GU1E "" S . BEIlOl.'TOtACHv ru. 1991 ). es~ e represent.aç30canogrtfka. o .5U lt ntIJ u ol6gic o. M~ de
Outros anoees, também preocupados com o ordenamento do território carxtenzado px uma rombll~3Çlo ~a da popa..do
lenitório. IT\JS com uma formaç30 sobretudo ecológica. fazem recair o relevo. da natureza e da forma dos matenalSgeolõgicosde superücíe e
seu interesse sobre a vegetaÇãoou o uso do solo. e sobre o meio com o dos planos de água" (J.-P, Ol!CRUC, 1985. p. 26). Cadauma desus
qual aquc:lnse relacionam. Esl.1s an.1Jises de inspiraç30 nalUralisla combinações induz os solos e a cobc:rtur.lI vegeu1'.
vim na scqueociada Ecologia da Paisagem desenvolvida desde:o inicio :0;0 laplO. a paisagem. analisada sob a ~ti ...a do ÚJndS(~
do século na Europacentral. Vaiter grande:incremento na década de 60 p/<lIIning japon ês, t considerada como lima entidade compleu de dOIS
q llando. na Arntnca do Nane e na Europa. se difunde na sociedade eternemos. terra e uso da lerra; o pnl'lClpal prop6s110 é a conscrv:lÇ3o da
uma consc:ilnciaecológica. Daí a sentir-se a necessidade de tomar em paisagem de modt.'que MO objecti\'o pnitico do planeamenlod.1pai sa-
ConLa os aspectOS ecológicos no planeamento do Ierril6rio foi um gem deve ser clarificar o uso futuro ópumo da terra de KtKdo COlnu
passe, ~os Esraõos Unidos esla corrente inicia-se. em 1969, com um caracrensticas desta" (K. TAKEUCHI. 1983, p. 169), Também aqUI t
aJqUiICCIOpai!MIgis.ta. I. Me Harg, preocupado cm estabelecer o balanço
~ompatlblli~- mcompatlb l lidades. saido do c,:,nfronlo enU'e os
tn~reuc~ potüicos e ~0n6mll:os ,e as potenciahdades ecológicas.
plIU.~~S~cas e culturais (idtm. IbUhm. p. SO). Os seus princípios
pemunnam o de~nvol vimento da c:orre.nle de an.11isc:e aplicaç30 dos
estudos p3.lsaglsue:os conheçid,apor Planlfiaçlo Ecológlc:L, com segui-
dores em voirios países entrc os quais se salienlarn a Franç:a. o Canadá
eo Jap.lo.
Em F~a, os esludos orienUdos para uma planifICaçãoecol6-
gica, cspetUlmenle no ordenamento rural. recebem um impulso
.....
~
fell.a uma mHise cU morfologia. JCOkliia e seles, a que se j unta a 111 assim entendida, ~ o produt o , dUma quase ab10luta subjectividade
vegetaÇlo pcuncial. em utudade:s tspa:lalS denominadu um t1.xJes de
M por.'e'n~l'1I o soma loo o de Mlu bJ,ecu~ ~dadcIM ou I elpreuão de padrõe~
terra" (1atu:Juniu). as qu.ais sendo (OCIfrontadu com as Humdadc:s de cu hur~.IS que' onen tam essa SUbJectiVidade.
uso cU tem M (1atu:J&lU' !UlIU), penmlem eslabel«er Um.1 llpologia de
pa.lSarens. com as indlC8ÇOesprecisas ~ o se u plane.amenro. OuttlU co rrenes. porém . mais integradoral. "éem a paiSolgc:m
co mo ~m" realidade compl ~ ~a. produto dum jogo de compoeente s
~ So pólo opouo dnw abordagens e mtlutJus. o uueresse vai eco lógICas, mas também scct au e pauhd de ser percebida e :l"aliada..
eenO"lT-ioC .abre o sejeuo que obioCrva a paisagem. como a sen te. como de modo disu mo consoante o conjunto de "'a1ares culturais, ecooõ-
~
a percebe, que valor lhe atntllU - ~ I pajH"m percebida mit os. ele:.• que transpoeum os grupo$ sociais ou indivíduos que dela
~ Os primeiros esrudos elaborados sob esta perspectiva, foram tomam consc iência. Em regra. o ~Iudo e :I wlise. das paisagens
~ levados a efelfOna cid.ade.na d«ada de 50 e inicio da de 60. por Ke vín dec.om: ~ sfntese entre os dados ecológicos. mulun~ da distribuiç30
~ Lynch. nos ~ Unid03. da América. A paisagem urban a era ana- e dlOimlcJ. dos elememcs natura.ii. mais os introduudos pelo oomrm.
liS*1a pelos elemerncs consider.ldos co m maior peso na sua estrutu ra, (' os elementos percepruais e:uraí d05 duma a valiaçio subjectiva du
/II como os eu cs, cnuamenlos de eixcs, marcas as.:.inaláve is. ele .• a qu e unidade s de paisage m em cau~. é uma análir.e globaliza nte. onde: se
se jun ~vl a análi se do ce mpo rcmemo espac ial dos indi vídu os pretende:apreender tantOos daôos que respeuam ao meio como os que:
«i ROUGfJlJE & :-l. BEROlfTCHACH'i IU. 199 1), respe itam às maneiras de viver esse mc:ioe dc:o sentir.
Na G ri · Bretan ha vlo ser particularmente de senvo lvidos estudos Tal como nos outros casos. os objectivosprincipaisdestes estudos
deste upo. lendo corno objectivo a avaliação da pai sage m. têm sem pre subjacente a ideia de planeamento do espaço respectivo.

•• D, L. Limcn ~ um dos mai s antig os (fi nal da d écada de 60 ) e


pretendeu avaliar as pai sage ns. decom pond o-as em unidades espa ciais ,
AsqUall seriam atrib uídas notas. que se so mavam, tendo po r base: do is
Aqui. no enta r uo, além de se~ m lidos em conla os elementos ccol~.
glcos. mais po tenciais e es tãveis no tempo. também Edada imponã ncia
aos valores socia is. eco nómicos e cultura is. mais mutáveis. mas funda-

• üníccs grupos de parârne trcs : o relevo e cs tipo s de ocupação do solo


(jJ~m.. Ibitkm . p, 188 ). Para,alEm da su bjec tividade inere nte a este tipo
men tais para uma mterven çâo eficaz .
Nem só geóg rafos abordara m a paisagem sob esta perspectiva.

"• de ,aprecução. o autor consi dera uma difere nça de pontua ção entre os
doiS padmeUO\. sendo o relevo . que só rem valores pos iti vos. mais
det~inanle do que a ocupaçlo do 5010. co m valores ne gat ivos e
POSitivOS. parao valOf final de cada uma das un idade s de pai sa gem .
tam bém agrónomos o fizera m. Por exemp lo 1. p, ~ffonui~ s. em
França. li partir do início da década de 70. procu':3 salientar os sl~temas
que co ma ndam 3S ecrividades agricol~, a partir ,das marcas \'~slveLS
que eles imp rimem na paisagem. A llJ1:Ihsc: de palu,gem f~ salientar,
Pel.a mama época. outro inl':Iês. K. O. Fines analisa também u normalmente. unid3des de paisagem . ou unHudes fisionómlca.~. rendas
vlll~ das paisagens . nus e:sus 510 consi de rad.b apenas pel os seu s com base em elemen tos assi nalj,'eis vis~lmente e decorrentes da
LlItutel nalUTa1S. A e1aulfKaÇ1o E feita arra vél da atribu içlo de uma act ividade agric ola. Esta abordagem esu de ~ c~ ,a defilUÇão

::~":~~~ ::V::o(~~::~'7I~·I~.Dndo
que o autor apresenta de pa isagem: Mporçãode temtório " Isto por um
observ ador. onde se Inscreve uma com~ lnaçio de (ac tos e de
Na ~ de 80. o francê s A. Bailly con sic\er3 que cs indicad ore l interacções de que se percebe num detenmn3do momento ilptfW o
que I.mponam nUITUI análise paisagíUica 510 05 decorrentes da vi'V~nci3 resultado globa l- (J. P. OEFFOr-T AI:'o"ES. 198.5. p. 4] ). Os ,elementoS
dos Individues. mais do que ai compone ntes físicas do ambieme e. invish'eis. també m fundamenclls panl. 3 elphcaç30 do fu ~OI\o1men lO
~1O. a a".liaçlo g1ob31 do grau de sal isfaçlo proporcionado pela do sistema agncola, do recolh idos. ora no ca mpo. on a parur de docu-
paisagem . Pan isso. preconiu um mélOdode antlise da paisag em em me ntos. co m base nouIB umdade cspxial que ~ a ~Ia. ~
que E dada ,1olaI liberdade de movime nro ao obse rvador que irá. 00 fronto destes co njuntos de elementos conseg ue-se expliCMo o-
enlan~. , reJls~ndo o percurso e as sensações tidas dura nte es te, Com
uma VISita mais sislemátiea descobre m-se ~ facto res de organização
namei'~~;:S~O~~~:so;~=a:c~~au~::.a~e:t:;-a q~ MI...)
do espaço vivido que serão carto grafado!. e co nfrontad os C{)m docu - o resu ltado. numa cena porç!io de cspa,ço. d~ comblDação.diniml~\:
mentaçáo clássica. mai s objec liva (idt m. ibidt m. p. 194). A pllisagem . isso instável. de elemen tos tlsico s. bIológiCOS e antróplCOS. re g
II
"
dialeclicamentll:' uns com os OUll'OS, faze m da paisagem u,!, co nju nto global tridi mensional e. a partir desta. a percepção que se tem da pana ,
único II:' jrw:liuociável" (G. BERTRAND, 1968. p. 250). Incfuia o estudo gemocapt ada do seu interior.
da pais,agem de nee do 1m.bilo das Ci~ncia5 da N ature za. 00 seg ui- Outros autores aplicam 30 estude da paisagem os principios esta-
menlO, &lW.dJ 1ANJsclw.ftowtUlli~ soVlé uea. II:' de acordo com as suas belecidos pela teoria da infonnaç30 . êmre eles. deslaCa·se ~ticbel
preocupações cena-adas nos. esnado:s biogeopáficos. Phipps, de form açlo agronómica e que. saído da escola de Toulouse:,
Portm. cm 1978. retira- lhe esse cslatulO de cooceuc de base ve io filar a sua investigação no Canadá.
naluB1i~ta. cons iderando que M,:,. paisage m aparece cada vez me nos Para este Autor, a paisagem é definida como um canal de
como uma escurura ecolõgica II:' social II:' cada vez mais como um lnfcrmaçân entre duas ca tegorias de mensagens, lUdo sistema ebtõncc
proceuo de rnns fonnaçlo . por isso como um fenómeno inscrito na e as do sistema biótico. As mensagens do sistema biótico slo obtidas
hislória " (G. BElTRA...m, 1978 , p, 2-19 ). A paisagem passa a e ntender- através da classificação dos tipos de almunidad6 da irea. ou da
-se em funçlo dos siS1tlJW de produçio, ou seja. bens materi ai s II:' class ificação dos tipos de ulilização do solo, no caso de ser uma paisa.
culrurais que o grupo social , que ocupa o espaço respecti vo. lhe gem antr6p ica. O conjunto de mensagens abióticas é fundada sobre
imprime.-A paisagemé uma interpretação social da Natureza" tiâem; uma sé rie de combinaçõe s de estados dos descri tores do espaço ebiô-
ibidem, p. 249). rico . Atra vés de descruore s dum e doutro sistema, essencialmente
O autor man tém os conceitos de gcoss islcma II:' ecoss istema mas fisio nóm icos, estabelece o seu confronte, por meios informáticos. o

~f~:U~,c~n:~ ~~:ede~:~=~re=
como pur.unente narunlisus., quanlifid.veis. espaci ais : ii. paisagem é
um processo.é um produtOdo tempo (hislória social). é qua.lirativa. Ela
é 1.-1 uma produçlo interna r" §OCiedadeJ. nascida da sociedade II:' " trans acional", ou seja. da oq;ani zação espacial e ecológica da paisa-
conferindouma cxistl!ncia social ao q ue se eecomra no contacto da ge m (~t. PHIPPS, 1985. p. 67). Uma atenção especial vai ser dada:por
envoh'!ncia enerna desta, ou seja. 3 interface sociedad e-naturez a" este métod o de análise da paisagem. aos "processos macroscópicos"
(ide"!, ibitU". .p. 256). que . 30 afectare m a paisagem ao nível global. por exe.mplo. na
Cm mOOo curioso de definir e est udar :& paisagem foi teorizado d inâmi ca da sua organ ização, inlluem na sua aulo-orgarozaçào ou
pela Escola de Ik:sançoo . França. :\ paisagem. considerada também na de suui ção desu org aniz.ação e penni tem prever a sua evoluç1o
como um sistema. COJTe5pondc a um ccejumo de U!S subsistemas (M. PHIPPS& V. BEJU)()IJl.AY, 1985. p. 13).
e~ai udos e em cS,ueila relação entre si: dos prod utores. da paisage m
vis lvel e dos unlizadores (T. B ROSSARD & M . W IEBER, 1984). Depois de lodo este perpassar de modos de abordar e conceber a
O subsistema produtor, onde se interligam ele mentos 3biótico s. pa isage m. ressaltam algumas ideias-força que se mantêm, quase
bióticos e anlrÓpicos ~ construídos. é anaJi ~ segun~ uma abo r-
dagem de upo naturalista. x c wb:i islt ma utilizado r, inserem-se as 5Cmpr~;:,~~:~~I~ l visJo : a paisagem é sempre a1g~
que é viSfO,
modalidades de ulilizaç50 da paisagem que , por sua vez. deco rrem e que está exterior a nós, mas de que se torna COfI;<oClé~a. que ~usa
condicionam I perupçoo desta. Os objectos, produ zidos pelo primeiro sensações . Obviamente que a tornada de C{msclé~la da realidade
subsistema, vão chegar .10 subsistema utiliz.ador, por meio de imagens ,
~lTavé.s do.subs istema paisagem visf vel, a que es ta e scola dá particular ~:~~:~~tr':s~~:~~~o~O:::' ~~:Po~A: ~~"~~;t::f;~:~~~~:
ImportinC'l3 e que funciona prat.icame nle como o sistema operativo cie nte: têm a ver com a cultura, com a formação C1enuflc~ com ~
des te métodode análise paisagisuca. Foi elabo rado todo um complexo interesse s e preoc upações. etc, da pes.~ que em
a v~ I .pwagem.
esquema de anãlise e representaç lo das vistas tomadas no interior da mesmo conj unte de objectos seri VISto de modo distlnlo por um
paisagem, a tres dime n5Oes. que sedo canognfl!.veisa duas dimen sões.
Um dos fIOS~ste método é o de "de fi nir a paisagem nos il.sPCCIOS que
biÓlo~u~~rd~: ~g:c~~Ia;~i~;:::,I~s ~ject05 com.ponentes dói
ela oferece ~ ViSta ; ou seja. de chegar a uma expressão can ogrific a das paisage m têm sempre uma distribuição e.spaClale uma artIculaç~ que
relações objectc e-ima geru" (Idem. ibidem. p. I I ). não são casuais: decorrem de um conJ ~nto de acções. na~s ou
A m,aior nov idade deste méeocc de aborda gem da paisagem. anuõpíeas que respondem a um ccn~ seeuoc de evoluçlo. determinado
telvez resida no processo de representar cartcgrancamenre a visão pelas leis narunisou sóci~cas.
Ew 0IJ2lIi~ ~ nu.tuUliz.ad3 peta ~runl cU paisagem, que tomaremos na SUl anãlise. inscreve-se dentro da corrente
precisamente IÇUJlo que ui penniUl mdivtdu.1Jiú-ta 110 «p:w;o e. em naturalista de estudo da paisagem. Co m esta pos tura, perde mos I
gr.tndeJJM1e. defuti-la.Uma aJ~ neua orgamzaç30leva II p.n.sagem hipótese de fazer uma ani liw: global da paisagem. porque I S
a oultl p8isagem -""uma mudanç:ln.:I dJMbuiçlo~al dos elemen tos componentes humanas e sõcio-econômicas nlo serão abordadas. Essl
da paisagemvai modiflCá·la e pas sa·se assim de uma paisagem a outra " análise global exig iria um trabalho em equipa. com e specialistas nas
(l. P. CA."lCEl.A DA FoNSECA& A . ORAOl . 1985. p. 1(4) . abordagens sôcio-econõmices dos grupos humanos c nas suas respoves
Outra ideia.força ~ a de espaço. A paisagem algo que esrã
é às condições ambientais com que se deparam. A nossa atitude de é .

sempre inseridonum espaço. que é multidime:nsional e que se explica. cerro modo. inversa: na relação homem-meio. procuraremos analisar a
fundunenwmenfe. por uma disaibu ição espacial das suas compo- resposta que () meio dá. ou deu no passado. !t acção das sociedades
°
Ilenfei. é claro que ~ I'e$Ullado dunu dlnimicól,dum funcionamento. humanas. instaladas neste espaço. Será um estudo socre a "paisagem
de ekmeolO5 que inlef"ageTnentre si. 5egundo proceUOl em regra ecolôgica", no dizer de ~t PHIPPS(1985. p. 59).
~ mas que Dern sem~ é poufvel quantificar. ou pelo menos De qualquer modo . é fundamental perceber a eSU'Utur.t ~16tica e
abafar na su.a:unplirude: mas. o que de faclo vai lt'r impon!nci a na biõnca destas paisagens e as suas interacções,ou seja..a s.uadiMmica.
individualizaçlo de:ua paiSoJgem vai ser I nu nifeslaÇooespacial da °
pois que são a base para se poder entender seu fuOClonamento e.
acruaçlodeues proceuos.. Uma dasdlferenciaç6es e ntre ecossistema e portanto, o melhor modo como pode ser utilizado o seu espaço pela
paiugem. segundo alguns actores, paraalém da maior homogeneidade sociedade. nas suas múlttplas actividades.
rnauoKÓplca dos elemenlos nos ecossuremas do que:nas paisagens. As necessidades desta sociedade mudam constantemente c a uma
está no enfase que é dado 15 relações funcionais nos ecossis temas e às velocidade muito superior à das mudanças regist:tdas na natureza:
relações espaciais nas paisagens ( idem, ibidem , p. 104; M. P111PPS. àquelas mudanças correspondem n.ovas. ?Umais intensas. acções so~re
1985. p. 60). o meio. do qual vêm reacções de intensidade semelhante. na tentauva
Uma idt:ia Urnbém sempre presente é a de globa lidade: a de restabelecer o equiltbrio perdido. mas ~u~ são munas \'eu: s
pais:agem IÓ se emende quando ~ista numa perspectiva global. pois é o desconhecidas. Essas reacções serão ramo mais Intensas quanto mat
conJunro de todos os ekmen tos inscmos naquele espaço e organil.ldos sensíveis forem as componentes afectadas: ora. para além de se
segundodetenninadJmaneira. que. lhe di a u n i~ perceplível pelo procurar conhecer as componentes que. em interligação-.consumema
observador. Sou Kkla dr llobalidade está subjacente a noçõo de estrUtura da paisagem e coc tríbcem para o seu futlC1.on:a mcnto• ~
siSteml.no senudo de: que o todo não é a soma das suas panes. mas importante determinar quais 530CMIS com~ntcs serwvels e qual o
algo '."'I~ do que I~. porque ~nde ~ modo como as panes se papel que desempenham na dinãmica da pauagem. para se poder
cqan.lzam. se reiaclOft:un espacialmente e mteragem funcionalmente.
A paisagem é, de f~. um sistema complexo definido. fundamen, preveé au:'::~a~~;I~;;~~ componentes bíõucas da paisagem. quando esta
ral ~nre. pelas relações espaciais. mas também funcionais, entre as não natural. como é o caso que pretendemos lr.llar. podem ~udar com
é

v án~ componentes. que por vezes s30 muito dive rsas, mesmo na fisio- uma certa rapidez. fruto das variações da população'; das inovações
nomia. m~ s que geram um conjunto unudn o, individualiz úve! tecnológicas e científica.s e das modIficações econõmrcas e ~lalS -
mactOSCOplcamenle. quantos cobertos vegetais diferentes não teve a Serra da Boa lage~
desde que o homem aí se instalou e começou a usufrui-Ia ..• - ou at
Com base nesw ideiu- Iorça e em sfmese, podemos dizer que
estamos. perante uma patsagem quando um determirl4tdo trecho da
Supcrflcle terrestre é compollo por elementos cuja orr aniz.aç30
c~~ par.l que. ao te~ dele uma vis30 global. percebamos a
~~~~:;,~~uma unidade nttichmenle individualizada dos espaçoi
artifi.c!ais res~nderão melhor ou ~mesnus coodiçÕCS.
empl1~oc~~~~:~~:~ q: ~i~e~~UiÇãO espacial
==
bruscamente. como aconteceu nas dunas e na Serra da Boa Viage~
com os i nc ~ndj os de 1993. No enlanto. as alteraçõc, naturaiS
responderão às condições físicas que 1.'K'sãon~~~

das compone:;
Em boa medida I partir desta noç5o . individualizaremos as abíõucas da paisagem e dassuas interacções. ~ ~=~ç: das
paisagens que seria objecto de estudo neste trabalho. Porém, a postura ecol6gico desta. pois deste modo pode-se ente r
componenles bi6licu e. depois disto. pode-se actuar de modo ncio nal
sobre a pais.agem. se houver necessidade diS50. caso de OUtros tipos de paisagem. ela não possa ser essencial na
Apesar de poderem variar em função das Cat:lClerísticas próprias explicaç ão da sua composição e dinâmica. À componente climálica,
de cadanpo de paisagem. há com poee ntes abi6ticas que sã o básicas e apesar d~ ser um dos suportes ~sicos da paisagem. será dado um peso
fundamentais. em regra. na et plicaç.io da composição e dinfunica das secundário. pela fraca variabilidade espacial que apresenta. graças à
~ sagenJ: as de ImbilOreomorfol6gico. pedológico e topoclim.lhico• proximidade do oceano. de toda a área de estudo.
• hAs. ! semelhança do que tiz.er.un outrosestudiosos da paisagem ( por
exemplo, ligados à Ecologi.lld.1 PaISagem. como C_ KWAKERNAAK
(J982). J.·P. OUCROC(J 985), K.TAKEl'CHI(l 983). E. VAN WAVERE.>i 1.2 - O bj~thO'l e apresentação da ârea de estudo
(1986). W. G. WESTE.R VELDa aL (1984): ;li Planificação Ecol6gica.
como A. 8OvcHARo~r aL (1985). G. DoMos et aJ. (1987)' ou aos 1.2. 1 - ObjuriroJ
inveu igadOf!'s do CSIRO australiano e seguidores. co m~ G. S.
CHlusnAs &: G. A. STEW....RT (1968) e J..A. HOw....RD & C. w. o objectivo principal deste trabalho é o estudodas paisagens.
~ m:HELl. ( 1 9 80)).
numa área relati\'amente restrita ao nane do estuário do Mondego.
As componerlle~ geomorfoJógicas são, em regra, a~ llLlis eeuu-
entendidas não no seu aspecto global- componenlesfisicas.biol6gicas
runlllles: Anles de nws. pocque a1gull'l3S delas são as primeiras a serem e humanas . mas parcial, recaindosobre as duas primeirascomponentes
~~.pc~ pe!<> obse'tva.Jot:.
ajudando-o. desse medo. a ik finir e referidas que. apesar de darem uma vi~ incomplela de cad:rum dos
ItlliLviduallZMa palsagem: ikpo lS.porque delas dependem. em grande espaços individualizados. ~ fundamentais pan os entendere peevera
parte. OU~componen l e\ como u hidrológicas e as pedológicas. mas sua evolução. As primeiras componentes sic a base 50bre que assentam
também, lndirecwne nle, as florisucas.
todas as outras, quer simplesl11nlle como suslentAculo. quer como
~ilmO a paisagem ~ UIlLl realidade ~f'\'á\'el .l média dislând a. factor explicativo das características apresentadas pelas biolÓgica e
ou seJ" de 31gumaJ centenas ~ meLros a alguns quilóm.:tros (C. W. pelas humanas. As segundas componenles sio a pnmeiR m.uufe\tação
MfTCHEU.. 1991), OSelemenlOS Imediatamenle discerníveis são os das das condições oferecidas pelas primeiro e a1gurrw ~eus a ruJo de
formas do rem~ e os do . seu cobeno vegetal. ou das construções ser de muiras das acti\'idades sócio-económicas desempenhadas pelas
humanas, aso. SCJa uma palsagem ~m fon e ocupação pelo homem. populações consigo relacionadas. Analisaremos em especial a
Esta~mponâncl..ll relal!v3 da morfologia ~ enfatiUlda por M. DElPQuX vegetação, por ser a componeme biológica maISfaal menle.obscrvivd
0 97.1. ao definir pJ.isage~ como "(...) uma entidade espacia l e aquela que. além de possuir maior bjom~ es~ dl~nte
~spon&:nle à soma dum npo geomorfológico e duma cobertura no dependente das uís condições fisicase podedar ~ mledlalo IndicaçõeS
senn~ mau amplo de\le termo !" ')" (p. 159). Este ripo geomo-. quanto às componentes abióticas: a fauna. ellgmdo ~m proces.so
fo.lógl~ estJ. IJg~, ames de mau , às características geológicas e analítico muito especifico. não ser' abordada: quando muno. seri fella
cli.núucas (pelos sistemas de erm!o) e é ~ "suporte" físico que sust ém uma ou outra referincia esporádica. Alguns aspec.ros da acção humana
a cobenura. Esta é CC)flsUfuída por comunidades vegetais desde que sobre o rerrtt õric serão abordados. mas maIS como elementos
~mem não lenha:dado outro uso ao espaço em causa: de diferen: constituintes da paisagem que têmimplicações direc:w sobre os OUlI'OS
pecto e CO~poslç50, em, resposta ,a todo um conj umo de condições elementos. funcionando, portante. como um reeo para melhor a
~eomorloI6glcas. pedológicas, hídric as, climáticas e antrópicas Por entender e não como um fim no estudo em causa,
~~;;~~!;~~~~~~o:~e:~:;Sq~~d~zi~~::a~~: ~:~~~~~~
unprtrmram, desde os tempos mais remotos.
No estudo das paisagens procuraremos entender a sua ro mpo-
siçâ o e a sua fisionomia. que são a manifestaçl~ ~rcepúve l duma
determinada estrutura. Esta estrutura õeüne-se pnoopalmenle 'pelos
Deste modo. faremos uma abordagem da paisagem centrada, elementos morfológicos, fitológicos ~ de uso do solo que. no conjunto.
funda?,ental~ente. n~stes ~s as~(OS; geomorfológico, pedológico e podem ser consideradoscomo descrítores.
flOdrf~~c~. A hldrologJaSUrgirá subSidiária à análise geomorfol6gica e li Mas como a paisagem nlio se deve explicar só pelo seu aspecto
pe o gica. não sendo, ponantc. fulcral. o que não significa que, no estrutural. procuraremos perceber a sua dinâmica pela detecção das

----- --- ---


~..
oe
componentes que . estand c no fulcro das lnInsfonnaçOes da paisa gem .
possa m dar informaç ão quan to" c"o luç3.o & 513. Se sob uma pers -
pec tiva 5 i ~ll! m ica entendermos as s uas li,ações preferenciais e o seu
modo de acção . poderemos prev er futura s modi ficações nesu paisa -
gem, por :aJreraçón provocadasdirecu ou indim:tamenll~ pelo homem.
Esw componentes W !ff1lmeruc des ignada s por varidl'~ís'chavt
1.2,2 -Árta dttSludo

Q ua.ndo uma área t butanle d iversific ada nos seus aspeçlOS


morfológ iCOS e de cobe rtura do \0 10 e. ao mesmo tempo. inclui porçôcs
do seu espaço fortemente contrastadas. rema-se f.xi l aí dcwinçar
diferentes unidades de pa~sagens a que correspondem. em geral.

,.
;II (c. KWAKER....""K. 1982. por exemplo).
DenDO de cadli pai ugem procu~ll'lOi determinar as principais
unidades - no sen tido de M Ui fisionomi camente homogéneas - c.
difef('ntescstruturas.dmlmM:aSeaplid1'lcs.
É e m grande pane por este s motivos que elColhemos a irea i.
Nane do estuário do Monde go. e m partic ular a compreendida enlrt a
,.,.
ti eventualmen te, subunidades, as quais serã o analisadas igua lme nte sob
as perspectivas eslJUlUtal e dinâmica, Do mesmo modo. tentaremos
ci dade de Fi gue ira da Fo z e a Lagoa da Vela (Fig. I l , Ne~te espaço.
rela tivament e pequ en o. co nflue m du as suo-regiões com as suas

,.,. uplicaruvari.h'eisdes.critorbC'U veriãveis-ch ave .


Como não há espaços estanques sobre a superfIcic da.Terra. sendo
qualquer de les um siste ma. abc-no. s.er.i. também nosso objectivo
caracrertsucas simultanea mente di stin tas e semelhan tes: o 8 ai)(o
M on d~o · e a Gâ ndara '. Distin guem -se. no essenc ial. pelo fulao

,.,. perceber u int=l.çõe5 exisrenres entre as várias unidades de


paisagem.

,. Em str uese, um lr.1baJho deste tipo não tem como objectivo ser
exaustivo, nem an~i ür complel:Unente toda a área que lhe servi u de


~
suporte , Pre tend e-se que. apo iado num número rest rito. mas suficie n-
tement e sig nifica tivo . de pontos . se co nsiga detectar os prin cip ais
aspectos que caracterizam as paisagens. em particula r os seus
•• ele mentos e processos. e respecti vas lmerscções. determinantes no seu
funcionamento . IMopermite conhecer a estrutura base das paisagens

•• que . conjuntamente com o coebecimente d» componentes mai s


importantes na sua din!mic3. po !>Sibilita ao planeador obter os instru-
mentos necessári os para ordenar o territôric, numa perspectiva em qu e

•••
não são descu radas as suas caractertsucas biofIsicas
Mas co mo um "bo m o rde na me nto do territ ório co nsiste em
redireccionar o u ~ ubsl i l uir as d inâm icas u iSlenl es po r ou tr as"
O, nU~RT ~ c. KlEWlETDE.JO!"GE. 1992. p. 18). co nvé m conhecer
I bem as din.inll C3.S actuais e pa.s.sadas. para se pre ver o e vo luir futuro do
es paço .e m ca usa. numa pe~ pccli va de rna n ute nç âo d um certo
I equilíbrio e dum a cena escbíhda de dos siste mas e ntre tanto afectados
I Prec isamente porque uma pai sagem co rre sponde a um si stem~
I c:o~plexo. só é ,pos slvel ~roceder-se a uma act uaç ão não de se -

•• q uilibra da, se se nve r uma Visão g loba l de la _ "o respo nsáve l por um
estu.do de o rdenamento de ve ancciar, adoptando uma atitude dia-
l~uca. a Vi são de con junto do problema. fundado sobre o coobe-
• clll'~ntodas m~ emre as suas di v~_eompoocnlCs. e c esrucc
rruus apro~. necessanamcnlC especializado. das componentes
que se concluir desempenharem um papel jmponante no conjunto do
pro blema" U. TRICART & 1. KJuAN, 1979 . p. 285) .

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _'" ÍO\ ÍO\ ~ _'_'Jli<ll ló'.\lffu_ 'ilr~


n
celuraJ sobre que assentam as actividades rurai s prepond eram es em
cada uma ddas: os C~pos do .\.fondego e ~ Culturas cerealfferas. em
especi.al o arroz; a.t areias da Glndara e I cnllÇ~o da vaca Ieileira .
Nesll 'rea. os contrasles s.lo deveras ncrõncs. pois à Sem da Boa
Viagem. mais os seus conrrafortes para Sul. ~on rrapõc-se a extensa
superlTcie arenosapara Norre. Ma., se I denom maçllo de Serra para a
colina da 80a Viagem SÓ se justiflca pelo co nleJ[IO regional onde se
insere I. a superfície arenosa I None nem sempre ~ 1lI0 plana corno
aparenf.a quando se percorre a ewada ,figueira da Foz-Aveuu . ou
quando sobre ela se espnioJ o olhar I pattu do mir.l.douro da Bandeira.
na Sem da 8oa. Viagem. Para ocidente da fiada de lagoas que das
pro.timid.xles de Quiaios ~nde.m a lI! -pro ximo- da Tocha e vão
encontrar seguimento n3 Lagoa de MIra. desenvolve_se um Impoltan le
Cunpo de Dunascom UlN lopognfia OOslanfe movimentada, apesar +

:u:e=ere~~~=n~ ~=~ e~:~:n~~::c~~~:;~~~od~1


Soall!lilC. aquele campo de dunas identifica·se pe la homogene idade da
cor (fa.l),l cor). diferente d.u Tr\dadas pela supedicie oriental comigua.
Foi pm:isamente pela ocOfTénci3 destes sinais nítidos duma
dlferenciaçao apartllle. pelo menos a uma escala pequena. entre estas
rrb IInid3des e$~ais que decidimos esco lher a árra·amosua' aqui. de
modoa abarcarlimaporçao significan le delas e as respecti vas zonas de
etlrltac:lo (Fig. I). Nda ~ incluída uma boa pan e da Sem da 8 0a

- _._- -
mid.1des de AlhalWi de Baixo. parece mesclar-se com o Baixo ~Ion ­ co mplementada pela 0bu'rva çl 0 da fotografia aérea na escala
dego masque. panI :'olone. já oJo levanla duvidouquanto 1 sua origem aproximada de 1:30 ()()) e por uma obo.ervaçJoprospectiva no terreeo,
e característic.u tipicas. A Valadi Vela. dreno da Lagoa da Vela para pemu liram diferenciar aquelas unidadespaisagísticas.
o Mondego, foi a escolhaartificial parao seu limite setentrional que se Perante a e xtensão da área e de cada uma das paisagens. decidi.
prolonga alO! ju n to de Qui n ~ dos Vig1rios. Na mesma dire cç ão, mas mos e~o l her as áreas -amos tra onde incidirf:uTloo;o trabalho de campo
para odde nle e por_~ma u la perfeuamenteani lki aJ. Vala da Lavadra, de maior pormenor. A e'\Colha. como ji referimos acima. recaiu sobre
dfen.a.ll1C' da Lap ~ BDÇa'. estabelecemos o limite Noete d:a fracç50 o extremo ocidental. onde se encontram as dues \Ub- regiõc~ citadas ;
doi~a:~ pettenanlC' às Dun.u de Quiai?S {Fig. I I. para além de pe rmitire m carec te n zar cada uma das paisagens e
Nesle espaço relauvamenle eXlguopareceu-nos estar conce n trada respectivas subdivisões. têm a vantagem de cemer as zonas. ou fanas.
a maior pane da problemática respei tante a estas trê s unidades de de ccr uacto emre elas, o que t interessante por se poder ver como se faz
paisagem: Dunas de Quiaios~ànd.ua ..e.....Swa da..Baa.Y.lageln..Se a transiç ão entre espaços de características dis untas, pelo me nos
ampliáuemos a SU.1 ma eertameete que obleríamos alguns novos parcia lmente.
elementos a junw _ recolhidos ~ mas decerto que esse acrés-
cimo nio ~a proporcionaJ ao acUmulo de trabalho e de gasto de
tempo. Em especial na Gindara e nas dunas litorais parece veri fica r-se 1.3.2 - Rt colha dt rampo
uma cena repe nnv idade nos fenómenos biofisicos e mesmo humanos.
Como os atributos principais das paisagens parecem d istribuir -se
o que escusaa an.6lise de ene esas ãreas par:J a sua caracterizaçâe,
por manchas relauvamemeexlC'flSaS. decidimos utilizar um métodode
amostragem pontual estratificado aleatório para o lennl3mento dos
1.3- '\1t'lodoIOltia elemenlos de campo. Os estratos correspondem aos quadrados de um
quilómetro de lado das cartas .topogrMicas na esc. 1:15 (O) e em cada
um deles foi escolhido aleatoriamente um ponto.
1.3.1- Dtf lllif ão das du as_ ostra Em cada ponto de amostragem rt foram levantados elemeruos de
ordem gcomorfolÓgica. pedológica e florlstica. para all!~ de OUtm
o método seguido baseou-se fuedamentalmeme na recolha de características mais gerais como o uso do solo e casos particulares q.ue
campo. ~ elementos de análise imediata ou sujeitos a posterior análise merecessem referência. que iam sendo re gi sta~os em fichas p~ vla­
laborar.onlll. complementados. sempre que ~~sf vel e necessário. pela mente elaboradas. Assim. na ficha geomorfolôgica (Anexo A ) foi dada
consulta de documentos c:trtográficos ou bibliográficos respeitantes à import1ncia 1 morfologia. atra vés de alguns itenscomo o npode relevo
área em causa,
onde se es~ a realizar o levantamento. alguns dados lopográfiCOS e
Su m primeiro momento procurámos identificar as unidades algumas earacterfsticas da vertente (flanco no ~ das dunas) q~
maiores, ou ~ja , as paiS.lgens propriamente ditas. A sua observação estiver em causa; à litclogia. quer do "bed rock • ~uer dos depósllos
i n~I~ta. fOI fena a uma escala pequena e leve como re ferê nc i ~ superficiais. quando existem. e neste caso. ref~rêncl as à sua nature~
principal as c~lC' ríslic~ morfológicas e em segundo lugar as da eslrUtunl e disposição dos maleriaiS consululllles;. à toalha freática
cobertura do solo e geologia. Pat2 isso consultámos canas topográficas sempre que o!detectãvel e mensurãvel a sua profundi~ ; fi~mcn!e.
na escala de ,1;15 000 e corogri flCaS nas escalas de 1:50 000 e 1:100 aos processos gcomorfológicos. dos erosivos em sentl~ restnt~
()()): respecuvameme dos Serviços Canográficos do Exércuo e do movimentos de massa e 1lp05 de acumulação. EsIC' ~J unlO de
lnsntuto~gráfico e Cadastral: as folhas n." 19-A (Cantanhede) e 19- permite ter uma ideia razoável da esuumra e dinâmica do substrato e
-C (Figueira da Foz) da Cana Geológica de Portugal na esc 1'50 000.
as folhas n.- 217. 218. 227B, 228. 229. 238A. 239 e 240 da C~
~siJllir.e»o unicamenlC' ~~IlO~~": ::
Agrícolae fl omtal de fVrtugal. na esc. 1:25 000; a CMta de Solos de
~~gal, na esc-. I:1 ~ 000. do Atlas de PortUgal. da Comissão ~":=~':ee==~ c ~ 1tjUCic
~l do ~blenlC'..:.....A mform eçâo fornecida por estes documentos. l~.l.
)O li

superffcic:onde asse~Il11Y1lodu as ou~ co mpo ne ntes ,da paisa ge m. de de estrutura. caractertsucas que aparentassem estar ligadas com a
modo a pod ennos aJuiz.u do se u evolu ir e das pote ncJ ~ l idade5 de uso ped o g énese . Em seguida eram medidas as suas espeMl11'a$.
que eslJo nWs dlteCUIDenle dependentes das ~~ndIÇoes 8~mor· A le:r..lura f~ determinada directamente 00 campo elou poI"
fol6gicu; agricullUl3. silvicultura. construçlo cIVIl, nploraç1o de ~lise granulométrica em labor.ltório. No campo. a detenninação era
rt'C11!W5Utic:os,cte.
N. ficha pedológica (Anexo AI conside rámos alguns elementos
feira a trav és de uma pequena porção de solo humedecidocom a qual se
te nta va fazer um filamento e curvá-lo. Desde a impossibilidade de fazer
«
respe:iL1nles ao solo. visto no conjunto. c elementos referemcs a cada o filamento. até ser posslvel fm·lo. curvá-lo em arJo1a e senti.1o
um do5 horizonres do mesmo. No primeiro caso, analisámos de modo pegajO!tO. vai toda uma séne de tell.lUm . das mais grosseiras. as
qualitati\'o o grau de erosão observável 1 sua superffcie: de modo arenosas. atl! às mais finas, as argilosas. pI5!>ando por lCU U(35 inter-
quantitativo deduzimos a drenagem c medimos a pedregosidade. a médias como as francas. as limosas (siltosas). ou compostas por mais
nxosid.1de c a profundidade da rocha-mãe (q uan d o poss íve l). do que uma das tell uras referidas (J. C. CARDOSO, 1972. pp. 8·9).
O grau de erosão que jJ. havia sido oeservado na ficha gecmor-
fológica. pode ter Uft\.1 nunifcsução mais pedológica como, por
exemplo, pelo desapuecimcnlo do horizonte superior. o que muitas
A esuurura foi analisada SÓ quanto ao seu grau. OU seja, se era
agregada. com a presença de grumosou outros agregadosmaiores, ou
se era pani cular (sem estrutura. segundo alguns autores") no caso de ••
veleS não detectado geomorfologicamentc.
é

A drenagem. de finida 00 sentido pedológico co mo a maior ou


as pan lculas primárias não estarem ligadas. ou noo se notare m as linhas
de separação dos agregados (idt nt. ibidtm. pp. 16-17). A discriminaç30
dos vários tipos e classes de eSU'Uturas nlo foi feita. por acharmos n30
••
menor fariJidade de infillnlÇ50da f gua através do solo. foi deduzida em
função da IC.lt1Jra deste . Foi·lhe atribuído um valor, compreendido entre
O e 6 (fAO. 19n. pp. 11·1 2) e cujo significado é purame nte ordinal.
~ pedregosidade. que nos diz a percentagem de fragmentos
ser de relevante importância para a aptid30 dos solos.
Uma das análises efectuadas em leboratõric foi a do pH. Para o
seu cálculo usou-se o método apresentado por Dominique SoLTI'o'ER

grosseuos componentes do solo. foi de te rminada por meio dum ( 1988. p. 99): das amostras de cada um dos horizoraes, de cada u~ dos
ponteiro de ferre com 20 cm de comprimen te que se enterrava dez solos. retiraram-se 10 gr a que se juntaram 25 mI de água destilada.
vezes no solo. ao acaso e observav~-se o número de vezes que ele num copo. agitando-se várias vezes ao longo de hora e meia;
era inlercepud o por UI~ pedra e a tri buí a-se esse valor. Esse número seguidamente, fez-se :1 medição com um aparelho de pH portãril
dava a percentagem de solo constituído por fracção grosseira, em (HAJ';NA Insuumenu . HI 8424. Mic rcccmputer pH meter.'.
d6cimosdo seu vllor. A cor 11 dos horizontes foi ou tra caracteristiQ reglSud.1 ape~
A rocosidadeque ~ :1 percentagem da superfície do solo ocupada como uma infonnação complementar: no entanto. interessaquandose
por rocha dUJ"3 eaposta, t:am~ m foi representada por valores de Oa 10. pretende estudar a génese e evolução do solo e. obviamente- :na .sua
correspondentes aos décimos do valor daquela percentagem. c1assificaçl o; porém, e secundária quando a . preoc~~lo pnncl~
A espeiSUra, foi medida quando da análise do perfil do solo anda em tomo das suas capacidadese potencialidades . Pode. toda VIa..
sempre que f~ atl.DgJdo o fundo do solo. o que nem sempre se veri- afectar uma das propriedades do solo. a sua temperatura(1: B. COST~
ficou. Em parneularnos solos da Gêndara, o horizonte 8 é const nurdc 1979. p. 277) pela diferença de albedo resultante ~ tonahdades mars
por nfveis endurecidos que impediram muitas vezes a observação dos escuras ou mais claras. expostas pela sua superfície. ~ mesmo modo.
seus níveis inferiores. pode dar. também. indicaçOe$.qu:mto 1 nque~ relauv~ 00 leOT em
Coma a~ duma sanja. quando os solos eram pouco espes- matéria orgânica. Os solos mais ncos em matériaorg!nica sJo. regr:a
sos. ou com a uuhzaçao duma sonda pedológica. procunl.mos pers- geral. mais escuros.
crutar o perfil do solo deteclando os seus horizontes e analisando-os
sob v!ri1lS perspectivas: os horizontes presentes. as suas espessura.
lextura.. enru rura, pH. cor. presença de ealcário activo e oulras
eventuaJS eataeterís!icas.
. A identificação dos horizontes foi feita através das variações de
cor ao longo do perfil. ou das modlficaçOesimportantes de textura ou
......
....
.. De qualquer modo. não considerámos e~ll~ atribulo importante.
preci samente porqu e tem "fraca ou quase nula inüu êncta di recta sobre
os fenómenos que se verificam no solo' (idem, ibídem, p. 2?7), n ão

•••
tendo. portanto, significativa acção sobre as suas outras propriedades.
Outra análise levada a efeito no campo. foi a da reacção do so lo

....
ao ác ido clorídri co. li fim de:de tecta rmos a maior ou menor riqueza do 1.3.3 - Anáfiu dos dados
solo em calcário acuv o. ou outros carbo natos. Para isso pusemos
algumas gotas de He I diluído sobre cada um dos horizo ntes e Pela análise deste conjunto de elemen tos. associa dos a obser.

.... observámos se havia. ou não, efervescência e qual o seu grau. Con-


.soante li sua inexistência. ou li menor ou maior vivacidade e perceptibi-
lidade daquela. assim se estabelece ram quatro classes - n.u.l.a. m.
vaçôe s pa ra le l ~s fei tas no campo e à. consulta de bibliografia respei-
tante à respectiv a áre a efou tema. fOI possíve l uma primeira caracte•
rizaç ãc de po rme no r da s.unid ades de paisagem. sob os vários aspectos

.....
~ e f2Ik. correspo ndentes ,i, classes de conteúdo em ca lcário ubo rda õc s : ge omoetotõg tcos. pedológicos. üc rtsnc os e, nalguns casos.
do '010. de não ca lcário. leve me nte calc ário. calcd rio e fortemente microclim áuc os. Ela é. fundam entalment e, uma ca racterização estru-
ca lcári o (FAO. 1977 . p. ~7) . tural de cada urna das pa isagens. onde se sa lientam já os principais

.... O utras cara cte rrsucas mais específicas iam se ndo an otadas co ntras tes espaciais internos. propici adores da di visão em unidades
consoa nte eram obse rvadas. É o caso da presen ça de raíze s. de níveis inferi ores de paisag em. Ta mbém se deu um peso importante ao factor
endureci dos. da toalh a freãric a. de se ixos, etc. tem po q ua ndo procurámos abo rdar a evolução dll paisagem . de modo a
No final ces tas observ ações do pe rfil do solo tentámos a sua e ntende r muit as das suas características actuais. Esta abord agem
cl.u sificação. usando para isso a classificaç ão da FAOIU NESCO dia cró nic a apoio u-se em doc umentos históri cos que . de alg um modo,

••
( 1974) qu e. por ser gen erali sta. poi s é preten sa me nte aplicá vel a lod o o
G lobo. se tornava mais fácil de usar.
fazem re ferência exp licita à área em ca usa.

Para 1I1ém daquel a an ãlise feita com base na distri buição e.

•• O levantame nto florísuc o foi fe ito. para cada po nto -am ostra ,
num a áre a envolve nte ao ponto onde se anal isara o solo. calc ulando-se,
portanto. na oco rrê ncia prefere nci al das variãveis pelos vários pontos
de amostrag em. o que perm itiu prec isar melh or a delimitação das

..
por estimativa, um raio de 10 rn. mas que pod ia vari ar par a men os ou unid ade s de pai sa gem e faz er a sua carac te rizaçã o geral, ensaiámos
• para mai s, co nscame a vegetação era. respectivam ente, mai s mon ótona
ou mai s vari ada. Os da do s recolhido s eram regista dos na ficha de
outro métod o de aborda gem . baseados na aplicaç ão de processos
estatístico s multi vari ados . nomeadam ent e a análi se facto rial. Este
vege tação (Anexo Al, onde se começa po r faze r ref erência a eleme ntos me io , para além de pe rm itir sintetizar a info rmaçã o recolhida
carac terizadore s do sitio. na sua globalidade . tais co mo a fonn ação (H. BEGUIN, 1979 . p. 15] ). dispersa po r um gran de número de
vegetal, ou o uso do solo. o microcl ima, a acção amrépica e a d inâmica vari áveis , possibilna "detec tar e identificar grupos de variáveis
de co njunto . interrel acionadas" (G. S HAW & D. WHEELER, 1985, p. 27] ) de modo a

... . No prim eiro caso , qual ificou- se o tipo de coberto vege tal pe la sua
fi slono~l a. ou pelo tipo de cultura aí prat icada . O microc lima foi
refere ncia do, em regra. qua nto 11.e xpo sição do local ao So l e aos ve ntos
do minan tes. A acção ar urôpica, sendo óbv ia nas culturas. era també m
faci litar a sua interpr etaç ão , salient3ndo-se aquel.as que de sem~~
o pa pe l prepo ndera nte na caracterização e. esse nc~ almeme. oa din âmica
de cada uma da s unidade s de paisagem. em particular. e de cada uma

anotada , de sde que tivés semos a sua perc epção, mesmo nas mala s, ou da s p~s~~~n;;s~~tr~ra~~ análi se estansnca exige ce n os c~i?ados
para
fonnações espo ntâne as. pois é ela m uitas ve zes a condicionante de qu e os se us resu ltados poSSllm ser utilizado s com fiabüidad e. Por
cert os tipos de e.volução da vege tação . Na dinâmica de conj unto
procu rám os manifestações da vege taçã o que no s indici assem a
evolução q.ue es ta esta va a ter, quer qualitati va que r qua ntitat ivament e.
S e~ul u •.se o levantam ento da s es péc ies florístlcas , segundo o
mét odo idealizado por G. BERTRAND ( 1966). co m ligeiras medicaç ões,
eilOemplo. ao nível dosdados. estes devem ser repre semad os de modo uso apre semar'! e das formas das vertentes (ou flancos) cm convexo-
scmeltw lle I fim de perrmnremo calculo de com: la.çoe~. expressas, no -cOncavu, rectiUnea s e irregulare s. por mera convenção pessoa l.
gem. em di)finci~ de v!rios tipos, entre as variãveis, ou ~nltt os As modali dades das variáveis quantitaú 'óu . em face da dispa-
individuos. Esre probltml levantou-se com os ~OS50S dados v~sto: que ridade dos valores e das mediçOCs - por exemplocenãmevos para u
slo de natureza bastante diferen te: uns úo perfellam~nte quantuanvos. espessur as. valores adimen sionais para o pH. graus para o declive _
como as espessuras. que r dcs solos. quer dos depésncs de vertente, o foram de igual modo ordenadas por classe s, 1lsquais foram atribuídOl
pH dos solos. a profundilbde da loalha frd ,tlca. ou da rocha-mãe: mas ....tores da mes ma orde m dos das variáveis qualilativas . havendo o
ccecs do de natureza qw.!ltólIlVil.. como por exempíc a exposição de cuidado de seg uir o mesmo crnénc de conferir o valor zero .. nJo
vertentes, posiç1o topogr.l.f1ca. texrura e estrut ura dos solos. tipo de e ilO ist~ nc ia de registo (AneilOo C) . Esta transformação dos dados permite,
solo. etc; OUtroS ~nda são ord inais. como pur exe mplo o gra u de erosão també m. ob star ao "efeito de tamanho" . mu itas vezes acarre tados pelos
e a presença de calcário active no so lo. valores bnn os que podem Mdeformar sensivelmente a signifICação do
Á fim de ultrapassar este óbice. proc urá mos pad ro niza r coeficiente de ccrrelaçâe" 1H. BEGUlN, 1979, p. 169). Do mesmo modo
sufici entemente os dados de modoa que os re feren ciados por valores °
e porq ue estamos perarue uso duma análise factorial, Ma experiência
brutos quantitativos pudessem ser co nfrontados co m aquel es de valor mostr a que as correlações entre determinadas variá veis geográficas não
brurc qualitativo. Assim, atribufmos os valores I. 2. 3•... n. às moda- so frem mais mod ificações logo que são calculadas sobre valCRS
lidades das variiveis qualitativas. de modo q ue esta ordenaç ão card inais e sobre valores ord inais" (idt '" ibUk",. p. 170).
valorariva crescente correspondesse. de fac to. a um crescendo da O pas so seg uinte foi a esco lha das variáveis a utilizar na anã âse
variável (Anexe C). Po r exemplo, pi1t3. a prime ira variá ve l. a mu ltivariada. Como intere ssa que as variáve is dêem uma informação
topografia. a sua ordc naçl0 viria a ser feita em função dum crescendo máx ima sobre as unidad es de amostragem. rejeuãnsos, t. panida. as
de energia potencial correspondente às respec tivas formas. vindo as respectivas modalidades com uma frequência demas iado . baixa 0tI
depressões ou superlTcies planas co m valo r ma is baixo e as vertentes demasiado alta ; neste caso era de menos de O.05N OCQmnCl35 (sendo (
com valor mais alto. Para todas as vari áve is. a atribuiç ão do valor zero N o n.· lota i de unidade s de amostragem ). ou seja até 5%. ou mais de
significa a sua não ocorrência no respectivo ponto de a mostragem. Fo i O.95N ocorrências, ou seja. acima de 95%, do máximo ~f.vel .. . I
por esta ru10 que. em variáveis como a reacç ão ao HCI por pane das Apesar de se aplicar com mais legillmid3dc a vanávels binárias. I
compon entes mine rais dos vários horizontes, sempre que aquela era onde a máxima quantidade de informação I! dada pela sua presença em I
nula. esta modaIid3dc recebe u O valor de I. de modo a não ser 50% das observações possíveis (C. KWA KER.'IIAA ~ -.'1982, PP: 61-62), I
co nfundida co m o seu não regislo. baixando progressivamente pan os extre~. dccidi~ aplicar esse
critério a estes dados. pois quando a oconfncl.! .é ~c:unente pon~.
I
Nas ,variáveis do solo seg uiu-se sem pre a ordem do ma is simples
para o IlU.\ S complexo. qu er no perfi l. quer na estrutura. que r no tipo de pod e estar eivad a de cas ualidade e n50 ter o slgm ficado que a ~non I
solo. pareceria ter: do mesmo mod o quand~ a ocorr!nci~ duma de~ennmada I
Na vegetação , cada especte recebe u, para cada unidade de moda lida de du ma variável I! quase universal (o umversoaqU I I! o total I
atnoSmgem. o número correspondente à c lass ificação Iuosscciol ôgíca de un idades de amestragem), em pouco. 0tI [IlK1a. poderá ajudar a
relacionar essas unidades . ou a poder companr·se com as OtIUU I
de abund.\nc:ia-dominância (G. BERTRAND, 1966 ). acrescentado de I;
I
ou 5Cj~ o valor 1 para a sigla +. 2 para a I. 3 para a 2 e ass im
sucess ivamente até 6 para a 5 (corres po nde nte à máxi ma cobertura do
Variá~::rt=~c~~~linhaspel3swtid1desde I
amostragem e nas colunas pebs variivcis retidas. foram calculados 05
solo). Mais uma vez o zero foi atribufdo à nào ocorrência da espécie I
naquele levantamento.
Por ém, há variá vei s c uja ! mod ali dades di fici lme nte s30 I
susce púvei s de uma ordenação óbvia. em face de qua lquer tipo de I

••
°
valorização retauva. Aqui seguimos mod o trad icio nal de as expor, ou
então Opiámos por uma livre esco lha. É o caso da exposição das
verten tes (flancos nas dunas ) que foi orden ada em N. E. S c W. com o I!


.....
..• roef"ienleS de correlaç~ linear cJõislr1lle5 mire as vlltiá vd s analisadas
par·a·p;u.
A part ir da m.uriz Jc cOlTdaç6eS ee tre v:uihe is. cons uu ida com
A aplicaç ão d o método da elimimu;w sucess iva é Sislemaüzada
por aquele Au tor segundo o esque ma seguinte:
~o:r) inven lari.lÇ1o dc4 pares implicados. alnvés de otMrv~
os ~ VO$ coeflClC'nleS, t IX5sh cl cvidellCi3r as 'i:má~'cls que têm directa da matnz de c~I~;
um comportltne'nto espac ial Ioernclhanlc. ou sej a. Mvan lç Oes
b) enu~k1 dos indic~ envolv iOOlI'lO'l p~ e eorlla~m.
conconu Wl ta M (RAa...."E &: RAVloIOSD. 1973. p. 135). po r con strução dum rol dr Irrq ui nt:itU. do numero de: correlações
A forte COfI'C:Iaç30 entre as \'ari.h eis. de .. t' s.er visra unicamente afec tando ca da ind icador,
c m ermos de uma cena co incllJê ncia de comportamento espacial, c) local ização do pólo de: relaçOeS mai ~ forte. isto é . localizaçào
lendo em conta os locais uliliz.ados na amo stragem: nada. ou mui to do indicador (variáve l) com maio r frequência de eooesões:
pouco, permitirâ estabelecer rclaçcks de causa-e feuc í GROUPE ti) remoção d o pólo mais forte constit uído segundoc);
C'HADlILE. 1987, p. 96). As cau sas õesse comportame nto 550. mUll1S t ) redução de uma unidade nas frequêoci as das cornl~s de
vezes, uógroa ao gru po correl~ e podem ou nlo ser comuns; ada indicador relac iOll.1docom o pólo reJTll)\·ido;
obví i.mcnle que a causa lidade. comum selõ1 tanlo ma~ s rara quant o /l repetiçao de c) a e) a tt! q ue todas as freq uf ncias de rorrela çôe's
maior for o grupo e mai s dIH~nlficad a for.1 s ua compouçso. Perante li dos indicadores re m anesce ntes apresentem o valor numérico I. IMO
co mplexidade dos sistemas naturais t muito dinei l es tabelece r slgmflc a que o procedi mento ellrninaôno !IC vai repetindo alé ao
verdadeiras re lações de causa-efeito : ludo o que se possa rema r ness e apu ra men to de rr/op'kl biull(vocas isoladas;
sentido nul1C:l ~ de urna mera lI.pro;l;imaç30. g) esco lha alea tóri a de um indicador em c3da par remaeesceme.
Tendo sempre subjace nte esse princípio. procurámos. n30 O OUIlO ind iudor elim ina·loe.-IE. V. FIGl!f..IREOO, 1988. p. I-aS).
obmnlC. uoliur um mttodo de w li\< que nos permiusse sintetizar. Apl» ems elim inações a matnz li. ser trat~ r~ ~uzida. mas
poe meio de: um pequeno número de novas variáve is. cons uuidas co m uma certa garanua d e que não dispõede variâveiscom Infonn aç30
à custa das onginais. o mbimo de inform aç ão dada po r estas
IH. BUiL' N. 19"19. p. 15-'). redung~nl~~alame n!o factori al d esta malfi z. .pelas Co mpo nente s
A análise faclOrial permite ating ir este o bjec tivo . quer através da Principai s refe ridas. resultaram matri zes factoriais compostas pela.~
determinaçllo d.u Componen te s Principais . q ue r dos Fac tor es ~ (" Ioali ings-) de cada uma das variáv eis com cada um dos
Pri ncipais. Se>;te caso uti liz.ámo s o cálculo das Co mpo nentes íactores. ou componentes prillcipais. calculados pelo progr:una",
PriOl.
'i pais. Umdos problema5que se põem ~g~ t! o da escolha do ~umero
Para e Vlw uma certa redund.5.ncia na infonnaçao forn ecida po r de componentes principais :II. reter. poiS Interessa que estes sejamem
algum as variá... eis, ap licámos o mbode da rUnrin"fiJo sucrssiva (E. V. pequeno número, para fac ilitar a síntese, mas .dev em ~senur .0
FlCiUEIREDO. 1988). a fim de:facilitar o tratame nto estatí st ico daquelas. máx imo de variâ ncia poss ível das variáveis. Há díversos cnrériose ~o~
verifi cando-se. ape sar d isso , uma pe rda mínima de informaç ão. dos mai s simplcs e obj ectivos são apresentado.s por G . SHA\\
Comiste este método na elim inaç ão. dentro de pare s d e variáv e is D WHEEllR (1985. p. 282). O primeiro COnSISle na escolh~ das
fonc:mente COIRlad onada.s. de uma de las, de modo que a inform ação C~mponentes que expliquem mai s da vm~~:~~~~u;::.~uc:;
lnlzida pelas duas seja represenlalh pela retida, havendo a pesar de tudo vari' \·e1: o segundo. na rtpreSC.ntaç50 em p ...., Na
pouca pcrdade mfonnação. visto q ue a maior parte dela era co iDCide:nte das respectivas vari ânc ias por SI e"p licadas , qu~~:~~~~ que
e ntre as duas . Nlo OOslaltlC. Estausu ca não es tabelecer. a inda. o lim iar no dec live da c urva. escolh~m'se os represen~~ nas suas saturações.
a partir do q ual uma co rre lação pode se r co nside rada forte , esco lhe mos As Component es ~30 tnlerp retad as ~ml p;uaa Componente. que
o valo r de r :: 10.61,por pare cer se r suficie nte me nte ali o para gara ntir Estas refl ect em o co ntrib uto de c~da van : . dos valore s e"tre rTlOS se
~~:~;;a~j~~~~~n~a;:,,~= de: +1 ou '. 1 eles tceem",
uma estre ita ligaç30 entre as variáveis I I.

" E. FlGI.'ElJ:UJO(l9U ) ((lftSióeroIl o bmi. m/nimolk, _1O.7St lIO_ nI\Ido


de Il:po...li~ de Ponupl çoniult:nlll
"
A ínrerpre raç ão da co mpo nente ~ tan to mais fácil qu ant o mais se

:~x:;~~ :u~le;e~~~C;:~ ~~m~il~r~~~;o;. ~;~. e~~v:l~':nm~


res rantes. Acomece que frequentemente a matnz inicial ~e S:llUI1IÇOcs
aprescn la valo res que se e.slc~em entre O C , :l: 1. dl fkuJtando a

~n~~~~,~v,;;~=~~ :I~~ ::t~~ ~~~I: bdU:~::U~_~d:~~~: 1- O QUADRO NATURAL OA ÁREA DE ssruno


u JOffi. ou seja. de os aproximar de O.os de mau fmc~ contnburo, e d,~
1.0$ de nuior O:OnlribulO. cost uma fazer-se a rolaçlJO dos factores
:l: 2.I- Clima
IH. BEGUL'i , 197 9, p. 17-1). Aplicám os a rotaç ão o~o~ona l. u s~~do o
processo mais habitual e que o programa ~~~lLSrlco penmua. o 2.t .I- COnluto clinuftit:o
VAJU.\tAX. Esu nxaç50 permite separar mau dl Stln~nle os grupos
de ...i1riáveis. faciliundo oes te modo 3 definição das co mpo nen tes Tal como O resto do pers. esta área de estudo está sujd ra :I um
(G. SHAW &: D. WHEELER. 1985, p. 286). t
este ~onju? (o de clima que. no geral. se explica pelas suas carscterísucas mediterrineas .
componenles que iremos anajisar, de modo a .enten der a d ~ nâmlc~ d~ manifestadas pelos me ses secos no Vedo e por um Inv_emo de relauva
pllÜagens em ca usa. ~fas par3 perceber a vanação da sua tm pcrta nc ra suavidade lr!:nnica.. Prat icamente lodas- aSiiti;õei- meteõrolOgICãSdO
no espaço . leremosque analisaroutro ripo ~ valor:es. . pais registam pelo menos dois meses com preci pi~Jo. em mm. infe-
A análise de Component.es Pnncí país permne determinar uma rior ;I duas vezes o valor da sua temperamra média, em °C, condição
medida da relaçJo ence cada unidade de observação e as novas variá- para.segundo Gaussen, serem considerados secos,
veis (Component.es). ou seja a contribuição que cada nova variável dá O mesmo se passa nesta região litoral do país_ Alguma..s das
pua a sua v~ância ~ que reflect.e~ ao fim e ao cabo, as suas relal;õcs estações utilizadas como pontos de apoio .tocaracterização c1l1nálica.
com :li vari.iveis anglna is. a parnr das quais aquelas componentes pela sua proximidade espacial. registam dois ~ secos (Julho .e
for.unconstruídas (id~m. ibid~,". p. 290). Estas medidas são designadas Agosto) - são as que se situ.am mais a Nane ou a onente - outras. mars
por "scoees" (id~," ). "coordonnées" ( G ROUPEC HADULE. 1987). "no tes para Sul. apresentam já mais meses consideradossecos (Fig. 2).
factorielles" (H. BEGUlN, 1979). "SU Coordinatcs" (l . LUDWIG &
1. REY:'õOLDS. 1988). etc. Fazendo uma cartografia de ceda uma das
componentes, com base nos seus "scores", é possível visualizar a sua
incidência 00 espaço e os seus diferentes contributos em cada uma das
paisagens e unidades de paisagem.
No fina! deste conj unto de análises estaremos minimamente aptos
a caracterizarcada uma destas unidades de paisagem e a perceber quais
os factores que mais intervirão na sua dinâmica.

f;Oefi~j(nle de c:orrelaçlo entre o fKmr e I ~al"i'~el. o ~u ~llor ~aril enlrc.1 e +1


(H. BroUIN. 1979. p. 17..).
., Esa nxaç50 "consille em apro~imlll mlil 01 ei~ol rõlÇ\orilil dOi feixu de F1G. .! _G nUiCOlombrottnniCOldOlpollOl/TlC'leoool6ilCOl
~llIihC'il~ e ohotm•se mlllti pli~ando I malti~ de IIIUI'lIÇÔC'1oriein~I , por uma mllri~ de dcAnlOii.edc B;IlTIdo MondC',o.
transfotmlÇlo. paJ'l pm.Iuzir UITI.I noVI Il'IIrriz de I.3.IUrllÇ~ (H. Broul"". 1979, pp. 174.
·17'). Em eonllC'ljll!nc:il , ai ~omponenlel ffa.;lOr'e. ) pode m modificar.loC:. miU ~
vm in ci. 10l.lJ u pli~adI m~ntt m .se . Quer isto dizer qUI:',apesar da fraca :m~~I~i~~;.f::~a~~:
estudo. ela pode ser considerada como es an
COite regioo com C'aIaClerislicas climát icas que . no ponnenor, são "amp litude térm ica mu ito atenua da, frequentes nevoeiros. dç_adyecçaq

•• d iferenl e5.
A est a cons tal3Ção já haviam cheg ado ou tros autore s q uólndo
pretendenrn (aur uma classificação do nosso clima . Por exemplo
duran te as manhãs de verão. !c~do só muita ~~1e_at!pjidas ~ Iu_
v.~a.~ do calor co ntinental esuval _e sIo localmente flag~l~ jiiir
ve ntes marltimos~ (idrm. ibidrm, p. 38): _. _. - -

I
•• H. LAUTE....SACH, em 1932. ao dividir o pa ís cm " Pro vinci as
c1imáltcas". con sidera va que a - Prov ínc ia All.inli ca d o Nort e", a mai s
húmida. :lbrangia a região litoral . "desde o rio Minho al~ peno do
Para orie nte, até b encostas ocideraais dos relevos do Maciço
Marginal. ,dom ina o subtipo da ~ com Mclima lénnico
ainda mUllo suave, mas com alguns dw de fone calor ou de frio
." fondeg~" (O. R IBEIR O. ~,aL, 1987, p. 365), seguindo-se pana Sul a r.ensivel"{idrm, ibide-m. p. 38),
I "ProV(rw;:IJ AtJ!llIicaMédia", ati' cerca de Torres Ved ras. No geral este tipo clim ático ~ chuvoso e com fone e persistente

,,
I De igual modo , O. RIBEIRO. em 1955. dando ênfase !I i n n u~ncia
do oc eano sobre o cl ima da fachada No rte Iitolõll do pais . co nside rou
que "o Noroeste de Portugal. at é aos areai s da Ria de Ave iro ou ao
nebulosidade.
Segui ndo o crit ério da mesma autora , na anfoli...e 00 regime
térmico do In verno e do v erão. para as seis eMações meteorol ôgicas
, baixe vale do Monde go, cons titui a ma onde a tonalidade allá nlica do que nos servira m de base para a car.Kterizaç30 c1ioúlica da irea :Jl,

,, clima se imprime co m mais vigor " (idt1l1. ibidt m. p. 38 1),1: a mesma


di slinç ão eeue o Portugal hUmido. para None e o Portugal ma is !>eCO
paraSul .
verifica-se que . a maioria apresenta Invem~ : verões ~~ l',~
seja, para o primeiro caso temperaturas rmrnmas médias do ~ maIS
frio entre 4"C e 6"C e entre 2 e 15 dias com temperaturas mlll1maS
.J. Custódi o .de MORAIS 119(6), na ,s ua div i ~) c hmé rica do pais, abai~o de O"C; parao 1>Cgundo caso entre 23"C e 29"Cde lem~ntura_
inclUIUO centro IrtOl1ll na chamada ~ R eg 130 Atlâ ntica do Cenuo '' , co m má:-;ima méd ia do mês ma is quente e entre 20 e \00 dias com
fracas amplilu des térmic as anuai s e que, ape sar de não es ta belec e r os rempe ratura m áxim a supe rio r a 25°C (Quadro n.· I).
lim ites par.! as regiões . com idera subd ivid ida pela " Beira luoral". a
:-i:?"e. com do is mese s árid os e a " Estremad ura", a Su l. com lIi ~ mese s
ándos I., A faiu Sudoeste da área de análise. onde se inclu em a
Figueira da Foz e Montemor-o-velho, deduz- se faze r pane da
" Estre madura", enqua nto Ioda a re stante área es taria na " Beira Litoral ".
~fai s recentemente, S. OAVEAU (1980), pub lica um ~
pm y j'iÓn p AAs 'l' gjõcs chmá ucas dr Pomm l. on de , co m base na
análir.e dos cceuasies térm icos do verãoe In verno e na mai or o u menor
acçlo das massas de ar mari limas ou co ntinentais, infl ue ntes sobre
ele~ nlO$ d i~ticos co mo o nevoe iro , a humida de relativa e a
prec ~piuç30, distin gue dois grande s tipo s c li.mático~ e o
~. As grand es linhas da di visão cli mática é reiu seg undo a
direcçãoW-E. como ha via já conc luído H, UlJJCNSACH cm 1932. e
deSt~ m~ a om sa área de estudo vai aparece r d ividida po r dois
S.Ubl.lp05 chmáucos, consoante a ma ior proxim idade da cos ta. ou um
hgeim af~~nto ~ o interior. faze ndo pan e, co mo era de espeI3k
do npoclimá tico maoumc . Uma estreita faix a co m larg ura de 10 a J5
~ e de senvolvida a pan ir.da Se m da Boa Viag em para No~esi
Integrad a nas áreas do subtlpo~, carac teri zadas por rere~

indo ~'~~:O~.~~:~oer~H~~=:~ ~~t:~v~l=


çhmttial de Cuw:.dio de ~ooUs. irupirou-w bamnle IlllqIIt'Ie A"Iar. '
Qu .. DltO I _ Rt " l1WIhmicodu c ~ t posiOlmt.tofOló'lCOI de rc(crtno;ia,
lClIdoT_ . 1Cmpenar.& mÚIiIN 1Ill!doI.;TM . lCmpcruun. IM,u mI. rnWiI.;
GorcJimclltnnirolÍpocodll~ Pmttna.-.S,,,l dcCo"rlbr.. RibalcJO
c AIcaICJO Sul c OcidcIIw; J( o ~'J1rlC da CIOCOJlI.J oo:idml.au dai monwth ..,
di. fk~ L o ~Jimt dl. (:adiada I.ll.mtiel cnlte Lisbua c PoMO; M O reli mc LEGE NDA
du rei '''" l!tonas mmdioNit d.:lSem de Sinlf,l:lO U ltemo Sul do AI, ar. 't
( Oau' f~ oe",ndo S O" \lU I.J.1 980)

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ff. r9-" " clIF..


w ·IoIGrI_ ...v....
Q. e-oA_ .
".e-.
c. . ' - o
Exceprua-seO Invernode Anadiaoscilandoentre o moderadoe o
s·s....
fresco.por ter mais de 15 dias com temperatura mínima inferior a Doe
facto que ~rá talvez a ver com a, posição topognifica do post~
meleorológJ.co em depressão e imediatamente na base da linha de
relevos que se elevam bruscamente para oriente. condições não
pre~nlcs n~ área de eSlu~. Também? I nve ~o da Barn do Mondego FIO. 3 _ Conlr.Utes lirmiCOlparao V""" e o InvmlD
se d~ferencl a. por s:er c?nSldelõldo tépido. pOIS a temperatura mínima n.rel iklen yolvenlCiMea dc nt lllb
~ Ot limiarel rhrnitoJ ylm rd cridOl llOtellO, (Eltnldode S D..\.... u. l ~).
média do mes mau fno é superior a 6"C e o número de dias com
temperaturainfence,I OOC é mencr do que 2.
O Ycriode COimbra. segundoeste crirérm, estãjá numa situação Ou tro meteoro. fortement e dependente da acç30d.u massasde ar
de rranslção entre o moderado ~ o quente, pois que o número de dias carregadas de humidade, o nevoeirc. Esta área de esmdc esú
é

com temperatura má:uma superior a 25"C é superior a 100 e menor do integrada numa região onde domina a OÇol'Tincia de ne ~ 1IO de
que 120".assemelharuJo.se ao que se passa na depressão perif érica advccç30~ul,=ª"...!t~inv~ 4CQ1ltineD~fl?! ar humJÍlõ Indo dõ
mar -eq ue é mais característico eh. meses ae-V~:-S:-O:A~'EA_C
de~nvol~lda para Sul desta cidade . De igual modo parece ser uma
oco~n:cla sem paralelo para Ocidente. na área de estudo, pela maior
proximidade do oceano. S. DA\lEAU. no mesmo trabalho e na carta !
I' (jbjJ~m, c'âr1:nIna lf~evoeiI'Cffm6ü1õ5idâdê ) consideraa CltlstellC18
duma faixa litoral. grossa modo a ocidente de Cantanhede. onde de
; n.ua referente aos cc mras tes térmicos, coruidua...bayet..ur:.na estreita \ serã muito frequenle; para oriente, a!~ ao rebordo monWlhoto. Krt

f~;~ in~;m~ t: i::~~:. ~~ do Cabo ,Mon<!e! o, éom Ve~":


significativo.
Mon.temor-o-Velho (Fig. 4 ). A sua ocorrência não deixa de !ler signi_
üc auve nas outras eslaçOes, só que neste (:1M) II malar frequl:ncia
ven flca -se nos meses de Verão, cujo nevoeiro e. ccrt:l.mc:nte. de
advec çâo (Fig. 4 ).

2 .1.2 - Bioclim atolox ill

1'\30 obstante a maior pane das c1Msificaçõc:s climáticas \Crern


feitas em atenção II valores de eterne mos climáticos, por norma a
tem peratura e a precipitação, com signiflCOOo biológico. em especial
em rd aç30 às plantas, têm surgido vánas IenlaUv:l,s. por parte de:
investigadores das ciências biológicas e ! CopáfiClls, no intuito de
determinarem lndices tradutores dos limiares de: sobrevivência e de
éese nvolvimento daquelas pl:ullas, de modo a poder prever-se. ou
explicar-se. o SIJCCSS(). ou insucesso, da SU3 existência em determinada
área da superfície terrestre. S esle caso estã-se no ârnbnc da chamada
bioclimatolegia,
Como o estudo da vegeuç30 é uma das /IOS.\a$ preocu ~ lU;
tent ativ a de compreender a co mposição e dinâmica das Jl3:1sag~ns.
soco rremo- nos também da utilização de alguns IndlCeS biocllmáucO'l
mais usados e por isso mesmo. con5.3gr3dos. ,quando se prete nde
entender a distribuição de determinadas espécies ou ag:ruparrltntO'l
üon stícos. Assentam quase todos em cálculos §Obre a lempel'1llUr.lc:J~
preci pitação que são. de facto, os elementos climáticos mau
determin antes na vida dcs plantas. . _ .
AllZuns dos índices tomam como refefl ncla essencial o pmodo
biologicãmente mais critico no nosso clima e que ~ o Vem. pela sull
secura. Éo caso dc indic e de Secura de Glarob~ que podeserestl'al
ou mensal. O seu cálculo baseia-se na fórmula I = I?O(P~ I" A ).!lC~
P _ soma das precipitações durante o período.conslder3do: M- média
das temperaturas mãxirnas ~o período consldera.do: A - amphtude
FIG.4 - N6Jn<:ro de diudc H_Iro na esu.;6esdc An.ad';J. Monlcmor-o-Velho. térmica diurna (estimada.: diferença entre li. média das. lempcratur.15
CorIl'ln.Coi~Dunu de M'rlI c BlmldoMondego. máximas e a média das temperaturas minimas) no.período COfiSlder.»OO
(J. f1GL'EIREOO. 1988). Consoante o v~o~ de J assim. estaç5opode ser
o fundo dos vales do Baixo Mondego, assim como imedia-
lamente para Norte, o f~ ndo dos vales dos afluentes do rio Vouga. são c1assig~~~ ~~7~~~':~~ f es~~:~ ;; seis estaçOes,oscilam entre
afectados pelos denominados nevoeiros das baixas atlânticas (idem, 10.2. para Coimbra/Ben.canta e 2 U~ para Barra do Mondego. podem
,b,dem). de ongem mis~, ou seja, de advecção ~ de irradiação. Este considerar-se como do upo sub-húmldo.
segundo ~ o que: domina n05 meses mars frios, afectando mais
fortemente as depressões topogrMicas, daí ser o mais importante nas
eslações com uma loca lilaç~o deste tipo: caso de Anadia e de
" ' t l l l ;lI
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'Aso
"' ,.
2.2 as 2.2 U as
..ae,
men.uJ. podemos concluIr que tanto Julh o co mo Ago sto são meses
semlMidos em todu 1$ seis e:stações (Quadro n.o 3). Do mesmo modo
os mne:s de:Junho e Sc:le:mbroseria cons ide rados sub-htlmid(n pata
IOdas as ~. com u cc:pçio de: Sc:~mbro para a Sam do
S.
oe
14.1
)7.2
13.6
" .1
1.'
,'-'
30.1
.'".
1'.2
l.'
17.7
u .1
13.9
l7.7

".
~:::::: que:Jj ..unge:o gnru de: húmid o. Todos os cerres me ses do

". <l.'
No. 72.7 77.0 'U 67.1

Outrofndice que: ~m sido ~Iicado às regiões mc:diterrinc:as. co m


Da
''' A .U ".2 no ' 0>

algum SUCCUO. ~ .0 c:l1O do . l~dice Xe:rot i nnico de: Sagnou b e:


Ga u.\WQ fuIe fndl~ que se. I~mlta a anal isar o pe rlodo considerado Outros autores têm usado Iimiate$ diferentes . e:mbota Je ~
seco. ou sc}a em que: a pttCl pllaçJo ~ Inferior 30 dobrodo \'a1ar da li mem destes, por perecerem responder mElhor b difc:rc:nciaçõc:s
~m~I~~;;u~n~,t,j~ f6rmUlasegUinte: biogeográficas do eossc país (M. J. A1..COFORAOO t I aLo1982).
Pelo Quadro n.· oS pode-se \ 'U que: .as estaÇÕeS dc:sa Ma &pR_
sc:ndo:lt1j- n.·diascom p < 2T senum um~~ ~~. ate:~~ e: que 5Ó o dc: Coi m_
Pj - n.· dias co m cnuva 00 penado bra seré submeditm--âric:o. Porém. mesmo ese. se seguinoos o aitfrio
bj - n.· di~ de: nevoeiro no periodo prcpcso por !lot. J. A LCOFORADO et ai. (ibúú M). cuJOlimiar enee os
kj - coe flClc:nte depende nte do es tado hjgrom~lrico do ar doi s bioclim as é de 45 ::; 5, pode: ser me:somc:diterrinc:o atenuado. De
(H ) no periado : Ir:= I, se H < 40% qu alque:r modo . é de salie:ntar o aumento dos indices qlWldo se
k = 9/10. se 40% < H < 60% ca minha do interior para o litoral. em especial em dirc:cçlo I SW; aliás.
Ir:= 8110. se 60% < H < 8()'1, o n ürre ro de: dias secos aumen ta também nesse sentido.
H G Ir:= 7!I 0, se H >80%. M . 1. A1.CORlRAOQ et ai (ib úh M) utilizamn ainda o fDdice
dc:lini<k. v~USSb~ 1~1 968I69) aplicou este Iad íce a Ponu gal Ie:ndo Pluvict érmic e de: A mberger que: co mpararam e cnu.ar.un com o
O. os lOCIm~ em funçJo dos se guinte:s limiare s: Xeroté mucc de: üeussen. quando pretenderam classi licar os domínios
I:n" 5Ub-mc:dlte:n inro O < X < 50 biocltmãricos de: Ponu gal. Nesle: caso. apesar de: o termos calculado
meso..mcd l~ntneo aten uado 50 < X < 85 para as estaçOc:sem ca usa. nada aj ud.1v. I di fe~nci'- I&S ';confumando
ace ntuado 85 < X < 100 un icamente: que se nata de estações co m biochma h ümídc e le verro
tenn~mc:dile:mnc:o aten uado 100 < X < 125 temperad o. Aliás, estes autores incluíram Iodas estaS es~s. MI
ace ntuado 125 < X < 150. co rre lacio narem aqueles dois, índices, no que cham~ Dommic Pre-
-aüânucc. dominan te nas regiões centre litoral e: men or e em pane: de
Tr4s-o s·M ontes.
~~ 4 ~,",*,"t..--.:odit~,*".nao;/ln-"'-
1 ".1110J-

. ,,., ........
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~ 14.a 14.1 110),9 Maomed,1Imtnco hUnndID inlenor
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IOl8.l TennorrcdoltfTlneo~um;ooinl
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COlnllBenc. 14.9 14.4 ' 4.7
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Termicamente. ~ Coimb ra e Barra. do Mondego ;as nu.is
qUC'ntes. iIIingll1doo TmnoI.lpo de TennomediterTineo. no primçim
Ouuo modo de fuu uma clas.qflCaÇlo biodim.itica enlnndo com c»o, pelas elel'adas lemper;u:ur.tli mb1ias anuai. e rellluv;unente
;as~etomDpreciptaç6es.embonl~nle,fade elevadas minimM. decerto graças ~ ~ua pmiçJo topOgrifica.: no
RI\'.u-M.uTt:\EZ I Rlv.u- MAJm!iEZ~taL .I990). A fim de delermilUl" !ori undo caso . pelas elevadas temperaturas mínimas. reüesc da

.
.••.
m Andam b"'dimálkuHn~djlurin~. calcula os Term ulip os com
ba.\e .em patImwos táTnlC05., que ~z.a C'O m os O m hrollpos. esu-
be'leddos em funç30 de lJmlilfC5 plUl'lOml!lIic m fixos.
No Termonpo enlram os valOfl:~ da temper~ltur:I média anual (1 ).
a ~emperalura mb113lb.s rrW:1m.u (M) e da\ rnfnimas (m ) lJomê.~ mais
fno e um fn,;heç dr TrnmC!d.Nr 110. calc ulado pda upresdo lt '"
imed iau prol imidade do mato
Um método cuja preocupação Iundamental t. também. a
potencialidade climática duma região para O desenvolvimento da
vegetação. ou mais es peci fica mente. da açricuhura. o de
é

Jb ornthwajt,;;. Mjuher. Baseia-se no Balanço Hídrico do Solo. logo. na


di ~ponibmdade em .1gua. por parte du plantas. ao longo do ano.
(T +M..m) IO. ~ew !'eriJo do ",:ís podem OCOI'T'er dois TerrTlOljpcx com calculada indnectarrente através dos valores da temperalura e da
os SitgulO!eSlIWn nonn:ns e l!trufeStenee p;artntcosis): prtCipit~30 men~is. a partir de fórmulas relatiulI1C'lIte ca mplicadas
T~ _ _dj u f't'Ó1lfl} Este ~iOdõpi:mllle estabelecer uma d:WlflC3Ç3ochm.itlca reg.'ona\
ou local. com base em quatro índices. cujodkulo se eenlnl na \'anaç50
J50 a~ ~ 5) 16a 18 (19); M: 112) 14 a 18 (201: m: (J) 5 a 9 ( 10): II:
da ellapotranspil1lç!o potencial e da precipilaÇio ( ~IE1'óD~ &:
Mf'JOIMdlt~m1n~o 8 ETTE."COL'RT. 1980). Sio eles o t nd i~ hídrico. o fnd k t de an du .
a 350T: 1!2)IJa 16(17): M , OJ 9 a 14117): m:(-3) ·1 a5 (7): II: 210
o Índice de hu míd ade c a Eficácia li-rmica no \"erio
O fndice hfdrico Oh) '" lu - 0.6 la
O fndice de aridez (Ia) : (DfEP)IOO
Dos Om~rotipos l.aml'ém W dois aqui terão upres\ã o·
Sub·húnudn 600 a 1000 mm . O [ndice de humidade (lu) '" {SfEP)100
Húmido 1000 a 1500 mm. A Efic.1ciat érmica no Verão (C) .. EPn/EP. , .
O o d éfice de água no ano. EP li evapotr.lflspmlçJo por~l'IClal
é

cli~~:nt:;m':~ ~=~m:~~U~;:.:~~I~:\~~~~~
anual. S o superavil de .1gu3 no .1tIO e EPm I! li ev:tpotmlsplração

sahe nlar a dIferença en~ as eslaÇÕC5 silladu junfo do re~ pote~a~I:~:~:/::;=:~ um conjunto de q~ ~ímbolos.
rnon~ a coeme, cons.)dendas búmidu e u OUIlU panoocidenle
~~~n~s:~":~~~d:~~tl==~c\;:~~
:::r:I::e=~~·~:::C::=S:h~=gO mtn e cujos valores são KpKscontados em tabelas.

