Os três gols anotados no empate contra a Espanha fizeram com que Cristiano Ronaldo igualasse, em apenas um jogo, a sua marca acumulada das últimas três Copas do Mundo. Agora, o camisa 7 soma seis tentos no maior torneio do futebol. Mas não foi apenas isso.
Além de ter se igualado a imortais como Pelé, Uwe Seeler e Miroslav Klose, como jogador a ter balançado as redes em quatro Mundiais diferentes, CR7 tornou-se o segundo maior goleador de Portugal em Copas do Mundo.
A exibição espetacular, no primeiro jogo do Grupo B, fez Cristiano ultrapassar José Augusto, José Torres [ambos com 3 gols] e Pauleta [4 tentos]. Na frente de CR7, apenas Eusébio. O Pantera Negra anotou nove gols na campanha de 1966, a melhor da seleção portuguesa na história dos Mundiais – quando os lusos terminaram na terceira posição.
Com o hat-trick diante da Espanha, Cristiano também igualou Pauleta, autor de três gols na goleada por 4 a 0 sobre a Polônia em jogo válido pela Copa do Mundo de 2002. O português que fez mais gols em uma única partida do torneio ainda é... Eusébio! O craque nascido em Moçambique estufou as redes da Coreia do Norte quatro vezes, no épico 5 a 3 em 1966.
Cristiano bateu marcas importantes, e está cada vez mais perto de ultrapassar outra marca de Eusébio. Mas na comparação aos outros dois jogos citados acima, nos quais Pauleta fez o seu hat-trick contra os poloneses e Eusébio desequilibrou diante dos coreanos, será que CR7 protagonizou a maior exibição individual de um português em Copas do Mundo?
Difícil apontar com certeza, então aqui vai uma opinião: sim. Afinal de contas, um jogo contra a Espanha é mais difícil do que contra a Polônia de 2002 ou até mesmo contra a surpreendente Coreia do Norte de 1966 – que eliminou a Itália no caminho até aquele jogo.
Ainda que os coreanos tenham dado um susto nos lusos, abrindo 3 a 0 no placar, a impressão passada é mais de uma série de desatenções portuguesas. Quando tiveram a calma para jogar bola, conseguiram virar graças ao talento individual de Eusébio.
Antes, o desempenho do Pantera na vitória por 3 a 1 sobre o Brasil, quando marcou dois gols, também foi vital. Mas vale lembrar que aquela Seleção foi marcada por uma grande desorganização. A atual Espanha passou também por uma crise gigante, mas dentro de campo acumularam grandes resultados e fizeram um jogo em altíssimo nível.
Portanto, ao menos na opinião deste que aqui escreve, ainda que tenha sido uma estreia de Copas e que não tenha sido uma vitória portuguesa, a importância de Cristiano para o resultado final contra uma das melhores seleções do mundo faz de sua exibição na última sexta-feira (15) a melhor de um português em Mundiais.