COMO O FARMACÊUTICO CONTRIBUI PARA A SAÚDE MENTAL DO PACIENTE

A relação do farmacêutico com pacientes acometidos por transtornos mentais é fundamental

De modo geral, a atenção farmacêutica, o amparo terapêutico e a escuta qualificada são as bases das atividades desenvolvidas diariamente pelo farmacêutico. Assim, é possível concluir que esse profissional atua também em prol da saúde mental dos pacientes.

A contribuição do farmacêutico nesse segmento da saúde vem se destacando cada vez mais em virtude da pandemia de covid-19, momento no qual presenciamos o aumento de 17% na venda de antidepressivos e estabilizadores de humor no Brasil. O dado faz parte de um levantamento do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que mostra que quase 100 milhões de caixas de medicamentos controlados foram vendidos no país durante todo o ano de 2020.

A RELAÇÃO DO FARMACÊUTICO COM O PACIENTE ACOMETIDO POR TRANSTORNOS MENTAIS

Grande parte dos pacientes acometidos por transtornos mentais faz uso de medicamentos indispensáveis e por períodos prolongados, por isso é importante que essas pessoas tenham uma assistência farmacêutica eficaz para dar segmento ao tratamento e obter o melhor resultado.

Para uma abordagem efetiva nesses casos, o profissional farmacêutico deve esclarecer o paciente sobre a importância de utilizar aquele medicamento, além de orientar a respeito do uso correto do fármaco. Essas ações contemplam a assistência farmacêutica e fazem parte da integração entre farmacêutico e médico, tão importante para a adesão do paciente ao tratamento. (Veja mais sobre o assunto na matéria "O papel do farmacêutico na adesão ao tratamento".)

O FARMACÊUTICO COMO PARTE DA EQUIPE DE SAÚDE MENTAL

Como mencionado acima, a medicação, além de outras terapias, faz parte da vida da pessoa com transtorno mental, e o acompanhamento dos efeitos farmacológicos e de sua efetividade constitui também uma das responsabilidades do farmacêutico.

Como é de grande conhecimento, alguns desses remédios podem causar efeitos adversos que dificultam a adesão do paciente ao tratamento. Esses indivíduos também estão mais propensos a erros de medicação e à não aceitação da terapia.

Tendo essas informações em vista, é fundamental a atuação do profissional farmacêutico qualificado nessa área, a fim de melhor orientar a equipe multidisciplinar, o paciente e seus familiares, prestando atenção e assistência farmacêutica. Dessa forma, o farmacêutico é parte importante dessa equipe, já que pode contribuir com seus diversos conhecimentos, por exemplo, em Farmacologia, Fisiologia, Química e Gestão Farmacêutica.

Somados às habilidades desenvolvidas na área de saúde mental, esses conhecimentos tornam possível a realização de atividades como escuta qualificada, acolhimento, intervenção em crise e práticas integrativas.

CUIDADOS ADICIONAIS COM PACIENTES EM TRATAMENTO DE TRANSTORNOS MENTAIS

Nos casos de medicamentos tarjados, a exemplo dos psicotrópicos, o farmacêutico deve ter alguns cuidados adicionais, como:

• Questionar se o paciente utiliza outros medicamentos, a fim de avaliar potenciais interações;
• Orientar quanto ao horário correto de administração de todos os medicamentos, procurando adequar os horários das medicações prescritas no receituário em questão.

O farmacêutico deve ainda redobrar a atenção aos pacientes especiais, como idosos, gestantes, lactantes ou crianças. Nesses casos, é importante orientar o uso de cores ou texturas diferentes que podem ser feitas na embalagem do medicamento, a fim de melhorar a identificação e evitar risco de confundir com outro remédio.

Pessoas sob tratamento para depressão e outros transtornos mentais entram e saem das farmácias todos os dias. Por isso, é importante que o farmacêutico esteja ciente de sua valiosa contribuição para a promoção da saúde mental.

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Fonte 01 | Fonte 02 | Fonte 03 | Fonte 04 - Acesso em 10/05/2021