____________ = __ "-'~- - '~= o .. = ~


lO II

No Quadro n,- 6 podem ver-se os va!ores .dos vários !ndic.es e a que é talvez o mais provável no nesse pais. difere consoante as e5taçôet
das sificaç30climática das estaç õe s até aquI analisadas, a que se Juntou estão mais ou menos afastadas da costa e consoante a sua posiÇllo
a de Buarcos. com dados disponíveis no período usado pelos autores IOlX'gráfl ca é mais bai xa ou mai s alta (Quadro 7) .
( 193 1-60) . . . .
An ad ia led um cl ima moderadame nle húmido, meso térrmeo,
co m di!lice de 'gw ~oderado no Vedo e pequena ~ fidci a t érmi ca no QuAlM;07 -Dat.udo ink:io efimdoperiodollllnllllOlivn:de&cadal
Verão. Coimbra. COlmbralBt:ncanla. Dunas de ~hr::a e Montemor-o-
•Velho têm um clima pouco húmido, mesotérmjco, com défice deágua
modema no Ve~o e pequena eficácia térmica no verão. Barra do
Mondego apresenta um clima sub-húmido hÚ":,ido. mesorermícc, com ~~ 6 ~. n Mu. 15 ~ n~ ~ ~

grandedéfice de água e pequena eficácia térmica no Verão. Suarem é 12 N"OY. 2 Da. 9 No-. 14 SoY 17 Nooo. 7 Da.
scmelhanle à Barra do Mondego, com a única diferença de ler um
Mfice moderado de água no Vemo.

QuADlto 6 - ~ficaç~ das C"l.lÇ&s dlI 'n:~


VJIlndo om.tu:ldode'Tbon!th .... ile· MJI!het
(Fonte: 1. ME.'<DES &: M. BETTL"<COOKT. 19SO).

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Como se v ê. há uma diminuição da humidade consoante se
caminha de NE para SW, facilmente observável quando se projectam
em cana os vários índices estabelecidos por este m étodo, como fizeram
os autores referidos (id~rtt. ibid~m ),
O Período nvre de geadas é oceo parâmetro importante para a
vegetação, em especial se se trata de culturas. PAPAOAK1S em 1966 (A.
MERINO, '9?0)considerou haver três tipos de períodos livres de geada
que denominou minimo, disponível e médio, correspondendo ao
período em que as temperaturas médias das mfmmas ultrapassam os
7~C. ~ 2~ C e O"C. respectivamente, Neste caso os períodos disponível
e médio correspondem a todo o ano. porem O período minimo, aquele
S a fi , . 5 ~ ~r.adm 01 ~ mínimos. Ih'res de do ano mais quetues c. geralmcnle . mais calmos em que a "frente de
I~ tmdo lido 41 d.:!1.u IlInlle calc uladas por Interpolaçlo ,dtiu d as bn 5.l" facllmenle ultrapassari a ~u limite onental :::' M. Cot.1Tl:'-"HQ &.
IempenlUlU mfnimu médias mo:nuil. Como en dr esperar é jun to ao C. BOfUlfOO. 1991) .
(jlonl que o periodo é rmior . atin,"ldo qlUle lodo o ano no caso d.1
Sam do ~l llnlXgo. Os períodosmenorn sJo 01 de An~a r Cotmbral
/Iknc.anU. prl:l ~ ~ rm drprndo lopográfw=r . O aumenlO 2.2 - Lil olOXia e trd6nica
rel.1uyo lloI direcção lU cidadr de COImbra pode r"", relacion ado com
o faeto da esuçJo metrof'OIóB:lCa 'II: SillW" wna 1.Il.i1ude já signiflCltivl Toda a área de e~udo es1i inclulda nil.Orla MeV>-CenolÓk.\
040 mI r esur no seio da cidadr . o qur arneniUl a inci~nci:l d.u Oci de ntal. Nela l fio ram quasr tod as as unid.ades geol6gic u
baiUSIrmp:ntur.rs. por XÇjo da Milha de calor'"urbana.ape:sar de ata penencenl~ b duas Eras em causa. facto que. SÓ por si. garante I
afocw .-:jurb. esuçJo fundamrnulmmle ao fim da Iatde r durante a oco rr ência de uma boa variedade de rochas . apesar da limilada
noitr I S . GANHO. 1995). &mphtudeespac ial.
Tel\do em atenç êo que o objectiv o principa l deste enquadramcn lo
Se polir ser arriscado afll'lJW que r sta ~ dr estud o se situa será ôl dc~rição da distribuiçllo das difell:nlCS unidades Iíric.as doo
numa lOU de tnnIiçJo entre dILU regiões climâncas distinta.... um estruturais " , capaze s dr induzire m. evemualrrente. diferen tes tiposde
~e mais húm ido ~ LlEl _sul ma i1 ~o. sem dúvida que a utilizaçllo r paisagens. faremos . no entanto. uma exposiç!o. apesar de abreviada,
análi'it dr algun s ~ ílldicrs ou parâmrum .b iod í máfi~, vulgarmen te das un idade s geológicas aü c rantes.
aplicados. podem aj udar a den rndar os mallze1 cnm éucos mais nÍlid01 No essenc ial. e eq uipara ndo ao que se passa na sub-zo na
nr Sle npaço poucoamp lo do Irmtório nacional. se tentr io nal da Baci a Lu sita nian a. pode di zer -sr qu e as roch as
O Que se sa lienla mais. r na sequência do que havia co ncl ufdo já sedtmenu res aflora ntes pc n encem a dois grandes tipos: ~
S. Daveau (1980). é o con tras te interior-litoral, mais do que o none-sut. (4 3 a 45%) e ~ (49 a 55% ) 10 (A. F. SOARES ti /lI., 19S6b). As
No mtenor sJo mai s vlnc:Kla.sali carcctertsucas rérrmc as sazonais, mas prime iras dom i n a~ gra ndeme nte no J ur~ ss ~c o e as sr ~undas.
que podem ~r compensadas, em pane . pela maior precipil3Ç30 méd ia. salvaguardado o Tri ásico. domin am no C rel4clco e Cenc zéico. As
qLlando 'I(' pensa em ICl1TJ05 de penados favoráve is para a vegereção. primei ras são mais estrutu rante s do ~ Ievo. surgindo .co m frequê ncia
O litoral seooc termicamente mais favorãvel, pode ser atraiçoado sa lien tes. enq uanto as seg undas cons tituem rele vos maIs subordinados,
pelas mais baixoU pretlp!laÇôes e pelo long o penado seco de Verão que ou então s10 colma rames do relevo salie nte.
dlrteJlrnrnlC serl. compensadopelos frequentes nevoeiros de edvecçâo,
nc5s:1 esuçJo .
2.2.1 - Os mau na iJ do J urá u ico
É possi.vel que a ~Ii.a pou.a interferir com algum signi .
Iicado.u indlvlduilil..1ÇlIode certas suhárcas. quanto à temperaturae à A unidade mais antiga corresponde 1Ls ~ I a~as d r Da~n1a
~ i p~UÇIo. Ser.t o caso da Sem da Boa Viagem que. com a sua arríbuldas ao Hetangia nc . C{)fII poss; bilidôldrs de se lerem deposll:ldo .
dl5~lçk> envolvente ii foz do Mandrgo. cri.a aqui condiçOCseesocti- ainda no Triis ico supe rior IR. ROCHA ee al., 1981). de que surge um
m.1fICali própriasdas áreas soalheins. mas suje ita. com ff('(juênci.a• .aser
pequ ~no aflorame nto as~inalado junt o a f.rclfL na Folha 19--C. dôlCarta
fU~l1gad.a por venlOS.desagradiveis do qu.1drante ~one. como se verã Geo lóg ica de Portugal. Estas marg». que con têm imporuTlres camadas
~lanle. Talvez por mo. a csuçlo de Sam do Monde go é carac te-
n~ quase sempre, pela maiOl" ICrmicidade e maior secura nos
índ iCes biochm áu cos ensai ados .
Se se excepeuar esta "serra", que me smo ass im mal ullrap aua 05
250 m dr a1tllu~. o res te da área de est udo pou co seni afectado pelos
3Cldt nlCS.topogra licos. atendc:ndo ao fraco de sen vol vime nlo do relevo .
IsIO pcnmle . ~r facl lmenlc aflngida ~13S ma.~sas de ar oceânicas. EsUl
abcnura 1Ls mfluências oceânicas terá maio r repcrcu 1são nos pe ríodo s
de gesso. esllo aqui as.sociadas .. estrulllf'l, anúdinal diapírica (1) de
Ereira. cabelU ptaúca.menle na lolalidade pelas aluviões do rio
Mondego. MaU • Sul. n.aesU\ltunl diapfrica de Soure, tem fone
e,;prns1O·

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FIci.6 -CoI una e unidadesIill)SU3lildflCUdo B&lJo. MondeSO


lSeI. A.. F. SOAlE.S e I. F. MAIl:QUVI, '" A. C. ALMEIDAt r<l/., 1990),
A unidade s.tgulnte é reprnenUo:b pd u COI~ll!i dI' Cof mbn gClõl! s10 roctw. pouco rniSl entes. domínio de margu e caldfios
(pm.e) (8. 8 .o.11:805A ttaJ.. 1988) e ambuidu 40 l...ihICO mfe nor . com marg~ tenros. que dão on gem a resevc topoa;raficamenle subor.
incidtncia ~ o Sil'l('muriano-LounnglA/1O (fll · 6). :-Oa Serra da 8 0a dmado. Aflonm en tre M~nmbcml e MaIorca.e. em larga banda. entre
\~agem. a unidolde equivale me f"i designada por Ca kátitl~ de \' a lt' Arazedc e Ourentli- Cordmh:i : a N de Cadlma airwla uma mancha
da~ Fontes (A. F. SOARES R. ROCHA. 19li7). Ccn suru i o rebo rdo irnport ar ue (Fi g. 7) . Na sua base Cll i~le uma unidade líüca de catcénos
:-Jvneda Serra d.:I800 Viagem. entre a Mun inhc:ira e Alhad a.sde Bai xo sublitogr.!ficos compa ctos. em p.laquetas de :! a 5 cm de espessura que
c form,a frequenlemcnu: uliencia IOpogrjfic 3. Cum uma espessura que pod em formar pequena s sali~nclas e cuja (',pc ssura geral aumenta de
ullf2lWH ~ 100 m. é composta. na base. por urna "cs pe.ua série de Este para Oese (5 II. 6 m cm Coimbra e 10 a 15 m na Serrada B~
cak:lriOll cUuenlOS compaclOll.sublitogr.i.rlC~ em N.nc05 espessos" Viagem - R. ROCHA ../ ai.. 1991).
(idtM. JbilUm. p. 8). ~ a allemànci a de calemos mMJOSOS mais Com a lnJ\s}çlio para o Dog,e-r a sedimentaçlo lorlur....C mais
ou menos ~ e margu em peque nos lei lOS. Para (I lOSXJ os bancos calcári a. apesar de ainda baM.anle ll'\.Ui0S3a cciéente . manifestando a
calários voltam a ser espesses (:!O .1 -W cm) e marcam-se bem na tend! ncia p;mlI a diminuiç~ de profundidade d.:IBacia Lu1iWliana no
topografill R. ROC'JiA et aLo198 1. p. 8). se u sec tor Norte . Os Calc ários ma rg~ de Pó"oa da Lomb a
Segue-se uma unidade do L iãsico méd io. Carixiano- Oo lT\C'riano (8 . BARBOSA et ai.• 1988). definidos na Cana Geológ.ica n.o 19·A .
inferiOf. denomi nada .\la rg as e ca lci rios mar geeos d e \' ule d as ab rangem desde o Toarciano superior ao Bajocíano inferior e são o
Font n IB. BARBOSA '" al.• op. cit.). ou enu o .\l a r gas de Qutatos (A testemu nhe primeiro desta rnodiflcaç ão de fécles, po is do eornpostos
F. SOARES &: R. ROC'JiA. 1987). que é composta por alremância de po r uma altemâncla rnmica de calcários margosos. mai, ou menos
móllJ3Se ~ m.1JIOSOS. em regra pouc o espe ssos e retanvamente compactos. em bancadas de 10 a 30cmede margu mais espcssas. cuja
brandos. b cilmen te disscd"e ll pela erosão mecânica. Aflora em espe ss ura ir.! diminuindo parao topo , ao contrário da dos calcãrios que
es.ueiu fIDI en tre Murtinhc ira e a\ prox im idade s de Maiorca.. ond e ~ irá aume ntando .
p.Mrillmen:c cobcru por arrias reeernes, A !\"E cons tit ui (I núcleo do Esta unidade litostratigráfica dislribui·!oe entre a Mun lOhe ira e
anl iclinal de CanW1hcdc ('?l.~ desde Arazede a Ourenl l . sendo Maiorc a. formando normalmente a base da p:mde escarpa da Sem da
também parcialmenle coberu por areias recen tes lFig . 7). Boa Viagem que éefimita paraNone as maiores altitudes dc,u eleva -
JJ os Ca fcaríos marg~ do Lorer o (SOARES a ai.. 1985b). ção . Na área de Canta nhede aflora em faiu alongada ~nlre ~mbu.JCiro
equivalentes .:lOS Ca lcl tios m a rg oso!! d e Le mede pars (B. BARBOSA e Cordtnhã. lend o também importâ ncia geomorfclôgica pots compõe
../ al.. op. cil . ). do Domcriano supe rior. talvez pela espe ssura das suas grande parte da peque na escarpa que limilJia Norte o chamado Planalto
banc adas de caldrio margoso(20 a SOcm). separadas por finos leitos deOutil.
de margas. a Oc idente e 0..5 a 1.2 m junto a Coimbra. o ferec em um A partir do Bejccianc, e at~ ao Calo" iano superior, :lt"en~ua'~ a
pouco mais de resislência ao desg~le. forma ndo com frequincía relevo prograd3ção.de Este para Oese. duma pla~forma. ~ IOICl~
saliente na pai sagem (R. ROCHA ..r al.• 198 1. p. 10). A espess ura da pro"avelmente no Aaleniano. que delcmu~ a difereDClação de fácics
umdade, varihel de Oeste para Este. atinge o m.itimo em Canlallhede entre os sectores ocidental e oriental da Bacl:l. Na Sem da ~ Vl3.gem.
(50 m) e o mlní mo em Coimbra ( IS m). tendo valore s intermédios . a que cOlttSpondia a platafomu mais profunda. dcposlum-!oe os
cerca de 3S m. em Quiaios e Montemor-o- Velho (R_ ROCHA ..r 01.• Ca lci rios e ~t B rga!i d e Cabo Mond ego {A. F.SOARESt~ aL. 1987~. no
1991). A,floram cm estreita Iaixa na, Serra da B03 . Viagem . entre esse ncial. cak ârics ma rgosos co mpaclOS em a1temanc la com mvets
Mun mheu"l e Alhadas, ma. em fau :as mai s signIficativas enlre margoso s finos. ma s que por vezes se de.sen"olv.~ m em bancadas
Araz.cdee Ourent1. maciça s. snlientes na pai sagem po~ f0":lare~l comlJi1S. .como alg~ns
O Liásico superior ~ aqui represe ntado pelas Mar&a.~ ca lcá rias tennCl.\do Bajoc iano méd io. Batomano mfen or e Calo~lano ~upcnor.
d e S. Gllio. no sector de Cantanhede. a qu e corresponde pan e das Par a o topo a litolog ia man ife sta a acentu~ dlmmu:~~o ~
~I argas e marps calcárias d e Brrnha (R. ROCHA ..I al.• 1990). na prof undi dade d.1 bacia pois tenni na pot ca lcirios pscudoo IllCOS
Se~ da Boa Viagcm. do Toarc iann . e que ~ uma das mais espessas crinói dicos e algumas "ezes m nosos( R. ROCHA"I aL. 1,98.1). _Moo
umdades do Juriuico dcsIa regi30 (urca de 200 m na Sem da Boa Em Outil-Ançl. o seu equl'lnlente lateral ~tul o 5''''-
Viage m e cerca de 320 m em Cantanhede - L. D UARTE, 1990). No afloramento calcári o da área:. entre Zambuje iro. Conf lOhãe Ançi. onde
~ designado por Cl k áriot de "r? (s. l) (Bajoçiano fNJ TI e B a~oni ano) discordância e~ttllti grifica (R. ROCHA t I aJ.. 1981) em n:laçilo lls
c cuja 1l101oa:i.a cons~ te em calcJrios n ucnue cs dou Cft05OI. Clnz.cnlos formaç&:s subjacentes e que se eneece. em IUJ o aflor.unento. desde o
"' eese e Otpois tnncos. em bancadas por vcus mUito c, J'tUU Cabo MondeSO ao rio Mondego. a Sul de Mam a (Fig . 7). prolon-
Cu VC7ft C'OOIIIWSde J III) (B. BAUOSA " aLo 1983. p. 1.5). lafIdc).se a Sul pelo antid iw de Vemdc . Trata-se duma fonnaçlodomi-
Se,utm-sc-Ihü os dcsi,nados C. ld ri OOll de And orinh a IIõI.lItemente silicidútica. com altan1ncia de IUlitos vermelhos ou
(B. BARBOSA t I aLo 1988. p. 16). do Bõllon iano . consumidos por verões, de arcnilOSarc:6:!;;içosa subatc6s icos. micácCO$, vermelbos, ama-
calcários oolilicos e calddislicos c po r vez es calcários micro- relos ou cinzentos, de conglomerados. com maiorexpressãopara o topo
co n, lomeriticos. dcpos ilados em plõll.lfor mõl carbo naL1oda po uco e de nlveis carbonaIados que incluem margas cinze ntas a verdes e
profullda( R. WlI..SOro'" tr Di..1 983). Cl ldrios bioclhlicos ( ~t. c. BER... ,tJtDES. 1991 ). Estes níve is
Após impofUtlte Iacun&. bem iJúctO I ICdtmenllÇlo duma esptsA eatbonatados t!m sido comidaadol como de origem marinha.. embon
SotrK C(lIl,lltltnul ou b(Uftlt, cntreCOt!ada por alguns episód ios por vezes também possam surgir nlveis aubonatados de origem pede-
lIWU1boI e que na Xrn da Boa VlI.gem male rialium o Jurin ico IÓllica (ca lcretos ) (R. WII.SON. 1979). No COIll,unlo o i mb,ente, sedi-
superior. Começam aqui pelo OJ.f~ õI.tlo m édio e superior. de que mentar parece corresponde r a "um sistema aluvial entrançado. alimen-
lu em p:atU'duu (CIfTT1.IÇÕeS litostr.l.ugráfica.sd ;»,sic.1mente de signad as udo por um complexo de 1.:«ItS I luviais. e que conecta co m ambientes
M
por - Com pln o ca rbo now e ~Ca ld ri ~ hid r áu lk os M
• be m de platafonna silicicláslica (M. C. BU."ARDES. 1992. p. 141).
M

~rms 110 Cabo Monde go e que mais rttenlemenle (oram


agN~ sob o nome de Ca ma da.., d e Va le Verde (R. w nsos . 1975: Em síntese. pode coec nnr-ce que. duranle o Jurássico, a m a em
V. P. WJ.IGTH. 1985). estudo esteve sujeita a uma sedimer uaçâc ~mma nlC: m.enl e mannha.
A pn meira (onnaç 50 começ a por u ~ cong lom~tado de base a que e m co nsequência da abe rtura da Bacia Lusitaniana, a pllI1lrdo Triás ico.
se Ks uem margu. nalfU1l$casos com lel lm de lignll os. em àllemincia ca usada por mo viment os dislensivos.
com ~ aJcltin. Par.1 o ropo ~I" têm odor betuminoso e Se a primeira unidade aflorante . as ~laflas ~e Da;orda . são
a1remam com .banc3du Mt nilicu averme lhadas (R. ROCHA et aJ., ainda o t~lemunho du ma scdimentaçio em ambiente conllnenul.
19,81). Os nivcu lis nnosos que.foram eJ.plorados desde o séc. XV III. prati camen te IOdu as ~mtS se verifica m em ambie~le marinho. A
deIXam de tCTsl gmfic~ a paru r do mencianc de Qui aios. di sten são refe rida manife ste- se , so bre tudo. pelo Jogo, de falhas
A scgund.1 formação ulobra é composta fundamentalmente po r es trutu rantes, de direcç10 NNE· SSW. de que ~ destaca o euc Arunca-
caldrios clnzenlos..co mpactOS. espessos. na base e que alternam. para Montemor. as sociadas ao proce sso de rifting. cau sa ~a da
cuna. com &IJIW hgnitosu doo bclu mu1oSoa)(itUm. ibidt m). Para E abc:l1Ut:1 <h Bacia. No Lias inferior a sedimenuçlo é csse,,?almen~
lOmI·JC mais gresou e desaparec e depo is de Alhadas . calcári a. tornando-se mais margosa quando se ~ p~ ~ lias lOO1io
O Kimeridgiano inferior da Serra da Boa Viagem corres ponde a e supe rior, co m o ma ior afundimento da BaCIa, mai s I mportan~ a
uma noU. mas breve, transgresslo marinha. testemu nhada pelas Oc idente do eixo Arunca-M oruemor (A. F. SOARES t t ai.• 1993).
Camacbs marinhas riCllll de la melib r â nqu i05 (C. RUGET.PERROT. No fi nal do Toarci ano e durant e o Dogger ccua a acç5.o de rifúng
196 1) ou Camadllll de PholtulomytJ prolt i (P. CHOFfAT. 19(1 ). na Bacia. co meçando a insular.se . uma platafom.u carbona rada
~tes a Mdtpó5 itos litorai s muito zoog énicos, com lend! nc ia progradante de Este para Deste, que iri tonIM I sedlmentaÇlo ~s
regTeUlVI!lI parte superiOC"(R. ROCHAet aI., p. 44 ). Siocol15 rirufdas calcária. Na Sem da Boa Viagem manter-se- é u~ c~ sempre mai S
~ ~Idrios margosos ~ lttmando co m margas negras e ci nzentas, marg oso e só para o final do ClIloviano inclUirá n'vels francamente
m fen~n te e por arenuos a alte rnare m co m mar gas d oo calcári os
marg~, p&l'll CIma. Esta (ormaçlo que chega a atin gir 70 m de Ca[cá~:S~ o Ju ris sico superi or. enquant o mW a ociden~e. na maJ1e~
espe lSun no Cabo ~,fondego. é reduzi<h a a1gUll5 mt lJ'Os em Brenha e
~ an lCs de AIhadu (C. RUGET· PERROT, 1961. p. 78). onde ~ ~~~I::-n~ ~ic~:o::r=.f:eu:ri=lIC~~a::~
substltuida por formaçllo salobra. litoral na área da SeI11lda Boa Viagem. de que resulta a tJ:tpost~1o de
Nesta ma. o Jurássico leonina por uma es pess a ~rie mnftica calcários sa lobros . de lignitos. de margas ~sc~ e de aremr~s. Vindo 11
(SOO a 600 m), co nheci <h po r Artni los d a Roa V1a lltm . em se r inrerro m pida po r um ligei ro eplsólho tran sgrt SSlvo. com
môllufesuç ão unicamente loca l. ~ terminar. ~ Mal".' superior. com mano inferior, É formada por calcânos. calcários margosos. g~s
umaespessa série areniUC'a ~ncla.lme nte tluvio-dehalCll calcários e margas. de que se destaCam alguns níveis pela SU.1I.UIUTl
concrecionada ou "apin hoada". A e~pe5\U fll varia later.tlmente.
aptescnundo 05 valores máximos .1Ocidente. junto II cOSIa IKlual. com
2.2.2 - ."al~ri4is pós-}uránif:os cerca de 60 m, para diminuirem para cerca de 10 m próximo de S. Jo~o
do Campo. Do mesmo modo variam as fác i~s. surgindoo predomínio
Após lacuna ímpcrt ante l foii: 6) . COITlt'Ç,llln a deposuar-se, neste de calcários e calcários margosos apinhoadosa Ocidentede Monlemor-
seclor da Orla Meso-CenozÓk:l Ocl denlal . sed ime ntos com preccmrmo -o-Vel ho . calcários margosos apinhoadose rnargo-gre505005 e margas
~ lermos g:mosos. securw:bdos pelos peliticos e pelos conglome. até S. Joõo do Campo e margas ~s com MrognonsM para Orienle
r.úicos e. em tneIIOr proporção. pejos carbo nnados ( A. F. SoARES ~I IA. F. SOARES.1980).
al., 1982. p. 78). Ele, ~ iniciados pelos ARn it~)!i de Ca r rasca! Sendo uma formação constituída por rochas duras relativamerue
IR, ROCHA et 01.• 1981). amen orment e denominados Grés do h suas encaixantes. surge regra geral saliente na paisagemonde chega
Iklasi:lno por P. CHOFfATe Gr n Gn)'>.~iro Inrr rlur por A. Perreua a formar belas costeiras. próximas. mas de COSias. para o Mondego.
SOAAES ( 1966)e onde dominam rochasque vão dcs quanzarenitos eos Salientam-se. pela u tens1o, os afloramentos enue a Firueira da ftlz e
an:os:ttenllOS pus.sciros a muito gros.st'itoS na base. passando. em Lates e que se prolonga para Sul. obrigando ao apeno do val~ do
sequências simples posuivas, a termos cada vez mais mcmros e Mondego: entre :I. Car.Jpinheirae S. João do Campo. de modo mau ou
definindo. no conjunto. uma macreesequência positiva (B. BARBOSA et menos continuo. para se continuar por Iaixas descontinuas para onerae
ul.. 1988,p.1 7) .1té Marmeleira do Botão: e a faixa de Santa Eulália a Quinhendtosque,
Esta unidade tem sido atribufda ao Barremianc ( ?) - Cenome- prolongando-sc par:a NNE. ladci.1.1ocidente a Sem. de Monlemor. A
niano médio. COOI bererocrceamc nos limites inferior e superior. de nane d.1Sem da Boa Viagem :ú1on ô1qui e além em pequenosreulhos,
modo que ~ \'30 sendo cada vez mais recentes quando se caminha visíveis em regra à custa do encaixe dos ribe.tr05. com? na Póvoa e
para Oriente e xcrte (A. F. SOARES et al., 1982). Assenta em díscor- Taboeira.próximo de Cadimae só tem alguma Importâncialopogrifica
~ia sobre as formações jurãssicas. que tanto podem ser as do Malm entre Cova da Serpe e Esperança. onde origina pequena ~levação. .
superior na eeccsta Sul da Sem da Boa Viagem. como as do Dogger A "Formaçào Carbon.1tad3Mé sobreposta. nesta regl30.pelo Gn:s
em Anç1. como as do Lias mais próximo de Canunhede . 00 a ladear .1 mlc écec fino a muito fino (A . F. SOARES. 19(6), uma das mamo
Sem de !o.lontemor. Aflon, na ãrea, em duas grandes manchas: entre festações da fase regressiva entretan.to ~~a. Tal como aq~1.a
Bu.1rcos e o Mondego a E e, principalmente. a Oriente de Montemor. formação, apresenta um ümue infer ior dlacrómco., sendo T~nt~o
-O-Velho e Seixo de Gatões. lOGO li Sul dos calcários de Ançâ e inferior a superior (1) a Sul e Ocidenle e Cenomamano supenor (.) a
Andorinha (Fig. 7). Depois em plena Gàndara, surgem aqui e além Turoniano inferior (superior 1) a Nane e Leste (A. F. SOARES ~I 01..
algumas pequenas manchas que se conseguiram deslacar da cobertura
geral das areias recentes. (3SO.\ da Cova da Serpe, de Pelicanos. e em 1982'~:;~·col'I"espooder.1 um ambiente de sedimentaÇJo de planlcie
tomo da Tocha e de Carlitni. litoral (A. RIBEIRO tI al.• 1979. p. 721. Na Folha. 19-A. da Cana
Depois da sedimenlaçlio lerrígena continental. verificada no Geológica de Portugal. é englobado nos chamados Gr~ ~o ~ura~ouro
Barremiano (1) - Cencmaniano. vai assistir-se. no Cenomaniano (B. BARBOSA ~I (Jl.• 1988). na s u~ subumdade m enor'Ó; sua
médio. a um avanço do mar em direcção a N e NNE (A. RIBEIRO etai., composição lítica é qu.anzarcnilica. mlc:kea. fma .I muno fma (idtm.
1979). com nova submeBio de grande pane da área do sector da Orla
a N do ~ac iJente~ da Nazaré. Desta Iransgresslio resulta a Fonn ação a
ibid~';'~ :~'a e em continuidade de sedi~entaÇio.' passa ~rna/~~
ca rbo nalada (A. F. SOARES. 1966), designada por Ca lcá rio~ subarcosarenitica. ou arcosarenàica. ~ro~selra abmu·~~O~ dos
apinhoados de Costa de Am es (R. ROCHA t I ai.• 1981. Folha 19-C) c e com múito pouca argila. Con~lIt u l a'bs~ U~I Esta . ubunidade.
por Cal ~á rios de Tenlúllal na Folha 19· A (B. BARBOSA et al., 1988). referidos Gm do Funtdo uro (id~m, I I ~m "1 a~ni tos.
em c~nnnaidade aparente de sedimentaç30. relativameme à formação
antence. É.lhe aUlbuída uma idade do Cenol1UIliaoo médio ao Taro- j~~~=~t~=:;:~~ ~:~o-~~=: :n represen(lÇ1o
62
"
nesU. ãrea, compõem o chamado G rés grosse ir o supe ri or de lido. atribuída ao Paleogénico e Miocénico indiferenciadas (1) e
A. Ferreira SOARES(1966 ). Tem-se admitido que e sta unidad e possa considerada como o equivalente. pelo menos dOI termos inferiores. da
pertencer ao Turon iano (1) I Coniaciano-Sanloniano (A . F. SOARES Formação t\ r gil l)-g r~:"osa e Conglomerá tica d a Sr" do Bnm
~l aJ.• 1982. p. ~). explicaodc-se csta exrensão no tempo pela ~ ucns() , com 8.rande extensão '" Sul do ~.tondego. É composta por
helerocrorUa do st'1Ilimite inferior. pois que " (... ) durante o Turo niano luofãcies are nníc a, com seixos e cascatbetras mal calibrados (H. P.
_ COlIixiano [... J bocve progradaç30 de E para W de mantos greso- BARBOSA ('I (II " 1988. p. 22).
$OS: no Turonianoinferior eles não ullrapassariam a linha Arazede (1) A Norte do Mondego esta unidade vai ter uma presença ténue,
_ Pis.'io - Sargenlo-~ for - Pednllha - Rebol ia - Po mbal ; parao fim centrando-se em dois conjuntos de afloramentos. dispersos em regra
do Turoniano inferior e no Throniano superior - Coniaciano (1) por manchas de!>Contínuas, em tomo de Querida!>. mais precisamente
eres reriam ating ido as regi ões mais oci dentai s" (A. RIBEIRO et a í., entre CM:l1 do i Cunhas e Casal das Gonçalas e outro em GillÕe!>-SeiJOo
1979, p. 72). de Gatões.
Os aüoramenros destas unidades gresosas vão de par com a sua O Plio-Quaternário manifesta-se nesta região por extensos
maior espessura e maior amplilUde crc nolégica, ou seja. são mais depé suc s de origem praia]. fluvial. eólica. ou em menor expressão.
importantes par.a oriente. Au im. há algumas pequenas mancha s a torre ncial . em ~gra colmatando plataformas por vezes relativamente
Ocil;kn lc. de que se desUlCtm: entre Sant o Amaro da Bouça e Casal dos extensas.
Bentos: em Sarne Amaro das Amoreiras; j unto a 'Icje ira: e em A conuruç âc dessas plataformas foi o resunado das diversas
Catarrucbcs. Para Oriente estão bastante bem representados; assentam transgressões marinhas processadas no Pticc énico e no Quatern:1rio. de
directamente sobre os calccrios de Tentúgal e afloram de modo acordo com oscilações, mais ou menos periódicas. do nível do mar. a
descontinuo. para E de: Meâs do C.unpo, onde chegam a ocupar mais que se conjugaram. em muitos locais. subidas ou descidas de
de trb quilómeUO$ de largura (Fig. 7). compartimentos continentais, em função da actuação rect énica .
Após uma descontinuidade estrangrâfica (Fig. 6) motivada por Nesta região, os depósitos mais antigos. relacionados com a
pcssrvet fase erosiva e que se materializa nalguns pontos por dinâmica referida. são as Areias de Cordinhâ e as Cascalheiras de
discordância angular. segue-se uma unidade mais fina, os A~nil O'i e Gordos . possivelmente do Püccenicc superior dou Ptístocénicc lidtm.
Argilas de \10;0. formaçJo espessa que pode atingir os 130 ~ 20 m (B. ibidem, p. 23) que integram a denominada MPJilla(orma de Murt(dc.
BARBOSA ~I aJ., 1988). É o equivalente dos ,\ ~nitos e Argilas de ~" , de idade Ptaisanci ana-Asua na (G. S. CARVAlHO. 19(4).
Taveiro. com lM}!a representatividade a Sul do Mondego e dos Esta plataforma parece prolongar-se para Orieme pela ~
Arenitos e Argilas de Melro. mais próximo desta cidade. Têm sido ~ ou de Santa I lIzb _B3CCOUÇO (A. F. SOARES. 1966). Aquelas
atnbufdos ao Campanianc-Maastrichtianc (A. F. SOARES et ai., 1982). areias são. de facto, quartzarenitcs finos a muito finos e ~m
. Tal co~ o seu nome indica são con!>tituído!> dominantemente por calibrados. aos quais se seguem arcosarenitos 3. qu~ nltos
Iécies pelüica, de tom vermelho preponderante, por vezes argilo- grosseiros que parecem ser o equivalente, na âre3. de . Corch~ã. dos
marg~a. com algumas finas camadas carbonaradas e por Iãcies ercosarenncs grosseiros conglomerãrícos. com cascalheiras e SCl.r.OS da
arenúíca. em geral fina e bem calibrada (B. P. BARBOSA ~t al., 1988). PI.11aforma de Gordos.Mçço ( A. F. SOARES ~I alo 19800). Foram
subucósi ca a arcésica, mais clara (A. F. SOARES & R. PENA DOS REIs consider3dos de origem fluvial por G. S. CARVAU«>(196·$.pp- I().II).
1984). • Como foi referido. estes depósitos desenvolvem-se .em duas
Perante tal litologia, a sua relativa unifonnidade em mais de SO grandes manchas. normalmente acima dos 100 m para N e S de
km de extensão e em função dos fósseis, quer animais quer vegetais,
encontrados, M. Telles AN11JNES (1979) concluiu terem-se depositado Cordi~ãdee::7t~~~~:e~~~e:. cimo da Serra da. ~oa Viagen:"
n~ma Vl!>~ região quase plana. encharcada. algo afastada do mar, sob embora rerocadcs. poderio evenrualmenlC ser os eqwulentes tn.a!!
chm~ ~PICaJ com estações contrastadas e rica em vegetaç ão onde ocidentais das Atti M dI!CordjnhA(A. C. AUdEIDA. 1992).
dominariam conlfem e folhosas higrófilas. Posteriormenle. as transgressões S i~i lianas (7) (A. F. SOARES ~t
Após lacuna. a unidade litostl'aligráfica que se segue é a dos ai 19863: G. S. CARVALHO, 19M) ereíçoem nova plata(?nna. mais
Arenitos Conglomerállcos de Queri das (B. P. BARBOSA. 1986). Tem b~ixa e conhecida por P1alafurma dI! CAQ13 obedc:-\hrJ IG. S.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _...:.. """"""«5I-,fíJI';j) ~1íMl\iô\


CARVAUfO. 1952. ' %oH. onde podem ser vistos depósitos marinhos
coeretauv os. Para Oriente. encostando. por vezes. 3 plata form a de
\f urnde-Cordinhã. surgem as A l't'i a~ de Arazede, que chegam a
~obrir "com continuidade lateral aparente" as Aret as de Cordinhã
( 8. p. BARBOSA. ~1 aLo 1988. p. 1.$1e são co mpostas por quartzarennos
médiO!i a gTO"-o;eJros.
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J ~l Ê_<:j~
Esta formaçl o parece ser o eq uivalent e marinho de depósilO!i

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continenlaisque. ee ueunro. a Orie nte e na base dos relevosdo M ~ iço
Mug inJ.! de Coimbra. se dese nvolviam , por de rra mes torre nciais , 3
custa de cond ições relisúsica.~ (A. F. SOARES ('I ai.. 1992) - :L~ Al't'i a_~

~i\il ,!-~y i
\'e rm~Jh llS do I ngol~ (Fig. 81.
A.s Areia... de Arazed.. aflOf"llm em lomo de Oure mã. onde têm
larga expre ssão. assim como em alongada e oe scomrne a mancha em
direcç ão 3. Pcrr unhos e entre Pena c Andorinha. onde preen chem um
profundo carso. desenvolvido nos calcários de Ançâ Is. 1.). ~l ai s 3. ,i I' , i ) .
~I I .
Ocidente distribuem-se por virias manchas que suportam e envolvem
- ,
J " 1
Arazede, alongando-se em es treita faixa para Sul até Pano Lusio (Fig.
7J. Talvez se pudessem. ainda. incluir os pequenos afloramentos do ..
!
Farol Novo (DeplisilOde praia do Farol - A. C. ALMEIDA. 1991) e do
cimo da cos teira de Salmanha-Lares. caso não fosse problemáticaa sua
equivalência com aquelas areias (A. F. SOARES et ai.. 1992). A colas
ligeiramente mais baixas (51).70 m) e sobre a mesma plarafcrma.
surgem <ISA rtla.~ de Canlanhede (B. P. BARBOSA el a f.• 1988. pp. 2.$- ! l<
VI,
•1 !
' !
! I

25) que são. em regra. quartzarenitos e arcosarenuos. localmente


arenitos finos. Parecemcorrelacionar-se com os n epõsncs de Ameai-
,-
J
j
!
E
i I
~lp
1
Src Varão. correspcnoenres ao terraço fluvial mais alto do Mondego ! !
( A. F. SOARES ~I aL, 1989). Segundo a Folha 19-A da Cana Geológica
--:1
1 i!~ !
de Ponugal. podever-seque sobre elas assenta a cidade de Cantanhede,
prolongando-sedepois para Norte:em larga mancha: entre Cadima e os
Olhos da Fervença dislribuem-se algumas manchas imponanles:
integram. também. o " níve l de Quiaíos" onde areias e MeÕe S se
estendempor uma faixa que ladeia. a Nane. a Sem da Boa Viagem. é f\
, ~ •
h 1~ !
j !
possfve!que. por este tempo. o Mondego. com o seu vale já delineado.
desaguasse no mar jumo a ~1on te ll'1Or, atf onde este chegaria alr3vés
I 1 J I

j"l ·
dum pequeno golfo aberto pelo "Triângulo da BO\Jça" c,
I ! !
eventualmente, entre o anticlinal de Verridee a Sem da Boa Viagem _ j ,
Albada..s. sendoesta. nestecaso. uma simples ilha (idem., jbid~m) .
Após recuo marinho. dar-se-ta nova transgressão. pcssivelmeme
j i! ! a
f! ., !l! .. ' ,d •j
já tirreniana e correspondente ao tnrergtacíãrío Riss-Wünn. de que
re ~ta o Depósito de ~Iunlnhd ra. com raros afloramentos a mero
gulharem para Norte ( id~rn. íbidem í. Com estes depósitos praiais,
con~ tlIu fdos por calhaus rolados e areias grosseiras a muito grosseiras. ! 1
! ·
perecem relacionar-se os Depisi tO!i de Tent úgal - Gabrielos (Fig. 8).
cobe~o ve ~etal natural nas suas OOc:ias. de que um doscasosmais
"
os ~JTaÇos mais bailOS do Mondego e os Dep6<iitO'lde Ylla verd e (A . paradlgmi llcos é o do plaino aluvial do Mondego (A. F. MARTINS.
F. SOARES et al., 1992). també m l1uvi:ais, em bora testemunhos de 19.tO)'.A mesma acção humana leria contribuído para novas in...asões
maior proximidade da í in. O Iitor:tl contemporâneo não estaria muito
de areia transponada pelo vento e a criação dum extenso campo de
longe do actual, flectindo. tal vez, um pouco para o ime rior, a Na ne da
dunas (A. C . A LMEJOA, 1991) que caracteriza uma faixa litoral de
Sem. da Boa Viagem, com provável aproxtmaçêc cn das lagoas de alguns quil ómetros de largura (Fig. 7).
Quiaios - Tocha.
A "crise" dil'l'Útica que se seguiu. correspondente ao w ürm. pelas
condições rexisw icas cri.1d:L\, veio permitir um profundo entalhe dos 2.2.3 - Estrutura g~o lôgica
rios, uma ínrensa t .. oluçJo das vertentes e uma ecüeaç ão que
determinaram grande pane da fisionomia. actual desta regido. O A ãrea em estudo é afectada fundament3.l mentt por três grandes
Mondego encaixcu-se no seu vale, gt'3Ças ao afastamento do mar para alinhamentos estruturais: o NW-SE. o l'oiE-SW e o N-S (Carta Geoló-
ocídenre. deu ando os depósitos de 'Iennlgal e Gabrielos. e seus gica de Portugal. folha n.o 19-A).
equivalentes. pendurados nas suas margens. No extremo ocidental da O alinhamento NW-SE é. no essencial. Iracrurame e destacam-se
Serra da Boa Viagem. 05 Conglomerud cs do Cabo :\londego. as falhas que, estando">-no prolõngamento do graben de Annnede , se
seguidos por areias eólicas c pelos Depósitos verm elhos do Ca bo dirigem para Nane da POCariÇ3 e chegam II afectar II cobertura
~ I olldq:o (A. F. SOARES ri al.• 199 1 e 1992). iam colmatando a :lfItiga pliocénica a Sul da Cordmhã (B. P. BARBOSAet ai., op.cu., p. 29). São
arriba. deixada pelo mar na ~ua retirada para Ocidente. Os primeiros. elas que cortam os calcários de Allf ã (5. 1.). embora não decorram daí
compostos por onoconglomerados e peracongtcmerados calcários. manifestações morfológicas visíveis.
estariam mais con finados 3 imediata proximidade das vertentes Direcção semelhante apresenta a falha que limita a Nortea Serra
abruptas, enquanto os úlu mos , petít o-conglo meré tícos e areno-pelíticos. da Boa Viagem - Alha das . Pelo menos próximode Quiaios é um.l falha
teriam uma difusão mais alargada. para Ocldenre. à custa de menor inversa a mergulhar. --;m regra. para Sul. ou f. subverncal (I . M.
declive e de condiçõe s climáticas mais húmidas do que os primeiros. CABRAL. 1993. p. 224). permitindo que o Lias sobreponha parcial-
Processo semelhante se verificava para Oriente. onde as vertentes mente unidades mais recentes. mesmo quaternárias (Fig. 9·A). A
do baixo vale do Mondego iam sendo colmatadas por um depósito subida do bloco meridional através de sta falha. eventualmente em
colu...ial, por vezes grosseiro. que está bem representado na margem movimento basculante, terá. porventura. conrribufdc para alguma da
Nane e que foi denominado por Are ias ve rm eüias de Zoupar ria (A. inclinação das unidades líticas daquela Sem. em atitude monoclinal
F.SoARES ~t DL. 19863 e 1989 ) (Fi g. 8). para o quadrante Sul. O infcio dos movimentos tectóniC?' que
Entre tanto , pane das plataformas litorais previamente construídas afectaram os materiais componente!'> da Serra da Boa \ 13 ge~
eram invadidas por extensos mantos de areia transportada pelo vento , manifestaram-se desde o Jurássico superior. com "l...J adelUmescfl1C1a
- as Arti as da Gâ ndara de G. S. CARVALHO(1964 ; A. F. SOARfS~t \ térmica. devida à migração para Oeste do rift I...1.o qoe provocou a
".1.• 1992) - aproveitando a eventual fraca cobertura vegetal, pelas compressão das séries depositadas anteriormente (A. RIBEI RO et ai.•
n goros~ con.diçOes climáticas existentes ao tempo. Posteriormente, 1979, p. 9 1) e prolongaram-se até ao Quaternário. já que as areias do
estas areias VIrão a ser retomadas por processos hídricos. sendo então "nível de Quiaios' (Q2. na Folha 19-A. da Cana Geológica de
Portugal) são parcialmente sobrepostaS pelas "Camadas .dt ~ale de
~~~;~.i~~~~~i~a~~1e~:~~~~~e~:eR:~~gf:oa~; ~~~: I Fontes" (B. BARBOSA et al.; 1988). ~ possível ~ue ~ o mla o tenha
como por exem plo sobre os terraços de Tentúgal, onde constituem as I estado presente a acção do diapinsmo. aq U.I Mo . aflon:nte (A . C.
chamadas Areias de Tenlúgol (A. F. SOARES, 1966). AlMEIDA et ai.. 1990. p. 31) e que ajudaria a explicar a lO\ enio de
Com a chegada do Holocénico e da correspondente subida do polaridade estratigrãfica no Cretácico inferior de C~ do Grelo.
n ível do mar, os fundos dos vales. inicialmente transformados em rias. Pincho e Bica (8 . P. BARBOSA" a í., ap. CIl. • p: 30). Aliás.,segundo
Rogério ROCHA~' ai. ( 1 9~1 ) ~~ ao longo desta dlf'eCç~.IN\\ -SEI que
~oram sendo progressivamente colmatados por sedimentos. em especial .
Já no período histórico pela acção humana de desbravamento do \ se inserem as estruturas dlllplricas que afectama região (p. lOS).

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3D!lcljna! de: C;lD!õ!pbrdr e o .

plio-quaternârias, de modo que ~a~~Ila~~~~a ~


unlfonnlud3 por platà fcrrnas . 1le\ ICmomento mais ou rne~ ~ 01
~

po r !>ed1lT1cn~~ terrt genos (Fig'.9-8 ); exceptu a-se, talvez, o 5inclinjl,~:


I
I
I
I
I .n
l Pena.-:t:enlugalque, pelo se u erxo es tur inclinad o para o quadrante Sui
po ssl,bl1110U o de s~ nv olv imen lo duma costeira nos ca\c:l.rios d~

~~~~~l~d:t!~~:~ ~~~m~~:g~f~m~~='~~r~
Tocha. a emergirem das areias eõncss, e de que §( deMxam o<>doi
Olhos da .Fcr'icnça.por ai conterem uma tfts.urg~ncia importante .
A direcç ão N-S está re presen tada nesla Me3 fundamcnla\Tne'Dle
pela .f;ilba dQ bordooe jdC'O!a\ da Sçrrn de M ODlemm , co rrespondente
ao t u a Anmca - Montemor-o-velho (A. F. SOARES t / lll.• 19811).
que faz. levanur esta SeTTi1:1. de modu que ela. um pouco como i1
da Boa Viagem, corresponde a M{...l um antic!ina! com núcleo jurâs-
sicc falhado a Oc ídeme e repu aade " (A. F. SOARES. 1966. p. 313).
Também aqui parece estar implic3da a acção do diapirismo (idt m
ibidt m, p. 314).
Esta falha e a de Quiaios convergem para Sul. no ~
EI.tiüI, definindo um grabeu aberto para Norte. comummente
designado por '1'03,0&\110 da Bouça" (A. E SOARES er aLo 1986a).
Uma OUIn. direcção estrutural provhel é a de W-E, ou mail
precisamente de w SW.E.....E. representada pela possível falha do vale
do Mondego (B. P. BARBOSA ti ai.• op. ci/.• p. 30). Com ela estaria
associada uma Ilexuração para Sul da margem Norte. acentuada entre
a co nstru ção dos dois níveis de terraço do Baixe Mondego (A. E
SOARES et ai., 1986a) e que elp lic:uia as diferenças de cota. entre as
duas margens, dos níveis do terraço fluvial mais antigo.o facto da rede
hidrográfica ser es.sc:ncialmcnle esquerda e. com alguma probab-
ilidade. a inclinaç30 para SE da linha de cumcad3 da Sem! de Boa
Viagem -Alhadas.
Também a falha provável da oh"de Varziela. que pareceafectar
por desligameOlo direito o eíxc do anticlinal de Tocha -: Mogofores
(B. P. BARBOSA I!t aI.. 1988), se diSpõe segundo aqueladirecção.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _...;. Cól rr:\\ ~ ~tro~tr\\ _""_.;;<.o..J_.r__o


70

2.3 - Gtomorfo logia (' hid ruJ:r:ana


"
2.3.1- G~omorfologiQ

Ao olhar-se e m direcção ao mar. de um ponto eleva do da cidad e


de Coimbra.. te m-se :I senSJÇ~o de ve r estender- se uma piataf crm a
ligcil'õUJlenfc ondulada..onde 05 únicos acidentes percept íveis parecem
ser o corredorpercomdo pelo ~t ondeg o. I~geirnmente mais baixo. e
uma pequena elc vaç30 já no extreme co ntinenta l. co m do is recc ne s
abruptos :1 Norte. que a Sem da B03 ":iagc m.
é

Esta se~ uma visão despormenorízada. de amplos horizontes.


Subindo na escala de observação, rapidamente se verifica que a
topografia é bem mai s mo vimentada do que aparenta va. a plataforma
não é 00 aplanada como parecia e o próprio corredor do Mondego
mostra UITlJ.certa irregu laridade.
Tr ês factores parecem ser funda me ntais na exp licação da
morfolo gia desta área : as transg ressões ma rinhas plt o-quc tem ãrias. a
es trutura geológ ica (tec tõnica em particul ar ) e a lttolo gla. O primeiro
es tabelec eu as grandes linhas. os outros dete rm inara m os porme nore s.
Pode dizer -se que toda a topo gra fia desta fracção da Orla Mesa.
-Cen ozõíca Ocidental se desenvolveu a part ir de supe rfíci es
const ru ídas pelo mar, nos finais do Plíoc énico o u já no Quat ern ári o.
Delas ainda se mant em alg umas ex te nsões re lativamente bem co n- fI O. lO_ Principais unidades morio-eSlnJlurais comincidtncia Dc:Ipaiu gem.
serv adas. mas, e m regra. apena s su bsiste m retalh os a culminarem dlI ~~a en~ol~enle 1 iirea de estudo.
ele vações, isoladas pelo encaixe da rede hidr ogr áfica e c om posiç ões I _ M;w:iço Hes~rico; 2 _ Rele..-o ulcário: 3 " Colinas ITe5OSIS; 4 - Superflcia
altim étric as po r vezes muito d íspares. funç ã o da ac tuaç ão de pho-calabrianas; 5 _ Pbnlde a1u..-ial; 6 - Pbnlcle htonl; 7 - Vertenle ~ ee
mori..-açào litológjco-estnltunl ; 8 _ E.scal'pIdef&1b.t(>IOO PI. dOO III);9 - ffmIe
mo viment os tectó nicos recent es. de coslell'~; 10 _ Diapiro de Soure.IAdapladoóc A. C. ALMEIDA ~r 111.. t9901
No primei ro caso está a plataforma de Santa Luzia - Bercouçc.
com altitude má xima por volta dos 140 m e que termina bruscamente No segu ndo caso. co mo o substrato é constituído pelos caI~ári05
por verte ntes decüvosas. e m pan e à cus ta do s calcários a pinhoa dos do d o Dogger (Calcários margoSOJ de ~ÓYO(l ~a Lomba. Calc6nos de
Cre tácico médio (Calcários de Trou.:umil- A. F.SOARES ~l ai.• 1985b) Ançd e Calcdrios de Andorinha - Idem. Ibldtm). a topo~fi:a de
que surgem imediatamente por baixo dos GrlJ do Furadouro, unida de pormenor reflecte essa co ntingência . A Norte este planalto terrmnapor
subjacente aos depósito s correlarivcs daquela plataforma. Para 11m ressalto topográfico. a esboçar. pela indinaçio Sul ~a.s camadas
ocidente e pro vavelmente no seu pro longamento. desen vo lvem -se as calcárias. uma peque na cos teira. consrruida ~105 Calcd~oJ margo~O$
plataformas de Murtede-Cordínhã e de Gordos-Meco que . 131 como
aq uel a. es tão e nci mad as por depós itos are nosos atrib uídos ao
de póvoa da Lomba. mais duros do que as
.l,.larga.JeC~~~a.J:J ~a~:;'~
subj ace ntes Os vales. secos . são. em regr:J. d P
Ptiocénico (Areias de Cordinhd e Cascalheiras de Gordos - B. P. lim itados ~r vertent es bastante abrop[~ que chegam ~~~nste~~~
BARBOSA et aI.• 1988). Desta pas sa-se a ou tra bem re prese nta da em q uando mais apertados. a fo~ar autênuc~ c=~lenar'da-Pedra
Owenu. ainda bem conservada, e à que define o Planalto de Outi l (Fig . nessas vertentes que se tem feito a exp lOlUÇao q ~ -O{ tlm
l a ). menos bem conservada, uma e outra com depósitos correla- de Ançâ". Estas pedre iras. e ourras. abertas na sUt-···~·:~~dnos.
t ivos atribuídos ao Quaternário (Are ias de Ara zedc - idem. ibidem). mos trado algumas das formas cárslCas que retalharam
Umas c:slJo 10l:31menle preen~hilils . por sedimentos arenosos ou Norte desta SeITa e. porventura. dum aumento do pendor da~ unidades
"
alJill»05 (por exemplo, 3.5 :ug113S hlperalummo!>3S de Andon nh3). geolõg icas para o quadrante Sul !lo.
como 05 profundos lapiás e dolinas , ou estão livres ou parcialmente Enquadrada pelas Serras da Boa Viagem - Alhadas e de Mcn-
p«enc hidos. como alguns alg.u:es e JIllu~. de que e exemplo a Gt\IIa temor desenvolve-se uma extensa dep~ ssão. o Trill1ll:ulo da Bouça {A.
O'EI Rei. um conjunte de galen.lSque se liga com a Ribeira de Anç5. F. SOAR ES .~1 ai.. 1989 1. manlfestaç50 superficial do gr~,. defmido
atraves da.s elsurgencill$de Ponunhos fA. C. A LMEJOA et ai.. 1990). pelas re~enda.\ falhas de Quiaios e de Montcmor e por onde se leria
Pot vezes. surgem retalhos. oeaa superfície. relanvamente bem imromendo o mar, de modo a trazer o litoral bastante p3.l1l o interior
conservada, mas abatida pela !el:tÓflicôl. como por ex emplo na Póvoa do ficando a S~ m. da Boa Viagem - Alhadas a constituir uma evenmai
Pinheiro, cujos dep6!iItOS wperioces s50 semelhante!> aos de Santa Ilha. (idem. Ibid~," l. Nele... l...) a _lOpOgrafia aprcx una-se da G4n.úlra .
Luzia (A . F. SOARES et al.• 198' ). Também a estreita superfície que disnn gumdo- se apen as pelo encane e alargamento dM vales dos rios
coroa a Sem da 800 viagem - AIh.1d.ls, eventual mente afeiçoada no Foja e Vale dos :-.lalhOcsque individuali,z.am col.in3-\ilITa!.3das no lopo
Phccene o. parece ler ~ido elevada eceomcarreme. de u I modo que se e frequ en lemen~e co bertas p?r llfClas. eóhcu a transpirarem.
aprnenta inclinada pan SE e com uma altitude rnãxr ma (Z.58 mI localmente , arranjes da nares. Aliás. e aq UI que a G&idara se dilui no
bastanlCiUpeJ'Í(W à de qualquer OUlr.l. sua congenc~ na região. Baixo Mondego {... r ( A. C. A L'.I EIOA a aL. 1990 . p. 36) .
Na mat!em Sul do plaina alul'ial do Mondr go. nas suasiml."dia lJ..~ Formando o prolongamento natural da Serra da Boa viagem _
prollmid3dcl. a superfkie marinha está bastante mais rttot1ada. Alhadas para Sul do Mondego. o Planalto dt Yt rridt lFig. 10 ) ou de
pennanccendo aperw algum retalhos a uma altilude mâai ma de loWm Abrunheir.t e a resposta morfológica a um anliclinal falhado que faz
1KI cimo do Plana.lto de Verridc. ou em torno ocs 12Q.I JO m sobre a~ aflorar as umdsc es calcárias do Dogger a altitudes supenooesaos 130
coJirwgresosas m. Está profundamente retalhado por falhas de direcç30 principalmente
Mas a tectónica e a Iitologia. agindo muitas vezes conjugadas. N·S e fIo'\\'·SE. mas que pouca influência parecem ler lido na lOp:)gr.tfia
dese'mpenh3.m o papel fund3.menul na dife~ nciaçlo do reteve de ~u de pormenor. já que a rede hidrográfica e quase Ioda desajust~ li
~gi30. Antes de mais, O fxto da drenage m da bacia hidrogr.ifica do e strutura, tende- se desen volvido epigenicamenle. O planalto inchna
8 3.i lO ~Ioodc: go se proces.saresse ecialmente da margem esque rda, hgeirameme para zo.;E., "[...) talvez em simpatia com as imposições do
onde os afluentes aprnenu m extensos e amplos vales. em confronto abatimento linear do Arunca" ( id~m.. jbid~," . p. 321. o qual se parece
com os curtes vales dos afluentes setentrionais, parece ler 3. ver com a conjugar e ligar ao sistema diapirico de Soure - Ereira.
actuaçao da fk lUraç30 da maJie m direita para Sul. num lempo anterior Nesla mesma margem esquerda. a morfologia das colinas
à coo.suução do nível de terraço de Tennl gal-Gabnelos (A. F. So ARES gresosas. desenvo lvidas a partir da ~feri~a superflcie mannha.
~taL . 1989 ). depende da natureza lítica das unidades geolégicas componentes do seu
É uma falh3.com oneDtalj50NNE·SSW que faz emergir e elevar corpo. Assim. se o ma leri ~ l subjacente. pertence à Fo~do d~ Bom
as unidades calcomargosas Iiásicas, constituintes do esqueleto da Serra Sucesso (Paleogénico e Miocénico i ndlfe~nciados TI ~ verte ntes são
de MOD!emor. de fonnas amdondadas. como e vulgar sobre este tipo mais inclinadas e de perfil muitas vezes conve:r..o-rectllí.neo. ~ndo
~ e rocha (F. REBELO. 198.5) e alongad a no mesmo sentido . aqui e alem apresentar ressaltos mOli va~ pela Interposlç30 de nrvers
imediatamente a Norte desta vila. assim como os calcários margosos do mais resistentes, silicjficadcs do u fem~lzado.s: se o substrato é dos
~gger que compõem a colina do respectivo castelo. Esta mesma falha Aren ítos ~ Argi las de TI1i'eiro. dos Amlltos Pinos d~ ÚJwõn ou dos
V3J prolongar-se para Norte , agora com direcção meridiana. mas. A fl'nilos d~ Carrascal. 3.S vertentes 550 mais suaves e . ~e FI
apesar de afectar algumas vele S formações quaternárias e coincidir. em conl'elo-cô ncaVo, com passageminsensível aOSfundos alUViaIS(Idem.
pane, co~ O limite oriental da Gândara. quase nenhuma manifestação
morfológIca dela parece ~su l tar. neste so::tor. ibid~~~ parte dependente da estrutu~. pela inclinaç30 que foi
. Mais 3 ocidente, a falha de Quiaios (B. P. B ARBOSA r1 ai., 1988). imposta, mas fundamentalmente pela di le~ nle ,:"sposta ~ peran ~e
mversa, pelo menos em pane . com inclinação para Sul e de direcção os processos erosivos. os calcários do Cenomamano-Turomano. m:us
W-E. rodando para NW·SE para o interior. parece ser uma das causas
da elevaç30da Sem. da Boa Viagem - Alhadas. do abrupto do extremo - ~si. de'\.I Scm Kri ana l iudl com atlum ponnenor no çap, 3
duros do que as formações encai'lantes (/"rllÜus dr Carrascai, por junto a Montemor-o- Velho o plaino estende-se com mar&ens mai ~ 00
baila e grés e MJila! das un llbde~ do Creúcic o superior. por cima). menos panJel u e d istõmte!. de cerc a de ) quilómetro!. entre ~i,
consriUJem a comija de eue nsas costeiras frequentes quer a Norte quer recebendo estes campos o nome da po...oação importa nte. de fronte da
a Sul do rio .\fondego (fi g. 10). ~ uma fonna deste npo que termina a q ual se e prese nta m .
Sul 1000 0 siSlem.::t da SeITada 8 0a Viagem- Alhadalo. entre a Figueira Passado o aperte de Cosia de Ames - Montemor. a planície
da Foz e Lares. Depois de obrigar os eam po, do !\londego a apertarem alarg a- se s.obremaneira e adquire eo momcs qua se circulares.
la "'Garg.1nra de Lares". prclcnga-se para a oulrll margem a tra v és do recebendo en t.\o o nome de COtrIpOJ dt Ert i,a ou de ~lTidt . Es.se
~Ioi nho do Almo.unfe e ui en...o lver palCi3.lmente o Planalto de alargamenlo vai ser ccenwcõc pelas digitações de doi ~ dos mais
verride, até ao seu extremo Sul. importantes afluentes na ãrea - o rio Foja e o no Arunca, A estrutura
Junto a AJ(arelo.~ os mesmos calc ãnos formam a Costa de Ames. diapfrica de Ereira e os sistemas de falhas conjugadas de Quiaios. de
com direcç.\o ....-S e rna.is uma ...ez originam um aperto do plaina aluvial Montemor e do AruOC:l que neles con...ergem. foram dec erto 05 grandes
do Monde, o. pois ...ollam a aflorar na OUlrll margem. no Casal Novo do respons5 veis por este aumento da sua amplilude.
Rio (Monlemol"-o- Velho). Segue-se para j usa nte a Glrsanta dI! ÚlrtS que separa a Serra da
EsI~ calc.iri05 \'10 surgir emre Carapinheira e S. J030 do Campo Boa Viagem - Alhadas do Planalto de verride. Também ela não ~
uogundo um largo arco. côncavo para Sul. em simpana com a forma morfologicamente uniforme. em resposta aos condicionalismos
sinclinal da estnJlura da ãrea - SitlclifUJ1dr Andorlrlh a (8. P. BARBOSA Iitológicos. já que é composta por dois ~lnIIgulamenlos coeespoo-
r t ol : 1988). O seu extremo Nane forma frequentes costeiras pelo dentes ao cru zarnentc das unidades do Do gger e do Malm. a mo ntan te
eoc.:U l e da rede hjdrográ ~c:a. Ê, ainda. um rele...o deste tipo, apesar de e:aos calcários do Cretácico médio. a jusante. e um alargamento , pelo
muno desfigurado pela milenar intervenção do homem que aparece nas mais fácil des gaste dos A rt llilOJ dI! CarraJco/. de modo a formar o
colinas de S:lnt4Dlaia e Ferrestelo. Campo da Goleia. A abertura desta "garganu" parece ser mais recente
.Elo de Ii g~lo e.nlre quase Iodas as unidades morfológicas do que a do resto do vale a montante, pois ter-se-i" processado
refendas e espaço aglutinador, o p íaíno ala viat do Mondego, pela sua essencialmente entre os momentos de consuuçâc dos terraços de:
extensão e 3mp.lilude. domina a morfologia desta suo-região. Para ele Ameai _ Santo Varão e de Temúgal - Gabric:1os (A. F. SOARESet a/.,
parece converglf lodo o relevo envoíveme. centrando sobre si Ioda a 1989 ).
atençJo do obsoerv3dor. 1.11o modo como se impõe na paisagem Inserindo-se já na pl.1nície litoral. o esndrio do Mondtgo ~.se
Planície aluvial de ní"'e1 de base e construída a partir da ria amplamente a jusante da Garganta de Lares, numa I.ilf!ura mblma de
contemporânea da transgressão flandriana. viu já em tempos históricos 5 km e é enquadrada a Norte pelo rc: verso de.costelra da Salmanha-
acelerar-se o enrulhamenm do seu fundo. depois que o homem Lares e a Sul pela colina gresosa de Paiâo, um" ~ outra m31
medieval estendeu o desbravamemo e arroteamento aos terrenos uhrapassando a centena d.e melfOS. A e nvol vê-lo m~s de: peno.
serranos da bac!a média e alia do rio Mondego (A. F. MARTINS, 1940). alinham-se terraços que cna m patamares fa\·or:\...-els à llI~ulação ~
No séc. XII. ainda chegavam ao cais do porto fluvial de Coimbra, actividades humanas c: parecem ser os equiv:llentes ht~rals oo.s dOIS
barco~ de navegaç30 marinha (A. F. MARTINS. 1983). sinal de que Orio n{veis de terraço do interior. Os mais elevados e de upa praial, de
POS S~la águ:ls suficientemente profundas e permanentes para aí Alqueidão e possivelmente de Lavos. poder1orc:13cionar.se.com 05 de:
funcionar o porto e atracarem navios. apesar de pequena calagem. Ameai _ Santo Varão (idtrrL jbideM). enquanto 05 ITWS bail O'. q~
como fuuas e barcas a. CORTESÃO. 1964): a partir daí o assoreamento contínuos na margem Norte e menos frequentes na milf!e~ 1.1~
foi bastante rápido. parecem ser a continuação a ju~nte do nf...el de. terraçord:~~~~~ a
Começada logo defronte da cidade de Coimbra. essa planície vê- Gabrielos. O iruerior do estuáno. é composlo. :un~~ o leIto do no
se considera..elmenle alargada nos Campos do Boldo. mercl! do MOllõlceira - resultante da deposição alUVial e que ~orte ~
cruzamento de sistemas de falhas de direcçõcs NNW·SSE que viriam a ;t:
em dois br.lljOs,. imediatamenle~t~s :~zri~ ~~~o :0 ' dese~vol.
definir. entre outras c:stnJluras, O grabt n de Antuzede (A. F. SOARES, calcários creláclcos. da desem . a u do acontece no resto da
1966) e NE·SW, lk que resultariam. por exemplo, os blocos estrulUrais
de Logo de Deus. de Eiras e do IngOfe (A. F. SOARESr i aJ.• 1985). Alé
~~~~n~id~~t~U~~o~~~; ~~g~LV~.u~989). de umcabedelo.
""
. A coosuuçJo dos mo lhes portu!rios.. \ 1:10 desc qu ilibnr .. dirdomicól
li roral c Ien.... uma ~.iCWIlul~lo de loe1Íll ne n lOli ;a b.ar!&mar, com
IUmoento de çaCI de ·150 m cU pnia di fig ueira lU Foz. .. Nane . e
eros.5o .. sown.u. com recuo lb.s pcaiu d.ilGal a - CO\'ól
2.3.2 - lIiJrogr(Jr~

As d iferentes uni~ geolóticas lb sub-regi30 apresentam


padrõe s de drenag e m dl ferenle s lf, em funçio de vénos faclOfe\

• Pm Sul do eslu :iriO... pl.:u\icie litonl esrence-se .. perder de \l i~la.


rilmada pelo ondubdo caracte rístico da s dun as que . numa largun.
inicial de ceeea de 3 km. aumentad a para U~ Ó J. 7 km mais panI Sul.
l ~ren1Cs à rocha e .. estru tura, ~ que se podem roalienlar a nalureu e
d I5~5iç40 das cam adas . a re51511ncia li. erosão e a permeabilidade

•• fonna m um campo de dun as . ocupa das por mal as es ene is de pinheiros.


Para Norte da Se rra da Boa Viagem . :I s uuaçâo repele-se. com um
campo de dun3$ de Larguramédia de 6 II 7 km. compos to por várias
ass tm co mo. a evo luçA,ogeom orfoló gica da ma tA. CHRISTOfOLETTI:
1980 ). Assim , as Unidades gresosas do Malm e do Cretácico , DO
essencial pela frac a resistência e nalgUM casos também pela fraca
perm eabi lidad e. têm um padrão de drenagem dtndriti to (Fig . I I, caiu
II
•• gcraçOesde dunas c de form.aumbém vari ada (A. C. AL." EIOA. 199 1)
c que recebem o lIOfne da povoaç ão ma is importante que lhe fica
pnh i~ - Dula$ de Quiaios. de Canunhede. de Mira. etc. Para o
l L co m fon e den sidade: rrn!dia de cursos de água. Eaceptuam- se algUM
casos pan icul are l . co mo o flanco on enu l da Serra de Mont emor e o
seu prolongame nto para NNE (Fig . II. caixa.2). e a pane do flanco Sul

•• inferior. a r.opogr.úia t mais apL1nada.. ape sar do s ubs trato rochoso ser
rom~(O, no c:ss.enc i.al. por amas eó licas e bidro-eõlicas , imercaladas
por algumas mancha s, igualmcnlc aplanadas, de Arenitos
Contlo fflu dricos de Qldndas e por Artnitos t Argilas de \1so (B_ P.
da Serra da Boa Viage m. que escoa d ifecUrnente para o mar. que
apresentam uma dre nagem co m ICndê ncia pan. o tipo paralt/o (W. D.
TH OR....SURY. 1%9). O b clO de serem flancos grosso modo rectilí neos.
de fraca e xte ndo e de es tarem de acordo com a estru tura geológica.
BARBOSA. et al., 1988). Ainda s..iovisfveis esboços de a ruigas dunas e fa vorec em a instalaç ão de CUrMlS de 3gua co m a mesma direcção.
j:l h:l o erxai xe de algumas linha s de água . a dese nhare m vales de ponanro. pceatelos emre st.
vertente s cce mucdas , mas a IIOIadommante é a pl anu ra - es ta mos na Sobr e as unidades calcárias a drenag em rarefaz -se e adqu ire um
Gândar3. As are ias. de pou ca espe ss ura. ape nas co brira m anl iga.~ pad rão ii te nde r pa ra o o rlogOllUlo u rt clGtlgu lur (utrm: ibidtm ). Isso é
plat afor mas que o mar rasgo u nas s uas s ubidas ao lo ngo d o mclhor vis lvd no ci mo da Serra da Boa Viagem - Alhadas (Fig. I I.
Quaternário. em especial a P1il.!aform a de G ma n hr de - Mira (G. S. caix a 3). o nde a d isposiç ão monocli nal das formaçoo jur3ssicas. com
CAR"AUlO.I9(4 ). alternância de term os mais resistente s e menos reSlslCntcs. onenlou os
Este ~ um traç o geral do co nj unto oe formas q ue e nvo lve m e cursos de água. 0\1 pe lo me DO!'i os seu s vales. já que em muitos casos.se
enq uadr.lm a área de estudo. Como já fo i re feri d o. elas tradu ze m uma traia de vales sec os o nde h.i muit o não corre .igua li. superfk: ie (vUh
e voltJÇio recente. a partir du ma supe rfíci e geral marinha plioc énica que C ap . 3 ). Também sobre as unidades liásicas deMa Serra o ~ ~ do
vin a a se r d isse cada pe la inserçio da red e hid ro gr áfic a ou me smo tipo. O escoamento pnnclpal faz-se para N.ooe. mas a estrutur:'
simples menlC des trul d.t por tran sgre ssõe s marinhas ma is rece ntes. a geol ôgjca de see ...c tve-se E- W, com altem.i.ncla ~ tennas ,mau
cria,rem nov as superffc ies. a alliludçs inferiores. A Sua colm naçâ o por ca lcários e de termos mais margosos com reslsl~nclas di ferenciadas.
sedimentos derríucos, veio permmr q ue a rede hidrográfica. lo go de obri ga li. co rresponde nte adaptaçãc da d renage m e. portan to. à sua
segu ida instalada, não respondesse de imed iato 3 es trutura geo lóg ica disposiç ão frequ ente e m âng ulos rectos.
marc ada nas formaçõe s s ubjace ntes. no meadam en te 0 5 alinhame ntos
tecrémcos . que pouco viri a a interfe rir no seu dese nho. No e nta nto. esse
su~st~lo é rapidamente alcançado e a parur daf a s ua co mpos ição m ica
val ditar ~ suas le ís no padrão de drenagem futuro .

i
I·,
i ..
Sobre o Planalto d~ Ou1l/ não ~ nüido esse padrão. sal.. . o
"
ponlualmenle. 1..1I.... ez pel.o fraco pendo r ~as ca madas. ou pela
importanle coeertura del1Íuca dos cakános. No entanto, o arco largo.
CÓllC.lVO pan Sul. dos princip.1i C\If50S drenames d~s le plana llo - a
Rilr' de Anç:l e o seu aJ1uenle Rlb~ do Ol ho da Gu>ta - eSlão em
simpatia com o sinchnal de Andorinha. O mesm,? afasl.:lrnenlo ao
padr50 ortogonal apn:senlA a ~m de ~I on lemor. Já que. apesar de
consliluídJ. por rochas euenci31menle calco-margosas e co m
disposiçJo monoclin.1J.a sua {oml.1esueua e alo ngada apenas perrmnu
o de5cn\'oIvimcnIOde uma drenagem Iendencia lmenl,e paralela .
A rede tofNI·S(' p.utlcularmenle rala sobre as unidad es geológicas
mais recentes, ou seja na Gind.lr.l e nas dunas lilorai~. ......
~

,'la G.1ndarL o padOO de drenag e m é dend ritico, mas com os


......
cunas de 'sua de ordem mais baixa. muito curtes, 3 deixarem vastos
esp.ços inlUtluviais não drenados. corresponde ntes à supe rffcie
arenosA. t portanto. uma rede ainda cm expansão. Daí a relat ivame nle
frxa delUidâ d1 ~nagem ; quando ela estiver toot men te esta-
belecida e como os maleriais que drena são fac ilmente mob ilizã veis.
enc.\o .seri bem mais densa. alI! porque O scbsearc geo lógico onde
..
r
a.uentam as areias eólicas é composto. no esse ncial. por are nnos.
favoriv eis. como se viu. a Um3 densa redede ndrítica. r
No Triângulo da Bouç3a rede é um pouco mais irreg ular. porque r
I! condicionada pelo rio fuja. aqui corrend o num plai no aluvial. r
digiuçlo do do Mondego e onde a drenage m obedec e às regras cesus
fornas de terreoc- vaJas laterais, mea.ndrizaçõe s. valas artific iais que se
ligam umas com as ooeas. ele. Os ímerâ üvios. arenoso s. també m não
foram. ainda., retalhados pelos cursos de âgua, tal como a Non e.
Mais rara aindl é. drena gem nas dunas. O .seu padrão f irregula r
t A. CHRJSTOFOLEm. J980} ou pe rturbada ( "deranged " _ W. D,
THORNB URY, 1969. p. 122). ma s simultaneamente para/da ( Fig. I I.

