Modelo perfeito de recursos humanos "RH"​ em uma empresa.

Modelo perfeito de recursos humanos "RH" em uma empresa.

Quais seriam as melhores práticas de gestão de um RH e como elas podem ganhar vida dentro do negócio?

1. Contrate gente com aderência à cultura

A contratação é um dos processos mais importantes. Ela determina os profissionais que farão parte da empresa e, portanto, modela a força de trabalho. No entanto, gestores erram ao considerar apenas as competências técnicas e deixar de lado as questões comportamentais.

Tendo isso em vista, é importante contratar gente com perfil comportamental alinhado à cultura organizacional. Por exemplo, se tem uma cultura inovadora, é preciso buscar por gente que pense “fora da caixa”. Do contrário, é provável que o recém-contratado não tenha aderência ao trabalho.

Há muitas estratégias para avaliar essa afinidade (também chamada de fit cultural). Por exemplo, é possível realizar testes de análise de perfil comportamental, dinâmicas em grupo, provas de conhecimentos específicos e entrevistas direcionadas. Portanto, vale a pena investir no assunto.

2. Ofereça feedbacks consistentes e equilibrados

feedback é uma prática realmente importante, mas comumente deixada em segundo plano. Como muitos gestores têm medo de oferecer retornos negativos aos subordinados, a prática vai sendo protelada e, no fim das contas, nunca acontece — um erro enorme.

É papel do gestor oferecer bons feedbacks, pois, assim, os profissionais podem identificar suas forças e fraquezas, bem como melhorar continuamente. Um bom feedback deve ser:

  • claro;
  • consistente;
  • equilibrado (tratar dos erros e acertos dos talentos);
  • construtivo.

Na verdade, esse retorno de informação deve fazer parte da rotina de trabalho. De tempos em tempos, o superior imediato ou gestor de RH deve conversar com os profissionais para indicar o que está indo bem (e deve ser mantido) e o que precisa melhorar.

3. Forme times de alta performance

Para atingir os resultados rotineiros, basta contar com grupos de trabalho. No entanto, se quer obter resultados fora do lugar-comum, é preciso investir na formação de times de alta performance. Isto é, um conjunto de pessoas íntegras, hábeis, motivadas e alinhadas.

A formação de times começa na contratação, ao selecionar gente com aderência à cultura. Passa ainda por programas de integração, treinamento e desenvolvimento. O desafio é fazer com que, dotados de competências únicas, os colaboradores se enxerguem como um só time.

Uma boa ideia é investir em programas de team building (em tradução livre: formação de equipes). Consiste em desafios e dinâmicas, como canoagem ou arborismo, capazes de dar “asas” ao espírito de equipe e fazer com que os profissionais trabalhem em conjunto.

4. Monitore os indicadores de desempenho

As atuais práticas de gestão de RH precisam ser subsidiadas em dados e informações reais. Não basta decidir com base na intuição ou experiências passadas, pois tudo está mudando rápido e o gestor não pode se dar ao luxo de errar. Para tanto, os indicadores ajudam muito.

Em resumo, os indicadores (também chamados de KPIs) funcionam como uma bússola. Eles determinam se o time está na direção certa e se os resultados até então alcançados são satisfatórios. Dessa forma, o gestor pode corrigir sua “rota” e garantir ótimos resultados.

O desafio é que existem muitos indicadores, sendo quase impossível acompanhar todos. Com isso em mente, cabe ao líder definir um conjunto de KPIs alinhados ao seu interesse. Se o objetivo é aumentar a produtividade, faz sentido mensurar a assiduidade e a performance do time.

5. Promova programas de treinamento

Por mais talentoso que um atleta seja, caso fique anos sem treinar, é provável que tenha um desempenho baixíssimo e perca até para atletas amadores. Dentro da empresa, não é diferente: se o time não é treinado, pode render muito menos que o desejado e afetar toda a organização.

Por esse motivo, uma das melhores — e principais — práticas de RH é promover ótimos programas de treinamento e desenvolvimento. Os profissionais precisam ser aprimorados para que alcancem suas metas e entreguem resultados que superem as expectativas.

A definição de um programa de treinamento, no entanto, deve ser apoiada em análises do atual conjunto dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais. É preciso verificar quais competências estão atrofiadas para, então, desenvolvê-las com acerto.

6. Invista na qualidade de vida no trabalho

Por vezes, a qualidade de vida no trabalho é um tema deixado em segundo plano e, nesses casos, os gestores dão pouca atenção ao assunto. O problema é que, sem bem-estar, os profissionais tendem a ficar insatisfeitos, render menos e, quando possível, migrar para a concorrência.

Por outro lado, um estudo da Sodexo aponta os benefícios de investir no bem-estar do time. Quando há qualidade de vida, os colaboradores trabalham com maior empenho e entregam melhores resultados, o que resulta em ganhos de produtividade e rentabilidade.

Investir na qualidade de vida depende de muitas coisas, como avaliar os aspectos básicos do ambiente de trabalho — luminosidade e temperatura, por exemplo. Incentivar a prática de exercícios físicos e investir em horários flexíveis também são ações que podem ajudar muito.

Essas são algumas das melhores práticas da gestão de RH. Como vimos, é preciso contratar gente talentosa, oferecer feedbacks consistentes, monitorar os resultados alcançados, oferecer programas de treinamentos de ponta e investir no bem-estar. Assim, todos saem beneficiados.

É importante lembrar ainda que o trabalho diário não é sobre lucro ou rentabilidade, mas sobre propósito. O ótimo desempenho financeiro é uma consequência da disposição e do acerto da equipe, e não o objeto principal. Logo, o time deve ser motivado com um propósito grande e inspirador. Do operário ao CEO, todos devem abraçar a missão da organização.




Entre para ver ou adicionar um comentário