Vítor Baía foi um dos melhores goleiros do início dos anos 90 e chegou ao Barcelona em 1996, em uma contratação de repercussão comparada na época à de Ronaldo Nazário.
O tempo colocaria todos no seu lugar, embora o goleiro voltasse a Portugal e continuasse conquistando títulos em seu país.
Em declarações a 'Porto TV', o ex-jogador não hesitou em falar que acredita ser o melhor goleiro da história de Portugal.
"Quem foi o melhor de sempre? Não há dúvida nenhuma... (risos) Para sermos simpáticos e politicamente corretos temos de ter algum cuidado quando abordamos este género de temas, mas com a minha idade e a minha experiência, depois de tudo o que vi até hoje, não tenho dúvida absolutamente nenhuma em relação a isso. Já cansa de ouvir o que algumas vezes ouvimos, porque há gerações que não nos viram jogar e não têm noção daquilo que era o nosso valor", afirmou o ex-goleiro.
Embora tenha conquistado títulos em Barcelona, Vítor Baía nunca alcançou o nível esperado, mas retomou seus melhores desempenhos depois de voltar ao Porto. Especialmente por José Mourinho.
"Destaco Artur Jorge, por ter apostado num jovem guarda-redes, foi extraordinário nessa etapa, ajudou muito a consolidar a minha posição, deu outra estabilidade, daí que esteja grato ao senhor Artur Jorge, um grande campeão. Depois tivemos outros de qualidade, como Fernando Santos, Jesualdo Ferreira, mas o que me marcou mais foi o José Mourinho. Não obstante ser jovem, estava à frente todos", opinou Baía.
"Nós jogávamos muito, como se tem visto nos jogos transmitidos durante esta pausa. Chegamos a uma altura em que ficamos cansados de ser bons rapazes, nós éramos os melhores", destacou Vítor Baía", lembrando do tempo em que o Porto conquistou a Liga dos Campeões e a Taça UEFA.
Vítor Baía, ainda em declarações à 'Porto TV', lembrou do episódio da escolha do capitão: "Vivemos intensamente quando o Jorge (Costa) teve de sair por incompatibilidade com treinador Octávio Machado e foi uma alegria quando o vimos regressar. Estávamos no início de uma nova era, com uma renovação parcial do plantel. A primeira reunião no estágio foi para a escolha do capitão, a sala estava cheia e o Mourinho disse que tínhamos de decidir o capitão, tinham de decidir entre dois pesos-pesados. Eu disse logo que no que dependesse de mim, o meu capitão era o Jorge, porque tinha maior abrangência, estava no campo todo, e era o anterior capitão. Quanto às responsabilidades dentro e fora do campo, contavam comigo. Mourinho acabou logo a reunião e foi um alívio para os jovens que tinham acabado de chegar".