~~~a~ ~.i~~::'c:e~u=:an~e á1:~~~f~u~ren~u~~~i:çon~ ;=~e~:


porque. quando existe. segue os co rredo res interdu nares que silo
paralelo s emre si. Se alguns se aproxime m da duna pri mári a Ou. até, se
chegam a ligar-se esporadica me nte com o mar. é porque se trata de
valas abertas artificialmente quand o da planta ção do pinh al. a fim de
drenar as áreas pantanosas ex istente s no limiar orienta l das dun as ( A.
REJ. 1940 ). A ocidente da Lagoa das Braças está ass inalado um
conj umo de cursos de água com distribui ção paral ela . em perfeito ••
acordo com a disposição peraleta das du nas obUquas e. portante . do s
respectiv os corredores inrerdu nares, ma s onde nem sempre se processa
a circ ulação da água. atendendo ti freque nte interru pç ão do seu fundo
••
••
~~: ~

por pe'luenaselevações ilR'nos.u . O que é mais usual acontecer é uma
~~ncia de pequenas õepeessões. onde se acumula água no período
húmidoe que se vai filtrando para Jusante.
Ainda com base nas linha.' de águ3 assinal3das na Carta Militar
de Poetuga!. esc. 1m 000. procurámos ver qual a dislribuiç~ da
densid.1de de drenagem. segundo um qu3driculado de um quilómetro
de lado. mas só na área de estudo (Fig. J2 ) ~.
Mais uma vez se 5'lienta a Sem d3 Boa Viagem - Alhad.u com
as maiores densidades de drenagem. em especial a SU3 vertente Sul.
~sosa. e a {achada .~ortC' collro-marg0S3. O cimo calcário da Sem.
apesar de ainda apresentar uma densidade elevada. já tem uma
densidade mais baixa do que» anteriores e seria ainda inferior se não
fossem assinalados como linhas de água_os vales secos cravejados de
dclinas. 0T1de nunca corre água. A mesma drminu lç ãn de densidade
verifica-se no extremo Sul. na costeira Salmanha < Lares. decerto pelo
substrato ser calcário.
Sobre as Dunas e na Gãndam. a densidade de drenagem é bastante
~ai s baixa . com vários quadrad o s onde é mesmo igual a zero. Apesar
diSSO. ~ i nda há alguns quadrados com densidade elevada (2.5.3.5
l;mlkm-). quando coincidem com urna confluência de afl uentes do rio
FOj3. no caso da Gãndara. ou onde se concentram as valas de drenagem
que atravessamo Triãngulo de Ouíatos. no COl.SO das D unas.
Analisada cada uma das três unidades de paisagem. verifica-se
que as Dunas de Quiaios apresentam. em média. uma densidade de 2.4 - So los e vegetação

~~~~~~C~~1:1~=~~~~:~3;I~m~n~~~c~:~::~~r~~: 2.4.1 - Solos


man:adas e que parecem não exisur, como já referimos. decert~ a
densidadenas Dunas seria inferior à da Gândara. A unidade da Sem da Os solos da região traduzem. de certo modo. o efeito do dimae
~~:.em rem. em média. uma densidade de drenagem elevada (2.75 da rocha-mãe na pedogénese. na qual actuam como os princ ipais
factores, nào obstante o papel que o coberto vegetal nela sempre
desempenha. Desde que a permeabilidade da rocha seja suficiente-
mente elevada. a pluviosidade já é ba.st3llle para dcseocadcar uma
importante migração vertical da fracção fina do so~o, levar ao desen-
volvímemc de horizontes intermédios e, por causa disso. à e\'oluçlo do
perfil dosselos, É o que se passa sobre as rochas ~nosu.. ~ .:IS
outras, calcárias ou gresosas. de mais fraca permeabilidade. a difere~.
ciação dos horizontes é menos nmda. as suas caractertsnces apeon-
mam-se mais d3Sda rocha-mãe e a espessura total é menor: O período
seco de Verão pode contribuir para a neoformaçâo de argll~ j umo li
supertfcie (O. SOLTNER, 1987. p. 75), o que. acc.nluando ~ dlfiC~~U:
de drenagem. favorece. por sua vez. a escorrência no penedo hu .
desde que a vegelação escasseie, o que é , aliás. frequente.
A vegetaÇ30 t um OUtro factor jmpoeta nte e ajuda. L:lm~ m nesre

..-
caso. a uplicar e» tipos de solos el i i(en~es. A g~ dlfu~o do
pinhal. ","mo em áTell5 onde ocrrora dominavam esptcle;; folhcsas,
vem al~r3r a constHuiç30 pnmãna do solo. qualquer que SoeJa o npo de
rocha; sob ele e» sole» tendem 3 ser mais evoluídos. A pri.lica da ~'. ,=-
agriculrul'lll rem.por sua vez, um papel perturbador da c~ mad.a s u~ rior d .......... podmI lDI!al
" , . SoIoo"""" -"'''1 1<.._
do solo, ou de todo o solo se ele for pouco espesso e erra 35 condições
~"::""-6<0""""
par3 a sua mais fácil er0s50:
Pelo peso que as sociedades humanas têm tido, ao longo dos :=:'--ón__
W ·s.- .... 'r . -l
tempos pré-lúslóricos e bisréncos, nesta região (R. VIl....ÇA, 1988),
podemos afinnar que só muito pontualmente será possrvet encontrar
sole» quecccespcodamao pedoclímax, Iodos sofreram uma maior ou
--..-
cr•. ioklOcaI<.kIoo<lo(tllpna.d<
cr.. ·w........ .. _ .....
menor pertllrbaç Jo .
Na CillJ3-Edx rq dcnSo!m de PonuGjl!, ada ptada da "Carta dos
Solos de Portugal (representação preliminar). 1949", do Departamento
de SokJs da E.sução AgronómicaNxional. J. T. Teles GRILO. em 1953.
constrói um esboço canogr.1fico dos principais solos do nosso país.
~gundo umad a»ifi caç30que v iria mais tarde a ser seguida.cm grande
V••

- ioklO _l _ llo'<4>o.~.

parte. na clabor:lç30daC.:utade Solos de Portugal. na escala de 1/50 000.


Temem arenç30. no essencial, 11 g~~ do solo e o seu grau de evotuçso.
fazendo3peloconstante à rocha-mãe e, secundariamente, à cor e ICXIUr:l..
Nesta sub-regiâo n30 entra em grandes pormenores, o que lhe não
era permitida, ali.1.'. atendendo à escala usada - II I 000 000. Isso nota.
-se. por exemplo, ao considerar Ioda 3 SelT3da 8 001 Viagem com a
mesma unidade de solos. neste caso os Solos Vermelhos Mediler.
~. de calcários. mesmosobre a vertente Sul. con.slilufda,quase na
l0t3hdade. por materiais gresosos: se eles s30 aqtn vermelhos isso
deve-se, como se sabe, à cor já vermelha dos Arenitos da 8 0a Viagem.
3 sua rocha-mãe na maior pane:daquela fachada (Fig. 13). Estes solos
são. no geral, pouco evoluídos, de perfil AC. ou quando muirc ABC.
com o horizonte 8 cârnbico. ou seja. resultante dum enriquecimento em
finos à CUSta da aheraçãc da rocha-mãe (FAQ.UN ESCO, 1974).
Os mesmos solos prolongar-se-iam. passado o pluin o aluvial do
Montkgo . pelo anncljnal de verríde e surgiriam. ainda. sobre os
calcários de Ançâ-Ouul.
Continuando a ter em primeira atenção a distribuiç ão das grandes
formações geol6gicas, o autor considera uma extensa faixa litoral a
Nane ~ Serra da Boa Vi3gem. ec rrespcncenre. decerto . 30 campo de
dunas literal. com ~. Curíosememe. a Sul do Mondego já
surge uma faixa literal. mais estreita, mas com An:Üu Podzo!izadiJ,5.
talvez ~m co.nsequ~ncia da idade mais antiga dessas areias. ou então da
sua mau antiga arborizaç30 com pinhal.
COT1d dos Solos e t Um.ll reprod~Jo da carta dos So los do Serviço de Ilha da MOfTaCCira e sapai' envolve ntes ao rio Mondeg o. nu proJOj.
RecotI!w:cime nlo e OfdenamenlO Agrário. delineada por J. Caoalho mida de s d~ sua foz. Pela perm an ência de :igua no seu perfil , adquirem
CARDOSO. M. Tei ~eif'll BESSA e M. Br:ancQ M AflAOOem 197 1. Seg ue ca racterts ucas hicrom ôrü cas, sendo, portanto . So!oncb3k, gleindQS , O
óI c1as~ itic:lÇlo da FAo- UNESCO. p3r.l a Cano!dos Solos da Europa . pH sera melro alc alin o, embora figure na carta respect iva como
A caru 11I.2. de 1980. t inlllul3da Ad4k:. r AlcaJiflidadr dnl mode radam ente alcali no (1 ,4-805). Nlo tem qual quer capacidade de
$dos e dA Um.1 ide'll da dlSuibtllçlo das principais classes de pH dos usoagricolaou floresla./ cFig. 15).
so los no eonnnente ponugués. Os "C ampos do Mondego- e respectivas digitações paraSul e
A cana 11I.3. de 1982. representa a disrnbuição das classes c No rte . do s seu , aflue ntes, co ntêm F1uvjsw los êu tÓcos. ou seja. solos de
associaçõesde c1USd. de capacidadede uso dos so los c deno mi nada.
é aluviõe s. de co m ple xo ad sorvem e em reva saturado, óMOCiados a
pormo. Cana tk ClJPQCitimU tk Uso do Solo. Eluyj5wl os CjIldÓm. estes talvez mais frequente s nas digitações dos
Apesar de nkl aprnenurem pandes detalhes na rt'presenlaç3o. afluentes q ue dren am áreas calcárias da Orla. O seu pH. por l'lOftnn.. t
dado qu e a escala demas iado pequ en a o não permitia, poss ibilJla. no mod e radamente ácido (5.6-6.5). embora possa ter, também, reacção
emanm , ler uma percepção gera l nac ional daqu elas característica s mode radame nte alca lina (7. 4-8,5 ). decerto on de oco rrem os
pcdológ ic.u . O delineamenlo das manchas deca lca, grosso modo. o
desenho dos ~onmcnl~ das grandes formações geo lógicas e. na
CólIta de Capac u:bdc de Uso do Solo. t também nítida a influencia da
lopografia .
Na ~rc.1 de estudo e suas envolve ntes l Fig. 14). veri fica-se a
OC'OI'lf.ncia de qua lro ~ grupos de solos : Fluv issotos, Re gos ~los .
Ca mbissclos e Podzóts. pan altm d um case pa rticular de so los sa linos
(So lonchal..st no elõlUMiodo !'\.fo ndego . E!;tcs úllimo s so los surge m na

Jc . Fl·"IO<>Ioo*"","",_,ados~
F1u. ..... ~
1l4 . ~ .........
lUI. ·c_ ea-.

--
k ·e-too furneoI
IUI·C_*-*'aIoIlnitrIlCOl
l.#• • t...mdoon:odocnlotl_ <~
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lt: . SoIo-:Itw ~
AuviU<»os caIdríos. Têm capac id.ule de uso agrícola, como era d e A restan te área , corres pondent e b formações recente s, arenosas ,
esperar, de v:irias origens, o u gTeSOSU, no eM.e ocial cenc aôicas, tanto a Norte
A Semi da Boa Vi3.geme o seu pro long:amento ~ 3.margern Su l como a Su l do plaino aluvial do Mo ndego, cor aém solos ~,
do !o.fonde go, o antidinal de vemoe. wim como as m:anch:as calco- associados a C. mbi$wl9'I dbt riçº, a Norte e a Camhj$'\Q'm êlJlrign. a
mUJosa.ti I Sul d e Clnl.1nhede e (k~le d:a M e.1lh:ad.1 co ntem Sul. Quando as areias sAnmais perme ávei s, arei a., eó licas por exempl o,
Om"'i,.nlm dJcjgn. solos e\oluidos mas 1 custa, fund:amentalmente. esses podzéis ap rese ntam sunai pa ao ervet do hori zont e B. O pH ~
d.1 meteeriLaç50 da rocha-mSe (f AQ. UN ESC O, 191.&) que nesle caso mu ito ácido e a ca pacidade de uso ~ agríco la nas 1reu mai s bai:U1.$ e
~ caJco.m:argos.t e lTWJOS3. O seu pH ~ moderadameme :alcalino (1A- t10resLaI n» topograficamente salientes.
·8,5 ). A c:apa";d:ade de uso é , no eMeociaJ, agrícola (vi nha. em
patticul:ar). embota IlOpOgrafil mais ac idenL1d:alhe baixe a capacid:ade
panllgricoI'l condicionada. m:ais nornul, ou mesmo só noresl:a l (SerT:a 2 .~.2 - H-gt tar ão
di. BoiI Vi:lgem. por exemplo).
Num3- manctu cmnpondente aos calcirios de Ançl _ Ouul. Desce hj m uito q ue a cobert ura \'ege tal natur.l1 desapareceu desta
usim como I Su l de Condeixa - Soure, onde os calcários tam bé m s30 região. A amenidade cl im3tica. a rique za de al guns dos seus solos e a
mais puros, ocomm Lu ri SOjo !ns "?"nçr6mj ç Q 5 dlcjco<;. o u seja. so los ex istê ncia de sftics de fácil def esa e re sguar do, tomou-a uma área
evolufdos com horizonte 8 argl1lco 1'0 e de cor rósea. everme jhada apet ecida pe lo home m desde sempre IR. VILAÇA, 1988 ), em especial a
(f AQ. UNESCO , 19 74 ); esta cor averm elha da é, po r no rma, herd ada , parur do momento em que se sede nlari~ e se:ocu ~ do amanho da
porexemplo d.u arg ilas de descarbc nateçâc (J. PoUQUET, 1966, p. 2 18; te rra. O aum en to da popu lação e a inevitável necessidade de cada ve z
D. SOLT:\"EJl.. 1987, p. 1.&5). O pH é, no g era l, neut ro (6.6 -7,3) , embora maio r á rea agrícola paro alim entar esse c rescente nú~ero de bocas ,
tam bém possa ser moderada me n te alcalino (7 ,4-8,5). A capaci dad e de tra duzi u-se na redução da vegetaçêo "b ravia", na maio ria dos casos
uso depend e bastante d a topografia e pode ser agríc o la nas á rea s mai s uma üoresra.
aplanadas e üorestat nas mais ac ide nta das. Praticame nte toda a vegetação acrualmeme existente foi e está
As manc has crenüícas correspondentes li fachada Sul da Serra da co nd ici o nad a pela ac tiv idade an tropogénica. Mas, há sempre alguns
8 0 1 Viagem e 1 que se:est end e para o rie nte de M ontemor-o- Velho , 3- po nto s qu e, por inacessib ilidad e ou por resgu~ intencio nal, vão
Norte dos "Campos do !o.fon d e go" , co mpreendem ~ mantendo o u permi lin~o a regen eração d as espéci es melhor adaptadas
~, com .pH moderadamente áci do (5,6-6 .5) e com ca pacid ade de 1Ls condiçõe s am bie n tais regi o nais . A ~náh~ desus peque nas manchas ,
uso meoruanamente agrícola, podendo alternar com florestal, se a ass im co mo de lodo o co rtejo üorístico que ac~mpanha espontane~­
lopo gr.úi a se mov imenta um pouco mai s. mente as plantações feitas pe lo homem, em conjunto com o. conoect -
Uma faixa a None da Sem .da Boa vbgem e qu e corresponde memo da s o utr as componen tes ambien lai s, . têm pcrm~lIdo ao s
grossontOtÚJ ao campo de dunas htoral, co nté m Reg os <.glps díHri co $, bctâmcos, fítossoci ôlogos e biogeógrafos dedUZir a vegtUÇaO natural
ou KJa. 5OIos não e vo luídos sobre materiais nlio con solidados e com das vãn as regiões e áreas mais reslriw. . II
co mple xo adsorvente bastante dessaruradc (FA Q- UN ES C O, 197.&). O Te m h3.vido quase um consenso na Conslderaç3? do !o. londcg~
seu p~ é apresenlado como muito " ido· e a capacidade de uso é co mo limite fitogeográfico. entre um None maJ,s. oco em cspéc~es
e xclusivamente Iloressal. própriasda Europa Ocidental e C entral e um Sul maJ,Snco em espécies
A Sul do .II.londe go também s urge uma estreita faiu litoral onde
os podzó is K associam com RcgQ5W1ps t Ulrioos , nas duna s mai s medit;~:e~5posiÇão do séc . XIX parao XX. Jules D~VEAU ( 1891.
rece ntes e onde:a capacidade de uso E ex clusivamen te Ilorestal. 1902. 1904 -05) en te nd i:l que o vale do Mo nde So fUOC10ll:1V ' como
lim ile entre "sectores" ou "secções" da \egetólç1o portUguesa. tamc

: Tmno pedoJóp:oque li,n,rlC&honzonu: Iiço em arrilu iluriadu .


Como IC ~ut abLi~o l S«çlo 3.1), DO potrnenor. o pH ali! ~ maiontariamenu: ~501 refere'Soe ovak:doM~IO (porUtl1lplo.JuIelD...VUU.
neulro ou modcradomenle alcalino
'902'
....,...
•• pM1I a l1or.IlilonJ. como par.I a tlon. oUs plmil:ies e rolin,u prótima~.
Awm. ~ a fIon; litoral. no 1o«tOl'.lI Sane. h.J..cn;aum predomímo di:
ROOkIGL"IZ (\978. p. 12]) i de opini:lo que .ii pme ocWil: nu l deste
ittIor xcee. euendendo-sc mesmo;ué Peniche. pela SlU. ocnnicidade.

••,
C'5pécies du CO$U$ oone-&IÜlllKU .IoObre oU IbtnC.u" eroqlHltl lO no IoCria. com u cluslo dos allorllrne:nlos cakáriO\. fllndamenulrne:nle
sector a Sul. no untltl htoeal, se venficane um acréscimo das espécies ocupada por matos de dua~ alial"lÇas de frulicosas atlfmticas _ Ulicioll
JtlJnljro-mNj~tr4l"1l'.n. meduerdnc.u. ibéricas c end émicas. nanac e Eríc ían um~llatat .
S oU plankin c colmas, e.te AIII()fCQfbióeI1lVR li Norte do vale do ~tes ma tos e rne:$ffiO algUM doi c:In'a\hJ.is ainda eJ;islentn.
M
.\ fondego o domínio de dü&~ -auoc~ 110resui s - a do pinheiro viriam 3 !IotT sutKtltllidos por matai de pinheiro bn ...o ( Pimu pillOJltr
t IJWÍllmo c ii do aoalno roblc - que §d'iam óICOmpanhadu por AitOfl). em e$peçi31 scere 1em:1lOS $i lic~ que peerereu. nu~ irei
t ~p6:íeI do centro Ja Europa. a1gum.u ibériça~ c endémicas . Para Sul que. ultra pa)sa parti Sul. a corres pc nõeme li da QlU'lTioll rxc:idtll lalt_
I e alé ao Tejo, donllll3ri3m eés h.1 'I....c ciações l1oreslai s" - ainda a do o pinhe iro i menos engeme em humidade do que o carvalho alvarinbo.
I pinheiro m.mulDO.a do car'o'.tJbo porIlIgu6 e a da oliveira. O canalho Para Sul do Mondego e ali (K) Tejo. acrescentado . pela nWoria
ponllJllh w:ria ,) espkic arbón:a upsca das mas cakârias, entre '" dos ac tores, da faiu calcâria a Norte deste rio. dominaria a mata de
I lIornw de plIIheirw do lilUr.lJc as monWlhaJ do inferior (jd,,". 1904- carv31hos ponu gueses IQl.tt1T1oLS fagirtta Lam.I, em especialloObte 05
I -05). AWn.1I.... também. a u ir.teDC"ia de -g arrigucs" dominadas pelo calcários, C;:lf3CleriUlda pcl3 sua folhagem marcesceme e pela gnnde
I Qu..rrw coccifera L e pelo QlIn "Cw IUJilOniCll Lam., t\te sobre riq ueza do suo-bosque. onde i fr«j uenle . a mi ~tu ~ de es~cln
le~ sil iciosos (id..rn. J90 21. mediterr âneas, em ma ior grau. com médie-europeias, lbéncas e
Os i1UlOfeS quc se 5ot'glliram pooc.u modificações introduziram endémicas. Corresponde II :woc iôIÇ30 ~riJ(l"lo-Ql.ttrc:tlllm fag~~ .
n;L<i gnndc:s linhas uaça.n,.por ate cnUDenlC boó.nico france,,; as SU;b da aliança Qutrc:ioll f Clgint ot d omin ante no Ponuga\ mb110 e
ideiõlt·twe vinlatam atI! hoje. meridional (J. BRAt,lN-8 u NQUE! t I aI.• 1956). A InnhelT3.
Emregra. foi-se cons iderando q ue a Norte do M ondego. no andar eve ntualme nte mais frequente "nas cumeadas do Jurãssico" (A.
basal e em especia l sobre rocha não calcãria .~. er3 o domín io da.\ Taborda de: MORAIS. 1940. p. 132) e o sobreiro. este sobre ~n:1lOS
ároon:s de follu Cilduc:l. predominanrememe QUt' ITUJ rob ur L . de spro vidos de carbo natos. esscctam-se llquela .espécie pnnclpal.
constItUindo aquilo que H. LAun:."' SACH (I987) de nominna por Ali.h . este Autor põe: mesmo a hip61ese de -na falu htonl. entre..~
Q~lTrTunl i!obum e que: por de~radaçâo human a teria dado lugar. em paralelos de Ovar e de: Peniche. entre as.dun.:l§e as serrascaldrias •
mun os locaís• .ii matos I'tmaragais" segundo o auron de UQCS. tojo e o sobreiro. pela sua frequência nos pinh ais ~ pelos .cJ.r.lc~e~s que
feto comum . aprese nta. pode r ter sido a espécie arbórea dominant e (Idt"! IbIJtm'/~~
Filossociolo! K:amente seria o domínio da aliança QUUci Ofl 120). Uma espécie frequen~ no sub-~ue. o ~mbu)t~:ial! e.
occ idemat e, Ca.rx len zadJ por árvo res de folha cad uc a m écio- turopatCiL. var,n-IvtJtris ( ~hller) Le hr ), vm3 3 ser dome<d-
°
europeias. onde pootlficaria QUt'ITU-I rob ll r L (l. BRAON-B u NQUET ocupai". pel a m~ humana. grande rane do . ~paço daquelama:
nalUral, co nstituindo actualmc:n le ulensos oh...als, ~ d~radaç ~ .
t I (lI.• 1956). mas onde surgiam co m frcq ué ncia csptties sem pre
verde s. med uemineilS ou óltlântic o-m edi lerrân eas. no sub-bosq ue. ou
atl! no e~trato arbóreo - C:lSO do sobreiro O. O OVIG:-lEAlIO. 196 2) -
=:s:;~i~~O:;C:~~~~~a~re~h~:=~:~;~rrl;~~~~
atestando que as características medi terrâneas do clima aind:r se Ql.tttt"1oLS cocei/tra L.. se a regressão i maior ou o melO i m:ns ~
\·erific:am llC$U pane húmida do pais. Na!. áreas mais degradadas. o~
matos da c:la~sc COflUflO·Uliult'o. nomead:rm enle uma das suas
(J. B"':I~t~-:e~~i~~ :;~ih;~~:~~~ 1/2J: ~l. A~Bt,lQVERQI;E. n3 s~
associ ações Ulicio-Eriulum UlIl1Hlwlat O. 8RAUN-B LANQUET t I ai.•
C:rrtaEco lógica de pon ugal (1954). quando co nsidera que a separaç
196-1). n50 deitam esquecer a ocidez geral dos so los aqui dominantes.
~ u.ma cena agress ividade do cli ma. em especi al no seu penodo
maIs cnllco. o Veoo . co m pe lo menos do is meses de eslio. F. BEllOT

.. ..~
enee os domí nios a[J!ntiCO e mcdi \eminco se fu JI:Or uma faixa de cunha mais para No rte, atI! !loreferi da laguna. quando no interior ela \l:
trVIsiçio (de "litipO M). onde hIo um cel10 ~ull lbrio .e nlre as d uas fica pela vertente Sul da Cordi lheira Centra l. A eSla grande divi'Slo
npkjes que .aqu1.sJo idcnllficadas com os dois domíniOS: o pinhe iro baseada fulllhmenulmc: nle em partmc~ clim~licos. sobrepõe-s.c
bravo e o umbuJt1ro. ~~UJnen\e . O seu limIte Norte lnlUria urm !Wblhvi~ em wnu. pondo a iónica sobre a topOgrarta e a
]UnlO do ~ondcJO, ma.~ inc l uiria a -Sem doe Buarcos" e a Bai rDda altitude. A noUI irelo de C\ludo está. entlo . incluída denlro da zona
(es lend ida até MOIIte mo r-o- \' elho !) e o lim ite Sul préximo de Cc:ntroocidc:n lal que. por sua vet.. ~ dividida. em função do substrato
Alcobaça . sendo elcluídos 0$ maciços calcários a Sul de Coi mbra. q ue roc hoso . em ce ntro ccíõe nta t areno'lOe centro ccidema l calcário . Mais
fariam pane do domJnio mcdil~neo. No essenci al esta tta nsiçAo seria uma vez li d icoto mia roc has quanz osas - ru has calcárias a vir
dcfiNda pe la Zona Firoebmática MA · A ~t. ou seja ~fcdllc:rrtneo­ dete rmi nar a diSlribuiçio da. ve~laÇio nesta pane do pais. Cada uma
_ad ln tica - A[Jante-medilCtT!nea.. onde podem coabilar elp6:ies desta áreas fitogeogrificas ccetém um ~rminado numero de espêcj es
.arbdteas comoo C3n'.1lho I h-arinho. o cat\'llho ponuguês. o sobreiro. q ue lhe s~ caracte ristic;u e que: pode m ser ~mic;u 011 não. Assim.
o caWlnhciro e o pinheiro manso . para 311!mdas du as jil. referida s. po r exe mplo , par i o Centro ocidental are noso. o autor apresenta co mo
~ 01 C:ilC3riOl da Serra da Boa Viagem . inc luída já na ZOn3 típicas Eqai setum palustre L . Saiu n'JN1U L.. Hydrocorylc bonariclIJu
FiloclimátiCllA.\ t (A tlan le· mcd itenineal. o A utor retira-lhe o COlO alho Com m. u um.• al ém de OIItr.1S ; para o Centro ocidenu l calcário as
;sJv";nho JS• espécie) r~"1U spil10sa L » p. ins irizioidt J (Fic. & COI111nno l Franco.
OutrOS autotn. ba'ioeaOOs de igu31 modo e m dados el~ncialmente Geníua roumc! ort ij Spac:h. Sparriwn j UJ1UUIfI L . Uln dCIIJU$ Wc:bb.
floríuicos e biochmáticos. para além douuos elementos e m q ue se Euphorbia nk acc nsi s Ali. e muitas outraS.
puder.un apoiar. como os fisiogrâficos. ed âficc s. e tc.• c hegaram, no
entamc, a uma divi~o fito gco gr.l.fica algo dis tir na dos an teri ore s Fitogeo gra.fica mente pode mos concluir q ue a área de e SI~ está
.:lUtofn. no respeitan te a esta ãrea lilOf:l.ldo país . ins.erida numa reg ião o nde se co nfron tam dOI' dc m ínic s de
S . RIVAS-M ARn" EZ (1973). na s ua d ivi~o corológica da caracterisllcas flori slica.-> bas u nte difere mes, mas onde um nIo exdui o
Península lbénca. estefldca re giJo mediterrânea atf à "Ria" de Aveiro, ou tro. antes pe lo co ntrário. há con stantes in1Cl'pCnetr.lÇÕeS de espécies
com a Or;IaocidentaJ a Norte de Leiria a co nstituir o Sec to r co ro lól!ico oro típicas de um . o ra. do o utro, sinal de que as mudanç as eco,lógl cas
Beiren se litora l. d ivisào ma is sele ntrio nal da Provfncia "Luso- não são bru scas . como I! h:lbitu:ll. alias , na Natureza. Os calcãncs e as
Extre mad urense". Estar-se· ia j á sob a influ ência dOI aliança Quu d on are ias dun ares lucrais, pela sua maior secura. perm item O avanço pari!
!agwM. None das espécies mais xerôf ilas, mediterrâneas 011 meditc:rr.1nco-
A MRia" de Aveiro vai serv ir. também, de lirt ute entre as regiões -ati!JlliC3S. Sobre as ou tm roc has gresosas ou argtlosas da Orla. a
S OI'1e e Cen tro do país. na dlVi~o filogeo gr.ifi a en saiada po r J. do ma nutenção de m aior humidade permite ~ proliferaç ão .e domímo das
Am.lfll FRANCO(1973-74). No litoral. a região Centro pro longa -se em es péci es atlân tica s o u mediten"1nco -:ltI5ntlcilS. em espec ial nos eSIf3~os
in feriore s. já que o superior esu, c m regra. ocupad o pelo pinheiro
brav o. espécie disc lfmax M.
- foWat:aboudesupubtQcil..csu Carta&ol6sic:a viria.l.etobjecto de mliC. O bo sq ue de Cilf\'alho porruguês, q.ue cobri ria os terre nos
IQ" pInt' de A.rnonm GtaJ.o U 9s.t ). ~ AUIOfkt um repuo. porucmplo. aollJoO calemos desta região. pode atnda ser visto, em bora um pouco
c~ de índlCelo c c:oe(lÇlC nlet cltmKiool paB I dehmll ';lo n:, iorIaJ óo paíl c degradado. na Mala do perrestelo.j unto de Mon temor -o- V~lho. Ele I!
plI<II:OUJOÓO n:VCIIIIllC1lIOVC,ruI.qllCdeven alC r.de fll: lo.abtie d umac:IIlaq ucloC do minado pelo ca rvatho. tendo alguns exe mplares um porte Imponente
propunli.l ser ccolóJica. Tun bl!m d iOCOl'd.1 de I I,um~ da llOmCoc lAtura wnal c. e po r um o u OUlTO pinheiro bra vo. O sub-bosque. bastante cerrado .
pnncipalmo:~ sub-ft gion&t a~nllda. para altmd.o "'" delimi taçlo . Pnr u cmplo.
c ~ a_"," dew"tC.a Bairrwla t dctJoo:aJa c m de muia 1*1 Sul IM!junlO
deM-.VcIho. QUIIldo a Nont' Jbc t mu:ldo o COllO:lho de Oli~ra doB.m-o
(lIl1in COIlttI lIquc havia lido~ ao;nto por " u ;te de V4JCONCE1.OS ( 1 ~ 2) quc
C(ln1idcn."• • B' I1T1da conwlllfda pe:los CtlrKCIhoI de Olivcira do B.iITO. Anadil c
Mealluda.l1IIi'cun.u6n lldool c:onc:clhosde Agucdlc Canllnhcdcj. T. JvCI OSIinul Cl
,col6g lCOl. um doi c:riIÚÕlllIC'uidoa pelo AUlOf e I.Imbt m erili C:adopor A. Girlo. o
II:nhalc"ado.clcIJo.gr .... lm aquclalub-n:pIo.

L ••
contém os vários estratos preenchidos por grande variedade de
espéc ies, onde se salientam as mediterrâneas~ mednerrâneo-aüânncas,
como. por exemplo. Rhl.lm nus alaternus L , Philf.vrra íanfo lia L ,
Pistac ía lentiscus L, Rosa st",~n'irrns L.. Vinea d if!rJn n ü POUIT.,
Smilax DS{Wra L , Ru.1~ Deultat us L . Ruhia ,wrrgnna L. e tonice ra
etrusca Sanu, a que se juntam Crauu gu.1 monogyn a Jacq. e Laur ljJ
rwbjlis L , por vezes com umanbos consideráveis. o que atesta uma
certa antiguidade da mala. Nas restantes áreas cak anas só raras
manchas de arvoredos de cervalbos ponug ue~s vão aparecendo e
situadas ora cm locas de diffcil acesso ora prõximc de povoaçõe s.
muitas das vezes cm terrenos privados e circunscritos. No primeiro
caso, são em regra formcções em renovação, já que os fogosfrequentes
lhes Impedem 3 e\'oluçlo normal para um esrãdio serial avançado: no
segundocaso, a inle("\'enç30 do homemao moldar a seu gesto o aspecto
das ãrvores e da própria formaçâo no seu conjunto, a descaracteriza e
a hera a sua composição natural.
O coberto vegetal mais frequente sobre estas rochas carbonatadas
~ a de Iormaçôes secundárias, como brenhas. charnecas e por vezes
mares. onde as espécies dominantes são algumas das típicas do sub-
bosque da mala de carvalhos. ou de azinheiras. como o medronheiro, o
carrasco. o pilrueiro e Olennscc. no aso das brenhas. ou ainda alguns
carrascos, subarbustos n odoríferos, como Cistãceas e Labiadas,
juntamente com algumas Ericéceas e bolbosas, nas charnecas e matos.
A acção quase constante do pastoreie e periódica dos fogos faz com
que Osolo suporte. cada vez mais, uma cobertura aberta e baixa e vá
aumentando a sua superfície nua.
Largas extensões são ocupadas pelas culturas (Fig. 16), com
destaque para a da oliveira. mesmo quando o solo é esquelético e a
rocha dura aflora significativamente; se a rocha facilmente alterável
é

e o solo é mais espesso, é a vinha que rema a primazia, embora aqui e


além os cereais praganosos possam ler alguma importância.
Sobre as rochas gresosas e argilosas o pinhal de pinheiros bravos
d3 o tom ao coberto vegetal (Fig. 16). Plantado ou sutes pcnrãneo. este
pinheiro, de crescimento relativamente rápido, vê-se constantemente
confrontado com a concorrência de espécies fclhosas espontâneas que,
no entanto, não o chegam a ultrapassar, decenc pela intervenção do

" S<iU1n rnos • clusj fj~~ dos cstnlto& de: ~c,cllÇ~ ptDfIOU;I por G.
GaTw..vlo 0%61, cm que o AulDf cons iócn Y1 CnlCO cstr.ItOS: hcrb«co. infm or •
OoSm: ....barbuSli~oOcOOS .I 1m; arbusll ~o, de I a Jm: subart>6rcoou llrborncc: nte. de
3.1 7m; IIbórro, ....pcnor .7rn
a que se ju nta por "'CUS o p inheiro manso. Para Su l daque le rio e muit o co r nemporâneu da formaç!io das duna! que seria sempre facilitada pela
raro aparece r o carvalho alvarinho. ma! as outras uh espécies ga nham suadestruiç!io.
mais importinc:ia rd 3tiva do q~ a Norte . Se a N~e o sub-bosq ue é Para OU~ autores. a fonnac;!o vegetal nollural da.\ du~ litofili\
dominado pelas utze3 e pelo IOjo . ~ Su l ;algumas CIStáct'as . o QULfC'lU seria uma brenha . Pelo menos emre Figue ira da f oz e N~. ~gundo
iusitQll;ca Lam. e arbustos medllcrrineos v êm-se juntar àquelas . J. D U V IGN EA~D (1962). as duna s estanam eobena, por um " muquis"
enriquecendo o cortejo Ilcrtstico. e levad o. uomtnado ~ Io medronheiro. pelo folhado e por uma forma de
Nu utnmas décadas, em muitos destes terre nos têm sido plan- carrasco ( Q UUCIl.f alCei/na L. [ver. (1) lati/alia TrabUlll que podia
lados C'LICal ipf 05 (Euca/yptus g/onu/w labill.). de mais rápido cresci- anngr r 7 m de altura , de ramos alongados e folha!>grande s. 1. BR...UN.
mento do que o pinheiro e que . graças à sua forte procura po r parte dou · BLANQUET rt cll.• 19561 também detectaram a ui'tência ~te
f3bricas de celulose. a labornre m na imed iata proximidade. levou a uma agrupamento Ilcrísncc que incluem na associaçilo Mt li r:t tn·Cocr:i!t .
aul! ntica C'Jtplos1o na proliferaçãodesta espécie . Quer pelas práticas Tt'tllln.I) -carrascet" e m sen tido popular. mas considera m ser uma etap a
cu lturais utilizadas no seu plantio quer pe jo se u pode r co mpe titivo , em evo lutiva da mata de ca rva lhos portugueses. de ta! modo que, se aquela
relaçãoà água ". por exemplo. e pela emissão de substâncias aromãncas vegetação fosse abandonada a si própria. evoluiria p:Lr.l:l mata dima\
vOlálCis perturbadoras do crescimento de mu itas espécies autóctone s e o pinhal desapareceria.
{l . 5. CARVALHO. J993}. o seu sub-bosq ue surge basta nte empobrecido. O s plainos aluviais. pela sua riqueza em á:;u:I. perrnnem um
tanto DO número de espécies como nu grau de cobertura. avanç o de agrupamemos tlore!">tais atlânt icos. caducifólios, para Sul.
A~ du nas literai s, sa lvo a duna prim ária, estão co be rtas po r um através da formaçã o ripfcola da orde m POPUitlf l litl albelt (iii"",.
pin hal. ma is ou menos contínuo, de pinhe iro bravo . co m um sub- ibie/"IfII . Como silo áreas Imens ame nte ocupadas pela agric ultura. esu
bosque de espécies psamófilas mediterrâneas, da al ian ça Coremi on ulbi üoresraencontra-se.em regra. restrita a renques de mores que llM1eiam
(J. BRAL"S· BlA....OCET et ol.• 19(4). onde prepondera m 3. ca mari nheira, o.. cursos de ás ua, embora ulümameme '>C tenham venficado eJ;ten-.a.,
o tojo manso (StaaracanthuJ ge nissoides ( B rot. ) Sa mp. subs p. plantações de "cbo cpos . uma das espécies penc~nt~ a .e\ta mata
$~ctabi/iJ (Webb) ROIhm. ), o loja am a i (U/ex ru ropueus L. ssp. orig ina l '" . Para Norte do Mo ndego parecem .dommar os ammrcs e os
fatt'bra""~a tus (M ariz) ROIh m .) e duas espécies de Halimium. Es ta salgueiros. nos seus campos e pura Sul. dominam o choupo negroe 0'1
dominância de espécies mediterrâneas, mes mo a Norte já em dom ínio freixos . As outras espécies que aco mpanham est,a., árvores são
atlântico. deve-se ao cerãcte r x érico das areias das dunas . fundame nta lmen te seten trionais. havendo poucas mcdile rr.IDeas.

r:ek~in~::~~ o;~~:::ldi~:;:_:u~~H~~ATe;:~ I ~~:~:~:~;:~ \


\ ~,ue o pinheiro ma nso seria a especte flore stal carac terística desl~s
areias e teria lido aí a sua o rige m na Pen ínsula , de o nde se terra
di fund ido . por ex emplo até ao centre de sta. A. T. MORAIS ( 1940) qu e
refere aqu ele au tor, é um pou co da mesma op inião e. apoia do e m
achados de troncos daqueles p inhe iro s. e nterrados a algu ns m etro s de
p rofund idad e nas d unas , pe los Serv iços Flore stai s q uand o da abertura
das valas drenantes das lagoas . sugeriu qu e teriam formado me sm o
m aus mo nospedficas, poi s n30 apareciam troncos doutra espécie.
Poré m. acresce nta que a ma la tanto poderi a ser anterior com o

" Tem sido objecto de llCesu pol~m icas. o papel do eucalipto nos CCO$siSlemas
medilCrrtncos,em particular em Portulal . espeC'i rlC~ n le quanto' SWlfone e~ illllC i.
cm 'rua- HJ 1UU:IR1. em fl:gB l ilvicullOfU. a considcfvem que o eucalipto nJo l,uiliu ~pW\gd.u nlo sJo .oriJUW'.x-~mas ~ "
mail ~que as OIluuesslnciu fiofestai~ sóquc a lltiliudc modo maiscrlCU. com
maiorproduuvidallc de biomassa(W. P. lMA. 1992). ~Kimcnlorápido.

••
••
Omardadu~lemhrlIwmlarto_
alwoew- .....sa. ~ Oftdear
CIII
onda.dr"'''_lIIardr~ ....
~ ~lD ao _
résdo pinb:ll dM 4una.. qw oe lllN;
DO_porlC.I".~'~p<lf1CflIa.
bct>mdo....,~craporando"CftlO.
lU lnW de ~i~ , de medrx

Sant'bp- ~ - O prIIIotIl "" "-u


fipifa d&fo&.l953

3.1 - A paisa gem

Quando se sobrevoa, ou se observa em fotografia aérea. a área.


cos teira a Norte do rio Mondego. (kil distinguir com nilidel o ~is­
é

lema de dunas que. de modo mais ou menos continuo. se cesen volve


para Norte da vila de Qui.lias. Se se juntar a duna literal (também
chamada duna primária; S. CRuz. 1 9S~ ). com a qual esÚ dmamica-
mente associada. este sistema de dunas apresenta-se ao oMcr'vador
como uma superflcie ondulada coberta invariavelmente pelo mesmo
ripo de vegetação, o pinhal. cuja monotonia não chego. 3 ser ooruda
pelas redund as manchas sugeridas pelas pequenas depressões
oc upadas. tão SÓ. por um estrato herbáceo.
Se se pretendesse pintar esta paisagem em quadro. num esulc
mais ou menos modernista, bastavaenchê-lo de verde, salpicã.lo com
pequenas manchas acasta nhadas , dispostas paralelamente.e debru.i·lo
a Oeste com uma faixa branco-acinzentada.com inúmerospontos
verdes. de encosto a um fundo azul marinho. Pode ser uma imagem
demasiadogrosseira. impressionista at é. mas corresponde 1lquiJo que.
numa visão râplda, mais ressalta aos olhosdumob!ot'",,·ador.
Se a perspectiva for obliqua. por exemplo a perur do cimo da
Serra da Boa Viagem. então a monotonia I! maior porquese IStlum de
"
ver óL5 p:qucn.u depreuõc.. imerdenares e o ondulado apena s se deduz "
d3s linhas superiores de C<1da duna que . h.lfTUmdtHe cada \CZ mais 3.:! - ~:;I~~::~lIÇão e distrib uição da s componentes
próximas . parecem comul uir uma escadaria verde a perde r-se no
horizonte.
Observ3da em maior pormenor. é po:'>~ hel salientar eleme ntos 3.2.1 - Compon t ntu gtomorfológiciU
que. sõ por si, chegam p:u1I cun ..iderar ('!litaárea como uma paiugem
di:-.llnl.1 d.1.\ suas en vo lventes . A c1.isteocia de dunas bem nüidas. Dos eternemos e processes geomorfológicos considernd~ na
salien tes. uma boa parte d.:ls vezes ind ivid ualizada . co m Flancos decli- ficha de ca mpo e que foram objecto de levamamenta no terreno (~'ide
\'OSOS onde se torna penoso caminhar, é a sua caracter ística melhor Anexo A, Ficha Geomor11ógica), nem lodos mostraram tmeresse
idenrjfic3dor;),. A de"Of!:mizaç50 geral d3 rede mdrogrâflca é OUltO ~lende~ à especificidade desta paisagem em termos do seu substram
aspecto disunuv c ~tJ p.3j)óigem. N10 fora a abertura , no mfcio do l~tológlCO e morfo logia geral que aparenta grande repetitividade de
século. das vala s de drenagem. encerada pel o .. Serv iço !'> Flo restai s c n30 formas . .Deste mod~. foi dada atenção ao declive dos flancos das dunas,
\(: pode ria f;,ll ar, prauc amenr e. cm rede hidr ográlica. Me smo nos à sua torma longitudinal e transversal, ~ profundidade da toalha
corredores interddnic os. com uma di..po..ição particularme nte favo- freática . ao ripo de erosão ". respectivo grau e área afectada e ao tipo
r1... el. perpendic ular i cos ta. nlo '< co nseguira m instalar ve rdadeiro.. de acumulação do) sedimentos.
ribeiro.. poi.. ;] cada pa.......) ..urgem barra... de areia a negare m a Melhor do que analisur cada um dos elementos per se. será
circ ulação sub-aérea da ás ua. O res ultado é <l oco rrê nc ia de dep ressõe s en tend ê-lo.. em co njunto. pa i" fazem pane dum modelado que varia
fechadJ..... inundado1,) no Inverno quando a loolh.! fre ática aflora . São espacialmente em função da sua génese e evolução. Assim. importa
pequenas manchas bem ,.üheis na forcgrafla aérea. mais analisar os tipos de dunas. génese e formas com os quais há uma
Talvez a imagern quc= primeiro im pressio ne seja a cobe rtura certa assoc iação espacial ( A. C. AL"tEJOA. 199 1).
vegetal. conrínua e pratic amente completa . por uma mata de pinhe iro
bravo . Só poetualmente e. em regra. junto do limite meridio nal, - A duna primária
poderão \urglr pequenas manche.. de euca lipto nalgum as de pressões; Para Nane da esc arp a calcãria do Cabo Mondego desenvo,lve-~,
ou linearmente e bordeja ndo as valas. algu ns renques de c houpos. É em fonTia-de cordão e paralelamente ao mar. uma duna primária que.
ó bvio q ue a existência de mata de pinhei ros não ~ um exclusivo desta de modo quase ininterrupto. se estende até à B:lIT.l de Aveiro. As
paisagem. mas é-o a sua continuidade. pequenas interrupções esL30 associadascomos cone s efectuados pelos
Com o foi aci ma referido. esta paisagem term ina. para o lado do Serviços Florestais. há algumas décadas. a fim de darem saída para o
mar. sempre pela duna prim ária. para a qu al passa progre ssiva mente e ma r às valas entre tanto abertas através das dunas. É o caso da Vala da
q ue, não apresentando as características apontadas para o resto do Lavadia, a N de Qu iaios (Fig . 17) e da Vala das Lagoas. a N da Praia
sistema duncr , não pode dei xar de fazer parte integran te de ste. pelas da Toch a.
estreitas relaçõe s dinâmi cas . muit o uniforme no seu as pecto em toda
Ê A funcio nalidade destes cones raramente se verifica \'i510que o
a extensão. do minando uma formação herbácea. descontínua e baixa no mar e o vento na sua dinâmica construtiva. com maior incidência nos
flanco em frent e ao mar, mai s co ntínua e alta no cimo e de no vo mese s de Veri a. vão mante ndo essas aben uras preenchidas por .ue!a
descontínua , mas com pequenos tufos arbustivos, para o inte rio r. (Estampa 1.8 ). sendo rasgadas unicamente quando há forte ondulaç3o
Apesar de mo n óto na e não mui to acol hedo ra. esta paisagem é o co incide nte com as prelamc res vivas.
resu ltado du m co nfro nto sec ula r entre o ho mem e a natureza . Se a
natureza na sua evo lução lenta . lhe e mpre stou alg um equiHbrio d lnâ-
mico. o hom em , ao sob rexploré -la, fez go rar essa tendência natural.
Mas foi ainda o homem que , agora mai s po nde rada e sa biame nte. ZI
soube doma r, em esforç o titâ nico . pelo s mei os escassos, roub ando-lhe,
no entan to. a espontaneidade próp ria d um sistem a em pe rma ne nte
mutação.
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FIG. 17 - Dutnbuip) eI~aI cl.u dulWI de QuuiOl.. lU áre;I.allXl!llQ =Ih.,u
(I parur da fOlQlRfil abea..Esc. aproa. 100 OCO, voo de 197'91
elox:llu~60s perf... FICl.1 8 _ Perfis uan....cru. ndl.du... pnrnXla-
(Ver kaliuçklll& lil _ 11).

,I
No extremo mais meridio nal. em frente à Murti nheira, a duna
inicia-se po r um cordão simp les. baixo - 10 m de alt ura _ e esueuc -, Se a elevaçã o do lado do .mar .é sensivel.menle =í::~=
máximo de SO m de largura ( Fig. 18, perfil PI ). O COntac to pond endo 11. crista da duna primaria, a tnteno~. qu . fdl
duna-praia. de forma cô ncava. atinge decli ves máxim os em (orno de enor revela ser mais irregular e de5Con~nu3._ Esta é ~:'::11f
! 34". Para o interior a descida é gradual não havend o, usualmente.
abrupto nítido.
~ma ~uência de lfnguas de areia com dlS~Çlio:~lO ~
ou oblíqua. à praia. arrastadas quando dde l:~:~ a~~. u a
A panir da Praia de Qu iaios. inclusiv e. o perfil transversal da romperem
de fone s vemos mareuo s. C3p~S e.. ";", m a areia
duna passa a ser. quase sempre. compósito, apresentando duas ele va. pro tecção do cobe rto vegeta l na cu sta principal e transportare
ções paralelas com uma ligeira depre ssão interm édia (Fig . 18. perfis
P4 e PS) e aumenta em largura (com frequência 100 m) e em altura
02-1Sm) . ~reil.'l30$ÇOf\uaponladole .ouc:: =":.';,~,~
sobm::ll"1[3 humana junto d.1s po'~s cosle'r.u. ~"omo
(Perf ,I r2)
lO' 10]

para o interiDl. 813 translaç ão .seri ~ principalmen~e b~da pela


vcget.1Çào mais den sa do flanco mtenor da d una p,:,mána . ólb~ru plo. /9'2
resultando , ól b.trf:J.\cnlo. uma acumulação. a respecuva ele vaç ão e a
ulterior co roniz.1Ç50por espé cies hatops am õnlas . ca pazes de :IS fixar. ~
Esus línguol.'l de arda são separadas gera lmente . por depre ssões
que p.:nnilem uma U":1nsiçã o gradual. e sua v.: Ja duna primária para a
dtprnüo que se lhe costuma !>t'gmr ~med i ~[ame ~ te para o interio r. NõI
dim:ç ào daquel as língua" a rran'ilç4o e m.ilS abru pta. por uma
superfície con vexo-rectíllnea que es tá. reg ra geral . lixa da pela vege -
laç30 arbusti va, densa. ca paz de manter a forma intacta .
Quand o CSUi duna c n praia não so frer..m impac te da ac tividade
humana. a sua junç ão mos tra um perfll irregular ou co nvexo -cô ncav o c
os decli ves maiores raramente ultra passam 25° (a não ser que te nha
previamente ocorrido uma tempestade) (Fig. IS. P4 e PS). Se aquelas
vêm sofrendo fone pre ssão humana. o perfi l é cô nc avo !Fig. 18. P3).
('lU at é rectilíneo. no prolongamento da praia média. com declive
máximo de 6 ~ a S~ . quand o a subtracção de areias , efectuada pelo
homem ou por ele induzida, fez desapare cer a própria duna (Fig. 18.
P2). Este último caso pode ser observado em frente à rua principal da
Praia de Quiaios (Estampa l-A). em risco de ser invadida pelo mar
quando acontecerem te mpestades particularmente fones ",
O outro perfil verifica-se sempre l.jue a pressão hum ana se exerce
sobre a praia. fazendo desa parecer a sua vege tação por písoteio.
permitindo q ue, em situaç30 de fone ondulação . o mar atinja mais
eficazme nte a base d41 du na. retirando- Ihe mais are ia e criando uma
escarpa mais vigorosa . Este ressalto topo gráfico tem a propriedad e de
fazer aumentar a velocida de do vento, acentu ando-lh e a capacidade
erosiva e, portento. o maior risco de aq uela du na perde r areia para o
interior, minguando em tamanh o (R. PASKOfor . 1985, p. 64).
Esta fon e acção sobre a duna é. obviame nte. proporc ional à
ocupação humana . Nos últimos anos a Pra ia de Qu iaios e a própria f iO. t9 - Dellrlldação da duna ptim.iriaJunlo1 Pr.tiadeQuW 05
Murtinbeira, acusam um importante surto de construção e, portant o. (apMtirdasfotogr.arwXrea'!deI9j8.
&1;:. apro~. 1 ~6000e t982. &C. apro~. rn s 000.
um aumento no uso da praia e da duna primária. Compara ndo as foto-
grafias aéreas de 1958 e-de 1982 (Fig . 19). co nstata-se uma deg radação
da duna primária, ter nona sua metade interior que foi arrar sada numa e ampliarem-se os carreiros de passagem par.l :I. praia, desprolt·
significativa exte nsão para a instalação de a lguns prédios e, sobre tudo, ge ndo-a cada vez mais.
da avenida marginal. como na metade ütorat que viu multiplicarem-se

<I Se nào fone c consl:mlepiroteio humano. a duna ir-'>t· ill reconsmuíndc pouco
II pouco Inças eo deK'n volvimenlo de pequen u neblul.•. l:onSlruíd;u. pela Am"",phi/D
DI'I"wrUt.011 pelo El.y".us !orr fUJ. e que. por avolum:unenlO. iriam preenchendo o
espaçoem falta .
••
••
• As dunas, pcb orienução ger.lJ das suas cris~ e em relaçlo com ~ernl. pod e conc luir-se haver uma dominância doi ventos de N\\' N
,
I os vemos dominantes nesta região..podem ser classificadas de~. j
aliás. como as denomilÚmos; j;j em trabalho anterior (~ . C . A L\l E1DA,
junta ndo-se, toda via, em termos de eficácia. 05 de S e S~ e.e e~
segundo lugar. um contras te en tre m me5CS de Verão e os de Inverno
1990 ). Esu orientaç~ pR'nde.~ com a 3Cluaçào conjugada, mas não 510 . portanto. ventos eficazes bimcdais (S. FRYBERGER. 1919 P 1"9)'
si mul~ de ventos eücazes que dominam de dois quadrantes quase com a característica adicional de actuarem sazonalmente. .. •
apos lOS(W. S. COOf'ER. 1958. p_ 49 ). Tom ;lllJo como re ferência as Este compo name mo dos ventos (! uma das condições pan a
ROUi AnerJ1l»CÓpicl-' e13borad.u com base nos registos do Posto formação de dunas ob liquas. que apresen tam uma direcção equivalente
Mereorológico da Barr.úAvciro lFig . :!O), talvez o que: melhor se à ~sul~ nte das ~irecções dos dois ventes, aqui de \\1'o"W-ESE graças à
ide núfKjue com 3.S condições existen tes no tem po da <k~v J. danar. po r maior impo rtância dos do quadrant e N. Aliás. uma situação semelhante
esw rnllis exposto :tOS venlos", verifica-se que há dOISrumos bem foi ass ina lada nas dU1Us de 5 . Pedro de Moei (F. REBfl.O & J. ANORt.
nílidos de preferencial actuaç30 do vento nu transporte da areia. 0\ do 1986 . p. 893), tendo estas sofrido um ligeiro avanço para S e pm SE.
qucdrante jew sali~num.sc. pela sua t~ uen~ia e velocidade , no li custa da actu ação pref erente dos ventos do qu~te ':>."W.mantendo.
'lerão. onde esta anege valores médios superiores a 20 km/h. Na n30 obstante. uma ori entaç ão domínarue de WNW·ES E
Primaverae Outono, esses \'c nIOS são aindaos mais frequentes, embora Outr as condiç ões co nsidera das necessárias para se desenvolver
se equ ilibrem em velocidade com OSdo quadrante S W. Já no Inverno. este padr ão de dun as 530 "3 expo sição à plena força dos vcnlOSde
do os deste quadrante que. apesar de se verificar um a ma io r Ver ão e Inverno. um co nveniente fornec imento de nova areia pela praia
equivajência nas freq uências dos vemos dos vários rumos. domin am e es paço parn se estender para o interior. nivelado ou sem declive
cm termos de eficáci a de transporte. pelas sigmflcntivas veloc idades abrupt o" (W . S. COOPERo 0 ['. cit.. p. 57 ). Toda s elas estariam contem-
m(!di a~ regisl:ldas. c hegando a ultrapassar os 25 km/h , No c ômputo pladas. A praia. em situação de evemuet equíub r to". oferece ria. com
boa probab ilidade . uma mai or superf ície arenosa exposta aos ventos:a
inexist ê nci a de vegetação arbó rea e arbustiva, ou pelo menos com
m uito fraco grau de cobertura". da vam azo ao vento a actuar livre-
me nte: e a topografia . se n30 era plan a. apresentaria. qu:mdo muito.
algumas peq uenas rugosidades advíndas d~ dunas mais anti glU que. a
deduzir pel as sobre viventes. n30 ullra~arn 05 10 metros de altura.
sendo para o interior. a actual Gândara, muno nui s_plana.
Outra carac terística destas dunas é de progredirem para o interior
pel a sua e xtremid ade continental. pouc o se mo" e~ lateralmente.
Quan do há suficiente alimen taÇão a p-arur da pr1Ia. pode ~ter
praticamente está vel a sua e :dremi~e !lt.0ra." a1onga.ndo-se S~ll'I­
men te parao interior. Oque lhe perrruteaungu eompnmemosslgnlf1Ctl-
uvos. Al gumas das dunas mai s ocide ntais deste ~ de dunas
apresentam cristas ininterruptas com eompnmenro de .~Lde_ ~ tn1
- - Caso não surjambarreiras. avançMão sempre. masse peranteelas
Fil , 20 - Rosu ~ ~1 60 po&to melrofOlót:ico deB arnfA vere se apresentar uma mau. ou flore sta. ob vianxnte que o avanço ~
Fome: Nomw Ct~lóGlt31 de 1931-60.1M.
~e.uios Â"IGEI.0 1I 99 l. JI. lln. de IB1Oa I 9S4' -""" 'aruç&i dl
linha de cosia (enlre o Flll1ldoUro e ,o CabQ MonckJDI nJo fonm Sl .... flQll~u.
.. Si!> ncoI hemos o,pose das Dunas de Mira. ~pesar de ma is próli mo. por se
ac;!w"Dun\l SlD,lôlÇlo maIS mlmor e relallvamc:nleabrigada por "egelll<;to. o que no\o cones~r::~~~:;~::.~I~::Il
·~:S ( I94Q. P.46l&fuma:~
::~;:;:':~r:lt~~~::~~:a:;~~~:R~
refleele.ccn arnenle.ucondiÇ'ÕeS"igenletnOSlempotd ade riva.
Do mesmo modo. o pene d. Fil' da FIlI.tem um enquadramc:rllD IDPDg" fieo
bailiUlledlferenle.al!coouiriD. aodu dllnasde Quiaill5. pour .
t l ils n l.trenl loules lesbroulSAllles pouTl'unhser eornmclm
:lfrouxado de modo sensrvet. Enl.}o "desenvolve-se uma ~
~ (~preci piLalion ridge") (ESl.a~pa l-C ). paralela à pr.:1I1 que se
1TlO\-e mais devagóll par.] lema de~lnllndo a ryoresl:l e aumentando
gr.adu3hllenleem aJUIt',1" ( W.~. COOPER. op. CI/ .. p. 56). FOI precisa-
menleo que se \'eriflCOO a ccícenre do "Iriângulo de: Quiaios" (,A . C.
AlMEIDA.Op. cu.. p_ 160) provando que es.-.a área estava arborizada.
em conlr.lSle: com rod:la ;ireJ. ontJc se desenvolviam .u dunas ", Em
COflveB:! com guardas deste perirnerro Ibestal eles acabariam por
:lfirmar lerem ach3do rreecos de pinheiros emerrados direitos naquelas
uei.ls . ~rnndo sinai~ de resinagem. port3JII0já árvores adultas.
O nomc: de Pinhal do Povo. d3do à nuior parte desra ;ireJ.
lrÍangulJ.f. é ~inlom.ilj co. pois leva :r.pensar numa mata pertença ua
comunidade.oese case da. Junla de freguesia. onde as pessoas podiam
ir buscarlenh:re malkira. em contraste com a OUtr.l. ma que seria do
ól:lOO.estando abandonada sem qualquer exptoracão. Também pode
ser confirmado por um mapa de cerca de 1890. na escala 1/ 100 000.
onde a unicarepresenraçâcde área arborizada é a correspondente a este:
triíngulolFig. :!I).
A fim de pormenorizar melhor a morfologia das dunas. fizemos
perfis transversais nalgumas. seguindo uma amostra gem linear
siMem.i,i'::1 para aproveitar dois caminhos que atravessam lodo o
campo dunar, desde a Lagoa das Braças até ao mar. Destes perfis
apresentamos os m;1is representativos dos dois padrões encontrados
(FIg. 22).
A maior parte dasdunas exibe um perfil transversal relativamente
simétrico, o que é típico da!' dunas oblíquas. Quer dum lado. quer do
FI(;.2 1 _E.o.lI'Kto da C~ Corop;lficôl ,Je Pon uJ;I\ . <k tcfC:I <k1 890. n.a
outro. os flancos são multifacelados. com sucessivas rupturas de Esc. 1/ 100 000 . Ptxk ver-se ôI m..mc:lIiIde pll\h;ll. cm !Qn1lade lri;ingulo.
declive. sinal da variabilidade <k ucrueçso oos vemos eficazes. Não logo ~ :-ionr de Qui~jlX. como na G.lnd=. pôIr" &te
~tante. os declives do flanco meridional são, regra geral. maiores As dunas WIIcm ~ 1.11 ~-on-l ~ Snr.l d;a BOlIVl;licm
pon que a componente Noroeste e Norte dos ventos eficazes ~ mais
duradoira e a construção dos abru pl~ a sotavento e a destruição dos E. ~t OREl RA. 1934 . p. 15; Fig. ::!::!. perfis n.- 5 e 16). A manule:nçào
mesmos li bõubvento. é mais importante do que a componente desses declives é de salientar. tendo em coma 0 5 trabalhos de sémen-
Sud oeste e Sul. A~sar disso. quer uma ve rtente quer a outra ter ra do pinhal. le vada a cabo na década de vinte deste século que 31e-
:l.p~sent.3.m frequentementeIramos com declives bastante próximos do nuaram. certamente. muiros desses abruptos. .
limiar de equilíbrio. ou àngulo de repouso. da areia seca (32°·3..J°) (M. Aparentemente, as dunas da metade ocidental mostr:rmum maior
desenvolvimento em altura (ultr.lpas5:ll1do :r.lgumas vezes os 20 m) ,e
em largura. maior regularidade: na dislribuição especsal e ~ m.:us
longas que as da metade oriental. As raz~s deste f~to d~\~m estar
.:r.ssociadas com a menor penurbaçõc sofrida pcl~ \~ntos junto ao
litoral. resultando da í maior eficécia do que:para o mte."?" ~
lrnediatamente para oriente do "Triângulo de QUI:l.IOS . as dunas
ostentam flancos bem disnmos, quando virados a Sul ou quando

L
" /
lO
lO
lO A nl.pida di m inuição da diclcia dos VetllOl de S-SW ~ 1fea
,"irados '" x cete . Os pnmeiros. bastante ingre~s. regi'>1am decli ves

•••
com cerca de g. enqu.mlo os segundos . mais SUA'ti II:' longos. i do cam po de: d u nas , pode txphcar-!\C pela atç!o de barreira cxercda
aptesenurn valeres domln3nl(:s de cechve e m torno dos 5 8_68 (Fig. 22, pela ~(3. do -rn! ngulo de Quiaios~ e. talvez, secundariamente. ~Ia
perfis 9 II:' e) . SIo vatoee s upicos de du nas tra nsversais q ue se d ese n- turbulên cia pro v oc~~ peja Sem da Boa Via~em n~ ventos que

• :~~~:ll:,C::':' ~e~l~o:~r"ndo quase exclusivamente do mesmo I ~~~~~~ed~U~~:;::n~;n;:;::ecl;:i~~re3C~~~r~~~~:~~n~~:~~u~


•, co ntratempo. tal CO~O sobre ~ ouucs dunas. 0...5111:' modo, as dunas

, tran sversais avançaria m paulatinamente p~ra Sul. na direcção do vento


II:' pe ~nd icular 11.s ua orie ntaç ~o. c,:,ntran ando a pt'ogr~ das sua,\
parceiras obllquil-\ que se ven fic:l?a segundo a própria di \posiç~.

l~..
Algumas das pon;{)es m3.is OCi de n ta iS destas dunas onenlam-sc mesmo
na direcção WSW.E1"'E. ou seja. quase perpendicular tod irecç~ dos.
ventos dominantes de ~.;W e N que coeuclavam a w a progres\k).

No "Triângulo de Qui3.ios~. as dunas com morfologia diferente


das obl iquas . parece m ter estado sujeitas a uma. dinâmica distinta.

!J~
No rmalmeme exibe m fonna arredondada. ou enu c complexa. com
3parenle sobreposiçã o de dunas de direcções diferentes.
A secção côncava destas dunas de fonna arredoodada.. com declive
mai s fraco (cm gem i uré 12°). e!olá virada pmiominantementepara o qua-
I • • !li drameOeste. abrindo-se umas para,?>W e ~tes. ~ W ou NW. As faces
abruptas dos flancos.qu.:mdo existem e com 3:":é\Ivt$3. uluapas.'-'lmtt amili-
de os 20'". situam-se de prd ctinc ia do Iadocriental (fi g. 23. pafu. F e A).

~I'~'
. . ..
:·I - ~~\ ~'
:I'~ '
I I II . I II

I • • •
~I ""~
I~ :I I
f I II • •

l~
f I II • •

F1G. 23-PnfiI tmII"ersail de dunas do "'Triàllp lo de QiliDo1-


FIO. n - Patil tmu....en.ai. de dll.... obllqul l II:' tmuvCl'V;il {ver Iocahaçlo 11& fi• . 16).
(....erloc:aIiL:lç~nl fi i , 171.


uo
Com uma fisionomi a ~le npo. o padrão dunar do minante nc ~l a grau de de~~v ol vime nlo . Entâo, pelo menos prÓximoda actual povoa.
área parece ser o par abólil: o. co m aJg:uma\ duna ) PW lbó!iÇ'l$. as mai s ção de QUlaIO\. esta superfície POUCll ondulada. seria a ba.r,e sobre a
alongada5, c ~ C bluw cur dunes"], de co ncavidade qual se viriam a instalar rodas as cerras geraçôcs de dunas. ~ as a(~
cin:ul3I 1E. ~ld';: EE. 1979. p. II ). o nde se proloo@:aria'! Só com uma série de .-.ondagen~ de vários mettcs,
Tudo leva a supor q ue, pelo men os a última acção exercid a pelos a levar a d eito numa vasta área do campo de dunas. »c poderia concluir
ventos sob re estas dunas. se P1Ol.
'CS\ OUcom mal s incid ênci u do lad o do da sua amplitude . Para já não se sabe.
oceano. o que csú de scorco. ali;i\, com a dominância dos venm..
actua rs. A gtne!>c e evoluç ão destas dun as pre~su põe a existênc ia dum a - Proc essos morf(lgenbir:ru
coce rtura \legelal . ou de humidad e, co m di strib uição n50 co ntínua Os processos geornortctõgtcos implicados na e voluç5.oactual do
so bre as form as aren osas pré vias ( E. McKEE. op. cít.• p. 11) de mod o a
modelad o da.~ duna s são pouco variados e. simultaneamente, pouco
permilirem a acção po ntual da detla..ao. que faz progredir. em arco intensos. Por estranho que possa parecer. viste tratar-se de uma m3
convexo. a areia levant ada par.l sotave nto. con lolituída por du nas. lo go constru ídas pelo vente. O'\. processos domi-
Quand o virias dunas parabólic as avunçam . veritlc a-se. geral- nantes estão assoc iados com a água. Em lermos energéticos.a compo-
mente. :I coal e~ênc i a. ou sobreposição. de algumas dela-... resultando nent e verticat . de cima para baix e. determinada pela força da gravi-
daf uma morfo log ia ba.'olanlt:com ple xa . É o qut: se pode ve rifica r n~ ~ta dad e. é mai s impon ente do que a componente horizontal cólica. COII'\{)
m a. parucularmente nos sectores ce ntral ~ merid io nal do triângul o os processos mnrfogenéticos assoc iados 1tforça da gra...idade concor-
(Fig. 17). rem para a atenuaç ão das eleveções da superffcie terrewe. enquanlO OS
~a metade se te ntrio nal des te triân gulo parece co nfigurar-se um proce ssos eó licos podem ajudar 11 COO-~tru ç5o dessa... ele vações. res.ulta
coaj unrode alinha me ntos dunares. co m oriemcç âo gera l NN W·SSE. de que a e voluç ãc geral des te modelado ~~ p.ar.1 uma desuuiçâo
altura relativament e baixa -1:1 a 10 m - e cu m perfíl tran sve rsa t mais o u progressiva. com tendência para uma supertfcie fracamente ondulada.
menos simétri co. com O!o declives a ultrapassare m os :20° na lg uns Nessa e...oluç ãc lecl um pape l importante a cobertura veçetal. em
sectore s (Fig . 23. perfi s O e Gj qu e pode riam ser as dun as pr évias so bre I particular dos estratos inferiores ' .capazes de se oporem maIs eficaz-
as quais viria. entretanto. 3 instalar-se um coberto vegetal. men te 11 acção da água q uer a cnr, quer em deslocaçã.o à supe rfi~le.
Aceitando e\13 hip6te~ . esta árt:a teria sido. pelo menosem pane. Dos processos morfogené ticos detectados nas v~~ recolha, de
coberta por duna.~ longitudinais. para lelas aos ventes domi nantes de N campo. o mais frequente o -~" . Como as areias esl30 quase
é

e N\\". num tempoem que a acção de s tes seri a particularmente intensa invariav ei menle soltas. é fácil às gotas da ág ua da c hu\~ Iazerern-nas
(5. CRuz. 1985. p. 63). De certo u aümemação e m arei a não seria. saltar. quando sobre elas caem". Para tanto basta que es~eJ a m expostas.
também. muito abu ndante, podendo co rresponde r. por exe mplo. a um
\ ou seja. se m uma cobertura co ntínua do estrato muscmec. ~=::
eSlád io inc ipiente na e vo lução da li nha de cmola act ua l. e...e nlualme ntt: subarbuslivo o u arbus tIVOda vegetac;ào.. Apes:1f de parece . f
co m form as lagun ares e Olte eslas dun as e o cu rdão lilor a!. d itório é so b os pinhei rolo. quand o bem desen\ olvidos. qu~ maIs: ::t.z
O q ue não parece susc itar du vid as ~ q ue o afe içoa menlo últim o se ntir ; acção deste proce sso (Estampa II · A ). [)e ~·e.se :.lo :l~1O • n:lS
das du nas do ''Triftngulo de Q uiaios" foi para bó lic o. suaS folhas.e .ramos. se acumular a água da ~h~:l~;I;~~~~i: :
Mesmo ju mo à povoação de Qu ia io lo. onde eslão instalados um \ segu ida ca lra !>Ob a fo~a de gros.sas ~~: ~elocidade tennina1. Corno
ja rdim de infância e o ca mpo de fUle bo l. par a al~ m de ...á rias hab ita·
çÕC's.o model:ido das arei:ls ~ mu ito po uco o nd ulado. co m decli ves i vezes sUfiClc me para atingir a respo: u .. é a sua força ci nêliC:l. ~
~~:~:i~:r~~~.t~~:h:o~~~t;ei:J;~i~.O'"
muil o baÍ:\os. de 2° :I 4 " nos fla ncos das du nas: a Su.1 superfície é sus·
tentada. in"'3ria\'e!me me. por um !H)lo espcs!H). c ujo hori zunle B. fe rru·
g inoso . espes!>O e endur ec ido. a ajuda a pre serv ar. E.<;tapeq uena porção \ " T;tmlll!m c~lá pro\'311o quc :fi~~= ~~~': s:::
~:I=:,=~~~ '~llfici l ~t~~P~;~t:-~~I~~"
do Triâng ulo de Qui aio'i. no seu e xtre mo merid iona l. par et C'se r. por

l
es lM caracteristicas. o se<:lo r ma is am igo de ste siste ma dt: dunas.
podendo comspo nde r. morfoló gica. ped ológica e cro no logica men te à
Gândara q ue se dese n...o l...e para o rie nte e o nde os so los têm o mesmo
;t ~ ;.~:~'~;t~'~n~~~~:;::i~~C~R31 C. ~fORGAI<.
l:. P. t 979. p- 6). RalI llI

~®o@1 o~@@® ~~:~~


t: conho:ido o pape l desk peccessc n.l evolução do relevo. No
U$O de existirem tufos de .e'euç.... Iwl:ldos • .Il en<Rncia é para 3i se
-=umularem :lfeias atira..bs pelas I'ous diiIchuva . cuja.xçlo de impaclo
é anulada. se a sua delUidiilde(IX suflCien~ntt' elevada. O mesmo.se
pana com 05 !ronCOS isolados d.u áIvorn que. ao intercept.:lttm as
areias em .u.luçlo. as fazem cair n.t sw ~ . formando pequenos
monúcuk>$. De tudo iMOrewlu uma cena Imgu lanlbde da superftcie,
frulo du ~vas inlU~-mci.u.
Se a acçJo das gotas dach uvolse exerce sobreuma verten te, enl50
as Meias alindas par.I o lado de baixo akAnç.a.m ma ior disdncia do que
as :lIitad.u pan. cima (A. o..oWES & P. Co MFORT. 1982. p. 63) . A
comeq~i.:l é uma deslocaç50 pan ~iJlo . co m resultan te igual à
difn-ença ence as duas dlst.1ncias ati ngidas. ~ seja, uma, ~ulatma
lendtllCla para a acu mul:lçlo na base e uma equi veje nte dlmmul ç30 do
decliv e do flanco .
A ~ é outro processe morfoge nética que actua um
pouco do mesmo modo. Ape~ cb elevada permeabilidade das areias,
qua ndo a chuva atin!e particular mrenstd..de, a tlgua organiza-se ;.
EsT. [....._ n u"" prim.in·" d~!tnliJ4. tm /""" li I'NlÚl dt QuÚli<JI. ""l JllIlll-~ M bJJ:J J ~;n lCi lm (?l a IU~
superffcie daquelas e escorre. arrastando-as e formando incipientes 'oo~l""illo
sulcos de esco rrência que nunca anngem o tamanh o de rav inas. mas
constroem aurénncos cones de dejecç ão (Estampa 11-8) . Apar ente .
mente, para se proces.ur não é necessário um valo r es pec ial de dec live .
ramo se de5encade ia em flancos muit o abrupt os co mo em flan cos
bastante suaves. As cond ições prop icias parecem ser semelhantes à.~ do
"splash". OU seja. a inexi stenci a. ou raridade , de veget ação . Esta tem a
propriedadede retardara chegada da âgua is areias. distribuindo-apor
um perfodomaior. diminuindo. assim. a sua imensidade; além disso . o
conJunlo de caules . raízes e. em espec ial, da folhada à superfíd.: do
solo (mania-mortal. não permitem as suas concentração e organiz.aç30.
Obviamenre que o resul~ da aetuaçlo de5te processo morfogenética
é,laI como no anterior. a dim inuição do declive dos flancose a aqui -
siçJo. cada vez mais nüida, da forma con vexo-côncava.

ÕlIqulque~"""forlaua.mIiorfIMQll\aIII.cwnbm>nWorfl"t:kJcidadc
de~pllIsque'-deIlLlmCftWOllntOdo.eomOlLllJ'C1llOdelunanhcl
lU aua. _ all'no lLImO'fUI em ~1açJo com o quadndo do ~ cnq\lUllO I It\I.IN
IUmcllllcm ~lIÇio com o tubo do DiG. PorC'IlC moti~o I ala'Ji.a tinélic:a <lumaIOQ
lU dJuVI aace upoocllCialmcnle com I su.adlmcnskl U. TllICA.tT. 19n. p. 102)
ComoI "t:1ocicbOl:IcnnllW. ~ rowde Il'ando: dunemJo pode 5ef llinJll:b g)fll ~
q.ucdade umlahUfllde9aIOm(M:lllndoSIoUT1l4 WlSCHM ElE1, 1962.~fmdolpor
It u. Coou. &: J. C. Doott....KA,N'. 197". p. 28. 95~ da ~clociohdc IetTIllllll ieI'la
~l1nlJda wm I qllCda de 9 m de l1run, para p u de 5-6 mm). 1)1 pinhc,fW mail ali",
pcrmllcmaunllfeslcni~dcnerltticodllllOllS
Na ~ U3 distribuição espacial. estes processos mortogenencos
apesar de actuarem um pouco por todo o lado, em particurar IIO!I acelro:.
e arnfu,libe~05de 'lel!euc;30.ll\O';tr:lm.f1Oentanto .maiOtfrequência
na fachada on ental e mendional do "campo de dunas". Isto tem a 'ler,
certa mente, com a acção d~ populaç30 que vive na periferia da mata e
que. com frequência. ai vaI, bescar lenha. caruma ou "mato", p3r:l !oCu
U'lO0lJ do gado; pelo ptsotetc, seu e do gado de tracção e pela e:uracçkl
do coberto vegeul , cria as coodiçOes para a actuaçkl daquele\ prece...
so s. F-u as ueambulaçêes. ~. naturalmente . nui s frequenl~ na proxi-
mld:llk d~ povoações. portanto para o interior
Nas dcpres'iÕe,. interdunares, onde temponriarnente M I:!>ugna·
ção de :1gu3 l Estampa l-D I. pela subld3 da toalha freàuca. verifIC3-'\C
um fenóme,lIOde rubefacç30 da c:unad.asuperficial de afCla que parece
estar asscciada com a precipitação de 6xidoo\de f~rro. Em ger.ll n\a
PfUlpl l.1Ção não erecta mais que 10 cm de profUndld3de.

3.1,2 - Co mpOnt nltS pt doWgie4J

Simuluneamente com o íevarnarrento õos elemen tos gcomorlo- ~


16gico:. cOMide rados . foi feita uma recolha de alguM elementos
pedológicos, capazes de caracterizarem, de modo bre..e. fisic::t e
......
~

......
quim icament e o solo c de o enquadrarem no seu eoeteuc ~iental .
Para efectuar es sa recolha abrimm uma pequen.:tsanja. sempre que o
solo era pouco espesso, ou utilizámos uma sonda pedológica quando a
maior ~pessur:t assim o ju~tifica va. De cad.1 um lkK honzoote\
recolhemos uma amostra para posterior .n.1lise bbor.1tori;l!.
Dcs elementos levantados, apre'ioCnudos na ficha em ;mexo
(Anex o r\ _ Ficha Pedológica), alguns, por exibirem \::II~ com-
.......
rames. não têm importância cm reemos de inforTn;}Ção c, apesarde
sempre registados nas respectivas fichas, ~ serãoobjecto de an.1li!oC
parucula t. o caso da drenagem ....que fOIconsllJer3da scm~ muno
É

ena: ::IpedlTgO!>ida de e a roI.':os id3de l i, sempre com valores de zero; e


a tex tura . sempre arenosa, em qualquer dos horizontes
,.- - - -

- Uuld~tu lJJW/isadas

•• Importan tes e por use OOj« lo de analise mais porme norizada,


foram o perfil. a.espessura, 3 esuurura. o pH e 3 reacção ::\0 HCI.

•• Analisando cada um dos ele ment o s e co meçando pe lo tipo de


cobe r t ura d u 50 /0 , cons ide rámos vários itens em função do seu o I lia '1 "

••
volume c. também, em (unç3.o da rraca ou imen sa intervenç ão
huma na. A n im , mala '~. vege tação arbusli ..... e vegeta ç ão herb ácea
são lipos de- coeertura co m fraca . ou rara . inlcrferlncia humana. ...

1·· l " , 1
enquanl o lU cu llu r.a~ sio ocupações do so lo com inlens.:J inte rve nç ão

~
do homem. f7\ ~~
A maU. res te CtiO fundamen talmen te de pinheir o bravo , '.~./ --
~ aprese nta-se co mo o tipo de cobe rtura domi nante. surg indo em ma is
de 80% dos pontos-amostra. Distribu i-se por lod a ~ as posiç6cs
., 1-,:/; \.,'\.
' 1 . 1.
1
" 1
·>.·..'í WUia
~

,,
~
topográficas. sendo mesmo a cobertura excl usiva do s flancos e
cimos da s dunas. Excep tua -se , o bvia mente. o caso da duna prim ári a
onde: por razões m ícroclim ãticas. só co m mult a dific ulda de pod erá
exlsur .
1• •,

O """
I . A-<:
1. A·-.c
1. ...... t-C

,,
I As cccerturas berbáL'CoU e art>mli";L\aparecem unic:lmente nos
fundos de depreu30 e 3-\ CUIt Ur3S numa supe rfície plana.

, Quanlo 30 ~rfj l ~ológico. viSIO sob :I perspectiva da maior ou


menor difertnci:açio em horizo'lIes e q ue pode dar uma ideia do gr:lU Quiai os, basume espe sso e diferenc iado. numa õepre ssão que podem
de evotucãc do solo (P. DUCHAL'fOL:R. 1960, p. 202), dividimo-to em ser um teste munho da antiga superfície de õenaçec " .
três classes: A·C, A·D·C e A-E-B-C, ou seja. do menos para o mais No "T riâ ngulo de Quiaios", atendendo 11..m ~i or anrigaidade das
evolu ído. suas dunas . os solos são já mais evo luídos. distinguindo-se sempre.
verifica-se (Fig. 24 ) uma dominância quase absoluta de solos pelo menos. o hon zome B.
~ dlfcrenciadcKsobre as dunas mais recentes, oblíquas. o que esu . A espess u ra do sole , encarada no conju~to dos horizontes.
ah .is. de acordo co m (I menor tempo de actuação dos processos mostra um padrão de distribuit;50espacial quase coI~nte com o dos
pedogenéticos. El ttptuam-se apenas dois solos a NW da Lagoa das dítere raes egrupamemos de dunas (Fi~ . 15). Se se dlv,ducm as classes
Braças que, de folClo, já esboçam um hon zome Be um solo a WNW de de espessuras em trts grandes grupos- menores do que 20 cm. de :?O a
100 cm e maiores ou iguais a 100 cm - constata-se que as dun;as
oblíq uas e transversais contêm solos pou~ espe~. enquan.to o
"triângulo de Quíaios" e as superflcies planas junto da.slagoas. exibem
!'

s u p.: rHcie~ plan as: no cimo e nos l1ancos das dunas hã. uma grande
d ispersão de valo res. A maior freqtllncia de água junto ao solu da.~
depre ssõe s e das ' uperf icie, planas, por conter uma boa quantidade de
ác ido s org ânicos di ssoh id~, originados ~ custa da decomposiç ão da
mat éria orgâ nica. es se ncialm ente resinosa . de ve ter urn gr.:r.nde papel no
abaix ame mo do pH do respecuvc solo, assim como TUdiuoluç30 d3li
partíc ulas carboncrcdas que aqu i ~ raras. Nas ~unas, a variação do pH
parece respon der a outro s fact~s ligados maIs ~ idade da.~ areias . lã
pal'3 os hori lont~ inferiore s, unicamente 3-, superflcies planas parecem
....socia r-se co m os pH ácidos: nas outras subunidade, os valores são
muito d ispersos. Ne'>te cuso. há alguma.s depressôes que, pela sua
prox imi lbde ao mar, onde a toa.lh.:1.fre:iti,ca pode conter ~l gum cloreto
de sód io, ou po r um cena ennq uecrmento do horuorue B em
carbo natos, como acon tece logo a ocidente de Quialos, apresenta m um
pH b ãstco. o que vem alterar a regra do horizonte A.

H... .... A lr. . . ....... .íAu

Fi. , 1j _ E--.pnsl,lf';l do 11010 n;&.o Dun;l.' de Quiai<l\.


DO - o..n;a. oblíqu.»; TQ - íri.inllulo de QuiaiO'lo~.

os de média e grande espessura. Precisamente junto à povoação de


Qu iaios , dese nvo lvidos sobre as du nas es ba tidas, mai s amigas. surgem
os dois solos mai s espessos que det ect ámos.
Os rolos apresentam. na maior parte da área. uma estr utura
particular. mesmo nalguns horizonte s que mostram uma conce ntração
signiflcanva de óxidos de ferro a envolverem as areias. Porém essa
peHcula ferrug inosa n30 é. ainda . sufic iente paru cgj uunar areia s e ntre
si e começar a formar uma estrutura co ncrecionada . Exceptua m-se os
solos das superffcies planas. onde já ocorrem manchas com concre-
cíonamenros e. também, 05 solos muito espessos das dunas amigas.
juntu de Quiaios. com um horizonte de "surra ipa" bem concrecjo nedo .

Com o as co ndições hidrológicas pode m ter alg um efeito sobre o


pH dos so los (H. D. FOTH, 19&4. p. 220 ), proc urou -se . em prime iro ,
averigu ar se ha via q ua lquer associaçllo e ntre aq ue le e as subunidades
morf ológica s. Para isso , ca lcu lou-s e a medj da de dj s[)Ç[$1io dos qlljirti S
dos valores de pH do horizo nte A e horizontes inferiores, no s so los qu e
oco rre m em cada uma daquelas subu nidades (Fi g. 26) . Para o ho rizo nte
A pode concluir- se, pe la pr oxim idade dos quarti s. ha ver uma ce n a
assoc iação e ntre os pH ácidos e as form as bai xas - depre ssõe s e
jl

Mais uma vez são os cimos e Ilancos das dunas. pela disperslo
dos val ore s apre sentados que permi tem examinar a vlUiaç!o espacial
d os so los quanto a esta carectertsuca
., Jumc 11 duna primária hã uma reacção Iene : ai esuno as areias

• mai s recente s. não variando. portanto. a reacção com o ácido. ao longo


d o pe rfil d o so lo (Fig. 28). No resto das dunas obllqu u I'l! um domi-
nio ge nera li z.ndo das reacções le ves ou rnoderada5. regi stlndo-le.
.' Irequemememe. uma diferença entre os Ixlrironles supen ores e os

ji.,:- infe riore s. co m menor grau nos pnme uus e maior nos segundos .
Deve -se . dece rto. 11 maior agre ssividade das. ãguu pluviais junto li

" . .> .::-


. ' .: /.
supe rfíci e. pela sua maio r acidez e talv ez. também, pelos ácidos prove-
merues do h ümcs qu e é elaborado a partir da f1\õIltria OlJ!mca
esserctaímerue resioosa.
Nas res ta ntes áreas. as areias dos sotos n30 reagem com o " ido.
o que co m prov a a maior liJ.iviaç 30 a que esll veram ~jei(os. resultado
de mai s tempo de ex pos ição.

as dun.u oblíquas. os pH mais elevados verific a m-se peno do mar o nde


uma componentel.:llina não será de excluír; mais p3.tõl o interior. regra
genl. ~ neutro. A menor idade das areias litorais, com maior ·8
perceuagem de patlfcul;u carbonaradas, relali vamenle is do inte rio r
pode, também. contribuir para aquelas diferenças. Se as dunas cm 8. .8
cau'õôl ~ as do Mlriângulo de Quiai (X~ ou da superfície das lagoas.
então o pH ~ kido. 6""
Tal como par;1 o pU. tenlámos apum se havia algumaassociação . ' - ' 8,..
entre :&rex ç10 do sole ao k ido clorídrico e as vari,h'ei s morfo lógic;n.
recorrendo . fleSlccaso , ao lnte do Qui quªdQdg ~. Verificou .se exisli r
uma allOCiaç30 positi va emre a ~ç30 nula co m o Hei e os declives
inferiores a 2 graus. Ora estes correspon<km. quase exclusivamente. às
dep~intcrdunicasesupcrfíciesplan3.S.
Esta n50 reacção ter.! a ver co m a maior pennanência da ã' U3
neste s níveis e. portan to . maiore s poss ibilidades de ataqu e d os restos de
Iragm enros Carbonafados biogénicos, os únicos capazes de reagi r co m
o ácido.

" TelU:e~lllico muno usado'1uandQ se pmcnde ver oe há 'lldcpctllUllfia ou


au oc iow;1o na dil lribuiç50 entre C....K lcreS nl o-p.v;lmtlri col nominli l EG.
CH"DUU.1981. p. 80; G. SH....... &. O. WHfElf.A. 1 98~. p. 1261. como t eue n.'lI.
ec
_SrútJj·flpo
De modo ~rn 'tltco e e~ol henJo alguns solos que co nsideramos
3pro~i ma~m'sc mas das c3rxlerí~ (jca." médias apresentadas pelo
conjunto dos solos da sub-unidade de paisage m Il U~ represcn ~am.
el>ltucmati~ os seus perfis com 0'1 re~pr:-.:tl"'oS atribu tos medidos
ou observados.
As depw.üs inlerdtin ic:b. n.l unidade de pai ~agem da.'> dunas
nblíqUOb. pocJem apresentar dois npoe de :.010 :lS.\OCI:WOS. ora com :I
(',i slêtl('ia duma cobertu ra vegetal 01'3 sem essa co bertura. q uando
muito com r.lro<i subarbustos. FIG.JO- Solo de fundo de depl'euio intenluna.r. K1ll ~eJeUÇkl.
O primeiro tipo pede ser representado pelo solo do local de 1W001\UIkQu<aio<..nolo<.:;aldc~emn.·
1ll
3fT'1O'.Imgern n.· 30 (Fig. 29).
É um solo com horizo nte A pouco es pesso e relativamente cl aro. o horizonte superior. pouco espesso. vermelho amarelado
o que pilll~ce indic iar uma ce na pobre za em matéria h úmic a; (Estampa 11· 0 ). em função duma pelicula Ierrugincsa que envolve a.s
fracamente ácido. ape~ r dJS areias subjacen tes serem básicas. sinal ..uar.. areias (mas que n30 é suficiente para originar uma estrulUr.1
q ue a pedogénese ~ cchhflca nre: não a prese nta particul3s de carbo nato cor crecíonada). comporta-se como o horizonte iluvial. ao comrúriodo
oe cálcio. result ado. talvez, da permanênci a da água próximo da inferior de onde pane a água carregada de ó~ ido\ de ferro. Parecehaver
superficie. durante longos períodos do ano. No início do Inverne de uma mversão de horizonte". Todo o perfil é áci do e devem ser
19li9-lJO. J. tealha fre ánca suuava-ce a 70 cm de profundidade, inexistentes. ou muito raros. OJ;fragmentosde carbonato de cálcio. poi-,
alingindo. por V~l(:S. valores mais próxi mos da superfície; de qualqu er não foi obse rv ada d e rvescência com o HCI.
modo. nào há manifeslaçJ.o de prec ipitações ferrugi no~a~ por Quando se eJ;lâ no cimo ou flanco cescs dunas O que )C pode
evaporação. ou de processo.. hidromõrficos. tal vez porque a esperar é encontrar solos como o do local de amo...tragem n." 18
transferência da água para a atmos fera se faça principalmente através
das planta .., (Fig. ~I ~'m solo ainda Incipiente, com horizonte A clara. de .estrulura
panicular e que faz uma teve reacção com o HCI. Par.a baIXO. ~~
reacção re sse ol ser moderada. Está .n~rmalme n te cobe.rlOpor musgo
~/o u agulhas de pinheiro. mal~rta l ~ tomentadores duma cena
... aci,jilic~30. cujo processo se reflecte Já na dIferença de pH entre o
horizonte superior e o inferior.

Fi,l. 29 - Sol/) de deprn~ interdunar ctlm VCllcl~;l<l. n;u Ourw. de Quiaios, no


\ocóllÕC!alTll»U'IlIemn.·3tl .

Quando o fundo da depressão interd única eslá des pida. ou


apresent.. POUCtl vege tação. essa subida e eva po ração da água é mais
fácil e o resultado é a ocorrência de solos como o do local de
amostragem n.- ro (Fig. 30) .
Pode djzer·§C! que o ccnjunrc dos solos em &!ioenvolvi m~nlo
na unidade de ~sa8~m das dunas otIlfquas ~ de R q:u'\.~uh", (Estampa
II-C). com um caso mUllo particular dos fundos oe depressão Soem
vegctaçlo. cujo 5010~ dltktl de c1llSificar.
!'o "lTilngulo de Quia~~ os solos mouram já maior gt::\u de
evoluçlo. mesmo 05 que ~nchem o fund.. das depressões. No caso
de \ef uma ~ com ~,egeuçio herbácu. geral meme co m
domin1l'1C"ia de CI~.u.. ~ muito provãve! que o solo SoeJa como o do
local de amosll1lgemn.- :! (Fig . 32).

..,.;
.
"'F4 ~'
: ~
.. ..
. ~:u'
, IOYFv.!
(al- IOYP 6I4)
'Ul YF~
...
NoR.
,
, F«1.J2-~dcfDlldodc~IlO TriM",lodcQu~/IIOloo;alde

•••
-.rnll--~(Lf.--.lhafsdliGI ~

~e haver um cnriquec ilJ)('nto relati vo de óx idos de ferro junte


à superllci e. m~ifes t~ pel as manc has caslanho- amareladas

I
• freque nrn 00 horizoole superior. em con tras te co m a cor cinzenta
e.\CUra do imedialatnente inferior. A realha freá rica acha va-se. em
Junho de 199 1. DeSlC local de il.mOSU3gem. a 50 cm de pro fundidade , o
I
que permite uma ecenssc, por difusão ca pilar. até peõximc da
I superflcie (O , SoLTh"ER. 1988. p. 75) e uma possí vel prttipit.aç3.o dos
I ó.idos . É de salienur. também, a acidez já ele vada do perfil.
Nas dunas. 05 solos s1io mais e ~' ol u ídlx, de tal modo que já
manifestam veslíg ios de pcdzctizaçâe que não foi. todavia, su ficien te
para difere nciar, com nitidez. Iodos os horizome s ( n .~ 33, Fig. 33 ).
Abaixo du m delgado bori zonre A, áci do, desen vo lve. se o
hor izonte B amare lado. mas com frequentes manc has cananbo-
-amareladas. O pH rond a. em todo o perfil , o valor 5.
Nu superl lcies planas, a diferenciação dos horizo ntes passa :J ser
mais nltida e a podz olização tam bém ma is avançada (n .o 29, Fig. 34).
Enlre o delgado horizont e A e o horizo nte B. cas tanho-amare lado e
~o m manch as cas tanho-esc uras . de estru tura já co ncrectcna ca.
Interpõe-se um horizonte EIB o nde, num fundo esb ranquiçado, surgem
manchas caslanho-amarela das .
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nob;.alok_lftIId'29

o máximo de diferenciação de horiZOlllfi e de esj)eUur.lI sio


atingidos nos solos das dUlUS mais antiga! , junto de Qui:l.ios ln,- 34.
Fig . 3S). O seu perfi l é o típico de um pedzol. com um horizonte
E cinzemc claro c um horizonte B com uma clara Nsurraip.l"
concrecionada

3.2.3- Compon~nu$ fí onuí cas

Uma das características mais importantes desu.irea. de dunas. sob


o ponto de vista florístico. é a forte componente antropogénic:l. aliás.
como foi j á aflorado no 2° capítulo. Quase IOda a cobertura vegetal.
mesmo plU1eda di» estratos inferiores. tem a ver com a sc:menteil"ll.: ou
plantio. levada a efeito pelo homem. neste caso pelos Serviços
Aoreslais, sob a diJUÇ30do Regente AoreslaJ !\.fanuel Alberto ReI.
Qua ndo da sementeira do pinhal. iniciada em 1924 e prolon-
gada até ao infcio da década de quarenta, as dunas n30 eram fixas e.
portanto. com escassa vegetação natural: a areia transportadapelo vento
'U

:~~::~~~~~t~~.~~~:;::"'°R~ I~J~~~~IOi;5~~~O - C(lrpobmllls

.......... <-
IOV........•
IO YP ~
"".
itooo<.ff< :J

.... de W::~~I~béd~ ~s~~:le~or's~duna~,:m sUJeil~ a esta acçilJ


perrtuurern a. fllação daquelas e o ~ente :'.:~~~/'lO
espéc Ies ~ emreUlllo <.eme:w1u. nomeadame nte :n,t~llc:~
futuro.

bra vo, II espécie eleit a para eae merc . Auim. foram r.eme~): Ulu

.... 0~=~ri~t~'7H~~~I% ~~~l \\i~~": ~~: ~~ ~ ~,~::;;.


.•
"( \fi ca Iam Allon. Am eia /OtIJilulia ( And re w)) Willd eJou "l."<lC~
rrrl1lad~% SchIe-chL Na, rnou-, das val;n. I fim de as riu r. liemt3r.lm•

..
......
~;~~n~~:~u/:dw~ ,1-~~fJE.4~~k.~~l::~·,,:t:
M ;vu pm'IUfJ Ir nu'/a /i lUfJG. Fontere 7<unariJ:~alli("u L 1M TA.VA.RES·
1989. pp. 12....125). Se ese ("arácler;(JllrOp('lgtnicoda \'~~50pro.;
renrar. ~parentemenle. ~ parte ~ seu signifICadoceológico. ou
corolng ~co. o fllt"IO de lerem decomdo J~ 6 I 7 décad.u WJbreU evento •
de pemUlrem algum.u ~ ~ a UIÓt"I<lnn. e!>pO'l~ e de Ioda.,



re spcoõerem perante cs condiçõcs do mtlO em funçAo <bs ~
potenciahdade<l de adaptaçãoe poderde compençãe. a sua dislnbll~ •
neste momento. pode sef uma indicaç50 importante pan I
("arxlrn Z3Çó1o rroológica de cada uma d;u 5ubu n idad~ de paisagem.

"" fi .. ll_ So6Gpod.aà dao. . . . o.Qu .... ..w..U1U,U.


.. locaIdI: . . - . , . .. · }.\
U~ o mélodo acima exposto lCap . I) fiull'l(K o Iennu-
mento. nos locais de amestragern, d.u ~s t"OftSidefad3s dom i·

" avanç a va sobfe \11m supetfici e ondulad.3 praticamente calva. ajudando


ii COM. I~. DOYas superfi ele5 igwJmenle nuas ( ~f. A. REl. 19-W).
pois ii mobilidade daquela ~ va Impoulvd ;) fixação da vegetaç30.
nan les. ou pelo menos com algu m significado aparen te no ccee rtc
cegetal". Obviamente que cada Ievama mc:nto ef.:çluado eu1 muuo
longe de ser exaustivo. O obje-ctivoprincipal foi delCC1ar as ~1~
~om manifesu importância como indi("~ ecológ icos locais.; por
~lesmo I dura ~mária era uma men ':lIn~tIa daquilo que é
1'1.'\0. n30 senumos a necessidade de inventar iar toda.\as ocontncus " .
hoje " . havendo nettui<bde de a ajudar a el~var com a construção de
mas princ ipalme nle as que eram bem e vícemes ou manifesta vam
paliç3lW de ,~s es~s na areia (o "n pado"").de modo a reler
panic ular ligação co m o meio cm causa .
~ da are ia rcurad.1 da praia. Sobre esta du na, assim esboçada. foi
FisiOllOmkamente há uma dislinçao nilida entre . duna pri~a
tnl10 plantado o estamo II: outns haIo-psam6filas. de modo a 'lerem
c o sistema dunar interior . No primeiro caso dominõlum3 veget3Ç30
estu " desempe nhar o papel até 30 mome nto ex erc ido pe las tj buas herbácea. secundariamente subarbustiva. ou arbusliva..em tufos. Em
graçu . 1 SUl capacidade de. mesmo quando soterradas, poderem
sim ultâneo. verifica- se uma va ri3ç3o tloristic3 gradual e lr:tnsversal ~
emergi r II: dese n...olvere m 00'0'0 sislemôl. radicular. Para alé m do
CSlomo" (i4mm''I'kila a1'r1liJ ria 1L.) Línk.), nativo. outras planta'
"N.kI oIKL:ml~ U ""'-\oU lim il.>Ç6e$ ~m ! (1'1tIll6 boI.I.""..
de <:ooIll«i"", nlOlo
l'fO"uril1\l"~. n~na<X1crm i n.aç~ da~ t>p«,eo.Q quc.nJo i n.llida a ~ia
de ~.rRl .....il il1COf1'r'õ~"'" de po:wme"'"
lO " lO nIool»lõla q....a1lum:u eoptciu tr8qulnll11ll u~ ...."""' no
ÇOm

.r~t.:I l I"".. m Ir. um d r.:>do l i. nlficoldo com<> ,ndlcad<!ou dr oom,nfU/JoU


cond,çõr'KQlór"u.
126
ll1
dura (Fig. 36). Longitud inalmen te também pode haver algu~a
vvi~Jo florisric.:l. mas 56 se delecta quando r.lo percorridas mune
Oran~hUJ maririnuu (L) Hoffrnanns & Link (Fig. 34). Nu dunas
maiOlUdisW1cias do que as respeiunlei a esra átta-~tr.l. indo. por embnonárias~. frequentes ne$U área. ElyntUJ!afT:11Uadensa-se
e ~lalllhUJ .manr",ulJ tambc!m aparece. ccorre nde, portanto. um pouco
exemplo. alé 1 costa esttemenha portuguesa (1. B RAUN-Bu'NQl."ET ~t
ai.• 1972, p. :!26). O factor ceermmame na compos ição e fisionomia maiS em dll:ecçJ? ao mar. Aliás. junto II Muninheira. na! rar1!.simas
da vegetaçJo da duna primária é o clima. em espec ial as condições ~~:sm:n:'~~~;;l~~n,t~~t;f:~~:.e o mesmo fenómeno (H. Q.
microclimálicas. associadas ?I frequê nci a dos ve ntos do lado do mar.
regra geral carreg ados de pan ículas de sal ou de are ia que limitam
profundamenle :l divenificaç30 e.specfflca. Daf o baixo pone dos espé-
cimes ai instalados.
Par'ao interior. as dunas apresentam um coberto vegetal não tão
escalonado. aparentemente mais homogé neo. mas que está mais
dependente das condiçõc s hidropedol6gicas. Em função de condíçõe .. " ,
pan:icul~s de postcionZlmcnto sazonal. ou permanente . da toalha
freáuea. mim o coft/inuuIII arbóreo é interrompido por pequenas
mam-h.u de vegetaç ão exclusivamente, ou quase. herbácea ou
subarbvsljva(Fig.37)
Floristicamente a variação não é tão vis ível. embora se manifeste I
em função de mod ificações ao nível pedol ógic o. para além. EfJmuJfarr:ruJ Pa.....lllmm'"" 'I/" "....
obviamente. das condições hidrológicas particul ares já referidas. C<llv.urgiasoIJnllrl/a EroJ' lUPIt~lIlaállM
OU2Jlthusmaár imll.\' Vr rll<ucum lm ,f IOJIUPI
- l-t gt tação da dun a prim ária ElIplrnrbi/lporaliaJ CiP.lUwJO'iifiHilU

Em plena praia. mesmo na faixa entre marés. já surgem algumas


plantas que são particularme nte resistentes à acção da água do mar.
,
AMMI'f'h,Ia/lrr...",-" H.w-"", col," '""-
HaJi#ou"", Ito/"", fi'lu-
A...".."w.ilall"·"""" PitwJ p<MU lrr
Jurnc li Murunhc ira. H. O. FREITAS e M, T. LaTÃO (1989. p. 147) Crucfn,wIÚJmantUllll Pimu fIU'IG
inventariaram duas espécies halon uré filas, Euphorbia pq/i1 L e s
EJ)"mUJ/arr:rw (Viv.) Runcm arl: ex Melderi s ssp /a rr:tUJ e que são
Euphortnaparai;.u
OI<lJ'lthus"'llrrtl.......
s,,,,.._
cap;1ZCS de suportar. inclus ivamente, a subme rs ão da água do mar. por S<-Jrli",n....Ju'" I J"'k-.u llClll1<l
algum tempo. Nesta zona apresentam- se dispersas. não formando Hrlich ryJum ilalit u'" ScItor"lIJ'lIilritlVU
grupos, Principalmente a prime ira é muito sensíve l ao calcamento. Carpobro/lUMulis I OrlWrhrraJlticra
tendendo. porta nto, a desaparecer j unte das áreas mais frequentadas, J EroJ ium tic lIlariJUrl
Na praia alta, atingida pelas vagas nas tempesta des ou nas marés PlU'~all!mdasdon.·2.tn.1jl: A, rrn tiJ caJ " llaItIl
vivas mais agitadas, aumenta o número de espéc ies. Na Muni nheira. as S, dum .\'td,forml! I E~ umJ('iM

mesmas amo ras assinalaram . para além das outras duas . Calysugia Alltitrlti"um /illban ..... CÚ'/II.J.\'abiifo/,.u
soldanelía (L) R. Dr.. Silene t ínorea Bror.. Ery'''8ium fMritimum L e Crrpú bolboso I V.. ~ /ili,itn"",
El.lphorbio paralias L . Filossoci ologieamente está -se perante a classe MtJkll.lO ln4n.....

Cakilaea marítímae(J.-M . Grnu & R. TüxEN . 197 1), Erytf fi..... "",,,,,,,,.....
Alguns qouõmecos a N. prõdmo da Cos tínha , onde a praia e a !À,.. "", oJbu,!,
duna eSl30 mais preservadas, verifica-se na praia alta uma grande
abundância de Elymus /arc tus em povoa mentos agrupad os, embora de
modo bastante aberto . passando. com o inicio da subida da duna . a f:ig, 36 _ Vege~ na duna prinWia e depressio l-'OIlf igUi. na COStln/la.

:,
Com esl~i dunas rem iníCio ° desen volvimento da d ane cicnada pela, também, maior riqueza em mat éria orgâni a .
AlftMOPhi/m a arrTUJ rUJ~ (J••!-t. GEHU & R. TCXE... . 197 1, p. 6) que li superfjcie do solo. Se jun to li Murtinheira domina: :s~~:sn,:
prmscguc ~ ~it d3 escarpa da l1u~ pnm.ina ~om o ~pam:-lIn('nl~ de emat~ herbáceo como. por exemplo, I'l. rtt'misia camPt'stris L C 1:'/
Al'Mfophi lo armaria (L) Unk . e lt~ a 5U<1 m.i'UmiI ~JI;pre ~ no Cimo mantlma Scop .. O~ru:hl' purpu1"l!a Jacq ., Hypoc hauu radi~al: ~
do"" duna. A dj VCOId.1dc f1orí~ICI ~ maior, POI S aqUI co~a a Carpobrotlu 'du/t.s e Patlcralium ma n limum L.. para além ~
concorrincia entre as gramf tlC.'.t.'. I.ng amenle predo m man tes no, "'mmop~da "~TUJna (H . O . FRFlT AS &; M. T. Lerrao. 1989 . p. I.n).
~~rupamtnlos da praia e as kn haus subarbu~ivas. predomm:lllles p.1n. na ~osllllha j untam-se, alé m de OUIra..'. C01l'ma a/bum Don. St'dum
o mlerior e que 1.:'Ofres pondcm Ji a um estãdío de vegel~.ão mais st'Ji/o"".l' (Jacq/ Pau, Hdic~ rysu," italicum {ROlh.) G. Don e
avançado (C. S. O UlZ. 19&5. p. 561; também há maior dcnsld.alk da PafICratl~m manllmum 1:-. MaiS ~ o limne imertoe da duna jun-
cobertura ve~ul que chtg .ll~ ser q~ uma formaç~o fechada nalguns tem-se ClsUceas como Cistus ~/Vlifoliw L., HailmilUflcalveillum (L)
locais. São espécies que n30 wponam o COfl!.XIOd irecto com a água K. Kccn . Halt"!ium halim i/ o flum IL.) \\'illk., espécies· tipicas da
do ffi.U" . ioelllio. apesar disso. ;u;ptt!ida- , com frequenci~ por gOlkul.u ~e c~rtura arbusflva e sub~slJv, das dunas secundárias interiores,
.ilw \algada (~) que parecem tolerar: ahis. Am mophlla assim co mo PltllJ..J tnnaster Auon e P/1IUJ pmea L., em regra baslante
arenari a sub$lilUi E1W'lllS / <ltrtIJ..Jquando a cOI\Centr,)çãodos !>:IIS n11.\ defo~ados._ N~ flanco abrupto. com que termina a duna, surge já
areias bai:u para menos de 1% (GL'II\EA. 1951. referido J:lO:f <;. S. AcaCla lotlgi/u/la (A ndrews) willd . que chega a cobrir mais de mel3de
CRuz. 1985. p. 55). Algumas dassuas componentes são as principais da respectiva área.
fixadOlõlS da ateia em mcvímemo . depo is de arrancada à praia. Obviamente que os pinheiros se apresentam com uma forma
Ammophila arenaria destaca-se neste papel. podendo ser coadjuvada arbustiva. em tufos cerrad os e cuja altura máxima raras vezes ultra-
pela Eepho rb ía pa raUas . Esse papel fixa dor havia sido j á passa os do is metros. O aparecimento de CON'ma a/bum não é de
desempe nhado. aliás. pelo Elymus farr tus, mais próximo da praia. a admirar. visto as suas exigê ncias pedológicas se verificarem _ solos
barlavento. apesar da sua baixa sociabilidade (J. BRAUr-;· BLANQUETel pouco ácidos, ou mesmo básicos. arenosos e bem arejados (J. BRAUN.
ai.• 1972. P. 222) e. portanto. a laxa barreira oferecida ao vento. . BLANQUET l't aI.. 1%2, p. 235); surgem na sequência normal. dentro
As autoras referidas e ncontraram no c imo da duna da das lenhosas subarbusnvas. do agrupamento de Cruciaaella marilim a.
Murt inheira, para al ém de Am mo phila e de Otonthus, Crucíaneíla do flanco continental da du na (C. S. CRuz. 1985. p. 56). A ocorrência
ma "tima L, Cidandia marítima (lo) W. Burbey, M~djcag o marina L.. do C ísms sal viifoliu.s parece um pouco mais estranha, por preferir solos
u otltodotl taraxacoiaes (ViII.) Mér:lII. Si/ l'nl' tlicau flSis Ali. e ácidos tJ. BRAUN.B LANQUET et ai., 19M ). Porém. não é deles
Ar rhrorIJi:Jj bufboUJ ( L ) Ca_'~. exclu sivo, pois que, como veremos , é uma das espécie s quase
:0;05 1IO'>!I05 !evanumtncos. na Ces tinha. surge já Carpob rotw co nstantes nas dunas desta área-am ostra. onde o pH pode variar entre 9
~dulis (L ) N. E..Br.• espécie com fone poder compentivc que chega a e 5 (cfr. Fig. 27).
eliminar as espécin esponllneas ts. CASTllOVIFJO et aLo 1990, p. 84 ). Fisionomícarnenreesta faiu da duna primária caracteriza-se pela
mas que, apesar de estar bem adaptada a estas condições mesológi~ coexistência de espécies de aspecto e cempcrtarnento diferentes. Umas
ao morrer. podedeixar de sprote gidos vários metros quadrados de areia. dispersam -se, embora em elevado numero. pelo terreno. como. por
Se o local está CX pOSlO aos venlO\ pode origmar-se um corredor de exemplo . Sl'du m udiforTM (Jacq.) Pau.• que não chega a cobrir IOdoo
dcnaçAo:comcs COfT'eSJl'OO'kntts ~ju fzes em termos de preserv aç&l da solo; outras , de porte em tomo de I m, dispõem-se em ptq uenos tufos
d~nil pnrnária.. :-000 obstanle e ne5IC ca.so concreto . quando alinge o afaslados entre si de alguns melrOS.como CON'ma albllt1l. ou mesmo
omo da duna. ocupa ponlOSger.llmenle pro!egiOOs. o que <evila os riscos rasteiros, como Carpobrotus ~dulis. Os tufos mais altos de pinheiros
alXlntados. Tam~m no cimo da duna surgem as espécies normalmeme ajudam a fazer a transição para a mata do imerior. com pinheiros de
~iadas com o estomo: é o ~ de Crucin~lIa. de Otafllhw e do: porte ven ical. quando à duna primária n30 sc !'ot'gue. coma ~ usual. Um.:l
~I'J~jj tOnlWSIUfl L . Em situação abrigada já aparece Hd ichr; sum depressão inlerdunar.
Ita/icum (Rolh.) G. Don fiI .• mais ftfiJueme nas dunas secundárias. A principal diferença entre a duna primária, que sofre Um.:l
. Imedi illamen~e pa.ra o inferior e numa situação de maior abrigo sobrecarga humana. e a mesma duna mais raramellle frequenlada. eslá
eóhco, a duna pnm ária apresenl.'l maior riqueza noristica, ptopor. não só na di versidade es~dfica. mas sobretudo no grau de evolução da
III

vc,cl3Ç50. :>lo segundocaso. já há uma nuerpenetraç âe de a.s~iaçõcs . Dando cspe~al atenção 30 ~uh-.bosquc. verif.camos haver um
úpicas da duna primári a com asJOCiaçõcs tfpicu da mata de pinheiros . conjunto de ~p6;; ICS que surge indlscnminac:bmcnte em quaUquctdas
a que ccerespoede. simultane ame nte. um aumenm de blOman a vegetal. subunIdades de paisagem cc nslderedas: tk acja Iongijolía (Andf.)
Umcaso p31'ticulat f o das valas de csc:~mo das lagoas. na pane \Vill,d. , e Cor.~ma a/bum (L. ) D. Don.. previamente semea das e
terminal do seu l:r.tjceto, qu.mdo se aproumam do mar. Nalural ou Hal lfFflUnt hall1l1ifoliurn(L) Willk..• Halimium calycinum (L.) K. Koch .
artifJcialmcnte a duna pri m3ri:l cm cortada. o q ue apesar de ludo n30 CisruJ salvíifolius L..lA'IIaruJula J1~cluu L SUMp. JampoiaM Rozein.
chega a ser sufICiente para a ág~ da vala dewguar directamente no mar. e C'y tiJUJ grandij10ruJ OC. que. apar entemente. tiveram uma
pois fá-lo por in filtmÇ~ n.;u areias. ~ nOO ser ~ ue o seu. caudal seja 130 implarnaçâc e prollferaçâo espontânea.
forte que consiga uhrapassar a barre ira de areias ~S ltadas pelo ~. Nas dun as oblíqua.~ dominam as espécies que: são comuns a
Com frequlnci.a. porém. cm marés VI"llS c mar agttado. as águas man - todas as sub-unidadcs (Quadro 8). com excepção da duna primária.
nhas galgam as 3tCias J.1 praia c misturam - ~ com as águas próximas. da Algumas espécies comuns com esta duna primária. porém. foram
vala. r~llS. pelo menos temporanameme. salo bras. Aqui a levantadas nalguns locais da sua proximidade o que denota uma cena
\'egecaçlo varia desde a típica da duna. nas areias raramente invadidas interpenetração entre os agrupamentos tipicos de cada uma das
JlC'1ol áglUo :ué1 higrofila. no tundo da deprcuão. Entrea pr.tia e a oepees- subunidades, É o caso de H~lichryJurn iudie um que. lendoaparecido no
w húmid:l interior. surge E1)77UlS !afl:tus (Viv.) Runc. ex ~t elderis . flanco contínenral de duna primaria, se propaga para.o interior pelas
OtanJhUJman timus (L) Hotfm. et Link. e C(Jlyst~8ia sokianetta (L.) R.
Br.. Na depressão inundada foi feito o seguinte invemãrío :
dunas obliquas e sempre no seu cimo ou flanco. não descendo para as
depressões imerdunares. nem invadindo as dunas mais antigas do
Tri!n gulo de Quiaios. Certamente só aí encontrará as condiçõcs não
••
J_~ Scl"..ultol<ut-'-"'uu ácidas e de relativa secura que parecem ser as suas preferidas. Outra
EJ-wfarnus 1 I1.N.-IU"'<lnWIlUS espécie que parece evitar as depressões é S~au raca"'hus g~ nüroidtS
Sc,."wJ.a.ntJo"'"11l Pt1/l~rv.lill."'lflnrilim"m (Bror.) Samp. e tanlO surge sobre as dunas mais recentes como sobre as
H.wirTKetykbool<uwlUif Poln """"'ftIl1.;Jrfij""... mais antigas do "Triângulo de Quiaics",

A maior panesOO espécies de ambientes húmidos e cerca de metade


Q UAoa O 8 _ I n~enw;ot efeet\lAdolrw dul\<Uobliquas. dou Dww de ~.
delas eslào 3dapudas a alguma salinidade. Para além de El)·mUJ. já
referido como ~ exposta à água do mar. l uncus ocutus L.. JW1 CUS
9 II 12 IS 17 11 19 2013 l~ li 62
mantimus Lam, e Hydrocorylc bonaricnsis Commer. ex Lam. são
espécies que suportam ambientes salobros (M. GARCIA ROUA.... 1985).

- l ;gt tafão das duruu secundárias


Pm..s pUt<u'~'
Ã<'«ioIbo ,{olMJ
CinMl»l~"folj ...
,, ,
,
1
l 4 l l

1
.,
4 l

"
1

Como já foi acima referido. a vegetação das dunas secundarias do


Hol,,,.;,,,,,IlI.JJ;,,"fo1i
H _ _ 1 I I I I
,,
l

interior, em quaisq uer dos tipos morfológicos apontados. é


C......... aJ/>ouoo a ,
,
representada. fundame ntalmente . pelas espéc ies semeadas pelos
t..o:.....d.olon.>«1I4J
Serviços Florestais. quando.da arborização geral. Toda a ârea recebeu.
Htl'fllryl""'ÚDljf .....
invariavelmente. sementes das mesmas espécies. com excepção dos
caros particulares das áreas mais húmidas ou encharcadas c das motas s""'_"",...... ,~ulQiJo.
das valas ou bermas das estradas que receberam espécies subar- PUuu"u-
H ....,.,.
bustivas, arbustivas ou arbóreas. já ciladas, coadunadas com os respec-
tivcs ec õropos. Daf a fraca variabilidade específica encontrada quando UI~ltw"'P""....

se percorre o conjunto das dunas. não se notando particular variação c,.n..... ,..-JifI""..
[ wcaJypl....IDóttI....
numa deslocação litoral-interior. ou numa deslocação Norte-Sul.
o lojo. Viu I UroptJlI4J L . foi regisbdo com maior ~requenc ia nas S(~"UJ. ";llrlcalU L e Scirpus ho'osc~"UJ L s.oo C3faCte:r{Slieo\
depressões. tal vez por aí o solo ~ um pouco menos bblco do que nu dos ~cxa ls em que ~ . loaIha freítl Cll. se mantém, ao longo do eno,
dunas ob líqu.u. por exem plo. não obf.tanle ter sujo ~ meado por todas prôxjma da superffcie. que pode mesmo ultrapassa.r. originando
as dunas . pe~uenos charcos durante: pene do Inverno Icfr. Estampa I-O). Ao
O samouco. Ji yrica faya Aiton. outra espécie semeada. tem. por prime ira espéc ie. mais ulgente:. parece nece uitar da maior
isso. uma distri bu içJo espacial coincidente com a mata do ~tado; no proximidade e permanên ci a da água . Vl5l0 que foi detecUda
- pj nhaI do Povo", que faz. parte do Triãngulo de Qui aios. n30 foi unicament e onde hã indiciO$ evid entes de. no Inverno, o local ser
detectada nos levanu menros lli efect uados . É uma espécie típica da inundad o e aprese ntar. no verão. aquela toalha a poucas dezenas de
~. própria do sue-bosq ue de pinha l e talvez "c., cc ntimetms da supe rftcie. Por u emplo . nos rm~s de Junho de 1991.
subespo ntinca. ou duvidosamente espont ânea, na região litora l do decorrido s mai s de dois meses sem prec:ipitaçll.o. no local de
Centro e SW de Porruga l- (S. CASTROv IElO Ir aI., 1990 . p. 91; no amos trag e m 2. onde ~urge e..ta espécie. a toath a freática esta va a 50 cm
entamc , é uma pena constatar a sua quase inexistê ncia nas iÍreas dc de profu ndidade .
mata privada e até mesmo na estatal. ()<; espéc imes existentes s1l0
sistema lÍcame nle corudos pela base. vindo pcsrenormeme a rebentar
de toiÇL o que não lhes pcnn ite um crescimento para além de poucos
metros. Talvez o seu fraco interesse em termos silvícolas. co mo
produ tor.l de madeira. seja a causa para es te despre zo.
Exceplua nJo Macia 1000gifolia. uma espéci e exótica originária da
Ausuilia . e Utes ruropaeus, norm almente fazendo pane de
associações flortsucas do d omíni o atlântico. as outras espéci es
frequentes nes lól área integram assoc iações psam õfllas da Cíuo-
Lavanduietea (S . RIV .-.s -~I ARn\;fZ a a/.• 1990 . p. 75). Esta vegeteç ãc.
fundame ntalmente suba!buSl iva e arbu stiva. "constitui uma eLapa
avançada na regressão de bosq ues e pré-bosq ues me.so-oligotróficos
pouco exigentes em precipit açõe s (o mbroc limas seco ou sub-hú mido
inferiOlJ mas co m valores do ind ice de tennicidade superiores a 100" "
(idem. ibidem.. p. 75) .
São. portanto . espéci es bem adaptadas à secura relativa destes
ecos sistemas arenosos. pobres cm nutrientes. A liás. a esco lha pré via
das espécie s a semear por pane dos Serviç os Flore stais baseou-se. sem
dúvida. no conhecimento que os seu s téc nicos tinham destas suas
capacidades particulares.
Nas depressêes (Fig. 31) e supernctes p la nas bai xas . pe la sua
situação topográfica. as co ndições hidrológ icas podem ser dete r-
mioantcs no tipo de vegetação ai exis tente (Qu adro 9). A ocorrência de
espécies h igrofil as é uma das consequências esper adas. Ass im•

.. Tm mnologl1 utiliud.a em Biodima&olopa.. por eiIC autor . e tujo lifJUflado


é. nnle Q$() (reli io ~i1efT1ne1 de PorniI".I), panI o ombrol:ipo~. prmpi~6e1
de:35(11 600 mm an.... 1 e panI o lul).húmlOo.prtti pilaçOeI de 600 . 1000 mm. lendo
o ,nfenordt 600 a SOO mm (s. Rrv,u ,MAlTlNEZ" ar.• 1990. p. 8). o sirniflQlSo do
lnd>c:cdelemllC>dUlItlpodeler.,istoilCtlNIllISec.2 .1.
".
ii OUllll Clperãcea, Carrx urenaria L . tam bé m prefere meios onde.
apesar de nllo haver inund:lç40, pelo menos prolongada. do solo. a scopa ría L.. Cal/ una vil /garis (L.) Hull. tam bém aparece nu dunu do
J loo/ha frei lica esteja. durant e boa pa ne do ano. pe no da sua supcrf fd e. Trl dn~ulo de Q uia los {Q uadro \ 01, j untamente com t...eg umloo!>aS
~~~~n~5G;~iJ~:~~=tl~h~~eB;ier~~ ::=P~i~:~c~: ~ai:~
Talvez por isso seja mais fnoquenle noUSuperf ícies planas.

faze m pa ne da Ca/l14tlo-Ulict lt a. a classe principal ~ unais e (ojais


QuADl109: 1n ~nWJ .. rr~iZlolJoo rw~l/""rd"~ e:wprrfi~ pJ~. atlânticos e mediterrãneo- rberoanânncos, ombrórllos. :lCidóftlos e
dou OuIWJcQuialos humícolas (hú mus mor) (idtm., ibidt m. p. 70). dom inantes no NW da

--,
Penín sula Ibérica e correspondendo . nonnal rnente. a etapas regnu ivas
, IQ 16 :!6 n JO J2 36 I) 14 .::l I~ 161 doe bosq ues c3.ducif6li01. A acide z gera l dos IOlos nesta un;~ de

, ,, , paisagem e a sua maio r evo lução. devem ser os factore s <!etenmna ntes
,,
'"""' ........
--
na ocorrência das espéci es deste grupo.
~""''''''''"' ,
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C~ ..,.,..
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/wtn<J , CLa"'",""",••
C."'-"~

......
" ......w~J.

As Ericáceas presentes nesta unidade das dunas, 5110 pralicamente


ex~l~~ivas da,s depressões, mas nas que fazem parte do Triângulo de
Qmllos (IOC8JS 2 e 5) e da superf[cje junto da Lagoa das Toiças (local
25) ; é o C3.S0da Erica ciliaris L., da Er íca umbelíaia L. e da Erica
J
!tI
~l
do difefenfe dese nve tvimee ro alcaru;ado. Um dos factor es eco lógicos
influen tes parece ser a posição topo grãfica .
Uma simples observa ç ão sobre a mala di para co nstatar os
div ersos tama nhos ô1pre5enl:Wm peros pmbeuos, caso es tejam nas
depressões. ~ flancos. ou nos cimos das dunas. Por esse facto
decid imos IlK'dlt c penrneuc à al tera do PCI!O e a al tu ra dos ci nco

••
t
rnaiores p inheiros. na imed iata proximi da de da maio ria. dos locais de
amos tragem . Como . em pn ncrp eo, em cada talhão os pinhei ros têm li
me sma idade. de lenn inámo s .1 méd ia daque les valores para cada
jevantame mc , de modo a ler uma idei a do tipo de dese nvo lvi mento e
ti formare das úvores em cada Jocal.
I Agrupados estes valeres médios pelas cinco pos ições topo.
I grifi cas conside~ (!>.ue de duna. cimo de duna. fundo de oepres-
w. w perficie p1an:le flanco de duna), foram projeclados em gráfico.
I tendo sido também represemedas as ~pectivas rectas de regres-
I são, ,üSim como a recta de rc:gre~ para n 100al dos valore s (Fig. 38)
I Companndo as vári;u. rectas de regressão que d30 uma idei3
I sobre 3 tendênci3 de cresctmenrc das respeenvas arvores e
COfi{rooWldo-U com 3 m:"t.a dos valores totais, pode COft("luir.se haver
I
lteSsiluaçôesdi {~nci3d.U. A base de duna parece COI'Tesponder a uma
siluaçlo interm6:lia enee o fundo de cepressso e o flanco. por um taoc
e o cimo de dunill por outro. De faclO.a r.ua recta aproxima-se muito da
reeta dos \'alores tocais. De qu.llquer modo. 05 pi nhei~ tendem par:l
uma cena Iongilinid3dee possuem valores de alturas médias dos mais
altos registados (3 superiores a 15 m).
No fundo de dc:prn slo e na Vertentedas dunas a lendência é para
os pinhellOS cresceremproporcionalmente menos em altura do que em Fil · 38 - Vari~ d.:IfonJll, dos pmhcilw da5 Ounu de Qw-. ~ I
diãmelro. resulWldol dai arvores com formato mais aUIr.lcado. poI.içioOl:U~lWdulLOJ.~~"doCOllfmato Cnll'rl alIln C llpcri_
Pelo conuirio. na superffcie plana e cimo de duna. as mores l aluo do pc,lO.
(bd- bue fk duna; c:d -<;ilOO dc duna; d _ dt-pm.tJo inln'dunar:, _ ",perfkw ~
tomam-se m:lis esguias pelo pcedomiRante crescimemo em altura, f- fbnco de 4una;M - motdiaJlobal l
proporcionalmenteao engrossamento do tronco. dando formas mais
elegantes c prereríveis para a silvicultura.
I]
I
.i- CA RA CT ERI ZAÇ ÃO BIOF fs IC,\
I DA GÁS DA R,\

/ 4,I - A pa i~gt m

A planura ~ o primeiro . aspecto que reualu desta paisagem. Se


nào fossem os pinhais, o horizonte visual duma pessoa colocadaonde
quer que fosse no meio da Gândara, perder-Soe-ia no infinito; assim.
aquele hori.zonle está.próximo. mas plano..• A1i15. o aparttimento dos
típicos momhos de vento. em pontos onde se nota que nAoboeve a
preocupaçãode procurar uma elevação, um sin.t1 de que aquio vento
é

corre lesto e fácil.


A excepção esu para Sul; aí. apesar de baixa. 1 Sem da Boa
Viagem é sempre o ultimo plano do quadrovisto pelo g:lndarh . Mas
mesmo esta tem um recorte culminante que em largos ~ ~
recuuneo. Ou seja. o gandarês. nas suas refm ncias geométricas. ~
do minado pela linha recta.
A platitude gandareza é perturbada para Oriente quando surgem
peq uenos vales de subafluentes do Mondego ' l, escavados nos
materiais cretãcicos ou terciários. a mostrarem que a espessura de
areias eólicas nao é significativa. apenas alguns meU'05. 1"10obstante,
05 interfhlvios continuam aplanados tal como paraocidente.
A repe nrividad e da altemância das terras de cultu~ com os
pinhaisé outra característica permanente na Gândara. A mterpene-
'I
~I
,"I, uação dos te rrenos de cu ltur.lS forr.lgei m com 05 pinha is. o nde: nuocôl.
,' I se sabe muito bem o que t que invade: os domínios de qul:. t uma
con stante . No enlalll o. ;J.wa dim"i buiç ão não t feita de modo alear õric ,
Co m po nelll~

ela obedece a uma morfologi:a de poemeeor, capaz de determ inar a


maior ou menor capac idade produtiva dos so los. 11 partida bastan te 4.2.1 - Compo nt nttJ gtu morfol6gkas
pobres. Nas ãreas maís baiu ..) a.s cu lturas, nas mais altu os pinhais
(EsUJnpa UI-H ). Choupos e sa lgu ci.ro>. alin hados seg undo as val as Morfologicame nle a Gind:lnl é monóIona. Eua rnonoton
trad uz-se por unu su pe~íC1e geral apltnada que aqui e alml I~
escoantes dos terrenos mais baixes , reuram um pouco de nudez c
mooownia aos campos de cullum (Estampa III-A ). apresen tand o al gu ~as hgei ru ondulaçOcs. 1 CUSta duma té::;
conse l"i aç~ d.u anu gas dunas ou da . ocOl'Ttncia de :ugum substr:uo
A monotoni a d3quda repençâc t interrompida a ocidente, no
COCOMO com o campo de dun.u litoral. pelas lagoas. adivinhadas. rccbcsc mais duto.do que as areias eólicas. EMiIpl3(itude manifeSb-~
mesmo de long e. pelo maior núme ro de choupos e salgueiro s a elevar- pel~ frac os decliv es re gls~ nos leyantamenlM de campo. llQl
-se pat3 o céu. A sua beleza é ímpar: as suas potencialidades enormes: v;irio s pontos-:unos~ s:eleçclonados par3 em unidade: de paiSilgem.
o seu papel ecológico c até económico é importante, desde que a ~en~ca- sc: que. a marona dos declives (cerca de 82'" dos casos) \40
sobrecarga de po lue ntes q ue têm rece bido não os invia bilize po r te mpo IguaIs ou inferiores a 2° (Fig. 39): os maiores valores registados n30
ultra pas saram os 5- .
indeterrmn ado . Elas ~o um testemunho de que a ãgua aqui anda
sempre próxi ma da superfíc ie. fac tor importante numa econo mia

Jl1ruk
agrícola dela tão necessitada.
A criação da vaca le iteira é um outro aspect o constante na
Gândara. Ela é. ao mesmo tem po. produto e facto r de produ ção dos
cam pos desta sub-região. Por e la se alargaram os campos de cultura.
com ela se fixaram e regre ssaram pessoas (M. F. CRAVlDÃO. 1988), 11
custa dela se tem enriquecido os solos, tradicionalmente pobres. Mas.
como a amb ição do homem , apesa r de legítima, é grand e e as ate ias
eólic as, outra omn iprese nça na Gãndara. são extremamente permeá-
"to,
veis. a sua sobeep roduç ãe tem acarre tado uma concentraçã o demasiado o
elevada de mat éria orgânica nas águ as freáticas e nas águ as das lagoas. fi' I' 'Z' l' .' 5'
de qu e resultam co ntamina ções por vezes perigosas para a sa úde do -..
próprio homem.
Esta é uma paisagem com c heiro ; cbeiro nada agradãve l diga -se. Fi. ,J9 _ Dttli\Umodido&_ponIOl-arPlJIW'I,da G1albn.
mas é ainda a vaca a confe rir-lho. Esse cheiro a bosta de vaca
acompanhaquem lá for. esteja onde esu ver; Nisro, como na morfologia. Tal como foi acima referido no enqU3dr.tmtnto geológico tSec\"io
faz lembrar a Holanda. 2.2). esta ãrea é constimida fundamenwmcnle por areias eólicas.
Se nas dunas litorai s a prese nça do ho mem é já uma nota depos itadas sobre uma plataforma marinha. mas ~ue nas.depress&:s.
importante , na Glndan. ela é de terminan te. A natureza ape nas lhe em espec ial. devem ser consider.1das como h ld~hC3.S (8. P.
estabe lece u os traços maiores e lhe co nced eu os parcos recursos que BARBOSA n a/.• 1988). já que sofrerama actuaçJo. numa segurwa fase.
poss ui: todo O resto foi fruto do labor humano, da sua tenacidade . da de processos morfoge ~ticos protagon izados pela água.
sua teim osia em lutar co ntra a advers ida de. Do seu solo. "constru fdo"
ano após ano. at é há pouco. ante s da invasão dos produt os co mu-
nitários. brota va o leite que alimentava um a boa parte da popul ação
portuguesa e a carne de vaca, po r vezes arredia da mesa de tantos
portugue ses.
As dunas estão pCõuicaIT1enle irreccnhecfvers no campo; no
enta nto. através da fOlografia aerea é POSSíl'e1 reconsunnr grande pane
daq uilo que leria sido um exte nso campo de dunas "'., Dece rto que
muila~ já se esbateram de 1.11 modo que mUlIO dificürnente ,se rão
reconhecidas. mas as que se visionam são suficientes para deduzi r que
os ventes dominantes da época seriam dos quadrantes Oeste e Noroes te
(Fig. 40). As cristas mai s longas desenvolvem-se preferentemente
segundo uma direcção NW-SE e em geral ~ flancos convexos das
dun as estão virados para Este ou para Sues te.
Com es ta mo rfo logia . pod em os co ncl uir q ue este c ampo de d unas
seria esse ncialmen te co mposto por d unas paraból ic as. imbri cadas um as
nas outras . de tal modo que construiam e ntre si dep ressões fechadas .
neste momento eSl'entrokias pela insulação e dese nvo lvime nto da re de
de drenagem que pouco a pouco foi capturando cada uma dessas
de pressões".
Imediatame nte a Su l da Lagoa das Braças desen volv em -se d uas
o u três vagas de du nas que quast' atingem a Estr ada Nacional 109 . e m
Casal Novo. igualm ente parabólicas. mas q ue. para alé m da forma.
pouco parecem ler a ver com as suas congéneres a Les te (Fig . 40). Pela
sua afmra, frescura dos flancos e vegetação q ue comportam. são ruais
semel hantes às do campo de dunas si tua do a Oeste. Ê posswel qu e
lenha sido areia, po r qualque r mouvo desp rotegid a q uando da ultim a
fase eólica. q ue o vento teria tom ado e redi stribuído seg undo dunas
daquele tipo : ou e ntão. o que parece mai s provável. se rão dunas
comemporãneas das da segund a gera çã o tv ide supra " Dunas _
Componentes geo morfológicas"). frequ entes no "T riângulo de
Quiai os'' . o nde domi nam , ta mbé m. as parabólicas . Ne ste . como
naquele caso , as dunas ainda apresentam uma ce na frescu ra do s
flanco s. o que denota um a idad e hist órica rec ente .
Q uando as dunas s30 drenadas para Este. para a Rib' de Foja.
afluente do Mondego. atra vés de pequenos ribei ros. ou valas. este s

u Esse cam po e.u;tIder-te · ~ IYlI.is pia Ocide nte. por baixo do actual ca mpo de
dunas qllt fCJml' IS ctwn adu Ourw de:Qlllaios e Dunu de: C1ll1wm ClJe.Al guITI&~
SClIIdagens efectuadas, por exemplopelos Serviços Florestais, tem revetado a surn ipa
60s l.O!otpodzol. fouil i7J1do! a cercade dois meum de profundidade (ccmualceçãc oral
da Eni" Sil\licuhorll. Aida Femlllldn . Oim:torada Circullscrição AOl'Clllllda Figueira
<.ia foz). Alih. Junto a Quiaj~. surge CIte mesmo 10010 com uma SUtr.llpa bastante
dc:scnvohilb. ~ dunas basunte esbo.lidalque de:l .lp=em IOJoa t' orte. cobertaS
por outras mail recemes (" jM sup ro CompooentCl leomorfolÓIW du durw).
.. N.Ioobstante. t frequcllle \lcnflCaT·se UITI& cena IC\Imulação de:' gWl11010010
que pode rnesmoaflorar 1 l uperilcic. lIOII periodOli mail chuvcsce, nOl rundosde:s.s.as
deprulÕel. knndo ao eesenvotvsmemc duma hidromorfia 1101 1010s.
_.-
ucc.'D'"
_

~
___ --
CnIUI". . .

Ú"-N J.o5crr. ... ... V _

Fi g , 40 _ Esboço geomorfológ i«l d.1 ma .&IllO'trlI da G~

Nas vertentes que podem chegar a atingir os ·10° de declive.


destaca-se uma pequena cornija. no mâxlmo com um metro de
espessura. formada por um leito paniculannenle duro que é o horizonte
8 do solo podzol. tão generalizado neSI3Sareias (Eslampa III-D). De
cen a modo. vai sustendo a tendência para uma rápida evoJuç.1o d3S
vertentes compostas por uma rocha perfeit3menleffiávelcomo s30 as
". . .,
ardas. De q ualq uer modo . a fone permeabi lidade de sta s are ias e o fac to Q uase todos os sistemas de duna...do favoráveis à constnlÇ~ de
da "surraipa", quand o co ntín ua. funci onar c o mo níve l imperm e ável à de pres sões fechadas no seu interio r: a, dunas parabólicas. em especial
ãgu a, deixando-a infihrar-se muito !e.ntame nlc . per mite- lhes mant er o qu and,:, imbri cadas. co mo é este caso t Fig. 40 ). são particula.nnenle
decli ve ainda ace ntua do e o perfil rectilín eo. aba ixo daq uele nívd duro . pro pfcias a esse fe n6 meno . Se a esta s i lU~ão se juntar a proximidade
do et vel Ire áuco da superffeie. pelo menos nos pe:riuJus mais húmidos,
a acumulação de ág ua é muito prová...el. Para isso também contribui o

.
~I
.. fraco dec live do terre no e a exhlência dum nível impermeá vel próximo
da superfície. Neste caso. o decl ive geral. da área das lagoas até ac mar,

~[.. . I! ce rca de 0,77 %. de facto muito baix o. De igual modo, os furos


efectuad os j unto da Lagoa das Braça, e da Lagoa das Toiças, de
"." .... " .: . : . '
pesq uisa e ca ptação de ág ua. para dislribu iç30 domiciliária. revelaram
que , e m média. a cerc a de 3.6-4.5 m. no primeiro case e 2,4-4 rn. no
se gundo. surge uma formação creoo-argltosa com burgau. por vezes.
Fi• . 41- Petfiltnns,eruld.t vwd.l Vela. 500 ma jusanlcda E. N. 109. praticamente só argila que parece funcionar como nível impermeá vd
8 1 - l'ui zOfIte bumofnruJlnoso (Mw rTlipai do 10 10 podzol (Fi g. 42 ). Mas. imed iatamente por cima . é usual o apareciment o dum
ní vel arenoso ca stanho. ma is ou menos escuro. a cerca de 2.5:tO,4 m.
o fundo plano ente nde -se se pensarmos q ue. co rre ndo a ág ua num junto à Lag oa das Braç as e 1.2~.4 rn. junt o à Lagoa das Tciças. que
leito norm al de ce rca de me io metro de fu ndo po r cerca de do is met ros pare ce se r o nível de -s urraípa " dos solos poc zcl contemporâneos dos
de largura, qu a lquer ch uvada mai s inte nsa. e m especia l nos Invernos da superfície da G ândara e que poderão . também. exercer alguma acção
chuvo sos . (ará transbordar aq uela ág ua q ue facilment e mobilizará as de impermeabili zaçã o relativa. Nos recentes trabalhos de limpeza e
areias homom étri ca.s e re la tivamente fina s• •ul!: à base da verte nte. npm fundame nto da Lagoa das Braças, esse ~ fvel de "surraipa" negro-
aplanando todo o co njunto . -acastan hado surgi u a 1,5 m de profund idade. Como também já
Quando. mai s para Leste e Sul. a to po grafia se de se nvo lve so bre referimos. nas dunas a oc idente já foi detectad o este nível a cerca de 2
arenitos . mais grosse iros o u mais finos. do Cre tácico o u do Terci ário. m de profund idade nal gun s pomo s. o q ue.sugere o p-:ol~gamento das
e ntão as form as das vertentes dos vales o u das co linas adqu irem a du nas da Gândara bastante mais para OCIdente. do limite a que estão
normal feIção co nvexo-côncav a. Exceptua-se o fund o dos va les que se ago ra co nfi nadas . a linha das Lagoas .
mantêm planos, i cu sta das are ias bidro-e ôlicas, entre tan to tran spor -
tadas . e também, de cena mod o. i cu sta do trab a lho do hom em . A B
Quando a es tes arenit os se juntam os calc ários do C retácico
m édio, e ntão a topografia eleva-se . salientand o- se da pla taforma o nde
~sent~.m as dun as. para for:mar pequenas c o linas alonga das seg undo a
disposição daqu e les ca lcári os que , dec ert o. teriam fu ncionado co mo
relevos ~siduai s quando ~o ap lanamento ge ral. O caso mai s típico
talvez seja a ele vação do Pincho que se pro longa em arco até i Co va da
Se rpe, cerca de 30-40 m acima da superffci e da Gândara.
Um dos co nstit uinte s mais cemctertsuco s desta unidade de
paisagem e q ue. de cena mod o. serve m para a delirnitar a oc ide nte. são
as lagoas qu e desde a proximidade de Quiaios se along am em direcção
a . Nane, .segundo uma linha mais ou me nos rigida. Os ele me ntos
d lspo.níve ls para e xplicar a sua génese são escassos. os argumentos
frãgeis, mas , apes ar disso. arri sca mos lanç ar uma hipótese de ex pli-
cação que nos parec e ser a mais 16gic a.
A inundação. pejo menos temporãna, das depre ssões inlerdunicas - PrOC~JJ OS morfogtntricos
seria mais frequenle do que agora. atendendo 1 dificuldade de

com~~ ~me:~;~~a~~ ~~ ti~; ;:~':c;ve~r;af~;~~:


insul ;lÇAo duma rede de drenagem em função do fraco declive
apon~. da própria morfologi a fechada do siste ma duna!" e da
inexistenc:ia de imervenção humana a poder altera r lodo o conj unte m~lhzável - as areias eõhc as - não admira que os processosmortoge.
nalUraI " . Mesmo com a intervenção humana a forçar a drenagem. n~IICOS dete ctado s nos pomos-amostradesta área sejam. tal como para
nalguns. locais, no Inverno, ainda se acumula água em extensões as dunas recentes a ocidente, o "splash" e a esco rrência .
razoáveis". É o C:lSO da depressão e~tre a Lagoa do Palhal e a Lagoa . O ..~" verifica-se com maior incidêncianos pinhais. onde
das Braças que apesar de ser ~rcomda pela Vala da Lavadia que liga rareia :I vegetação do sub-bosq ue, evcruualmeme por ter sido retirada
a segunda lagoa ao mar. DOS mvemos mais chuvosos dá origem a um pelo homem. por cone ou por queimada e. em especial. sob os
espelho de .igua numa C'JtensAode cerca de 300 m por 50 m (Esum pas pinheiros mais ahos. E nas suas folhas e ramosque se vai concemrar a
IV·A eIV-B ). água em goras de grande diâmetro, capazesde atingiremelevadaforça
Nas depressões de cola mais baixa, instalar-se·iam lagoas cinética. já que partem duma altura bastante para alcançarem a
permanentes, cUJa manulenção em umcamcme. posta em causa pela velocidade terminal (v ide supra Sec. 3.2.1). Desdeque as areiasdo '\010
escorrência lateral que muítc paulatinamente ma colnu lando as suas estejam expostar.. a estas golas. elas facilmente as fazem saltar.
marge~. e pelo vento que. em f3.SCS ~e maior roli zação, poderia redistribuindo-as pelo espaço envolventee em particularem direcção
en ~ulh.3~las completamente com areias rellr:l~ quer da praia. quer das ao fundo da vertente, quando e...ta existe. Deste modo, vai conuibuir
propnas dunas. se não esnvessem fixas. rena sido o que aconteceu para o aplanarnemogeral da tepogrcfia. A sua acção ~ fracaa moderada
pelo me~os no período coms pond~ nle !l segunda geração de dunas. e raramente unrapassa os 50 % da área, talvez por estar fundarnen-
materializadas ~Ias dun:LS do "T riângulo de Quiaios'', prolongadas talrnenteconfinada à scbccpc das árvores.
decerto a.li préaimo das actuaIs Lagoas (como acima referimos) e que A~. difusa e por vezes linear. foi deteCl.1da em poucos
tenam feito desa pam:er munas delas te contnbuído para o acentuar da pontos-amostra. em cerca de ~ do 100al e o seu grau e a m a por si
dl ficul~ de drenagem da água para ocidente. fazendo ganhar afectada são semelhantes aos do "splash". E mais frequentesobre as
:~~~:a às que ficavam restantes, neste caso la/vez j :i as que agora formações não eólicas. arenúicas, ou arenosas. das proximidades da
Serra da SOIlViagem. A maior hererorneuta. com a inclusãode finose.
.A. ultima vaga de dunas. com O seu avanço at é à imediata nalguns C3l>OS. uma certa consolidação. parecem ser os f~lores
proximidade ~s lagoas, veio cotmar ã,las parcialmente e acentuou a determinantes no desencadear deste processo. Os trabalhes agricolas
travagem da clfCUlaçào da água em direcção ao mar. Como a segunda também lhes andam muilas vezes :bsodados, desde que haja algum
~eraç30 de dunas.parece ter evolu ído até próximo das lagoas e esta declive do terreno.
uluma geração 11:\: u~ ccmportarnemo semelhante, avançando CCfCi.!
~~~~~~~~ar:Ji~~=;: :s~::,:nll~~t~~nha de cesta. as lagoas 4.2.2 - Compo nenles Ik'dolóGicas

Ou variáveis considerWi no levanurre nro de campo. algumas

~:a~:: ~~ ::::::~tã~:'a~~n~~~ae::::i~~li~~, ~~;g~~~


caso da pedre gosldade e rocosidade que, por causa da composição
exclusivamente arenosa do substrato rochoso, apresentam. por
defin~:::;~~:r=~ ácido doridriro é sempre nula.Tema
va. decerto. com o fact? da id3dedas areiasser suficienteme;lte~~
para que os seus consllluintes carbonatados.em gemi de g fdos
génica,como nas dunas mais recentes. lerem Sido totllmenlt destru .

~ ~L (Q)1 ~(Q)(Q)® 'íl.~ : ~


o
Quitas vlJi,helJ ln01U'am uma muito fraca vlJi~1o npacial. pelo o mes.mo se pan :r.com :r.textu ra que é sempre areno sa. mas
menm quando $C ew. sobre ou m iôlS ~ljCiU que 5.10 o ~erdadclro pode. no entanto e nalgun!> daquele..casos referidos. ser um poucomais
JUbsu;a1O ,~5, e IÓ parecem modificar-se quando e\t1o em per.:lda - llreno-frano;a.
~ douuo Iipo de 1le1:lS que OCOITCm em pattKUlar mau junto à A It!otru tura do(J) horitol'llle( s ) supcri or(CS) tem um comporta-
Serra da 8011 V"'tem.. Enu vlJi 1, \'t'1SsJo a dttD.utm. , 1a1W] e a ment e 5C.'mclhante à textura: é particular, ou sem estrutura, como
01Dl"'P do hooron1 r A (ou honzonlU superiores - AE - caso o perfi l pufercm os agrónom05. podendo nalguM daqueles CMOS rerenõos ser
scjaAEBC ). agregada - granulm:r.ou amsofcrrne.
A dn n8111'm, par.1 uma escala de I a 6, exibe em preuc ameme
rodos 01 lOJas. valores de ., e 5. ou seja. boa a muito boa d ren age m ,
Quando muíro. naJ,uns JOIos deKn~ol vid05 sobre &-\ areias que
fomwn a superflciedr Qui Vos . ou soore a pane terminal do " , Iacis"·? As OUIIõU variãveis pcdo\6gicai parecem variar espacialmente de
do fundo di \'cncnte Norte daqllCla serra. por possuíre m jll alguma acordo com as diferenças petrográficas apontadas. mas em especial
pcrrcn l:lgern de liDOS, a drenagem pode baix ar um pouco. mas ainda é co m a .:Icçãohumana sobre o soto. ou seja. nora-se um contraste entre
moder.adaa boa (Fig. 43). os solos agricultados e 05 n:kragri cu1t:K1os. Não admira. pois todo o
conjunto de acções mcdnicas e quimic3-\u ercid.1spelo homem. .:10
tentar mclhor3r um solo li panid3 pobre. traz implic3ÇÕei na sua
co mpos ição.
O perfi l do solo. pela acção dos gr~;eios . aparece perturbado IIOS
horizontes superiores. Em regra. os horizontes A e E são misturados e
homogeneizados pelas lavouras. ~ modo quc o perfil do solo fica
ABC " (Quadro II ). Nos n»-agncultado.s. X(ui quase sempre com
pinhal. o perfil do solo cs.tá completo e é AEBC. Também resrecase,
se a intervcnção humana soe re o cobert o vegetal é Importanlc: por
e xemplo. atrav és da apanha da.caruma e da roça d? mato. a distinção
entre os dois horizontes supcnores não é mune nítida, aparecendo o
horizonte A acinzentado, apenas um pouco mais esc.uro
do .que D
horizonte E. pela falta de incorpot1lÇãoda marériaorgimca hamíficada
que lhe daria a tonalidade escura típica.
A espessura foi med i d~ unl cam~ ntc nos horizontes superiores
sempre que a surraipa do horizonte B Impediu a ~neln1Ção. da sonda
pedol6gica. portanto. teremos cm atenção só os horizontes acnnadeste.
Em grande pane graças à mistura provocada.pe.lôlS .Iavouras. o horizonte
A nos solos agricultados. tem umacs.pessUf1lSlgru fiC3tJ~a -ncstecaso.
9Ô%ultrapassa os 30 cm; nos n ~o- agri cull.:ldos. apenas metade desta
percentagem ultrapassa aquele valor (Fig. 0$4).
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Curiosamt'nle. para a espe ssura acim a do hori zo nte B, o
ccmportamenrc dos solos nas duas situações tom comparaçào é muito
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semelhante (Fi!. -IS). o que pode indici ar que a princi pa l evofuçâc do , • < <lO\,; .. ... E
soroSe"rert.. \-erificado .ulles da acçào humana e que após o início dc ~la,
ela n10 iDduziu, ou facilil ou. a monogénese e a pedog énesecapazes de
• '!lOllo.;
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difmnci.1t significali vamente os so los nos do is C3S(X. O fraco dccl h 'e
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da área e a fone pe~abilid.1dc das are ia\ pod em ser a C3Usapara este
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O 15-29 :»49 SO. . [;] ~ o <o u e
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~I.I das espeuurn (e m cml doo honzon trl lICi/Tl,;( do B.
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Fil · 4S - Fmjut nc:i.1
~11ll1Olol.plcu ll.ldlll(cu lt) eOl~apicuIL1doll pnb). n.o.G.JlIlbr:l
• <uu
• · e • <1lÕ =U as ... ~
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o p I{ tem um compon ame nro também se me lhante, em bora neste
caso as difere nçlU mais nüida s se registem ao nrve t do horizont e B. No
" ~ .u .. · - ~
geral, o pH é ácido , ou muito ácido , result ado da fone pcnn e3bilidade
e ~a pobreza em con Sliluimes bdsico s, da are ia e da cobe n ura vege tal
aCldlfican~e. mas, no pormenor. podem surgir medidas dtopH neutro
<
< • < ;I.I "' U ... ~
quando a Intervenção humana é intensa. ;, ~ !:l...: '" 3:...= ~
<
0. ~
r'" i u:Ol J
, HA
Para alo!m da difere~ciaçl\o e ntre os 501o~ agricultad~ e não-
.agricu lta~os. há uma pan lçl\o espacial entre o, locai, junt o da Serra
da ~oa Vlage'!l e os ouu:os mais a Norte, no que respeita ao pH do
ho rizonte A ~ Flg. 47 ). MaiS pe~o da S~rra. o pH e menos ácido quando
os solos se situam sobre as an: 1as marinh as, o u mesmo básico quando
eeuo no fu ndo do vale da Rlbo de Quiaios. Neste fundo de ...ale. a
razão de t âo gra nde discrepânc ia de v e-se . decen o, b inundações que
o sole sofre de águas vindas da Serra e carregada s de bases
d issolvidas.

.. LEOEllDA
o ), S - 4.4
O .,s. s..
O ""s . ó,.
e ó,5·1.•
• " S· 9,.
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L. ..
do

D...ude Q~ \ o o
I~ - - """'_) o o
FiI-.l6 - F~ia., ~Uladt pH nos nonlOnlesA e B lb!oO!o§ dolG51ld;an, ,,~ __ - I o
~ndu" ~ IIWQ ob <:W.>C J.j ~,J . .5doi. ...j.5 .J; 6 W. 5.5-6.4 e 7 doi. 6.5-i.4;
1:U1&- ~ aJTlÇllJlÜ)s e tl1b- ~ nJo-"J:rlcullõltJln. : :~:~=?;'QaU» o o 'b o o
No caso do horizonte A apesar das med ianas das frequências dos
valores de pH. nos so los agricultados e n ão-agricultado s. ca írem a mbas ::r~~J1l
'\
--.:. . .-__
0 0
0
0
o o o
°0

~ b> - - -- - -- - ,~~
na classe dos 4 .5-5.4 , nora-se que nos segundos há maior tendência
para a acidez. pois há quatro registos na elas-e 3.5 -4. 4 e nenhum 03 6.5- -
-7.4. CnqU 3n10 nos agricultados há mesmo um registo nesta última
classe c nenhum na de J .5-4,.t M as é no horiz ont e B o nde a dic otom ia
é mai s marcante porque o pH nos so los ag riculta dos so fre uma
fi g. 47 _ Distri buiç30 do pH do hMLOlIIe A.doIlOloI da~
destcceçãc IÚtida para o pouco ãcidc c neutro (Fig. 46). Os não-
-agricultados ainda continuam a apresentar solos com horizonte B
muito ácido. enquanto 30% dos agrículradcs já são neutros.
-Solos-tipo
A diminuição da acidez no horizonte iluvial dos solos agricu l-
tados decerto, a co nsequ ~nci a do arrastamento cm profundidade . po r
é ,

lavagem. de alguns constituintes dos adubos e estrumes aplicados à


superffcíe pelos agric ultores. Como o horizonte B é pouco permeáve l-
Os so los mai s tfpicos da Gânda ra. de dislri b ui ç ~o quase
ge neraliza da, são os solos Pod zol. Pelo men~s quando as areias
origem eólica, está sempre presente um horizonte 8 espesso, o ,q .
são:
a maior pane das vezes apre senta -se co ncrectonado _ ar se conce ntram la rec ipitação e acumulação de Óxidos de fe~, permite a
aqueles constituintes qufmicos que podem alterar significativamente a ~luti~açll.O das are ias e o desenv olVImento duma sumu pa (Eslamp.1
composiçlio Ilsic õ-qufmica do so lo àqu e le nível. nom eada ment e o pH . III ·D).
o so lo le vant ado no po nrc- amostra n ." 40 " , dedicado à
agricultura . com partiCtllar de$taque para a cultura de forra gen s para o
g3do e por vezes de horticol:L~ dá uma ide ia dos so los da Gândar3
sujenos J. esras condições anutlp icas (Fig . 48 1. O bonzonte A, espesso.
~ultado da mistu ra. por lalloora. dos bonzontes A e E tem uma cor
cínzema muno escura e as pan ículas minerais co m dificu ldad e form am
agregad os esdllei s - . sendo li estrutura. po na nro. parti cular, co m um
inicio de lendencia para.a agregaç30. O p H é pouc o ácid o e nào há
qualquer rexçlo com o He I.
Imed iatameme por baixo vem O hori zonte B. cuja espess ura não
foi passive i determinar; porqu e. ape sar de não muito co ncrecío naoo .
dificultou suüc ienteme nre a penetração da so nda pedo lógi ca par:! não
permitir o alcance do seu fundo. E.~tll relativa perda de coesão d as
OIrei:J.S neste hori zonte pode dever-se ao maior enriqueci ment o do solo
em ácidos húmi cos . pro veniente s da alteração dos estru me s fornecidos
pelo homem e que pela sua tend ência em se co mple ...arem co m o s
õxidcs de ferro , roub ariam parte des tes àquel e horizonte .

.'mi'. . n M .,

,. B \DYl:lll
' ... l lDYlY.l

Fi, . 48-Sut Ol.!ipolbGInd;u-:t.qu.ondaalricuhôldolIAm401


ou~a&ricultadoo IAm ~1)

A co r é castan ha . mas co m freq uentes manc has cas tan has


acinzen lallas ou cin zentas muito escuras. O pH é fraca meme neutro e
não há qualq uer reacç ão co m o HO . Pode ser classi ficado co mo um
solo pod;,6lico orcropi dico.
Há casos em que apesar do solo estar ccupadc ~ pinhal. peL1. ~
posição topogrãflca no fundo de ~press!o interdúOlca e por ter ,,51do
outrora cultivado, o seu perfi l é muito semelhan te ao da 3lTlO5tra n. oW.
A textura do horizon te A é mesmo arcnOofrancn 00 frarco-erenosa, pela
'56

acumulação relativa de algu ns fin~ . o que torn a li estrutura ag~gada. O Lu vtssolo ocorre num pinha l que frequentemente é sujeito
em regra anisoforme. Uma cert a dificuldade de drena gem pode induzi r
o infcio do desenvolvimenlo de hidro morfia. tom ando o sole
fX"ko/i:Pdohidromórjico. . .
l roça do mato e l apanha da caruma. o que lhe deixa disponível
pouca ma téria orgânica para a decompo sição e incorporaçlloo no
hori zon te A . Dai. talvez, a difícil disti nção entre os horizontes A e
••
Mais próximo da Sem da B~a Viagem . onde a litologia é
mais divers ificada. apesa r de mais uma vez serem roc has no
fundamt'm.al quartzosas , OS solos dominan tes são os Cambiuolos
E. co m uma co r cinzenta cl ara e a estrut ura particular. O horizonte
B, casta nho amare lado escuro. manifesta bem a acumulação de
ar gila . de que resulta a textura argilo-a renosa e, em simultâneo. a

(Fig. 49). Esfes podem ser represenlados pelo solo do ponto-a mostra 65 es tru tura agregada. Este solo evoluíd o. cuja espessura não atinge o c
(Fig. 50). meio met ro, apresenta em lodo o pe rfil um pH ácido . um pouco C
abaixo de 5. I
...... I
I

'f!
4.2.3 - Componm les jl orÍ5tictu
. " - - A I
Nos pinhais. cujos es tratos arbóreo e subatbóreo são dominados
" -. _ . •- _- B pelo pinhei ro bravo (Pinu.spinasser Aiton). mas onde já s.e começa a
I
I
:ti ,' . - - " notar a presença do eucalipto (Eucalyptw globulw Labill.), o subo
1(1) .: .. . . . ~... C bosque . concentrado oos. estra tos s~b~uv~ e herbáceo. c.omposto
é
I
_ '. :.;...•;:; : RM esse ncial me nte por Irutic os as eu ãnuco-meonerrâneas. Pontificam o I
tojo t U/ex europaeus L.) e a queiré (CaI/una VII/garis (lo) Hulí.),
acom panhados. nalguns casos. por urzes como f rica umbellat~ L e
Erica auuralis L pertencentes ii mesma classe fitosso:iológl~a da
Calluno-Uliutea Br.·B I. & R. Tx. 1943 que parece 3qUI dor~\I~ar à
cus ta dos terre nos silic ioso s ácidos, os quais ajudam, ahãs. a acidificar

A textura do horizonte B é já um pouco mais fina do que na (Qua~t~;\ondições são também favorá, ·eis l presença do
generalidade dos OUIrOS so los desta unida de de paisage m. à custa da fClo-o rdinário (Pteridium aquilinum (L .) Kuhn), o qual. aprO\el(an~,
acumulação de alguma fracção argilosa. ou siltosa. O pH. nos vários talvez . os frequentes cones daquelas plantas e a l~~~ fortel~;ra~~
horizontes. é men os ácido do que nos pod zói s da s areia s eólicas. A co r. dade co mpetidora (J . BRAU!'l-BlAI"iQlJET .er aLo .. p'. .
em tornodo castanho. nunca atinge os 10 0 S anegradcs do horizonte B medida em que pode dissem inar·se \legetau'·ame~te. fOI. probfer::r.ndo.
dos podz6is. nem a tonalidade acinzentada da s respectivas ma nchas . de modo que nalgumas amostras é mesmo a espécie dominante do sub-
Também. como era de esperar. não há qualq uer reacção co m o ácido
clorídrico . ao longo do perfil. bosqu~pécies mais medite rrâneas. em regra pertencentes à alclasse
Apenas foram registados um fluvissolo e um luvíssolo. respecu-
vamente no fundo do vale da Rilt de Quiaios e sobre os arenitos do
~isto.Lav~nduleua Br"Bt~~:~~~~~~~~:::~;~:::ii:
Creu cíco inferior, prõxlmo de Casa l do G relo . f~~:s:cl~oa ~~~~:~a~vifofjw. l ... domi nante n~~;u (~~~ ~:,:
O Fl u víssolo. assinalado no ponto-amostra 37. é relativamente .amostra. assim co mo a caman nhelra ~C~~al 'Cinum (L) 1(. Koch
pouco espesso. para um solo de aluv ião (25 cm) e de textura areno sa. Halimium halimifolium (L) wnn., Hal~mlW; ) ampaiana Rozeira)
co m alguns seixos misturados. se ndo alguns de calcário. O pH é básico. e o ros~anin~o (LAvandu~a st:~::::te~ :~ ~~~ de dunas lilor.lls
~Ivez motivado pela riqueza em cati ões básic os das águas da ribei ra.
vindes da Serra da Boa Viagem e, com excepção dos se ixos ca lcários . ~~~~~:sm~~; t:;'~:~ : omo já foi ~ferido (vide supra Sccçio
não há efervescência com o He I. 3.2.3).
QuAllllO 12 _l n..m Unol rnllUdol cm pinUi,~ GinduL

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POIim. há pinhais desenvolvidos sobre terre nos outrora cuhi-
vades. onde se mamêm, ainda. com grande fidelidade. espectes
ruderais, associada! a outras típicas já de fases mais adiamadas doi
evofuçâc para uma formaçoo natural secundária (Quadro 13).
Qu ...cao 13 -ln~cnUnol cm pinhail OUlfonculli y~. na G!nchra.

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No primeiro caso. salie ntam-se a tá...eda (Dirrichia viJcoJa
Greute r) e a ~i h ll ( RjlbUJ Jp.). A táveda parece w:r o primeiro subar-
bust o a domm~ ii formaç ão vege tal que sucede ao abandono dum
terre no pela ag ricultura. A acáci a (M acia lo"s ifolia (A ndrews) Wllld.l.
també m frequente. ~ uma in vasolllopor excelência, bblando que ocorra
nas proximidades. para facilmente proliferar nos leITCI\O!I ernretanto
libertad os das práticas agric olas.
No seg undo caso. 530, em regra . subarb ustos adaptado!. a solos
ácidos, como o tojo (Uk t ~uropalUJ L.), o yganho-mouro (CiJ IUJ
""'"
sa íviifolius L. ) e a que iró (CaI/una \·wgurlJ (L .) Hui!). Em ronj ugaç30
há espécies que parece m funci onar como autenticas rehquias daquilo
que seria. pro vavelmenre. a ...egetaÇ30 natu ral da área . Rderi mo- nos !l
'"
c arvalmça (Qu~rrus lw it/l1lica Larn.) e ao car..albo-cerq uinhe (Q~r­
cusfag jn"a Lam.j as sociados. em regra. com os bosquesme<lilerr.\ncot
da classe Quuulra iliciJ 8 r.·8 1.1947. O seu aparecime nto ~ ponrual e
nzc uhrapassa. ainda. o pane arbustivo.
Nos terre nos cultivados . a ocuparem quase u.c1usiv ame nte as
depressões interdu nare s. ou o que resta delas . a ..·egetaç30 espo nt1nea
que surge ~ cons mu ída por nilfÓfilas herbéceas. Em regra. s30
dominantes espécies como a erva-lanar (Hoícus lanatus L ). o san-
mago (Rap1lJJ.nus raphaniu rum L. ). o olbo-de-mocso ao/plS b,ubaw
(L.) Gaertner). a gorga (Spl''BlIla an ·"n.siJ L. ), H)'pochat rU radicata
L. . COfl)'.Ja bonaritn.siJ (L.) Cronq .• C1u:Jnuumtl um mwwn (L.) AlI. e
nalguns síúos pisoteados Poa annua L .
Nas peq uenas valas ou regos . que muitas v.ezes limitam as parce~
cunív cdas e as ajudam a dren ar. é frequente uma .\·e geuç30 mas
permane nte do que a dos cam pos. ..is to não estar sujeita aos amanhos
anua is. pod endo sofre r de tem pos a tempos um co rte a fim de f3Ciliur o
esc oarn emo da ãeua, Aqui e além surge m alguns chou pos (Pop.JUJ
njgra L.. em partic ular ). nonnal mcn te nas valas ~or:s . e algu ns
••
vimeiros (Saiu sp.). mas tão dispersos que estas .es pécles np~colas não

••
chegam a formar renq ues, como é usual em condições natu rais.
Mai s co ntinua é a ve getaç ão herbácea. com Brachipodiu,"
EsT.IV .c - 1'4lt tk AIIU, s....... B.... trl4l''''' ISO UCI{>ri lll l ,.". M iD, '''ln corn ij4s . A c:omijli inferiOf no phor nlcoides (L. ) Roem . & Sc h~ll a salie ntar- se das outras. tanto por
8a joc:iano m6dio e a I UpetI(lr no 8 1lOniano inferior. Nos Ialudo:laNilo das com iju u il ttnl
ser mais alta. co mo po r preferir o cimo das margens das pequen as
dep6li"" de 'intenl e parxon,1olno:ritieoI heterofTltlri eoL
valas apro vettando talvez. a maior drena gem do solo nesw sltuaçõcs.
visto · nlio ser prop riamen te uma espé cie higrófiJa. Com poruune nlo
se me lhante te m a tan cba gem-m enor (Planrago íanceoíata L·r
Higrófil as são as ocuas espéc ies que. e m geral, as 3companh.1mm ~ s
para dentro das valas : Callitriche stagnaliJ.Scop .. M~ntha rorUfldif~I.Q
(L.) Hudson (hortelã ), e Rorippa na.nurtl um-aquaII Cwn (L. ) Ha) ek..

(ag rilio).
5 - CARACTER IZAÇ ÃO BIO FíS ICA
DA S ER RA DA ROA \ 'IAG H t

"'I AlbenolW,19o&Q,p .!~

S.1 - A paísagem

o mar é o fulcro desta paisagem. Por ele penetroua Sem com o


seu Cabo ~ é este que paga pouco a pouco o tributo dess.a ou~ia.
cobrado pelas vagas abrasivas que paulatina e inexOf1lvelmenle lhe: vio
fragmentando e retirando a rocha do seio. ~ M h:i uma retribuição e
essa é dada pela moldagem de formas ,·igorou.s,porém elegantes que
o embelezam de sobremaneira.
J:i foi este mar que. quedado a dif~renles alunas em divel'SCK
tempos. lhe talhou e aplanou o cimo, ou lhe deixou paumeres suaves
que. embora descont ínuos . servem para 3doç:u aqui e além o abl'uplo
do relevo e facilitam o poiso a co nstruções de apoio !I naveg;)Ção. Pelo
mar e para o mar..•
Noutros tempos afastou-se da Sem e esta, libertado seuercosto.
emitiu e espalhou sedimentos que revestirama sua base. Situaçàonan-
sltôria porque o mar. na sua üluma oscilação. subiu e lrilgoucom Iacili-
dade a maior pane daquele manto.
~las o mar n30 fez rude. Ele traçou as grando:slinhas. moldou 3
Sem em grosso; os pormenores viriam a ser traçad os por OUtr05
agentes.
Em primeiro. a água pluvial que. organizand.o-se. c~voo ravina..~.
depois barrancos e depois vales. Os fortes des níveis propiciaram o seu
profundo encaixe e este viria a desvendar li estrutura rochosada Serra.
re
operaç50 acompanhada pelo mar no desman telar do Cabo. É esta Para Nane. a Se~ desce ~ fo~es ressaltos, prota gonizadm, por
estrutura que dá gra nde parte do cunho paiea gtsticc à Se rra. A alter- escarpa s. e m re gra vestidas por plnnelros e arbustos. entre as quais se
nância de difere ntes car acte rís ticas Ifticas dentro e en tre llS form açõe s desen volvem cabeços mais ou menos arredondados. produto da
geológicas. permite o aparecimento de impon entes cormjes, viradas bran dura da rocha calc0tnal'i05ll.
para os quadrantes ocidental e setentrional (Estampa IV-C ). Para Sul. a Sem começa por descer pressurosa, para descansar
A escassez. ou mesmo au~nci3., de vegetaçâc. para os lados do em lo ngo manto como que a fazer a cam a para a cidade se distender
Cabo. faz s;llienrar a crueza des tas forma) e e mpres ta-lhe imponência. De I~ lc io mais rectilínea e vestida do verde escuro dos pinneirCK ~
Nem a profusão de depósitos de vene me. co nstruídos noutr os tempo s euc.allptos. quando não.queimados pelos fogos c rcücos. toma- se depois
de maior rigor c1imálico. co nsegue sonega r a tendência para a vernc ali- mau recortada pelos nbetros que. ao sulcare m profundos vales. Tn.:'lis
<fade dos seus planos . ou menos paralelos. v30 deixando inter1luvios relativamente sua"'es
Para o cimo e para O rient e as formas adoçam-se: as escarpas, que o home m. ano apõs ano. vai salpica ndo de casas encosta acima,
q uando existem . vão se ndo cada ve~ mais ténu es. as arestas vila Se. para o lado do mar. aquela vertente se perde no lo ngo areal da
desaparecendo. as cons truções poliéd ricas d3.0 lugar às arre dondadas. praia da Figue ira. para terra. ela termina subjugada pelo empemg ar
A diminuição dos desntveis terá con tribuído. decerto. para isso . brusco da coste ira de Salmanna-Lares, a negar-lbe a união nalural com
Quando se ~U sobre O cimo . que vi..to late ralm e nte é plano. o estu ãric do rio Mo ndego. A encosta None, abrupta. desta elevação. é
descceee-se a irregu laridade da superfície. a cada passo co rroída por reple ta de pinhais e euc aliptals. enquanto o cimo eslá vestido ora de
pequenas e grandes dep ressões fech adas e af unilada s que alertam para J manchas de pinh al o ra de eucaüprat s raros ora de matos profusos.
existênci3. duma ac tuação cârsi ca, Ainda O papel da água na sua dupl a teste munhos de recent es ca taclis mos pín eos.
f.x eta: química e mecânica, Por vezes. essas dep ressõe s alinham -se pelos Porém . um cunho marcan te desta forma alongóldaé lISsinaladopela
veleiros a que confere m um fundo irregular. por fo rça da sua abertura. exisl~nci a de grande numero de pedreiras. algumas de signifiClti"a
Noutros casos. a superfície é interrompida por veleiros de fundo ex te nsão e profundid ade, que. após o abandon o da maior pan e. vêem o
aplanado, para cuja forma o homem te ve uma intervenção primordial. seu espaço ser reconqu istado pela vegetação nal~ral : quer arbustos e
De f3C10. o homem é o o utro agente interv eni ent e na paisagem . subarb ustos dominantes nas proximidades . quer pínbeíros mansos que
No Cabo. os sinais da sua pre sença e acção são indel évei s e deter - aqui e além ainda compõem alguns eosquees da M13 vertente Sul.
minante s na SU:l fisionomi a. De iníci o. já lá vão mai s de do is sécu los. A de scida e aprcximaçâo do Mondego acentua a presença do
limito u-se li perfurar a Sem, com ligeiras manifes tações exteriores. home m, de modo cad a vez mais dete rmina nte e exclusivista na lXupa-
Porém . passad o pou co tem po . os Imperativ os econ ómicos levar am-n o ç ão do es paço.

a dive rsificar li sua e xplora ção. e o resu ltada foi a pro gre ssiva abertura O recen te inc êndio da Serra da Boa Viagem (Julho de 1993)
de "feridas" profundas. a... ped reiras . co m a co nco mi tante descarac- deixou-a em desolad ora, mas temporária. calvk je, a pedir. mais UTn.:'l
terização deste es paço Ião singular. vez. a interven ção do homem para obviar eua. triste figura. Ternos
Também foi e le q ue. po uco a pouco . reta lho li reta lho. foi des - espe rança que a no va "cabe leira" impos.la esteja de acordo com .0
pindo a Sem da sua roupage m nat ural. para a ir ves tindo co nsoa nte o "couro cabe ludo" e seja do agrado dos "piolh os" , mas nunca que seja
se u Interesse o u gosto. Mas algumas vezes o de spimento foi pratica-
mente tool e a posterior cobertura, feita de mod o c oncertado e de uma ':%~~~~~~e ..:e::;;icia. neste In\'emo de 1~95.nurnJ
acordo com valo res dom inan tes na época. re vestia li nude z da Se rra . parcel a de cerca de 66 ha do seu perímetro florestal ardido. p~e
Era o que se via até há um ano. Uma mata d iversificada de espécies ind icar o modelo que se rá se~ uido para o resto da Serra Em linhas
ex õtícas e aurõcrenes, de composição discutí vel . mas sem duvida gerais parece correcto. pelo pn~ípio que ~gue e que ~ u~ prroç1Jpa-
e xuberante e aprazível. Mesmo na vertente ocide ntal . a mais batida ç30 em co mpanim e ntar as espécies floresws. de modo.a evnar grandes
pelos ventes , a cobert ura arbórea. com co níferas. se verificava até ao extensões contí nuas d uma mesma espécie. tentando mte~lar COl'Te-
limite o nde o saio perm itia . Para alé m disso. !iÓ arb ustos mais permis -
s ivos~ como a tam argueir a e o miôporc, e os suba rbustos autóc tones
dores ~;::hâ~~::Ie;~~~c~~~ed~;'dO projeclo. ele não deuou ~ nos
resis tiam à agress ividade vinda do mar. suscitar alguma s dúvidas e :lngústi.u . Por que ru10 3.S {olhosu tem um
peso uo pequeno nesta rdloreslaç~o [cerca de 14% em co berto
estreme . mais 6lilt em misto). ou seja. menos de 115 da área? E por que
se connnea li pretende r oc upar li maior pane da área com pinheirm

,. ,I
(cerca de 53lilt)? Os so los e o clima sac assim uc resum vos que não
suporte m outras espécies. mnmo conüeras, mais ex igentes . mas mai\
-nob~'"? j
Não obs tante o rrâgicc e.. . emplo do Va\u de 199 3 e da compart i-
mentaçio referida para esLl floresuç30. pensa mos qu e continua a
ven flcar-se UlTl.1 percentagem dema.\ iado elevada de .irea .cobe ru por
,i-
espécies altamente inflamáveis. como são 0 \ pinheiros, E ób vio que
eles devem (u er parte do cortejo üon snco da Serra. até por serem
espéc ies. prieci pal me nte o pinheiro bravo e o pi nheiro man so. cons-
i,
lan les nas paisagens deSla região . mas podiam ser mis turados co m 1-
folhosas . adqui rindo Iodas as vantagens das formações mistas IA . A
M. ALVES. 1982). E o carvalho cerquinho. a espécie dominante da
floresta origi nal da Se IT:l. por que n30 es l.í prevista a sua plan taç ão?
!
!!
Apesar do esforç o e ccmperéncla dos técnicos e ncarregad os da
el a boraç~o dos projectos de renoreaaç âo da Serra da Boa Viagem.
L
,I
,
achamos que era possrvet. ainda. melh orá-los de mod o :I que este
es paço privile giado fosse de vidame nte a lindado. como de sejam lodos
os que têm um carinho mui to espec ial po r es ta Serra. entre os quais no s
ii •,
!

incluímos.

5.2 - Ca ra cleri zação e d blrlhuiçã o d a s co m po ne n te s


I-
I i
a na lisa da s
:;;
5.2.1 - Compone ntes geom orfológiclU :!
Morfologicame nte. a Sem da Boa Viagem mostra o as pecto dum
esporão curvo que parece penetrar pe lo mar. empinando-se lige ira-
rneme para ocidente como que a tentar galgar ondas altaneiras. Mas o
~podo é bastant e di sforme : apresenta-se mais larg o a Ocidente e
eSUl:ila sucessivamente para Orie nte. termina de modo brusco a Norte,
por escarpas bem nítidas na paisag e m [Estampa V-A) e desce mais
suave mente pan Sul. por u ma vertente c ôncava , no seu co njunto. Sem
dúvida que a estrutura geolégica tem influênci a ceermmanre oesta
assimetria da Serra . Ames de mais , II di sposiç ão monccunet, para Sul.
das várias formaç ões geo lógicas indu z a d iferen ça de decl ives entre :IS
vertentes N~ e Suh a ex istência da falha inversa que limila a Non e a
Serra. com actividade ~ n30 actua l pelo me nos quat ernári a (vidr supra
'61
~lo 1.2). ao Jevantar ~ bloco ~eridion:l.l. con tribu i para o .\c u
escarpólfT1Cnlo: e. ainda. a dIferença huc:l.,enue as formações Seológlcao;
inferio res, czbonat3d.\s. com allem~ncla de lermos mais calcãncs e
termos mais margosos e as superiores essencialmente g~M)U', com
diferen tes respostas pera nte :I actua ção dos processos mo rfoge n édcos.
vêm aj udar àquelas discrepâ ncias en~ as dua.. fadadas da Serr a.
Se repararmos nc eeu perti llongiludmal (Fig. 5 1l, Iod a a elevação
que se desenvolve desde o Cabo Mondego at é ao rio Mondego.
préximo de Maiot"c:L parece estar repartida por suces sivos comparti-
mentes escalonados. cuja altitude vai descendo para Oríeme. A super-
flcie mais elevada subdivide-se num dorso ..uperior e mais ocidental.
c
cujo máximo valor é alingido no vértice geodésico da Bandeira, com
257 m e numa superfície prolongada pa ra O riente e inclinada neste C
sen tido, co m alti tudes a var iare m en tre os 220 m e os 170 m.
O :l'P'=cIOdorsal do tramo mais elevado da Serra tal vez se deva C
ao facto de estar mais préxlmc do Cabo c ter sido sujeito a uma mais
intensa dissecção. lendo sido. portanto. demuída grande pane da
C
superficie que. porventura, se prolongaria mai s para Ocidente. A C
projecção. em perfil. dos vdrics retafbos dessa supe rfície (Fig. 51) C
mostra que ela se inclina suav emente para S ul. seg undo um decli ve
méd io de cerca de 3%, o qu e pode ser mais uma prova a favor da
recent e mcvrmenução da Serra. co m basc ulame mo para o qua drante
Sul. Este mesmo fcnóme no se verific a no pro longament o da supertlcie
para Oriente. visto qu e a cu meada dos vértic es Bu arc os e Cumeeira se
acha mais elevada do que a cu meada da alde ia da Serra da Boa Viagem .
retalhe meridio nal da mes ma superfíc ie.
O seg undo compartime nto corresponde à chamada Serra das aju dado pe la acção impermeabüízante dum nível petúlco. em contacto
Alhadas e prolo nga-se desde Brenha à povoação de Serra da s A fhcd as. com o sub stra to roch oso. quas e sempre calcário. talvez resultante da
A sua alti tude ronda os 150 m e a planüude do cim o é ainda bem alteração in situ daq uele substrato (Fig. 53).
notória . Com estas características sedimentares. não I! fácil admitir que
Am bos os compartime ntos são enc imad os po r um depõ sitc are no- seja o depós ito correl ativo da superfície de erosão. quando muito seria
pelüícc. pouco espesso (máx imo 2..S - 3m j unto à estrada da Bande ira ) o resultantedum remeximenro, efectuado em condiçõesbastante selec-

:l~.=sr:~:~~~i:~~~;2~1~~::~n~:\~m~~:;~~~
uvas. dum anti go de pósit o, esse sim carrc l:ltivo: Talvez os sedimentos
de tríticas averme lhados . arenoso s. de: grão médio a fino e com alguns
pobre .em arg ilas (máx imo 5% ), do minante me nte ilit e e caulinite. e rico se ixos de quartzo e quartzito, bem rolados e que preenchem fendas
em, m~ cas. Morf oscoplc amente . os grãos de quartzo apre sentem- se na c érslcas(? ). em est ruturas que indiciam fenómenos de sucç.ão. nal~uns
rnerona angulosos e, com meno r frequ ên cia. subang ulosos a subro- po ntos desta superfície. possam ser o que resta desse depõsíto ongmal .
lados. Tudo lSt.o apont a para um ambiente de sed imentação se lectivo e O terceiro compartimento desenvolve-se entre. as povOOÇ'ÕCs de
de fraca energ ia (A. C. AL\1EIDA, 1992 . p. 5 I). Nos mveís infe riore s Serra das Alhadas e de Serra de S. Bento e a sua ahitude média~
de ste c~ é vulgar surgirem finas carap:l ças; ferru gin osas. apare nte. os 125 rn. Nele surge . junto ao vérucegcodé.si:o S. ~en(o. um dePÓSIto
mente partidas e com dis pos içJo anárq uic a. Podem ser uma mani- ca scalhento, imaturo, permeado por uma areia .argll~ ~bé~ mal
Iestaç ãc de desen volvimento pedológic o. com alg o de hid romorfi smo. calibrada, e que parece ser herdado douuo depósito flUVial att'lbl.udoao
o último compernmentc, com altitudes em terno dos 100 m, apre-
~n13 um pequeno cabeço que ul[r.lpas!03 aqueles valeres (116 rn},
EST.V . A_ EMfU'1H2 d4 B4..Jnra . Ut.:ldG.U,"'' ' Rtd4I.... ~o pnmnro plMoo ~ ''''''' ~ de
prólimo de Sem de C~ros e que é constituído. em gr,mde pane. por lk scolamc:"IO de um prov;l.vd dol~ No CImod.I nAIpI t lIilodaa.pm--oao. AlprrD"d.>
um depósllOem tudo semelhame ao do vértice geodésico S. Bento. o 5<=
que leva a supor serem retalhos dum mesmo depósito. Como a
diferença ~umétric:a entre os dois é de cerca de 10 m. é possivel que
ela multe de :algumrejogo da falha tran sversal de ~t:aiore3 (cfr. Fig . 7).
ou então é unicamente ~a do basculamenro geral da Sem
para SE. p;w3ndo este último compartimento por ser o produto dum
rebaixamenm por erosão mais mtensa. graçól5 à maior proximidade do
nível de base lexal. o rio ~ Iondego.
Se ii. superfície do compartimento oci dental se apresenta
nitidamente inclinada parJ oriente e Sul. já a dos dois cempartimemos
centraispareceestar quase horizontal embora escalonada em autênuccs
patamaressepar3dos por um degrau de cerca de 30 m de altura. Estes
ressaltos entre os compartimentos maiores poderão corresponder ao
reflexo da actuação de eventuais falhas transversais. mas. pelo menos até
ao momento. n30 vimos tais falhas assinaladas em trabalhos publicados
por geólogos ou por geógrafos que tenham estudado esta área.
A inexistlncia destes acideme s poderá levar à mterpretaç âo de
que estes patamares correspondem a diferentes plataformas de erosão,
porém. ~ escassez dos depósitos existentes e a falta do seu estudo
nstem ãtico, não permuern, ainda, justificar afirmações deste tipo.
Para além das plataformas scmitais da Serra. desenham-se nas
~uas vertentes alg~ ns patamares que acentuam a irregularidade já
impostapelas condlçOC:s litoléglcas
Ptwitl do FtuO~ ."lúJ iflc tuio, p;6~u..o .
FtuOl ...·" ... I'*Io. /OOmJ'4hit.. J•.

II Um patamar nítido na verte nte oci de ntal d a Se rra da Boa Viagem


é o co rresponde nte aos 90- 100 m(E.~lampa V-B ), o nde:c!otáinstalado o

j F3.r01 Novo ,d o Cabo Monde go . E5la phna forma está repartida pe lo


menos por CinCO retalhos. sendo uns extensosde algumas centenas de:
menos e onros de escas sas dezenas (cf r. Fig. 52). .
I Aqui surgem de pósitos detríticas de dois tipo! que ajudam II
pe~eber li génese desta pla[afonn~. O mais antigo. coeretau...o do
afeiçoamento desta, é de:origem mannha e foi denominado ~
~ (A. C. AL\1ElDA, 1992. p. 51). ~ areno-ccng lomerârico,
s ~ b matu ro a maturo c:apresenta-se de scon n ncamen te co nwl id:ldo por
CIme nto carbon a udo (Es tam pa V-C) . Com c:str:uificaçdo planar a
entrecrueada de baixo ângulo. inclui grande abundância de !!Cillos bem
rolad~ . tipo "bicbouro", de tendência cligo mínca, de qu.:uuo e
quarnuo. com mTO$ xistos . x om ou noerrc reu fho. por eaemplo no
patamar j.unlo à pedreira ~tua.! do Cabo~'ondego, este depósito praia.!
lnterstra tlfic::l.Junto 11 arriba fõsail, com derrame s de vertente, pan
co ngjc meréucos a onoconglomer:iticos. riem. em seix os calcários que
seriam reananjadcs pel a dinâmica costeia. Euas inlentratificaçoes. II
nao sendo genera lizadas nos vários retalhos. talvez 5urgiuem ondea
arriba fos se RUÍs instável e evolu ísse de modo brusco, por meio de
enormes movimen tos de massa para o seu fundo.
zsr. V -D · DqtóJiIo " R~""xiIrw.:... O segundo depós ito, que surge imediatamente a ocidente. :lO
FtuOi ju _ i: fHdrrinJ iJ€I" 4l ü c.. mesmo nível e tem sido conf undido com o de praia. foi denomin3do
.WolUhp. N& pule IttpmOf ll(U'R a
I),;p<hito dç rr me ;sjrnrolO do Farol ( id~m ibid~m. p. SI ). Por esemp te,
carao-;aftrric:a
junto 1 entrada do Farol. é essencialme nte cascalhento, com 5CÍJ.os de
quartzo e quartzite bem rolados, mas é algo imaturo, com cerca de 67%
de fr3CÇ30superior a 2 mm e cerca de 8110 de fncç30 pelltic:!.. Nouuo
reta lho. mais a Norte . é areno-pelítíc c, pouco espesso (m:U . 1..5 mI,

•••
micacec e na base embala grande numero de seixos do mesmo tipo dos
do Faro l: o tecto é constituído por uma carapaça ferruginosa. mais ou
menos co ntínua. co m cerca de 20 cm de espessura (Estampa V-O).
Se o primeiro depó sito corresponde a um ambiente praial. por.
tanto. de elevada energia. este segundo parece testemunhar um reme-
xímenrc em ambie nte contine ntal, de fraca energia . atendendo ao
carácter relativamente fino do depósito, pelo menos no seu corpo
supe rior. A carapaça ferruginosa superio r. para al~m das suas ~aDCte.
rtsuca s, leva a pensar que este depós ito se tena desenvolvido em
período rela tivame nte quente e com estações conlIasudas, cm termos
de hum idade.
Em vários dos retalhos é possí vel ver ou deduzir a unha fóssil
contempo rânea do primeiro depósito. A sua dis ~siç~o n30 anda~a
mu ito longe da actual. o que sig nifica que quer mais acuna. quer nul)

II

abaixo, o rilmo de abrasão marinh3 sobre o substrato rochoso da Serra por vere s, sobrepo r novament e areiõl.\ eólicas. Este corpo parece ~tar
se tem processadodo mesmo modo. depe ndente do eaçado da antiga amba. da qual. inclusivamente tece-
Apesar de se situare m 3 .1.Ilirud.:s semelhantes às da platatcrma tJ" beria parte do material. •
Farol. os depósilOS que OCOCTrm junto dos vértices g~siros de O corpo superior é ~ompo!>lO por allemâncias de leitos conglome.
Salm:anha e Vila Verde. nada parecem ler a ver com algum eventu al rauc os (de senos caldnos angulosos e poueo achatados) com leilO5
anuarnenlo marinho . Tra b -.e de dep. t<; ilos arenosos gros.'Ioeiros a areno- pejüicos ou pelíucos . Esle COIl'O. que parece ter-se derramado
c:1SC:llhe ntos. imarures , com sin3is de desgaste fluvial ( 0_ S. CAIl. por un:aavertente em "ias de regularizaçêc , teve alimenuç30 numa m a
VAUfO. 1955. p. 17) e que prttncbem . principalmenle. fenda s c.1nicas. para ci ma da arriba que havia CondiCionado o corpo inferior.
É posd vel qUC' t~ sido remelti dos a partir de ou tros suJx'r1lx"e1o. Abs~i~ a base marinha. quando da de'posiç~ da maior pane
e\se s sim coeetauvo, do atr.l'\a~10 do c imo da elevaç ão e 1.1lvez do cOfPOinferior , pela estrutura dos leitos conglomerállcos. com seixos
equi ...ajemes dos de prai a do Farol f A. F. SOARESet a/.• 1992 ). e calhaus echaiaéos e angulosos e. de certe modo. pelas areias eólicas.
Ainda noextremo oc idental da Serra . ê norõnc um pat amar boli_o. pode deduzir -se que se esta ...a em ambiente rexísustcc. muito prova...et-
cuJa ~JX'rficic aplan.1da ou ligeiramen te cô nca va. de sce desd e os 50- ment e frio e seco .
·60 m de alntude até aos R-lO m. junt o ao mar. Por vere s. e<,u ~upe r. Do me smo modo . os dCJKl'Ílo\ cong lomeráticos superiores suge-
ficle esu bastante alterada na sua con figuraç30 pela actuação humana rem um am biente re xistãsico, co m presença do frio mas. pela dispo-
~ construi r socalcos para ar prati car agricultura. ou para a conuruçõo siçllo do s materiais. tem que se adm itir um transporte hídrico. portante.
CIVil. e noutros locai s eMá bastante recorta da pe la inci são de barran - co rrespo nde nte ii. um período frio e mais húmido do que o inferior.
co e que facilmente se encaixaram num ma teria l po uco resistente ao Entre os dois conjuntos de materiais mais grosseiros ocorrem
desgaste mecânico . S30 es tes barra ncos q ue pe rm item te r uma visão sequências de materiais mais finos. algumas vele s com a presença de
quase com pleta dos deptX.ito~ que preench eram a pla taform a marinha. pa leos 50 10~. que indiciam um amb iente hiost ãsico, possivelmente num
asum co mo da paleo-arriba. aliás. bem marcada na pa isagem . I ~ \n pe ríodo mais quente e húm ido (idem. Ibicfl'm ).
aco ntece ju nto ~ Casa dos Cogu melos (Mun inheira l e e m frente 30 No fundo da vert ente Sul. entre o Teimoso (Vais) e Buarccs. é
Farol Novo. possível observar alguns retalhos dum patamar. cuja altitude pode
Eua plata forma. testem unho prová ...e l do nível de Prata da Muni . variar enve os ê- tü me os 25 m. lnc hnapar:lSW. com valores entre os
nbeira (A. F.SoARESet ai.• 19 89 ). é colmatada por depó~ iloS [Estamp a S- quando ma is 3110e 05 2- quando mais baixo . Suportam-no um
VI· A I t,j1Je podem ser separados em ~oi s corpos Iundame mau: um depósito de ...e nente (ou 1~I vez melhor. de fundo de. \ e~nte) e que é
inferior. potinpiec (are ias e sei~os man nhos e areias eó licas : pehtos: co nstituído por um conjunt o de pequenas sequencias, e~ regra
paracong lomerados e onoconglomel1ldos). co m espessura de 6 a 10 m. positivas 1::. A espess ura máxima vis ível é ~ cerca de 5 . m~ JUOIO ao
reparti dos pai " mas sequêOClas pri nci pais e um superior . mo nonpíc o . Tei moso . numa barreira. cujo corte dá uma IdeIa da COl\Sututç30 ger:l!
e~seocialmente parxonglomer1 tlco. frequenlemente con solidad o por do depós ito (E..sumpa VI·B ). . .
A base começa por um nível petínecq~ em~a algumas areias
c~ me nto. ~arbooalado e de sen" ol vendo- se, também, seg undo seq uên-
cias poeinvas". e co ntém nódul os de manganês dou malÚÍa orgamca e 3. sua cor é
O corpoinferior é com post o, no esse ncia l, por areias marinhas. ou cinzenl o-anegrada . geg ue-se uma sequência v ermelho-ac3S~ de
areias grosse ir3s e m lenúcu!as co nfigul'3ndo ~uenos canJJS. sobre-
mesmo seixos bem rolados . na ba se Ieq uiv alerues da Praia da Murri .
I:1S termos are nosos finos e areno- pelíllcos. Esta é cabem por
:::a S:éncia am arelada de areias gro5sei~ alé areias f1l\3.5 e =
nhára ) a que se seguem areias eólic as. depoi s parxonglomerados e
on oconglomefõldos calcãri os, com matriz are nc-petruca. em que os
espessura a rondar o metro. A encimar. um nível arenoso. acaslaO .
ca lhaus mostram poucodesga sle, e , fina lmente. petíros a que se podem.
de 50 a 70 cm. por vezes com cascalhos.

~ilO tem sido dcnominlldo de An:i~ Vnmeltw do 8 ..-m»


(eomunicaçJo ou l de A. F. SOARES).
Em ro.Jo:nos n{veis. 0$ cascal hos c areias, de q uartzo c quartzito, cons lituida por ucia fllu e \ào frequentes mo secos de quartzo ou I
sJo subangulOW5 I subrolados. quanaíro rolado s e que teriam sido retirados do depõsuo marinho de I
Ape sar de n30 ~ te r tlim ...jsjo co mpJc13 do de pó sito, este parece Quia ios.oo de algum depó sito d::r. Serra , t
ser o fC:MlJ udo do evo luir dum fundo de verte nte em con dições rexeu- Os te~ are nosos fmos sAo relativameme holnOlTlflrieos e
sicas. com razoável dispon ibilidade de mia que. transportada pela
I
alguns níveis ~o muit o ricos em carbonatos, o que lhes d1i maior
ág ua. se na dc~it3da po r sucess ivos derrame, de verte me . Est ar-se-ia. consistência. I
pro u vellncnl c. em período {rio e 5«0. co m 4 oco rrênc ia de en xurrad as
espccidicas.
Parece ser o cqui vll.lcntc do corpo superior dos dc pósi los de
Para jusante o depó sito dimin ui de espessura. Por exemplo. a me-
nos de uma ce nl.C: n:l de metros., a mesma verte nte expõe materiais de
composição algo diferente . À su perfície e at~ uma profundidade de 2 a
,t
I
...m en te do Cabo.'-Iondego. RIo obs tante Os raros cascal hos e a ine xi s- 3 m, surge um corpo ortoco nglome r:\.tico, com calhaus e cascalhos
[~ncia de calha us; isso seroi dev ido, decerto, à fonte do material, no calcários, relativamente achatados e angulosos. com tamanho rnhimo I
esse ncial an: nItico e. com grande: probabilidade. microgellv o, dando . de 25 cm e médi o de 4·5 cm . ~ beteromemco. mesmo ao nível da matriz I
pcetamo . por fragmenta ção, só elem emo s de pequeno tamanh o. cm que é quartzo sa. com domin~o da areia fina e com muno pouca argila.
regra individl1.llilados pe los gr3m orig ina is. O grau de roía mento que São, também, frequ ente s seuos bem rol3d<h.de quartzo e qu~i to.
c~es apcescnwn. ~r de traco. deve ser 3qud e que herdaram da Por baix o, exi ste um corpo arenoso a mlcrocoag lomeráuco .
rocha.~ e n10 o resunanre de qualqu er tra nsporte aqui sof rido, já que submaruro. com seixos rolados a muito bem rolados. essencialmeme de
reria Sido muno curte e. certamente . e m massa mais ou men os fluid a. quartzo e quanzito. com freq uentes pan ículas felTUgino""-S que pare-
inc3pU de imprin:'it sig nific ativo afeiç oamento à superfíc ie dos grãos . ce m ter so frido tran sporte. e pequenas concreções c3fbon;,Jtadas. São
A base pellnca e de cor mais esc ura. pode ser o eq uivalente do s materiais que pode m ler vind o duma vertente UCI'lOS:l a OCidente.onde.
I
pelitos e solo fóss il dos de pósit os do Cabo Mondego, corres po ndentes. neste momento. as Art'/as d~ CQnlQnh~d~ l B. BARBOSA ~I 01., 1988 )
portamo. a um periado mai s quente e húmid o . No entanto. o facto de alcanxam uma alt itude superior 11 do nh ·el. do -gtccís". I
nlo se saber o que esta por baixo. pode tomar Ialacíoso este para le- A salda de Quiaios para ii ~l urtmhcuõ1. num corte das f~oes I
lismo. por falta de enquadramento vertical. para uma casa. foi possfvel ver um depôsito on oconglomeráncc a t
No extremo Norte da Serr a e faze ndo a passagem entre es ta Serra paraconglomerá tico ea jcãno. com a fracção grosseua de meno res
d imensão e hcterometria do que o do cemlteríc de Quiaios. matrll t
e as areias eólicas se.tentrionais. desen votve -se uma sequê ncia de cone s
de dejeCÇão torrenCIaiS (Fig. 54 ) que se parecem ligar entre si, pelo are nosa fina e a uma pro fund idade a partir de um metro . Toda a pane I
me'.'Os entre Qu iaJos e o cruzamento da estrad a que se diri ge paro. a superior ~ co mposta por areia s eólicas. . ,. I
Prata de Qu iaios e form a m um autê ntico " glac js" de dtmmc; (g/ocis Os depós itos re feridos. pe la SU:l compos ição e estrutura, m~lcl am I
d -lpevuúJge segundo R. COQue. 1993 . p. 242 J. um transpo n e cuno . decerto pela água. a partir d~ma. fonte nc,a em
clas tos calc:irios e sob co ndições me-.ol6gicas rexlsti.<;IC~, proU\el - I
Logo a ociden te do ce mit ério de Quiai os. na vertente do vale do
Ribo de Qu.i~ os. abert o em cu tilada nesse " glacis" . estilo expos tos pan e mente frias com alguma humidade . Potle~~ ser os ,e qulval~nte~: I
dos maten::us que com põem o substra to de Ma forma levemente vertent e No ne . do corpo superio r dos dePÓSitos de vertente o 4
inclinada (entre 2° e 4 °) para Norte . Monde go. 4
Num pente dessa vertente , sujeita rece nrememe a um des liza. 4
mento. ~ bem visív el o depósi to. num a espess ura de cerca de 3 m.
c~slltUído. na metade inferi or. por uma alternância de nh 'eis co nglcme-
É
4
~lIC05 c::dc átios. co m nh'ei s de areias finas. apa rente me nte em sequên-
~Ias ~1I1'ól1S ; a metade superior é, no essencial. aItOQSa fina, com uma
imercalaçâo conglo merálic a de cerca de 30 cm de espes sura , a meio .
Nos nlv~is cc ngic mers ucos. de estru tura onoc ong lomerática . os
c lastos calcários, ape sar de achatad os , já não apresenta m arestas vivas
e o grau de desgaste aumenta para os níve is superiores. A matriz ~

L._ _~ --'-------~® (Q) Jl. ~(Q)OO


~~~:: '~:~~~~;"a(~~t~:Adcl~~~~~'ê~i~ ~~~ fl,UYio-
calcário mais ou menos rnarxoso . S10 mune freq uente s na pane
od de nu l da Serra da Boa Viagem. .l custa do forte encaixe da redede
dre nagem que perm ne a renovaç ão co ns tante das verten tes e a sa liênd a (Fig. 5~) . ... ua g nese
das bancadas mai s resis tentes ~ ercsão. En tre a Bandeira e a parte A manutenção do esc~rpado parece estar associada ao f;acto do
lermina! do Vale de An u. junte li C.u:l dos Cogu melos. passando pe lo pen~r ser comrãríc ao õecüve da veneme. tal COIOO .OO efeito Ump;lQ
Monte Redondo. de$UC3-St' UI1U série de ':lImijas. desenvolvidas nos provocado pe las bancadas e~pess.as supel'ÍQre~ que ~l;un. ou In.yam. I
calcários ~ espeuo$ do Bajociano médio e que coroa m as e.\lolução para uma veneme con vexo-c6nca ~ a e. simultaneamente. lts
vertentes Cf'!'uidas a parur di Murti nhc ira (Fig. 54) . linhas de ág ua que. na sua basco por estarem ainda longe do seu perfil
O Bateniano inferior também forma comjjas no Vale de Anta. regularizad o, prosseg uem o encaixe nas forrnaçõe s liâsicas bra nda.~
logo a montante da s do Bajocia no, lendo a principa l mais de 10 m de logo a Norte . A I~m da actuação de processos mais ou menos lemos e
al tura (Estampa IV-C ). O tra mo inicial de ste mesmo vale ~ ladeado a de pequen a amplitude. de evolução de vertentes. h3 esporadicamente o
Sel também por uma coenija de "C alcá rios hidci ulicos " do Oxf cr dia no , de se ncadearnemc de processos cip idos e co m envotvrrremc de gf1Uldn
pro1on8anJo-se para. ocidente pela verte nte Su l do ya le do Respi - qu ant idad es de materi al. co mo ~ testemu nhado por um:l importante
radou ro. cic am z de desco lamento e respecuvc lobo de acumulaç1o. Siluada
Os calcários margosos das "Camadas ricas ...", l.ameli- en tre o ~Ionte Redon do e a Bandeira (Es tampa V·A e Flg . 54 1. A
brânquioJ- . do K.imcridgiano inferi or. formam de igu al modo co m ija frequê ncia ou mesmo a alternância de leites ou bancadas margosas.
no limite Norte da eleyaç ão que se desen vol ve ôI S ul da Fonte de Santa imperrneâveis e lubrificáveis. a.~s im co mo a ocorrência de Iracurras
Mari nha locaüzadas. nem que seja pelo desequ ilíbrio provocado pelo fone
Todas estas ba ncadas espessas de calcdrios.além de orig inarem 3-~ decl ive da vertente. podem ser os Iactcres dese ncadeantes destes
comijas. ~ vezes imponentes. também impri mem um traçado capri- movimentos de massa-
choso li linhas de igua. em tramos onogonais. que. se ndo cb riaadas ôI A génese da e'\Carp.' ~ bcsaanre problemi tica e faltam proy:\-\ piInI
adaptar-se li sua d isposição. apenas as conseguem transpor onde . po r 115hipót eses que poderão se r aventadas . Slo parece ser uma escarpa de
exemp lo pela exmeneia de frxtu.ras. elas se enco ntra m fragili zadas. orige m tec tó nica. já que n30. foi detectada q ~ al ql.lCr falha longlludlnal a
~fesmo assim , são se mpre mars diffceis de entalha r do qu e os termos af ectar as form ações geol óg lca~ nela envolvid as. A possibilidade de ter
lúiccs encai~anles . res ultando in varia ve lmente ressaltos que. nos sido urna arriba . hipótese natural pela proximidadedo mar e frcqué~ci:!
In vernos mais chuvosos, prop ic ia m a forrnaç âe, espc rddica. de doutros caso s na Serra . é altame nte problemàuca pela ~.11l.1 de depõsuos
peque lW cascatas. O Vale de Anta na sua metade inferior é o e xem plo marin hos no sector üãsico e pela nào concordà ncia aluml!U1ca dos seus
mais upcc do que 3C.:lbafl'lO.\de afirm ar. cím os co m qu aisquer das plauformas marinhas assinaladai no resto da
. As tKil1!:íUi!~ formas que aqui im prime m um cunho es pecial la Serra .
paisagem. A .q ue rnars se de staca t a da Bande ira . no cimo da qual i\e Se a erosão dif eren ci31 se man ifestou e ela pode observar-se
enco~tra o muad ouro do mesmo nom e e é o lim ite Nan e da superffcie nest e momento. visto que as formaçõc s margosas e ca lco-marg osas
superior da Sem da Boa Viagem (Es ta mpa V-A). É constiunda, na surgem in vari avel ment e. em posiçlo depri~ ida e".' relação às
pa rte su pc no~. pelo s calcários margoso s do Bajoc iano. algun s dos quai s calcárias. não ~ fácil explicar po r qu~ razão os Calcános dt ValI th
fOflJl.:lm comija, co mo referimos . e na pane inferior pelos "C alcâncs e Fontl.'J" . do S inemu riano- Lolarin gl:mo (A . F. SOA~ ES & R. ROCHA.
margas do. Cabo ~foodego". princ ipalmente do Aalenianc (Fig. 9· A). É 1987) por vezes em banc:u1as espes sas. nào se manaveram a almudes
quasertC~ linea entre o Monte Redondo e a Comdoura. paraser depo is pr6x i~as das do s cal cãri cs marg osos do OoUer! A n.ia ser q~ a
InlCfTOmpHia pe lo en caix e da RI ~ de Vale de Fonte s e prol ong ar-se em cmificação des tes cal cários e dos do Malm.. lenha prcSoCfYado o CImo
seguida para oriente . de modo mais reco rtado . au! la Brenha. Este d.:lSerra . en qu anlo os do Liás ico. 0..50 cars lficados (?). for.un !oC~
recOrte t dev ido ao ,:cuo das cabece iras de yaleiros que. po r ero slo reba ixado s po r processoS crosi \los em que a ág ua sena a prolagomsla
remontante e ap rove itando dcccno a ex istênc ia de frac luras Irans-
veruis. puderam ultrapassar a e5earpa e esvcnlr:lI parc ialmente a Sem ;
princ~~ \'enente escarpad.:l ~ a que limiu a Nane a Serra. pelo
a forma arredondada daquelas cabeceiras e o seu escarpado. fazem
menos no tramo enlrc a Murtinheira e Qui.1I~. Z"este caso. tDL:I·se de
um.1escarpa de falha. :Jq~i falha inversa (Fi g. ~-A ), bem visí vel no
..
'"..
areeiro do ce mitério de Quiaios. O facto da primeira Iormaçâo do bloco
lev~tado.ser a dos '''Calciri os de Vale de Fones". espessose a nor:lnte~
a comrapendor, favorece, decerto, a ma nuten ção do abru pto ca
vertente.
Uma forma que anda assoc iada co m estrutura monocli nal e co m
...
diferenciação Iitol6giça é ::a das ~. Entre a Figueira da Foz e ' Iii
Lares desenvo lve-se uma cos teira (Fig. 5-1), vâri as vezes retalhada por \ lO
cursos de ãgua que é construída 3 cu sta das espessas bancadas do s !
"Calc áriosda Costa dt Ames " (Cenomanieno-Tureniano), i nclinlldo~ I
pm Sul e que assentam sobre os Are nitos do Ceraseet, mais brandos .
E a costeira de Salmanna - Lares que annge a sua mix ima expressão I
".::.
j unto de Vila Verde. onde a sua altura ultrapassa os 80 m. É recortada
pelos vales C:l.lac:linais, sim étricos . apertados e de vertentes muito I
abruptas, das Rib' de Tavarede, Rib' de Carri ros, Barroca da Vergie ira
e Barroca de Fe íteira, descen do o seu reverso suave mente até ju nto ao
Mondego.
Aind:J associadasaos calcários são as formas estreitas. alo ngada s
e salientes na topo grafia qu e se dispõem segunde autênticas ~.
A sua orient.1Ção é sem pre de E-W, condizente co m a estrutura. co mo
é óbv io, porque ssc o resul tado da ma ior resist ência oferec ida 3 erosão
pelas bancadas mais calcárias, qu ando enquadradas por bancadas ou
termos mais margosos . São freque nte s, em especial. nas formações do
Liãsicc médio e superior, entre a Murunbeíra e Alhadas de Baixo
(Fig. 54), o nde os rCa ícârios margosos de Lemcde", consunndo s por
banc::&das espessas de calcário margoso, se sahemam das HMargas t
caícã no s margosos de Valt d e FOfl1tS" , estrarlgraficameme por baixo e
das H,\ fargcu cdlcdricu dt' S. G;cjoH. por ci ma. Paralel as a si e nos se us
interva los, e ncaix am-se as linha s de água, po r vezes pro fundamente,
como acon tece próllimo da Mun inheira.
~t e nos salie ntes. mas ainda reconhec íveis na topografi a, são,
também. as pequen as crista s calcãnas no Batoníanc que se desen-
volvem a oc idente de U rios , li. CUSla de algu mas ba ncadas mais rests-
lentes ao desgas re.
Os própri os Arenit os da Boa Viagem , na verte nte Sul da Serr a,
pela sua variação de fácies . co ntem alguns lermos mais res íne ntes li.
ero são qu ando . em regra. t êm uma textura mai s groueira e , em
particular, estão endurecidos po r um ciment o silicioso. ou po r vezes
carbonat ado . Quan do isso aco ntece, form am saliências topo grâfl cas.
como se pode ver a meia vertent e, a Norte de Buarcos. onde 3 ou 4
cabeços, mai s ou menos al inhad os ENE- WSW . se dest acam do
de senvol vim ento geral da vert ente (Fig. 54 ).
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i I
. ,I 5.2.1.2 - Formas Iluv iais ,
Os vales e veleiros que e ntal ha m li. Serra da Boa Viage m. apesar
de ap resentarem carac teres co mun s c: responderem muitas VCU! à sua
••
po siç ão rela tivame nte: ao nrvet de base locaI o u geral. aprese ntam, 00 C
cotamo. aspec tos particulare s co nsoante ou unidades 1llicas onde se C
desenvotvem .

I Sobre as formações calc o-mar gosas do Lias a sua. form a tra ns-
C
versa.1dominante ~ em berço e apertam quando se encaiJ.a m na escarpa C
que limi ta li. Norte li. Sem. C
No r.ecto~ mai s ocidental, pelo maior ape lo do níve l de base geral. t
li. inci s.1o ~ mai s acentuada e os vales toma m a forma em V. Tna$ nunc a
t
mu ito ape rta do . Apesar de não serem e m gr.mde quantidade e de con te-
rem . co m frequ ência, uma gr.mde percentagem de argil.u que lhes I
poten ci a a insta bilidade, os depósitos herdados dJ. evolução de ver- I
rente s. prin cip31menlC. e m penodo. frio . ainda mantem algu m I
:lOOçamento do seu decnve. A tcndCncla ~ para unu dispo!.iç30ortogo- I
nal da rede hidrográfiCõl.
Sobre as formações calcarias do Dogger c do ~lalm tem alguma I
import ância a posição topogrãfica. So cimo tb Serra os valeir05e I
vales são qU:bC sempre de fundo em berço ou plano. além de que C
alguns dele s e!>lâo corroidos po r depre ssõe s c.iniicu que lhes t
imerrompem. a cada passo. a connnuíésoe dos talvegees. EM.u fornu.s
do mantidas graças à falta de circulação subatrea da água e. nalguns C
casos. quando há maior acumulação de areias. à xç30 do homem pelas C
suas práticas agrícolas. de que resulta sempreuma tentativa de aplana- I
me nte dos fundos que o não sejam já. C
Abaixo do secto r superior da SeIT:I. apl.:ltlildo. os vales ~ncam
em direcção a N orte ou a Ocidente atrav és de ressaltos, mais ou me~ C
importantes que lhes temam o perfil ~ais apertado. mas 'l.ue não
chegam a alcançar uma fonna mui to encai xada porque as CorntJ3S.que

C
frequentemente os flanqueiam. forneceram. em períodos frio:s.
grande C
quantidade de fragrnerncs cnc ãríos que. juntamente com areias escoe-
ridas ou sopradas, entulharam as bases das venen tes~ ;urerlondando o
fundo do s respectivos vale s. Por veze s. esses depósitOSde fundo ~

vertente toramentalhados pela linh:!de água. em fase já recentee f?t
criado um apertado canal po r onde esporadicamente. nos InvernosmaIS
chUvO~:;eco=t~g~:~;;~~t~F~'i ;~~al da Serra. a dissimeui.1 dos
vales é urna constante,por se orientaremprincipalmente E·W.~[o

mais ou menos paralelos à estrutura. rc:SU IUUldo ve~entes vindAs.-
Norte abruptas e com ruptura de declive e vertentes Viradas a Sul mais
bA I

Fi, . SS-
suaves. O Vale de
morfologia.
SI 1M 1 ~1

~ 1 ~ do V . Ic <k Anll.. IlO~ _ i ntmnédM>

An~

' Fig. 55) t um OOsC;lSOS mais ilusuauv os tk Stól

No S«tor Sul da Serra, gresoso, os vaíejrcs e " :Ues rocstram um


~ morfológko relauv ameme consunle em toda a ma. Junte b
cabecei ras o vale é 1arJo. em berço. muitas vezes OC\Jp;u1o pela
ilgnculrun que. decerto. tem ajudado a manter essa (0IlThI ; no trame
intetm61io apetU. )(:n.jo poe \e lO em V. com frequentes ressaltos.
c~nte$ l tr.lnl;po'Iição de camadas mais duras: na pane
infenor . "o VIIJes de fundo plano . a que correspcedem auttntiCO!o
plaioos aluviai s ~ linhu de água mai s im portan tes (por exem pio a
Rib' da V.irzea. em Buarccs , a Rib· de Tavareoe e a Rib" de CarriIOS)
(Fig . 56). Os valeiros secund3rios dos vales mais importantes. em
regra. em um lr.1mo superior em berço e um uamo inferior encai xad o.
e o perfillongiludinal praticamente côncavo-convexo.
Estas fOlTTl:lS dos vales e va leiros d:I.verte nte merid ion al da Serra
mosuam o qu111 longe se eslj do perfil regularizado. pois são
frequente1 05 ressal tos do Lalvegue e o encaixe intermédio quando a
linha de água g::mha alguma co mpetê ncia. Ali ~, o mesmo se pode
constaw para as restantes áre;u da Serra. onde a "j uve r uude" dos vales
~ a palavra de ordem. O cimo da Serra e algumas pequen as superfícies
culminantes do sector Norte calco-marg oso. com os seus valeiros
largos. arredol\lJad<n ou aplanados e de fraco decli ve longitudin al, slIo
a excepçâc a esta regra.

5.2.1.3 - Forma s cãrsícas


Soo das formas que mais intim amente estão ligadas com a
litologia, nestecasooscalcáriose apenas (?) os do Dogger e do Malm .
A carslficaçlo da Sur:a C mUll~ incipienle. m:lnlfen:lnd().~ ~
wpo11cie J.Uõlvés de bpi~ e de dohn.u. e em profunduudc através dt
:Illam (lI,l .J.Iganxhot. e pequenas salcrias. aparenteme nte ~m
f()l'TTl:lremm:le.

os LAP IÁS
E\tõU formõü dnic.u superfic iais, decerto frequenles sobre :I~
unidade's c3kária~ da Serra da Boa Vi:lge m. eram visíveis em muito
poucos locais. _antes do jnc~ndio. por elolarem. cobe rtos ora por
vel~Jo ~~elr:t. or.I ptla ffioInu mona. ora ,Pri nclpal menle por sedi-
mnIlos decnucm que ~ mascaravamna perfe ição. Só nas barre iras das
ewad.l, ou ~ pedreIra' alguns oeles flcara m expostos . Com o
andrxbo. de que resultou a hmpeza da ~uperffcie do terreno. furam
des~eDlbdos alpins gruj)O\ de lapiá s. em vertentes com frxa. ou nula.
cobcnur.l por dql6s110!. de vertente.
Em repa. s.io bpi;b emerrsoos (L. Ct,;NIIA. 1988) fi . ou quanto
muuo serm-emerradcs e de l.lmOlnho~'óUllldo. Os mais pequ eno s. co m
profundidade!> que ~ \'Cle~ deve rão exceder os SO c m. são
~ e demmam nas venemee de decl ive rraco 3 moder ado do
cimo da Serra (blampa VI-C). As creias finas que os colmnrarn quase
nóltoUlldad.::. pro\eniellles. dece rto, do depós ito de cobertu ra superior
rIhpóJl{u do 8anJt'ir<J). teriam conlnbul do. e dev emo co ntinuar a
contribuir. par.1 o arredond.1menro das arestas dos lapiá~. E.stas areias,
30 perrmurem a relenç30 d.J água. possi bilita m o prolongament o da
.xçJo COfI'O!,iV3 dest:l e Um.1 e~oluçlo mais râpida da form a. co m a
aquisiçlo duma gcomem. arredondada. Estando a e voluir ainda na
actualidade. 2 wa orige m tJe~ e ser anterior ao ültimo período frio.
durante o qwl. e em p2tllcul:lr. leriam sido co lmatados pelos depósit os
de ~enenle .
Com mais freq~ncia no patamar do Farol. surgem lapiás muito
mais desenvo lvidos. em regra co m mais de um metro de profundi dad e.
e que e~l.1o preenchidos por areias e seixos arredo ndados. de ori gem
marinha . contemporâneos ou provenientes do Deposito de Praia do
Farol. A ~ suas paredes tam bém est ão adoçadas pe la corrosão da água.
decerm já cm fase poslerior à sua colmalaç50. Essa água. pela
compos ição das lIICias. quanzOS.1.e pela JibertaÇlio de ácidos orgân icos .
por parte das rnzes das plan tas e da decomposi ção da man ta-mona. e

1'1NI naq o»P'Illl .. 169. o AIIIOrJIIUlrle1 o uso do leTmO eNetrldo em ~a dr


fc:u.olWdo.cm roncon1inria. ."41. com A.. f . Mu n ..s 119-19,
partic ularm ent e co rros iva. No en tamo, a freque nte OCOrrinci ll duma
pequena camada argifosa a envolver a supe rffcie calcá ria, decerto
originada pela deccmposiçân deste. al!ado ao seu ca rãcree ma'1 OSO ,
talvez ren ha tra vado aevoluç,ão dos laplá\ . o que \ig01fica que eues se
teriam desenvolvido essencialmeme antc\ da sua culmataç30 pelas
areras . A não ser qu e sejam fendas abertas pe la abrasão, de um mar com
marés de significativa amplitude (S. TRUDGILL 1985), quando C\le
estas 'a a cons truir a plataforma do Farol; oeste case seriam correlauvos
do respectivo depósito,
Prob lem:itica semelhante se p~u na Salma nha, 01 um nível
semelhante ao da .plalafocrna ~o Farol. Aí OCOrTem profundol. e, por
vezes. largos lapiás preenc hidos por um dq)ós lto quaruarenitico
grosseiro {Estampa VI·O,. c uja erigem ainda não está '\.atidatonamente
resolvida. Apesar disso. é pros':isel. pela seme lhança de altitudes e de
formas, que os lapi:is sejam da mesm a geraçãodos da plalaforma do
Farol.

AS DOLlNAS

- Tipologia
As cerca de 130 dolin a.s , .h vezes grupos de õc linas, de1ect.Was no
ci mo da Se rra da Boa Viagem. apre se ntam dime nsões que podem Ir
desde 2.a 3 m de co mprimen to. a tI! cerc a de 80 m e :to5U:l profundidade
de «TC a de 0,3 m a té 12 m . São . porta nto. dol ina\ de peqUC'1lU
dim e nsõe s e o nde dominam as de muit o pequena dimens1o: qu ase dois
terçost êm um comprimenlOati! 15 m e. ii mesma fracção. uma prcfun-
d ida de at é 2.m (Qu ad ro l~ ).

QUADRO 1J _ DIlTlt'n\Õe$,w dohrwdôl Sern lb Boa \'iapm.

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Compnme1l10

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Prof_

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"
u.a
II '"
....
.....
l! muito variadJ. mas , mesmo ,.b5im, ~m ser

...
A wa f(ll"lTlA •
ment a dum al ~arocho no extremo da .dolina; o mais rápido apro funda;
difrreociados U'k tipos : tm...flmi1,~ e ~( Flg . 57).
Uma carxterúl ica comum, a lodos e les l! aprese ntarem . rom , Ire-
men~o da dohna naquele ponto origina o maior abruplo da Vertente
pró xima e, umbé~, um embut lmen lo (Fig. 57 , C) .
qulncia. ~ embulldu 00 seu mtenor; um pouco mai s de
meude das. doIin.u ostentam embufllne ntM que nal, uns CllSOJ apa-
ge~I~n:~O~~:=~e~~:. ~ :~~~~~~~la.~
mlUlTl um.a CCfU trescun.. mmifestad;l pela manutençJo de uamos
vertic2is. OU SUb l ertic.1IS. das SU3S'o'ertentes. precisamenle DOS flUIO:'
riais de cobenun. facilmente motllliz.hcis por ~gua de esccrrêecia.
dohnu em cooch.õa 5.lmples e aJ, umas ~m funil. em especi al as peque-
nas e .qwndo estão IO ~~ 00 de PÓSIto de cobertura. podendo estar

II
llUOCI~S !II a:ção pri mordial dum único p~esso; .. dissoluçll.o do
cetcãrio, no pnrnerro ca so, e serão do!Jna3 dç dmQ! ll ç ~Q (J. JENN1NGS, II
1985, ~. 107), ou 11 e vac uação do s materiai s de cobert ura em
pro~undldade, qu er só dos Iincs, por lavagem e em solUC;10, e scrw II
~~r~.di~;~6~:~J~~~":~:~~:.~~?n: ; :~~:;
IJ. JE....~l SGS. 1985, p. III ). no segundo .
••
As maiore s do linas em funil (Esta mpa VIl·A) e as coünas que
C
apre~ nlam embuurnentos, sofrera m a actuação de processos múltiplos. C
em Simultâneo ou em fases diferentes . O perti l frequentemente con. C
vexo das \ .ert ent es das dolinas em funil , faz pensar que pm além da
acç ão de ctssolução dos calc ários. realizacb. hipodennicamenle, houve
e tú . ai nda. a sucção. por co lapso -'. da ccbenura an: DOS.1que aqui
sempre existe , altavés dos algarochm. 00 fundo dessas dohou. 5 30

•••
usuais os fragmentos de camadas ca jcárias, ou creníticas nalguns
casos. tombados pelos rtancos de stas dolinas, sinal de perda do
supo rte (J. NICOD, 1972 , p. 36) , o que se ria mais difícil acontecer se a

Fi, . 57 _ Prllocipu, IIpo1 do: doIl11a 1101 XmII d.1 Boa V if,~lII
hotI"ftdoJ .NICnO. I972)
d isso lução fosse o ún ico proce sso envolvido. Nas dolinas com
embcnmentos é ma is evidente esta cooj ugaç30 de processos. até
porque muius das depressões embutidas mosm.m :ainda fresc.:as as
••
A- Dclliunaeonehoo;B- Doluu rm fur"I,C-l:loIiJud.u,mttrio:a;
D - OoIi... cmfr,ani l cmbut!dallU,,,," clIlconcba
supe rfí cies de escorregamento dos ma teriais . O contraste é mais nítido
nas do linas em concha, com peque nas do linas em funil embu tidas. ••
Quase sempre 115 formas embutidas s30 de parede s mais abruptas
e em fonna de funil , ou de pequenas co vas geradas por aba timentos
pontuais. inscriw em depressões maiores , em forma de co ncha. ou
Aq ui pod e pe nsa r· se em duas fases de actua ção primordial de
proc essos: uma dc dissolução , co m desen volvimento da dolina .em
co ncha e outra de co lapso. com o increment o de do linas em furul " .
Ob viament e que as águas de escorrência têm se mpre um papel

mesmo cm funil (Fi g. ~7). Quando se verificam vários embuumemcs im po rtante no afeiçoamento das vertentes destas do lilUS. pan mais
numamesmadolina., com frequcncia«S.il5 pequenasdepressões desen- qua ndo elas apresentam, invaria velme nte, llffil cobeftw"a an: nos.t fina,
vol vem-se diferen te me nte em fonn a c tamanho, rc:su ltando daf um
fundo de dali na bastante irregular.
Em praticamente todas as dolinas se nora. ou se deduz , a " J E.NNINOS (op. ('1/,) prefere c~ar I este pl1x en o. t por U ltll lJo ~ dolin;a
exiSIl:nda de pe lo menos um algarocho ("algarve" no d izer da po pula- ondc c~~~~'=~~ gJQl prmpi tIÇÕCS ck vl&s e. prmtipU-
ção loc al) que faz a ligação da supe rffcie com as ga lerias , ou vazios, _nte, inlem&l. IC deverio ori(UW" abatllDnllD' ~11OlI do maRrialde eobcmn.
inr.eriores e em fUnç30 do qual :aquelas parecem ler evo lufdo . A ocor- atnI..udu abntwU ~ o inKrior...,. lIUcrot.. a trmsf...-tn.;ia lIert lcau c afccar.I
rência de do linas d issimé tricas parece estar associada ao desenvolvi- mailOlalmponerttc:l filKJl

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ ---J'íL@
~
cuj.. rnobiJiI.JÇão é fíci l ;"õestes C.bOS.eSUtttnO$enuc perante WI..in.i5
de djuo!ydq ( ool.1pW.

-Dismbl-lif<Jo
Ai dchnas foram inventariadas, no esseocial. entre a Vela e a ewadc
de Sem da Boa Viagem - Quidim l Fig. S8). A sua distnbuiçâo parece
oeenw-se lCgundoduas direcções preferenciais: uma p arclelaà estrutura,
ou lCJ.1.. g rosso ~. E· W, e oulr.l quase ortogonal. de direcção ~ -S .
A primeIra. hIOSIr.lllgráfica. corre sponde :10$ termos IJlológlcº"
mais (xilmente allerál 'eis e penetr.h eis pelas águas de: infillraç30,
condiçôn favor.Ílei s ao desenvo lvimenlo destas fomw cãrslc as. A
dispos;çJo f(lftemenle inclinada das bancadas. ao orerece r à superficie
as j unw de estrarificaçJo, ena condiçOn para uma mais fécil pene-
Ir.IÇ'ão lUs âruas e o eventual auque em profundidade , ou ,en130 o
escoamenlO das águas salwad.:ls.deixando o lugar 3 águas mais agres-
sivas. Se eSUI disposição da.~ bancadas é comum a todas as unidades
geológicas que compõe m o esqueleto do, Sem da Boa Viagem. já a
lirologia vnna subsranciatmente quando se percorre aquelas unidades
distribuídas desde o Liésfcc inferior ao Malm superior. As colina s vão
ocorrer apen:L!> sobre unidades do Dogger e do Malm. a saber, do
Batoniano à base dos "' m l itos do Boa VUlgtm (Kimeridgia no). Uma
única dolin.2 foi detectada no Bajociano, ju nro à Bandeira .
A segunda direcção parece estar associada com fracturas que
cortam transvenalmenle :a Serra. o que é sugerido pelo abnhamento
mais ou menos rigido de algulTl3S sequências de dolinas (Fig. S8 e
Estampa VII-B). ~w frxturas, mesmo que não seja notório o des lo-
camento relativo das c~, originam mulliplos planos de desconti-
nuidade na rocha e I conseq uente maior Iecilidad e de penetraç âe da
água em profundidade.
Uma outra característica que se pode salientar da distribuição das
dolinas t a sua densidade que é maior nas superffcies superiores c:mais
atapetadas,d~ sedimentos quanzosos e nos veleirosde direcção E·W ou
N-S, ccndicionadcs pela lilologia ou pela fracturaç!lo.
Nas superffciei colmatadas por sedimentos arenosos , o escoo-
~IO das águas pluviais t relativamente lenro c:a infiltraç30 pode ser
uuensa , logo a disponibilidade para o ataque da rocha subjacente é
grande. Se a este facto se juruar a maior probabilidade de existência
duma cobcnunt vegetal, mesmo em condições climáticas agrestes e
dum .solo mais ou menos desenvolvido que vlo acidificar aquela água
(J. 1'Ii1COD, 1972, p. 19), compreende-se que possa surgir um maior
número de dolinas nessa área.

iI••••••• ~_=:... c:<l1Â\ IA\ SJ G\"ltrv. IR\" " -c:::lI. .


rae

I; No caso dos valt iros referidos pres,idiram a~_ condições já

==::c~ t;.~;v~::~;~~~ ~~9~:lo;6~:~=;~r:n~na~


«xafmenre a hidrogn.fb deuóLSanllgas linhas de água. Co m a para gem
Em termos de tamanh o verifica-se que as maiores definas sU11cm
qu ase Iodas nas unidad es do Malm . Pelo contririo. no DOJlleT
do minam as dolinas de peque no lamanho (Fig. 60).
Aqu i é import ante o tipo de rocha. No Baromanc e Caloviaec
da circubç.io subeérea, no tr:l~ carsjficado, des tes veleiros e. por dom inam os calcários margosos . por vezes em camadas espessas e
con~g u i nle. a paragem do encaixe do ~u fundo. resulto u que, C?ffi.O maciças que chegam a formar com ijas (como por exemplo no Bato-
normaJ.ou induzido. aprofuooólmenlo a jusante. aquele lenha renoêncía niano inferior ). mas. norm almente. apresentam-se em bancadas médias

~c:~:~::~~8- ~9~. r~u~~ .~~i~~n:i~~I~nO: s:u~~~ ~; a finas que alternem co m leitos ou bancadas margosu (C. RUGET-
· PERROT. 196 1). não favoráv eis li.carsificaçlo .
talvegue, ou na sua imediata proximidade, de: vlI.I:lroS agora dcs acl~ ­
vedes . portant o WJ/I S secos. segundo um a rede hidrog ráfica g~Sse l '
rameoreortogonal. usual nos calcários. quando sobre etes te ria exi stido
um depósilO are nc sc marinho (A. C. AL\ IEIDA" 1992). Sobre materi al
deste tipo t usual desenvolve r-se uma rede hidrográfica dendrüic a.

mas. talvez, por ser pouco espesso c ocupar um espaço restrito e alcan-
dorado . em contraste com um substrato muirc mais J uro e sofrendo já
Um.1 corrosão hipod érmica orientada. se possa compreender a msra-
••
laçâc duma rede daquelas. determinada por co ndicionalismos c ãmcos.
Sendo verdade. as doli~ não aparecem em função dos veleiro s. mas
estes é que aparecem em função daquelas.

.
• "----+-----+------'------l

Fil . .59 - Prrfi1 lons itlldinal do ~atc do Respl...oouro .


desando dr: E par1I W. I r Secrce ccm doliRa'I
-
bém, os arenitos l uperi0f"e5. penmuriam q ue este s deixasse m facilmenle pela di ~posição fcnememe inclinada das bancadas. permilmdo li;
penelfllr as .íguas agressivas• •u~ aos calcári~ e I: vassem à ~ u ceuiv~ form ação de pequenas galerias que começam a poder ab~er pane da
queda desses fmgment os arenr ncos pcra o vazto criado por baixe de SI. ág ua carda à supetff cie, assim como de alguns dos sedimentos ai nis-
tente s. IsI O leva a uma demrganiuçoo da circulaç30 superficial e a um
- Evolução Jum ent o na ra pidez de evolução das próprias dolinas .
Períod os houve cm que o fundo das venemese a~ própriu õoünas
É possível que li canifiC3Ção da ~rra se tenha iniciado só leriam recebido um afluxo detríucc particularmeme impcname. como
posteriormenle ao Pnccemcc scpenoe,admUlOdo que aque~a não lenha parece testemunh ar a oco rrê ncia generalizada do depósi to areno-
estado elposta ame s e lenha sido " selada" por um depós llo gre soso . peuuce superior em qualquer posição topográfica e que. por vezes. ~
correlativo do seu aplanamenlO superior. I\'ão obstanle. a ell.isll!nci3 das inlercala com depósit os paracongl omeráti cos calcários. de matnz
fendas larg.u, por vezes com algun s metros de profundidade. peeen- també m are nosa fina. Isto faz pensar numa situ:.çio 5emelhJnle. talvez
chidas peJo dePÓS110 ~T'IOSO avermel hado e embalando seuos bem mesmo correlativa. da que levou à construç30 doi lhp6JlIoJ dr
rolados . pode IevanLlr a dú vida se não seriam j:i formas c.1nicas desen , .'UUfI/ t' 1/0 Cabo .\ tandrgo (A . F. So ARES et 0/.• 1991) . ou <oeja. ii
volvida! 3pÓS a retil'3lb do mar e que se colmatariam com material do actuação de proce ssos mosfogerérico-, em amb;cn~c frio. como I geli.
depósit o louperior ainda não 1000lmenle levado da superfície; ou enuo . fr:lcção. a soliflux ão e a eol.iução. por. vezes em slmult.innl.
seriam apenas fomw. abertas pela abrasão marinha no seu des man- Apesar das caracterfsticas litológlCas não serem mU!lofavorheis
te'lamenl o da rocha e cons trução da respecn va plataforma. 30 desenvolvímenrode galerias. o que e f3CtO ~ que. hgitd.uou n1o. elas
É provável que o ataque q uímico do calcário se lenha inici ado existem. co nrsctcndo frequentemente com a superficte. geral~te com
ainda antes do depós ilo supraj ace nle ter sido de5rrufdo. quase n3 o fundo duma. do lina. por meio de algam. ou alguocnc. . Estas
toUlidade. pela erosão. A pmneabilidade das areias pos sibilitaria o g31erias p:tssam;1comaecara evoluç30das dolinas ao sere m c:l.pazes de.
desencaIbr dum processo criptodrsico que levaria ao esboçar e alargar nos momen lOSde maior conce ntração w.perficiJ\ de ~gua. absorverem
das futurasdoIin.as.segundo as direcções pre ferenciais já referidas. Mas por colapso. ou lenta infiltração, o material de ~um que a1apeLava
enuo, neue caso. seria de esperar que bccvesse restos de sse depõsírc o fundo das depressões. A escorrência e a dlmlnuI~ da ~pessura do
superior conservados tulgumas das dol inas e não demos cont a disso " , lO de cobertura, expondo a rocha subjacente ao m:us fxll ataque das
De qualquer modo. a primei ra fase de dolinizeçãc deve ler sido ~~ exercem o trabalho restante de evolução das do linas. quando
por um pnxesso es.scncialrnen le de disso lução. Apesar de alguns vales ~se~ les algarochos. a tendência passa a ser de . um desen volvmlCnto
do cimo da Serra tere m os seus fundos crnvej ados de do linas. se nos e m profundidade em detrimento do dese nvolvl?"""nlo lateral. ~I a
abstrainn os destas. o seu perfi l transve rsal. com fundo em berço ou freq u~ncia de doli nas em funil c de dolin as embutidas nourn: ~~"::~

~:ae~~~;~n~:~~~~~~~~,;:. :g~:inrDm1JÇão
aplanado . assi m como o perfi l Iengirudinal. Com frac o declive. mas
sempre inclinado para jusante. indiciam que ante s das dchnas con- men,2
trolarem a eirculação da água. esta teria corri do aquele s vale s.
afeiçoando-lhes o fundo e as vertentes. 1510não obsta a que as dolínas ~~md~~d~~~u:re~~liu~d~~~ ~~~~%~~~~d~f=~~~
não estivessem já em ev olu ção ; decert o, não Conteriam ainda
a1garoc~. nem cw.riam ligada!; ii galerias interiores. ~II-.q. com e~pos~1~:osdam~~cd;ma~~s~~::d~:~ment: As
Entretanto. o eoerguimento da Serra irá permiti r que. pouco a ~~d~~~~::Sc;lnC~ais darão lugar. no futuro . ~ \'et~{:~~C~~:adas c
POUCO. a carsificaçlio comece a peneirar no seu in teri or, facilitada. aliás. a uma dolina cm funil. com enmthemento. prov ver. .

" A nAoler que.o dep6silO IUPCnor rdrndo fone conslHUfdo. pelo menos nil
IUlbasc.peloan:no-pelltico '.ora Uislente 1'10cimo dõlSerra. Esse.sem ddvidõl.sUf.e
cm pnIUClllltnle loo...u dolillll. embora de fOlll\l pelicular. Tilmbo! m ~ poulvcl que..
/llIUmI)quc OOltO lipode depmilO f1cuse .precncherudolinólJ iniciilil.eSlólJ:IO
cvoluirempoueriormcnlcsobocond iCion.lmcnlOdc:i1lgillllChos.lcnh.Sido.m.orvido.
n.lOl4liob.le•• ITllvtl.del.ICI.
.5.2.1.0$ - Processos morfogenéncos
Tal como para as outras ãreas-amosca. esta anãhse t baseada nas
oeserveções fcif~ junto 3~ po~ fos·amos tra e, também, sobre as
manifc) l~cks deixadas perceprfveis pelos processos. o que nem sem-
pre t derectãvel. Estã, portanto, longe de ser com ple ta. Nalguns caso~,
mesmo manifcstando-sc afasladO!> dos pontos-amostra e dada a evr-
dência ou curiosidade dos processos, estes 0530 igu31menfei1bordados,
mas, tal como os outros, de modo sucinto.
Junto 30Spontos onde fizcmos os levanl:lmenlos de campo, foram
de tectadas 3CÇ'Oe~ de escorrência. "splas h", "creeping", deslizamentos,
desabamen tos e colapso I:lleral
A rscorrêncía, difuSól ou já organizada com início de co nstrução
de regos ("rill \loash"), foi observada tanto sobre os are nitos como sobre
os calcãnos. Quando sobre estes. eles estão cobertos por areias que
tantosurgem em depósi lO superficial, como a preencherem fendas mais
OIJ menos profundas e largas, ou por depósitos de vertente C3."Ca-
Ibernos. mas de matriz arenosa, Há apenas 3 ocorrências em calcários
sere estes tipos de cobertu ra e, curiosamente, tod as coincidem com o
Toarciano, andar particularmeme margoso tvide supra secção :!.:!l.
O ~crupi"g"" verifica-se em situações semelhantes às da
escorrência. em regra. sobre os arenitos e sobre os calcá rios que
contenham areias superiores ou cascalheiras.
O "spíash", mais vulgar sobre as areias (R. P. C. M ORG A~,
1979). tem lugar sobre os arenuos e sobre as areias superficiais que
cobrem alguns calcários.
Em relação com o tipo de vertente (Quadro 1.5), verifica-se que a
escorrência não está dependente da forma que aquela apresente , pois
distribui-se um pouco por todas elas. O mesmo se passa com o
"splash".
O "creeping" parece preferir as vertentes que estejam ainda longe
da regularização, ou seja, as convexas e convexo-recrífrneas.
Os outros processos mais rápidos, deslizament os e desabamentos.
foram observados em vertentes irregulares. Mesmo que inicialmente as
vertentes estivessem regulares. a própria acção de movimentação
rápida dos materiais. ao subtrair em cima e acumular em baixo. em
posições por vezes aleatór ias, ajudou a criar essa irregularidade.

" EsI C processe morfOSCntt lCO foi dc4 l1lido ~1I"II ~ts do dc..cn\ ol~i mcn lO
11""0, con~u o para ~~ O. do ll'DnCO de al, uma, m orct no IIX &!.
I'

Coa. eu
c....C 1~'&
\ -SPIull-
I
I
I
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Ci"nl~

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I
DesliQ- \ Daà-

I
CoaW"O-~llíMa I )

RCt;"ullnu I I ) I I
InTl ul;or
I I , z
I I

Quanto uo decl ive da vene me. venflca- se que ele apresenta


valores sucessivamente mais elevados ao passar-se do "splash" paraa
escorrência. o "cree ping". o deslizamento e finalmente o desabamento
(Quad ro 16). Se o "splash" não está depe ndente da energia potencial
propon:ionada pelo declive da "e "ente. mas só do tamanhodas gotas
de água. dóialtura da SU3 queda e da inexistênciade vegetaçâc ao mvet
do solo. para que ele tenha alguma lmponância morfogen ética ("ide
supra Secção 3.2.1), já para os outros processos ela é importante.
Nestes casos. o "creeping' foi registada em valores de pelo menos .I',
os deslizamentos de 13" e o desabamento de 22", independentemente
doutros factores ou parâmetros importantes no õesenceõear oestes
movimentos. como a textura e a estrutura do material. o seu grau de
coesão. ele.

0-2·
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I
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\l -20" I
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.. 20"
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Oeuos processos morfogenéticos f~am observados, embora n30
tenham coincidido com 05 pontos seleccionados para o leva numentc ~~~au~ :;;li~:adeS~~~ ~ ;~~:~t:~:I~~:~i~e:ou~~1t c
de campo. Um dos mais importantes e. de xç30 bem nolooa ~ , o de composiç3 0 cm ludo semejhante ao substrato rochoso. CUja~('
rOl';'wmt'f11o. produlO duma escorrência organIZada em mate ria l lembrar barrancos ondulantes (EsUlmpa VIII-A) . II.
facilmente mobiliz..be l. é o que acontece. por exemplo. co m os corpos
m.li~ margosos do Toarc iano WperiOf que.lltl,:u a Sul da estrada Brenh a m~i;' ~~~~~~~~ ~a~~::~~~~~~st~a~;i~m~~manoo
_ Alhadas de BaiXO. OY a NW da Cornecira se acham fortemente
dissecados por um conjunto de ravinas (Es tampa VII.O, . quand o a
~~~Z~~~~I~:i::rl~n::n~.~Pea~~~os ao fundo do depósito, A sua ~~~
vertente alinge valores mode rados de decliv e ( 10° a :WO)e a vegetação
foi destrulda pelo fogo ou por sob repas toreio.
Uma silUJÇ10 semelhante aco ntece nos Arenitos do Carrascal.
espes~~:: ~~m:~~~~. d~S~:~Ç3:é:(~~ f~~~::nt~:~al~~~~~
expos ~ção . na base da vertente. de porções da face das fina.
: f::
, bancadas .-
logo a ocide nte de Casal da A~ i3., onde a roc ha. Iriéve l. foi exposta por ca lc:l:"as. por ~m traba lho de sapa originado pela linha de ãgua ao ..
remoção mecânica da sua cobertura. em vene mes co m declives c m e ncaixar-se m3ls fortemente. decerto e m período com caraclerístlcu
IOrTIOdos Y . A relanva riqueza em peütos da rocha e a sua desagrega. ma is rexis.lásicas do q ue o actual . Esra.s bancadas calcárias. exposus
bilid:lde faciliWõlm o encaixe dos fi os de ág ua e o aprofunda mento cas segundo diferentes supe rfície s. viriam a entrar em desequilíbrio. ~
tõlvmu. do seu pendor ser co ndizente com o decl ive da Vertente. porque \JS
A evolução natural das vertentes escarpadas do Cabo Mond ego. mve ís marg osos ahemante~. pela sua c:lpacidade de relenç30 de 3gi1ae
també m ~ ajudaJa pela acç30 dos ravi narne ntos , se o material e m cau sa de incharem por via dISSO. empurrariam lale ralmente aquelas.
for sulicienlememe friável. Isto passa-se nos "Depósitos de vertent e do sujeitando-as . co m o continuar da acção. a um colapso lau ral (Fig. 61).
Cabo Mondego", acim a refe ridos. em parti cular ju nte ao Faro l Novo e Entretanto, a Ira grnemu ç âo d os calcá rios e m pequenos c:ll hau~
entre a pedrei ra antiga e a Fábrica de Cime nto. À riqueza da fracção ac hatados fac ilitaria esse mecani smo de entrada em desequilíbrio e
pelíticl1, ou arenosa, dos vários corpo s destes depósitos , j unta m-se os q ue da pos terio r (Esta mpa VIII·B) ,
fortes declives (s uperiores a :WO) e a frac a cobert ura vegetal pela
proximidade do mar.
~f u muites outros C3S0S de ravínamenros. ou pelo menos de "ril l
...-ash", tem lugar nes ta área de es tudo . bastand o para tanto que haja
materi al mobilizá vel d isponíve l. com fracç ão pelíuca significativa. o
declive seja moderad o a fone e tenha desaparecido ou rareie a vege-
taçâo . Parece estar fora desla acç ão morf ogenética o sect or mai s
calcári o da Sem . já que , mesmo depoi s do incêndio regi stado no Verão
de 1993. segu ido dum Inverno muit o chuvoso . não se verifico u o
aparecimen to de q ualquer rav ina. Decerto. a forte perme abilida de deste
conju nto calcário. com a perda em pro fund idade da maio r part e da água
sobre si caída. é o argum ento ex plicativo dess a ine ficáci a morfoge-
nética superficial.

Um processe de evolução de vertente s calc árias pode se r obser-


vado. também. na estrada entre Brenha e Alhadas de Bai xo. um pouco Caída uma bancada calcária e as margas encaixantes. fica ex~
antes da passagem de nível desta povoação (A. C. ALMEIDA. 1992). a banca da calc ária seguinte, à qual irá suceder o mesmo e ~
A formação geo lógica im plicada ~ do Toarciano inferio r. sucess ivame nte cm d írecçâc ao cimo <b vertente. Este alld a n50 fOi
co nsu tufda por uma "alternância de calcários margosos nod ulosos e de a lcançado . mas pode ver-se o pano da camada exposu. Il'latJ~t!
nív eis margosos mais tenros" (R. ROCHA et ai., 1981, p. I S), inclinados es tabilizada pe la vege tação den sa superio r. arbócea e sub.1.rbuSU V1 que.
com o seu denso raizame , parece seg urd- la e ter travado. por enq uan to, Iam sempre inform.açã~ pa~fvel de ser deteçtada pelo analista Para
o proce sso. Mas se as bancadas forem expostas por qualque r traba lho
humano executado sobre a vertent e. como aconte ceu com a abertu ra da
estrada , o proce sso desencadeia-se de novo, como se nota pela queda
~~~ju~l: ad:3-;ac~:~v~~e~: z:~~~r~~~:::~iru~~aclor. ,~u um
infl uem as outras variáve is. Deste modo, a sua enãüse eS~~:1 :~~~:

~7s:.~~~r ~~~ar:;;: ~~t~~~~~~;~idpe~~:IIC~1 ::r:~=~~I~:


de vãrtos fragmenl a!<o e pelo imu rresc er da parede expo sta que levam a
futures col apsos laterais.
pnnc tpats dos .0;0105, Um dos problemas com que nos deparamos f o
Um processo morfogenénc o muito vulgar no s maciços caldrios l a~to dos Ievanlamentos serem pontuan e. portamo, os dados reco-
é a deposi ção de tufos ca/cdrios (J. ~ ICOD. 1996~, fenómeno que a ündos com ,: m sempre o risco de, ao serem t'ltrapolados para a ám
envolvente. ISSO n~ corre~~der !I.verd:1dc, pois podem resul~ de
,/ cerca de -lO km de dl ~tânci3. na região de Condeixa, se mani festou
amplamente (A. G . ME.''DES, 1985: L ClJ!'oHA, 1988). A Se rra da Boa
Viagem. apesar de n30 SCT um mac iço calcári o. também reglSla es ta
qualq uer caracterí stica fisica. blol68:ica ou,anltópica local. No entanto.
am scam os ~ de~lmll3li:1io de manchas cUJos solos lenham, para cô\da
uma das variáveis analisadas , caraclerislLCas apro,im~ , signifiCando

,,~
ocorrência que continu a, ainda , a processa r-se. não obstante a sua fraca
isso apen as uma lendetlcia " .
amplitude. No fundo do vale da Rib· de Quiai os. em espec ial logo a
jU'WIte da escarpa que Iimiu a Sane a Serra. est ã-se a precipitar Há variáveis, porém. que nào scr30 objecto de análise espacial.
co mo é o caso das referente s aos horiUlrl~ inlermtd iQ\ tE e Bl e

, carbonato de cãlcio IEsum p.3 VIII-C) que e nvolve fragmentos de


pbnus e OUU'3.S panicul u e che ga mesmo :I formar uma espécie de
c= 1elevado relari vamenle ao resto do fundo aluvial. Por ele cerrem
as ápu mais parcas que se seguem aos períodos de maiores chuvas e
boeízorue C. por lerem sido cbservadas, ou Ie\":lnladas.num número
resrme de locais. ou então que n30 merecem qualquer tIPOde análise
por a sua variabilidade ser qua.se nula. como ecornece com a es((utur.l
I do horiz onte A que é praticamen te sempre agregJda
que, pelo mais long o tempo de pennantoci:l llO5 ca lcários da Serra .
I vêm mai5 camgados de bicarbonato e, portamo, mai s passívei s de dar Das propriedade s dos bcozomes tnrencees. algumas merecem

,,
I preciPitados e forma r o tufo nas suas margen s e fundo. A precipnaç ão
que est.1. em regra, relacion ada com a perda de CO 2 da .1gU3. ~
urna referencia especial . A textura do ha rizonlt 8 é um de» casos e o
seu co mponamemo. relativamente ~ lellura do honzonte A, é o
esperado . ou seja, uma maior f~uêncl:ldaste~turas finas (Quadro 17).
frequente na proximidade de quedas de água ou da exis tência de
pe lo (acto de ser o horizon te receptor da la'"agem. Uma boa percen-
planw aquálicas (O . FORD &: P. Wn..u AMS. 1992). S~ le C3.50, existe
tagem de solos com textu ra arenosa no horizonle A lem uma Ie"(tura
uma queda de ;igua logo a mo ntante .
argilc-arenosa ne B.
N3j cabeceiras do mesmo va le, pelos 1-«) m de altirude e logo a
Já o pU do hori zont e B nào sofre grande ~ariaç1io em rcl:açjo
XW da Cumee ira, obse rvámos um peq ueno reta lho de rufo calcário na
co m o do horizonte A. podend o desv iar-se cerca de Um.3 umdade I.1IIto
base duma vertente e dum vale im abrupto. mas que parece herdad o de
para baixo como pata cima e cerca de um lerço dos solos evoluídos
outro períodoem que ai decerto corria. ou até emergi a. água com mais 11l
(Quadro 18). Talvez sej a o efeito duma fracaevolução do perfil desses
frequ ência do que agon.. O depó 5ilO não é bem vis íve l mas parece ter so los, trad uzida pelo prroomínio de Cambíssolos e even.{ualmcnte da
pouco mais de um metro de espe ssura. por poucos metros de compri- forte ligaçào das propri edades dos solos com a rocha subJ3CCnte.
mento.

5.2.2 - Compon, nuJ ptdológicas

Ao conlf'ário do que acontece co m as outras unidades de


paisagem, aqui as co ndições ffsica s slio tão variadas que 05 selos 5110
obri gados a respond erem do mesmo modo, aprese ntando caracte rts-
licaSlambém diferen ciadas de maneira que praticame nte todas as variá-
veis levantadas no terreno. ou determinadas em laboratório, transpor -
,-
'" -
~~.kJ ~ntre ao W'lLUllI doiI honl<"llrt A t 8 .
e os ~:uooro.-'-dooldoo. na Semoda B<. Vial mt.
..c.o 17 _ 0 19- Rda.;k1entrea~.cç50 ,,>r"o Ha
IOOI loObdaSerradaBoa V~Jtlll

.........
TU lUr:II00 H. B
Reae~:lo oom o Ha

.
fi
,
A", n.rfranca
, ,
Arl '\o._~
A"'..... n..".......... fi
"""""'
Atrno-trana
, A~ml'" 10
do HA
......... )
c.-..
"
As variáveis seguirues, pela sua variabilidadee por respeitarema
lodos os locais le vanlados . ~o pusívei s duma amiliiC espacial. com as
'-'01:01 1- ~l.açkl~ opHdoIhonrontelAc 8.
preccoçõe s ja referida s.
_ ..... dl. S<orno <b 8 .... V.... em
A d renagem. sendo uma variável que cst:i directamente
dependenteda tea tu ra do solo e CS13 da composiçãomineraldu rochas.
pHdo H 8
vai apresentar valores e uma distribuiçãoque tem a ...er com a dístri-
)".....4 I 4" ·5..& 5>-6.4 6.5.7.4 7j·8.4 8j·9.4 buiç30 dos difere n res tipos de rochas. Assim. foram consideradas
drenagens fracas e médias; não parece haver condições IUlurais nos
) j....,4 I I
pH H ..5.4 I , solos analisados para se verificar uma drenagem fone como acontece.
por exemplo, na G·andara ou nas Dunas de Quiaios. Quer as unidades
4
4
carbonatadas. quer as unidades arenüí ccs contêm. já 11 partida. uma
I
.,
5j-6.4 I )
certa percentagem de elementos finos. ou então. por decomposição , 4
H. A 6.S-7.4 ) I propiciam a sua form açãc que. misturados no solo. dificultam. em I
7,.j..4 I maior ou menor grau. a transferência rápida em profundidade. da água 4
',.j.Q.4
I , caída sobre ele. Nesta perspectiva. funciona como um factor positivo
em lermos de polencíat supo rte biológico. por parte des tes solos.
I
A drenagem fraca vai dominar nos solos desenvolvidos sobre as I
rochas carbonatadas do Lias e do Dogger, a Norte. e do c reucícc 4
A n ôlcçã o do he rt ac e te C com o uel refl ecte directamente a médio. a Sul. mas também em parte dos Arenitos da Boa Viagem.
namreza do su~tra.to rochoso do solo. pois quando ele é calcário sempre que a fracç30 fina tem importância (Fig. 62).
Iaz efervescêocia viva. quando é arenüíco ou arenoso n30 faz. em Sobre os depô sues superiores da Serrada B ~ Viagem e sobre os
regra. qualquer efervescência. com excepção de poucos casos. decerto Arenitos do Carra sca l domina uma drenagem m édia (Fig. 62 ).
graças li matriz carbonatada de alguns lermos dos arenitos. ou a uma A pedreg es!dad e, que pode variar entre zero e dez. recorde-
fracção também carbcnarada nas areias (Quadro 19). Dois exemplos mo-Io.tem aqui uma distribuição que. com excepção da parte calco-
situados sobre'calcários n30 mostr am efervescência com o âcid o, mas margosa Norte, onde. em regra. é elevada. pouco parece ter a ver com
isto deve-se ao facto da rocha-m ãe, neslas circ u n ~láncias. não ser o as unidades geclégicasoNo terço SE da ãrea, ondeocorrem Arenrtos~
calcário ma! as areias que. apesar de pouco espessas. cobrem Boa Viagem. arenitOS do Carrascal e calcários do Cretácico médio,
aquele. dominam as pedregostdades elevadas (Fig. 63). ~o interv~ lo entre as
duas subunidades referidas dominam as pedregosidades baixa ou nula
Corresponde ao ci mo da Serra da Boa Viagem e li vertente Sul. lII31S

- ocidental. constiluída por Arenitos da Boa Viagem.

IJ
As rocha s carbonatadas, pela sua estrutura lítica, em que se veri-
fica, co m frequ ência , a alternância calcário- marga. em banclldas pouco
espess as. fornecem. por de sinlegraçllo lO.dllStos para o solo. iomen.
00-0 facilmente pedrego so. Algumas veze s esses cla~105 do herdado\
'1 PR~ -.:- -:-i" de co ndições c1imáliCil5mais frias e sobreos quai s. Otlcom os quais. se
'1 /.- . ~;,._, de sen volvem so los .
0 5 arenit os ou afoni ori as areias.por alteraçlo. d300rigem a um
/ 2 "2
material aren o so ou areno-argilO5O. com raros clastos, dai a w a mais
baixa pedre gosidad e.

Nos pomos levantados, em regra. não se 1lOU a rocha a anonr .to


superf fcje, co m excepção dum rtlal ho :a!'o"W e doutro I Norte l FiIl, 6-l).
o nde a rocosida de chega a ser média , Corrupondem a ir eas quase
totalmente calcinas e. geralmente. com declives fones a Itll.:llkndos.
0 5 aremrcs co m mais dificuldade mcsuam- se à superfície do solo e.
po r esse motiv o . a rocosid ade é nula ou muito fl'3C:1.

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" g.Foz···.... ·
Na Ú'e3 e~ludada ~rge m solos pouco eyo luídos, cujo perfi l ~ As areias 00 arennos , em SilU:lÇ50 de fraco declive. são potenciais
co nstllurJo unicamente pel05 hon zonle s A e C, e solo, evolu rdos , co m orig inadort-!Ide solos evoluídos. como perece acomeee r na mancha
um perfil com os horizonte s A, B e C. 00 mesmo com um hori zonte ce ntral da figura.
d uvial E. sendo pomnlO AEBC.
exsolos de perf il AC ccort em um pooc o por roda a pene mas A espes su ra do solo, aqui to.mada .na totali<bde do perfil" . foi
parecem dom in.u 5Obf-e (Mo c;lJcárius na fa i~ ;I a NOl'U, ou sob re o litera l di vid Ida em classes cujos valores-limite u...eram em COOlôl os seguidos
arenitico mais ocidental (Fig . 65). A SE mina ram-se co m solos na Cana de Capacidade de Uso do Solo de Portugal (1983) para o
e voluídos. embora aind.a sejam os mais {req uentes . estabe leci mento das cinco ctasses de capacidade de uso ar represen-
tadas .
Ape!>llr da grande di ~pen!&o de cada uma das classes. nota-se. no
e ntanto , have r uma preferência das classes inferiores, ou seja. com
espessu ras abaixo de 35 cm. pela fai"'",Norte carbonnada, enquanto na
restante área. de do mínio das areias e arenitos. as classes superiorn são
as mais important es (Fig. 66). Parece ha...e r; portanto, um coodkio-
na lismo petrográfi co na distribuição desta variável.
A textura do horizonte A 12 parece seguir de perto a distribuiç30
das rochas que supo rtam 1» solos. aliá$. como era de esperar pelo facto
de ser a composição granulcmétnc a e mineralógica da rocha a deter-
minar aquela. c m especial se o solo ~ pouco evoluído (J. B. COSTA,
1979. p. 61 ).
Espac ialmente nota-se o dominio das iemrras mais rll\~. ~ilo-­
arenosa, e argilosas . nos enremos Sane e Sul da ârea. coincidindo
grosso modo com .o substrato carbonctado (Fig. (7). Junta-se uma
ma nc ha ce ntra l OCIdenta l, sobre o s Art rlllOS da Boa Viogtm. f::ll...ez
por c oincidirem co m lermo s mais argilosos daquela unidade
geo lógica.

No cimo da serra e na vertente Sul, imed iatamente próxi ma,


parecem dominar os solos evolu ídos (Fig . 65 ).
As rochas que fornecem , po r alteração, grande quantidade de
materiais finos não favorece m a evolução dos solos, pela dificu ldade
propo rcio nada ti dre nagem. Oe ste modo pode-se ente nder o dom ínio
dos so los pouco evolu fdos sobre os calcários marg oso s, enqua nto sobre
os ~ n i los, para atem do facto de algu ns serem ricos e m arg ilas.
repetindo-se a situação dos ca lcários , há vários casos de oc upação
agríco la. actual ou pass ada. que origina sempre a mistura e uniformi-
zação dos níveis superiores do solo, e nou tro s casos u m dec live
acentuado, onde a circ ulação la teral da água ~ ma is importan te do que
a vertical, a que faz ev oluir os so los.
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Se :r. concentração dos pH básicos se verifICa ~ as rocnas


calcárias. das quais esec dependentes. já sobre as rochas domil131l'
temente qU3lUOSU. parece haver uma maior as.sociaç!ocom os tipos
de use a queesú. ou esteve.sujeito o solo.Sobreestasrochast curioso.
ou talvez.não seja de estr:mhar. que os pH ãcidos surjamem solosque
suportam maus de pinhal ou eucabptal, ou matos. e os soloscompH
básico eSlejam. ou estívemm.su~itos a cultum (Fig.69).
De sallenur o aumento do pH quandose passa s~iv:unente
dos arenitospara as areias,paraos arenilos decimentoc:ubonalado,:llê
". ~o~~~~~~.n;a~t~~~~. :i~di~:i~~O:fin3da no espaço e deiu de ser
""
lado, t. mais frequente :) existênci~~ marn;h?-S (Fig. 70). Por cutrc
restante ma. uma umca reacção, a nula. na

ll ocba -lDle
Arn Are Are Cal

3.5 -4 ) p,p
r-,
4.5-5. 4
P. P. P
P, P
? F.P
r-,
5. 5~6. 4 P. P.M,?
C.C. P
C. M ""I'---.. ••
ea
6. 5-7 • .:. P,M.C,M

7.5-11. .:. c,c,c.c


P,'

c.c.c
P

P
.""
F.F.?
H,P
••

~r-;
• p , p.?
C P
a, 5-9. ':' P.M.P.:-1
P. P.C.:-t,P Fig_70 - VariôIÇloda reacçlo com o kJóo ckn1nroOo hor\loaII: A.
nos solos da SelTll da BO;l Viagem

Am - A~ ,,~ P - Pmhal ou euc:l.lip4.a\ Quanto à cla ss ificação dos solos. estes surgem maioriwi~nte
como ~ e distrib uídos um pouco por lOdo o lado. em
Are - M Ias ou alll~iõn M - M óll ll
AIl: - Arenitos com cilllCnto

""""""""
CaI-Dlúrios
C - Cullur,.. ou pousio
especial sobre are ias e arenitoS (Fig, 7 1), Na faixa Nane. com
calc ário s margoso s. são raros os C;unbissolos mas são frequenles as
••
~. solos hab iluais sobre aquele tipo de rocha (O. SOl.ThER..
Fi, . 69 - Re1lUiJo entre o pH. a roçha· mlc c o II~ do solo
1987. p. 10 1).
na Sem lU Boa Viagem ' Nos fun dos dos vales e veleiros. desen...olvides sobre aluv iões.
ou na base das verte ntes onde se acumularam m3.leriaisvindos desw.
. Um comportamentoespacial semelh
horizont e A com o ácido elorfdri co o ante ao P~ (em ~ reacção do ge nerica me nte desi gnados por co!u\'iões. surgem os ~.
classe que agrega os Aluviosso los e Co luviossolos doutras clas-
carbo nato de cálcio que indi . que não ad mira POISé o mesmo
o ácido. A área ond'ese con~:::a:ente fez elevar o.pH. que reage com sificações (FAQ-UNESCO. 1974. p. 14). 530. em regra. profundoS e
as reacçõe s mau fon es (moderada ricos. a n30 ser que. pel a presença demor:td3 de água no seu perfil
sofram hidrom orfi smo. levando então ao aparecimento de ~,
nlor II ~m ~i .. no ampl), • mcdidl, do H
blf;~~O :;:_0 do q~ no labonl6nO ~s :' z: i=~. ~~s:':.~'O
dIclO man1J!m uma ccna lensio de co, ( lu ".,
ta lc.1riO$ e ii.
que o
um
Este fenómeno ven fica-se nos iramos finais dos \'ales mais impor'
lanteS da sem.
aquela linha em dois ramos, nas suas pt'Oltimidades: apes.ar dino. estes
Nas vertentes areniticas mais declivosas surgem solos pouco locais surgem mais "CUS do lado dos WI05 calcirios e com eles
espesses. ãcidos e de textura mais ou menos grosseira que sac os parecem estar mais identificados,
R>nlm Secundariamente podem delinear-semais dois limites que deter.
Nem ou noutro loc..1 mais arenoso e com fraco declive podem minam duas manchas. uma correspondente ao enremc ocidental da
desenvolver-se solos de perfil mais evcluúl .. tipo ~. ou ali vertente Sul da serra e a outra correspondente ao extremoSul da ãrea.
mes m o sol os ~ , constituído pelos calcários do Cretácico médio. No primeiro caso. a
actual ou pretérita utilização agrícola da maior pane doslocais. ouo facto
de alguns deles coincidirem com depósitos de verte nte. confere-
-lhes uma coincidência nalgumas das propriedades analisadas, A
segunda mancha decorre do aparecimentoda failta cak3ri,a cenomaoo-
turoniana, junto ao Mondego e praticamente rodeadade mias e aremtos.

Em SÍntese e como resultado da sobreposição de todas as canas


referentes a cada uma das variáveis analisadas, verifica-se que há. de
facto, uma linha de grande número de coincidências de limites emre
manchase que separa uma faixa Norte da Serra com solos mais carac-
terísticos dos calcários, duma faixa Sul com solos mais característicos
das rochas quamcsas (Fig. 72 ). Não há coincidência entre os limites
Iitológicos do substrno geológico e os limites pedológicos, no cimo da
Serra. devido à existência. aqui. de depósitos arenosos. É decerto
graças a estes depósitos superiores da Serra da Boa Viagem. que - So los-tipo _, _ de solos q~ podem
alimentam parcial, ou totalmente. grande pane dos depõsucs de ver- 15 foram ~numerados os dl~:Sa. t : .ireada Serra da 801
tente aqui existentes,que alguns dos locais de amostragem levantados. ocorrer, com maior ou ~nor freq .dei dos perfis-tipoe respectivas
Viage,m 'd"mPdn,'"q:I:;Uq~~:~:i~ ~:~ais neste espaço.
d,
apesar de se situarem sobre um substrato calcário. apresentam solos
com características ora próprias dos calcários, 0 111 próprias dos propne a es,
arenitos, É o caso dos locais 66. 110, 113 e III que fazem subdividir
,O'
T;ll como par:Jas OUtJ'ilS ãreas-amostra, procuraremos apresentar
um WHl de cada uma das classes que. para além de bem 11 represe ntar.
tambémC'OfTesponda ao perfil médio do conjunto dos respecnvos solos.
Fazemosucepção com os Cambissolcs onde apresentamos dois perfis.
dad.1a di\enidade dos solos dauific3dos como tal e especiahnrnlc os
diferentes graus de evolução por eles patenteada.
As Rendzinas (Estampa VIII-O), com preferência. como se
refere acima. peja faixa NOIte da Serra. dificil mcnlC são típicas. pois
quase sempre contém no seu seio uma percentagem de areia que
descaracteriza :I habitua l textura argilc-calcã ria do hori zo nte A
(O . SOLTSER. 1987, p. 102). Esta presença de areia não vai influir
significulivamen lc nas propriedades agrológicas deste solo. q uando
muito pode-mefhorã-Ias,evenrualmenre.
As OUtJ';ti propriedades são as nornuis deste tipo de solos, ou seja
uma eslnuura grumosa. um pH cone 8 e 8.5. a cor castanha escura e.
"da pro'ifenç~ de carbonatos. uma rucção viva com o ácido
clorídrico/Fig. 73).

Fi._ 7J - Solotipo Rendzma. lObu cakinol.ob\crvado no locõll108.


lbScrralb BQtlVi.lgem

Os solo s mais frequentes, ~s Ca mhissollls [Estarnpa IX-A).


pedem surgir tanto sobre os arenito s, co mo sobre os ca lcários. em
es ~c lal_ se estes s~ponare m um depós ito aren oso. mesmo que
pelicular. Se o declive ~ fraco. ou se a alterite. ou o depósito de
vertente , sobre o qual se desenvolve. são espessos. em regra o solo é

evoluído, com um horizonte A de 20 a 30 cm de espessura. textura


aren~fio1nCa. ou franca . esuurura agregada, pH ácido• se está sobre
arenitos, ou básico• se esu sobrecalcários 00 arenitos cálcicas. a co r ~
castanha ou castanho-acinzemada e não faz efervesc ência co m o He i
(Fig. 74).
f..$T. IX-C - Pi"hal"a \ 'al. d" H.. p"._
d",.ro Em pnmerre plano. um pInhal
I>r.l~o ~ben". com IUb-bm.que ,."lall...
mcn~ de nJll. dom,nado pela mun, Ú!l
""811000 plano. um ponllalman'oOfe-c1l.lQo
K msub-bn<q u.e .

oH

êsr . IX-O - UurWuj, iro !«,14d.,.,.


.'I<ID. junJool~dfY'ro «I....l"', C""
.' IaM'ra Pot c:ima:llClLU o .ent o U< " nlCf·
nll"iolde :- ).pottw'o o~enl0'i"", ,..>hel
ven ente.<kSW).
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(A' I' Ia Jo dnoou lo:-..., I.o)
~I

Z v:

Fi, 74 _ C;unlnlwlo e~oMdo_ oobre " k;4riN eabcn .. PJ":wioas fIna.


00 local de a~tr:li"m I-4Q. da ~m da Bo.1 VIJIe1n

o so lodo local de amostragem 110 {Fig. 751 di uma ideia dos


li Cambissolos pouco evo luídos, de perfil A-C, que parecem estar

iI associadoscom declives mais acentuadose com rochasconlendo alguma


percenugern de carbonatos. O declive favorece o fluxo lateral da águ,l e
não o desenvo lvimento dum horizonte B: por outro lado. I e.\islência de
boa qua ntidade de iões cálcio no solo promove .1 flocu laç~ e, porunlO•

.. o horiZOllle B a'lplico (termo pedo16l1ico) t um doIllonzOflln dl.lJl'Ó'l"ICOf


da cl.l.<lifiÇ;lç~ amenC311a e cuja 1Ilel\"lologlafoi também ldopu<:Ia lUcl»SlflCaÇillda
FAO-Ur-lESCO que seguimos, Trala-"" dum hQrironle 111I~lal que recrlll' I It'Jlb
renrada. por 13~agem. do horizonle elu~ial superior_
110

a eSL1bilidadc da es trutura, co m a seq ue me retenção dos elemen tos


minerais tinos no horizonte superior (O . SOLTNER. 1987. p. 8 1). Em O pH é pouco ácido a pouco básico n .
'"
regra. o horizonte A é igualou superior a 20 cm e o pH é básico ou ba.s tanle básico ou bastante ;1c'lI b 3.5 alUVIões. mas pode ser
neutro. A cor dominante é a cas tan ha, embo ra a cor original da rocha- co mpos iç3.o calcária ou arenítica'd~SI~~ re coluviões. em func;30 da
-mãe possarnatizj- Ia com .asua tonalida de. Os Ran kers são pouco espe ssos e de
AC (Fig. .17). e m gran de pane gr ~rfil pouco evo luído. tipo
eSI3.o sUJeitos. e que é conscqu~nci:;~o ~o l~sg:.L'te superficial a que
A.. . II Q dese nvo lvem. O pH é baslante ác'd ee rve das vertentes onde v:
e fervescê ncia com o ác ido dOrfdric~. o. a Cor castanha e não fazem

ju~ta:e~~h~~ã~ év~~:~:I~~~it~c~~~ít~~a c~m malriz,sil!cio!a e.


acidez do horizonte A. penar. conln bul para. a

Fi, 7j - ÜfllbluOM:! pouco C'...oluido ~ diepósiw \k ven erne Q ....;1no.


IIOJoc4ldeolml>W"~gem 110

S4lIho rara s excepç ões. e est:l~ dentro do s coles de)(!nvoh'idos


sobre depósif os de fundo de vertente o u qua ndo co meça m a sofre r Afth;A _ 7.5 YP 414 Nti\
hidromortia . os f1u'- is~ol os U O solos de um único horizonte. bastante
e...pesso. de text ura uniforme. m:lis ou menos g rosse ira cc nsoan re a
granulcmetria do...sedimentos, e de estrutu ra a gre gad a (Fig. 76) .

A ... ~

5.2.3 - Componmusf1orísti€as
pH e- ~ HCl

o~
...~~ .
Na Serra da Boa Viagem 530 encontradas fundamenulrnen le
form ações vegetais arbó reas q ue. no caso da área estatal. são o resul-

: ~. AA~fAA' v~
lado das plantações do início do séc ulo. como já foi acima referido
(Cap. 2). Não obstant e. aq ui e além . por causa de co ndições mesolõ-
: . _ A .. n py. gicas muit o específicas e limitativ as para o normal desenvolvimentOda
vege tação . o u à c usta da acção do homem. por meio das prálicas
agrícola s, o u pas toris. o u atf de queimad as. as formações vegetais são
cc - : ,o" . mais bai xas. arbusti vas ou subarbusli vas. Em qualquer dos casos
nenhuma delas corresponde à vegetação clím.u.. a qual pode ser
ded uzida, em parle, pela ocorrência de determinadas espécies no sub-
bosqu e das matas plantadas. Está-se. portamo , perante estãdios de
degradação mais o u me nos acentuados daquela que sena . na maior
AI · 76 - Fluvissolo sobre IIlllviOes. no local de amostragem 80 parte da área, uma floresta natural da aliança Q/Juci on brotero i Br.·BL
11)

P. Silva & Rozeira. 1956 " (1. BRAUN-Bu I"QL'ET ti al., 1956).
dominada pelo carvalho português (ou carv alho cerq uinho - Q II U CUS
fa.r(ill~a Lam.). murro provavelment e seme lhante à actual "~fala do
muna (Myn us commUlIÍJ L.I. f orm ação baha s barb
~cn~ para a ~ane superior da vertente e mais de.:co~tínuaUst;;aa~ n::
l nfe ~or. em direcção 00 mar. parece estar de acorde Com ~ Cond; ões
Ferrestejo". préxirnode vtomemcr-o-vethc. particularmente agrestes do meiO onde está inserida _ muito ~ido
D3.sãreas OUtr0r3 ocupad.u pelo homem. eeconeam.se pn:Jut'OO'I. pele . vente que: ~anega. com frequêec ía, p3rticula~ de sal. Est.u
rebl hos que td muito não senua m a ~U.1 acl;:ltI. o que' veio pcrm mr o c~dlçÕC's lIetermmam. a fi~ ionomia em rufo ccrr.ldo dos indi"'ldU(X
,I desenvolvimento de aurêmicos IIlõILa~ais.. onde a pene1r:w?o de qualquer
peMOO era bastan te dirw:ile onde a luz era fraca ju nto ao solo", Dois dos :~:~~:~t~e~~;:n~=~. e umacena 3ridez. para a qual
levantament os coincid iram com esta fOC1T13Ção vegeta l e reles 'ii: podia . O conjuoto de espécies presente s <Quadro 20) indici:un~slanno5..
reccebecer o dom ínio dos atbu.~10!0 npicos da orde m Putocío tenusci. mars u~a . ...ez, perante a ordem Ptno cto ltllrisd _ Rlronuttlal i.l
· Rhontnr toliD a/Ol~mj Ri \·3S-~ lartll-ez 1975 ( RJvAS· MARTI~'EZ ~I ai., a/atum RI"':lS Martinez 1975. pertencente à classe medilerclnea de
1990), como t o ca.-.o do lennscc (Pútacio f~f/fÜCIU L ). do ademo Qll~,ut~a /IiCi.f Sr .-SI . 1947 ( R1VAS - MARn~EZ tt ai.. 1990. p. 541.
IRNlmIIUS aiaiemus L ). do carrasco IQut'IrW cocei/ua L I e de OUtr.l.~ mas aqui. talvez. sem estar em sucessão para qualquer OUtra formaç30.
plantas meditm'ine:l.. como o rnetJronheiro (Arbutw uneao L ). a roselha
(Cima crispw L ) e a giesla (C}'tiru.r .f1rialU.~ (Hill) Rothm.). Noutras
regiões mais secas da Pmín_~ula Ibéricachega a formar vegeteção clímax,
porém. nestaregião a humidadejá é suficiente para esta ordem não passar
dum eséd io regressivo da floresta de carvalhos portugueses (illnll.
p/~'llrilllt"';KW
ibidnn. pp. 54-55): reste C:bO. alé deve ser consideradacomo um esrãdio
Ulu t ",opat'w (?1
intermédio duma evolução progre ssiva em direcção à floresta dos Daphn~gni<liw/
carvalhos . pois sucedeu a uma oc upação cgrfccla e passou , certa mente. Mynw<"Olt""unls
por outros estádios de vegetação herbáceae subarbustiva, eis/u-• • a/viifalia.
Phill~rta angu~rifol;1l

Uma das formações vegetais que mais se aproximam das carac te- Q"tn:w,occift'm
risticas chm ãctcas é o mat o baix o aerohallnu '" das vertentes do Cabo SmilllrllJptrn
U,.,illtaltWriri ltll1
~l onde go IEsumpa IX-O).
P"'lUltiJlt'ptllSis
É representado pelos levantamentos 66 ~ lO) (para local izaç ão 8rndllpoJi<anphorIo.roiJt'J
ver Anexo 8 . ) . cede se nOla o domlnio do lcnuscc (PiSllJcia lenti scus Rl4bóIlpt""nltQ
L ) e do loja ( Ul~.x turofKUw L). salientando- se amda no primeiro a Alparo,,,,,np/tyll...
RhntvuuaúJ't'muJ
.. Anla ~ por Qw rc...... fiJ,.- por B~n-BYnqun ri aLo 1956,
n'Ial.ahcndo pano llDJnC anua l por Rrv ~· M ..ere-sz, I97S.
PI1l1llll1"",rrari4
PIQII'".fl'l&=tt>lll/l
• "'IIIIlW das dncliçôeI ou ~fni",iu dof, lR~eT\Uno$ f1oril4K'OJ nlo 1JIapJi4 vilJoSD
~ 10 upc de cohnnIn ~~1 que Ij ' '' il«' _c IIlOlllenro pol' Im:'m ~ido enlMo_lI'IaIl'nno-
afeeuoo.pelo rndndio doVerio de 199] Colno~ 1e~-anWncntOsde Cõlmpo fonm C/l~/""i'"",,-w
cfcawdM m1C\ daquele ,nctIlcho e IlCm lodos 00 lo,:;a..sde ilmOO.Iralcm foram CaltnJ..l4mi,mp/,.tÚl
at;nllllolporcle.dcc'id'lIlOIr.uer.lhcs~fertnrilK'mpreno{lR'WftlC.p;Ll'llCYll.lrUm.l Cyntra""""liJ
ecruCOllfl.llolo n.a.leltunc . porque nIo. proIonpr um pouco Il1a.lI I l""lcm da ~ & U"n'iWJlrts
da 801 Viagem -..eutáa I prtte'IO~. ~t:ue morncnlO. ul~o ;I,um.u di' eopk.e . Dtx",,;',lomt'rtlUl
que t:U5o I reocupar o npIÇO. pane dela. dc ... pareceu. ou pelo mcnoo I
p1rofillS P4II;.wJf"ItOSD
lmponlnciol o.\c~ UmI no eubeno \Cr cu! &l1CroU-wprofund;uneme e,váaNflo mari,ima
Jf Dn;g~ ~nlld .. ror nemplo. por Rrv,u.M ..mNU ti ai.• 1990. ~"Jo<r, ..btrru<an
q UlndoH n: fc n:mbf<ll'Tllaçôe.quc. pela $uac.poiiç:iuaom.ll.loIobatidi.pelo< D'IJJiKwfwIlOl'l""'
~Cllloo m.lICl101. eatregadolde plnkul~ o.\cw.
No revan t~menlo IOJ. mais pró lt.i mo do . mar, m j slU ~m . se '"
espteies mais típicas dos escarpad os costeiros. a~ u l rep~sentadas pelo
Cri/hJ1lu11l mari timum L. e PllJllrago macro rrhim ( POIr.). que fazem
pane da classe rupicola Crithmo - ümoníe tea 8 r.-81. 1947 t idem,
ibidem. p. 95). A densidade da vegetação não é tão elevad a como no
local 66. dispondo-~ em tufo~ ce rrados compostos pela Pistacia
PUI"'pi"a~l"
lemucus L . Ulu eufV/)(Uu.f L. e Rham nu.f alatemus L . separados por
U/t'I.t'''mp<leuJ
espaços abertos com algumas berbãceas. A presença do Uíes: euro-
PUllJâ u lt'lIliJCIU
~w.J L. ". apesar de não fazer parte dos agrupame~[os vegetais
Duplrftllgnidl"'"
referidos, ceve-se. porventura. ;\ proxim idade dos pinhais onde e le ~
CUllUuU.úfo/ilU
frequente no sue-bosque e à riqueza em ateias quartzosas do depôsun
ErictlJCopuria
de vertente em que eMa vegetação eSlj instalada.
A rb." u l unt'Jo
Mais par.l a parte inferior e com a maior proximidade do mar. a
PinUS"'"t'a
vegel3Ç30 r.ln'i:l e pa.\S3 a se r domina da pe l3.S espécies da classe
AJpGTUglUap/l;rtlllU
Cri/hmo - Limonieteu , ou de outras classes de vegetaç ão ainda ma is
Gt'1IU'lJtriacUlllhw
mblenles à ~linid.Jde _
Phi/lyi,toan~lUri/oIUJ
Rl_.... uJ.u" ..1U
Para o interior Iksta fonnação surgem outras formações vegetais
Rl.tblUJP
que. ou estão IiVte\ da acção directa do mar ou. se o não estão. ela é
Crol4t'If... _ n ....
suücientemcme rraca ou pouco frequente. para permiti r o desenvol-
Qw'("fuJub",
vime nrc norma.! de espécies evenrualmeme afectadas por o utros co nd i.
Curl"lllca.....bu«l
ciooaJislnO'i físicos ou humanos.
Q....rn.J/ogirtt'iJ
Uma das formações mais frequen tes é o pinhal . em regra domi-
Hnkro ht'lu
nado pelo pinheiro bravo. mas o nde por veles o utras espécies arbó reas
1{jbu""""rm...
tem algum peso. como ~ o caso do e uc alipt o ou do pin heiro manso . Por
este (:acIO. denominámo-l.3 pi nha l bra vo e misto e separãmcs os M " n UI (OtII IIl WIl J
levaruarremos efectuados sobre substrutc crenmco. dos efectuados CaJlu.... ·,JlfJril
sobre substrato calcário (Quadro 2 1); nes te caso . co nsiderámos calcário ThupJUJ ,·jl/n«l
o substrato cuj.3 rocha. pela sua riqueza em carbo nato de cálcio . Iaz UIN>doro prost ral/J
fone e fervesc ência co m o ácido clorí drico . entrando neste co nj unto os E/lCalyplusgWhwlU
calcários mai s o u men os marg osos. o u então com fracção quanzosa na QUf'rrlU /lUiltJl/ko
sua composição. e 05 crenucs com cim ento carbonarado. Ericaumbt/ÚJIl1
. Verifica ·se que o sue- bosq ue do pinhal apre senta alguma dífe ren- P't'n d jum aq"i/jn "",
cla.çào co nsoante aq uele subs trato . Assim . há espéc ies que pref erem SIIliltulJJpt'ro
nitidament e o substrato arenüíco. co mo o caso das Eric âceas , ond e
é CiJt...'crúpuJ
uma é mesmo excl usiva. da muna. do eucalipto e da ca rvalhiç a e hj QUt'TCIU n'J«1/t'. 'O
/..oIti~ra"""t'd
C.vIUIIJ{1t'nduJinlU
.. ~ pon lvel que Soe U1lle doulta es~de de U1t';(. o Viu dennu wejw, que (Xn iJ'a,,,,,rnt'jomi
RlV"'S-MARllNEZ 1'1 al .(l990) 3dmitem ui!lir nA Serr:l d.1. B= Via~m . Ai O\ltr~i
Rn!<DJtmpt'n.J't'nJ
e ~ptt'e5 queo ~comp~nh.llm n30 ?30 nenhUma! d.1s caractertsucas da associaç30a que
~ue le 1010 pertence (TIl)'...., SY/W Jlm -Uliet l"'". dtl u l1. O ~SpeCI~ almofad.3do den .., O"richj/JvÍJcoJn

..
das phln!ll5 pode oer umcameruedevido b condlçlles microclim311caJ ventosa •. E') ·ngium cl1.mpt'llJ't'

'TI C8) !fí)!l :2l!fí)!fí)@ ~ ~ : ~~ ,.;


onras que parecem desenvolver-se só sobre ele, como Thamia vil/Ola
é
Do is ~c v ant amcntos co inciJ iram com plnh :d de Alepo e OUl l"O\
L. u thocJoroprostrolQll.ois.el.)Gnseb. subsp. prostro/a e o feio vul gar. dois co m pinha l ma nso . em povoa~ n(us qua se puro~ deSlas e~péc ie~
~o geraJ, s~ ~pécies ca.ldfugas (J. A. FRA~, 1971, 198.4). arbõ reas, resultantes da plant 3o;1ioong lna l no inicio do século. do Prazo
Sobreas rocnascarbonatadasoesccam-se algumascalcfcolascomo de Santa Mar inha (Q uad ro 1 3).
CWLms _ft riDt lU (Hill) ROlhm. e &nista /uum t:'/o nii Spac h (üitm.
tbUk m). As oulr.U. a~ de não ~ poderem considerar calccolas. QI.·..DllO 2J - 1 1\~l\t:inot, ~~li~<:mp'l\hal de "leIlOe p,nlQt ~OO.
preferem0Ie5 rerrclK:JJ, talvezpor XJui a securaao nivd do solo ser mais l'lIS<:rr.id..>B.,.·h.,em
pronunciada c elas esceemmclhofprepat':ld1sparaa suportar ; É o caso do
~uciro (Qwrnu cocciftra L ). do cardo corredor (Ery"s ,- um
mmpt'JI" L ). d.1 ItlSelra br.I\3 IRo JO sempe rvíre rü L ). do leeuscc
(PistarioklllU<lU L ). d,u ~ lCisluscnspus L e C. saMifolilUL.. P ,,, IJUlr /H""U
do mcdroPhclfO (Arbutus~dd L ) e iii salsap.milha (Smila.t asperu L ). 1';" ,..-
s",tI u"'"'....
Sob 05 nK'alipl:li<o surge uma vqeuçào muiro 5Cme[1'Lan1e ii dos .I.I, c_ ""..
plnhai~ em partJClllard.1Quc1es que estãosoceesubMr.l.to arennico. o que Ci.,,,' '''','''{<>I....
n.Jo admIra .p que aqueles só se ercontram soeee rochas quartzosas, C>upitNt"Jd"""
emboraóIplft1lremenle com menordi...midade (Quadro 12), masque pode Uk "....,..,.....
ser devidoao facw de Ihd ta" cabidoum menor nlimero de Ie\·ant.amcn~ 1',,, ,..FIl1J,...
fu :itJ k " luc ....
PlUU.""fJ""II" ""i/váa
G.-rrllID'"""",'''''''
u..uc~ra ..rl'1lSC"d

" CI'icaH'OP<lria

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E«~,w.u.. C"' ....., ... __"....

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Uk a~..,."......

c.u-"''''''
Ü'ic .. ~
w_ _
......
<dJlUI<Im«""~

CÜlW Cropw
Qw,roo. . . .,
1" lI«lI.1krulJOlS
VeriliC:H e sob O pinhal de Alepo uma ma ior di\ 'ersidade em
arb ustos e subarb us tos. alguM deles c:LraCterisl iem de associ~ ou
alian ças. esse nc ialme nte arb ustivas. se ndo. no ge ral. hel i6 filas.
parricul andade que lhe é permi tida pelos pi~il'Q) de Alepo. gDl;3S to
sua fraca e pouco densa copa. Pelo contnirl o, os pin heiros mansos,
qu ando co ntigues. pode m criar um escudo superior bastante .denso ,
suficienle para criar uma somb ra que não pemute o desenvo l...mX'nlo
de gra nde núme ro de espéc ies heliófi tas no seu sub-bosq ue. S alguns
trecho s de pinhal manso . co mo po r exe mplo no Vale do Resptr<tdo iro,
Cu,... JaJ fllb.... pod ia ver-se um chão pr:lIic:une nte limpo de vegetaÇ~ e apenas
Qwmu l ~"
cobe rto pel a caru ma dos pinheiros IEsumpa IX·C).
AJplHHkl llO"JI......
Nos loca is onde não há árvore s ou arbuslos e n30 se miU1i festa a
At6<ulUiIIU"
dD
inter venç ão do hom em . po r meio da agricu ltura , domin a uma
Chovoo.:Irsp" rT'"", " uk"""1UFI vegetaçâe suba rb usuv e. denominada usualmeme por mai o (Qu 3dro
$c' /kl l/allC" 24). É o reflu o duma regressão bastante acentuada da l10reslôl
R~ i>14 Jp
primitiva, orig inada. eventualmente. ~r. fogos sucessivos. mantida
0"....""' ...... <'0 ... pe lo mesmo factor e ::aindapel o pastore io mrcnstvo.
211

~~:I~ :~n;~i~~~c::~;~7s~:c~.heiro de Akpo (Pillll$ Iullt/HfUU


71 7~ 96 17 1I11 19 III 101 II~& Fitoss:ociologicamente venüce-se que nos pinhais.eucaliptais e
matos'. mars de metade das ~spêc ies são caracterb licas de ordens
Ulud.~1U a I I esstnc13lment~ ~~d~te"~ea.s que constituem.em regra.bosques. case
Cema $<l1~,ifoI"" 2 1 1 2:: da Quuutall a ti/CIS Br.· 81. ex Molinier 19 14 em. Rivas-Maninez
PisttM:ia/nllisr..s I97S, ou matos e charnecas, caso da Pislacio Itflli.Jci. Rham~ taUa
~,..iJu­ auuerní Rivas-Maninez 1975. mais densose alto'le da Lavandult talia
CisrournJp<4 1 • stoechadis 8 r.·8 1. 1940 em, Rivas· Martin~z 1968. mais baixos.
U 'll/Ilfi!ltftJntÚONJ testemunhos de etapas sucessivas de regressão a partir daqueles
C,",,,,,,ou_r.H '" bosques. É o caso dos pequenos carvalhos de folhas penistenlcs ou
P1ull yfflI o" rll . tI! " l w marcescenres. das Ctsucees . do ienuscc. do medronheiro. do ademo.
R"bu.J<p. da muna. do trovisco. de algumas trepadeiras espinhosas.etc.
At..rflUc_ ...w A inlI.omiss30 ~e c~pécies características. em ge~1. de agrupa_
Enco Kup.lnu mentes mais setenrnonars, , 3S'ioOCiad~ a etapas regresSIvas da vege-
G~rtiJ'tI'f'IlJCfVtrhlU tação climax ~ qU~ 530aqUI protagonizados pelos matos ombr6fi1os e
O,{rn-lt.tloucuso acidô f ilosatlânticos, ou atlântico-mediterr:ineos (S. RJ \l As ·~IARTL·"EZ.
C<JJI" IlQI'U1!'lnJ 1990, p. 70), pertencentes à classe Calluno-Uíicaea Br.-81. & R. Tx.
A Ip<I' <lf l&.l upII.~1I1U 1943. testemunham uma cena humidade do clima e o carácter de
Q....rt1IJllU4/(g11fif transição llorística desta área. Aqui entram. em especial.Ericâcease
AJPhodIlw<U's/I\'IU Leguminosas espinhosas.
T/lupJiQlIi&Jtl
Ericowrt«llo,o Os terrenos que foram abandonados pela agricuhura há alguns
Q«,-t'tlUt'OCCij,'tI anos e esuo . portanto. em pousio. tem uma cobertura vegetal onde se
u..uc''tI",,"rtl salienta :I presença constante da táveda (Dilri cilia ~'iscosa Greurer).
P"'l<SlttIl,p'lUis mais uma vez associada com a ocupação agrícola do solo (Quadro 25).
wlluttllo.mw!",,,jj Outras espécies ruderais têm uma presença impo.rtante. ~
acontece com a silve e a cana. Estas espécies devem proliferar a parur
~::TI"
S'"'Ia.t~m
das sebes vivas que frequentemente rodeiam os campos de cultura
.... b ll lll.f lVl ,do nesta área. uma pane das vezes com a função de serviremde gu~
E'Y"!i_diIoUJJ_
vento. As canas por vezes proliferam a partir de varas desta especte.
usadas como suporte de videiras c que. pelo (~o de esarem 3Jrxb
verdes quando especadas no terreno. coesegurram ganhar raízes e
Em termos de dislribuição em função do substrato rochoso.
verifica-se que hã. aqui. espécies com preferência por solos que
fonnab~~i:~:~~m~~e ainda d o restando exemplares de espécies
contenham areia s. É o caso das urz e s. da m urta (My rru5 communis Lo). cultivadas. em particular árvores de fruto ou arbustos. at~ que ~
concorrência das espontâneas e as doenças as façam de~p~
do espargo (Al pa ragus aph)'Uus L. ). da carvelt nça (Quercus fag inea
Lam.) , da Thap sia víllosa L. e do Al phodelu .' aes tivu s Brot. Do mesmo definitivamente. Estão neste ~I a pereira. ? PCSS:~~;~ ~::::
modo. há espécies que parecem preferir a presença. pelo menos no (usado como cavalo de eaxernapera pereiras). . ' eíros bravoe
Para além destas. começa a sentir-seII presença 005 pinh ue ' fazendo
subsolo, de rochas carbonaradas, como é o caso das oito últimas do manso. de fácil propDgação. e de arbustos e subarbuslOS q •
Quadro 24; aliás e como já referimos. algumas delas são consideradas
~1

( fRANco.' 19 71 e 19s.1) como Otllallt~ crocata Wilw., o junco


(J IUl("UJ l1Iflt~us l;). ~anullcu1Uj
rrP<'"s L . CalYJftgUJ st pium {LI
67 b9 70 R. Br.• L.vth rum sal/carla L e Cllrr:{J!uva L.. A situaçlo topogdfica de
fundo de: vale favorece a permanência, por maior período. da água ao
DtrNlual'UCU-'<I
,..... "
PlJIoci./ltfl1iK 'U
nível do solo. de que deri\~ a hidro morfia apresen tada pelos solos (dr.
secção 5.1.2) e o predomínio destas higrófitas.
A.r""do dol'llU
Vlfil vi"ifr ra
CoJ<itIiilobk""fa
7l se
Pmd""""""'"
~pudl­ (N,UUIIM OV(lIla
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PurlU1"JW'G J..~IU;""tn...
1_t'/UrtDbJu Rll/UIIICui"J '''prru
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lJk. r~~ C"1."" ~lI;(J "'f'Ów"
P _ _ f ~Nlt'tJ L.\·/hrwnsc ll"Q,iil
Cim"I;"'p," Vil'UrJ<lI I"A
ÚHI,cr ro t'I'\IJC" M~nlha "", ..",I'f ,,/i(l
Bmmw fCOI"'nlU S"' t(,h.... ., /,,"<Ict"-,
C1ItUa",Jw"f"", ",...hoJ<y._ O Ullú M~-<;npm ..
_WaJoue-.nca RóJPú/l'''''' ''''I ''''''''
CI'(IIlW'''' _ U''''I .
Nos OUtros dois levantamentos. pela posiç30 lopogr.l1ica ~
elevada. não se verifica hidromorfismo ao nível do so~o e as espécies
parte. em regra. de comunidades rnednerrâneo-adânticas de subsu- são as vu lgares em terrenos cuhivados, com as Grammeas cm maIor
luiçlo do bosque ori ginal. manif estam já o iníc io de recuperação de ste número .
coberto vegetal climàcíco. ~ o caso. por exemplo. do lennsco. do
trovi sco, da roselna e da madre ssilva qu e são características do s
bosq ues de Ql4trr~talia ifi cb Br.-BI. tX Moli nier 1934 em. Rl vas- 5.2.4 - Topoclim olol ogia
-Martinez 1975. ou de agrupamentos seriais regressivos, da mesma
ordem. A análi se topoc limática que vamos ~azer tem por obj,ectivo
rocurar sa lientar as diferen ças espaciais verif icadas em determinados
Alguns dos levanta mentos foram efectuados sobre terrenos ~ntos ceracrensuccs da Serra da Boa Viagem e das dunas. base=::
sujeilOi a culturas. ou que foram cultivados nos anos transactos apenas nos poucos element os que foi pass ivei rccOIM l. °dc~~ to-
(Quadro 26). Neles, obviamente. "'lIo dominar espectes ruderais, n30 foi feito sistemalicamcnte. como cu~u::::~~riflQ,~m:ma
concmentes das espécies cuhivadas. algumas detas nillÓfilu e que se logia. Fez-se apenas um reg isto espor3dal q oeres elementos se
dese nvolvem espomareamenre logo após o térm ino dos granjeies. os situaçJo de es(,1do de tempo ~m que guns ~ em dias de ,'C'nlO
quais as mantinham sob contro lo. mostrav am panícu lanne nte sahenles. Por ,e ~e ~p o. B 05. em
Há uma dif erença nltida entre: as espécies enco ntradas nos locais forte ou moderado fomo s medir 3 s: ~::I=i;::me~ :-:one
de amostrage m 80 ~ 84a e nos locai s de: amostragem 73 e 93. No
primeiro caso do min am es pécies " amigas" de mei os húmidos
~~rt;::nl~st:~~r~~~:sf~~~~~i~ ao mesmo tempo que algu-

_ _ _ _ _cliio- ~ I. (Q)_/F.l\ ~
~I
l Z2

mas das medições do vemo, salvo algumas vezes em que só elas foram
registad,u .
O numero de levantamentos é muito pequeno para que os valores
obtidos tenham importância como lermo de comparação com os regís- Ú.':A;'
lados em p<>$10!> me',eorológicos. ou para que possam ser exrrepotados: N E S W
no ernamo. apesa r dlS\o . aj udam a ler uma idda da vari abilidade e spa -
cial que se veri üca e que era prevís rvet \lerilicar-se. num a áre a de t30
I. BuarcOl
: . Tl' imuoo "" 17

"es ..'" ""


..
gr.mdes contrastes morfolôgrcos. em tão pequenas disL5.ncias. 3. Mu;Id. F:uoI Vl' lho '00 sz
O vemo. peja intluênc'ia que rem. ora sobre a vegetação. em
panicular K' sopra do lado do mar , pe lo sal qu e possa lra nspo rtar e do
ol, SCll;rc..ogumelo.
~ . ~urtlnh'mõll
90 sa "n
Interior. no Verão. pela SIL1 secura. ora sobre as pessoas que procuram 6 P'r:lj~ de Q!,li.Uos "" "",. "" 61
estas praias para descumarem, f aqu i o ele mento mais importante. em 7. DuIla>-F1.l.neoS
"" ""
"'"
lermos de clima local. A temperatura, salvo algumas Silll;1Çlks muito S - - Cimo n
particulare5 .ilssoci.tdas à (,Jlposiç:lo. muito po uco varia espacia lmente.
• " - FI:u>c:o S
"
"",.."
Il

""
d3da ii pro:umidatJe do ocean o. Il
CouinJu._ lnll'noI"
" 90
É voz coerente que as praias da Figuei ra da f oz e de Buarcos são
ventosas no verão. enquanto 3. de Qu iaios é mais ca lma. Esta é uma das
face tas do quadro .c1il}'l oitico local. onde a Serra da Boa Viagem _
10. " _Cimo
- - Pni a
11. Cun.>rçio ss
90

""aa .. .
90 rco

Alhadas JOga o prmcipal papel. Como ela é a verdadeira barrei ra 12.E..l:rad.JlbB~1r.II


90
"
"" ""
17
perturbadora do fluxo normal do ar. convi nha co nfinnar se 3. sua acção 13.D.~ lO
é difere nte co.n~me o rumo dond e este prové m. Para lama. fizemos
algumas .med IÇÕCS da verocidede do vento para cada um dos qu atro
lol, Esu :.lb Saludouro
1~ .5I'11'õIIda8ol.V~em "
lO
)J
50 " ""e
rumos pn ncipais. sobre a Sem. a S ul e a Norte . 3. fim de detectar o seu
co mportamento.
16.St"d.1~ 50
" "" lO

Em termos , médios." (Quad ro 27). verifica-se. de facto, um Do quadrante Este faz-se sentir mais forte nas praias ii Norte -
compor tamento diferen te co nsoa nte 3. expos ição do local. em função do Cestinha e Praia de Qu iaios - e nos pontos elevados e desabrigados do
rumo de que .sopr.1.o Vento. Assim. qU3JIdo o vento sopra de Norte, vai Ca bo Mondego. De salientar 3. vertente Sul da Serra. e",1 que hoium
fazer-se sentir mars fone no c imo desabrigado da Serra e no Cabo contraste grande entre a praia de Buarcos onde sopra multo fIXO. e ii
Mondego. ou seja. nos pomos correspondentes à povoação de Serra da S r" da Encarnaçã o. a meia encosta e junto ao Teimoso, onde joi~ ~.
Boa Viagem. Casa dos Cogu mel os e Miradou ro do Farol Velho e um rede. É possível que estes locais sof~m mais in le nsa ~nte ~ efe.11O de
po uco menos fone . mas ainda int enso . na base da vertente Su l da SelT3. descida a que este vento aqui é sujeito, dai" a sua maior velocidade.
neste caso Buarcos e Teimoso. Sente -se moderadamen te nas praias a Se sopra do quadran te Sul. mais uma vez ~ fon e naquelespontos
Nan e e na Gândare (Fig . 78). elevado s. nas praias a Norte. em Camarção. em Cabanas e eslradado
Saltado uro. Na base da vertente Sul é fraco ou moderado.
Qua ndo sopra de Oeste mais violente no. Cabo !-_I~ndeg?
é

povoação de Serra da Boa Viagem. Cestinha e Praia ~. QuI.1l0S . ~a


base da vertente Sul da Sem. sente-se moderado, assim eomo em

Caba~~sec~s;:~:sod~~I~~d:b~~~as faz-se sennr mod~rado


dos rum=
Norte. Sul e Oeste. os mesmos rumos que afectammau a Mumnhe
onde já é fone d? quadrante Oeste. Por sua \e~::o corredores
inrerdurmres e no ci mo da Sem. sob a mala. é semp .
".
Cogumel os. apesar de estar, de certo modo , abri gado de EslC também
recebe vemos fo nes de ste ru mo . tal vez por es tar numa vertenl~ do Vilic
de Ama, pelo qual o ar ,desce canalizado.quando sopradaquelerumo
cL+' O facto da velocidade do vente ser mais fraca no fundo ~
To+. ::~~~~:: ~ar~~e~~~p~:c~~~~~~~o~aç:: :
travar o fluxo normal do ar, red ul1ndo . portante. I sua veoodade
(P. BOUGEAULT. 1991. p. tOO), Esteefeito parece verif icar-se lama a
Nane como a Sul, não obstante a diferença na configuração das
~spec t! vas vertentes da Serra".No fundodas vertentes a SOIaVentO, pelo
conuãn o. o ventoganha vetcctcaõe pelo efeuc da descida(R. GEIGER.
1% 1, p. 428). Como o vente é mais frequentedo quadrante:-<Orte 00
que dos OUlfOS. verifica-se que Buarcos e Figueira da Foz são mais
afectados por vemos mais imensos do que Murtmheira e Praia de
Quiaios. No verão. com a forte procura das praias pelos veraneantes,
este ê um factor que começa a pesar na escolhado local de veraneio e
até na aquisição de casa secundaria.
Mais para Norte, a velocidade relativa do vento varia em função
da existência ou não da situação de abrigo, dado pelamata de pinbei-
ros.Curiosamente. apesar de estarem afastados cerca de 5.5 km da base
da Serra da Boa Viagem. os registos tomadosna Cestinha sobre a duna
primária e em Camarção, também em campo aberto, são algo seme-
lhantes aos da Praia de Quiaios. emboraumpoucomais fortes, no caso
da Costmha, tendo o rumo Nortesempremenor importância do que os
outros. A influência da Sem. ainda ai parca: fazer-se sentir. Nasdunas
oblíquas arborizadas . onde a velocidade relativa é muito mmor.
convém salientar as diferençasexistentes entreacristadadunaeabasc
dos flancos. Nacrista da duna. a velocidadeé um poucomais fone de
N. W e E do que nos flancos. pelamaior exposiçãoa que está sujeito,
apesar de estar. também, cobertopelo pinhal. Na base ~ Ilancos, o
Fi... 78:- Vcloc'ilDck m61i.a 60 _. relariYI ~mhl moregUtadoetll~dil vento surge,com frequência.canalizadopelos corredores Inlerounares.
dr rnediç6es.ml perun u Cftll c por claua. paraalgunl porllOl da Sem da 80lI a soprar quer do quadrante Oeste.quer do quadranleEste. mesmocom
V...gem c imediata prtIlJlJ\Idade vento de Nane ou de Sul. o que explica li. existência de pequenas dunas
nesses corredores, em regra dispostas tr:tnsven almenre e com fonna
Desta variabilidade de comportament os é pos sível tirar alg umas
ilações. Desde que um ponto esteja elevado e desabrigado de geral ~m~~ protectora da vegetaçãoestava bem tcsltmu~ no
vegetação. é sempre varri~ pelos ventos mais fone s. qualquer que seja cimo da Serra da Boa Viagem. no meio da mata. onde a veloodade
o rumo. Acontece nos ~fll OS elevadossobranceiros ao mar, onde rareia absoluta máxima medida foi de :!..5 m/s, no mesmo mor,?e,nto em que
a vegetação. ou no cimo da Serra. quando não há a mala. é um no Miradourodo Farol Velhoera de 9 m/s. naPraia de QuI~05 de:,;:s
elementoa ter em ?Ontapelos ServiçosPlcrestais quando procederem e nas dunas oblíquasde 3 m/s. Depois ~ i~ndio que que~ a um:
to replan~o. do. CI,!!O da Serra. agora que esu bastan te des pida. na cobertura a oriente daquele ponto. fOI ~edido vento de V lhO le
sequência do mcêndic de 1993. Nocaso do ponto defronte da Casa dos velocidade de 5,5 m/s. enquanto no ~hradouro do Farol e e
zze
soprava a 7,5 m/s e na Praia de Quiaios a 9 m/i ; se~ dúvida mais fraco , mantendo-se. no ~ nt.uIlO. o tronco direito ou muito pouco inclinado
mas muito mais próximo dos valores daqueles Iccais. O m~smo proce· O grau 5. é atnbuído. a arvores com tronco inclinado e ~
dimento foi tomado nas dunas oblfquas e par::a o mesmo dia. tendo-se
registado J mls no cimo da duna sob pinhal, enquaruo na duna ime-
diata . mas sem vegclaÇão (ta mbé m q ueimada), o vento sopra va a 7,5
de senvolvidos na honzontal: o grau 6 corresponde 1l.s árvores
prostradas.. N~lg u ns CíISOS. onde não há arvores. são arbustos que
servem de indicadores da direcçllo do vento: cuos de zambui de
••
m/s. Vale ii. areia deS!.lS dunas estar cobert a em grande pane pelas
ramadas dos pinhe iros queim ad os , entretanto re tirados . pela vege tação
do sub·bosque que fo i rebentando de loiça. o u germi nan do , ao lo ngo
lemiscos {~iJrac~a ,I~lItucusl e de m~óporos ('\/y op of'1/.m t~":J;:::-~),
Nos imerflúvios e nas superfícies superiores. todas as deforma-
ções das árvores ou arbust05 apontam para um fluxo dorniname de S
••
deste úllimo ano e. de uno modo. pela cinza que sempre ajudou a ou Nr-.'W. Uma excepção parece estar numa faixa literal na base da I
::~~~t~ ~perfície. senão. com esra velocidade, decerto entraria em vertente Sul. a SE do Teimoso, onde alguns pinheiros e' arbustos de I
mt õporo indicam um fluxo de NW e mesmo de W. À primeira vista. a I
Pela posição sobre elevada que ocupa na paisagem. a Serra da razão principal parece se,r o.efeito do vento que contorna a Sem pelo I
Boa Viagem é a unidade de paisagem mais afectada pelo vemo. A sua Cabo Mondego e vem aungu esta área vircc do quadranteOeae. caso I
superfície, quando nua, ou o seu coberto vegetal. baixo ou alto. sofrem ~sual em ~ ltuações semelhantes a esta (O, B, FERREIRA. 1984. para a
a xção dos ventos mais fones. como vimos acima: {alta saber quais as Ilha do F31al; M , J. ALCOFORADO. 19 84. para :1 Serra de Sintra). .\lai s I
direcções preferenciais que esses ventos tomam ao atravessar a Serra. para o interior. a sua acção vai ser contrariada. ou suplantada.pelo I
É precisaJIk'nle com base nas plantas mais afectadas na sua fisionomia vento descendente da Serra. Porém. é de admitir que o desfolhamento t
que se pode deduzir o trajecto dos ventos, mas só dos dominantes. já e desramamento das árvores ou arbustos. do lado daquele quadrante. I
que são estes. pela maior frequência da sua acção. os que afectam a possa ser motivado pelas partículas de sal trazidas do mar. .\1as. pela
pane da planta virada a barlaven to (M. J. ALCOFORADO. 1984 ). De orientação da costa neste UOÇO. NW-SE. o sal também atingiria as I
qualquer modo. se são esses ventos que afectam a vegetação. s30 esses plantas vindo do quadrante Sul e a deformação dirigir-sé-ia perperdt- I
°
••
que interessa ver como sopram. para se lhes poder prevenir o efeito•em cularmente à costa: como isso não acontece, é vente dominanteque
caso de: necessidade. determina a orientação daquela deformação.
Pela observação de árvores isoladas. ou de arbustos. com defor-
mação devida ao vento. pudemos cartografar o seu trajecto preferencial
na área-amostra da Sem da Boa Viagem. assinalando. também. a sua
Junte à Praia de: Quíaícs e à Murtinbeira,na base Norte da Serra.
as mores indicam vento dominante de NW, o que corresponde a um
desvio para a esquerda relativamente ao que sopra a maior altirude.lslO
•4
intensidade (Fig. 79). Esta pôde ser avaliada indirectamente atrav és do pode significar ora o desvio para a esquerdaque as ve~oos de Sorte 4
grau de deformação das árvores.cuja representação seguiu a escala de sofrem ao entrar no continente (H. R1EHL. 1%5) que duvidamos tenha 4
deformação adaptada ao pinheiro. seguida por M, J. ALCOFORADO(op. grande peso neste caso. pela proximidade da costa(poucas centenas de
metros). ora a deflexão lateral dos ventos.pelaaproxillUÇ30 daele\'aç30
4
ci t.) . no seu estudo sobre a Sem de Sintra. Tal como lá. também aqui
são as três espécies de pinheiro (Pinw p ínas tet; Pinus pínea e Pínus e que tendem a contorná-Ia.deixando-a à sua direita (P. ~AG:"o'EY -:1973).
haI~p~1Uil) as árvores dominantes e, portanto, as que tinham mais Nos vales e valeiros, o ar tem tendênciaa ser can alizado e circula,
probabilidades de aparecerem deformadas. A Aurora considerou cinco portamo. segundo a direcção que o veleiro tiver. Nas vertenres Norte e
graus de deformação que numerou de 2 a 6. sendo os números 2 e 3 Ocidental o ar sobe pelos veleiros. na verte nte Sul desce por eles.
correspondentes a diminuição progressiva de ramos do lado batido pelo Nos vat eírc s profundos e de verten tes abruptas , com frequenteS
vento. para faltar em absoluto no número ~ (more "em bandeira").
~~~~a~~~~~r:~~~~~~ç~n~:~~n~~~:I~~~~;~
lateralmente pelas vertentes-.chegando a soprarcm senado inverso ~
• Noutr.lcceuc. vimos• ateu . ser mov imc nWa. na pnil de Buaroos. cosn° do vemo geral nos ínrert tüvros. como se podevet no Vale de Anil
vento. uma velotidade de S mi•. F. REBELO & J. N, ANDRE (l986) reg istar.lm
movimentaçâo de ateia de dunas. , o m ventos de , crça de 4 mia. em Mel de' pid. de ~no 'lCmclh&nte foi .m(gdo par lot, J. AkolonOo DOellbolia
vcgeuç1o: numairei com1niI1.Ide pinheiros. SÓ com venlOS bauante fortes. embora
K m ieJt'm ° tcg i510da vclocicbdoc. se movimc n1aRm U .areias. Roca lop , Ôf,. pp, 44..s5 ),
FiF' 80 - VenlOldomirwllel no V. de Anu..Sem da.801 Via,em
1 - VallOIlOl intnflll'o"1os;2- \!alloll.ll'~
3- \'allo=uliudo;-I_ c.w._Cosumeb
é fácil estabelecer com precisão as causas. mas é unu realid3de que
numa situaçào lopográfica semelhante, os pinbeiros mansos da super-
flcie superior da Sena. sobranceiros 1 esca rpa da Bar!lkiro. aparecem
deformados em maior grau a Dcíõeme. enue o Monte Redondoe o
Miradcuru da Bandeira. do que a Oriente. entre este e :t Corredoura
(Fig. 79). Para oriente deste pomo dificilmenle surgem árvorescom
Fil- 79 - D1~ 00. "flllal dominantelll1li Sernlb ao. Via~em. deformação superior ao grau 3. enquanto para ocídeee sJo vulgaresos
c:orn base n.adefonNÇlo doi bio- indiadores graus a e â . • •

A posição relativamente à topografia é obviamente Import3;l.lle.


(Fig. 80). No cimo da vertente virada a Sul. do valeiro imediatamente Os locais sobranceiros a vertentes abruptas. escarpas ou ccmqas.
a Sul daquele. agora infelizmente destruído pela pedreira da Fábrica de viradas a barlavento, são os maisviolentamente varridos: são os pontos
Cimento. era visível um zambujeiro prostrado e aplanado no cimo pelo ou faixas onde o ar. vinde pressionado. se escapa para sotavento. A
vente geral do inter11 úvio e aplanado segundo a vertente pelo vento que distribuição das velocidades do vento medidasna .\lenente ~orte ~
a subia (Estampa lX-O). Monte Redondo ilustra este caso (Fig. 81). A maior veloclf,iloJe fOI
O grau de deformação depende da posição que o bio-indicador registada precisamente no cimo da cornija de calcários. enquantono
ocupa relativamente li.topografia ou em relação com a distância ao mar. cimo da vertente. de perfil convexo, as velocidades. não. foram ~
Em principio. para igual posição topográfica. quanto mais afastado elevadas. De notar o papel duma pequena manchade p~nhelroS. a mela
estiver do mar. menor a deformação sofrida. lsto indicia que para o
é vertente. li fazer baixar de modo substancial o efeito do vento a
interior a velocidade do vento dominante é menor do que para o litoral.
facto que parece andar associado ao aumento de atrito. com a circula- so(avQ~~~to às temperaruras apenas apontamos alguns casos que
ção sobre o continente; ou então. próximo do litoral, para além do ressaltam das medidas que efectuámos.Foramfeitas no final da manhã
efeito do vento só por si. junta-se, também, a da componente sal. Nilo e. em especial. no Inverno e final do Ver3o. Elas ajudam a ter uma
~.. ~,
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. .
... o(>CI, ...

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1M "'_

Fi, . 81 - VanJiÇJoda~locio:bdedo. ltnIO(nII.).ao IOllgo d.avcrten lc


do ~0llIC' ~. Sc~ da Boa Vi.t&em.Dum dettmu~ momenlo

visão. embora ténue, pelas lacunas evidente s. da variação espacia l da


temperatura a meio do dia, nesta área t:.
Ponderados os valores relativamente ao máximo registado em
cada dia, pela diferença em graus centigrados e determinada a sua
média (Quadro 28). venâce-se que a tempera tura é mai s baixa no cimo
da Serra da Boa Viagem. no meio da mata ", ou seja, de quase me nos
soe na estrada da Bandeira e Vale de Ama. Mostra 1510 como era
panicularmente fresca a Sem nos períodos mais quentes du dia.
Naquele vale. na sua parte supe rior. havia uma ligeira dif erença entre a
vertente soalheira, co m pinheiro s de Alepo, de ce rca de O,3°C a mais
do que Da verteme virada a Norte. com pinhe iros man sos e densos.
Diferença ma is nítida se verifica entre as verte ntes dese nvolvidas
nos calcârics Iíãstcos, junto à estrada Sem da Boa Viagem _ Quiaios .
onde a verten te virad a a Sul é. em méd ia. um grau mai s quente do que
a virada a Norte . Aq ui. o tamanho e o decl ive acentuado da vertente
virada a No rte é. dec ert o. dete rmina nte na maior di fere nça de

fi o ftgJsto dolll It;mpn-alur1.l IX) periodo mail frio do dia llIm bo!lI:)'ioC'naim-
poIU/IlC. IlIU neue QJO. COftl a prollinlldade do 0CUl'l0. sIo u lC'mpentUl'U mais
C'kvadu. leIlldl1 ....,..Uec:o!ogieamenle mai.dC' lenni IWllC'S
03Obvi&lDC'lllt; q\lC' ute:s vaJoru fonm medidos anles de $C' vC'n ficar o indndio;
!leIte mo.mento a lCmpconlUn no cimo dC'loCimpadoda Serra. àquel as horas , aprollimu-
-1oC'· 4 maiS dos vllll:JttSdos outros ponlm<;onaiderWm .
tempera turas do que no Vale de Anta, com vertentes mais suaves e
baixas .
As dunas oblíquas, Ca marçâo, na Gândara, e S ~ da Encarnação.
na vertente Sul da Se rra. 53.0os loca is mais que ntes dos medidos. As
dun as, pe lo pinhal ralo que Contê m. capaz de SUster efiC:lZrnente o
vento. co mo vimos, mas sufic ientemente aberto para receber os raios
solares e pela reflevâc fon e das areias, aquece m de modo mais
acen tuado do que as áreas mais ventosas ou mais arbori13das . A S ~ da
Enca rnaçã o deve o maior aqueci mento relativo ?t sua exposição Sul.
Camarção é provável que deva o mesm o efeito ao maior afaslame nto
relativo do mar que lhe possib ilita aquece r mai s du rante o dia, desde
que o vento não seja mare iro e forte .
Nos üanc cs das du nas oblíquas. por esta rem virados um a Ncne
e o outro a Su l, regista-se uma di ferença já significat iva nas respectiva!
temperaturas . No flanco soalheiro a tempera tura é. em média, 1,3"C
ma is elevada do que no outro".

Ql.iAtNtO 2S _ ~l o!d~ do5 valom de tmlpnvun ~I\O do mP irno ~I''''

em~d1ade rnedlÇ6:s.etli alfU/UpontoI daúeadeallloio

-c
'""""
~radada Bande,1õI ,.,,.
eu.a dM Cogymelo5 (Sull
Mun inhcilõl l.>
Pr:Iiade Quuros ~o
c,,,,,,,,,, ...
IJ
Ew . S. B. ViaI:em - QuiaiOl (velt- p. S )
(.ert.p,Nl ~.

Sr'da~ IJ
Valede Anl.l( w-n..p. 51
(ven. p.:>l)
"
'.7
Dunas (flanço 51 1.1
ttlancoNI
'"

F..$T. VIII·O _ Sala ripo H~"d:illa,j~ lIla <10 Farol Novo.


6 - DL"'4 Á~II CA DA PA lSAG E~ 1.
SlVTESE E coxcuisao

Ainda 'Serraml.IIU!Iel'l1..1llD1OnO
,Ipe$~. ~CO'O c nu de velWÇlo uma
.. lhucQnclJ1cqu.ui irucnai'o"t:I.B$~
o ctu C pufutando ou1oldlmcnlC O AtUn-
tieo. c j.lda 5eIl alio, viUl. poditespniar.
-se por borizontc:I, tem rlfll numa di\"llll.
rnqltdc pait.aJma.

M. AIbmo Ret. 1940. p. ~"

6. 1 - Relacion ação ent re as va ri áveis

A fim de detec tarmos as relações menos aprioristicas. entre os


elem ent os componentes da paisagem. de confirmarmos as mais
ev ide ntes e de proc urarmos repre senu-les com uma cena objecti-
vida de, ensaiámos os métodos estatísticos de anãlise multivariada
apresentad os no Cap . I ( 1.3.3).

6.1.1 - Dunas de Quiaios


No caso das dunas tivemos o cuidado de utilizar. apenas. varia-
veis cujas modalidades tivessem, para um total de 38 pontos. um
mínimo de 2 prese nças e um máximo de 36.
Sobre a matriz de dados , composta por 43 variáveis distribuídas
por 38 unidades de amostrag em, foram calculados os coeficientes de
correlação linear ex istentes entre as variáveis analisadas par-a-par.
Representand o por um grafo (Fig. 82) as mais fones reteções -
co m r 2: 10,601 - pode m salientar-se .5 gru~s de vari ãveis, perfeita-
mente indepe nde ntes e em cujo seio donuna uma linha d,e fO,\":I
co mum. Assim, o maior grupo é representado pelas variéve is asso-
ciadas com os solos de perfil evofuroo. que têm, pena mo, horiz onle
".

.~-
~
" ' E.-
~A
e-e
G,et Ano'
Ao ap ~icar a análise mu ltivaria~a de Componentes Principais e
~~~a~~~ ::~~e~s~:p~~~m:d:~;I:~~: :~~~~~s~:~~~~!:
supra. secção 1.3.3) a fim ~ facilitar o lliltamento estatístico daque,

~s~:~~;~:nf:~:e~li~n~!I.~I~. vU~:v~;d~i:;~~::':;~:
~~~~~:ag;;ria:?:!':I~:%~;~wratQ ~::::::
in.ltmlts1i.2. P lf/ W
p,1IQJrr r e Anmdo d01ltU.

e---e 8------8
A espécie Carpob.roru.s t'duliJ tambêm foi e1iminad.. porque.
sUIJi ~ somente em dois pontos. numdelesa.sua presençaé devid.1. l
e:ust~ nC l a dum entulhorecente de areias a partirdo quallena ..lastrado
a planta. muito provavelmente por aí se acharem propágulos seus.
Fi.. .2- GráfICO.s. toI'I"tbçón eeee oU ",,"~~ll .us Ounu de: Qui~ Como resta uma unidade de amostragemcom Ol:On'!ncia norma! da
plBr 2:0 .6Q. espécie. não é cumpridoo requisilo mínimode SI{.de prnençu ( \'idt'
I-CClfn:~JoP'l"'b~a; ·- --. eorrc ~ neSltiu.l. supra). logo não entra nesta analise enausríca.
INol.1-WI" 110AnelO C o .i Jll'1lc.do da lÍJwl. Em função destas e1iminaçOes a matriz a ser 1I1It:wb ficou
reduzida a 34 variá veis por 38 unidades.corresponden~s a cada uma
i n l~nnidio .A fone relaç10 emre estas vari ãveis decorre . em grande das unidades de amostragemlevantadas.
parte . da cuinci denc ia de lodos os solos que têm perfil evoluí do 1'0 cálculo dos factores. ou componentesprincipais. escolhemos
registarem valores nas vartãveis respeitantes ao bcnzor ue intermédio. apenas 4. por parecerem representaras principaisproblem.ilicas em
O mesmo raciocínio aplica-se ao grupo constituído petas abordagem nas dunas. Esta escolru resultou duma séne de tentativas
veri ãveis relacionadas co m a aopografia (pos içã o m po graflea . d cd h 'e. com 2. 3 e mais factores. veriflcaodo-se que. com menosde 4. alémda
cxpo!'iição e forma do flanco da duna). As posições lopográficas variância ex.plic~da ser bastantepeque~. também h.1via certas relações
potencialmentemais eoergécces, como as suuadas na veneme. apenas entre 3$ vari ãveis que escapa\am à análise. Com mas factores. mUItos
ocorrem nas dunas cujo flanco tem um declive, uma exposição e uma deles eram definidos só por uma ou duas variáveis.de modo que se
forma; nas superfícies planas e fundos de depressão aquelas variáveis tomavam desnecessários. em face do objectivo desta anJ,lise que ~
não registam qualquer valor, dar ser óbvia a correlação entre si. procurar o agrupamento de varidveiscom semelhanre com~ru.men(Q
Passa-se o mesmo, ainda. com o grupo polarizado pelo tipo de espacial. Estes 4 factoresexplicam cerca de 42'11 da. van1ncl3: o que.
ercsãn Quando se verifica um qualquer processo erosivo ele n:gisl3 apesar de poder parecer pouco. lU uma ideia da principal dmâlTllca
um maior ou menor Kr3 U. afectandouma cena área. Associado com os
processos de desg.me e transporte vem a acumulação. a jusante ou a deste ~s:~~~ das saturações de cada uma das variávei.s com cada.u.m
sotavemo.consoante o ageme transportador. dos faclares. resulta já da rcraçãc ortogonal dos eixos (i1Clonm.
A correlação positiva entre a cana (A nmdo Jona.t) e o eucalipto segundo o processo VARL\ lA.X (Anexo O - Quadro I).
(Eucol)p tus gfobulus) o resultadodeste último ser plantado. em regra.
é Nenhum dos factores se destaca particularmente. em ltfID()$
em .terre no~ outroracultivadose onde ~ frequente a exist ência de canas. Já
de importância na explicação das variáveis que ~ percen13ge~:
muno utilizadas em sebes defensoras dos ventos mareiros, quase variância total explicada por cada um. ~ muito próxima, pouco.u -
constantes e prejudiciais paro as culturas. passando os 141{. .no factor I. Como a percentagem de ~ xphca:'iJo
A correlação negativa fone entre o coberto vegetal e Pinus do factor menos Imponante .é superior a 5'l1. (7.5" :::~ ::~:
p;1IQJ1t'r ~ óbvia porque. na primeira variável. as modalidades de maior
valor ,correspondem às formações vegetais mais baixas. enquanto o ~~~i:>~ (:o~~~esv~~~es~rs:~~~~;: ~~i:l~uJ~MONO. 1973.
pinheiro bravo está sempre associado com matas. p.169).
zn
14 " ~
o primeiroIactor, com uma percen tage m d:
variânci a, tota l de
é dd inido pe lo contraste e ntre a rt'.:U:Ç30 d o hori zont e C o segundo factor. cuja percentagem de variância l! de IQ'l,.
••
00; o' UCI e o processe de ü("u m u laç~o. no ~Io pos,ili.vo. e o perfl l

~: ::::~'zc:~;~oe("~::l;;~ ~~~~r,;;~~~ ~~~~.~~:~~oe~7:~


defi.n;-sc pn nclpalmente ~Io ti~ de cobertura vegetal. Do lado
POSItIVO. :I. A cácia (A caclQ tongi/Dlial junlamente com o pU do
hori zont e C, do lado negativo surge o cohe rto v~rlal. ou seja. o
••
factor ligado directament e ao solo. e m ~spe1:lal .à d iferen ça entre os co ntras te e ntre a mala e o cobe rto vegetal baixo. As variliveis com
saturações pcsirivas aparecem associad.u . em particular, sobre as dunas
solos e~'olu fdos e 05 ~ evoluídos, sujencs, ainda, a processos de
ob lfquas. como se pode ver pe las unidades de amostra gem que se lhes
acumulaçlo de arei.lS .
~Iacionam ( A~e xo D - Quadro 2) e onde, em regra. o pH do horizonte.
Dá pMlI realçM a prefe rência do eucal ipto por solos evol u ~dos .e
inferior é alcalino ou neutro . As coberturas vegetais baixas mais uma
re m boa espessura do horizonte A. Com ~le gru po de .van á ve ls
vez e sti o assoc iadas com a duna primária. mas também com
associa m-se locai s situados sobre dunas anu gas, em partic ular no
depre ssões inlerdú nicas e co m a superfície de Qu iai05.
""Triângulo de Quiaicn".
O fact or 3 (8.8% da ...ariânci a) l! unipolar " e identifica-se com 05
"Ção do horizo nte C com o He i e acumu.
Pelo conu;irio, co m a reólt.
subarb ustos fruucosos que fazem pane habitual do sub-bosque do
laç30.usoci:un·se unidade s de amos trag em ~re a dun~ prim ári a ou na
pinhal das dun as . ou seja. as Cislác ta s. o rosma ninho e a ca ma .
imed iaUlproximid3de . portante. onde as areias são mers recente s. co m
rinh eira (Fig. 83). Surgem associadas com unidades de amostragem
b03 percentagem de carbona tos de origem biogéni c:l..
localiz adas sob re tudo no ''Triângulo de Qciaics ". talvez por aí
alcanç are m maio r grau de cobertura. não cos tarue serem f~uen te5 em

r
todas as d unas . Não são usuais em cenas depres~s inten:lunicas. na
FI
" " " duna pri mária e em mas mais baixas das superfícies.
.II
. . .
"-
O quarto factor, com 7..5% da vari!ncia.idrmiflCMe com as condi-

n"
'I 11.>0

... '
ções bidrolôgicas. Define-se pelo contraste. entre a profu ndidad e da

:t
~
,," malh a freática e o pH do horizo nte A. no pólo pcsmvo, e as higrófiw

.
lU -,

, , .r• Sc íspus holosdlO~nw e SdlO~nus nigricCVIS, junl3mente com o repe-


sentame das fruticosas acidó filas.,o tojo (Ula t'UIOpIll'"lIJ ). DO pókl nega-
tivo. De factO. co m o pólo positive eslão associadas unidadesde óI1OOSlD-

4' ;:-..._
'~-
4 '
-. ."
·1 1 1 4' , )11
-4.s ~ ., ,~~:
gem sirucdas sobre as dunas oblíquas., em que ii lO&1ha freática esá
bastante profunda e onde OpH do solo é.ainda. re!ati\õUneflle de ...ado.por ••
-, -, ~

-.. ~,r
-, ,"
causa da permanência de panículas de conchas. Com o pólo oposto.
ligam- se áreas õepressioeedas , sujeitas :I. inundaçOO ~ ou. pd o
menos. à proximid3de da superâcie do solo da ~ freática. o que

••
- lo j ustifiC:l. a existência das higrófiw e. pelopH maisbaixo. do tojo (Fig. 83).

••
-, -, -, -. Sintetizando , podem ver-se os factores que mais fRquc:nlemenle se
associam com as unidades de amostr.l~em. consi~r3t1do agora ~LU

FI I.8 3- S alW"açlln c ~n;odu.respec ti vamcnte .


du qlWlO componente, prillClpaiS (F I. F2, F3 e F4 ). das Dunu de Qui~ iot.
agru~:~~~~~::S~~~:~::~ri~:J=~i~~~
parti cularmente assoc iados 0$ fac lores I. ex p licado pcl a 0C'0n'!nc1l de
(lSlsI : o silJnifiCAdod" . i. lu eslJ no Anc::<.o C).

••
solos evoluídos com horizonte A mais espesso. e 3. pe.lo lTt3Jor grau de
" plI'J.definir ClKU factor cOllsidedmos como limiar mínimo de significõIÇAoJ "
cober tura atingidopelasCistãceas. rosmamnho e camarinheua
h lUraç6u du 'lan heis nos faclOUS de :t;0.30 . apehl \le algu ns autores escolherem o
valor 0.40 (RAClIo"E<\ RAV"lONO. 1913. p. 171). por garantir maior afini<1adc entre III ~Ktiunipolarquandot6efinidoporVariJ>1:il eom ~ dullI
varih ci1 cm C3U.... linico linal.ou posilivooull(gali\'O,
ia
Com as depressões interdúnicas e com pane das supcriki.es As unidades II . 2 1. 22. 23. 27 e 32. quase todas situadas jumo do
planas. associem-se os (aclore,s 2 e 4, nos ~los ncg a~\Ios . E .3 exrs- IilOr~l . têm de com~m processos morf ogenl!licos as\OCiBdoscom a
tência dum coberto vegetal baixe, protagomzado ~r higréfitas, neste rnov imer uaçâc de are ias e respecuva acu mulaçllo. que r pelo vento. quer
caso Clperâceas, ou por frutieou-'i amantes de ambientes âcidos. como,
por exemplo, o tojo e urzes.
J4 as dun as ob liquas se associam. em gran de medida, aos factore s
::~a ~~~:c:~:I::m~:~e~~~:a~~~~rt:~a~~~ ~n~~~'e~s~s~~t~nto
mod ificaçõe s morf ol ôgicas . J as a
2 e 4, pelo pólo positivo. São os solos com pH : ':" ado e a toalha ligadas aos ~Ios evolu ídos e com o horizonte A relativamente
frdtia profunda. para além da adeia como especte usua l no sub- es~s~. esti o as umd~~es ~ . 7. 13. 25. 28. 34 e 36. que fazem pane ora
bosq ue de pinhe iros . , . do . "Tn~ gulo de .Qu laJOS • ora das superf ícies planas. São as amas
A dum pn mâri a (umd3des 21 e 22) está associada co m ~ factor 1, mai s anll.gas qu~ u veram .tempo de evoluir pedo logicamente para solos
quer pelo proceuo ~ogenéticode ecurnulaçâc , quer pela nqceza em co m h0':l~le mterrnédíc". algun s com uma podzolizaçlo jã nitidJ.
c.arbonalOSdai suasareJ ai . O ulumo grupo é cons litufdo pelas unicbdcs 2. 10. 3S e 156. t~
SOl projecç30em plano dc:finido pelos factores I e 2. ou seja. em áreas depre~ionadas . que r interdúnicas quer superfícies planas. e
tendo em conta o. solos e o coberto vegetal. ven âc am-se '" grandes onde o 1~lt nwtlV é a cobertura vegetal bai:ta, motivada, em especial.
apupamenlos das unidades de amos trag em. em funç ão das variáveis pela prox imidade da toalha freática da superfície do solo. ou mesmo
que: definem 05 respectivos factoceS(Fig. 8-' ). pel a sua inundação temporária.
Assim. o maior grupoé cOMuNido pelas unidades 9. 12. 15. 16. A s unidad es que ficaram fora des les grupos estio independen tes
17. IS. 20. 30. 3 1 e 62. todas situ3das nas dunas obliqtW. onde são destes dois factores e serão. Certame nte. aftcUdas por OUIrOS factores.
(mt ucnteS as adeias. o solo apresenla um .pH e1e ~~ e. de cerro incluídos ou não. nos " defi nidos .
modo . há a.Igüma reacçSo das areias com o ác ido d ondrico.
Do que ficou dilo podemos co ncluir que. das 43 varlheis
estudadas no sistema de dunas de Quiaios . nem Iodas tem o mesmo
pape l na ex plicação da compos ição e dinâmica deste sistema ; algumas
I há que são mais d iscri minatórias e. apesar de se m.sa.lvar sempre a
possibdidade de haver outras quaisquer ~·a.ri:heis mais importante s n30

g r:'i
ÇfJ
..:.;\::'€j-
O,

'"'I':.
o

0 0'
co nside radas . deve m ser estas as eteius qua ndo se pretender
com preende r esta paisagem sui generís.
Nas variáveis geomortolõgícas são particularmente importantes
a profundidad e da toalh a rrTáll ca que explica parte da distribuiç30
das espéc ies vegetais e o proce sso de acu m ulaçiiQ que ajuda a
di:<.lingu ir as áreas mais instáveis das m,,:is estáveis. J.1a u: posl~iio e o
declive apen as têm algum papel nas diferenças de deseOlo lvune nlo
-~ " aprese ntadas pe lo pinheiro m~l1mo. .

~ Nas variáve is pedológicas de ve dat.~ parti cular atenção ,à

-,.
es pess u ra e perfil do solo que ajudam a dlslmgulI as áreas. 1J1.3ls
J ant igas das mais recentes. Tam bém a reacç ão com o ácido cio.ndnco
do hori zon te C pode ter um papel sem elhante. ao separar as atei as com
cartonares das q ue 05 não tem. O pH do ho rizo nte A ~ do horizont e
C permite m sepa rar as dunas ob líquas das outro subUnidades.
Anal isadas tam bém sob este ponto de vista. ou seja. dos factores
Fil . &4_ Projeg; 1o du ulli~ de:'11'I05lJ28em d.u dUllas de Ql!iaios. pri ncipa is consi derados, as variávei s no~s ticas. que nesl~ cU;
lIo espaço faclOfi. ldefillidopeI Ol facI0feIl e2. co incidem com cada espécie levantada. não tem Iodas a mesma rmpo
, . ,,,
l!ncia como indicadoru meso l égtcas . Algumas espéc ies. n30 obstante
ocorreremum JXl'Ko por IOdoo lado. n10 deixam de ler uma presença
mais s.igniflC&liv~ nalgumas unidades de amoslrag crn de tal. modo que
s.Io uns dos deflDJdoresdaqudes faclares principais. devendo. por esse
facta. ser tidas em conta cm qualquer análise integrada das dunas . É o
caso do Ewcal.'~ptUJ ,tooU/lU e da Acacia tangifolia em q ue o pri meiro
anda mais associado com as áreas mais antigas e a seg unda com as
dunas mais recentes. oblíquas.
Ammophjla arenaría , representante das halopsamófilas, depois da
eliminaç30 sucessiva., o ind icador por excelê ncia do meio ide nti.
é

ficado com a duna primária; com d e associa -se frequ en temen te Sesdi
lOnuDSUM que. em conjunto com Hd ichrysu.m ítalícum. proliferam
sobre as areias com carbonatos.
SclrMnus nign ávu e Scirpus holoscluHnus são as duas espécies
que melhor indicaçlo dlo dos meios higrofilos. o nde :I toalha frdtic3
estAsemprepnil.ima da superã cie. Parecem ser acompanhadas de peno
por Viu europtUw que prefere solos ácidos. condição a lcançada nas
depre ssões inrerdünicas ou superfícies aplanadas.

6.1.2 - Gâ nda nl

Foi aplicada a mes ma metodologia que para as Du nas de Q uiaio s,


na análise do grau de associação entre as variáv eis . Aq ui fo ram usadas Fig. 85 - Grafo d.u correl~/lcs ~nue ali uti.h ~1S ~ Gind.ln. PMJ.UIlI' ~ 10,601
(-C.'"TelllOiloplM lllv~ •• _-. Corrrlaçlo l>C'gatiu).
55 variáveis. das quai s I I geomorfolõgicas. 13 pedológicas e 31 ftigg: o slsmflCadodas siglas podeser visto!lO Anao C).
flOlÚ~C3.S. levantadas em 28 unidades de amostragem ". Ca lcul ados os
cceâcíenesde COITtlação linear entre estas variáveis e co nstru ída a mãe co m finos que o pH é mais elevado . Daí a correlação positiva do
~e specti v l matriz d~ c~ rre laç30. destacam- se 10 ag rupamentos p I{ do hori zont e C co m o "bed rock" e. por sua vez. negativa deste
independentes, de vanáv e ls co m fone relação e ntre si. para um r 2::10.61 co m a cla ssificação d o solo e com a dre nage m. .
(Fíg.8 5). Co m os so los de mel hor drena gem. sobre areias eólicas. vão
De.slaca-se u.m agrupame nto q ue ~ do minado por variá vei s re lacio nar-se es pé cies frut icosas acid éfiles. com o o tojo (Viu
pedológicas às quais se ligam algu mas espéc ies florísticas e o substra to europaeus) e a que ir ó (CaJ1ulUJ vulgaris) que por sua vez fazem pane
rochoso. Entre as variáve is referent es ao ho riz ont e íntermédío há uma frequente do sub-bosque de pinhal e não das áreas com coberto vegetal
corre!aç1o positiva. assim co mo entre es tas e o perfl l d o so lo e a ba ixo. em regra herbáceo. onde o horizonte A é mais espesso. A
classifi ca çã o do solo tam bé m. Os solos e voluídos . com hori zont e co rre lação negativa do toj o com o co berto vegeta l e com a espessura
intermédio, por defini ção. tem o perfil mais difere nciado. O pH dos d o horiz ont e A de riva destas relações. O horizonte A sob o pinhal é
hOr:Izon tes -:\ e C co rrelacio na-se de modo ne gativo com aquelas meno s espesso por duas razões: em primeiro lugar porque aí n50 são
vari áveis, poISé n05 solos men os diferenc iados no perfi l e sob re rocha- praticadas lav ras que revo lvendo a camada superficial do ~Io att ~
profundidade de 20 a 30 cm.nela mistura e incorpor3matéria Clri1JlIca
superfi cial. passando rude a constituir o hceizcnte A do solo; em
segundo lugar. ai nda pel a acção do homem. este 30 retirar do pill~.

..
com freq uência. os subarbustos (o "mato"). mas também I própria
manta-m on a. para a "cama" do gado. a infiltração da âgua da chuva
torna -se mais rápida e os proce ssos pedo lógicos de migrações verticais ~e li m i nação sueessiva
M
• acima descri to Foram eli
'"

~;ª~~~~~~€?k~
mai s intensos . O que leva ao adelgaçamen to daqu ele horizonte,
Ao agrupamento composto por vanãvets lopográfi cas ( ~ i çào
to~r:incn_ co m pri men to d e verte nte e forma de vert ent e) não se
pode atribu ir grande significado. porqu e de riva do fac to de todas as
unidades de amostrage m situadas sobre vertentes registarem. por isso. cal!c lflum. ~/oJcus tanatus, QU,ur::us fa gínea e Viu ~llropa~us. Mesmo
a modalidade mais 31t:!da posl çâc tc pogrã fica , precisamente "v ertente" assim . o numero de vaná vels ficou superior ao das id d
e. como é óbvio . um vaIor superio r a zero nas outras dua s: em amostragem ' .o que inviabihza, por razões de cálculo m~~:~lie:a.~
contrapartida, as modaIid3de s inferiores da pos ição topográ fica têm tratamento simultâneo de todas elas ( RACL"''E ol R.\VMO:-;D 197)
zero na fonna e comprimento de vert ente . A correlaç.5.osurge mais em ~,. 1 69). Para ul~passar es te óbice. tralámos ~nle ~ variA:
função da n50 cc oerêeci a das variáveis do que doutra qualq uer razão . veis geomorfclõgicas e pedológicas. d.u florislicas, No fim em tu Jo
J ustificação sernelham e se aplica fi fon e corre lação existen te das ~laçõcS das uni~es de 3mOSU'agem com as c~mpon:les
entre as vari áveis relac ionad as co m a erosão (tipo d e erosão. gra u d e p~n7lpals da geomorfc logia e pedologia e com as componenles prin-
erosão e área afectada pe la t'rosão ). Logo que uma se regista. as CIpais da vegetação. procuramos salientar as eventuais relações entre
o utras tam bém se registam . independentemente d a moda lid ade. estes três co njuntos de variáv eis.
portanto. a tendência é para aparec er corre lação e ntre as três. Escolhemos dois factores na análise factorial das variáveis
O grupo polarizado pela textura d o hori zont e A mo stra a ligação geomo rfológic as e pedo lógicas por parecerem sintetizar :I informação
espaci al desta co m a est ru tura do mesm o horizome e com a Poa dada por estas ( Anexo D - Quadro 3).
annua. Se :I textura é fina. a tendê ncia é para formar agre gad os. em vez O primeiro factor. co m 20% da variância. refere-se ao grau de
da estrutura partic ular em norma apresentada pelas areias eó licas. Já a evolução dos so los e define -se pele cootrasre entre as variáveis
ligação co m aquela graminea pode não significar muito, porque ctessírlceção d os soros, pe rfil d o solo. ca ma d a du ra e est ru tura do
corre sponde a uma única coincidência com II textura mais fina. horiz onl e interméd io. no pólo positivo. e as variáveis -bed rock" e
Ot outros agrupamentos são só entre plantas e salie ntam as pH do hori zon te A. no pólo ne gativo.
associações frequen tes entre alguns subarbustos e ent re algu mas Há uma certa associação entre os solos de classificação mais
herbáceas (Fig, 85). No primeiro caso corre spon de ntes a áreas de ele vada. co m perfi l bastante diferenciado e a existência duma esmnura
pinhal e no segundo a áreas cultivadas. conc rec io nada no horizonte interm édio , a que correspo nde uma
Sob o pinhal destacam-se as associ ações entre as urres (Erica ca mada du ra, a "su rraípa", es tando ludo isto ligado aos solos tipo
um1H1Iala e Erice australis). a ca rq ueija (CJIlJJ7l1usptlrrium trideraa- podzo l aqui freque ntes.
tum) e a Cistáce a (Halunium halimifolium). Em regra s10 espécies que No o utro pólo. as variáve is referidas. a que se associa a espessura
preferem solos ácidos . O mesmo se pode dizer para o agrupamento de do horizonle A (Fig. 86)". mostram. também pelas coorden.1d.u de
HaliJ71iuJ7I calycinum com o rosman inh o (wvafldula Sl lHC has) e co m maior valor dos pomosde amostragem nas proximidades da Sem da
a giesta (Span iuJ71junuum). Boa Viage m. o papel das areias de origem n30 eólica. com mais finos.
O carva lho cerquinho (Quucus fagin~a) e a tâved a (Dilrichia na aquisição destas propriedad es por pan e do so lo,
\'iscosa) co rrelac ionam-se por oc upa rem áreas fu nc iona lmente O seg undo facto r. com 17.2% da variância. tem a ver c? m a
semelhan tes. ou seja. terren os Ilorestadcs há pouco te mpo. após topografia. é unipo lar e define-se pelas variáveis posição to~~alica .
abando no pela agricultura. declive , fo nnn da verten te e exposição. todas no pólo JXlSIUVO_ A
O agrupame nto das herbãceas Coevza bonariensis. Hoícus associaç ão entre estas variáveis é óbvia já que todas t êm a ver com I
lanat~ e HJpochauu radicasa; surge da frequência co m que estas
espécies ocu pam os terrenos agricultados da Gândara .

Para a u~li~ão da anãlíse por com pone ntes princi pais. esco-
lhemos as variãveis remanescentes após a aplicação do processo de

- - - - - - - - - - - - - ........:::.....- - _ _ j] @.-.W
o primeiro factor. a que equivalem 14,8% da vaMAneia lota I.
'" ••
••
f
parece testemu nhar a forma d~ coberto vegetal, pelo contraste que
aprese nta entre es pécies ap arecJdu nas maes de pinheiros e C-3 pécies
dos ca mpos abertos . muitos del es cu ltivados. No pólo positivo surge o

•••
pin ht'l ro b ravo (Pifllu p inas ltr) e II q uelrô (Ca/l 1UlQ vllfga,j,sl.
enquan to no pó lo negarí ...o Chamo~mdum mUtum. co mo representan te
das herbáceas. Ou seja. du m lado . espéc ies fruticosas que acompanham
i a espéci e arbóre a típica desta paisa gem. o pinheiro bn.vo. do OUtra. as
espéc ies herbáceas mai s vu lgarn nos campos de cuínv c da Gãndara. t
O segu ndo factor. co m 12.7'l1 da variância. salienta a diferença. t
entre os terren os ou trora culti v ados e 1Il1oranoresl3dos. ou em vias
disse e os terre nos nAo in tel"iencionados pelo homem . Do lado t
positivo. estão as espécies "cada w"gi/alia. Eucal)pIUSglobulus.
Ptu idium aquifi"um e Saiu sp.• que fonm planlM1as.caso do euea - ,,
t
lip tn , ou cost umam invadi r os temoos abandonados do ClIltivo. como
a aci d a e o (eto \'uljl:a r: no pólo negativo. o tro 'i~ l/Japhnt
6"idjwn ). represen tante das csptcics espo olâncas nas rn.:IlaS dcsu
,,
região do país. As unidades de anl<H.lragem que 1IprCSCnwn mai(RS
,
,,
cccrdenadas no pó lo posiu...o deste factor (Fil. 88). estio Iodas em
tefTCOO5onde há. ainda. manifcstaç õcs duma utiliz3çio agrico l3 não
ewuc remoe .

-e.s o
,,
,,
0.5

"''''''
FiI.I6-Ptv,ccçIot'mplanodalvard~ilpopcdolózic:u&nalis.ada$.Pd.u
~doIdoOsf~prilll:if*il.I\lI~ ,,,
Outras variáveis se associam II estas, embora com satura-
ções inferiores ~ 0•.5: a te xtura do horiz ont e interrn t<iio, a
,
profund idade da toa lha Ire ãtlca e o gra u de erosã o (Fig. 86). Como
algumasdas vertentes se apelam num substrato arenoso com alguma ••
percenlagem de finos. estes. ao serem arrastados por processos
pedológicos. acumulam·se no horizon te B do solo, toma ndo a sua
textura nui s fina. •
Na análise factorial da vegetação tam~m esco lhe mos dois
factores. já quecom mais factores verificava-se umacena redundância
••
na infonnaç30 que surge sintetizada nestes.

'íl(ô\ rm71
Proja;:~se os dois facl~$ num plano . melhor se observ~ a
.uwciaçlo das vari.h eis (Fi,. 87 ). À acácia. eucalipto, ~gueiro e feto
vulgar. j untam-se • silva e as herWceas Brru;hipodiwrl p1!«n icoid,s e
O.w/is p's <oprw . SJo espécies que parecem sucede r locupaçllo
hultWla do espaço .griool• .
Do lado opos to. apllpAm ''\e oU espécies frulicos.as espont1neu
Deil.l área e que compõem . em reva. o scb-bosque das mal.ls de
penbeiro: d.ú • sua posjç~ no gr.l.fico. símu ll.lneamen le para o lado
ponuve do primellO fxlOl' e neg ativo do segu ndo fac lar . P:ITlI a1~m da
queiró e IlOvisco referidos . umbtm I carnari nheira (CO" m.I albwrl l.
Ha1iJrtiUM halilfli/ oIiunt.. I carq ueij l I Cha_ u spcu ti JlJ1l tTUknratum)• •
giesta (SpcJnJl<II'Ij ww:, _l. o ~nho (ú n 'Wld",la J10C'cha.r) e o
Ul!anho-mouro (Cu t/l.J UJ/vii/oli/l.J).
~ lOdu as berb'ct',u dos campos abertos formam um
. gru pame nto bem dt'fiDJdo 00 1.00 negali\"() do primeiro f X lOf . Do """""",,,,--
lado ~o. aparece o pinheiro bnvo isol3do. pois é o dt'finidor por FO- FO· ra- ".
elC't'llncia du nuw aqui eaísrentes, Car.K:teriz.ad.u pdo boJoposiuvo FO_ .0,.&5,51,51.55 ,,-"
do primeiro factor. As varüveis DifriâriIJ vÍJC'Ow e Q/.Iel"CllS tss ítaníce v .......
"... "
.. ..
FO-
parecem ser independc:ntes dest es doi s factores. li
'''''J1
,,-
..
J9 ~

sa- <1.,

: ~
j . ~-'";-
t de ~en':M ii relação entre o pólo posi tivo do primeiro fxwr
para os dois eonjun tos e de onde pode mos conc luir que as lI1I1aS de
!'lIlhem » com o seu sub-bcsque de fruticous acidófllas se distribuem
prin cipa lmente pel as topo gra fias mais devadas e dec livosu da
Gândara. ou seja. no que resta das antigas dunas e nalgumas verten tes
ccnsmrfdas nos are nitos cretscícos e terciários.Embora de modo menos

~ ~P· ·N
saliente, també m esus ma us de pinheiros se associam com o segundo
factor positi vo geopedclõgicc que significa seles bem c:voIuidos c:com
surraf pa, ou seja, solos podzol. os solos mai s tlpieos desta paisagem.
Outra fo rte relaçlo estabel ece-se entre os pólos negati\'os do
pri me iro factor tlorfstioo e do segundo factor geopedo lógjco . o que nos
mos tra a pre fe rê nci a qu e as herb áceas tê m pelos solos menos
evoluído s. mas de hori zonte A es pesso e de eStnllUTI . gregada. A
•• e
,-, ligllçl o. em bora menos nítida. entre es tas espécies e o pólo eeganvc do

:sml~i;;::~":sg~=g~:~~~ lU: =~~~aom~sq~:~


F" .U -ProJ«çIoda5unicladellk arnDlll'l,emda GindIn.. c ulturas na Gindara. aqui representadas pelas espécies herbkeu. sIo
lIOespaçorlClOfiaJdef,nidopelol tl<1o<U1 e2davegetaç.to le vada s e cabo. e m espec ial . nas áreas maisllplanadas e bailas.
,. •
••
I
o ~gundo (actor florlstico. pelo pélc pcsmvo. parece ter ~ma
certa prdedncu pelo.pólo negativo do segundo factOr geopedológJ~.
O eucalipto c as esp«ies U1Vasonssucessoras da agricul tura vlo suri lr• •I
também. sobre solos de horizoo u: A mais espesso . talvez por ~ses
terreecs lerem sido agricultad os c ocupare m, cm regra. POSIÇõeS
I
topográficas mais baixas.
Como era de esperar. c pólo negativo do segundo factor floríséco, ,
I

~poodenle 801 subarbus tos esponrineos c alI! pel~ ligações que


~ Itm com m pinhais.assocía-se com. topografia mars movime ntada
represoentada pd o pólo posínvc ~ primeiro factor geopedol6gico.
,
I

I
Mais UlNI vez reu.alu a dicotomi a entre as terras lige irame nte
rrWs e/cvad.u c com algum dec live. oc upadas c m geral pelas maias de
pinhal c as terras mais aplanadas e baix as onde é, ou foi, praticada a
agricullura (Fig.89).

e-e
Fil , 90 - Grafo das correlaç&s pan r1: 1t'I.6O(, N Sma dl. Boa v~l8rcm.
6.1.3 - Serra d a Boa Via gem UilllI.: o.ipti r>eadow 1;l lu pode ICfvil.!OIlOÁtlelOC).

Tal como para as outras paisagens. aqui procurámos e stabe lecer " o mesmo raciocínio se aplica aos agrupamentos compostos pela!
grau de assoc iaçJo entre as variáve is analisadas, através do cá lculo da variá veis ligadas aos depósitos de vertente [espessu ra, petrog rafia e
correlação linear entre si. Foram utilizadas as 83 variá veis que est ru tu ra dos depósitos d e vert ent e), 1 erosão (ti po. gra u e área
respondiam aos requisitos de surgirem em pelo menos 5% das unidades a fecta d a pela erosão) e aos movimentcs ée vertente (llpo. gra u e á rea
de atnOSuagcm. ou não mais de 95% desses mesmas unidades e que a fectada pelos movtm em cs de verte nte). Em todos eles basta
foram 19 geomorfol ógicas . 18 pedo lógicas e 46 Ilorfsncas . registar-se o processo. paraas variáveis li si ligadas apresentarem um
Ao anali sar a matriz de correlações e pondo em destaque, valor diferenle de zero, daí a fone correleç ãc.
~W m, os valores com r ~ 10.601, verifica-se:li co nstrução de 8 grupos A correlação entre a rea cção do horizonte A com o Hei e O P~
Independentes, de variáveis correlacionadas entre si (Fig. 90 ). do mesmo horizonte evidencia o papel que tem o carbonato de cãlcio
. O maior grupoé composto pelas variáveis ligadas ao solo, em na elevação do pH dos solos (O. SoLTh'ER. 1988, p. 292). Sempre que
particular aos solos evoluídos. OU seja. com horizonte intermédio. ele aparece e !lá efervescência, o pH ~ elevado; se noloeparece.o pH é
Assim, correlacionam-se fortemente enee si as variáveis do horizo nte mais baixo.


t
o conju nto constllufdo pela pt' lTlra (P'ynos ctJ",,,,UJlis). pelo
mannd elro (CydorIiD obloIfga) e pela !oih ll ( Rllb us sp. ) mosU'll uma
crrta coinc idenc:ia na ()C(:Ifdnçia deitaS espkies. em p.u1icul.v IlOl
!em1lOl abandonados pela ag-rinlltun. ou mesmo ainJJ. agriculllldo6.
As duas prime im são espécies planudu (o marmeleiro desune-se, por
vezes, II ~cavaloM de enxertia da perelD ). A lCKein. e espontánea.. mas
basWllC ligada coma activid.lde huffi3JUI sobre o solo que permue iii sua
prohfençlo.
O grupo fonnado pelas e)ptties Llunos rrobilis e CuprtUId
lus.UUlica ulienu a sua Iipç30. em especi al na mau esuul da Serra
da Boa Viagem. em que a primeira espécie, hetd3da das sombras doi
Cóln'alhais originais.. faz pane frequente do s ub-bosq ue, onde algumas
vezes pontiflC.J. o Cipresle do Buçacoe OUU'aS ondesimplesmente está
.,
presente .
A auociaçJo entre a ClI" 'lIlhiça (QWtt"IU fusizatlica) e a u n e
( Erica wlrlbdlata ) vem co nfirmar um certo par aleli smo nas
prefntnclu das duM espécies quanlo aos tipos de solos. ou seja. solos
.k idos e ~U'Ufdos sobremalerial quanzoso.
:.-
,, - :i::~·'" cu ~
~ 1lD 1U

1:'10 -
cu " I
li,
,L

Determinadas as corre lações en tre as variáveis e aplicado o


método da eliminação sucess iva. fora m excluídas 1.5 variá veis das 83 4' _ _
orig inais. Assim. a es pess ura do d e RÓs jlO d e \'Crtt:0 l,;, ~ 4' ::" . L lM O>

a~~lQl
' L IJ "

=-. n:
de$ito de vertem,; . ~ 40"i1. é1fr rnda pe la e rodo, mu !li
dm m9 yjmt:nl º' de yeO!;nf( área afer tad a pelos moyjmcOlos de
~ ~. pH cig boózoOle A. cs QtSSUIjI do horj zonlt:
~. " um cig borj m"" jme nn Nio . est rutyra d o ho rj12 OlC
~. pH do borizoOlC inlmntdjº Cup rt SSIU lusitanica: En ca
wmMlltlUJe Pynos communÍJ não entraram na análise de co mpone ntes
nl·91 -~ eeoordo:naoW.mpec:tiyamelllt.daI~pnllQpais
pn ncipais .
~ (F I . F2 e F3 l. daSerndaBo.ViaJmt.
Segu indo o ~mo aiterio usado nas outras paisagen s. quanto à flílllI: o silll ifiado dai sipa nd 110ADI;~o C).
escoltla do númerode factores representauvcs da panemais importan te
da informação dadJ peJas yw ve is. esco lhemos 3 facto~s pata a As unidades de amostrage m que se acham a.ssociad.1s com cada
geomorfologia e Ml k)s e ouuos 3 factores pant I vege tação " (Anello O um dos pólos dã o essa mesm a ideia (Fig. 91). ro:o pólo posi tivo. as
- Qu>dro 5). unidade s encontram -se, no cs.-.encial. sobreos calcários;com o pólo
510 variá ~eis ~Iaciunadas principal ment e com o solo as que negauvo associam-se unidadessituadas sobreos arenitos jurissicos ou
Ij udam a de~rnr o primeiro factor geopedol6g:ico . o qual repre senta ceãcíccs. ou sobre as are ias mais recentes .
19.8'11 da vanância ootaI. No pólo posi tivo. eoco ntram -se as variáve is O seg undo factor que abarcl IO.~ da vari~~ d1 conla .do
respei tantes ao ho rizo n te " - rea~o co m o na e textura _ su bsrratc roch oso. nas suas manifestações superfiCiaiS. É defioldo
juntamente com a JWdrqosidad e do so lo. No pólo negativo. as mais unicamente pe lo pólo positi vo. pelas vari ãve is MMd rock - o ti~ de
erosão, espess ura d a alrerite e f"Ol"'OSlda de . Podemos concluir q ~e
quanto mais espes,~a for a alterne e o substrato for carbonalado. m31S
prováve l ~ a ocorrência de eros ão (em regra sob li forma de escoe-
'53
rencia ). A associação da rocosidade - percrn[ag~m de rocha aflorante
1 superfície - com a \'ariávd espessura da alterite, parece ser contra -
dü6 ria, mas esú, ligada. em especial. com as roc has calcárias e. alé m
disso. pode ser já uma cc nseq uêncía da 3cl uaç~o d.a erosão hídri ca.
tendo fortes saturações j untamente com estas variáveis. 1
As unidadesde amostragem com coordenadaselevadas no pólo posi-
tivo estão situadas. quase iodas.sobreos calcários. quer jurássicos quer o.. ~::J
~ 0 ~~:';-0-
creúcicos.comoera de esperar; aliás.No pók> negati\ '0. surgemunidades.
em regra, sobre fmnaçõe$ ~ógicas recentes eloo com fraco declive.
O reeeírc factor tem a ver directament e com a topog rafia e
representa 8.6% da variância 10tal. É definido pelo contraste entre I"~ ... - ),..
posição lopogrália e declive, no pólo positivo. e coberto vege ta l,
aro mulação e árn armada pela acumulação, no pólo negativo. A -~
IigaçJo entre o dec live e a posição topográfica é evidente. já que as
modalidades de mais eteveoo valor nesta variável correspondem a
vertentes. logo com declive. A associação entre o cobe rto vegetal c o
processo de acumulação também é de esperar visto que as modalidades
de maior valer do coberto correspondem à vegetação mais baixa ou a
.. j \
\
\
culrur:u, com prtferincia pelas depressões, como os fundos dos vales ou I
vateíros. onde se acumulam sedimentos. IsIO é co nfirmado pelas Fig. 92·Projecç30cm plVlOfaclorial dos fõl(:1ortSgeopedológlCOS I e~. I
unidades de amostragem com eles relacionadas e que estão quase todas llI Sern daBoa V iól~m.
posicionadas naquelas sinações topo gráficas . Com o pólo positivo de ste I
fac[Qr associam-se unidades de amostragem locali zadas principalmente qu e estão. ou foram . agricultadas. E o que nos indica o primeirofactor I
na vertente Sul da Serra. sobreos Arrni tos do. Boa Viagem. que represen ta 12.7% da variânc ia total e é definido por Calluna «
Pela projecção no plano factorial (Fig. 92), pode-se ver qu e a
~, apesarde ajudar a de finir o factor I , aproxima-se mais
~·ulgaris. Via europaeus e Ericascoparia: no pólo positivo. e Anuufo «
donax , Oxalis pes- caprae e Rubus sp.. no pólo negativo. Há um
«
do agrupamento do pó lo positivo do factor 2. À s vari áveis já descritas
deste pólo. juntam-se ainda a ~, a form a da yen em e, a
oos jdo lOoogótjca e a rcac çao do horiz onte ç co m ° He i. Estas
contraste entre os subarb ustos acidófilos e frequentes sob o pinhal bravo
e as espécie s ruderais co mo a cana. a silva e Oxalispes-caprat (Fig. 93).
As unidade s de amostrage m associadas com cada um dos pólos
••
••
variáv eis confirmam o ac identado da topografia associado aos indic am prec isam en te isso. No pólo positi vo as unidades situam-se. em
calcários. particular. sobre as formaçõesarenüícasou arenosas da fachada Sul da
A eSPCssura do bonzoOle A situa- se entre textura e reacção co m Serra e com pinhal ; no pólo negativo. unidades também na fachada Sul.
o HCI do horizon te A , e text ura e pH do hori zon te C , o que significa mas onde há, ou hou ve. prática agríco la. . .
que nos solo s de textura ma is fina e mais alca linos , a espe ssura do O seg undo factor. unipolar e equivalente a 9.8'lo da variância
horizo nte superior será maior. total. de fine-s e po r espéc ies medírerr ãneas ~o sub-bcsque dos
A exposiç ão . o cobe no vegetal. a acumulação e a área de carval hais ou azi nhais da aliança Qut rriOllfaglJle~t. SAo arbustos
acumulação. a estrutu ra dos de põsitos de verte nte. os movimentos de co mo o medronh eiro (ArbuIUSun~do). o Ieeusco (Pístocía lertriscw),
mas sa e o declive parecem eSI3f inde pe ndente s destes factores, tendo, o ademo (Rhamnus alatemus) e o carrasq uelro (QueITus coccifera).
port ante , um me nor peso na inf orm ação dad a so bre es ta áre a. e trepa de iras como a mad ressil va (Lonicera etrusca) e a salsa pa rri lha
(Smilar IlSpera) . A sua associação é obvia atendendo a quesão um dos
Quan to aos (act ores floristicos. eles dão conte. antes de mais. do resquícios daq uilo que seria o bosque nalUl'l..l de ~alhos ~gueses
co ntraste entre a vegetação espo ntânea das áreas arborizadas e as áreas na Serra da Boa viagem. É por isso que a nw ona das unidades de

_ _ _ _ _ __ ____JL~ . (Q)2 ~(Q)@~_u.=;~""'_ _


amosuagem com coordenadas elevadas neste pólo positivo está situada
na Sem e sobre os calcãríos, já que algumas das espécies são mesmo
caldcolas (por exemplo o carrasq ueim e o len u sco ). No pólo oposto,
surgem unidades de amostragem com uma vege tação de sue- bosq ue
onde dominam une s e leguminosas, mais afins com as associações
vegetais oeste-europeias, ou de lr3l1sição. situando-se Iodas sobre
fOl'lnaÇOesquartzcsas da fachada Sul da Sem.

n
, III'·
~,e=_lrr;ll' ...
-4, &$'_
...
~
-. ~~ . 4' =: -. r:.
..
Fi I. 94_ P'rojcççioemp Wlo f~&tl1u MllnliÕCl du ~O'CI ' fIortstiaI
d.J,Scmda8olVia&cm.pua OlfXba I c l.

A bera e o loureiro são mais frequentes onde há mais sombra no


sub-bosque e onde os subarbustosfruticosos s10 mais 1õU'O$, talvez por
Fi.. 93 -. Sanaaç6:s c COOJdaiadu. mpectlUl1>eIlle. d.u componeNCI
pl'lllapllldll~~ (FI ,F2c FJ ldllScm dllBot Viagcm. sofrerem com a concorrênciadestes.
~olllNrlCalio daslÍglas cMl. IIO ~IO C). Na projecção dos dois principaisf:actores fIoris~ic05 (fig. 94) noca-
-$C a afinidade de outras espéciescom aquelas que ajudarama defini .r05
o terceiro factor, com 6.5'1> da variância total, define-se pelo factores. Assim. por exemplo, com os arbustos e subarbustos medirer-
comrane entre o pinheiro de Alepo (Pillus halepe/l.Su) e alguns râoeos do pólo positivodo segundo factor".ligam-se o espinheuo a1bar
5ub~ust~ acompanhantes como o ea do mo (Philly" a (lf1gustifoUaJe (CraJaegus mono g)7IO), o carvalho cerqumho (Qut'm:a 10111l6J): o
Genu.ta triacanthus , no pólo positivo. e a hera tHedera helix) e o folhado (\ibumum tinIU ). a rosa brava (Roso sempefVIrtru). WnUfa
loureiro (Laurus lIobilu). no pólo negativo. O pinhal de pinheiros de taumef ortii e o pinheiromanso (pÍJIUS pineal. Tambl!m pane destass30
"': Ie~ desenvolve-se em especial sobre calcários, alé porque este calcfcolasou pelo menos bastante tolerantesao calcárioactivo..
Pinheiro. ~ calcfcolo, mas, neste caso, quase sempre com .depósito Quase do lado oposto: surgemju ~to aos subarbustoS acllJófilos
S Upe~lcla l ~ areias quertzosas. o que vai permitir o aparecimento de que definem o pólo positivo do primeiro factor, .as motes e
Geniua truu anthus, mau usual sobre terrenos slliciosos. A fraca subarbustos também ca1cífugos. como li c3f'1alh.,;a (Quercus
lusitan ica) , a carqueija (Chamaesparf iu m tridenlotum), a abrõtea
SO~bra fornecida por estes pinheiros permite uma cena exuberância e
vanedade no sue-bosque. onde dominam espécies subarbustivas (Asphodelus aest illus). o eucalipto (Eucal}ptus g/abu/us) e o soorerc
mednerrilneas aqui representadas pelo caderno. (QllercusSIIMr).
Enu-e estes dois agrupamentos reúnem-se espectes. também As unid llde~ que se agruparam junto do pólo poéuvc do !oegundo
medilerrine2S. mas mais loleranles em termos pedol6gicos: o trovisco factor estão prancameme Iodas sobre calclri05 e distribuem-se em
(DapilM gnúJium), o espargo (M pa ragus apilyllus), o saganho-mouro especial. pela Iaixa Nane da Sem da Boa Viagem: se estão para Sul.o
(Cisrus saMifo/ius) e a roselha (Cis rus crispus) . substrato rochoso ~ quase sempre calcário. Talvez se possa concluir
No pólo negauvc do pnmeiro factor. aliam-se às espécies que que. nesta área de estudo. as espécies arbu!>tivas e subarbustivas
acompanham. ou sucedem. os terrenos agricu ltado~. outras espécies mediterrâneas surgem particularmente sobre as rochas calcárias.
funcionalmenle semelhanles como ~ a tãveda (D u ri chia ~·isco.Ja) e Numa posição semelhante à ocupada pelas espécies ac:idófilas.
Bromus scoparius, ou então d o remanescentes de anteriores culturas. agrupam-se as unidades que se situam sobre arenhos ou depósitos
como a videin ("tu ~'inif~ra) e o marmeleiro (Cydo nia oblo ngo). arenosos, quase todas na fachada meridional da Serra.
As espéeiescom sarurnç6esmune baixasestão independentes destes As unidades que compõem o pequeno grupo posicionado entre
dois facfores e rerOO. porventura, menos irnpordncia como indicadoras estes dois conjuntos scbrejezem ora SUMtr:ltOS catcãncs. ora substratos
ecológicas. 00 moo estào associ adas com situações muito específicas. queruoso s e. a~!>aI' do número restrito. distribuem-se um pouco por
detectáveis. deceno. pela análise particular de ceda uma delas. todo o lado.
Analisando a projecção das unidades de amostragem da Serra da Para o lado negativo do primeiro factor reúnem-se as unidades
Boa Viagem em função das suas coordenadas nestes dois factores. o nde se pratica ou praticou a agricultura. como era de esperar.
verifica-se uma distribuição do mesmo tipo que a das variáveis, ou seja Localizam-se preferencialmente na fachada Sul da Serra.
qU3UOagrupamentos com disposição semelhante (Fig. 95 ).
Analisadas as componentes geomcrtol õgíces e pedológicas por
um lado e as Ilorísticas por OUIrO. toma-se necessárioeomparâ-las pelas
coincidências das unidades de amostragem nos pólos dos vários
factores (Quadro 30).

QuM>RO 30 _ Mmiz de coincidmc:in d.u lI1lidades de II'I'lOStrlgem


da Sem da Boa Vil~m. pelos faclOfelpopedol6gicos e ~

Vege~
N

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(IUl6

.se entre os pólos


FlICfor 1
o maior n.úm~to de COlOC;:!~~~~ ~;~f~cado segundo faewr
positivos do pnmelro faclor. g pt SI edit rrâneos pelos
Fil· 95 - Ptojecçlono espaço flCtOriallk finido pelO! faclores florfsticos1 t 2.
üorfsuco. Correspond~ à ~nJ~e~~:~l~:;
50 10 5 eatcéríos. como Já havia 51 o .
93). (Fi;.
dai coordenadas das unidildc1lk amot1r1ie m da Sem. da ao. Vi_gemo
o segundo grupo de ligações é centrado pelo~ s u ~arbuslos acidõ- 6.2 - Síntese gera l
filos. como as urzes e o tojo (pó lo positivo do pnm e lro factor flo ris-
ucc). com preferênc ias pelos ca lcários com co bertura quan:zosa e sinais . A ?alisad~ cada uma destas paisagens quer por intennl!dio du
de erosão (pólo positive do segundo factor geopedolõg iec) e pel,os variãveis cons ideradas quer pela observação doutros aspectos n10
solos evoluídos. e m especial ca mbissolos (pó lo negan vc do primeiro incluídos ne ~sas ~ariá'ie is. é possível fazer-se uma slntese da sua
factor geopedo lógico). estrut ura mais salien te e. do mesmo modo e medida. da sua dinâ -
O sub-bosque sombrio. represe ntado pela hera e loureiro (pólo mica.
negativo do terceiro (actor Ilorísnco] anda assoc iado com solos Das variáveis retidas nas ~una.'i d e Q ulalO'i, e que transponam a
espessos, de textura relativame nte fina e quartzoscs (pólo ne gative do i nform~ç30 dada peJ,as outras ehm inadas, podemos ver qual o seu papel
segundo factor geopcdológico ). . neste sistema e. assim. grandeparte da sua estrutura, A ~
Finalmente, a lopogn.fi3 mais acidenta da (pólo posíuvc do da loalha frd liq, Sc~fllU nigric/VU e Scirpw holoJchfHnw d30 urra
terceiro factor geopedológico) parece ser favoráve l aos subarb ustos indicação da hidrologia. separando aqui os meios higróf,1os dos
acidó filos como a c3f\'a lhiça. a queiró . a carque ija e a abrétea (pó lo mesõftíos. ou xerõfilos na maior pane dos U 5O$. ottendendol muito
negativo do segundo factor florísticc). fraca ca pacidade de:retenção de água por pane du areias.
As variáveis ~e ~.em particu IM. dão uma ideia
da estabil idade do meio. separando as mas m ai~ estáveis d:tS mais
instáveis. Se o proces so é eólico, separam mesmo as dunas fuas das
móveis. ou pelo menos passiveis de mobilidade.
A posiciio lopo grlfi ca tem import!ncia para o desenvoh'imenlo
dos pinheiros. já que O grau de desenvolvimento e a fonna adquirida
S!O diferentes em função da pos ição ocupada pelas ãrvores na
d una .
A espeSSUra dQ solo. o ~' . o pH dgs tm? lODlM A e ç
Eucalyprw globulw e AcocÚl longifolia ajudam a distinguir :tS durw
quanto à sua idade , pelas di.fere~as na e,voluçJo dos solos en_ue.as
dunas mais recentes e as mais anngas. assun como pd M preferencl15
daquelas espéc ies por umas ou outras dunas. .
A reacdo dQ boriwme ç ~m o Ua. Sn~/1 torrwoJWI! e
Helichrysum italicum servem de Indicadores das durw com boa
percentagem de carbo natos.
[ deSoI"textura
_~
.. .
AmmophikJ a~naria é a indicadora, por excelência. da duna
fina sombrio
prim~:;.t ~uropa~us é o principal indicador dos ~los ácidos.
Embora algumas destas v~ áveis e ~speclJvas ~~s posu m
FiJ . 96 - Grafo dai Iil aç6el entre o. f~ swmorfolÓlko-pcdol ógiços dar uma ind icação sobre a dinâmica deste sistema dunar •ela pode5t1
e norill irol . na Sem da Boa Vill~m sinte tizada através duma esquemauzação simples (Fig. 97). , .
A dun a primária está a ser perturbada, de modo cada vez maIS
Pode-se constatar que os subarbustos de preferências pedol ógicas ace ntuado (C. ÂNGELO. 199 1). pelo mar. na SU3 Ienla. mas aparente·
mais âcídas, s30 mais frequentes sobre areias q uartzosas , onde haja
evemualmente alguma erosão, talvez pela topografia acide ntada, e
solos evoluídos, aliás. mais usuais sobre rocha permeável. co mo é o
caso (Fig. 96).
,..
me nte íne xcrã ve l. subida e corresponde nte lnlnsgress.llo 101.O ataq ue da o ve nto é: potencialmente, o agent e morf ogenético mais
duna duran te as tempestades e mesmo em Siluação de preta-mar viva importan te dos SIStemas dunares ".Tal co mo foi ele que as conW'lliu
normal, é cada vez maior e só um revestimento conúnuo das espécies també m é capaz de as de struir , ~slm lhe abram as nece ssãnas M~':
psamófúas lilorai s poderá retardar esse recuo d a duna, po r co ntri bu l- para ~ I e ac tuar. Como é sabido, essa aberrara é feita atrnés da
rem para a acu m ulaçJo no se u cimo da &rel i arranc ada ~ praia . Se a destrull. 30 da veg elaÇlo ~ec~ que, 00 caso da du~ prinúria, pode
pressão human a (q uer da população loc al. que~ da população te mpo- :-e~ ~uficle nle para o ve nl~ iniCiar o tran spone da arei a para o interior,
rária) sobre a duna for Imensa. através ora du piscreio com destruição Inicial ment e atrav és de hngu~ de areia e posteriorme nte aUilv6 de
da " egelal;lo e abertura de corredores de deffa çãc, ora da instalaç ão de d unas cm I~,a e ~ se con~uar o processo, amvesde dunu parabólicas.
co nstruções civ is, o deseq uilíbno J.l dinâ mica duna-praia é acrescido e Nas dunas mlen ore s há J.áum so lo que pode, num primeiro momento,
a rapidez do recuo sentacentuada. obs tar ao ar:anque do processo, mas, iniciado este . pela sua fraca
espe ss ura e incípiência na a~gaçlio dQ, seus elemen tos., é um fraco
obstáculo à sua progre ss ão. O solo das dunas mai s recentes, como
int erface viva, onde se venflca a transf ormaç ão da POUCil matéria
o rgânica aí caí da, ao possibi litar ii insuiaçlo de maior quan tilbde e
variedade de veg eta ção e, em simultâneo. ii fixaçâe das areias, exerce
um efe ito pos itivo ; ma s, a sua fraca coesão e evolu ção não impedem
que. se fo rem criadas as cond ições necessárias, essas 3rCW nJo se
poss am movimentar, da í o seu efeit o negativo. Para estas dunas , o
vente pod e se r vantajoso. geomorf ologic.amente. ao acresceraar-lbes
areias arr ancadas à praia e ~ duna primária..
A mata de pinhei ros e o seu sub-bosque são a componeme
fundamental para a fixação das are ias das dunas. seja qual for ii sua
idade. É pena que, salve algumas excepções m, forneçam matfria.
orgânica acidifican te e empobrecedora do solo. facto que é ace~lUado
se até essa matéria for retirada pela popul~Jo local. Em e!pcaallW
áreas ma is orientais das dunas , mais próximas das povoações , as
pe ssoas vão, co m frequência. buscar caruma c "ma to" (subarbustos do
sob-bosque do pinhal) para a "cama" do gado , ou par:!I queunarem nas
suas cas as. Daí resulta m uitas vezes a limpeza de algumas áreas ~ os
pin heiros onde a água. concentrada nas agulhas destes , vão cair em
grossas gOlaS e fazer actuar o " splash" ou onde. pela a~l'ICla ~
obstác ulos, se pode concentrar ii escorrência, destruindo os Já frágeis
Fi.. 97 - Rebç6es dil'l1m.iÇ3S na p&W~1l1 d.u Dunu de Qu i.&iO$.
s.-ill:l lIc~io- efeilOpositi\'O. de equj líbrio;Jtlaa lrrJCtj0d4 solos.
-efeitof)C:l ativo.po:rturbador.

... N$o leria que ha ver r~le uma tnnsveldo marinha de sde qllC eSlo a
'~bida fOlJC: çompcn»da com um aeatrcio "'plemcnw de leCiimcnlos para ... rem
d"Ulbuldos pelu pralU e. ~ m tnalUCr·K o equlHbno tia Iinlla de costa: só que esse
ac&tmO wnbbn ~III dlmmuuldo (1. B. ~1. OUmlU.. 1990) e. portanto. a trIlnsgreulo
toUIoCVI~""1. SeJUndo,Clle Autor, U qlWltidades de K<limenlos .fomeç idos ao mar para
di,mbulç$o pelu pratu a Sul 00 Doutoe CIIJafome teria prillClpalmcnte nle n o. Ienl
baiudo ~cerea.de ln, depoisda eonuruçJo f)C:le de IOdo o ,i'lema de banqense
de~aulDCJlladGa~dearei.u,pa.rlcontU\lliIo.doKu lellO.
'62

A ~Jha fre.1l1ca. embora não seja dete rminan te, é influente no


desen vclvt men tc das arvo res cm todo o usteme dunar. O seu ;teesso
por pane das raízes das plallt.u favorece o crescimento, mas I sua
demasiada proll.imidade da wpcrfJcie. que chega por vezes a cobrir,
pode ser-lhes prejudicial. pelas condições a.~filliantts criadas. Toma-se
um meio proprcio ao deM=~voh'imenlo das espécies higrófilas "".
No ""TriJngulo de Qul.aiOS" e superfície plana próxima d.u lagoas
o solo age sempre como ~lemenlo equi librador. porque é evolufdo,
espesso. ~ vezescom horizonteccocrecjoeedo,capaz de filiar.só por
SI. <15 3I'e1as da$ dunas .

. Na Gândar:- .desucoun -se as variáveis que ~ ali principais


irJ(bcadoru e5pac1IIS e ~mpenham. por isso. um impcnanre papel
estruturante .
A pcnjdQ IOPQW fiça a e:.pe:.mn, do honro"!, A , o~.
o~. as friáIcw. as~. algumas ~ e
~ IJud3m I separar as mas cultivadas das não cultivadas.
O ~ e o pH do horizool!: A podem servir para distinguir
uma faixa junte cb Sem da Boa Viagem. do resto da área. Fi._ 98 - Rd.ç6es ~ 110I pU...-mdaOWara.
ts.."'IIICMIIII-cfetUlpoaitiVO;XW .. fT8C,jadIII-m.lllllltpli... ),
Por sua vez. as espttia DirrichUJ vÍJCOsa. QuercW" fagiMa e
Rub~ sp. ~ indicadoras de terrenosabandonadospela agnculrurae das. onde. apesar de serem mais secas no Verão.não sofrem de 3.\fnia
scjeuos agon a f1of"eslaç50. no periodo húmido.
A paw.gem da Glndan. é um sistema onde ressalta sempre a O pinheiro é o elemento essencial. como n30 podiadeiu r de ser.
diCOlOrJÚa entre 0$ tt"t'rc11O$ CU.IUV3dos e os terrenos ocupados por na composição da subunidade área de pinhal . emboraada vez mais se
pinhal , l~ ~ ser .vin o nws uma vez quando representamos as veja o aparecimento do eucalipto, à imagem do que ao:"'l~ um pouc~
relações dllwlUcas mau uJ ienles do sistema (Fig. 98). por lodo o pais. Como é uma espécie acidiflcame, o pmheiro conmbul
A topografia.. mesmo muito poucoacidentada. é fundamental na para O descnvolvimenlo da podzolização ao nfvel do solo e. em
determinaçlo da profundid3de da toalha freática. pela fon e permeá- consequência. da surraipa no horizonte B desse solo. Esla c:unada
bili~ das areIas do submato. Nu depres sões , a toalha freática esu endurecida. por seu lado. dificulta a penemção das raf~s das s..rvom.
~s PfÓ~ima da superfície e é favorável ao desenvolvimento das espé-
atrasando o seu desenvolvimento. Se se encontra mune pro.tunl da
cies r ultivadas, e~ regra. f~gens ou cereais. porque apenas explo-
superfície. podeaté dificultar o dcsenvoh'Í!JK'nto da veget.1Ção do sub-
ram a camada ma uSUperfiCial do solo. Mas esta toalha freática também bosque do pinhal e. como retarda a infihraç5.o da água. panedeSL1 pode
pode trazer problemas se o seu nível atinge ou ultrapassa a superflcíe perder-se para a atmosfera. ou escorrer. aumentando a erosão. e
do solo durante períodos longos. o que pode destruir essas mesmas contribuir para uma maior secura do solo.
O sub-bosque. outra componenlt:desta subunidade de paisagem.
cu1tu~. Acontece "? s I~ vemos mais húmidos e prolongados. em
é constituído. em regra. por espécies subarbustivas, o Mma.lo". onde
espectai nas áreas mars bau.as. Este ambiente é naturalmente desfavo-
dominam as urzes e o tojo, além de algumas Cis(jccas c mais uma ou
rável para 0$ pinheiros que urem vantagens das topografias mais eleva-
outra Leguminosa. Se dominam as urzes.o seu papel é semel~te aos
pinheiros. por contribuírempara a acidi~caç~o do solo.Se dommamas
Leguminosas então o solo podeser enriquecido,pelo menosem az.~o.
e a podzoli; ação é menos importante. A populaçllo local u~Z4
normalmente esta vcgeu çAo para 3 "cama" do gado. o que empo e
'"
o horizonte superficial dos solos do pinhal em matéria orgdnica. mesmo
que seja acidificante. e favorece a actuação de alguns processos
erosivos.como por exemptc o "splash",
O "mato" nos esubutcs vai sofrer uma primeira transfo rmaç ão
forçada. em direcção ao húmus. pela incorporaç ão dos dejec tos dos
animais e do seu pisote ic e será. a breve trecho. adicio nado 3 0 S solos
dos terreoos de cultura para o enriquecerem e equilibrarem. Estes, por
suJ. ...cz. alimenwn o gado. principal factor de prod ução desta subo
regj30.

~t ais complex a ~ .I paisagem da Se rra da 8 0a \ 'lage m . Há um


maior número de variáveis em jogo e o conjunto de relações e.por isso.
bastante mais diversificado. A sua estrutu ra pode ser, talvez. melhor
••
delineada através duma representação esq ue mática onde. embora
simplificadamentc. se salientam as ligações entre algumas variáveis
independentes. estnnu rames e as dependentes. ora estruturantes ora
funcionais (Fig. 99). •
Entre as variá,veis independent es des tacam -se li ~. que é
primordial e actua dicotomícamente atrav és do s calcári os e do s arenitos
e areias. a estDl!!l[jl gCQIÓgica, com um fone pape l sobre a mo rfologia
••
e O ~ . com acção especial sobre a vege taç ão. As outras variáv eis
estão. em maior ou menor gra u. dependentes das carac teríst icas destas. ••
A lilologia vai influenc iar directa me nte os três grupo s de variá.
veis: geomorfo lóg icas, pedológicas e â ortstícas .
Sobre os ~, quando as suas cama das são espe ssa.\ ezou
• •
resiSlentes à erosão , formam-se as comijas e as cristas ; també m silo eles
que proporcionam fonnas c ãrsíces . se o teo r em carbonatos é
relativamente elevado, e dão origem à formação de tufos calcári os. FiI ·99_MOlkIo~cbpaiurcmcbSernacbBolVi.&Jem
quando se reúnem as condições para isso. como por exemplo. quedas
de água. Pela frequência de fendas. algare s e galerias. é usual a pinheiro de Alepc. aqui introduzido quando foi feiu a pl2nl3Çio da
ocorrência de vales secos. Sendo simultaneam ente condicionadas pelo
pendor das camadas . õeseovolvem-se sobre esta rocha as escarpas e mata·O s ~ são favorhe is 10 descnvolvi~enl~ de vales
COSteiras d: que há exemplos relevan tes nesta Serra. O proce sso apertadas. em especial nos tramos inlennédios das bacl3:'hl(iro~
morfogenéllco de evolução de vertentes do tipo co lapso lateral verifica - dos cursos de água. por estarem longe do perfil regularizado . A lIWOC"
-se, também, sobre esta rocha, quando se co njugam declive ace ntuado pane das vezes. os arenitos ou as areias con~ uma ~ pacen~
e pendor das camadas ainda maior, mas de igual sentido . de fracção fina. o que favorece. cuo o declive o ~:a- o ~~'~~
Os solos são bem dife rentes dos prese ntes sobre as outras rocha s. vimen lo de processos eres rvcs, como I eSC'Offfnela. a creept II
510, em regra. po uco evolaj dcs e pouco espe ssos, barre ntos, bás icos.
reagem be ~ com o HCI e pertencem , norm almen te. ao agrupame nto raVjn~;%~'m. os solos que suponam sêo evolufdos. art'DOSOS..ácidos
das. Rendzinas. A vegetação espo ntânea é constitu fda, na gra nde ou neutros. não fazem reacção com o ~a e ~m ser Cambl5$olOl.
m~lona, por espécies de origem medit errânea, remi niscente s da mata Lavi ssclc s ou Podzóis . Quando o declive e m3l~ acen~. entio os
ong mal, sendo algumas del as calcrcolas. Calcícolo é, tam bém . o , solos são Rankers ou Cambi ssolos de apenas dois horizontes. A e C.

i
Estes solos induzem o aparecimento de espécies acidôfilas e. neste
caso. de eucaliptos que por sua vez também contribuem par:!o acentua r
das suas curacterfstícns.
A e$lru{u!jI "rn lógjcjl, através do pendor. determina a dissimet na
dos "ales e. através das frxturas e direcção das camadas, o tipo de
distribuiçlo das dolinas do cimo d:l.Serra, Tambéminfluencia o declive
das vereares. de modo que as viradas :I. Norte, a contrapendor. têm um
declive maior do que as viradas a Sul. a (avor do pendor.
Um fone declive é condição necessária para o desencadeamenm
de movimentosde vertente , como os deslizamentose os desabamentos.
~ pri ~cipa l mcnte no (u nd~ das vertentes que se vão acumular os
depé sitcs de vertente. conmbumdc munas vezes para a aquisição da
forma em berço por pane dos valeíros (1. TRICART, 1977. p. 197). ou
quando afeiçoados pelo homem. da fonna em fundo plano. ambos
favor1iveis 1 prática da agricultura. Esla actuação leva ao aumente do
pH dos solos e à proliferaç50 de espécies ruderais, mesmo que os
terrenos sejam abandonados. Muitos desses depósitos de vertente são
compostos por uma fracç ão grnsselra, cascalhema ou calhoema. o que
Fig. 100- RelaçOei dinâmica.! (puciai 5) nl pliu~m di Sem <!aBOlI Vilgml.
lhe confere um elevado grau de pedregosidade. Em qualquer caso, o (StIO a clu-io - efeito po!1lIVO; $lIO II IrOCt jGdo _ eteuo llCglllvO)
solo que comporta é. por definição. um fluvissolo.
O YmW. não obstante ser inl1uenciado. localmente e na sua favoráveis à agricultura ou à silvicultura. salvaguardada sempre a
velocidade. pela topografia. caso da Sem da Boa Viagem. pode ser erençãc que deve ser prestada à sua composiçãofisico-química.
considerado. na SU3 acç30 sobre a '·egelação. uma variã vel inde- Por isso mesmo é que os solos desenvolvidos directamente a
pendente. Pela SU:l. dominância do quadrante de Norte contribui para a partir dos calcários ou margas. se são Iavorãveis, 011 tQlemdos. em
inclinação das árvores e arbustos mais expostos. para o quadrante determinadas culturas, como por exemplo a. vin~a. 011 em cenas
oposto. Junto ao mar. por carregar partículas de sal. vai originar a espécies florestais. como por exemplo o Pi~lro ~ Alepo. os
exis t ência duma vegetação baixa. resistente a este factor limitante e por Ciprestes. o Ulmeiro e o Freixo, são desfavoráveis à m3lor. parte das
isso denominado de mato aero-halino. outras. O excesso de calcário activo. a freque~!e rocesidade n~s
Em sfntese. podemos concluir que a luologia tem influência calcáriose a can ificaçào que origina ~ absorçãorápida da.áS.ua..do
e até. esporadicamente. d3S prõprias plantas. üo !ImitaÇões
50;
essencialmente sobre as solos e a vegetação; a estrutura geológica. em
conjunto com a lilOlogia. influi sobre a morfologi.a e a maioria dos
processos morfogenéticos associados; o vento ecma sobre a vegetação. incre':~t:i=f~as;c:;~:;:\ cornijas nos calcários. forte ~Io
Tendo em atenção apenas três aspectos de possrvet usufruto desta declive que comportam. não pe"" i t~ m o desenvoivunenro e
paisagem. que são. no entanto, dos potencialmente mais viáveis e rmanência de solos espessos, nas comijas nem sequer de ~~
tradicionais. verifica-se que são a litologia e o vemo as componentes de : 10 e são portanto. adversos a um razoávelcresclme.nto das d '
partida de todo o conjunto de relações existentes (Fig. 100). Não' obst~te . pela beleza paisegfsuca que proporcionam. são os
Os arenitos. pelo material de alteração que fornecem. e as areias, elementos lúdicos mais imporUn~ da 5,e~~_ desde há mais de um
lapartida permeáveis. dãoorigem a solos espessos. após algum tempo Os calcários daSerra têm Sido exp OlilUU.S. . a coes-
de acruaç10pedogee énca. As mesmas razõespresidem aos depósitos século. paraa indústria do cimemc e da.ca1 h~dráu hc.a e ~ indúsuias
de vertente. quer desenvolvidos a partir dos arenitos ou mais frequen- uuç50 civil. Quer as pedreiras. pel~ polUiçãon sual. quer.onWs. sic
temente dos depósitos arenosos superiores, quer a partir dos calcários. referidas, pela polUição aunosfénca e soocra ~U\IÇ.Io civil
em especial no fundo de vertentes escarpadas. Estes solos são bastante desfavoráveis à prática do lazer nestaárea da Serra.
:o,
apesar de rudo. pe la me lhoria das vias de ci rculação. pela tentativa de q u e i~ fazer uso. Não significa que OS valores. limiares ou classes.

~~~~~I~ ~~ ~:~~a:ia
pari um aumento de fruição do lazer.
=: ~~j=~l~~dl~:~~=: escolhidos por nós. se apliquem de imedíaro a todos os casos. ~
porque esses val.ores ~~m do tipo de actividadea quese destinam.
e, ~esmo para Igual acuv~dade. esses valores nlo têm uma aplicação
a vemo ~ um faclor fks(avor.hel a al gum as actividades. co mo Universal, dependendomUlla s vezes dos objectivos pretendidos (fAD .
por uemplo 1 silvicu ltura. por rranspcrtar. por vc.zes. u i e po r soprar 1977. p. 8).
domi nan teme nte dum rumo, afecWKJo o crescimento das árvore s Na Agricultura e .Silvicullura tá variã veis fundamentais que
exposw . do lado de barlavento;como ao lazer, quando sopra a uma devem ser sempre analisadas. Por exemplo. o declive I! um faclOr
velocidaõeque o fOtn.1 desagradJvel.em especial a sotavento da Serra.
por normae na esll{lo balnear,na Figueira da f oz e em Buarcos.
controlador, especialmente quando há mecanização; mas também são
importantes a espessura do solo, a água, os nutrientes, o pH. a textura,
etc. (C. M ITCHEU., 199 1, p. 286). O uabalhoque apresentamOS dá uma
••
6.3 - Apli cabilidade
primeira ideia da distribuiçlo da maior pane destes factores e, se não
surge cartografada essa distribuição. pelo menos 510 indicadas as ••
Apesar da importincia das co mponentes variar consoante a
problemáticaparticular que. se estiver a analisar e 05 objectivos espe-
situações em que ocorremdeterminadasdas suas modalidades. sempre
que se verificam certas condições. Basta reconheceressas condições,
para se pode r prev er a ocorrência e caracte risticas daqueles factores .
••
cíficos que se pretendam aUnglr, em determinadas actuações na palsa·
gemo im porta conhecer aquelas que são mais determinantes no
Apesar de não ter sido feita. I! importante construir uma carta de
aptidões. ficando, no entanto. sempre subjacente ii esta decisão que ••
•••
equilíbrio do conjunto. pois a sua afectaçân pode levar ao desenca- aquelas não são permanentes. pois variam em função dos objectivos
oeamemc de processos de difkil controle. Por exemplo. nas dunas pretendidos. em especial quando se trata de espéciescultivadas. pan
nunca pode ser esquecida a cobertura vegetal que t a componente além de estarem dependentes de outros factores exógenos, como o
fundamenw da estabilidade daquele sistema; assim como na Serra da desenvolvimento tecnológico, alteraçãodos padrões de consumo,etc.
Boa Viagem se deve dar sempre importância à litclogia, com a qual se
relacionam e da qual dependem. muitas das outras componentes. quer
estruturais. quer funcionais.
No caso concreto desta área de estudo e pelo factO de ter sido
atingida pelo incéndio de 1993 que desuuiu grande paM da mala de
pinheiros das dunas e da mata da Serra da ,Boa Viagem. nela vão
••

Pelo método aplicado. este modo de abordagem da paisagem intervir técnicos de Silvicultura a quem poderiam ser prestáveis algu-
permitefornecer dados utilizáveis num ordenamento do território a mas das conclusões a que chegámos.
escalas médias de análise e de representação. ou seja. principalmente É conhecido o tipo de plantação le..-ada a cabo nas d.unas de
entre 1125 000 e 11100 000, eventualmente a escalas ainda inferiores. Quiaios. há mais de cinquenta anos, pelo,s Se~ iços Florestais e.que
Para escalas superiores. já serão exigidas análises mais pormenorizadas desempenhou bem o papel para o qual foi desu~ porém. a.diver-
e sistemãncas e. porventura. sobre áreas-amostra mais restritas. A sidade arbórea é muito baixa. ati porque .a andez do meio e a
própria escolha desw mM-amostra mais restritas, pode partir do uso inexistência de solo a mais não permitia: plOh.eiro. bravo na quase
do primeiro método. ao detectar mas-problema ou áreas com uma totalidade. alguns pinheiros mansos próxi?10 do litoral e a~~,:
grande diversidade e variabilidade de situações. a requererem estudos de
mais específicos. , té em
De qualquer modo, as variáveis analisadas e as suas modalid3des,
silo mdícações preciosas para muitos outros profísaionais que delas ~~~~' da mesma gcraçllo se podem verificar var1açOCs,. por e.w.emplo
entre o litoral e o interior, nalgumas das suas car.a~terist'casi c:-o na
riqueza em carbonatos e ~ pH do sol~: masemqU3.Isquer de Msiru::
... }" ~deesporOn perpendiculam. 1 Pf1iaedeenroeamenlOl
lIde.renl.el kx!liU>dinail. ~ l! 1Il n=lOlviôo o problema lb dimi nlliçlo de an=iu nu nítida Variaçlloi:rd~=sa;c:~~c;:c~:e~t~rto~
pn .... e do consequo:nll: recuo desw. por con lrarillf a dinl miCll nalun l delle l il l.ema
alwnente ener l t tico e inll!v el. de int.erflke. COIIltilllldo pelo mar.praia-duna prinWi a.
~;~~~~~i~~1I!5 em termosde espkies florestais. Noentanto.quesno-
namos se os técnicos encarregados da SUJ; rearboli z.açi o levarão isso
Se mpre:que possfvel deve-.SI: actuar com a Natureza e nllocontra
em conta ou mante rão a polftica duma plan taç30 prancameme monos -
a. Narureaa , Neste caso , a SOCiedade . a. rtIl!dio ou longo prazo. sai
pecífica. com lodos 0$ riscos daí decorrentes. onde. se incluem os sempre a perder. A Natureza n30 perdoa.
ioctndios noresws1 Ou vai-se &pro.. euar essa diy enidade geo-
Geralme~t e. as com ponerlles da paisagem que mais interessam to
ecológica pata se w 'f'Cnlficu o cobeno vegeul. introd uzindo fol~
Engenharia Civil sSo as de l.mbito geomorioló gico: tanto estruturais,
e outras resiOOSMnos me10S apropnados1 P MeCC'- OOS que esta med ida
co mo. por exemp lo a IItologla (substrato e depósitos superficiais), li.
seria mais racional e a paisagem dunar gan haria muito em todo s os
estratig rafia e as fonna s relevantes, como dinâmicas. onde se destacam
aspec~IO 1 Serra da Boa. Viagem ji foi tecido um comentário no
os proc essos mcrfogenéucos. São elas que muitas vezes põem em nsco
certas obras . ou encarecem-nas sobremaneira. PoreJ.emplo, no caso do
Ca p. J. ac:crea do tipo de. arbonzaçlo para ai projectado. Reforçare~. cimo da Serra da Boa. Viagem, ~á eco nómica e tecnicamente
no entan to, que as aJOl:hções pedoIógJcas e geom orfo lógicas õesc rua s recomendável propor , para uma das suas dolinas, a constru ção dum
parecem pmnitir a introdu ção de maior percen tage m de fo lhosas do
lago artificia l. para o qual bastaria que o seu fundo fosse "]-»] revestido
que aquela que lhe esu desn nada. As resinosas podenam do minar nas co m uma manga plástica ou compactado com um compactador
zonas mais baodaspelo vento. nomeadamente na parle barlavent o de
algu ns valeir05 que do aultnticos corredores eó licos e nas áreas de:
r
pneum álico (... (A. C.}.t. NORA, 1993. p. 72).e,
As componentes de ámbito pedo lógico e floristico wnbém 510,
solo mais ~Iético. nw. sempre que passiv ei em mistura co m por veze s. determinantes na localização de certos empreendimentos .
folhous. A aptidão lúdica d.1 $ernr. sai ria benefi ciada . porque, pela sua riqueza ou raridad e. pode m ser impediti vos à
Porém . como afmn1vamos acima. rudo depende dos objectiv e s instalação ou passagem dessas obras de Engenharia , assim estejam as
pretendi dos . Intere s.sa uma mata para prod.ução ou par a protecção ou autoridades respectivas sensibilizadu parat$!es problemas . Manchas
para lazer ou para todas esw funções conJugadas 1 Aqu i. pensam os e co nsti tuídas por vegetação natural , reminiscências daqu ilo que seria o
certame nte wnbém o pensanmos técni cos encarre g3dos do projecto. cobeno vegetal inalterado pelo homem. ou possuidoras de exemplares
que se pode m conjugar Iodasestas metas . E por que n ão um trech o d a de espéc ies raras em vias de extinção, deve riam ser preservadas de
Serra desunad c a um cccenc vege tal co m fins científko s1 Por exem- qualquer outro tipo de ocupaçll? De igua~ modo. os SOI.05 de elevada
plo, uma área de: mais diflcil acesso. ainda não ocupada por espéci es aptidão agrícola també m deveriam ser deixados eulustvamente para
invasoras. co mo as acácias e os eucalipt os e que seria dei xada a uma uso agrícola e só em situaç Ao de exlrema necessidade, e caso não
evoluç io natural . espontinca. poderi a ser de limitada co m esse fim, o hou vesse OU(f3alternativa. poderiam ser ocupados paraouuos usos,
que pmnitiria aco mpanhar a evo lução serial duma vegetação à partida

.
pirófila . Para o Turismo e Lazer. este tipo de estudos permite localizar ou

Esta maneira de anal isar a paisagem pode: serv ir a Engenh aria ,-, detectar aspectos morf olôgicos. florfsticos e chm ãticos passCveis de
serem apreci ados ou "gozados" pelas pessoas . Neste caso. mais do que
Civil. numa prime ira fase. por exempl o. li "{.•. }identificar ãreas-cxeve, nos cerres. essa apreciação é bastante subjec~va e dependen te da
as quais. por causa da sua import!ncia ou problemas. requerem estudos formação, do tipo de cu lrun. e dos valores estéticos que cada ~
específicos" (e. M ~ J 99I , p. 320 ). Numa seg unda fase , esta possui. Um trec ho escarp ado, rochoso. sem vegeuç30, pode ser depri-
pode mes mo servir-se daquelas análise s a fim de co nhece r o mod o me nte para umas pessoas e espec tacular .para. OIlU1l S; tal .como um
como func iona o meio, o que permne actu ar sobre este de aco rdo co m bosque denso pralicamente .impenetrável. dIversificado . atra1l1l1enç!O
a sua dinãm ica. Isto pos~ibiliu maior segurança e menores cus tos nos e a cu riosidade de quem u ver preocu pações ecologistas. mas ta Ll5a
~us empree ndimenrcs , po rque podem ser evnados muitos dos
problemas que surge m quando meios em estabilidade precária vão ser
alterad os, precisament e nas compo nentes-c have que mantêm aquel a
estabilidade. Em regra. li capacid.1de técnica actua l resolve estes
problemas. mas 1 custa de esforços e despesas supleme ntares que.
muiw vezes. não estav em previstO$.
m 113

repulsa e medo a quem pretira uma mata co m árvores altas, bem


separadas umas ~ ou~ e sem sub-bosq ue. Poré ~ . desde que a ~~~i~~e(~~~~~~;:u~~sse sentido. pcderâter ~rcuu6es
composiçllo. a íísíono rrua, ~ qualquc~ ou~ carac ten suca do trecho No segundo caso, como são dadas indicações sobre o funcio-
cm causa. .sejam suSCCptiVCIS de ~u~llar Interesse para uma grande namento do sistema complexo que c~ mpõe a paisagem. saberemos
parte da população. basta que seja feita a dev ida divulgação. para que onde e como actuar e quais as pcssrvets consequências da! advindas.
esse trecho se tome objecto de procura e usufruto. Deste modo. é possível prever. de ce~ maneira, a evolução do sim ma.
Já para as características climáticas há, regra geral. maior É evide nte q ue ~ sistema res.~en\ dlferenlemcnte. consoante 't ...1 as
concord1ncia nas preferências : as áreas menos batidas pelos vemos, suas c arac leríst~~as d~ es~b l h dade, às acções artifici~i s ou naturais que
mais soalheiras. com menores variações térmicase menos húmidas são agem sobre ele . ASSim. prever esta resposta ccosunn a base sobre a
as escolhid.1s. nos periodos de lazer; Recorde-se :1 vantagem da Praia de qual se desen volvem aurudes para com a natureza e a paisagem M

Quiaios relativamenteàs de Bl1:lJ'COSe Figueira da Foz. no que respeita (A. RAMOS & S. G. ALOl'o'ZO, 1985, p. 180).
ao veruo. É claro que não temos a pretensão de que um trabalho deste tipo
dê resposta cabal às necessidades de um planeador, em vias de agir
Este tipo de anâlise também pode ser usada nos estudos aro- sobre uma determinada paisagem. quanto às características bioflsicas
biente is.cm particular nos de impacte ambiental. desta. mas. se com este trabalho tivermos contribuído para uma
Permite, numa primeira fase. :1 definição das subunidades de transformação equilibrada desse trecho da Natureza. consideramos ter
paisagem. onde as características estruturais c. porventura. dinâmicas alcançado o nosso principa l objectivo: colaborar para um "diálogo" e
são uniformes. ou seja, a definiç ão das áreas onde a acçã o da mudan ça não para um "confront o" , entre a Natureza e o Homem.
dessas características será sentida do mesmo mod o. Assim. pode m se r
estabelecidas e cartografadas as áreas operacio nais de intervenção.
Numa segunda fase. pelo conhecimento não SÓ das variáveis
estruturais. mas. em especial, das variáveis influentes na mod ificação
das formas e processo s. é possív el conhecer a di nâmica da paisa gem .
As variáveis com maior peso nessa din âmica pode m variar em função
da acção a empreender na área e para a qual se pretend e det erm inar o
impacte ambie ntal. Só o conhecimento daquela dinâmica ..... permite
produzir documentos suscep uveu de responderem de modo prec iso às
questões postas pelos decísores face aos problemas do ambiente e do
ordenamento " (M. G UlGO et al., 199 1. p. 25).
Assim. este ripo de estudes. para além de ser capaz de prever .
parcialmente. a evolução das paisagens pela compree nsão da actuação
da sua dinâmica sobre as variá veis estruturais. pode fornecer as base s
canográ ficas e as linhas mestras. co m base nas quai s outros es pecia-
listas partirão para estudos de outro âmbi to, necessários à determinação
mais completa dos impactes ambie ntais em causa .

Como se pôde ver, o estudo eccl õgico da paisagem pode se r


usado, através da sua análise , por duas vias: a parti r dos se us dados
estruturais ou a partir dos seus dados dinâmicos. .
No primeiro caso. são 05 elemen tos mais ou menos heterog éneo s
que constituem um conjunt o visual unitário. mas cuj a organização
espacial pode fornecer indicaçõe s sobre uma pass ivei actuaç ão que.
CA RTOG RAFIA E . ·OT OGRAtlA DE APOIO
CartaAcrirola~~dePonupl - Ex. IIlS O'XI. Savlço dl:: Rec:olIIloa_
eOrdenarnmlo Ap:ário. foOwlL · ; 217. 211.219 .227. B.m.m.2JO.2J&.A.
139. 240. 2" 1. 249. 2SOe 2:l1
Carta Corocrifk::I oH Pon upl - &t. lISO000. 1 _ Gtov'f- e Dda&ml.
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SItD.TtlN.P. W.& WlJCtlL V.P . ( !9SJl-AJp«tfofw Mtw :PiJ:EwHl'licfto{
w~s.w...Porn.lal -i'olfU''"lft1rorMr.4IÚJ1Uic''''arrin.&uuu ''1llr
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"'#tU'CIlGNI~.Spnn.er-VerbJ.Berlin.pp.]30-)4().
ANEXO A - Ficha s dOll!evllntamentos de ca mpo
'" ••
O BSERV....ÇÃO •. • _ _
I. F1cha Gwmo rfológica
••

'_
I. ~
c~ .. N. _ _ """"' _
••
' '''''''-- - - - - - - - - - - - •
PoI.IOpOIr-====.,-,; ,; ;;;:======
2 A1ut"
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•••
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~ ~~U:'-============ ••
.1 Profundidado! ' ''''' _

7. f'tt!"MVtItt9mgrfpl<ttjm<
.t """"

.1Tipa;~;::::==========
' 0..u
.3 Áruafeaw
2 M oYimeolOl em musa

.1Tipo~~;::::==========
1. O rl U
.3 ÁrudcelAda

.] ....cumul~1o
,I Tipo
.2 Á~. ofecladl
2. fl cha Pedológica ANEXO 8 - Identincação dos p(lntos de il m~tflll l::em

o aSERVAÇÁOn- _ l.(}u na~ d e Qu la l~.

I . Olbato ~,rt&l

z. """"
l . Drroqrm _ _ " ~, . __ ~. Roços.

6. Prof.rodI.I dunl 7. PIn . a1 _ _ _ _

' · fafil·
....
... . . . ."
. @;i:-
H~. TUl "" I pH I C« I ül< I ,,", -

I I 1I I I I
s.:: ~ .•.~.
.
. ~ .",'9" lI!

''''''''''- 0- '
Io.ews.f~dotokl

2 - Gândara.

3. fl cha fl oristica

OBSEJlV. L" I EY<c1Es 1--< ...... ......... HertlI Tac. -.


"""""'"
----
o.r>l.CoIIJunLO
lO'

J - Serre da Boa vt agem. ANEXO C - Idenllncaçiio dll.., varlável s

. » .. _- -- ~ :;.; ..~.>aI ACU Acumulação (a~mc) I. Gla~i.dMle


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S. OullO
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3. $O. l 00 cm
4. • I00em

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l Rendúna
4. Au~iuolo
S.C&tllbi~
6. Luviuo\o
7.""'"
8. Gleiuo!o
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I. M.ua
COVEG Cobc:l1lIra do solo :. Cobcl1outlusli ~o



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3.Cobrrttll'lnbokeo
4, Cultum r. Norno
~. Ou~ 2. Em
1 Sul
4 , ~lc
I. O-20 m
2. ZO-50m FOVER Forma. da venerue
3. .50, 100 m I. Conveu
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) .Con....I~YI
4 . C6neIo \'OoC(lnYe'4
I.D- r S. RecuHDe.I
2. 3 - ~. 6. 111l!plar
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.. 16 . 30" , Leve
5. • )0* 2. Moderada

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3. ' -6

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I. O-S em
MOV~1 Mo vimm lO$cm lIIMU.
2. ' ·IDem I .R ~ r'Cl'ftJ!j
J.IO ·20cm 2. On lJ.UmmlO
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l. O-IDem
I. '
•• 2. IO- ~cm
3.+15= 2. 1 · )
3. 4-6
.. 7·10

• I. < O;S m
2. 0.2j· 0.5 m
J.O,, ·loO m
4. ,. I,Om
PERF Ptrlil do solo I. A-C
2. A·B-e
). A·E·B-C
ESPI Espcuun do IIorizonle inlCtnlátio I. O - IDe m 1. Con,1omrrmro
2. IO- 25 cm 2. Amloio
3. 2$ -.50cm J " rriloto
-I. • SOem 4. <:.ak».,ilitiolo
,.'"""""
PHA pH do horizonle A I. )". 4."
2. 4"· 5.4
ESTDV Eatrulllr.ldo dc:pÓ$ilOde verten te I. AbeN l, 5,$ · 6.4
2. ~mi · lbc:rta
4.6J .7.4
3. Ortoronglomeril U:1 S. 7,$ -I."
6. &j ·9.4
4. PiIBConllomcrálic~
PHC pH do horizonte C I. ]"".4.4
ESl1 EslJ\llUrado horil.QnICintcrmtdio I. Pan icular 2.4J . ',4
2. Agn:l ada J.5.5 ·6.4
3. Conc:m:ionad l
4. 6.5 ·7,4
' .7,5 . ...
6.8,5·9.4

I. 3..5. 4.4 TXTC TU lIlrJIdo homorne C


PHI pH do honzonte i.aumntdlo 1.An:llO$&
2. 4,5 ·5 A 2. AteOOofranca
3. '..5·6.4 l Frlllca
4. 6..5·7.4 .I, Arailo-arrnou
' . 7,5 ·8, 4 '· Argilma
6. 8..5·9.4
TX11 TU lIlrJIdo borllOllte intenntdio
t . """""
I. Fundo .x depreu.\o 2. Areno-fraIQ
2. Su~ 3. FrJIflQ
3. Cimo 4 , Arci~&tellOS&
.I . Vencnu: (ou flanco) ,. Al'JIlou

PROfT Pl"ofundicbde da 1000Ih.I fn:á lica I. c õ ü cm


2. so-
lOOcm
flORlsTICAS
3. > IOO cm

REAeA Rc...-ç1o do horizon te Ao comOHD I. Nula


2. Leve
3. Modenda
4 . Viu

REACC RcacçJo do bon ton te C com O HD I. Nula


2. leve
3. Moderada
4. Viv.

REACI RcacçAodo horizonte inlerm6;lio com HD I. Nula


2. leve
3. Moderada
4. Viva

ROCOS ROC<Micbdt t. O
2. I · )
3. 4 ·6
4. 7· 10

n PER Tipo de erm10 I. Nenhuma


2. Splu h
3. EIcon'fnciadi fuu
4 . Ravill&l1'lC'lllo
, . Eó l)ca
6. Outra

TXTA Textura do horizonte A I . An: nos.a

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2. Arc oo- rTalKa
3. Fronca
298

I..Ol"ET
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OXAI'C
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PHIA.'IlG~",""""L
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PlH.lL 0<L<aA<
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POLYGONACEAE
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P'lI'E.\
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L K1I'Ol.D1OAcrAE fftD...- AIZOACEAE


.<JSACEAE I'a'o ...
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CARYOPHYl.Ur. CEA E

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SiU>vL~ BItlt.
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UGl'),fl"óOSAE T"",
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VTfAoCEAE ....... ROI'l/'PI' ","'..m"",......"",,,,,,,,, (LI Hard:.
R"PUI ..... "'~OJ_ a.. )AlI

CRASSULACEAE
OUTRAS ESPtCIES REFERIDAS NO TEXTO
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EQL'ISETACEAE
MaJMJ~"i<1lBcrkh. Maeieifa
Eqouun.ooptW.sl" L. Pnvrsu pm iaJ (L I Baud. !"l::NI:pinI
PnvrlU Ipl llOJQ L. u p. ilUitiJioi<k, IFIe• .l Cout. ) Franro AbnllIhnro bn vo
SAUCACUf
LEGUML"ÕOSAE
SolUaJb<lL
ScJli.l "{WlU l.. 1'\(Q('lD rytVIOpIr, IID Und ley
Papwhuni, ra L Acoci<l rtlillOdnS<;h.I« hl
C,.'U"lI, randiflorw O. C.
MYRICACEAE CyrIJILIJlrlatus (HilI.) ROlhm.
Mtd ica, o/l'l'l'illal.,
Sla"rocffll l /"'" ' nW 10UUJ (Brot.) S.lllIp. u p.
I sp«/dbills{ WcbbI ROÚIm Tojol1lllllO
BETULACEAE Ulu Jt lU1UWelw.u Wcbb. Tojoda d1oV1l«.
Ult z mi"...~ L Tojo molar

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Viciasall' -a L. Ervil~"
300

OXAUDACEAE 301
RUBIACEAE
OUJIiJ{Jfl'P""G 1-
C'''''i4IuoIUl ' ''''' /l''''''L
GERAMA CUE RIl" "'pr,.., n.II4L. Grvu..d.Iprul
QrlllUbn""~pI_línru-
CONVOLVULACEAE
Rep" npim

EUPHORBlACEAE C4J'·~li.. u p i_ (Lj R. Br


C4J.vS
lt'i4.JOÚI<UIIlIDlL.I R. Br. T~in
COUvcmmnhl
BORAGISACEAE

Lú llodora pro J/fW4 lLoiICJ.)Grlle b. "'p. ptTm_

CAU.JTRJCHACEAE
TA.\f ARJCACEAf

UBIATAE
LnlfRACEAE
MrN1t4r'Dt1Utdl/f1li.tJ IL lHudson
Hon d l MmlUlJo
L..v-KI1ic.""" L TII)'IftW Olu L np . tyMnrU
(Hotfrnaa. &.Linkl Brot. u Coul.
OSAGRACEAE
SCROPHUlARIACEAE

Al\lIm'WI mtJjwL.'P_riI'rlu "".,.,


CMBELlJFERA.E (Wd u FICaIhoJfncIro
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v.. riluK'..... (iti,iDslUft Smtp
CnlJt.oow,o,~I........ L
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OROBAN'CHACEAE

Orobwtchlp•.,pfv raJ acq.


H.wiroctJf)u boo\cIvouUCornmer e. 1...aIn.
"'-'rIMCI'PaJIDWiJw. PLAI\TAGLNACEAE

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ERICACEAE PlaN.:J, o muc"'~:(J Poim

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P{tutl alO J, rmrit:lL
Enca ciÜtlris L
OIPSACACEAE
OlEA CEAE

PIIJ/y'tlSÚJlifoJi.tJ L
Ou " 'uroJKU tl L varo Iyl~tmu (Miller) ~Ilr. COMPOSITAE

APOCYNA(;EAf A."lworni:a bulbMtJ (L) CIU Condrillde o.O!ICÓlidel


VillclIdifformls PoIlrr. An,...iJid c""'fNJ/1i s L A,Mml'iI
8,lIu s.y/wllrisCyr. Marr lll dl do moolC
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CiJ/,nJ"la "'l!rIIJÍ«UtJ VIÜII...p. 41,arvWuis (Bolsa.) Nym.an
C4,w,I'J /l'JlI<UlicI'JRou)' ANEXO D
C4rl"",, (CIn...bomlL.
CIv)'JiJtlw ,""", ,")'CCttiJ' L. Olho de boi
CY"'lraItwmilis L. Alcac:htJfrado S.l o4o
i.n>Illodo-t14rru«Di.ks (Vill.I Mm.t
,,,bmu.., L.
útMtodoof
OUVll!rJ<l "",ri,,,,,,,, (LI Hoffm&ll&I U nk
PtJil,rr.is,pUttJJiJ(I...) CaSli.
Cotdeirinhos da praia
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MYOPORACEAE
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Fi, _U - ~l l tram~ l Ól' dunll atl llqu.uctramRnllI __._._ _ 108 Fi, ,,, - tadooa enlo ll&llCllltaob.u. GIndara.
FrequrntialblolutalUocapmundohori.lllrloeAIIOI IOIoa'lJ'ClIl.
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Fi, .2J _ ~lItr1111wnai lde"' _ do'"Tnqu lodeQllilKllM ..._-.--.._
Fi, _I' - Fr-equêrll;...bsoIuu dl$npCl1l1tudoahonzonlClK..... 40B .
Fi,. 2>l _ TlpOIdepctfil do solo _ o..nu deQl Wc. I I' pon. "' aoIoIalf'tllll:ldll'c "'l>kI.plClIllldaa.lII~ ._~_ I~
Fi,.:.s _ Úf'nlllnl do lOlo lW Ducw de Qllw,x 116 Fil ·.l6 - Frcqubciaa abaol_oopHlIOIhonzonlC.A eBdoaoololda
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Fil Z6 - VlInIÇIo do 1° Qurul di MNlInI r do:r Qv.IroI di frcqutl'C II
oopH. rm rdlÇlot~k:JpoJrU"lC.ocu paoU prIolKllol.I\II ",_.17 - DiOlrib<Dçlo40p H doboriZOllll:AdoIaoIoIdaOlnd.ara.- m
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Fi, _27 _ PHdoI .... ~ DurLIIÓl' Qu.ilQ lIoJ cnsracl1mcodrdu ......_ _ II ! Fi, .1 9 - OilUlbulÇlodolllpoldc lOlou.iru-wnoatradaGiDd.anr.
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RacçIo oo llJk)com oHa _0\arL»Ól' Q.Ii.IOOIlIll c::!UQc1lmco

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Cambiualo_loW dc -.m ~ lIQ n_ s..t IUo Glndara

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Filo)) - Solo <ill du.a.zsdoTnln,ulo drQui&io\.lIOloaI de arnosln JC11l Fil .58 _ 0i0lribuiçiocbadoli... IIISmada8oloV~_ _- '"
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Fi,,9 - PcmlkJnJilUdlnaldoV.doRnpUadounl - - - -
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Fi, ,3' _ SoIop:01zoldudunudeQllWOlinw1Illli,4l. IIOloeaIdea- Fil . 6 1 - EW>luçJodoproçeaoo dc~blenlpr6WDf1du"'''-daI dc
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Fil . 31 - Oiombuiçlo <iii dcpm.1On i~lIrwa com Ycie1aÇlo hclb'cea. Fi, 63 _ ApedR-JO'ÍdIdCdoIlOa da Scm da&.V...,rrn. ._ - - 191
1W00 deQlliaiol _ _ •._ _._ .• 133
Fil . 64 _ A ~ doa ..-.lolodaScmdaB<.ViaJcm ---- L9'9
Fil. 38 - VanlÇlo di fonTll doi pinhcll'Ol <iii Dunu de QlIWos, consoan le
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o pe-rímeuo il .l lura OOprilO.-. ... 137 Fil .66 _ AeapcuunodollOloa da.Sm:a da 8oll V iqem-- - - - '"
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Fil . 39 - DechYCImedidol llOlponI Ol amosn dl Glndata .._.... 1.1
Fi" 40 _ Elboço aeomono l6p:o da m . -amosn da Olodl:;L . 143 Fil ·67 -
112
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Fi, . 68 _ VariaçiodopHdobarilOllfCA_lOk»daSrnada8olVi.l~m 203 Fi, . 90 - Gntfo du c:om:laçllclna SeITId.:l&.V i1i crn 249
Fi, .69 _ Rr IaçJo enue o pH. • rochll-mkc:ousooolOlo.n.aScrnd.o.8OlI Fil. 9 1 - Satu.rI.ÇOes c alOfdc~ du componc nlelptlncipai llcopedol6-
Vialnn _ .._ - - - - - - _ . _ ._ _._ _...•._.....- ~ "CU da SeIT1.da Boa V l&~m _••.__ ~ _._._. __ 2S1
Fi. , 70 _ VaraçJo da reacç&o ~ o kido c1aridnco do horizonte A ROI
soloIda Serrada 801 vsqem ._.__..__.._ ~ I. R,.92 - Projecçlo em planof"'tonaldos flCtom leopedo ló'lCOIl e2na
Sem. da Boa V cm _ _ _ .._ _.._ _ _._. 2S3
Fi• . 71 _ Qu.I.l(~doI soloI llI San da Do. Via'c rn _ _ _ __ _ 206 Fi, 93 - ~e~dalcomponcnlClpnncipll l da ve gclaÇlo
da SeIT1.da Boa VI&'em ._ . ._.•• .._ _••••_ ••_ _._. ~
FiI_12 -~dItIlldo;-. OIolimllesd.u "an.f.""lSan~UItO-
cntACW . ._._ 207 Fi, . 94 - ~;ecç1o cm pl. lIOfac,ulllal du Utllraçllet das vm h clt florfl-
tlc:asdaSern.da8ol.VIlIfm,panlOlfaetorts l e l ._ .._.•_.__ 1S.5
F,, _73 _ Solo llpo Rend.UM, tobfe cakánOl. ~ado no local 108. ~
SftnI da a..VIaJCftl--_ _. ._. .__._ 208 Fi,.9.5 - ProjeeçlononJ*ioflC1orialdefinidopclol faetorel~ 1
c 2. du ~ _ llIIida<Dde l.lllOlUlJC1ll daSernodab
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Io;aIde~m 1" 9, da Sunda eo.. VuJeftl .._ ZOO
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Fi, .96 - Gnfo .w lilaçOes entre Ol flelOfa ~olóIW:l> pcdoI6siall
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Fi, . 97 - Rc bç6el din1mius III paisqem du DutI&I de QuW<._ h _ o 160


f l, _76 - A u,, ~ tObr'c ~ llO kluIde an'lOlll'll~m 80 210
Fi, .98 .. Relaç(lell duWniea$ llI ~ da OWan. 263
Fi,_TI - IUnUr lObRunuI4I lIOloealde .amowa,nn90 ._ 211
Fi,.99 .. ~l ode loelU\ll ural da pau.a.gern da Sern. da Boa V lAlC l!I _ _ 16..5
Fi, 78 - Vc!oadade mt.m do YaIIO. rda", ao rnhimo ~c:m CId.õI
Fi, . 100 - ReI:açllci d,nSmiul l p.rc ili,) n. p....,e m d. Scrn .n Bo.
cWIdclDCdlçOet.m1~C:p;lJ":bues .pu;t.&lgunspocllOl Vi.l;cm. ..... 161
da San lk 801 Vi.lfrn' c Imn1i.lu proulJ1i<bdc._ . ...._.. : 24

Fi. , 79 - DIro:çIo <b venIOf 60nuMnIes na Sem da Boa Vl.1g'ell1 com base
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NISO - VrnlOldomuwll« noValcdt:Anl.l..SundaBoaV"Y~m . __ _ 229

Fi• . I I - Vanaçloda ~locicbdedoftnlo~lonr:od.a ' ~llfCdo Monlc


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Vi.a~m. DlIm deunn inado momenlO •...__ 230

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Fi, . S) .. S&l~ eeoordetlld.uduqlWl'OeolTlJ'OlXntes prilK"ipai.du
I:>unüde QuIl>Ol. . ..__..._ ._ ._.__ .•._ 236
Fi, . se - f'ro:IK'çlo du wUdadeIde &lIlOWõI gcm du Dun.u de Qu iaiOl. !IO
cl~ faaoml definJdo pdOl flCtCll'n Iez 238
Fi, . 8.5 - Grafo du COI'nIlçõe:s clllm as Vard VC11da G1ncbn. _ .............. 24\
Fi, . 86 - Pro~1o cm pllno du nn.t~is ,eopedológicu &llI1 isadas. pd all
~lurlÇOel dof; doU fle lorCl principais . 11.I G!ndIrI .._.... 244
R,. 87 - Projccç io cm plano factOrial_ IannçOrl dai v.,-dveil florl UICall
da G1nd1n. lII)5 doil fletort.~ .._ ~.. .................. 24.5
Fig. 88 - Projccçl o dll lInidldc , de . mom agcrn d. Ol ndar• • no elp.ço
fat lOlÍal de finido pt lOl flttOfel1 e2 daveaebçkl ..... 246
Fig. 89 - ReJllli'6elen tre Ol faelor« princip. il nIl GAndlll'l.... 248
l" Dl CE OOS QUADROS

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Quadro 2 - Tabe'Ia 6e c' -r.t:.çIa qundootlldoce6eSecuno6eGilalllbc .6
Quadro ) - lIIf1iCQ mensail6e~I*1 .. ~clcrefem.na _ .7
Quadro 40 _ W.u XmMbmico de Gauuen pen u eslaÇ6elCOftS~ _ ....

QuadroS _ ClaniflCflljkldJiln~pclo.~Biocli~ _ 49
~6 _ CWsifiçaçlodunuçfladlife&'WJllndtiommoodeThom-
th"' .J1e·M alhcr ~.~ .....•._. . ~.___ se
QlJadrol _ DaLUdoinícioefimdopetfodomlnilllO liv~de~._._. SI
QlJadro8 _ Invent.1rioscfCO;:luadolrwdun",oblfqlWduDunas6eQuili", 131
QUldro 9 _ I n ~n l:lriOl ~aliudo& nU <kpm.IoÕe. imcrdur=es c l uperfleics
pl. nu das Duna> de Quiai"" .~.~_ .•.•. .•_~_.~ ......•~~.~ _.... 1).4

Quad ro 10 _ ln . cnl.:irio l decluldos no "'Triln,ulo de Quiai"'- (Ounll de


QuilÍOll .... ~_ .._ .·._· __ ~ .._··_··__ ····~ _
Q uadr o II _ Pufil. espe ssura. pH c c1ll1ifLCIÇIodoIlDloa Ill.s!iudol III
G1nda:a ~__ m
Quadro12 _ InvenUrioltc.lliudolnnpin/wldlG1Ddlrl - - - 1"
QuIdro Il _ In~ rcaliudoI cm P'nhail DI.llr1ln cula.P>l ll& GiNarI IS8
~I" _ DlIncll5Õeldu clolmudlSnr.oda8oloV~ --- 1.1
Quadro IS _ Dilb"Íbu~d05 a.-de~pomorl"~ohcn"
~KgunOoolipode'~.IlaScmtdaBoaV"" - 191

QuI&\'II6 _o.Wlt:uiçJodolCllOtde~~"""""'"
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QuIdroll-~:~.~~~ 196

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Quadro 18 _ BoaV.. cnl~__....._
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Quadro l9 - ~::=.dI~V=:~...:"~~~ 197


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Qudro20 - In..endriol do II\&lD bai&o-.no-lLalillO110 Cabo M<loIWXIO .. 2U
Quadro 21 - 1lI-.e'"'nott:mpi.uw.br.a\'OllcmiSlOl na~""dl8OIlVi.~m 21'
Quadro n - ln . nJdIiol; cm cu<;&/ipWl n.:r. San di ao. Viagem __.__..••_. 216

~ 23 - ID"CnWio. ~~ladoa cm ptnll.lll de Alepo e pinha l nWIIlO na


Sa'n cU ao. VI.I~m _._. ... ..• 2 17

Quadro 2" - la\'ftlW- cm "eas de mato na Sem da Boa Viagcm._ _ _ 21B


t'ODlCE DAS ESTA ~IPAS
Quadro 23 - Invadriot cm~» mi pousio !UI SefJ'I d.lIBoa Vi.I,nn ._ •.._ :no
Qu.Id:ro 26 - III"m Wiol tCllOt cm lefn/lOI euJn "~ na Serra da Boa Vi:1l.

Quadro Z7 -
.... - - - - - - . - - - . ._ ..
Vclocidair méd.a<lo" CDCO, cm pen:mtllICm, rdall"~nlC ~
• 221
Eil . I·A - Dun. primúia dewu lda. cm fretlt.r .l.Praiade Qui.aiol_ _
"..
112.113
mUuao R'&isWo 1M! ca.:b dia de rnc:c1iç6n.. pan a1pnt poIlwt E.s1_I·B - DunaprimMia na GeKmboad un da VIh da u "adla, . Nonc
di ire. lk atudo ._ _..._ _.... :!1J dlCoWnb.a .--..- .- 112. 1\3
Quadro~ - Mtcb.a_ ...uo.n<X~~~:lodomú.imort,i~ Esl.1-e-Crisu de~duclunu~ nnalll&aaocom as tblal
cm cada oWde medjç6u cm a1ru ns pontal da.tn:. de es rudo ... 231 m..... antips do Triin gulo deQu LJ.iot,. . esqumia _ 112·113
~ 29 - MI ln I de l;1)t1 làdhriu 4;, uni<bOc, de arnoslr:r.,cm d. Gi n. Esl. 1· 0 - ~ intaduRM. li&' dunas obUq..... ~I&!menu: eobma
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Eu. I I · B-~daesconénc .. no fbneodclll1lll dlllll.obllqu.a._ _
Est. 11-C - Rep $Olo nu l1unu obllquu _

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Est. 1I·0 - Soloem deprnüo Inu:rd\uw . tolII pmnantnciaaporidlc:a de

Eu . III· A - Trecho da G.indm. pró~11nlI dal laroas (Camuçiol _

Est. UI·B - Trrdlo da Glndua mais p.ra o i/lleriex (Amaro de Sual _


Es1. IlI-C _Val edaVabdaVel", j 1l5ll11 ede~ ._
Es1. III-D _ Solo Podwl na G1ndarI. 1Obpinhal _

Est. IV.A _ 0epreui0 percorrida pela \l ala ela Lavad1J.~~R' ~ W


Braças e I Lagoa do PaIIW,IlUITIln>emo "IlUmi6o _••_ _.-
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EsI. IV-B _ A ma m. deprest.kl nurn ln"tmO ~R • _
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E.sI.. IV-C_ValedeAnl&,SmadaBOll V~ DOM!dOI'iJuenntdõo,en~
comiJu _ _ ~._ __._. __ _ ..
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1 ~ g.. I ~

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ESI. V.A _ EscarpIc d. Bandeira rilUl do Monle Redondo.•.. ..
168·]69

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Eol VI_'" - OepóIllOde V(""nIC do Cabo M<>n<kI O. I NoIte da ea.... doi


eop_1oI __ _ __ _........ l llO-l81
Ea V I. B-~deVencnlC'du TeilOOkl.junlOao~ TcilTlOlO.
V&lli __•• __ __ __ _.......... lllO-lB I
EsL Vl-e .. up'" .cmi~nlC'(TadOf.. 110ç imo da ~lTI da a.. Vi'lcm.•
EJIeda B.andrl~ ..__. ....._ .... •••_ 180-1111

ER. Vl· 0 _Lapiú no amo da S&l~ pR'Cndlidol por dep6&iIQqll.ll'- i:"oiDICE GERAL
~lJOIoKtro .__. _

Esc. v n· A .. Dohnu pandcli cm fllllil.


BoIV"rIl
lia FOlllCda Espinhcira. Sema da
.__• \9l). 191
PREFÁCIO_. _ "r
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EN VII·8 .. Sequbo:iIo de pequm&J Oolius anlllnil. juncoao B~ro.
Sm1IdaBol.Vial=' . ]9l).191
I _1~"TltODUÇÁO _ . _ _ II
1.I -E.'1QUADRA.'-tE."'íTOnO RlCO.. II
EIl. VlI-C-Doüa.a.abnupor.:olapso,DOInvanodc 1991·92,. SW da
Budttra ._. 190-191 1.1.I-Objecu"Ol_
1.2 - OBJECTIVOSE APRESE.
1.2.2 - Âre~de estudo
""'AÇÁO DA ÁREADE ESll."OO__ 2J
2J
2.5
EIl. vn·D .. OOpol de ra";llIIlW M.,:u c MMIU CalárW de: B ~~
1~V.·domaroo~~meein . -. - 190-19 1 ~

Esc.vnl·A .. Oql6IlIo de 'enence . fOllllado por colapso Wenl. num;, Nr-


mradaeAl'llll..B~-AlhadaIdefWlio . ._ ~_2Q9
""
II
Est.vm·s .. Pormmat da me- barn,n. com '" fn.rmenlOi aIdrioI
~ -o
ml""'dee.imn ~.209
QUADRONA Th"'RALDA ÁREA DEESTUOO1 _
"
2.I-CUMA~=::::::======== ""
&l. VIII-C - TllfOl «k__ cm ronnaç60 DOf...!>dodo u le da Rit>' de
Qu...... . IllOIltaIlU'docemiltriode QuWoI . :zo&.2Q9 2.1.I _Coa te.u odi.múiro

Est. \1 ll· D_SoIotipo Rcndzm&.julllOaoFarol :-lo "o ~W9


2.I.2 -B ioelillWO!olia
2.2 _ uroLOGIA E TECrO:"IICA
"
53

~:i~ = ~'::~~ ~
EIl. IX.A -C.ambIuoIoclk'ico.llO_wpmordavaklkAnt.I. _._.__ 2JO.131
EK.lX·B- M~KfO-h&Iino.uncdí.awDenleabai10do FarolN<no ~»13 1
2.2J- ÚlnllUnlplI6giQ
EK.lX-C - Prnh&lllO Vale da Rnplfadouro .

EK. IX·D - Z&mbu,ew r~ pelo - . junco ii pedreinl aetu.>I da Cabo


.__ .. :»-23 1
2.J _ ~~~=~IE_~~~AA
2.32-Hidrogni I.. ._. _
E
MondeJO ._ . ...._ .• ~JO. l3l

2.4 _ SOLOSE VEGETAÇÃO.- --.- - -- - ::


2..sI-SOIos _ ._.. ~_._._ .• S1
2 .42 -Vel~ _·----_·---------

3 _ CARACIERIZAÇÃO BIOf1SICA DAS DUNAS DE QUlA10S- - on


~.~. =~~~~ciAçÁõED"j5iiüBüiÇÁo DAS COMPO~"E....m
ANAUSAD AS•.__.__••._ . _ . _ - - ; - · _ _ _ _ _ _ _
99
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3 2 2 - Comporx nlQ pedolós:KU _••••_ _ II } ANEXOS...
- \lari'~e'J anaIJUdu _ 114
_SoIoI.t,po . _ _ _..__ ••••..._ 120
3 2..3- Componm tU nariJlj,;.. ._.._....•_ _ __...._ _ 124 lNDICE DAS flG URAS.._
.......................................-_._ 309
-Ve~JodldunaP"l Il\Úl. _.:-._ _.•••_•...._ 126
ISOlCE OOS QUADROS

..
- Ve~ dIIdlllWS«Wldúi _ _... 130 ............ Jlj

....
l:-:DICE DAS ESTAMPAS
4 _ CARACTEJUZAÇAO BIOF1s lCA DA GÁ.'iOARA _•...._ ••.•__ _.... 139
41 -A PAlSAGE.\l .._.._ ••.... _ _ •... 139
4 ~ - CARACTUlZAÇAO E DISTlI:IBUIÇAO DAS CO.\lPOr; E,.'iTES
.....
'iA USAOAS.

-PJoo:nK.I!KIIf~ ..__
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..:.:_ Componenln ~ , _..__.._._._


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.. 2.3 - Compone_ tlon:JlKas _ .__ _

5 -CARAClU:IZAÇÃO BIOFlSICA DA SERRA DA BOA VIAGE.\I.••._...


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5.2.2 - ComponmIQ pedoi6pcas_ _._ ...._
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207
211
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5.:... - topocllln·toloca _ _ _ _ _ _._ 221
••
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6 - D1:'olÁ.\IICA DA PAISAGEM. 5LVI'ESE E CO~CLUSÃO _ _._ ... 2JJ
6.1 - RELACIO:iAÇAO ENTRE AS VARIÁV85
6. 1.1 - 0u 1\lJ de Quiltol _._ .._
6.1.2 _ Glndani _ •._ _•._ _
__
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_.....................
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233
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_ :~~_~~~~~_-::::~-:::::::::::::: ~; /

•••
6.2
6.3 .. APUCA BlUDADE.••••._ _ _.... 268

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CARTOGRAFIA E FOTOGRAFIADE APOIO
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REfER ~,"CIAS BIBUOGRÁnCAS


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